JM Rural - Fevereiro de 2011

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Brasil Rural local e regional, diversificar a economia, criar emprego e renda para a comunidade rural do lugar, promovendo neste sentido, o desenvolvimento sustentável no campo. No espaço territorial brasileiro são enormes as possibilidades para o exercício da atividade turística no campo: Clima

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Nos dias atuais, o fenômeno do turismo em escala global pode ser compreendido a partir dos aspectos socioeconômicos, políticos e culturais. Haja vista a sua complexidade de aglutinar estruturas distintas, porém, concomitantes, dentro de um mundo globalizado. O turismo é praticado em um espaço geográfico concreto e dinâmico. Daí sua forte relação com o meio ambiente, entendido como conjunto de elementos naturais e culturais. É uma atividade que ocupa atualmente, em tempos de mundialização, um papel cada vez mais significativo na dinâmica economia mundial. O fenômeno turístico tem produzido alterações no espaço geográfico e a ação humana vem impactando em todos os aspectos do meio ambiente, onde as questões ambientais decorrentes deste fluxo são sentidas em escala local, regional e até global. Este contexto de crescimento da preocupação ambiental, faz surgir modalidades alternativas mais brandas e sustentadas de práticas turísticas, contrapondo com o turismo tradicional, caracterizado como atividade de massa , onde o modelo praia-sol já está estagnado, através da grande degradação ambiental e social. É nesse cenário que se insere a modalidade turística alternativa denominada Turismo Rural, com grande possibilidade de harmonia entre a conservação/preservação da natureza e de valores culturais. Com planejamento, gestão e organização efetivas podem-se dinamizar o desenvolvimento

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O Brasil rural vem perdendo população tanto em termos relativos como absolutos

favorável, vegetação natural variada e exótica, diversificação geológica-geomorfólogica e diferentes culturas regionais com múltiplos cenários e estilo de vida regional do homem do campo, garantindo uma situação privilegiada para o nosso país. A atividade turística rural no Brasil é recente. A experiência pioneira é datada de 1983, no município de Lages – SC, onde foram aproveitadas infraestruturas já existentes e tinha na criação de gado leiteiro e de corte, os atrativos turísticos do local.

Com resultados positivos e amplo desenvolvimento, a atividade se estende por outros estados brasileiros. O Turismo Rural propicia a valorização do ambiente onde é “explorado” por sua capacidade de valorizar a cultura e a diversidade natural de uma região e/ou localidade, proporcionando a conservação e manutenção do patrimônio histórico, cultural e natural. Neste sentido, propriedades que estão estagnadas e marginalizadas com as práticas tradicionais, podem, através da implantação de atividades turísticas, ser promissora fonte de renda para seus proprietários e para comunidade local. Ambos terão uma forma de agregar valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural (festas religiosas, mutirões, artesanatos e outras comemorações) e natural (rios, riachos, serras, vegetação entre outros). É preciso medidas efetivas como forma de subsidiar as atividades de Turismo Rural e preservação/manutenção do meio ambiente e da cultura local. Assim, é preciso um conjunto de medidas como a atuação do Estado, o monitoramento dos impactos ambientais positivos e negativos decorrentes deste fluxo, através da aplicação de instrumentos técnicos como o estudo de impactos ambientais – EIA e o Relatório de Impactos Ambientais - RIMA; ouvir a comunidade local sobre essa prática turística, buscando sua inclusão. Márcio Balbino Cavalcante Geógrafo

Ministério da Integração Nacional vai priorizar produção irrigada OMinistério da Integração Nacional passará por completa reformulação em seu funcionamento, de modo a priorizar o uso dos recursos hídricos e a fomentar a produção agrícola irrigada, conforme determinação da presidenta Dilma Rousseff. As alterações necessárias à melhor operacionalização dessas áreas estão em curso no ministério e o resultado do trabalho já está com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, para aprovação. A irrigação é fator fundamental para o país aumentar a produção agrícola, além de gerar empregos, combater a miséria e contribuir para fixar o homem no campo. Fatores que ajudam a conter o aumento populacional nas periferias dos grandes centros urbanos. Segundo ele, a produção nacional utiliza irrigação em 4,5 milhões de hectares, menos de 10% da área agrícola em uso, e a expectativa do ministro é de irrigar pelo menos mais 250 mil hectares até 2014. Mas o Brasil dispõe de mais 30 milhões de hectares potencialmente irrigáveis, principalmente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul.

Crédito farto na Expodireto de Não-Me-Toque O presidente da Cotrijal, Nei Mânica, calcula que o crédito à disposição para negócios durante a Expodireto, de 14 a 18 de março, em Não-Me-Toque, possa chegar a R$ 1 bilhão. Banrisul, Banco do Brasil, Sicredi e BRDE já tinham anunciado, juntos, recursos de R$ 551 milhões para a mostra, cujo lançamento aconteceu na segunda-feira com presença de lideranças do agronegócio, além de parlamentares.

China garante que seca não afetará preços mundiais dos cereais A seca que afeta o Norte do país, o celeiro do país mais populoso do mundo, não terá efeitos nos preços mundiais dos cereais, garantiu o governo de Pequim, em resposta às preocupações de algumas organizações internacionais. Segundo Ma Zhaoxu, portavoz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, a situação atual, não vai afetar os preços dos bens alimentares. É possível que a recente seca tenha um impacto sobre a produção de trigo de Inverno, mas as autoridades devem tomar medidas concretas para minimizar essas consequências. A Agência da ONU para a Alimentação e Agricultura - FAO, alertou este mês para o impacto da seca nas colheitas de trigo de Inverno na China, o principal produtor e consumidor deste cereal. Em resposta, o primeiro-ministro Wen Jiabao lançou um envelope financeiro de 13 mil milhões de yuan (1,44 mil milhões de euros) para combater a seca e aumentar a produção agrícola, principalmente de arroz.

Conab antecipa propostas de preços mínimos A Conab está antecipando a elaboração dos estudos de preços mínimos de produtos da safra de inverno e regionais, como trigo, aveia, centeio, girassol, guaraná, castanha de caju, café e outros. A intenção é fechar as propostas dos preços mínimos até o fim deste mês. O objetivo do trabalho é atender orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de antecipação do lançamento do Plano Safra 2011/2012 para o primeiro semestre deste ano.

Subsídio da agricultura familiar contempla 20 produtos em fevereiro Os agricultores familiares terão, em fevereiro, a cobertura do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar para 20 produtos: açaí (fruto), arroz longo fino em casca, amêndoa de babaçu, banana, borracha natural (extrativista) do bioma Amazônia, borracha natural (heveicultura), cará-inhame, castanha-de-caju, cebola, feijão, leite, mamona, pequi (fruto), fibra de piaçava, sisal, sorgo, tomate, trigo, triticale eumbu (fruto). O programa de garantia de preços dá um bônus que permite ao agricultor familiar pagar pelos financiamentos de custeio e investimento com desconto, correspondente a diferença entre os preços garantidores e o preço de mercado, nos casos em que ovalor do produto financiado esteja abaixo do preço de garantia.


ENTREVISTA Algumas pessoas querem convencer de que a agricultura é uma as principais vilãs ambientais. No entanto, pesquisas já comprovam o contrário. Como você defende esta questão? A agricultura é uma Mega Usina de transformação de CO2 e água em alimentos, graças à energia solar no processo fotossintético. Na verdade o Carbono do CO2, tão repudiado gás de efeito estufa, é o guardião da sustentabilidade ambiental. Mas é preciso solo protegido e homem para garantir a sustentação alimentar da humanidade num momento em que no Brasil 85% mora na cidade e, portanto, um produtor rural tem que produzir alimentos para ele e mais 4 na cidade. A cada segundo no mundo nascem cinco e morre um. A área de produção cada vez diminui mais e precisamos aumentar a produtividade. A vida na cidade depende da agricultura do meio rural. Uma das questões destacadas por você, durante o encontro em Tupanciretã, foi de que o não uso sustentável da reserva legal será um desastre ambiental, econômico e social. Comente esta questão. Essa discussão está sendo feita pelos ambientalistas de forma propositada para confundir a sociedade brasileira. Primeiro precisamos esclarecer os conceitos de APPs e Reserva Legal. Área de Preservação Permanente (APP) é uma área coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade biológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de flora e fauna, proteger o solo e "assegurar o bem-estar das populações humanas". Reserva Legal é uma área além das APPs necessária ao uso sustentável dos recursos naturais à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da flora e fauna nativas. Os conceitos são ambientalmente os mesmos. Mas existem dois termos utilizados de forma estratégica para a confusão: preservar e conservar. Os ambientalistas usam o termo preservar no sentido de não tocar. E usam conservar no sentido de uso sustentável. No entanto, as APPs têm que preservar, mas garantir bem-estar

Almir Rebelo Almir Rebelo é o presidente do Clube Amigos da Terra de Tupanciretã e defende os produtores rurais da região, solicitando a votação das alterações do novo Código Florestal. Ele foi, também, um dos precursores do Estado na luta pelo desenvolvimento biotecnológico

às populações humanas. Reserva legal prega o uso sustentável, mas não querem que use. Sabemos que o plantio direto já preenche os requisitos de uso sustentável e dá sustentação ambiental para a consolidação das áreas cultivadas com essa tecnologia. Portanto, recomendamos que no novo código florestal o plantio direto com Biotecnologia seja considerado no cômputo das APPs e Reserva Legal para consolidar oconceito de sustentabilidade de Reserva Legal e de assegurar bem-estar às populações humanas das APPs. Somos todos conscientes de que devemos conservar nossas APPs . Mas se não usarmos a Reserva Legal de forma sustentável será um desastre ambiental porque não serão sustentáveis, será um desastre econômico porque haverá uma diminuição entre 25 e 50% de área produtiva de alimentos comprometendo a já famigerada renda dos produtores, com prejuízos altamente significativos para os cofres públicos, comércio local, balança de pagamentos, volta de inflação, falta de alimentos, e desastre social porque haverá desemprego, êxodo rural, aumento da marginalidade, da criminalidade, problemas de saúde e educação públicas, concentração de terras com os grandes produtores, pois os pequenos produtores terão que vender suas propriedades e não será assegurado o bem estar das populações humanas. Qual a expectativa quanto à votação da lei? Os interesses internacionais contra o desenvolvimento brasileiro, através das ONGs que manipulam deputados ainda não esclarecidos, tidos como bancada ambientalista, tentarão sensibilizar o governo para a edição de um substitutivo ao

projeto do novo código relatadopelo deputado Aldo Rebelo. Se isso prosperar, será uma agressão à nossa democracia e à nossa soberania. Mas eu entendo que deveremos chegar a um acordo que seja melhor para o Brasil, que continuemos produzindo, preservando o meio ambiente, pois nosso modelo de plantio direto com biotecnologia está sendo utilizado pelos ambientalistas como modelo brasileiro para o mundo. Basta que eles nos respeitem e nos ouçam. Teremos até junho para votar ou prorrogar o prazo novamente. Como você se posiciona quanto à questão do governo, de não dar mais financiamento para o produtor que não estiver adequado ao Código Florestal? Essa é mais uma agressão à nossa democracia e soberania. É inadmissível que uma ONG chamada Greenpeace alicie um diretor de um Banco simpático à ONG e, num flagrante desrespeito à lei do crédito rural, emita uma norma bancária que, se cumprida de forma ilegal, poderá comprometer o processo de produção brasileira, gerando falta de alimentos, falta de capacidade de pagamentos dos compromissos dos produtores rurais, poderá provocar a volta da inflação, comprometendo o plano econômico do governo e profundas consequências sociais. Dá uma sensação de descomando. Mas nós sabemos que essas ONGs vão se infiltrando até nas instituições de crédito, como Banco Mundial, BNDS e outros para impedir financiamentos para obras de hidrovias, ferrovias, rodovias, hidroelétricas e produção agrícola, pois é esse desenvolvimento que precisa ser evitado para impedir que o Brasil se transforme na potência que vai tirá-los do trono do desenvolvimento mundial.

Mudanças Reconheço que não é fácil mudar. Se estamos nos sentindo razoavelmente confortáveis, porque deveríamos alterar nossas posições? É muito mais fácil transitarmos por caminhos já bem conhecidos do que nos aventurarmos por sendas estranhas onde poderemos perder nosso rumo. Aliás, a palavra "mudança" já trás embutido o sentido de novo, desconhecido e uma certa sensação de aventura. Será que vai dar certo?. É... talvez seja melhor ficarmos quietos no nosso canto e "o negócio é deixar rolar" como diz a letra de um samba da moda. Mas ainda bem que não são todas as pessoas que concordam com essas posições. Se assim fosse, estaríamos ainda vivendo em cavernas, caçando com tacapes e arrastando pedras. São os inconformados e inquietos que mudam o mundo. E essas mudanças não ocorrem apenas pela vontade de algumas pessoas curiosas e inventivas, mas também por necessidades imperiosas que nos são impostas pelo processo evolutivo da humanidade. Questões demográficas, sociológicas, políticas, mercantis e tecnológicas, entre outras, fazem com que o ambiente social, econômico e comercial esteja em constante mutação. De novo socorro-me da música popular brasileira. Lembram daquela gravação do Tim Maia - "tudo o que se vê não é, igual ao que a gente viu há um segundo / tudo muda o tempo todo no mundo" ? Pois é, como estamos neste mundo, nos restam duas alternativas: ou nos ajustamos às mudanças ou sucumbimos. Isto é válido tanto para pessoas como para empresas. Por conservador, o setor primário brasileiro de um modo geral, sempre se mostrou reticente quanto a mudanças significativas no processo produtivo. No entanto o mundo continuou evoluindo e, particularmente na última década as mudanças vieram sob forma de ondas gigantescas alterando profundamente o cenário onde atua o produtor rural. Rapidamente passamos de um mercado de aldeia para um mercado global que, ao mesmo tempo em que nos ameaça, abre as portas do comércio internacional ampliando nossas oportunidades de negócios. Nesse mesmo período o poder de decisão sobre os preços dos produtos primários saiu da mão dos produtores e das agroindústrias e passou para o comando do consumidor. E estes, como se sabe, estão cada vez mais exigentes no que se refere a preços, qualidade e origem dos produtos. Expressões como "produtos ecológicos ou orgânicos" antes raramente mencionadas, hoje estão definitivamente incorporadas ao vocabulário dos consumidores. Um exemplo ilustrativo está sendo veiculado neste momento pelos noticiários da TV. A União Europeia está impondo restrições à importação de carne bovina brasileira pelo fato de que a maioria absoluta dos pecuaristas ainda não se incorporou ao Programa Nacional de Identificação de Animais (Rastreabilidade). Outro exemplo: o mercado internacional está se abrindo para os lácteos brasileiros, mas para atender a essa demanda, será necessário que incrementemos a nossa produção de leite, que essa produção seja estabilizada ao longo do ano e que, e isto será fundamental, melhoremos de forma acentuada a qualidade tanto higiênica como composicional do leite produzido. O que não será tarefa fácil para um número considerável de produtores. Do exposto infere-se que as mudanças maiores, que independem da nossa vontade, na medida em que modificam o ambiente onde atuamos, nos impelem a mudarmos também de modo a nos ajustarmos à nova realidade. Repito, não é um processo fácil. Trata-se de alterar rotinas, romper paradigmas incrustados na nossa cultura ou nas empresas, mudar comportamentos e atitudes. Mas, mudar é preciso, e para isso é importante que o façamos com calma e lucidez, após uma análise detalhada da situação atual e futura, e de uma avaliação fundamentada e consistente das alternativas viáveis. Para concluir, sirvo-me de uma antiga prece, de autor desconhecido, mas de uma atualidade impressionante: Conceda-me Senhor... Serenidade, para aceitar as coisas que não posso mudar. Coragem, para mudar aquelas que posso mudar. Sabedoria, para distinguir umas das outras.


Ceriluz: domínio das técnicas

de construção de usinas O projeto técnico de uma obra é sua alma. É ali que são determinados os detalhes que darão a personalidade da construção. Exige conhecimento dos engenheiros que o desenvolvem, para evitar qualquer tipo de erro que possa comprometer a construção. Produzir projetos na área da geração de energia é um grande desafio, que os engenheiros da Ceriluz já dominaram, tornando a cooperativa uma referência A Ceriluz Geração possui hoje três usinas, duas em pleno funcionamento e a terceira em obras. A construção da usina Nilo Bonfanti, em Chiapetta, apesar de ser de pequeno porte, foi desafiadora e exigiu coragem, afinal, era uma experiência nova na cooperativa que até então havia trabalhado apenas com distribuição de energia. Construída entre julho de 1998 e agosto de 1999, tem uma potência instalada de apenas 680 kW. Anos depois, a Ceriluz construiu a -na época - maior usina do cooperativismo brasileiro, a Pequena Central Hidrelétrica José Barasuol, em Ijuí, que tem uma potência instalada de 13,5 MW. No corpo da barragem desta usina foi instalado mais tarde a minicentral composta por uma turbina com capacidade para gerar 830 kW, superando apenas ali à Nilo Bonfanti.

Agora a cooperativa constrói a usina RS-155, em Ijuí, que terá uma capacidade instalada de 5,7 MW. Ogrande diferencial da construção desta usina está sendo a autonomia do projeto, encabeçado por engenheiros da própria cooperativa. Nas duas obras anteriores, o projeto executivo foi desenvolvido pela empresa Rischbieter Engenharia. Desta vez, no entanto, desenvolveu-se um projeto compartilhado entre a engenharia da Ceriluz e a empresas Enebras Projetos, de Santa Catarina. A execução é de responsabilidades dos profissionais da cooperativa, com a consultoria da empresa catarinense. Além do corpo técnico destas duas empresas, a obra ainda conta com o conhecimento de profissionais de outras empresas terceirizadas, contratadas para executar ações específicas, fomentando o

Um projeto de usina precisa levar em consideração questões como as características do relevo, até o material utilizado, onde detalhes podem comprometer o seu potencial energético

conhecimento na área. Um exemplo é o convênio assinado com a Unijuí, passando a usufruir dos serviços técnicos do Laboratório de Engenharia Civil da universidade pelos próximos dois anos. Um projeto de usina precisa levar em consideração questões como as características do relevo, até o material utilizado, onde detalhes podem comprometer o seu potencial energético. "Na casa de máquinas é importante ter um concreto de alta resistência e um plano de con-

cretagem muito bem feito, para evitar infiltrações que podem causar problemas estruturais futuros", exemplifica o engenheiro responsável pela obra, Juarez Bernardi. As equipes da universidade irão realizar estudos sobre a resistência à compressão do concreto utilizado, verificando se estão obedecendo às especificações do projeto. Testes serão realizados rotineiramente, retirando corpos de provas aleatoriamente para análise. "É preciso ter um cuidado muito apurado desde o projeto, até mesmo para evitar custos desnecessários

com manutenções e operações depois da usina pronta", salienta o engenheiro da cooperativa. Através destas parcerias a cooperativa não só garante a qualidade de seu projeto, mas também passa a disseminar conhecimentos, contribuindo para o desenvolvimento da região. O convênio com a universidade, por exemplo, permite a alunos do curso de Engenharia Civil e Elétrica vivenciarem experiências práticas que farão parte de sua vida profissional, após formados, interagindo com profissionais experientes.

Como plantar rúcula PLANTIO - há dois métodos: diretamente no canteiro definitivo ou em bandejas; em ambos deve-se manter de 15 a 25 centímetros de espaçamento entre linhas. Na semeadura direta, usa-se apenas 0,2 grama de semente por metro linear. Em bandejas, o indicado é usar, de quatro a oito sementes, que germinarão entre três e quatro dias. Nas horas mais frescas do dia, faça o transplante assim que a muda apresentar de três a quatro folhas. AMBIENTE - os locais de temperaturas amenas são os mais indicados para o desenvolvimento da rúcula. A hortaliça apresenta bom crescimento entre 15 e 18 graus, pois em faixas com temperaturas mais elevadas suas folhas ficam menores e com textura inadequada para comercialização. PRODUÇÃO - a hortaliça está pronta para o consumo entre 30 e 40 dias após o plantio. Evite passar desse prazo, quando a rúcula inicia o período reprodutivo e as folhas ficam mais fibrosas. A colheita é feita preferencialmente arrancando-se a planta inteira, com folhas e raízes.


vinho

O além do

consumo

O vinho, uma das bebidas mais populares e importantes no acompanhamento de vários pratos da culinária mundial, desde a regional, mais simples e tradicional, até as mais sofisticadas e complexas, possui adeptos na região. Em Ijuí, produtores seguem as tradições e fabricam a bebida que realça os sabores da boa comida

O momento e a localidade em que o homem bebeu o primeiro copo de vinho continuam uma incerteza. As antigas civilizações homenagearam seus deuses, Dionísio na Grécia, Osíris no Egito e Baco em Roma, com festas regadas a vinho. No entanto, foi uma prática que passou de geração em geração e até hoje é cultivada na região, principalmente por descendentes italianos. Em Ijuí, o produtor Domingos Pezzetta fabrica vinho há cerca de 12 anos. "Tudo começou quando eu ainda morava em Vila Salto e tinha um vizinho que produzia vinho. Ajudando-o, passei a gostar da atividade", relata. Depois que se mudou para Ijuí, passou a comprar os equipamentos para fabricar o vinho. A tecnologia adquirida com o passar dos anos facilitou o processo: o moedor manual foi substituído por um moedor elétrico, que inclusive separa a uva do cacho. A uva, Domingos adquire de Veranópolis. Ele fabrica o vinho

Nesse ano, Domingos, que fabrica a bebida há cerca de 12 anos, já fez vinho com cerca de 1.300 quilos de uva

com dois tipos de uva: a bordô e a Niágara branca. Mas não hesita ao afirmar que o vinho tinto é o seu preferido. Nesse ano, já fez vinho com cerca de 1.300 quilos de uva. Tudo isso para consumo familiar. Evitando o desperdício, com as cascas da uva Domingos faz o vinagre. Além de garantir vinho para o ano inteiro, a atividade também representa um hobby para Domingos, professor aposentado. O processo não é dos mais fáceis. Domingos explica que deixa

o vinho por quatro dias no fermentador, depois o transfere para as pipas, onde ele fica por 21 dias. Posteriormente, ele retorna para o fermentador, por quatro dias e novamente retorna para as pipas. Além desse processo, Domingos ainda precisa ficar atento ao grau de doçura da uva. Para ele, o ideal são 16 graus de doçura. "Nesse ano a uva estava muito boa e veio com 14 graus de doçura. Mas para atingir a doçura ideal, preciso acrescentar açúcar", explica, destacando que após os primeiros frios do inverno já é possível

Os benefícios da bebida

O consumo moderado de vinho pode trazer benefícios para a saúde e prevenir diversas doenças

Ideal para um jantar romântico, para celebrar bons momentos, antes ou depois das refeições, o vinho é sempre uma boa pedida. Mas além de uma bebida deliciosa, o vinho tinto também é um grande aliado para o funcionamento do metabolismo humano. Oconsumo moderado de vinho pode trazer benefícios para a saúde e prevenir diversas doenças. Motivos não faltam para incluir a bebida no cardápio diário e garantir uma vida mais saudável. Osegredo de tais benefícios está na uva, sua matéria-prima. Na casca do fruto são encontrados os

polifenóis e outras substâncias muito poderosas que tornam o vinho um ótimo antioxidante e anti-inflamatório. O vinho ajuda a prevenir doenças no aparelho urinário e digestivo, problemas respiratórios, cardiovasculares e cerebrais, além de câncer e diabetes. Entre outros benefícios do vinho para a saúde, podemos citar sua ação no controle do estresse e da depressão. A bebida também faz bem ao coração, diminui os níveis de colesterol ruim (LDL), aumenta o colesterol bom (HDL), evita coagulação de sangue em lugares errados,

acondicionar o vinho nos garrafões. Para saber sobre todo o processo de fabricação da uva, além da aprendizagem com o vizinho, do interior de Ijuí, ele também participou de cursos de capacitação, na Secretaria de Agricultura. "Também fomos, com um grupo de produtores, à Colônia Santo Antônio para conhecer o processo em um dos principais produtores de Ijuí". Admitindo gostar da atividade, Domingos finaliza, destacando: "Se quiser fazer um bom vinho, tem que se dedicar".

prevenindo infartos. Mas para aproveitar o que o vinho tem a oferecer para contribuir com boa saúde, é preciso moderação. O consumo de vinho deve ser sem exageros, pois o álcool em excesso pode causar danos à saúde. O recomendado pelos médicos e o suficiente para ter uma vida saudável é tomar uma taça após o almoço e outra no jantar. Combate à cegueira Segundo pesquisadores da Universidade Washington em Saint Louis, o resveratrol, uma substância presente na uva, interrompe o crescimento de vasos sanguíneos nos olhos. A descoberta poderá ter implicações na prevenção de doenças que ocasionam cegueira, como a retinopatia diabética e a degeneração macular na velhice.


Pesquisa aponta para crescimento no consumo de leite no Brasil em 2010 Nos últimos 30 anos, o consumo per capita de leite e derivados no Brasil teve um aumento de 60%. Enquanto em 1980 o brasileiro ingeriu em média 100 litros de leite e derivados por ano, em 2010 este consumo aumentou para 161 litros. De acordo com estudo realizado pela Associação Leite Brasil, somente no ano passado, o crescimento foi cerca de 4,4% em relação a 2009. Este acréscimo pode ser atribuído ao crescimento populacional assim como a melhoria na renda, trazida pelo reajuste do salário mínimo acima da inflação. Além disso, a diversificação na produção de derivados, o aumento na produção interna - que representa 97% do mercado local – e a melhoria na qualidade da produção primária de leite im-

pulsionaram este avanço. Apesar do cenário, os consumidores brasileiros ainda consomem pouco leite comparativamente aos maiores consumidores mundiais. De acordo com o ranking da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o Brasil ocupa 65° lugar, que é liderado pela Finlândia e Suécia. Segundo Jorge Rubez, presidente da Associação Leite Brasil, ainda há mercado para crescer e a ausência de políticas específicas e engajamento do setor dificultam o desenvolvimento e o estímulo ao consumo. “Considerando a recomendação do Ministério da Saúde, de três porções de lácteos diárias, ou seja, 200 litros ao ano, a média do brasileiro ainda tem um déficit de 25%.”

Ausência de políticas específicas e engajamento do setor dificultam o desenvolvimento e o estímulo ao consumo

Ureia agrícola está 30% mais cara que no ano passado

As lavouras foram prejudicadas pelo aumento no preço da ureia agrícola

Desde julho de 2010, o preço da ureia agrícola subiu 31,4%, de acordo com um levantamento da Scot Consultoria. Em algumas localidades, a tonelada do adubo está cotada a R$1,18 mil (preço médio). A ureia é usada como um fertilizante libertador de azoto, pois ela é hidrolizada. A utilização da ureia como fertilizante

apresenta muitas vantagens pois pode ser usada nos solos como sólido, solução ou spray, não apresenta riscos de formação de incêndios ou explosão, reduz custos de armazenamento e de transporte, além de ser pouco poluente. Apesar da alta do insumo, o boi valorizado melhorou a relação de troca para o pecuarista, que

precisa de 4% menos arrobas para acompra de uma tonelada de ureia em relação a fevereiro do ano passado. A expectativa é de que os preços dos fertilizantes se mantenham em patamares elevados. A demanda está aquecida em função dos bons preços agrícolas e a oferta está reduzida em alguns países.

Doce de abóbora INGREDIENTES:

MODO DE PREPARO:

Massa: 500 g de abóbora madura descascada, cortada em cubinhos 2 cravos da índia 4 cascas de canela 600 mL de água 1 xícara (chá) de Stevita Culinária 1 colher (chá) de suco de limão

Em uma panela, coloque a abóbora, a água, o suco de limão, o Stevita Culinária, os cravos e as cascas de canela. Leve ao fogo até cozinhar a abóbora, sem desmanchá-la (mais ou menos 20 minutos). Deixe esfriar e sirva gelado.


Produtoras rurais participam de capacitação em Augusto Pestana A importância da mulher nos negócios da família e o poder de decisão na hora da compra e dos investimentos na atividade leiteira foram abordados durante o evento, que contou com uma programação variada e descontraída Com o objetivo de proporcionar a melhoria na qualidade de vida e qualificar as produtoras rurais ligadas à atividade leiteira, a unidade da Cotrijui de Augusto Pestana realizou na quintafeira, dia 17, o 2º Encontro das Mulheres Produtoras Rurais de Augusto Pestana. O evento foi realizado na Associação dos Funcionários da Cotrijui de Augusto Pestana. O evento, que teve início às 9h30 se

estendeu até as 16h30, com uma programação variada e descontraída. Dentre as atividades, palestra sobre Comportamento da Mulher Consumidora, abordando assuntos como a importância da mulher nos negócios da família e o poder de decisão na hora da compra e dos investimentos na atividade leiteira, além de apresentação dos produtos Mais Saúde, ginástica laboral, gincana cultural e animações artísticas.

Durante a programação promovida pela unidade da Cotrijui de Augusto Pestana, as mulheres rurais realizaram ginástica

Corte de R$ 51 bi no orçamento alerta lideranças gaúchas Lideranças do agronegócio gaúcho estão preocupadas com o efeito do corte de R$ 51 bilhões no orçamento da União deste ano anunciado pela presidente Dilma Rousseff para frear o consumo e

conter a inflação no país. O principal temor das cooperativas são as consequências do enxugamento sobre as verbas e os juros de custeio do próximo Plano Safra a ser anunciado até maio e sobre as

emendas no Congresso Nacional, uma delas que garante a manutenção de R$ 200 milhões para subsídio do seguro rural. Ovalor estava previsto no orçamento, mas como há um passivo

de R$ 160 milhões, sobrariam R$ 40 milhões, então foi preciso a complementação. No setor de máquinas e implementos agrícolas, a incerteza sobre as novas taxas de juros gera apreen-

são, mas pelo menos uma garantia já acalmou oempresariado.Há compromisso de manutenção das condições do Programa Mais Alimentos, quetem garantido renovaçãoda frota nas propriedades familiares.

Agropecuária é aliada na redução dos gases do efeito estufa

A aposta em projetos sustentáveis na agropecuária posicionou o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas

AOrganização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) prepara um banco de dados mundial com informações sobre a emissão de gases de efeito estufa lançados pela agricultura e seu potencial para minimizar o aquecimento global. O Brasil já está fazendo a sua parte ao incentivar o uso de tecnologias que reúnem eficiência produtiva e conservação ambiental. O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado em 2010, permite que o produtor rural tenha acesso a financiamento a um custo baixo (5,5% de juros anuais) para investir em práticas como recuperação de pastagens e plantio direto que ampliam a produtividade da lavoura e, ao mesmo tempo, reduzem a emissão dos gases estufa. Anova agricultura colocada em prática está voltada para diminuir a quantidade de gases polu-

entes e tem como consequência um clima menos quente no mundo. A atuação do Brasil está alinhada com o Projeto de Mitigação das Mudanças Climáticas na Agricultura (Mitigation of Climate Change in Agriculture - Micca) da FAO. AONU utilizará os dados sobre as emissões para buscar amenizar o aquecimento global por meio de técnicas agrícolas adequadas. No início da semana, a FAO divulgou que o Projeto MICCA receberá apoio de US$ 5 milhões da Noruega e Alemanha. O objetivo do projeto é tornar pública a quantidade das emissões de todos os países do mundo, facilitando o acesso às informações por representantes governamentais e agricultores. A FAO também usará as informações como ferramenta na operação de linhas de financiamento internacionais para projetos de

mitigação e redução das emissões provenientes da agricultura e de aumento da quantidade de carbono sequestrado nas explorações agrícolas. Segundo especialistas, a aposta em projetos sustentáveis na agropecuária, como o programa ABC, posicionou o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15). O programa brasileiro oferece R$ 2 bilhões em financiamento a agricultores e promove estudos e pesquisas, por meio da Embrapa. Apoia a capacitação profissional para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF), que contribuem para a preservação das áreas de produção.


Expectativas para a colheita animam produtores A safra brasileira de soja está em excelente condição na região e a colheita aponta para grandes produtividades, o que deixa os produtores satisfeitos Boas condições climáticas significam que a safra de soja do Brasil deste ano poderá aumentar para um novo recorde de 71 milhões de toneladas. A previsão é 1 milhão de toneladas superior à projeção anterior, divulgada em 8 de fevereiro. Também supera a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 70,1 milhões de toneladas. Os produtores brasileiros expandiram a área plantada de soja para 24,2 milhões de hectares, ante 23,5 milhões no ano passado. Aexpectativa dos produtores da região é das melhores. Após preocupações iniciais quanto à estiagem, em meio ao fenômeno climático La Niña, as condições da safra

melhoraram visivelmente. Quem está satisfeito com os resultados até o momento é o agricultor Jorge Bonfada, que reside em Bozano. Ele destaca que as chuvas razoáveis contribuíram para o desenvolvimento da cultura. "Hoje o preço, de R$ 44,50, está bom e acredito que não vai baixar muito disso, espero que fique nessa média. Hoje, compensa plantar soja, devido ao rendimento e ao preço", salienta, acrescentando que para evitar prejuízos, está combatendo as doenças através da aplicação de fungicidas. Na região, a previsão de produção da soja para a safra está sendo superior a 50 sacas por hectare nas lavouras. Segundo o engenhei-

Produtores da região estão satisfeitos com o resultado das lavouras de soja e esperam que preço se mantenha

ro agrônomo do Departamento Técnico da Cotrijuí, Mario Jung, a

perspectiva é de que a produção seja superior à do ano passado e

que ultrapassará a projeção inicial de quarenta e cinco sacas.


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