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8 SÉRIE 9 ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Volume 2

HISTÓRIA Ciências Humanas

CADERNO DO PROFESSOR


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR

HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 8a SÉRIE/9o ANO VOLUME 2

Nova edição 2014 - 2017

São Paulo


Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri


Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo


A NOVA EDIÇÃO Os materiais de apoio à implementação do Currículo do Estado de São Paulo são oferecidos a gestores, professores e alunos da rede estadual de ensino desde 2008, quando foram originalmente editados os Cadernos do Professor. Desde então, novos materiais foram publicados, entre os quais os Cadernos do Aluno, elaborados pela primeira vez em 2009. Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do Professor e do Aluno foram reestruturados para atender às sugestões e demandas dos professores da rede estadual de ensino paulista, de modo a ampliar as conexões entre as orientações oferecidas aos docentes e o conjunto de atividades propostas aos estudantes. Agora organizados em dois volumes semestrais para cada série/ ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e série do Ensino Médio, esses materiais foram revistos de modo a ampliar a autonomia docente no planejamento do trabalho com os conteúdos e habilidades propostos no Currículo Oficial de São Paulo e contribuir ainda mais com as ações em sala de aula, oferecendo novas orientações para o desenvolvimento das Situações de Aprendizagem. Para tanto, as diversas equipes curriculares da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo reorganizaram os Cadernos do Professor, tendo em vista as seguintes finalidades:

f incorporar todas as atividades presentes nos Cadernos do Aluno, considerando também os textos e imagens, sempre que possível na mesma ordem; f orientar possibilidades de extrapolação dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do Aluno, inclusive com sugestão de novas atividades; f apresentar as respostas ou expectativas de aprendizagem para cada atividade presente nos Cadernos do Aluno – gabarito que, nas demais edições, esteve disponível somente na internet. Esse processo de compatibilização buscou respeitar as características e especificidades de cada disciplina, a fim de preservar a identidade de cada área do saber e o movimento metodológico proposto. Assim, além de reproduzir as atividades conforme aparecem nos Cadernos do Aluno, algumas disciplinas optaram por descrever a atividade e apresentar orientações mais detalhadas para sua aplicação, como também incluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do Professor (uma estratégia editorial para facilitar a identificação da orientação de cada atividade). A incorporação das respostas também respeitou a natureza de cada disciplina. Por isso, elas podem tanto ser apresentadas diretamente após as atividades reproduzidas nos Cadernos do Professor quanto ao final dos Cadernos, no Gabarito. Quando incluídas junto das atividades, elas aparecem destacadas.


Além dessas alterações, os Cadernos do Professor e do Aluno também foram analisados pelas equipes curriculares da CGEB com o objetivo de atualizar dados, exemplos, situações e imagens em todas as disciplinas,

possibilitando que os conteúdos do Currículo continuem a ser abordados de maneira próxima ao cotidiano dos alunos e às necessidades de aprendizagem colocadas pelo mundo contemporâneo.

Seções e ícones

Leitura e análise Para começo de conversa

Aprendendo a aprender Você aprendeu?

?

!

Lição de casa

Pesquisa individual O que penso sobre arte?

Situated learning

Pesquisa em grupo

Learn to learn Homework

Roteiro de experimentação

Ação expressiva

Pesquisa de campo Para saber mais

Apreciação


SUMÁRIO Orientação sobre os conteúdos do volume Situações de Aprendizagem

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Situação de Aprendizagem 1 – Os dez princípios da Conferência de Bandung Situação de Aprendizagem 2 – Guerra Fria em notícias

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Situação de Aprendizagem 3 – Populismo em Getúlio Vargas

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Situação de Aprendizagem 4 – Memória e imagens da ditadura militar brasileira Situação de Aprendizagem 5 – Abertura lenta, gradual e segura Situação de Aprendizagem 6 – Eu tenho um sonho

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Situação de Aprendizagem 7 – Colapso do socialismo Situação de Aprendizagem 8 – A Nova Ordem Mundial

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Quadro de Conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais Gabarito

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História – 8a série/9o ano – Volume 2

ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME Caro(a) professor(a), Este Caderno foi organizado com o propósito de auxiliá-lo no desenvolvimento dos temas que caracterizam o período posterior à Segunda Guerra Mundial e facilitar a realização de suas atividades e avaliações durante a 8a série/9o ano do Ensino Fundamental. Para cada tema foi criada uma Situação de Aprendizagem principal, um conjunto de questões para a avaliação e propostas para recuperação, nas quais foram destacados alguns dos aspectos mais significativos das discussões historiográficas contemporâneas. As sugestões aqui contidas devem ser avaliadas por você e consideradas, sempre, em função da sua experiência; considere a possibilidade de realizar alterações, no sentido de adequar as propostas ao seu atual grupo de alunos e às suas condições de trabalho.

Conhecimentos priorizados Consideramos que a compreensão do período da Guerra Fria é fundamental para a análise das relações internacionais durante a segunda metade do século XX, marcadas por novo alinhamento de forças políticas e ideológicas, pelo perigo nuclear e pelos movimentos contra coloniais que conduziram à independência de países na Ásia e na África. O estudo do populismo, por sua vez, é necessário para a inserção do Brasil nesse contexto geral, caracterizando-se pela maior participação política das massas urbanas, deflagradora de um processo de repressão que acabou resultando na imposição de um regime ditatorial. Apresen-

taremos também o colapso do “socialismo real” e suas consequências para a formação de uma nova ordem global multilateral.

Competências e habilidades Todas as nossas propostas de Situações de Aprendizagem estão baseadas nas orientações para a área de História estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no 9.394/1996) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Seguindo os exemplos anteriores, as competências e habilidades a ser desenvolvidas nas Situações de Aprendizagem deste Caderno foram inspiradas pela matriz do Enema e Sarespb: f dominar a norma-padrão da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica; f construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas; f selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações, representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema; f relacionar informações, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em diferentes situações, para construir argumentação consistente; f recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

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Documento básico do Enem. Fonte: <http://www.enem.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view &id=39&ltemid=73>. As competências básicas da área enunciadas na “Matriz de Referências para o Enem 2009” encontram-se disponíveis em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2009/Enem2009_ matriz.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2013. b Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://saresp2009.edunet. sp.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2009.

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Metodologia e estratégias

Avaliação

Os temas estudados neste volume podem ser trabalhados por meio de Situações de Aprendizagem que visam ao “saber fazer”, nas quais os alunos recorram a seus esquemas de conhecimento para resolver situações-problema. Para tanto, enfatizamos a análise e a produção de textos, com todas as implicações delas decorrentes: leitura, interpretação, compreensão, síntese, associação, classificação, comparação, organização, caracterização, estabelecimento de relações e conclusão.

Os procedimentos de avaliação visam, sobretudo, à verificação do desenvolvimento da capacidade leitora e escritora do aluno, fundamentada em conteúdos conceituais de História. Esses conceitos devem ser, portanto, instrumentos para o desenvolvimento de conteúdos procedimentais e atitudinais, pois é nossa proposta objetiva que a escolarização – além de promover o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos – concorra para a formação de cidadãos críticos e participativos.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 OS DEZ PRINCÍPIOS DA CONFERÊNCIA DE BANDUNG Esta Situação de Aprendizagem visa à análise de um importante documento histórico, Os dez princípios da Conferência de Bandung, realizada em abril de 1955. Com ela, você pode ter como objetivo, principalmente, encaminhar as reflexões dos alunos, no sentido de levá-los a perceber as relações entre passado e presente e as permanências e rupturas na dinâmica do processo histórico. Também pode contribuir para que os alunos compreendam as implicações dos processos de descolonização na atual situação daqueles países, muitos deles ainda marcados por graves problemas socioeconômicos e políticos, como a miséria, as epidemias e as guerras civis.

A Situação de Aprendizagem também visa ao incentivo da prática do trabalho com fontes históricas escritas, não só na busca de sua compreensão e interpretação, mas também de sua problematização. Para a compreensão do processo de descolonização, você já deve ter abordado o Imperialismo e o Neocolonialismo, a Segunda Guerra Mundial e suas consequências. Destaque, sobretudo, a grave crise que se abateu sobre as economias europeias, o novo alinhamento de forças políticas e a formação dos movimentos nacionalistas a favor da libertação dos territórios coloniais.

Conteúdos e temas: nacionalismo; autodeterminação; colonialismo; descolonização; segregação racial; discriminação racial. Competências e habilidades: compreensão de texto; domínio da norma-padrão da Língua Portuguesa; interpretar dados e informações contidos em documentos históricos; relacionar informações entre si, bem como conceitos previamente aprendidos, construindo uma argumentação consistente. Sugestão de estratégias: pesquisa de notícias, análise de documento histórico, produção de texto como síntese e aula expositiva. Sugestão de recursos: diferentes mídias para pesquisa e documento histórico. Sugestão de avaliação: participação dos alunos na pesquisa das notícias, discussão em grupo e na apresentação oral, e produção de texto como síntese.

Sondagem e sensibilização Professor, antes da realização da Situação de Aprendizagem, você pode sugerir aos alunos que mencionem o que conhecem sobre a atual situação dos países africanos.

De acordo com seus critérios, você pode solicitar aos alunos que procurem informações na imprensa sobre tudo o que se refere à África e tragam essas informações para a sala de aula, a atividade de sondagem está presente no Caderno

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do Aluno, na seção Pesquisa individual. Aproveite para analisar as imagens que aparecem no Caderno do Aluno. Depois de ter realizado uma roda de discussão sobre as notícias e as imagens, dê início à estratégia central desta Situação de Aprendizagem. 1. Durante uma semana, procure informações na imprensa (jornais, revistas, rádio, televisão e sites) sobre assuntos que se refiram à África e anote-as no espaço a seguir. A realização desta pesquisa é muito importante para o desenvolvimento do trabalho das próximas aulas. 2. O que as notícias pesquisadas e as imagens a seguir sugerem sobre o continente africano? Participe da discussão proposta pelo professor, analise as imagens e anote no espaço a seguir suas considerações. Professor, as imagens inseridas no Caderno do Aluno buscam destacar a grande diversidade étnica, cultural, econômica,

social e política, evitando a construção de imagens homogêneas do continente. Imagem 1: Aldeia africana em Lalibela (Etiópia). Imagem 2: Vista da Cidade do Cabo (África do Sul). Imagem 3: Chefes de Estado na comemoração do jubileu de ouro da Conferência Ásio-Africana de 1955.

1a etapa Professor, o texto a seguir encontra-se no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto, precedido pelo enunciado: Leia atentamente o documento a seguir, divulgado na Conferência de Bandung, que foi realizada entre 18 e 24 de abril de 1955, na Indonésia, com a participação de 29 países africanos e asiáticos. Essa reunião teve como objetivo discutir políticas de cooperação mútua e estratégias para a conservação da independência desses países.

Os dez princípios de Bandung “1. 2. 3. 4. 5.

Respeito aos direitos humanos fundamentais e aos objetivos e princípios da Carta das Nações Unidas. Respeito à soberania e à integridade dos territórios de todas as nações. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e da igualdade de todas as nações, grandes e pequenas. Abstenção de intervir ou interferir nos assuntos internos de outro país. Respeito ao direito de cada nação de defender a si própria, individual ou coletivamente, em conformidade com a Carta das Nações Unidas. 6. (A) Abstenção do uso de acordos de defesa coletiva para servir aos interesses particulares de qualquer uma das grandes potências. (B) Abstenção, por parte de qualquer país, de exercer pressões sobre outros países. 7. Abster-se de atos ou ameaças de agressão ou do uso de força contra a integridade territorial ou independência política de qualquer país. 8. Solução de todas as disputas internacionais por meios pacíficos, tais como negociação, conciliação, arbitramento de acordo judicial, bem como outros meios de escolha própria das partes, em conformidade com a Carta das Nações Unidas. 9. Promoção dos interesses mútuos e da cooperação. 10. Respeito à justiça e às obrigações internacionais.” Fonte: Apud Afro-Asian Peoples’ Solidarity Organization. Towards 50th Anniversary of Bandung. Tradução Eloisa Pires. Disponível em: <http://aapsorg.org/index.php/en/archive-en/44-asian/statements/279-towards-50th-anniversary-of-bandung>. Acesso em: 14 nov. 2013.

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História – 8a série/9o ano – Volume 2

Para iniciar, faça uma leitura coletiva do texto e solicite aos alunos que verifiquem as informações inseridas com destaque no Caderno do Aluno. Tome nota! A Carta da Organização das Nações Unidas foi assinada em junho de 1945, quando da fundação da ONU. Ela é composta por 111 artigos, cujos principais objetivos são: a manutenção da paz e da segurança internacionais, a defesa dos direitos e das liberdades fundamentais do ser humano, a autodeterminação, a igualdade de direito e o progresso social e econômico para todos os povos.

nhecimentos sobre o tema e poderão registrar os resultados da pesquisa na forma de pequenos textos. 1. Que relações podem ser estabelecidas entre o final da Segunda Guerra Mundial e a descolonização afro-asiática? O aluno precisa considerar que, ao final da Segunda Guerra Mundial, as potências europeias, militar e economicamente comprometidas, não conseguiam combater os movimentos de independência nas suas possessões coloniais.

2. Identifique os dois princípios que marcaram o processo de independência da Índia, liderado por Mahatma Gandhi. O aluno deve identificar o princípio da não violência e o da desobediência civil – boicote ao consumo de produtos ingleses e recusa ao pagamento de impostos.

Você pode dividir a classe em dez grupos e sugerir a cada um deles que discuta um dos princípios do documento, por meio da atividade proposta no Caderno do Aluno: Qual a intenção contida na elaboração dos princípios de Bandung? Os alunos precisam identificar nesse documento alguns princípios expressos pelos países participantes da Conferência de Bandung: a defesa dos direitos humanos, a justiça e a autodeterminação dos povos, a condenação ao racismo e ao colonialismo, a colaboração para o combate ao subdesenvolvimento, o não alinhamento aos blocos político-ideológicos da Guerra Fria e a busca de vias diplomáticas para a resolução de conflitos internacionais.

Depois, peça que cada um dos grupos apresente, oralmente, suas conclusões para a classe. Ao final das apresentações, é interessante que cada grupo produza um texto como síntese, com o estabelecimento das ideias principais presentes no conjunto do documento. Para finalizar esta Situação de Aprendizagem, é possível propor as atividades a seguir, que estão inseridas no Caderno do Aluno como Lição de casa. Com elas, os alunos ampliarão seus co-

Avaliação da Situação de Aprendizagem É importante que os alunos considerem o contexto sócio-histórico de produção do documento e seus objetivos principais. Devem identificar no documento apresentado alguns princípios expressos pelos países participantes da Conferência de Bandung: a defesa dos direitos humanos, a justiça e a autodeterminação dos povos, a condenação ao racismo e ao colonialismo, a colaboração para o combate ao subdesenvolvimento, o não alinhamento aos blocos político-ideológicos da Guerra Fria e a busca de vias diplomáticas para a resolução de conflitos internacionais. Com base em suas observações, você pode verificar como o aluno se posicionou nas discussões do grupo, como cada grupo realizou sua apresentação oral e elaborou a síntese das ideias principais do documento.

Proposta de questões para avaliação As atividades a seguir encontram-se na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno.

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1. As afirmações a seguir referem-se ao direito de autodeterminação dos povos. Leia-as e assinale a alternativa correta. I.

Trata-se do direito das nações de exercerem a soberania sobre seu povo e seu território.

d) a prosperidade econômica das antigas colônias, por causa de processos de industrialização acelerados. e) o surgimento, nas antigas colônias, de movimentos de libertação nacional. Espera-se que o aluno encontre, entre as alternativas, aquela que não se refere às causas do processo de desco-

II. Trata-se do direito de países mais desenvolvidos de exercerem sua soberania sobre países menos desenvolvidos para promover o bem-estar social.

lonização afro-asiática, ou seja, o fato de não ter havido

III. Trata-se de um dos princípios que nortearam os processos de descolonização afro-asiática.

3. Após a Conferência de Bandung, tornou-se usual a denominação Terceiro Mundo para um bloco de países. Essa denominação referia-se a:

um processo de industrialização nas colônias, que, aliás, mantiveram a dependência econômica em relação às antigas metrópoles.

Estão corretas as afirmações: a) I, II e III.

a) países alinhados ao bloco capitalista.

b) I e II.

b) países alinhados ao bloco socialista.

c) I e III. d) II e III.

c) países que defendiam uma posição de neutralidade no contexto do mundo bipolar.

e) nenhuma das afirmações está correta.

d) países empenhados na corrida espacial.

O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposições, aquelas que estão de acordo com o princípio de direito à autodeterminação dos povos.

2. Entre as causas do processo de descolonização afro-asiática, não podemos citar:

Espera-se que o aluno encontre, entre as alternativas, aquela que representa a definição para Terceiro Mundo.

a) a crise das metrópoles europeias depois da Segunda Guerra Mundial.

Propostas de Situações de Recuperação

b) o nacionalismo dos povos coloniais, fortalecido durante a Segunda Guerra Mundial.

No caso de alunos que não tenham alcançado seus objetivos, tanto no que concerne à apreensão dos conteúdos quanto ao desenvolvimento das habilidades e competências, podemos utilizar diferentes estratégias para obter resultados que indiquem progresso no processo de ensino-aprendizagem.

c) a pressão dos Estados Unidos e da União Soviética, as novas superpotências, interessadas em conquistar novos aliados.

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e) países de economia mista, ou seja, socialistas com algumas características capitalistas.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

A compreensão do processo de descolonização afro-asiática é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois é pré-requisito para outros temas, como a Guerra Fria, e para a própria compreensão das desigualdades mundiais contemporâneas.

Proposta 1 Solicite aos alunos em recuperação que realizem uma pesquisa sobre um país africano ou asiático que passou por processo de descolonização e que, na atualidade, enfrente uma guerra civil. Depois de explicar, sucintamente, o que significa uma guerra civil, sugira a eles que busquem informações como: breve relato da história do país, causas da guerra atual e suas relações com o processo de colonização/descolonização, características da guerra e situação atual do conflito, visando à produção de uma síntese. Como fontes de pesquisa, indique enciclopédias, inclusive virtuais, almanaques e jornais; lembre aos alunos que o texto final deve representar uma síntese do material pesquisado, que confronte as fontes – e não uma cópia –, e que é necessário indicar a bibliografia consultada.

Proposta 2 Outra possibilidade para a retomada dos conteúdos referentes ao tema é a confecção, pelos alunos, de um mapa-múndi, no qual estejam localizados os países que passaram por processos de descolonização e que tenham sido estudados pela classe. Pode-se produzir uma legenda numérica para a clareza das informações, seguindo a ordem cronológica dos acontecimentos. Os alunos podem consultar seu próprio material didático, atlas históricos, enciclopédias e a internet.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros CANÊDO, Letícia Bicalho. A descolonização da Ásia e da África: processo de ocupação colonial; transformações sociais nas colônias; os movimentos de libertação. 4. ed. São Paulo: Atual, 1994. (Discutindo a História). Análise dos processos de descolonização e suas relações com o subdesenvolvimento. FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências, séculos XIII a XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. Ensaio abrangente sobre o fenômeno das colonizações na História moderna e contemporânea.

Site TV Cultura. Disponível em: <http://www2.tvcul tura.com.br/aloescola/historia/cenasdoseculo/ index.htm>. Acesso em: 14 nov. 2013. Página com textos sobre os mais importantes eventos do século XX, inclusive os processos de descolonização.

Filmes Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos. Gandhi. Direção: Richard Attenborough. Inglaterra/Índia, 1982. 191 min. 14 anos. Biografia de Mahatma Gandhi, líder político e espiritual da Índia durante o processo de descolonização. Indochina (Indochine). Direção: Régis Wargnier. Suécia, 1992. 157 min. 16 anos. O filme retrata as tensões entre colonizadores e colonizados na Indochina sob domínio francês.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 GUERRA FRIA EM NOTÍCIAS Esta Situação de Aprendizagem tem como objetivo trabalhar alguns dos principais acontecimentos mundiais durante a fase da Guerra Fria por meio da produção de notícias. Professor, a proposta colaborará para que você encaminhe as reflexões dos alunos, no sentido da percepção das tensões internacionais características de um período da História, no qual o desenvolvimento das tecnologias bélicas promoveu o temor da possibilidade de destruição do mundo por causa das rivalidades entre Estados Unidos e União Soviética. A Situação de Aprendizagem também visa incentivar o desenvolvimento da competên-

cia escritora por meio da aprendizagem desse conteúdo curricular. Para tratar do tema da Guerra Fria, alguns assuntos, necessariamente, já devem ter sido abordados, como a Segunda Guerra Mundial e os acordos de paz. Ao caracterizar a Guerra Fria, é necessário trabalhar temas fundamentais, como os processos revolucionários e os conflitos mundiais decorrentes da Guerra Fria, e os embates ideológicos – retomando os conceitos de capitalismo e socialismo – em suas especificidades e em seus modelos diversos.

Conteúdos e temas: Guerra Fria; mundo bipolar; corrida espacial; guerra nuclear; corrida armamentista; coexistência pacífica; capitalismo e socialismo. Competências e habilidades: competência escritora no gênero notícias. Sugestão de estratégias: pesquisa e elaboração de notícias. Sugestão de recursos: notícias de jornal, materiais de pesquisa, materiais para elaboração da página de jornal. Sugestão de avaliação: pesquisa e produção da notícia.

Sondagem e sensibilização Para esta sondagem inicial, solicite aos alunos que tragam algumas notícias de jornal para que você faça, com eles, um levantamento das principais características desse gênero. Professor, apresente aos alunos as atividades da seção Lição de Casa, do Caderno do Aluno.

jornalístico. Escolha uma delas e cole-a no espaço a seguir. 2. Com base na notícia selecionada e seguindo as orientações do professor, identifique as características do gênero notícia e anote-as no espaço a seguir. Ajude os alunos a identificar as características do gênero notícia, por meio da comparação entre os textos trazidos pelos alunos, observando as regularidades identificáveis nesses textos.

1. Para a próxima aula, selecione algumas notícias de jornal para fazer um levantamento das principais características do gênero

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Informe que a notícia é um gênero textual jornalístico, constituído por um texto


História – 8a série/9o ano – Volume 2

relativamente curto, uma manchete e, às vezes, alguma imagem. Ela deve apresentar um acontecimento e responder a seis questões principais: quem, o quê, quando, onde, como e por quê. Destaque a principal função da notícia, que é informar, mas ressalte que ela também deve ser apresentada de modo a atrair a atenção do leitor.

© Stringer/AFP/Getty Images

b) Proclamação da República Popular da China.

Use as notícias de jornal trazidas pelos alunos para identificar essas características.

1a etapa No Caderno do Aluno encontram-se as etapas necessárias para a produção de uma notícia. Esclareça aos alunos que esta Situação de Aprendizagem visa à produção de notícias sobre alguns dos principais acontecimentos ocorridos durante a Guerra Fria, conforme a atividade proposta a seguir, e presente no Caderno do Aluno. Lembre-os de respeitarem as características desse gênero textual.

Figura 2.

© Bettmann/Corbis/Latinstock

c) Execução do casal Julius e Ethel Rosenberg.

1. Circule o fato a ser pesquisado e noticiado por você. a) Criação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Figura 1.

d) Criação do Pacto de Varsóvia. © Keystone/Stringer/Hulton Archive/ Getty Images

© Stringer Keystone/Hulton Archive/Getty Images

Figura 3.

Figura 4.

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g) Construção do Muro de Berlim. © Bettmann/Corbis/Latinstock

© RIA Novosti/SPL/Latinstock

e) Lançamento do satélite Sputnik.

Figura 7.

Figura 5.

f) Voo da espaçonave Vostok I. © Bettmann/Corbis/Latinstock

© Getty Images

h) Fim da crise dos mísseis de Cuba.

Figura 6.

Figura 8.

© NASA/Photoresearchers/Latinstock

i) Pouso da missão espacial Apolo 11.

Figura 9.

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História – 8a série/9o ano – Volume 2

Ajude os alunos a selecionarem os temas para que sejam bem distribuídos. Depois, solicite que, em primeiro lugar, realizem uma pesquisa sobre o tema a ser noticiado. Professor, incentive os alunos a realizarem a pesquisa utilizando diferentes fontes de informações, tanto em bibliotecas como na internet. Alerte-os que uma boa pesquisa pressupõe informações obtidas e devidamente conferidas e, muitas vezes, caso não sejam encontradas todas as informações em uma única fonte, é necessário uni-las e organizá-las.

Para finalizar esta Situação de Aprendizagem, é possível propor as atividades a seguir, que estão inseridas no Caderno do Aluno como Lição de casa. Com elas, os alunos ampliarão seus conhecimentos sobre o tema e poderão registrar os resultados da pesquisa na forma de pequenos textos. 1. Explique por que as duas superpotências mundiais na época da Guerra Fria não travaram entre si um confronto armado. Espera-se que os alunos mencionem que, devido ao poder dos arsenais nucleares de ambos, havia a certeza de que um confronto direto significaria a destruição mútua;

Oriente os alunos a pesquisar em sites de instituições idôneas, como universidades, centros de pesquisa, enciclopédias e almanaques virtuais, tomando sempre a precaução de confrontar as informações e só utilizar aquelas sobre as quais conseguirem a confirmação em mais de um local. Estabeleça a data para que os alunos tragam os resultados das pesquisas para a sala de aula e peça que anotem essa data no Caderno do Aluno. Com base nos dados levantados, os alunos redigirão a notícia, atendendo a orientação presente na atividade do Caderno do Aluno.

o que estava em jogo era a divisão do mundo em duas áreas de influência, e, se não houve um confronto direto entre as duas superpotências, nem tampouco um conflito de dimensões mundiais, ocorreram diversos conflitos localizados.

2. Explique por que podemos dizer que o Plano Marshall foi um aprofundamento da Doutrina Truman? Espera-se que o aluno mencione que o Plano Marshall previa uma ampla ajuda econômica dos Estados Unidos aos países da Europa ocidental, como França, Inglaterra, Itália, Alemanha, Holanda e Bélgica, para reconstrução no contexto pós-Segunda Guerra Mundial; esperava-se a consolidação de uma base aliada na Europa. A Doutrina Truman designou um conjunto de práticas do governo dos

2. Para redigir a notícia, você deve responder, no mínimo, às seguintes questões sobre o evento selecionado. f f f f f f

Quem são os envolvidos? O que aconteceu? Quando ocorreu? Onde ocorreu? Como se desenrolaram os fatos? Por que ocorreu?

Você pode sugerir a eles que montem a página de jornal após a revisão das notícias feita por você. Uma possibilidade é a produção de uma página virtual de notícias.

Estados Unidos em escala mundial à época da Guerra Fria, que buscava conter a expansão do comunismo. Assim, o Plano Marshall fazia parte das práticas previstas na Doutrina Truman.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Os alunos devem conseguir redigir uma notícia de acordo com as características desse gênero jornalístico. É importante verificar a correção das informações utilizadas. Por meio de suas observações, você pode verificar se:

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f a pesquisa realizada pelo grupo foi satisfatória; f a síntese de informações focalizou os aspectos principais do tema; f a notícia produzida foi coerente com as características do gênero trabalhadas em sala de aula. Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha que contenha seus conceitos de avaliação.

Proposta de questões para avaliação As atividades a seguir encontram-se na seção Você aprendeu?, do Caderno do Aluno. 1. As afirmações a seguir são referentes ao período da Guerra Fria. Leia-as e assinale a alternativa correta. I.

As potências coloniais europeias perderam a hegemonia econômica e política mundial.

II. Os Estados Unidos preocuparam-se em ajudar economicamente a recuperação dos países do bloco socialista.

Espera-se que o aluno seja capaz de discernir, entre as proposições, aquelas que estão de acordo com as características do período da Guerra Fria e reconhecer que os Estados Unidos ofereceram ajuda econômica aos países europeus do bloco capitalista.

2. Sobre a Guerra da Coreia, assinale a alternativa correta. a) Até o final da Segunda Guerra Mundial, esse país estava sob o domínio chinês. b) Após a Segunda Guerra Mundial, a Coreia foi dividida entre russos e estadunidenses em duas áreas de influência, localizando-se a fronteira à altura do Paralelo 38. c) A Coreia do Norte adotou o regime capitalista de produção. d) Tropas sul-coreanas, em 1950, invadiram a Coreia do Norte, dando início à Guerra da Coreia. e) Os Estados Unidos optaram por não realizar uma intervenção militar no conflito coreano. Espera-se que o aluno consiga encontrar, entre as proposições, a única correta no que se refere à Guerra da Coreia, ou seja, a divisão da Coreia em duas áreas de influência, retra-

III. A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada com a missão de preservar a paz mundial. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III. b) I e II. c) I e III.

tando de maneira explícita a divisão ideológica presente no contexto da Guerra Fria.

3. Sobre a crise de Berlim, no contexto da Guerra Fria, não podemos afirmar que: a) foi decorrente das tensões entre Estados Unidos e União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. b) em 1948, a União Soviética decretou o bloqueio terrestre de Berlim Ocidental.

d) II e III. e) nenhuma das afirmações está correta.

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c) não houve meios de romper o bloqueio imposto a Berlim Ocidental.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

d) durante a crise, cogitou-se um confronto armado entre os Estados Unidos e a União Soviética. e) em 1961, o governo da República Democrática Alemã separou fisicamente as duas partes da cidade de Berlim. Espera-se que o aluno consiga encontrar, entre as proposições, aquela que não identifica uma das características da crise de Berlim, ou seja, o fato de que o bloqueio foi rompido pelos Estados Unidos ao estabelecer uma ponte aérea para o

Proposta 2 Outra possibilidade para a recuperação pode ser a elaboração de um pequeno dicionário conceitual da Guerra Fria. Peça para que seus alunos definam os seguintes termos: Doutrina Truman, Plano Marshall, Otan, Pacto de Varsóvia, CIA, KGB, macarthismo, capitalismo, socialismo, corrida espacial, mundo bipolar e coexistência pacífica. O glossário deve ser organizado em ordem alfabética.

abastecimento de Berlim Ocidental.

Propostas de Situações de Recuperação Você poderá perceber que alguns dos alunos não alcançaram os objetivos planejados; por isso, devemos elaborar diferentes estratégias para tentar obter melhores resultados entre eles. A compreensão do tema da Guerra Fria é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois permite a apreensão das principais questões geopolíticas ocorridas na segunda metade do século XX e, no século XXI, suas rupturas e permanências no mundo.

Proposta 1 Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema, você pode sugerir a síntese de dois conflitos que refletiram as tensões da Guerra Fria: a Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã. Indique a produção de um texto de análise a respeito de cada conflito, que contenha respostas a sete questões básicas: quem o promoveu, o que foi, quando ocorreu, onde, como aconteceu, por que e como terminou? Sugira aos alunos que realizem a pesquisa no próprio livro didático ou em livros de apoio, solicitando a eles que indiquem a bibliografia consultada.

Sugira aos alunos que realizem a pesquisa no próprio livro didático ou em livros de apoio, enciclopédias e na internet. A pesquisa tem como objetivo possibilitar o entendimento dos significados dos termos em foco, mas as informações não devem ser copiadas: destaque a importância de as definições serem autorais. Diga aos alunos que é possível a elaboração de diferentes definições, desde que sejam respeitados os seguintes critérios: linguagem formal e destaque para informações centrais relativas ao tema.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros ARBEX JÚNIOR, José. Guerra Fria: terror de Estado, política e cultura. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2005. (Polêmica). Análise dos principais conflitos durante a Guerra Fria. DIAS JÚNIOR, José Augusto; ROUBICEK, Rafael. Guerra Fria: a era do medo. São Paulo: Ática, 1996. (História em Movimento). Análise do contexto ideológico do processo de Guerra Fria.

Sites Almanaque Folha. Disponível em: <http://alma naque.folha.uol.com.br>. Acesso em: 14 nov. 2013. Site do banco de dados do jornal Folha de S.Paulo.

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TV Cultura. Disponível em: <http://www2.tv cultura.com.br/aloescola/historia/guerrafria/ index.htm>. Acesso em: 17 dez. 2013. Site com textos sobre as principais características da Guerra Fria.

Filmes De volta para o presente (Blast from the Past). Direção: Hugh Wilson. EUA, 1998. 112 min. Livre. História de família estadunidense que,

durante a Guerra Fria, decide trancar-se em um abrigo nuclear, no qual permanece por 35 anos. O céu de outubro (October Sky). Direção: Joe Johnston. EUA. 1999. 107 min. Livre. Baseado em fatos reais, o filme narra a história de Homer Hickam Jr. e seu sonho de conquistar o espaço, que nasce em seu coração ao ver o satélite soviético Sputnik cruzar os céus de sua cidade.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 POPULISMO EM GETÚLIO VARGAS Esta Situação de Aprendizagem visa à compreensão de elementos característicos do fenômeno político do populismo, presente em um discurso proferido por Getúlio Vargas, em fevereiro de 1954. Também objetiva-se com esta Situação de Aprendizagem, incentivar a análise do discurso e estimular a prática de trabalho com fontes históricas escritas, que, além de sua compreensão promova a sua problematização, por meio de questionamentos como: quem a produziu, em que contexto foi produzida, como seus contemporâneos a entenderam e qual foi sua importância na dinâmica do processo histórico?

Para abordar o tema do populismo, é importante que os alunos já conheçam o processo político que encerrou o período do Estado Novo (1937-1945), bem como suas relações com o término da Segunda Guerra Mundial e com o contexto da Guerra Fria. Ao descrever a fase do populismo, por meio da caracterização dos governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, destaque os processos de modernização e urbanização ocorridos a partir da segunda metade do século XX, acompanhados da manutenção da marcante desigualdade que caracteriza a sociedade brasileira.

Conteúdos e temas: populismo; nacionalismo econômico; desenvolvimentismo e trabalhismo. Competências e habilidades: compreensão de texto; domínio da norma-padrão da língua portuguesa; capacidade de interpretar dados e informações contidos em documentos históricos; relacionar informações entre si e com conceitos previamente aprendidos. Sugestão de estratégias: pesquisa e análise de documento histórico. Sugestão de recursos: aula expositiva e documento histórico. Sugestão de avaliação: análises relativas ao documento histórico.

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História – 8a série/9o ano – Volume 2

Sondagem e sensibilização Na proposição da Situação de Aprendizagem, é desejável que você busque e valorize, por meio de questões muito simples, quais são os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema. Utilize a questão presente no Caderno do Aluno: O que você sabe sobre a Era Vargas, também conhecida como período do populismo na História do Brasil?

Para aprofundar o conhecimento dos alunos a respeito da Era Vargas e das medidas econômicas tomadas no Brasil naquele momento, você pode sugerir que os alunos realizem a atividade proposta na seção Lição de casa, no Caderno do Aluno. Faça uma pesquisa sobre a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e registre-a no espaço a seguir. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a maior indústria siderúrgica do Brasil e da América Latina, e uma das maiores do

Pergunte aos alunos o que já ouviram falar do presidente

mundo; situa-se na cidade de Volta Redonda, no Estado do Rio

Getúlio Vargas. Caso eles demonstrem não ter referências

de Janeiro. Criada em 1941, durante o Estado Novo, começou

significativas, você pode optar por encaminhar uma situação de pesquisa preliminar que pode acontecer em sala de aula,

efetivamente a operar apenas em 1946. Foi uma empresa estatal até 1993, quando foi privatizada. Sua principal usina produz,

com base no livro didático. Outra possibilidade é sugerir aos

atualmente, cerca de 6 milhões de toneladas de aço bruto e mais

alunos que perguntem aos adultos com os quais convivem,

de 5 milhões de toneladas de laminados por ano, sendo considerada uma das mais produtivas do mundo.

de forma a fazer um levantamento das referências que as pessoas têm a respeito de Getúlio Vargas. a

1 etapa Professor, nesta Situação de Aprendizagem, é muito importante que você destaque algumas das contradições do discurso populista: seu caráter paternalista e autoritário, pois, junto aos benefícios sociais, era mantida estreita vigilância em relação aos movimentos trabalhistas; apesar da aparência de que a vontade popular era soberana, pela sua relação direta com o líder carismático, na prática a política econômica do populismo esteve voltada para os interesses das elites e das camadas médias nacionais.

2a etapa Professor, o texto a seguir está presente no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto. Trata-se do discurso proferido pelo presidente Getúlio Vargas, em fevereiro de 1954, dirigido aos trabalhadores da CSN durante uma homenagem que esses operários estavam prestando a ele; trata-se de um importante documento para a análise da prática política do populismo. Leia o documento com a classe, transcrito também no Caderno do Aluno:

“Trabalhadores de Volta Redonda! [...] De minha parte, no exercício da suprema magistratura do país, tudo farei para assegurar ao povo o livre exercício do direito do voto, garantindo aos partidos políticos a eleição de seus representantes e às classes trabalhadoras a escolha de seus dirigentes sindicais. A ordem será mantida. Os que infringirem a lei com a prática de atos criminosos encontrarão no poder de polícia e nos tribunais de justiça a repressão necessária. Obediente ao regime institucional do país, cumprindo a lei e promovendo o bem-estar geral, estarei servindo à democracia. Trabalhadores, meus amigos. Assim como estivestes ao meu lado no serviço dos interesses superiores do país, estarei sempre convosco, velando para que vos seja assegurado o direito de partilhar efetivamente dos benefícios de nosso soerguimento material.

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A reforma econômica que levamos avante neste momento visa, em primeiro lugar, o crescimento e a expansão da riqueza do país e, em segundo lugar, a sua distribuição equitativa entre os que trabalham e produzem, concorrendo para a sua criação. O vosso bem-estar será o sinal de triunfo alcançado na batalha que ora travamos juntos pelo enriquecimento e pela grandeza da pátria. Dentro da ordem, respeitando a lei e defendendo as instituições, podeis contribuir como uma força benéfica para o desenvolvimento da nação, a que juramos servir e que tudo espera de vós. Não vos iludais: cada hora perdida de trabalho importa no declínio da produção e impõe o sacrifício de todos. Só com o trabalho poderemos elevar a produção e com ela a abundância e a fartura, que forçarão, por meios naturais, a queda dos preços e o barateamento da vida. Podeis estar certos de que, longe das influências do poder, serei sempre o amigo do povo humilde e esquecido, e no exercício do governo sou e serei sempre, meus fiéis companheiros das horas incertas ou das horas afortunadas, o mesmo amigo solícito de sempre, pronto ao atendimento de vossas justas aspirações.” Discurso de Getúlio Vargas aos trabalhadores da CSN. Publicado na Folha da Manhã, terça-feira, 23 fev. 1954. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_23fev1954.htm>. Acesso em: 14 nov. 2013.

Professor, você pode iniciar fazendo uma leitura coletiva do documento, procurando interpretar o texto com os alunos, cuidando para que ele seja compreendido, inclusive esclarecendo as palavras desconhecidas ou sugerindo sua pesquisa no dicionário.

Para compreender o contexto em que foi produzido o documento, retome as informações sobre a data que aparece no final, a autoria do discurso, a quem ele se destinava e o local onde foi proferido. Solicite aos alunos que anotem as informações no Caderno do Aluno.

Para explorar o documento, proponha questões coletivas e dirigidas, para conseguir a participação daqueles que têm maior dificuldade em se expor. Solicite a um aluno que explique, complete ou corrija o que outro afirmou; indague se determinado aluno concorda com a afirmação de outro e por quê.

Para prosseguir a análise do documento, peça aos alunos que preencham a tabela a seguir, que consta do Caderno do Aluno. Peça que indiquem, no discurso, a numeração dos parágrafos, e quais deles sustentam algumas das principais características do fenômeno político do populismo.

Características Estabelecimento de um vínculo emocional entre o líder e o povo.

2o e 5o.

Apoio político-eleitoral das massas urbanas aos líderes populistas, em troca de benefícios sociais.

2o e 4o.

Funcionamento dentro de uma ordem institucional democrática.

1o e 4o.

Ideal desenvolvimentista.

3o e 4o.

Ideia de pacto social para a prosperidade nacional. Quadro 1.

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Parágrafos

4o.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

Avaliação da Situação de Aprendizagem

Sobre o nacionalismo proposto por Getúlio Vargas, podemos dizer que:

Você encontra na tabela da página anterior as referências para conduzir a correção e a avaliação da proposta.

a) voltava-se para a incorporação das reivindicações dos movimentos operários independentes.

Por meio de suas observações, você pode verificar, ainda, se o aluno:

b) baseava-se no apoio exclusivo à grande lavoura voltada para a exportação.

f conseguiu se posicionar criticamente na discussão coletiva; f desempenhou a atividade de identificação das principais características do populismo que aparecem no documento.

c) inspirava-se no modelo econômico de caráter liberal.

Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha que contenha seus conceitos de avaliação.

e) preservava para o capital nacional setores estratégicos da economia.

d) ignorava as massas trabalhadoras dos centros urbanos.

Espera-se que o aluno encontre, entre as proposições, a única que caracteriza o nacionalismo varguista, baseado no de-

Proposta de questões para avaliação A atividade a seguir está presente no Caderno do Aluno, na seção Pesquisa individual. Explique os objetivos da campanha “O petróleo é nosso”.

senvolvimento nacional autossustentado.

Propostas de Situações de Recuperação Você poderá perceber que alguns dos alunos não alcançaram os objetivos planejados; por isso, devemos elaborar diferentes estratégias para tentar obter melhores resultados entre eles.

Espera-se que os alunos expliquem que a campanha “O petróleo é nosso” foi lançada, em 1948, pelo Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, em resposta à proposição do então presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, que, por meio do Estatuto do Petróleo, pretendia abrir ao capital estrangeiro a participação na exploração mineral do país. As origens do movimento pelo petróleo remontam às descobertas de jazidas na Bahia no fim da década de 1930, com o apoio do então governo de Getúlio Vargas, e às discussões na Assembleia Constituinte de 1946, com forte apelo nacionalista. A campanha “O petróleo é nosso”,

A compreensão do tema do populismo é muito importante para a continuação dos estudos históricos, pois ele possibilita a compreensão desta fase de funcionamento institucional democrático, interrompida pelo golpe militar de 1964, relacionando-se este processo ao contexto internacional da Guerra Fria.

Proposta 1

com ampla participação popular, visava à fundação da Petrobras, uma empresa estatal enfim criada em 1953, que passou a deter o monopólio da extração e do refino do petróleo no Brasil, na perspectiva da defesa dos bens do subsolo brasileiro e da política nacionalista do governo Vargas, reeleito em 1950.

A atividade a seguir está inserida na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno.

Para a retomada dos conteúdos referentes ao populismo, você pode sugerir aos alunos que redijam um texto histórico para analisar a principal característica em Getúlio Vargas e que definiu a sua política: o trabalhismo. Sugira aos alunos que realizem uma pesquisa no próprio livro didático, e também em livros de

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apoio, buscando relatar quais foram as ações de Getúlio Vargas para consolidar a política trabalhista. Não deixe de indicar aos alunos que devem, também, buscar informações sobre quais foram as consequências dessa política para os trabalhadores e incluí-las no texto.

mocracia populista (1954-1964). 4. ed. São Paulo: Atual, 1991. (História do Brasil em Documentos). Com base na reprodução comentada de documentos de época, a obra expõe temas políticos relativos ao período.

Site

Proposta 2 Outra possibilidade de recuperação é solicitar aos alunos que pesquisem duas imagens sobre o período getulista, podendo inclusive ser charges. Enfatize aos alunos que a pesquisa e seleção de imagens devem focalizar características do populismo. As imagens podem ser encontradas no livro didático adotado ou na internet. Peça a eles que escolham as imagens e elaborem para cada uma delas um pequeno texto explicativo das características populistas de Getúlio Vargas. Nos livros didáticos é comum o uso de imagens de Getúlio Vargas discursando para trabalhadores, fotos em desfiles cívicos, inauguração de obras públicas, fotos oficiais, charges etc.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BARROS, Edgard L. de. O Brasil de 1945 a 1964. 5. ed. São Paulo: Contexto, 1997. (Repensando a História). Livro que retrata os conflitos políticos que marcaram os governos Dutra, Vargas, Juscelino, Jânio e Jango por meio de ampla documentação. BERTOLLI FILHO, Cláudio. De Getúlio a Juscelino (1945-1961). São Paulo: Ática, 2002. (Retrospectiva do Século XX). Retrata o período entre os governos Vargas e JK, enfocando a política e a economia. DANTAS FILHO, José; DORATIOTO, Francisco F. M. A república bossa-nova: a de-

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Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil – CPDOC. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br>. Acesso em: 14 nov. 2013. Site com amplo material para o estudo da história da República brasileira desde Getúlio Vargas.

Filmes Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos. Boa noite, boa sorte (Good Night, and Good Luck). Direção: George Clooney. EUA, 2005. 93 min. 14 anos. Conta a história do macarthismo nos Estados Unidos. Getúlio Vargas. Direção: Ana Carolina Teixeira Soares. Brasil, 1974. 76 min. Sem classificação indicativa. Documentário sobre o período em que Getúlio Vargas governou o Brasil. Jango. Direção: Silvio Tendler. Brasil, 1984. 117 min. 12 anos. O documentário retrata o Brasil dos anos 1950 e 1960, até o golpe que derrubou João Goulart. Os anos JK, uma trajetória política. Direção: Silvio Tendler. Brasil, 1980. 110 min. Livre. Documentário que relata a ascensão política, o governo e a luta de JK para recuperar seus direitos políticos, cassados pelo golpe de 1964. Retoma o contexto político nacional a partir de Getúlio Vargas, estabelecendo um paralelo entre o que ocorria no Brasil e a vida de Juscelino Kubitschek.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 MEMÓRIA E IMAGENS DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA Nesta Situação de Aprendizagem, o objetivo é a compreensão da ditadura militar em suas múltiplas manifestações: a repressão, a propaganda política, o “milagre econômico”, os movimentos de resistência e a efervescência cultural. Propomos a realização de um painel com imagens representativas do período sugeridas com base em depoimentos. Com esta Situação de Aprendizagem, você pode buscar, principalmente, encaminhar as reflexões dos alunos, para que percebam as relações entre passado e presente, as permanências e rupturas na dinâmica do processo histórico, bem como contribuir

para que eles compreendam a importância do estudo daquela fase para a ampliação das discussões sobre questões relativas à construção da cidadania no Brasil. Para propor esta Situação de Aprendizagem, você já deve ter abordado o populismo (1946-1964), a ruptura da ordem democrática no golpe de 1964 e as relações que esses eventos históricos tiveram com a Guerra Fria. Mais ainda, também já deverá ter sido tratado o período da ditadura militar, pelo menos nas suas duas primeiras fases: de 1964 até o AI-5 e os chamados “Anos de Chumbo” (1969-1974).

Conteúdos e temas: golpe militar; ditadura militar; repressão; censura; propaganda oficial; “milagre econômico”; direitos humanos; movimento estudantil e subversão. Competências e habilidades: trabalho em equipe; treino da iniciativa e da autonomia na busca de dados e informações pertinentes ao tema, além da possibilidade de entrar em contato com diferentes fontes de informações. Sugestão de estratégias: aulas expositivas, trabalho em grupos, realização de entrevistas, pesquisa de imagens e elaboração do painel. Sugestão de recursos: materiais para pesquisa, cartolina, papel-cartão ou papel kraft. Sugestão de avaliação: participação dos alunos e elaboração do painel.

Sondagem e sensibilização

1. Qual é seu nome?

Para dar início a esta Situação de Aprendizagem, solicite aos alunos que entrevistem parentes, amigos e vizinhos que tenham 50 anos ou mais.

2. Quantos anos tem?

Professor, as perguntas a seguir estão inseridas no Caderno do Aluno, na seção Lição de casa.

3. Quais acontecimentos nacionais você lembra do período da ditadura militar, principalmente entre os anos de 1964 e 1974? 4. Ao lembrar do período, que imagens ficaram mais marcadas em sua memória?

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Combine uma data para que todos tragam as anotações sobre os depoimentos recolhidos; sugira, a quem for possível, o quão interessante seria se os depoimentos fossem gravados. No dia agendado, permita aos alunos que relatem e confrontem os testemunhos para valorizar a diversidade das percepções e das memórias. Conte-lhes que esta é uma metodologia muito usada em pesquisas históricas, conhecida como História Oral, na qual ocorre a valorização das memórias e as recordações de indivíduos com informações recolhidas por meio de entrevistas com pessoas que vivenciaram algum fato.

1a etapa Em seguida, informe que a atividade proposta tem como objetivo a confecção de um painel ilustrado dos acontecimentos citados nesses depoimentos, de acordo com a orientação presente na seção Pesquisa em grupo, no Caderno do Aluno. Assim, é importante elencar quais fatos foram citados pelos entrevistados, para estabelecer os temas de pesquisa e trabalho. Encaminhe a situação de maneira que os próprios alunos determinem os temas, com o objetivo de realizar a síntese entre as informações que recolheram e o que aprenderam nas aulas expositivas. Anote, no quadro, as sugestões de temas dos alunos. Há múltiplas possibilidades de assuntos, entre elas: o movimento estudantil, a repressão policial, as atividades de grupos guerrilheiros, os festivais de música, a conquista do tricampeonato mundial de futebol, as obras “faraônicas” do milagre econômico, como a Usina Hidrelétrica de Itaipu, a ponte Rio-Niterói e a Usina Nuclear Angra 1, os cartazes e as músicas de propaganda do governo, os generais-presidentes da República etc.

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Divida a classe em grupos e estabeleça um tema para cada um deles; é interessante utilizar o sistema de sorteio, tanto para a montagem dos grupos quanto para selecionar o assunto. A seguir, solicite a pesquisa de imagens que ilustrem o tema do grupo, orientando que ela deve ser feita em diferentes fontes de informações; indique enciclopédias, almanaques, livros e a internet. Alerte-os para o fato de uma boa pesquisa pressupor variadas fontes e que as imagens, sempre que possível, devem ser identificadas, com data e local. Finalmente, indique uma data para que cada grupo traga as imagens pesquisadas. Cada grupo deve montar o painel de imagens em uma cartolina, papel-cartão ou papel kraft. É importante que você participe da realização desta etapa do trabalho: coordene a atividade, faça sugestões sobre a divisão de tarefas e avise os alunos que o processo de preparação também está sendo avaliado. Instrua-os a buscar uma distribuição equilibrada das imagens no painel, que cada uma das imagens deve ter sua legenda, indicando local e data, e que o tema deve aparecer no título. Para finalizar esta Situação de Aprendizagem, é possível propor as atividades a seguir, que estão inseridas no Caderno do Aluno como Pesquisa individual. Com elas, os alunos ampliarão seus conhecimentos sobre o tema e poderão registrar os resultados da pesquisa na forma de pequenos textos. 1. O que foi o “milagre econômico” durante os “Anos de Chumbo” da ditadura militar? Espera-se que o aluno responda que o “milagre econômico” corresponde a um curto período de prosperidade econômica, ocorrido durante a ditadura militar, marcado


História – 8a série/9o ano – Volume 2

pela grandiosidade das obras públicas, como a Ponte Rio-

Proposta de questões para avaliação

-Niterói, a Rodovia Transamazônica e a Hidrelétrica de Itai-

As atividades a seguir estão presentes na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno.

pu. Essa prosperidade foi condicionada à abertura para o capital externo.

2. O AI-5, muitas vezes, é mencionado como um “golpe dentro do golpe”. Qual seria o significado dessa expressão?

1. Leia os itens a seguir, que contêm informações sobre as causas do golpe de 1964.

Espera-se que o aluno responda que o Ato Institucional no 5, ao conceder plenos poderes ao Executivo para decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores e violar os direitos humanos, políticos e civis, ampliando o poder dos órgãos de repressão,

I.

Vários setores políticos acusavam o presidente João Goulart de querer instalar, no Brasil, um regime comunista.

instituía, sem nenhum disfarce, a situação de ditadura que até então vinha sendo mantida dentro de uma aparente ordem constitucional.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Para avaliação de conteúdo, o principal é verificar se os alunos conseguiram, por meio dos depoimentos, estabelecer temas e compor painéis ilustrativos das duas primeiras fases da ditadura militar no Brasil e se conseguiram organizar as imagens de maneira coerente.

II. As promessas do governo federal de fazer a reforma agrária e urbana estimularam as intenções golpistas de setores conservadores. III. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março de 1964, na cidade de São Paulo, buscava dar apoio político ao presidente João Goulart. Quais, dentre as afirmações, são verdadeiras? a) Apenas I.

A avaliação dos processos de ensino-aprendizagem deve proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas. Nesta atividade, o foco é o desenvolvimento da capacidade argumentativa.

b) I e II. c) I e III. d) II e III.

Por meio de suas observações, você pode verificar:

e) I, II e III. Espera-se que o aluno seja capaz de discernir, entre as pro-

f como o aluno conseguiu posicionar-se no trabalho coletivo; f se o aluno contribuiu para o desenvolvimento da proposta com dados de entrevista; f se o aluno participou da elaboração e da escolha dos temas de trabalho; f se o grupo desenvolveu o painel considerando critérios de organização estética e espacial das informações.

posições, aquelas que estão de acordo com as causas para o golpe de 1964 e que a Marcha da Família com Deus pela Liberdade – ao contrário do que se afirma na proposição – foi uma resposta dos opositores de João Goulart a seu comício na Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

2. Em relação à luta armada que fazia oposição ao regime militar, não podemos afirmar que:

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a) pode ser considerada uma resposta às medidas repressivas tomadas pelo governo. b) algumas organizações realizaram sequestros de autoridades estrangeiras para trocá-las pela liberdade de prisioneiros políticos. c) algumas organizações realizavam assaltos a bancos para conseguir recursos para a guerrilha. d) representou uma verdadeira ameaça à segurança nacional, pois chegou a reunir cerca de dez milhões de adeptos. e) algumas organizações realizaram movimentos de guerrilha em zonas remotas do território nacional. Espera-se que o aluno consiga encontrar, entre as proposições, aquela que não contém uma característica da luta armada durante os anos da ditadura militar, que não representou uma verdadeira ameaça à segurança nacional nem conseguiu reunir cerca de dez milhões de adeptos.

3. Em resposta aos movimentos da oposição política, os governos militares ditatoriais:

pressão política ocorrida durante a ditadura militar, que foi o controle do sistema pelo SNI.

Propostas de Situações de Recuperação A recuperação é o meio que você pode utilizar para ajudar os alunos que encontram maiores dificuldades nos processos de ensino e aprendizagem. Tais dificuldades podem ocorrer na apreensão dos conteúdos, quando o aluno não consegue compreender o texto, não domina o vocabulário e os conceitos específicos da área e não consegue estabelecer relações de sequência. Você precisa identificá-las para conseguir uma intervenção satisfatória. No tema da ditadura militar, o aluno deve perceber as principais questões políticas, econômicas e sociais, e inclusive suas contradições. Essa apreensão é muito importante para a continuação dos estudos históricos, pois é fundamental para que se compreenda a história brasileira dos últimos 25 anos do século XX, sobretudo para a caracterização das lutas sociais e políticas na fase de redemocratização.

Proposta 1 a) não utilizavam tortura como meio de obter depoimentos. b) não tinham conhecimento da morte e do desaparecimento de prisioneiros políticos. c) usavam o Serviço Nacional de Informação (SNI) como órgão a serviço do aparato repressivo. d) garantiam liberdade de expressão e de imprensa, apesar da estrutura repressiva. e) não interferiam nos conflitos políticos entre os militares, o movimento estudantil e os movimentos de luta armada. Espera-se que o aluno consiga encontrar, entre as proposições, aquela que identifica uma das características da re-

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Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema, você pode propor uma atividade na qual o aluno elabore dez frases que sintetizem os dois primeiros períodos da ditadura militar, ou seja, de 1964 até o AI-5 (13 de dezembro de 1968) e os chamados “Anos de Chumbo” (1969-1974). Com esta atividade, você pode verificar o domínio de seus alunos sobre a norma-padrão da língua portuguesa e sua capacidade de sintetizar conteúdos, utilizando conceitos para a compreensão desse contexto histórico específico.

Proposta 2 Para a recuperação, você também pode sugerir a elaboração de uma pesquisa sobre os cinco Atos Institucionais, estabelecidos entre


História – 8a série/9o ano – Volume 2

1964 e 1968. Sugira a pesquisa no próprio livro didático e também em livros de apoio. A pesquisa pode ser apresentada em um quadro, no qual conste o número do Ato, a data de sua imposição e suas principais determinações. Esta atividade pode ser realizada em duplas e os alunos poderão perceber como, por meio deles, houve a consolidação da situação de ditadura.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros FICO, Carlos. O regime militar no Brasil: 19641985. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. (Que História é Essa?). Estudo com base em textos e imagens sobre o período da ditadura militar no Brasil. NAPOLITANO, Marcos. O regime militar brasileiro: 1964-1985. São Paulo: Atual, 1998. (Discutindo a História do Brasil). Discussão sobre as questões políticas, econômicas e sociais brasileiras durante o regime militar.

Filmes Os filmes a seguir podem ser utilizados

para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos. O ano em que meus pais saíram de férias. Direção: Cao Hamburger. Brasil, 2006. 97 min. 10 anos. Os pais de um garoto, inesperadamente, deixam-no com o avô paterno, por terem de fugir devido à repressão da ditadura militar. O dia que durou 21 anos. Direção: Camilo Tavares. Brasil, 2013. 77 min. 12 anos. Documentário que mostra a influência do governo dos Estados Unidos da América no Golpe de Estado no Brasil em 1964. A ação militar que deu início à ditadura contou com a ativa participação de agências como CIA e a própria Casa Branca. O que é isso, companheiro? Direção: Bruno Barreto. Brasil, 1997. 105 min. 14 anos. Baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, conta o sequestro do embaixador dos Estados Unidos em 1969. Pra frente, Brasil. Direção: Roberto Farias. Brasil, 1982. 110 min. 16 anos. Conta a história de um homem que foi confundido com um ativista político, preso e torturado durante a Copa de 1970.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 ABERTURA LENTA, GRADUAL E SEGURA Esta Situação de Aprendizagem trata da derrota da emenda Dante de Oliveira, que tinha como objetivo reinstaurar eleições diretas para presidente da República no Brasil. A estratégia sugerida propõe a análise do editorial do jornal Folha de S.Paulo, de 26 de abril de 1984, que está reproduzido no Caderno do Aluno para o encaminhamento da proposta a ser desenvolvida. Para a compreensão do processo de rede-

mocratização no Brasil, é desejável que você já tenha abordado a ditadura militar, em suas múltiplas possibilidades de caracterização. Devem ter sido destacados, sobretudo, os conceitos de repressão política e de resistência à ordem instituída. Além disso, espera-se que tenha sido mencionada a primeira fase do processo de abertura, com as eleições parlamentares de 1974; a extinção dos Atos Institucionais, em 1978; os movimentos

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estudantis e grevistas de 1978; a anistia e o fim do bipartidarismo, aprovados em 1979; as eleições diretas para governadores dos Estados, em 1982; e a campanha das Diretas Já, entre 1983 e 1984. É fundamental mencionar que o governo militar tentou impedir o processo de abertura política, e dizer que seu aparelho repressivo provocou o desaparecimento de milhares de pessoas, além de mortes confirmadas como a do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, em 1975 e 1976, respectivamente; o Pacote de Abril, de 1977; e a bomba no Riocentro, em 1981. Essas sequências são muito proveitosas para tratar os conceitos de tempo e processo histórico.

Procure, inicialmente, orientar os alunos para que trabalhem a ideia de processo histórico em sua dimensão não linear, portador de ritmos diversos, marcados por avanços e recuos. Procure também contribuir para que compreendam as implicações da redemocratização na atual situação política brasileira. A Situação de Aprendizagem também visa incentivar a prática do trabalho com textos jornalísticos, não só na busca de sua compreensão e interpretação, mas também de sua problematização.

Conteúdos e temas: ditadura; redemocratização; abertura política; eleições; bipartidarismo e pluripartidarismo; anistia; eleições diretas; Assembleia Constituinte; Constituição; Nova República e emenda constitucional. Competências e habilidades: dominar a norma-padrão da língua portuguesa; interpretar dados e informações contidos em textos jornalísticos; relacionar essas informações entre si e com conceitos previamente aprendidos; argumentar. Sugestão de estratégias: leitura e análise de documento histórico, elaboração de frases-síntese. Sugestão de recursos: aula expositiva e análise de textos. Sugestão de avaliação: participação dos alunos e texto de síntese.

Sondagem e sensibilização Uma aula antes da realização da Situação de Aprendizagem, procure trazer, e também solicitar aos alunos que tragam, editoriais de diversos jornais para fazer com eles um levantamento de suas principais características, conforme está sugerido na seção Lição de casa, no Caderno do Aluno. Professor, certifique-se que os alunos compreenderam o que são editoriais, usando como exemplo os editoriais trazidos por eles, ajude-os a identificar suas características. No Caderno do Aluno há um pequeno texto in-

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formativo sobre o editorial, verifique-o a seguir: Curiosidade O jornalista encarregado de redigir os editoriais é chamado de editorialista, mas, geralmente, seu nome não aparece, pois os editoriais expressam a opinião do respectivo veículo de imprensa, jornal ou revista, sobre determinado assunto. Por essa razão, esses textos são opinativos e não informativos. Via de regra, os editoriais aparecem nas primeiras páginas do jornal ou da revista.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

1a etapa Em seguida, divida a turma em grupos e peça aos alunos que fa-

çam uma primeira leitura silenciosa do editorial a seguir, que está reproduzido no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto.

Cai a emenda, não nós “Frustrou-se a esperança de milhões. Uma compacta minoria de maus parlamentares disse não à vontade que seu próprio povo soube expressar com transparência, firmeza e ordem. Nunca a sociedade brasileira se ergueu com tal vulto, nunca um movimento se irradiou de modo tão amplo nem o curso da história se apresentou assim palpitante e inconfundível. Em poucos meses, a campanha pelas Diretas Já dissolveu fronteiras de todo tipo para imantar o espírito dos brasileiros numa torrente serena, profunda, irrefreável. Um povo sempre acusado de abulia e de inaptidão para a vida pública ofereceu, ante a surpresa de observadores locais e estrangeiros, o espetáculo de seu próprio talento para se organizar e manifestar com responsabilidade, energia e imaginação. A tudo isso alguns congressistas disseram não. Evitemos insultar a memória do passado e as gerações de amanhã chamando-os ‘congressistas’: são representantes de si próprios, espectros de parlamentares, fiapos de homens públicos, fósseis da ditadura. Antes votar não a omitir-se covardemente, como muitos fizeram; melhor, porém, era renunciar ao mandato do qual não conseguiram mostrar-se à altura, devolvendo-o com um pedido de desculpas a sua fonte legítima de origem. Não foi o que fizeram e eles sabem o que fazem. Mas não sabem que o Brasil – felizmente! – mudou, que a sociedade civil resgatará seus compromissos, a população exigirá seus direitos tantas vezes postergados e os leitores retribuirão na mesma moeda: não mais terá votos quem lhes negou o direito ao voto. Esta ‘Folha’ não foi a primeira nem a única a exigir Diretas Já. Mas não mediu esforços, desde o início, para que a campanha se transformasse nesse grande festival de civilização política que vimos presenciando e estimulando. É nessa condição que dirigimos agora um apelo aos nossos leitores e a todos os brasileiros, cidadãos desta Pátria renascida. Neste momento de amargura, é fundamental preservar aquilo que tem sido a força do movimento. Em lugar da violência, a participação; em lugar do tumulto, a tranquilidade; em lugar do desespero, a persistência; em lugar do desânimo, a vitalidade renovada a cada revés. De onde proveio a força moral e política desta campanha senão de seu caráter pacífico, de sua forma organizada, de sua natureza unitária, de sua amplitude social e geográfica, de seu propósito radicalmente democrático, de seu estilo generoso, de seu aspecto colorido? É preciso aprender com os erros, certamente; mais importante é não abandonar os acertos. Acima de tudo é necessário manter a ordem, a paz e a tranquilidade. Não somos o primeiro povo a lutar por sua emancipação definitiva e a lição das experiências análogas é que a luta é sempre longa, difícil e penosa. A emenda Dante de Oliveira está derrotada, não nós. Ainda que já tivéssemos reconquistado as diretas haveria um extenso caminho a percorrer. Continuemos com a mesma intransigência e com a mesma esperança. Colocamos ontem mais um tijolo nesse edifício que os homens e as mulheres do futuro, diferentes por suas etnias, pensamentos e interesses, hão de contemplar e dizer: ‘eis aí um belo lugar, eis aí onde queremos que nossos filhos cresçam, ao mesmo tempo trabalhando, aprendendo e divertindo-se’.” Editorial publicado na Folha de S.Paulo, 26 abr. 1984. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_26abr1984.htm>. Acesso em: 14 nov. 2013.

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Após a leitura do texto, solicite aos alunos que verifiquem suas dúvidas sobre o vocabulário e esclareça-lhes, oferecendo também informações sobre a votação em questão. O texto a seguir está presente no Caderno do Aluno e oferece subsídios para o entendimento do momento histórico que está sendo retratado no editorial.

1º § Elogio feito pelo editorial ao movimento das Diretas Já. 2º § Crítica aos congressistas que se omitiram e àqueles que disseram não à vontade popular. 3º § Apelo à manutenção da mobilização popular. 4º § Apelo a favor da manutenção da esperança na redemocratização do país. 5º § Declaração de crença na importância daquele momento histórico.

Você sabia? A emenda constitucional Dante de Oliveira, que leva o nome do ex-deputado federal mato-grossense que a propôs, tinha como objetivo reinstaurar eleições diretas para presidente da República. Em todo o Brasil, manifestações populares a favor dessa emenda deram origem a um dos maiores movimentos civis de nossa história: o movimento das Diretas Já! Contudo, no dia 25 de abril de 1984, a emenda foi derrotada, com o seguinte resultado: 298 deputados votaram a favor, 65 contra e três abstiveram-se; 113 parlamentares não compareceram ao plenário. Como para a aprovação da emenda seriam necessários dois terços dos votos, faltaram 22 votos. Assim, na eleição para presidente da República de 1985, que foi indireta, o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Em seguida, sugira aos alunos que discutam a posição desse veículo da imprensa, nitidamente a favor do movimento das Diretas Já e crítico em relação aos congressistas que ocasionaram a derrota da emenda Dante de Oliveira. De acordo com seus critérios, você pode propor que a classe se divida em duplas ou grupos, para escrever uma frase que sintetize cada parágrafo e registrá-la no Caderno do Aluno. Depois solicite a cada dupla ou grupo que apresente oralmente sua síntese para a classe. Com um colega, escreva uma frase que sintetize a ideia principal de cada parágrafo do texto “Cai a emenda, não nós”.

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Avaliação da Situação de Aprendizagem Verifique se cada dupla ou grupo atingiu o objetivo de sintetizar as ideias principais do editorial. No primeiro parágrafo, os alunos devem conseguir identificar o elogio feito pelo editorial ao movimento das Diretas Já; no segundo, a crítica aos congressistas que disseram não à vontade popular e àqueles que se omitiram; no terceiro, um apelo à manutenção da mobilização popular; no quarto, um apelo a favor da manutenção da esperança na redemocratização do país; e, no quinto e último, a ideia de que este é o país que construímos hoje para o futuro dos nossos filhos. Por meio de suas observações, verifique como o aluno se posicionou nas discussões.

Proposta de questões para avaliação As atividades a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. Durante o processo de abertura política, entre as medidas do governo federal estava a suspensão da censura a veículos da imprensa. Como isso contribuiu para o processo de redemocratização no Brasil? Espera-se que o aluno responda que a liberdade de imprensa é um dos elementos fundamentais para a existência de uma situação democrática, pois é por meio da informação que a opinião pública pode se articular e se expressar.

2. Qual foi a importância do movimento das Diretas Já para o fim da ditadura militar no Brasil?


História – 8a série/9o ano – Volume 2

Espera-se que os alunos identifiquem que o movimento das

b) a promulgação da Constituição de 1988.

Diretas Já, ao exigir eleições diretas para presidente da República, representou o início de uma intensa mobilização

c) a eleição indireta de Tancredo Neves.

sociopolítica para a redemocratização do país.

d) o fim do bipartidarismo. 3. As afirmações a seguir referem-se ao processo de redemocratização no Brasil.

e) a extinção dos Atos Institucionais. Espera-se que o aluno identifique, entre as alternativas, aque-

I.

Esse processo foi marcado por avanços das forças democráticas, sem quaisquer resistências de setores conservadores e desfavoráveis ao fim da ditadura militar.

II. Durante esse processo, não houve manifestações do movimento operário; houve somente manifestações estudantis. III. Esse processo foi prejudicado porque importantes lideranças políticas estavam exiladas e só puderam retornar ao Brasil após a promulgação da Constituição de 1988. Estão corretas as afirmações:

la que se refere às consequências do movimento das Diretas Já, ou seja, a eleição indireta de Tancredo Neves, pois todos os outros fatos mencionados estão equivocados quanto à sequência cronológica e às relações de consecução.

5. Identifique a única medida que não fez parte do processo de abertura política “lenta, gradual e segura”: a) revogação dos Atos Institucionais em 1978. b) aprovação da Lei de Anistia em 1979. c) retorno ao pluripartidarismo em 1979. d) aprovação de eleições diretas para presidente da República em 1984.

a) I, II e III. b) I e II.

e) restabelecimento de eleições diretas para governadores de Estados em 1982. Espera-se que o aluno encontre, entre as alternativas, aquela que

c) I e III.

não representa uma medida do governo no sentido da abertura política, ou seja, a aprovação de eleições diretas para presidente da

d) II e III. e) nenhuma das afirmações está correta. Espera-se que o aluno possa perceber que nenhuma das pro-

República – a proposta foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Propostas de Situações de Recuperação

posições está correta, pois houve resistências à redemocratização, bem como mobilizações do operariado, e a anistia política, aprovada em 1979, trouxe de volta ao país importantes lideranças para a consolidação da redemocratização.

4. A derrota do movimento das Diretas Já, que, entre 1983 e 1984, promoveu intensa mobilização popular, teve como consequência: a) a eleição direta de Fernando Collor de Mello.

A compreensão do processo de redemocratização é essencial para os estudos referentes à História do Brasil, pois permite aos alunos entender melhor a realidade contemporânea, não só em termos políticos, mas também sociais e econômicos.

Proposta 1 Solicite aos alunos em recuperação que realizem uma pesquisa sobre as principais

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mudanças introduzidas pela atual Constituição do Brasil, promulgada em 1988. Valorize o texto constitucional como uma conquista do processo de redemocratização. Como fontes de pesquisa, indique enciclopédias, inclusive virtuais, almanaques e jornais. Lembre-os de que o texto final deve constituir uma síntese do material pesquisado, que confronte as fontes e não seja apenas uma cópia, e de que é necessário indicar a bibliografia consultada.

Proposta 2 Outra possibilidade para a retomada dos conteúdos referentes ao tema é a produção de um texto sobre o processo de impeachment sofrido pelo presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992), em todas as suas características, sobretudo referindo-se à mobilização popular. Sugira que elaborem um texto no qual fique claro por que esse tipo de processo político-criminal só é possível em uma situação democrática. Os alunos podem consultar seu próprio material didático, livros de apoio, enciclopédias e a internet.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema

SADER, Emir. Que Brasil é este? São Paulo: Atual, 1999. (História Viva). Apresenta uma análise sobre a história política do Brasil nos últimos anos do século XX, destacando os principais dilemas nacionais.

Sites Banco de dados Folha: Acervo on-line. Disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com. br/brasil70.htm>; e <http://almanaque.folha. uol.com.br/brasil80.htm>. Acesso em: 14 nov. 2013. Páginas com textos publicados sobre os mais importantes acontecimentos no Brasil nas décadas de 1970 e 1980.

Filmes ABC da greve. Direção: Leon Hirszman. Brasil, 1990. 75min. Livre. O documentário conta a trajetória das greves de metalúrgicos da região do ABC paulista, retratando em especial o ano de 1979, grande marco na busca dos operários por melhores salários e melhores condições de vida. Entreatos – Lula e 30 dias do poder. Direção: João Moreira Salles. Brasil, 2004. 117 min. Livre. Documentário sobre a campanha presidencial de 2002. O diretor que acompanhou o cotidiano do candidato vencedor, Luiz Inácio Lula da Silva.

Livros KUCINSKI, Bernardo. O fim da ditadura militar. São Paulo: Contexto, 2001. (Repensando a História) <http://www.editoracontexto.com. br>. Traz uma reflexão acerca do longo processo de transição da ditadura à democracia, no Brasil.

Peões. Direção: Eduardo Coutinho. Brasil, 2004. 85 min. Livre. Premiado documentário sobre as greves da região do Grande ABC à época da abertura política, com base em depoimentos de metalúrgicos que permanecem em relativo anonimato.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 EU TENHO UM SONHO Esta Situação de Aprendizagem tem como objetivo estudar o discurso pronunciado por Martin Luther King, em 28 de agosto de 1963,

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durante a Marcha de Washington por Emprego e Liberdade, um momento importante na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

Para tratar do tema dos movimentos sociais e culturais nas décadas de 1950, 1960 e 1970, é importante que alguns assuntos já tenham sido abordados, como: a Guerra Fria e suas consequências e o desenvolvimento do capitalismo na segunda metade do século XX. Ao caracterizar os movimentos sociais e culturais da década de 1960, destaque as propostas de mudança dos movimentos estudantis, como os ocorridos em Paris e Praga, em 1968, os aspectos de contestação da sociedade de consumo, típicos de movimentos de contracultura, como o movimento hippie, e os avanços do movimento feminista. É importante ajudá-los a identificar as influências

desses movimentos no mundo contemporâneo, principalmente nas questões relativas ao comportamento e aos costumes. Com a proposição desta Situação de Aprendizagem, oriente os alunos para que percebam os movimentos de contestação da década de 1960 como um momento importante na luta pelos direitos civis no mundo ocidental, sensibilizando-os para alguns dos problemas sociais brasileiros atuais. A Situação de Aprendizagem também visa incentivar o desenvolvimento da competência escritora, por meio da aprendizagem desse conteúdo curricular.

Conteúdos e temas: direitos civis; cidadania; movimentos sociais; contestação e rebeldia. Competências e habilidades: encadear argumentos de forma coerente e produzir um texto de caráter argumentativo; estabelecer relações, a partir da seleção e da organização de informações registradas em documentos de natureza variada; analisar os processos de formação e transformação das instituições político-sociais como resultado das lutas coletivas. Sugestão de estratégias: pesquisa, fichamento e produção textual. Sugestão de recursos: discurso de Martin Luther King. Sugestão de avaliação: produção do texto.

Sondagem e sensibilização Nesta aula, para introduzir brevemente o tema, solicite aos alunos que mencionem como avaliam a questão do racismo na sociedade atual. Pode ser algo de que tenham conhecimento, de que tenham ouvido falar, lido em jornais ou revistas, visto em filmes ou novelas ou mesmo em situações do seu cotidiano. Permita aos alunos que se expressem livremente, garantindo

o respeito às diferenças e um ambiente voltado à formação de cidadãos conscientes.

1a etapa Professor, o texto a seguir está inserido no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto, e oferece uma breve contextualização histórica sobre a discriminação racial e a luta por direitos iguais.

O contexto da luta Pela atual Constituição brasileira, promulgada em 1988, o racismo é considerado crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão; porém, nem sempre foi assim. Nos Estados Unidos da América, desde o final do século XIX, muitos Estados adotavam a política do “separados, mas iguais”; na prática,

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isso significava que nos espaços públicos, como meios de transporte, restaurantes e escolas, negros e brancos ficavam separados. Além disso, os salários dos negros eram menores que os salários dos brancos que desempenhavam as mesmas funções. Inconformados com essa discriminação, os negros estadunidenses intensificaram sua luta pela igualdade civil. Nessa luta, destacou-se Martin Luther King, um pastor protestante que liderou a luta de negros estadunidenses em defesa de seus direitos civis, nas décadas de 1950 e 1960. Ele pregava a resistência não violenta, como boicotes dos negros a linhas de ônibus e estabelecimentos comerciais nos quais houvesse discriminação, além de passeatas e marchas. Em 28 de agosto de 1963, em Washington, capital do país, Martin Luther King organizou uma marcha que chegou a reunir 250 mil pessoas, a fim de pressionar o governo a implementar leis de igualdade dos direitos civis. Na escadaria do Lincoln Memorial, um monumento em homenagem ao presidente Abraham Lincoln, ele pronunciou seu famoso discurso, popularmente intitulado I have a dream (“Eu tenho um sonho”), pois essa frase foi repetida pelo pastor diversas vezes. Nesse discurso, ele pregava a união e a coexistência pacífica entre brancos e negros. Era esse o seu sonho. Em 1964, foi aprovada a Lei dos Direitos Civis, que tornou ilegal a discriminação racial em instalações públicas; Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Elaborado por Mônica Lungov Bugelli especialmente para o São Paulo faz escola.

Considerado um dos mais importantes discursos do século XX, o discurso proferido por Martin Luther King pode ser encontrado em vários sites, havendo também várias traduções

acessíveis. Se possível, organize com o professor de Língua Estrangeira Moderna uma sessão para que os alunos possam assistir ao vídeo do discurso e ler sua tradução, inserida a seguir.

Discurso “Eu tenho um sonho” (trecho) “(...) Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e experimentará o verdadeiro significado de sua crença: ‘Acreditamos que essas verdades são evidentes, que todos os homens são criados iguais’ (Sim). Eu tenho um sonho de que um dia, nas encostas vermelhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos sentarão ao lado dos filhos dos antigos senhores, à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho de que um dia até mesmo o estado do Mississippi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, sufocado pelo calor da opressão, será um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho de que os meus quatro filhos pequenos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter (Sim, Senhor). Hoje, eu tenho um sonho! Eu tenho um sonho de que um dia, lá no Alabama, com o seu racismo vicioso, com o seu governador de cujos lábios gotejam as palavras ‘intervenção’ e ‘anulação’, um dia, bem no meio do Alabama, meninas e meninos negros darão as mãos a meninas e meninos brancos, como irmãs e irmãos. Hoje, eu tenho um sonho. Eu tenho um sonho de que um dia todo vale será alteado (Sim) e toda colina, abaixada; que o áspero será plano e o torto, direito; ‘que se revelará a glória do Senhor e, juntas, todas as criaturas a apreciarão’ (Sim). Esta é a nossa esperança, e esta a fé que levarei comigo ao voltar para o Sul (Sim). Com esta fé, poderemos extrair da montanha do desespero uma rocha de esperança (Sim). Com esta fé, poderemos transformar os clamores dissonantes da nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé (Sim, Senhor), poderemos partilhar o trabalho, partilhar a oração, partilhar a luta, partilhar a

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História – 8a série/9o ano – Volume 2

prisão e partilhar o nosso anseio por liberdade, conscientes de que um dia seremos livres. E esse será o dia, e esse será o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar com um renovado sentido. (...)” Martin Luther King, discurso “Eu tenho um sonho”. Proferido na Marcha sobre Washington, D.C., por Trabalho e Liberdade, em 28 ago. 1963. In: Um apelo à consciência: os melhores discursos de Martin Luther King. Selecionado e organizado por Clayborne Carson e Kris Shepard. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. p. 73-76.

Considerando as ideias do texto, discuta com seus colegas o tema racismo e redija as suas principais conclusões sobre o assunto.

mesmo propor uma socialização dos temas em plenária.

Aproveite para explorar o texto com seus alunos e discutir a

Conclua com a Produção de Texto, do Caderno do Aluno. Para expressar um desejo de transformação da sociedade brasileira, eles redigirão, individualmente, textos argumentativos, iniciados pela frase do discurso de Luther King, “Eu tenho um sonho”.

questão das semelhanças e diferenças entre o racismo nos EUA e o racismo no Brasil. Além disso, pode ser proveitoso lembrar que todos os seres humanos têm como ancestral comum o Homo sapiens, e, portanto, que o patrimônio hereditário dos humanos é o mesmo, o que, por si só, já é um argumento suficientemente forte para derrubar qualquer teoria de superioridade racial. Aliás, o conceito de “etnia” é muito mais adequado para descrever e distinguir a composição de povos e grupos identitários ou culturais.

2a etapa Professor, como base para produção de um texto argumentativo, sugerimos que solicite aos alunos que realizem uma pesquisa, conforme orientação presente no Caderno do Aluno, na seção Pesquisa em grupo. A atividade consiste que busquem em jornais, revistas, materiais de apoio e na internet informações sobre um problema que aflige a população brasileira, como a miséria, o desemprego, ou o trabalho infantil. Essa atividade de aprofundamento pode ser desenvolvida em grupos, ficando cada um deles responsável por pesquisar um dos temas. Nesta etapa, a organização de um pequeno arquivo com os materiais pesquisados e discutidos por todos do grupo pode ser um bom recurso. A entrega de um relatório sobre o material pesquisado é valiosa para subsidiar sua avaliação. Nele, os alunos poderiam elencar os materiais consultados e os principais dados pesquisados, em forma de fichamento. Procure acompanhar essas aulas preparatórias e

Esclareça que não se trata de expressar um sonho pessoal, mas um sonho que ajude a melhorar a vida de um grupo da nossa sociedade. Se necessário, ajude-os a elencar alguns temas, como o fim da miséria, do desemprego, do trabalho infantil; a melhoria do sistema público de saúde etc. Se julgar conveniente, solicite a colaboração do professor de Língua Portuguesa para a realização dessa etapa do trabalho. Para finalizar esta Situação de Aprendizagem, é possível propor as atividades a seguir, que estão inseridas no Caderno do Aluno como Lição de casa. Com elas, os alunos ampliarão seus conhecimentos sobre o tema e poderão registrar os resultados da pesquisa na forma de pequenos textos. 1. A revolução social dos anos 1960 foi promovida, principalmente, por dois setores da sociedade: as mulheres e os negros. O que cada um desses grupos pretendia? Espera-se que os alunos mencionem que as mulheres lutaram pelo reconhecimento de sua importância na sociedade e por direitos, como a equidade de salário em relação aos homens e o divórcio; já os negros se organizaram para lutar por direitos civis e pelo fim de toda discriminação racial, principalmente nos Estados Unidos.

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2. Quais eram as principais críticas do movimento hippie à sociedade capitalista? Espera-se que o aluno responda que o movimento hippie

II. Nesse período, houve um significativo aumento do consumo, por causa da diversificação da produção industrial.

contestava, sobretudo, a sociedade de consumo que se estabeleceu no mundo capitalista do pós-Segunda Guerra, o poder imperialista, as guerras (sobretudo a do Vietnã) e a corrida armamentista.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

III. A produção agrícola não acompanhou o desenvolvimento industrial nessa fase do desenvolvimento capitalista. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III.

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem deve proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por parte do professor quanto do aluno. Ela exige a observação das várias etapas do trabalho e da atuação dos alunos. Os alunos devem redigir um texto que apresente argumentos coerentes e seja fundamentado em alguns dos problemas contemporâneos da sociedade brasileira.

b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) nenhuma das afirmações está correta. Espera-se que o aluno seja capaz de discernir, entre as proposições, aquelas que estão de acordo com as características do capitalismo pós-Segunda Guerra Mundial e identificar que o desenvolvimento da produção agrícola também foi significativo,

Por meio de suas observações, você pode verificar: 1. O aluno conseguiu posicionar-se de forma ética na discussão coletiva a respeito do racismo? 2. O aluno desempenhou a atividade de pesquisa de forma a atingir os objetivos propostos? 3. O aluno organizou argumentos que fundamentam seu texto?

Proposta de questões para avaliação As atividades a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. As afirmações a seguir referem-se ao desenvolvimento do capitalismo pós-Segunda Guerra Mundial. I.

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Nessa fase, ocorreu expressiva expansão urbana, acompanhada de um grande aumento demográfico.

com a introdução do uso de máquinas e de tecnologias no setor.

2. Em relação à Guerra do Vietnã, pode-se dizer que os hippies: a) apoiavam as ações do exército estadunidense, que foi à Ásia combater o comunismo. b) mantiveram-se neutros, sem adotar um posicionamento claro em relação ao conflito. c) posicionaram-se totalmente contra a guerra, inclusive recusando-se a participar dela. d) criticaram o governo estadunidense, pois apoiavam os países de regime comunista. e) apoiavam o governo estadunidense, pois a guerra representava uma solução para a mão de obra excedente nos Estados Unidos.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

Espera-se que o aluno encontre, entre as alternativas, a única correta sobre a posição dos hippies com relação à

estadunidense pelos direitos dos negros, na década de 1960.

Guerra do Vietnã, ou seja, totalmente contra.

3. Sobre as propostas do líder negro Martin Luther King, não é possível afirmar que ele: a) contestava a política do governo conhecida como “separados, mas iguais”, que instituía a segregação racial. b) defendia a resistência dos negros à segregação racial, porém sem apelar ao uso da violência.

Sugira aos alunos que realizem a pesquisa no próprio livro didático ou em livros de apoio, em enciclopédias e na internet. Peça-lhes que confrontem as informações obtidas em mais de uma fonte e solicite que indiquem a bibliografia consultada.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros

c) aceitava a união com brancos liberais que apoiavam a causa dos negros. d) fracassou totalmente até a década de 1970. e) liderou grandes manifestações, como passeatas e boicotes.

BRANDÃO, Antônio Carlos; DUARTE, Milton F. Movimentos culturais de juventude. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. (Polêmica). Apresenta uma análise dos movimentos de contestação da juventude por meio de manifestações culturais, como a música.

Espera-se que o aluno reconheça, entre as proposições, aquela que não identifica uma das características do movimento por direitos civis dos negros, liderado por Martin Luther King, ao perceber que em 1964 foi promulgada a Lei dos Direitos Civis, que tornava ilegal a discriminação racial em ambientes públicos.

Proposta de Situações de Recuperação A compreensão do tema dos movimentos sociais e culturais nas décadas de 1950, 1960 e 1970 é essencial à continuação dos estudos históricos, pois permite a compreensão de algumas características sociais do mundo contemporâneo, sobretudo no que se refere às transformações de costumes promovidas por esses movimentos. Como sugestão de recuperação, você pode solicitar aos alunos a elaboração de um texto comparativo entre as propostas e estratégias de ação defendidas por Martin Luther King e Malcolm X, outro ativista

PAES, Maria Helena Simões. A década de 60: rebeldia, contestação e repressão política. 3. ed. São Paulo: Ática, 1997. (Princípios). Traz uma análise dos principais movimentos sociais e políticos da década de 1960.

Site DHNET – Direitos Humanos na Internet. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br>. Acesso em: 14 nov. 2013. Site voltado à divulgação dos direitos humanos. Apresenta os principais documentos sobre o tema.

Filmes Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos. Adivinhe quem vem para jantar (Guess Who’s Coming to Dinner). Direção: Stanley Kramer.

39


EUA, 1967. 108 min. Livre. História das implicações sociais do amor entre uma jovem branca e um homem negro. Uma história americana (The Long Walk Home). Direção: Richard Pearce. EUA, 1990.

97 min. Livre. O filme é ambientado em 1955 e aborda o preconceito racial em uma pequena cidade estadunidense. Exemplifica a ideia dos “separados, mas iguais” e a luta contra o preconceito nos EUA.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7 COLAPSO DO SOCIALISMO Esta Situação de Aprendizagem aborda as principais mudanças ocorridas nas décadas de 1980 e 1990, para que os alunos percebam as tensões sociopolíticas características dessa fase da história da Europa contemporânea. Para abordar o tema do colapso do socialismo, é importante que os alunos já conheçam o contexto da Guerra Fria e os principais conflitos dela decorrentes. Ao descrever a crise do socialismo, destaque os problemas internos da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), durante a década de 1980, como a excessiva burocra-

tização do Estado, as dificuldades econômicas e as lutas nacionalistas nas repúblicas submetidas à hegemonia russa. Como estratégia, sugerimos a elaboração de um mapa político da Europa após o fim do socialismo, com sua respectiva legenda. Objetiva-se, nesta Situação de Aprendizagem, incentivar o trabalho com mapas históricos, fontes de informações e dados. Leve seus alunos a perceber que os mapas não são apenas ilustrações do conteúdo, mas também trazem informações importantes para o conhecimento histórico.

Conteúdos e temas: socialismo; nacionalismo; sindicalismo; separatismo; guerra civil; direitos humanos; limpeza étnica e genocídio. Competências e habilidades: elaborar mapas históricos; desenvolver a capacidade de leitura cartográfica, seleção, organização e análise de informações; reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as nações. Sugestão de estratégias: localização de países em mapa mudo e elaboração de legendas históricas para cada um deles. Sugestão de recursos: mapa político mudo da Europa atual. Sugestão de avaliação: mapa elaborado pelo aluno e suas legendas.

Sondagem e sensibilização Na proposição da Situação de Aprendizagem, é desejável que você busque e valorize os conhecimentos prévios que os alunos possuem sobre o tema. Para isso, propusemos as

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seguintes questões no Caderno do Aluno, na seção Discussão em sala de aula. 1. O que significam as siglas URSS e CEI? Caso você não saiba, pesquise e registre os significados.


História – 8a série/9o ano – Volume 2

URSS: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. CEI: Comunidade dos Estados Independentes.

2. Você conhece os termos perestroika e glasnost? Pesquise seus significados, se necessário, e escreva-os a seguir. Perestroika: reestruturação econômica proposta por Mikhail Gorbachev, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1985 e 1991. Glasnost: abertura política proposta por Mikhail Gorbachev,

No Caderno do Aluno existe um mapa político mudo (apenas os contornos) da Europa atual, como o modelo aqui apresentado. Solicite aos alunos, com base na observação de um mapa facilmente encontrado em atlas escolares, que localizem e numerem no mapa mudo os países listados a seguir. Oriente-os a elaborar a legenda. Indique que cada número deve corresponder ao nome do país:

à mesma época que ocorreu a perestroika.

4. Localize no mapa e numere os países de acordo com a legenda. Se você considerar necessário, pesquise em um atlas o mapa político da Europa. © Atelier de cartographie de Sciences Po, 2013

3. O que você sabe sobre o acidente nuclear ocorrido na usina de Chernobyl? Pesquise e escreva um pequeno texto sobre o assunto. Acidente nuclear ocorrido na cidade de Chernobyl, ao norte da Ucrânia – então integrante da URSS –, em 26 de abril de 1986: um reator da usina central explodiu e liberou uma nuvem radioativa que contaminou o meio ambiente de uma vasta extensão da Europa e afetou gravemente a saúde de milhares de pessoas.

Os alunos poderão perceber que as siglas, os termos e o evento estão relacionados à crise do socialismo, que levou ao fim da URSS e à formação da CEI (Comunidade de Estados Independentes). Lembre-os de que essa crise também atingiu os países do Leste Europeu, que, desde a Segunda Guerra Mundial, estiveram sob a esfera de influência da União Soviética. Caso os alunos não possuam esse repertório de informações, solicite que realizem, como tarefa de casa, uma rápida pesquisa sobre as siglas, os termos e o evento citados e discuta os resultados com eles, na aula seguinte.

1a etapa Realize a apresentação da Situação de Aprendizagem, explicando que se trata da elaboração de um mapa político da Europa atual, com uma legenda que, sinteticamente, explique alguns dos processos decorrentes da crise do socialismo e do fim da URSS.

Figura 10 – ATELIER de Cartographie de Sciences Po. Disponível em: <http://cartographie.sciences-po.fr/fr/europeafrique-du-nord-et-moyen-orient-2010>. Acesso em: 10 abr. 2014. Mapa original.

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Alemanha Polônia Hungria República Tcheca Eslováquia Bulgária Romênia

41


8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.

Rússia Croácia Bósnia-Herzegovina Sérvia Montenegro Eslovênia República da Macedônia Albânia

República Democrática Alemã à República Federal da Alemanha. 2. Polônia: em 1989, o sindicato Solidariedade, que mobilizava milhões de trabalhadores poloneses contra o regime político, foi legalizado, e seu líder, Lech Walesa, eleito presidente em 1990. Isso significou o fim do comunismo e o início de uma transição para o capitalismo. 3. Hungria: em 1989, foi iniciado um conjunto de reformas democráticas, como a adoção do pluripartidarismo e da economia de livre mercado, que encerraram a fase de socialismo autoritário. 4. República Tcheca: em 1989, uma transição democrática

2a etapa

pacífica, conhecida como Revolução de Veludo, encerrou o socialismo autoritário na Tchecoslováquia. Em 1993, este país

Quando os alunos terminarem a legenda, peça uma pesquisa breve sobre a síntese da história política de um desses países nos últimos 25 anos. Oriente-os a realizar a pesquisa como Lição de casa, conforme sugerido no Caderno do Aluno, e solicite-lhes que tragam a pesquisa para a aula seguinte. Talvez seja interessante dividir a pesquisa entre os alunos da classe, para posterior socialização das informações coletadas. Por exemplo, o número de chamada dos alunos (1 a 15) pode corresponder ao país a ser objeto de pesquisa (a partir do número 16, reinicia-se a contagem). De qualquer forma, no Caderno do Aluno estão previstos os espaços para que todos os países sejam contemplados com as informações solicitadas. Os alunos podem consultar seu material didático, livros de apoio, enciclopédias, almanaques e sites. Devem ser privilegiadas informações que caracterizem a crise do socialismo em cada um dos países.

dividiu-se pacificamente em duas repúblicas independentes: a República Tcheca e a Eslováquia. 5. Eslováquia: em 1993, divergências entre tchecos e eslovacos levaram à secessão e à criação da Eslováquia e da República Tcheca. 6. Bulgária: em 1989, foram iniciadas reformas para a implantação de um regime democrático e de uma economia capitalista, que se consolidaram em 1990, com a realização de eleições livres, e em 1991, com a aprovação de uma nova Constituição. 7. Romênia: em 1989, uma revolução violenta depôs o chefe comunista Nicolae Ceausescu; em 1991, foi promulgada uma constituição que instituía o pluripartidarismo, o respeito aos direitos humanos e uma economia de mercado. 8. Rússia: em 1985, Mikhail Gorbachev procurou combater a crise do socialismo com reformas modernizadoras denominadas perestroika (reestruturação econômica) e glasnost (abertura política, transparência); resistências de setores mais conservadores tentaram um golpe fracassado contra Gorbachev, o que precipitou a dissolução da URSS e a criação da CEI (Comunidade de Estados Independentes) em 1991. 9. Croácia: fazia parte da Iugoslávia e declarou sua independência em 1991, em meio à crise do socialismo em todo o Leste Europeu; foi invadida pelo Exército iugoslavo, controlado pelos sérvios, e sucedeu-se uma guerra extremamente

42

Faça uma pesquisa e escreva um resumo dos últimos 25 anos da história política de cada país indicado a seguir. Consulte seu material didático, livros de apoio, enciclopédias, almanaques e sites. Você deve buscar informações que caracterizem a crise do socialismo em cada um dos países indicados.

violenta, encerrada com a intervenção da ONU. Em 1992, foi

1. Alemanha: a queda do Muro de Berlim, em 1989, levou à reu-

nos; em 1995, soldados da ONU impuseram um tratado de paz.

nificação das duas Alemanhas, em 1990, com a incorporação da

11. Sérvia: desde a fragmentação da Iugoslávia, iniciada em

reconhecida como um país independente. 10. Bósnia-Herzegovina: proclamou sua independência da República Socialista da Iugoslávia em 1992, o que deu início a uma violenta guerra civil, marcada pelo nacionalismo exacerbado e profundas divergências étnicas e religiosas entre os sérvios, cristãos ortodoxos; os croatas, católicos romanos; e os bósnios, muçulma-


História – 8a série/9o ano – Volume 2

1991, enfrentou guerras com Croácia, Bósnia-Herzegovina e

formações o incentivo à entrada de capital estrangeiro, a de-

Kosovoa – que declarou, unilateralmente, sua independência

saceleração da indústria bélica e a diminuição do monopólio

em fevereiro de 2008, o que não foi aceito pela República da

do Estado sobre alguns setores da economia.

Sérvia, formalmente instaurada em 2006. 12. Montenegro: desde a dissolução da República Socialista da Iugoslávia, iniciada em 1991, fez parte, com a Sérvia, da

2. Qual foi o significado da queda do Muro de Berlim para o colapso do socialismo?

República Federal da Iugoslávia até 2003, quando ambas passaram a se denominar Estado da Sérvia e Montenegro; em

O Muro de Berlim foi o símbolo da Guerra Fria, pois repre-

2006, após a realização de um referendo, tornou-se um Es-

comunista. Com sua queda, iniciaram-se os processos de re-

tado independente.

unificação da Alemanha, com a incorporação da República

13. Eslovênia: fazia parte da República Socialista da Iugoslávia,

Democrática Alemã à República Federal Alemã, e de colapso

mas tornou-se um Estado independente em 1991; foi inva-

do bloco socialista.

sentava a divisão do mundo em dois blocos: o capitalista e o

dida pelo Exército iugoslavo, controlado pelos sérvios, e enfrentou uma guerra encerrada com a intervenção da ONU. Em 1992, foi reconhecida como um país independente. 14. República da Macedônia: em 1991, separou-se da República Socialista da Iugoslávia. 15. Albânia: em 1989, o comunismo albanês, isolado da União

Avaliação da Situação de Aprendizagem Por meio de suas observações, você pode verificar:

Soviética e também da China, entrou em colapso; em 1992, o governo deu início a um programa de reformas econômicas e democráticas que ainda não se consolidou.

Você pode sugerir aos alunos que pesquisaram sobre o mesmo país a troca de informações entre si e a redação de uma única síntese. Em seguida, conforme atividade presente no Caderno do Aluno na seção Lição de casa, sugira que as 15 sínteses sejam escritas na lousa para socialização ou explicadas oralmente para toda a classe.

1. O aluno conseguiu localizar os países no mapa mudo, mediante consulta ao atlas geográfico? 2. O aluno desempenhou adequadamente a atividade de síntese de informações sobre cada um dos países? Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha, contendo seus conceitos de avaliação.

Proposta de questões para avaliação Para finalizar esta Situação de Aprendizagem, é possível propor as atividades a seguir, que estão inseridas no Caderno do Aluno como Pesquisa individual. Com elas, os alunos ampliarão seus conhecimentos sobre o tema e poderão registrar os resultados da pesquisa na forma de pequenos textos. 1. Identifique três consequências econômicas das transformações promovidas por Mikhail Gorbachev na URSS.

As atividades a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. As afirmações a seguir referem-se ao fim da União Soviética, na passagem da década de 1980 para a de 1990. I.

Espera-se que os alunos estabeleçam a relação entre as transa

A diversidade étnica e o desejo de autonomia das nacionalidades na URSS foram fatores que conduziram ao seu colapso.

A independência de Kosovo não é reconhecida pela ONU e nem pelo Brasil.

43


II. Emergiram, nessa fase, críticas ao excesso de burocracia e à falta de liberdade de expressão na URSS.

de que ainda há problemas decorrentes desse processo na região, como o caso de Kosovo.

3. Sobre a glasnost, não podemos dizer que: III. Nesse período, havia graves problemas políticos na URSS, como a corrupção no governo, apesar da prosperidade econômica. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III.

a) representava um conjunto de reformas políticas. b) é uma expressão no idioma russo que significa “transparência”. c) objetivava a desburocratização do governo soviético.

b) I e II. c) I e III.

d) previa a democratização do regime soviético.

d) II e III.

e) insistia na manutenção da censura e da repressão política.

e) nenhuma das afirmações está correta.

Espera-se que o aluno encontre, entre as proposições, aquela

Espera-se que o aluno seja capaz de identificar que a pro-

que não pode ser citada como uma característica da glas-

posição III está incorreta, pois uma grave crise econômica

nost, ou seja, a manutenção da censura e da repressão políti-

acompanhava a crise política na URSS.

ca, pois ela previa justamente o oposto.

2. Sobre a desagregação da Iugoslávia, pode-se dizer que: a) ocorreu mediante negociações diplomáticas, sem a ocorrência de conflitos militares. b) não pode ser identificada como um dos momentos de crise do bloco socialista.

Propostas de Situações de Recuperação Conhecer o tema do fim do socialismo é muito importante para os estudos históricos, pois possibilita a compreensão de alguns dos principais aspectos políticos do mundo contemporâneo.

Proposta 1 c) há, ainda nos dias de hoje, conflitos decorrentes dessa desagregação. d) ocorreu logo após o término da Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra Fria. e) nas repúblicas que surgiram com essa desagregação, foram mantidos regimes socialistas ditatoriais. Espera-se que o aluno encontre, entre as proposições, a única que se refere à desagregação da Iugoslávia, ou seja, o fato

44

Para a retomada dos conteúdos referentes ao fim do socialismo, sugira aos alunos que redijam um texto histórico explicativo sobre o processo que promoveu o fim da URSS. Sugira aos alunos que realizem uma pesquisa no próprio livro didático, e também em livros de apoio, para relatar quais eram os fatores de crise do socialismo, na década de 1980, e como a perestroika e a glasnost


História – 8a série/9o ano – Volume 2

contribuíram para o conjunto de transformações que levaram ao colapso da URSS em 1991.

Proposta 2

em Movimento). Narrativa minuciosa sobre os acontecimentos que levaram a União Soviética à desagregação, inclusive abordando elementos culturais da crise.

Outra possibilidade de recuperação é retomar o tema por meio da elaboração de uma linha do tempo de acontecimentos entre a queda do Muro de Berlim, em 1989, e a declaração de independência de Kosovo em fevereiro de 2008.

GORENDER, Jacob. O fim da URSS. São Paulo: Atual, 1991. (História Viva). Relato sobre o socialismo soviético, desde sua instauração até a decadência.

Não estabeleça os eventos intermediários, deixe que os alunos os escolham, para que exercitem a habilidade de separar o principal do secundário. Sugira que realizem uma pesquisa no próprio livro didático e que, para cada evento listado, escrevam uma breve definição.

Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros COELHO, Lauro Machado. O fim da União Soviética. São Paulo: Ática, 1996. (História

Filmes

Adeus, Lenin! (Good Bye, Lenin! ). Direção: Wolfgang Becker. Alemanha, 2003. 117 min. 12 anos. Ficção ambientada durante o processo de reunificação da Alemanha. Arca russa (Russkiy Kovcheg). Direção: Aleksandr Sokurov. Rússia, 2002. 97 min. Sem classificação indicativa. Filme que procura retratar a história russa do século XVIII ao XXI.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 A NOVA ORDEM MUNDIAL Com esta Situação de Aprendizagem, você pode orientar os alunos para que eles percebam as tensões socioeconômicas características dessa fase histórica do mundo contemporâneo, marcada pela afirmação das propostas neoliberais. Ao propor esta Situação de Aprendizagem, você já terá abordado as transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas nas duas últimas décadas do século XX e nesta

primeira década do século XXI. Destaque os efeitos da Nova Ordem Mundial no Brasil, reconhecendo essas mudanças e os conflitos inerentes a ela. Esta Situação de Aprendizagem tem o objetivo de estudar a Nova Ordem Mundial por meio da elaboração de cartazes ilustrados sobre os principais termos que a caracterizaram. O conjunto de cartazes pode compor um painel, formando um dicionário conceitual.

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Conteúdos e temas: Nova Ordem Mundial; neoliberalismo; Estado mínimo; globalização; mundialização; multipolarização; blocos econômicos; internet; empresa transnacional e desemprego estrutural. Competências e habilidades: desenvolver a capacidade de síntese e de representação imagética de conceitos apreendidos; reconhecer as formas atuais das sociedades como resultado das lutas pelo poder entre as nações; relacionar os processos de modernização do trabalho ao desemprego e ao aumento das ocupações informais. Sugestão de estratégias: pesquisa, colagem e elaboração de cartaz. Sugestão de recursos: materiais de pesquisa, materiais para a elaboração da colagem e cartaz. Sugestão de avaliação: processo de pesquisa e cartaz.

Sondagem e sensibilização Para dar início a esta Situação de Aprendizagem, solicite que os alunos observem a imagem disponível no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de imagem, e respondam as perguntas: 1. Quais podem ser os reflexos do processo de globalização no cotidiano das pessoas? Espera-se que os alunos façam referência ao computador e

Agora, você irá se reunir com seus colegas e elaborar cartazes sobre os principais termos que caracterizam a Nova Ordem Mundial; para isso, deverá fazer uma pesquisa e pensar formas de representação do conceito que coube ao seu grupo. Circule o tema do seu trabalho: Nova Ordem Mundial. Neoliberalismo.

à internet, à telefonia móvel e à TV a cabo, entre outras pos-

Globalização.

sibilidades.

2. Indique os prós e os contras da introdução de novas tecnologias no cotidiano das pessoas. Ajude os alunos, por exemplo, a identificar a solidão e o isolamento

Multipolarização. Blocos econômicos.

social aos quais a má distribuição do tempo destinado ao uso dessas tecnologias pode levar as pessoas. No entanto, ressalte como

Empresa transnacional.

aspectos positivos o “encurtamento das distâncias” por meio da comunicação ágil e o acesso à informação de forma mais ampla.

1a etapa Professor, informe que a Situação de Aprendizagem proposta tem como objetivo a elaboração de cartazes ilustrados sobre os principais termos que caracterizam a Nova Ordem Mundial, a começar pela própria expressão. A seguir inserimos a proposta presente no Caderno do Aluno, na seção Pesquisa em grupo.

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Desemprego estrutural. Para realizar esta atividade, sugerimos que os alunos trabalhem em trios. Procure destinar a cada trio um dos termos referentes relacionados na atividade. Assim, na primeira aula, cada trio deve fazer uma pesquisa sobre o conceito destinado a ele. Incentive a pesquisa em diferentes fontes de informações, como enciclopédias, almanaques, livros e internet. Em seguida, os alunos devem realizar a síntese das informações que recolheram e do


História – 8a série/9o ano – Volume 2

que aprenderam nas aulas expositivas sobre o tema. Depois, eles devem discutir sobre uma imagem que poderia representar aquele conceito. Oriente-os a serem criativos na escolha dessa imagem, fugindo do óbvio. Essa imagem pode ser produzida por meio de um ou vários recortes de jornais ou revistas, sobrepostos ou não, ou ainda desenhos ou pinturas realizados pelo próprio trio. Mais uma vez, insista na valorização da criatividade. Se julgar conveniente, proponha um trabalho conjunto com o professor de Arte.

Globalização: é um processo histórico da década de 1990, por meio do qual teria ocorrido a integração econômica, social, cultural e política dos países do mundo. Multipolarização: na Nova Ordem Mundial, o controle mundial tornou-se multipolar, ou seja, dividido em diversas áreas de influência econômica pelo surgimento de novos polos de poder. Blocos econômicos: são grupos de países que se unem para promover a integração econômica entre si, por exemplo, União Europeia, Mercosul e Nafta.

Estabeleça uma data para a montagem dos cartazes, que podem ser elaborados em cartolina ou papel-cartão, devendo conter o texto de síntese e a imagem.

Empresa transnacional: é a empresa que tem sede em determinado país, mas também possui fábricas e escritórios em diversas partes do mundo. Elas podem ser chamadas de multinacionais.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

Desemprego estrutural: situação na qual há redução da necessidade de trabalhadores em determinada produção, devido à aplicação de novas tecnologias ou a novas formas de organização do trabalho.

Para a avaliação de conteúdo, o principal é verificar se os alunos conseguiram realizar a síntese, tanto na definição do termo como na imagem escolhida para representá-lo. Seguem algumas informações que podem constar na definição produzida pelos alunos: Nova Ordem Mundial: a expressão foi utilizada pela primeira vez pelo presidente estadunidense Ronald Reagan, na década de 1980, para caracterizar o contexto histórico do mundo pós-Guerra Fria. Neoliberalismo: é um conjunto de ideias econômicas e políticas que defende a não participação do Estado na economia, pois entende que só o livre mercado pode garantir o crescimento econômico de um país. Uma corrente de pensamento ideológico, com uma maneira própria de ver e avaliar o mundo social, um sistema econômico voltado aos interesses das grandes potências e empresas transnacionais.

Por meio de suas observações, você pode verificar: 1. O trio conseguiu sintetizar os termos pesquisados na elaboração do cartaz? 2. O trio foi criativo ao sintetizar a ideia que escolheu para ilustrar seu cartaz?

Proposta de questões para avaliação A atividade a seguir está presente no Caderno do Aluno, na seção Lição de casa. Que relações podemos estabelecer entre o Estado mínimo e o neoliberalismo? Da perspectiva do neoliberalismo, que defende a livre concorrência e o pleno funcionamento dos mercados, o Estado não poderia mais ser promotor de políticas econômicas, restringindo sua atuação à regulação e fiscalização dos mercados.

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As atividades a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. Dê dois exemplos de desenvolvimento de novas tecnologias, ocorridos na década de 1990, que modificaram o cotidiano das pessoas que podem ter acesso a elas. O aluno pode responder que o setor de comunicações introduziu mudanças significativas, como a telefonia móvel (telefones celulares) e os computadores pessoais com acesso à internet.

2. Leia os itens a seguir, que contêm informações sobre a Nova Ordem Mundial.

a) existe uma situação de pleno emprego. b) há propostas de flexibilização da jornada de trabalho. c) aumentaram as situações de trabalho informal. d) há acordos entre empresários e trabalhadores que escapam à legislação trabalhista. e) diminuiu a pressão exercida pelos sindicatos. Espera-se que o aluno encontre, entre as proposições, aquela

I.

A Nova Ordem Mundial teve início com o fim da Guerra Fria.

que não contém uma característica do mundo do trabalho na era da globalização, ou seja, não há pleno emprego, mas sim desemprego estrutural.

II. Na Nova Ordem Mundial, podemos dizer que o mundo é bipolarizado. III. Na Nova Ordem Mundial, os mercados mundiais estão integrados. Quais das afirmações anteriores são verdadeiras?

4. Com relação à mundialização do sistema de produção e de consumo, pode-se dizer que: a) promoveu uma valorização do marketing. b) diminuiu a demanda por consumidores.

a) Apenas I.

c) desacelerou a busca por novas tecnologias.

b) I e II.

d) destruiu todas as culturas tradicionais.

c) I e III.

e) fez decair a capacidade produtiva. Espera-se que o aluno encontre, entre as proposições, aquela

d) II e III.

que identifica uma das características da mundialização do sistema de produção e de consumo, ou seja, a importância

e) Todas as alternativas são verdadeiras.

do estudo de mercado.

Espera-se que o aluno seja capaz de discernir, entre as proposições, aquelas que estão de acordo com as características da Nova Ordem Mundial: nesse contexto, o mundo é multipolar,

Propostas de Situações de Recuperação

ou seja, dividido em diversas áreas de influência.

3. Em relação ao trabalho e aos trabalhadores no mundo da globalização, não é possível afirmar que:

48

Ao estudar o tema da Nova Ordem Mundial, o aluno deve perceber as principais questões políticas, econômicas e sociais, inclusive suas contradições; isso é muito importante


História – 8a série/9o ano – Volume 2

para os estudos históricos, pois é fundamental à compreensão do mundo contemporâneo.

Proposta 1 Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema, você pode propor que os alunos elaborem cinco frases que sintetizem os principais conceitos trabalhados na Situação de Aprendizagem e que se relacionem à Nova Ordem Mundial. Com essa atividade, você poderá verificar a capacidade dos alunos de sintetizar e utilizar conceitos que demonstrem sua compreensão desse contexto histórico específico.

Proposta 2 Para a recuperação, você também pode sugerir a elaboração de uma pesquisa sobre como o grupo social dos alunos usa as novas tecnologias ligadas à comunicação, que foram popularizadas desde a década de 1990, como telefones celulares e internet.

Essa atividade pode ser realizada em duplas. Realizando-a, os alunos poderão perceber como seu grupo social está inserido no processo de globalização, além de identificar as influências desse processo em sua vida cotidiana.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado – Política, sociedade e economia. São Paulo: Contexto, 2001. (Repensando a História) <http://www.editoracontexto.com. br>. Apresenta uma análise sobre a globalização e suas múltiplas possibilidades de interpretação. STRAZZACAPPA, Cristina; MONTANARI, Valdir. Globalização: o que é isso, afinal? 2. ed. São Paulo: Moderna, 2003. (Desafios). Traz uma discussão ampla sobre a globalização, abordando suas principais características.

Proposta 3 Filmes Para a recuperação, você também pode sugerir a elaboração de uma pesquisa sobre o governo de Margaret Thatcher, que foi ícone de sustentação das políticas econômicas neoliberais. Oriente os alunos para que relacionem a dinâmica na economia inglesa em sua gestão com a realidade social dos trabalhadores, discutindo políticas como o imposto regressivo. Sugira que elaborem um conjunto de perguntas e realizem uma entrevista com seus parentes, vizinhos, amigos e conhecidos. A pesquisa pode ser apresentada por meio de uma tabela ou um gráfico com o número total de entrevistados e quantos costumam utilizar cada uma das duas tecnologias, incluindo um texto de conclusão.

Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos. Denise está chamando (Denise Calls Up). Direção: Hal Salwen. EUA, 1995. 80 min. 14 anos. Faz um relato bem-humorado do mundo globalizado. Ou tudo ou nada (The Full Monty). Direção: Peter Cattaneo. Inglaterra, 1997. 91 min. 12 anos. Narra a situação de desempregados que decidem se apresentar em shows de striptease para sobreviver.

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QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO

Volume 2

Volume 1

FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

50

5a Série/6o Ano

6a Série/7o Ano

7a Série/8o Ano

8a Série/9o Ano

– Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história – As linguagens das fontes históricas – A vida na Pré-história e a escrita – Os suportes e os instrumentos da Escrita – Civilizações do Oriente Próximo – África, o berço da humanidade – Heranças culturais da China e trocas culturais em diferentes épocas

– O Feudalismo – As Cruzadas e os contatos entre as sociedades europeias e orientais – Renascimento Comercial e Urbano – Renascimento Cultural e Científico – Formação das Monarquias Nacionais Europeias Modernas (Portugal, Espanha, Inglaterra e França) – Os fundamentos teóricos do Absolutismo e as práticas das Monarquias Absolutistas – Reforma e Contrarreforma – Expansão Marítima nos séculos XV e XVI

– O Iluminismo – A colonização inglesa e a Independência dos Estados Unidos da América (EUA) – A colonização espanhola e a Independência da América espanhola – A Revolução Industrial inglesa – Revolução Francesa e expansão napoleônica – A família real no Brasil – A Independência do Brasil – Primeiro Reinado no Brasil

– Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX – Primeira Guerra Mundial (1914-1918) – Revolução Russa e stalinismo – A República no Brasil – Nazifascismo – Crise de 1929 – Segunda Guerra Mundial – O Período Vargas

– A vida na Grécia Antiga – A vida na Roma Antiga – O fim do Império Romano – As civilizações do Islã (sociedade e cultura) – Império Bizantino e o Oriente no imaginário medieval

– As sociedades maia, asteca e inca – Conquista espanhola na América – Sociedades indígenas no território brasileiro – O encontro dos portugueses com os povos indígenas – Tráfico negreiro e escravismo africano no Brasil – Ocupação holandesa no Brasil – Mineração e vida urbana – Crise do Sistema Colonial

– Período Regencial no Brasil – Movimentos sociais e políticos na Europa no século XIX – O liberalismo e o nacionalismo – A expansão territorial dos EUA no século XIX – Segundo Reinado no Brasil – Economia cafeeira – Escravidão e abolicionismo – Industrialização, urbanização e imigração – Proclamação da República

– Os nacionalismos na África e na Ásia e as lutas pela independência – Guerra Fria – Populismo e ditadura militar no Brasil – Redemocratização no Brasil – Os Estados Unidos da América após a Segunda Guerra Mundial – Fim da Guerra Fria e Nova Ordem Mundial


História – 8a sÊrie/9o ano – Volume 2

GABARITO

f) Vostok I foi a missĂŁo inaugural do programa Vostok (em russo, “Orienteâ€?), o primeiro projeto tripulado do programa espacial soviĂŠtico. Com essa viagem, iniciada a 12 de abril de 1961

SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 2

tambĂŠm no CosmĂłdromo de Baikonur, o astronauta Yuri Ga-

Guerra Fria em notĂ­cias

garin tornou-se o primeiro homem a ir ao espaço.

Produção de notícias (CA, p. 13-15) 1. Os alunos devem escolher um tema e redigir uma notícia

g) ConstruĂ­do na madrugada de 13 de agosto de 1961, o Muro

sobre ele de acordo com as caracterĂ­sticas desse gĂŞnero jor-

de Berlim dividia ďŹ sicamente a cidade de Berlim em duas partes: Berlim Ocidental, que era capitalista, e Berlim Oriental,

nalĂ­stico. AlĂŠm disso, ĂŠ importante veriďŹ car a correção das in-

socialista; representava a prĂłpria divisĂŁo da Alemanha nas

formaçþes utilizadas, conforme sinteticamente apresentadas

duas entidades estatais criadas em 1949, a RepĂşblica Federal

a seguir.

da Alemanha (RFA) e a RepĂşblica DemocrĂĄtica AlemĂŁ (RDA),

a) Em 4 de abril de 1949, em Washington (EUA), BĂŠlgica, CanadĂĄ,

respectivamente.

Dinamarca, Estados Unidos, França, GrĂŁ-Bretanha, Holanda, Islândia, ItĂĄlia, Luxemburgo, Noruega e Portugal ďŹ rmaram uma

h) Em 29 de outubro de 1962, terminou a crise dos mĂ­sseis cubanos, ocorrida depois que fotos aĂŠreas, tiradas por uma missĂŁo de

aliança defensiva, conhecida pelo nome de Organização do

espionagem estadunidense, comprovaram a presença de plata-

Tratado do Atlântico Norte, a Otan, pela qual se comprometeram a empregar a força, se necessårio, para defender qualquer

formas de lançamento de mísseis em Cuba. Os EUA decretaram

dos paĂ­ses signatĂĄrios que viesse a ser vĂ­tima de agressĂŁo inter-

tensĂŁo durante a Guerra Fria, com medo de uma guerra nuclear

nacional.

devastadora. O ďŹ m da crise dos mĂ­sseis em Cuba ocorreu quando as bases soviĂŠticas de lançamento de mĂ­sseis foram fechadas

b) Desde 1911-1912, por ocasiĂŁo da queda da dinastia chinesa e da tentativa de proclamar a RepĂşblica por Sun Yat-sen, funda-

bloqueio naval a Cuba e o mundo viveu os 13 dias de maior

em troca da retirada de mĂ­sseis estadunidenses da Turquia.

dor do Kuomintang (Partido Nacionalista), arrastava-se um cli-

i) A Apolo 11 foi a primeira nave espacial tripulada a pousar na

ma de instabilidade e, apĂłs uma feroz guerra civil (1946-1949),

Lua, e seu comandante − o astronauta Neil Armstrong −, o primeiro ser humano a pisar no solo lunar, em 20 de julho de 1969.

a RepĂşblica Popular da China foi ďŹ nalmente proclamada em 1o de outubro de 1949 por Mao TsĂŠ-tung, lĂ­der do Partido Comunista ChinĂŞs. c) Julius e Ethel Rosenberg, condenados Ă morte sob a acusa-

SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 3 Populismo em GetĂşlio Vargas

ção de terem revelado à União SoviÊtica o segredo da bomba

Leitura e anĂĄlise de texto (CA, p. 24-25)

atĂ´mica, foram executados na cadeira elĂŠtrica, no dia 19 de

t %BUB EP EJTDVSTP 1SPGFTTPS DPNP Ă? QPTTĂ“WFM PCTFSWBS BP BDFTTBS P

junho de 1953, na prisĂŁo de Sing Sing, em Nova York, nos Estados Unidos.

link apresentado na referĂŞncia bibliogrĂĄďŹ ca do texto, a notĂ­cia, pu-

d) Em 14 de maio de 1955, alguns paĂ­ses socialistas do Leste Eu-

e refere-se ao discurso proferido no dia anterior (21 de fevereiro).

ropeu (RomĂŞnia, TchecoslovĂĄquia, PolĂ´nia, Hungria, BulgĂĄria,

Assim, ajude os alunos a relativizar a precisĂŁo da data, apresentando

Alemanha Oriental e, tambÊm, a Albânia, que saiu em 1968) e

blicada em 23 de fevereiro de 1954, foi escrita no dia 22 de fevereiro

todo o contexto da publicação desse discurso de Vargas.

a UniĂŁo SoviĂŠtica ďŹ rmaram, na capital da PolĂ´nia, uma alian-

t "VUPSJB EP EJTDVSTP (FUĂžMJP 7BSHBT

ça militar denominada Pacto de Varsóvia, que estabelecia um

t " RVFN GPJ QSPGFSJEP P EJTDVSTP BPT USBCBMIBEPSFT EB $4/

compromisso de ajuda mĂştua em caso de agressĂľes militares.

t -PDBM POEF GPJ QSPGFSJEP P EJTDVSTP OB $4/ FN 7PMUB 3FEPOEB

Tal acordo foi ďŹ rmado, em parte, como resposta Ă entrada da Alemanha Ocidental na Otan. e) O primeiro satĂŠlite artiďŹ cial da Terra, o Sputnik – em russo, “Companheiro de Viagemâ€? –, foi lançado em 4 de outubro de

SITUAĂ‡ĂƒO DE APRENDIZAGEM 4 MemĂłria e imagens da ditadura militar brasileira Pesquisa em grupo (CA, p.31-32)

1957 pela UniĂŁo SoviĂŠtica no CosmĂłdromo de Baikonur, em

HĂĄ mĂşltiplas possibilidades de temas para fazer os painĂŠis a par-

um deserto no Cazaquistão. Sua principal função era transmitir um sinal de rådio, passível de ser sintonizado por alguns ra-

tir das entrevistas, entre eles: o movimento estudantil, a repressĂŁo

dioamadores. O satĂŠlite era uma esfera de aproximadamente

sica, a conquista do tricampeonato mundial de futebol, as obras

58,5 centĂ­metros e pesava 83,6 quilos.

“faraĂ´nicasâ€? do milagre, os cartazes e as mĂşsicas de propaganda do

policial, as atividades de grupos guerrilheiros, os festivais de mĂş-

51


governo, os generais-presidentes da República etc. Para a avalia-

sobre o assunto; por isso, eles não são imparciais: são textos opi-

ção de conteúdo, o principal é verificar se os alunos conseguiram,

nativos e não informativos. Geralmente, os editoriais aparecem

por meio dos depoimentos, estabelecer temas e compor painéis

nas primeiras páginas do jornal ou da revista.

ilustrativos das duas primeiras fases da ditadura militar no Brasil e, também, se as imagens foram organizadas de maneira coerente.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6 Eu tenho um sonho

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 Abertura lenta, gradual e segura Discussão em sala de aula (CA, p. 35) Os alunos devem perceber que os editoriais são anônimos e que ali está expressa a opinião do respectivo veículo de imprensa

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Produção de texto (CA, p. 45) Esclareça aos alunos que o texto argumentativo é aquele no qual defendemos uma ideia, uma opinião ou um ponto de vista. Nesse caso, a argumentação visa obter a adesão do leitor às convicções defendidas pelo autor.




CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque BomÅm EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrella. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Beatriz Pereira Franco, Ana Paula de Oliveira Lopes, Marina Tsunokawa Shimabukuro e Neide Ferreira Gaspar. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Anderson Jacomini Brandão, Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Mattos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior, Natalina de Fátima Mateus e Roseli Gomes de Araujo da Silva. Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira. Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos Benedicto e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budiski de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves. Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento Esdeva Indústria GráÅca Ltda.


GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017 FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI Presidente da Diretoria Executiva Mauro de Mesquita Spínola GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Ana Paula S. Bezerra, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Giovanna Petrólio Marcondes, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Maíra de Freitas Bechtold, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Pietro Ferrari, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Renata Regina Buset, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora! e Ruy Berger em memória!. AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.

Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Dayse de Castro Novaes Bueno, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro, Vanessa Bianco e Vanessa Leite Rios.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!.

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas * Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). * Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades.

S239m

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; história, ensino fundamental – anos finais, 8a série/9o ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli, Paulo Miceli, Raquel dos Santos Funari. - São Paulo: SE, 2014. v. 2, 56 p. Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB. ISBN 978-85-7849-654-8 1. Ensino fundamental anos finais 2. História 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Silva, Diego López. III. Silva, Glaydson José da. IV. Bugelli, Mônica Lungov. V. Miceli, Paulo. VI. Funari, Raquel dos Santos. VII. Título.

CDU: 371.3:806.90


Validade: 2014 – 2017


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