Classic Life | Edição 21

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Ano VII | #21 | Outono 2011



O Greenpeace está de olho. Colabore com o Greenpeace e vamos juntos cuidar do planeta.

Enquanto você está de olho nas ondas, o Greenpeace olha um pouco mais fundo. Você sabia que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se sob algum tipo de risco? O Greenpeace luta por áreas marinhas protegidas para que as espécies não desapareçam nem dos mares e nem da sua mesa.

Só aceitamos doações de pessoas físicas como você. Não aceitamos ajuda de empresas ou governos, o que garante nossa independência e liberdade para atuar.


índice Ano VII | #21 | Outono 2011 Diretoria Ana Luiza Barchinski Marisa Cristina Sarmento Conselho Editorial Ana Luiza Barchinski Marisa Cristina Sarmento Jornalista responsável e Revisão Sabrina Gisele Becker / MTb 13261 Projeto Gráfico, Diagramação e Arte-final Tridente Design – www.tridentedesign.com.br Diretoria Comercial e Publicidade Ana Luiza Barchinski – (51) 8135.4800 Marisa Cristina Sarmento – (51) 9825.3645 classiclife@classiclife.com.br

VARIZES: DO SALTO ALTO AO LASER

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Design e Criação de Anúncios Insignia Publicidade insigniapublicidade@gmail.com

Dra. Gianna Zaffari Frey

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Dr. Luiz Fernando Lima Albernaz

DEPILAÇÃO A LASER

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ABUSO SEXUAL INFANTIL

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Dra. Ivete Kemper

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Colunistas desta edição Dra. Juliana Lima de Araujo Dr. Almir Moogen Nácul Dr. Nelson Spritzer

Dra. Juliana Lima de Araújo

Especificações Periodicidade: Trimestral Tiragem: 6.000 exemplares Circulação: Porto Alegre e Vale do Sinos Distribuição: Gratuita e direcionada ao público classes A e B

ARTROPLASTIA DA COLUNA

BULIMIA

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OBESIDADE COMEÇA NA INFÂNCIA

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PLÁSTICA DO NARIZ Dr. Almir Moojen Nácul

16 Capa: Dr. Luiz Fernando Albernaz

MUDAR OU DESCARTAR Dra. Simone Engbrecht

CENOURA, OVO OU CAFÉ

Dr. Nelson Spritzer

POLUIÇÃO ESTROGÊNICA

Dra. Sheyla Ceroni

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A Revista Classic Life é uma publicação trimestral editada pela Insignia Publicidade. Todos os direitos reservados. Todas as informações, opiniões e/ou conceitos emitidos em entrevistas, artigos e colunas assinadas são de total responsabilidade de seus autores, bem como o conteúdo do material publicitário. Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta revista sem autorização prévia e escrita.

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IMPLANTE MAMÁRIO

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Vinícius Roig

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Dr. Marcelo Tonding

MICROPIGMENTAÇÃO Revista Classic Life Rua Presidente Roosevelt, 137/405 | Centro São Leopoldo/RS | CEP 93010-060 | (51) 3588.5068 classiclife@classiclife.com.br | www.classiclife.com.br

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Dra. Ana Paula Souza

Dados Técnicos Capa: Couché 230g com Prolan brilho Papel: Couché 170g Formato de página: 21cm x 27,5 cm

Fotos capa e matéria: Denise Wichmann Fone: (51) 3066.7006 denisewichmann.com.br

Dr. Fernando Sanchis

A BANALIZAÇÃO DA ODONTOLOGIA

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Dr. Felippe Ruaro

FISIOTERAPIA CARDIOPULMONAR Leonardo Fratti Neves

SUÍÇA

Turismo

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GASTRONOMIA MEXICANA

Gastronomia

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editorial

É ÉPOCA DE MUDAR SEM DEIXAR DE SE CUIDAR

A edição 21 da revista Classic Life chega em uma época de mudança, o Outono. É nessa estação que acontece uma metamorfose na natureza, que deixa para trás os dias quentes e floridos iniciados na Primavera e continuados no Verão, para receber as temperaturas mais amenas que antecederão o Inverno. O destaque da edição fica por conta da entrevista com o cirurgião vascular e angiologista Luiz Fernando Lima Albernaz, idealizador de uma das clínicas mais renomadas no tratamento de varizes, a Clínica Albernaz, sediada em Novo Hamburgo. Na matéria, ele conta quais são os principais e mais modernos tratamentos para esse mal tão comum entre homens e mulheres. A ginecologista e obstetra Juliana Lima de Araújo, fala em sua coluna sobre o abuso sexual infantil. Uma discussão interessante é proposta pelo cirurgião, traumatologista bucomaxilofacial e implantodontista Felippe Ruaro, a banalização da odontologia. Ele alerta para a importância de um planejamento adequado para um tratamento odontológico eficaz. Um mal comum que também é trazido à tona refere-se às famosas dores no pescoço. O médico ortopedista Fernando Sanchis explica causas e cuidados para esse problema tão recorrente. Na área de cirurgia plástica, Dr. Marcelo Tonding traz os 10 passos a serem seguidos para o implante mamário ter sucesso e o Dr. Almir Moojen Nácul fala sobre utilização da bioplastia para correções do nariz. A obesidade é um problema crônico da população moderna e é abordado pela nutricionista Ana Paula Souza. Outro problema relacionado ao peso, a bulimia, é o tema da coluna da psicóloga Ivete Kemper. A psicóloga e psicanalista Simone Engbrecht afirma: “é preciso saber o que podemos mudar e o que devemos descartar em nossas vidas”. Já o neurolinguista Nelson Spritzer propõe nos questionarmos sobre como respondemos quando a diversidade bate a nossa porta. Por fim, para viajarmos um pouco, a reportagem sobre turismo nos propõe um passeio dos Alpes a era medieval, na Suíça. E, para quem prefere ler sobre gastronomia, a reportagem sobre cozinha mexicana nos mostra uma mesa quente! Para conferir essa e edições anteriores, acesse: www.classiclife.com.br Tenha uma ótima leitura e até a próxima edição. Diretoria Geral Classic Life

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perfil

VARIZES:

DO SALTO ALTO AO LASER

CLÍNICA ALBERNAZ COMPLETA DEZOITO ANOS DE EXCELÊNCIA NO TRATAMENTO DE VARIZES

Se você sofre de varizes nas pernas, saiba que não está sozinho. Estima-se que 80 milhões de pessoas nos EUA sofram com alguma alteração venosa. Sabemos que, em nosso meio, aproximadamente um terço da população apresenta alguma forma de doença varicosa. Muitas pessoas procuram tratamento para obter melhora estética e outras para obter alívio de dor. Buscando proporcionar a satisfação dessas pessoas, a Clínica Albernaz, especializada em tratamento de varizes, completa seus dezoito anos seguindo o princípio de que humanismo e medicina casam bem. Pautado por essa filosofia, seu idealizador, Dr. Luiz Fernando Lima Albernaz, considera que “mais importante do que tratar varizes é a satisfação de poder proporcionar uma mudança positiva na qualidade de vida das pessoas”. Prova disso são os princípios que guiam seu trabalho e de seus parceiros na clínica: solidez, inovação e confiança. “A confiança vem de tantos anos de trabalho dedicado; a inovação traduz uma inquietação em sempre proporcionar o melhor em tecnologia e serviços e a solidez é o que dá mais trabalho - somente em 2010 foram três trabalhos apresentados em congresso e um artigo publicado em revista indexada internacionalmente, além de uma premiação concedida pela Unimed contemplando as maiores pontuações em produção científica e social”, salienta. Congressos, cursos e muito estudo são a fonte de força e alegria para desenvolver o estilo de trabalho. “Também é importante salientar que contamos com a parceria dos colegas anestesistas, em especial Dr. Jorge Azambuja, e profissionais médicos de outras áreas, entre os quais estão enfermeiros, fisioterapeutas, profissionais da saúde parceiros na atenção integrada aos pacientes”, destaca. Completando seu time de confiança estão a gerente da clínica, Delci “Pipie” Terezinha Rekctenvaldt, que, assim como Carme Zucco é também técnica de enfermagem e instrumentadora, Suelen Stiehl Alves, técnica de enfermagem e Rozelene Roman, responsável pela higienização. À frente da clínica, o Dr. Luiz Fernando Albernaz é cirurgião vascular e angiologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e pelo Conselho

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Dr. Luiz Fernando Albernaz


Federal de Medicina. Além disso, mantém formação continuada em ecografia vascular e cirurgia endovascular e destaca-se como membro das Sociedades Brasileiras de Cirurgia Vascular, de Flebologia e Linfologia, de Laser em Medicina e do American College of Phlebology. Completando o corpo médico da Clínica Albernaz está a Dra. Fernanda Zignani, cirurgiã vascular e angiologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e pelo Conselho Federal de Medicina com formação continuada em ecografia vascular. Juntamente a eles, a Dra. Daiane Schlindwein Albernaz, médica residente em cirurgia geral do Hospital Universitário Ulbra - Mãe de Deus, compõe o grupo de especialistas. O que são veias varicosas? As veias varicosas ou varizes são aquelas que se tornaram dilatadas e tortuosas e perderam a sua função. São diferentes das artérias, pois apesar de fazerem parte da circulação, elas trabalham em diferentes caminhos. Enquanto o sangue desce pelas artérias bombeado pelo coração, as veias têm a difícil tarefa de levar o sangue de volta, desafiando a lei da gravidade. Elas têm o fluxo impulsionado pelos músculos da panturrilha e têm válvulas unidirecionais (como portinhas internas) extremamente delicadas que “empurram” o sangue de volta para cima. Quando uma dessas válvulas falha, o sangue reflui causando congestionamento e aumentando a pressão dentro da veia, que vai ficando tortuosa e dilatada e eventualmente empurra a

superfície da pele podendo se tornar visível como bolas (veias varicosas) ou explodindo em minúsculos vasinhos vermelhos aparentes (aranhas venosas ou telangiectasias) que também causam danos sob o ponto de vista estético. O que é flebologia e como um flebologista ou angiologista pode ajudar? Um flebologista é um angiologista que se especializou em tratar doenças das veias. O sistema venoso tem um funcionamento peculiar, complexo e delicado e exige conhecimento profundo na área, por mais simples que possa parecer o tratamento. As varizes causam sintomas e um enorme prejuízo estético. A dor geralmente é sentida como um cansaço ou peso nas pernas, vespertina, que alivia com a elevação dos membros e raramente dói pela manhã. Essa é a dor típica, mas pode haver outras formas, como a dor em ardência nas minivarizes e cãibras. Dores matutinas, choques nas pernas, dores sem alívio com a elevação ou que pioram com o movimento podem ter outras causas. Varizes muito complicadas podem comprometer o sistema linfático e a nutrição da pele causando dermatite, vermelhidão, inchaço, descamação e até úlceras. Como as veias emergem do sistema profundo para a pele, às vezes podem não estar visíveis, necessitando de instrumentos como fotopletismografia, ultrassom ou flebografia para diagnóstico e determinação da severidade do problema. Quando e como as varizes devem ser tratadas? Duas questões importantes são “as veias necessitam tratamen- >

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Antes

to?” e “qual a melhor opção de tratamento?”. Nós usamos tratamentos diferentes para cada caso. Existem as minivarizes que, mesmo sem causar sintomas físicos, trazem um dano estético. Essas merecem tratamento. Veias que causam sintomas como fadiga e varizes complicadas com dor, inchaço, coágulos, ulcerações necessitam de auxílio para chegar ao alívio e uma perspectiva de melhor qualidade de vida. Podemos usar tratamentos conservadores, como a terapia e medicações. Conforme a necessidade, temos os tratamentos chamados de corretivos, como ablação endovenosa por laser, ablação química, cirurgia, escleroterapia, crioescleroterapia, criolaser e escleroterapia por transluminação. Na maioria dos casos a combinação dos tratamentos funciona melhor. O laser e o uso da tecnologia substituem o tratamento conservador? O que é melhor? Nenhuma tecnologia substitui um bom médico. Uma mão caprichosa e cuidadosa pode ser comparada a um bom motorista, que vai chegar ao seu destino com segurança, seja dirigindo um carro popular ou um Mercedes Benz. A diferença é que na hora da adversidade é mais seguro ter a tecnologia com o bom motorista. Porque o laser está sendo tanto usado na medicina? Assim como o ultrassom é som, o laser é luz. São energias controláveis e devese ressaltar que o seu uso requer estuEndolaser do aprofundado e formação continuada. A física pode parecer um “bicho-papão”, mas está presente na natureza. O pôr do sol vermelho usa os princípios do laser, onde a atmosfera age como um prisma decompondo a luz branca do sol em várias cores e, quando enfraquecem, permanecem os raios avermelhados porque têm um comprimento de onda mais longo. O laser e a luz pulsada filtram essa luz deixando passar somente a faixa de comprimento de onda que eu quero e permitem regular a sua

Dra. Fernanda Zignani 8 | revista classic life

Depois

intensidade, duração, intervalo e a frequência conforme o alvo necessita. Na flebologia, o laser é usado para fechar a veia-alvo que pode ser a safena, como uma alternativa à cirurgia ou para fechar vasinhos através da pele. O que causa varizes? A hereditariedade é o fator causal número um da doença varicosa. Se ambos os pais têm varizes, as chances do filho passar a ter são de 89%. Se um dos pais tem, passam a 49% e se nenhum dos dois tem, as chances são de 20%. As mulheres têm quase o dobro de chance de desenvolver varizes devido aos hormônios dos ciclos menstruais, da gravidez e contraceptivos, mas os homens podem ter varizes de maior calibre. O salto alto e a depilação com cera quente não estão envolvidos como causa cientificamente comprovada de varizes e não devem ser considerados como tal. O aumento de peso e os exercícios de impacto podem piorar a situação de quem já tem tendência, mas também não causam varizes. Quando se fala em prevenção, devemos entender como prevenção das complicações das varizes, uma vez que sendo hereditária, só conseguiremos realmente preveni-las quando pudermos interferir na replicação genética. Dessa forma, entendemos que tratar as varizes pequenas pode ser uma forma de prevenir as grandes. O que é novidade na área de varizes? A forma de tratar está simplificada graças ao uso do laser e do veinviewer. Esse é um aparelho que filma em infravermelho as veias que estão sob a pele e as projeta em tempo real sobre a pele. É genial. Podemos ver e tratar as veias que estão nutrindo as minivarizes e assim resolver aquelas veinhas rebeldes que não saem facilmente. Parece que com o passar do tempo mais pessoas têm varizes, é verdade? As pessoas estão cada vez tolerando menos viver com varizes nas pernas. O que mudou realmente foi a informação e as facilidades

Dra. Daiane Schlindwein Albernaz

Delci “Pipie” Terezinha Rekctenvaldt


perfil de acesso ao tratamento. A prevalência de varizes primárias na nossa população é de aproximadamente um terço e também posso dizer que sua incidência aumenta com a idade, mas esses dados se mantêm desde as pesquisas feitas por Carpentier na Europa em 2004 ou aqui em São Paulo por Maffei. Então a preocupação estética aumentou? Eu diria que o acesso ao tratamento é melhor, as tecnologias facilitaram a vida dos médicos e pacientes, mas a preocupação estética brasileira nasceu com o brasileiro. Um exemplo muito interessante foi a surpresa descrita nas cartas de Pero Vaz de Caminha quando ele falava das índias brasileiras que “tosquiavam as suas vergonhas e eram de uma forma tão bela e arredondada que as nossas mulheres sentiriam vergonha”. Ele ficou encantado com a estética brasileira e isso nós herdamos até hoje. Essa postura contribuiu para a forma com que os nossos médicos encaram o ser humano, como um inteiro de físico e emocional sem desprezar a estética. Para nós, saúde e beleza sempre andam juntas. Isso não acontece em outros lugares? Está melhorando. As varizes eram negligenciadas nos EUA até poucos anos, bastava observar as turistas americanas em férias, um festival de varizes. Hoje, esse panorama está mudando. Existem 40 estados americanos envolvidos com um programa que estuda qualidade de vida, risco de tromboembolismo e aspectos demográficos da doença varicosa. Acredito muito que haja uma grande contribuição brasileira nisso. Temos uma cultura de saúde e beleza. Exportamos saúde através de nossas modelos e das pernas dos nossos jogadores de futebol, sem falar de cirurgia plástica que também é modelo para o mundo há muitos anos. Segundo a definição da Organização Mundial da Saúde, “Saúde é um completo bem-estar físico, mental e social”. E eu acredito que somente será possível definir como saudável uma população que tenha a possibilidade de sentir-se bem com seu corpo ou suas pernas. •

Veinviewer

Visualização pelo Veinviewer

Fontes: Site da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (www.sbacv.com.br) Site do American College of Phlebology (www.phlebology.org)

Dr. Luiz Fernando Lima Albernaz Cirurgião Vascular e Angiologista CREMERS 16513 Especialista pelo Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Mais informações: Clínica Albernaz Rua Marcílio Dias, 1431 Sala 53 / 54 - Novo Hamburgo / RS Fone: (51) 3594.1837 - www.clinicaalbernaz.com.br Luz pulsada

Carme Zucco

Suelen Stiehl Alves

Rozelene Roman revista classic life | 9


medicina preventiva e estética

DEPILAÇÃO A Dra. Gianna Zaffari Frey Medicina Preventiva e Estética CRM 27.648

LASER:

EFICAZ, DEFINITIVA E SEGURA

Não é novidade que as mulheres detestam os pelos e que fazem de tudo para se verem livres deles. Na verdade, hoje em dia, tanto em mulheres quanto em homens, os pelos se tornaram algo indesejado e por isso são retirados periodicamente. Você pode passar pela vida com pernas, axilas e virilhas lisinhas sem ter que recorrer às sessões quinzenais de depilação com cera ou semanais com lâmina ou creme. O que é? A depilação a laser é uma técnica muito prática e definitiva, que não traz riscos de infecções e ainda evita pelos encravados e manchas, além de não ser um procedimento incômodo. O laser de diodo é o mais moderno do mercado e ainda possui um mecanismo contra queimaduras. Por ser feito com uma ponteira de safira, a luz emitida é resfriada automaticamente, sem riscos de danificar a pele. Justamente por causa dessa característica, o procedimento também é indicado para regiões delicadas, como a face. Outra vantagem é poder ser utilizado em peles morenas, negras e até nas bronzeadas, à medida que consegue diferenciar a cor escura do pelo com a da derme e, assim, preservá-la. No geral, a radiação dos equipamentos de laser convencionais é atraída apenas por tonalidades escuras, o que impede a eficácia em pelos loiros ou brancos. Então quanto mais “grosso” e escuro for o pelo, melhores serão os resultados.

Além disso, se ganha tempo, um benefício muito valorizado hoje. Esse tempo pode ser investido em lazer, descanso, trabalho, e que, portanto, gera outros benefícios, como retorno financeiro, relacionamentos, enfim, melhor qualidade de vida, benefício maior que hoje todos buscamos. O que parecia um sonho - ficar livre das intermináveis sessões de depilação com cera, pinça e barbeador - hoje é realidade graças à incrível tecnologia da depilação a laser. Parece sonho, não é? Pernas, braços, buço e virilha sem esses incômodos... Quem quer se submeter ao laser de depilação precisa ter alguns cuidados com o sol, tornando-se o inverno a época ideal para o início do tratamento. O que você deve fazer? Submeter-se a uma avaliação com um profissional habilitado em uma clínica de sua confiança e dar início ao tratamento. •

Qual o tempo do tratamento? O número de sessões e o intervalo entre elas depende de diversos fatores, sendo indicado, de forma geral, aproximadamente 6 sessões, com intervalos de 60 dias.

Dra. Gianna Zaffari Frey CRM 27648 Diretora clínica e Responsável técnica pela Clínica Zaffy Medicina Preventiva e Estética; Mestranda em Diagnóstico Genético e Molecular; Expert em Medicina Antievelhecimento Universidade de Sevilha – Espanha; Pós-graduada em Dermatologia; Pós-graduada em Diagnóstico Genético e Molecular; Pós-graduada em Medicina Estética ASIME (Associação Internacional de Medicina Estética); Graduada em medicina pela ULBRA.

Quais são os benefícios? Os benefícios de um tratamento de depilação a laser vão muito além da remoção dos pelos, o laser deixa sua a pele com um aspecto muito mais bonito, pois não só inibe o crescimento dos pelos da região aplicada, como elimina a foliculite e remove a camada sem brilho da pele.

Mais informações: Clínica Zaffy - Av. Doutor Maurício Cardoso, 833 - Salas 704 e 705 Centro Clínico Regina - Novo Hamburgo – RS Tel.: 51 3066.3033 contato@zaffy.com.br - www.zaffy.com.br

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coluna | ginecologia e obstetrícia

ABUSO SEXUAL

INFANTIL A INFÂNCIA ROUBADA Dra. Juliana Lima de Araújo Ginecologista e obstetra CREMERS 21929

Ginecologia Clínica e Cirúrgica, Videolaparoscopia e Obstetrícia Formada pela Universidade de Caxias do Sul - UCS; Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital MaternoInfantil Presidente Vargas em Porto Alegre - HMIPV; Membro Efetivo da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO; Membro Efetivo da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do RS SOGIRGS; Associada da Sociedade Brasileira de Genitoscopia; Speaker do Laboratório Farmacêutico Janssen-Cilag na área de Anticoncepção; Membro do Corpo Clínico dos Hospitais Mãe de Deus, Moinhos de Vento, Divina Providência e Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre, Hospital São Camilo em Esteio e Hospital Regina em Novo Hamburgo; Atendimento exclusivo em Clínica Privada. Mais informações: SAPUCAIA DO SUL/RS Vitaclin – Rua Cel. Serafim Pereira, 144/205 – Bairro Centro Tel.: (51) 3034.4714 | (51) 8117.8552 PORTO ALEGRE/RS Clínica Luz – Av. Praia de Belas, 2266/606 – Bairro Menino Deus Tel.: (51) 3034.3094

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O Abuso Sexual Infantil (ASI) consiste na exposição de uma criança a estímulos sexuais impróprios para sua idade e seu nível de desenvolvimento psicossocial. A vítima é forçada fisicamente ou coagida verbalmente a participar da relação sem ter capacidade emocional ou cognitiva para consentir o que está acontecendo. A criança é usada para satisfação sexual do adulto, através da manipulação de genitais, mama ou ânus, exploração sexual, exibicionismo, pornografia e do ato sexual, com ou sem penetração. A violência é sempre presumida em menores de 14 anos. A OMS considera o ASI como um dos maiores problemas da saúde pública. De difícil suspeita e complicada confirmação, os casos de ASI são praticados, na sua maioria, por pessoas ligadas às vítimas e sobre as quais exercem alguma forma de poder. De cada 10 casos registrados, em oito o abusador é conhecido da vítima. O pai (52%), padrasto (32%) e tio (8%) são os agressores sexuais mais frequentes. O incesto pode ocorrer em até 10% das famílias, independente da classe social. A sua real prevalência é desconhecida, pois o número de casos não relatados é muito maior do que os notificados. Nos Estados Unidos, estima-se que ocorram 450 mil casos por ano. Dados do Rio Grande do Sul apontam que mais de 60% dos casos de violência registrados contra a criança no estado são de cunho sexual. A violência sexual doméstica ocupa mais de 75% dos casos. Há uma maior incidência no sexo feminino, cerca de 80% dos casos. Nos EUA, estima-se que uma em cada três mulheres e um em cada seis homens passem por um episódio de abuso sexual.

Mudanças bruscas de comportamento que podem ser indício de abuso são depressão ou isolamento, agressividade e interesse sexual excessivos, medo de algumas pessoas ou lugares, rebeldia e delinquência, negar-se a ir a escola, alteração do apetite ou sono, evacuar ou urinar dormindo. Quando o ASI vem à tona, a prioridade é proteger a criança, independente de quem seja o agressor. A família deve informar as autoridades e consultar imediatamente um pediatra ou serviço especializado, como o CRAI (Centro de Referência no Atendimento InfantoJuvenil), localizado no HMIPV, em Porto Alegre. É composto por assistente social, psicólogo, psiquiatra, pediatra, ginecologista, advogado e policial civil, fornecendo suporte integral, desde o registro da ocorrência policial, preparação para a perícia médica, notificação ao conselho tutelar e avaliação clínica, até o encaminhamento para tratamento. As sequelas de ordem psíquica estão associadas à dificuldade de relacionarse, distorção da imagem corporal, baixa auto-estima, transtorno de personalidade, conduta, sono, alimentação, estresse pós-traumático, depressão, disfunções sexuais, dificuldade de aprendizagem, ansiedade e fobias. •

“Diga não ao abuso sexual contra as crianças. Disque 100 para denunciar.”


psicologia

Dra. Ivete Kemper

BULIMIA

Psicóloga CRP 07/16531

Dentre os padecimentos atuais, encontra-se a bulimia. Ela pode estar vinculada a um modelo de sociedade que superinveste no corpo, que preconiza uma cultura de imagens de corpos esbeltos e belos atrelados a um padrão estético que associa magreza, sucesso e beleza. Essa busca pelo ideal de beleza está aparecendo com frequência entre mulheres e homens de diferentes idades. A bulimia, que geralmente surge a partir de uma dieta inadequada na busca da perda de peso, é caracterizada, em sua forma típica, pela ingestão compulsiva e rápida de uma grande quantidade de alimento, com pouco ou nenhum prazer. Esse episódio de descontrole alimentar foi denominado na língua inglesa como binge eating, que significa uma “folia” ou “festa” alimentar, unindo descontrole e prazer. Porém, é alternada com o comportamento dirigido para evitar o ganho de peso, como vômitos, uso abusivo de laxantes e diuréticos, períodos de restrição alimentar severa e preocupação mórbida de engordar. A significação dos atos bulímicos é complexa. Um dos aspectos para compreender a bulimia é a falha no narcisismo, que se configura como um fator essencial, no que diz respeito à busca de sensação de plenitude/saciedade. Outra via é a insatisfação em relação à sexualidade. A bulímica não recusa a feminilidade, pelo contrário, tenta possibilitá-la. Faz um apelo para ascender à condição de objeto de desejo do outro, portanto, ocupa-se com a feminilidade. Na literatura, encontra-se uma compreensão na qual a bulimia está associada a uma conduta adicta, tal como com as drogas. Sendo assim, pode-se olhar para o significado de adicto como algo que não está representado dentro do psiquismo, ou seja, para alguns recaindo num vazio e em outros casos transformando-se em sintomas. Desse modo, a comida pode configurar-se como um objeto de dependência em uma organização psíquica na qual o prazer é obtido no externo, protegendo a pessoa de se deparar com o desamparo e preenchendo, assim, com o excesso de alimento o seu vazio interno. A presença de polaridades na bulimia coloca uma verdade em jogo, na sustentação da relação constante de vazio e de cheio. Incorpora para expulsar, mastiga para cuspir e, muito particular-

mente, come para vomitar. A proposta de controle da ingestão se coloca como um artifício de poder sobre a comida. Temos aqui as idas e vindas da perda e reencontro com o objeto de amor dos primeiros tempos de vida, como movimentos que se articulam no percurso pulsional. Dessa forma, ao vomitar, mais do que provocar a expulsão para não engordar, se expulsa o que foi incorporado, dramatiza a perda e o reencontro com o objeto. O comer compulsivo, assim como a expulsão da comida, é uma atuação que tem como efeito evitar o pensamento, a reflexão e as angústias. Na bulimia há dificuldades em representar simbolicamente o sofrimento, deixando assim ao corpo essa tarefa. Mas, a vergonha que o sujeito com bulimia sente de sua falta de controle é de ser dotada de uma vida pulsional como todo ser humano, sofrer, sentir dor, perder, amar e odiar, ou seja, parece ser uma defesa contra tudo aquilo que é característico do humano. Nota-se que, na bulimia, o sofrimento psíquico se apresenta com uma roupagem diferente, e a partir dela, o corpo toma a cena e torna-se o depositário da dor, ou seja, o corpo assume o lugar de expressão do mal-estar subjetivo em vista da precariedade dos mecanismos psíquicos em elaborá-los. Uma das saídas possíveis para esse tipo de sofrimento seria através de um tratamento adequado com o intuito de buscar uma escuta que considere a história singular do sujeito e, com isso, buscar condições de atribuições de novos sentidos àquilo que está sendo denunciado via corpo. •

Dra. Ivete Kemper Psicóloga CRP 07/16531 Psicóloga Clínica - Graduada pela UNISINOS; Especialista em Psicoterapia Psicanalítica de Crianças e Adolescentes UNISINOS; Membro efetivo da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul SPRGS. Mais informações: Rua São Joaquim, 792 sala 1002 - Centro - São Leopoldo/RS Fone: 51 8468.3957 ivete.kemper@gmail.com

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ortopedia e traumatologia

ARTROPLASTIA Dr. Fernando Sanchis Especialista em Coluna Vertebral CRM 25665

DA COLUNA CERVICAL

PRESERVANDO O MOVIMENTO

Sabe-se que cerca de 80% dos indivíduos sofrem e/ou sofrerão de episódios de dores na coluna ao longo da vida, sendo cada vez mais comum a cronificação desses sintomas, ou seja, muitos de nós sofremos durante boa parte da vida com sintomas relacionados a patologias da coluna vertebral.

A prótese cervical substitui o disco intervertebral gasto, mantendo a mobilidade do segmento doente o mais próximo possível da natural. Essa preservação do movimento deve-se ao fato de não existir fixação óssea com parafusos e placas, mas sim a utilização de componentes móveis.

A coluna cervical, ou melhor, o “pescoço”, é uma das partes de nossa coluna que mais perturbam os pacientes, devido aos importantes sintomas que provocam e a consequente incapacidade para as atividades do dia a dia que a dor causa.

Essa nova tecnologia é considerada a técnica preferida para casos selecionados nos grandes centros mundiais de cirurgia da coluna vertebral, principalmente devido aos excelentes resultados alcançados e a enorme satisfação dos pacientes que optam por essa técnica.

As principais causas de dores no pescoço e nos membros superiores são a espondilodiscartrose (discopatia degenerativa), hérnias de disco, protrusões discais, “bicos de papagaio” com compressão da medula, fraturas, tumores, entre outras diversas causas. Entretanto, a enorme maioria dos pacientes que enfrentam dores crônicas na coluna cervical apresenta doenças degenerativas como a discopatia e a hérnia discal.

Entretanto, essa técnica deve ser indicada e utilizada de forma responsável e somente por profissionais qualificados e treinados, já que cada paciente apresenta uma patologia específica, que deve ser avaliada individualmente por profissional qualificado a fim de evitarmos resultados insatisfatórios. É importante salientar que toda essa “modernidade” não é indicada para todos os pacientes e que as técnicas tradicionais têm seu espaço garantido por que também apresentam ótimos resultados quando corretamente indicadas e realizadas. •

Felizmente, em mais de 90% das vezes, tratamentos simples como fisioterapias, reeducação postural (RPG), pilates, hidroginástica, natação, uso de anti-inflamatórios e relaxantes musculares, entre outras diversas técnicas e modalidades, são suficientes para o controle dos sintomas. É claro que para o sucesso desses tratamentos é necessário um grande comprometimento do paciente e do médico que o trata, para que os melhores resultados sejam alcançados. Entretanto, alguns pacientes não terão uma melhora satisfatória e/ ou aceitável com os tratamentos conservadores, seja pela má condução do tratamento ou pela própria evolução/avanço da doença. Nesses casos, poderá ser indicado algum procedimento cirúrgico. A artroplastia ou prótese cervical é uma das grandes novidades para o tratamento de hérnias e/ou desgaste da coluna. Até pouco tempo, a artrodese (fixação com parafusos) era a opção mais utilizada, entretanto, o uso das próteses possibilitou uma cirurgia mais rápida, menos agressiva, com menores complicações e com média de 36 horas de internação. Mas a principal vantagem em relação ao uso de parafusos é a não fixação e a manutenção da mobilidade da coluna, uma das principais queixas do paciente que realiza a cirurgia de artrodese.

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Artroplastia cervical

Artrodese cervical

Dr. Fernando Gritsch Sanchis Graduado pela FFFCMPA em Porto Alegre/RS; Médico ortopedista e traumatologista - Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); Especialista em Cirurgia da Coluna Vertebral - Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna Vertebral (SBCV). Consultório: Av. Dr. Nilo Peçanha 2825/1404 - Edifício Iguatemi Corporate Chácara das Pedras - Porto Alegre/RS Fone: (51) 3378.7580 - www.colunars.com.br



nutrição

OBESIDADE Dra. Ana Paula Souza

COMEÇA NA INFÂNCIA

Nutricionista CRN 2556

A obesidade é uma das patologias nutricionais que mais se destaca no aumento de seus números, não apenas nos países ricos, mas também nos países em desenvolvimento. Todo um sistema de vida inadequado favorece esse tipo de acontecimento, especialmente em crianças predispostas geneticamente. Esse risco é ainda maior quando associado a fatores como sedentarismo, hábitos familiares inadequados, alimentação insatisfatória, excesso de gordura e carboidratos na dieta, a velocidade da refeição, os lanches desequilibrados e o consumo de doces. No mundo atual nos confrontamos ainda com a competitividade no mercado de trabalho. Os pais exigem cada vez mais dos filhos, as crianças não brincam mais na rua e o computador tem roubado a cena. Esses são alguns dos motivos para o aumento da obesidade infantil e das doenças associadas. Todos esses maus hábitos de vida favorecem o aumento dos riscos de desenvolvimento de doenças em nossas crianças que antes acometiam apenas adultos. Citamos como exemplo a incidência de hipertensão em crianças obesas que é superior em relação às não obesas. Esse processo hipertensivo, em longo prazo, poderá facilitar a lesão nas artérias coronárias, porém, pode ser revertido com a perda de peso. Já o diabetes, que também pode acometer crianças obesas, diz respeito a um estado de risco no sistema cardiovascular e suas perturbações hemodinâmicas frequentes e repercute em doenças cardíacas e renais, entre outras. Tais problemas podem ser imediatos ou aparecer a longo prazo, reduzindo a qualidade e quantidade de vida do indivíduo quando adulto. Os cuidados na prevenção da obesidade e doenças associadas devem ser acompanhados desde cedo. Quando a criança demonstra excesso de peso nos primeiros anos de vida (entre dois e três anos), provoca uma proliferação das células adiposas (hiperplasia). Uma vez aumentado o número de células, essas se mantêm ao longo da vida, alterando somente o volume celular do adipócito. Com maior número de células, as chances de desenvolver obesidade são superiores. Portanto, os pais devem estar atentos para evitar os riscos e não apenas corrigir o problema.

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Os pais têm um papel importante na saúde de seus filhos e o hábito para uma vida mais saudável deve começar em casa, pois os filhos imitam os pais. Dessa forma, o consumo de alimentos nutritivos deve fazer parte da rotina familiar, bem como a oferta de alimentos mais naturais às crianças. É importante manter a prática de exercícios físicos de três a quatro vezes por semana por pelo menos uma hora de atividade moderada (aeróbica) acompanhada de uma alimentação equilibrada, conforme a idade, visto que a criança está em desenvolvimento e crescimento. É importante também, um acompanhamento multidisciplinar, onde nutricionista, psicólogo, educador físico e, em alguns casos, endocrinologistas, trabalhem juntos, pois do contrário a criança pode voltar a ganhar peso. Como diagnosticar a obesidade? A obesidade pode ser diagnosticada pelo índice de massa corporal, que é o peso dividido pela altura ao quadrado. Esse resultado deve ser verificando conforme os parâmetros abaixo:

Classificação

IMC (kg/m2)

Risco de Comorbidades

Baixo Peso

< 18,5

Baixo mas aumenta o risco para outros clínicos

Normal

18,5 – 24,9

Médio

Pré-obeso

25 – 29,9

Aumentado

Obeso Classe I

30 – 34,9

Moderado

Obeso Classe II

35 – 39,9

Severo

Obeso Classe III

= ou > 40

Muito Severo


Dicas para evitar o excesso de peso • Mastigue bem os alimentos comendo bem devagar para facilitar a digestão, aproveitando também a oportunidade de saborear cada alimento. A mastigação também libera odores próprios que são sentidos pelo olfato, indo até o cérebro e levando a saciedade.

• A prática de exercícios físicos é bastante saudável, já que promove a queima de calorias e favorece o controle da glicemia.

•P rocure iniciar suas refeições com o prato de saladas, porque as fibras contidas nela provocam saciedade, levando você a comer uma menor quantidade de outros alimentos mais calóricos.

• Deve-se ingerir bastante líquido ao longo do dia, porém evite fazê-lo durante o almoço e o jantar. Obedeça ao limite de 20 minutos antes e 1h30 após as principais refeições para consumir líquidos.

•Q uando for repetir algum alimento, não esqueça de repetir as saladas também.

• Evite o excesso de gorduras, como creme de leite, maionese, bacon ou torresmo. Utilize em quantidades moderadas, pois um grama de qualquer óleo equivale a nove calorias.

de maionese. Em vez disso, utilize azeite extra-virgem, óleo de coco extra virgem, alho, limão, vinagre e cheiro verde.

• E vite beliscar nos intervalos das refeições. •D istribua os alimentos em seis refeições ao longo do dia. Independente da idade, isso facilita o trabalho de todo o organismo, evitando picos de glicemia e sensação de fome, entre outros benefícios. • E vite fazer suas refeições assistindo televisão, lendo, conversando ou qualquer outro tipo de atividade. É importante um ambiente tranquilo para realizar as refeições. •P rocure colocar apenas a travessa de saladas sobre a mesa, já que essa é a preparação que você pode comer livremente. •P rocure descansar os talheres sobre o prato após cada garfada. •N ão tempere saladas com molhos industrializados ou a base

• As frituras devem ser reduzidas e substituídas por preparações grelhadas e cozidas. • Prefira carnes magras, frango e peixe, retirando toda a gordura aparente. Divida pela metade as porções programadas em sua dieta, para que você possa ter o prazer de repetir. •

Dra. Ana Paula Souza Nutricionista CRN 2556 Especialista em Fisiologia Humana - UEM; Especialista em Nutrição Funcional - Necpar; Atende na Clínica de Nutrição Santé. Mais Informações: www.clinicadenutricao.com.br

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coluna | bioplastia

PLÁSTICA DO

NARIZ Dr. Almir Moojen Nácul Cirurgião Plástico e Criador da Bioplastia CRM 4178

Cirurgião Plástico; Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Membro de International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS); Membro da Federação Ibero-latinoamericana de Cirurgia Plástica; Ex-professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas/UCS; Criador da Bioplastia; Tem dois livros publicados sobre a sua tecnologia: “Bioplastia, a plástica do terceiro Milênio” e “Bioplastia, a Plástica Interativa” (editado também na Venezuela como “Bioplastia – La Plástica Interactiva” pela Editora Amolca Caracas), além de diversos artigos escritos e publicados em livros e revistas nacionais e internacionais de sua especialidade. Mais informações: Centro Mundial de Bioplastia Clínica Nácul Rua Quintino Bocaiúva, 1086 Moinhos de Vento Porto Alegre - RS – Brasil Tel.: 51 3331.6200 Fax: 51 3330.2807 nacul@clinicanacul.com.br www.clinicanacul.com.br

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O nariz, no que diz respeito à beleza, é considerado a moldura da face. Para ser bonito, tem de estar em harmonia com os outros segmentos faciais. Por exemplo, muitas vezes observamos que uma pessoa aparentemente apresenta um nariz grande. Se analisarmos o conjunto verificamos que ela tem um hipodesenvolvimento do queixo. Então, se esse for pequeno, o nariz se torna proporcionalmente grande. Ao aumentarmos o queixo através da bioplastia ou da plástica convencional, veremos que o nariz se torna aparentemente menor, dando, assim, equilíbrio ao perfil. Hoje, em casos selecionados, um bom percentual de narizes pode ser feito através da bioplastia, sem necessidade de fratura óssea. Muitas vezes, observamos que um nariz tem giba (ossinho saliente no dorso do nariz), porém, na realidade não é uma saliência, mas uma depressão logo acima dessa pseudo-saliência. Se nós, através da bioplastia, preenchermos essa depressão, veremos que a giba desaparece. A linha reta é a menor distância entre dois pontos, logo, um nariz reto passa ter a aparência de menor. Se a ponta estiver caída, aplicamos a bioplastia na base do nariz em um ponto específico e determinado, a ponta vai subindo sob apreciação do próprio paciente até chegar na altura adequada, deixando, assim, o nariz mais bonito e gracioso. Feito isso, como a bioplastia é uma plástica interativa, o paciente se olha no espelho e vê, de imediato, o resultado. O procedimento da bioplastia pode ser comparado com uma câmera fotográfica digital, em que você bate a foto e o resultado pode ser visto imediatamente. É uma plástica sem surpresas. O procedimento não requer hospitalização, é como ir ao dentista, já que você faz e pode voltar às atividades habituais no mesmo dia. A anestesia utilizada é local e o procedimento é praticamente indolor. Na plástica nasal reparadora, a bioplastia tem também sua grande indicação, principalmente no que diz respeito ao aumento de volume no caso de nariz em formato de sela de montar, nas assimetrias da ponta, nas retificações de nariz torto. Enfim, é um recurso que permite correções sem necessidade de lançar mão de enxertos. Além da bioplastia, nós temos o recurso da Rinoplastia Suspensória de Nacul. É uma nova técnica de plástica nasal alternativa, sem cirurgia, publicada recentemente na revista Aesthetic Plastic Surgery, uma das principais revistas de cirurgia plástica do mundo. A correção do nariz é feita através de um ponto com fio biocompatível, ancorado em estruturas de sustentação em pontos estratégicos no plano subcutâneo do nariz. Com essa técnica, podemos elevar, sem cortes, a ponta nasal, e ao mesmo tempo, deixando-a mais delicada, criando uma harmonia no perfil facial. A bioplastia também é um recurso auxiliar a cirurgia plástica de grande valia, que pode ser utilizado para a eliminação das marcas de expressão da região da face, aumento e projeção do queixo, definição do ângulo e linha da mandíbula, maçãs do rosto, para criar o movimento do “blush”, rejuvenescimento das mãos, aumentar e empinar os glúteos, dar definições em qualquer músculo do corpo, apresentando como resultado traços mais harmoniosos e equilibrados com aspecto muito natural. •


psicologia

MUDAR OU Dra. Simone Engbrecht Psicóloga e Psicanalista CRP 07/05555

DESCARTAR

Outono. Estação em que as plantas perdem as folhas. Descrita também como meia estação, ou seja, uma estação de mudança. Mudança de temperatura. Qualquer mudança serve como inspiração à reflexão. O que deixamos com o verão e com o calor e para qual futuro estamos nos preparando? Em tempos em que tudo parece mudar, pode soar estranho considerar a mudança um período, a mudança uma estação. Onde tudo vira rapidamente lixo, parece contraditório perceber que a maioria das pessoas sinta dificuldade em perder, em mudar. Escutamos sobre o mundo que consome o descartável. Embalagens, eletrodomésticos, móveis, livros e até relacionamentos descartáveis. Descartar significa rejeitar a carta do baralho que não serve. Descartar é a transformação de algo em lixo. Não está mais sendo útil, então deve ser jogado fora do que trago nas mãos. É a sobra do consumo. Enquanto consome-se, necessita-se. Quando não serve mais ao consumo, descarta-se.

que não nos satisfaz vira lixo apenas pela passagem do tempo e o que desejamos nos será oferecido a seguir. Distinguir entre o que podemos mudar e o que não podemos mudar é algo muito difícil. Fazer luto não é simplesmente aceitar passivamente a impotência diante da vida. Mas, mudar. Mudar... Ahhh, sim. Mudar é que requer um movimento próprio. O movimento de diferenciar o tempo. De perceber o que ficou para trás e o que há de novo. Quando o passado é apenas descartado, podemos acreditar que o novo é novo porque foi oferecido como novidade. Quando fazemos luto do que passou, percebemos novidade em quase tudo, pois a perda nos convida a observar a vida de um novo ponto de vista. Mudando o ponto de vista, nos mexemos diante da passagem do tempo. Os outonos nunca serão os mesmos se, a cada mudança de estação, percebermos o nosso movimento diante da vida e não apenas uma espera pelo frio. •

Mudar é bem diferente de descartar. Mudar significa deslocar, transferir para outro local, tornar-se diferente do que era. A grande diferença está no movimento necessário para a mudança e na passividade de quem descarta. Quem descarta, espera uma mudança naquilo que está fora. Eliminando o que não serve e para dar lugar a algo novo. Não é eliminando o passado que andamos para frente? Prender-se ao passado não é coisa de quem está deprimido? Quando muda a estação, não basta mudar o guarda-roupa? Talvez seja neste ponto que o equívoco sobre o significado de uma mudança acontece.

Foto: Cris Medeiros

Não somos nós que temos poder para eliminar o passado. O presente torna-se passado através da passagem do tempo. Nós não controlamos a passagem do tempo. Gostaríamos, mas o tempo passa pelo movimento da vida. Cabe a nós fazermos luto do que foi eliminado de nossas vidas e não queríamos que tivesse sido. Mudar significa deixar para trás o que não foi descartado, mas foi perdido. Algumas vezes, são até alguns sonhos não realizados que foram eliminados pela passagem do tempo. Perceber que alguns sonhos não poderão mais se realizar sempre é difícil. A passividade do costume em descartar, faz com que acreditemos que se não mudarmos nada, daqui a pouco o

Dra. Simone Engbrecht Psicóloga e Psicanalista CRP 07/05555 Membro pleno da Sigmund Freud Associação Psicanalítica; Autora dos livros ‘Aprendendo a Lidar com a Depressão’ e ‘O Amor Não é Surdo’, ambos publicados pela Editora Sinodal; Supervisora e coordenadora de seminários em Psicanálise; Trabalha na área clínica com adolescentes e adultos. Mais informações: Porto Alegre-RS – Rua Dona Laura, 354 Sala 505 - Moinhos de Vento São Leopoldo-RS – Rua São Joaquim, 792 Sala 604 - Centro Fone: 51 3589.5734 e 51 9803.7967

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coluna | programação neurolinguística

CENOURA, OVO OU CAFÉ Dr. Nelson Spritzer Master Trainer em Programação Neurolinguística CRM 9545

Mestre em Cardiologia (UFRGS); Doutor em Nefrologia (Escola Paulista de Medicina); Master Trainer em Programação Neurolinguística; Diretor-Presidente do Grupo Dolphin TECH e do Centro Sulbrasileiro de Programação Neurolinguística (PNL); Autor dos livros: “Pensamento e Mudança - Desmistificando a Programação Neurolinguística”; “O Novo Cérebro - Como Obter Resultados Inteligentes”; “Ler Pessoas” e “Mapa da Mina”. Mais informações: Av. Iguaçu, 659 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS - Brasil Tel.: 51 3338.2888 E-mail: dolphintech@dolphin.com.br www.dolphin.com.br

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Ouço muitas metáforas interessantes. Uma me chamou a atenção e desejo compartilhar. Havia uma menininha que se queixava ao seu pai sobre a vida e como as coisas eram difíceis para ela. Não sabia como seguir adiante e acreditava que era uma derrotada. Havia cansado de lutar porque sempre que solucionava um problema, outro mais difícil aparecia. O pai, que era chefe de cozinha de um importante restaurante a levou ao seu local de trabalho. Lá ele encheu três panelas com água e as colocou sobre fogo forte. No instante em que a água ferveu, ele colocou na primeira panela cenouras, na segunda, ovos e na terceira, grãos de café. Deixou-os ferver sem dizer uma palavra. A filha esperou impaciente, perguntando-se o que seu pai estava fazendo. Após vinte minutos o pai apagou o fogo. Retirou as cenouras e as colocou numa bacia. Retirou os ovos e os colocou num outro prato. Finalmente colocou o café num outro recipiente. Olhando sua filha perguntou: “Querida, o que estás vendo?”. “Cenouras, ovos e café”, foi a resposta. Ele a fez aproximar-se e pediu que tocasse nas cenouras. Ela tocou e notou que estavam moles. A seguir pediu a ela que pegasse um ovo e o rompesse. Assim que ela quebrou a casca notou que dentro o ovo estava duro. Em seguida, pediu a ela que provasse o café. Ela sorriu enquanto desfrutava do rico sabor e aroma do café. Humildemente a filha perguntou: “Que significa isso pai?”. O pai lhe explica, então, que os três elementos haviam en-

frentado a mesma adversidade: água fervendo, porém, haviam reagido de forma diferente. A cenoura chegou dura e firme para enfrentar a água, porém, depois de passar pela água fervente tornou-se fraca, débil, fácil de se desfazer. O ovo chegara frágil, sua fina casca protegia seu interior líquido, porém, depois de estar na água fervente, seu interior endurecera. Os grãos de café, sem dúvidas, eram únicos, já que depois de estarem na água fervente, haviam modificado a água. “Qual tu és?”, ele perguntou a ela. “Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?”. Você é como uma cenoura que parece forte, porém, quando enfrenta adversidades e a dor aparece, torna-se débil e perde sua força? Você, leitor, é como um ovo, que começa com um coração mole, possui um espírito fluído e depois de uma morte, perda ou separação torna-se duro e rígido? Por fora parece igual, porém, por dentro seu coração e seu espírito tornam-se endurecidos. Ou você é como os grãos do café, que mudam com a água fervente, o elemento que causa a dor? Quando a água chega ao ponto da ebulição, o café alcança seu melhor sabor. Se você for como os grãos de café, é exatamente a presença da dificuldade, do desafio que faz você exibir suas melhores qualidades mudando não só a si mesmo como aos que estão ao seu redor e ao seu ambiente. Qual dos três você quer ser? •



ginecologia

POLUIÇÃO Dra. Scheyla E. Ceroni Ginecologista, Obstetra e Homeopata CREMERS 11063

Justamente quando a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), dita clássica, vem passando por um reexame quanto a seus riscos e benefícios, retoma força um assunto pouco difundido entre médicos e leigos. Nas últimas décadas, principalmente no pós-guerra, a indústria química vem lançando no mercado um número cada vez maior de substâncias sintéticas, numa velocidade que torna impossível o estudo correto de suas consequências a médio e longo prazo, tanto sobre o ser humano e sua prole, quanto sobre o meio ambiente. Muitas delas não têm nem antídoto conhecido e muitas são mimetizadoras hormonais. Algumas imitam o estrógeno (hormônio feminino), mas outras interferem em outras partes do sistema endócrino, como no metabolismo da testosterona e da tireoide. Elas espreitam a nós e a nossos filhos nos agrotóxicos, assim como nos agentes químicos industriais conhecidos como PCBs (usados em transformadores elétricos e muitos outros produtos) e nas dioxinas (produzidas durante a fabricação de certos agentes químicos que contêm cloro, como agrotóxicos ou produtos para conservar madeira, assim como durante o branqueamento do papel, queima de lixo contendo plásticos e papel e queima de combustíveis fósseis). Também são liberados da maioria dos plásticos e estão presentes na maioria dos produtos cosméticos, incluindo shampoo e condicionador (é o caso dos parabenos). São adicionados à ração dos frangos, do gado e dos porcos. A maconha também contém substância estrogênica e tem causado ginecomastia (aumento das mamas) entre homens.

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ESTROGÊNICA Apesar de os detergentes não-biodegradáveis não serem intrinsecamente estrogênicos, certas bactérias encontradas no corpo de animais, no ambiente ou em instalações de tratamento de esgoto degradam-nos, criando agentes químicos que imitam os estrogênios.

Os governos estão conscientes do problema e os cientistas também. Poucos médicos brasileiros sabem dessa poluição e o povo é mantido no mais completo desconhecimento, pois as soluções envolvem multinacionais e não são do interesse dos poderosos.

Tratam-se de substâncias lipossolúveis, a maioria delas persistentes (que resistem à decomposição), e que, jogadas no meio ambiente, acabam se concentrando no tecido gorduroso dos animais. E essa concentração é exponencialmente maior à medida que se sobe na cadeia alimentar, podendo ser 25 milhões de vezes maior em um predador do topo da cadeia do que na água que o cerca.

Pensem nisso e procurem se informar. Recomendo o livro “O Futuro Roubado” – Theo Colborn – Editora LPM. Depois, tenham coragem para mudar e tomem alguma atitude. Defendam seus filhos e netos e o futuro da humanidade.

E o homem não é um predador de topo de cadeia? Esses venenos estão em altas concentrações na gordura e no sangue de seres humanos e no leite materno. Além disso, ultrapassam a barreira placentária (venenos hereditários). Esse mar de poluentes está aumentando a incidência de várias doenças no ser humano, como câncer de mama, de útero, de próstata, de testículo; miomas e pólipos uterinos; tensão pré-menstrual (TPM); obesidade; hipotireoidismo; diabetes tipo II; depressão, irritabilidade, ansiedade, agressividade; baixa imunidade; cálculos de vesícula biliar; varizes e hemorroidas; dores de cabeça; irregularidades menstruais; acne; hipertensão arterial; doenças auto-imunes, etc. Mas o mais grave é que a taxa de fertilidade masculina está baixando 2% ao ano (20% por década), colocando em cheque até a perpetuação da raça humana neste planeta.

Recomendo também o site www.nossofuturoroubado.com.br e o vídeo “Agressão ao Homem”, no You Tube (feito pela BBC de Londres). • Dra. Scheyla Ervis Ceroni Ginecologista, Obstetra e Homeopata CREMERS 11063 Graduada em Medicina pela UFRGS; Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina (CRM); Pós-graduada em Homeopatia; Especialista em Homeopatia pela Associação Médica Brasileira de Homeopatia (AMBH) e pelo Conselho Federal de Medicina (CRM); Membro efetivo da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); Membro efetivo da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do RS (SOGIRS); Membro efetivo da Sociedade Gaúcha de Homeopatia (SGH); Membro do Corpo Clínico dos Hospitais Mãe de Deus, Divina Providência e Ernesto Dorneles. Mais informações: Clínica Dra. Scheyla E. Ceroni Rua 24 de Outubro 838 / 709 - Moinhos de Vento – Porto Alegre – RS Fone/Fax: 51 3346.7422 scheylaceroni@terra.com.br


cirurgia plástica

IMPLANTE Dr. Marcelo Tonding Cirurgião Plástico CRMRS 28216

MAMÁRIO 10 PASSOS A SEREM SEGUIDOS

A mamoplastia de aumento é hoje a cirurgia plástica mais realizada no Brasil e muitas pacientes têm dúvidas e angústias antes de se submeterem a ela, o que é bastante natural. Abaixo, colocamos alguns passos que a paciente deve seguir para que sua cirurgia se realize de forma adequada. 1. Informe-se sobre o procedimento. Converse com amigas que já fizeram, leia sobre a cirurgia e anote todas as dúvidas para perguntar para seu médico na consulta. 2. Marque uma consulta com um cirurgião plástico. O site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (www.cirurgiaplastica.org.br) pode ajudar a verificar se o médico é membro desse grupo. 3. Vá à consulta e lembre-se de que é um momento muito importante para que sua cirurgia seja um sucesso. Tire todas as suas dúvidas. Lembre-se que está na frente de um médico que está ali para lhe ouvir. Serão discutidos todos os detalhes sobre implantes, volumes para cada paciente, detalhes da cirurgia, complicações possíveis, custos do procedimento, etc. 4. Realize os exames indicados pelo seu médico. Hemograma, TP/KTTP (exames de coagulação), eletrocardiograma, Rx de tórax, ecografia mamária e mamografia são solicitados conforme cada paciente. 5. Após realizar os exames e decidir pela realização do procedimento, lembre sempre de procurar realizar sua cirurgia em local apropriado e questionar isso com seu cirurgião plástico. 6. No dia da cirurgia compareça no hospital com uma hora de antecedência, em jejum de oito horas e com acompanhante. O cirurgião irá ver a paciente ainda antes da cirurgia para realização de fotos pré-operatórias (se não tiverem sido feitas no consultório) e fazer as marcações na pele para o local da incisão. 7. Qualquer pessoa normal fica ansiosa antes de um procedimento cirúrgico e a equipe médica está acostumada com isso, procurando tranquilizar a paciente e tornar a situação a mais confortável possível.

8. Na sala de cirurgia é realizada uma anestesia local da mama associada a uma sedação pelo anestesista, ou seja, a anestesia é local (preferência de cada cirurgião), mas a paciente dorme e não vê nada no momento da cirurgia. 9. A cirurgia de mamoplastia de aumento é um procedimento ambulatorial em que a paciente tem alta pelo cirurgião cerca de cinco horas após a cirurgia, saindo do hospital com todas orientações pós-operatórias, e já usando o sutiã modelador orientado pelo médico. 10. N o período pós-operatório a paciente deve evitar realizar esforços, mas pode retornar ao trabalho de três a sete dias. O controle da dor é feito com alguns analgésicos, ocorrendo uma sensação de pressão totalmente suportável descrita pela maioria das pacientes. O retorno é feito ao consultório, onde a paciente será vista em sete, 15 e 30 dias após a cirurgia. Sempre é importante manter contato com seu médico, ligando para o mesmo em caso de qualquer necessidade. •

Dr. Marcelo Tonding Cirurgião Plástico e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica CRMRS 28216 Mais Informações: PORTO ALEGRE - RS Av. Nilo Peçanha, 2825, Cj 1304 (Clínica Iguatemi – Ed. Iguatemi Corporate) Fone: 51 2111.1099 SAPIRANGA - RS Av. Getúlio Vargas 527 (Hospital Sapiranga) Fone: 51 3559.4444 PAROBÉ – RS Rua Odorico Mosmann, 491, 2°andar Fone: 51 3543.4553 www.marcelotonding.com.br

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micropigmentação

MICROPIGMENTAÇÃO Vinícius Roig Especialista em Micropigmentação Estética e Paramédica e Remoção de Pigmentos

Quais as diferenças entre micropigmentação e maquiagem definitiva? Existem duas diferenças importantes: o aspecto e a durabilidade. O aspecto da micropigmentação é mais natural e sofisticado do que o da maquiagem definitiva. A durabilidade é determinada pelo tipo de pigmento e técnicas usados. O pigmento da micropigmentação tem uma molécula maior que não “escorre” por baixo da pele, como se vê em muitos casos da definitiva, que é feita com um pigmento muito líquido, à base de água, que se infiltra organismo adentro. Na definitiva as técnicas usadas atingem camadas mais profundas do que na micropigmentação. Esses fatores - pigmento e técnica - determinam a durabilidade do trabalho que na micropigmentação chega a dois anos, depois desse período vai desbotando até sair todo pigmento, e na definitiva o pigmento fica para sempre sob a pele, muitas vezes, com um aspecto borrado. Que tipos de pigmentos são utilizados? Pigmentos orgânicos (maquiagem definitiva) e inorgânicos (micropigmentação). Quantos retoques são necessários em cada? Ouve-se muito falar em vários retoques para o procedimento. Creio que isso é uma questão de técnica de cada profissional. Eu, particularmente faço o trabalho em uma única sessão, ressalvado algum acidente na fase de cicatrização. Quais os riscos dos procedimentos? Os riscos estão todos diretamente ligados a escolha do profissional e ao seu estado de saúde. Se você está bem e escolhe um profissional que trabalha de acordo com as normas de biosegurança, é bom técnico, tem noção de harmonia e talento para o desenho, você pode relaxar e fazer o procedimento. Importante: peça sempre uma avaliação por meio da qual você possa antever o resultado, antes de submeter-se ao tratamento.

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Em que casos se recorre a micropigmentação paramédica? Como é feita? A micropigmentação paramédica é muito usada para a reconstrução de aréola mamilar, principalmente nos casos de mastectomia (remoção cirúrgica da mama para tratar o tecido mamário doente, normalmente um câncer) ou cirurgia plástica onde tenha havido algum problema de perda de tecido areolar. Também se pode utilizar uma técnica de relaxamento nas cicatrizes, com o objetivo de torná-las mais planas e sem brilho. Nos casos de acromias, hipercromias e vitiligos, faz-se uma camuflagem com pigmentos em tom mais aproximado ao da cor da pele, deixando as manchas bem menos aparentes. Homens também fazem micropigmentação? Em que casos? Sim, a procura tem aumentado para casos de sobrancelhas muito ralas, vitiligos e cicatrizes. Os cursos da equipe Roig de pigmentação são apenas para profissionais da saúde? Todo nosso trabalho, inclusive nossos cursos, é dirigido às pessoas que cultuam a harmonia e as infinitas formas de beleza, sempre preocupadas com a segurança e saúde de cada pessoa envolvida. Para os cursos, os pré-requisitos são a aprovação em teste de talento em entrevista, Ensino Médio e exame oftalmológico em dia. • Antes

Depois

Vinícius Roig Especialista em Micropigmentação Estética e Paramédica e Remoção de Pigmentos Atua na área de dermopigmentação desde 1995; É instrutor dos cursos Berenice Roig de micropigmentação; Atende a chamados de salões de beleza e clínicas estéticas, além de atender clientes da equipe Roig em Porto Alegre e Vale dos Sinos (RS). Mais Informações: Fones: 51 3593.1324 - 51 9650.9193 contato@bereniceroig.com.br – www.bereniceroig.com.br


odontologia

A BANALIZAÇÃO DA Dr. Felippe Ruaro Cirurgião, Traumatologista Bucomaxilofacial e Implantodontista CRO 13126

ODONTOLOGIA Cada vez mais nos deparamos com ofertas de tratamentos odontológicos que mais parecem anúncios de eletrodomésticos. Nesses casos, infelizmente, a odontologia deixa de ser uma prática que busca a melhora da saúde bucal e qualidade de vida dos pacientes para tornar-se um nicho de mercado que visa somente o lucro, com propostas e planejamentos que deixam de lado a ética e a ciência. A implantodontia é um bom exemplo. Trata-se de uma especialidade que visa à reabilitação de pacientes com ausências unitárias, parciais ou totais de dentes através de implantes de titânio e próteses sobre esses implantes. Há alguns anos, os implantes dentários estão mais em evidência e em conjunto com ortodontia, uma grande fonte de captação de pacientes, porém, muitas vezes deixando de lado a ciência e a ética.

Dr. Felippe Ruaro Cirurgião, Traumatologista Bucomaxilofacial e Implantodontista CRO 13126 Graduação em odontologia em 2001; Atualização em implantodontia em 2001; Atualização em cirurgia oral menor em 2004; Especialista em implantodontia em 2004; Especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial em 2008; Professor do curso de especialização em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial da sociedade brasileira de cirurgiões-dentistas. Mais Informações: SÃO LEOPOLDO - Clínica privada Av. Bento Gonçalves, 806 Sala 402 - Centro Fone: 51 3037.5150

“Um planejamento adequado, que envolva uma detalhada entrevista com o paciente, onde se busca entender e obter respostas sobre o indivíduo como um todo, é fundamental.” A solicitação de exames complementares, seja de imagem ou laboratoriais, fecha o diagnóstico e norteia o tratamento. Portanto, são fases de grande importância que não podem ser negligenciadas para se obter um tratamento bem direcionado e de sucesso para ambas as partes. Onde quero chegar com isso? Bom, quero aqui fazer um alerta para aqueles pacientes que buscam um tratamento odontológico de alta complexidade como implantes, enxertos, cirurgias bucomaxilofaciais, para que procurem profissionais capacitados, especializados e preocupados com o bem-estar de seus pacientes. Lembrem-se: conhecimento e planejamento são fundamentais para o bom andamento e sucesso de um tratamento odontológico. •

NOVO HAMBURGO Av. Joaquim Nabuco, 1670 Fone: 51 3527.0224 pippe@terra.com.br

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fisioterapia

FISIOTERAPIA PARA REABILITAÇÃO

Leonardo Fratti Neves Fisioterapeuta CREFITO 6616 LTT/F

CARDIOPULMONAR E METABÓLICA

A fisioterapia, no contexto da reabilitação cardiopulmonar e metabólica, está sendo amplamente utilizada no Brasil. No entanto, ainda é pequeno o número de indivíduos que dão segmento ao programa após a alta hospitalar, apesar do alto grau de evidência científica dos benefícios e de recomendação. Isso reflete em altos índices de reinternações hospitalares, o que aumenta os riscos de morbimortalidade, gerando altos custos para o sistema de saúde do país. Assim, ratifica-se a importância da reabilitação ao invés do tratamento tardio. As doenças pulmonares e cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Os objetivos da reabilitação cardiopulmonar e metabólica estão de acordo com o que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS) quanto às ações nãofarmacológicas para assegurar as melhores condições físicas, psicológicas e sociais para o paciente com doença cardiovascular, pulmonar e metabólica. O fator custo/efetividade do programa é mais um ponto positivo. Ele é complexo e depende de uma equipe multiprofissional. Isso se justifica porque, além da reabilitação física, procura-se alcançar mudanças no estilo de vida, como abandono do tabagismo e reeducação de hábitos alimentares. Os que podem se beneficiar desses programas são aqueles portadores de doenças pulmonares crônicas e pacientes na fila ou após transplante de pulmão e/ou coração. Além desses, indivíduos com cardiopatias, após intervenções cirúrgicas cardíacas, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, arritmias, obesidade, diabete melito e síndrome metabólica também podem ser contemplados pelo programa. O programa de fisioterapia compreende quatro fases distintas. Fase 1 – É a fase hospitalar e engloba exercícios para aumentar a circulação, manter os pulmões e vias aéreas desobstruídas e sem secreção, manter a mobilidade e força músculo-esquelética. Fase 2 – Essa fase deve ser realizada em clínicas de fisioterapia com estrutura adequada logo após a alta. Tem duração de três a seis meses e é quando se inicia um programa de treinamento fí-

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sico, com objetivo de aumento da capacidade cardiopulmonar, força muscular e flexibilidade. Fase 3 – Continuidade da fase anterior. É nessa fase que indivíduos com baixo risco e que não passaram pelos estágios anteriores podem ser inseridos no programa. Tem duração de seis a vinte e quatro meses e o objetivo é promover adaptações no sistema cardiovascular para o retorno às atividades com maior segurança. Fase 4 – Última etapa do programa, com duração indefinida de programa de exercícios com ou sem supervisão, além de reavaliações periódicas. Além de profissionais capacitados, a clínica deve contar com equipamentos específicos para o treinamento físico, acompanhamento dos sinais vitais e segurança. É de suma importância o acompanhamento médico periódico do paciente, para que ocorram avaliações sobre a sua condição de saúde e adequação ao programa sempre que necessário. Há escassez desse serviço de fisioterapia na região em relação à demanda. Em breve estarei disponibilizando esse serviço juntamente com meus colaboradores na cidade de São Leopoldo, em uma clínica de fisioterapia. •

Leonardo Fratti Neves Fisioterapeuta CREFITO 6616 LTT/F Fisioterapeuta Graduado pela Unisinos; Pós-Graduando em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Instituto de Cardiologia; Formação em Pilates pela D&D Pilates. Mais informações: leo_oneves@hotmail.com Tel.: 51 9716.0080 / 51 3588.8830


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turismo

DOS ALPES À

ERA MEDIEVAL REFERÊNCIA EM QUALIDADE, A SUÍÇA TAMBÉM PRIMA PELA EXCELÊNCIA NO TURISMO

por Sabrina Gisele Becker Quando se pensa nos melhores chocolates, queijos e até relógios, que país vem à cabeça? A Suíça, logicamente. O país é conhecido pela excelência em diferentes segmentos: lá estão os melhores e mais seguros bancos, os melhores chocolates, as maiores e mais renomadas empresas químicas e farmacêuticas - representadas por nomes como a Novartis (originada pela fusão entre a Ciba-Geigy e a Sandoz), a Roche ou a OM Pharma -, assim como ícones da cosmética, como La Prairie, Juvena e Valmont, entre muitas outras, e da indústria alimentar, destacando a gigante Nestlé. Entretanto, não é somente no que produz e exporta para os quatro cantos do mundo que a Suíça se destaca. O turismo é mais um ponto forte do país, que oferece opções para todos os gostos durante o ano todo. A Suíça é um pequeno estado federal, sem saída para o mar na Europa Central, tendo fronteiras ao norte com a Alemanha, a leste com a Áustria e Liechtenstein, ao sul com a Itália e a oeste com a França. Encontra-se no cruzamento de diversas das principais culturas europeias, que influenciaram profundamente suas línguas e práticas culturais. Exemplo disso são os quatro idiomas oficiais: 64% da população, no norte e no centro, utiliza o alemão como língua fluente; já a oeste, o francês é adotado por 19% dos suíços; o italiano, ao sul, é falado por 8% dos habitantes, e, por fim, existe o romanche, uma língua românica falada por uma pequena minoria, menos de 1% da população, no Cantão dos Grisões.

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Turismo Seja com cenários majestosos nos Alpes, lagos de águas cristalinas, cidades medievais, esportes de inverno ou possibilitando cruzar o país de bicicleta, a Suíça está de braços abertos para os turistas. O país, que está no coração da Europa, chama a atenção pelo grande número de experiências turísticas que oferece. Pela manhã é possível experimentar a sensação gelada da visita a uma geleira e, à tarde, se deliciar com a culinária do ensolarado Cantão do Ticino, por exemplo. Onde é possível ver o pôr do sol de montanhas cobertas de neve, se sentir eterno frente a uma paisagem deslumbrante, mergulhar em um lago nas montanhas, caminhar sobre a neve virgem sem pegadas ou relaxar em um maravilhoso e exclusivo spa? Tudo isso pode ser realizado na Suíça. Além da natureza, as cidades medievais são o principal cartão de visita para muitos estrangeiros, que depois vão conhecer as montanhas, cenários comuns em filmes de James Bond e até os indianos do Bolliwood. A Suíça é um país para se visitar o ano inteiro. Embora o verão continue sendo o período mais agradável para as atividades externas, é nessa época que os preços são elevados e também é difícil encontrar vagas nas pensões e hotéis mais em conta. A temporada de inverno, que vai de novembro até o início de abril, também é uma grande atração no país, conhecida pelas lindas paisagens cobertas de neve. Estações de esqui famosas, como a de Saint Moritz, atraem ricos e estrelas do jet-set inter- >


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nacional. Outras estações dispõem de toda a infra-estrutura para os esportes de inverno, oferecendo cursos que podem ser feitos diretamente nelas, o que é recomendável para os turistas dos trópicos, pouco afeitos às desenvolturas na neve. Os melhores períodos para visitar a Suíça sem gastar muito ocorrem entre abril e maio e entre setembro e outubro. Tornaram-se muito populares também viagens curtas a cidades ou, para a população suíça, as jornadas de um dia ou excursões de fim de semana. São opções que favorecem viagens ferroviárias pelas montanhas, passeios de barco nos lagos e restaurantes alpinos, em prejuízo da tradicional indústria hoteleira. Muitas regiões turísticas costumam montar pacotes de eventos e atividades para atraírem visitantes. Além disso, as grandes cidades, muitas situadas às margens de grandes lagos, oferecem condições para realização de congressos, visitas a museus e convenções de negócios. Para visitar Caracterizada pelo cruzamento de diversas das principais culturas europeias, a Suíça sofreu, ao longo dos anos, influência desses diferentes povos em suas línguas e práticas culturais. Essa diversidade pode ser percebida em cidades cosmopolitas, como Zurique, internacionais, como Genebra, tradicionais, como Berna, bonitas, como a Basiléia e alpinas, como Lucerna.

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Zurique: se tornou uma das capitais europeias do estilo, onde prazer é a palavra de ordem e fazer compras é sensacional. Há opções de programas para todas as noites, muita cultura no Opera Haus e no Kunsthaus. A gastronomia tem representantes do mundo inteiro e se perder nas vielas que cortam o rio Limmat é o programa favorito. Basiléia: seguindo pelo rio Reno, no ponto onde França, Alemanha e Suíça se encontram, essa cidade se orgulha de sua secular tradição cultural. A parte antiga da cidade, com construções medievais e casas barrocas, é um ponto onde os bondes passam, levando turistas e moradores para todas as partes. Encabeçada pelo Kunstmuseum e Fondation Beyeler (dois dos mais prestigiados centros de arte do país), a lista dos museus localizados na cidade é extensa. Berna: a capital da Suíça, com um ritmo deliciosamente calmo, tem seu núcleo medieval de prédios de arenito praticamente intacto. Debaixo dos mais de seis quilômetros de arcadas estão muitas lojas, para a alegria de turistas e moradores. Quando estiver na cidade, não deixe de conhecer a casa onde Albert Einstein viveu quando escreveu a Teoria da Relatividade em 1905 e o novíssimo Zentrum Paul Klee, projetado por Renzo Piano para abrigar a coleção de obras do artista mais famoso de Berna. A cidade tem apenas 122 mil habitantes, mas conta com uma vida cultural agitada.


turismo

Genebra: é a menor metrópole do mundo, com apenas 185 mil habitantes, e, ainda assim, se mantém cosmopolita e vibrante. A vista do Lago Genebra com o Jet D’Eau a partir das ladeiras da parte antiga da cidade é única. Bons restaurantes e lojas exclusivas fazem com que a sede europeia das Nações Unidas se destaque como um importante centro mundial, que possui grandes museus como o da Cruz Vermelha e o novíssimo Museu Internacional da Reforma homenageando os reformistas religiosos de Genebra do século XVI. A cidade é o centro cultural e econômico da Suíça de expressão francesa. Ao mesmo tempo, é também a mais internacional, já que mais de 43% da população é de estrangeiros. Gastronomia Parte imprescindível em qualquer roteiro turístico, a gastronomia faz parte da identidade de cada local. Na Suíça, sua cozinha reflete a diversidade cultural do país e Fondue e Raclette são alguns dos pratos mais conhecidos. Porém, quando estiver no país, não deixe de experimentar o Papet Vaudois, os Capuns, charutos de repolho típicos de Graubunden, e o Minestrone, rica sopa de macarrão servida na parte italiana. Como não poderia deixar de ser, os vinhos suíços são excelentes, especialmente quando solicitados na região onde as uvas são cultivadas, por isso, sempre peça o vinho local. Grande parte dos restaurantes serve o prato do dia, conhecido como Tagesteller ou Plat du Jour.

Comer e beber na Suíça é uma viagem de descoberta pelo idioma distinto e zonas culturais nas quais produtos singulares florescem. Durante muitos anos, a influência dos países vizinhos vem dando à Suíça uma culinária excepcionalmente rica e variada. Muitas especialidades, aclamadas e cultivadas nos dias de hoje, foram desenvolvidas a partir de modestas possibilidades daqueles anos. Pratos simples agora têm uma excelente reputação como especialidades regionais: Batata Rösti (batatas raladas fritas servidas na região de Bernese); Pizokel (um tipo de bolinho de farinha de trigo servido no cantão dos Grisões); Polenta e Risoto (servidos na parte italiana); e Papet Vaudois (um tipo de salada de repolho com salsicha servida na Região do Lago Genebra). • Com informações de: www.myswitzerland.com (site oficial do Centro de Turismo Suíço) www.suicasingular.com.br (site do Centro Oficial de Turismo Suíço no Brasil, em português) www.swissinfo.org (site com notícias atualizadas sobre a Suíça, também disponível em português)

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gastronomia

MESA

QUENTE COZINHA MEXICANA É UM FESTIVAL DE CORES, SABORES E AROMAS MARCANTES

por Sabrina Gisele Becker Uma culinária farta, colorida e rica em temperos e aromas marcantes. Assim pode ser descrita a gastronomia mexicana, herdada dos antigos povos fundadores de sua cultura - olmecas, maias e astecas - e mesclada com as culinárias espanhola, francesa e austríaca. Uma das cozinhas mais ricas do mundo, tem sua base firmada em três ingredientes principais: milho, feijão e chile, tempero que já é adotado pelo mundo todo, feito com pimenta, cominho, orégano e alho. É bastante variada, apresentando diversos pratos, doces e bebidas típicos para cada região. O milho, em especial, é um cereal que tem papel importante na culinária do México. Como para nós, brasileiros, existe uma infinidade de pratos à base de mandioca, no México acontece o mesmo com o milho. É justamente esse ingrediente que serve de base para o coração da cozinha mexicana, a tortilha ou tortilla. Grãos de milho cozidos, triturados e amassados até formarem a massa feita quase que artesanalmente e tão antiga quanto o próprio país. Depois de ser modelada, é assada sobre uma chapa quente até ficar dourada e flexível. Pode ser degustada nas mais diferentes formas - fria, quente, frita, tostada - acompanhada com tudo que se possa imaginar e com os mais variados recheios, como de feijões, carne, frango, verduras, legumes, frutas e queijos ou com a tradicional guacamole, pasta preparada à base de abacate. No cotidiano, é base da dieta do cidadão mexicano e também pode ser feita com farinha de trigo. Além de todas essas possibilidades, a tortilha é muito prática, já que dispensa prato e talheres por ser, tradicionalmente, consumida com as mãos. Está presente em todas as refeições, do café da manhã, almoço e jantar, até sobremesa e lanche. Entretanto, embora seja o carro-chefe da gastronomia típica, não é só de tortilhas que vive a mesa mexicana. Tacos – que nada mais são do que tortilhas recheadas com carnes, pimentas, milho, tomate, cebola e guacamole -, burritos, nachos, frijoles (feijões), tamales (espécie de pamonha salgada), ceviche (peixe curtido em salmoura e tempe- >

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gastronomia

ros à base de limão) e quesadillas - quase todos acompanhados por tortilhas - são pratos típicos conhecidos em diversos lugares do mundo. E não pense que as opções oferecidas em alguns fast foods são fiéis à tradicional mesa mexicana. Pelo contrário, apresentam de forma muito simples e superficial toda a riqueza que pode ser conferida em restaurantes locais. Outro ingrediente muito marcante na culinária mexicana é a grande variedade de pimentas e pimentões (chili) que sempre estão presentes na maioria dos pratos. Desde muito cedo, os mexicanos aprendem a apreciar a pimenta nos seus mais variados tipos e potências, por isso o condimento é uma característica da gastronomia local. É tão comum que os mexicanos têm o hábito de beliscá-las enquanto tomam uma sopa, por exemplo. Diferente do Brasil, lá as pimentas e pimentões são consumidos in natura e não em conserva. Entre as pimentas mais comuns estão a chile poblano, bastante popular no México e no sul dos Estados Unidos, a pasilla (ou chile negro), a guajillo, a habanero, a chipotle e a jalapeño, já conhecida em alguns locais brasileiros. Além desse condimento, aromas de coentro, epazote, achiote ou de absinto, além do imprescindível orégano, e a manjerona são presença garantida nos pratos de todas as cozinhas do país.

Outra bebida produzida a partir da mesma planta é o Mezcal, diferente da tequila por ser mais rústica, já que, em geral, é destilada apenas uma vez, contra duas ou três da tequila. É com essa bebida que os mexicanos mantém o antigo costume - de algumas marcas - de introduzir a larva de uma borboleta dentro das garrafas, que mantém-se intacta por estar submetida a determinado teor alcoólico. Segundo o costume, quem come a larva na dose final, leva o título de corajoso.

Trata-se de uma culinária simples que utiliza ingredientes baratos em sua elaboração, por isso adaptou-se bem ao paladar dos brasileiros. Inclusive misturas agridoces preparadas no país, antes vistas como inusitadas pelos brasileiros, já caíram no gosto de todos. Pratos salgados ao molho de chocolate, além do tradicional abacate, que é utilizado em inúmeras preparações salgadas.

A Agave também é a base de uma terceira variedade de bebida, o Pulque, em que resulta do suco fermentado da planta e é popularmente tido como uma cerveja. É servido geralmente nas pulquerias, espécie de cantina, além de ser uma das bebidas mexicanas mais antigas. Pode ser misturado com suco de frutas, como manga e abacaxi, recebendo o nome de curado.

Bebidas Não é apenas pelos pratos simples ou bem elaborados que a gastronomia do México se destaca. Para acompanhar esse mundo de aromas, cores e temperos, uma enorme gama de bebidas e drinques complementam a rica mesa do país. A mais conhecida da maioria dos estrangeiros, a tequila é mundialmente conhecida e apreciada. Resultado da destilação da tradicional planta centroamericana Agave azul (ou Agave tequilana), apresenta variedades como a tequila reposado e a tequila anejo, ambas variando no tempo de conservação nos barris. A mundialmente famosa Margarita é preparada com tequila, sal, suco de limão e licor de laranja.

Falando de bebidas não-alcoólicas, no México é muito comum a Água de Jamaica, um refresco de sabor diferenciado que também é feito através de uma planta, a Hibiscus Sabdariffa, ou hibisco, como é conhecida. Para o preparo, basta aquecer a água e, depois, preparar a infusão das folhas secas, buscando uma coloração não muito avermelhada e nem tão límpida. •

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Fonte: www.emporiovillaborghese.com.br


ABC da Cozinha Mexicana A infinidade de ingredientes, pratos, bebidas e condimentos da culinária mexicana pode confundir. Por isso, conheça uma espécie de dicionário que pode ajudar na hora de compreender melhor essa cozinha tão rica.

A Achiote - Semente de um arbusto que serve de condimento.

G Guacamole - Molho que se obtém moendo a polpa de abacate juntamente com uma cebola.

Agave - Cacto americano do qual se destilam diferentes licores.

Guajolote - Peru.

Antojitos - Comidas rápidas, que têm por base a tortilha de milho ou de farinha.

J Jitomate - Tomate maduro.

Atole - Bebida de milho cozido, moído e dissolvido em água a que se mistura frutas, leite, natas, entre outros alimentos.

P Papatzul - Taco de Tortilha com ovo, coberto com mole de sementes de abóbora, jitomate, epazote e chile.

B Birria - Guisado de carneiro, chilis e especiarias.

Pinole - Farinha de milho torrada com pilonclillo e canela.

C Cajeta - Doce de leite queimado e açucarado.

Pozole - Caldo de milho e de carne, geralmente de porco, desfiada, muito condimentado.

Ceviche - Peixe branco macerado em sumo de limão.

Pulque - Bebida espirituosa que se obtém por fermentação do sumo ou melaço da piteira.

Chalupas - Tortilhas de milho, fritas e cobertas com carne, chile, tomate maduro e cebola. Chile - Pimenta picante, condimento por excelência da cozinha mexicana e do qual existem numerosas variedades. Comal - Disco de barro ou de ferro para cozinhar as tortilhas. E Enchilada - Tortilha de milho enfeitada com chile e recheada de carne, queijo, etc.

S Sopes - Tortilhas pequenas, cobertas com frijoles e outros condimentos desfeitos. T Taco - Tortilha enrolada que contém um recheio de carnes, aves, legumes, etc. Tamal - Um dos antojitos mais populares do México. Faz-se com farinha de milho e carne ou outros ingredientes, envolve-se com folhas de milho e cozinha-se ao vapor.

Elote - Maçaroca de milho tenra. F Frijol - Variedade feijão.

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