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Ano 11 . Nº 8. Janeiro | 2014 . R$ 8,00

2014

Convidados revelam expectativas para o ano

Férias Ijuienses em lugares incríveis

Foto: Saionara Bandeira

A Festa da Virada na Sogi

A despedida de 2013 com nossos parceiros

MANUELA PADILHA No ano da Copa no Brasil, (re)apresentamos a nossa

Garota da Copa




índice PERSPECTIVAS

Empresários e profissionais compartilham seus desejos pessoais e coletivos para 2014

ESPORTE

A homenagem do São Luiz a Paulo Baier, o ranking dos motos e os esportes de aventura

EdUCAÇÃO

Enem consagra metodologia baseada na disciplina do colégio da Brigada Militar

ENTREVISTA

O juiz da vara criminal mais eficiente do Estado e suas opiniões sobre Direito e Justiça

EXPERIÊNCIA

Defensor público André Girotto relata a missão que o levou a viver um ano no Timor Leste PROFISSÃO

Atuar na emergência de hospitais é a especialidade da odontóloga Bianca Schuh

CAPA

Mais da bela Manuela Padilha, nossa Garota da Copa, em ensaio de Saionara Bandeira

FIm dE ANO

O lançamento da nossa edição de dezembro, em animada confraternização no Chopp Ijuhy

ANO NOVO

A Festa da Virada, o retorno do Réveillon na Sociedade Ginástica

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TAlENTO

O jovem tenor Pedro Coppeti brilhou no principal espetáculo do Natal Luz de Gramado VIAGENS

Relatos de viagens e experiências de ijuienses em lugares fantásticos 4 | STAMPA

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2014

perspectiva é de um ano muito intenso, com Copa do Mundo e eleições. E como é de seu feitio, Stampa vai acompanhar essa efervescência e colocar você nesse clima. Para começar - e bem! -, aí está a nossa Garota da Copa. Manuela Scarton Padilha ganhou o título da Stampa em 2006, na comemoração do terceiro aniversário, na véspera do início da Copa do Mundo na Alemanha. A intenção inicial era escolher uma sucessora para comemoração temática que realizaremos em junho - mas quem precisa, se ela está ainda mais linda e tão feliz em honrar o título? ... Os acontecimentos mais marcantes do último mês do ano, incluindo aí o lançamento da nossa edição de dezembro no Chopp Ijuhy - um momento muito banaca de confraternização entre a equipe e clientes e amigos, e a Festa da Virada, o novo Réveillon na Sogi, estão registrados em muitas imagens. Para olhar adiante neste começo de ano, temos a contribuição de empresários e profissionais convidados, que compartilham alguns desejos e anseios que têm para 2014, pessoalmente e coletivamente. E nós torcemos para que tudo aconteça! ... Férias e viagens - uma combinação que pode proporcionar experiências fascinantes: nesta edição, há três relatos assim. Sucesso também mostramos, como o do Colégio Tiradentes no Enem e do jovem tenor Pedro Coppeti no Natal Luz de Gramado. Acrescentamos ideias, opiniões, vivências, dança, trabalho - tudo o que faz parte da vida da gente, e é bem feito. Assim fazemos a Stampa, e assim seguiremos. Abraço, Iara Soares

stampa@jornaldamanhaijui.com Ano 11 - Nº 6 | Novembro | 2013 PublicAção GráficA e editorA JorNAlísticA seNtiNelA ltdA cNPJ: 87.657.854/0001-23 ruA AlbiNo breNdler, 122 - foNe: (55) 3331-0300 98.700-000 iJuí/rs diretor edmuNdo HeNrique PocHmANN

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edição iArA soAres iara@jornaldamanhaijui.com colAborAdores cArlos Alberto PAdilHA, mAristelA mArtiNs, clAudiA AlmeidA, mAriliA muNAretto, deise morAis, ceciliA mAtHioNi imPressão ciA de Arte (55 3331-0319)

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Assinatura semestral: r$ 45,00 - ligue 3331-0300 Informações contidas em matérias comercializadas são responsabilidade integral das empresas e/ou dos profissionais.



O que você gostaria que acontecesse este ano? A virada de ano é propícia para desejar, planejar, definir metas. Nos exemplos aqui expressos, vida com saúde e qualidade, aperfeiçoamento pessoal e profissional e convivências harmoniosas são o principal. Que aconteçam! - é o nosso desejo. Ana Isa dos Reis, 34 anos, pastora “Quero que todas as pessoas tenham acesso pleno à saúde pública, que em Ijuí essa área possa ser ainda mais ampliada. Que em cada casa as pessoas possam encontrar tempo para dialogar como família e vivenciar a espiritualidade. Que todas as igrejas possam experimentar uma participação ativa de seus membros, colaborando na construção de um mundo melhor.” Tatiane de Oliveira Bertó, 35 anos, empresária “O que eu quero é que esse ano as pessoas sejam mais tolerantes e trabalhem para conquistar seus objetivos e para serem felizes. Tenho muito a comemorar em 2014, porque tudo que eu planejei eu conquistei, mas porque trabalhei muito para isso. Não adianta apenas cobrar das autoridades, da Justiça, se não for capaz de oferecer alguma coisa para o bem comum. Acredito muito na lei do retorno, então as pessoas precisam se respeitar mais e respeitar a liberdade dos outros para melhorar as atitudes.”

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Luiz Schirmann, 58 anos, empresário “Para 2014, espero que nossa agricultura renda bons frutos, que tenhamos uma safra que garanta uma economia regional saudável e com o dinheiro circulando. Quero ver as famílias realizando o sonho da casa própria, já que há ainda um grande déficit habitacional. Além das famílias estarem realizando seu sonho, também contribuem para o aquecimento da economia, proporcionando empregos e renda para o segmento da construção civil. Para 2014 espero que se realize o sonho antigo de muitos empresários deste Brasil: uma ampla reforma tributária. Hoje, o grande desafio de todo empresário brasileiro está em vencer a burocracia brasileira, na carga tributária, na transferência de responsabilidade de formação profissional que o estado faz às empresa pela sua ineficácia na educação. E, claro, espero que em 2014 possa entregar a nossa comunidade regional o nosso novo espaço comercial, um novo conceito de negócio com o nosso Home Center.”

Sônia Arriens Cassel, 49 anos, psicóloga “Eu quero uma consciência política maior por parte de todos nós, seja a nível municipal, estadual ou nacional. As pessoas precisam de um modo geral, ter uma preocupação maior, para que haja mudanças efetivas, e isso começa na nossa cidade, por pequenas coisas que a gente tem que reivindicar, tem que lutar por mudanças. Outra coisa que eu acho fundamental é amar mais, a si próprio e ao próximo. O exercício do amor está em falta na vida das pessoas e no mundo. Além disso, quero ver mais habilidade de se relacionar. De forma mais gentil, mais solidária, mais generosa e educada.”


Nilton e Marlene em trekking no Nepal: oportunidade de superar limites e exercitar o domínio emocional

Walter Joel de Moura, 68 anos, advogado e empresário, presidente da ACI “Como trabalho no ramo comercial, eu quero que o governo olhe mais para a área tributária. Que se discuta mais a economia, e que o setor em que trabalho, o cervejeiro, seja mais valorizado. No Brasil, também quero que diminua o clima de banditismo existente entre os homens, que as pessoas se entendam mais em 2014.”

Himalaia: visual deslumbrante

Marco Aurélio Ferreira, 41 anos, chefe de Gabinete da senadora Ana Amélia Lemos “Como eterno otimista que sou, gostaria de ver em 2014, independente de partidos, governos em todas as esferas públicas mais eficientes, que respondessem aos anseios da sociedade que foi às ruas clamar por saúde, O casal dedamédicos e de Marlene Hubert da educação e o fim corrupção.Nilton Gostaria Silva adeptos de turismo ver em 2014são a concretização de um sonhos para em que rotina, Ijuí , entre a Vara da Justiça e oparte luxo eles e comodismo nãoFederal fazem curso de medicina . Espero manter neste ano o ritmo de trabalho, que as esperanças se aminhar mais 300 km durante dias, atravessando a cadeia de monrenovem e que eude tenha mais tempo15 para ficar tanhas chamada Pirineus em direção à Espanha. Foi assim que começou ao lado da família, e na área pessoal, que eu a experiência em trekking - desporto inserido na modalidade de pedesconsiga manter a caminhada do meu curso trianismo, do casal de médicos ijuiense Marlene Hubert da Silva, dermatologisde História na Unijuí . Sei que as dificuldades ta, e Nilton Freitas da Silva, gastroenterologista. e os obstáculos sempre aparecerão, mas que A ideia surgiu quando os dois partiram para uma viagem de carro e encontraa fé e a perseverança sejam o combustível de ram pessoas de mais idade fazendo o caminho. “Foi aí que pensamos: por que cada um de nós rumo as vitórias da vida.” Desafio vencido: bandeiras de todo o mundo nós não?”, relata Marlene. Como precisava ser, o casal se preparou fisicamente colocadas pelos que alcançam o topo para encarar a experiência, fazendo caminhadas diárias de 20 a 25 km. Depois daquela primeira viagem pelos Pirineus, Nilton e Marlene partiram para novas aventuras. Percorreram o Caminho das Missões, o Sul da Patagônia e o acamLorena Beal,e 56 anos, diretora da Colégio Valterson Wottrich, 37 pamento-base do Aconcágua, na fronteira entre a argentina Mendoza o Chile. Sagrado Coração de Jesus anos, músico Chamado trekking, é um tipo de aventura em que a rotina, o luxo e o aconche“Eu quero que os são trâmites legais e as “Gostaria de ver um mundo go não fazem parte, mas que pode trazer grandes compensações. “Não adequações necessárias para aprovação final (ou as pessoas) com um caminhadas para qualquer pessoa, você precisa sair de sua zona de conforto, da implantação do curso de medicina em Ijuí pouco mais de sanidade. vai a lugares simples, que nem imagina que existe, se hospeda em pequenos sejam com êxito. Como gestora do Vê-se, diariamente, diante hotéis, conhece gente do mundo inteiro e encara a diferença da efetivados altitude”, expliColégio Sagrado Coração de Jesus penso que dos nossos olhos, tanta ca a dermatologista. seráeum marco apara loucura que isso acaba Por outro lado, é a oportunidade de superar medos, limites aprender lidaras áreas da Educação e Saúde. município tem condições para isso. com o emocional. “Nós testamos toda nossa resistência. VocêOestá naquela virando uma banalidade. Ijuí merece!” exaustão e se dá conta de que precisa começar a trabalhar o seu psicológico Gostaria que todos se e pensar que sim, você consegue, que não existem limites. Depois de horas de ‘chocassem’ com o que é caminhada, é muita emoção. Voltamos de lá já pensando: o que vamos fazer no absurdo, e que isso não próximo ano?”, revela Marlene. fizesse parte do cotidiano. O Himalaia foi a opção de Nilton e Marlene para a caminhada que durou de 23 Que não houvesse tanta de outubro a 10 de novembro. A montanha passa pela China, Butão, Nepal e vai ‘correria’, e sim, mais até o Paquistão. A parte nepalesa foi escolhida pelo casal pela beleza das mon‘cor’, para que as pessoas tanhas. “Nós fizemos cinco dias de trekking, conhecendo vilarejos, pessoas, pudessem ter mais tempo populações. Os nepaleses são muito receptivos, embora o caminho seja muito para viver, o que é muito difícil. Tivemos que subir cinco mil degraus de pedras. Mas no outro dia você mais importante do que Marlene e Nilton percorreram está descansado, com toda aquela natureza em volta. Tem muita cachoeira, somente Gostaria, vilarejos eexistir. conheceram uma Ubiratanflores...”, Erthal, 41 anos, secretário montanha, conta o médico. Lá, de Marlene e Nilton conheceram um povo culturade totalmente diferente enfim, que o ser Desenvolvimento Urbano, Obras e Trânsito desprendido do consumismo, que cultua o budismo, o hinduísmo e defende o humano fizesse jus a esse todos objetivos propostos ser“Gostaria acima doque ter. “É umaoscultura totalmente diferente do ocidente. A religião faz termo, tendo um pouco dentro daaminha profissão sejam parte do dia dia deles, que não se exaltam, se respeitam, são serenos”, relata mais de humanidade.” alcançados. Que Ijuí possa ver concretizado a dermatologista. e executado o Plano de Mobilidade Um dos lugares que mais encantou o casal foi Timpo, capital de Butão, uma Urbana muito a vida cidade comque 200vai milmelhorar habitantes situada entre a China e a Índia. “Na cidade toda da comunidade. Espero também que as tem apenas um guarda de trânsito. Butão é um País que prega pela felicidade, pessoas umaexiste visãoanalfabetismo, mais coletiva e onde não hátenham fome, não a saúde é direito de todos, não há não tão individualista do trânsito que ospara cá e ligar a TV é um choque”, corrupção. É o país do nosso sonho.e Voltar Marcos Rogério Treter, 46 anos, presidente do São Luiz de Ijuí índices de mortalidade possam baixar aos conta. “Quero que 2014 seja um ano marcado por muitas vitórias e que patamares das cidades européias. Para isso Os dois já planejam as próximas caminhadas: “O Monte Everest e o Monte possamos torcer e vibrar muito pelo nosso querido São Luiz de Ijuí, sem trabalhamos muito, isso próximos espero que Kailash, no Tibet, são por nossos objetivos. Precisamos de uma maior violência. Que nosso clube prospere cada vez mais e que consigamos continuem aparecendo cada vez mais os preparação para isso, já que a altitude chega a mais de 5 mil metros. Mas essas atingir nossos objetivos, unidos pela paixão, pela raça e pela fé, que resultados dos trabalhos de conscientização e outras aventuras, com certeza, nos aguardam”, completa Marlene. farão com que o São Luiz chegue onde merece.” STAMPA | 39 sobre o trânsito.”

Aventura e superação

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São Luiz homenageia

Paulo Baier

Paulo Baier deu o pontapé inicial no amistoso do São Luiz com o Passo Fundo, e recebeu de Paulo Gaúcho, seu excompanheiro de time, uma placa do clube que o revelou

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meia Paulo Baier, maior goleador da era dos pontos corridos no futebol brasileiro com 102 gols, foi homenageado pelo Esporte Clube São Luiz na noite de 19 de dezembro, antes do amistoso do rubro com o Passo Fundo, em preparação ao Gauchão de 2014. O jogador recebeu das mãos do ex-atacante Paulo Gaúcho, seu ex-companheiro de time, uma placa do clube que o revelou. Paulo Baier começou a carreira nos Juniores do São Luiz. Em 1994 passou a atuar na lateral-direita. Ficou no clube de Ijuí até 1997 quando se transferiu para o Criciúma. O time catarinense foi o pontapé inicial para uma bem sucedida carreira no futebol brasileiro que teve ainda estes clubes: Atlético-MG, Botafogo, Vasco da Gama, América-MG, Pelotas, Goiás, Palmeiras, Sport e Atlético-PR onde jogou nas três últimas rodadas. Em 2013, o capitão Paulo Baier teve papel fundamental na campanha que levou o Furacão ao terceiro lugar do Campeonato Brasileiro e uma vaga na PréLibertadores. A equipe também foi vice-campeã da Copa do Brasil eliminando o Grêmio, Internacional, Brasil-PEL entre outros times, só perdendo a final para o Flamengo. “Fiquei muito feliz com a homenagem do clube onde comecei. Tive muitas dificuldades no início para chegar a este estágio no futebol. A minha família ajudou muito. Os meus pais foram os mentores de tudo isso”, comentou. Baier disse que atletas como Paulo Gaúcho, Edmilson Criciúma, Betinho, Negrini, Caçula, Marco Antônio, Sandro Palharini e Evandro Brito foram fundamentais para a sua carreira. Dedicou o troféu ao zagueiro Jaime, falecido em acidente automobilístico ano passado, e que também foi seu colega no rubro. Baier, aos 39 anos, é considerado um dos jogadores de melhor precisão nas bolas paradas, e revelou que treina muito. “Tem que se aperfeiçoar sempre. Pelo menos três vezes por semanas bato 50 faltas após os treinos para estar com a pontaria calibrada”. Paulo Baier não vai permanecer no Atlético-PR em 2014, onde foi ídolo da torcida. Acertou sua volta ao Criciuma, onde já atuou em duas oportunidades. Durante as férias em Ijuí e região, aproveitou para disputar as tradicionais peladas com os amigos, e disse que pretende jogar profissionalmente por mais dois anos antes de encerrar sua brilhante carreira.

Ijuí sediou Taça Brasil de Genomas

Competição colorada teve times gaúchos, catarinenses e panaenses 8 | STAMPA

Ijuí sediou em dezembro, pela primeira vez, a Taça Brasil de Genomas Colorados. As equipes do Núcleo de São Carlos, Santa Catarina, conquistaram o primeiro lugar nas duas categorias infantil e juvenil. Os jogos foram disputados no campo do bairro Tiaraju, no Estádio Bertholdo Christmann (Montanha), e no Estádio Guilherme Klamt, em Augusto Pestana, por equipes coloradas de Ijuí, São José dos PinhaisPR, Turvo-PR, São Carlos-SC, Santa Cruz do Sul, Candiota, Caxias do Sul e Pantano Grande. A competição envolveu mais de 250 atletas. O diretor do Genoma Colorado Paulo Seelig, o secretário do projeto, Elpídio Braga e o avaliador do Inter, ex-zagueiro Pinga, acompanharam a competição. O coordenador do Núcleo do Genoma Ijuí-Cruz Alta informou que está prevista para maio deste ano a 2ª edição da Taça nas categorias 2002 e 2004. O diretor do Genoma Paulo Seelig confirmou que o Inter está implantando um projeto no Japão. A Taça Brasil uma competição difícil de fazer, disse o secretário Elpídio Braga, mas tudo serve de lição para os núcleos. “Não é só o futebol que observamos neste tipo de competição. Tem também a questão da cidadania, e cuidamos disso atentamente”, comentou o dirigente colorado.


Eco esportes de aventura ganham espaço

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prática de esportes junto a natureza e de ação vem atraindo novos praticantes e conquistando espaço e novos no cenário esportivo, tanto nacional quanto regional. Ijuí segue esta tendência, com a realização do Eco Esportes de Aventura, que envolve as modalidades ciclismo - mountain bike e speed, e canoagem, e que está em sua 3ª edição. Em 2013, foram realizadas etapas de canoagem, disputada no Sítio das Pedras, no mês de novembro, e o mountain bike, que teve o percurso montado no estacionamento do Parque de Exposições Wanderley Burmann, em dezembro. O coordenador de esportes Rogério Dürcks comenta que ambas as modalidades, se tomadas todas as precauções e seguidas as recomendações de especialistas, são esportes com mínimas possibilidades de risco, e que proporcionam uma sensação de satisfação e realização aos praticantes. Ambos são praticados em harmonia com o meio ambiente, e geralmente, oferecem muita adrenalina e belas paisagens. O ciclismo, nas modalidades speed - bicicletas próprias para o asfalto, mountain bike - bicicletas próprias para terrenos irregulares e trilhas, e as freerider - de uma única marcha e próprias para trilhas, manobras e downhill, vem crescendo em número de praticantes em Ijuí, e vários locais estão sendo utilizados para a prática. A modalidade também vem ganhando em organização, e já existe em Ijuí o Biker, Associação de Ciclistas de Ijuí, que visa fomentar a

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piloto ijuiense Henrique Grochanke terminou a temporada 2013 em alta na Copa Cidades de Motocross. Foi o campeão da categoria estreantes importada, e Roberto Weber (Tocha) ficou com o título de vicecampeão da categoria intermediária até 450cc. Os demais pilotos também tiveram um bom desempenho nas provas. A última etapa da competição aconteceu em Augusto Pestana no dia 1º de dezembro.

modalidade no município e a participação em competições pelo Estado e Brasil, como por exemplo, provas em Porto Alegre, Teutônia, São Leopoldo e Rio do Sul/SC. Outro grupo que vem crescendo é o Trilhas Ijuí, formado por um grupo de jovens e adolescentes, que estão desbravando as trilhas e os possíveis locais para a prática do mountain bike em Ijuí. Já a canoagem está representada pela Associação Remos Sem Fronteiras, formada por um grupo de apaixonados pelo esporte, dedicados a difundir e incentivar o esporte. A prova de Moutain Bike de 2013 teve a participação de aproximadamente 40 ciclistas de Ijuí, na faixa etária dos 15 aos 35 anos, divididos nas categorias mountain bike e freerider. Os atletas disputaram baterias de uma volta em um percurso misto, com uma parte sendo percorrida pelo estacionamento da Expo-Ijuí, e outra pela trilha ecológica, perfazendo uma distância de aproximadamente 2 quilômetros, que exigiu técnica e preparo físico dos ciclistas. A Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, promotora do evento, está muito satisfeita com a realização do Eco Esportes de Aventura, pois envolvem atletas e seus familiares, promovendo a integração entre as pessoas, possibilitando uma vida mais saudável, mostrando o potencial de Ijuí para a prática destes esportes e despertando nos participantes a conscientização ecológica e sócio ambiental.

Pilotos ijuienses terminam temporada em alta

Classificação dos ijuienses na última etapa: Roberto Weber (Tocha) - 2ºcolocado categoria intermediária (ate 450cc) - 4ºcolocado MX2 (motos até 250cc) – 9º colocado MX1 (força livre) Henrique Grochanke - 2º colocado categoria estreantes importada; 7º colocado categoria intermediária (até 450cc); 6º colocado MX1 (força livre) Paulo A. Nicoletti - 6º colocado categoria estreantes importada; 11º colocado categoria intermediária (até 450cc) Gabriel Dambros - 8º colocado categoria estreantes importada João Pedro Delanogari - 3º colocado categoria 55cc Paulo Finkler - 6º colocado categoria intermediária (até 450cc); 7ºcolocado MX2 (motos ate 250cc)

Roberto Weber (Tocha) é vice-campeão da categoria intermediária até 450cc STAMPA | 9


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Voluntariado é uma das marcas do HCI

história do Hospital de Caridade de Ijuí tem muito a ver com o trabalho voluntário de pessoas da comunidade. Passados 78 anos de fundação, ainda hoje a diretoria eleita pelos associados é formada por voluntários, que se dedicam a manter uma instituição filantrópica e referência regional, sem receber nenhum tipo de remuneração. E tem mais exemplos. Há 20 anos, o trabalho social do grupo de voluntárias do HCI faz a diferença. O grupo foi fundado por 35 senhoras da comunidade, tendo como primeira presidente a saudosa Marina Guimarães, lembrada como uma das grandes entusiastas do voluntariado. “Nós começamos este trabalho com o propósito de ajudar os mais necessitados, com doações de roupas, fraldas e cobertores. Hoje, temos muito para comemorar, pois nossa missão está sendo cumprida”, disse Nelci Cecatto, a atual presidente e uma das fundadoras do movimento que trouxe mais humanização para dentro do HCI. Ela lembrou das tantas voluntárias que já passaram pelo grupo e enalteceu a diretoria do HCI pela decisão de autorizar a construção de uma nova sala, mais ampla e moderna, que possibilita melhores condições de fazer os enxovais, que são doados. Estiveram no encontro festivo, o presidente do HCI Claudio Matte Martins,o diretor-executivo do hospital João Luiz Leone de Senna, a diretora financeira Ivone Siqueira e o gerente administrativo de operações Douglimar Radaelli. “Este é um momento marcante, pois a história do HCI é puramente de voluntariado, desde os primeiros fundadores até hoje, e vocês do grupo de voluntárias são verdadeiras heroínas, que nos enche de orgulho e só temos que agradecer a dedicação, o carinho e a benevolência”, disse o presidente Claudio Matte Martins, ao lado dos diretores voluntários Alfredo Brandt e Armando Miron.

Confraternização de fim de ano: grupo de voluntárias com integrantes da diretoria do hospital; abaixo, uma das fundadoras e atual presidente do grupo Nelci Cecatto, ao lado do presidente do HCI Claudio Matte Martins

23ª Subseção da OAB entrega Prêmio de Direitos Humanos

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dvogados e representantes da diretoria e Comissões da 23ª Subseção OAB estiveram reunidos no dia 7 de dezembro para o evento de encerramento das atividades do ano. A programação foi aberta com a entrega do Prêmio Direitos Humanos, promovido pela OAB de Ijuí. A premiação foi entregue em três categorias. Como Destaque Meio Ambiente foi pre-

miado o Projeto Educando para os 3Rs: Produção Artesanal de Agendas em Papel 100% Reciclado, da Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural (Aipan), representado por uma das coordenadoras do projeto Francesca Werner Ferreira.Como Destaque Novos Direitos recebeu o prêmio o secretário de Obras, Desenvolvimento Urbano e Trânsito, Ubiratan Machado Erthal, com o projeto

Agraciados (à direita) com a comissão avaliadora do Prêmio de Direitos Humanos 10 | STAMPA

“Mobilidade Urbana”, da Smodutran. E como Destaque Ação Social foi selecionado o Projeto Incubadora de Economia Solidária, Desenvolvimento e Tecnologia Social da Unijuí – Itecsol Unijuí, do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (Dacec), representado pela professora Elisandra Pinheiro da Silva. Após o almoço de confraternização foi realizada a posse dos membros do novo Departamento de Tradição Gaúcha da 23ª Subseção da OAB. Foram nomeados o patrão Cristiano de Bitencurt; capataz Priscila Bresolin Librelotto; 1ª sota-capataz Patricia dos Santos Dalferth; 2º sota-capataz Carlos Francisco de Freitas Zwirtz; secretário adjunto Andre Luis dos Santos Schifer; agregado das pilchas Mirko Roque Frantz; posteiro cultural João Antonio Cargnelutti; patrão de honra Pedro Darci de Oliveira; e agregado das falas Flavio Roberto Spilmann Friderich. O evento foi encerrado com show nativista de Nenito Sarturi.


Olivercon em constante evolução “A marca da evolução constante com as tecnologias contábeis e os serviços inteligentes são as bases do caminho seguro para encontrar as soluções de valor.” Mais que uma frase de efeito, o Olivercon Contabilidade acredita que a evolução de seus produtos e serviços devem ser buscados pela organização, com vistas à consolidação e crescimento no mercado das soluções empresariais. Desta forma, o Olivercon está trabalhando um novo conceito de prestação de serviços para os seus clientes, objetivando o fortalecimento das relações e projetando assim o sucesso compartilhado. O ano de 2013 foi marcado pela evolução qualitativa e quantitativa dos seus produtos e serviços, que refletiu o empenho da equipe de trabalho, e da gestão estratégica da organização, que buscaram na participação do ciclo do PGQP, a inspiração para a excelência nas suas operações. “Todas estas ações são traduzidas em melhorias internas na organização e o produto final (serviços contábeis) que entregamos ao nosso cliente é de altíssima qualidade”, comenta o diretor administrativo da organização. Buscando no avanço tecnológico, o suporte para a agilidade e segurança no processamento de dados, o Olivercon mantem uma estrutura de hardware integrada à datacenters externos, o que elimina os riscos de perda de informações. Em matéria de software, a parceria com a SCI- Sistemas Contábeis, garante a estabilidade e confiabilidade necessárias para um trabalho de alto valor percebido. “Temos na SCI um grande parceiro das nossas operações, confiamos no trabalho deles e eles nos retribuem com inovações e desenvolvimento de novas soluções,” avalia Noemi, a diretora de operações do Olivercon. A grande mudança no Olivercon foi concluída no final de 2013, com nova identidade visual e novo endereço, oferecendo todas as condições

Equipe Olivercon para que os clientes e colaboradores desenvolvam um trabalho de alto valor e significado para as empresas. “Buscamos aliar ergonomia, conforto, qualidade e tecnologia para que o profissional do Olivercon sinta-se confortável ao desempenhar suas atividades, indo em busca dos seus objetivos, expressando seu potencial produtivo e criativo”, diz Erasmo de Oliveira Na web, o Olivercon também traz novidades - um portal de operações objetivo e funcional, que coloca os clientes com funções vitais para suas empresas, 24 horas por dia, nos 7 dias da semana, tornando-se uma ferramenta importante para o empresário. “Melhoramos nosso portal, para que o trabalho e acesso feito nele seja agradável e facilitado, sem descuidar das tendências modernas de configuração e apresentação.” Olivercon convida a todos para conhecer as novas instalações na Rua 12 de Outubro, 428, em Ijuí, ou acesse www.olivercon.com e conecte-se com as tecnologias contábeis.

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EDUCAÇÃO

Disciplina dá resultado

Enem 2012 consagra a metodologia do Colégio Tiradentes da Brigada Militar Romário, Felipe, Anna e Nicole se formaram em 2012 e fizeram o exame que conferiu à escola militar o 4º lugar no Estado

Professores Oscar e Edea enfatizam a aquisição do conhecimento pela disciplina

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ColégioTiradentes da Brigada Militar de Ijuí conquistou o 4º lugar em todo o Estado e o 1º lugar no município na avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado. A destacada posição é uma prova da eficiência da combinação de disciplina, qualidade de ensino e união entre professores, alunos e comunidade, aplicada pela instituição de ensino. Na colocação do Estado, três colégios da rede Tiradentes ficaram entre os dez colocados. “Existem regras para chegar à escola, para encaminhar e se comportar em sala de aula, para estudar. Não temos dúvidas de que é um dos fatores bastante fortes para chegar a esta colocação”, avalia o diretor da escola, major João Volmei Guerra Spagnol. Major Spagnol salienta que a filosofia do colégio é de proporcionar ao aluno condições para o desenvolvimento de suas potencialidades, habilidades e capacidades, permitindo o aprimoramento das relações interpessoais e melhor compreensão da realidade onde está inserido, por meio de ações participativas, contribuindo para a construção de uma escola que prima pela educação moral e intelectual. “O aluno tem que conhecer as regras e a elas se submeter voluntariamente, se dedicando a muito estudo em busca de objetivos na vida, ou seja, precisa querer frequentar uma escola com estas características de alto grau de exigência e carga horária praticamente em dobro do que é exigido”, esclarece o diretor. A participação e comprometimento da família do aluno também é um ponto fundamental. “A família que ser presente e acompanhar a rotina de seu filho enquanto aluno doTiradentes, reconhecendo a rotina fundamentada na disciplina para obter resultados pedagógicos satisfatórios.” Spagnol destaca ainda que há outros fatores positivos para a colocação.“A educação é a base para uma sociedade com melhor qualidade de vida, e o resultado alcançado não necessariamente irá se repetir no ano seguinte, mas a filosofia e os objetivos propostos pelo Colégio Tiradentes já demonstraram ser um excelente caminho para termos o ensino de qualidade”, afirma. Na visão dos alunos, o aprendizado é para a vida toda. A escola formou em dezembro de 2012 a primeira turma do Ensino Médio. Entre os 24 formandos, estão os jovens Felipe Dalla Nora Soares, Romário Becker Alcântara, Nicole Deckmann Callai e Anna Paula Zappe, todos de 18 anos e em cursos superiores na Unijuí. Para Felipe, a nota no Enem não foi surpresa. “A forma de ensino é baseada na disciplina. O uniforme é padrão e a rotina nos proporciona tempo ocupado, evitando que possamos nos envolver em coisas ruins, normais da adolescência”, enfatiza Felipe. Para Anna, a escola envolve muito mais. Ela entrou para fazer um teste de uma semana e de lá não saiu nos três anos seguintes. Para ela, o resultado do Enem foi para fechar com chave de ouro sua passagem pela instituição de ensino. “Fomos muito cobrados e estudamos muito. Respeitamos as regras e levaremos os ensinamentos para a vida toda”, frisa a ex-aluna. Nicole Callai acrescenta que a experiência de passar pela escola é positiva. “Aprendi a me organizar e ser mais responsável. Através das cobranças, aprendemos lições para toda a vida, não apenas na parte intelectual, mas aprendemos a conviver com as pessoas. Respeito e auxílio ao próximo também são nossas heranças dessa escola.” Romário, o único estudante de Direito - os três demais cursam Engenharia Civil, ressalta que a cada ano a experiência foi aprofundada, tanto na escolaridade quanto na convivência como ser humano. “Nos anos que estive aqui foi uma batalha no dia a dia. Foi uma vitória construída etapa por etapa. Com certeza levarei para toda a vida o aprendizado de convivência em grupo e disciplina”, afirma. Na visão dos professores Oscar Luis Calegari, de Química, que atua na escola desde 2011, e da professora Edea Maria Zanatta Kapp, de Biologia, há quatro anos na escola, a colocação no Enem se deve ao conhecimento adquirido através da disciplina. Para Oscar, o trabalho do professor é de mediar a interação do aluno com o conhecimento, para que possa construir seu pensamento, suas aptidões e suas atitudes, possibilitando aprendizagens significativas. “Procuramos de diferentes maneiras auxiliar aos alunos a serem sujeitos do próprio conhecimento”. Em relação a colocação no Enem, o professor destaca que houve uma série de fatores, porém, o principal é que exige-se dos estudantes o desenvolvimento de capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio e de visão crítica mais ampla. A professora Edea destaca que o trabalho busca despertar o interesse e o amor permanentes pelo conhecimento. “Tenho satisfação em estar em sala de aula. Acredito sempre”. Para ela, o resultado é a soma de esforço e dedicação, da forma adequada de cada aluno realizar seus estudos, da valorização da educação pelas famílias, da equipe de professores comprometidos e de um setor administrativo pedagógico competente. Tudo isso sustentado pela disciplina, respeito, carinho e objetivos de vida.


Vinicius Borba Paz Leão

Juiz multitarefa

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tuando há cinco anos no município, o magistrado Vinicius Borba Paz Leão tem uma forte presença profissional, social e comunitária, e opiniões abalisadas e certeiras sobre as controversas questões da Justiça. Sua trajetória no Direito iniciou em 2003 quando se formou na Universidade de Santa Maria. Na época de sua formação, como não se exigia tempo de experiência para ingressar na carreira de juiz, o curso de preparação da Ajuris foi sua primeira escolha, e em fevereiro de 2005, foi empossado como juiz de Direito substituto na Vara Crime de Alegrete. Em setembro de 2007, sua classificação como titular da Vara Judicial de Herval ocasionou a mudança para o sul do Estado. Em 2008, veio a promoção para a 1ª Vara Criminal e Vara das Execuções Criminais de Ijuí. Nesse trabalho, o juiz Vinicius e sua equipe já somam duas importantes premiações em reconhecimento ao trabalho realizado. Sua atuação profissional não se limita aos gabinetes. O juiz Vinicius participou de mutirões carcerários em Minas Gerais e no Pará, a convite do Conselho Nacional de Justiça, e pela Corregedoria do Tribunal do Estado, na região metropolitana e na região de Passo Fundo. O Direito se abre para muitas áreas. O que o motivou a optar pela carreira de juiz? A possibilidade de fazer a diferença. Aquela vontade do jovem de mudar o mundo acho que foi o principal. A magistratura sempre foi a carreira jurídica que mais me atraiu, e não me imaginava fazendo outra coisa. Cheguei até a cogitar de atuar em outra função por receio de não conseguir passar no concurso, que é muito concorrido, mas essa sempre foi minha primeira opção, sempre me vi fazendo o que faço. Das funções de um juiz, o que é mais trabalhoso e o que é mais prazeroso? O mais difícil é enfrentar o enorme volume de trabalho tentando fazer com que o processo dure o menor tempo possível, que seja efetivo, e cuidando para não cometer erros, pois uma decisão equivocada pode gerar imensos prejuízos. Já o mais gratificante é a sensação de ter feito justiça em um caso concreto e ir dormir com a convicção que aquela tenha sido a melhor solução possível. A sensação de ter corrigido uma injustiça, ainda que não da forma ideal, também é muito gratificante. Diante da posição que ocupa, o senhor tem preocupações com sua segurança? Toma cuidados especiais? Nunca tive problema com ameaças ou represálias em decorrência de al-

guma decisão, mas como todo mundo, obviamente que me preocupo com segurança. Sempre gostei de atirar, e como temos a prerrogativa de portar arma, pratico tiro defensivo e esportivo. Além disso, procuro adotar os cuidados básicos que todos devem tomar. Há algumas décadas, a posição de juiz de direito em uma comunidade pequena implicava em um certo resguardo, um certo distanciamento, considerados inerentes ao cargo que emana autoridade. Hoje, tudo mudou, mas há ainda algum tipo de empecilho na condução de sua vida pessoal e profissional? Sempre acreditei que o juiz, para julgar as pessoas de uma determinada comunidade, deve conhecer, viver, estar integrado e saber como as pessoas daquela sociedade pensam. Do contrário é impossível fazer justiça, pois o distanciamento total afasta o julgador dos anseios daquela sociedade em que ele precisa estar integrado. Por isso procuro levar a vida que acredito que levaria mesmo que tivesse qualquer outra profissão. Saio à rua, converso com as pessoas, ainda que por redes sociais, mas sempre procuro saber o que as pessoas pensam do sistema de justiça. A pressão, o stress, parecem ser do dia a dia de sua função. Como o senhor lida com isso? Tento não levar trabalho pra casa. Fico trabalhando quase sempre

além do horário do expediente, para tentar levar tudo em dia, mas quando saio do fórum procuro deixar os problemas apenas para o dia seguinte, o que nem sempre é possível, mas já ajuda. No início da carreira costumava levar processos para decidir em casa, mas isso acabava prejudicando o trabalho no outro dia, pois não conseguia descansar. Também é importante ter um hobby, sair com os amigos e viajar.

Em seu gabinete: trabalho célere e competente, sob a bandeira do Estado e do Internacional, de quem é ferveroso torcedor

O senhor e sua equipe receberam por duas vezes consecutivas o O juiz deve reconhecimento do Tribunal de Justiça como uma das melhores conhecer, viver, varas criminais do Estado. O que estar integrado isso representa? É motivo de muito orgulho para nós, e saber como para toda a equipe da 1ª Vara Crimi- pensam as nal. Esse prêmio que nos foi dado é pessoas da um reconhecimento ao trabalho em equipe, à integração entre o gabi- comunidade em nete e o cartório, e ao trabalho de que atua. todos. E também importa no reconhecimento do excelente trabalho do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos advogados que atuam na 1ª Vara Criminal, e do bom relacionamento que mantemos, institucionalmente, com a Polícia Civil, Brigada Militar e Susepe, pois para que a gente possa fazer um bom trabalho é imprescindível que haja essa colaboração mútua. O destaque positivo que extraio dos dados que nos levaram a receber esse prêmio, dentre vários, é que enquanto o tempo médio de duração de um processo nas demais varas >>> STAMPA | 13


pra fora. Lá dentro quem manda são os presos. A PASC, que deveria ser a penitenciária mais segura do Estado, que tem detectores de metais e scaners iguais aos dos aeroportos, é onde mais se apreendem celulares. Hoje, prender alguém na região metropolitana e colocar em um desses presídios é incentivar o crime. Por isso, acho que a Penitenciária Modulada foi uma das melhores obras que Ijuí já recebeu. Tem uma estrutura ótima, e de certa forma se consegue impedir que os presos se organizem pra comandar o crime de dentro da cadeia, como já esta ocorrendo na região metropolitana.

Em equipe: na 1ª Vara Crime, tudo anda na metade do tempo das demais varas

A maioria dos presos quer trabalhar dentro da cadeia, mas não há quem dê emprego, embora seja um ótimo negócio

semelhantes chega a 26 meses, na 1ª Crime esse tempo médio é de 11 meses, ou seja, menos que a metade da média. O senhor participou do Mutirão Carcerário em uma das regiões com maior demanda nessa área, que é a região metropolitana de Porto Alegre. Como foi a experiência? Foi decepcionante. Tive a oportunidade de inspecionar os maiores presídios do Estado e a realidade do sistema é caótica. O Presídio Central de Porto Alegre e a Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, que juntos tem quase sete mil presos, são completamente controlados pelo crime organizado. Como o Estado foi omisso, permitiu uma superlotação absurda e passou a não ter condições sequer de dar comida para todos os presos, eles começaram a se organizar, o Estado teve que permitir que os presos comprassem comida e material de higiene no que eles chamam de “cantinas”, e com isso se institucionalizou o comércio dentro da cadeia. Há celas dentro da galeria que vendem pasteis, balas, etc. Circula muito dinheiro entre os presos. Mas só os líderes da galeria compram, armazenam e revendem para os outros presos pelo preço que querem. Acaba sendo um negócio muito lucrativo. Aquele que não tem dinheiro pra comprar acaba tendo que entrar para uma facção criminosa e paga praticando crimes quando for solto. Na verdade, o Estado só controla esses presídios da porta

A atual infraestrutura carcerária hoje no Estado não é suficiente para dar conta de todas as deliberações do Judiciário. Quais seriam as formas mais eficientes para começar a resolver o problema? Só é possível ter segurança com cadeias boas, onde todas as necessidades do preso possam ser fornecidas pelo Estado, com oportunidade de estudo e de trabalho. Em Alegrete, muitas vezes me obriguei a soltar presos que acreditava que deveriam ficar pelo menos um tempo recolhidos, porque o presídio estava superlotado, e tinha que reservar para os casos mais graves. E isso não ocorre onde existem cadeias boas, como em Ijuí. Hoje a maioria dos presos quer trabalhar dentro da cadeia, mas não tem oportunidade, porque não há quem dê trabalho. Existem presídios, como em Erechim, em que existem fábricas de sapatos e luvas industriais instaladas dentro da cadeia. O empresário não paga luz, aluguel, e o salário do preso é de 75% do salário mínimo. É um ótimo negócio, mas poucos exploram. Poderíamos ter isso na Modulada de Ijuí, só falta alguém que se disponha a investir. Mas o que realmente se precisa é investir na construção de presídios, principalmente naquelas cidades que ainda não têm cadeia, pra evitar que o preso que não é perigoso tenha que se misturar com outros. O senhor acha que o regime semiaberto é hoje um sistema que cumpre com seus objetivos? O semi-aberto atual é um faz-deconta. É ruim para o preso, que fica

meio preso e meio solto, e para a sociedade, que se sente insegura com a possibilidade de o preso sair para trabalhar e só voltar pra dormir na cadeia. A ideia do semi-aberto era fazer com o que condenado retornasse aos poucos ao convívio social. Só que para a maioria isso não serve para nada. Há presos que não querem essa ressocialização, aqueles para quem isso não adianta de nada, e outros que não precisam, mas a lei continua exigindo isso. O que defendo, juntamente com diversos outros colegas, ideia inclusive encampada pelo Tribunal de Justiça, é que sejam extintos os regimes semi-aberto e aberto, e que a progressão seja do fechado direto para o livramento condicional com tornozeleira eletrônica, e depois sem tornozeleira. Isso manteria o sistema progressivo, que é obrigatório por determinação da Constituição, e acabaria com essa farsa que virou o semi-aberto atual. Com a sua experiência, o que o senhor considera hoje como a principal porta de entrada para a criminalidade? Depende muito do tipo de crime. A maioria dos crimes patrimoniais, de furto e roubo, são praticados por pessoas com desestrutura familiar ou por causa do envolvimento com drogas. E a impunidade decorrente de uma lei que praticamente proíbe que seja posto na cadeia quem pratica crime sem violência, como o furto, e da dificuldade de investigação, também contribuem pra isso. Que condições tem a Justiça brasileira hoje de enfrentar – punir e coibir, crimes virtuais? Estamos atualizados nessas questões? O mundo virtual acaba sendo apenas o meio para a prática dos crimes que já ocorriam há muito tempo, como o estelionato, furto, injúria, ameaça, etc. A grande questão é a adequação e o investimento que precisa ser feito nas polícias para que possam investigar e descobrir os autores desses crimes. Esses fatos acabam chegando ao judiciários apenas quando a polícia consegue investigar, então, é nisso que se precisa investir. Na verdade, para que se tenha como coibir qualquer crime, o que se precisa é investir na investigação.


DIREITO

Reaprendendo no Timor Leste Reaprendizado é a palavra usada por André Girotto, defensor público em Ijuí, para definir a missão que o levou a viver um ano no país asiático

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o dia 14 de novembro de 2012, o defensor público do Estado do RS e titular da 5ª Defensoria Pública de Ijuí, André Girotto, deixava o Brasil com destino ao Timor Leste, na Ásia, onde deu início à missão de fortalecimento e estruturação da Defensoria Pública do país, no dia 17 daquele mês. “Esse um ano de convívio com uma cultura diferente, em um país localizado no Oriente, com um desenvolvimento social próprio, mas ainda muito carente, foi motivo de uma reaprendizagem. Tive que me adaptar a alguns padrões que são muito diferentes da vida ocidental”, explica Girotto. Colonizado por Portugal e tendo a língua portuguesa como uma das oficiais do país, Girotto conta que a comunicação foi sua maior dificuldade nos primeiros quatro meses de sua estadia. “A língua que se fala em Timor é o tétum, e fala-se apenas lá, embora a língua portuguesa seja oficial. Depois, com cursos que participei e o convívio diário com o povo timorense, fui aprendendo e me adaptando à língua”. Como não poderia deixar de ser, o sabor da culinária timorense também causou estranheza ao paladar de Girotto. “No RS temos o costume de usar muito sal como tempero, e lá é pouco utilizado”, comenta. A missão da qual Girotto participou foi integrada por mais dois defensores públicos da União, com atuação em Brasília, e decorre de um termo de cooperação firmado entre a República Federativa do Brasil, a República Democrática de Timor Leste e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), agência que pertence a Organização das Nações Unidas (ONU). Como país recentemente livre, Timor Leste adapta-se aos poucos às regras de uma nação democrática, principalmente no que se refere às questões culturais e de sistema judiciário. Dominado pela Indonésia por 24 anos, em um sistema opressor com elevado índice de violência, Timor Leste perdeu praticamente um terço de sua população durante este período de ocupação, e está aprendendo a andar com as próprias pernas há apenas 11 anos. “O que mais se percebe é a dificuldade do povo lidar com a liberdade que adquiriu. Se observa alguma confusão no que diz respeito a esse conceito. As pessoas ultrapassam muitas vezes os limites de liberdade, porque não entendem que a fronteira da liberdade de um indivíduo é quando começa a afrontar a do outro. Isso ainda não está perceptível”, acentua Girotto. Timor Leste é uma nação onde a cultura própria está enraizada e é levada a sério, dentro de um sistema patriarcal marcado pelo domínio

Defensoria Pública em Timor Leste foi criada em 2001

Girotto encontrou muitas diferenças culturais e total falta de conhecimento de Direito

do homem, o que acaba sendo um dos fatores geradores do elevado índice de violência doméstica. É um conjunto de fatores culturais e políticos que influenciam no convívio social e interferem diretamente no modo de viver da sociedade timorense. “O conceito de família difere do ocidental. É uma população que vive em comunidade e necessita do convívio familiar, como uma célula maior social. Eles não concebem o individualismo, não conseguem viver de forma isolada. Ou seja, eles vivem sempre em comunidade, diferente de nossos padrões.” A missão dos defensores brasileiros como executores deste acordo de cooperação se deu junto à Defensoria Pública de Timor Leste, criada em 2001, durante administração transitória da ONU, pelo ato do embaixador brasileiro Sergio Vieira de Melo, já falecido. E hoje, a principal dificuldade no que diz respeito a modernidade presente nas instituições, por exemplo do sistema de Justiça, está no interior do País, onde o conceito de Justiça é o tradicional, amparado em conceitos culturais, promovido por líderes locais, chamados de lia nain. “Nessa realidade sequer existe conhecimento sobre Direito. O que gera um problema muito difícil de exercício da cidadania. Porque o exercício pleno de cidadania ocorre quando a pessoa tem conhecimento de seus direitos e os fazem valer, e para isso existem as instituições do sistema formal”, ilustra Girotto. “No interior, o indivíduo possui um valor menor do que o senso de comunidade. O mais importante para a justiça tradicional é a paz social. É o equilíbrio da comunidade, o interesse do indivíduo é deixado em segundo plano, o que não acontece em um sistema de Justiça formal, que existe para garantir os direitos individuais.” Em novembro passado, depois de um ano vivenciando essa realidade e atuando para transformá-la, André Girotto estava de volta.

Recentemente livre, o país tem infraestrutura precária STAMPA | 15


Conheça a linha Ciclos D’Racco

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Racco, uma das maiores marcas de beleza e bem-estar do Brasil, alia a satisfação de produtos de qualidade com a preocupação pelas pessoas, sendo referência de mercado em termos de qualidade, inovação, criatividade, respeito e força de vendas. Mantendo seu objetivo de tornar os clientes pessoas mais felizes, a marca desenvolveu uma linha de produtos completa e de alta tecnologia: a linha Ciclos D’Racco. A linha Ciclos D’Racco reúne espuma de limpeza facial, demaquilante, tônico facial, tratamento anti-idade, serum crono reversor, gel creme para área dos olhos, dermolabial - creme pra lábios e contorno, máscara concentrada, sabonete vegetal de massagem, tratamento anticelulite, creme corporal firmador, dentre diversos outros produtos que visam o bem-estar e a beleza do cliente Racco. Conheça os benefícios que os produtos Racco podem trazer para o seu dia a dia. Com sede em Curitiba-PR, o município de Ijuí possui promotoria Racco, sob responsabilidade de Noel Torquatto, localizada na Rua Helmuth Gressler, 72. Telefones: (55) 9637 6333/9167 4290/3332 8409.

Linha Ciclos D’Racco: qualidade e tecnologia em produtos que visam o bem-estar e a beleza

Tem mais novidades na Aquarella Kids Buffet!

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Kid Play Brinquedão: três andares, dois escorregadores e um campo de futebol de 6 metros

Aquarella Kids Buffet está entrando o ano novo com novidades incríveis. Além da mudança de endereço, para um local totalmente novo, mais amplo e com estacionamento próprio, na Av. 21 de Abril, n° 1110, agora a empresa está com duas novas atrações. A primeira, uma exclusividade da Aquarella Kids Buffet, é o La Bamba. Apresentando um design inovador, o brinquedo tem o formato de um pandeiro gigante, se movimentando em várias direções e em várias velocidades de acordo com o ritmo da música. A segunda novidade é a ampliação do Kid Play Brinquedão. O playground mais divertido da Aquarella Kids agora tem três andares e 5,30m de altura, dois escorregadores e ainda um campo de futebol de 6 metros para a galera praticar várias atividades. Este brinquedo proporciona às crianças o acesso ao mezanino da casa de festas, onde se encontram outras várias atrações, subindo ou descendo pelo escorregador em espiral em uma descida emocionante. E mais: agora a Aquarella Kids Buffet disponibiliza meias antiderrapantes personalizadas para as crianças brincarem durante os eventos, pensando também na segurança dos pequenos enquanto se divertem, e tranquilizando ainda mais os pais. Entre em contato pelos telefones (55) 8146.8888, 9607.2500 e 9121.7222, e na internet - www.aquarellakidsbuffet.com. La Bamba: para dançar br, ou facebook.com/aquarellakidsbuffet.


AABB de Ijuí faz 57anos

2014

Ano do cavalo Já que quase tudo que consumimos é da China, nada mais inspirador que confiar também aos chineses as previsões para o ano (mesmo quem não acredita em nada disso, sempre dá uma olhadinha...) egundo o horóscopo chinês, 2014 é um ano S regido pelo Cavalo. Isso que significa que, a partir de 11 de fevereiro, é tempo de avanços sig-

nificativos nas artes, na política internacional, na mídia, na tecnologia e na medicina, pois os anos regidos pelo Cavalo favorecem a ação. Exemplos disso são 1990, ano da libertação de Nelson Mandela, que trouxe mudanças dramáticas para a África do Sul, e 1918, quando terminou a Primeira Guerra Mundial. Os anos do Cavalo também são caracterizados por atos repentinos de agressão, como no ano do Cavalo de 1990, quando as tropas do Iraque invadiram o Kuwait, mas geralmente são problemas de curta duração e de resposta rápida. A economia mundial vai continuar exigindo muita atenção das autoridades. Na cultura, pessoas novas e influentes podem surgir na indústria musical e novas séries de TV e de cinema do tipo que atraem multidões devem ser lançadas. De acordo com Neil Somerville, autor de Seu horóscopo chinês para 2014: o que o Ano do Cavalo reserva para você (ed. Best Seller), este vai ser o tipo de ano em que se deve dar aquele passo a mais em direção às suas metas. Segundo ele, alguns signos chineses se darão melhor que outros, mas todos podem se favorecer desse período de ação, com recompensas à força de vontade.

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ituada em uma área verde de 4 hectares, a Associação Atlética Banco do Brasil faz 57 anos em 31 de janeiro, dispondo de uma infraestrutura completa para o lazer e bem-estar. O complexo da AABB conta com três salões de festa, bar, sala de jogos, biblioteca, vestiários, ginásio poliesportivo, piscinas, churrasqueiras, campo de futebol mini-campo iluminado e campo de futebol oficial, quadra de vôlei de areia, cancha de bocha sintética, duas quadras de tênis, amplo estacionamento fechado, playground e riqueza de água, com forte vertente e um córrego. A AABB se caracteriza como uma entidade atuante e inserida na comunidade, desenvolvendo atividades de cunho social, esportivo, cultural, assistencial, socioambiental e de inserção social. Atualmente, a associação conta com 446 associados titulares, que somados aos dependentes, alcança 1.286 pessoas. A estrutura da associação é mantida por uma diretoria, que tem à frente o presidente Tiago Dalla Rosa, com a colaboração dos funcionários Adão, Gerda, Jurema, Carlos, Ana e Neri. A associação conta com duas equipes de futebol: AABB Veteranos e AABB Sênior. Os exames médicos para a utilização das piscinas são realizados todas as quartas, das 18h30 às 19h30, e aos sábados, das 13h30 às 15h30.


PROFISSÃO

Dentista das

emergências Devolver a capacidade de sorrir à pessoas com traumas físicos é a missão que coloca dentro das emergências dos hospitais especialistas como Bianca Schuh

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ormada há 10 anos pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilofaciais pelo Instituto Odontológico de PósGraduação (Odontopós), e integrante do corpo clínico do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) desde junho passado, a dentista Bianca Schuh tem a missão de recuperar faces e sorrisos. “Eu sempre quis fazer buco-facial. Sempre quis ser dentista e sempre quis fazer cirurgia”. É com esta firmeza que ela fala sobre escolha da profissão, que reserva momentos difíceis, mas que se transformam em satisfação a cada êxito no cuidado a pacientes que requerem cirurgia de reconstrução da face. Com consultório próprio há oito anos em Ijuí, Bianca é a profissional para quem a emergência do HCI liga quando um paciente dá entrada com fraturas ou ferimentos que envolvam cabeça ou pescoço, e necessitem de cirurgia de reconstrução buco-facial. “Dependendo do caso, é necessário o auxílio de um cirurgião plástico, mas a cirurgia buco-facial, é com o especialista da odontologia.” São muitas as situações vividas no dia a dia de sua profissão, mas Bianca destaca a experiência de um atendimento a uma jovem de 18 anos que sofrera um acidente de moto, no Hospital de Pronto Socorro

(HPS) de Porto Alegre, durante o período de seu estágio na especialização de bucofacial, como o momento que mais lhe marcou. “No HPS é o pior do pior, porque é o hospital de pronto-socorro do Estado”. Ela fazia plantão de 24 horas, todos os sábados, quando chegou a jovem, vítima de um acidente de moto no túnel da Conceição. Ela observa que embora se perceba que o paciente já tenha chegado sem vida, médicos e enfermeiros tentam tudo parar reavivá-lo. “O momento mais marcante é quando se perde um paciente, mesmo que não seja na tua mão. Aquela menina já chegou sem chances. Mas uma das coisas mais tristes é ver uma pessoa morrer tão jovem. Ela era linda, tinha 18 anos.” Perder um paciente na área da bucofacial, entretanto, é algo raro de ocorrer, “porque ele passa pelo chamado Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS), um programa de treinamento para médicos e enfermeiros para o manejo de trauma físico agudo”, explica cirurgiã-dentista. “Para entrarmos em ação, o paciente já deve ter passado pelo controle dos sinais vitais, por exemplo. Se chega em choque traumático, com parada cardíaca, os profissionais da cardiologia atendem, recuperam batimento cardíaco, respiração. Também passa pela neurologia. Só então é liberado para nós realizarmos a recuperação das fraturas e

realizar suturas.” Revezando o trabalho no HCI com o experiente colega Gilberto Enricone, Bianca foi quem atendeu aos sobreviventes do acidente ocorrido em 10 de novembro de 2013, na ERS-514, Linha 13, em Ajuricaba, entre um Astra e um Golf, resultando na morte de cinco jovens e deixando outros quatro feridos. “Eu já estava no hospital, porque haviam me chamado por outro motivo. É bem traumatizante. Eram todos jovens”, relembra. Ao se deparar com o limite entre a vida e a morte, e ter a missão de devolver às pessoas a capacidade de voltar a sorrir, é inevitável não se emocionar, e de tirar lições de toda situação. Por isso, ao falar com pacientes e familiares, a especialista procura passar esperança, mas ao mesmo tempo, esclarece sobre as reais possibilidades. “Eu digo o seguinte: a folha quando é nova, é toda lisa. Se eu amassar aquela folha, mesmo que eu passe a ferro, não voltará ao normal. Então, a gente faz o melhor que pode. Falo isso de mim e de qualquer cirurgião que opera qualquer parte do corpo, mas o paciente não será mais o mesmo depois do trauma. Digo para que as pessoas se cuidem, porque a vida é muito frágil, o corpo humano é muito frágil, e depois que estragou, a gente conserta, mas é muito difícil voltar ao que era antes.”


Nutriox

Suplementos da vitalidade O

Clovis e Maria Joice de Jesus

êxito da Comercial Bem Natural na comercialização de produtos fitoterápicos e suplementos possibilitou o surgimento de outro empreendimento do casal Clovis e Maria Joice de Jesus - a Nutriox, inaugurada em Ijuí no dia 20 de dezembro. A marca Nutriox tem sua origem da palavra ‘nutrir’ - revitalizar, restaurar, fartar, avigorar, sustentar, regular, manter intacto; e ‘ox’, da pronúncia internacional que significa movimento, força, aumento, crescimento. O projeto de implantação da Nutriox em Ijuí consumiu quatro anos de desenvolvimento, maturação, estruturação e metas alcançadas

na comercialização dos suplementos. A proposta da Nutriox é criar um novo conceito de suplementação para praticantes de atividades físicas, atletas que necessitam adicionar e repor energias antes e pós-treino, além de reestrutar a massa muscular de forma saudável. Oferece opções para cada necessidade, ao melhor preço, com atendimento personalizado e orientação correta. A abertura da Nutriox em Ijuí movimentou durante o dia inteiro a Rua 15 de Novembro, onde está instalada no número 185, reunindo muitos adeptos da prática de vida saudável e corpo sarado. Fotos: Roseana Barbian


Verã

nos clubes

Na Recreativa: Daniel e Sandra Ceolin

Fotos: Saionara Bandeira

Clubes com piscina sempre oferecem programação especial para assinalar a abertura da temporada de verão. Confira quem prestigiou as atrações na Sociedade Ginástica, Sociedade Recreativa e Clube Aquático Tiarajú

Na Sogi: Roque e Silvia Betinelli

Manuela Scarton Padilha

ensaio

No Tiaraju: André e Carine Leves

No Tiarajú: Aureo e Mauricia

E

m 2006, Stampa comemorou seu terceiro aniversário às vésperas da Copa do Mundo de Futebol. A festa teve produção da empresa Líbera Marin com inspiração no Brasil e na Alemanha, sede da competição. Entre as atrações da comemoração, Stampa escolheu e apresentou a Garota da Copa. O título foi de Manuela Scarton Padilha, então com 16 anos, que stampou a capa (ao lado) e um ensaio fotográfico produzido por Saionara Bandeira. A festa foi um grande sucesso, ao contrário do Brasil na Copa, que decepcionou. Na Copa de 2014, com toda empolgação de ser brasileira, Stampa vai novamente comemorar com uma festa temática, em junho, na entrega do 2º Prêmio Stampa. E a Na Recreativa: estrela de Manuela Padilha vai novamente brilhar. Ainda mais linda, aos 23 anos, ela fez novo ensaio com a fotógrafa Saionara Bandeira, Marcelo e Simone Pedrazzi Na Sogi: Stelaincluindo e Pedro Darci Oliveira que resultaram nessas belas imagens, a dadenossa capa. Filha de Wolmir e Sirlei Scarton Padilha, e irmã de Carolina, Manuela está se formando em Odontologia, No Tiaraju: Renalvo e Ieda Calegaro na PUC. Ela recebe o diploma no próximo dia 24, e tem planos de atuar em Ijuí.

Na Sogi: Marcos Santos e Débora

No Tiaraju: Doris e Edir Fabrin

Na Recreativa: Evandro, Cassiana, Wiviane, Jussara e Betine 24 || STAMPA 20 STAMPA

Na Sogi: José e Liane Risso

Na Recreativa: Nadia, Leandro, Pola, Melina, Neidi, Eduardo e Neiva


Despedida de 2013 com a 2013 foi superespecial para a Stampa: o ano da primeira década. Festejamos com uma noite memorável, quando reafirmamos o propósito que perseguimos desde a primeira edição - mostrar e valorizar tudo que Ijuí tem de bom, de positivo e de qualidade -, com a instituição do Prêmio Stampa. A festa de entrega do Prêmio, em 8 de junho, foi um acontecimento que marcou a história da revista e daqueles que o receberam. Por isso, os 10 anos e o Prêmio Stampa foram reverenciados no lançamento da última edição do ano, dia 11 de dezembro, no Chopp Ijuhy. A coruja, obra criada pela artista Giane Soares que constituiu-se no Prêmio, na reprodução feita por Rosane Hoffmann e Líbera Marin, foi a principal referência

ao grande momento de 2013 da Stampa no ambiente da choperia. A confraternização reuniu profissionais, empresários e amigos que compartilharam com a Stampa muito de sua vida pessoal e profissional durante o ano. Para eles, a Academia de Alessandra Cavalheiro apresentou duas coreografias - ballet, com Sofia Busnello, e street dance, com Bruna e Dionatan Gonçalves. Com o Chopp Ijuhy servido com esmero pela equipe de João Moura, e um coquetel campeiro, pela equipe de Bebidas & Cia, os convidados curtiram o repertório caprichado da dupla Carol e Paulo, e os mais sortudos ganharam presentes da Stampa e de várias empresas e profissionais presentes à comemoração.

Na capa: Terezinha, Adriana, Dulce e Gessy Neiva Brum e Maria Joice de Jesus

Eduardo e Leticia Giovelli, Maria Luiza Polo Gaspary e Tomás Jacson Trindade Lopes

Araci Coppeti e Ilhana Vendruscolo

Fernando e Vanusa Bueno

Odontólogos Daniel Mallmann e Marcos Benetti

Danieli Ciotti e Mauricio Souto

Tania Conrad e Maristela Silveira Martins

Carolina Behling, Geylan, Giane, Gabriel e Gilvani Martins, Alex Sandro e Marya de Camargo STAMPA | 21


Julieta Sandri (E) ganhou chopp da Stampa Ligiana Elisiane, Adriane, Andressa, Cecília

Noemi e Erasmo de Oliveira

Rodrigo e Letícia Noronha

Áurea Teixeira e Jacson Lemos

Adriana Pinto e Stela Luchese Seidler

Clélia e Walter Moura Fernanda de Oliveira e Arion Fernandes

Anelise Erig, Maria e Magnus Deckert

Daiane, Joice, Ana Paula, Gicele e Lavinia 22 | STAMPA

Argemiro Lu

Iva Pruss (D) sorteou brinde de seu salão

Maria Alice da Rosa (E) ganhou a cesta da Stampa

Stela Bock com o filho Felipe

Celisia Bohn, Jordana Silva, Dienifer Nedel e Adriana Fa

Carol e Paulo: o som da festa


Tiele e Mariane, a dupla da MAB Renan, Noeli, Sergio e Richard

Adércio e Vivian Arenhardt

Roberto Homrich e Luciana Menegon

uis Brum

abricio

Joel Leone e Cleverton, da Davanti

Gibran e Fernanda El Ammar

Vânia e Gilberto Weber

Taciana Schwanke e Dalva Verri

Maria Alice e André da Rosa

Luys e Larissa Pettenon

Terezinha e Darcy Tolotti

Tauana, Sofia, Alessandra Cavalheiro, Bruna e Dionatan

Sofia Busnello

Laura Drews e Zizo Thomas STAMPA | 23


Verã

nos clubes Clubes com piscina sempre oferecem programação especial para assinalar a abertura da temporada de verão. Confira quem prestigiou as atrações na Sociedade Ginástica, Sociedade Recreativa e Clube Aquático Tiarajú

Na Recreativa: Daniel e Sandra Ceolin

Na Sogi: Roque e Silvia Betinelli

No Tiaraju: André e Carine Leves No Tiarajú: Aureo e Mauricia

Na Recreativa: Marcelo e Simone Pedrazzi

Na Sogi: Stela e Pedro Darci de Oliveira No Tiaraju: Renalvo e Ieda Calegaro

Na Sogi: Marcos Santos e Débora

No Tiaraju: Doris e Edir Fabrin

Na Recreativa: Evandro, Cassiana, Wiviane, Jussara e Betine 24 | STAMPA

Na Sogi: José e Liane Risso

Na Recreativa: Nadia, Leandro, Pola, Melina, Neidi, Eduardo e Neiva


Lourenço e Maria Cleide Paris 50 anos de vida compartilhada

Fotos: Studio Saionara

O

s dois são paulistas, mas faz tanto tempo que adotaram Ijuí como seu lugar, que para todos que os conhecem, eles são mesmo daqui. E foi aqui que celebraram o grande acontecimento de suas vidas, 50 anos depois. Lourenço, aos 24 anos, e Maria Cleide Paris, aos 18 anos, casaram em Ribeiro Preto/SP, em 28 de dezembro de 1964, e um mês depois ela mudava-se para Ijuí, onde ele já havia iniciado carreira de professor, na Escola 25 de Julho. As Bodas de Ouro de sua união foi comemorada no último sábado do ano, no reservado do Restaurante Confraria, com familiares e amigos de longa data. Especialmente felizes estavam os dois filhos e quatro netos do casal: Valter Cesar, que veio de Santos com a esposa Gisele e os filhos Henrique, 8 anos, e Felipe, 4 anos; e Vera Cristina, médica em Ijuí, e seus filhos Mariana, 16 anos, e Pedro, 13 anos. As Bodas de Ouro do casal Paris também trouxe a Ijuí o único irmão de Maria Cleide, Geraldo Luiz Ferreira e sua esposa Ana Maria, de Sertãozinho/ SP, e o filho deles, Leandro Francisco, de Brasília. Muitas gerações passaram pelas salas de aula do professor Paris, que está se aposentando, e dele receberam também lições de vida sempre lembradas. Maria Cleide é atuante nos meios sociais e comunitários, especialmente junto à Associação de Senhoras Católicas da Natividade, que presidiu em Com os filhos Vater Cesar e Vera Cristina várias gestões.


Verão no

Confraria Sucesso no verão ijuiense é a promoção de chopp no Restaurante Confraria: a cada dois, o terceiro é de graça. Ótima pedida para bons momentos com os amigos.

Festejando níver e sucesso João Moura reuniu uma turma superanimada no dia 6 de dezembro no seu local de trabalho, o Chopp Ijuhy. A motivação foi comemorar seu anivesário, mas também

serviu para brindar ao sucesso de seu empreendimento em 2013, ano em que o Chopp Ijuhy foi o sabor preferencial nas melhores comemorações da cidade.

A família: João, Clelia, Walter e Juliana Moura Douglas e Marceli Nascimento

Com Jairo e Tânia Cavalini

Com Silvana, Daniela e Nadiane

Alessandro e Marlise Zardin

Com Elenise e Luciana

Anderson Rocha e Franciele Centenaro

Com Ana Rita, Naiara e Patrícia

Kelly e Francisco Noronha, Marcelo e Etiene Koheler, Lígia e Márcio Casagrande


Juliana e Flávia

Camila e Guilherme

Bruna, Giovana, Rafaela, Paula e Bianca André e Juliana

Carla, Jordana, Rafael e Daniela

Andressa e Luis Fernando Aline, Vanessa, Cristiane, Patrícia, Natalia e Cassia

Gabriela e Pedro Leontina e Lara

Jéssica e Cássio

Bernardo e Fernanda Mateus, Anna Líbera, Maria Alice e Felipe

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Réveillon na Sogi

O retorno da mais festiva noite do ano

Foto: Estela Pimentel

A

Casal presidente da Sogi Clovis e Maria Joice de Jesus, com a filha Clovisa e a Rainha do Carnaval 2014, Kaoanne Krawczak

no Novo é a festa universal de congraçamento. Ao contrário do Natal, uma festa mais intimista em que a regra é confraternizar com a família, o Ano Novo é a festa do coletivo. Reunir-se em grandes grupos ou ir ao encontro de pessoas em lugares compartilhados é a maneira mais empolgante de receber o novo ano. Pois na virada de 2013 para 2014, Ijuí voltou a contar com um dos momentos que mais empolgavam a sociedade local há alguns anos - o Réveillon da Sogi. A diretoria comandada por Clovis e Maria Joice de Jesus se empenhou na realização da Festa da Virada, com intenção de torná-la novamente efetiva na agenda anual do clube. Para tanto, contou com o patrocínio das empresas Maria Canela, Ambiente Decoração e Tapeçaria, Óptica Lumière, Super Oba Oba, Mulher Bonita, If Soluções Planejadas e Sponchiado, somado ao nosso apoio e da Gráfica Pampa, e assessoria e decoração de Líbera Marin Festas & Eventos. Famílias e grupos de amigos reuniram-se no Salão Nobre horas antes da virada, onde compartilharam brindes com espumantes, sabores variados nas ilhas de degustação e uma caprichada seleção de sucessos. A contagem regressiva para o Ano Novo levou todos ao gramado na área externa. À empolgante queima de fogos que durou vários minutos, seguiu-se uma esfuziante troca de cumprimentos e desejos para 2014. Na volta ao salão, foi servida a lentilhada da boa sorte, e logo a alegria e a animação passou ao comando da banda Balança Brasil, que não se limitou ao palco principal, e fazendo apresentação especial no meio do salão, como a performance de Elvis Presley. A diretoria do clube festeja o êxito da Festa da Virada, como foi batizada, e como deverá se tornar conhecida e prestigiada daqui para frente.

Foto: Estela Pimentel

Queima de fogos

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Detalhe da decoração


Eduardo e Tanara Agne, com Manoela, Isabela, Simone e Guilherme

Wolmir, Carolina e Sirlei Padilha

Hervé, Mariana e Letícia Costa Beber Marta Porciuncula e Jeferson Altmeier

Sérgio Callai e Bruna Zeni

Romeu Etgeton e Silvia Busnello

Líbera e Vinicius Marin, Ruth e Alcindo Gomes

Elvis performático

Foto: Estela Pimentel

Guilherme Kinalski, Franciele Kinalski e Guilherme Turela

Paulo e Eliana Burtet

Claudio e Lorena, Noeli e Sergio, Darcy e Terezinha Tolotti

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Gustavo e Naiara, Jonatan, Felipe, Fabricio

Foto: Estela Pimentel

Bertiele e Marcio Müller

Salvador e Izaura de Freitas

Clara, Adriana, Ricardo e Laura Miron

Carlise e Fernando Mohr

Julio e Lorena Beal

Iria Cunegatti, Júlia e André Chitolina

Maria Joice de Jesus e Larissa Lucchese

Glaci Ledur e Juarez Schneider

Lauro, Ramires, Mayck, Talisson, Richard, Renan e Vanessa 30 | STAMPA

Foto: Estela Pimentel

Clarice, Léo Hermanns e Larissa


Juliana Castro e Matheus Porciúncula

Cícero, Oneida e Natan dos Santos

João e Débora Pasquali, Daniela, Clarice e Lauro Hass

Arnoldo e Cleonice Fischer

Camila Marin e João Guilherme Girardi

Tida e Paulo Girardi

Luis Carlos e Liane Gadonski

Vera, Leonir Krawczak e Dany

José Roberto e Maria Ines Kinalski

Riniele e Johnny Jassen

Alfonso e Tânia Conrad

Renato e Elaine Arais

Karine de Bem com a filha Mel

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autorretrato

N

atural de Encantado, Claudio Stormowski se considera ijuiense de coração, pois mora aqui desde os 5 anos. Com formação em Engenharia Mecânica pela Unijuí, e pós-graduação em Engenharia Automotiva pela UFRGS, Claudio e sua esposa Carla administram a Storm Automotive, uma oficina mecânica moderna, com nível de qualidade elevado, que é referência regional. Eles são pais de Giulia, 15 anos, e Lucas, 4 anos.

Claudio Stormowski Um lugar: Meu lar Uma conquista: Criação da Storm Automotive Um sonho: Conhecer o mundo Uma alegria: Meus filhos Uma tristeza: Ver o mundo perecer diante da injustiça Uma saudade : Das férias que já passei em família Quem é chato: Quem não reconhece seus erros O que me tira do sério: Falta de respeito Uma mania:

Cozinhar Marca pessoal: Perfeccionismo O melhor presente: O amor da minha família Quero ir para: Europa Adoraria aprender: A tocar violão Não vivo sem: O amor da minha família Se pudesse, compraria: Sabedoria Gasto muito com: Livros e eletrônicos Melhor hora do dia: Fim de tarde Prazer à mesa: Churrasco e massas Livro marcante:

A Bíblia Som preferido: Clássicos e gospel Filme inesquecível: Paixão de Cristo Lazer: Futebol e viagem É lixo: Arrogância e orgulho É luxo: Viver em paz Mulher bonita: Minha filha e minha esposa Homem bonito: Meu filho Se não fosse o que sou, seria: Engenheiro civil Ijuí é: A cidade que escolhi para viver e ser feliz


SobreNomes

Modelo do bem

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Simone Hanke: em Nova York, onde mora, e no Haiti, participando de ação humanitária

beleza da modelo Simone Hanke tinha tudo para ser a principal característica da ijuiense de 25 anos, que vive em Nova Iorque há dez. Mas, além da simpatia, uma marca sua, foi em um trabalho assistencial no Haiti que ela encontrou a chance de também usar o seu trabalho em prol do próximo, e provar que ser uma personalidade é mais do que brilhar nas passarelas mundiais. O convite partiu de um amigo, Unik Ernest, fundador da instituição haitiana Edeyo, que visa arrecadar fundos nos Estados Unidos para atender a mais de 300 crianças do Haiti, com alimento, educação, higiene, entre outras necessidades básicas. Simone passou o feriado de Ação de Graças - tradicionalmente comemorado na última quinta-feira de novembro nos Estados Unidos -, no Haiti, com um grupo de amigos. “Eu nunca havia conhecido um país tão pobre, é um dos mais pobres das Américas”. Simone e os amigos levaram brinquedos e interagiram com as crianças. “Ver a fundação, brincar com as crianças, poder ensinar um pouco do que sabemos para eles, que não possuem praticamente conhecimento nenhum, foi muito legal. A gente ficou falando sobre o mundo, sobre as viagens, sobre o que comemos no Japão, como é o Brasil, onde fica o Haiti no mapa. Foi incrível”, contou. Apesar de viver em um mundo totalmente diferente, Simone teve certa identificação com a realidade haitiana. “Nós crescemos muito simples aqui em Ijuí, minha família é do interior, minha mãe trabalhava na agricultura. Em Nova Iorque as pessoas ostentam muito, é uma realidade que não parece existir.” Apesar de um choque aos olhos estrangeiros, a realidade haitiana também surpreende por misturar-se com a alegria e o bom humor de seus habitantes. “O humor deles é incrível, eles são felizes com muito pouco, todo mundo está sempre dançando, lá não é dinheiro que dá felicidade.” Após a viagem, Simone veio passar o Natal com a família em Ijuí. “Fazia um ano que eu não vinha visitar minha mãe. Lá em Nova Iorque eu moro sozinha, mas estou sempre viajando. Minha irmã [a advogada Adriana Hanke] passou um tempo por lá e nós aproveitamos bastante. Depois de 10 anos longe, a melhor coisa é voltar”, destacou. Sobre o trabalho assistencial, Simone está decicida a continuar. “Ajudar ao próximo é tão legal e gratificante que quero fazer isso mais vezes.”

En-cantando

Exemplar Momento captado no lançamento da Stampa de dezembro, no Chopp Ijuhy: Noeli Diniz, Iva Pruss e Adriana Pinto confraternizando juntas. É o certo, mas não tão normal: elas atuam no mesmo universo, o da beleza - Noeli no Beleza Humana, Iva no Bela Face, e Adriana no Azure. Também é comum às três profissionais o sucesso, o reconhecimento e o carinho de suas clientes. A razão certamente começa pela postura e respeito mútuo que esta foto comprova.

Cantar é parte da vida das irmãs Vania, a dona da Pano Leve, e Angela Diel (foto). A primeira se dedica ao nativismo, atuando no muito respeitado Coral Querência; a segunda, é mezzo-soprano de talento reconhecido internacionalmente. Angela atua como solista de óperas, oratórios e cantatas com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Centro Musical da PUC/RS, Orquestra Sesi/Funarte, Orquestra Unisinos e Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul. Em paralelo, segue carreira de música de câmara, e já tem dois discos gravados - Cantares, de 1999, e Canto Brasileiro, de 2009. Reconhecida com o Prêmio Açorianos como melhor intérpete erudita em 2009, tem se apresentado anualmente em Bruxelas, Luxemburgo e várias cidades da Alemanha. No Brasil, suas turnês passam por São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e estados do Nordeste, priorizando a música de câmara de Schumann, Schubert, Brahms e Wagner. Quando sua agenda permite, Angela vem a Ijuí mostrar sua arte, como fez durante a Fenadi 2013. Com o pianista Taiur Fontana, ela foi muito aplaudida em Recital na Casa Espanhola (não na Casa Leta, como dissemos em matéria da edição passada), local que privilegiou progamação de música clássica. STAMPA STAMPA | 23| 33


Solista no Natal Luz Fotos: Cleiton Thiele

Pedro Coppeti é voz principal do maior espetáculo gaúcho de fim de ano

O

Natal Luz, espetáculo anual produzido em Gramado, é o maior do Natal brasileiro. E sua maior atração em 2013, foi Nativitaten, uma surpreendente ópera a céu aberto, com cantores líricos posicionados em balsa sobre as águas do Lago Joaquina Rita Bier. Nativitaten foi a segunda maior bilheteria brasileira (perdeu apenas para o Rock in Rio), reunindo a cada apresentação, de 10 a 12 mil pessoas vindas de todos os cantos do Brasil e de vários países. Pois foi neste cenário que encantou milhares que o tenor Pedro Coppeti, 20 anos, filho dos ijuienses Pedro Jardel Coppeti e Angélica da Silva Coppeti, neto de Aracy Coppeti e do radialista Milton e Clea Silva, brilhou na consagradora posição de solista. Ele foi selecionado em concurso disputado por dezenas de candidatos para ser um dos cinco solistas - três tenores e dois sopranos. De 2 de novembro a 11 de janeiro, todas as quartas e sábados, Pedro Coppeti fez ouvir sua voz no deslumbrante cenário, interpretando o repertório que incluiu as tradicionais canções natalinas e sucessos dos Beatles. “Realizei um sonho de infância, pois assistia e me encantava com o espetáculo quando era criança”, contou. Em 2012, Stampa já havia registrado os passos iniciais de sua promissora carreira, quando venceu o concurso da Aliança Francesa, em Porto Alegre. Atualmente, Pedro faz bacharelado em Música, habilitação em Canto, na UFRGS, e dá aulas de canto, de percepção musical e teoria, em Porto Alegre. Encerrado o espetáculo em Gramado, Pedro está partindo para uma temporada em Nova York, onde fará aulas particulares de canto. Também vai tentar a segunda etapa (a primeira já foi vencida) para cursar o Conservatório da Broadway. Bravo! O solista Pedro no magnífico cenário do espetáculo Nativitaten, no Lago Joaquina Rita Bier

Vi, li e recomendo Por Vanusa Bottega Bueno Diretora social da Sogi

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As Melhores Coisas do Mundo

Você Pode Curar Sua Vida

É um filme brasileiro, para mães, pais, avós e adolescentes. O universo singular adolescente, retratado de maneira sensível e real. O protagonista Mano é um adolescente de 15 anos, que adora tocar guitarra, sair com os amigos e andar de byke. Um acontecimento inesperado na família (põe inesperado nisso!!!), faz seu mundo desabar. Relacionamentos, bullying na escola, preconceitos e medo nos aproximam muito dos personagens e fortalecem nossa consciência de que adolescência é uma travessia nada fácil, e que educar filhos será sempre nosso maior desafio.

Um excelente livro de cabeceira cheio de esclarecimentos sobre como crenças e ideias erradas são frequentemente a causa de muitas doenças. A autora, Louise Hay, relata de maneira clara e leve, experiências pessoais enriquecedoras e compartilha sabedorias, como o quanto ressentimentos, críticas e ódios são os padrões mais prejudiciais a nossa felicidade. Comandando nossa mente, podemos tomar as rédeas da nossa vontade e alcançarmos a cura das nossas doenças do corpo e da alma. Somos merecedoras do sucesso e nascemos para sermos felizes. Este livro foi um companheiro valioso durante meu tratamento contra o câncer em 2011.

Filme de Lair Bodanzki

De Louise Hay


Perto ou longe, onde vivem ijuienses

Vanessa Müller Gazzio

H

á quase dois anos, a ijuiense Vanessa Müller Gazzio saiu de Ijuí para morar nos Estados Unidos. Durante cinco anos ela batalhou para conseguir o green card - o documento que permite a um estrangeiro residir nos Estados Unidos, depois de ter se casado no Brasil, há 7 anos, com Felippe Gazzio, natural do Rio de Janeiro, e que mora nos Estados Unidos há 11 anos. Vanessa e Felippe se conheceram pela internet. Em Ijuí ficou a família - seus pais e três irmãos. Eles falam-se pela internet e se ligam quase todos os dias. O Natal e o Ano Novo deste ano foi o segundo longe da família. Acostumada com o calor de dezembro em Ijuí, Vanessa agora convive com um clima totalmente diferente: neva muito nesta época do ano por lá.“Na verdade, nunca pensei que um dia iria morar nos Estados Unidos. Conheci meu marido pela internet, e ele já morava aqui há 11 anos. O processo para quem é casado no Brasil pra vir morar legalmente nos Estados Unidos é bem demorado. Levou cinco anos pra eu receber meu green card. Estou morando aqui há um ano e oito meses, em uma cidade pequena chamada North Planfield, no estado de New Jersey, que fica a 30 minutos de New York.” Vanessa já conheceu muitos lugares: New York, Washington DC, Balttimore MD, Arlington VA, Pennsylvania, as Cataratas do Niágara, n divisa com o Canadá. Ela e o marido Felippe vivem e trabalham na pequena cidade, que tem pouco mais de 22 mil habitantes. “Amo morar aqui. Tudo se resume a praticidade e conforto. Aqui a gente trabalha muito, mas se tem uma vida boa e confortável. Senti uma diferença enorme em relação ao Brasil. Podemos comprar carro bom e mais barato, todo mundo tem aces-

so a roupa de marca, eletrônicos, se vê pessoas muito ricas usando um iphone, e outra pessoa de menor condição, que não tem tanto dinheiro assim, com o mesmo aparelho, e até o mesmo Vanessa e o marido carro”. Felippe vivem em North Vanessa atualmente trabalha como babá, Planfield, Nova Jersey, uma profissão comum entre brasileiros que se a 30 minutos de Nova mudam para os Estados Unidos e que buscam York, onde costumam o primeiro emprego. “Aqui há muitas oportunipassear (ao lado). dades. Uma delas é poder viajar mais, conhecer Acima, em frente à Casa lugares. Podemos, por exemplo, comer comida Branca, em Washington. Na foto maior, na de qualquer lugar do mundo. Se hoje quero Pennsylvania comer comida mexicana ou brasileira mesmo, americana ou indiana, é só pedir. Se por um lado se trabalha muito, por outro temos acesso a coisas que no Brasil só pessoas com muito dinheiro podem ter.” A maior dificuldade na sua adaptação foi com a língua. “Primeiro se aprende a entender o que eles falam pra depois começar a falar alguma coisa. Leva tempo e é bem frustrante, porque para pessoas como eu, que gostam muito de falar, é muito difícil ficar calada, ou ficar 30 minutos tentando falar alguA neve é a grande novidade na vida de Vanessa ma coisa.” Saudade de casa, não poder ver a família, é o lado ruim da história: “Ligo todos os dias para os meus pais. É ruim não poder vê-los todo final de semana, mas faz parte da vida, sinto saudade deles, mais sei que estão bem.” Vanessa planeja constituir família nos Estados Unidos. “Tenho muitos sonhos e planos aqui, e se Deus permitir, quero viajar muito, ter filhos. Uma das coisas mais importantes que tenho como meta é viver cada dia.”

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Baillare e a MUDANÇA em dança O espetáculo da Escola Alessandra Cavalheiro

Qual a mudança que a dança causa em sua vida”? As respostas dos dançarinos – pequenos ou grandes – a esse questionamento foram a matéria prima para a construção do conceito e das coreografias que fizeram o espetáculo de final de ano da BAILLARE – Escola de Dança Alessandra Cavalheiro. Pequenas experiências e cenas do cotidiano, como a chuva escorrendo na janela apontada por uma menina, foram se transformando em dança. E toda essa “mudança” foi parar no palco da SOGI. Aberto com a leitura de trechos de um texto de Clarice Lispector, que afirma que “todo o mundo é composto por mudança”,

o espetáculo apresentou coreografias nos vários gêneros trabalhados na escola, desde o ballet clássico, passando pela dança contemporânea, jazz, dança do ventre, dança tribal e danças urbanas. “A ideia foi levar a mensagem de que é preciso haver mudança na vida das pessoas através da ‘sua’ dança”, salienta a diretora da escola, Alessandra Cavalheiro. A diretora assinou o roteiro e a coordenação geral do evento, mas teve a importante parceria dos professores da Baillare Deivid Santos, coreógrafo internacional e professor de danças urbanas, Karen Costa, professora de expressões lúdicas e dança contemporânea, Lara

Moreira e Franciele Goltz, professoras de ballet clássico e jazz. A concepção do espetáculo “Mudança” acabou sendo um resumo das transformações da escola em 2013. Além da troca de endereço, o acréscimo da palavra Baillare também marcou o ano. “Baillare sintetiza e identifica melhor o que somos e fazemos, especialmente o caráter pedagógico que sempre se quis e se quer dar à dança”, enfatiza Alessandra. E enquanto crianças e adultos estão envolvidos com o Intensivo de Férias, a escola já prepara o início das aulas regulares para março. As matrículas para as várias opções estão abertas.


Em cenários

deslumbrantes Com o marido Clóves na Ilha de Corfu, e na Ilha de Oligufia

Sobrevoar de bolão o céu da Capadócia foi um grande momento da viagem a Turquia Em Veneza: encanto ePaulo diversão e Eliana Burtet do casal

Parque Nacional de Goreme, Capadócia

V

er o dia amanhecer em um cenário deslumbrante, e de uma posição muito privilegiada, é uma experiência para não esquecer jamais. As fotos acima, captadas pelo casal de empresários ijuiense Paulo Burtet e Eliana Fuchs Burtet, dão uma ideia, ainda que distante, da emoção que causou a experiência que viveram no céu da Capadócia. Eles viajaram a Turquia em outubro para um roteiro de 10 dias, começando pela formidável Istambul. O país que foi exibido na novela da Globo Salve Jorge, é tudo o que mostram e muito mais, que é descoberto por olhos curiosos e mentes atentas de viajantes experimentados, como Paulo e Eliana Burtet. “A Turquia é linda e surpreedente. Combina o antigo e o moderno, a história e a cultura de milênios estão em toda a parte e se revelam de todas as formas”, comenta Eliana. O roteiro em solo turco incluiu também

a capital Ancara, Capadócia, Pamukkale, Esmirna e Kusadasi, em trajeto por terra, que permitiu ao casal conhecer todos as grandes atrações do país. O vôo de balão na Capadócia foi um dos grandes momentos. Além da emoção do vôo em si, “muito seguro, tranquilo”, diz Eliana, o espetáculo se completa por proporcionar a visão do amanhecer. O programa começa às 5 horas da manhã, dura em torno de uma hora, e foi compartilhado com 18 pessoas no mesmo “cesto”, e muitas outras nos demais balões que subiram junto - mais de 70. A facilidade de comunicação com o povo, que é muito receptivo e cordial, a eficiência dos transportes, a tranquilidade com que se circula por Istambul, por exemplo, uma metrópole onde não se vê violência ou mendicância, são aspectos mencionados por Eliana, e também razões que fizeram o casal se encantar pela Turquia.

Em frente ao Grande Bazar, em Istambul

Cultura milenar em vários pontos do roteiro

Em frente a Biblioteca de Celso, em Éfeso STAMPA | 37


Na África bela e selvagem Atraída pela história, pela natureza exuberante e pela diversidade cultural, a advogada Patricia Oliveski escolheu a África do Sul para uma viagem de 10 dias, que fez em novembro, em companhia da amiga Flavia Flach Patrícia com a companheira de viagem Flavia No Santuário de Elefantes, em Knysna

Conhecendo os pinguins de Boulders Beach

A proximidade com os animais encantou Patrícia

A

viagem começou por Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul e quarta maior do continente africano, com 5,3 milhões de habitantes. Lá, Patrícia esteve por por pouco tempo, logo partindo para Porto Elizabeth, onde realizou o tão aguardado safári no Storms River - Addo Elephant. “É uma experiência indescritível, você passa muito perto dos animais. Logo que entramos fomos recepcionados por uma manada de elefantes com seus filhotinhos. Aquilo foi muito emocionante”, relata. A Cidade do Cabo foi o próximo destino do passeio das amigas, seguido de uma visita a um parque em Stellenbosch, que também proporcionou a proximidade com os animais. “Via terreste, andamos por vários lugares da África do Sul até a Cidade do Cabo, com suas regiões montanhosas, paredões de rochas incríveis. Em Stellenbosch tivemos acesso a entradas de jaulas com tigres e leões, pudemos ver de perto os jacarés sendo alimentados. Parecia coisa de outro mundo”, conta Patrícia. Nas proximidades da Cidade do Cabo, Patrícia teve a oportunidade de se aproximar de pinguins, em Boulders Beach, e seguir com um cruzeiro até a Ilha das Focas. Também foi ao Parque Nacional e Reserva Natural do Cabo da Boa Esperança, ponto onde os oceanos Atlântico e Índico se encontram. Nestes e nos outros lugares que conheceu, a convivência com os nativos fez com que Patrícia percebesse muitas semelhanças entre os brasileiros e os sul-africanos. “Eles foram extremamente receptivos, educados e atenciosos. Quando falávamos no Brasil, eles perguntavam tudo sobre o futebol brasileiro, que eles têm como referência. A África do Sul é um país muito parecido com o Brasil, até por toda a desigualdade social presente no país. De um lado, víamos grandes condomínios fechados, mansões residenciais, prédios supermodernos, e do outro, se sobrepondo, estavam as favelas”, destaca. A experiência mais marcante que Patrícia conta foi uma visita a Robben Island, ilha que serviu como prisão durante o regime de segregação racial do apartheid e abrigou Nelson Mandella. “É toda uma estrutura de prisões, onde fomos recepcionadas por um ex-condenado, que esteve preso na Robben Island de 1964 a 1984, por sabotagem. Era um preso político, que esteve detido na mesma época do Mandella. Foi emocionante o depoimento dele, que optou por continuar trabalhando ali depois que foi solto por não ter mais família ou parâmetros, então aquilo ali passou a ser a vida dele”, conta. A visita até a ilha prisional fez de Patrícia ainda mais fã de Nelson Mandella: “Visitamos a cela onde ele esteve preso, e eu realmente fiquei muito fascinada por tudo que ele passou, pelo que conseguiu superar até tornar-se um grande ícone mundial de luta pela liberdade e pela não diferença racial. Ele é e sempre será muito admirável”. A vontade de voltar e conhecer mais as histórias do país é evidente em Patrícia, que pretende retornar com os filhos em uma próxima oportunidade. “A viagem durou um tempo razoável para conhecer um pouco de cada coisa, mas ficamos na vontade de mais. Então, assim que possível, eu quero voltar com meus filhos, Bernardo e Eduarda, para ficar por mais tempo. Em um mundo globalizado, que está cada vez mais acessível a todos, conhecer novos lugares e culturas diferentes não é um luxo, é uma necessidade”, finaliza. Monumento de uma das praças de Port Elizabeth

Na prisão de Robben Island, onde Mandela ficou preso por 18 anos


Himalaia: visual deslumbrante

Nilton e Marlene em trekking no Nepal: oportunidade de superar limites e exercitar o domínio emocional

Aventura e superação O casal de médicos Nilton e Marlene Hubert da Silva são adeptos de um turismo em que rotina, luxo e comodismo não fazem parte

C

aminhar mais de 300 km durante 15 dias, atravessando a cadeia de montanhas chamada Pirineus em direção à Espanha. Foi assim que começou a experiência em trekking - desporto inserido na modalidade de pedestrianismo, do casal de médicos ijuiense Marlene Hubert da Silva, dermatologista, e Nilton Freitas da Silva, gastroenterologista. A ideia surgiu quando os dois partiram para uma viagem de carro e encontraram pessoas de mais idade fazendo o caminho. “Foi aí que pensamos: por que nós não?”, relata Marlene. Como precisava ser, o casal se preparou fisicamente para encarar a experiência, fazendo caminhadas diárias de 20 a 25 km. Depois daquela primeira viagem pelos Pirineus, Nilton e Marlene partiram para novas aventuras. Percorreram o Caminho das Missões, o Sul da Patagônia e o acampamento-base do Aconcágua, na fronteira entre a argentina Mendoza e o Chile. Chamado trekking, é um tipo de aventura em que a rotina, o luxo e o aconchego não fazem parte, mas que pode trazer grandes compensações. “Não são caminhadas para qualquer pessoa, você precisa sair de sua zona de conforto, vai a lugares simples, que nem imagina que existe, se hospeda em pequenos hotéis, conhece gente do mundo inteiro e encara a diferença da altitude”, explica a dermatologista. Por outro lado, é a oportunidade de superar medos, limites e aprender a lidar com o emocional. “Nós testamos toda nossa resistência. Você está naquela exaustão e se dá conta de que precisa começar a trabalhar o seu psicológico e pensar que sim, você consegue, que não existem limites. Depois de horas de caminhada, é muita emoção. Voltamos de lá já pensando: o que vamos fazer no próximo ano?”, revela Marlene. O Himalaia foi a opção de Nilton e Marlene para a caminhada que durou de 23 de outubro a 10 de novembro. A montanha passa pela China, Butão, Nepal e vai até o Paquistão. A parte nepalesa foi escolhida pelo casal pela beleza das montanhas. “Nós fizemos cinco dias de trekking, conhecendo vilarejos, pessoas, populações. Os nepaleses são muito receptivos, embora o caminho seja muito difícil. Tivemos que subir cinco mil degraus de pedras. Mas no outro dia você está descansado, com toda aquela natureza em volta. Tem muita cachoeira, montanha, flores...”, conta o médico. Lá, Marlene e Nilton conheceram um povo desprendido do consumismo, que cultua o budismo, o hinduísmo e defende o ser acima do ter. “É uma cultura totalmente diferente do ocidente. A religião faz parte do dia a dia deles, que não se exaltam, se respeitam, são serenos”, relata a dermatologista. Um dos lugares que mais encantou o casal foi Timpo, capital de Butão, uma cidade com 200 mil habitantes situada entre a China e a Índia. “Na cidade toda tem apenas um guarda de trânsito. Butão é um País que prega pela felicidade, onde não há fome, não existe analfabetismo, a saúde é direito de todos, não há corrupção. É o país do nosso sonho. Voltar para cá e ligar a TV é um choque”, conta. Os dois já planejam as próximas caminhadas: “O Monte Everest e o Monte Kailash, no Tibet, são nossos próximos objetivos. Precisamos de uma maior preparação para isso, já que a altitude chega a mais de 5 mil metros. Mas essas e outras aventuras, com certeza, nos aguardam”, completa Marlene.

Desafio vencido: bandeiras de todo o mundo colocadas pelos que alcançam o topo

Marlene e Nilton percorreram vilarejos e conheceram uma cultura totalmente diferente

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MODA & ESTILO

Onda retrô M

otivada pela nostalgia ou pelo desejo do consumidor de resgatar uma memória do passado, o retrô está nas vitrines das lojas e é uma excelente oportunidade de mercado para as marcas. Os produtos agregam um ‘quê’ de antigamente, são relançados em versões mais modernas, ou voltam com as mesmas características de décadas atrás. Torna-se cada vez mais fácil entrar em uma máquina do tempo do consumo, e ainda parecer superatual. Com as redes sociais, os consumidores até tomam a atitude e se engajam em comunidades e grupos pedindo a volta de produtos que marcaram a infância. E, se relembrar é viver, sem dúvidas, eles têm sido os queridinhos de muita gente por aí, seja em móveis, roupas, carros ou acessórios.


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A lógica dos governantes

Era uma vez um rei que queria ir pescar. Ele chamou o seu meteorologista e pediu-lhe a previsão do tempo para as próximas horas. Este assegurou-lhe que não iria chover. Como a noiva do monarca vivia perto de onde ele iria, ele colocou a sua vestimenta mais elegante. No caminho, ele encontrou um camponês montando seu burro que viu o rei e disse: - Majestade, é melhor regressar ao palácio porque vai chover muito. É claro que o rei ficou pensativo: “Eu tenho um meteorologista muito bem pago que me disse o contrário. Vou seguir em frente.” E assim fez ... E, claro, choveu torrencialmente. O rei ficou encharcado e a namorada riu-se dele ao vê-lo naquele estado. Furioso voltou para o palácio e despediu o seu empregado. Ele convocou o camponês e ofereceu-lhe o trabalho de meteorologista, mas este disse-lhe: - Senhor, eu não entendo nada disso, mas se as orelhas do meu burro estão caídas, significa que vai chover . O rei contratou o burro. Assim começou o costume de contratar burros, que desde então têm as posições mais bem pagas nos diversos governos! Os 3 porquim do minerim.... O ônibus que seguia em direção ao Rio de Janeiro, pára numa cidadezinha do interior de Minas. O Mineirinho sobe com três leitõezinhos no colo. Ao perceber a cena, um carioca quis logo tirar um sarro com a cara do pobre: - E aí, mineiro, levando os porquinhos para passear? - É, sô, os bichim nunca viro o mar, uai! - Esses bichinhos têm nome? - Teeeem, sô! Esse aqui chama 'Suavó', esse otro é 'Suatia'... P... da vida, o carioca interrompe o mineiro: - Deixa que eu adivinho o nome do último. É ‘Suamãe’? - Não, sô, esse é 'Seupai'. ‘Suamãe’ eu comi onti... O velhinho caminhava tranquilamente, quando passa em frente a um prostíbulo. Uma prostituta grita: - “Oi, Vovô! Por que não experimenta?” O velhinho responde: - “Não, filha, já não posso!” A prostituta: - “Ânimo!!!!Venha, vamos tentar!!! “ O velhinho entra e funciona como um jovem de 25 anos, 3 vezes ... e sem descanso! - “Puxa!”, diz a prostituta - “E ainda dizia que já não pode mais?” O velhinho responde: -” Aaah, transar eu posso, o que não posso é pagar!” Uma menina da profissão mais antiga do mundo, com muito bom coração e muito trabalhadora, certa vez, comovida com os apelos das autoridades médicas para doar sangue às vítimas de uma destas catástrofes que por aí acontecem, compareceu a um dos postos de coleta de sangue: - Você já doou sangue alguma vez? – perguntou o médico. - Não, é a primeira vez. - Então precisamos calcular o quanto poderá ser retirado. Quanto você costuma perder durante a menstruação? - Por volta de 3 mil, 3 mil e 500....

O melhor sistema segurança do mundo: caco de vidro no muro. O ladrão nem entra, porque já sabe que é casa de pobre. Proposta Certo dia, no jardim zoológico, observaram que a gorila entrou numa de ficar triste pelos cantos, não queria mais se alimentar, estava ficando fraca, doente... Até que chamaram um veterinário: - O problema dela é depressão - disse o doutor - Ela precisa ter relações sexuais. - Mas doutor, nós não temos um gorila macho, e trazer um de outro zoológico pra cá é muito caro! Nisso, um funcionário que acompanhava conversa falou: - Acho que tenho a solução! Tenho um vizinho português, muito peludo, quem sabe a gente convence ele a transar com a gorila.... E assim, entraram em contato com o gajo. Este, de início, recusou: - De jeito nenhum, ô pá! Isso é pecado! A Maria me abandona se souber! - Mas seu Manoel... é por R$ 500,00, isso ajuda?... - Vou pensar... Dois dias depois, o português foi ao zoológico: - Esta bem! Eu concordo, mas com três condições... - Sim? - A primeira é que não pode haver beijo... - Sem dúvida! A gorila não beija, pode ficar sossegado. - A segunda é que não pode haver foto! Se a Maria descobre! - Tudo bem! Sem fotos! E qual a terceira condição? - Os R$ 500,00... - O que é que tem? - Eu só posso pagar parcelado, em duas vezes!!!...

ENTRE ASPAS “Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar.” Abraham Lincoln (1809-1865), 16ª presidente dos Estados Unidos 42 | STAMPA



VERテグ 2014


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