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Validade: 2014 – 2017

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5 SÉRIE 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Professor Volume 1

HISTÓRIA Ciências Humanas


governo do estado de são paulo secretaria da educação

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR

HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a SÉRIE/6o ANO VOLUME 1

Nova edição 2014 - 2017

São Paulo

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Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretário-Adjunto João Cardoso Palma Filho Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Ana Leonor Sala Alonso Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri

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Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo

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Sumário Orientação sobre os conteúdos do volume Situações de Aprendizagem

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Situação de Aprendizagem 1 – Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história 7 Situação de Aprendizagem 2 – As linguagens das fontes históricas: documentos escritos, mapas, imagens e entrevistas 15 Situação de Aprendizagem 3 – A vida na Pré-história e a escrita

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Situação de Aprendizagem 4 – Os suportes e os instrumentos da escrita

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Situação de Aprendizagem 5 – O Rio Nilo e o trabalho dos camponeses no Egito Antigo 38 Situação de Aprendizagem 6 – O Código de Hamurábi: os princípios de justiça na Mesopotâmia 48 Situação de Aprendizagem 7 – África, o berço da humanidade

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Situação de Aprendizagem 8 – Heranças culturais da China e trocas culturais em diferentes épocas 62 Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais Gabarito

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orientação sobre os conteúdos do VOLUME Caro(a) professor(a), O objetivo deste Caderno é auxiliá-lo no desenvolvimento de Situações de Aprendizagem para alunos que iniciam a aprendizagem formal com os conteúdos de história. Foram selecionados oito temas principais: ff Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história; ff As linguagens das fontes históricas: documentos escritos, mapas, imagens e entrevistas; ff A vida na Pré-história e a escrita; ff Os suportes e os instrumentos da escrita; ff O Rio Nilo e o trabalho dos camponeses no Egito Antigo; ff O Código de Hamurábi: os princípios de justiça na Mesopotâmia; ff África, o berço da humanidade; ff As heranças culturais da China e trocas culturais em diferentes épocas. Estes temas serão desenvolvidos em Situações de Aprendizagem que terão, entre seus objetivos, ressaltar as diferentes linguagens das fontes históricas, a vida na Pré-história e a escrita. Trata-se de práticas que incentivam o exercício de formulação de hipóteses, o processo de criação, a compreensão e interação de narrativas, a representação simbólica, por meio de encenações e jogos dramáticos que têm como objetivo estimular o processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Para cada Situação de Aprendizagem foram elaboradas uma atividade principal, questões para a avaliação e propostas para recuperação,

nas quais foram destacados alguns dos aspectos mais significativos das discussões historiográficas contemporâneas. Considere a possibilidade de realizar mudanças para adequar as propostas à sua experiência docente, ao seu atual grupo de alunos e às suas condições de trabalho. Todas as Situações de Aprendizagem estão acompanhadas da identificação dos principais conceitos trabalhados, das competências e habilidades priorizadas, das estratégias e dos recursos que podem ser utilizados, além de um roteiro para a sua aplicação e de sugestões para avaliação. Deve-se considerar também que as atividades propostas estão baseadas nas orientações para a área de História estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no 9.394/96) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais, principalmente no que se refere à inserção dos alunos na sua realidade social, valorizando o direito de cidadania dos indivíduos; ao reconhecimento de que o conhecimento histórico é interdisciplinar; e ao estabelecimento de relações entre conteúdo e atitudes que reconheçam os alunos como agentes na construção do processo histórico. As competências e habilidades que devem ser desenvolvidas nas Situações de Aprendizagem deste Caderno, extraídas da matriz do Enema, são as seguintes: I. dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica;

a Documento básico do Enem. Fonte: <http://portal.mec.gov.br/index.php?ltemid=3107.enem.br>. Acesso em: 10 out. 2013. As competências básicas da área enunciadas na “Matriz de Referencias para o Enem 2009” encontram-se disponíveis em: <http:// download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2009/Enem2009_matriz.pdf>. Acesso em: 17 maio 2013.

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II. construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas; III. selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações, representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema; IV. relacionar informações, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em diferentes situações para construir uma argumentação consistente; V. recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. O objetivo deste Caderno é apoiar você, professor, no desenvolvimento desses conteúdos,

no primeiro contato formal dos alunos com informações relacionadas à Pré-história e às civilizações do Oriente e à vida na China e na África antigas. Além disso, nas Situações de Aprendizagem você encontrará sugestões de avaliação, com atividades de análise de documentos, produção e leitura de textos e atividades de múltipla escolha. Essas sugestões poderão ser utilizadas para avaliar o processo de aprendizagem dos alunos. As atividades de múltipla escolha poderão ser justificadas pelos alunos, o que possibilitará a observação da argumentação e o entendimento das questões, bem como a assimilação do conteúdo. Já as atividades de análise de documento e leitura e produção de textos poderão exercitar a capacidade de interpretação e encadeamento de conhecimentos trabalhados sobre o período que está sendo estudado. Bom trabalho!

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Situações de Aprendizagem Situação de Aprendizagem 1 Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da História A primeira Situação de Aprendizagem tem como objetivo propiciar aos alunos a compreensão de que, ao longo da história, diferentes povos colocaram-se questões sobre a natureza do tempo, cada um à sua maneira. Como estratégia, sugerimos a organização de um varal sobre os sistemas sociais e culturais de notação do tempo ao longo da história. O varal – local em que se penduram roupas e objetos – dará lugar às produções dos alunos, como recortes, desenhos, registros visuais de entrevistas, fotografias e outros que mostrem vestígios e testemunhos do passado humano.

Há indicações neste Caderno que podem auxiliar na preparação do varal sobre os sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história. Essas indicações foram elaboradas com a intenção de apresentar à classe o conceito de tempo cronológico e alguns marcadores de tempo, considerando-os como criações culturais de diferentes povos e lugares. Com isto, pretende-se estimular os alunos a compreender o tempo histórico como referência de momentos históricos em seu processo de sucessão e na simultaneidade dos fatos.

Conteúdos e temas: sistemas sociais e culturais de notação de tempo; passado, presente e futuro, anterioridade, posteridade, calendários, tempo, ampulheta, clepsidra, pêndulo e solstício. Competências e habilidades: reconhecer acontecimentos no tempo (tendo como referência a anterioridade e a posteridade); reconhecer diferentes formas de marcação de tempo; trabalhar em equipe; pesquisar; sistematizar e apresentar conceitos e informações; desenvolver a expressão oral e escrita. Sugestão de estratégias: pesquisa e construção de varal sobre sistemas sociais e culturais de notação de tempo. Sugestão de recursos: papel-jornal, sulfite ou folhas coloridas recicladas, prendedores de madeira, barbante, enciclopédias, livros de apoio didático, dicionários e mídias eletrônicas. Sugestão de avaliação: participação dos alunos no processo de trabalho e o produto final, ou seja, o varal.

Sondagem e sensibilização – 1a etapa A primeira etapa desta Situação de Aprendizagem será importante para apresentar aos alunos a proposta sobre como organizar o varal sobre sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história e as

etapas para sua realização. Inicie a sondagem perguntando aos alunos como eles marcam o tempo. É muito importante que você mostre a eles que percebemos a existência do tempo, mas não podemos vê-lo nem segurá-lo, embora possamos estabelecer maneiras para medi-lo.

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Faça um levantamento das semelhanças e diferenças entre os critérios para que cada um marque seu tempo. Pergunte, por exemplo, quando eles sentem passar o tempo mais rápido e mais devagar. As respostas, que podem ser registradas no Caderno do Aluno, são pessoais e, a partir delas, você pode mostrar a maneira como os povos utilizaram diferentes instrumentos para marcar o tempo. Tendo em vista a complexidade da elaboração da noção de tempo para a 5a série/6o ano do Ensino Fundamental, é recomendável que você estimule os alunos a indicar três situações, relacionadas ao cotidiano deles, em que percebam a passagem do tempo de modo diferenciado (rápido e devagar). Escreva na lousa a seguinte frase: “Os dias podem ser iguais para um relógio, mas não para um homem.” Marcel Proust, escritor francês (1871-1922). Chroniques, Vacances de Pâques. Le Figaro, 25 mar. 1913.

Após a apresentação da citação, presente também no Caderno do Aluno, estimule os alunos a interpretá-la e registrar suas impressões no Caderno. Pergunte se eles conhecem exemplos que estejam relacionados a diferentes formas de contar o tempo. Destaque a necessidade de diferentes povos, ao longo da história, marcarem o tempo considerando os ritmos da natureza, como as mudanças de estações e temporadas de chuvas, por exemplo. As atividades econômicas – como as culturas agrícolas – também serviram, e ainda servem, como referência de tempo para populações rurais. Considerando que os temas tempo e contagem do tempo estão muito presentes no cotidiano dos alunos, não será difícil, no momento da Sondagem, extrair deles diversas informações. Você poderá mostrar que a palavra tempo pode ter vários significados.

O texto a seguir, também presente no Caderno do Aluno na seção Leitura e análise de texto, estimula a reflexão sobre os vários significados da palavra tempo. A palavra “tempo” Quando pensamos na palavra “tempo”, observamos que ela pode ter vários significados. Um deles é sinônimo de “clima”, é o tempo quando associado à chuva, aos ventos e a outras condições atmosféricas em certo local e em determinado momento. Outro significado pode ser o de “tempo cronológico”, marcado em segundos, minutos, horas, meses e anos. Há ainda o “tempo histórico”, que nos ajuda a perceber as permanências e mudanças, e as diferenças e semelhanças no modo de viver dos indivíduos e dos grupos sociais ao longo de muitos anos, séculos ou milênios. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Para o historiador francês Fernand Braudel (1902-1985), estudioso da multiplicidade do tempo histórico, o estudo dos fenômenos históricos inclui três níveis: o tempo dos acontecimentos, de breve duração; o tempo das conjunturas, um período médio de 10, 20 ou 50 anos, no qual um determinado conjunto de acontecimentos se prolonga; e o tempo de longa duração, que abrange séculos e se caracteriza por mudanças quase imperceptíveis. Caio César Boschi, em sua obra Por que estudar História? (2007), mostra-nos que para tornar sua teoria mais clara, Braudel comparou o tempo histórico às águas do oceano. O tempo dos acontecimentos é breve e móvel, como a água que fica na superfície, agitada pelo vento e pela chuva. O tempo das conjunturas é a camada que fica logo abaixo, onde as águas são mais calmas e servem

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de apoio para a água da superfície. Por fim, o tempo de longa duração é representado pelo fundo do oceano, onde as águas são praticamente imóveis, mas sustentam as outras duas camadas. O tempo é um só, mas inclui camadas temporais da mesma forma que o oceano inclui camadas de água. Nos dois casos, as camadas são sobrepostas e simultâneas. Após as reflexões realizadas com a participação dos alunos, você poderá propor a construção do varal sobre os sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história com base no conceito de tempo cronológico e de tempo histórico, valendo-se do exemplo de alguns marcadores de tempo como o relógio de Sol, o gnômon, a clepsidra e a ampulheta; e os calendários gregoriano, juliano, judaico, chinês, muçulmano e japonês. Professor, esta atividade encontra-se na seção Pesquisa individual, do Caderno do Aluno. Oriente os alunos na organização das diferentes etapas da pesquisa: coleta, seleção, análise e registro escrito. Organize com seus alunos um roteiro de pesquisa sobre os sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história, como os diferentes tipos de calendário: cristão, judaico, muçulmano, chinês, indígenas etc. Além disso, será importante buscar informações sobre a clepsidra, a ampulheta, o gnômon e os relógios de pêndulo, de bolso, de pulso e digital; e os temas relacionados ao

tempo histórico, como as origens dos nomes dos meses do ano e dos dias da semana, as razões da periodização do tempo e curiosidades sobre a necessidade de homens e mulheres de marcar o tempo. Apresente o cronograma, indique as etapas do trabalho e faça uma lista com os materiais necessários para a pesquisa, como também os materiais que serão utilizados para confeccionar o varal: barbantes, prendedores de roupa e folhas de papel.

2a etapa Antes da apresentação do roteiro de pesquisa aos alunos, você poderá desenvolver uma aula expositiva com base nos conteúdos apresentados nas questões que virão a seguir acompanhando a atividade proposta no Caderno do Aluno: grifar no texto e escrever as frases que contem informações importantes sobre o tempo. Aqui, as respostas aparecem ampliadas e você deverá selecionar os conteúdos que considerar adequados para a sua turma. O importante é envolvê-los na temática e desenvolver um patamar equilibrado de conhecimentos sobre o tema para o conjunto da classe. Professor, o texto a seguir encontra-se no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto e pretende estimular a curiosidade dos alunos sobre a notação do tempo, seu surgimento e as necessidades que pretendia suprir.

Tempo: duração e medição Não se pode definir com exatidão o momento em que o ser humano sentiu necessidade de dividir o tempo em dias, semanas, meses, anos, séculos, horas, minutos e segundos. O que sabemos é que as primeiras tentativas de medir o tempo aconteceram a partir da observação dos ciclos dos astros, especialmente do ciclo lunar, há mais de 4 mil anos. Durante muitos séculos e ainda hoje, principalmente na zona rural, milhares de pessoas no mundo inteiro regulam suas vidas pelos ciclos ou fenômenos da natureza. Observando os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas ou ainda o comportamento dos animais, as pessoas buscam saber quando vai chover e qual a melhor época para o plantio e a colheita. Foi por meio da investigação da natureza

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que a agricultura se desenvolveu. O homem passou a observar a ocorrência do solstício, e, com isto, diferenciar as estações do ano. O solstício ocorre quando o movimento aparente do Sol atinge o maior grau de afastamento do Equador. É um fenômeno que acontece duas vezes ao ano e marca o início do verão, quando o dia tem sua maior duração, e o início do inverno, quando o dia tem sua menor duração, e incide simultaneamente e de maneira inversa nos Hemisférios Sul e Norte. Os astrônomos da Babilônia, cidade da antiga Mesopotâmia – região onde se localizavam as primeiras civilizações do antigo Oriente –, observavam os movimentos das estrelas e dos planetas. Em seus registros eles mostram que, em cerca de sete dias, a Lua passa de Nova (seu disco não fica visível) ao primeiro quarto; após sete dias, ela fica Cheia; contando mais sete dias, ela está em seu último quarto e, finalmente, sete dias depois, a Lua volta a ficar Nova. Esses astrônomos basearam seu calendário no ciclo lunar: dividiram o ano em 12 meses de 29 ou 30 dias, formando um ano de 354 dias. Os 11 dias que ficaram faltando para completar 365 foram acrescentados em meses intercalares em relação às estações. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

As questões sugeridas podem ser utilizadas para atividade em sala, lição de casa ou verificação do conteúdo, de acordo com seu critério. 1. A necessidade de marcar o tempo nasce com o ser humano? 2. Por que a semana tem sete dias? 3. Qual é a origem dos nomes dos meses do nosso calendário? 4. Com que objetivos se periodiza o tempo? Quais são os critérios usados nessa divisão do tempo em períodos? 5. Quais são as informações que temos sobre os relógios mais antigos? Professor, avalie a necessidade de seus alunos e, caso considere oportuno, levante hipóteses sobre a origem da denominação dos meses do ano. Trata-se de um assunto que estimula o interesse por fazer parte do cotidiano. Em português e em outras línguas de origem latina, os nomes dos meses estão associados à antiga tradição romana.

ff Janeiro – mês dedicado a Jano, deus romano dos começos e das passagens, e que, por possuir duas faces, podia enxergar para trás e para a frente; ff Fevereiro – mês dedicado a uma divindade nefasta. Acredita-se que a um dos deuses dos mortos chamado Fébruo; ff Março – mês do deus romano da guerra, Marte; ff Abril – acredita-se que tenha origem no verbo latino que significa “abrir”, porque é o despertar da vegetação no Hemisfério Norte; ff Maio – associado a Maia, mãe do deus Mercúrio; ff Junho – mês de Juno, deusa das mulheres casadas; ff Julho – mês dedicado ao imperador Júlio César, o iniciador do calendário juliano; ff Agosto – dedicado ao imperador Augusto, que aplicou o calendário de César; ff Setembro – correspondia ao sétimo mês do ano para os romanos, que começa no mês de março. Para nós, é o nono mês do ano; ff Outubro, novembro, dezembro – octo, novem e decem eram, em latim, o oitavo, o nono e o décimo mês do ano romano.

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Assim como os meses do ano, os acontecimentos históricos desenrolam-se de maneira contínua. A divisão da história em períodos é um recurso que usamos para entender o passado de uma determinada maneira. As periodizações partem de critérios variáveis e, por isso, elas também variam. Os períodos econômicos, por exemplo, podem não corresponder ou coincidir com as etapas políticas. Assim, o desenvolvimento de atividades econômicas, como o extrativismo do pau-brasil, o plantio da cana-de-açúcar, a mineração, o café e a indústria, não coincide rigidamente com os períodos colonial, imperial e republicano da história brasileira. Ainda que dentro de um mesmo tipo de periodização, pode haver divergência, depen-

dendo das ênfases e predileções dos estudiosos. Assim, a República brasileira, iniciada em 1889, pode ser dividida em diferentes períodos. Quantas e quais seriam as divisões são questões muito discutidas por historiadores. O importante é sabermos que os períodos históricos servem como um instrumento de análise, mas são sempre sujeitos a diversas interpretações. Professor, o texto a seguir encontra-se no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto, acompanhado de uma atividade com imagens de relógios utilizados em diferentes lugares e épocas. Desta forma, os alunos poderão verificar a singularidade e a necessidade das sociedades na notação do tempo ao longo da história.

Os relógios e o tempo Os relógios mais antigos datam de mais de 4 mil anos. Foram criados pelos egípcios a partir da observação do movimento do Sol, para marcar a passagem do tempo. Eram compostos de uma haste presa ao solo ou a uma superfície plana. O tamanho e a posição da sombra dessa haste mudavam de acordo com a posição do Sol durante o dia, marcando, assim, a passagem do tempo. O gnômon é uma forma simples de relógio solar em que a sombra de uma vara plantada em uma superfície plana permite calcular a hora de forma aproximada. A clepsidra é um relógio de água. Foi usada no Egito Antigo para registrar o tempo do faraó e, em Atenas, cidade da Grécia Antiga, para medir o tempo da fala dos oradores na ágora – a praça principal onde eram realizadas as assembleias –, de modo que nenhum deles fosse privilegiado em relação aos outros. Na clepsidra, o fluir do tempo é medido pelo escoamento da água num recipiente graduado. Outro tipo de relógio antigo é a ampulheta. Sua invenção é atribuída a um monge da região de Chartres, na França, chamado Luitprand, que viveu no século VIII. Na ampulheta, o intervalo é medido pela passagem de uma quantidade de areia de um lado a outro de um recipiente. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

Ao final desta etapa, apresente aos alunos o roteiro de pesquisa que norteará a busca de novos dados para ampliar o entendimento do tema.

Roteiro de pesquisa Solicite aos alunos que realizem pesquisas para caracterizar os marcadores de

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tempo descritos a seguir. Peça que, para cada um dos marcadores temporais, vinculem um exemplo de utilização, explicando o significado para a cultura que o utiliza; solicite a leitura do texto “O calendário”, presente na seção Leitura e análise de texto, no Caderno do Aluno. ff Sol;

ff Clepsidra; ff Ampulheta; ff Gnômon; ff Calendário gregoriano; ff Calendário juliano; ff Calendário judaico; ff Calendário chinês; ff Calendário muçulmano; ff Calendário japonês.

O calendário A observação dos ritmos da natureza permitiu que muitos povos soubessem o momento de plantar e colher alimentos e a época de caçar animais. Os primeiros calendários foram feitos a partir dessas informações. O calendário é um sistema baseado na natureza que permite que nos situemos no tempo. A palavra “calendário” vem do uso que os romanos davam ao primeiro dia de cada mês, chamado de calendas e, na origem, era determinado pela aparição da Lua Nova. Atualmente, há diferentes tipos de calendário. O ano 1 do calendário judaico, por exemplo, inicia-se no que os judeus acreditavam ser o sexto dia da criação do mundo. Para sabermos o ano do calendário judaico que corresponde ao calendário cristão somamos 3761 ao ano do calendário cristão. Por exemplo, para sabermos a que ano judaico correspondeu o ano 2000 somamos 3761: o resultado será 5761. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

Organize os alunos em grupos pequenos, de forma a contemplar os dez temas de pesquisa. É muito importante constituir critérios de pesquisa junto aos alunos, destacando a necessidade de coletar dados para, posteriormente, elaborar textos autorais a partir da seleção das informações que atendam aos objetivos propostos. Sugira aos alunos que desenhem ou selecionem imagens que se refiram ao assunto pesquisado.

observem a coerência do texto e que consultem um dicionário sempre que tiverem dúvida sobre a escrita de uma palavra.

3a etapa

Passe pelos grupos ou chame-os à sua mesa para orientá-los na produção de textos, legendas, utilização dos espaços nas folhas, na indicação do nome dos participantes, da disciplina e do professor.

A partir da pesquisa do material sobre sistemas sociais e culturais de notação de tempo, peça aos alunos que se reúnam na classe para apresentar aos colegas o material coletado e comecem a fazer os registros, inicialmente em rascunhos. Em um segundo momento, oriente-os a registrar nas folhas que serão expostas, o resultado pesquisado, insistindo para que

É fundamental compor legendas para as imagens ou ilustrações, que informem qual é o calendário ou relógio que está sendo mostrado e em que época e local foi tirada a fotografia ou feita a imagem. Caso se trate de ilustração ou obra de arte, é importante também apresentar o nome do autor.

Após a avaliação do material, inicie com os alunos a montagem do varal, organizando uma faixa ou um cartaz com o título da exposição.

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Ao avaliar as etapas da Situação de Aprendizagem, você poderá observar os conhecimentos adquiridos e examinar o aprendizado do aluno. No desenvolvimento das propostas, acompanhe o processo de aprendizagem deles, localizando dificuldades, propondo retomadas e fazendo mudanças, se necessário. É neste momento que você poderá acomMontagem de uma ampulheta Materiais: • 2 garrafas plásticas de refrigerante (600 ml) ou água (500 ml) bem limpas e secas (uma delas com tampa). • Sal, areia fina ou farinha fina de mesa (farinha de trigo ou de mandioca). • Fita adesiva. Montagem: ff Encha uma das garrafas com areia, sal ou farinha de mesa. ff Tampe a garrafa e peça para um adulto fazer

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panhá-los de forma sistemática, utilizando instrumentos de medição do tempo que façam parte da realidade dos alunos (temporal e espacialmente) e fontes estudadas que ajudem no esclarecimento sobre o conhecimento histórico, para conduzi-los, de modo gradativo, à construção da noção de tempo histórico. No Caderno do Aluno o experimento a seguir está contemplada na seção Roteiro de experimentação – Montagem de uma ampulheta. um pequeno furo na tampa. ff Cole uma garrafa na outra pelo gargalo. ff Ponha a garrafa cheia de areia virada para baixo e espere. Usando a ampulheta: ff Vire a ampulheta para marcar o tempo da atividade que está sendo realizada. ff Registre quantas vezes, durante a atividade, a areia da ampulheta passou para a garrafa de baixo. Ciência Hoje na Escola, 7: “Tempo e Espaço”. Rio de Janeiro, Instituto Ciência Hoje, 1999. v.7. p. 18.

©Jairo Souza Design

Avaliação da Situação de Aprendizagem

Figura 1 – Montagem de uma ampulheta.

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Proposta de questões para avaliação As questões a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. Como o tempo é medido pela ampulheta? O tempo é medido pela velocidade da passagem de uma quantidade de areia de um a outro recipiente. Esta questão será mais bem desenvolvida se você propuser que os alunos construam uma ampulheta, conforme orientações também incluídas no Caderno do Aluno.

2. Elabore frases de abordagens históricas com as seguintes palavras: a) calendário – tempo. b) séculos – humanidade. Para redigir frases historicamente corretas e completas, é

Propostas de Situações de Recuperação Proposta 1 A observação dos ritmos da natureza permitiu que muitos povos soubessem o momento de plantar e colher alimentos e a época de caçar animais. Com base nos estudos realizados nesta atividade, oriente os alunos a organizar um calendário tendo como referência os fenômenos da natureza. Sugira que desenhem no caderno o calendário e façam marcos com as mudanças de tempo. Para facilitar, oriente-os a utilizar os meses do nosso calendário. Para auxiliar os alunos nessa atividade, sugerimos a retomada da atividade Leitura e análise de texto – O Calendário, do Caderno do Aluno.

Proposta 2

muito importante que os alunos retomem os temas estudados e estruturem as frases de forma clara, coesa e coerente. Incentive-os a retomar os temas estudados para o registro escrito das frases selecionadas.

3. O século I começou no ano 1 e terminou no ano 100. O século II começou no ano 101 e terminou no ano 200. O século XXI começou no ano 2001 e terminará em qual ano? a) 2988. b) 3001. c) 2999. d) 2100. e) 3002. Lembre aos alunos que século é o período de cem anos, seu início é no ano que começa com 1 e seu término é no ano que termina em 00. Na seção Lição de casa há um texto e três atividades que estão relacionadas aos séculos e milênios e à utilização dos algarismos romanos.

Apresente o poema a seguir e peça aos alunos que destaquem os acontecimentos que permitem aos indígenas observar a marcação do tempo. O poema está presente no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto. Calendário indígena Janeiro, mês de milho. Fevereiro, mês de abóbora. Março, mês de batata. Abril, mês de curso [d’água]. Maio, mês de banana. Junho, mês de timbó. Julho, mês de periquito. Agosto, mês de tracajá. Setembro, mês de “Kuarup”. Outubro, mês de pequi. Novembro, mês da chuva. Dezembro, mês de melancia. Tawala Trumai. Geografia indígena: Parque indígena do Xingu. São Paulo/Brasília: ISA/MEC/PNUD, 1996. p. 53.

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Chame a atenção para frutas, cereais, aves, festas e curso d’água mencionados, o tracajá (um quelônio que vive em água doce) e a festa do “Kuarup”. Em seguida, ajude-os a montar um calendário a partir das observações de marcação de tempo do desenho. Se for oportuno, a turma pode selecionar um ou mais calendários para registrar a agenda das atividades da classe.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros ARIÈS, Philippe. O tempo da história. Tradução M. S. Pereira. Lisboa: Antropos, 1992.

Livro que trata da descoberta da história por uma criança. BAUSSIER, Sylvie. Pequena história da escrita. São Paulo: SM, 2005. Obra que apresenta a história do tempo, entre diferentes povos, a partir da diversidade cultural. BOSCHI, Caio César. Por que estudar História? São Paulo: Ática, 2007. Livro que apresenta aos leitores o universo do saber historiográfico, do trabalho do historiador, das fontes históricas, além das noções de tempo histórico. BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. Tradução J. Guinsburg; T. C. S. da Motta. São Paulo: Perspectiva, 1978. Obra que apresenta a importância do método e das relações entre a História e as outras ciên­cias sociais.

Situação de Aprendizagem 2 as linguagens das fontes históricas: documentos escritos, mapas, imagens E entrevistas Esta Situação de Aprendizagem visa a analisar as diferentes linguagens das fontes históricas, a partir da organização da primeira página de um jornal. Com ela, você poderá encaminhar a leitura de textos para analisar as fontes históricas e suas relações com a construção do saber histórico.

qualquer tipo de material que aos olhos dos historiadores carregue vestígios de épocas e acontecimentos. Como você vê, muitas dessas fontes históricas não foram produzidas com o objetivo de informar ou perpetuar a memória, mas acabaram apropriadas como tal pelo fazer historiográfico.

Para Caio César Boschi, especialista na área de arquivos no Brasil e em Portugal, fonte histórica é tudo o que pode fornecer informações sobre o passado: documentos escritos, cartas, testemunhos, objetos do cotidiano, instituições, fósseis, imagens, músicas, mapas, edifícios, jornais, obras de arte e

Outro objetivo da Situação de Aprendizagem é propiciar a prática da atividade em grupo e aplicar conhecimentos para a produção da primeira página de um jornal histórico, incentivando a realização de pesquisa sobre fontes históricas e a sistematização de informações e conceitos.

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Conteúdos e temas: fontes históricas: vestígios, documentos, relatos orais; historiador, investigação histórica, conhecimento histórico, interpretação histórica. Competências e habilidades: desenvolver a capacidade de leitura, seleção, organização, análise e apresentação de conceitos e informações. Sugestão de estratégias: reconhecimento das partes constitutivas de um jornal, pesquisa e produção de uma página de jornal. Sugestão de recursos: primeiras páginas de jornais diversos, materiais para pesquisa de textos e imagens, como enciclopédias, livros didáticos e de apoio didático. Papel canson, kraft, sulfite, papel-jornal ou papel-cartão, canetas hidrográficas coloridas ou lápis de cor e régua. Sugestão de avaliação: apreensão de conceitos e conteúdos relacionados às fontes históricas e do papel dos documentos e vestígios para a produção historiográfica, a produção da página do jornal e a participação do aluno no processo de trabalho.

Sondagem e sensibilização – 1a etapa Na proposição da Situação de Aprendizagem é importante que você busque e valorize, a partir de questões muito simples, os conhecimentos prévios que os alunos já detêm sobre o tema. Mostre a primeira página de um jornal, destacando seus principais elementos: título, cidade, editora, data, ano, número, manchetes, imagens, legendas, chamadas e a diagramação, ou distribuição, das notícias na página. Na mesma etapa, você pode abordar conceitos importantes a respeito de diferentes linguagens das fontes históricas, mostrando que a História se faz com elas. É importante enfatizar a diferença entre História e fonte histórica. O desenvolvimento da aula deve assegurar que os alunos sejam capazes de identificar documentos escritos e diferentes vestígios, para utilizar essas informações na montagem da primeira página. É muito importante que possam estabelecer relações entre fontes históricas e consigam identificar alguns conceitos. As perguntas aqui sugeridas devem ser utilizadas como motivadoras para iniciar a

apresentação da proposta e despertar a curiosidade sobre o tema em estudo. Aproveite as respostas dadas pelos alunos para, gradativamente, construir as primeiras noções a respeito do tema. 1. Como vocês imaginam que seja o trabalho de um historiador? 2. Vocês sabem como o historiador obtém informações para fazer o seu trabalho? 3. Que tipos de fontes históricas vocês conhecem? 4. Qual é a importância das fontes históricas para a História? Pautando-se pelas participações dos alunos na Sondagem e sensibilização e pela identificação do que eles conhecem ou não, desenvolva os seguintes conteúdos: ff O que são fontes históricas; ff Qual é a importância do uso de fontes históricas para a História; ff Como o historiador utiliza as fontes históricas em sua pesquisa; ff Quais são os tipos de fontes históricas.

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A noção de fonte histórica, originária do cientificismo do século XIX, nasceu das discussões historiográficas sobre a veracidade dos fatos históricos. Fonte é uma metáfora, pois o sentido inicial da palavra tem origem em bica d’água, no sentido figurado da palavra fons (fonte) em latim. No caso da História, mantém-se o sentido de origem, mas com uma conotação de fonte de informação, algo capaz de trazer à luz dados desconhecidos. A História constitui um discurso sobre o mundo e a sociedade, tendo como objeto pretendido de investigação o passado. Um mesmo objeto de pesquisa pode ser interpretado de maneiras diversas, propiciando diferentes leituras do passado, o que faz da História construída pelos historiadores um discurso em constante transformação. Vale ressaltar que o que se escreve e se ensina sobre o passado está ligado à realidade dos dias de hoje. Por isso, a História é também uma das maneiras pelas quais as pessoas formam as suas identidades. Trabalhar com o tema fontes históricas com crianças da 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental é uma experiência muito rica, pois permite a elas analisar uma diversidade de novos objetos muito próximos do seu cotidiano. O historiador Marc Bloch afirmou, em sua obra Apologia da história, ou, o ofício de historiador (2002) que “a diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que constrói, tudo o que toca, pode e deve fornecer informações sobre ele”a. Isso abre perspectivas para que você possa mostrar aos alunos que praticamente tudo o que as pessoas fazem, dizem ou escrevem pode ser considerado um documento, um testemunho ou uma fonte histórica, servindo, portanto, ao entendimento dos acontecimentos da História. a

A historiadora Maria de Lourdes Janotti, na introdução do livro As fontes históricas (2005) mostra que o uso das fontes também tem uma história, pois os interesses dos historiadores variaram e variam no tempo e no espaço, em relação direta com as circunstâncias de suas trajetórias pessoais e com suas identidades culturais. Ser historiador do passado ou do presente, além de outras qualidades, sempre exigiu erudição e sensibilidade no tratamento das fontes, pois delas depende a construção convincente do discurso historiográfico. O papel das fontes históricas para Caio César Boschi é fundamental, mas o ponto de partida da produção historiográfica é o questionamento que fazemos ao tema-objeto de nosso interesse – o que os especialistas chamam de problematização. Em um primeiro momento, fazemos perguntas cujas respostas serão buscadas em fontes. Em seguida, partimos em busca de fontes que possam oferecer subsídios para o conjunto de nossas indagações (o que recebe o nome de problemática). De modo mais simples, tudo isso quer dizer que é no diálogo com as fontes históricas que se inicia a interpretação histórica e se assentam as semelhanças e diferenças entre as análises dos pesquisadores. Professor, as diferentes formas de fontes históricas podem ser agrupados em algumas categorias: fontes materiais, relatos orais, visuais e audiovisuais. No Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto, há um texto que sintetiza para o aluno as fontes descritas aqui, acompanhado de uma atividade de sensibilização, na qual os alunos deverão classificar alguns objetos de acordo com a categoria de fonte histórica. Fontes ou documentos escritos: são as fontes históricas mais utilizadas pelos historiado-

BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002. p. 79.

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res. Trazem informações escritas em certidões, cartas, testamentos, jornais, letras de músicas, livros, receituários, discursos, diários, autobiografias, revistas, textos de órgãos públicos, religiosos e de empresas. Em geral, encontram-se guardados em arquivos universitários e governamentais, igrejas, cartórios, centros de documentos de empresas ou em coleções particulares. Fontes materiais: são os vestígios materiais. Sinais que o homem deixa pelos lugares por onde passa, que podem ser vistos em vários sítios arqueológicos abertos à visitação pública ou em museus especializados. Exemplos: cerâmicas com elementos femininos, pedras talhadas e polidas, sambaquis (grandes concheiros formados por restos de mariscos e que, às vezes, podem atingir vários metros de altura; apresentam vestígios de enterramentos, mas também podem conter objetos de pedra em forma de animais, os zoólitos, e também móveis, utensílios, indumentárias etc.). As pesquisas arqueológicas desenvolvidas a partir dos séculos XIX e XX começaram a revelar uma quantidade enorme de ruas, aquedutos, vasos, ânforas e muitos outros artefatos. Visando à transformação da cultura material em fonte histórica, foram sendo criados métodos científicos, por exemplo, para o trabalho de datação, como o teste do carbono 14. Dentre a imensa quantidade de material arqueológico que começou a surgir a partir do século XIX, o que mais chamou a atenção dos arqueólogos foram as inscrições em pedra, cerâmica, tijolos, estelas e sarcófagos. Essas inscrições se apresentam sob as mais diversas formas: monumentos em pedra, cursivas pintadas nas paredes ou nos vasos de cerâmica e ainda grafites em vários tipos de suportes. Fontes ou relatos orais: o registro de testemunhos amplia as possibilidades de estudo dos acontecimentos do passado. São exemplos as entrevistas gravadas com pessoas que participaram ou testemunharam acontecimentos do

passado. Para Verena Alberti, historiadora e coordenadora do Programa de História Oral do Centro de Pesquisa e Documentação de História do Brasil, da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, a História Oral permite o registro de testemunhos e o acesso às “histórias dentro da História” e, dessa forma, amplia as possibilidades de interpretação do passado. A utilização de relatos orais possibilita, por exemplo, o registro e a coleta de informações sobre semelhanças e diferenças entre brincadeiras, brinquedos e o funcionamento das escolas atuais e de antigamente, a partir de testemunhos de avós ou pais. A partir da década de 1980, os historiadores passaram a se interessar por temas como a vida cotidiana, a família, as festas de comunidades, os gestos de trabalho, os quais também podem ser analisados por meio de relatos orais. As etapas para a pesquisa com fontes orais podem envolver entrevista (escolha do depoente, grade de questões), gravação do depoimento, transcrição e análise. Os relatos orais são importantes fontes de informação para as histórias das comunidades, dos bairros, da origem dos imigrantes e migrantes, das tradições culturais e religiosas. Nesse sentido, o pesquisador tem acesso a uma multiplicidade de “histórias dentro da História” que, dependendo de seu alcance e dimensão, permite alterar a “hierarquia de significações historiográficas”, como afirmou a historiadora italiana Silvia Salvatici. Fontes visuais ou iconográficas: são imagens, pinturas, fotografias, anúncios de publicidade e outros, sempre importantes como fontes históricas informativas de épocas, pessoas e das sociedades nas quais foram produzidas. No caso específico das pinturas, é possível identificar muitos aspectos do cotidiano, como cenas urbanas e rurais, tipos de trabalho escravo e vestuário, entre outros aspectos. Fontes audiovisuais e musicais: nesta categoria, encontram-se o cinema, a televisão e os registros sonoros em geral. Todo documen-

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to de natureza audiovisual, segundo Marcos Napolitano, em seu texto como colaborador, na obra Fontes históricas (2005), deve ser analisado a partir de uma crítica sistemática que dê conta de seu estabelecimento como fonte histórica (datação, autoria, condições de elaboração e coerência histórica do seu “testemunho”) e do seu conteúdo potencial informativo sobre um evento ou um processo histórico. Professor, no Caderno do Aluno, encontramos atividades de Leitura e análise de textos que remetem à temática da relação entre as fontes materiais e a arqueologia, e podem ser utilizadas de acordo com seu critério.

2a etapa Após a Sondagem e sensibilização, apresente as etapas da proposta da montagem da primeira página do jornal sobre fontes históricas, presente no Caderno do Aluno, na seção Pesquisa em grupo, esclarecendo as dúvidas que possam ocorrer. É fundamental que todos os alunos tenham clareza a respeito da proposta, para que o trabalho possa fluir de forma clara, coesa e coerente. Apresente o cronograma das atividades, estabelecendo o prazo para a coleta de material, a data de entrega e o critério para a organização dos grupos. Ao lhes apresentar a proposta para a montagem da primeira página do “Jornal da História: linguagens e fontes históricas” é muito importante deixar claro a importância do jornal na sala de aula. Maria Alice Faria, autora do livro Como usar o jornal na sala de aula (2005), mostra-nos que a escola, como toda instituição, é um estabelecimento relativamente fechado e nela os alunos recebem (ou deveriam receber) instrução e formação. Dado o anacronismo, em parte inevitável, de sua estrutura e dos progra-

mas, os alunos podem ficar isolados da sociedade que evolui à sua volta. Um dos principais papéis do professor seria, pois, o de estabelecer laços entre a escola e a sociedade. Ora, levar jornais e revistas para a sala de aula é trazer o mundo para dentro da escola. Numa bela metáfora, a jornalista argentina Roxana Morduchowicz chama o jornal de “janelas de papel”. Por essas janelas, o aluno pode atravessar as paredes da escola e entrar em contato com o mundo e a atualidade. Jornais e revistas são, portanto, mediadores entre a escola e o mundo. Vale a pena fazer um levantamento dos locais em que se poderá encontrar jornais, como pontos de venda e distribuição comercial e gratuita (bancas de jornal, lojas, livrarias, pontos de ônibus, estações do metrô e esquinas de ruas movimentadas). Proponha que, em grupos, os estudantes façam um levantamento dos componentes de uma primeira página de jornal, observando sua diagramação e elaborando um registro escrito para que, na fase seguinte, possam iniciar o projeto da primeira página do jornal sobre as fontes históricas. Peça-lhes que elaborem, em uma folha do caderno, um esboço da primeira página do jornal, destacando seus principais elementos: nome dos responsáveis pela sua elaboração, manchete, subtítulos, chamadas, abertura de texto, índice, dados sobre a edição, imagens, legendas e créditos das imagens. Nesta fase, eles estarão desenvolvendo operações e processos, como levantar hipóteses e verificá-las, codificar esquemas, reproduzir, transformar, transpor conhecimentos, concei­ tuar, memorizar e reaplicar conhecimentos.

3a e 4a etapas Nestas duas etapas, organize com os alunos critérios para o trabalho em grupo e para

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a organização da primeira página. Oriente os grupos a fazer uma leitura do esboço do jornal, organizado anteriormente, observando novamente os critérios estabelecidos para a produção do material. Nesta fase, os grupos devem iniciar o projeto gráfico. Peça aos alunos que organizem a distribuição do espaço para o nome do jornal, deixem uma margem nas laterais, espaço para as manchetes, imagens, legendas, e textos da primeira página do jornal.

5a etapa Agora, você já pode passar à orientação dos alunos para que finalizem as atividades da primeira página, usando canetas e lápis de diferentes cores e verificando a grafia dos

textos e os conceitos utilizados. Organize uma roda com eles, para que os grupos apresentem as matérias tratadas nos jornais, destacando especialmente as informações sobre as diferentes linguagens das fontes históricas: documentos escritos, mapas, imagens, entrevistas. Organize uma exposição do material no mural da classe ou guarde para um evento da escola, como feira cultural, mostra cultural ou reunião de pais. Na seção Lição de casa, no Caderno do Aluno, está inserido o texto a seguir, sobre a idade dos fósseis e sua utilidade para a investigação do passado. Você pode também solicitar aos alunos, de acordo com seu critério, que realizem a atividade da seção Leitura e análise de texto na sala de aula.

A idade dos fósseis Os fósseis são restos petrificados de plantas, animais ou seres humanos que viveram há milhares ou milhões de anos e que conservaram suas características principais. Por isso, são muito importantes na investigação do passado. Um passo fundamental no estudo dos fósseis é a determinação da sua idade, feita pelo teste do Carbono 14. Ao longo da vida, todos os seres absorvem carbono da atmosfera em duas versões, comum e radioativa. Quando morre, o ser para de absorver essa substância, e o carbono radioativo, o C14, contido em seu organismo, começa a se desintegrar. Como os cientistas sabem a velocidade dessa desintegração, podem estabelecer a idade de um fóssil, comparando a quantidade de carbono comum com o que resta de C14 nele. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

Avaliação da Situação de Aprendizagem O resultado da avaliação deve ser um diagnóstico completo do processo de aprendizagem e um estímulo aos alunos, para que eles próprios possam analisar seu desempenho. A avaliação só passa a ter significado se for capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por parte do professor quanto

do aluno, devendo ser um momento de reflexão para ambos e que inclua todo o processo de aprendizagem. Você pode elaborar uma planilha contendo os conceitos de avaliação obtidos pelos grupos. A seguir, sugerimos um roteiro como referência para a elaboração da planilha: 1. Os componentes do grupo participaram do trabalho de forma equilibrada?

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2. Como foram realizadas pelo grupo as seguintes etapas:

tígios materiais. Esse local pode ter sido a morada de pessoas, como uma cabana de palha e madeira, ou ainda uma caverna onde os homens viveram e na qual foram deixados

ff pesquisa; ff seleção de imagens e/ou produção de desenhos; ff diagramação dos espaços para a manchete, imagens, legendas e textos; ff apresentação do produto final. 3. Os alunos demonstraram apreensão dos conceitos envolvidos?

Proposta de questões para a avaliação As questões a seguir estão inseridas no Caderno do Aluno, seção Você aprendeu?. 1. Qual é a importância das fontes materiais para o estudo da História? Cite alguns exemplos.

vestígios, como ferramentas de pedra lascada, restos de uma fogueira, uma pintura rupestre, entre outros.

3. Vivemos em um mundo dominado por imagens e sons, com destaque para a televisão, o cinema e os registros sonoros em geral. Pensando na classificação das fontes históricas, podemos identificá-las como sendo: a) fontes materiais. b) fontes escritas. c) fontes orais. d) fontes documentais. e) fontes audiovisuais.

As fontes materiais são muito importantes para o estudo da

Entre as fontes audiovisuais destacamos os registros sonoros,

História, pois é nelas que os arqueólogos procuram vestígios

como a música, o cinema e a televisão.

deixados pelo ser humano. Os mais conservados são os líticos – pedras trabalhadas pelo ser humano – e os cerâmicos. As pinturas rupestres, encontradas em cavernas e, às vezes, em paredes inteiras, apresentam desenhos de barcos, animais, caçadas, flechas, partos e elementos femininos. Civilizações sem escrita ou com escrita não decifrada passaram a ser objeto de atenção dos historiadores, que se valem dessas fontes materiais, como artefatos, para estudar diferentes povos e culturas.

2. O local onde há registro de uma antiga ocupação ou atividade humana é chamado de: a) vestígios. b) pistas. c) sítio arqueológico. d) sambaqui. e) “buracos do bugre”. Um sítio arqueológico é o local onde se encontram os ves-

4. Assinale, entre as alternativas, o nome que o arqueólogo brasileiro Walter Alves Neves deu para o crânio Pré-histórico reproduzido na imagem a seguir, o mais antigo já localizado no Brasil. Em seguida, crie uma legenda para a imagem. a) Lúcia. b) Luísa. c) Luciana. d) Luzia. e) Luana. O arqueólogo Walter Neves, ao encontrar, no Brasil, o mais antigo crânio feminino, deu ao achado o nome de Luzia, pois se lembrou do achado arqueológico feito pelo pesquisador inglês Donald Johanson, em 1974, batizado de Lucy em ho-

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menagem à música Lucy in the sky with diamonds, da banda

© Departamento de AntropologiaMuseu Nacional/UFRJ

inglesa The Beatles.

Neste caso, podemos utilizar diferentes estratégias para obter resultados que indiquem progresso no processo de ensino-aprendizagem, especialmente para estes alunos que apresentam maiores dificuldades. A compreensão do tema quanto às diferentes linguagens das fontes históricas é muito importante para a continuação dos estudos históricos, pois é pré-requisito para outros conteúdos, como a vida na Pré-história e a escrita, nosso próximo assunto. O mais importante é que o aluno consiga identificar as diferentes espécies de fontes históricas, como documentos escritos, fontes materiais, imagens, documentos orais e audiovisuais e relacioná-las com a produção do conhecimento histórico.

Proposta 1 Uma possibilidade para a retomada dos conteúdos referentes ao tema é a montagem de um quadro comparativo com a definição de fontes históricas e a classificação utilizada para facilitar a aprendizagem. Oriente os alunos a elaborar uma lista dos principais tipos de fontes históricas, a escrever suas respectivas definições e, em seguida, a fazer desenhos para ilustrar os temas. Figura 2 – Reconstituição do rosto de Luzia.

Propostas de Situações de Recuperação Depois da realização das atividades regulares – aula expositiva, estudo de textos, montagem da página do jornal e a avaliação –, você poderá identificar entre seus alunos alguns que não tenham alcançado seus objetivos, tanto os relacionados à apreensão dos conteúdos quanto ao desenvolvimento das habilidades e competências contempladas.

ff Fontes ou documentos escritos; ff Fontes ou relatos orais; ff Fontes materiais; ff Fontes audiovisuais e musicais; ff Fontes visuais.

Proposta 2 A produção de frases curtas que caracterizem a definição de fontes históricas, documentos escritos, orais, materiais, visuais, audiovisuais e musicais é outra estratégia que pode favorecer o processo de recuperação. Nessas frases devem ser explicados os principais temas trabalhados

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nas atividades. Além disso, devem aparecer as palavras-chave relativas aos temas e suas relações com as fontes históricas estudadas.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BOSCHI, Caio César. Por que estudar História? São Paulo: Ática, 2007. O livro de Caio César Boschi apresenta valiosas considerações sobre o trabalho do historiador, as fontes históricas e as diferenças de abordagens historiográficas. FARIA, Maria Alice. Como usar o jornal em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005. <http://www.editoracontexto.com.br>. A obra

apresenta uma análise das partes de um jornal, como ele é preparado e como a sua leitura crítica pode transformar as aulas de diferentes disciplinas. FARIA, Maria Alice; ZANCHETTA JR., Juvenal. Para ler e fazer o jornal na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2009. (Repensando o Ensino). <http://www.editoracontexto. com.br>. A obra mostra a importância da utilização do jornal na sala de aula, a partir da ampliação da linguagem, do vocabulário e da análise de diferentes discursos. PINSKY, Carla B. (Org.). Fontes históricas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2010. <http://www. editoracontexto.com.br>. Obra que apresenta os métodos e técnicas utilizados pelos pesquisadores e historiadores, a partir do estudo de variadas fontes, vestígios e documentos históricos.

Situação de Aprendizagem 3 a vida na Pré-história e a escrita Espera-se com esta Situação de Aprendizagem construir, junto aos alunos, noções e conceitos que caracterizam a Pré-história. Como estratégia principal, sugere-se que eles sejam envolvidos na elaboração de um dicionário temático ilustrado sobre a Pré-história. Explique-lhes que a reunião das palavras ou vocábulos de uma língua ou de uma área especializada chama-se vocabulário. Quando os vocábulos são organizados em ordem alfabética e

acompanhados de seus significados temos um dicionário. O dicionário temático ilustrado sobre a Pré-história proposto como Pesquisa individual no Caderno do Aluno. O dicionário poderá ser desenvolvido conforme as sugestões aqui apresentadas, formuladas com a intenção de aproveitar ainda mais sua experiência docente, para estimular os alunos a participar do processo de produção e aquisição do conhecimento histórico.

Conteúdos e temas: relacionados à Pré-história, como Paleolítico, Neolítico, Pedra Lascada, Pedra Polida, nomadismo, sedentarismo, caça, coleta, pesca, pinturas rupestres e descoberta do fogo. Competências e habilidades: trabalhar em equipe, pesquisar, sistematizar e apresentar conceitos e informações, expor oralmente e por escrito, selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados, representados de diferentes formas; desenvolver a capacidade de enfrentar situações-problema. Sugestão de estratégias: pesquisas para o desenvolvimento do dicionário temático ilustrado sobre a Pré-história.

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Sugestão de recursos: livros de apoio didático e mídias eletrônicas. Sugestão de avaliação: autoavaliação do aluno, avaliação do processo e do produto pelo professor.

Sondagem e sensibilização – 1a etapa Na proposição da Situação de Aprendizagem, será muito importante que você busque e valorize, por meio de questões muito simples, os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre o tema. Após a Sondagem e sensibilização, apresente a proposta de trabalho à classe, cuidando para que cada uma das etapas seja compreendida por todos. Compartilhe com os alunos algumas decisões a respeito da viabilização da proposta, como o critério para a formação de duplas ou trios e a data de entrega do dicionário temático e da apresentação dos temas, pois essas são maneiras simples de envolvê-los na proposta.

Propostas de perguntas A seguir, sugerimos algumas perguntas que você pode fazer aos alunos. Além dessas questões, no Caderno do Aluno há duas seções Leitura e análise de texto com atividades que podem colaborar com esta proposta. 1. Vocês sabem o que significa Pré-história? 2. Como vocês imaginam que era a vida das pessoas nesse período? 3. Como vocês acham que as pessoas obtinham seus alimentos? O que será que elas comiam? 4. Como eram as suas moradias? 5. Que outras informações vocês têm sobre esse período?

Faça registros na lousa a respeito das principais manifestações dos alunos. Peça a eles que as anotem nos respectivos cadernos e avise que, no final desta Situação de Aprendizagem, eles irão retornar a esses registros para confrontá-los com os novos conhecimentos adquiridos, podendo assim confirmar ou negar as concepções iniciais. As perguntas e respostas devem servir como motivadoras para suscitar a curiosidade dos alunos sobre o tema. Permita a eles que se expressem e proponham questões relativas aos assuntos tratados e para as quais, eventualmente, não tenham respostas. Considerando que o tema Pré-história está muito presente no cinema, em histórias em quadrinhos, desenhos animados, programas de televisão e artigos de jornais e revistas, não será difícil para os alunos, no momento de sondagem, manifestar concepções a respeito do período. Você deve ficar atento àquelas construídas a partir de referências midiáticas, nem sempre adequadas historicamente, para retomá-las ao final. Por isso, é muito importante o registro na lousa para cópia pelos alunos.

2a etapa Forme duplas ou trios, ou permita que eles próprios se organizem livremente. Você poderá definir o critério mais adequado, tendo em vista as características e necessidades da turma. Avise-os que cada um deverá fazer o seu dicionário e que a avaliação será coletiva no que se refere aos procedimentos de pesquisa e individual em relação ao produto final.

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Explique que o objetivo da proposta é que os alunos pesquisem em enciclopédias, livros de apoio didático e sites alguns conceitos ligados à Pré-história e à origem da escrita. Apresente os conceitos listados a seguir e solicite a eles que iniciem a atividade.

Você pode levar à sala de aula materiais pré-selecionados no acervo escolar ou conduzi-los para que façam essa seleção, caso isso seja viável, levando em consideração o tempo de duração da aplicação desta Situação de Aprendizagem.

ff Pré-história; ff Paleolítico; ff Neolítico; ff Pedra Lascada; ff Pedra Polida; ff Nomadismo; ff Sedentarismo; ff Caça; ff Coleta de raízes; ff Pesca; ff Pinturas rupestres; ff Descoberta do fogo; ff Zoólito; ff Raspadores; ff Furadores; ff Pontas de Projéteis; ff Machados de Pedra.

Oriente os alunos a iniciar os registros sobre os temas pesquisados no caderno, em folhas de papel almaço, monobloco ou sulfite; lembre a eles a necessidade de organizar o tempo previsto para a atividade. Peça que observem as ideias centrais dos temas trabalhados, grifando-as para facilitar o registro dos termos históricos.

Peça-lhes que coloquem os conceitos em ordem alfabética e que comecem a pesquisa. Como se trata de um dicionário ilustrado, oriente-os a buscar informações em textos e em imagens relacionadas.

3 a 5 etapa a

a

Essas etapas foram pensadas para a realização do dicionário ilustrado. Oriente-os a utilizar obras de referência como dicionários, enciclopédias e revistas, para iniciar os registros escritos e ainda para verificar em casa se existem estes livros de referência e outros, didáticos ou não, que possam dar alguma informação. Jornais e revistas também podem conter informações e fotografias sobre os temas propostos para a atividade.

Em seguida, peça que registrem os dados coletados durante a pesquisa, buscando principalmente respostas para questões curiosas sobre as palavras listadas, como suas origens e seus significados. Peça que façam uma capa sobre o tema da pesquisa: a Pré-história, destacando também o nome do autor, número, turma, série e nome do professor e disciplina. Peça ainda que façam um desenho ou recortem e insiram uma imagem para ilustrar o tema proposto. Na terceira etapa, com a intenção de construir referências teóricas comuns a todos os alunos, organize uma exposição oral a partir da seleção dos conteúdos organizados, a seguir, em forma de questões. Selecione as informações que você considerar importantes para construir as referências a respeito do período e do tema em foco. O texto que segue, inserido no Caderno do Aluno na seção Leitura e análise de texto pode ser lido pela sala e, em seguida, você poderá propor as questões inseridas na sequência do texto.

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Diversos estudos realizados por especialistas têm mostrado que os homens e os macacos, por possuírem muitas semelhanças, têm origem comum. Quem não notou que as caretas de um macaco são parecidas com as nossas, ou que eles são os únicos animais que têm mãos, como nós? Há alguns milhões de anos, nossos mais antigos antepassados viviam na África, e foi ali que começaram a andar em pé, o que permitiu o desenvolvimento de suas mãos e, em seguida, a abertura de caminhos pelos quais, muito depois – a partir de uma origem comum –, os homens começaram a traçar sua própria história. O uso das mãos permitiu a produção de artefatos, com utilidade em seu dia a dia. Ao esfregar gravetos, por exemplo, foi possível acender fogueiras, com o que se pôde aguentar o frio, afastar insetos e assar carne ou frutos. Além disso, com as mãos, de uma pedra se fez uma espécie de faca, que serve para cortar arbustos, colher frutos ou retirar a carne de um animal morto. Os primeiros ancestrais do homem surgiram há aproximadamente 5 milhões de anos, e todo o tempo transcorrido entre esse surgimento e o desenvolvimento da escrita – por volta de 4 mil anos atrás – recebe o nome de Pré-história. Nesse longo período, além do controle do fogo, desenvolveram-se inúmeras técnicas para dominar a natureza, talhar e polir a pedra, extraindo-se dela lascas para fazer ferramentas e armas, destinadas principalmente à caça que, em geral, era feita coletivamente. Nossos antepassados conseguiram também cultivar as primeiras espécies vegetais, passando a dominar a técnica da agricultura por volta de 10 mil anos a.C. A utilização do termo Pré-história é criticada por muitos historiadores, pois a análise do termo dá a ideia de que a Pré-história antecede a História ou está fora dela. O conceito Pré-história foi proposto em 1851, nos Anais pré-históricos e arqueológicos da Escócia, para dar nome aos períodos que não foram registrados por meio da escrita, acabando por tornar-se universal. Essa utilização significa não admitir como história o período mais longo do passado da humanidade, além de desconsiderar que – independentemente da escrita – todos os povos produzem história. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

As questões sugeridas podem ser utilizadas para que os alunos identifiquem as informações importantes do texto apresentado, e levantem hipóteses para verificarem nos textos subsequentes. 1. Como teria surgido o homem? 2. É correto o uso do termo Pré-história? 3. Onde surgiram os nossos primeiros antepassados? 4. Quais foram as principais mudanças ocorridas na vida do homem pré-histórico? 5. O que significa coletar alimentos? É importante considerar que muitas respostas relativas à origem do homem deverão

incluir posicionamentos coincidentes com as opções religiosas dos alunos. Por se tratar de questão de foro íntimo, essas ideias não devem ser desvalorizadas. Ao contrário, é fundamental respeitá-las, recomendando-se apenas que você assegure aos alunos a possibilidade de conhecer as pesquisas que a Arqueologia vem fazendo a esse respeito. Professor, no Caderno do Aluno, há a proposta de atividade dos alunos confeccionarem um “caça-palavras”. Instrua-os a selecionarem oito palavras do texto que considerem como palavras-chave para organizar um caça-palavras, e que utilizem o espaço quadriculado, distribuindo as palavras em diversas posições: vertical, horizontal, de cima para baixo, de baixo para cima, da esquerda para direita e da direita para esquerda. Os

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espaços que ficarem em branco deverão ser preenchidos aleatoriamente com letras. Ao término da atividade, peça-lhes que troquem

o Caderno do Aluno com um colega e que encontrem as palavras espalhadas por ele no caça-palavras.

Os hominídeos Apesar de diversos estudos, não sabemos quando surgiu o mais antigo antepassado do homem, mas conhecemos os restos de esqueletos de diversos animais, chamados hominídeos, que tinham algumas das características que só a espécie humana possui: andavam em pé e tinham mãos. Ao longo de 2 milhões de anos, esses hominídeos foram se tornando menos parecidos com os macacos, passaram a andar eretos com mais facilidade, suas mãos se tornaram mais hábeis, a caixa craniana aumentou e sua face ficou mais delicada. Há aproximadamente 200 mil anos, surgiram os primeiros antepassados diretos do homem, chamados pelos estudiosos de Homo sapiens (“homem que sabe”, em latim). Os grandes grupos étnicos atuais – negros, amarelos e brancos – formaram-se entre 40 mil e 80 mil anos atrás. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Professor, na seção Leitura e análise de texto do Caderno do Aluno, há um texto acompanhado de uma atividade que trabalha com imagens. Por meio do texto e da atividade, busca-se

estimular no aluno a identificação do período com a necessidade do homem de intervir na natureza, de acordo com as possibilidades técnicas do período em que vivia.

Os períodos da Pré-história Para facilitar o estudo da história da humanidade, ela foi dividida em dois grandes períodos: a Pré-história e a História. Apesar das críticas feitas a essa divisão, vamos utilizá-la. É, no entanto, muito importante você estar atento ao fato de que todos os povos, independentemente da escrita, produzem história. No Paleolítico, também chamado de Idade da Pedra Lascada, os seres humanos não praticavam a agricultura nem a criação de animais. A alimentação baseava-se na caça, na pesca e na coleta de frutos, grãos e raízes, o que dependia da mudança de local para buscar alimentos. Por isso, diz-se que, nesse período, os homens eram nômades, ou seja, não tinham moradia fixa. Uma das características do período Paleolítico foi o lascamento das pedras, que serviam como instrumentos para cortar alimentos, como perfurantes e como armas. Foi devido ao lascamento das pedras que o período Paleolítico ficou conhecido como Idade da Pedra Lascada. Nos últimos 40 mil anos, ocorreram transformações profundas na vida do homem. Primeiro, ele começou a pintar paredes de cavernas, trabalhar ossos, enfeitar seu corpo, enterrar seus mortos, armazenar coisas, construir tendas, escavar pedreiras, trocar matérias-primas a longa distância, ocupar regiões geladas ou desérticas, viajar pelos mares, sempre lutando para conquistar espaços ou pela sua sobrevivência. Durante todo esse tempo, o homem usava, basicamente, instrumentos de pedra, mas já possuía a habilidade de polir as pedras para fabricar seus instrumentos. Nesse período, a partir da observação de sementes e raízes, o homem iniciou o cultivo de cereais, e foi possível começar a produzir mais alimentos, o que garantiu o processo de sedentarização, ou seja, de fixação da moradia. Essa “domesticação” das plantas explica por que, hoje, temos grande diversidade de frutos e cereais. Esse período recebeu a denominação de Idade da Pedra Polida ou período Neolítico. Para armazenar os cereais produzidos foram feitos vasos de cerâmica e, há menos de 5 mil anos, teve início o uso de metais: primeiro o cobre e o bronze e, por último, o ferro, dando início à Idade dos Metais. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

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1. Quais são as duas hipóteses mais aceitas sobre a origem do homem? A primeira hipótese considera que os modernos africanos, europeus, asiáticos e australianos podem derivar de diferentes espécies. Neste caso, por exemplo, os neandertais seriam antepassados dos europeus atuais. Na segunda hipótese, a mais aceita, todos descendemos de um único grupo: o Homo erectus africanus, que não tem nenhum parentesco direto com os neandertais.

2. De que modo é possível saber como era uma moradia na Pré-história? Uma das maneiras de se saber como viviam as pessoas de outras épocas é estudar os restos antigos. Por meio de escavações arqueológicas, entre outros materiais, é possível encontrar as ruínas de uma moradia, vestígios de fogueiras, além de

sultando na possibilidade de planejar o uso dos alimentos e acumular bens. Conquanto a vida na cidade permitisse uma crescente especialização da produção – tendo surgido padeiros, carroceiros, oleiros, entre outros –, isto acabou trazendo também diversos problemas provocados pelas mudanças nos padrões de alimentação dos homens, que até aquela época sempre contaram com muita fruta e carne de caça, o que significava uma dieta variada e rica em proteínas. A alimentação dos agricultores passou a ser mais limitada, com grande predomínio de cereais, como o arroz, a cevada, o trigo e, na América, o milho, a mandioca, o inhame e a batata. Além de ser pouco variada, a alimentação baseada no consumo de cereais causou uma piora na dentição.

alguns utensílios. Foi o caso, por exemplo, de estudiosos que encontraram ruínas dos muros de uma moradia em Hassuna, no atual Iraque, habitada há milhares de anos. A partir desses vestígios, um artista moderno pode imaginar e representar como seria a moradia no tempo em que estava em uso.

3. Onde foram encontrados os primeiros sinais de agricultura? Em algumas regiões do globo começaram a surgir a agricultura, as aldeias e as cidades. A cidade mais antiga do mundo talvez seja a atual Jericó, na Palestina, com pelo menos 7 mil anos. Há registros de que aldeias e cidades foram sendo criadas ao longo dos vales de rios que facilitavam a agricultura, como teria acontecido nas proximidades dos rios Nilo, no

Ademais, antes da agricultura, os homens viviam em sociedades em que todos trabalhavam e se divertiam de maneira mais ou menos igual. Da caça, assim como das festas, todos participavam. Com a agricultura, a vida de trabalhadores e não trabalhadores, como sacerdotes e governantes, passou a ser muito diferente. Os trabalhadores podiam até ser escravizados, enquanto os governantes começaram a viver em palácios com grande luxo.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

Egito; Tigre e Eufrates, no Oriente Médio; Indo, na Índia; e Amarelo, na China.

A possibilidade de viver na cidade representou considerável mudança para muitos seres humanos que haviam vivido no campo desde sempre. Nelas, além de moradias e ruas, também foram construídos grandes edifícios, como templos e palácios, concentrando-se aí trabalhadores, artesãos, comerciantes e um pequeno número de sacerdotes e governantes. O que acabou transformando esses espaços em centros de exercício do poder político. A agricultura, por sua vez, permitiu a produção de alimentos e seu armazenamento, re-

Por meio da observação direta, você poderá analisar em cada etapa o desempenho dos alunos, sua capacidade de compreender metodologias e de estabelecer relações de socialização durante a realização das atividades, a efetiva utilização, articulação e leitura dos recursos documentais, a iniciativa individual na busca de material de apoio, o espírito questionador e participativo e os potenciais dos resultados finais.

Proposta de questões para avaliação Lembre-se de voltar aos registros realizados no momento da Sondagem e sensibilização para avaliar

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c) A alimentação no Paleolítico baseava-se na caça, pesca, coleta de frutos, grãos e raízes.

junto com os alunos as mudanças de concepção em relação à Pré-história. Algumas das atividades sugeridas também estão na seção Você aprendeu?, do Caderno do Aluno.

d) N o período Paleolítico, os seres humanos aprenderam a polir as pedras e a desenvolver técnicas agrícolas.

1. A partir dos temas estudados sobre a Pré-história, organize uma linha do tempo com os períodos da Pré-história.

e) Uma das características do período Paleolítico foi o lascamento das pedras, que serviam como instrumentos para cortar alimentos, como perfurantes e ainda como armas.

O aluno deve organizar uma linha do tempo dos períodos da Pré-história. Como existe uma discussão historiográfica muito grande sobre este tema, sugerimos a seguinte divisão, a ser feita no caderno ou em uma folha de papel sulfite:

O termo Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, foi criado no

Períodos da Pré-história ff Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: 2 milhões a 120 mil anos atrás (hominídeos). ff Paleolítico Médio: 130 a 35 mil anos atrás (surgimento do Homo sapiens). ff Paleolítico Superior: 35 a 12 mil anos atrás (migração dos primeiros grupos humanos para a América). ff Mesolítico: 12 a 9 mil anos atrás. ff Neolítico ou Pedra Polida: 9 a 5,5 mil anos atrás na Europa, Ásia e África; 7 mil a 2 mil anos atrás na América.

2. Explique como ocorreu a expansão do povoamento do globo terrestre. Faça um desenho, utilizando os continentes para explicar sua resposta. Nos primeiros 4 milhões de anos, os hominídeos viviam apenas no continente africano. Depois, expandiram-se para a Europa e a Ásia, chegando às Américas mais recentemente.

3. Quatro das alternativas a seguir caracterizam o período Paleolítico. Marque a alternativa que não pertence a esse período. a) O Paleolítico também é chamado de Idade da Pedra Lascada. b) No Paleolítico, os seres humanos não praticavam a agricultura, nem a criação de animais.

século XIX para caracterizar o período em que a existência humana se assentava na caça, pesca, coleta de frutos, grãos e raízes.

4. Em 1816, Christian J. Thomsen, primeiro conservador do Museu Nacional dinamarquês, deu ordem às sempre crescentes coleções de antiguidades. Assim o fez, classificando-as em três idades: da Pedra, do Bronze e do Ferro.

O texto faz referência aos materiais utilizados por nossos antepassados durante: a) a Idade dos Metais. b) a Pré-história. c) a Idade da Pedra Lascada. d) a Idade da Pedra Polida. e) o período Paleolítico. Antes de o homem aprender a usar metais, vivera na Idade da Pedra e, após ter dominado esta técnica, utilizou apenas o cobre e o bronze, só mais tarde passando ao ferro.

5. A maioria das plantas que comemos hoje é produto de modificações introduzidas pelo homem. Quando se passou a cultivar cereais, foi possível começar a fazer com que as plantas produzissem muito mais alimentos do que originalmente. A produção de ali-

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mentos possibilitou ao homem ter moradia fixa, processo conhecido como:

esquemas entre si, para descobrir no caça-palavras do colega as palavras escolhidas.

a) nomadismo.

Proposta 2

b) agricultura.

Peça que os alunos selecionem palavras-chave relacionadas à Pré-história. Em seguida, auxilie-os a redigir frases com as palavras escolhidas, estabelecendo como critério que cada frase tenha pelo menos três dessas palavras.

c) sedentarização. d) coleta de alimentos. e) nenhuma das respostas anteriores.

Como exemplo, sugira:

A quantidade disponível de alimentos permitiu que o homem se fixasse, reduzindo sua dependência da prática da coleta.

Propostas de Situações de Recuperação

ff Paleolítico – nômades – agricultura. ff Sedentários – agricultura – caça e coleta de raízes. ff Líticos – artefatos – Pré-história.

A compreensão do tema Pré-história é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois é pré-requisito para entender os temas relacionados ao mundo antigo: África e Oriente Próximo.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema

Proposta 1

BRÉZILLON, Michel. Dicionário de Pré-história. Lisboa: Edições 70, 1990. Dicionário que trata de vários períodos da Pré-história, apresentando-os segundo as regiões e as manifestações culturais que caracterizam o homem pré-histórico.

Solicite aos alunos que selecionem dez palavras-chave relacionadas à Pré-história. Em seguida, peça que identifiquem o significado dos termos escolhidos. Oriente-os na organização de um diagrama de palavras, presente também no Caderno do Aluno, na seção Produzindo um caça-palavras. O caça-palavras é um instrumento de aprendizagem muito importante para trabalhar palavras-chave com os alunos da 5a série/6o ano do Ensino Fundamental. Ajude-os na seleção das palavras-chave, destacando, por exemplo, homem, esqueletos, animais, hominídeos, macacos, hábeis, caixa craniana, Homo sapiens, grupos étnicos, negros, amarelos e brancos. Peça que distribuam as palavras aleatoriamente em um quadro, em diversos sentidos – de baixo para cima, da esquerda para a direita, de cima para baixo, e da direita para a esquerda. Os espaços que sobrarem deverão ser completados com letras avulsas. Ao final, peça que troquem os

Livros

TORRONTEGUY, Teófilo. A Pré-história. 2. ed. São Paulo: FTD, 1999. (Para Conhecer Melhor). A obra faz parte da coleção Para Conhecer Melhor e tem por objetivo aprofundar os conhecimentos de temas relacionados à Pré-história.

Filme A guerra do fogo (La guerre du feu). Direção: Jean-Jacques Annaud. Canadá, 1981. 100 min. 12 anos. Além de mostrar a descoberta do fogo e as dificuldades de sobrevivência, o filme retrata o convívio entre diversos grupos humanos em diferentes momentos históricos. Em função da idade dos alunos, selecione algumas cenas, como, por exemplo, a conquista do fogo.

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Situação de Aprendizagem 4 Os suportes e os instrumentos da escrita Esta Situação de Aprendizagem tem por objetivo encaminhar reflexões sobre os diversos materiais que a humanidade utilizou para fazer seus escritos e que são chamados de suportes da escrita. A estratégia que estamos propondo visa à montagem de uma exposição sobre a história da escrita e seus suportes ao longo do tempo. Diferentes materiais foram utilizados como suportes para escrever, desenhar e pintar: seda, bambu, cascas de árvores, no Extremo Oriente, Oceania, África, América Central e do Sul; algodão e folhas de palmeira, na Índia; linho e papiro no Egito; tábuas de barro e peles de animais, na Mesopotâmia; ossos, na Ásia e Oriente Próximo; metais, como por exemplo, placas

de cobre, na Índia; cobre e chumbo, usado pelos hebreus (um dos rolos do Mar Morto é de cobre); chumbo, usado pelos gregos, e bronze, pelos romanos. Com esta proposta você pode encaminhar as reflexões para que os alunos percebam as relações passado-presente e as permanências e rupturas da história da escrita e seus suportes ao longo do tempo, comparados entre si e em relação à sua realidade. Durante as aulas, serão abordados conteúdos fundamentais relacionados aos seguintes conceitos: história, historiadores, fontes históricas, pergaminho, papiro, cálamo, escrita ideográfica, escrita alfabética, Pré-história e memória.

Conteúdos e temas: história da escrita e seus diferentes suportes ao longo do tempo. Competências e habilidades: reconhecer a história da escrita e seus diferentes suportes; desenvolver a autonomia na busca de informações; habilidade de sistematizar; capacidade de leitura; selecionar, organizar e analisar conceitos e informações; realizar exposição oral e escrita. Sugestão de estratégias: trabalho em duplas ou trios, exposição oral e produção do mural. Sugestão de recursos: materiais de pesquisa como enciclopédias e livros de apoio didáticos, mídias eletrônicas, caixa, cascas e folhas de árvores secas, pedras, ossos desidratados, diferentes tipos de tecido (algodão, seda, linho, poliéster), tabletes de argila e diversos tipos de papéis (jornal, cartão, cartolina, kraft, sulfite, seda, vegetal e canson). Sugestão de avaliação: apreensão de conceitos; o processo de trabalho na dupla ou trio e a produção final do mural.

Sondagem e sensibilização – 1a etapa Converse com seus alunos sobre os suportes da escrita que eles utilizam durante as atividades escolares e quais são os conhecimentos prévios que eles têm sobre os materiais utilizados para a escrita ao longo da história.

Depois de ouvidas suas argumentações, explique que seu objetivo com esta atividade, presente no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto, é buscar informações sobre os diferentes suportes da escrita utilizados ao longo do tempo. Após esta sondagem inicial, apresente a proposta de trabalho do painel aos alunos, valorizando a importância

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da pesquisa antes das aulas expositivas sobre o tema. Incentive-os a buscar as informações para garantir uma visão global do assunto em estudo, de maneira que eles possam organizar o painel. Professor, as imagens dos suportes utilizados por antigas civilizações também estão no Caderno do Aluno, no início da Situação de Aprendizagem. Ficará a seu critério retomá-las, a fim de exemplificar como eles irão produzir o painel, de acordo com a proposta da atividade Pesquisa em grupo, também presente no Caderno do Aluno.

2a etapa Após a Sondagem e sensibilização, anote na lousa os temas relacionados à escrita e sua história, os nomes dos diferentes suportes e instrumentos e algumas formas de escrita que devem ser pesquisadas. Oriente os alunos a registrar nos cadernos os temas do roteiro de pesquisa. ff A escrita e sua história; ff Suportes da escrita – placas de argila, papiros e pergaminhos; ff Instrumentos da escrita; ff Ideograma; ff A escrita ideográfica; ff A escrita alfabética.

3a etapa Para o desenvolvimento da Situação de Aprendizagem, será muito importante que você trabalhe com os alunos os temas listados anteriormente sobre a escrita e sua história: O texto a seguir está reproduzido no Caderno do Aluno, como atividade da seção Leitura e análise de texto.

A escrita e sua história A escrita tem uma história muito antiga. Há milhares de anos, os homens começaram a pintar as paredes das cavernas. Há 35 mil anos, os seres humanos passaram a usar símbolos para se comunicar, como pinturas nas paredes e gravuras em rochas. Esses sinais gráficos mais antigos estão na origem da escrita e constituem, com a fala, o grande diferencial dos seres humanos. A escrita propriamente dita foi desenvolvida ao longo de várias gerações, em diversas partes da Terra, de forma independente, mas sempre a partir dos princípios surgidos há milhares de anos. Os traços que exprimem imagens constituíram os primeiros sinais da escrita. Eram os ideogramas, desenhos que representavam um objeto ou uma ideia. A escrita surgiu no final do IV milênio a.C., na Baixa Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates; às margens do Rio Nilo, no norte da África, e, em seguida, na China (1500 a.C.) e na América Central (1500 a.C.). Os ideogramas, pela própria dificuldade de seu uso, exigiam um conhecimento de especialistas: os escribas. A escrita era, portanto, uma prática de poucos; e a leitura, um privilégio a que pouquíssimos podiam ter acesso. Os fenícios inventaram a escrita alfabética, na qual cada letra corresponde a um som e a junção de letras corresponde aos sons das palavras. A partir do alfabeto fenício, outros povos desenvolveram seus próprios alfabetos. Os principais são o hebraico, o aramaico, o grego, o latino e o árabe. O alfabeto significou uma simplificação importante da escrita, tendo facilitado muito o seu uso nas atividades cotidianas, como o comércio, além de ter permitido, por sua facilidade, que ela não se limitasse aos escribas. O alfabeto latino foi o que mais se expandiu pelo mundo, sendo ainda hoje o mais utilizado. Os principais sistemas alfabéticos em uso derivam de outros sistemas mais antigos. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

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1. Suportes da escrita

Figura 3 – Papiro amarelo.

1.2. Pergaminho: pele de caprino ou ovino preparada com alume para que se pudesse escrever nela, sendo usada, também, em encadernações de livros. O nome, provavelmente, deriva do antigo reino do Pérgamo, local onde a técnica foi muito desenvolvida e aprimorada e de onde se espalhou para a Europa. © Album/AKG-Images/Latinstock

© M. Westlight Stock Angelo/Corbis/Latinstock

1.1. Papiro: suporte para escrever ou pintar, feito de tiras cortadas das hastes da planta aquática papiro (Cyperus papyrus). Foi o principal suporte da escrita usado no Egito Antigo, onde a maior parte dos registros era feita em rolos de papiros.

Figura 4 – Pergaminho. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

© Index Stock Imagery/Latinstock

2. Instrumentos de escrita

Instrumentos são os materiais utilizados para fazer sinais nos diferentes suportes da escrita. Estiletes, penas de aves, pincéis, cálamos, tinteiros e caneta esferográfica.

Figura 5 – Pena.

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3. Tipos de escrita 3.1. Escrita ideográfica: acredita-se que, em quase todas as civilizações, a escrita tenha começado com ideogramas – símbolos que representam uma ideia, um acontecimento – e pictogramas – desenhos simplificados e estilizados representando objetos ou seres.

© Bojan Brecelj/Fine Art/Corbis/ Latinstock

© Narmo Cuenca/Flickr/Getty Images

Os tipos clássicos de escrita ideográfica são os caracteres cuneiformes, os hieróglifos e o chinês.

Ideograma: símbolo que representa um objeto ou uma ideia sem recorrer a sinais fonéticos. É o sistema de escrita mais antigo usado pelo ser humano em diversos continentes, como na África, com os hieróglifos; na Ásia, com a escrita chinesa; na Mesopotâmia, com a cuneiforme e na América, com a escrita maia da Mesoamérica.

Figura 6 – Escrita ideográfica.

© Gabor Nemes/Kino

3.2. Escrita alfabética: os fenícios inventaram a escrita alfabética, na qual cada letra corresponde a um som e a junção delas corresponde aos sons das palavras. A partir do alfabeto fenício, outros povos desenvolveram seus próprios alfabetos. Os principais são o hebraico, o aramaico, o grego, o latino e o árabe.

Figura 7 – Ideograma.

Figura 8 –Escrita alfabética.

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4a e 5a etapas Nestas duas etapas, os alunos poderão iniciar o registro da pesquisa, proposta no Caderno do Aluno como Pesquisa em grupo, e a troca dos materiais pesquisados nas duplas e trios. É também o momento de selecionar os suportes da escrita para a montagem do painel. Passe pelos grupos, para verificar o material pesquisado, os registros escritos e a seleção de imagens e desenhos. Em seguida, oriente os grupos a iniciar a produção final dos textos e a montagem do mural.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Esta Situação de Aprendizagem deve ter propiciado o aprimoramento das atividades pedagógicas, que exigem a observação das várias etapas do trabalho e da atuação dos alunos. Por meio de suas observações, você pode verificar:

1. Pergaminhos, papiros, papel sulfite, papel kraft e muitos outros materiais são considerados: a) suportes da escrita. b) instrumentos da escrita. c) tipos de escrita. d) modelos de escrita. e) exemplos de escrita. Suportes da escrita são os diferentes materiais que a humanidade vem usando ao longo da história para fazer registros das mais variadas naturezas.

2. Os primeiros registros escritos que se conhecem são desenhos simplificados e estilizados representando objetos ou ideias. Assim, para registrar a palavra “peixe” ou alguma ideia relativa a um peixe, era necessário desenhá-lo. Encontram-se registros utilizando esse tipo de escrita desde pelo menos 3000 a.C. Esse tipo de registro é chamado de:

ff Houve a participação equilibrada entre os componentes do grupo? ff Os conceitos norteadores da pesquisa foram contemplados adequadamente? ff Os alunos agiram de forma organizada, cumprindo combinados e prazos? ff O painel produzido atendeu aos objetivos propostos?

a) fonograma.

Para responder a estas questões, você pode elaborar uma planilha, contendo seus conceitos de avaliação.

Espera-se que o aluno reconheça as características do ideo-

Proposta de questões para avaliação Professor, as atividades a seguir estão na seção Você aprendeu? no Caderno do Aluno.

b) escrita fonética. c) escrita alfabética. d) ideograma. e) escrita cuneiforme. grama, símbolo que representa um objeto ou uma ideia sem recorrer a sinais fonéticos.

3. Usando tintas vegetais, sangue, terra e minerais, o homem do Paleolítico pintou nas paredes das cavernas imagens de animais de grande porte e caçadas. Entre as alternativas, identifique o nome desses primeiros registros

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da vida humana, feitos em cavernas. Em seguida, crie uma legenda para a imagem. a) fósseis.

eram as mais comuns. Para escrever, era preciso inserir a pena no tinteiro e molhar a ponta.

b) pinturas rupestres.

Professor, você pode, se julgar adequado, complementar as atividades desta seção, propondo a seguinte questão:

c) zoólitos.

5. Qual a origem da palavra “história”?

d) grafites. e) ideogramas.

A história surgiu com este nome entre os gregos antigos, que designaram com este termo a “pesquisa” sobre as origens dos conflitos e contradições de sua época. Heródoto foi, posteriormente, reconhecido como o pai da História, o primeiro historiador. Suas histórias, contudo, eram

se dá às mais antigas representações encontradas em abrigos

pesquisas, investigações sobre as causas do presente e foi

ou cavernas, nas paredes e tetos rochosos ou superfícies de

por essa busca das causas que ele se voltou para o passado. A

rochas ao ar livre ou, ainda, em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.

História, como estudo do passado, deriva, portanto, de uma

© Iara Venanzi/Kino

A pintura rupestre, ou ainda gravura rupestre, é o nome que

busca da compreensão do presente e só por um uso metafórico é que se passou a designar História o estudo do passado. Outros estudiosos, historiadores, que sucederam a Heródoto também deixaram explícito que investigavam as causas de sua própria época, como fica ainda claro com Tucídides (464401 a.C.), autor de História da Guerra do Peloponeso.

Propostas de Situações de Recuperação Você poderá perceber que alguns de seus alunos não alcançaram os objetivos planejados. Por isso, devemos elaborar diferentes estratégias para tentar obter melhores resultados entre eles.

Figura 9 – Pintura rupestre, Sítio arqueológico do Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí.

4. Qual a importância da pena como instrumento da escrita? O instrumento de escrita que dominou a História por mais de mil anos foi a pena. Introduzida por volta de 700 d.C., seu material era a pena de pássaro. As penas mais fortes eram aque-

A compreensão dos temas sobre a história da escrita e os suportes da escrita é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois são pré-requisito para o estudo das civilizações do Oriente. É importante que você procure identificar as dificuldades de cada aluno, valorizando as conquistas também individualmente, principalmente por se tratar de alunos em recuperação.

Proposta 1

las tiradas de pássaros vivos, durante a primavera. As penas preferidas eram as da asa esquerda, porque curvavam para trás e para fora quando usadas por destros. As penas de ganso

Para retomar os conteúdos referentes à história da escrita e aos suportes da escrita,

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você pode sugerir a elaboração de uma palavra cruzada, tendo como eixo principal a expressão “suportes da escrita”, com letras coloridas. Peça que os alunos escrevam esta expressão no centro de uma folha de caderno, no sentido vertical, e encaixem palavras relacionadas ao tema em cada uma das letras. Por exemplo, na letra S, ideogramaS. Em seguida, peça que registrem informações sobre cada uma das palavras.

Proposta 2 Utilizar os conceitos relacionados ao tema história da escrita e os suportes da escrita para a produção de texto pode ser outra possibilidade de recuperação. Instrua os alunos a fazer um levantamento de conceitos importantes para a produção de texto. Em seguida, oriente-os a estabelecer conexões entre cada um dos eventos listados. Estabeleça como diretriz de produção textual que a argumentação deverá ser privilegiada. Cabe aqui discutir, em função da idade dos alunos, o que seria argumentação. Lembre-os que argumentar está relacionado aos seguintes aspectos: ff defesa da posição que adotamos em relação a um assunto; ff justificativa da importância de algum fato, fenômeno ou conteúdo; ff reforço de uma ideia. No caso da produção textual, que estamos solicitando como estratégia de recuperação, os alunos deverão retomar os conceitos estudados para argumentar a respeito de uma das seguintes questões: “Qual é a importância da história da escrita para os historiadores?” ou ainda “Os suportes da escrita: diferentes formas de se contar a história”.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BAUSSIER, Sylvie. Pequena história da escrita. São Paulo: SM, 2005. (Pequenas Histórias dos Homens). Nesta obra, a autora apresenta um belo texto com imagens e documentos sobre a história da escrita. CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Unesp/Imprensa Oficial, 2009. (Prismas). O historiador Roger Chartier apresenta uma história do livro, tratando de diferentes papéis do autor, do leitor, do editor e dos suportes técnicos da escrita. GIRARDET, Sylvie; SALAS, Nestor. A gruta de Lascaux. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. Neste livro os autores apresentam a história de quatro crianças que encontram uma caverna com pinturas rupestres na gruta de Lascaux, na França, com desenhos de 17 mil anos. ROCHA, Ruth; ROTH, Otávio. A história do livro. 10. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2005. (O Homem e a Comunicação). _______. O livro das letras. São Paulo: Melhoramentos, 1992. (O Homem e a Comunicação). _______. O livro das tintas. São Paulo: Melhoramentos, 1992. (O Homem e a Comunicação). _______. O livro do papel. São Paulo: Melhoramentos, 1992. (O Homem e a Comunicação). Obras da coleção O Homem e a Comunicação, de autoria de Ruth Rocha, que, de forma coesa e coerente, abordam diversos temas relacionados à escrita.

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Situação de Aprendizagem 5 O rio Nilo e o trabalho dos camponeses no Egito Antigo Esta Situação de Aprendizagem tem por base a análise de dois documentos que abordam a visão dos historiadores gregos Heródoto e Diodoro, que, surpreendidos pelo regime das cheias do Nilo, escreveram sobre sua importância para a agricultura egípcia.

Esta Situação de Aprendizagem foi planejada para ocorrer após as aulas sobre o desenvolvimento do tema Egito Antigo, que devem contemplar os seguintes tópicos: ff os períodos da história do Egito Antigo; ff a escrita egípcia: os hieróglifos; ff o Rio Nilo; ff o Alto e o Baixo Egito; ff cidades e aldeias no Egito Antigo; ff a sociedade egípcia; ff as crenças egípcias; ff o cotidiano no Egito Antigo.

© The Bridgeman Art Library/Keystone

Verifique com os professores de Geografia, Matemática, Língua Portuguesa, Ciências e Arte a possibilidade de desenvolver um projeto interdisciplinar, abordando usos da água na Antiguidade Oriental e na sociedade contemporânea. O tema poderá conduzir a uma busca comum de informações, abrindo diversas possibilidades de aprendizagem para seus alunos e para o conjunto de professores, refor-

çando a consciência sobre a importância de trabalhar em equipe.

Figura 10 –A colheita. Pintura mural. Túmulo de Menna, 18a dinastia egípcia (c. 1567-1320 a.C.). Vale dos Nobres, Tebas, Egito.

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© Giraudon/The Bridgeman Art Library/Keystone

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Figura 11 – Agricultores usam vacas para pisotear o trigo. Pintura mural. Túmulo de Menna, 18a Dinastia egípcia (c. 1567-1320 a.C.). Vale dos Nobres, Tebas, Egito.

Conteúdos e temas: papel econômico do Rio Nilo; Alto Egito, Baixo Egito; camponeses, construção de diques, canais de irrigação. Competências e habilidades: análise de documentos históricos; coleta e seleção de dados; estabelecimento de relações para produção de texto de tipo historiográfico. Sugestão de estratégias: análise de documentos, pesquisa, trabalho em dupla e produção de texto. Sugestão de recursos: documentos históricos, materiais de pesquisa, papel kraft e canetas coloridas. Sugestão de avaliação: processo de pesquisa e produtos como painel e texto.

Sondagem e sensibilização Comece a Situação de Aprendizagem perguntando para os alunos qual é a importância dos rios para os diferentes povos da atualidade e quais são as informações que eles têm sobre as propostas feitas para preservação da água doce. Em seguida, proponha a leitura e a realização das atividades do texto a seguir, presente na seção Leitura e análise de texto do Caderno do Aluno.

O Egito e o Rio Nilo A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do Rio Nilo, localizado no continente africano. Essa região faz parte do “Crescente Fértil”, uma grande extensão de terra no Oriente Próximo que se estende, em forma de meia-lua, do Vale do Nilo, passando pelo Rio Jordão e pelas terras da Mesopotâmia (entre os rios Tigre e Eufrates).

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O historiador grego Heródoto, em sua obra Histórias, escreveu: “O Egito é uma dádiva do Nilo”, o que significa que toda a vida das comunidades ali fixadas dependia do rio, e que elas entendiam que o rio era uma divindade que proporcionava essa vida. No Vale do Nilo, desde aproximadamente 7 mil anos atrás, grupos humanos já praticavam a agricultura, cultivando diversos alimentos, como trigo, alface, pepino e cevada. O historiador grego Heródoto de Halicarnasso, que viveu no século V a.C., foi o primeiro a registrar que, se não fossem as cheias do Nilo, não haveria áreas fertilizadas nessa região desértica. Foi o rio, com seus sedimentos, que permitiu o plantio para a subsistência e, portanto, todo o desenvolvimento da civilização egípcia. A economia, a organização da sociedade, a estrutura política, as crenças e as práticas culturais dessa população tiveram por base a sua relação com o rio. A faixa de terra fértil do Egito é estreita e se estende por poucos quilômetros beirando as margens do Rio Nilo. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Com base nessas informações preliminares, mostre a importância do Rio Nilo para o Egito Antigo. Há 25 séculos, afirmava-se que o “Egito é uma dádiva do Nilo”, segundo o já citado historiador grego Heródoto de Halicarnasso, do século V a.C. Ao que se sabe, esse estudioso foi o primeiro a registrar o fato de que, se não fossem as cheias nessa região desértica, não haveria áreas férteis. Será importante destacar para seus alunos a localização do continente africano, do atual Egito e do Rio Nilo. Convide-os a observar o mapa num atlas histórico ou livro didático. Ao final da Sondagem e sensibilização, apresente os documentos dos historiadores Heródoto e Diodoro, que se encontram no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto.

© Popperfoto/Getty Images

Este momento pode ser propício para a compreensão da importância do uso consciente da água doce, frisando a facilidade que temos para obtê-la na maior parte dos centros urbanos, em

contraposição ao que acontece nas regiões do Brasil que sofrem com a seca. Verifique, ainda, a atitude de cada uma das famílias dos seus alunos com relação ao uso da água, se elas tomam medidas para evitar o desperdício. Mostre que aproximadamente 70% da Terra é coberta por água, mas que apenas 1% dessa água é própria para o consumo. Seu uso tem passado por diversas restrições causadas pela poluição, pelo desperdício e, principalmente, pelo aumento de consumo, que no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), dobra a cada 20 anos.

Figura 12 – Vista de vilarejo à beira do Rio Nilo. Ao fundo, a pirâmide de Quéops.

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“Em todo o mundo, ninguém obtém os frutos da terra com tão pouco trabalho. Não se cansam de sulcar a terra com arado e enxada, nem têm nenhum dos trabalhos que todos os homens têm para garantir as colheitas. O rio sobe, irriga os campos e, depois de os ter irrigado, torna a baixar. Então, cada um semeia o seu campo e nele introduz os porcos para que as sementes penetrem na terra; depois, só têm de aguardar o período da colheita. Os porcos também lhe servem para debulhar o trigo, que é depois transportado para o celeiro.” HERÓDOTO. Histórias. In: DONADONI, Sérgio (Org). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994. p. 17-18.

texto sobre os conteúdos abordados. Estes poderão ser ilustrados com desenhos, mediante uma pesquisa de imagens sobre o Rio Nilo e camponeses trabalhando durante a colheita de grãos, o transporte de espigas para o celeiro, a debulha e ceifa e, ainda, o período de cheias do Rio Nilo. Discuta essas possibilidades com seus alunos e, em seguida, peça que respondam às questões a seguir, que também estão presentes no Caderno do Aluno, na seção Trabalhando com documentos: 1. Como Heródoto e Diodoro apresentam a importância do Rio Nilo para os egípcios? Heródoto escreveu sua obra Histórias sobre o seu encantamento pelas cheias do Rio Nilo e pelos efeitos benéficos desse rio para a agricultura, chamando a atenção para a terra fértil irrigada pelo Nilo, pelo bom clima e pela facilidade das colheitas. Diodoro declara que o Rio Nilo apresenta

Em seguida, apresente o documento de Diodoro, outro historiador grego, que declarou que o Nilo superava todos os rios do mundo, pelos benefícios que trazia ao Egito.

grandes benefícios para os egípcios, pois suas cheias, que sobem lentamente, levam consigo uma lama fértil e fresca que fertiliza os campos, tornando a tarefa do camponês egípcio mais leve e proveitosa e sem grandes esforços, pois a semeadura e a colheita se faziam com poucos meios de trabalho.

“A maior parte deles lança apenas as sementes, leva os rebanhos para os campos e eles enterram as sementes: quatro ou cinco meses depois, o camponês regressa e faz a colheita. Alguns camponeses servem-se de arados leves, que removem apenas a superfície do solo umedecido e depois colhem grandes quantidades de cereal sem grande despesa ou esforço. De uma forma geral, entre os outros povos, todo o tipo de trabalho agrícola comporta grandes despesas e canseiras; entre os egípcios é que a colheita se faz com poucos meios e pouco trabalho.” DIODORO SÍCULO, 1, 36. In: DONADONI, Sérgio (Org). O homem egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994. p. 18.

2. Quais argumentos são apresentados nos documentos para justificar a importância do Rio Nilo? O documento de Heródoto apresenta como argumento o fato de o rio irrigar os campos durante o período das cheias e, depois de baixar, permitir a semeadura. Diodoro destaca o período do plantio após as cheias, que possibilitam o umedecimento do solo, o que facilita o plantio e a colheita.

3. Como Heródoto e Diodoro apresentam a importância do trabalho dos camponeses para os egípcios? Heródoto e Diodoro ficaram mais impressionados com o imenso rio que atravessa o Egito do que com a semeadura e a colheita executada pelos camponeses. A Grécia era uma terra essencialmente árida e seca, onde a prática da agricultura parecia exigir esforços dignos de Titãs. Os dois documentos

Assim, a partir dos excertos de Heródoto e Diodoro, oriente a discussão, em sala, pedindo aos alunos que produzam um pequeno

apresentam a semeadura e a colheita como atividades muito simples e declaram que o Rio Nilo superava todos os rios do mundo, pelos benefícios que trazia ao Egito.

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Para a produção escrita, é fundamental que cada aluno consiga analisar os documentos dos historiadores gregos Heródoto e Diodoro. Lembre aos alunos que, para produzir um bom texto, é preciso ler, reler e reescrever diferentes informações sobre o assunto pesquisado. Além disso, esclareça a importância de que outra pessoa – por exemplo, um colega da classe – leia e sugira alterações para deixar o texto mais claro, objetivo, coeso e coerente. Mostre que uma boa estratégia é pedir ao leitor do texto em processo de produção que registre suas dúvidas no próprio trabalho. Isso também facilitará sua avaliação sobre o grau de conhecimento que os alunos, em geral, têm sobre os temas relacionados ao Egito. É muito importante que você, como mediador do processo de produção textual, realize uma leitura final, pois você poderá esclarecer dúvidas e encaminhar o texto à nova redação, após apon-

tar aspectos específicos de conteúdo e forma que necessitem de aprimoramento. Proponha uma socialização oral dos textos produzidos pelos alunos. Em seguida, sugira a organização de um painel que contenha trechos selecionados desses textos e desenhos que os representem. Oriente-os a evitar repetições no momento da seleção dos materiais que comporão o painel. Professor, na seção Lição de casa do Caderno do Aluno, encontramos o texto a seguir, acompanhado de duas atividades que solicitam ao aluno a identificação das ideias principais do texto e capacidade argumentativa ao enumerar a importância atribuída pelos historiadores gregos ao papel do Rio Nilo na construção da civilização egípcia.

O Egito chamou a atenção de diferentes povos por sua paisagem singular, sua fauna e flora surpreendentes e suas impressionantes construções. Além disso, os gregos se surpreenderam com o seu sistema de escrita e seus ritos funerários. Apesar de os contatos com o Mediterrâneo Oriental serem milenares, foram os gregos que iniciaram o processo de mitificação do Egito, quando, por volta de 450 a.C., o historiador Heródoto se dirigiu ao delta do Nilo para recolher o material que utilizaria em seu livro Histórias, no qual procurava explicar a luta entre gregos e persas, remontando aos costumes e tradições dos povos orientais, com destaque para o Egito. Não se deve estranhar o fato de Heródoto e Diodoro ficarem impressionados com o imenso rio que atravessa o Egito, já que a Grécia era uma terra essencialmente árida e seca, onde a prática da agricultura parecia exigir esforços dignos de Titãs. O que os gregos – e os egípcios – não sabiam era que a cheia do Rio Nilo ocorria em consequência de chuvas na África Oriental e do degelo nas terras altas etíopes. A cheia ocorria em junho, em Assuã, e, como as águas não eram detidas por barragens ou diques, elas se dirigiam para o norte, atingindo Mênfis cerca de três semanas depois. Antes disso, fertilizavam terras aráveis por meio de um processo de infiltração. Assim, de agosto a setembro, todo o Vale do Nilo se encontrava inundado, e, em outubro, o nível das águas baixava, deixando o solo úmido e coberto por uma lama cheia de detritos e sais minerais. Durante todo esse processo de inundação do Nilo, desenvolvia-se o trabalho dos camponeses. Heródoto e Diodoro não enfatizaram o trabalho dos camponeses, mas o papel do rio na construção da civilização egípcia. A construção de diques, a abertura e limpeza dos canais e todas as atividades agrícolas (semeadura, colheita, armazenagem), isto é, os trabalhos que resultavam das relações dos homens com a natureza, não foram destacados. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

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1a etapa

O Rio Nilo

Professor, ao apresentar a pesquisa sobre os temas relacionados ao Egito Antigo – o Rio Nilo; a escrita egípcia: os hieróglifos; e a religião egípcia –, mostre a importância desse instrumento de aprendizagem para a construção do conhecimento histórico.

O Rio Nilo tem suas nascentes na África Tropical, no Lago Vitória, entre Uganda e a Tanzânia, e suas águas vão em direção ao norte. A partir de Malakal (Sudão), ele recebe o nome de Nilo Branco. Na altura da cidade de Cartum, capital do Sudão, suas águas se encontram com aquelas provenientes do Lago Tana, na Etiópia, formando o rio conhecido como Nilo Azul. Nessa confluência, formam um único Rio Nilo, que segue até o Mar Mediterrâneo, milhares de quilômetros ao norte. No total, das origens no Nilo Branco até o deságue, são 6 650 quilômetros.

Para facilitar, apresentamos um pequeno roteiro, que poderá ser ampliado com as discussões realizadas em sala de aula. É muito importante incentivar a busca e a leitura desses temas em livros de apoio didático, em livros didáticos, em enciclopédias e sites especializados. Para tanto, oriente os alunos sobre o significado da leitura para a fundamentação histórica dos temas estudados, destacando os títulos e subtítulos, as legendas das imagens e as referências bibliográficas: nome do(s) autor(es), local, editora e ano de edição ou o nome completo do site e a data em que foi acessado. As fontes de pesquisa utilizadas nas sínteses são as apresentadas a seguir. Essa literatura pode ser indicada aos alunos desde que se tome o cuidado de apoiá-los em sua utilização, dadas as possíveis dificuldades que possam apresentar. ff CARDOSO, Ciro Flamarion S. O Egito Antigo. São Paulo: Brasiliense, 1982. (Tudo é História). ff GRALHA, Júlio César. A religião egípcia. In: FUNARI, Pedro Paulo (Org.). As religiões que o mundo esqueceu: como egípcios, gregos, celtas, astecas e outros povos cultuavam seus deuses. São Paulo: Contexto, 2009. ff BAKOS, Margaret. O que são hieróglifos. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1996. (Primeiros Passos). ff FUNARI, Raquel dos Santos. O Egito dos faraós e sacerdotes: a vida e a morte na sociedade egípcia. São Paulo: Atual, 2001. (A Vida no Tempo dos Deuses).

O Shaduf é um instrumento utilizado para levar água de um lugar mais baixo para outro mais elevado. Ele é usado como uma alavanca, com um balde em uma das pontas de uma haste, que serve para puxar para cima o balde com a água. Foi inventado há aproximadamente 4 mil anos, na Mesopotâmia, e, depois de adotado pelos egípcios, generalizou-se às margens do Rio Nilo. Por meio de canais, então, a água era levada para lugares distantes. O período de cheia do Nilo, antes da construção da Represa de Assuã, na década de 1960, ia de agosto a novembro, com ápice em setembro. Essa época do ano coincide com as chuvas tropicais no continente africano, de cuja área provêm as águas do Nilo. Vale ainda ressaltar que a construção da primeira represa terminou em 1902. Depois, ela foi reforçada em mais de uma oportunidade e, finalmente, na década de 1960, foi instalada uma hidrelétrica na represa.

A escrita egípcia: os hieróglifos A Pedra de Roseta permitiu que se decifrasse a escrita egípcia antiga. Esse fragmento de estela data da época dos Ptolomeus,

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governantes macedônios, de língua grega, que dominaram o Egito a partir de fins do século IV a.C. A estela foi feita em 196 a.C., pelo rei Ptolomeu V, e descrevia atos administrativos diversos em três línguas e escritas diferentes: hieróglifo, demótico e grego. A Pedra de Roseta está hoje no Museu Britânico, em Londres. Ela foi descoberta em 1799 por soldados franceses de Napoleão na cidade de Roseta (Rashid, em árabe), no Egito. O estudioso francês Jean-François Champollion conseguiu decifrar a escrita hieroglífica, comparando as três versões. A escrita hieroglífica é assim chamada porque, em grego, significa “escrita sagrada”, e era usada pelos sacerdotes egípcios. Nessa escrita utilizavam-se ideogramas e fonogramas. Os ideogramas representavam, pela imagem, um objeto ou uma ação, enquanto os fonogramas possibilitavam a representação de sons. O texto podia ser escrito em linhas, tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a esquerda; ou em colunas, tanto de cima para baixo quanto de baixo para cima. A leitura do texto deveria respeitar a direção e o sentido em que o texto tinha sido escrito. Tal escrita hieroglífica era usada em pedras, com incisões ou pinturas, mas também em papiros, vasos de cerâmica, objetos de madeira. Sistemas mais simples de escrita, o hierático e o demótico, expandiram-se e foram usados em todo tipo de suporte. Na origem, por sua complexidade, apenas os escribas dominavam a escrita hieroglífica, mas, com as escritas mais simples, muitas pessoas passaram a escrever também.

A religião egípcia A religião egípcia fundava-se no culto a algumas tantas divindades, e muitos desses deuses e deusas tinham formas de animais, ou eram meio humanos e meio animais. Os rituais nos templos eram muito importantes,

assim como as procissões e outros ritos, a exemplo da mumificação dos mortos. Entre os muitos deuses egípcios, destacavam-se: Amon ou Amon-Rá, o deus Sol; Aton, o rei dos deuses; Osíris, o rei dos mortos; Maat, a deusa da verdade e do julgamento pós-morte; Hórus, o deus do céu; e Anúbis, o deus do embalsamamento.

2a etapa Professor, no Caderno do Aluno, há dois textos breves, acompanhados por atividades, que possibilitam também o uso de mapas. O primeiro texto menciona a importância dos rios no desenvolvimento das Antigas Civilizações Orientais, e indica a localização dos mesmos. O segundo, discorre sobre a influência que as civilizações da Antiguidade Oriental exerceram sobre as civilizações da Antiguidade Clássica, Grécia e Roma. Sugerimos que você ressalte para os alunos o processo dinâmico no desenvolvimento da história. Ou seja, as civilizações coexistiam, mas desenvolviam-se de acordo com as possibilidades proporcionadas por seu meio. Posteriormente, elas entravam em contato umas com as outras, fosse por meio do comércio, fosse por causa de conflitos.

Rios e civilizações As primeiras civilizações formaram-se ao longo de rios, o que permitiu o desenvolvimento da agricultura, especialmente de cereais. O Rio Nilo corta um imenso deserto, o Saara, por milhares de quilômetros, com águas provenientes da África Tropical, o que permitiu o desenvolvimento da grande civilização egípcia em pleno deserto. Os rios Tigre e Eufrates nascem nas montanhas da atual Armênia, cortam essa região do Oriente Próximo e deságuam no Golfo Pérsico. Nessa região, o regime de suas águas proporcionou condições para o desenvolvimento da agricultura, mas também

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muitas inundações precisaram ser contidas com a construção de diques. O Rio Indo, por sua vez, também originário de regiões montanhosas do atual Tibete, favoreceu o assentamento de agricultores e o desenvolvimento de uma civilização urbana onde hoje é a Índia. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Trocas culturais A cultura ocidental, construída pelos povos que viviam em torno do Mar Mediterrâneo, teve grande contribuição dos povos africanos e asiáticos, desde a Antiguidade. A civilização egípcia tem suas origens na África do Norte, mas também sempre manteve contato com a África Subsaariana, por meio da Núbia. Os costumes, religião e visões de mundo dos egípcios antigos desenvolveram-se, em grande parte, no mesmo ambiente cultural que gerou as culturas negro-africanas. Assim, os cultos ligados à fertilidade ou às concepções de alma têm uma ligação profunda com a África, e tudo isso passou, de muitas formas, à cultura ocidental. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola

Dentro das habilidades propostas no ensino de História para a 5a série/6o ano do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno consiga identificar a presença dos recursos naturais na organização do espaço histórico-geográfico, relacionando transformações naturais com intervenção humana, seja por meio da produção escrita ou da organização do painel realizado com base em excertos selecionados e desenhos correspondentes.

Proposta de questões para a avaliação Professor, observe que as respostas às perguntas propostas também dependerão do trabalho de pesquisa e de outras atividades presentes no Caderno do Aluno. As questões a seguir estão incluídas na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno. 1. Qual é o significado da expressão “Crescente Fértil”? A expressão “Crescente Fértil” foi criada pelo arqueólogo estadunidense James Henry Breasted, no início do século XX, para designar o arco, em forma de Lua crescente, que vai do Vale do Nilo ao Golfo Pérsico, Mesopotâmia, Síria, Líbano, Palestina e Egito. Essa área encontra-se entre os continentes asiático e africano, vizinhos à Europa, o que favoreceu uma biodiversidade incomum. A área testemunhou, desde o fim

Avaliação da Situação de Aprendizagem

do Pleistoceno (9500 a.C.), o desenvolvimento da agricultura, da cerâmica, bem como a formação das cidades e das grandes civilizações. O nome “Crescente Fértil” refere-se à fertilidade do solo irrigado por rios para a agricultura, mas também à fertilidade cultural que permitiu o surgimento de

Professor, as atividades do Caderno do Aluno, tais como a leitura e análise de textos e imagens (grifar as ideias principais e secundárias, buscar significado das palavras cujo significado não conhece, a produção de textos) e pesquisa individual, podem ser utilizadas de acordo com seus critérios e preferências. Através delas, espera-se que o aluno consiga perceber a importância do Rio Nilo para os egípcios na Antiguidade e estabelecer relações com a importância da água doce na sociedade atual.

tantas civilizações. Já a imagem da Lua crescente teve inspiração naquela que se forma no mapa (entre o Golfo Pérsico e o Alto Egito, em forma de um arco, que passa pelo Líbano e Palestina), mas, também, naquela que é o símbolo do Islã, religião dominante na região.

2. Apresentando argumentos históricos, explique esta frase: “A religião egípcia era politeísta, baseada na existência de muitos deuses”. Os egípcios eram politeístas, ou seja, acreditavam em muitos deuses. O mesmo deus podia ser representado sob diversas

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aparências, por exemplo: com corpo humano e cabeça de

d) Egeu.

animal; outros, apenas sob forma animal, como o touro Ápis, que foi associado aos deuses Rá, Osíris ou Ptá, em diferentes épocas da história do Egito. As principais figuras divinas eram elementos naturais, como Num, que representava o caos; Tefnet, a umidade; Chu, o ar; Geb, a terra; e Nut, o firmamento. Havia ainda Amon ou Amon‑Rá, identificado com o deus solar; Sélkis, deusa das vísceras dos mortos; Set, deus da guerra;

e) Mediterrâneo. O nome do mar que recebe as águas do Rio Nilo é Mar Mediterrâneo.

5. Leia atentamente o texto e responda:

Hátor, deusa do amor, da música, da alegria, da dança e do vinho. Os egípcios não cultuavam as divindades diretamente, mas por meio dos sacerdotes, considerados intermediários entre os homens e os deuses.

3. Os egípcios escreviam sobre diversas superfícies, mas uma, em especial, era a mais usada pelos escribas. Essa espécie de papel era produzida à base de fibras do caule de uma planta muito comum às margens do Rio Nilo. Assinale a resposta que corresponde ao nome dessa planta. a) Lótus. b) Papiro. c) Bambu.

Nilo: o rio divino “Adoração do Nilo! Salve, tu, Nilo! E vens dar a vida ao Egito! Ao irrigar os prados criados por Rá, Tu fazes viver todo o gado, Tu – inesgotável – que dás de beber à terra! Senhor dos peixes, durante a inundação, Nenhum pássaro pousa nas colheitas. Tu crias o trigo, fazes nascer o grão, Garantindo a prosperidade aos templos. Se paras a tua tarefa e o teu trabalho. Tudo o que existe cai em inquietação.” Hino com o qual os egípcios festejavam, anualmente, o início das cheias (1800 a.C.). In: Coletânea de documentos históricos para o primeiro grau: 5a à 8a séries. São Paulo: SEE/CENP, 1980. p. 55.

d) Tamareira. e) Coqueiro. O suporte mais utilizado pelos egípcios para a escrita era feito de uma planta chamada papiro.

4. A civilização egípcia se desenvolveu em uma estreita faixa de terra situada no nordeste do continente africano, às margens do Rio Nilo. Este rio percorre um longo trajeto, do sul para o norte, e deságua em uma embocadura (delta) que se abre para o mar: a) Vermelho. b) Cáspio. c) Negro.

De acordo com as informações do texto, é possível afirmar que: a) os egípcios atribuíam mais importância ao trabalho dos camponeses do que às cheias do Nilo. b) as águas do Rio Nilo não eram importantes para o cultivo do trigo e a criação do gado. c) o Rio Nilo era um dos elementos da natureza adorados pelos egípcios. d) as cheias do Nilo eram manifestações da vontade de todos os deuses egípcios.

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e) Rá, o deus citado no texto, está relacionado com os mortos.

Proposta 2

O Rio Nilo é descrito no texto como uma divindade, que ga-

Escreva na lousa os grupos de palavras a seguir, para que os alunos possam compor frases historicamente corretas e completas a partir dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula e das leituras feitas sobre o Egito Antigo.

rantia a vida e a prosperidade do Egito.

Propostas de Situações de Recuperação Depois da realização das atividades regulares – aulas, exercícios, Situação de Aprendizagem proposta neste Caderno e avaliação –, você poderá identificar entre seus alunos alguns que não tenham alcançado seus objetivos, tanto no que concerne à apreensão dos conteúdos quanto ao desenvolvimento das habilidades e competências contempladas. Neste caso, podemos utilizar diferentes estratégias para obter resultados que indiquem progresso no processo de ensino e aprendizagem, principalmente entre os alunos que apresentem maiores dificuldades de compreensão.

Proposta 1 Organize, na lousa, um esboço do Rio Nilo e destaque seu delta, o Baixo Egito e o Alto Egito. Peça aos alunos que pesquisem e registrem no caderno o significado desses termos. Delta: foz de um rio, geralmente em formato triangular, formada por vários canais e ilhas de aluvião. As primeiras cidades do Egito Antigo surgiram no delta do Nilo. Baixo Egito: compreendia o delta do Nilo, isto é, a área servida por numerosos braços do Rio Nilo, os quais se dirigiam para o Mar Mediterrâneo. Alto Egito: compreendia uma estreita faixa de terra fértil, que se estendia por muitos quilômetros ao longo do Rio Nilo.

a) Egito – Rio Nilo – África. b) Camponeses – Egito – irrigação. c) Rio Nilo – egípcios – agricultura. d) Hieróglifos – escrita – Egito. e) Religião – politeísta – deuses. A critério dos alunos, a partir dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula e das leituras feitas sobre o Egito Antigo.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BAKOS, Margaret. O que são hieróglifos. 2. ed.. São Paulo: Brasiliense, 2009. (Primeiros Passos). O livro explica os fundamentos da escrita hieroglífica, narra a sua decifração, descreve técnicas dos escribas e desenvolve, ainda, outros temas relacionados a esse conteúdo. CARDOSO, Ciro Flamarion. O Egito Antigo. São Paulo: Brasiliense, 1982. A obra apresenta uma visão bastante clara sobre o Egito Antigo. JAMES, T. C. H. Mitos e lendas do Egito Antigo. São Paulo: Melhoramentos, 1993. Esse livro trabalha com diversas manifestações da vida cotidiana no Egito Antigo.

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PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2001. (Repensando a História). <http://www.editoracontexto.com.br>. Nesse livro, o autor discute a importância do estudo de civilizações extintas e o seu legado para o mundo ocidental.

Museu Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP). Av. Prof. Almeida Prado, 1 466 – Cidade Universitária – São Paulo. Fone: (11) 3091-4905. O museu mantém em seu acervo um conjunto de peças egípcias e apresenta a recriação de uma antiga tumba egípcia. As visitas podem ser acompanhadas por monitores. Há também vários

outros programas educacionais interessantes para uso das escolas.

Sites Museu do Louvre. Disponível em: <http://www. louvre.fr>. Acesso em: 17 maio 2013. Apresenta informações a respeito da civilização egípcia, da Pré-história aos últimos faraós. Na página principal, na parte superior, clicar em “Oeuvres”, depois “Collections & Départements” e, em seguida, em “Antiquités égyptiennes”. Starnews 2001. Disponível em: <http://www. Starnews2001.com.br/egypt/grande_piramide. html>. Acesso em: 17 maio 2013. Contém um texto muito claro e belas imagens do Egito Antigo.

Situação de Aprendizagem 6 O Código de Hamurábi: os princípios de justiça na Mesopotâmia Esta Situação de Aprendizagem tem como proposta analisar algumas penalidades previstas no Código de Hamurábi, avaliando-as a partir de valores sociais e princípios de justiça da época, registrando, por meio da discussão em sala de aula, as opiniões dos alunos sobre justiça e direitos

do cidadão, considerando-se o período que está sendo estudado. Para o desenvolvimento desta Situação de Aprendizagem é importante que seus alunos tenham em mãos um mapa da Mesopotâmia antiga, imagens de escrita cuneiforme e do rei Hamurábi.

Conteúdos e temas: civilizações mesopotâmicas; escrita cuneiforme; domínio da Babilônia; governo de Hamurábi; Código de Hamurábi e princípio de talião. Competências e habilidades: estabelecimento de relações entre diferentes povos antigos; pesquisa, seleção e organização de informações; produção de pequenos textos; desenvolvimento da capacidade de síntese e do pensamento lógico. Sugestão de estratégias: análise de documento histórico, pesquisa e elaboração de painel. Sugestão de recursos: cartolina, folha de sulfite, papel rascunho ou kraft e material para registro da produção escrita. Sugestão de avaliação: processo de trabalho e painel.

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© Erich Lessing/Album/Latinstock

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Figura 13 – O Código de Hamurábi (1792-1750 a.C.), 282 leis. Hamurábi diante do deus Sol, Shamash. Gravado em basalto negro. Oriundo da Babilônia, encontrado em Susa, Irã. Altura total: 225 cm.

Sondagem e sensibilização Professor, a temática desta Situação de Aprendizagem é introduzida

com o texto a seguir no Caderno do Aluno, na primeira seção Leitura e análise de texto.

As civilizações da Mesopotâmia, palavra de origem grega que significa “entre rios” (meso = entre; potamós = rio), desenvolveram-se em extensa área entre os rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da Ásia Menor (região da atual Armênia) e deságuam no Golfo Pérsico. Na Antiguidade, a região foi ocupada por vários povos, com línguas e costumes diferentes, os quais receberam o nome de mesopotâmicos. Entre eles, destacaram-se os sumérios, os hititas, os caldeus, os babilônios e os assírios. As primeiras cidades de que se tem notícia formaram-se no Oriente Médio, no Crescente Fértil, região que corresponde a parte dos atuais territórios do Líbano, da Síria, do Iraque e da Jordânia. Os povos da Mesopotâmia estão muito distantes de nós, tanto pelo tempo quanto pelo espaço. Mesmo assim, foram diversas as heranças que nos legaram. Entre elas está o Código de Hamurábi, um conjunto de leis escritas que deveriam ser cumpridas em todo o Império Babilônico. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola

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Após a leitura do texto e a realização das atividades presentes no Caderno do Aluno, apresente a fotografia da estela babilônica, onde foi inscrito o “Código de Hamurábi”. Forneça a ficha técnica do documento: um monólito de basalto negro de forma cilíndrica com 225 cm de altura, em alto-revelo na parte superior e baixo-relevo na parte inferior. A peça representa Hamurábi diante do deus Sol, Shamash e foi encontrado em Susa, atual Irã, em 1901, pelo francês Jacques de Morgan. Essas leis estavam baseadas no princípio de talião. A palavra talião origina-se do latim, e em português sugere a ideia de semelhança e igualdade. Por isso, dizemos que o princípio que norteou a elaboração do código de Hamurábi

foi o de talião: olho por olho, dente por dente, referindo-se ao tipo de punição semelhante ao crime cometido. Entretanto, as punições não eram iguais para todas as pessoas. Aqui, você pode discutir, especialmente, a importância do princípio da igualdade de todos perante a lei.

1a etapa Em seguida, proponha aos alunos uma observação minuciosa da cena e peça que a descrevam, fornecendo dados adicionais que auxiliem na interpretação do documento. O texto a seguir, presente no Caderno do Aluno na seção Lição de casa, contribui para a contextualização da imagem.

Hamurábi, nascido em Babel, pertencente à primeira dinastia babilônica dos amoritas, foi o fundador do primeiro Império Babilônico, que unificou a Mesopotâmia, juntando os povos semitas e sumérios e conseguindo levar a Babilônia ao seu máximo esplendor. Como governante, cercou a capital do Império com muralhas, instituiu a cobrança de impostos para a implantação de obras públicas, construiu canais de irrigação e navegação e retificou o leito dos rios Tigre e Eufrates, a fim de dar impulso à agricultura e ao comércio na planície mesopotâmica. Em seu governo, implantou a noção de direito de justiça, gravada em uma estela cilíndrica, em uma rocha de diorito (basalto negro), com 2,25 metros de altura, 1,60 metro de circunferência na parte superior e 1,90 metro de base. A superfície da estela está coberta com um texto cuneiforme, em alto-relevo, onde Hamurábi foi representado de frente ao trono de Shamash, deus Sol e deus dos oráculos, recebendo as leis escritas, o que dá um caráter divino ao documento. As leis, em escrita cuneiforme, aparecem abaixo da representação de Hamurábi e estão dispostas em 46 colunas (3 600 linhas). Nesse texto, está codificada a jurisprudência do governo de Hamurábi, que determinava penalidades para as infrações, baseadas no princípio de talião. Difundido por meio da expressão “olho por olho, dente por dente”, este princípio baseia-se na correspondência entre um crime praticado contra alguém e a punição imposta a quem o praticou. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Após a interpretação do documento pelos alunos, solicite que apresentem e comparem as diferentes opiniões, concluindo a atividade com uma síntese baseada nas discussões colocadas em sala de aula. Na sequência, apresente a seus alunos as questões que virão a seguir e solicite que realizem uma pesquisa preliminar como

tarefa de casa para respondê-las. Na aula seguinte, você poderá utilizar as respostas dos alunos como motivadoras para iniciar a apresentação da proposta e despertar sua curiosidade para esta Situação de Aprendizagem. a) Utilizando as ideias centrais, escreva um título para o texto.

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b) Circule no texto dez palavras-chave. c) O que era o princípio de talião?

arrepender, mudar de comportamento e desenvolver respeito ao outro.

via ser punido na mesma proporção com que foi cometi-

d) Qual é o significado da expressão “olho por olho, dente por dente”?

do; porém, ao longo do documento, ficam muito claras as

A expressão “olho por olho, dente por dente” previa que a pena

diferenças estabelecidas entre os escravos, proprietários de

de um crime deveria ser estabelecida na mesma proporção do

terras e os funcionários do castelo. Outro fator importante

crime, ou seja, consiste na reciprocidade do crime e da pena.

O princípio de talião estabelecia que o crime praticado de-

é o fato de que essa conduta não permitia que o culpado tivesse a possibilidade de dizer as razões de sua ação, de se

2a etapa

O Código de Hamurábi reuniu leis existentes na Mesopotâmia a outras que foram especialmente escritas para esse conjunto de normas, numeradas de 1 a 282. Sua autoria é atribuída ao soberano babilônico Hamurábi, que governou entre 1792 a.C. e 1750 a.C. O texto foi escrito com a mais antiga escrita conhecida, chamada de cuneiforme, encontrada na Mesopotâmia a partir de 3300-3200 a.C. O nome dessa escrita deriva de cuneus, que significa cunha, pois ela é o resultado da incisão em argila úmida de pedaços de hastes de madeira ou junco, chamados de cálamos. A escrita cuneiforme foi utilizada também em paredes de rochedos, corpos de estátuas e monumentos. Seus símbolos eram gravados em tabuletas de argila e cozidos ao Sol ou em fornos, para que não fossem apagados. Cada símbolo representava uma ideia, diferentemente da nossa escrita, na qual as letras representam sons. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Ao final da Sondagem e sensibilização e, depois de ouvir a opinião dos alunos durante a atividade da seção Debatendo temas, que

aborda a justiça, a cidadania e o princípio de talião, apresente algumas leis do Código de Hamurábi:

A estela de Hamurábi, século XVIII a.C. “8o – Se alguém roubar gado ou ovelhas, ou um asno ou um porco ou um bode, pertencente a um deus ou à corte, tal ladrão deverá pagar trinta vezes tanto; se pertencerem a um liberto do rei, o ladrão deverá pagar dez vezes tanto; se o ladrão não possuir nada para servir de pagamento, deverá ser condenado à morte. [...] 16o – Se alguém abrigar em sua casa escravo ou escrava, foragidos da corte ou de seu senhor, e não o apresentar após a proclamação pública do mordomo do palácio, o senhor da casa deverá ser condenado à morte. [...] 25o – Se um incêndio começar em uma casa, e alguém que venha para apagá-lo lance os olhos na propriedade alheia, e tome a propriedade do senhor da casa, ele deverá ser lançado ao mesmo fogo. [...] 116o – Se um prisioneiro morrer na prisão por agressões ou maus tratos, o senhor de tal prisioneiro deverá condenar o negociante perante o juiz. Se nascido homem-livre, o filho do negociante deverá ser condenado à morte; se nasceu escravo, deve pagar um terço de uma moeda de ouro, e tudo aquilo que o senhor do prisioneiro lhe tiver dado será devolvido.

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[...] 196o – Se um homem cegar outro homem, seus olhos deverão ser cegados. [Olho por olho] 197o – Se quebrar os ossos de outro homem, seus ossos deverão ser quebrados. 198o – Se cegar um homem liberto, ou quebrar os ossos de um homem liberto, ele deverá pagar uma moeda de ouro. 199o – Se cegar um olho de um escravo, ou quebrar os ossos de um escravo pertencente a um homem, deverá pagar a metade de seu valor. 200o – Se um homem partir os dentes de seu semelhante, seus dentes deverão ser partidos. [Dente por dente] [...] 205o – Se o escravo de um homem liberto bater no corpo de um liberto, sua orelha deverá ser cortada.” Código de Hamurábi. Disponível em: <http://www.general-intelligence.com/library/hr.pdf>. Acesso em: 16 jul. 2013.Tradução Eloisa Pires.

Oriente os grupos para que pesquisem no dicionário o significado das palavras desconhecidas e registrem as informações iniciais em um rascunho, discutindo a importância da interpretação. Vale a pena, ainda, ressaltar a importância

da formulação de hipóteses durante a leitura, para o processamento das informações de um texto escrito, com a finalidade de interpretá-lo. Sobre isso, veja o que dizem Teresa Colomer e Anna Camps, na obra Ensinar a ler, ensinar a compreender (2002).

A formulação de hipóteses “Quando se lê, antecipa-se uma organização significativa das unidades linguísticas, quer se trate da previsão das letras no conjunto de uma palavra, das palavras no interior da frase ou das sequências narrativas na articulação de uma história. Funciona do mesmo modo que uma ativação dos esquemas pertinentes leva a prever a atividade normal de um mercado ou dos padrões de conduta habituais em uma reunião de amigos. Os conhecimentos do leitor sobre os níveis superiores do texto conduzem à formulação de hipóteses coerentes sobre os níveis inferiores; assim, o leitor progride ao longo do texto através da previsão de que sequências ou frases são esperáveis no que está lendo, as frases orientarão as hipóteses sobre as palavras que têm mais possibilidades de aparecer nesse contexto, as palavras limitarão os morfemas possíveis e estes permitirão antecipar as letras. Contudo, na realidade, a maior parte do significado que o leitor constrói tem de ser inferida, ou seja, é necessário lançar hipóteses também sobre a informação não explícita. É evidente que não se considera que alguém tenha entendido um texto apenas se é capaz de repetir seus elementos de memória (embora, às vezes, a escola pareça proceder assim!), mas que, quando compreendeu o texto, o leitor possa explicar o significado com suas próprias formulações e, para fazer isso, é preciso que tenha deduzido as relações entre as frases e tenha complementado a informação do texto com muitas outras informações que não eram explícitas porque o autor supunha que o leitor já dispunha delas ou as deduziria ao longo de sua leitura.” COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 37.

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Organize os alunos em duplas ou trios, de acordo com os critérios que você julgar mais convenientes. Invista em parcerias colaborativas, como: um aluno que tenha habilidade leitora com outro que consiga organizar as etapas da atividade e um terceiro que trabalhe bem traços para desenhos. Feito isso, cada um vai contribuir com a produção do material e mostrará para os demais como desempenhar a atividade, valorizando-se a produção coletiva e individual em pesquisas e projetos escolares. Apresente aos alunos a estela de Hamurábi, do século XVIII a.C., e peça que componham um cartaz de cartolina, kraft, papel-cartão ou jornal. Oriente a leitura e discussão nos grupos dos tópicos descritos a seguir. ff As punições do Código de Hamurábi eram iguais para toda a população da Mesopotâmia? Apresente exemplos que comprovem a resposta do grupo e faça desenhos para ilustrar as punições. Ao mostrar que as punições do Código de Hamurábi não eram iguais para os grupos sociais na Mesopotâmia, os alunos poderão verificar que, quando um grande proprietário prejudicava outro, podia pagar os danos com dinheiro ou bens materiais. Em relação aos escravos, as punições variavam de castigos corporais à pena de morte, como nos mostram os artigos 116, 198 e 199.

ff Selecionem uma das leis do Código de Hamurábi. Em seguida, imaginem que a lei escolhida pelo grupo pudesse ser aplicada nos dias atuais. Apontem um serviço social que o suposto culpado poderia realizar para melhorar a vida dos moradores da comunidade em que reside. Façam desenhos para ilustrar esse serviço social que seria prestado para a comunidade. Tendo por base as escolhas feitas pelos grupos, incentive os alunos a discutir quais são as questões sociais mais importantes da atualidade, para as quais o trabalho dos infratores poderia ser útil. Como exemplo, mostre a importância da organização da coleta seletiva do lixo, atividades lúdicas em

creches, limpeza do espaço urbano, organização de bibliotecas públicas em associações de bairros, entre outras.

Antes de elaborarem um texto com as principais características da sociedade mesopotâmica, conforme proposto na atividade da seção Lição de casa, que apresenta a pirâmide social, é muito importante deixar claro para seus alunos que a sociedade mesopotâmica nesse período estava dividida em grupos. Professor, essa atividade é precedida pelo texto a seguir:

A sociedade mesopotâmica nesse período estava dividida em três grupos, os quais recebiam tratamento diferenciado nesse conjunto de leis. O primeiro grupo era formado pelos proprietários de terras, nobres, líderes militares, oficiais do palácio e sacerdotes; o segundo, pelos funcionários do palácio, pequenos proprietários, comerciantes e artesãos; e o terceiro, que correspondia à maioria da população, era composto de escravos. Os escravos eram pessoas destituídas de liberdade, tinham direitos delimitados em lei, podiam casar-se com uma mulher livre e possuir bens, mas não deixavam de ser propriedade de alguém; recebiam o nome wardum, exerciam diversas atividades na manutenção dos diques, nas plantações, no trabalho com os animais e no transporte de cargas. Havia a possibilidade de mobilidade social, desde que o escravo tivesse a liberdade concedida por seu senhor, tornando-se, portanto, um liberto. Por outro lado, os proprietários de terras endividados poderiam tornar-se escravos.

Ainda dentro da proposta da atividade em grupo, lembre-se de que o painel deverá ter por objetivo registrar a síntese dos conteúdos e conceitos desenvolvidos com os alunos no decorrer da Situação de Aprendizagem. Oriente-os

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a escrever pequenos textos e frases que atuem como explicação e justificativa para os desenhos realizados. Trabalhe a importância do título do painel para orientar o leitor. Ao final, organize uma exposição em sala de aula, ou mesmo fora dela, com o objetivo de socializar os estudos realizados e a produção dos grupos.

Proposta de questões para a avaliação

Ao longo dos rios Tigre e Eufrates, em meio aos desertos que caracterizam o Oriente Médio, desde o Paleolítico, um grande número de grupos humanos foi se fixando às margens ou nas proximidades desses rios, para obter água, pescar, desenvolver a agricultura e a criação de animais, e transportar pessoas e cargas. Durante as cheias, esses rios transbordavam e inundavam as terras próximas das margens. Quando as águas baixavam, as terras que estavam perto do leito dos rios ficavam inundadas com uma camada de lodo, deixando-as férteis e excelentes para o plantio.

As questões a seguir estão incluídas na seção Você aprendeu?, do Caderno do Aluno. 1. A Epopeia de Gilgamesh, escrita entre 2500 e 2000 a.C., apresenta a aventura de um rei de Uruk, Gilgamesh, que encontrou um homem imortal que lhe revelou que a terra seria destruída por uma inundação. Esse poema, uma das mais antigas obras literárias da humanidade, apresenta um dos temas mais importantes para a civilização babilônica, e está relacionado ao mito do dilúvio, presente na Bíblia. Sobre isso, responda: a) Qual é o significado da palavra dilúvio? Dilúvio significa inundação extraordinária, uma grande quantidade de líquidos e chuva copiosa, neste caso, em decorrência de enchentes dos rios Tigre e Eufrates. Na tradição judaico-cristã, foi o castigo imposto por Deus aos homens na época de Noé e contado no Velho Testamento.

b) Que relação podemos estabelecer entre a catástrofe narrada pela obra e as características físicas do local em que foi produzida? As enchentes dos rios Tigre e Eufrates não eram muitas vezes previsíveis, e o volume de águas liberado com o degelo das montanhas podia variar muito. Por isso, frequentemente todo o trabalho agrícola, e as construções feitas para permiti-lo (como diques e canais de irrigação), eram arrasados por elas. Daí a relação entre as inundações que ocorriam realmente e os episódios narrados pela Epopeia de Gilgamesh.

2. Explique por que os rios foram importantes para os povos mesopotâmicos.

3. Localizada no Crescente Fértil e cercada por montanhas e desertos naturais, a Mesopotâmia, palavra de origem grega que significa “entre rios”, faz referência aos rios: a) Nilo e Ganges. b) Tigre e Eufrates. c) Tigre e Indo. d) Eufrates e Nilo. e) Eufrates e Ganges. Mesopotâmia (“entre rios”) é o nome dado à área que corresponde à faixa entre os rios Tigre e Eufrates.

4. Os povos que foram se estabelecendo na Mesopotâmia abriram canais de irrigação para levar a água dos rios até as regiões mais distantes, o que favoreceu o aumento da área de plantio. Além disso, precisaram fazer diques, que tinham como objetivo principal: a) impedir inundações, que destruíam as plantações e as cidades. b) transportar a água para irrigar terras de agricultura. c) captar e transportar a água de um lugar para outro. d) alargar o sulco da terra, facilitando a passagem da água.

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e) aumentar o volume de água nas regiões agrícolas. A principal função dos diques era impedir inundações.

5. As primeiras cidades foram formadas em uma extensa faixa de terra conhecida como Crescente Fértil, região que corresponde a partes dos atuais territórios do Líbano, da Síria, do Iraque e da Jordânia, localizados: a) na África. b) na Europa. c) na Ásia Menor. d) na América. e) no Oriente Médio. A região ocupada pelos povos da Mesopotâmia corresponde à área do atual Oriente Médio.

Propostas de Situações de Recuperação Proposta 1 Solicite aos alunos que pesquisem em diferentes materiais – enciclopédias, livros de apoio didático, livro didático e sites – informações sobre a Mesopotâmia. Oriente-os a escrever no caderno, em folha de papel sulfite ou jornal, dez curiosidades sobre a Mesopotâmia, abordando diferentes temas, como, por exemplo, a escrita, a sociedade, os templos sagrados, os escribas e o sistema de irrigação dos rios Tigre e Eufrates.

Proposta 2 Utilizando um mapa que mostre os lugares onde viveram os povos da Mesopotâmia, solicite aos alunos que identifiquem: os rios Tigre e Eufrates, o Golfo Pérsico, o deserto da Arábia, o planalto do Irã e a região onde se desenvolveram as sociedades mesopotâmicas. Para conduzir a atividade, verifique se o livro

didático adotado apresenta o mapa da Mesopotâmia ou utilize um atlas histórico.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros FERREIRA, Olavo Leonel. Mesopotâmia: o amanhecer da civilização. 4. ed. São Paulo: Moderna, 1993. (Desafios). Amplo panorama das civilizações mesopotâmicas, no qual se abordam a política, o cotidiano, a ciência e as artes dos principais reinos que se estabeleceram na região. PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2002. <http://www.editora contexto.com.br>. Neste livro, o autor discute a importância do estudo de civilizações extintas e o seu legado para o mundo ocidental.

Filmes A Pré-história e as primeiras civilizações, v. 1. Coleção História da Humanidade. SBJ Produções. Brasil, 1994. 25 min. Sem classificação etária. Após descrever a chamada Pré-história da humanidade, o filme aborda as civilizações mesopotâmicas: sumérios, assírios, babilônios etc. Mesopotâmia: retorno do Éden. (Civilizações Perdidas). Direção: Robert Gardner. Inglaterra, 1995. 48 min. Sem classificação etária. Documentário sobre a origem das civilizações da região mesopotâmica.

Site Babilônia Brasil. Disponível em: <http:// www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/index. html>. Acesso em: 17 maio 2013. Página dedicada à Mesopotâmia, que envolve as culturas da Suméria, Babilônia e Assíria. Aqui estão dados sobre história, mitologia, religião, práticas antigas e modernas centradas na tradição mesopotâmica.

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Situação de Aprendizagem 7 África, o berço da humanidade Esta Situação de Aprendizagem tem como objetivo analisar a importância do continente africano para as pesquisas arqueológicas relativas a diversos períodos da história da humanidade. Reunindo estudiosos de diferentes áreas, as pesquisas têm revelado vestígios de cultura material, como artefatos, vasos de cerâmica e restos de fogueira, que fornecem valiosas informações sobre a origem e o desenvolvimento da espécie humana. Nossa sétima Situação de Aprendizagem pretende, portanto, estimular a pesquisa de informações sobre diferentes artefatos e vestígios da história humana no período classicamente denominado Pré-história. Sabemos que

nossos antepassados mais antigos surgiram no continente africano, e que as espécies que deram origem ao homem moderno viveram na África há cerca de 7 milhões de anos. Para o desenvolvimento da Situação de Aprendizagem, será muito importante que os alunos tenham trabalhado as seguintes noções: ff sociedades coletoras; ff grupos sedentários; ff agricultura na Pré-história da África; agricultura de subsistência; ff testemunhos do neolítico africano; ff vasos cerâmicos e a produção de alimentos na Pré-história da África.

Conteúdos e temas: Pré-história africana; sociedades coletoras; desenvolvimento da agricultura; diferentes artefatos pré-históricos. Competências e habilidades: pesquisa, obtenção e estabelecimento de relações entre diversas informações, construção argumentativa, compreensão da noção de processo histórico e elaboração de legendas. Sugestão de estratégias: pesquisa, montagem de cartaz e elaboração de legendas. Sugestão de recursos: cartolina ou papel kraft. Sugestão de avaliação: processo de pesquisa e elaboração de cartaz.

Sondagem e sensibilização – 1a etapa Inicie a conversa perguntando se eles sabem o que significa a palavra nômade. Estimule-os a buscar o significado no dicionário. Esclarecida a acepção, pergunte quais imagens eles associam aos primeiros grupos de nômades que habitaram o continente africa-

no durante a Pré-história e a Antiguidade. Mostre que a história da África é tão rica quanto a dos outros continentes, enumerando suas especificidades, e destaque o fato de essa região ser conhecida como o “berço da humanidade”.

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Será muito importante que, ao longo da Situação de Aprendizagem, você apresente aos alunos peculiaridades

da história da África como, por exemplo, as descritas a seguir, que também estão no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto.

A história da África é tão rica e diversificada quanto a dos outros continentes, com destaque especial para o fato de a região ser conhecida como o berço da humanidade. Os chamados hominídeos, dos quais se originaram os seres humanos, habitaram a África, onde também viveram animais ancestrais de muitas das espécies atuais. Portanto, a diversidade do reino animal, imensa em todo o planeta, tem sua origem no continente africano. Os motivos disso são ainda controversos, mas a maioria dos estudiosos considera que tal fato se deveu às condições climáticas do planeta. Durante milhões de anos, a Terra conheceu resfriamentos, chamados de glaciações, que se alternavam com períodos de aquecimento. As áreas ao norte, que constituem a maior massa de terra do planeta, apresentam condições climáticas que variam muito. No continente africano, que se situa, em grande parte, próximo à linha do Equador, a vida animal teria se desenvolvido mais cedo e com maior diversidade. Para alguns estudiosos, os hominídeos surgiram na floresta tropical a partir de algumas espécies de primatas. O desenvolvimento do uso das mãos, nessas espécies, pode ser associado à vida nas árvores, entre outros fatores. Numa das fases de mudança climática, com o avanço da savana, houve uma transformação na vegetação arbustiva. Com a vegetação rasteira, alguns desses primatas passaram a se deslocar mais no solo. Isso teria levado ao desenvolvimento dos pés, permitindo que andassem em posição ereta. As mãos já não eram necessárias para subir em árvores ou pular de uma para outra, por meio de cipós. Liberadas, passaram a servir como verdadeiros instrumentos. Nem todos os pesquisadores, contudo, estão de acordo com essa teoria. O que parece certo é que as savanas africanas foram essenciais para o desenvolvimento dos hominídeos, por muitos milhões de anos. Essas interpretações derivam da única fonte de informação que temos sobre esse longo período: os vestígios arqueológicos. O continente africano concentra uma grande quantidade de restos materiais muito antigos, sendo os principais os fósseis de esqueletos. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Professor, o Caderno do Aluno apresenta uma proposta de atividade de Pesquisa em grupo sobre os primeiros grupos que habitaram o continente africano, na qual são sugeridos os temas: ff Sociedades coletoras; ff Grupos sedentários; ff Artefatos líticos; ff Vasos cerâmicos e a produção de alimentos na Pré-história da África. Essa sugestão é outra possibilidade a ser utilizada de acordo com seus critérios e as características e necessidades de seus alunos.

Na pesquisa, é importante que os grupos considerem os seguintes aspectos relativos a cada um dos temas: ff Sociedades coletoras: no continente africano, como no restante do planeta, as sociedades humanas mais antigas eram nômades, coletoras de alimentos que estavam disponíveis no ambiente. Esses grupos viviam da coleta de frutos, da caça e da pesca, assim como da criação de animais domesticados. Alguns povos continuaram até nossos dias como caçadores e coletores, como os bosquímanos, da África Meridional.

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ff Grupos sedentários: a sedentarização foi um processo que ocorreu em todos os continentes e está relacionada à agricultura e à vida em aldeias e cidades. Na África Subsaariana, a sedentarização caracterizou-se pelo domínio dos metais e da cerâmica e, posteriormente, pela formação de cidades e mesmo de impérios, já no contexto da expansão muçulmana, em fins do primeiro milênio d.C. ff Artefatos líticos: os artefatos líticos (de pedra) são os mais antigos produzidos pelo ser humano, e a África ocupa, como consequência, um lugar de destaque, pois foi onde os primeiros hominídeos surgiram e ali continuaram por milhões de anos. Já nos milênios mais recentes, a produção lítica africana subsaariana marcou a época dos caçadores e coletores, que utilizavam apenas artefatos de pedra para caçar e coletar. Com a introdução dos metais e da cerâmica, as pedras continuaram em uso, mas de maneira complementar, como machados e arados utilizados na agricultura. ff Vasos cerâmicos e a produção de alimentos na Pré-história da África: a produção da cerâmica costuma ser associada à atividade agrícola. Os caçadores e coletores comem seus alimentos diretamente com as mãos, enquanto os agricultores precisam de vasos recipientes, para armazenar a comida e cozinhá-la. A invenção da cerâmica liga-se ao domínio do fogo para o fabrico de recipientes de argila e sua difusão na África Subsaariana parece ter ocorrido a partir da África Oriental, possivelmente proveniente do Vale do Rio Nilo. Posteriormente, há uma atividade que solicita aos alunos grifar as principais ideias do texto, que está reproduzido a seguir, para auxiliá-los no desenvolvimento da Montagem de um painel: trabalhando com artefatos africanos.

O nome científico dos hominídeos, como o das demais espécies vivas, é binomial (composto de duas palavras/nomes) e se escreve em latim. Na maioria das vezes, o segundo nome se refere às suas características físicas ou habilidades e/ou ao local em que foram encontrados os seus vestígios. Assim temos, por exemplo: Sahelanthropus tchadensis, para indicar um hominídeo que provavelmente vivia na região do Chade; Homo habilis, o “homem habilidoso”, que se diferenciou pela fabricação de instrumentos simples, como facas de pedra lascada; Homo erectus, de porte ereto, com o esqueleto similar ao nosso; ou, ainda, Homo sapiens (nossa espécie); este último, de cérebro mais desenvolvido, tinha a capacidade de transformar o ambiente em que vivia. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

A África é, portanto, o berço da humanidade. No Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto, encontramos atividades que auxiliam na introdução do tema proposto. Essa é a primeira importância da África. Em seguida, e mais perto de nós no tempo, é importante conhecer a sua rica história nos últimos 10 mil anos, período que corresponde à época em que vivemos. Na África, atualmente, existe grande diversidade linguística. Os estudiosos, então, agruparam as línguas e os dialetos em quatro grandes ramos, de norte a sul: afro-asiático, nilo-saariano, niger-cordofânio e coisano. O afro-asiático ocupa toda a parte mediterrânea, mas também parte da região banhada pelo Oceano Índico. Esse grupo parece ter se originado há milhares de anos, em alguma área a nordeste do continente, constituindo as raízes de línguas como o antigo egípcio, além de outras que, hoje, associamos à Ásia, como o hebraico e o árabe, o que estabelece uma ligação umbilical desses

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povos do Oriente Médio com o continente africano. O grupo nilo-saariano é mais restrito, mas também setentrional. Outro pequeno grupo é o coisano, dos famosos bosquímanos, localizado a sudeste do continente. Um grande grupo é o niger-cordofânio, cujas origens parecem estar no centro do continente, um pouco a este, dominando quase toda a África Subsaariana. As línguas banto, por sua vez, constituem o ramo sul desse grupo, na região da África Central (Congo, Angola e Moçambique). É importante destacar que os africanos trazidos ao Brasil, durante a escravidão dos séculos XVI a XIX, eram provenientes das áreas banto e nigeriana. Portanto, dos quatro grandes grupos linguísticos e culturais africanos, apenas um deles teve influência direta na história do Brasil: o Niger-Cordofânio. As civilizações africanas, em sua imensa variedade, apresentam alguns pontos em comum, a começar pela valorização das forças espirituais. A civilização egípcia é bem conhecida por sua espiritualidade e, até hoje, continua como referência nesse aspecto. Outras culturas africanas também atestam essa preocupação. Há algumas características que permeiam as mais diversas religiões africanas e que estão conosco. Em primeiro lugar, a valorização da fertilidade, tanto feminina quanto masculina. Inúmeras entidades espirituais africanas, em diferentes culturas e épocas, com mitos também muito variados, reforçam a importância da potência geradora de homens e mulheres. Em seguida, o culto aos antepassados, que perpassa as manifestações religiosas e relaciona-se, de forma direta ou indireta, com o culto à fertilidade, pois trata da continuidade das gerações. Um terceiro aspecto, não menos relevante, refere-se à magia e aos espíritos, que podem fazer o bem ou o mal.

Finalmente, importa lembrar que o continente africano foi muito marcado pela história dos últimos 2 mil anos. O norte da África sempre fez parte da dinâmica histórica do mundo Mediterrâneo, ali florescendo, durante a Antiguidade, grandes cidades, como Cartago e Alexandria. O domínio árabe, por sua vez, viria potencializar essa posição de destaque, quando Cairo tornou-se uma grande cidade. Entretanto, a partir do período moderno, com o domínio dos turcos otomanos e dos europeus, a África Setentrional perdeu a posição de destaque que teve por tantos séculos.

2a e 3a etapas Peça aos alunos que pesquisem – em sites especializados, enciclopédias, livros sobre a Pré-história e didáticos – imagens de artefatos líticos africanos, como raspadeiras, pontas de seta triangulares, machado polido, faca em forma de disco, goiva polida, lascas, brocas, fragmentos de vaso cerâmico com decoração ponteada e de linhas ondeadas, que estão relacionados ao desenvolvimento da agricultura no continente africano durante a Pré-história, para a montagem de um painel sobre artefatos africanos. As indicações estão dispostas na seção Pesquisa em grupo do Caderno do Aluno. Prossiga o trabalho propondo a discussão das seguintes questões: ff O que são vestígios arqueológicos? ff Que tipos de vestígios são importantes para estudarmos a Pré-história da África? ff Qual é a importância dos artefatos de pedra para o homem da Pré-história? ff Como podemos explicar a importância dos vasos cerâmicos para o desenvolvimento da agricultura no continente africano? Organize os alunos em grupos, a partir de critérios estabelecidos em parceria com eles,

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responsabilizando-os, assim, pela sua organização. Agrupados, oriente-os para que se reúnam na classe, na biblioteca ou em outro espaço, a fim de decidir as funções que cada um terá na organização da atividade, deixando clara a importância do desempenho individual para a realização desta Situação de Aprendizagem.

e agricultores que ali viveram durante a Pré-história é uma fonte muito rica para explicar aos alunos a origem do homem nesse continente. Na seção Lição de casa, os alunos, com a ajuda de um dicionário, completarão frases com os nomes dos utensílios relacionado abaixo:

Peça que pesquisem as diferentes funções desses artefatos e, em seguida, iniciem a montagem de um painel, em cartolina ou papel kraft. Ajude-os a redigir pequenas legendas explicativas sobre a importância dos restos de fogueiras e das raspadeiras, de pequenas lâminas e dos vasos cerâmicos, entre outros vestígios que você julgar importantes, desenhando, por meio da observação das imagens, cada um desses vestígios e artefatos. A pesquisa também deverá ser estimulada, e outras imagens poderão ser buscadas no próprio livro didático ou em livros do acervo escolar.

ff restos de fogueiras – vestígios importantes, pesquisados por historiadores e arqueólogos, que mostram a existência de um povo caçador e coletor, que vivia da pesca, da caça e da coleta de raízes e frutas, com objetos fabricados com pedra lascada e polida, como raspadeiras, lâminas de pedras, pequenas lascas e pontas de flechas; ff pontas de lança – utilizadas para caça, em geral feitas de pedras e amarradas nas extremidades de lanças; ff machado – instrumento normalmente feito de uma lâmina de pedra e um cabo, utilizado principalmente para cortar objetos, como, por exemplo, troncos de árvores; ff cunha – instrumento muito semelhante ao machado, mas utilizado sem cabo: era inserido na madeira, no sentido das fibras, para rachá-la; ff enxó – instrumento semelhante ao machado, muito utilizado na África Subsaariana, usado para aplainar, cavar ou limpar o interior de canoas; ff lâminas de pedras – instrumentos utilizados para cortar objetos, fabricados com tipos diferentes de pedras, como o sílex e o quartzo; ff cerâmicas – utilizadas para armazenar alimentos, o que demonstra que os habitantes que as produziam provavelmente cultivavam alimentos como painço, arroz, inhames, sorgo, vagem e óleo de palma.

Durante a realização da atividade, você poderá passar pelos grupos ou chamá-los à sua mesa, para acompanhar essa importante etapa de pesquisa. Peça, ainda, que cada grupo elabore um relatório da produção do material – registro escrito, reprodução das imagens, organização dos títulos, legendas –, para facilitar o trabalho dos alunos. Ao final da Situação de Aprendizagem, espera-se que os grupos consigam organizar painéis, mostrando os vestígios dos grupos de caçadores e agricultores que viveram na África durante a Pré-história. Essa montagem de cartazes será importante para que seus alunos possam entender a valorização cultural desse longo passado da Pré-história da África.

Avaliação da Situação de Aprendizagem A pesquisa de componentes da cultura material encontrados no continente africano e deixados por diferentes grupos de caçadores

Proposta de questões para avaliação Professor, as questões a seguir foram propostas no Caderno do Aluno na seção Você aprendeu?.

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1. A vida de caçador possibilitou uma série de atrativos para muitos povos africanos, que viviam nas ricas savanas ao sul do Saara, onde podiam dispor de cabras e carneiros, além do trigo. Tendo por base seus estudos e as informações apresentadas em sala sobre a Pré-história da África, apresente duas características desse grupo. Os primeiros grupos nômades que surgiram na África: a) viviam em grupos e deslocavam-se em busca de melhores condições de sobrevivência; b) viviam da caça, da coleta de raízes e frutos e da pesca.

2. Identifique as atividades que caracterizaram o período anterior à sedentarização dos grupos humanos africanos. As atividades são a caça e a coleta, como também o deslocamento em busca de regiões favoráveis à sobrevivência.

3. As pinturas rupestres feitas em abrigos, com representações de búfalos gigantes, cenas de caça de animais de grande porte, como elefantes e girafas, datadas de 2900 a.C., foram encontradas no Sudão, região que corresponde ao sul do Egito. As pinturas rupestres não podem ser encontradas em: a) abrigos sob rochas. b) paredes de cavernas. c) metais. d) grutas. e) rochas. Os suportes eram, em geral, rochas e paredes de cavernas.

4. “A partir do primeiro milênio a.C., os cultivadores do neolítico expandiram-se da região dos atuais países da República Centro-Africana, Chade e Camarões para toda a região de florestas do continente africano, deslocando-se em direção ao nordeste da Bacia do Congo, local onde foram encontrados machados de pedra e vasos ce-

râmicos.” É possível afirmar, com os dados da frase anterior, que esses grupos praticavam a agricultura? Explique sua resposta. Sim, pois os vasos cerâmicos, citados no texto, em geral, eram utilizados por grupos que praticavam a agricultura para armazenar alimentos.

5. Estudiosos dos centros de cultivo da África Subsaariana encontraram vestígios de plantas, como a banana, a vagem, a batata e o inhame, os quais são importantes para o estudo do processo de sedentarização, que ocorreu principalmente em função da: a) pesca. b) agricultura. c) coleta de raízes. d) coleta de sementes. e) coleta de frutas. Os vestígios de sementes e plantas foram importantes para os estudos sobre a agricultura e o processo de sedentarização.

Propostas de Situações de Recuperação Proposta 1 Oriente os alunos na elaboração de uma lista de conceitos e definições relacionados à Pré-história da África.

Proposta 2 Com base nos estudos realizados, você pode solicitar ao aluno que redija um texto sobre este assunto, utilizando os conhecimentos históricos estudados.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 61

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Livro

Site

CLARK, J. Desmond. A Pré-história da África. Lisboa: Editorial Verbo, 1973. (História Mundi). Livro publicado em 1970, ainda uma boa referência para estudos sobre o tema.

Arte africana. Disponível em: <http://www.arte africana.usp.br>. Acesso em: 17 maio 2013. Site com informações sobre a arte africana no Brasil.

Situação de Aprendizagem 8 HERANÇAS CULTURAIS da China e trocas culturais em diferentes épocas Professor, a temática desta Situação de Aprendizagem é introduzida com o texto anterior e uma atividade no Caderno do Aluno.

cias dos alunos para a leitura de mundo e o estabelecimento de relações entre diferentes temporalidades.

Esta Situação de Aprendizagem tem por objetivo estimular a pesquisa sobre as heranças culturais chinesas em diferentes fontes. Pretende-se investigar, com os alunos, como os artefatos produzidos pelos chineses chegaram a outras regiões e foram incorporados às culturas de diferentes povos, e, ainda hoje, fazem parte do nosso cotidiano, como os fogos de artifícios, sempre presentes nas festas de fim de ano e em jogos de campeonatos esportivos, além de outras comemorações. Outro objetivo é desenvolver as competên-

É importante enfatizar que os temas indicados a seguir deverão ser abordados sempre de acordo com a faixa etária de seus alunos e sua capacidade de compreensão: ff principais grupos no processo de povoamento da China; ff agricultura; ff principais dinastias; ff religião; ff contribuições chinesas para a história da humanidade.

Conteúdos e temas: heranças culturais da China; e trocas culturais em diferentes épocas. Competências e habilidades: desenvolver capacidades de levantamento e sistematização de dados em pesquisa; desenvolver habilidades de escrita; identificar as características de diferentes culturas e reconhecer a presença de elementos de uma cultura na outra em diferentes épocas; relacionar trocas comerciais e culturais. Sugestão de estratégias: pesquisa em sala de aula e elaboração de texto sobre heranças culturais chinesas. Sugestão de recursos: material de rascunho, papel almaço, jornal, sulfite ou cartão, canetas e lápis coloridos. Sugestão de avaliação: processo de trabalho, pesquisa e álbum de heranças culturais.

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Sondagem e sensibilização Para iniciar essa Situação, você pode propor a leitura do texto a seguir,

presente no Caderno do Aluno, na primeira seção Leitura e análise de texto.

A China constitui uma das culturas mais antigas da história, que se desenvolve há aproximadamente 5 mil anos. A época histórica mais antiga sobre a qual os conhecimentos são bastante precisos remonta aos séculos XVI a XI a.C. e se refere à história da dinastia Shang, também conhecida como dinastia Yin, da cidade de Anyang, na atual província de Henan. Com essa dinastia, começou a história escrita da China. Contudo, as lendas chinesas, transmitidas oralmente, tratam de uma época anterior, um período lendário, quando os primeiros cinco imperadores teriam fundado a China. Foram eles, segundo a tradição, os responsáveis por introduzir alguns elementos que caracterizam a civilização chinesa: a criação do bicho-da-seda, a tecelagem, os carros e os barcos. O primeiro deles teria sido o Imperador Amarelo (2674-2575 a.C.). Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Você também poderá trabalhar algumas características relativas a culturas regionais chinesas, sendo que a decisão de maior ou menor aprofundamento está relacionada às características da sua turma, ao tempo disponível e aos objetivos de aprendizagem que você estabeleceu para o conjunto do ano letivo.

Recomendamos que você faça a leitura do texto a seguir, selecionando, conforme seus interesses, as informações que poderão ser privilegiadas na orientação da pesquisa e mesmo na organização de uma aula expositiva. Convém considerar como foco principal da Situação de Aprendizagem as heranças e a troca de materiais provenientes da China.

O desenvolvimento da agricultura, cerâmica, bronze e, por fim, a escrita ideográfica parece ser autóctone. Não há dados históricos sobre sua vinda da Mesopotâmia, nem as formas e decorações indicam proveniência do Ocidente. Portanto, tudo leva a crer que o desenvolvimento tecnológico e cultural da China tenha sido independente. Na época da dinastia Shang (séculos XVI-XI a.C.), a agricultura baseava-se no plantio de cereais, como aveia, trigo e sorgo, já conhecidos desde o Neolítico. O cultivo do arroz era apenas complementar, pois, para cultivar essa planta, é necessária irrigação em larga escala, algo que tardaria. Os animais domesticados eram o cavalo, o boi, a ovelha, a galinha, o pato, o porco e o cachorro. No campo religioso, o culto aos antepassados convivia com a magia. A dinastia seguinte, vinda do oeste, foi a Chou, a mais duradoura (aproximadamente entre 1050 e 256 a.C.) da história chinesa. Foi a grande época feudal da China, marcada por duas fases: a primeira, com capital a oeste, até 771 a.C.; a segunda, a leste (771-221 a.C.). Os feudos podiam ser transmitidos de geração a geração, sempre na mesma família, não podendo ser vendidos ou entregues a outras pessoas. Entretanto, nem todos estavam satisfeitos com o regime feudal. A dinastia Chou, do leste, pode ser dividida em dois períodos: 770-476 a.C. e 475-221 a.C. Nesse contexto feudal viveu Confúcio (551-479 a.C.), fundador de uma escola de pensamento que continua até hoje: o confucionismo. Confúcio dava grande importância à hierarquia social e ao amor entre os

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homens, considerando que havia um Ser Supremo que reinava sobre o universo e se impunha a todos. Na prática, ele criou escolas privadas e admitiu discípulos das diversas camadas sociais, quebrando o monopólio das instituições oficiais. Entre seus mais de 3 mil seguidores, 72 tornaram-se célebres. Sua pedagogia baseava-se na repetição, pois “por meio da repetição, aprende-se sempre algo de novo”. Outras escolas filosóficas ou religiosas também progrediram na China, como o taoísmo, o caminho (tao) espiritual e individualista. Após esse período feudal, o império inicia-se com o rei Chin, que fundou a dinastia Han (221 a.C.- 220 d.C.). O antigo título de rei (wang, em chinês) foi substituído pelo de imperador. Em chinês, Huang-ti (imperador) é uma junção de ti, “antepassado deificado”, e Huang, que quer dizer “brilhante”. É interessante notar que ambos correspondem aos termos latinos para imperador: divus (divinizado) e Augustus (brilhante). O império consolidou o confucionismo, desenvolveu o comércio com o Ocidente, pela Rota da Seda, assim como promoveu a consolidação da historiografia. O período seguinte ficou conhecido como Idade Média chinesa (220-600 d.C.) e corresponde a grandes transformações em todo o mundo, ocorrendo aí, além de epidemias, grandes movimentos de povos, em tudo semelhantes às chamadas grandes invasões do Mediterrâneo e da Europa Ocidental. Alguns autores associam a queda dos grandes impérios (Roma e China) à difusão de pragas, e as migrações às mudanças climáticas (um resfriamento do clima que estimulou a migração de inúmeros povos, no sentido norte-sul). O budismo foi a primeira grande religião e o primeiro influxo cultural externo a difundir-se de forma ampla na China. Esse processo começou no ano 65 d.C., com a chegada de missionários partas pelo atual Afeganistão, mas sua difusão expandiu-se, sobretudo, na Idade Média chinesa. Por volta de 300 d.C., havia 180 mosteiros e mais de mil monges budistas. O budismo introduziu as imagens religiosas, mas adotou o culto ancestral chinês. O império foi reunificado sob a dinastia Sui (581-618), seguida pela dinastia Tang (618-907), o auge da civilização chinesa. A capital estava em Xian, no início do desenvolvimento da Rota da Seda, em cujas ruas se encontravam coreanos, japoneses, persas, árabes, entre outros. A administração imperial tornou-se complexa e foram criadas duas universidades, assim como códigos de leis. A influência chinesa foi importante para outros povos, sendo determinante para o crescimento dos turcos otomanos, que tomaram muito de seu sistema de administração da China. O desmoronamento das instituições levou ao fim da dinastia e, de novo, ao esfacelamento da China. Em 1127, conquistadores vindos do norte impuseram-se. O século seguinte veria o estabelecimento da dinastia Yuan, a partir de 1279, encabeçada pelos mongóis, povo que dominou uma imensa área que se estendia da Ásia à Europa. A capital estava em Pequim e foi nesta época que o viajante de Veneza, Marco Polo, empreendeu sua viagem. A dinastia Ming (1368-1644) restabeleceu a soberania chinesa, e alguns produtos, como a porcelana, começaram a circular pelo mundo. Em 1644, uma nova dinastia estrangeira foi iniciada, com a chegada de invasores do norte, da Manchúria. A dinastia estabelecida, Qin, foi a última, que durou até a implantação da República, em 1911. A República foi proclamada por Sun Yat-Sem, e o país acabou se dividindo em dois grandes grupos, os nacionalistas e os comunistas, o que facilitou a invasão japonesa e a eclosão da guerra civil, na década de 1930, que só terminaria com a vitória comunista de Mao Tsé-Tung, em 1949, e a proclamação da República Popular da China. Os nacionalistas refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiwan), onde estabeleceram a República da China. No continente, o regime comunista experimentou “o grande salto para a frente” (1958-1960), com pouco sucesso, seguido pela violenta “Revolução Cultural” (1966-1976). A Guarda Vermelha passou a atuar paralelamente ao exército e ao Partido Comunista, tendo em vista purgá-los daqueles que fossem acusados de reacionários. A morte de Mao (1976) levou ao fim da Revolução Cultural e possibilitou

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uma guinada econômica em direção à abertura e à economia de mercado. Em 30 anos, a China passou de uma economia paupérrima à pujança, transformando-se em uma das grandes potências econômicas mundiais do século XXI. Ao longo dos séculos, a China contribuiu, em muitos aspectos, com o modo de vida Ocidental. Desde a Antiguidade, a seda chinesa difundiu-se no mundo mediterrâneo. Também vieram da China, já na Idade Média europeia, outros produtos, a começar pelo macarrão, que se tornou uma comida de uso diário. Os chineses inventaram os fogos de artifício, e a pólvora usada nesses artefatos acabou adotada pelos europeus, que fizeram dela um material bélico que iria revolucionar a guerra no mundo inteiro. No período moderno, a porcelana chinesa chegou a todos os cantos do mundo, e os ocidentais iriam imitá-la. A moda dos temas chineses iria expandir-se na Europa a partir do século XVIII. O século XX veria, ainda, a difusão, em larga escala, de livros chineses, como as obras de Lao Tsé (século V a.C.). Contudo, a mais profunda influência veio do maoismo, uma vez que numerosos movimentos políticos, da América Latina à Europa, passando pela África, inspiraram-se nesse movimento. Além disso, por causa de sua forte presença no mercado mundial, a língua chinesa, sobretudo o mandarim, passou a ser intensamente estudada por estrangeiros. Hoje, no mundo globalizado em que vivemos, produtos chineses podem ser encontrados em prateleiras de supermercados e lojas de muitos países. Elaborado por Raquel dos Santos Funari especialmente para o São Paulo faz escola.

1a a 3a etapa Solicite aos alunos que realizem, como lição de casa, uma pesquisa preliminar a respeito das heranças culturais chinesas reconhecíveis em nosso cotidiano. Eles poderão utilizar livros e materiais de apoio didático, como revistas e outras publicações disponíveis na biblioteca da escola. Além disso, você pode orientá-los a buscar informações na internet. Combine o dia em que os materiais selecionados serão utilizados para o encaminhamento da atividade conforme proposto no Caderno do Aluno, na seção Pesquisa em grupo. O objetivo desta pesquisa em diferentes fontes é organizar um painel com as seguintes invenções chinesas citadas no texto “Heranças culturais da China”, presente na seção Leitura e análise de texto, do Caderno do Aluno: porcelana, seda, pólvora, macarrão e papel. Espera-se que os alunos percebam como essas descobertas alteraram a maneira de viver de muitos povos, fazendo parte, ainda hoje, do nosso cotidiano – como os fogos de artifício, sempre presentes nas festas de fim de ano e em jogos de campeonatos esportivos, além de em outras comemorações.

Provavelmente, os alunos vão relacionar a porcelana, a seda, a pólvora, o macarrão e o papel. Você poderá ampliar esse número em função do interesse dos seus alunos e da disponibilidade de tempo para discussão desse tema em sala de aula. Em seguida, solicite que, organizados em grupos, iniciem o contato com outros materiais de pesquisa. Ajude-os a copiar excertos com dados significativos e a buscar dados suplementares, utilizando o dicionário. Realce a importância de que os alunos localizem o tema principal tratado nos textos e o que é dito sobre ele. Os alunos deverão preparar um painel contendo as heranças culturais selecionadas e ilustradas por eles. Sugira que cada herança utilize várias informações obtidas na pesquisa. Na sequência, proponha outra atividade. Solicite aos alunos que escrevam textos explicativos contando a história de um objeto, com base na observação das etiquetas de vários produtos, no supermercado mais próximo (roupas, brinquedos, utensílios domésticos etc.), e anotem quais foram fabricados na China (feito na China, made in China), no caderno ou em uma folha avulsa.

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Posteriormente, você poderá propor que eles se reúnam em grupos e listem os produtos encontrados. Auxilie-os a observar a diversidade dos produtos e a refletir sobre a padronização deles, de acordo com os costumes do capitalismo mundializado. É importante enfatizar que, no mundo globalizado, as trocas culturais se dão via mercado, e que a própria cultura chinesa atual é bastante determinada pelas necessidades econômicas da globalização. Para encerrar a atividade, proponha que cada grupo faça o seu registro, que constará na segunda parte do álbum, denominada “produtos

da China atual”. Por fim, solicite que cada grupo sintetize oralmente o que pôde concluir depois de toda a Situação de Aprendizagem. Como subsídio para as atividades propostas no Caderno do Aluno, há o texto a seguir, que pode ser lido com os alunos antes que eles construam um texto a partir da escolha de duas heranças culturais de impacto. Peça também que eles justifiquem a escolha. A pesquisa e o texto também fornecem informações para a atividade da seção Lição de casa.

Heranças culturais da China Acredita-se que a mais antiga porcelana foi produzida durante a dinastia Tang. Artesãos chineses utilizavam fornos especiais para queimar um tipo de argila branca, chamada caulim, a uma temperatura acima de 1 200 graus. Com isso, conseguiam obter um material duro e não poroso, com aparência translúcida e parecida com o vidro. A seda foi utilizada pelos chineses desde 2700 a.C. e era considerada a mais valiosa mercadoria chinesa. Na sericultura, os casulos são colocados em água quente para liberar filamentos, que, depois de combinados, formam fios, que são enrolados e, ao final, ficam secos, propiciando a produção de um tecido fino e cintilante. A pólvora foi desenvolvida a partir de testes feitos com salitre e enxofre de carvão, no século VIII, e foi usada, inicialmente, para fazer fogos de artifício e instrumentos de sinalização. Mais tarde, a pólvora passou a ser usada pela dinastia Song em canos de bambu. O macarrão utilizado pelos chineses era feito de uma espécie de cereal, o milheto, que era amassado, cortado e cozido em água fervente. O papel, inventado pelos chineses em 105 a.C., era composto de cascas de amoreira e fibras de bambu, que eram depois secas em uma base plana de bambu. Outras fibras utilizadas eram o linho e a pele de animais, especialmente usados para escrever textos, num processo que, aos poucos, foi complementado com o desenvolvimento da impressão em blocos de madeira (xilogravura), desde o século VII. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Ao final da Situação de Aprendizagem, espera-se que o aluno tenha adquirido informações sobre a porcelana, a seda, a pólvora, o macarrão e o papel. Como subsídio, apre-

sentamos a seguir alguns dados essenciais para registrar a importância desses inventos chineses. Atualmente, a China é uma potência mundial. É o país mais populoso do planeta (com 1,3 bilhão de habitantes), e possui a segunda maior

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economia. Produtos e capitais chineses estão presentes em todos os continentes. Apresente aos alunos esses e outros dados que possam explicar porque eles encontraram tantos e tão diversos produtos chineses no supermercado.

Proposta de questões para a avaliação

painço, o trigo, a cevada e, mais tarde, o arroz. Pesquise a importância do Rio Amarelo para os chineses na Antiguidade. O Rio Amarelo foi um importante fator para o estabelecimento dos primeiros grupos nômades de chineses, que se estabeleceram em terras às suas margens, onde eram plantados o painço, um tipo de grão, hortaliças, trigo, frutas e arroz. Aos poucos, na região, foram formados os primeiros povoados

As questões a seguir encontram-se no Caderno do Aluno na seção Lição de casa. 1. A Muralha da China era considerada um dos maiores sistemas defensivos chineses contra os povos nômades, especialmente os hunos. Pesquise cinco curiosidades sobre a Muralha da China e anote as informações.

e, como ocorreu no Egito, com o Rio Nilo, e na Mesopotâmia, com os rios Tigre e Eufrates, o Rio Amarelo possibilitou o desenvolvimento da agricultura, favorecendo o processo de sedentarização e a formação das primeiras cidades chinesas.

Na sequência, são apresentadas as atividades que compõem a seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno.

romanos também fizeram grandes muros, mas os chineses

1. Qual era a importância do comércio para os antigos chineses? O que foi a Rota da Seda?

os ultrapassaram em muito. A extensão total da muralha

O comércio era uma atividade muito importante para os anti-

chegou a atingir mais de 6 700 quilômetros. Sua construção

gos chineses, com destaque para a venda de tecidos, tapetes,

durou muito: do século II a.C., contemporânea às muralhas

ervas medicinais, cravo, canela, ginseng, sândalo, noz-moscada,

de Atenas e de Roma, até o século XVI d.C. A muralha atual,

mirra e incenso, entre outros produtos. A Rota da Seda foi uma

contudo, foi levantada na dinastia Ming, a partir do século XV, como proteção contra ataques dos mongóis. Construída

expressão utilizada, no século XIX, pelo estudioso alemão Ferdinand von Richthofen, para designar a rede de estradas que unia

com tijolos e pedras, ela continua em pé em grande parte

o Extremo Oriente ao Mar Mediterrâneo, entre o século II a.C. e

do percurso e contava com torres de controle e centenas de

provavelmente o século XVI d.C. Por esses caminhos, passavam

milhares de soldados para guardar a fronteira.

milhares de caravanas de camelos que transportavam mercadores do Oriente para a Europa e o mundo árabe.

A Muralha da China constitui a maior edificação desse tipo em todo o mundo, em toda a história da humanidade. Os

• Em 1987, a “Grande Muralha da China” foi declarada Patrimônio Cultural Mundial da Unesco; • A Muralha da China é considerada um dos maiores projetos de construção da história; • A Muralha da China, incluindo todas as suas ramificações, tem cerca de 7 mil quilômetros (novos estudos realizados com tecnologias do GPS concluíram que sua medida pode chegar a 8 850 quilômetros), de Po Hai, no leste, até o deserto central da Ásia, e 9 metros de altura na maior parte do seu comprimento, com torres de 12 metros em intervalos.

2. A presença de grupos humanos na China é muito antiga principalmente de nômades caçadores e coletores. A partir de 6000 a.C., alguns desses grupos, aproveitando-se das águas do Rio Amarelo, começaram a se dedicar ao cultivo de cereais, como o

2. Assinale a alternativa em que estão presentes heranças culturais chinesas. a) Imprensa, moinhos, tecidos de algodão, e artefatos de borracha. b) P orcelana, pólvora, seda, papel, macarrão. c) Papiro, caravela, mandioca e açúcar. d) Porcelana, imprensa, cacau e açúcar. e) Chá, seda, papiro, café e macarrão. As heranças culturais chinesas listadas na questão são: porcelana, pólvora, seda, papel e macarrão.

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3. Escreva um pequeno texto sobre a China atual, indicando: a) a população do país; b) como podemos perceber a importância de sua economia no mundo. a) A China situa-se na parte leste da Ásia e possui a maior população do mundo, que, segundo o censo de 2010, ultrapassava os 1,3 bilhão de habitantes. b) Atualmente, a China possui uma das economias que mais crescem no mundo, com destaque para a área de brinquedos, telecomunicações, calçados e veículos automotivos.

4. Entre as dinastias que governaram a China, destacam-se os Shang, os Chou e a Han. A palavra dinastia significa: a) grupo de pessoas pertencentes a uma mesma família que sucessivamente governam um determinado local (país, reino, região). b) grupo de políticos que administram uma região. c) grupo de militares que organizam estratégias de defesa para uma região. d) grupo de camponeses que atuam na produção de grãos.

O Rio Amarelo, o segundo maior da China, tem hoje 75% de suas águas impróprias para o consumo humano. Não podem ser utilizadas na agricultura e nem mesmo na indústria. A qualidade da água piorou por causa dos resíduos industriais e esgotos lançados pelas cidades que cresceram rapidamente e sem planejamento. O rio, que permitiu a sedentarização e o desenvolvimento da agricultura e das antigas cidades, hoje está ameaçado.

Proposta 2 O controle das inundações do Rio Amarelo era feito por diques, que teriam surgido por volta de 2200 a.C. Havia, ainda, reservatórios construídos para conter o excesso de água proveniente do degelo, favorecendo, de igual maneira, o plantio de painço, trigo e arroz. Sugira aos alunos que procurem no dicionário o significado da palavra “dique” e anotem em seus cadernos. Em seguida, que pesquisem imagens sobre os diques em dicionários ilustrados e enciclopédias e façam sua reprodução no caderno.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livro

Propostas de Situações de Recuperação

KAN, Lai Po. Os chineses. 4. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1996. (Povos do Passado). Esse livro relata o dia a dia do povo chinês sob as dinastias Han e Tang. Destaca a maneira como viviam, a importância conferida pelos chineses às tradições, à vida em família e aos ancestrais. Aborda também o surgimento da religião budista.

Proposta 1

Filmes

Solicite aos alunos que façam uma pesquisa sobre as atuais condições do Rio Amarelo, e compare-as com o papel que ele teve na constituição da civilização chinesa antiga.

Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que você observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos.

e) grupo de funcionários que trabalham na administração de palácios. A palavra dinastia refere-se a uma série de pessoas da mesma família que se sucederam como soberanos por gerações.

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História – 5ª série/6º ano – Volume 1

Comer, beber, viver (Yin shi nan nu/Eat Drink Man Woman). Direção: Ang Lee. Taiwan/ EUA, 1994. 123 min. Sem classificação etária. Experiente cozinheiro comanda o restaurante de um hotel de luxo, mas não sabe como lidar com as próprias filhas. Lanternas vermelhas (Dahong Denglong Gaogao Gua). Direção: Zhang Yimou. China/ Hong Kong/Taiwan, 1991. 119 min. 18 anos. A história é ambientada na China do início do século XX, quando uma estudante universitária se casa com o patriarca do clã dos Chen. Ela se junta às outras esposas do rico senhor, cada qual tendo sua casa e criadagem, e deve aprender rituais que incluem o uso da lanterna vermelha, para apontar a esposa que passará a noite com o marido. Nenhum a menos (Yi Ge Dou Bu Neng Shao). Direção: Zhang Yimou. China, 1999. 106 min. 12 anos. O filme conta a história do professor Shuiquan, que tem de se ausentar durante um mês e deixa a adolescente Wei Minzhi para

substituí-lo e cuidar de seus alunos com a missão de não deixá-los abandonar a escola. O tigre e o dragão (Crouching Tiger, Hidden Dragon). Direção: Ang Lee. China/Taiwan/ EUA, 2000. 120 min. 14 anos. Artes marciais, romance e muita magia na luta de dois casais para que uma espada mágica não caia em mãos erradas. O último entardecer (Chinese Box). Direção: Wayne Wang. França/Japão/EUA, 1997. 126 min. 14 anos. História de um amor impossível, ambientado em 1996, em Hong Kong, época em que a charmosa cidade voltou a pertencer à China, depois de décadas de domínio britânico.

Site Discovery Channel. Disponível em: <http:// www.discoverybrasil.com/china_antiga/ index.shtml>. Acesso em: 17 maio 2013. Site que apresenta a história da China Antiga.

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QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO

Volume 2

Volume 1

FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a Série/6o Ano

6a Série/7o Ano

7a Série/8o Ano

8a Série/9o Ano

– Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história – As linguagens das fontes históricas – A vida na Pré-história e a escrita – Os suportes e os instrumentos da Escrita – Civilizações do Oriente Próximo – África, o berço da humanidade – Heranças culturais da China e trocas culturais em diferentes épocas

– O Feudalismo – As Cruzadas e os contatos entre as sociedades europeias e orientais – Renascimento Comercial e Urbano – Renascimento Cultural e Científico – Formação das Monarquias Nacionais Europeias Modernas (Portugal, Espanha, Inglaterra e França) – Os fundamentos teóricos do Absolutismo e as práticas das Monarquias Absolutistas – Reforma e Contrarreforma – Expansão Marítima nos séculos XV e XVI

– O Iluminismo – A colonização inglesa e a Independência dos Estados Unidos da América (EUA) – A colonização espanhola e a Independência da América espanhola – A Revolução Industrial inglesa – Revolução Francesa e expansão napoleônica – A família real no Brasil – A Independência do Brasil – Primeiro Reinado no Brasil

– Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX – Primeira Guerra Mundial (1914-1918) – Revolução Russa e stalinismo – A República no Brasil – Nazifascismo – Crise de 1929 – Segunda Guerra Mundial – O Período Vargas

– A vida na Grécia Antiga – A vida na Roma Antiga – O fim do Império Romano – As civilizações do Islã (sociedade e cultura) – Império Bizantino e o Oriente no imaginário medieval

– As sociedades maia, asteca e inca – Conquista espanhola na América – Sociedades indígenas no território brasileiro – O encontro dos portugueses com os povos indígenas – Tráfico negreiro e escravismo africano no Brasil – Ocupação holandesa no Brasil – Mineração e vida urbana – Crise do Sistema Colonial

– Período Regencial no Brasil – Movimentos sociais e políticos na Europa no século XIX – O liberalismo e o nacionalismo – A expansão territorial dos EUA no século XIX – Segundo Reinado no Brasil – Economia cafeeira – Escravidão e abolicionismo – Industrialização, urbanização e imigração – Proclamação da República

– Os nacionalismos na África e na Ásia e as lutas pela independência – Guerra Fria – Populismo e ditadura militar no Brasil – Redemocratização no Brasil – Os Estados Unidos da América após a Segunda Guerra Mundial – Fim da Guerra Fria e Nova Ordem Mundial

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História – 5ª série/6º ano – Volume 1

GABARITO

seus respectivos anos de nascimento a 3761, que corresponde ao

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

5758 no calendário judaico.

ano em que Abraão e sua tribo se dirigiram para Canaã, fato que ocorreu antes da Era Cristã. Assim, o ano de 1997 corresponde a

Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história Hora do debate (CA, p. 5-6)

Leitura e análise de texto (CA, p. 14) É provável que os alunos citem os seguintes elementos: frutas

Incentive os alunos a discutir os combinados para a organização

(abóbora, banana, melancia, pequi), cereal (milho), legume (batata),

do tempo coletivo em sala de aula, como levantar o braço para fazer

curso d’água, técnica de pesca (o timbó apresenta uma seiva tóxica

perguntas ou propostas e, ainda, saber ouvir os colegas da classe e

para peixes, que é usada para pescar), animais (periquito e tracajá),

o professor. Essa será mais uma oportunidade para que eles lidem

festa religiosa (Kuarup) e época das chuvas. No entanto, é importante que você aprofunde as discussões, levando-os a perceber que es-

com a noção de tempo, ainda que não sejam capazes de enunciá-la.

ses elementos foram selecionados a partir da observação dos ritmos Leitura e análise de texto (CA, p. 6-7)

da natureza e seus impactos para a vida cotidiana do grupo indíge-

• Chuva – Tempo meteorológico;

na. Assim, eles se referem aos períodos de plantio/colheita, de caça/

• Calendário – Tempo cronológico;

pesca, de cheias e secas nos rios e, também, de uma festa religiosa

• Chegada de Colombo (1492) – Tempo histórico.

importante para a cultura desse povo.

Lição de casa (CA, p. 7-8)

Lição de casa (CA, p. 14-15)

Solicite aos alunos uma análise minuciosa da frase de Marcel

1. III, IV, VI, VII, VIII, IX, XI, XII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII.

Proust e encaminhe a discussão para a necessidade, presente nos

2. Resposta pessoal, mas é importante auxiliar os alunos a pensar

mais diferentes povos ao longo da história, de marcar o tempo de

o século, pois pode haver alunos nascidos no século XX e outros, já no século XXI.

acordo com as plantações, as colheitas, as chuvas e as mudanças das estações do ano.

3. X, IX, XX, II, XII, XXI, XX, XV.

Leitura e análise de texto (CA, p. 8-9)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

1 e 2. Sugestão de ideias centrais do texto:

As linguagens das fontes históricas: documentos

• Não se pode definir com exatidão o momento em que o ser

escritos, mapas, imagens e entrevistas

humano sentiu necessidade de dividir o tempo em segundos,

Leitura e análise de texto (CA, p. 19-20)

minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e séculos;

• Gravura de Rugendas – Fonte visual e iconográfica;

• As primeiras tentativas de medir o tempo aconteceram a partir da observação dos ciclos dos astros;

• CDs de música – Fonte audiovisual e musical; • Ponta de flecha pré-histórica – Fonte material.

• Ainda hoje, principalmente na zona rural, milhares de pessoas no mundo inteiro regulam suas vidas pelos ciclos ou fenômenos da natureza; • Os astrônomos da Babilônia, capital da antiga Mesopotâmia, observavam os movimentos das estrelas e dos planetas.

Leitura e análise de texto (CA, p. 20-22) 1. Incentive a leitura do texto e mostre aos alunos que, para entendê-lo, é preciso grifar as frases mais importantes, as chamadas ideias centrais. O texto “As fontes materiais e o estudo da História” aborda diversos temas, em especial o trabalho dos

Leitura e análise de texto (CA, p. 9-10) • Clepsidra (relógio de água);

historiadores, as fontes materiais, as pinturas rupestres, as fontes primárias, a arqueologia, o papel do arqueólogo, os vestí-

• Gnômon (relógio de sol);

gios materiais, as etapas de trabalho do arqueólogo e os sítios

• Ampulheta.

arqueológicos. 2. Sugestão de títulos:

Leitura e análise de texto (CA, p. 11) Resposta pessoal. Mostre aos alunos que, para saber o ano em que cada um deles nasceu, no calendário judaico, basta somar

1o A importância das fontes materiais para o estudo da História. 2o A arqueologia e as fontes materiais. 3o Sítio arqueológico.

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3. Sugestão de palavras-chave: fontes materiais; História; ar-

tudados para a redação de frases historicamente corretas e

queólogos; líticos; pinturas rupestres; historiadores; artefatos;

completas, neste caso abordando especialmente os perío-

Arqueologia; vestígios materiais; escavação; sítios arqueológi-

dos da Pré-história. Incentive-os a rever os temas estuda-

cos; caverna; ferramentas; pedra lascada; fogueira.

dos para fazer o registro escrito das palavras selecionadas. Exemplos:

Lição de casa (CA, p. 22) Fonte material.

• No período Paleolítico, os seres humanos obtinham seus alimentos através da caça, da pesca e da coleta de raízes e eram nômades, ou seja, não possuíam moradia fixa.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 A vida na Pré-história e a escrita

• No período Neolítico, o cultivo de cereais e frutas possibilitou a prática da agricultura.

Leitura e análise de texto (CA, p. 27-28) 1. Incentive os alunos a ler o texto com atenção e grifar as ideias principais. 2. A seleção das ideias centrais é fundamental nas atividades de

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 Os suportes e os instrumentos da escrita Leitura e análise de texto (CA, p. 36-37)

leitura, e essas ideias são elementos importantes para a escolha do título de um texto. Assim, se necessário, peça aos

1. Papéis, pedras, vidros, tecidos, metais, cerâmicas, peles de ani-

alunos que retomem as respostas da questão 1 para orientar a

2. Sugestão: O suporte é a denominação dada a uma superfície

escolha do título. São exemplos de títulos:

mais. utilizada para escrever.

• A origem comum do ser humano e dos macacos;

3. Sugestão:

• A África como local de origem dos antepassados do ser humano;

• Semelhança: utilização de vários suportes da escrita para registrar diferentes atividades.

• A importância da postura ereta e do desenvolvimento da mão para a construção e o manuseio de artefatos; • A importância do controle do fogo para que os primeiros

• Diferença: os suportes da escrita eram utilizados por uma minoria e, atualmente, são usados por grande parte da população.

ancestrais do ser humano pudessem ter um domínio sobre o meio ambiente; • A definição de Pré-história como período que antecede a criação da escrita; 3. São verdadeiras as afirmativas a e b.

Leitura e análise de texto (CA,p. 37-38) 2. Sugestão de palavras-chave: escrita; paredes das cavernas; símbolos; sinais gráficos; ideogramas; desenhos; Mesopotâmia; escriba; fenícios; som; alfabeto; alfabeto latino; sistemas alfabéticos.

Leitura e análise de texto (CA, p. 29-31) a) Idade da Pedra Lascada ou Paleolítico: nesse período, os seres

3. O alfabeto possibilitou a expansão da escrita por diversas regiões do mundo.

humanos não praticavam a agricultura nem a criação de animais. Viviam de caça, pesca e coleta de frutos e raízes e eram nômades, ou seja, não tinham moradia fixa. b) Idade da Pedra Polida ou Neolítico: nesse período, ocorreu o

Lição de casa (CA, p. 38) (3) Coluna ou placa de pedra recoberta por inscrições. Foram muito usadas, no passado, em cemitérios, para registrar informa-

início da prática de cultivo de cereais e frutos e de armazenamento em vasos cerâmicos, o que possibilitou o processo de

ções a respeito do falecido.

sedentarização, ou seja, de fixação de moradia.

mento de escrita em papiro, pergaminho, argila, tecido etc.

(1) Caule de planta esculpido para ser usado como instru(4) Símbolo que representa um objeto ou uma ideia, sem

c) Idade dos Metais: período caracterizado pelo uso de metais, inicialmente com o cobre e o bronze e, por último,

recorrer a sinais fonéticos. Foi o sistema de escrita mais antigo

com o ferro. Desenvolvendo técnicas de produção de ar-

usado pelo ser humano em diversos continentes, como na África,

tefatos, os seres humanos passaram a viver em melhores

com os hieróglifos, na Ásia, com a escrita chinesa, na Mesopotâmia, com a cuneiforme e na América, com a escrita maia da

condições.

Mesoamérica. Você aprendeu? (CA, p. 32) 1. Retome com os alunos a importância de rever os temas es-

(2) Nome dado aos manuscritos cujas folhas são reunidas entre si pelo dorso e recobertas por uma capa semelhante à das en-

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História – 5ª série/6º ano – Volume 1

cadernações modernas. São assim denominados para diferenciá-los do rolo utilizado em alguns pergaminhos.

• Segundo a afirmação de Heródoto, o Rio Nilo, com seus sedimentos, permitiu o plantio para a subsistência e todo o desenvolvimento da civilização egípcia.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5 O rio Nilo e o trabalho dos camponeses no Egito Antigo Leitura e análise de texto (CA, p. 43-45)

• A faixa de terra fértil do Egito é estreita e se estende de suas margens por poucos quilômetros. 4. Esta atividade de síntese é fundamental para a prática da leitura e da escrita. Em suas frases, é importante que os alunos

1. a) Dádiva: palavra que significa “presente”; assim, segundo o

considerem que a ideia central do texto é a discussão acerca

historiador Heródoto de Halicarnasso, o Egito é um presente

da frase do historiador Heródoto “O Egito é uma dádiva do

do Nilo.

Nilo”.

b) Halicarnasso: cidade em que nasceu o historiador grego

Heródoto, localizada na Ásia Menor, atual Bodrum, na Turquia.

Leitura e análise de imagem (CA, p. 50-51)

Nessa cidade foi construída uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, o Mausoléu de Halicarnasso, cujos fragmentos se

nês era fundamental na limpeza dos canais; com a baixa do rio,

encontram no Museu Britânico, em Londres.

ocorria a semeadura e, depois, a colheita de grãos, como mostra

c) Região desértica: grandes extensões de terra em que ocorre muito pouca precipitação pluviométrica, ou seja, quase

a primeira imagem. Além disso, era permanente a construção de

não há chuva. d) Subsistência: capacidade de produção de alimentos suficientes para as necessidades de consumo, em geral, do proprietário da terra e de sua família.

Durante o processo das cheias do Nilo, o trabalho do campo-

diques, a abertura de canais para deixar a água correr de um nível para outro, assim como o uso do Shaduf, equipamento com o qual se fazia a captação de água para a irrigação. Além disso, havia o trabalho de conduzir os bois para pisotear o trigo, como retrata a segunda imagem.

2. Incentive os alunos a buscar informações para as palavras desconhecidas que não constam na listagem da questão anterior. Chame a atenção deles para a importância da ampliação de vocabulário para a produção escrita de diversos textos.

Leitura e análise de texto (CA, p. 52) As primeiras civilizações formaram-se às margens dos rios, o que permitiu o desenvolvimento da agricultura, especialmente o

3. Neste tipo de exercício, é muito importante mostrar aos alunos

cultivo de cereais. Esses permitiam as colheitas e possibilitavam

qual é a estrutura do texto que está sendo lido e que a ideia central é traduzida por uma frase que apresenta a mensagem que

a instalação de canais de irrigação e os trabalhos de construção de diques.

o(s) autor(es) pretende(m) apresentar a seus leitores. Por sua vez, ao destacar as ideias secundárias, os alunos vão conseguir compreender a relação entre conteúdo e estrutura do texto.

Leitura e análise de texto (CA, p. 53)

Ideia principal: Para o historiador grego Heródoto de Halicar-

2. A expressão “África Subsaariana” deriva da importância do

1. Peça aos alunos que deem um título que retrate a síntese do conteúdo principal.

nasso, “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Ideias secundárias:

Deserto do Saara, que é um marco divisório natural do continente em duas partes. Ao norte, há uma franja de

• A civilização egípcia desenvolveu-se às margens do Rio Nilo.

terras férteis, que são banhadas pelo Mar Mediterrâneo e

• A afirmação de Heródoto “O Egito é uma dádiva do Nilo” pro-

que contam com determinado período de chuvas. O Saara ocupa todo o restante do norte do continente, com

pagou a ideia de que a vida na região do Rio Nilo é, para os egípcios, um dom propiciado por esse rio.

uma área total maior que a do Brasil (9 milhões de quilô-

• Há aproximadamente 7 mil anos, surgiram as primeiras comunidades agrícolas no Vale do Rio Nilo.

metros quadrados). Ao sul, na abundante floresta tropical

• Nas aldeias agrícolas do Vale do Rio Nilo, eram cultivados di-

negro-africanas, enquanto ao norte do deserto, na faixa

versos vegetais. • Acredita-se que o historiador grego Heródoto foi o primeiro a afirmar que, se não fossem as cheias, não haveria áreas fertilizadas nas regiões desérticas próximas ao Rio Nilo.

que contrasta com o Saara, desenvolveram-se as culturas mediterrânea, viveram povos de origem africana misturados com migrantes de outras áreas. O Rio Nilo constituiu, por milênios, a única via de comunicação entre essas duas áreas do continente africano.

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Lição de casa (CA, p. 54)

Debatendo temas (CA, p. 60)

1. Peça aos alunos que grifem as ideias centrais no momento

Discuta com os alunos em que situações as pessoas utilizam

da leitura do texto, estimulando-os a identificar as ideias em

o termo “justiça” e a expressão “direitos do cidadão” e, em segui-

torno das quais o texto se estrutura:

da, mostre para o grupo a importância de sabermos o significado

• A Grécia era uma terra essencialmente árida e seca, onde a prática da agricultura parecia exigir esforços dignos de Titãs; • O que os gregos - e os egípcios - não sabiam era que a cheia

dessas ideias em nosso cotidiano. A palavra “justiça” tem, entre os seus diversos significados, um, em especial, que busca dar a cada um aquilo que é seu de direito, procurando resolver os possíveis

do Rio Nilo ocorria em consequência das chuvas na África

conflitos entre as pessoas.

Oriental e do degelo nas terras altas etíopes;

a) Justiça: caráter, qualidade do que está em conformidade com

• Fertilizavam terras aráveis por meio de um processo de infiltração; • De agosto a setembro, todo o Vale do Nilo se encontrava inun-

o que é direito, com o que é justo. b) Direitos do cidadão: são direitos que uma pessoa tem; entre eles, destacam-se os civis e os políticos.

dado, e, em outubro, o nível das águas baixava, deixando o solo úmido e coberto por uma lama cheia de detritos e sais minerais. 2. Aproveite a oportunidade para dizer que a falta de referência

Sugestões de referências para pesquisa: • A voz do cidadão. Instituto de Cultura e Cidadania. Disponível em:

ao trabalho dos camponeses diz muito sobre a forma como os

<http://www.avozdocidadao.com.br>. Acesso em: 17 jul. 2013.

historiadores gregos viam esse grupo social, ou seja, de forma

• Câmara dos Deputados. Plenarinho – o jeito criança de ser cidadão. Disponível em: <http://www.plenarinho.gov.br>. Aces-

secundária. Para eles, o Rio Nilo, uma dádiva que propiciava a vida na região, sobrepunha-se ao trabalho braçal dos camponeses.

so em: 17 jul. 2013. Leitura e análise de texto (CA, p. 61-63)

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6

1. Baseando-se no texto, é possível apresentar as seguintes ca-

O código de Hamurábi: os princípios de justiça

racterísticas da escrita cuneiforme: o nome dessa escrita de-

na Mesopotâmia

riva de cuneus, que significa “cunha”; a incisão no suporte da

Leitura e análise de texto (CA, p. 58)

escrita é feita com hastes de madeira ou junco, chamados de

1. Sugestões de palavras-chave: Civilizações mesopotâmicas,

“cálamos”; os símbolos da escrita cuneiforme representavam

Tigre, Eufrates, Ásia Menor, Golfo Pérsico, Antiguidade, su-

ideias, e não sons.

mérios, hititas, caldeus, babilônios, assírios, Oriente Médio,

2. As punições eram diferentes, pois elas dependiam do grupo

Crescente Fértil, Líbano, Síria, Iraque, Jordânia, Código de Ha-

social. As punições variavam de uma espécie de multa, passando por castigos equivalentes ao delito cometido, chegan-

murábi, Império Babilônico. 2. Segundo o texto, entre os povos que ocuparam a Mesopotâ-

do até a pena de morte.

mia estão os sumérios, os hititas, os caldeus, os babilônios e os assírios.

Lição de casa (CA, p. 63-64) • Primeiro grupo – Proprietários de terras;

Lição de casa (CA, p. 59)

• Segundo grupo – Funcionários públicos;

1. a) As possibilidades de título para um texto são múltiplas, mas

• Terceiro grupo – Escravos.

vale a pena ressaltar a importância da ligação entre as ideias

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7

centrais e as secundárias para a elaboração de um título. Sugestão: “O governo de Hamurábi”.

África, o berço da humanidade

b) Sugestões de palavras-chave: Hamurábi, Suméria, Amori-

1. Os chamados hominídeos pertenciam à espécie da qual se

tas, Império Babilônico, Mesopotâmia, Babilônia, muralhas,

originaram os seres humanos e viveram na África, com outros

Tigre, Eufrates, estela, acrópole de Susa, Pérsia, Museu do

animais ancestrais de muitas espécies atuais.

Louvre, cuneiforme, leis escritas, oráculos, jurisprudência, lei de talião.

Leitura e análise de texto (CA, p. 68-69)

2. Os vestígios arqueológicos encontrados no continente africano são importantes instrumentos que reforçam a pro-

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História – 5ª série/6º ano – Volume 1

posição dos estudiosos de que a África é o berço da huma-

com capacidade de transformar o ambiente em que vivia.

nidade.

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8 Pesquisa em grupo (CA, p. 71)

Heranças culturais da China e trocas culturais

2. Os nomes dados aos hominídeos referem-se às características

em diferentes épocas

físicas ou habilidades e ao local onde foram encontrados os

Leitura e análise de texto (CA, p. 77)

seus vestígios.

2. a) Dinastia: série de reis ou soberanos de uma mesma família;

Sahelanthropus tchadensis: hominídeos que viviam na região do Chade. Homo habilis: “homem habilidoso”, que se diferenciou pela fabricação de instrumentos simples. Homo erectus: de porte ereto, com esqueleto similar ao nosso. Homo sapiens (nossa espécie): de cérebro mais desenvolvido,

foram os gregos, ainda na Antiguidade, que usaram pela primeira vez a palavra “dinastia”, para se referir às famílias dos reis.

b) Lendário: que diz respeito às lendas, às narrativas de caráter maravilhoso, em geral provenientes do imaginário popular.

c) Tecelagem: ato ou efeito de tecer, relacionado à produção de tecidos.

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque Bomfim EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

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Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento Esdeva Indústria Gráfica Ltda.

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GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017 FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini (coordenadora) e Ruy Berger (em memória). AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.

Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas * Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). * Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades.

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São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; história, ensino fundamental – anos finais, 5ª série/6º ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli, Paulo Miceli, Raquel dos Santos Funari. - São Paulo: SE, 2014. v. 1, 80 p. Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB. ISBN 978-85-7849-537-4 1. Ensino fundamental anos finais 2. História 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Silva, Diego López. III. Silva, Glaydson José da. IV. Bugelli, Mônica Lungov. V. Miceli, Paulo. VI. Funari, Raquel dos Santos. VII. Título. CDU: 371.3:806.90

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Validade: 2014 – 2017

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5 SÉRIE 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Professor Volume 1

ARTE Linguagens


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