Atividade do 2º ano top 13 op 9 história em

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TOP 13 RESISTÊNCIAS E CONFLITOS NA PRIMEIRA REPÚBLICA OP 9 Pereira Passos, o prefeito demolidor. O engenheiro Francisco Pereira Passos se tornou prefeito do RJ em 1903, nomeado pelo Presidente Rodrigues Alves. RJ era chamada pelos jornalistas mais exaltados como pocilga e pútrida, por conta do crescimento desordenado da população, das constantes epidemias de febre amarela e a falta de higiene que cercava tanto os numerosos cortiços como as ruas centrais da cidade. O governo classificou como prioridades o melhoramento do porto, a implantação de campanhas higienistas lideradas por Osvaldo Cruz e a reurbanização do centro do Rio. Para rasgar a Avenida Central e alargar outras vias na área, Pereira Passos ordenou uma campanha de demolição sem precedentes, que, em nove meses, botou abaixo 614 prédios, de cortiços habitados pelas camadas mais pobres (...) Apesar de muitas dessas medidas serem necessárias ao saneamento da cidade, o autoritarismo do prefeito provocou um grande descontentamento popular. A Revolta da Vacina (1904) deve ser abordada em seqüência a reforma Pereira Passos, pois ambos fazem parte do mesmo contexto e, portanto, sintetizam as ações autoritárias do governo republicano para resolver os problemas de saúde pública e de consolidação do processo civilizatório já empreendido desde os tempos do Império. Rodrigues Alves, representante de elite cafeicultora, sabia da ameaça representada pela febre amarela aos emigrantes que trabalhavam na lavoura e das conseqüências negativas para a economia, especialmente para a exportação cafeeira. Para erradicar as doenças infecciosas, ele tomou medidas autoritárias, além da já vista no texto anterior,instituiu a vacinação obrigatória da população do RJ imposta pelo governo Rodrigues Alves.(...) O maior alvo das críticas era Osvaldo Cruz, médico fluminense de formação sanitarista, convidado por Rodrigues Alves para assumir o cargo de diretor de Saúde Pública empreender o trabalho de erradicação de doenças infecciosas, como a febre amarela, peste bubônica e varíola. (...) a resistências da população culminou na Revolta da Vacina (...)autoritarismo das políticas de saúde pública, a desinformação da população, a imposição da ciência sobre o cotidiano, foram as causas da revolta.

Atividades 1.O que foi o Higienismo ou sanitarismo? 2. O que é positivismo? 3. Qual foi o objetivo da proclamação da república? 5. Por que a elite cafeeira retirou seu apoio ao império? 5. O que significa a expressão: “pertencer sem exercer”? 6. O que motivou os conflitos na republica velha? 7. Por que o R.J era chamado, por jornalistas, de pocilga e pútrida?

8. Diante da situação do RJ, qual foi a ação do prefeito? 9. Por que a ação do prefeito, mesmo sendo necessária à modernização, provocou descontentamento? 10. Quais doenças eram epidemias nessa época? 11. Quem era o médico responsável pela vacinação? 12. Por que aconteceu a Revolta da vacina? 13. Por que as epidemias da época atrapalhavam os lucros da elite? Em oposição ao caráter LAICO E CIENTIFICISTA da República, vários movimentos de caráter messiânico ocorreram nesse período, de norte a sul do país a exemplo da guerra dos Canudos e do conflito do Contestado. A Guerra de Canudos (1896-1897) Estima-se que morreram mais de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da cidade. Foi um conflito singular na história dos primeiros anos do Brasil República, que aconteceu no período do governo de Prudente de Moraes (1894 - 1898). Quando a influência do movimento de Antônio Conselheiro atingia seu auge, o Brasil havia proclamado a República. Conselheiro, tradicionalista como era, recusou-se a aceitar o novo regime, alegando ser a República um instrumento do anti-Cristo, uma ordem estabelecida por Satanás, que teve a audácia de separar a Igreja do Estado, além de instituir o casamento civil, usurpando da Igreja o poder oficial e exclusivo de celebrar matrimônios. No dia 05 de outubro de 1897, após um ano de lutas, o arraial chamado Belmonte, fundado por Antônio Conselheiro, na Bahia, foi arrasado. Nas palavras de Euclides da Cunha: “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a História resistiu até o esgotamento completo. Expugnando palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam ruidosamente 5.000 soldados". O nome da região do Contestado é fruto da disputa de territórios entre SC e Paraná, ocorrida desde o Império e somente resolvida em 1916, através de um acordo imposto pelo presidente Wenceslau Brás que concedeu ao Paraná a posse definitiva do território. O conflito envolveu cerca de 8 mil militares das tropas do governo contra dez mil combatentes do Exército Encantado de São Sebastião, composto na maioria de caboclos luso-brasileiros. A insurreição do sertanejo catarinense foi uma reação ao avanço do capitalismo estrangeiro na região, influenciada pela construção da ferrovia e da madeireira Lumber Company, além da disputa de territórios entre Paraná e Santa Catarina. O conflito foi marcado pelo jogo de interesses entre fazendeiros e políticos, bem como pelo misticismo dos caboclos, ampliado pela luta pela posse da terra. O fanatismo dos caboclos tem origem na crença do sebastianismo lusitano . Desamparados pela autoridade pública e pela Igreja, vivendo isolados, o messianismo surgiu através da figura de João Maria, morto pelas tropas catarinense em 1912 e foi revigorado quando surgiu outra “cidade-santa”, formada por discípulos de João Maria que acreditavam na sua ressurreição, assim como aconteceria com D. Sebastião de Portugal. Como em Canudos, o governo republicano reagiu com violência ao movimento e após várias investidas, massacrou os adeptos ao movimento e ignorou as demandas dos rebeldes. RESPONDA: 1. Quais os aspectos comuns entre o conflito de Canudos e Contestado? Conflitos messiânicos Canudos Contestado 2. Por que aconteceu a guerra de Canudos? Quem era o líder do movimento 3. Por que Antônio Conselheiro não aceitava a Republica? Quem era o presidente do Brasil? 4. O que é Estado Laico? Onde aconteceu o conflito? 5. Por que a cidade de Joao Maria ficou conhecida por Contestado? Qual era a crença fanática. 6. O que motivou a revolta de Contestado? Fanatismo? 7. O que foi o sebastianismo? 8. O que são oligarquias? Como foi o fim do conflito? Quem 9. Preencha os espaços com as respostas para as perguntas. venceu? REVOLTA DA CHIBATA - João Bonturi - Especial para a Folha de S.Paulo Em 22 de novembro de 1910, o município do RJ amanheceu sob a ameaça dos encouraçados SP e MG, pertencentes à Marinha brasileira. O estopim da revolta ocorreu quando o marinheiro Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas, por ter ferido um colega. Nessa ocasião, os marinheiros revoltaram-se, assassinaram o comandante Batista das Neves e prenderam os oficiais. Para surpresa geral, eles não pretendiam derrubar o governo. "Não queremos a volta da chibata. Isso pedimos ao presidente Hermes da Fonseca e ao ministro da Marinha. Queremos a resposta já. Se não bombardearemos as cidades e os navios que não se revoltarem." Isso aconteceu porque os marinheiros eram negros ou mulatos, comandados por oficiais brancos; o uso de castigos físicos era semelhante aos da escravidão, abolida em 1888. Além da extinção da chibata, os revoltosos comandados por João Cândido exigiram a anistia aos envolvidos no movimento. A Marinha atacou os revoltosos. Além de revidar, os marinheiros bombardearam a ilha das Cobras, exigiram o aumento dos ordenados e a diminuição das horas de trabalho. O governo cedeu, mas, para não evidenciar a derrota, exigiu uma declaração de arrependimento dos revoltosos. Porém as hostilidades prosseguiram. Um novo levante aconteceu, na ilha das Cobras, mas, dessa vez, o governo, que sabia de tudo, reprimiu a revolta com violência alguns marinheiros morreram, outros foram enviados para a Amazônia, onde teriam trabalhos forçados na produção de borracha. João Cândido foi expulso da Marinha e internado no Hospital de Alienado. Conclusão: Os republicanos trataram os problemas sociais como “casos de polícia”. Não havia negociação. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares. Assim a República exibia cruamente a mentalidade escravista da elite brasileira. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u6376.shtml>. Data de acesso: 08/10/200 1-O que foi a revolta da chibata? 2-Quem eram os marinheiros? 3-O que os revoltosos queriam? 4. Como foi o fim da revolta?


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