Escola Básica Dilma Lúcia dos Santos
Crônicas da Cidade: o cotidiano que ensina
Projeto de Escrita integrando Artes e Língua Portuguesa Orientação: Cristiane e Sol
Armação do Pântano do Sul – Ilha de Santa Catarina Primavera de 2017
Apresentação
Este Projeto de Escrita nasceu do desejo de compartilhar com os estudantes momentos e olhares sobre nossa cidade, o cotidiano do Centro, os pequenos eventos que acontecem e tecem nosso olhar, nossa emoção sobre o mundo e sobre o que nos ensina. Os estudantes visitaram a Casa da Memória, no Centro da Cidade, através de transporte público, vivenciando as experiências cidadãs de se movimentar pela cidade com todas as problemáticas e belezas que isso produz. Através das telas de seus celulares clicaram pequenos eventos, pessoas, movimentos, coisas do mundo. Na Casa da Memória fizeram um passeio entre passado e presente, conhecendo as transformações que a Ilha viveu, através das imagens do acervo. Passaram pela Escadaria do Rosário. Um passeio curto mas que esparrama memórias sobre uma cidade. Já de volta na escola, revisitaram suas fotos e olhares e produziram narrativas que combinam o vivido e a ficção. Fatos e imaginação. Crônicas da Cidade. No início, destacamos os textos que conseguiram expressar melhor a voz de um cronista ao narrar o seu mundo e ao final alguns relatos que narram, de modo simples, um gesto de leitura e escrita do mundo. Agradecimentos à Eliane que nos recebeu na Casa da Memória e compartilhou parte do acervo com nossos estudantes. Com alegria e gratidão, Cris e Sol
Novos olhares! Gisele Lopes Pereira Num passeio pelo centro de Florianópolis, fora do cotidiano de compras e contas para pagar, momento de olhar para os prédios e ruas, as paisagens que vemos todos os dias porém de um modo diferente. Todos os dias passamos por vários lugares e não damos bola para o seu visual ou suas histórias, mas quando paramos e pensamos naquilo quando olhamos com outros olhos, vemos que não é preciso viajar para encontrar novas paisagens e sim parar e prestar atenção no que esta ao nosso redor. A nossa cidade é cheia de histórias e magias, com uma cultura muito rica que encanta várias pessoas, trazendo turistas para cá. O centro da cidade pode nos encantar, igrejas,
escadarias,
praças, entre outras coisas que mostram como nossa gente era e como viviam a anos atrás. Como dizia Marcel verdadeira
Proust viagem
descobrimento Figura 1Foto De Gisele Pereira
consiste
em
“A do não
procurar
novas paisagens, mas em ver com novos olhos”. A cidade precisa de uma nova perspectiva, de um novo olhar, parar de ir ao centro apenas para pagar contas, fazer compras, vamos ir até ele para nos divertir, para assistir peças teatrais, nos encontrar com amigos, precisamos reinventar o sentido que usamos para ir ao centro. Vamos fazer do centro da Ilha da Magia um lugar de lazer, como diz o texto dependente “faça um passeio mais atento por sua cidade, seu bairro” e veja o que esta presente na cidade que possa te satisfazer, para te deixar mais feliz.
Aproveite cada momento para desfrutar do que esta sendo disponibilizado para você, e lembre-se da frase presente numa das músicas da Kell Smith “A felicidade mora no caminho e não no final”.
O banco e a árvore
Thalissa Passos
Depois que minha mulher morreu, eu não tinha ânimo pra nada, a não ser ficar em casa vendo tv. Eu e Cláudia nos conhecemos há 44 anos atrás, foi no carnaval de 72, não foi tão romântico na primeira vez que eu a vi, ela estava sentada o banco da praça XV vomitando, acho que ela tinha bebido demais, ela estava sozinha sem ninguém pra ajudála, eu fiquei observando, até que ela parou de vomitar e ficou olhando para Figueira como se tivesse algo de tão especial naquela árvore. Então eu decidi sentar do lado dela para ajudar, quando eu sentei do lado dela ela olhou pra mim e abriu um pequeno sorriso e voltou a olhar para a árvore. Eu comecei a pensar que ela não queria falar comigo e com ninguém a não ser olhar pra maldita árvore, mesmo assim eu não desisti e comecei a puxar assunto assim: “Nossa, tá muito calor né!” E e não falou nada, nadinha de nada a não ser olhar pra árvore. Então eu desisti, levantei e comecei a pensar que realmente aquela árvore era mais importante que eu, mas antes de eu ir embora ela me disse que amava o pato Donald, era a fantasia que eu estava usando. Então eu sentei de novo e ela começou a falar o quanto amava aquela Figueira e a importância dela, mas eu não prestei atenção em nada do que ela falou, eu só prestei atenção na roupa dela toda vomitada, eu só ouvir ela falar “ O que você acha da árvore?”, eu fui obrigado a mentir pra ela, falei que amava a árvore também e que ela era linda e inspiradora, mas é claro que eu estava mentindo, eu a odiava, o que tinha demais naqueles troncos retorcidos? Mas eu menti, menti pra tirar um sorriso da minha futura namorada. Depois de anos de amizade eu finalmente tive coragem pra perguntar se Cláudia queria ser minha namorada e ela disse que sim!! Todos os dias depois da aula a gente se encontrava na praça para visitar a Figueira, na verdade era muito chato. Eu só ia porque estava do lado da mulher da minha vida, ela sempre fazia a mesma pergunta “O que você acha dela?”, mas eu nunca conseguia falar algo que fosse verdadeiro, a não ser que ela era muito linda e inspiradora. Eu não entendia o porquê dela amar tanto aquela árvore velha, mas mesmo assim eu sentava no banco e olhava pra Figueira como se ela importasse alguma coisa pra mim. Depois do nosso casamento ela ia sozinha pra praça, eu finalmente contei que não gostava nenhum pouco da árvore, até nos dias de chuva ela ia vê-la, todo santo dia ia lá,
eu sempre perguntava para Cláudia o que tinha de tão especial e ela sempre me dizia “um dia você vai entender!”. Mas ano passado ela morreu e eu ainda não entendi o que ela queria dizer “um dia você vai entender”. Até que dia eu resolvi mexer nas coisas dela e achei uma carta escrita um dia antes de morrer, e na carta dizia “ Querido eu não sei se irei aguentar mais, então resolvi escrever essa carta para dizer que eu te amo muito! Você nunca entendeu o porquê de eu amar a árvore, mas eu tenho um conselho para te dar, sabe aquele banco que a gente se conheceu? Então, sente-se nele e olhe para ela, acho que você vai entender” Eu demorei muito pra fazer o que ela pediu, achava que não iria conseguir olhar pra árvore e não pensar no amor platônico que Cláudia tinha pela árvore e não segurar o choro. Demorou, mas eu fiz o que ela tinha me escrito, sentei no banco e fiquei observando
a
Figueira
por
horas
e
finalmente eu percebi que eu nunca irei entender o que Cláudia sentia pela árvore, porque esse sentimento era uma coisa só dela, esse amor que ela sentia, só ela vai sentir, porém eu só consigo dizer algo da árvore que não fosse “linda e inspiradora”, algo que fosse de coração. Olhar para Vellha Figueira não iria trazer minha amada de volta, mas fazia com que eu me sentisse muito melhor, de um jeito ou de outro eu conseguia sentir a presença de Cláudia do meu lado. Agora sim consegui sentar no banco, olhar para árvore e sentir algo de tão especial e importante na Figueira!!!
Um Bom Sonhador Ana Paula e Luiza
Caminhando pelo centro da cidade de Florianópolis nos deparamos com uma cena muito normal do cotidiano de quem mora na ilha da magia: um morador de rua dormindo embaixo da sombra da linda Figueira, na praça XV. De repente uma jovem que estava no mesmo lugar da praça, devido ao calor intenso num dia de verão desmaiou e bateu a sua cabeça. O morador de rua, que estava se levantando de um dos bancos, viu o que acontecia e foi ajudar… Algumas pessoas que estavam lá se aproximaram. - O que você está fazendo? Você não sabe de nada! Saia de perto. Alguém, ajude-a! Disse uma senhora com roupas de grife. - Alguém, chame a ambulância! Isso pode ser grave. Falou um moço que fumava por perto. Enquanto alguém chamava a ambulância, o morador de rua checou a pulsação da menina, deitou-a no chão, de barriga para cima, colocou as pernas mais altas que o corpo, pôs a cabeça dela de lado, afrouxou as roupas, abriu os botões para facilitar a respiração efoi se comunicando com a menina, mesmo que ela não tenha respondido, ele foi cuidadosamente se referindo que estava ali para ajudá-la. Todos que estavam ao redor ficaram boquiabertos e logo falaram: - Você sabe o que tá fazendo? - Sim meus senhores, eu já fui um dos melhores médicos do pronto socorro da cidade de São Luís, no Maranhão. Tive problemas familiares sérios, fugi da minha cidade e cai nas bebidas, hoje sou portador do vírus HIV… Mas mesmo depois de tantos anos, eu ainda sei salvar vidas. Não se preocupem. Respondeu o morador que ajudava. Alguns minutos depois, Lara, que havia desmaiado, levantou-se, ligou para o seu pai que veio buscá-la e agradeceu o homem que havia lhe ajudado. Como havia uma equipe do Jornal do Almoço na cidade gravando o quadro SOS Desaparecidos, quando souberam do caso aproveitaram para gravar essa história. A praça logo se encheu de câmeras e repórteres. A história repercutiu, saiu em capas de jornais e fez com que o "médico das ruas" se tornasse um super-herói. Uma equipe de reabilitação veio ajudar José, o morador de rua, depois de alguns dias. Ele se recuperou das sequelas do álcool, achou a sua família em São Luís, controlou o vírus e retomou a sua vida.
Dois anos depois, a NSC TV marcou um encontro entre José e a menina que ele havia salvado. Na verdade, José nunca fora um médico. Naquele dia, após o sonho ele acordou, levantou-se e voltou a sua realidade: catar latas no centro da cidade para sua sobrevivência. Logo á noite, escolheu a melhor caixa de papelão para se acomodar junto ao banco da praça que dormia e voltou ao seu mundo de sonhos. Por mais difícil que fosse a sua realidade, ele fechava seus olhos e imaginava um mundo em que ele não era vítima das más escolhas que fez ao longo de sua vida, José era apenas o médico que não conseguiu ser, ele era apenas um herói que salvou a menina e controlou sua doença incurável. Ele era tudo que não pode ser. Ele era ele, de verdade. Dias depois, passamos pelo mesmo lugar, mas uma coisa mudou. O homem não estava lá. Ficamos confusas. Um senhor que lia um jornal ali perto disse que o José, morador daquelas ruas há anos, faleceu por conta do vírus HIV, mas não sentiu, pois foi enquanto dormia. Foi triste, ele era muito simpático. Enquanto seguíamos nosso caminho em volta da praça, imaginamos uma vida para José. Poderia ter sido um bom pai, um filho, um tio e também um bom marido, mas naquele último momento, era apenas um bom sonhador.
Entre Olhares e Aromas
André e João Gabriel - turma 92
Andando por uma estrada sem rumo e sem fim só escuto os gritos dos meus amigos me chamando, mas nem dou bola até me deparar com a lanchonete, mas lá tinha algo diferente, talvez o piso, o azulejo, as cores… não, não era algo tão banal, o aroma...isso...o cheiro que era como pétalas de rosas caindo levemente no chão verde e fofo. Enquanto estava tentando entender aquele aroma, vi duas donzelas em meio a tantos espinhos e olhares fulminantes, mas elas estavam sem príncipe, sem um escudo, sem um homem para protegê-las...Elas não se importavam, como se uma precisasse da outra, elas não precisavam, assim como não queriam um príncipe ou um cavalheiro, elas conseguiam estar ali, mesmo sem príncipe, elas eram guerreiras delicadas e mortais. Mas eu sentia como todos as fulminavam com seus olhares de ódio, será que não viam aquela rosa em cima da mesa? Aquela rosa era o começo, meio ou fim das princesas? Queria muito saber o que estavam pensando naquela hora, se elas queriam apenas quebrar as correntes, fiquei admirado com tanta beleza e aqueles sorrisos... quando vi aqueles sorrisos com os dentes brancos que ardiam até queimar meus olhos ou todos aqueles traços, curvas perfeitas e perfumadas com um aroma único delas, acho que senti o que se pode chamar de amor. E depois que sai daquela loja, voltei a caminhar procurando aromas como aquele que não dependem de príncipe para enfrentar seus dragões.
Histórias Da Cidade Nairel Flores Prandini
Praça XV, muitas coisas antigas, muitas histórias, não só coisas mas também pessoas, com muitas coisas para contar. Lugar que só andava a nobreza, agora serve como abrigo para os sem teto. Algumas pessoas que passam por lá nem prestam atenção na beleza do lugar porque não tem tempo nem pra pensar que se as coisas tivessem sido diferentes eles não poderiam passar por lá. Os velhos jogando xadrez e damas, são velhos mas não velhos o suficiente para se lembrarem de quando havia muros ou quando não havia sinais porque não havia carros. Todas essas Histórias vão tão longe no passado que nem todas as folhas do meu caderno poderiam registrar. Imagine, então, leitor, se a grande e velha figueira pudesse nos contar o que viu, coisas que nenhum arquivo registrou
ou coisas que ninguém
estava lá pra ver .Os objetos em si só contam um minúsculo pedaço do que eles são, mas por trás deles há muito mais do que podemos ver. Por isso sempre devemos buscar saber o máximo possível sobre a nossa cidade , todos só visitamos a cidade para usufruir das coisas modernas e não prestamos atenção em tudo de bom que as coisas antigas da cidade tem a oferecer.
Humanidade Aldo
Ontem no dia 04/07 eu percebi o quanto a minha vida é boa. No caminho para a Casa da Memória me deparei com uma cena que me fez refletir: pessoas morando na rua e dividindo o seu local com animais nojentos e outros moradores de rua. Mas o pior não é só eles morarem na ruas, mas as pessoas olhando aquela cena e agindo normalmente como se fosse normal um ser humano dormindo, comendo e fazendo suas necessidades naquela situação. Eu parei para refletir o quão a minha vida é ótima eu tenho tudo: família, casa, amigos , etc. E eu me pergunto onde a nossa humanidade chegou? Ver um uma pessoa como nós, vivendo nessas situações e não ter nem um pingo de emoção ou pena. O ser humano evoluiu em tanta coisa, como agricultura, tecnologias, medicina, mas pelas ganâncias de algumas pessoas os outros tem que sofrer, se nós fossemos menos egoístas ou dinheiristas todo mundo poderia ter uma ótima educação, saúde de qualidade, moradias, etc. E não teríamos cenas tão chocantes como essas. “Eu desconfio, aqui com meus botões, que o problema não é ser rico ou pobre ou classe média. O problema mesmo é o preconceito, é a cegueira social”. Tenho que concordar com Fernando Evangelista.
Foto de professora Cristiane Guimarães.
A idade da alma
Ana Beatriz Costa e Emanuela Vieira de Souza
Quando eu era menor sempre que ia ao Centro via aqueles senhores em volta de uma mesa, que até então eu não sabia para que servia, quando descobri que aquele tumulto se tratava de um jogo de xadrez ou dominó achei engraçado, me fez lembrar dos corredores da minha escola no recreio, onde “milhares” de crianças se juntavam para jogar o famoso “bafo” (um jogo de cartinhas que nunca me simpatizei). Aqueles senhores se transformavam em verdadeiras crianças, ficavam nervosos cada jogada e comemoravam alegremente a cada vitória. A concentração era fundamental mesmo em meio aos caos urbanos. Não sei ao certo como essa “brincadeira” (vamos chamar assim) começou, mas espero que isso nunca acabe, pois retrata a essência da cidade de Florianópolis, simples e que encanta a todos, como uma brincadeira de criança.
Praça XV Pedro Machado Coelho Um passarinho ao céu, trazendo a semente da esperança, lançando-as no meio de uma cidade poluída com muito tráfego e caos, nas ruas não se viam um sinal de uma sequer plantinha ou uma árvore, as pessoas vivem "plantadas" em seus computadores e celulares. A semente que havia sido trazida está crescendo, uma simples folha verde no meio de tanto cinza e tanta fumaça. Estava ali nascendo a esperança. Muitos anos depois, aquela tão importante sementinha se transformou em uma grande e linda Figueira que foi cuidada por várias pessoas, sem diferença de idades e classes para
sociais que
tornasse
se uma
motivação para as pessoas
saírem
da frente de seus aparelhos tecnológicos
e
começassem
a
cuidar
da
sua
cidade, foi ai que decidiram construir
a
tão
bela Praça XV. As pessoas formaram uma corrente de esperança, plantando flores e árvores pela ilha, diminuindo o consumo dos carros em troca de bicicletas, desligando as TV's e indo as ruas para curtir aquele lindo dia, crianças saindo dos seus brinquedos viciantes e se reunindo para brincar de pega-pega e esconde-esconde sem pensar no amanhã. Queríamos que isso fosse verdade, mas é apenas uma história "ao avesso" da realidade, a Praça XV é a "pousada" para vários moradores de rua, o resto do centro são enormes prédios e carros em excesso, onde poderiam ser trocados por um ônibus ou até uma bicicleta. As pessoas que ainda saem para "passear" estão grudadas em seus iPhone's e iPad's. A cidade merece ser mais cuidada.
Vidal Ramos
Vitor Ferreira Fuck
Estava eu andando pela cidade observando os pontos mais históricos. Primeiramente passamos pela praça XV, logo em seguida fomos visitar a casa da Memória e lá vimos vários quadros e artefatos históricos. Na casa da Memória conhecemos a Eliane, palestrante do local, ela mostrou fotos da antiga Florianópolis, explicando de como as coisas mudaram daquele tempo para cá. Na saída do centro, de repente,
tivemos
um
desentendimento com uma Senhora na rua Vidal Ramos. Não sei quem estava certo eu ou não. A Senhora estava passando de carro, eu estava no meio da rua e ela nos faltou com o respeito nos encarando, mas eu não sabia que passava carro naquele local e logo em seguida ela saiu furiosa e quase bateu em outro carro. Esse
pequeno
desentendimento me fez pensar que, em Florianópolis, dentro do Centro da cidade, na rua Vidal Ramos não deveria passar carro, pois o centro é um lugar de encontro, trabalho e lazer, onde as pessoas poderiam circular no centro da cidade sem estresse, como esse que
eu
vivi…
Afinal, aí eu me pergunto, por que os pedestres não podem andar pela rua Vidal Ramos trânquilos, por que tem sempre tantos carros circulando, toda hora e todo instante?
O professor de história Isabela Jacques
Gostaria de contar para vocês uma experiência que eu e meu namorado tivemos, foi em um dia que fomos ao centro da cidade de Florianópolis, especificamente na praça XV. Era por volta das 10h30 da manhã e estávamos à procura de um correio, porque eu precisava fazer meu CPF, cruzamos a praça XV e ficamos abismados com a quantidade de moradores de rua que haviam por lá, eles estavam em todos os lugares, em cima de bancos, em cabanas, nas sombras de árvores e até mesmo pelo coreto Maestro Hélio Teixeira Da Rosa. Quando estávamos passando, um homem que infelizmente não me lembro o nome, nos parou e perguntou se gostaríamos de ter uma aula de história pela nossa cidade, ficamos surpresos, ele parecia muito empolgado então aceitamos. Começamos ali pela Praça XV mesmo, passamos pelas obras antigas e estátuas, a cada coisa que passamos ele tinha algo a dizer. Entramos na igreja, aquela gigantesca que quase ninguém repara, mesmo sendo daquele tamanho, ficamos bem surpresos, pois ele conhecia todos que trabalhavam por lá. Uma hora ele nos perguntou se estávamos com mochilas ou algo do tipo, achei meio estranha a pergunta, perguntou em seguida se confiávamos nele, ele ficou contente em saber que sim, e nos levou a um museu, por isso a pergunta das mochilas. Lá dentro do museu ele falava de tudo, de certo passou muito tempo lendo e entendendo de todas aquelas histórias, lá dentro uma coisa me incomodou, um homem que estava lá com a família olho de cara fechada para o ‘’nosso professor’’ como se ele não merecesse estar lá. Ao longo do passeio ele nos perguntou se ele seria um bom professor de história, falávamos que sim e ele nos corrigia falando que já era um. No final do tour ele nos perguntou se já tínhamos almoçado e se não, onde iríamos comer, respondemos que ainda não, ele perguntou se não tínhamos dinheiro para
podermos auxiliar ele a almoçar, demos, mas sentimos que infelizmente era pouco pelo tamanho da lição de vida que ele tinha nos dado aquela manhã.
Um grande amor João Antônio Albino do Nascimento
Eu estava caminhando pela Praça xv quando eu avistei uma cena que me marcou, uma árvore antiga, grande e bonita com alguns galhos segurados por uns sustentos que, de tão antiga que ela era, que precisava daqueles sustentos para segurar os galhos. Eu também conseguir perceber que outras pessoas além de mim adoraram a árvore da Figueira, elas deviam estavam se perguntando “como uma árvore tão grande e velha está aqui por tanto tempo”, ou “ela cresceu aqui ou a colocaram-na aqui”, pois bem eu também me fiz essas perguntas porque eu não sei como ela está em pé até hoje e nem se ela nasceu ou a colocaram-na ali. Pois tinha outras pessoas que pareciam saber tudo sobre aquela árvore, eles estavam tão satisfeitos com ela, que parecia que ela foi tão importante quanto eles, era uma casal de idosos. De repente me senti confiante e foi até eles para perguntar se eles sabiam algo extraordinário sobre aquela árvore. -Olá meu nome é João Antônio - disse a ele. Eles me olharam com uma cara de quem não queria conversar com pessoas estranhas, mas eu insisti e falei novamente. -Olá meu nome é João Antônio. -Olá! Disse o senhor. -Posso perguntar o que vocês sabem sobre essa árvore da Figueira. -Pode sim. -Pois bem o senhor sabe se ela cresceu ou a colocaram ali? Ele falou que ela não cresceu ali e sim a colocaram, ela cresceu na frente da Matriz, colocaram-na ali, porque estavam arrumando a praça. Depois disso perguntei porque ele e sua esposa olhavam tanto para a Figueira, ele respondeu que foi na Praça perto da árvore que ele conheceu a sua amada. Já estava tarde então eu disse adeus ao senhor e a senhora, no caminho para casa fiquei imaginando como o senhor encontrou sua amada, e pensei que se eu conhecesse alguma amada o meu amor seria igual o dele por ela, seria “Eterno”.
A vida ensina
Willyan P. Dezidério da Silva
Caminhando pelo centro da cidade, avistei um homem não muito velho, mas também não muito novo, ao me aproximar percebi um rosto familiar de um antigo amigo e o nome dele era Eryclei.
Então passei a conversar com ele e perguntar sobre a
reviravolta que aconteceu na sua vida. -Olá, Eryclei, o que aconteceu com você nesses últimos anos? -Olá Willyan,aconteceu muita coisa que me arrependo de ter feito, quando me mudei da Armação José
eu
custei
e fui para São muito
para
me
enturmar com as pessoas de lá, e então eu comecei a fazer o que algumas
pessoas
do
meu
bairro
faziam, como usar drogas, bebidas alcoólicas
e
outras
drogas
mais
pesadas… e depois disso tudo acabei aqui com meus 30 anos morando na rua e sem minha família. E depois dessa conversa que tive com ele, fiquei refletindo o passeio inteiro sobre o que eu devo ou não fazer na minha vida. Afinal a gente aprende muito com a vida dos outros, como disse o BK’ em “ Eu tive que aprender a viver por aqui, eu conheci o mal confesso que eu gostei, minha visão mudou, quem eu sou? Me perdi, mas tive que voltar para não causar dor e para não sentir dor “.
Deixá-la… Thaisi
Estávamos eu e minha turma indo para a Casa da Memória no centro de Florianópolis, no meio do caminho deparei com um senhor sentado em um banco no meio da praça, olhando uma árvore que se encontrava ao lado dele. Achei o senhor muito pensativo, mas o deixei para lá. Duas horas depois, estávamos voltando, e o senhor ainda estava ali, como uma estátua, olhando a árvore. Desta vez não deixei passar, desta vez eu vou parar. Sentei ao lado do senhor, olhei a árvore, olhei ele, e ele estava tão disperso que mal notou minha presença. Fiquei mais uns 5 minutos ali, antes de falar algo. Eu perguntei a ele: -Você está bem? Ele me respondeu: -Foi aqui, aqui que aconteceu, aqui que vínhamos, aqui que ela se foi. Nós vínhamos aqui todo o dia de manhã, eu deveria ir embora, mas não consigo deixá-la. Eu sem resposta perguntei: -Como era o nome dela? Ele respirou fundo e respondeu: -Delaide, respondeu. Virei para a árvore novamente e falei: -Você pode ir embora, mas nunca vai deixá-la. Estava me levantando, quando ele falou: -Obrigado. Dei um sorriso para o senhor e fui embora.
“Você fez parte da minha vida, uma parte feliz dela. Sempre te amarei, Bisa” Delaide (07/04/1931 a 19/07/2017).
Praça XV de novembro e suas histórias Vitória Soares
Quando passamos pela praça XV de novembro você vê o abandono, não só dos locais da praça mas também das pessoas que lá vivem, como um senhor que lá estava. Ele estava com uma calça já velha, um moletom, uma caneta e um caderninho em suas mãos. Depois que o vi parei para pensar: o que será que aquele senhor estava escrevendo? Provavelmente ele escrevia sobre sua vida naquele lugar, ou talvez, lembranças de quando ele não morava nas ruas, ou até mesmo sobre sua família e amigos. Ver aquele homem tão sozinho naquele lugar sujo, somente com seu caderninho. Após fotografá-lo, fui até ele e pedi licença para olhar o que ele escrevia, o senhor com um sorriso no rosto me respondeu que sim e me entregou seu caderninho. Ao ler me surpreendi...eram lindos poemas que ele escrevia desde 2010, quando ele foi morar na praça, depois de perder seu emprego em São Paulo veio para Florianópolis atrás de oportunidades, deixou sua família, mas não conseguiu encontrar emprego, assim então foi morar na praça e começou a escrever poemas. Seus poemas falava sobre os pequenos detalhes que muitas vezes passam despercebidos por todos, mas pra ele não, ele passou 7 anos da sua vida ali e desde então nota e anota cada detalhe daquele lugar. Com tudo isso me peguei a pensar e vejo que nós devemos olhar mais os detalhes, porque eles fazem toda a diferença.
A praça da Alfândega Fernanda e Alexandra - 91
A caminho da batalha de rap da Alfândega, em uma quinta-feira, em um dia normal como todos os outros, me deparo com um cheiro estranho, um cheiro que, certamente não deveria estar ali. Não demorei muito para identificar que cheiro que era, mas achei estranho esse cheiro vindo desse lugar, porque, né, é uma praça, no meio da cidade onde passam crianças, idosos, famílias… Fui me aproximando mais de onde o cheiro estava vindo, e cada vez foi ficando mais forte e difícil de suportar. E então eu vi, aquela urina escorrendo para a rua, o motivo que aquele cheiro estava lá, era mesmo urina, e nem de animais ou coisa assim, de pessoas… Uma praça de patrimônio público, ao lado de 16 banheiros públicos, sendo usada
para
pessoas
necessidades fisiológicas
fazerem
suas
em meio a
multidão movimentada. Então eu me pergunto,
por
que
fazer
suas
necessidades ali? Por que dormir em um lugar tão sujo, cheio de ratos e xixi? Certamente porque essas pessoas não tem uma casa, um banheiro, uma cama… Mas não eram só os moradores de rua que faziam xixi ali, as pessoas que estavam frequentando a batalha também, eu acho que todas elas sabem que se elas andarem mais um pouco pelo centro vão achar banheiros públicos, então porque fazer ali? Em uma praça em meio ao centro? Não faz nenhum sentido. Na crônica “Os sem lancha, os sem lanche e os sem-noção” Fernando Evangelista falou “Caminho pelo centro pensando nessas coisas, atento para não tropeçar nos moradores de rua, gente sem teto e sem lanche, deitados no chão pobre da cidade rica”. Ele nos faz pensar que a “Ilha da Magia” não é tão mágica assim, só para os ricos, para
os pobres, é só mais uma ilha com graves problemas sociais, como os que Fernando fala “o problema não é ser rico ou pobre, ou classe média, o problema mesmo é o preconceito, é a cegueira social, é a falta de cultura, de quem teve tudo para de educar mas não o fez”. Isso tudo é muito triste, é triste ver Florianópolis, uma cidade tão bonita, passando por problemas graves de desigualdade que toda a cidade tem, e “comandada por uma elite brega, inculta e extremamente ignorante” como também disse Fernando.
Um tour pela cidade
João Vithor Martins e Patrick Dzobanski
Em um tour pela cidade de Florianópolis, no qual fomos visitar a Casa da Memória, vimos nossa cidade na época da minha avó e meu avô, mas no caminho enquanto passávamos pela praça de Florianópolis vimos um lugar tão bonito e tão infeliz ao mesmo tempo. Bonita aquela figueira antiga com seu tronco gigante, suas lindas raízes enormes e suas folhas tapando a vista do sol, mas infelizmente essa linda praça serve como quarto de hotel para mendigos e moradores de rua, mas essa linda praça infelizmente fica escura, fria e coberta por esses fatos que ocorrem, chega a ser assustador de frequentá-la. Depois dessa visita seguimos em busca do nosso objetivo. Quando chegamos aquela linda vista formada por belas fotos e lindos quadros com suas pinturas e imagens alucinantes da cidade. Continuando o nosso tour no centro da cidade, descendo a escadaria do Rosário em direção ao terminal, ao atravessar a rua, parou uma senhora com um carro exaltada e histérica pedindo prioridade para seu “lindo carro” passar, ficamos paralisados e sem saber o que fazer, chamamos educadamente ela de moça e mais furiosa ela ficou, ficou falando que éramos mal educados, ela saiu com seu carro velozmente, olhando para a gente e esquecendo de olhar para a frente, batendo levemente em outro carro enquanto nós continuamos nosso destino voltando para casa. Esse “encontro desagradável” com o carro nos fez refletir como tem pessoas ignorantes e não sabem lidar com o povo e já se exaltam com qualquer coisa. Ainda mais numa rua tão central, onde pedestres caminham sim distraídos.
Apenas um velho Yasmim Fernandes
Lá estava eu, andando pelas ruas do centro de Floripa, por que motivo? Apenas refletindo, estou naquela fase que é preciso andar muito e refletir muito também. Porque quando se cresce, você começa a notar coisas que não notava antes, começa a ver a maldade de uns e a ignorância de outros. E andando pelas ruas do centro da cidade, me deparo com um senhor de idade com cabelos grisalhos, roupa suja, rosto enrugado e olhos cansados, um sem teto. Ele me pede uns trocados, enfio a mão no bolso a procura de dinheiro e só encontro cartões de crédito. Peço para que o moço me
acompanhe
lanchonete
até
para
uma
comprar
alguma comida. - Na realidade, gostaria de alguns cigarros, diz o velho. - Cigarros? Pergunto,
-
O senhor não está com fome? - Bom, não irei mentir, estou faminto, mas faz anos que não alimento esse meu bom e velho vício. Depois
disso,
fomos
comprar comida e cigarros, ele aceita alegremente, me agradece se despede e vai embora. Em outro dia, retorno nas mesmas ruas do centro, passo onde havia encontrado o velho, e depois de procurar um pouco com os olhos, penso, será que ele morreu? Ele já era um senhor, e as ruas não trazem um lar e dia dia adequado para alguém dessa idade, imaginei se ele estaria no céu, se havia encontrado algum parente, alguém da sua família, todos tem uma família certo? Mas meus pensamentos são interrompidos pelo barulho de uma conversa de algumas senhoras perto de mim.
- Você viu aquele idoso, parece que ele foi envenenado por alguns adolescentes, triste não? - Verdade, mas se bem que foi melhor pra ele, ele sempre estava faminto e sujo. - E pelo que me disseram eles bateram nele também! Me virei e sai, procurei levar meus pensamentos em tudo menos no velho, mas era exatamente nele onde meus pensamentos estavam. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, não por causa de sua morte, talvez aquela senhora estivesse certa, e que a morte era o melhor para ele, ou talvez não, talvez se alguém houvesse tirado ele dali ele estaria melhor. Chorei e chorei, chorei pelo fato de que seus últimos momentos nessa terra foram acompanhados pelo que há de pior nela, a ignorância e o ódio, gostaria de ter ficado mais, conversado mais, mas era tarde demais. Dei meia volta, fui aonde o senhor ficava, posicionei uma carteira de cigarros e disse adeus.
A lei e a realidade Davi Chagas
Paulo, um grande homem, porém derrubado pela vida. Paulo, tinha trinta e cinco anos, ex-morador de uma “cidadezinha” do Sul do Paraná, onde lá morava com seus dois filhos e sua mulher. Sua mulher, nunca se deram muito bem, geralmente brigavam, mas um pouco era ela, era chata de mais. Seus filhos, Carlos e Júlio, Paulo os amava muito, dizia que pelos dois ele daria a sua própria vida. Seus filhos foram o ponto de partida para Paulo se mudar para os dar uma vida melhor. Paulo era servidor público em sua cidade. Homem exemplar! Respeitava as leis , ajudava quem precisava, era muito gentil com as pessoas e amava ajudá-las. Paulo agora se mudou para Florianópolis, onde foi procurar emprego para tentar bancar uma faculdade para seus filhos. Pobre homem, em seu segundo mês em Florianópolis foi avisado que “sua” mulher estava o traindo com outro homem e seus filhos estavam junto com ela! Após gastar seu resto de dinheiro com bebidas e solidão, Paulo infelizmente passou a ser o mais novo morador de rua. Anos se passaram e Paulo ainda estava nas ruas. Vivendo de comida que pessoas davam a ele e seus companheiros...(continua...)
Crônica Emilly Christini De Freitas Machado
Em uma quinta feira decidi ir ao centro passar um tempo na Praça XV de Novembro, estava escutando música quando vi um grupo de adolescente, eles estavam fazendo uma saída de estudos. Encontrei minha amiga lá, ela era da turma, decidi acompanhá-los, passaram para comer e depois foram na casa da Memória, uma mulher acompanhou a turma e mostrou umas fotos de Florianópolis, mostrou o quanto que Florianópolis cresceu em poucos anos, mostrou também um barco histórico e coisas artesanais. Quando saíram da casa da Memória foram conhecer a Escadaria do Rosário e logo começou a chover e foram correndo até o terminal, ouvi a turma comentando que acharam bem interessante a casa da Memória. Uma história que chamou atenção da turma foi quando a palestrante contou que antigamente a praça XV de novembro era fechada, só podia entrar pessoas ricas e brancas.
Refletindo sobre a vida
Amanda Machado e Samuel Duarte
Estava andando pelo centro de Florianópolis quando me deparei com uma cena marcante de uma família de indígena que estava na rua em plena tempestade. Reparei que estava passando uma mulher na rua onde eles estavam e quando ela se deparou com um desses indígenas pedindo dinheiro, ela recusou e falou com as seguintes palavras “Por mim você passa fome e frio para sempre”. Quando ouvi as seguintes palavras fiquei chocado. Aquele sorriso do bebé que a família estava carregando apertou meu coração. Logo dei 5 reais para a criança e aquele sorriso de alegria foi contagiante, aquele brilho no olhar quase me fez chorar. Rapidamente a criança veio me abraçar agradecendo muito. Agora estou pensando quão ruim é a vida dessa mulher para falar tal grosseria para uma criança. Nossa sociedade se baseia muito em roupas e beleza. Se você se vestir bem é da “Classe alta“. Se você se vestir mal você é da “Classe baixa”. E se for feio todos vão lhe ignorar e se for bonito todos vão lhe elogiar. Esse foi um ato de preconceito, pois os indígenas podem viver onde quiserem e não apenas nas reservas ou Mata Atlântica. Outro momento que me chocou e paralisou foi ver várias pessoas jogando lixo de todos os tamanhos nas ruas da nossa maravilhosa Ilha da Magia, poluindo o meio ambiente.Vi também várias pessoas bêbadas usando drogas e oferecendo para menores de idades e até para crianças. Enfim, é uma crueldade e deselegância fazer isso com nossas crianças, nossas cidade e nosso meio ambiente!.
Uma passagem pelo centro de Florianópolis Luiza Duarte Sousa
Em uma passagem pelo centro de Florianòpolis, prestando atenção em prédios, ruas e na cultura. Sem estar na correria do cotidiano podemos observar como há história atrás de tudo isso, em como são antigos e em como não prestamos atenção nisso no dia a dia. Na cultura que temos no centro da cidade nas pessoas que vão até lá para passear na praça ou para jogar dominó e cartas. Percebi também nesse passeio que muitas placas com nomes de prédios antigos, estão pichadas e também passando pela Praça XV pude ver vários moradores de rua e sei que antigamente não era assim. A praça onde habitavam várias estátuas hoje ainda há, porém dividindo espaço com vários moradores de rua, alguns que habitam ali por muito tempo, outros que acabaram de chegar, não sabemos como eles chegaram até ali, se decidiram viver li ou se foram vítimas da sociedade, será que eles querem
sair
dessa
vida?.
Não
sabemos disso só perguntando pra saber,
mas
será
que
eles
responderiam? Talvez sim, talvez não. Em uma passagem por uma rua do lado de um prédio pude perceber que um morador ficou acuado quando nos viu tirando fotos e pediu para não tirar dele. Acho que devemos prestar mais atenção no que está a nossa volta, na história viva de nossa cidade.
Peça De Teatro
Anderson Duarte Da Silva
Estava caminhando na cidade de Florianópolis com meus amigos quando nos deparamos com uma peça de teatro na rua. Em princípio era uma peça normal, mas com o desenrolar da história eu vi que não se tratava de uma peça normal e sim uma que eu nunca tinha visto igual, uma peça que se tratava do cotidiano de um morador de rua. A peça falava da vida de moradores de rua no centro de uma cidade e trazia elementos fortes como passar fome, passar frio, uso de drogas, questões de gênero etc... coisas do dia a dia de um mendigo nas ruas de Florianópolis. Embora a peça tivesse um tom forte, tinha também um pouco de comédia e isso fez com que a peça não ficasse tão pesada e aliviasse um pouco. No decorrer da peça eu pude ver que ela queria passar uma
informação
pra
mim.
Duas coisas que gostei muito na peça foi que ela nos fazia interagir e a forma como cada um
interagia
mudava
completamente o formato dela. Outra parte que gostei muito foi que eles tratavam de um assunto tenso com um tom de comédia, mas não deixando de lado o tom da conversa. No final, eles nos levaram para um salão e falaram coisas mais fortes ainda. Minha opinião da peça é que adorei assisti-la, embora tivesse alguns assuntos fortes, eles souberam abordar isso muito bem.
Crônica Bruna Gaspar
Andando pela Praça XV de Novembro em uma saída de estudos eu me deparei com uma cena que eu achei bem profunda: alguns moradores de rua deitados em um espaço da praça, naquele frio e na naquelas condições. Suas roupas eram rasgadas, sujas, eram trapos. Suas malas com roupas estavam ali com eles, provavelmente eles saíram de casa e só levaram suas malas. Estava um dia muito bonito, tinha sol, um sol bem radiante mas o clima em si era bem pesado, uma mistura de tantos sentimentos que eu nem sei descrever. O local não tinha muito cheiro pois era ao ar livre mas se fosse para eu escolher um cheiro que descreve aquele local o cheiro seria: grama molhada, acho que esse cheiro é devido à quantidade de plantas e árvores. Aquilo me fez parar para pensar por que aquelas pessoas não tinham nada, e eu com tudo e do bom e do melhor reclamando? Acho que a gente deveria rever nossos conceitos e parar de reclamar de tudo.
Terminais da Ilha José Iran e Ruan
Quando eu trabalhava no centro de Florianópolis, eu pegava ônibus todos os dias de segunda a sexta. Sempre me deparava com as pessoas nas filas gigantes, muitas pessoas cansadas depois de seus trabalhos e outras com falta de respeito e que furam a fila para pegar o melhor lugar. Muitas pessoas passam por isso ao saírem de seus trabalhos às 17 horas. Nesse horário tem muita lotação nos ônibus do terminal, filas para pegar seus ônibus até o próximo terminal e seus bairros, pessoas que estão cansadas, pessoas pagam suas passagens de R$ 3,90 e ficam de pé, pessoas furam as filas e não tem respeito aos que estão esperando a um bom tempo, outras coisas que não dá de entender. Às vezes quando tem filas grandes os motoristas colocam ônibus pequenos, o que também não dá pra entender, tornando tudo mais difícil, enquanto isso o consórcio com seus muitos ônibus parados poderiam direcionar os articulados até o Ticen e outros terminais que sofrem com a lotação, dando conforto para o usuários. Sobre tudo isso penso que nós, os moradores de Florianópolis, temos que ter um pingo de respeito a cada pessoa, pelo menos nas pessoas cansadas e que não devem ser desrespeitadas, nem por pessoas que furam fila, nem pela empresa que cuida do transporte na “Ilha da Magia”
Imagens disponível na página: https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/passageiros-da-grande-florianopolisamanhecem-sem-transporte-coletivo-nesta-sexta-feira
Museu do Índio Pedro Passadore Pozzobon
Peguei o trem das 9:00hrs, rumo Nova York, fui passando por várias cidades nada a ver com nada. Lugares super isolados de tudo...até que passamos o Brooklyn, vários prédios antigos, parques, lanchonetes, museus. E o Brooklyn ficou para trás. Cheguei na maravilhosa ilha de Manhattan, magnífica e esplêndida,New York, assim que os estadunidenses a chamam. As três horas da tarde eu fui visitar o museu do índio. Lá tinha índio norte-americano, coisas de índio sul-americano, coisas de índio centro-americano...tudo sobre os índios das Américas. Então, de repente, vi um índio correndo para o andar de cima, não entendi direito, mas me deu vontade de segui-lo. Foi o que fiz, mas não sabia por que eu estava correndo mas continuei.
Quando
consegui
reparar que o índio parou já era tarde
demais...
eu
continuei
correndo até dar de frente com ele, desmaiei. Quando eu acordei estava com a testa roxa, não entendi direito, mas tudo bem,
olhei a
estátua à minha frente e ela estava com uma mancha de sangue, mais ou menos na altura do peito, era uma estátua alta quase uns dois metros de altura. Dois guardas do museu me levantaram e começaram a conversar e eu não entendia nada, aquela língua tão estranha. Pensei onde estaria a minha tia que havia me levado para o museu, olhei para o andar de baixo e vi aquela linda e enorme escada encaracolada, e minha tia lá em baixo gritando o meu nome “PEDROOO!!!!!!!!”.... Acordei novamente em casa sozinho, minha cabeça parecia que ia explodir, que dor de cabeça pensei. Nesse exato momento apareceu minha tia, veio me perguntar se estava tudo bem comigo, então reparei na faixa que estava na minha cabeça,e só então me lembrei da estátua, aquela enorme estátua.
Casa da Memória
Kaynara Dognini Vidal
Um certo dia estava no centro e me deparei com uma turma escolar, com vários alunos com professores acompanhando e tirando várias fotos na praça XV. Fiquei pensando comigo “nunca vi uma turma fazendo saída de estudos no centro.” E os segui até a Casa da Memória e foi aí que eles entraram e fiquei curiosa para ver o por que eles eles entraram ali. Decidi adentrar e, na hora que eu entrei, vi vários tipos de documentos, coisas artesanais, troféus, miniaturas de barcos e discos antigos. Quando acabou a “saída de estudos,” passaram pela escadaria do Rosário, tiraram várias fotos, fizeram brincadeiras e quando estavam chegando ao terminal para ir embora começou a chover. Continuei observando-os. Parece que gostaram de sentirem a chuva escorrendo no corpo deles, deu uma alegria em todos, todos saíram correndo na chuva rindo e chegaram em casa todos molhados, como se a chuva tivesse purificado seus corpos, como se todos aqueles sentimentos se misturassem com a chuva. E todo esse passeio me fez pensar que esta turma é muito unida e amigos uns dos outros.
Foto Turma 91 Escadaria do Rosário
Minha cidade... Jéssica Quadros O sol brilhando, o céu azul se tornando mais azul, apesar da poluição, o ar com o cheiro de esperança, o frio bom da manhã , pessoas agasalhadas , seguras, confiantes, trabalhadores, caminhando lado a lado. Pessoas falando sobre a história da cidade, crianças sorrindo. Apesar desse lado positivo há ainda outros, que fazem parte do nosso dia a dia ,onde tudo pode acontecer. Bares, restaurantes, teatros e museus, pessoas cantando em público espalhando cultura. Tem também o lado contraditório: tem lixos nas ruas , pessoas que não tem respeito uns com os outros. Mas a cidade não tem culpa dos personagens que mora nela. Empurrei a solidão para bem longe e descobri que a nossa cidade possui uma beleza incomparável: de um lado uma mulher sozinha. no meio de pessoas incapazes de fazer ela sorrir. Ela é assim calada observando tudo com olhar de tristeza, sofrendo pelas sujeiras que pessoas sem escrúpulos e sem se importa com os sentimentos daqueles que o amam. Então vivemos em uma cidade onde a pizza chega primeiro que a polícia, se não tomaram uma providencia só vai passar disso para pior. Mas essa cidade, essa mesma onde todos nos nascemos e crescemos , devemos cuidar dela, tentar mudar pessoas, se esforçar para dar nosso melhor e conseguir acabar com qualquer tipo de preconceito e de tudo de mal que há nela.
“ Estudantes” Julio Cesar R. F. e Tauan Paes Soares Eu estava indo ao centro quando percebi que “Estudantes“ estavam invadindo as escolas e proibindo os alunos de estudarem e o pior é que nessas situações os “estudantes”, ou melhor, os esquerdistas usavam drogas, faziam sexo e ainda se a polícia “invadir” e tirar esses seres de lá pode ser considerado ato de agressão. Muitos esquerdistas são a favor do desarmamento, principalmente o da polícia, e muitos deles odeiam os policiais, sendo que muito desses policiais são assassinados brutalmente todos os dias apenas por estarem cumprindo o seu trabalho e o bandido simplesmente precisa pedir seus “direitos humanos”. Que eu me lembre os direitos humanos servem para proteger os humanos e não os vermes/escória da sociedade também conhecidos como bandidos/esquerdistas. Muitos desses bandidos falam que “não conseguem trabalho“ ou “minha família não tinha condições“, mas muitas pessoas que também não tinham condições e mesmo assim não viraram bandidas, creio que o único jeito de acabar com tudo isso ou é matando os bandidos ou os colocando em uma prisão perpétua.
Imagem Disponível na internet
Exemplo de turma
Guilherme R.
Um certo dia, estava indo ao centro passear, então me deparei com uma turma com 22 alunos e 2 professoras caminhando e tirando fotos da Praça XV. Fiquei surpreso, pois nunca vi uma turma fazendo saída com professores no centro. Então fiquei acompanhando eles um bom tempo, eu os vi comendo juntos e tudo isso me fez lembrar que hoje em dia é raro ver uma turma como aquela,compartilhando as comidas e bebidas, achei a turma muito solidária. Logo após, foram na Casa da Memória com supervisão da Eliane, ela apresentou vários slides de imagens do passado do centro de Florianópolis quando encerrou a palestra eles foram na escadaria do rosário tiraram fotos, achei legal eles brincando na escadaria todos rindo e conversando. Antes de ir embora teve um certo momento que uma mulher queria passar na rua e tinha uns alunos parados na via e então um deles falou “Passa por cima” . Naquele momento foi um clima chato mas no fim ficou tudo bem e logo depois a turma foi embora. Isso me fez pensar: como os ensinos das escolas evoluíram.
Na cidade Johnattan Viquetti
Na saída para a Casa da Memória passamos pelo coreto “Maestro Hélio Teixeira da Rosa”, localizado na Praça XV. Quando passamos por lá, assistimos uma cena chocante, passamos por toda praça XV , quando chegamos ao coreto tinha moradores de rua deitados no banco, por muitos serem usuários de droga ou não, a sociedade faz questão de fechar os olhos para eles, não só na Praça XV, mas vários pontos turísticos da nosso capital, como na Igreja Catedral, que fica acima, no Largo da Alfândega e no Mercado Público… Isso reflete na imagem da nossa capital, não podemos fechar os olhos a essa questão, temos que ajudar de alguma forma. Nosso governo tem que abrir os olhos a esses
moradores,
muitos
são
formados na faculdade e até os que
não
pessoa,
são,
indiferente
temos
que
da
ajudar,
mesmo se o governo não se mova, mover,
a
sociedade podemos
pode ajudar
se de
alguma forma, claro que com a ajuda do governo ajudamos muito mais, essa é uma séria questão e temos que discutir com todos. Mas com todos esses problemas, mesmo assim a nossa capital a nossa Ilha da Magia” não perde o encanto: é formosa, encantadora, cultural e tradicional, por isso não podemos acabar com essa magia, nossa sociedade tem que se preocupar com o futuro, pensar no próximo, para nossa ilha não perder a graça e a formosura, por isso vamos ajudar nossa capital em todos os sentidos, principalmente começando pelo próximo.
Uma simples pessoa Ronaldo dos Santos da Silva
Caminhando pelo centro da cidade, resolvi parar numa lanchonete bem pertinho da Praça xv de novembro, para tomar um cafezinho como de rotina de toda a tarde, quando de repente vi uma cena que eu nunca tinha imaginado que aconteceria ali na praça. Eu vi um senhor na praça, ele estava conversando com alunos de uma escola e perguntou se alguém conhecia a História da Praça xv, os alunos responderam que não sabiam, ele começou a contar um pouco da História da praça. Quando ele terminou eu fiquei me perguntando como uma pessoa sabe tanto sobre aquela praça, agora vale parar para pensar um pouco, várias pessoas passam pela praça todos os dias mas são poucas pessoas que sabem a História . Esse senhor ninguém conhecia,
ninguém
sabia
o
nome, várias pessoas acharam que
ele
era
somente
um
morador de rua por causa das roupas que ele usava, mas era ele que sabia mais sobre a Praça xv entre aquelas pessoas.
Uma Crônica Giuseppe Cauã Barbosa Bernardi
Tenho quatorze anos estou a pensar em como irei fazer isso, então começarei a contar uma crônica. Estava em um ônibus em direção ao centro onde veria um pouco da história de Florianópolis. Quando cheguei com a turma 92, caminhei até um prédio antigo onde entrei, não era só por fora que parecia antigo dentro se via do chão aos móveis que não era da nossa época. Subi uma escada até chegar a uma sala onde mostraram imagens e nos falaram da história de Floripa, resumo memórias da ilha, ah quase esqueci de dizer o nome do prédio Casa da Memória. Na volta para casa pensei sobre tudo isso, como os “carros” da época bonde movido a burro, em vez de pontes tínhamos barcos e uma vida diferente da que tenho hoje.
Escadaria Do Rosário Cauan P.S. & Jocimara S.F
Nós estávamos na escadaria do Rosário quando vimos uma cena diferente, havia pessoas negras dançando uma música que estava ligada com o passado daquele lugar. Nos aproximamos e alguns usavam roupas brancas longas e outros usavam roupas curtas, sem medo ou vergonha de se expor. Nos aproximamos e eles contaram sobre o passado daquele lugar: naquela igreja acontecia culto apenas para pessoas negras, pois os brancos não aceitavam eles juntos nos mesmos espaços. Nós nos sentamos junto das outras pessoas que observavam, e os assistimos até o final, depois voltamos para casa e pensamos no dia-a-dia, lembramos da cena que vimos, lembramos do que eles falaram e imaginamos como deveria ser o passado naquele lugar, na nossa própria cidade, quando os negros eram separados dos brancos, imaginamos então um mundo diferente, onde não existisse qualquer tipo de preconceito.
A Praça XV
Emanuelly Carvalho Betti
Passando pela Praça XV, vejo pessoas andando, outras sentadas, mais uma coisa me chamou atenção: três pessoas deitadas em seus papelões, com cobertores finos para aquela estação. Sem comida eles passam dias, poucas pessoas aparecem com comida e algo para beber, alguns pedem esmolas, mas nem sempre tem sucesso. Fiquei pensando...e se eu tivesse no lugar deles, como seria viver de baixo de chuva e sol, passando frio, sem comida nenhuma vez ao dia? Conversei com uma mulher chamada Maria, moradora de rua da praça, vive ali com dois companheiros Julio e Cesar.
A causa
dela estar nas ruas é porque estava envolvida com drogas na sua antiga cidade, ela também citou que pegou várias caronas até
chegar
Florianópolis
aqui há
em cinco
anos atrás. A história de Maria me fez pensar o quanto devemos valorizar nossa casa e nossa comida, ás vezes desperdiçamos tanta comida sem menos pensar que tem gente em vários lugares passando fome.
Encontros
Sarah Machado Jorge e Willyan Machado Jorge “A vida é a arte dos encontros, embora haja tanto desencontro pela vida.”
Vinicius de Moraes
Era
um
dia
como
outro qualquer. Marcamos de nos encontrar no Bob’s, chegamos
lá
e
pedimos
nossos Milk shakes. Vimos umas mulheres com rosas vermelhas mesa,
em
as
cima
duas
da eram
morenas de cabelos lisos e eram
lindas.
esperando shake,
Ficamos nosso
eram
lá milk
muitos...
Ficamos sentados em uma mesa grande, pois havia muita
gente,
ficamos
curiosos para saber o que elas estavam conversando. Nós
aproximamos
nossa mesa para perto da delas.Tentamos ouvir o que elas
estavam
falando,
desesperados de tanta curiosidade, resolvemos perguntar a elas o que elas tanto falando. Elas riram e juntaram as mesas, começaram a falar como se conheceram. Elas se encontraram na praça, estavam admirando a nossa árvore chamada Figueira.
Assim como elas, muitos já se apaixonaram, ficaram amigos, se conheceram, já aconteceram muitas coisas naquela praça! Já ouvimos falar, inclusive, de um outro casal que está juntos há muito tempo e que se conheceu lá também. Isso nos faz pensar como essa praça é importante na cidade. Não era um lugar para todos, mas muitos se conheceram lá!
Florianópolis Gabriel Biseto Quando nossa turma foi visitar a Casa da Memória, na saída da escola nós vimos a evolução da nossa ilha, muitas ruas, casa, túneis que não existiam e foram criados ao passar do tempo, inclusive uma parte do mar que foi substituído por mais terra, também teve a transformação do mercado público na cidade. A Ilha a cada ano ia evoluindo mais e mais até o momento atual onde vivemos, a ilha hoje em dia é uma bagunça, vários turistas, praia suja. Na nossa saída vimos a história de Floripa, depois fomos lanchar no Mini kalzone onde comemos, conversamos e rimos. O Luiz Felipe, meu amigo, sem querer esbarrou numa velhinha e a galera riu muito. Depois disso fomos na escadaria e logo em seguida fomos ao Bob's beber milk shake, porém lá eu me irritei, porque todo mundo estava errado na fila. A mulher que atendia falou nada mas na hora de me atender falou que eu estava errado na fila de atendimento. Eu fiquei irritado e fui pro outro Bob's comprei meu milkshake e voltamos pra turma... lá estávamos indo embora de ônibus público. Nesse ônibus uma mulher ficou brava porque tinha a mochila da minha amiga Yasmin guardando lugar porque ela foi falar com a professora. Enfim, o começo da viagem foi legal, conhecer a história de Floripa também foi legal, mas a volta foi muito chata e fiquei do lado de uma pessoa medíocre, mal educada e suada, fora isso foi ótimo.
Florianópolis Matheus
Foi muito legal o passeio a Casa da Memória para conhecer um pouco mais da história de Florianópolis, o que mais me chamou a atenção foram os quadros, muito bonitos , também gostei da imagens que eles mostraram, relatando o passar dos anos. O passeio a Casa da Memória é um ótimo passeio para todos aqueles que querem saber um pouco mais sobre a história de nossa cidade. Logo após a saída de lá, fomos comer lanches, foi um passeio muito legal. Foi tudo legal, minha única crítica é que demorou muito para a chegada em casa.