UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA DANIELA DE OLIVEIRA COSTA
PROJETO DE DESIGN DE PRODUTO: DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO PARA COLETAR FEZES DE CテウS
Florianテウpolis 2010
DANIELA DE OLIVEIRA COSTA
PROJETO DE DESIGN DE PRODUTO: DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO PARA COLETAR FEZES DE CÃES
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Design.
Orientador: Prof° Tiago André da Cruz.
Florianópolis 2010
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Aos meus pais, Volmar e Margarida, que lutaram para me dar um bom estudo, aos meus irmĂŁos, Luciana, Hilda, Alessandra, Igor e Juliana, ao meu amor Matheus, aos meus sobrinhos, meus familiares, meus amigos, em especial a, Paula, Alisson, Ricardo e Denise meus amigos fiĂŠis e aos colegas e professores, por todo apoio que me deram durante esta longa jornada.
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AGRADECIMENTOS
Em especial a Deus que não me abandonou nesse momento, à minha família que me apoiou nessa etapa da minha vida. Ao meu amor Matheus que esteve do meu lado durante esse percurso, à minha irmã Juliana que me ajudou muito na parte de ergonomia. Aos meus colegas e verdadeiros amigos, Ricardo, Denise, Angela, Dimitri, Gisele, Paula e Flávia, pelo grande apoio e incentivo. A meu professor e orientador Tiago André da Cruz, por me ajudar na execução do projeto. Enfim, a todas as pessoas que colaboraram para a realização deste projeto.
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“Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.” (Friedrich Nietzsche)
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RESUMO
Devido ao crescente número de pessoas que possuem cães buscou-se desenvolver um produto para facilitar a coleta das fezes em locais públicos e privados. A partir disso, foi realizado um estudo dessa tarefa, onde foi visto e analisado os problemas causados por produtos utilizados na hora da coleta. Sendo feita uma pesquisa de campo com o próprio público e com profissionais da área de veterinária, para obter dados relevantes e identificar quais os principais parâmetros a trabalhar. Logo analisou-se o perfil do público e foi criado os painéis semânticos que servem para retirar dados relevantes como atributos para o desenvolvimento, com isso foi definindo o conceito do produto. Tendo em vista também a análise dos produtos já existentes no mercado, obtiveram-se resultados satisfatórios para o desenvolvimento das alternativas, com base também nos estudos e análises feita, chegando enfim a um resultado positivo e possivelmente viável, contribuindo com o meio social e ecológico.
Palavras-chave: Coleta de fezes de cães, Design de Produto, Design Social.
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ABSTRACT
Due to the increasing number of people who own dogs sought to develop a product to facilitate gathering stool in public and private places. A study was performed, where it was seen and analyzed the problems caused by products used at the collection time. It was made a field research with the public and veterinary professionals, to obtain relevant data and main parameters to work. Soon the public profile and semantic panels was created which serve to pull relevant data as attributes for development, it was defining the concept of the product. From the analysis of the existing products on the market, it was satisfactory results for the development of alternatives, based also on studies and analyses already done, finally resulting in a positive result and potentially viable, contributing to the ecological and social environment.
Keywords: dog feces collection, product design, social design.
7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Painel semântico do estilo de vida ........................................................... 40 Figura 2 – Painel semântico da expressão do produto ............................................. 41 Figura 3 – Painel semântico do tema visual. ............................................................. 42 Figura 4 – Mapa Mental ............................................................................................ 50 Figura 5 – Moulding-machine .................................................................................... 56 Figura 6 – Alternativa 1 ............................................................................................. 58 Figura 7 – Alternativa 2 ............................................................................................. 59 Figura 8 – Alternativa 3 ............................................................................................. 60 Figura 9 – Alternativa 4 ............................................................................................. 61 Figura 10 – Alternativa 5 ........................................................................................... 62 Figura 11 – Alternativa 5 ........................................................................................... 62 Figura 12 – Alternativa 6 ........................................................................................... 63 Figura 13 – Render no ambiente ............................................................................... 66 Figura 14 – Render de variação das cores ............................................................... 67 Figura 15 – Vista lateral e perspectiva do corpo do coletor ....................................... 67 Figura 16 – Vista da pega ......................................................................................... 68 Figura 17 – Vista isométrica da mola ........................................................................ 68 Figura 18 – Vista isométrica do pino ......................................................................... 68 Figura 19 – Vista explodida ....................................................................................... 69 Figura 20 – Render de futuras adaptações para acoplar saco plástico..................... 69 Figura 21 – Render de futuras adaptações para acoplar saco plástico..................... 70 Figura 22 – Forma e verificação das dimensões ....................................................... 71 Figura 23 – Verificação do manejo ............................................................................ 71 Figura 24 – Verificação das dimensões com saco plástico ....................................... 71 Figura 25 – Verificação do uso do produto ................................................................ 72
8 LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Possuir cachorro. ...................................................................................... 28 Gráfico 2: Quantidade de cães. ................................................................................. 28 Gráfico 3: Passeios. .................................................................................................. 29 Gráfico 4: Freqüência do passeio.............................................................................. 29 Gráfico 5: Locais de passeio. .................................................................................... 29 Gráfico 6: Necessidades no passeio. ........................................................................ 30 Gráfico 7: Coletar fezes. ............................................................................................ 30 Gráfico 8: Utilização de algum produto. .................................................................... 31 Gráfico 9: Tipos de produtos. .................................................................................... 31 Gráfico 10: Produto confortável. ................................................................................ 32 Gráfico 11: Contato com as fezes. ............................................................................ 32 Gráfico 12: Produto inovador..................................................................................... 33 Gráfico 13: Peso das fezes. ...................................................................................... 34 Gráfico 14: Transmissão de doença.......................................................................... 34 Gráfico 15: Tipos de doença. .................................................................................... 35 Gráfico 16: Prejudicial a saúde.................................................................................. 35 Gráfico 17: Tempo de decomposição do cocô. ......................................................... 36 Gráfico 18: Utilidade do cocô. ................................................................................... 36 Gráfico 19: Tipo de utilidade do cocô. ....................................................................... 37
9 LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Análise da tarefa........................................................................................ 25 Tabela 2: Análise da tarefa – boneco ergonômico .................................................... 26 Tabela 3: Sistema Owas ........................................................................................... 27 Tabela 4: Atributos simbólicos................................................................................... 43 Tabela 5: Atributos de estilo. ..................................................................................... 44 Tabela 6: Atributos estéticos. .................................................................................... 44 Tabela 7: Benchmark ................................................................................................ 46 Tabela 8: Critério de avaliação .................................................................................. 64
10 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA .............................. 12 1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 13 1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 13 1.2.2 Objetivo Específico ....................................................................................... 13 1.3 JUSTIFICATIVA................................................................................................. 14 1.4 LINHA DE PESQUISA ....................................................................................... 14 1.5 PLANO METODOLÓGICO ................................................................................ 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 18 2.1 DESIGN ............................................................................................................. 18 2.2 CÃES ................................................................................................................. 19 2.2.1 Adestramento ................................................................................................ 20 2.2.2 Cuidados com cães....................................................................................... 21 2.3 ERGONOMIA .................................................................................................... 22 2.3.1 Análise da tarefa............................................................................................ 22 2.3.2 Manejo ............................................................................................................ 24 2.3.3 Arranjo e dimensionamento ......................................................................... 24 2.4 PESQUISA DE CAMPO .................................................................................... 27 2.4.1 Gráficos da pesquisa com o público ........................................................... 28 2.4.2 Gráficos da pesquisa sobre o cão ............................................................... 33 2.5 LISTA DE REQUISITOS .................................................................................... 37 2.6 ANÁLISE DO PÚBLICO DE INTERESSE ......................................................... 38 2.6.1 Definição do público de interesse ............................................................... 38 2.6.2 Painel Semântico........................................................................................... 38 2.6.3 Matriz Semântica ........................................................................................... 43 3 ANÁLISE DO PRODUTO E DO MERCADO ....................................................... 45 3.1 BENCHMARK .................................................................................................... 45 3.2 LISTA DE VERIFICAÇÃO ................................................................................. 48
11 3.3 DEFINIÇÃO DO CONCEITO ............................................................................. 49 4 CRIATIVIDADE .................................................................................................... 49 4.1 ESTUDO DE MATERIAIS ................................................................................. 50 4.1.1 Termoplásticos .............................................................................................. 51 4.1.2 Elastômeros ................................................................................................... 53 4.1.3 Aço ................................................................................................................. 54 4.1.4 Metais ............................................................................................................. 55 4.1.5 Processo de fabricação envolvendo termoplásticos e elastômeros ........ 55 4.2 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS ....................................................................... 57 4.2.1 Primeira alternativa ....................................................................................... 57 4.2.2 Segunda alternativa ...................................................................................... 59 4.2.3 Terceira alternativa ....................................................................................... 60 ENCONTRAR UM LIXO........................................................................................... 60 4.2.4 Quarta alternativa .......................................................................................... 61 4.2.5 Quinta alternativa .......................................................................................... 61 4.2.6 Sexta alternativa ............................................................................................ 63 4.3 SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS...................................................................... 64 4.4 REFINAMENTO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA............................................ 65 5 DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO ................................................................ 65 5.1 OTIMIZAÇÃO DA SOLUÇÃO ............................................................................ 65 5.2 DETALHAMENTO 3D........................................................................................ 66 5.3 MODELO VOLUMÉTRICO ................................................................................ 70 5.4 DESENHOS TÉCNICOS ................................................................................... 72 5.5 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................. 72 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 76 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 77 APÊNDICE 1 DETALHAMENTO TÉCNICO ............................................................ 80
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1
INTRODUÇÃO
O projeto a seguir consiste na elaboração de uma pesquisa com um público alvo para descobrir os problemas e buscar soluções na hora de coletar fezes de cachorros. Após foi realizada uma pesquisa com pessoas que utilizam produtos semelhantes no mercado, levando em conta as dificuldades encontradas no uso e será buscada uma solução que agrade o público de interesse, visando o desenvolvimento de um produto inovador permitindo que as pessoas façam essa coleta com mais higiene e praticidade. Diante dos estudos feitos, chegou-se a um produto com características do perfil do usuário pesquisado, adaptando-se as necessidades de uso.
1.1
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA
Segundo informações da Associação Nacional de Fabricantes de Alimentos para Pets (Anfalpet) 1, entre 2000 e 2009, o aumento de cachorros dentro de casa no País foi de 30,6%, saindo de 24,5 milhões para 32 milhões. Tendo em vista que algumas pessoas costumam passear com seus animais pelas ruas para que eles possam fazer suas necessidades, onde muitos deles fazem em calçadas, jardins, parques, etc. Na maioria das vezes as pessoas não tem costume de recolher as fezes de seus animais deixados pelas ruas devido a falta de higiene que isso traz. Por isso, não recolhendo essas fezes, as ruas ficam cheias de excrementos, causando mau cheiro e atraindo insetos. No entanto pretende-se investigar e analisar o ambiente onde será utilizado um produto que auxilie na coleta das fezes, propondo uma melhor solução, e buscando no projeto de produto, alternativas que contribuam para o seu uso
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Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos Pet. Nutrição Animal. Disponível em: <http:// www.portaldaeducacao.com.br> Acessado em 2 de fevereiro 2010.
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adequado. Tendo em vista que, o design favorece a esse tipo de projeto, pelas etapas a serem pesquisadas e analisadas, obtendo assim um melhor resultado. De acordo com Munari (2008, p.34). Uma vez definido o problema, pode parecer que basta ter uma boa ideia para resolvê-lo automaticamente. As coisas não são exatamente assim, pois é necessário também definir o tipo de solução que se quer atingir, uma solução provisória (para uma exposição que deve durar um mês, por exemplo) ou uma solução definitiva, uma solução puramente comercial, uma solução que dure no tempo (fora das modas que impõem um certo gosto naquele momento), uma solução tecnicamente sofisticada ou uma solução simples e econômica.
Diante da problemática pretende-se explorar os dados obtidos de acordo com a metodologia, para que haja uma melhor compreensão e organização do projeto. De forma que possam constituir uma bagagem de informação na qual irá ajudar até o final dessa jornada projetual.
1.2
OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver um produto para coletar fezes de animais de estimação durante o passeio, visando contribuir com a limpeza e higiene em locais públicos.
1.2.2 Objetivo Específico
•
Relatar o ambiente onde será utilizado o produto;
•
Avaliar a ergonomia do estudo da tarefa;
•
Identificar os problemas dos produtos existentes;
•
Utilizar o design como meio para a solução do problema.
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1.3
JUSTIFICATIVA
Recolher as fezes dos animais deixados pelas ruas não é muito higiênico e nem prático, onde algumas pessoas colocam um saco plástico na mão para recolher o mesmo, caso esse animal seja de grande porte, o recolhimento das fezes se torna cada vez mais difícil e anti-higiênico. Visto que, este trabalho explorará técnicas de design, de forma que possa utilizá-las para chegar a um resultado diferenciado dos produtos já existentes no mercado, atendendo às necessidades do problema. Podendo ser utilizado em outros ambientes não somente em locais públicos, como também em ambientes fechados, agregando valor ao mesmo. Contudo, um dos fatores fundamentais é aplicar o design como diferencial, para que as pessoas tenham vontade de utilizar o produto mesmo sendo para o recolhimento de fezes, pois o mesmo será elaborado de forma que não sintam nojo na hora de recolher o excremento de suas animais, criando assim expectativa de uso. Por esse motivo, é importante que seu planejamento estrutural seja desenvolvido de acordo com as necessidades do problema contribuindo para a limpeza das ruas. A seguir foi definida a linha de pesquisa mais adequada a esse tipo de projeto.
1.4
LINHA DE PESQUISA
O projeto terá como base o design para coletividade e design social, onde visa facilitar o projeto a ser executado. De acordo com a Comunicarte 2, Agência de Responsabilidade Social, Design Social é a materialização de uma idéia que propõe um processo de transformação na sociedade. Como princípio filosófico, procura desenvolver estratégias de comunicação, que permitam compactar um conceito e difundir conhecimento visando sempre uma transformação social.
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Agência de Responsabilidade Social. Disponível em: <http:// www.comunicarte.com.br > Acessado em 15 de maio 2010.
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Tendo em vista, o design social contribui de uma forma geral a sociedade, influenciando diretamente no comportamento do público de interesse. No entanto o design social tem como objetivo principal satisfazer as necessidades humanas, contribuindo com o bem-estar. A seguir o tipo de metodologia de projeto e metodologia científica utilizada nesse projeto.
1.5
PLANO METODOLÓGICO
O tipo de pesquisa cientifica utilizado é a descritiva, que segundo Souza (2007), trata-se da descrição do fato ou do fenômeno através de levantamentos ou observação. Conforme Gil (2002), As características de determinada população, fenômenos ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados; questionário e observação sistemática. Em geral, assume a forma de Levantamento.
A técnica de pesquisa utilizada para a pesquisa de campo é a quantitativa, onde segundo Otani e Fialo (2007): Caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto no processo de coleta dos dados quanto na utilização de técnicas estatísticas para o tratamento dos mesmos, tem como principal qualidade a precisão dos resultados, sobretudo utilizado em estudos descritivos, que procuram descobrir e classificar a relação de causalidade entre as variáveis da hipótese estabelecida, bem como estabelecer a casualidade entre os fenômenos. (FIALO E OTANI, 2007, p. 39)
Através da pesquisa, procura-se seguir uma metodologia que melhor se adeque e facilite o desenvolvimento do projeto, levando em consideração o levantamento bibliográfico, pesquisa de campo, entrevistas com usuários e elaboração do plano metodológico. Para o desenvolvimento da fundamentação teórica e prática do projeto, serão realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos e sites, considerando a área de abordagem escolhida. A pesquisa envolverá a coleta de dados sobre a concepção do produto a ser desenvolvido e a elaboração de um mapa mental para estruturação do conteúdo
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juntamente com análise do perfil. Segundo LÖBACH (2001) “todos os dados podem ser importantes, para a base sobre a qual se construirá a solução”. A metodologia de projeto utilizada será a de Munari (2008), desenvolvida na obra "Das Coisas Nascem as Coisas". Este modelo é voltado à área de produto, apropriada a um projeto de design produto, será adaptado de acordo com as exigências do projeto. Esse método está organizado na seguinte forma: 1. Definição do problema, que é a principal idéia para definir as etapas de pesquisa, definindo o tipo de solução analisando os componentes para chegar ao produto; 2. Objetivos e especificações: •
Determinação dos objetivos;
•
Estudo do âmbito de aplicação, contexto e mensagem;
3. Coleta de dados; onde será feita a coleta e análise de informações sobre o cliente, produto, concorrência, ambiente; 4. Análise de prioridades, hierarquias e especificações; resume-se pela análise dos dados recolhidos podendo fornecer sugestões, orientando para o desenvolvimento do projeto, como materiais, tecnologias e custos. 5. Desenvolvimento do projeto: •
Será definido o conceito logo após a criação dos painéis semânticos do estilo de vida, tema visual e da expressão do produto, e junto com isso a matriz semântica;
6. Execução: •
Criatividade, brainstorming e geração de alternativas; onde a partir dos dados coletados e do mapa mental, serão geradas algumas alternativas, e logo, analisar e verificar cada uma para se chegar a alternativa final.
•
Modelo e especificações; pesquisar materiais viáveis e processos de fabricação.
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•
Modelo volumétrico e memorial descritivo; será desenvolvido um modelo para testar com o público, e o memorial descritivo para descrever as características finais do produto.
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2
2.1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
DESIGN
Design é um processo técnico e criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato, normalmente esse processo é orientado para solucionar um problema orientado por uma intenção e objetivo. O termo deriva, originalmente, de designare 3, palavra em latim, sendo mais tarde adaptado para o inglês design. Houve uma série de tentativas de tradução do termo, mas os possíveis nomes como projética industrial acabaram em desuso. Segundo Niemeyer: No Congresso realizado pelo Internacional Council of Societies of Industrial Design (ICSID), em 1973, o design foi definido como ‘uma atividade no extenso campo de inovação tecnológica. Uma disciplina envolvida nos processos de desenvolvimento de produtos, estando ligada a questões de uso, função, produção, mercado, utilidade e qualidade formal ou estética dos produtos industriais, com a ressalva de que a definição de design se daria de acordo com o contexto específico de cada nação.
Há muitos tipos de objetos que podem ser projetados pelo designer, como utensílios domésticos, ambientes, aparelhos de saúde, vestimentas, máquinas, e também imagens, como, peças gráficas, livros, tipografia e interfaces digitais de softwares ou de páginas da internet, entre outros. De acordo com Fascioni (2007, p.67): Há várias e diferentes definições para o termo, mas a que mais me parece logicamente fundamentada é aquela que diz que o design sustenta-se sobre um tripé: um bom projeto, que possibilite a produção em escala; um conceito que explique porque o objeto é feito dessa maneira e não de infinitas outras possíveis, com suas funções e porquês; e a preocupação estética (senão não vende).
“Design e designer não são sinônimos. Design se refere ao processo, ao projeto, ao conceito. Designer é sempre uma pessoa, justamente aquele profissional que faz design”. (Fascioni, 2007). 3
Verbo que abrange ambos os sentidos, o de designar e o de desenhar. Percebe-se que, do ponto de vista etimológico, o termo já contém nas suas origens uma ambigüidade, uma tensão dinâmica, entre um aspecto abstrato de conceber/projetar/atribuir e outro concreto de registrar/configurar/formar.
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Existem diversas especializações do profissional de Design, de acordo com o tipo de coisa que irá projetar. Entre elas as mais comuns são o design de produto, design gráfico, design de moda e design de interiores. O design consiste em planejar e projetar algo para que adéque às necessidades do usuário, ou seja, ao mundo de uma forma geral, contribuindo de forma a planejar e executar um produto através da sua própria metodologia, visando criar algo inovador ou adequando produtos já existentes no mercado de acordo com os dados coletados durante esse processo. Para maximizar os resultados e atingir os objetivos do design, veja a seguir um estudo sobre a vida dos cães.
2.2
CÃES
Foi pesquisado alguns aspectos importantes sobre a vida dos cães, onde foi encontrado apenas duas fontes, um deles é Tausz (1989), e o outro é da Editora Escala Ltda, ano I, vol. 1. A seguir as referências citadas. Pode-se especular muito sobre as primeiras pessoas que conviveram com cães, inclusive, se foram, realmente, pessoas ou Homens de Neanderthal os primeiros a conviverem com cães. Tausz (1989, p. 15) A origem do cão, Canis familiaris, remonta a um carnívoro que subia em árvores, semelhante a uma esquilo, que viveu nas florestas há milhões de anos: o Miacis. O Tomarcrus, descendente do Miacis, era uma pequena raposa, que surgiu há cerca de 35 milhões de anos, antecedente reconhecida genuinamente como o parente mais antigo do cão, do lobo, da raposa e do chacal. (EDITORA ESCALA, p. 9)
“Desde as tribos nômades da Pré-história tem-se registro de convivência dos primeiros humanos com os primeiros chacais, ancestrais do nosso cão hodierno”. Tausz (1989, p. 15) O antepassado mais provável do cão domesticado é o lobo cinzento, do qual possui várias características. Outra possibilidade é a do chacal, mas é pouco provável que o cão possa ter evoluído da raposa.
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2.2.1 Adestramento
O comportamento humano é comandado, dirigido e orientado pela personalidade. Para o canino, em lugar de personalidade, que vem de persona, se dita por cinolidade, que vem de cino (pelo latim cyno = cão). Tausz (1989, p. 34) A cinolidade (personalidade do cão) vai depender diretamente do nível de domesticação que o cão tiver. Num cão selvagem o temperamento predomina sobre o caráter. Ele age por instinto, acionado apenas pelos impulsos primordiais. Com a vivencia social, o caráter dum cão que teve instrução vai predominar sobre o temperamento e o resultado será uma cinolidade diferente. [...] A instrução por adestramento é o aperfeiçoamento do caráter, como a escola o é para o humano. (Tausz, 1989, p. 34)
De acordo com Lecartz o cão deve ser estimulado a fazer suas necessidades ao ar livre. É importante que os cães aprendam a urinar sob comando. Eles podem ser ensinados com êxito se estiverem no local adequado para se aliviar. É claro que a idéia de treinar, amestrar ou adestrar, como queiram, também não tem data aproximada e as razões sociais que levaram humanos a treinar cães para as funções que hoje nos levam a esses estudos, ou seja, final do século passado e inicio deste. (Tausz, 1989, p. 15)
Existem algumas etapas para ensinar o cão a urinar e defecar em local apropriado segue um exemplo dito por Tausz (1989):
1) Manter o filhote confortavelmente confinado num lugar de fácil limpeza. 2) Sair com o filhote no colo e levá-lo até onde possa fazer livremente suas necessidades, pelo menos cinco vezes por dia. 3) Mantê-lo fora por quinze minutos, no mínimo, mesmo que ele não faça nada. 4) Todas as saídas deverão ocorrer exclusivamente após as refeições. 5) Forrar com jornal todo o recinto onde o filhote irá permanecer. Um filhote de dois meses faz xixi de meia em meia hora e defeca, no mínimo, o mesmo número de vezes que come. Todas as vezes que um cachorro come, todo o seu aparelho digestivo entra em funcionamento. Não quer dizer que nos intervalos entre as refeições ele pare de funcionar, mas, no momento da ingestão de novo alimento, funciona mais ou menos como num ônibus lotado: quando para no ponto, tem que haver arrumação, tem que descer passageiro. A movimentação também estimula o desejo de
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defecar, aumentando a pressão na bolsa fecal (parte do reto onde ficam armazenadas as fezes que estimulam as suas paredes, provocando o desejo de evacuar). (TAUSZ, 1989, p. 80)
Segundo Tausz, levar o filhote, logo após as refeições, para onde ele possa fazer livremente suas necessidades, de preferência no lugar que outros cães já as fizeram, depois de uma semana, também estimulado pelos odores. No entanto o trabalho de treinar um cão jamais deverá ser confundido com a educação ou o aprendizado humano (TAUSZ, 1989, p. 40).
2.2.2 Cuidados com cães
A alimentação dos cães deve ser sempre saudável, onde deve incluir vegetais, cereais, frutas, carnes, entre outros. Com relação as vacinas, não é recomendável aplicar várias simultaneamente para várias doenças, vacinar contra doenças inexistentes, e não se deve também vacinar animais debilitados. Um dos pontos mais importantes para a vida saudável de um cão é acostumá-lo a urinar e defecar em um local específico, ensinando desde pequeno, para benefício da higiene do animal e principalmente das pessoas que se encontram no mesmo local, pois a urina do cão possui substancias químicas chamadas de feromônios, e é com a urina que ele marca o território. Mas, isso demandará algum tempo, até que ele acostume, e associe que aquele local será o que fará suas necessidades. Após esta análise foi possível determinar alguns elementos essenciais para a realização do projeto. Tendo em vista que, o principal foco, é o cão, e logo o seu dono, onde mostra no capítulo a seguir um estudo sobre a realização da tarefa de coletar as fezes do animal.
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2.3
ERGONOMIA
O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). Pode-se dizer que a ergonomia se aplica ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho. (DUL E WEERDMEESTER, p. 13, 1991). “A ergonomia como ciência trata de desenvolver conhecimentos sobre as capacidades, limites e outras características do desempenho humano e que se relacionam com o projeto de interfaces, entre indivíduos e outros componentes do sistema” (Moraes, 1998)
A ergonomia pode ser definida “como o conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e eficácia” (Wisner, 1972).
2.3.1 Análise da tarefa
A análise da tarefa corresponde a um papel definido, que comporta instruções e procedimentos (o que fazer, quando fazer e como fazer) e meios (onde fazer, com que fazer), a ser ocupado por um determinado sujeito. Conforme Baxter (1998, p. 178). A análise da tarefa explora as interações entre o produto e seu usuário, através de observações e análises. Os resultados dessas análises são usados para gerar conceitos de novos produtos. Assim se consegue estímulos para a geração de conceitos visando melhorias a interface homem-produto, e criando condições para aplicações dos métodos ergonômicos e antropométricos.
Baseia-se também no estudo dos movimentos corporais do ser humano, necessários para executar uma tarefa, na medida do tempo gasto em cada um desses movimentos. A seqüência dos movimentos necessários para executar a tarefa é baseada em uma série de princípios de economia de movimentos, sendo que o melhor método é escolhido pelo critério do menor tempo gasto.
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2.3.1.1 Postura e movimento
Postura e movimento têm uma grande importância na ergonomia. Tanto no trabalho como na vida cotidiana, eles são determinados pela tarefa e pelo posto de trabalho. [...]. Posturas ou movimentos inadequados produzem tensões mecânicas nos músculos, ligamentos e articulações, resultando em dores no pescoço, costas, ombros, punhos e outras partes do sistema músculo-esquelético. “Alguns movimentos, além de produzirem tensões mecânicas nos músculos e articulações, apresentam um gasto energético que exige muito dos músculos, coração e pulmões”. (Dul & Weerdmeester, 1995, p. 17) Para manter uma postura ou realizar um movimento, as articulações devem ser conservadas, tanto quanto possível, na sua posição neutra. Nesta posição os músculos e ligamentos que se estendem entre as articulações são esticados o menos possível, ou seja, tensionados ao mínimo. (DUL & WEERDMEESTER, p. 18, 1995) Os períodos prolongados com o corpo inclinado devem ser evitados sempre que possível. A parte superior do corpo de um adulto, acima da cintura, pesa 40 kg, em média. Quando o tronco pende para frente, há contração dos músculos e dos ligamentos das costas para manter essa posição. A tensão é maior na parte inferior do tronco, onde surgem dores. (DUL & WEERDMEESTER, p. 19, 1995)
De acordo com Dul & Weerdmeester (1995), posturas torcidas do tronco causam tensões indesejáveis nas vértebras. Os discos elásticos que existem entre as vértebras são tensionadas, e as articulações e músculos que existem nos dois lados da coluna vertebral são submetidas a cargas assimétricas prejudiciais. Movimentos bruscos podem produzir alta tensão, de curta duração. Por esse motivo os movimentos devem ter um ritmo suave e contínuo. (Dul & Weerdmeester, p. 20, 1995). No entanto a operacionalização da análise se fez através de uso de ferramentas para seleção de amostras e coleta de dados, com questionários estruturados, imagens, bem como organização das informações obtidas.
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2.3.2 Manejo
Manejo é uma forma particular de controle, onde há predomínio dos dedos e da palma das mãos, pegando, prendendo ou manipulando alguma coisa. (IIDA, p. 243, 2005) Segundo Iida (2005), existem dois tipos de manejo, o manejo fino e o grosso. Manejo fino é executado com as pontas dos dedos. É chamado também de manejo de precisão. Os movimentos são transmitidos principalmente pelos dedos, enquanto a palma da mão e o punho permanecem relativamente estáticos. Esse tipo de manejo caracteriza-se pela grande precisão e velocidade, com pequena força transmitida nos movimentos. (IIDA, p. 243, 2005) Manejo grosseiro ou de força é executado com o centro da mão. Os dedos têm a função de prender, mantendo-se relativamente estáticos, enquanto os movimentos são realizados pelo punho e braço. Em geral, transmite forças maiores, com velocidade e precisão menores que no manejo fino. (IIDA, p. 243, 2005)
Segundo Iida (1995), “o movimento de pega com a ponta dos dedos permite transmitir uma força máxima de 10 kg, e para levantar e abaixar peso com um braço, sem usar o peso do tronco, a força máxima é de 27 kg”. Os acabamentos superficiais de qualquer tipo de pega têm uma grande importância, visto que no manejo fino tem-se preferência por superfícies lisas, facilitando a mobilidade. (IIDA, 1995)
2.3.3 Arranjo e dimensionamento
De acordo com Moraes e Pequini (2000), “Os sistemas homem – tarefa – máquina, compreendem as estações de trabalho ou área física na qual uma pessoa realiza atividades da tarefa implicadas nos objetivos do sistema homem – tarefa – máquina. Compreendem mesas, bancadas, cadeiras, bancos, mostradores, contadores, comandos, iluminação, temperatura”.
25
Foram coletados dados extraídos com análises realizadas com fotos, e com um boneco ergonômico, onde foi colocado nas posturas da realização dessa tarefa. A partir disso foram feitas essas análises, que serão demonstradas nas tabelas a seguir. Tabela 1: Análise da tarefa
Postura
Manejo
Postura inclinável onde há um
Manejo fino, pega com a ponta
desconforto na região dorsal e
dos dedos, não causando
lombar.
desconforto.
Postura incorreta, causando dorso lombagia aguda.
Flexão de quadril e de tronco.
Manejo fino, pega com a ponta
Há uma flexão de joelho com
dos dedos, não causando
apoio do membro inferior
desconforto.
direito. Postura incorreta pois não pode apoiar o joelho podendo causar uma disfunção patela femoral ou uma lesão articular. Flexão de tronco, quadril e
Manejo fino, pega com a ponta
joelhos, com uma plantiflexão
dos dedos, não causando
dos tornozelos. Percebe-se que
desconforto.
a pessoa tenta se apoiar em algo para fazer a coleta.
26
Flexão de tronco, quadril e
Manejo fino, pega com a ponta
joelhos, com uma plantiflexão
dos dedos, não causando
dos tornozelos.
desconforto.
Flexão de tronco, quadril e
Manejo fino, pega com a ponta
joelhos, com uma plantiflexão
dos dedos, não causando
dos tornozelos.
desconforto.
Fonte: Arquivo pessoal
Tabela 2: Análise da tarefa – boneco ergonômico
Postura
Iniciando uma semi-flexão de tronco, quadril e joelhos.
Postura inclinável onde há um desconforto na região dorsal e lombar. Postura incorreta, causando dorso lombagia aguda.
Flexão de quadril e de tronco. Há uma flexão de joelho com apoio do membro inferior direito. Postura incorreta, pois não pode apoiar o joelho podendo causar uma disfunção patela femoral ou uma lesão articular. Fonte: Arquivo pessoal
27
Tendo em vista, a coleta de fezes de animais deriva-se de uma tarefa onde muitas vezes causa desconforto no corpo por não ser executado corretamente ou por não ter algum produto que facilite essa atividade. Nisso, de acordo com o Sistema de OWAS 4, percebe-se que o ato de coletar fezes se baseia na seguinte categoria: Tabela 3: Sistema Owas
Dorso Braços Pernas
Cargas
Dorso inclinado Dorso inclina e torcido Dois braços para baixo Duas pernas flexionadas Uma perna flexionada Deslocamento com pernas Carga ou força até 10 kg
Fonte: Ergonomia, projeto e produção (Iida).
A maioria dos produtos possui atributos críticos em sua utilização pelos usuários. Estes atributos devem ser identificados, e o resultado deste estudo deve ser incorporado ao projeto de produto. A ergonomia, parte integrante do projeto ajuda a minimizar as suposições, aumentando o nível de confiabilidade do projeto.
2.4
PESQUISA DE CAMPO
Foi realizada uma pesquisa com 47 pessoas com diferentes estilos de vida pra saber se elas possuem cães em sua residência, onde foram aplicados dois questionários, um sobre animais de estimação para a realização de um produto específico para coletar fezes de animais em residências e principalmente em locais públicos, e o outro sobre a vida cotidiana de um cão.
4
Segundo (IIDA) identifica e avalia as posturas de trabalho, havendo uma categorização das posturas de trabalho.
28
2.4.1 Gráficos da pesquisa com o público
A seguir, os dados coletados em forma de gráfico, onde as pessoas responderam o primeiro questionário.
Gráfico 1: Possuir cachorro.
No Gráfico 1, nota-se que 60% das pessoas tem cães, 19% não tem, e 10 pessoas já tiveram um cão.
Gráfico 2: Quantidade de cães.
No Gráfico 2 as pessoas responderam a quantidade de animais que possuem, tendo em vista que 68 % dos pesquisados possuem apenas 1 cachorro em casa,11% possuem 2 cachorros e 21% possuem mais de 2 cachorros.
29
Gráfico 3: Passeios.
No Gráfico 3 foi respondido se as pessoas passeiam com seus cachorros, onde 57% responderam sim e 32% responderam não.
Gráfico 4: Freqüência do passeio.
. No Gráfico 4 as pessoas responderam com que freqüência passeiam com seus animais, e 6% dos pesquisados passeiam apenas uma vez ao dia com seus cachorros, 9% mais de 1 vez por dia,13% passeiam uma vez por semana,17% mais de uma vez por semana e 55% responderam outros.
outros
outros
Gráfico 5: Locais de passeio.
30
No Gráfico 5 as pessoas responderam em que locais costuma passear com seu(s) cachorro(s),tendo em vista que 26% dos pesquisados tem costume de passear na praça,47% em calçadas,13% passeiam com seu(s) cachorro(s) na praia,23% no quintal e 49% em outros lugares.
Gráfico 6: Necessidades no passeio.
No Gráfico 6, foi respondido a quantidade de vezes que o(s) cachorro(s) dos pesquisados fazem necessidades na hora do passeio, onde 43% dos cachorro(s) fazem 1 vez, 9% 2 vezes e 9% fazem as necessidades mais de 2 vezes durante um passeio.
outros
outros
Gráfico 7: Coletar fezes.
31
No Gráfico 7 responderam se costumam fazer a coleta das fezes do animal, 43% das pessoas pesquisadas responderam que sim, 13% não fazem a coleta, 11% as vezes, 2% depende e 32% responderam outros.
outros
outros
Gráfico 8: Utilização de algum produto.
No Gráfico 8 os pesquisados responderam se utilizam algum produto especifico para fazer a coleta das fezes,tendo em vista que 51% utilizam um produto para recolher as vezes, 15% não utilizam, 4% as vezes e 30% responderam outra opção.
outros
outros
Gráfico 9: Tipos de produtos.
32
No Gráfico 9 as pessoas que recolhem as fezes dos animais com algum produto especifico responderam quais produtos elas utilizam, onde 47% utilizam sacola plástica, 17% pazinha, 0% produtos específicos, 6% utilizam saco de papel para fazer o recolhimento, 11% jornal, 9% papel higiênico e 43% utilizam outros produtos disponíveis no mercado.
outros
outros
Gráfico 10: Produto confortável.
No Gráfico 10 responderam se o produto utilizado é confortável para a realização dessa tarefa, sendo que 9% acham o produto confortável, 36% não acham, 17% das pessoas pesquisadas disseram que depende do produto utilizado e 38% escolheram outra opção ou não souberam responder.
outros
outros
Gráfico 11: Contato com as fezes.
No Gráfico 11 as pessoas pesquisadas responderam que ao utilizar o produto, elas entram em contato com as fezes do animal, onde 2% disseram que
33
entram em contato com as fezes, 45% não tem contato com as fezes, 17% as vezes e 36% escolheram outra opção.
outro outros
Gráfico 12: Produto inovador.
No Gráfico 12 foi respondido se as pessoas gostariam que existisse algo mais higiênico e de fácil portabilidade para fazer a coleta, tendo em vista que 68% gostariam 4% não gostariam de um produto mais higiênico e portátil e 28% dos pesquisados responderam outra opção. No entanto com essa pesquisa realizada diretamente com o público obteve-se dados relevantes e fundamentais para o desenvolvimento do produto, tais como, quantidade de cachorros que a pessoa tem, se passeia ou não com ele(s), se utiliza algum produto para fazer a coleta, a forma de utilização e freqüência de uso.
2.4.2 Gráficos da pesquisa sobre o cão
A segunda pesquisa foi aplicada à profissionais da área de veterinária, onde 12 pessoas responderam. As questões aplicadas servem de base para coletar dados específicos sobre as fezes do cão, tendo em vista que é de extrema importância, pois o produto está ligado diretamente a isso. Logo, segue abaixo os gráficos com esses dados.
34
Gráfico 13: Peso das fezes.
No Gráfico 13 os veterinários responderam qual o peso médio de um cocô de cachorro, onde 33% dos pesquisados responderam 30 gramas e 67% responderam que o peso médio de um cocô de cachorro é acima de 30 gramas, as opções 10 gramas e 20 gramas não foram assinaladas.
Gráfico 14: Transmissão de doença .
No Gráfico 14, foi questionado se o cocô de cachorro transmite algum tipo de doença e 50% dos veterinários que participaram da pesquisa responderam sim, e 50% responderam não.
35
Se sim quais os tipos? • a mais conhecida é bicho geográfico; • larva migrans cutânea,Criptococose; • giardíase, bicho geográfico entre outras; • parasitas importantes para outros animais como ancylostoma, toxocara, giardia, isospora; • bicho geográfico; • bicho geográfico. Gráfico 15: Tipos de doença.
No Gráfico 15 os pesquisados responderam quais os tipos de doenças o cocô de cachorro pode transmitir, onde foram citados bicho geográfico ou larva migrans 5 cutânea, Criptococose 6, Giardíase7 entre outras doenças.
Gráfico 16: Prejudicial a saúde.
No Gráfico 16 os veterinários responderam quais das opções são mais prejudiciais a saúde humana, se é o cocô ou a urina, nisso 75% dos pesquisados responderam coco, e 25% responderam que é a urina que mais prejudica.
5
Segundo Dra. Eoda Steglich doença causada por parasitas que moram no intestino de cães e gatos e quando eles fazem cocô na terra ou na areia, os ovos eliminados nas fezes se transformam em larvas. Daí, as larvas penetram na pele do homem, causando a doença. 6 Segundo o site Tecnocientista a criptococose é causada pelo fungo Cryptococcus neoformans. O fungo pode ser transmitido por cão, gato, ovinos, primatas e principalmente pombos, por meio da aspiração do pó com o fungo 7 Segundo o site Toda biologia a Giardíase é uma infecção causada pelo protozoário Giárdia lamblia, que pode se apresentar tanto na forma de cisto quanto na forma de trofozoíto. Sua forma de infecção se dá pelo contato direto ou indireto com as fezes de pessoas infectadas.
36
Gráfico 17: Tempo de decomposição do cocô.
No Gráfico 17 foi perguntado quanto tempo em media (anos) as fezes do cachorro leva para se decompor, tendo em vista que 4 pessoas responderam que o cocô leva 1 ano para se decompor, 2 responderam que leva 2 anos, 1 respondeu que leva 3 anos, outra respondeu que leva 4 anos, e as outras 4 pessoas responderam que leva mais de 4 anos.
Gráfico 18: Utilidade do cocô.
No Gráfico 18 os pesquisados responderam se o cocô recolhido tem alguma utilidade, onde 42% responderam sim e 58% não. Visto que essa questão é importante, pois nos direciona a questões sócio-ambientais.
37 Se sim,qual seria ela? • produção de fertilizante; • fertilizante; • compostagem; • adubo.
Gráfico 19: Tipo de utilidade do cocô.
Nessa questão os veterinários responderam que a utilidade das fezes recolhidas é usada para a produção de fertilizantes, adubo e compostagem, que segundo o site planeta orgânico é a transformação de materiais grosseiros usados na agricultura e é uma forma de reciclar restos vegetais e fezes de animais transformando em matéria orgânica para reutilização na natureza. Tendo em vista os dados coletados acima, conclui-se que a maioria das pessoas possui cachorros, passeiam com eles, coletam as fezes, utilizam algum produto específico para fazer essa coleta e em algumas vezes entram em contato com as fezes do animal na hora de coletar. Optando por um produto inovador que facilite na realização dessa tarefa. Percebeu-se, que as fezes transmitem doença, sendo prejudicial à saúde, e levam mais de 4 anos para se decompor, causando falta de higiene por parte das pessoas, e agredindo o meio ambiente. Por outro lado, constatou-se que há um destino útil para as fezes, onde podem ser utilizadas como fertilizantes.
2.5
LISTA DE REQUISITOS
Com esses dados coletados é possível estabelecer fatores que afetam o aspecto final das respostas, definindo os requisitos que deverão ser trabalhados nos processos criativos, logo, esses requisitos servirão para outras análises. Os requisitos listados a seguir, descrevem algumas das restrições e exigências impostas para que o produto solucione o problema estabelecido (LÖBACH, 2001): Função principal: limpar o ambiente. Função Secundária: coletar as fezes do cão.
38
Usabilidade: Funcional, higiênico, resistente, descartável, adaptável e baixo custo. Características de composição material: biodegradável, de fácil transporte e higiênico. Benefícios que o consumidor espera: facilitar na coleta de fezes, higiênico e inovador.
2.6
ANÁLISE DO PÚBLICO DE INTERESSE
O objetivo da análise do público é fazer um levantamento do perfil do público-alvo, conhecer seus costumes, comportamento, modo de vida, analisar o espaço onde vive fazendo com que o projeto saia de acordo com o público escolhido.
2.6.1 Definição do público de interesse
O público alvo são pessoas que tem cães de qualquer classe social. E a maior parte delas possuem um cachorro em sua residência, passeando freqüentemente com eles, em praças, calçadas, quintais, praia, entre outros. Durante esse passeio grande parte do perfil pesquisado costumam recolher as fezes de seus animais com outros produtos como, saco plástico, pazinha, papel higiênico e jornal.
2.6.2 Painel Semântico
O objetivo do painel semântico é mostrar o estilo de vida do público-alvo, onde “procura-se traçar uma imagem do estilo de vida dos futuros consumidores do
39
produto. Essas imagens devem refletir os valores pessoais e sociais, além de representar o tipo de vida desses consumidores”. (BAXTER, 1998, p. 191). No painel semântico do estilo de vida, busca-se mostrar a vida agitada das grandes cidades, suas responsabilidades e seus afazeres, sua identidade, seu modo de ver o mundo, suas descobertas e mudanças na vida desses consumidores. Tem como finalidade identificar uma expressão para o valor de um produto, “essa expressão deve ser síntese do estilo de vida do consumidor. Ela representa a emoção que o produto transmite ao primeiro olhar”. (BAXTER, 1998, p. 191).
40
Figura 1 â&#x20AC;&#x201C; Painel semântico do estilo de vida
41
Figura 2 – Painel semântico da expressão do produto
42
Figura 3 â&#x20AC;&#x201C; Painel semântico do tema visual.
43
2.6.3 Matriz Semântica
A matriz semântica é um método de criatividade que serve para fazer um comparativo com dos dados coletados de acordo com o público de interesse. Auxiliando na análise e na configuração dos atributos. (BARBOSA FILHO, 2009) As tabelas a seguir mostram esses atributos, levando em consideração os pontos positivos para o projeto. Tabela 4: Atributos simbólicos Atributos Simbólicos (perceptivos) Barato
Caro
Exclusivo
Comum
Bom
Mau
Amigável
Irritante
Inteligente
Bobo
Elegante Delicado Limpo Formal Honesto Maduro Artesanal Complexo
Desajeitado
Forte Sujo
Informal Enganador Jovem Industrial Simples Divertido Multifuncional
44
Tabela 5: Atributos de estilo. Atributos de estilo (perceptivo) Arts and Crafts Art Nouveau Modernismo Futurismo Art Déco Contemporâneo Essencialismo Pop Retrô Clássico
Tabela 6: Atributos estéticos. Atributos Estéticos (sensoriais) Orgânica Características da forma
Equilibrado Simétrico
Angular Desequilibrado Assimétrico
Industrial Características da cor
Opaco Reflexivo
Metalizado Características do tato
Duro
Quente
Artesanal Transparente Texturizado Liso Macio
Frio
45
3
ANÁLISE DO PRODUTO E DO MERCADO
Nessa etapa pretende-se obter dados sobre produtos concorrentes no mercado, identificando os pontos positivos e negativos e analisando as possibilidades de inovações. Com base no estudo, listar pontos importantes para desenvolvimento do produto tornando mais competitivo no mercado. Para fazer a análise de mercado serão realizadas as seguintes etapas, benchmark e uma lista de verificação.
3.1
BENCHMARK
O estudo tem como função desenvolver uma amostra de todos os produtos existente no mercado, dando uma visão geral de todos os benefícios existentes bem como valores dos produtos, que possam ser usados para o seu desenvolvimento. De acordo com Baxter (1998, p. 138). O benchmark estabelece certos marcos comparativos, a partir de análises das melhores técnicas e processos já em prática no mercado. Assim procurar-se determinar o estado da arte para todos os processos utilizados pela empresa, em comparação com outras empresas, para se identificar as melhorias.
Para isso foram selecionados alguns produtos que são consumidos pelo público alvo. Esses possuem características como, fácil usabilidade e fácil visualização do produto.
46
Tabela 7: Benchmark
47
Mediante ao quadro do benchmark chegou-se a algumas informações, como materiais, dimensões, preço e cores. No mercado existem produtos para fazer o recolhimento de fezes de animais. Nos E.U.A existe um produto chamado Dog Poo 8, um saco que permite transportar as fezes dos animais com higiene. No Brasil existe um produto chamado kata kaka9, composto por um saquinho e uma pá de papelão. De acordo com o site do fabricante esse produto tem como finalidade eliminar o uso de sacos plásticos na hora de recolher as fezes. Outro produto existente no mercado é o Papacão 10, que contem uma haste coletora evitando o contato com o cocô e evitando também que as pessoas se abaixem para fazer o recolhimento das fezes. Analisando os três produtos citados acima percebe-se que utilizando o Dog Poo e o Kata Kaka, a pessoa terá que se abaixar para fazer o recolhimento das fezes mantendo um contato próximo a ela. Já o Papacão como foi dito anteriormente contem uma haste coletora que evita as pessoas de se abaixarem na hora de recolher as fezes, porém analisando o vídeo que se encontra no próprio site desse produto, mostra a utilização do produto e percebe-se a não praticidade de recolher fezes que já estão na rua, e percebe-se que esse produto só é prático quando o animal faz suas fezes diretamente na unidade reservatória. O Swoop the Poop e o Sha-Poopie são dois produtos que também facilitam na hora da coleta, visto que o Swoop é de fácil transporte e o Sha-Poopie tem uma alça retrátil que facilita para não se abaixar. Porém com alguns pontos negativos como, o custo muito alto, e em relação ao Sha-Poopie, que não é de fácil transporte. Conforme Baxter (1998, p. 132). Análise dos produtos concorrentes visa três objetivos gerais: Descrever como os produtos existentes concorrem com o novo produto previsto; Identificar ou avaliar as oportunidades de inovação; Fixar as metas do novo produto, para poder concorrer com os demais produtos.
Com base no estudo realizado até essa etapa será realizado uma lista de verificação que será mostrada logo a seguir. 8
GADESMANN, Andrea. Dog Poo. Disponível em: <http://www.poopoobags.com> Acessado em 4 de fevereiro 2010. 9 KOALA STORE. Kata kaka. Disponível em: <http://www.katakaka.com.br> Acessado em 4 de fevereiro 2010. 10 PAPACÃO. Papacão. Disponível em: <http://www.papacao.com.br> Acessado em 4 de fevereiro 2010.
48
3.2
LISTA DE VERIFICAÇÃO
A lista serve para organizar as informações de modo a chegar a um ponto sobre os atributos do produto, servindo para identificar pontos negativos para ser superado. Segundo Munari (2000, p. 96) “Se um designer quiser saber por que os objetos são como são, deve examiná-la sob todos os aspectos possíveis. [...]. Eis, pois uma lista de elementos a analisar”. • Fácil transporte; sua forte característica é de usabilidade. • Leve; com materiais leves para facilitar o transporte. • Fácil limpeza; o tipo de material utilizado deverá ser liso e limpo. • Proteção; proteger as mãos para não entrar em contato com as fezes. • Compatível com as tecnologias; estar dentro dos parâmetros do processo de fabricação e dos materiais disponíveis no mercado. • Resistente; material duradouro e resistente. • Baixo custo; utilizar materiais mais baratos e ter o mínimo de peças possíveis. • Inovador; produto deverá atender a novas expectativas de mercado. • Atender os princípios de Ergonomia e Usabilidade; produto de fácil utilização não comprometendo a saúde.
49
3.3
DEFINIÇÃO DO CONCEITO
De acordo com Sacchetta, A partir da compreensão ampla do problema, é estabelecida uma diretriz conceitual - síntese das premissas para solucioná-lo - e uma diretriz visual, também chamada de partido [...]. Neste ponto, manifestam-se com nitidez tanto o modo particular de o designer fazer design como a invenção, ingrediente insoluvelmente ligado ao ato de projetar. (SACCHETTA, 2002, p. 96)
Tendo como base a pesquisa e análise de dados coletados, será desenvolvido um produto que tem por finalidade atender e incentivar as pessoas a coletarem fezes de seu(s) cachorro(s), garantindo a limpeza e higiene dos ambientes. Tal produto será criado levando em consideração as pesquisas realizadas, os painéis semânticos e o perfil do público de interesse, caracterizandose pela fácil portabilidade e usabilidade.
4
CRIATIVIDADE
Para essa etapa será usado o mapa mental como ferramenta de criatividade e visualização rápida do projeto. Essa ferramenta foi desenvolvida nos anos setenta por Tony Buzan, e desde meados dos anos noventa, essa ferramenta esta no mercado em forma de softwares. Esses mais conhecidos como Mind Mapping. O mapa mental é um método usado na estruturação de problemas, desenvolvimento de produtos ou planejamento de processos. Conforme Bürdek, (2006, p.259): A superação do pensamento linear se dá muitas vezes por meio de saltos associativos, conduzindo a idéia e produtos inovadores. O fundamento é o simples fato de que os problemas (também no design) se tornam cada vez mais complexos e somente a representação do problema em sim com métodos tradicionais (como árvores e outras associações) não mais os representa, menos ainda os soluciona.
50
Figura 4 – Mapa Mental
Tendo em vista o mapa mental, consegue-se obter mais um meio para a realização da geração das alternativas do produto, pela descrição do objetivo principal ligando a outras funções.
4.1
ESTUDO DE MATERIAIS
Löbach além de demonstrar a importância da escolha e uso de materiais de forma consciente. Também explica a importância do estudo na aplicação de novos materiais como comenta logo a baixo. Por exemplo, se um novo tipo de material precisa ser vendido porque proporciona maiores lucros, passará a ser um fator determinante do produto. O designer industrial, no papel de promotor de vendas do material em questão, se encarregará da tarefa de desenvolver idéias de produtos para o aproveitamento do mesmo. Neste caso, a escolha do material acontece não pelo motivo de se adequar à produção do produto ou se possível efeito estético, e sim por motivos puramente econômicos. (LÖBACH, 2001, p.162).
51
O material é um dos elementos mais importantes na fase do projeto e pós-projeto. É muito importante estar ciente do material que utilizará, pois ele representa a estética do produto, durabilidade, fácil manuseio, entre outros. Devido a essa importância foi realizada uma pesquisa de materiais que serão utilizados no andamento do projeto, com possíveis escolhas e readaptações, dependendo dos resultados na fase de teste perante o usuário.
4.1.1 Termoplásticos
No grupo dos polímeros sintéticos, os termoplásticos destacam-se em relação aos termofixos por inúmeros razões: são mais baratos, mais leves, recicláveis, ambientalmente mais limpos etc. (LIMA, 2006, p. 152) A seguir os possíveis materiais a serem utilizados no produto final, levando em consideração o custo, tipo de material e o processo de fabricação.
4.1.1.1 Polipropileno – PP
Características: material semicristalino – 60 a 70%, atóxico, permite fácil pigmentação e processamento, baixo custo, possibilidade de obtenção de brilho, pintura/impressão e colagem difíceis. Propriedades genéricas: propriedades físicas e químicas similares ao PEAD, apresentando, contudo, menor resistência ao impacto, maior resistência térmica, maior resistência à flexão prolongada (resistência a fadiga dinâmica) e capacidade de retornar à geometria original após a eliminação de um esforço sendo, por esse motivo, um plástico dito com “memória”. Suas limitações são: pouca rigidez, estabilidade dimensional, resistência ao riscamento. Densidade: 0,90 g/cm³.
52
Aplicações: seringas descartáveis, pára-choques/pára-lamas/suporte de bateria, utensílios domésticos (potes, copos, jarras, bandejas etc.), frascos, eletrodomésticos, brinquedos, filmes, mesas, cadeiras e outros elementos de mobiliário, estojos e embalagens para diversos produtos, pastas escolares, etc. Processos mais indicados: extrusão de laminados e perfilados, sopro, injeção e rotomoldagem e termoformagem. Da mesma forma que o PEAD o prolipropileno necessita que tanto a pintura quanto a colagem sejam feitas com o auxílio de calor. Identificação: pela cor (branco), pela queima (queima moderada a rápida, com chama de cor amarela e fundo azul. Durante a queima, o plástico funde e goteja desprendendo um cheiro de parafina queimada). (LIMA, 2006, p.154)
4.1.1.2 Poliestireno alto impacto – PSAI
Característica:
semicristalino,
permite
fácil
pigmentação,
fácil
processamento, baixo custo. Propriedades genéricas: em relação ao OS é menos quebradiço, menos resistente à tração, menor dureza superficial, temperatura de amolecimento inferior, semelhante comportamento em contato com produtos químicos. Aplicações:
utensílios
domésticos,
eletroeletrônicos,
refrigeração,
descartáveis, embalagens, filmes etc. Processos
mais
indicados:
extrusão
de
laminados
e
perfilados,
termoformação e injeção. Propicia excelente usinagem, soldagem, impressão e pintura. Identificação: pela cor (branco opaco), pela queima (queima rápida com chama não extinguível, de cor amarelo-alaranjado, produzindo uma fumaça preta densa com fuligem. Durante a queima, o plástico amolece formando bolhas e carboniza superficialmente). (LIMA, 2006, p. 156)
53
4.1.1.3 Polietileno de alto impacto – PEAD
Características: alta cristanilidade (em torno de 95%), atóxico, permite fácil pigmentação e processamento, baixo custo, pintura/impressão e colagem difíceis. Propriedades genéricas: propriedades mecânicas superiores ao PEBD embora apresente menor resistência ao impacto e permeabilidade a gases, dificuldade de colagem normal ou por ultra-som. Densidade: 0,94 a 0,97 g/cm³. Aplicações: bombonas, utensílios domésticos, brinquedos, contenedores grandes para acondicionamento geral (produtos químicos e alimentos), caixas d’água, tubos, baldes, bacias etc. Processos mais indicados: extrusão de laminados e perfilados, sopro, injeção e rotomoldagem. O material é difícil de ser usinado e, em virtude de sua superfície parafinada tanto a pintura quanto a colagem devem ser feitas com o auxílio de calor. Identificação: pela cor (branco opaco), pela queima (queima rápida, com chama não extinguível de cor amarela e fundo azul. Durante a queima, o plástico funde e desprende o cheiro de parafina queimada). (LIMA, 2006, p. 153)
4.1.2 Elastômeros
Os elastômeros destacam-se dos termoplásticos e dos termofixos principalmente pelo seu comportamento mecânico relativo a elevada capacidade de estiramento e resiliência 11, apresentam semelhanças respectivas. (LIMA, 2006, p. 173). Logo, um dos elastômeros mais utilizados pela indústria nos dias atuais.
11
Resiliência é a capacidade que o material tem em devolver uma energia recebida. Um elastômero que apresenta o mais elevado índice de resiliência é a borracha natural – NR.
54
4.1.2.1 Silicone – SI
Características: polímeros semi-orgânicos de alto peso molecular formados por cadeias longas de átomos alternados de silício e oxigênio. São inodoros, atóxicos, inertes e, normalmente, processados com algum tipo de carga de reforço (LIMA apud MILES e BRISTON, 1975). Seu custo elevado sugere uma análise antes da especificação do produto. Propriedades genéricas: não hidroscópico, boa resistência à tração, estável quando submetido a altas ou baixas temperaturas (-70º a 250º) e à oxidação, excelente resistência elétrica, excelente resistência aos raios ultravioleta e ao ozônio, além de excelente resiliência. Apresenta ótimo desempenho quando submetido ao contato com produtos químicos. Densidade: 1,0 g/cm³ a 1,90 g/cm³. Aplicações: moldes para fundição rotacional e outros processos, guarnição de portas de estufas e de dutos de ar quente e fornos, adesivos, vedadores, encapsuladores de equipamentos elétricos, produtos da área médicohospitalar, componentes para indústria em geral etc. Processos mais indicados: extrusão, laminação, calandragem, injeção. Identificação: pela cor (incolor), pela queima (queima difícil, com chama extinguível de cor amarelada. Durante a queima, o material despende fumaça branca e resíduos brancos com cheiro penetrante). (LIMA, 2006, p. 176)
4.1.3 Aço
O aço é o derretimento de vários metais juntos. Existem no mundo mais de 2500 tipos de aço consistindo em ferro-gusa que é um elemento de ferro, e mais de 3% em carbono. Possui propriedades tais como alta ductibilidade, resistência à tração e à corrosão e maquinabilidade. O aço aparece em formas de tubos, chapas, barras e perfis (DISCOVERYBRASIL, 2007).
55
O aço apresenta características como, ser de fácil limpeza, facilidade na manutenção, resistentes à corrosão, não libera produtos de corrosão que manchem outros materiais como o mármore, alvenaria, entre outros (CDCC, 2007).
4.1.4 Metais
Os metais são muito usados em diversos produtos, pois é um material dúcti, elástico, resistente a corrosão, maleável, entre outras. Apresenta um alto ponto de fusão, conduz eletricidade e calor. Os metais se oxidam a ambientes úmidos, e quando expostos ao oxigênio. Há vários tipos de metais, tais como, o alumínio, ferro, ouro, cobre, entre outros (LESKO, 2004).
4.1.5 Processo de fabricação envolvendo termoplásticos e elastômeros
Os processos de conformação para obtenção de produtos em termoplásticos sempre envolvem as etapas de aquecimento da matéria-prima, moldagem e resfriamento da peça. (LIMA, 2006, p. 182)
4.1.5.1 Termoformação
De acordo com LIMA (2006), corresponde a uma grupo de processos de conformação que utilizam temperatura e pressão de vácuo ou ar comprimido para obtenção de peças. a) Injeção: •
Produção econômica – alta/altíssima.
56
•
Equipamentos – investimento muito alto; requer além de injetoras, de equipamentos para refrigeração como dutos, refrigeradores, torres de refrigeração; matrizaria (para pequenos trabalhos nos moldes),
instalações
apropriadas
para
armazenamentos
e
transporte interno de matéria-prima e matrizes entre outros. •
Ferramental – moldes metálicos em aço-ferramenta podendo ser de outro metal mais econômico e fácil de usinar, ou mesmo de resina termofixa em epóxi para tiragens mínimas de caráter experimental. Contudo, o investimento será sempre alto (molde provisório) ou muito (molde definitivo).
•
Aplicações – peças que requeiram de forma marcante altas escalas de produção, elevada precisão dimensional, ótimo acabamento.
Exemplos:
batedeiras,
ventiladores,
utensílios
domésticos como potes e tampas, pratos, cestos de roupas, lixeiras, etc. •
Matéria-prima – termoplásticos na forma de grânulos, como o PS, PE, PP, ABS, PMMA, PC, PVC, SAN, PET.
•
Descrição do processo – veja na imagem a seguir o processo de fabricação injetável. (LIMA, 2006, p. 193)
Figura 5 – Moulding-machine Fonte: Crown Contract Manufacturing
57
Outros fatores podem ser considerados como avanços no âmbito de processo de injeção são: a possibilidade de utilização de dois fusos (parafusos ou roscas) – para injeção mais rápida; dispositivos de câmara quente – que eliminam a necessidade de canais de injeção propiciando redução de sobras, obtenção de peças grandes, melhoria do produto obtido. (LIMA, 2006, p. 197)
4.2
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
Com base nos estudos e análises realizadas nas etapas anteriores do projeto e com o auxílio da ferramenta de criatividade, foram desenhadas algumas alternativas, como mostra nas imagens a seguir.
4.2.1 Primeira alternativa
O desenho a seguir (Figura 6) foi desenhado de acordo com as pesquisas realizadas, visto que foi feita uma alça para facilitar na coleta, o sistema funcionaria no momento que a pessoa apertasse com a mão na alça sai um saquinho de dentro, funcionando igual a uma mão mecânica.
58
Figura 6 – Alternativa 1
Analisando essa alternativa, constatou-se que não é viável, pois o processo de fabricação seria de alto custo, por ter um sistema mecânico um pouco mais complexo, e não tão resistente.
59
4.2.2 Segunda alternativa
A segunda alternativa (Figura 7) tem a forma orgânica com uma pega, onde dentro será fixado o saquinho dentro do suporte e terá um mecanismo com mola, no momento em que é pressionado contra o chão as garras saem para fora coletando as fezes, podendo ficar dentro do suporte, e posteriormente sendo descartada no lixo.
Figura 7 – Alternativa 2
Analisando a alternativa 2, verificou-se que é de fácil transporte, leve, e inovador. O processo de fabricação seria de alto custo, por causa de o sistema mecânico ser mais complexo, e não ser de fácil limpeza.
60
4.2.3 Terceira alternativa
A terceira alternativa (Figura 8) será fixado o saquinho dentro do suporte ficando com as alças para fora, terá um mecanismo com mola fazendo o movimento de balanço, como mostra na figura. Nisso depois da coleta, as fezes podem ficar dentro do suporte, podendo ser descartada assim que a pessoa encontrar um lixo.
Figura 8 – Alternativa 3
A alternativa 3, é de fácil transporte, leve, e inovador, porém, não possui uma fácil limpeza, e também não é muito funcional, pois percebeu-se que no momento em que seria feita a coleta, as fezes seriam empurradas para frente, dificultando para fazer a coletagem, entrando de certa forma em contato com as fezes. E o seu processo de fabricação seria de alto custo por ser divido em diversas peças.
61
4.2.4 Quarta alternativa
A alternativa a seguir (Figura 9), tem o mesmo sistema de uso de uma pá de lixeiro, com um cabo acoplado na base, e dentro insere o saquinho, não entrando em contato com as fezes.
Figura 9 – Alternativa 4
A alternativa 4, não possui um fácil transporte por ser muito grande, é leve, não seria inovador, dificuldade na limpeza, e também não é muito funcional, pois acontece como na alternativa 3, que no momento da coleta, as fezes seriam empurradas para frente, dificultando para fazer a coleta, entrando de certa forma em contato com as fezes. É resistente, e possui um baixo custo, pelo processo de fabricação e pela quantidade de peças e materiais usados.
4.2.5 Quinta alternativa
A quinta alternativa (Figura 10 e 11) representa-se pela forma orgânica, e seu sistema interno é parecido com de um carimbo, onde no momento que
62
pressiona para baixo a base do meio desce num movimento circular, recolhendo as fezes quando se tira do chão. O saco é acoplado dentro do produto deixando as alças para fora como mostra na imagem a seguir.
Figura 10 – Alternativa 5
Figura 11 – Alternativa 5
Avaliando a alternativa 5, percebeu-se que possui um fácil transporte sendo carregada pelo cabo, é leve, inovador, é funcional, porém não possui uma fácil limpeza. É resistente, e, porém possui um alto custo, pelo processo de fabricação e pela quantidade de peças e materiais utilizados.
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4.2.6 Sexta alternativa
A sexta alternativa (Figura 12) representa-se pela forma orgânica, e seu sistema interno é parecido com de um prendedor de cabelo (piranha), onde a pessoa faz um manejo fino apertando os dedos para abrir o produto, nisso faz-se a coleta das fezes, indo direto para dentro do saquinho, quando se tira do chão. O saco é acoplado dentro do produto deixando as alças para fora, onde quando puxado para ser descartado, vem outro em seguida, como mostra na imagem a seguir.
Figura 12 – Alternativa 6
Avaliando a alternativa 6, pelos critérios definidos, essa alternativa foi a que atende todos os requisitos, pois possui um fácil transporte sendo carregada pela pega, é leve, inovador, é funcional, possui fácil limpeza, é resistente, e baixo custo, pelo processo de fabricação e pela quantidade de peças e materiais utilizados.
64
4.3
SELEÇÃO DAS ALTERNATIVAS
A partir das alternativas geradas na etapa anterior, fez-se necessário uma seleção pra determinar a alternativa que melhor atenda as necessidades do projeto. Para auxiliar nessa seleção das alternativas, foi confeccionado uma tabela de critério de avaliação, com base nos requisitos já citados no mapa mental. A forma de avaliação desses critérios foram realizadas sob os seguintes aspectos: 'atende' representado pela letra ' A' em negrito, na cor verde e 'não atende' representado pela letra 'N' em negrito, na cor vermelha.
Tabela 8: Critério de avaliação Critério/alternativa
Nº 1
Nº 2
Nº 3
Nº 4
Nº 5
Nº 6
Fácil transporte
A
A
A
A
A
A
Leve
A
A
A
A
A
A
Fácil limpeza
A
N
N
N
N
A
Funcionalidade
A
A
N
N
N
A
Proteção
A
A
N
N
A
A
Compatível com as
A
A
A
A
A
A
Resistente
N
A
N
A
A
A
Baixo custo
N
N
N
A
N
A
Inovador
A
A
A
N
A
A
tecnologias
Com a realização da matriz, atendeu-se o maior número de critérios abordados, obtendo assim a alternativa final. Tem-se como característica principal facilitar na coleta de fezes de cachorros. A alternativa a ser trabalhada será a número seis como segue na etapa seguinte.
65
4.4
REFINAMENTO DA ALTERNATIVA ESCOLHIDA
Após a seleção da alternativa serão verificadas as possíveis melhorias, tendo como base pontos fortes das demais alternativas que não foram selecionadas. Terá a forma orgânica dividido em duas partes, onde na parte interna será oco para acoplar o saquinho plástico, deixando as alças do saco para fora, como quando se coloca o saco ou sacola em um lixo, nisso as fezes vão diretamente para dentro do saquinho não entrando em contato com as mãos. Na parte superior do produto terá duas pegas, que ao apertá-las entre si a parte inferior se abre, esse movimento acontece devido ao sistema de mola que terá entre as duas pegas, servindo também como alças para carregá-lo. Com base nas demais informações obtidas na análise de uso buscaram-se atender as necessidades das dimensões. A partir da alternativa inicial foram realizadas algumas modificações tentando atender as necessidades levando em consideração os critérios e estudos realizados. Tendo em vista que os saquinhos ficariam acoplados dentro do produto, que ao puxar o saco utilizado, viria outro em seguida revestindo a parte interna e parte da parte externa. Porém isso não foi levado em conta nesse momento, pois se desconhece o processo de fabricação, podendo ser realizado esse mecanismo para futuras adaptações.
5
5.1
DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO
OTIMIZAÇÃO DA SOLUÇÃO
Com a otimização da solução pretende-se diminuir custos com o produto e o melhoramento no desempenho do mesmo. A primeira otimização do produto foi a remoção do compartimento do saco, ficando como estudo para futuras adaptações.
66
Sendo assim reduzindo desperdício de matéria-prima, custo com processos e tempo de fabricação. Como também o volume de peças e o peso ao ser transportado.
5.2
DETALHAMENTO 3D
O detalhamento em 3D tem como função mostrar os componentes, forma de montagem e locais onde deverá estar cada peça, como mostra nas figuras a seguir.
Figura 13 – Render no ambiente
67
Figura 14 – Render de variação das cores
Figura 15 – Vista lateral e perspectiva do corpo do coletor
68
Figura 16 – Vista da pega
Figura 17 – Vista isométrica da mola
Figura 18 – Vista isométrica do pino
69
Figura 19 – Vista explodida
Figura 20 – Render de futuras adaptações para acoplar saco plástico
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Figura 21 – Render de futuras adaptações para acoplar saco plástico
5.3
MODELO VOLUMÉTRICO
Logo após o modelo 3D, foi feito um modelo volumétrico que serve para a verificação de tamanhos e proporções. O material utilizado para a confecção do modelo foi PU – poliuretano, alfinetes e sacola plástica. A Figura 22 mostra o modelo finalizado, porém sem os acabamentos, pois serve mais para ver as dimensões e volume do produto com o usuário, em escala real.
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Figura 22 – Forma e verificação das dimensões
A imagem a seguir (Figura 23) mostra um estudo sobre a pega, onde se percebe o tipo de manejo fino realizando um esforço físico mínimo, facilitando no transporte.
Figura 23 – Verificação do manejo
A imagem a seguir (Figura 24) mostra as dimensões do produto com uma sacola inserida dentro dele, junto, um volume simulando as fezes.
Figura 24 – Verificação das dimensões com saco plástico
A Figura 25 mostra o modelo diretamente com o usuário, onde as proporções ficaram de acordo com os objetivos esperados.
72
Figura 25 – Verificação do uso do produto
Com o estudo do modelo volumétrico pode-se fazer as verificações das medidas, proporções e formas de uso realizado na análise da tarefa.
5.4
DESENHOS TÉCNICOS
Segundo Predabom (2004), o detalhamento técnico serve para criar vistas e a adição de cotas ao modelo, especificando informações de superfícies, cortes e encaixes. Os desenhos técnicos constam no anexo 1.
5.5
MEMORIAL DESCRITIVO
Após a idealização do 3D elaborou-se um memorial a fim de identificar as características estético-formais, perceptivas, simbólicas, uso, ergonômicas, técnica, informacional, e marketing do produto.
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a) Função estético – formal
O produto se caracteriza por uma apresentação de boa continuidade pelo fator de alinhamento e regularidade, porém possui algumas quebras pequenas e interrupções em relação à parte interna do objeto. Possui linhas mistas buscando certo equilíbrio e certa dosagem na forma, tanto com linhas geométricas como com linhas orgânicas. Sua forma segue a função. Adquire características de “piranha de cabelo”. De acordo com as Leis da Gestalt, o produto segrega-se em três unidades principais: a base constituída pelo corpo; a pega; e a mola. A base apresenta simetria no eixo horizontal e assimetria no eixo horizontal. A pega apresenta simetria no eixo vertical e assimetria no eixo horizontal. O produto apresenta boa continuidade que é percebida através da organização visual da forma de modo coerente, assim como a proximidade e o ritmo. A pregnância da forma é clara, pois sua apreensão é rápida, fácil e imediata. O tratamento superficial dos objetos remete a sensação de inovação e facilidade, os materiais selecionados, apresentam qualidades perceptivas.
b) Função Simbólica
O coletor busca a facilidade para o público com um baixo custo econômico,
sendo
assim
viável
a
qualquer
classe
social.
Os
produtos
proporcionarão ao usuário conforto e facilidade no manuseio, a satisfação de poder coletar as fezes de forma prática e rápida.
c) Função de uso
Facilitar na coleta de fezes de cachorros, na hora do passeio em locais públicos, ou até mesmo na própria residência.
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d) Função Ergonômica
O coletor apresenta facilidade em seu uso e manipulação. Os materiais utilizados são higiênicos e de fácil limpeza. Segundo Iida (2005), suas relações antropométricas estão adequadas. O produto possui 10 cm de diâmetro, a pega tem 2 cm de altura e 6 cm de largura. O trabalho que o indivíduo aplicará classifica-se como trabalho dinâmico, que se caracteriza por contração e relaxamento dos músculos. No manuseio do produto verificam-se as seguintes posturas: Para manuseá-lo o indivíduo sairá da postura em pé para a postura agachada, flexão de quadril, joelhos e tornozelos, mantendo a coluna ereta, com uma das mãos segurando o produto. Não é necessária a aplicação de força física no manuseio do produto, pelo tipo de material utilizado e pela tarefa ser de curta duração.
e) Função Técnica
O sistema construtivo do produto subdivide-se em: base, pega, mola e pino. O sistema de movimento é constituído pela mola e o pino, que serão terceirizados, ambos de metal. O material aplicado será o polipropileno chamado também como PP, por ser de baixo custo e fácil limpeza. O processo de fabricação utilizado é por injeção.
f) Função de Marketing
Os clientes são diversificados, tais como, lojas de petshop, internet e superrmercados. Será distribuída também em lojas de varejo e via correio, podendo ser distribuído para todo o Brasil. O produto em relação ao comportamento no mercado em termos de crescimento é dado por não haver muitas opções de similares, portanto por ser um produto inovador, venderá de forma que atenderá ao público.
75
A estratégia de marketing que pretende-se adotar será a divulgação em feiras e eventos promocionais. Além disso, pretende anunciar em revistas especializadas, out-door, programas televisivos e ter um site de vendas na Internet.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o desenvolvimento de um projeto de produto são necessárias etapas de pesquisas, análises, definição do conceito, etapa de criatividade, e o desenvolvimento da solução final. Para atingir a etapa final, verifica-se os pontos positivos e negativos que foram desenvolvidos durante o projeto. Tendo como problema a atividade de coletar as fezes de cães nas ruas e locais internos, propondo um produto que auxilie no recolhimento dessas fezes. Propõe-se que o produto possua boa usabilidade e uma fácil portabilidade, atendendo as necessidades do problema. Tendo em vista que a coleta do coco deixado nas ruas pelos cachorros é de muita importância pelo fato de que essas fezes atraem insetos, além das doenças que elas podem causar às pessoas, conforme foi citado por veterinários em uma pesquisa realizada. O produto será produzido em polipropileno (PP), e o processo de fabricação será por injeção, oferecendo ao público baixo custo e possíveis variações de cores. Por ser um material leve e liso, pode ser facilmente transportado e de fácil limpeza, permitindo que a coleta das fezes seja feita com higiene, atendendo a viabilidade técnica. Propõe-se para futuros trabalhos, otimizar o produto com futuras adaptações e readaptações, levando em consideração a questão de acoplar os sacos plástico dentro do próprio produto, utilizando saquinhos biodegradáveis contribuindo assim com o meio ambiente. Outro aspecto que pode ser estudado é o fator da escala de produção do produto podendo influenciar nos materiais e processos de fabricação. Portanto a proposta desse trabalho faz com que as pessoas possam aplicar o design como diferencial em diversas áreas que supostamente são esquecidas, onde identifica os problemas e posteriormente chega-se a uma solução.
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REFERÊNCIAS
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