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Naturopatia:

Este caderno faz parte integrante da edição n.º 1169, de 19 de Agosto de 2016, do jornal Postal do Algarve e não pode ser vendido separadamente.

Tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperactividade A experiência de sucesso da naturopata Vera Belchior agora disponível em Tavira na Associação Semear Saúde

Semear Saúde Edição nº 3 | Agosto 2016

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d.r.

Cura reconecticva e reconexão:

Naturopatia e acupunctura:

Porque é essencial a naturopatia como medicina complementar nos pacientes oncológicos? por João Beles

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Eric Pearl, médico quiroprático: energia, luz e informação conduzem ao equilíbrio por Cláudia Brito p. 6


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Semear Saúde fisioterapia

editorial

A força da espiritualidade na superação dos obstáculos Querido(a) associado(a) e simpatizantes da Associação Semear Saúde, Há um ditado antigo que diz “Quando Deus fecha uma porta Ele abre uma janela”. De facto, se assim não fosse, onde arranjaríamos forças para superar os enormes desafios que nos vão surgindo ao longo da nossa vida? A presença da espiritualidade, da fé em Deus, são âncoras para os momentos mais difíceis, que nos trazem força interna, que nos acalmam a dor, que nos confortam e, muitas vezes, nos ajudam a vencer obstáculos.

Cláudia Brito

Presidente da Associação Semear Saúde associacaosemearsaude@gmail.com

acompanhamento para aumentar a sua autoestima e, seguindo a nossa página do facebook (https://www.facebook.com/OncologiaIntegrativa), informações que vão empoderá-lo e renovar as suas esperanças. O nosso objetivo é que todo o paciente oncológico sinta que uma janela se abre. Mas, porque queremos continuar a apoiar outras pessoas com patologias diferentes, inid.r.

A Associação Semear Saúde acredita que unindo conceituados terapeutas das TNC (Terapêuticas Não Convencionais), experiências de vida, valores, conhecimentos cientificamente validados, consegue contribuir para que todos os pacientes com cancro possam, de alguma forma, aumentar a sua qualidade de vida, seja antes, durante ou após os tratamentos convencionais. Porque o ser humano é um todo, e deve ser visto de forma holística, temos terapeutas muito experientes, desde a área da naturopatia à acupuntura, que podem ajudar-lhe a diminuir o mal-estar causado pelos tratamentos convencionais. Além destas, pode receber ainda conselhos na área da nutrição,

ciaremos nos finais de Setembro, após uma palestra sobre a temática do TDAH (Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperactividade), um programa para crianças e adolescentes, que visa, através de uma dieta especial, plantas medicinais e terapias complementares, reduzir os níveis de hiperactividade e aumentar os níveis de concentração. Cabe a nós ajudá-lo a transcender as suas convicções e, juntamente, celebrar as conquistas realizadas e por realizar. Que possamos evoluir unidos e juntos celebrar ao amor e à saúde! Sim, é possível! Eterna gratidão a todos aqueles que estão empenhados na construção de um mundo melhor e mais saudável. Abraço carinhoso.

Síndrome metabólica no cancro da mama e a relação com o exercício físico Segundo a American Heart Association (2014), a síndrome metabólica é uma combinação de factores que multiplicam o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e acidente vascular cerebral.

função cardiorrespiratória, da força muscular e da densidade óssea (Cadmus, Salovey, Chung, 2009; Twiss, Waltman, Berg, 2009), o que contribui para a fadiga, depressão, ansiedade e aumento de peso (Irwin, McTiernan, Baumgartner, 2005). Estes efeitos são mais intensificados em pessoas que sejam submetidas a tratamentos de radioterapia, quimioterapia e

(Demark-Wahnefried, Peterson, Winer, 2001; Vehmanen, Saarto, Blomqvist, 2004). Embora ainda em pequena quantidade, têm sido desenvolvidos alguns estudos científicos que indicam que o exercício físico reduz a prevalência dos componentes da síndrome metabólica em sobreviventes ao cancro da mama (Bao, Zheng, Nechuta, 2013). Este efeito do

Sara Rosado

Fisioterapeuta especialista em oncologia Colaboradora da Semear Saúde sararosado.fisio@gmail.com

Embora alguns dos factores associados à síndrome metabólica sejam hereditários, outros são .. alterados com o estilo de vida. Os componentes da síndrome metabólica são: gordura visceral, hiperglicemia, baixa quantidade de lipoproteínas de alta densidade (HDL) - o chamado “bom colesterol” -, hipertrigliceridemia e hipertensão (AHA, 2014). Esta síndrome tem vindo a aumentar em sobreviventes ao cancro da mama, provavelmente devido aos tratamentos para o cancro, nomeadamente a quimioterapia, conduzindo, possivelmente, à recorrência no cancro da mama (Hewitt, Rowland, Yancik, 2005; Irwin, Crumley, McTiernan et al, 2003). O exercício físico tem demonstrado um impacto poO exercício físico tem demonstrado um impacto positivo nos doentes oncológicos sitivo na qualidade de vida, funcionalidade, força musexercício já é muito estudado ght et al.: Randomized controlled cular e resistência, redução hormonoterapia. A quimioterapia, que normal- na população em geral, sendo trial to evaluate the effects of comda fadiga e melhoria a nível emocional, no entanto, o im- mente leva a uma menopausa os efeitos muito benéficos e até bined progressive exercise on mepacto nas componentes da prematura, demonstra ter forte de redução da medicação para tabolic syndrome in breast cancer síndrome metabólica são pou- impacto no aumento de peso, os componentes da síndrome survivors: rationale, design and methods. BMC cancer 2014 14:238). co conhecidos (Irwin, Varma, aumento de massa gorda, fadi- metabólica. Alvarez-Reeves, 2009; Morey, ga, inactividade física e na alteSnyder, Sloane et al, 2009). ração dos componentes asso- (Texto: Fisioterapeuta Sara Rosado, Se os tratamentos estão a Como consequência dos trata- ciados à síndrome metabólica. adaptado do artigo Dieli-Conwri- evoluir e a sobrevivência está mentos, cirurgia, quimioterapia, a aumentar, é preciso come.. radioterapia e terapia hormoçar a ter em consideração a nal, os sobreviventes ao cancro qualidade de vida após a exda mama têm um risco acresciperiência de cancro. do de recorrência e comorbiliComo fiquei depois? O dades como diabetes, osteopoque posso fazer para reduzir rose e doenças cardiovasculares. o risco de recorrência? O que Por outro lado, uma impormudou em mim? Que fragitante consequência de todos lidades tenho agora que não os tratamentos associados ao tinha antes? Que cuidados cancro é a redução do nível devo ter? O que posso eu de actividade física. (Irwin, controlar na minha saúde? Crumley, MsTiernan, 2003). Faça estas perguntas a si Os efeitos associados a próprio e informe-se. Na toda a experiência de cannossa saúde temos os factocro podem prolongar-se. res não controláveis e os que Por exemplo, 6 a 12 meses após podemos controlar e a resos tratamentos, as pessoas ain- O estilo de vida pode alterar a síndrome metabólica ponsabilidade dos segundos da apresentam redução da é nossa. dr

dr


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Semear Saúde

naturopatia

Naturopatia como abordagem complementar ao transtorno do déficit de atenção com hiperactividade O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH) é uma condição física caracterizada pelo débil funcionamento e subdesenvolvimento de certas estruturas do cérebro, como os lobos frontais. Estes, por exemplo, encontram-se menos desenvolvidos e como tal são pouco eficientes na comunicação entre neurónios, no uso do glicogénio e oxigénio e na circulação sanguínea nesta parte do cérebro. E porque é que esta informação é relevante? Porque as principais funções dos lobos frontais prendem-se com a capacidade de estarmos atentos, na tomada de decisões, no planeamento, na organização, na resolução de problemas e no controlo das emoções. Assim, podemos dizer que o transtorno do déficit de atenção e hiperactividade (TDAH) são condições neurológicas e comportamentais que dificultam a concentração, promovem a impulsividade e o excesso de energia. Para estas crianças (e alguns adultos), o desafio para se concentrarem e ficarem parados é enorme, ao ponto de lhes ser quase literalmente doloroso. Ao contrário do que se supõe, o TDAH não é recente. As primeiras descrições sobre esta condição transportam-nos ao ano de 1798, quando o médico escocês Sir Alexander Crichton, descreveu um estado mental com as principais características do TDAH - inquietação, problemas de atenção, início precoce - e como isso afectava a capacidade de sucesso escolar. Hoje em dia, infelizmente, o TDAH é a condição psicológica mais diagnosticada nas crianças. O transtorno do déficit de atenção com hiperactividade é mais detectável no sexo masculino do que no feminino mas acredita-se que afecta ambos os sexos de igual forma e estima-se que 7 a 8% das crianças em Portugal num universo de cerca de 100 mil crianças recebam um diagnóstico de hipe-

fotos: d.r.

Vera Belchior

Naturopata Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atençção verabelchior@gmail.com

Os sintomas podem variar muito de criança para criança, dependendo da dieta e do ambiente onde se encontra ractividade. Embora estes números sejam assustadores, as estatísticas também indicam que cerca de 40% das crianças diagnosticadas deixam de ter sintomas na adolescência, teoricamente porque o cérebro ao se desenvolver vai-se reajustando e retornando gradualmente ao padrão “normal” do desenvolvimento. Quando, por algum motivo, se fala no TDAH é comum surgirem argumentos apontando como exclusivo problema a falta de educação que essas crianças receberam, o que nada mais é do que o fruto de alguma desinformação com uma pitada de algumas avaliações mal executadas que levam a que as crianças obtenham diagnósticos inconsistentes com o seu estado de graça. A realidade é que a predisposição genética tem uma elevada responsabilidade mas isso não implica que o transtorno do déficit de atenção seja hereditário. O que é herdado é a alteração genética, a susceptibilidade biológica para uma maior dificuldade de atenção e auto-regulação. No entanto, nenhum factor pode, actualmente, ser responsabilizado de forma isolada, pois estamos perante uma condição multifactorial associada à interacção com diversos factores ambientais. Assim, assume-se que dentro deste contexto não existe

uma única causa mas sim um conjunto de causas que na sua interacção ditam a manifestação e intensidade da condição clínica. Alguns dos principais factores ambientais responsáveis pela mutação genética podem dar-se durante o período de gestação ou início de vida, através de comportamentos de risco como o fumo do tabaco, drogas, álcool, metais pesados, químicos/pesticidas/ adubos agrícolas, a exposição constante ao stress, traumas emocionais/físicos e principalmente a nutrição da mãe nos meses anteriores à concepção, durante a gestação e

nos primeiros tempos de vida do bebé. Ainda assim, a severidade dos sintomas pode variar muito de criança para criança, dependendo da dieta e do ambiente onde se encontra. São exemplos padrão a dificuldade de concentração e diminuição do foco, a distracção fácil, o tédio constante, a dificuldade na execução e finalização de tarefas de organização e um comportamento inquieto. O tratamento actual mais comum para o TDAH é o uso de medicamentos como o Concerta® e a Ritalina® ambos os quais têm sido associados a pensamentos suicidas e

Vera Belchior, naturopata formada pelo IMT

alterações de personalidade. A Ritalina® é um estimulante do sistema nervoso central, que pode causar nervosismo, agitação, ansiedade, insónia, vómitos, aumento da frequência cardíaca e até psicose. O Concerta® é uma anfetamina altamente viciante em uso prolongado. Os efeitos colaterais incluem tremores, alucinações, espasmos musculares, batimentos cardíacos irregulares e oscilações de humor. Com estes efeitos secundários, é fácil perceber o porquê de tantas pessoas procurarem complementos ao tratamento do transtorno do déficit de atenção com hiperactividade. A boa notícia é que a abordagem complementar naturopática a este distúrbio auxilia a vida da criança de forma bastante eficaz e sem efeitos colaterais. Mas como é que isso é possível? Simples!! O trabalho do naturopata é “limpar o terreno” para auxiliar o corpo a voltar ao equilíbrio e com base nessa premissa, as principais ferramentas a que a naturopatia recorre é à nutrição, suplementação e estilo de vida. E porquê? 1º Porque o alimento é o combustível do nosso corpo, que ou nos beneficia ou nos prejudica e como é através dele que permanecemos vivos, é necessário identificar aqueles alimentos que con-

dicionam a evolução positiva da criança com TDAH, como por exemplo os aditivos alimentares, dos que auxiliam a sua resolução como os alimentos ricos em vitamina B6 necessária ao corpo para a produção de neurotransmissores essenciais, incluindo a serotonina, a dopamina e a norepinefrina. 2º Porque a suplementação pode ajudar a suprimir algumas deficiências funcionais que a criança possa estar a evidenciar, como a necessidade aumentada de Omega-3, nomeadamente EPA e DHA associados a questões de aprendizagem e comportamento. 3º Porque as alterações no estilo de vida são fundamentais para que a criança tenha um futuro próspero e essas alterações vão desde mudanças nos hábitos alimentares de forma a suprimir possíveis sensibilidades nutricionais até à implementação de hábitos regulares de exercício físico adequado à capacidade de foco da criança, passando também pela higienização dos padrões educacionais dos pais, incentivando a uma abordagem positiva a nível disciplinar, apostando no reforço positivo em detrimento do negativo, que por sua vez aumentará a auto-estima da criança, criará um ambiente que apoia a criatividade, que estimula a aprendizagem e beneficiará o seu desenvolvimento emocional. Com algumas alterações complementares, a nível da alimentação, suplementação e estilo de vida, a criança começará a abraçar a possibilidade de um dia a dia mais próspero e confiante ao invés de se sentir rejeitada. Mas ATENÇÃO, todas as alterações levam tempo, por isso a disciplina familiar é indispensável.


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Semear Saúde entrevista - João Beles

‘Há cada vez mais gente a recorrer à naturopatia para curar doenças oncológicas’ João Beles, conceituado naturopata e acupunctor, já tratou dezenas de doentes oncológicos ao longo de 16 anos e está agora na Associação Semear Saúde com o objectivo de ajudar a tratar muitas mais. As plantas medicinais são a “chave” do seu trabalho, que visa ser uma ajuda complementar à medicina convencional. “Juntamente com a quimio e a radioterapia, que não se devem parar de fazer, deve fazer-se o tratamento de medicina natural para aumentar a hipótese de o paciente nunca mais vir a ter o cancro que lhe provocou o problema, e modifica-se a alimentação, que é muito importante”, sugere o naturopata. João Beles lamenta a falta de informação que “há ainda” dentro da medicina convencional sobre os benefícios da medicina natural, mas garante que, ainda assim, “há cada vez mais gente a recorrer à naturopatia para curar doenças oncológicas”. O naturopata “gostava que fosse uma vontade do paciente mas que começasse também a haver uma vontade por parte dos oncologistas para falarem sobre os benefícios destas medicinas naturais complementares”, uma vez que o principal objectivo é que as duas medicinas evoluam o seu trabalho “em conjunto” e se “ajudem uma à outra”. “Há casos de pacientes que há dez anos fizeram quimioterapia, juntamente com naturopatia e acupunctura, e que conseguiram eliminar a doença, ter menos efeitos secundários da quimioterapia e reduzir o tumor de uma forma mais significativa”, diz João Beles. Para além das doenças oncológicas, a naturopatia dá resposta “a todo o tipo de pacientes”. Insónias, problemas digestivos, ansiedade e problemas relacionados com a menopausa são apenas alguns dos muitos exemplos em que a naturopatia pode ser eficaz. “A naturopatia é uma medicina de clínica geral, mas em vez de tratar doentes com medicamentos, trata com plantas medicinais e alguns alimentos”, conclui o naturopata, que tem feito “um grande esforço”

fotos: ivo neves

os melhores alimentos” para ajudar o paciente a ter “mais qualidade de vida e melhores resultados”. “O que fazemos aqui na Semear Saúde é alargar a hipótese de ainda mais pacientes receberem esta medicina e gostaria que no futuro não houvesse um único paciente a fazer quimio e radioterapia sem acesso a estas medicinas complementares”, afirma João Beles, traçando o seu objectivo na associação, apesar de reconhecer que este é um trabalho que se vai desenvolvendo ao longo do tempo. “É mesmo semear saúde. Semeamos e com paciência vamos vendo que cada vez mais pacientes recorrem a estas medicinas”.

Novo livro à vista João Beles lamenta a falta de informação sobre os benefícios da medicina natural dentro da Assembleia da República e da Direcção Geral de Saúde para que seja disponibilizado um serviço de naturopatia e acupunctura nos centros de saúde e hospitais, algo que João Beles acredita que venha a acontecer brevemente.

“É possível aliviar a dor dos pacientes oncológicos com acupunctura” “A acupunctura faz com

que haja menos tendência a náuseas, vómitos, enjoos, anemia, cansaço e leva a uma diminuição dos glóbulos brancos”, indica João Beles, que explica que cada tipo de cancro tem um tratamento específico. “Os pontos de acupunctura que estimulam o tratamento no paciente com cancro do pulmão são diferentes dos pontos no paciente com cancro no cólon”, exemplifica.

Medicina natural na Semear Saúde Catorze de Setembro, 11 de Outubro, 15 de Novembro e 13 de Dezembro. São estas as próximas datas em que João Beles vai estar na Semear Saúde a disponibilizar um serviço de medicina complementar em que, em apoio à radio e quimioterapia, o naturopata vai escolher “as melhores plantas medicinais e

Depois de em Junho ter lançado a segunda reedição do livro “Naturopatia: A Natureza cura a Natureza”, João Beles prepara-se agora para lançar a terceira obra da sua autoria, esta sobre a aplicação da naturopatia no paciente oncológico. «Quais são as plantas medicinais mais indicadas para determinado tipo de cancro?» é a principal pergunta à qual o livro que incluirá “muitos estudos clínicos” vai dar resposta, com 40 plantas em

Um currículo invejável: João Beles, 40 anos, naturopata e acupunctor inscrito na ACSS; Professor de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa; Curso de Naturopatia pela Escola Sup. de Biologia e Saúde de Lisboa; Curso Superior de Medicina Tradicional Chinesa – Acupunctura e Fitoterapia, com supervisão e orientação do Dr. Pedro Choy; Especialização em Medicina Tradicional Chinesa (Acupunctura) pelo Centro de Enseñanza de la Medicina Tradicional China (CEMETC), Madrid; Certificado de extensão universitária em Medicina Tradicional Chinesa

pelo Real Centro Universitário Escorial-María Cristina, Madrid; Docente das cadeiras de Bases Científicas da Medicina Natural e Naturopatia Aplicada no Curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional, Lisboa, desde 2003; Autor dos livros “Naturopatia, a natureza cura a natureza”, 2011 e “As plantas medicinais que emagrecem”, 2014; Divulgador científico de Naturopatia em vários congressos, revistas e programas de televisão; Membro do Grupo de Peritos da ACSS para as Terapêuticas não convencionais.

Datas das próximas consultas em Tavira:

14 Setembro 11 Outubro 15 Novembro 13 Dezembro Associação Semear Saúde Contactos: 281 320 902 / 926 485 533

Ivo Neves

Jornalista ivon.postal@gmail.com

destaque. “É a medicina baseada na evidência que tenho vindo a transportar para os livros que escrevo e acho que marca uma nova era dentro da medicina natural, que é saber que aquilo que é aplicado nesta medicina tem uma base científica e isso dá muita confiança, não só aos naturopatas, mas também aos pacientes e às entidades que tutelam estas medicinas, que ficam descansadas por saberem que os profissionais estão a aplicar uma medicina baseada na evidência”, afirma o naturopata. O livro contará também com testemunhos na primeira pessoa de doentes oncológicos que foram tratados com plantas medicinais anti cancro. “Pedi a dez pacientes meus dos últimos anos para descreverem o seu caso clínico e tenho casos em que tinham de ser operados ou em que o tumor estava muito grande e inoperável e, juntamente com a quimioterapia, conseguiu-se reduzir o tumor e fazer-se a operação”. “Até hoje, gozam de perfeita saúde”, conclui o naturopata. Uma experiência “emocionante” que João Beles registará pela primeira vez em livro mas que o naturopata alerta não validar a medicina natural por si mesma. “A naturopatia é válida porque existem muitos estudos clínicos com milhares de pessoas que apoiam estes relatos de caso”. João Beles confessa que o novo livro “tem exigido muita pesquisa” mas que, se o conseguir terminar dentro de três meses, será lançado no início de 2017 e reeditado em 2022. “Escrevo o livro já a pensar que daqui a cinco anos o vou actualizar porque os livros de medicina nunca estão fechados”, diz.


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Semear Saúde

naturopatia

Porque é essencial a naturopatia como medicina complementar nos pacientes oncológicos? Para que os pacientes vivam mais tempo e sofram menos efeitos secundários da quimio e radioterapia, é a resposta. A 3 de Fevereiro de 2014, a OMS (por intermédio da International Agency for Research on Cancer), anunciou que nos próximos 22 anos aparecerão 22 milhões de casos de cancro em todo o mundo. Em Portugal, segundo as previsões de várias entidades ligadas à saúde, a incidência de cancro vai continuar a aumentar nos próximos anos. Isto significa que a prevenção primária, aquela que leva a que as doenças apareçam menos nas pessoas, está a falhar redondamente. Por isso necessitamos de mais e mais medicina preventiva e a naturopatia é uma medicina preventiva. Se o paciente oncológico for consultado por um naturopata qualificado, só tem a ganhar com isso tanto em termos de sobrevivência, como em qualidade de vida. Isto porque os vários tratamentos que prescrevemos têm todos uma base científica suficientemente forte, para podermos assegurar tanto ao oncologista, como ao paciente, que os resultados decorrentes da combinação entre a naturopatia e os tratamentos convencionais são muito superiores à utilização isolada dos tratamentos convencionais. Entre os vários estudos que sustentam a aplicação clínica da naturopatia, destaco neste artigo três: um epidemiológico e dois clínicos. Estes foram realizados recorrendo a três plantas medicinais distintas: Chá Verde, Aloés e Ginseng.

fotos: d.r.

João Beles

Naturopata naturopatiabeles@gmail.com

versus 46%); obstipação (18% vs 71%); parestesias (29% versus 43%), surgindo um aumento nos leucócitos ao invés da usual leucopenia. Este estudo comprova porque é que é decisivo para o paciente tomar plantas medicinais juntamente com a quimioterapia: Ao fim de três anos temos quatro vezes mais sobreviventes no grupo a fazer naturopatia do que no grupo que fez somente o tratamento convencional!

A naturopatia pode fazer a diferença entre a vida e a morte para um paciente oncológico idades compreendidas entre os 65 e 84 anos de idade. Logo por aqui se vê como são respeitadas estas plantas medicinais no Japão, ao ponto de fazer um estudo que envolve tantas pessoas. Neste estudo epidemiológico1, realizado na Universidade de Medicina de Okayama, no Japão, os investigadores quiseram determinar a associação entre o consumo de chá verde e a mortalidade por todas as

causas, cancro e doenças cardiovasculares em pessoas de mais idade. Os resultados foram fantásticos: As pessoas que consumiam sete ou mais chávenas de chá verde por dia tiveram, ao longo dos seis anos de estudo, uma taxa de mortalidade por todas as causas, doenças cardiovasculares e cancro coloretal muito menor do que as que consumiam menos de uma chávena por dia:

Morte por doença cardíaca: -75% Morte por cancro coloretal: -31% Morte por todas as causas: -55% Este estudo responde em definitivo à pergunta que muitos pacientes ou pessoas curiosas pela naturopatia me fazem: Porque é que temos de tomar plantas medicinais se não estivermos doentes? A resposta é simples: Para não adoecermos!

Estudo epidemiológico sobre a redução da incidência do cancro entre os consumidores de Chá Verde O estudo Shizuoka, realizado em 74 cidades da província japonesa de Shizuoka, tendo sido analisadas as histórias de vida de 14.001 pessoas com

Estudos comprovam o aumento da sobrevivência dos doentes que tomaram Aloés

Estudo clínico sobre o aumento da sobrevivência dos pacientes oncológicos que fizeram Aloés juntamente com os tratamentos convencionais Este estudo foi realizado no Departamento de Oncologia do Hospital St. Gerardo, em Monza, Itália. Incluíram-se 240 pacientes neste estudo de três anos de duração2. Entre eles, pacientes com vários tipos de cancro: pulmão (tratados com cisplatina, etoposido ou vinorelbina), coloretal (oxaliplatina e 5-FU), estômago (5FU) e pâncreas (gemcitabina). O Aloé foi administrado oralmente, 10 ml, três vezes ao dia, em 119 destes pacientes juntamente com o tratamento convencional, enquanto que o outro grupo de 121 pacientes fez somente o tratamento convencional. Resultados: A sobrevivência ao fim de três anos foi bastante superior no grupo a fazer Aloé, como se pode constatar no quadro inserido na imagem à esquerda. Os efeitos adversos também foram menores no grupo a fazer Aloé: Astenia e/ou fadiga (26%

Conclusão Espero que cada vez mais, tanto os pacientes, como os profissionais de saúde ligados à oncologia compreendam a premência de fazerem ou aconselharem aos seus pacientes a consulta de naturopatia. Actualmente, esta medicina natural tem uma evidência científica muito forte e faz a diferença entre o bem-estar ou o mal estar, entre a vida ou a morte para o paciente oncológico. Referências: Suzuki E e col. Green tea consumption and mortality among Japanese elderly people: the prospective Shizuoka elderly cohort. Ann Epidemiol. 2009 (2) Lissoni P e col. A randomized study of chemotherapy versus biochemotherapy with chemotherapy plus Aloe arborescens in patients with metastatic cancer. In Vivo. 2009 Yennurajalingam S e col. High-Dose Asian Ginseng (Panax Ginseng) for Cancer-Related Fatigue: A Preliminary Report. Integr Cancer Ther. 2015 Debra L. Bartone e col. Wisconsin Ginseng (Panax quinquefolius) to Improve Cancer-Related Fatigue: A Randomized, Double-Blind Trial; J Natl Cancer Inst. 2013. (1)


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Semear Saúde cura reconectiva e reconexão

Eric Pearl, médico quiroprático: energia, luz e informação conduzem ao equilíbrio Eric Pearl, médico quiroprático, é autor do livro internacionalmente conhecido “A Reconexão: Cura os outros, cura-te a ti mesmo”, traduzido em 39 línguas e considerado um dos curadores mais importantes da actualidade. Além dos seus livros best-sellers e dos seminários que realiza por todo o mundo para ensinar sobre novas frequências de cura a milhares de pessoas, Eric Pearl ainda é constantemente convidado pelos meios de comunicação mais destacados dos EUA e da Europa para falar do seu método “A Reconexão”.

O poder de curar com as mãos Curas milagrosas de problemas como cancro, epilepsia, esclerose múltipla, artrite reumatóide, fadiga crónica e muitos outros problemas graves são conseguidas com a “técnica” – cura reconectiva – sem que haja qualquer toque no paciente. Trata-se, como diz Eric Pearl, de uma “técnica” diferente de outras técnicas de cura de energia como o Reiki, Johrei, Jin Shin Jin, QiGong, uma vez que esta energia permite que transcendamos completamente as técnicas complicadas e que se atinjam níveis de cura muito maiores e de uma forma relativamente instantânea, que tendem a durar toda a vida. A cura reconectiva leva-nos além da totalidade da energia – além de todas as técnicas dentro do espectro da energia, da luz e da informação.

Não é a doença que tem cura, é o indivíduo Eric Pearl diz que não é a doença que tem cura, é o individuo. Segundo o curador, três pessoas que apresentem o mesmo diagnóstico, os mesmos sintomas podem receber três resultados diferentes. Isto porque cada pessoa recebe o que é apropriado para si, para o seu percurso de vida.

d.r.

cional é esse que observamos.

Terapeutas não precisam de diagnósticos

Curas milagrosas de problemas graves são conseguidas com a cura reconectiva Eric relata, por exemplo, que muitas das crianças que chegam com epilepsia e paralisia cerebral, em apenas algumas sessões, começam a andar, a brincar e a falar normalmente, deixam de ter ataques e de tomar medicação. Se nalguns casos a cura pode ser total para outras pode ser só parcial. Temos de compreender que assumimos esses desafios da saúde por muitas razões; e não compreendemos a mente de Deus. Algumas pessoas podem precisar dos seus desafios de saúde para aprender a dar amor, outros para aprenderem a recebê-lo.

A cura verdadeira está no equilíbrio Durante os seminários e em diversas entrevistas Eric Pearl explica que a cura verdadeira está no equilíbrio. Não há nada que passe por ser apenas uma cura de ordem mental, ou apenas física, ou só emocional. A cura leva tudo a um ponto de equilíbrio, mas tendemos a observar o que é mais óbvio. Assim, se o problema mais óbvio for físico é esse que observamos, se for mental é esse que observamos, se for emo-

Eric ensina nos seus seminários que os terapeutas não devem focar-se na obtenção de resultados específicos de um sintoma, pois dessa forma estarão a centrar-se no objetivo da obtenção de resultados para apenas uma parte do problema, e a limitar a solução a todos os níveis: físico, mental e emocional. Pelo contrário, quando menos o terapeuta souber sobre as razões que levam a pessoa a procurá-lo, melhor ela sairá do tratamento. Ao invés de focar-se no problema/sintoma, o terapeuta deve estar focado na perfeição da vibração em que se sintoniza, num estado de consci-

Cláudia Brito

Facilitadora de cura reconectiva e reconexão associacaosemearsaude@gmail.com

Contacto: 926 485 553

ência que permite o retorno da vibração perfeita de energia, luz e informação. Isso fará com que qualquer desequilíbrio deixe de fazer parte daquele quadro e que a pessoa se permita a voltar ao seu estado óptimo de saúde. Segundo Eric Pearl, todos as pessoas podem aprender a fazer isto mas é preciso que se tenha consciência do próprio fulcro de cada um em si, bem centrado e

Eric Pearl marca presença em programas televisivos de sucesso a nível mundial, como o Dr. OZ (EUA) disposto a entrar num espaço onde não cabe o ego, de forma a realizar este trabalho na sua plenitude.

Cura reconectiva e reconexão A cura reconectiva e a reconexão não são terapias, e portanto são compatíveis, complementares e potenciadoras de qualquer tipo de tratamento existente. O processo de auto-cura põe-se em marcha. É muito provável que a medicação actue melhor em si e que com o tempo o médico diminua ou retire os remédios. Em todo o caso não é função do facilitador da reconexão recomendar medicamentos, sejam de que tipo for. A responsabilidade de tomar ou não os medicamentos receitados pelo médico é da total responsabilidade do paciente.


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Semear Saúde

oxigenesis

O poder regenerativo do oxigénio puro na regeneração capilar A queda ou debilidade capilar é um problema que afecta milhares de pessoas. Homens e mulheres, mas com especial incidência no sexo masculino, debatem-se com a questão e podem agora encontrar no Algarve a resposta.

nas suas instalações - situadas em frente ao Tribunal de Tavira - o Método Oxigenesis, através de tratamentos aplicados por técnicos especialistas credenciados capazes de garantir a qualidade de excelência e os resultados que a terapêutica já viu reconhecidos internacionalemente.

Entre as causas que estão na base da queda ou enfraquecimento do cabelo podem estar situações muito variadas, desde a idade ao stress, tratamentos médicos e medicamentosos, nomeadamente a quimioterapia, até patologias associadas directamente ao folículo piloso e ao couro cabeludo. Encontrar uma solução para estes problemas passa antes de mais por uma rigorosa e criteriosa avaliação de cada caso e pela identificação da forma de solucionar o problema de origem ao mesmo tempo que se ataca os efeitos visíveis do problema ao nível do cabelo.

Oxigenesis, a regeneração profunda A resposta aos problemas capilares no Algarve tem agora um novo parceiro com provas dadas e credenciais intercionalmente reconhecidas, o Método Oxigenesis, disponível na Associação Semear Saúde em Tavira. Uma avaliação prévia de cada paciente e a definição de uma estratégia de recupe-

fotos: d.r.

Os problemas a que o Método Oxigenesis dá resposta ao nível do cabelo

ração da estrutura capilar em cada caso são o início de um tratamento que tem ptovas dadas e que não tem qualquer procedimento invasivo ou qualquer dor associados.

Venha conhecer a realidade em primeira mão numa campanha com preços muito especiais Já amanhã (dia 20 de Agosto) poderá experimentar em

Um tratamento sem qualquer efeito secundário primeira mão e com um preço muito especial o tratamento Oxigenesis em Tavira, nas ins-

talações da Associação Semear Saúde, e ficar a conhecer em primeira mão todo o potencial

curativo desta terapêutica. O Método Oxigenesis tem efeitos comprovados em tratamentos ao nível do cabelo, mas também da pele, em áreas como as rugas e radículas, feridas, alterações da pigmentação, patologias da pele e celulite, bem como do acne, cicatrizes, papos e olheiras.

Técnicos credenciados esperam-no em Tavira Em Tavira a Associação Semear Saúde disponibiliza

Fazer frente a problemas de queda de cabelo (alopécia), sensibilização do couro cabeludo, enfraquecimento da estrutura capilar, caspa, seborreia, feridas ao nível do couro cabeludo, défice de crescimento capilar e outras patologias capilares encontram assim uma resposta adequada assente numa terapia que recorre ao oxigénio puro aplicado de forma localizada para regenerar as células e garantir a sua oxigenização profunda. Estamos à sua espera na Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C, em Tavira, e através dos contactos 281 320 902 / 926 485 533. Não seja mais uma das pessoas que se confronta com um problema capilar à primeira vista insolúvel e encontre no Método Oxigenesis a resposta para o seu problema, sem dor, sem efeitos secundários e sem tratamentos invasivos.

O progresso do tratamento num paciente submetido à terapia oxigenesis: resultados comprovados sem dor, nem tratamentos invasivos

Início do tratamento

Preenchimento e textura (1 mês)

Volume e novos cabelos (2 meses)

3 meses com resultados notórios


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