Tcc

Page 1

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA LUIZ BESSA NETO

IDENTIDADE VISUAL PARA BLOCO CARNAVALESCO PSYCHOBLOCO

Florian贸polis 2014


LUIZ BESSA NETO

IDENTIDADE VISUAL PARA BLOCO CARNAVALESCO PSYCHOBLOCO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de graduação em Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Design.

Orientador: Kamilla Souza

Florianópolis 2014


LUIZ BESSA NETO

IDENTIDADE VISUAL PARA BLOCO CARNAVALESCO PSYCHOBLOCO

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado á obtenção do título de Identidade Visual para bloco carnavalesco Psychobloco, Bacharel em Design Gráfico e aprovado em sua forma final pelo Curso de Design, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

__________________, _____ de _____________ de 20__. Local

dia

mês

ano

___________________________________ Prof. e orientador Kamilla Souza, Graduação em Moda e Design Universidade do Sul de Santa Catarina

___________________________________ Professor da banca Universidade do Sul de Santa Catarina

___________________________________ Professor da banca Universidade do Sul de Santa Catarina


Quero agradecer a Deus pela minha família, pelo amor, incentivo, apoio incondicional durante a caminhada. A minha orientadora, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas correções e incentivos. E a todos que de forma direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado!


RESUMO

O presente trabalho consiste na criação de uma Identidade Visual para um bloco carnavalesco, aprofundado por estudos de mercado e identidade similares. Com a intenção de proporcionar uma nova tendência musical, discriminar conceitos-chave e soluções propostas. O carnaval, caracterizado como uma festividade folclórica nacional

abrangerá

outras

versões

musicais

como

a

música

diversificando o repertório carnavalesco.

PALAVRAS-CHAVE: Design gráfico. Bloco. Carnaval. Identidade Visual.

eletrônica,


ABSTRACT

The present work consists in creating a visual identity for a carnival block, deepened by market research and similar identity. With the intention of providing a new musical trend, discriminating key concepts and proposed solutions. The carnival featured as a national folk festival will cover other musical versions like electronic music, diversifying the carnival repertoire.

KEYWORDS: Graphic Design. Block. Carnival. Visual Identity.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Imagens referentes ao carnaval.........................................................

22

Figura 2 – Imagens referentes á cidade de Laguna............................................. 23 Figura 3 – Imagens referentes as festas de música eletrônica............................ 26 Figura 4 - Motivo da viagem dos turistas............................................................

29

Figura 5 – Regiões de origem do turista.............................................................

30

Figura 6 – Imagens referentes ao público de interesse.......................................

35

Figura 7 – Logotipos de concorrentes.................................................................

36

Figura 8 – Painel semântico.................................................................................

39

Figura 9 – Brainstorm...........................................................................................

40

Figura 10 – Logotipo, primeiros esboços.............................................................

41

Figura 11 – Logotipo, primeira alternativa............................................................ 41 Figura 12 – Painel semântico, logotipo carnaval.................................................

42

Figura 13 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 43 Figura 14 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 44 Figura 15 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 45 Figura 16 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 46 Figura 17 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 46 Figura 18 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 48 Figura 19 – Logotipo, geração de alternativa.......................................................

49

Figura 20 – Símbolo, geração de alternativa.......................................................

50

Figura 21 – Logotipo e simbolo, geração de alternativa......................................

50

Figura 22 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 51 Figura 23 – Logotipo, geração de alternativa....................................................... 51 Figura 24 – Testes de redução............................................................................

52

Figura 25 – Grade de construção......................................................................... 52 Figura 26 – Significados das cores......................................................................

53

Figura 27 – Tabela de cores................................................................................

54

Figura 28 – Teste de fundo..................................................................................

54

Figura 29 – Teste monocromático........................................................................ 55 Figura 30 – Tipografia do sistema........................................................................ 56


Figura 31 – Tipografia do sistema........................................................................

56

Figura 32 – Geração de alternativa...................................................................... 57 Figura 33 – Fundo padronizado...........................................................................

57

Figura 34 – Aplicações.........................................................................................

58

Figura 35 – Aplicações.........................................................................................

59

Figura 36 – Aplicações.........................................................................................

60

Figura 37 – Aplicações.........................................................................................

61

Figura 38 – Aplicações.........................................................................................

62

Figura 39 – Aplicações.........................................................................................

63


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Grau de escolaridade............................................................................

31

Gráfico 2 – Qual sua classe social?.....................................................................

32

Gráfico 3 – Que tipo de festa você costuma frequentar?..................................... 33 Gráfico 4 – Você frequenta o carnaval em laguna?.............................................

33

Gráfico 5 – Que tipo de festa você costuma frequentar?..................................... 34 Gráfico 6 – Que tipo de festa você costuma frequentar?.................................... 34


SUMÁRIO

1. DELIMITAÇÃO DO TEMA...............................................................................

1

2. PROBLEMÁTICA............................................................................................

1

3. PROBLEMA DE PESQUISA..........................................................................

4

4. OBJETIVO GERAL........................................................................................

5

5. OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................

5

6. JUSTIFICATIVA..............................................................................................

6

7. METODOLOGIA DE PESQUISA..................................................................... 6 8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 10 8.1. Design gráfico.............................................................................................

10

8.2. Identidade visual........................................................................................

13

8.3. Elementos da identidade visual...................................................................

15

8.4. Manual de identidade visual........................................................................

16

8.5. Marca..........................................................................................................

17

8.6. Logotipo.......................................................................................................

17

8.7. Tipografia......................................................................................................

18

8.8. Símbolo.............................................................................................

18

8.9. Cores e alfabeto institucional......................................................................

19

8.10. Carnaval...................................................................................................

20

8.11. Música eletrônica................................................................................

23

9. MERCADO...................................................................................................

27

9.1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA........................................................

27

9.1.1. Relacionamento com o cliente................................................................

27

9.1.2. Análise de mercado................................................................................

28

9.1.3 Perfil de público interesse........................................................................

30

9.1.4. ANÁLISE DE CONCORRENTE..............................................................

36

9.1.4.1. Posicionamento de concorrência.........................................................

37

9.2. TENDÊNCIAS...........................................................................................

38

10. CONCEITO..........................................................................................

38

11. PAINEL SEMÂNTICO..........................................................................

39

12. ELEMENTOS DA IDENTIDADE............................................................

41


12.1. Logotipo.............................................................................................

41

12.2. Símbolo............................................................................................

47

12.3. Análise de construção.........................................................................

52

12.4. Cores...............................................................................................

53

12.5. Tipografia do sistema........................................................................

55

12.6. Fundo padronizado...........................................................................

56

12.7. APLICAÇÃO......................................................................................

58

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................

64

14. REFERÊNCIAS...................................................................................

65

15. ANEXO...............................................................................................

68

15.1. Questionário técnico para avaliação da empresa Psychobloco............

68

15.2. Questionário pesquisa de público......................................................

70


TEMA

Design gráfico

1. DELIMITAÇÃO

“Identidade visual para bloco de carnaval Psychobloco” localizado em Laguna, Santa Catarina. Onde a pesquisa aplicada será realizada no período de março á junho de 2014.

2. PROBLEMÁTICA

O carnaval é uma cultura brasileira, conhecido no exterior como uma característica brasileira, festa popular onde todos os foliões festejam de todos os tipos desde passarelas até as ruas. Uma festividade cheia de cores e alegrias,

que

traz

riqueza

para

as

cidades

que

recebem

turistas,

proporcionando também milhares de empregos. A criatividade dos brasileiros pode ser vista em grandes produções de uma escola de samba ou na simplicidade das ruas com suas respectivas fantasias. Cada estado brasileiro comemora o Carnaval de uma forma, assim, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam o carnaval através dos desfiles de escolas de samba nos sambódromos. Já em Salvador o carnaval é comemorado nas ruas com diversos tipos de sons desde axé até a música eletrônica, para atender diversos gostos e diversão de todos os foliões e turistas. Segundo o portal de notícias de Laguna, o surgimento do carnaval de Laguna, considerado um dos melhores do sul do país, deu-se no início do século 20, passando por várias fases. Após a II Guerra Mundial, o Carnaval Lagunense, transformou-se num dos maiores eventos da região sul do país, 1


atraindo pessoas de outras cidades e até de outros estados. Nesse período surgiram os blocos de rua e escolas de samba, influenciado pelo carnaval do Rio de Janeiro. Atualmente a cidade conta com sete escolas de samba (Portal de Notícias Descobrir Laguna. Www.descobrirlaguna.com/#!carnaval/c1244. Acessado em 2014). Muito tempo depois, durante os anos 70, veio o grande destaque do Carnaval de Laguna: O “Bloco da Pracinha”, que começou como um bloco de sujos (bloco em que os homens vestem de mulher e as mulheres de homens), que se reuniam na Praça Souza França, no bairro Magalhães, nas tardes de domingo divertindo os carnavalescos. Ao longo dos anos esta tradição teve uma grande evolução, surgiram novos blocos ampliando todo o percurso, estendendo-se pela praia do Mar Grosso. Atualmente o “Bloco da Pracinha” continua em destaque no domingo de carnaval. O bloco leva centenas de foliões caracterizados como é de tradição do bloco de sujos. Neste ano de 2014, a cidade de Laguna como comprova a matéria no site da “Globo”, atraiu cerca de 500 mil turistas para a diversão durante os quatros dias de carnaval. O carnaval na cidade começa 30 dias antes, com os ensaios das escolas de samba e blocos carnavalescos, todas as noites, pelas ruas do centro histórico, atraindo muita gente, principalmente turistas que se misturam aos foliões nativos. O desfile oficial das escolas também é realizado no centro histórico. Em 1995, para melhor distribuir o fluxo dos turistas que a cidade recebia, o carnaval foi dividido e a concentração maior passou a ser na praia do Mar Grosso, com a contratação de trios elétricos e bandas que fazem a alegria da juventude até o sol raiar. Individuais ou em pequenos blocos organizados formados por turmas de amigos, acompanhado de vários trios elétricos ou carros de som. A alegria da maior festa da cidade invade e contagia todos os cantos, por isso que o Carnaval de Laguna é considerado o melhor do sul do Brasil.

2


O

Psychobloco

entra

como

uma

alternativa

nas

festividades

carnavalescas trazendo outro tipo de música – eletrônica. Iniciou como bloco no carnaval de 2013 quando dois amigos convidaram DJ´s de Laguna para se reunir em uma casa de um dos amigos com aproximadamente 30 pessoas, no entanto em 2014 o bloco quer se profissionalizar, sendo assim o crescimento dará uma nova oportunidade de entretenimento, renovando seu conceito. Portanto, o carnaval lagunense terá mais uma opção musical inexistente até então. Com esta opção, o bloco necessita de uma identidade visual, para identificar, atrair e tornar-se um importante marco para os públicos jovem e adulto, amantes da música eletrônica. Sendo assim com esta opção, o bloco Psychobloco necessita de uma identidade visual que visa estabelecer personalidade para a marca além das mais variadas formas de aplicações como mídia social, sinalização, documentos impressos, material de marketing, uniformes, crachás, entre outros, a partir das necessidades que são variáveis e independentes de cada negócio. Como pode afirmar a Alina Wheeler (2008), o essencial para uma aplicação é transmitir a personalidade da marca; alinhar com a estratégia de posicionamento; criar um ponto de vista, aparência e sentido; fazer o sistema de design funcionar em todas as mídias; demonstrar a compreensão do consumidor-alvo; diferenciar e diferenciar. Portanto a identidade visual a ser construída, é toda linguagem comportamental que o bloco adota como padrão para seu relacionamento. Seu nome Psychobloco possui duas palavras, sendo Psycho e Bloco. A palavra Psycho em inglês que remete a psicodelia, segundo o artigo da acadêmica Mendes (2013) é um termo derivado da palavra "psicodélico". A origem etimológica é grega: psico, que significa "alma" ou "atividade mental", somado ao sufixo delo que significa "visível", "claro", "evidente". Ou seja, psicodelia nada mais é do que uma atividade mental (ou espiritual) clara e evidente. (MENDES, Daniella Dias. Psicodelia, Ciências Tecnológicas. Santa Maria, 2013) Ainda na autora, que refere ao psiquiatra sobre o termo psicodelia: 3


Consta que o psiquiatra britânico Humphry Osmond (1917 - 2004) introduziu o termo psicodélico em uma reunião da Academia de Ciências de Nova York em 1957,descrevendo, o já referido, significado da palavra psicodélico como "o que revela a mente" e o definiu como "claro, suave e não contaminado por outras associações". Nos anos 60, as pessoas começaram a usar algumas drogas com fortes efeitos no cérebro, como o LSD. Estas drogas proporcionavam uma visão diferente do mundo, como se fosse um esclarecimento repentino, uma epifania. Não demorou muito para alguém se lembrar do significado de "psicodelia" e atrelar a palavra ao uso destas drogas, como se fosse a única forma de atingir tal atividade mental elevada. Foi aí que a psicodelia teve seu primeiro contato com o mundo da música, quando qualquer produção intelectual elaborada sob o efeito de alucinógenos foi classificada como psicodélica - especialmente o rock psicodélico.

A segunda palavra do nome razão se refere ao Bloco, na qual é um conjunto de pessoas que celebram uma ocasião ou data especial, sendo ele uma palavra muito utilizada em carnaval, ou seja, uma reunião de pessoas que a partir dali se aproveitam as festividades e brincadeiras que acaba dando nome ao grupo que surge a partir daí um bloco. A identidade busca identificar, atrair e tornar-se uma lembrança, por mais que não compreendermos, nosso cérebro armazena muita coisa, por isso que se torna uma grande importância de ter uma identidade visual marcante pois, ela faz com que o cliente memorize o bloco por um símbolo, elemento ou até mesmo as cores.

3. PROBLEMA DE PESQUISA

O bloco necessita de uma identidade visual para alcançar uma nova meta, sendo ele diferenciar dos outros blocos pela música eletrônica. ( pesquisar e desenvolver uma identidade visual para o bloco de carnaval denominado Psychobloco, buscando a sua diferenciação dos demais blocos pelo seu publico e a musica eletrônica).

4


4. OBJETIVO GERAL

Elaborar a identidade visual e a aplicabilidade de materiais para o bloco carnavalesco “Psychobloco”.

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Este trabalho tem por objetivo de conhecer o papel do designer para a construção de uma identidade e criação visual, visando uma percepção positiva da imagem do bloco para o público. Para o designer este papel se torna importante e contribui para uma visualização efetiva das estratégias do bloco em uma estrutura organizacional.

- Pesquisa Metodológica; - Desenvolver uma pesquisa sobre a identidade e a história do carnaval de laguna; - Identificar o mercado carnavalesco; - Solução de problemas; - Adequar a identidade visual ao objetivo da marca; - Identificar e propor novos materiais de vendas; - Desenvolver material gráfico para o material de vendas; - Identificar e desenvolver peças gráficas para a divulgação da marca; - Manual de identidade visual.

5


6. JUSTIFICATIVA

Este trabalho tende alcançar o seu espaço no mercado necessitando incorporar, divulgar e comunicar de maneira adequada. Por ser um bloco exclusivo de música eletrônica é dever do designer através de um sistema de identidade e posicionamento fazer com que o bloco “Psychobloco” fique reconhecido pelo carnaval de laguna ou até mesmo do estado de Santa Catarina. Segundo Strunck (2000), um bom projeto de identidade visual deve ter flexibilidade e ser adaptável para as mudanças que irá enfrentar já que se vive em uma sociedade muito acelerada, onde o novo perde o seu status de novidade rapidamente. Portanto cada ano os blocos passam por uma identidade visual por isso o trabalho do designer é fundamental para os materiais visuais, com essa contribuição ganha-se espaço dentro do mercado do carnaval de uma maneira criativa sustentada no design e seus atributos. Devido a grande concorrência, o bloco quer conquistar a atenção dos clientes sendo assim a melhor forma de competir nesse nível é estabelecer uma identidade com um grande posicionamento. O projeto busca através de estudos e pesquisas, uma identidade visual coerente para que possa ganhar seu espaço no mercado de uma maneira criativa.

7. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia tem como função, guiar o caminho para a solução de um problema especificado na pesquisa, como pode afirmar os autores Barros e 6


Lehfeld (2000), para que a pesquisa receba a qualificação de científica, devese efetivar através da utilização da metodologia científica e de técnicas adequadas para a obtenção de dados relevantes ao conhecimento e compreensão de um dado fenômeno. Quanto a aplicabilidade utilizada neste trabalho, será utilizado a pesquisa aplicada na qual gera conhecimentos que visam à solução dos problemas abordados. Sendo assim podendo fazer o uso do conhecimento desenvolvido em uma pesquisa básica, de acordo com Barros e Lehfeld (2000) pode afirmar que a pesquisa aplicada tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para aplicação de seus resultados, como o objetivo de contribuir para fins práticos. Visando à solução mais ou menos imediata para o problema encontrado na realidade. Portanto essa pesquisa tem o principal objetivo de resolver problemas encontrados no bloco Psychobloco, que é a falta de uma identidade visual. Desta forma, em relação à abordagem do problema, a que melhor condiz com a pesquisa é a qualitativa, pois é considerada uma relação entre o mundo real e o sujeito, onde não poderão ser traduzidas as informações em números. De acordo com Merrian (2002 apud SILVA; GODOI; BANDEIRA-DEMELLO, 2006, p. 96):

[...] a pesquisa qualitativa apresenta as seguintes características: o ambiente natural como sua fonte direta de dados; a preocupaçãochave é a compreensão do fenômeno a partir da perspectiva dos participantes, e não dos pesquisadores; o pesquisador é um instrumento primário para coleta e análise de dados; supõe o contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo investigada; focaliza processos, significados e compreensão; o produto do estudo qualitativo é ricamente descritivo.

Desta forma em relação a pesquisa quantitativa, facilitaria o processo da nova identidade visual que será realizada para o bloco Psychobloco. De acordo com os objetivos desta pesquisa é classificada como exploratória, Gil (1991) destaca que é usual a classificação de pesquisas como base em seus objetivos gerais, ainda no autor, ressalta que: 7


[as pesquisas exploratórias] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a tomá-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (GIL, 1991).

Sendo assim para a autora Andrade (1998), a pesquisa além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados procura identificar seus fatores determinantes, ou seja, seus problemas. Os procedimentos para a realização deste é através de levantamentos bibliográficos, por ser realizado a partir de material já publicado e disponibilizado em bibliotecas. Segundo Gil (1991) pode ser definido a pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem o intuito de proporcionar respostas aos problemas que são propostos, portanto, esta pesquisa pretende primeiramente realizar um levantamento de dados bibliográficos, abordando o tema referente a design gráfico que tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado problema, após esta etapa será realizada a elaboração do projeto de identidade visual e o material impresso. Para a autora Andrade (1998), os dados bibliográficos é uma etapa fundamental da pesquisa de campo, que busca compreender, conhecer e conseguir informações acerca de um problema. Além de proporcionar uma revisão sobre a literatura referente ao assunto, a pesquisa bibliográfica vai possibilitar a determinação dos objetivos, a construção de hipóteses e oferecer elementos para fundamentar a justificativa da escolha do tema. Outro procedimento que será feito, é a pesquisa documental na qual é feita a partir de fontes de informação que não receberam tratamento analítico, ou não foram publicadas pelos mesmos. Sendo assim a análise documental é realizada por meio de materiais que veiculam por meios de um canal de relacionamento como, reportagens, matérias publicadas em jornais ou website, entre outros. Esse procedimento é de grande importância para essa coleta de análise, que estuda as novas estratégias de mercado.

8


O bloco Psychobloco da cidade de Laguna, pelo fato de ser iniciante no mercado, será entrevistado os participantes de blocos concorrentes indiretos como Bloko Rosa, Pangaré e Babalaô, com o intuito de trabalhar no material coletado buscando referências e tendências no mercado. Para a coleta de dados é necessário à elaboração de um questionário destinado aos públicos alvo para a obtenção das informações necessárias para a condução da pesquisa, pois representa uma técnica interessante quando são necessárias as coletas de amostras, pois, ao contrário da entrevista, não precisa haver interação direta entre o pesquisador e o pesquisado. O método utilizado para o desenvolvimento da identidade visual, foi descrito por Alina Wheeler em seu livro Design de Identidade da Marca (WHEELER, 2008): 

Condução de pesquisa;

Classificação de estratégia;

Design da identidade;

Criação de pontos de contato;

Gestão de ativos.

A escolha do método se dá pelo fato deste trabalhar de forma consistente todo o processo de desenvolvimento do sistema de identidade visual. No primeiro momento será realizado um levantamento de dados, que visa a compreensão da empresa e o mercado no qual ela está inserida. A classificação da estratégia pretende sintetizar os itens identificados a partir da coleta das informações, definindo o posicionamento que a empresa procura atingir no mercado. No design da identidade busca-se identificar atributos estéticos visuais, que possam traduzir os valores da empresa e seu posicionamento, apresentando a nova estratégia visual da marca.

9


Por fim, será identificado os pontos de contato e os materiais no qual a marca deverá ser aplicada e atingido este objetivo será entregue a empresa um documento contendo as especificações técnicas e a padronização da identidade visual. Além disso, no processo final, o estudo conta também com o gerenciamento de ativos, visando à elaboração de peças gráficas para o material de vendas e a divulgação que será desenvolvida para o lançamento da nova identidade, que pretende atingir primeiramente o público e por consequência firmar o nome do bloco no mercado.

8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

8.1.

Design gráfico

A história do design surge na indústria europeia quando a sociedade necessitava compartilhar, divulgar seus produtos e comunicar-se com o público. De acordo com a autora Silva, no século XIX a sociedade passou a criar mecanismos que pudessem dar sentido ao novo modelo de produção de objetos e informações. É quando surge o ato de projetar para produzir industrialmente, onde o designer passa a controlar o processo que vai da concepção até o uso final do produto. Para Newark (2009), o design é composto inteiramente de elementos existentes de significado que são reutilizados, reformulados e recombinados. O escopo de todo movimento, invenção ou originalidade em um sentido artístico convencional precisa acontecer dentro de limites estritos. Ainda conforme o autor, o design classifica e diferencia, faz uma empresa, organização ou mesmo nação se sobressair em relação a outra. Atuando assim em nossas emoções e ajuda a dar forma aos nossos sentimentos em relação ao mundo que nos cerca.

10


Portanto os designers buscam compreender um trabalho a fim de entender sua força e serem estimulados, influenciados e modificados pelo mesmo. São responsáveis pela criação dos elementos como ilustração, criação e ordenação de tipografias, diagramação, criação de textos, estudos de cores e formas, diagramação de imagens e outros elementos que representem visualmente, facilitando, de maneira apropriada o projeto para a comunicação com o público. Como afirma Newark, todo design tem de dar forma á sua matéria-prima, sequenciá-la, ordená-la e classificá-la para dar-lhe uma hierarquia. Esclarecendo, o design é o veículo da informação, aquele que esclarece e simplifica a comunicação. Um cliente que projeta o seu negócio, deve entender e compreender o papel do designer que o desempenha na implementação e no gerenciamento de uma nova identidade de marca, fundamental para o caminho do sucesso. De acordo com Wheeler, a nova identidade da marca é um ativo que precisa ser administrado e alimentado. Antes de tudo, o sistema de identidade deve ser fácil de entender e de implementar. Sendo assim é papel essencial na criação e construção de identidades, podendo diferenciar e incorporar os elementos intangíveis, emoção, contexto e essência, que são os fatores mais importantes para os consumidores. Para um desenvolvimento de um símbolo ou o logotipo, Wheeler afirma que o designer conduz testes intensivos e um processo de ajuste para assegurar a funcionalidade da marca. O designer observa: proporções de uso; cor; combinação de cores; mídia eletrônica e impressa; novas mídias e padrões para uniformes. Sendo assim o designer também tem que conter certa flexibilidade dentro da arquitetura de uma marca. Ainda conforme Alina Wheeler, algumas perguntas a serem obtidas pelo designer para a produção de uma identidade: Poderá a nova identidade facilitar extensões da marca no futuro? Ela tem pernas grandes para grandes passos? Ninguém pode dizer com absoluta certeza quais os novos produtos ou serviços que uma empresa poderá oferecer nos próximos cinco ou seis anos? O designer, no entanto, precisa antecipar e criar infra-estruturas flexíveis que se acomodem no futuro. (WHEELER, 2008,p.144)

11


No entanto, para o mercado, o design gráfico utiliza elementos diversificados para se expressar da melhor maneira possível, ou seja, torna-se o trabalho mais legível e fácil na produção e comunicação. Esclarecendo, os designers são responsáveis pela criação dos elementos como ilustração, ordenação de tipografias, diagramação, criação de textos, estudos de cores e formas, diagramação de imagens, e outros elementos que representem visualmente, pois facilitará que o projeto comunique-se corretamente com o público destas informações. Como pode afirmar Villas-Boas (2003), o design gráfico se refere a área de conhecimento e a pratica profissional específicas relativas ao ordenamento estético-formal de elementos textuais e não textuais que compõem peças gráficas destinadas a reprodução com objetivo expressamente comunicacional. Segundo Fuentes (2006), para que uma peça seja de design gráfico, ela necessariamente tem que obedecer a metodologia que é a própria razão de ser do design, ou seja, ela tem que ser projetada de alguma forma pois ao contrário do que a grande maioria acha “design não é qualificativo de um juízo de valor, mas simplesmente um fenômeno historicamente determinado. Ao se classificar uma peça como sendo de design, não se está dizendo se ela é boa ou não, eficiente ou não, respeitável, funcional, bonita, harmoniosa, e etc. Atrás de todo o processo feito pelo designer, há um cuidado maior na prática que é o resultado final, sendo assim, é necessária a atenção ao selecionar gráficas que possui uma enorme variação de impressoras podendo assim prejudicar o trabalho do mesmo, portanto todo cuidado é uma tarefa importante para o profissional. Para o mercado, o design gráfico utiliza elementos diversificados para se expressar da melhor maneira possível, ou seja, torna-se o trabalho mais legível e fácil na produção.

12


8.2.

Identidade visual

A identidade visual tem como objetivo dar apoiar, comunicar, sintetizar e visualizar a marca. Ela começa com um nome e um símbolo e evolui para tornar-se uma matriz de instrumentos e de comunicação. A identidade da marca aumenta a conscientização e solidifica empresas. Uma identidade de sucesso é então de fato memorável, autêntica, significativa, diferenciada, sustentável, flexível e agrega valor a marca (WHEELER, 2008, p. 14). Portanto “A identidade visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço” (STRUNCK, 2007, p. 57). De acordo com o livro Manual de gestão de design (1997) refere ainda clientes em potencial têm cada vez menos tempo para esperar que os resultados da empresa reflitam sua imagem, com isso a identidade visual se torna uma ferramenta indispensável, despertando no consumidor as primeiras sensações em relação à marca, fazendo assim a seleção de mercado de forma mais rápida. Porém todas as empresas que projeta seu negócio para ter o sucesso, sempre

busca

diferenciar-se

através

da

identidade

visual

dos

seus

concorrentes para obter um posicionamento melhor no mercado. Para Peón (2003), uma pequena empresa pode apresentar uma situação de projeto cuja imagem institucional e os conceitos a serem transmitidos sejam muitos complexos do que aquele de uma grande empresa e que esta solidamente firmada no mercado. A identidade visual é o conjunto de elementos gráficos que formaliza a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço, o diferenciando dos concorrentes. Segundo Silva (2006), a identidade visual de uma empresa é um dos mais fortes elementos que compõe sua imagem. Através dela é reforçada a associação das suas características particulares, entre as quais estão o desenvolvimento histórico da empresa. Assim, é fundamental para o sucesso 13


das marcas apresentarem identidades visuais consistentes. Ainda para a autora Silva, os objetivos da identidade visual são: - Influir no posicionamento da instituição junto aos similares ou á concorrência; - Controle de estoque; - De patrimônio e de pessoal por parte da instituição; - Persuasão para obtenção de lucro, promoção ou hegemonia; Os elementos básicos que a identidade veicula, de acordo com Peón são: o logotipo, o símbolo, a marca, as cores e o alfabeto, além de outros eventuais elementos acessórios, que são aplicados em itens específicos (material de papelaria, letreiros, uniformes, sinalização, embalagens, etc.). Estes veículos são chamados de aplicação. Podendo definir da seguinte forma como ainda cita Peón (2003), é um sistema de normatização para proporcionar unidade e identidade a todos os itens de apresentação de um dado objeto, através de seu aspecto visual. Este objeto pode ser uma empresa, um grupo, ou uma instituição, bem como uma ideia, um produto ou um serviço. Para a elaboração do mesmo, o designer deverá compreender através das perguntas feitas para indivíduos, comunidades ou organizações, são eles: Quem é? Quem precisa saber? Porque é preciso saber? Como eles vão descobrir? Por que eles devem se importar? Segundo Wheeler (2008), as perguntas expressam sua individualidade por meio de sua identidade. Ainda para a autora Wheeler (2008), a identidade dá apoio, expressão, comunicação, sintetiza e visualiza a marca. Ela começa com um nome e um símbolo e evolui para tornar-se uma matriz de instrumentos e de comunicação. Tornando-se uma necessidade eficaz que sobrepassa os setores público e privado, desde as empresas que são novas, passando pelas grandes organizações até as empresas que necessitam de um posicionamento. Wheeler (2008) afirma que a identidade de marca apresenta qualquer empresa,

de

qualquer

tamanho,

em

qualquer

lugar,

uma

imagem

imediatamente reconhecível, diferenciada e profissional que a posiciona no 14


caminho do sucesso. Ajuda a gerenciar a percepção de uma empresa e a diferencia de seus concorrentes. Portanto, a identidade pode expressar que espécie de organização que você é; garantir ao público que você é realmente aquilo que diz ser; conectar sua empresa a imagens e ideias; servir como o fio condutor para construir patrimônio ao longo do tempo; proporcionar consistência nos canais de comunicação. No entanto um programa de identidade de marca abrange uma linguagem visual excepcional e única que se expressa em todas as aplicações. Wheeler complementa que seja qual for a mídia, as aplicações precisam funcionar em harmonia. O desafio é que o design esteja no equilíbrio correto entre flexibilidade de expressão e consistência na comunicação. Sendo assim tem como ferramenta estratégica que constrói confiança e promove consciência, considerando uma vantagem competitiva que apresenta bons resultados. De acordo com o livro Manual de gestão de design (1997) clientes em potencial têm cada vez menos tempo para esperar que os resultados da empresa reflitam sua imagem, com isso a identidade visual se torna uma ferramenta indispensável, despertando no consumidor as primeiras sensações em relação á marca, fazendo assim a seleção de mercado de forma mais rápida. Justificando o que seja uma identidade visual, passa-se a estudar os seus elementos.

8.3.

Elementos da identidade visual

São eles os elementos que compõem a característica do produto ou identidade da empresa como pode afirmar Peón (2003), divide os elementos da identidade visual em primário, secundário e acessório. Segundo ela, os elementos primários, logotipo, símbolo e marca são essenciais para a elaboração dos sistemas de identidade visual. Os secundários, que em sua maioria derivam dos elementos primários, nem sempre são utilizados, tendo em vista a alta dependência da configuração de cada aplicação, sendo eles 15


alfabeto e cores institucionais. Os acessórios, por sua vez, dependem do porte da empresa e da capacidade de investimento para sua aplicação ou não, são estes divididos em grafismo, mascotes, normas para layouts e símbolos e logotipos acessórios. A partir destas definições estes elementos serão analisados separadamente.

8.4.

Manual de Identidade Visual

Manual de identidade visual são conjuntos dos elementos institucionais e as normas que determinarão suas aplicações, este manual servirá de guia para a implantação e a manutenção do projeto. (STRUNCK, 2007, p.142) Peón (2003) define o manual de identidade visual uma etapa do projeto bem trabalhado porém crucial, pois um sistema de identidade visual que não é apresentado com especificações técnicas orientando sua implantação corre sério risco de não ser implantado corretamente, ela salienta ainda que cabe ao designer como profissional, definir estas especificações. De acordo com Cesar (2000) com os padrões de utilização da identidade visual respeitados, a marca da empresa se fortalece e solidifica-se diante do publico e, portanto, sempre será vista de maneira correta. Sendo assim, o manual de identidade visual tem o intuito de servir exatamente para estabelecer esses padrões. Pode-se então citar exemplos da utilização da marca aplicada em cartões de visitas, envelopes, papel-carta, brindes, veículos, anúncios, etc. “O manual de identidade visual é a maneira mais completa que existe de determinar como é um logotipo e como ele deve ser identificado no mundo” (CESAR, 2000, p.122). Strunck (2007) acrescenta que o manual deve ser completo, deve abranger elementos institucionais, assinaturas visuais e determinar a forma de como eles devem ser aplicados, além de ser simples e objetivo, exemplificando visualmente o que pode e não pode ser feito.

16


8.5.

Marca

A marca é um nome, geralmente representado por um logotipo e um símbolo que com o tempo devido à experiência e relacionamento com ela, passa a agregar um valor específico (STRUNCK, 2007, p.18). Ainda no Strunk, “A marca é a soma intangível dos atributos de um produto: seu nome, embalagem e preço, sua história, reputação e a maneira de como ele é promovido.” A marca é a promessa, a grande ideia e as expectativas que residem na mente de cada consumidor a respeito de um produto, de um serviço ou de uma empresa. As pessoas se apaixonam pelas marcas, confiam nelas, são fiéis a ela, compram e acreditam na sua superioridade (WHEELER, 2008, p.10).

“A marca é o elemento fundamental de identidade. É mais estável que as imagens publicitárias, sendo o seu desgaste incomparavelmente menor. Fixa a identidade essencial e institui associações no sistema visual da empresa” (MANUAL DE GESTAO DE DESIGN, 1997, p.125).

8.6.

Logotipo

O logotipo é de fato um aspecto importante pois representa uma marca podendo ser através de um tipo de letra ou uma cor que se torne marcante para o consumidor. De acordo com Peón (2003, p. 33) “o objetivo de um logotipo é que ele possa ser efetivamente lido, representando os fonemas pelos quais a instituição é referida”. Segundo Gobé (2002, p.175), os logotipos estão sendo projetados cada vez mais especificamente para preencher o espaço inexistente entre a instituição e o cliente, uma vez que "conectados", os projetos de logotipos 17


devem se comunicar com o consumidor de forma mais adequada e transmitir a personalidade que a empresa deseja. Sobre os logotipos no mercado, Gobé (2002) ainda refere que os logotipos mudaram o conceito de visibilidade e impacto para um conceito emocional, buscando o relacionamento com o consumidor e priorizando questões tais como, sensibilidade social e relevância cultural. Portanto, Wheeler (2008) afirma que os logotipos precisam ser não somente distintos, mas também duráveis e sustentáveis. A legibilidade é obrigatória em várias proporções e numa amplitude de mídias, seja o logotipo impresso em serigrafia no corpo estreito de uma caneta esferográfica ou iluminado em um gigantesco cartaz externo, 20 andares acima do solo. No entanto, o papel do designer através de criação da logo é posicionar adequadamente para todos os materiais de aplicação, desde que não interfira na visualização do consumidor.

8.7.

Tipografia

Como afirma Wheeler (2008), os melhores logotipos resultam de uma composição tipográfica feita com cuidado. Os designers consideram a forma de cada letra, como também os relacionamentos entre elas. As formas das letras podem ser redesenhadas, modificadas ou manipuladas, de modo a expressar a personalidade apropriada e o posicionamento da empresa.

8.8.

Símbolo

Um símbolo pode ser identificado como um elemento gráfico convencionado para uma identificação de empresa, nome, ideia, serviço ou até mesmo um produto. 18


Segundo Péon (2003) a grande propriedade do símbolo é a sua capacidade de síntese, ele deve ser facilmente reconhecido e assimilado à instituição. Evitando o excesso de elementos que possam vir a desvirtuar o real propósito do mesmo, sem que haja uma confusão para com o público a qual se destina.

8.9.

Cores e alfabeto institucional

A cor conforme a autora Wheeler (2008, p. 118), afirma que “a escolha da cor para uma nova identidade visual requer uma compreensão essencial da teoria das cores, uma visão clara de como a marca precisa ser percebida e diferenciada [...]”. Segundo Gobé (2002), as cores despertam sensações muito específicas em nosso sistema nervoso central e no córtex cerebral, com isso as cores podem ativar pensamentos, estimular a memória e ativar tipos particulares da nossa percepção. Ainda no autor Gobé (2002) afirma também que a escolha da cor no desenvolvimento da identidade visual não deve ser subestimada, tendo em vista que quando escolhidas de forma correta as cores definem o logotipo e os produtos, promovendo impressões favoráveis da marca na memória do consumidor e fazendo com que o mesmo compreenda de forma mais adequada o que a marca representa. O autor ainda faz a seguinte comparação metafórica, “selecionar cores sem consultar um designer profissional é como passear pela Cordilheira dos Andes sem um guia”. A respeito do alfabeto institucional, Gobé (2002), diz que a forma como é desenhada as letras que nos transmite uma determinada mensagem, é de grande importância no desenvolvimento da identidade visual da marca. Quando usado de forma adequado pode-se fazer uso de poderosas conotações emocionais.

19


Assim como Wheeler (2008), ressalta que a tipografia é parte fundamental em um programa de identidade eficaz e que esta, deve servir de apoio à estratégia de posicionamento e à hierarquia da informação.

8.10. Carnaval

O carnaval é conhecido mundialmente como uma festa popular no Brasil, que acaba se mantendo como um elemento forte da cultura folclórica nacional, que consegue envolver grande parte do público. Porém o carnaval surgiu não apenas por brasileiros, a história da origem carnavalesca remonta á antiguidade na Grécia e em Roma. Segundo o site Brasil Escola, a palavra carnaval é originária do latim, “carnis levale” ou “carne vale”, cujo significado é retirar a carne, sendo assim deu origem ao termo “carnaval”. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã. Como ainda afirma o site: A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil. (http://www.brasilescola.com/carnaval/historia-do-carnaval.htm acessado no dia 26/05)

Sua importância enquanto elemento que compõe a identidade brasileira é inegável, um ritual nacional que une todos numa mesma classe social, uma paródia da sociedade. Os festejos carnavalescos se desenvolvem de forma diferenciada nas distintas regiões brasileiras, até mesmo dentro de uma mesma região, cada estado pode possuir especificidades. Como pode afirmar o site Relíquia (2005), o carnaval dos salões veio para agradar a elite e a classe emergente do país, o povo ficava do lado de fora, nas festas de rua ao ar livre. E mesmo com o grande sucesso dos bailes de salão, 20


foi na esfera popular que o carnaval adquiriu formas genuinamente autênticas e brasileiras. (http://www.areliquia.com.br/artigos%20anteriores/57histcarn.htm#homepage – acessado no dia 26/05) A primeira escola de samba foi criada no Rio de Janeiro e em seguida em São Paulo, trazendo um novo modelo para o carnaval de rua. Onde passaram a disputar campeonatos, transformando uma grande festa de desfiles de escolas de samba. Já na região nordeste, os blocos se apresentam tradicionalmente utilizando bonecos gigantes, na Bahia a festa é animada por trios elétricos com musicas de axé. Na região sul o carnaval que tem mais destaque nas festividades em Santa Catarina é na cidade de Laguna. Teve também o início em bailes nos clubes sociais, na qual era grande pedida dos moradores locais. Ao decorrer do ano os bailes passaram a acontecer nas ruas, a prefeitura da cidade disponibilizou trios elétricos para animar os foliões nas ruas do centro. Portanto os salões foram decaindo ao ponto de não realizarem mais o evento, foi ai que o carnaval passou a acontecer no bairro Mar Grosso devido a grande invasão de pessoas de todas partes do Brasil, segundo o portal de notícias de Laguna, hoje em dia temos dois carnavais distintos, o carnaval de rua no Mar Grosso, com os blocos e trios elétricos, escolas de samba, pré-carnaval no centro (ensaio das escolas ao ar livre e aberto ao público) e o desfile no sambódromo que

foi

inaugurado

pouco

tempo

no

acesso

da

cidade.

(http://www.descobrirlaguna.com/#!carnaval/c1244 - Acessado no dia 26/05) Entre os blocos carnavalescos de Laguna, destaca-se o Bloko Rosa por estar presente no carnaval há 10 anos. É de grande procura os abadas que podem chegar até 5 mil unidades e que além das grandes atrações de axé, possui uma grande estrutura e profissionais, comprometidos com a qualidade da festa garantindo uma folia tranquila a todos, sem contar a presença de artistas globais durante o evento. Já o bloco Babalaô apresenta uma exclusividade além de uma estrutura no meio do carnaval de rua, o evento tem duração de quatro noites sendo o diferencial do bloco que tem o objetivo de agregar qualidade para os foliões. 21


Sendo mais popularizado pela cidade, o bloco Pangaré não agrada os clientes através da comunicação, porém a divulgação é “boca a boca”, pois não utilizam os meios de redes sociais e mídias. Um fato importante deste bloco é a grande popularidade que como tradição, boa parte frequenta o evento.

Figura 1 – Imagens referentes ao carnaval, junho de 2014. Fonte: Acervo de fotografia Sonora Satya, 2014.

Além de Laguna ser uma cidade de referência para o carnaval, possui uma atração turística através de paisagens formadas por lagoas, diversas praias, pesca com auxílio dos botos, enigmas como a pedra do frade e o farol de Santa Marta que confirmam as belezas dessa terra. Apesar de possuir 47 mil habitantes sendo que na alta temporada este número multiplica, ainda afirma o portal Laguna in foco que Laguna faz parte da história por meio do Tratado de Tordesilhas e da lagunense heroína Anita Garibaldi. Outro destaque do local na história do Brasil foi o papel que representou na povoação das terras que ficam ao sul, aumentando os limites da colônia portuguesa. 22


Figura 2 – Imagens referentes á cidade de Laguna, junho de 2014. Fonte: Acervo de fotos do facebook da prefeitura de Laguna, 2014.

No entanto, Laguna começou a ganhar corporação no carnaval devido ao grande turismo que frequenta a cidade e aproveitam o final de temporada no carnaval.

8.11. Música eletrônica

O marco inicial da vertente eletrônica foi através de um concerto musical feito por uma rádio francesa chamada Radiodiffusion, influenciado pelo Pierre Schaeffer. Sua composição era a partir de ruídos gerados por toca-discos.

23


De acordo com os estilos, Gean Rodriguez afirma que o estilo passou então

de

uma

mera

ferramenta

para

os

músicos

diversificarem

e

desenvolverem novos sons e timbres musicais apoiando-se em outros estilos musicais para ganhar uma cena própria. Com o sucesso da música disco, que atingiu seu auge entre 1977 e 1979 em parte devido ao filme "Saturday Night Fever", as décadas seguintes foram marcadas pelo surgimento da música eletrônica dançante, levando ao desenvolvimento de novas ramificações. A música eletrônica torna-se a partir de então,além de um estilo musical, um estilo de vida marcado pelas raves, o mesmo significa festas movidas a diversos gêneros do pop eletrônico como o techno e o acid house, que aconteciam em boates, galpões ou mesmo ao ar livre. São eventos sociais de elevação de consciência baseados em música eletrônica e pelos DJs que podemos chamar de músicos que utilizam instrumentos musicais eletrônicos

para

executar

composições.

(http://pt.scribd.com/doc/43699586/Origem-da-Musica-Eletronica - acessado no dia 08/05/14). No Brasil o gênero musical demorou a se propagar nas casas noturnas, como afirma a Nildine foi fundada pelo compositor Reginaldo de Carvalho, na qual compôs em Paris as primeiras obras eletroacústicas brasileiras. De volta ao Brasil, Carvalho dirigiu o Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, que se tornou um centro de pesquisa e divulgação da música experimental. Foi aí que teve um pontapé inicial para o desenvolvimento de suas pesquisas em música eletrônica, compondo no início da década de 70 as primeiras peças brasileiras realizadas

com

sons

eletrônicos.

(http://pt.scribd.com/doc/61995851/A-

Evolucao-da-Musica-Eletronica - visitado no dia 27/05). A música eletrônica é uma das mais importantes e uma das vertentes que mais cresce em casas noturnas e undergrounds. É composta por meio de recursos digitais e tecnológicos, na qual usam equipamentos como computadores, gravadores digitalizados e programas de composição para elaborar sons artificialmente. Com a rápida popularização do estilo musical, começaram a surgir com maior frequência os aparelhos de computadores conhecidos como samplers. Aparelhos que eram utilizados para a produção da música. Na realidade são trechos “roubados” e usados como base na produção 24


de som eletrônico, ou seja, é a transformação de meta artística em fragmento fugaz que será modificado, mesclado, desfigurado, assim como um elemento a mais num mecanismo coletivo. Com a tecnologia avançada, surge a aparição de novos estilos musicais tendo em vista as possibilidades oferecidas pela evolução. Segundo o site InfoEscola, a história da composição da música eletrônica nasceu no âmago da música erudita, na sua vertente mais subversiva, depois evoluiu para o âmbito da música popular, a princípio conjugada ao rock, depois passando a constituir gênero musical específico, como a modalidade dançante, o techno, acid, house, trance e drum’n’bass, que tiveram

sua

fonte

no

estilo

disco

ao

final

dos

anos

70.

(http://www.infoescola.com/musica/eletronica/ - acessado no dia 28/05) A partir desse momento, estes sub-gêneros ganharam força na cena mundial, cada um com sua história e seus representantes. Eles cresceram de forma rápida e disseminaram pelo mundo uma sonoridade que marcaria o estilo de boa parte dos músicos contemporâneos. Os países Europeus tem o berço da música eletrônica, depois do surgimento de novas tecnologias em todas as residências, concebeu-se uma das maiores virtudes da música, facilitando misturas. É um meio de produção para qualquer vertente musical, assim como o house, MPB, pop, jazz e black, podemos dizer que a eletrônica está presente em todos os estilos, o Rei Roberto Carlos tem a sua versão dançante e até mesmo o sertanejo possui uma versão eletrônica. Assim há uma grande repercussão sobre a vertente, com o entretenimento relacionado á diversão em alta, o que torna o Brasil um país onde a música e os setores criativos e produtivos se transformam em poderosos geradores de renda e riquezas. Como mostra abaixo, imagens das festas da vertente musical.

25


Figura 3 – Imagens referentes as festas de música eletrônica, junho de 2014. Fonte: Acervo de fotografia Sonora Satya, 2014.

Como podemos identificar a figura acima, a cena eletrônica possui estilos variados, podendo apresentar cores fluorescentes que se destaca na noite, decorações e jogos de luzes. Além de placas interativas que procura diferenciar a festa.

26


9. MERCADO

9.1.

Caracterização da empresa

O bloco foi fundado no mês de fevereiro de 2013, quando um grupo de três amigos decidiram fazer uma confraternização comandado por dois dj´s para uma turma se divertir, harmonizar e brincar. Neste ano a procura de foliões para ingressar no bloco foi de grande proporção, portanto, para o ano de 2014, um dos proprietários estudou a possibilidade de expandir o bloco e dar oportunidades para novos foliões frequentarem a confraternização de música eletrônica, que pode tornar-se uma grande tendência no mercado carnavalesco de Laguna. Fazem parte desta empresa Psychobloco, cinco membros que atuam com design gráfico, administração e na organização do evento.

9.1.1. Relacionamento com o cliente

De acordo com contatos entre clientes, pessoas que organizam eventos de música eletrônica em outras regiões percebe-se que existe um entrosamento profissional necessário para o andamento do evento. Pois os eventos realizados em outras regiões possuem uma ligação com os organizadores do bloco Psychobloco e costumam divulgar para o público alvo as festas do mesmo conceito em outras regiões, ampliando assim sua divulgação.

27


9.1.2. Análise de mercado

A música eletrônica no Brasil está em uma importante fase de crescimento no mercado, pois as administrações de grandes ou pequenas festas conseguem trazer atrações internacionais e nacionais, cumprem prazos e contratos, levam centenas de pessoas, e tratam bem os convidados. Com essa proposta, mostra que essas festas, nesse estilo são atrativas, com interesses na cultura eletrônica, sem contar com a produção artesanal oferecida durante o evento. O mercado do carnaval é de grande importância para a cidade, pois movimenta um dos setores mais importantes da economia que é o turismo. Como pode afirmar a Karenina (2012) sobre a importância: A economia dos eventos turísticos é sempre destacada como benéfica, no entanto, ao pensar no carnaval enquanto atrativo turístico deve-se pensar em outros fatores além dos impactos econômicos, a representatividade que o carnaval tem na cultura brasileira reflete sobre a imagem que os turistas constróem do país.

O turismo para cidade é de fato uma grande importância, pois é uma atividade econômica relacionada às condições geográficas como os centros históricos,

paisagens e

eventos

culturais.

Portanto

para

o

mercado

carnavalesco, o turista que visita Laguna é um grande gerador de emprego e renda para a cidade. Desta forma, incentiva a prefeitura para que realize o carnaval de rua juntamente com os blocos, divulgando e embelezando o desfile na praia e na cidade histórica. De acordo com a federação de comércio de bens, serviço e turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), foi realizado uma coleta de dados durante o feriado de carnaval que ocorreu entre os dias 1º a 8 de março de 2014, a pesquisa que teve o objetivo de mapear o desempenho do turismo que revela o impacto do carnaval no comércio e em hotéis, o gráfico abaixo retirado em uma das pesquisas mostra o motivo do deslocamento durante o feriado de carnaval.

28


Figura 4 – Motivo da viagem dos turistas. Fonte: FECOMÉRCIO – Pesquisa Fecomércio de turismo de carnaval .

A cidade de Laguna ganha de 4% de vantagem acima da cidade de Joaçaba, portanto Laguna é um ponto referencial de turistas na faixa entre 18 a 40 anos, sendo que a maioria busca diversão no feriado de carnaval e são de diversas regiões como afirma ainda a pesquisa do Fecomércio na figura 5:

29


Figura 5 – Regiões de origem do turista. Fonte: FECOMÉRCIO – Pesquisa Fecomércio de turismo de carnaval

Por ser considerado o melhor carnaval de rua do sul do país, a cidade conta com turistas de regiões diversificadas, entretanto Florianópolis apresenta um percentual maior, proporcionando melhor entretenimento de eventos carnavalescos.

9.1.3. Perfil do público de interesse

O propósito de identificar o público é definir os objetivos para estabelecer o alcance desta pesquisa. Para o andamento do mesmo, é necessário para a coleta de dados um questionário destinado ao público alvo para a obtenção dos objetivos e informações necessárias para a condução da pesquisa, pois representa uma técnica interessante e relevante. Sendo que não precisa de uma interação direta entre o pesquisador e o pesquisado. Segundo a autora Wheeler (2008), os pesquisadores usam a informação para quantificar, qualificar, definir, referenciar, e lançar um olhar crítico sobre uma empresa e sua marca no mercado atendido por elas e sobre as 30


oportunidades que estão buscando. Ainda conforme a autora, a etnografia é o estudo holístico da experiência, criação de significado e do comportamento no contexto da vida diária. De acordo com a pesquisa obtida na página de facebook do Psychobloco, cerca de oitenta pesquisados responderam o questionário, abrangendo perguntas de múltipla escolha e dissertativa. A maioria dos pesquisados são jovens e adultos da faixa etária 16 a 32 anos, todos residem em Santa Catarina, nas cidades como Laguna, Tubarão, Capivari, Criciúma, Florianópolis, Braço Norte e Treze de Maio. O grau de escolaridade daqueles que responderam ao questionário, é para a maioria de ensino médio completo ou incompleto com mostra a tabela abaixo.

Qual o seu grau de escolaridade? 7%

Ensino médio incompleto ou completo

7%

Superior incompleto ou completo; Mestrado incompleto ou completo; 86%

Doutorado incompleto ou completo;

Gráfico 1 – Grau de escolaridade. Fonte: Questionário de público, gráfico retirado do excell.

Numa festa de música eletrônica, um ingresso custam entre quinze e cinquenta reais, dependendo do tipo de tema, pode ser direcionado para diversas classes. Para isso foi feita a pergunta de qual classe o público que frequenta e frequentou o Psychobloco, segue abaixo o resultado em gráfico.

31


Qual a sua classe social?

21%

A, acima de 30 salários mínimos

16%

B, de 15 a 30 salários mínimos

26% 37%

C, de 6 a 15 salários mínimos D, de 2 a 6 salários mínimos E, até 2 salários mínimos

Gráfico 2 – Qual sua classe social? Fonte: Questionário de público, gráfico retirado do excell.

Para definir os tipos de festas que os mesmos costumam frequentar, foram realizadas perguntas sobre diferentes festas, sendo uma do underground que é uma festa a céu aberto e com pessoas de diferentes culturas, estilos e que não aderem ao preconceito. Outro estilo são os festivais, na qual são festas de grandes portes, que têm presenças de artistas de grandes nomes e pessoas de diversos estados gerando um grande volume. E por último as casas noturnas, que são eventos na qual o público costuma gastar mais em ingressos e bebidas que a casa oferece. A maioria dos pesquisados responderam que costumam frequentar casas noturnas dentro da região, conforme mostra o gráfico abaixo.

32


Que tipo de festa você costuma frequentar? Casas noturnas (elfortin, place, warung, green valley...)

18%

Festival (xxxperience, cyclus, tribe, tribaltech...) 56%

26%

Underground (Ilha da magia, revolution, boom festival, universo paralello...)

Gráfico 3 – Que tipo de festa você costuma frequentar? Fonte: Questionário de público, gráfico retirado do excell.

Focando no carnaval de Laguna onde acontece um dos melhores carnavais de rua, a pergunta para o público pesquisado, é se costuma frequentar o evento que acontece anualmente e nos quatro dias antes do feriado de carnaval. Abaixo a maioria deles tem o costume de festejar pelas ruas da cidade.

Você frequenta o carnaval em laguna? 19% Sim 53% 28%

Ás vezes Não

Gráfico 4 – Você frequenta o carnaval em laguna? Fonte: Questionário de público, gráfico retirado do excell.

33


Sendo que 53% dos pesquisados que afirmaram a presença no carnaval, não frequentam outros blocos apenas se divertem nas ruas da cidade.

Se sim, costuma frequentar algum bloco específico? 28% Sim Não 72%

Gráfico 5 – Que tipo de festa você costuma frequentar? Fonte: Questionário de público, gráfico retirado do excell.

O público tem sido fiel ao evento carnavalesco que Laguna proporciona aos foliões, sendo assim com a nova opção que o bloco está aderindo nas festividades a tendência de crescimento tem sido constante para este tipo de vertente musical, a musica eletrônica.

Você voltaria a frequentar no carnaval em 2015? 9% Sim Não 91%

Gráfico 6 – Que tipo de festa você costuma frequentar? Fonte: Questionário de público, gráfico retirado do excell.

34


De acordo com informações obtidas no questionário o bloco atende a necessidade dos públicos, na região do sul. A procura por um carnaval de música eletrônica que abrange variadas vertentes musicais é de grande interesse para o público alvo.

Ainda, com base da pesquisa adquirida, foi

elaborado um painel com imagens referentes ao público de interesse, conforme mostra a Figura 3;

Figura 6 – Imagens referentes ao público de interesse, junho de 2014. Fonte: Acervo de fotografia Sonora Satya, 2014.

De acordo com a entrevista, os públicos aceitam o projeto Psychobloco e elogiam pela iniciativa desta tendência ausente no mercado, destacam-se também as variadas vertentes musicais bem como os preços acessíveis. A partir da figura 6, identificam-se o público jovem e adolescente, com idade entre 18 a 30 anos. A maioria dos que frequentam são estudantes universitários de ambos os sexos. 35


Identificando a figura 3, é possível identificar alguns atributos para a nova identidade visual, como, diversão, harmonia e a união daqueles que gostam e cultivam a cultura eletrônica.

9.1.4. Análise de concorrentes

Por ser iniciante no mercado do carnaval, segundo a opinião do proprietário do Psychobloco aponta como concorrentes indiretos, os seguintes blocos: Bloko Rosa, Bloco Pangaré e Babalaô. O motivo de estes blocos serem concorrentes dá pelo fato destes blocos já atuarem todos os anos no período do carnaval, com a presença de grande público fiel ao evento. Mesmo com a existência de muitos blocos existe respeito profissional entre os mesmos pois, cada um bloco se apresenta em dias diferentes seguindo um cronograma. Os logotipos destes concorrentes registrados na figura 7 apresentam cores alegres que é um elemento fundamental no processo de comunicação carnavalesca e a fonte fantasia que transporta consigo interessantes emoções e conotações que podem ser exploradas criativamente.

Figura 7 – Logotipos de concorrentes, novembro/2013. Fonte: Acervo pessoal do autor, 2013.

Entre os concorrentes no mercado do carnaval em Laguna, destaca-se o Bloko Rosa por estar presente no carnaval há 10 anos. É de grande procura os abadas que podem chegar até cinco mil unidades e que além das grandes atrações de axé, possui uma grande estrutura e profissionais, comprometidos com a qualidade da festa garantindo uma folia tranquila a todos, sem contar a 36


presença de artistas globais durante o evento. Já o bloco Babalaô apresenta uma exclusividade além de uma estrutura no meio do carnaval de rua, o evento tem duração de quatro noites sendo o diferencial do bloco que tem o objetivo de agregar qualidade para os foliões. Sendo mais popularizado pela cidade, o bloco Pangaré não agrada os clientes através da comunicação, porém a divulgação é “boca a boca”, pois não utilizam os meios de redes sociais e mídias. Um fato importante deste bloco é a grande popularidade que como tradição, boa parte frequenta o evento. Os três logotipos apresentam fontes fantasia, caracterizando a alegria, festividade e emoção. Nota-se então algumas semelhanças entre elas, o que por fim acaba transmitindo semelhantes valores do mercado de carnaval.

9.1.4.1.

Posicionamento da concorrência

De acordo com as pesquisas realizadas, o autor busca compreender melhor os concorrentes indiretos que são aqueles que fazem parte do mesmo segmento de mercado e podem disputar o mesmo espaço de público, utilizando como critério os serviços utilizados por estes. Foi elaborada uma classificação levando em consideração a expressividade no mercado e os atributos estéticos que estes apresentam. O bloko rosa por estar presente no mercado há 10 anos, possui a maior expressividade e é mais sofisticada pelos clientes de estados de fora, sem contar que o mesmo possui uma comunicação e veiculação. (www.blokorosa.com.br) Com relação aos blocos Babalaô e Pangaré, ambos possuem menor expressividade no mercado, portanto são os eventos mais popularizados e também tem a identidade de baixo nível para comunicar os foliões, sendo que o Babalaô têm sua exclusividade e o Pangaré é bem popularizado. (www.blocobabalao.com.br)

37


9.2.

Tendências

Além dos desfiles das escolas de samba acontecem também os desfiles de blocos e bandas, grupo de pessoas que saem desfilando pelas ruas das cidades para se divertir, sem competição. Também existem os bailes de carnaval, realizados em clubes, ou em áreas públicas abertas, com músicas carnavalescas como axé e samba. Portanto para um produto novo em um mercado carnavalesco, a estratégia é ressaltar o diferencial. O Psychobloco trará para o mercado carnavalesco uma tendência nova, um estilo musical que vem atraindo grande público jovem, fora da temporada. A música eletrônica será mais uma opção para aqueles que frequentam o carnaval de Laguna. Portanto será oferecida uma oportunidade para o público carente deste estilo musical e com este bloco a cidade de Laguna terá um diferencial competitivo no mercado carnavalesco.

10. CONCEITO

Este projeto é um trabalho de conclusão do curso de Design Gráfico que tem como foco

a identidade visual de um bloco carnavalesco de música

eletrônica Psychobloco. Projeto no qual obteve-se um resultado eficaz para a construção de uma nova identidade visual, que através de pesquisas de imagens foi realizado um brainstorm de toda a ideologia do bloco, com o objetivo de elencar palavras e conceitos que remetessem à cultura eletrônica e carnavalesca, buscando estabelecer uma ligação entre tal cultura e a realidade do público alvo do bloco a ser criado. Foram listadas muitas palavras, entre elas:

38


Figura 9 – Brainstorm Fonte: Autoria própria, 2014.

A partir da figura acima de brainstorm, consideram-se principalmente as palavras relacionadas ao público que frequenta as festividades de música eletrônica e carnavalesca do sul do estado de Santa Catarina. Para a criação de uma nova identidade, destacam-se cores, alegria, emoção, diversidade e ilusionismo, na qual abrange a proposta que o bloco quer transmitir. Seguindo a metodologia do trabalho, foram listados e hierarquizados os atributos pretendidos para o alcance do objetivo, de modo a definir que as associações à identidade em desenvolvimento deveriam despertar o públicoalvo.

11. PAINEL SEMÂNTICO

Para o autor Brandão (2013), o painel semântico é uma técnica que busca traduzir a linguagem verbal em signos visuais. Durante o projeto, o designer articula conceitos abstratos ou metafóricos em imagens, evocando significação destes conceitos. Por meio destas imagens podemos articular alguns pontos positivos para a criação. (Curso: Programação Visual Gráfico. SENAI).

39


Figura 8 – Painel semântico, julho/2014. Fonte: Acervo pessoal do autor, 2014.

Analisando o painel semântico, nota-se que as cores que remetem a cultura eletrônica é artística sendo assim obtendo cores vivas e alegres, apresentando também curvas que dão origem a ilusão de ótica. São eles os elementos que estimulam e inspiram para o processo de desenvolvimento do projeto, que é considerado por ser mais lógica e empática para o contexto do designer dentro da abordagem técnica.

40


12. ELEMENTOS DA IDENTIDADE

12.1. Logotipo

Para a criação do logotipo, assim como para a conceituação do nome do bloco, analisou-se os elementos visuais do painel semântico referente á psicodelia que é a temática adotada para a identidade do evento. Abaixo uma das gerações de alternativas escolhidas baseado no termo psicodelia:

Figura 10 – Logotipo, primeiros esboços. Fonte: Autoria própria, 2014.

Figura 11 – Logotipo, primeira alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Concluiu-se, no entanto que a abordagem da geração não era condizente para a aplicação, por apresentar uma leitura confusa, que não

41


desperta a memorização do público. Portanto se fez necessário refazer as gerações desenvolvendo um logotipo com características carnavalescas. No entanto, foi realizada uma nova pesquisa de imagens, logotipos de concorrentes, formas carnavalescas, desenhos, etc. Tendo o objetivo de encontrar grafismos ou elementos que caracterizam o carnaval, com o intuito de recriar um logotipo baseado em uma linha gráfica que fosse facilmente compreendida de origem carnavalesca em qualquer lugar que fosse aplicado ou apresentado. Portanto foi construído um painel semântico com alguns logotipos de concorrentes que disputam o mesmo público no mercado, para estudos formais. A figura X apresenta as alternativas escolhidas para o estudo.

Figura 12 – Painel semântico, julho/2014. Fonte: Acervo pessoal do autor, 2014.

Os elementos comuns encontrado no painel da figura 12 foram às letras desalinhadas, divertidas e coloridas que transmitem a emoção e alegria. A partir deste estudo estabeleceu-se uma nova geração de alternativas dentro do conceito da folia.

42


Figura 13 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Dentre os módulos desenvolvidos, obteve-se um registro importante pelo cliente. Acrescentando na letra “H”, entre as duas linhas verticais uma linha cruzada, formalizando um estilo mais descontraído. Dessa forma foi dado continuidade no procedimento das alternativas geradas.

43


Figura 14 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

44


Nesta segunda etapa, destacando o aspecto positivo anteriormente, realizam-se novas alterações visando o aperfeiçoamento. Destacam-se formas arredondadas nas letras e as iniciais das palavras Psycho e Bloco sem a presença de vazamentos, remetendo mais suavidade na leitura e dando a noção são duas palavras distintas. Outro destaque é a forma apresentada na letra “Y”. Levando em consideração as observações acima, realiza-se um novo esboço.

Figura 15 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Uma vez definida a estrutura do logotipo, inicia-se o desenvolvimento da vetorização desta última alternativa proposta. Retomando o conceito de fantasia, já reforçado pelas formas que compõem o logotipo. A partir da figura abaixo mostra-se detalhadamente o processo de aperfeiçoamento juntamente com as observações adquiridas durante os esboços.

45


Figura 16 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Chegando ao final desta etapa, conclui-se que o menor espaçamento da última e escolhida alternativa da figura acima, equilibra os espaços brancos que continham diante da vetorização do esboço, permanecendo as aplicações mais legíveis e harmoniosas.

Figura 17 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

46


A figura X mostra o resultado do logotipo com sua respectiva cor, constituindo assim a versão final da representação gráfica do nome da marca.

12.2. Símbolo

È um dos elementos que mais consta em uma identidade, pois trata-se de uma figura que serve para ficar registrada na memória do público. A construção do símbolo teve como base a análise do painel semântico realizado anteriormente. As cores vivas têm como objetivo proposto de remeter a alegria e as curvas que originam à ilusão de ótica. Então elaborou-se um painel de geração de alternativas que remetessem algo do conceito de ilusão de ótica.

47


Figura 18 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

A partir das gerações de alternativas da figura X, considerando o termo psicodelia, ressalta-se um aspecto importante como o olho que inclui uma produção visionária semelhante a alucinações ou mudanças de percepção, imagem de ilusão de ótica que produz efeitos pode ser considerado uma produção visionária seja em cores ou formas como percebe-se no painel semântico. Partindo desse princípio, objetiva-se aperfeiçoar os tópicos analisados através dos esboços da figura X, apresentando a etapa final da geração de alternativa.

48


Figura 19 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Considera-se a relação entre os elementos citados anteriormente, foi considerada a proposta ideal, passando a vetorizar e aperfeiçoando melhor as curvas, cores e detalhes. Como percebe-se na figura abaixo que detalha passo a passo este processo.

49


Figura 20 – Símbolo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

A partir desta etapa, considera-se a apresentação do símbolo com as cores do arco-íris e a aplicação dos banners com as informações de data e local do evento. Dando continuidade na construção do mesmo, foi dada a largada do anexo do logotipo com o símbolo, como observa-se a figura abaixo.

Figura 21 – Logotipo e simbolo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

50


Para a solução de aplicabilidade independente de linhas horizontais ou verticais, elaboraram-se alternativas para melhor opção sem alterações na aplicação da marca.

Figura 22 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Finalizando, decide-se anexar um slogan que se referisse ao conceito do bloco sobre o carnaval, surge a frase “seu carnaval diferente” na qual remete toda a proposta do projeto que é o novo conceito músical dentro do mercado carnavalesco.

Figura 23 – Logotipo, geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

51


12.3. Análise de construção

Dentre os módulos desenvolvidos até a alternativa escolhida, destaca-se a importância do teste de redução do símbolo, para garantir a legibilidade e fidelidade da reprodução da marca, recomendando assim um limite máximo de redução.

Figura 24 – Testes de redução. Fonte: Autoria própria, 2014.

Seguindo este estudo, aborda-se um quadro de construção do logotipo, na qual apresenta quadrinhos de meio centímetro que serve para o manuseio do logotipo.

Figura 25 – Grade de construção. Fonte: Autoria própria, 2014.

52


12.4. Cores

Para que o evento Psychobloco atue no mercado carnavalesco, se faz necessário o uso constante das cores, pois o mercado exige a alegria que é transmitida pela cor dos blocos de foliões e das fantasias que compõem a festividade folclórica nacional.

Para significar as cores registradas no logotipo, segue abaixo o conceito das cores do arco-íris.

Figura 26 – Significados das cores. Fonte: http://www.tabeladecores.org

Uma vez avaliadas as associações relativas a cada uma dessas tonalidades e tomando como norteadores de escolha as mensagens-chave estipuladas para a identidade de marca e o conceito gráfico abordado, ressaltam-se as influências das cores compreendidas como as emoções, alegria, felicidade e descontração. Abaixo identificam-se as cores predominantes em CMYK e RGB, dependendo do uso do material gráfico a ser aplicado, contém as cores fixas para não haver alteração no uso. 53


Figura 27 – Tabela de cores. Fonte: Autoria própria, 2014.

Estudando melhor o uso da aplicação, o fundo é uma das consequências que mesmo com tons claros e escuros o logotipo da marca sofrerá uma alteração, como mostra a figura abaixo de tons claros e escuros do preto.

Figura 28 – Teste de fundo. Fonte: Autoria própria, 2014.

Dependendo do tipo de aplicação, os fornecedores costumam cobrar pela quantidade de cor utilizada, ressalta-se a apresentação do logotipo monocromático conforme demonstração abaixo.

54


Figura 29 – Teste monocromático. Fonte: Autoria própria, 2014.

12.5. Tipografia do sistema

Em razão da organização, a variedade de material gráfico pode ser material institucional, promocional e de merchandising, mídia social com constante geração de conteúdo e etc. Esta diversidade aponta para a segmentação da tipologia adotada pela marca em dois principais segmentos da tipografia: Primeiramente apresentando a fonte para textos técnicos, que correspondem ás aplicações em textos informativos utilizados principalmente em material institucional. Empregados nas assinaturas, textos com grande volume de conteúdo e informações importantes como datas e endereços eletrônicos. 55


A seleção dessa tipografia é de neutralidade, utilizando uma fonte que não contenha traços marcantes. Em especificações técnicas não é desviada a atenção do leitor. Apresentando assim fluidez em textos extensos. Dessa forma utiliza-se a tipografia padrão para os textos técnicos, como pode ser visto na figura abaixo.

Figura 30 – Tipografia do sistema. Fonte: Autoria própria, 2014.

A segunda tipologia corresponde ao termo fantasia, sendo este, utilizado apenas para aplicações de anúncios tais como, anúncio de dj´s ou atrações, gênero musical e etc. Analisando a figura abaixo, a fonte apresenta um desalinhamento dando característica ao termo fantasia.

Figura 31 – Tipografia do sistema. Fonte: Autoria própria, 2014.

12.6. Fundo padronizado

Dentre as gerações de alternativas geradas para o desenvolvimento do símbolo, teve destaque o esboço que provocou a ilusão de ótica.

56


Figura 32 – Geração de alternativa. Fonte: Autoria própria, 2014.

Para a criação, conteve apenas três etapas como a mesclagem de uma foto de papel amassado, o espiral de ilusão de ótica na cor laranja e por final um fundo em um tom mais claro de laranja, sendo que estas combinações dão clareia as informações anexadas, como mostra a figura abaixo.

Figura 33 – Fundo padronizado. Fonte: Autoria própria, 2014.

57


12.7. Aplicação

Prevendo a realização do bloco, em trabalho conjunto com a equipe Psychobloco, foi constatado para a conclusão deste projeto, desenvolve-se então um painel das aplicações com a nova identidade.

Figura 34 – Aplicações. Fonte: Autoria própria, 2014.

Sugerida pela equipe a aplicação das vestimentas, uma linha que corresponde a divulgação do evento dentre elas a camisetas e bonés. Ressaltando a camiseta possui uma estampa diversificada tie-die, estampa feita manualmente podendo fazer uma combinação de cores conforme o pedido dos clientes foliões.

58


Figura 35 – Aplicação. Fonte: Autoria própria, 2014.

Corresponde ao material de divulgação que possam ser desdobrados em uma linha de peças gráficas. Sendo assim o panfleto tem uma importância na para comunicar o público, passando pela impressão em gráficas na qual todo cuidado é importante para não haver alteração nas tonalidades de cores. A gramatura ideal para esta aplicação é 270 gramas. Os ingressos que é uma ferramenta importante para o controle de vendas, contando com numerações, marca da água reagente a luz negra e canhota para melhor organização. Podendo ser feito com empresas especializadas para ingressos seguros, a empresa Ingresso Ideal apresenta um bom preço, opções e atendimento.

59


Figura 36 – Aplicação. Fonte: Autoria própria, 2014.

Durante o evento esses materiais são essenciais para a identificação dos públicos foliões e também da equipe que trabalha no interior do evento. O crachá podendo ser feito em materiais como PVC ou em uma folha de gramatura maior. As pulseiras podem ser feitas na mesma empresa de ingressos conforme citado anteriormente.

60


Figura 37 – Aplicação. Fonte: Autoria própria, 2014.

Corresponde aos produtos de brindes dentro do evento como o copo não descartável e no exterior o CD com divulgação das musicas de artistas confirmados no evento. Em eventos semelhantes ao bloco, o descarte de copos é bem comum, portanto, foi proposto o uso do copo não descartável que além de o público não descartar serve como recordação do evento. Esses copos são feitos pela empresa “Meu copo ECO” na qual incentiva o consumo consciente.

61


Figura 38 – Aplicação. Fonte: Autoria própria, 2014.

A mídia é uma ferramenta comum que atinge um público abrangente, cerca de 95% das pessoas tem acesso e é uma forma fácil de interagir e comunicar, seja uma construção de site, instagram, canal de vídeos e página do facebook. O principal foco do bloco é a criação de uma fã page, ferramenta que tem mais alcance e visualizações. Portando pode-se comunicar e informar as atrações com releases dos mesmos, vídeos dos artistas,

promoções,

informações do evento, pontos de vendas, etc.

62


Figura 39 – Aplicação. Fonte: Autoria própria, 2014.

Corresponde á comunicação em postos de vendas, foi proposto ao cliente o cartaz-banner feito com material de lona, sendo assim, após o evento ser reutilizado e produzir acessórios como bolsas de compras, cadeiras, estofados, carteiras e etc.

63


13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho, realizado para conclusão do curso de Design Gráfico, teve como objetivo principal elaborar uma identidade visual sólida, consistente e que assegurasse o sucesso desde o lançamento de um bloco carnavalesco da cidade de Laguna/SC. O principal desafio era construir uma marca que identificasse e unisse a cultura do carnaval com a música eletrônica. Além disso era preciso através dela passar confiabilidade para atrair não só o público mas também patrocinadores em potencial. Após todas as pesquisas de campo e a minha inserção literal dentro deste mercado, posso afirmar que obtive um resultado eficaz. Com as pesquisas de imagens pude realizar um brainstorm de toda a idelogia do bloco, selecionei palavras e conceitos que remetem à cultura eletrônica e carnavalesca, e estabeleci uma ligação entreo carnaval e a realidade do público alvo, podendo construir de forma eficiente a identidade visual desejada. A realização deste trabalho pode me proprocionar um grande aprofundamento sobre a cultura carnavalesca que me permitiu conhecer desde o público alvo desta festa popular, suas peculiaridades, até a inserção da música eletrônica neste mercado tão antigo. A proposta deste bloco com sua marca e materiais será levada até a Prefeitura Municipal de Laguna/SC onde será analisada a viabilização e disponibilidade de verba para sua realização. Caso essa viabilização se concretize, o material produzido neste trabalho será utilizado como base da identidade visual no próximo carnaval.

64


14.

REFERÊNCIA

ANDRADE, Maria. Introdução à metodologia do trabalho científico. 3ª Ed. São Paulo: Atlas S. A., 1998.

BARROS, Aidil e LEHFELD, Neide. Fundamentos de metodologia científica: um guia para a iniciação científica. 2ª Ed. São Paulo: Makron Books, 2000.

FECOMÉRCIO. Pesquisa Fecomércio de turismo de carnaval Florianópolis, Joaçaba, São Francisco e Laguna. Artigo de pesquisa, 2011. Site, www.fecomércio-sc.com.br, acessado no mês de novembro de 2013.

FUENTES, Rodolfo. A prática do design gráfico: uma metodologia criativa. São Paulo: Rosari, 2006.

FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: E. Blücher, 1982.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

GOBÉ, Marc. A emoção das marcas: conectando marcas às pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual. 6. Ed. São Paulo: Escrituras, 2004. 65


KARENINA, Anna. O carnaval como elemento identidário e atrativo turístico: Análise do projeto folia de rua em João Pessoa. Paraíba, CULTUR, 2012.

HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel Livraria, 2002.

MANUAL DE GESTÃO DE DESIGN. Porto: Centro Português de Design, 1997.

NEWARK, Quentin. O que é design gráfico?. Porto Alegre: Bookman, 2009.

PEÓN, Maria Luísa. Sistemas de identidade visual. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2003.

SILVA, Anielson Barbosa da; GODOI, Christiane Kleinübing; BANDEIRA-DEMELLO, Rodrigo. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, 2006.

STRUNCK. Como criar identidades visuais para marcas de sucesso. 3. ed. Rio de Janeiro: Rio Books, 2007.

WHEELER, Alina. Design de identidade da marca: um guia completo para a criação, construção e manutenção de marcas fortes . 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.

66


LAGUNA, in foco. Guia da cidade de Laguna: Carnaval de Laguna atraiu 500 mil pessoas. Acessado no dia 24.04.2014 ás 18h. http://www.lagunainfoco.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id= 10552&Itemid=2

DESCOBRIR, Laguna. Portal de informações de Laguna: A história do carnaval lagunense. Acessado no dia 24.04.2014 ás 18h. www.descobrirlaguna.com/#!carnaval/c1244

MENDES, Daniella Dias. Psicodelia, Ciências Tecnológicas. Santa Maria, 2013. http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Psicodelia/49356036.html

BRANDÃO, Daniel. Curso: Programação visual gráfico. SENAI, 2013. http://pt.slideshare.net/DanielBrando3/painl-semntico-23002343

GLOBO, Notícias. Carnaval Lagunense 2014. Visitado no dia 10/07. http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/carnaval/2014/noticia/2014/01/lagunaespera-500-mil-folioes-em-cinco-noites-de-carnaval-com-blocos.html.

67


15. ANEXO

15.1. Questionário técnico para avaliação da empresa Psychobloco

1 – Em que negócio você está? R: Mercado Carnavalesco 2 – Qual a sua missão? Quais são as suas três metas mais importantes? R: Interação com o público através da música e da arte. As três metas mais importantes são: trazer diversão ao público-alvo de forma responsável, utilizar da música e da arte para quebrar paradigmas empregados pela sociedade e por último ter o feedback 100% satisfatório. 3 – Porque esta empresa foi criada? R: A empresa foi criada como forma de mudar o “padrão” dos Carnavais brasileiros, no qual buscamos através da música eletrônica e das intervenções artísticas mostrar para o público uma forma alternativa de diversão. 4 – Descreva os seus produtos ou serviços. R: 5 – Quem é o seu mercado-alvo? R: Jovens e adultos, faixa etária de 18 a 35 anos. 6 – Priorize seus stakeholders pela ordem de importância. Qual é a percepção que você deseja de cada público? R: Donos, financeiro, investidores/patrocínios, fornecedores e serviços terceirizados. 7 – Qual a sua vantagem competitiva? Por que seus consumidores escolhem o seu produto ou serviço? O que você faz melhor do que qualquer um dos outros?

68


R: O carnaval de Laguna possui diversos blocos, sendo eles de axé e samba. A vantagem competitiva desse Psychobloco é a música eletrônica, por ser um diferencial que acaba tornando-se uma tendência para o mercado carnavalesco da cidade! 8 – Quem é seu concorrente? Existe um concorrente que você admira mais? Se sim, por que? R: Os concorrentes que disputam os públicos são: Bloco Pangaré e Camarote skol. Não há um concorrente que eu admire mais, portanto as vertentes sao diferentes! 9 – Como você faz o marketing de seus produtos ou serviços? R: Através de redes sociais, meios de comunicação de rua, interação com empresas e pessoas. 10 – Quais são as tendências e mudanças que afetam a sua indústria? R: Surgimento de novos estilos musicais que empregam uma mensagem inadequada na sociedade e acabam persuadindo e desvalorizando outros estilos musicais. 11- Onde você estará daqui a cinco anos? E daqui a dez anos? R: Atrações internacionais de grande nome, estrutura de festival, atrair os públicos de todo o brasil. 12 – Como você mede o sucesso? R: O sucesso é medido através do esforço e para isso é importante projetar e visar todas as etapas com suas respectivas importâncias. 13 – Que valores e crenças unem os seus empregados e influenciam o seu desempenho? R: União, responsabilidade e respeito. 14 – Quais são as barreiras potenciais para o sucesso de seu produto ou serviço? 69


R: Demonstrar a verdadeira mensagem do seu produto ao público-alvo e através disso mostrar que através do potencial e competência de uma empresa, o sucesso sempre é conquistado. 15 – Coloque-se no futuro. Se sua empresa puder fazer alguma coisa ou ser alguma coisa, o que seria? R: Uma empresa no qual seu maior objetivo é visar a sustentabilidade e a interação da sociedade em um meio. 16 – Se você pudesse comunicar uma única mensagem sobre sua empresa, qual seria? R: Diversão racional, a empresa busca interagir com seu público de forma eficaz e acima de tudo, com responsabilidade.

15.2. Questionário pesquisa de público

1. Qual a sua idade? 2. Qual seu grau de escolaridade? Ensino Médio incompleto ou completo Ensino Superior incompleto ou completo Mestrado incompleto ou completo Doutorado incompleto ou completo 3. Qual a sua classe social? Classe A - maior que R$ 8.100 Classe B - maior que R$ 4.600 Classe C - maior que R$ 2.300 Classe D - maior que R$ 1.400 Classe E - maior que R$ 950 4. Porque você frequenta essas festas de música eletrônica, cite! 5. Que tipo de festa você costuma frequentar? PVT (festa privada, exclusiva) Underground 70


Festival Casas noturnas Outro, cite! 6. Porque você costuma frequentar? Pelos artistas? Por ser barato? Por ser acessível? Outro, cite! 7. O que tem de diferente nessa festa, que não possui em outros tipos de festa? 8. Qual genro musical você gosta? Eletro Techno Minimal House tech, deep, g-house Progressive trance, dark, psytrance Outro, cite! 10. No carnaval de 2013 você frequentou algum bloco ou festa? Cite. 11. Você voltaria a frequentar o carnaval em Laguna no ano de 2015?

71


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.