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Ambiente

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Comemorações do 25 de Abril em Coruche

Pelo segundo ano consecutivo, as comemorações do 25 de Abril realizaram-se em formato predominantemente online, com exceção para a cerimónia do hastear da bandeira nos Paços do Concelho e para a abertura da exposição "O Que Ficou por Dizer - A Censura na Cultura e nas Artes, 1936/1974", na Galeria do Mercado Municipal. Apesar do contexto epidemiológico, a Câmara Municipal celebrou o 47.º aniversário do 25 de Abril de 1974 com a transmissão em direto de todos os eventos nas redes sociais do Município. Em salvaguarda da saúde pública, mas também – e sempre – dos valores democráticos plantados pela Revolução dos Cravos.

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As comemorações iniciaram-se de véspera, no sábado, dia 24, pelas 23 horas, com um concerto do trio escalabitano Três Bairros, composto por Ricardo Gama na guitarra portuguesa e João Correia na viola, desta feita com a participação especial de Sebastião Antunes. À meia-noite de dia 24 para 25 foi transmitida uma interpretação singular, gravada em confinamento, de “Grândola, Vila Morena” por artistas do Concelho – uma produção da Câmara Municipal de Coruche para memória futura, realizada no âmbito das comemorações do 46.º aniversário do 25 de Abril, já em contexto pandémico. Em simultâneo, também à meia-noite, as freguesias do Concelho evocaram a madrugada do sonho de Abril com uma salva de 25 morteiros.

Já no dia 25, pelas 10 horas, decorreu na Praça da Liberdade a cerimónia do hastear da bandeira nacional, seguida dos discursos oficiais comemorativos, pronunciados por Berta Santos, Presidente da Assembleia Municipal, e Francisco Silvestre de Oliveira, Presidente da Câmara de Coruche. Seguiu-se, às 11 horas, a abertura da exposição "O Que Ficou por Dizer – A Censura na Cultura e nas Artes, 1936/1974", cedida pela Sociedade Portuguesa de Autores. A exposição, que inclui textos, fotos e documentos, apresenta secções dedicadas a todas as áreas culturais que sofreram durante décadas a ingerência da censura, tendo estado patente na Galeria do Mercado Municipal de Coruche até 16 de maio.

À tarde, pelas 16 horas, em parceria com as associações de folclore do Concelho e a Rádio Voz do Sorraia (RVS), foi emitido o festival de folclore “O Povo a Cantar Abril”, contando com a participação de todos os ranchos de Coruche. Finalmente, às 18 horas, a Sociedade de Instrução Coruchense (SIC), mais antiga associação cultural do Concelho, executou o seu hino em dupla evocação ao 25 de Abril e ao 125.º aniversário da instituição, fundada a 9 de abril de 1896.

25 de Abril Sempre!

FICOR em formato predominantemente online pelo segundo ano consecutivo

A FICOR – Feira Internacional da Cortiça regressou, mantendo os motivos de interesse e as temáticas científicas, empresariais e lúdicas que a caracterizam. De 27 a 30 de maio desenvolveu-se um programa pleno de eventos temáticos, culturais e até gastronómicos que abrangeram seminários, webinares, apresentações, espetáculos e exposições. Da apresentação das terceira e quarta edições do Concurso de Ideias e Criatividade, passando por espetáculos de artistas reconhecidos como Ana Bacalhau e Luís Filipe Borges, e culminando na abertura da exposição temporária “A tiragem da cortiça – antes e depois”, a FICOR reassumiu, com consciência ecológica, o seu conceito identitário de valorização da dinâmica económica do Concelho, como janela aberta de Coruche para o mundo.

À cerimónia de abertura do evento, que aconteceu online na manhã de 27 de maio, seguiu-se uma reunião de parceiros do Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça e o webinar “Investigação Suberícola: que resultados para a gestão”, promovido pela EEC PROVERE Montado de Sobro e Cortiça em parceria com a Filcork. Estiveram em cima da mesa temas relativos à investigação sobre a fileira de sobreiro e cortiça, bem como aos resultados obtidos para gestão da produção suberícola. Noutro webinar, a Associação de Produtores Florestais de Coruche promoveu o tema “Sobreiro e Cortiça: Perspetivas e Pós-Pandemia”, debatendo-se as perspetivas da produção e da gestão suberícola, procedendo-se ainda à entrega do Prémio “Melhor Cortiça 2020”.

De entre as várias iniciativas online, destaque para os espetáculos de Ana Bacalhau e Luís Filipe Borges e para a mostra gastronómica em formato showcooking, que contou com a presença da chef Madalena Dias, fundadora da empresa Cook2wine. Além de demonstrações da qualidade dos produtos do montado, não esquecendo o peixe de rio e a harmonização com os vinhos do território, houve ainda lugar para um “winebinar” dedicado ao tema “Vinho, Gastronomia e Cortiça” – uma prova de vinhos online com o mestre Fernando Melo, que promoveu a interação entre produtores e consumidores.

Além da fase final do Concurso de Ideias e Criatividade, a programação incluiu ainda, no Núcleo Rural, a apresentação do livro “Até a cortiça que nasce tão lenta, se dá ao machado com bravura”, de Georgina Caçador, que acontece em terras do Ribatejo, recordando a crueza da vida de mulheres e homens humildes e trabalhadores. Já na Galeria do Mercado Municipal deu-se a abertura da exposição individual “24 Minutos”, do pintor coruchense Rui Augusto.

Além de visitas guiadas e virtuais ao Observatório do Sobreiro e da Cortiça, que decorreram ao longo do evento, o Núcleo Rural apresentou, por fim, já a 1 de junho, Dia do Sobreiro, a exposição temporária “A tiragem da cortiça – antes e depois”. A FICOR mostrou uma vez mais as potencialidades naturais e geográficas do Concelho, valorizando o montado de sobro como nicho ecológico e económico de valor inestimável e reforçando a liderança internacional de Portugal no setor. Porque Coruche é capital mundial da cortiça.

Lezíria Youth Goals. Decorreu no Observatório o seminário “Investimento e Financiamento nas Políticas de Juventude”, uma organização do Projeto Erasmus e da Juventude em Ação, promovido pelo Município de Santarém com a CIMLT no correr da programação da FICOR. Inserido na Programação Oficial da Semana Europeia da Juventude 2021 e financiado pelo programa Erasmus+ “Lezíria Youth Goals - Juventude Ribatejo 2027”, este foi o primeiro seminário dedicado a processos de educação não formal com jovens, técnicos de juventude e decisores políticos.

Regresso dos Sabores do Toiro Bravo

Após um ano de interregno forçado pela pandemia, 2021 marcou o regresso dos Sabores do Toiro Bravo, cuja 17.ª edição se realizou em formato limitado aos fins de semana de maio. Também a configuração se alterou com as medidas de contenção, descentralizando-se o evento, que excecionalmente não teve lugar na Praça de Toiros mas nos restaurantes aderentes. Apesar de limitações de ordem diversa, manteve-se a animação musical, bem como o motivo pelo qual milhares de pessoas rumam anualmente a Coruche em maio: a carne de toiro bravo, principal protagonista do evento gastronómico ribatejano.

O certame Sabores do Toiro Bravo, que recebe em média cerca de 20 mil visitantes por edição, é um evento único no País e no mundo, tendo assegurado lugar nos principais roteiros gastronómicos. O mote é dado pela degustação de múltiplas receitas que têm como ingrediente central a carne de toiro bravo – bandarilhas de lombinho de toiro bravo com camarão, espetada de bezerra brava em pau de louro verde, rabo de boi estufado, bife de touro bravo recheado, cachaço de toiro bravo com grão e hortelã, bravo à lagareiro ou miminhos de toiro bravo na telha são apenas algumas das muitas iguarias com ingredientes característicos da gastronomia ribatejana que deliciam os visitantes. Além das múltiplas formas de provar a carne de toiro bravo, com menus acessíveis a todas as bolsas, os Sabores do Toiro Bravo estendem-se à doçaria e aos vinhos da região, que acompanham as iguarias.

As refeições, habitualmente degustadas em típicas tasquinhas ribatejanas instaladas na Praça de Toiros de Coruche, foram servidas nos estabelecimentos dos restaurantes aderentes. Em resultado do contexto pandémico, não aconteceram as habituais exposições e atividades paralelas, entre as quais mostras de artesanato, folclore, atividades desportivas ou animação taurina. No entanto, manteve-se a animação com música tradicional e popular à hora das refeições. Os três fins de semana dedicados aos Sabores do Toiro Bravo iniciaram-se com os jantares às sextas-feiras e concluíram-se com os almoços aos domingos. Este ano os corredores da Praça de Toiros não se encheram de gente, restaurantes e tasquinhas, mas a vila continuou a apresentar as melhores propostas da gastronomia ribatejana e inúmeras razões para uma visita memorável.

Livro “Sabores do Toiro Bravo” apresentado na Feira do Livro A obra “Sabores do Toiro Bravo”, editada pelo Município, foi lançada no correr da sessão de encerramento da Feira do Livro de Coruche, no dia 5 de outubro de 2021. Concebido e coordenado por Amílcar Malhó, o livro reúne receitas de carnes de raça brava e fixa saberes, centrando-se no potencial social, cultural, económico e turístico da região. O convite à participação de entidades e analistas de gastronomia, bem como de chefs renomados regional e nacionalmente, serve o propósito de criar valor e referências para o setor. Além do cuidado tido na preservação da cultura tradicional, o livro assume ainda o objetivo de reconhecer os criadores de raça brava, os talhantes e os restaurantes de Coruche que souberam acarinhar o certame Sabores do Toiro Bravo desde a sua primeira edição, assim como todos aqueles que servem “Bravo do Ribatejo” durante o ano.

Dia de Coruche no Festival Nacional de Gastronomia

Foi a 20 de novembro que se assinalou o Dia do Município de Coruche no stand Intermunicipal da CIMLT pela 40.ª edição do Festival Nacional de Gastronomia, que teve lugar na Casa do Campino, em Santarém. Em representação do Concelho, Cláudia Marques, da empresa Happy Cake, apresentou a sessão “Doçaria Tradicional de Coruche” no Espaço Showcooking, ao passo que a animação musical, em circulação pelo recinto, esteve a cargo do grupo Incógnitos. Houve também tempo, no Espaço Livraria, para a apresentação do livro “Sabores do Toiro Bravo”, da autoria de Amílcar Malhó e editado pelo Município de Coruche, bem como para momentos de promoção turística, cultural e gastronómica ao longo do dia. Além da programação do stand da CIMLT, sublinhamos ainda a presença da Quinta da Arriça no stand da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), onde se promoveram e deram a conhecer as características próprias e únicas dos vinhos da quinta.

Coruche “constrói” Pontes para a Igualdade

Março deu início à edição de 2021 do programa Pontes para a Igualdade, que incide em temas como igualdade e não discriminação, violência doméstica e de género, direitos humanos, tolerância, cidadania e tráfico de seres humanos. Na génese do programa estão esforços de construção de um mundo equitativo para mulheres e homens, com direitos humanos e condições de justiça social.

Nesse âmbito, recorda-se a exposição “Trajetos – Sociedade, Criatividade e Igualdade”, um evento anual de âmbito artístico nas artes visuais, digitais e performativas com foco em temáticas relacionadas com a igualdade e a não discriminação. A exposição, que abriu ao público na Galeria do Mercado Municipal no dia 8 de março por ocasião da celebração do Dia Internacional da Mulher, foi encerrada sete dias depois, a 13 de março, devido à implementação de medidas de contenção resultantes da pandemia. No entanto, a exposição manteve-se disponível online no site do Turismo de Coruche.

Durante o mês de março foram ainda assinalados pelo Município os dias internacionais da Mulher, da Felicidade, da Poesia, da Eliminação da Discriminação Racial, da Criatividade Artística, da Água, do Direito à Verdade sobre Graves Violações dos Direitos Humanos e pela Dignidade das Vítimas, do Teatro e o Dia do Livro Português. Recorde-se que a Câmara Municipal de Coruche aderiu em 2016 à Carta Europeia para a Igualdade entre Homens e Mulheres, aprovou o Protocolo de Colaboração com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) em 2017 e associou-se ao dia 24 de outubro, Dia Municipal para a Igualdade.

Peça “Conversas Outrora Não Admitidas“ no Dia Municipal para a Igualdade

A Câmara Municipal de Coruche associou-se mais uma vez ao Dia Municipal para a Igualdade, assinalando-o com a promoção da peça de teatro “Conversas Outrora Não Admitidas”, do grupo de teatro ATA - Acção Teatral Artimanha, que subiu a cena a 24 de outubro no Auditório do Pavilhão Desportivo de Coruche. A peça, de entrada gratuita para maiores de 16 anos, reflete com humor e sem preconceitos a relação da mulher com a sua própria sexualidade, propondo uma abordagem hilariante, mas também séria e íntima ao indecifrável universo feminino.

O grupo de teatro ATA quebrou a barreira do pequeno pudor numa abordagem despreconceituosa que, no entanto, lançou alertas vários à plateia, desvelando à consciência temas sociais sérios e íntimos do universo feminino. Outros temas, como a transexualidade ou a violência doméstica, foram também abordados no espetáculo, encenado por Hugo Sovelas. A iniciativa surgiu no âmbito do programa municipal Pontes para a Igualdade – Cidadania Participada, Igualdade Alcançada e contou com o apoio institucional da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).

Memorial de Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar descerrado no Jardim 25 de Abril

Foi descerrado no dia 26 de junho, pelas 10h30, no Jardim 25 de Abril, em Coruche, o Monumento de Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar. A iniciativa, que partiu da Câmara Municipal de Coruche e dos ex-combatentes de Coruche na Guerra das ex-Províncias Ultramarinas (1961-1974), exprime, segundo a Liga dos Combatentes, profunda «demonstração de respeito, admiração e agradecimento para com todos aqueles que lutaram e tombaram pelas Forças Armadas Portuguesas na Guerra Colonial». O elemento escultórico, que simboliza todos os ilustres coruchenses que combateram no Ultramar e enuncia os heróis caídos, é da autoria do escultor Ricardo Crista, cuja obra se caracteriza por intervenções de arte urbana em aço.

Associando-se ao interesse manifestado por parte dos ex-combatentes de Coruche no sentido de perpetuar o reconhecimento pelo esforço e pela dedicação dos soldados combatentes no Ultramar, a Câmara Municipal deliberou, em março de 2021, a colocação no Jardim 25 de Abril de uma peça escultórica de Ricardo Crista. A representação simbólica em aço corten, que tem a dimensão aproximada de 180cm de altura por 70cm de largura e 8mm de espessura, presta a devida homenagem da população de Coruche e evoca o passado dos nossos combatentes, em particular dos «30 filhos da terra pertencentes ao Concelho de Coruche que tombaram durante a guerra».

Estruturada pela Liga dos Combatentes, a cerimónia de inauguração do Memorial em Homenagem, Honra e Glória aos Combatentes da Guerra do Ultramar contou com a presença de uma força militar do Regimento de Artilharia n.º 5, comandada pela 2.ª Furriel Adriana Lopes, a fim de se prestarem as respetivas Honras Militares. A cerimónia foi ainda marcada pelas intervenções de Francisco Silvestre de Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche, e do Sargento-Chefe Carlos José Rodrigues Sá Pombo, Presidente do Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes – personalidades que descerraram a placa de inauguração do monumento juntamente com Berta Santos, Presidente da Assembleia Municipal, e Nuno Azevedo, Presidente da União de Freguesias de Coruche, Fajarda e Erra.

Após o “Toque de Sentido”, os escuteiros de Coruche procederam à deposição de flores junto do memorial. Foi posteriormente executado o “Toque de Silêncio”, seguido do “Toque de Homenagem aos Mortos Caídos em Combate”, durante o qual se recordaram «aqueles que por obras valorosas se libertaram da lei da morte». Seguiu-se a execução do “Toque de Alvorada” em sinal de esperança e convicção de que «o sacrifício dos nossos combatentes não fora em vão». Foram, por fim, atribuídas medalhas comemorativas, distinguindo três ex-combatentes associados ao Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, e lidos os nomes dos 30 soldados coruchenses caídos em combate, concluindo-se com a leitura de um poema da autoria do Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues.

Reabertura da renovada Biblioteca Municipal

A Biblioteca Municipal de Coruche, que reabriu no passado dia 27 de setembro, convida os seus estimados leitores a visitar o espaço, recentemente renovado. Com entrada pela Praça da Liberdade, a biblioteca dá agora acesso pela porta lateral a pessoas com mobilidade reduzida. Sendo uma das 200 bibliotecas da Rede de Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, abriu portas no dia 17 de junho de 1962 e, ao longo do tempo, situou-se em diferentes locais. Atualmente na proximidade do Edifício dos Paços de Concelho, integra a Divisão de Ação Sociocultural e Desportiva da Câmara Municipal. Com um espólio de cerca de 21 mil obras e mais de dois mil leitores, tem ainda na sua dependência a Sala de Leitura Dr. Américo Durão, situada na freguesia do Couço.

Bibliomóvel faz-se à estrada

De maio a julho e de novembro a dezembro, a Biblioteca Móvel Coruja do Saber – iniciativa também conhecida como Bibliomóvel –, palmilhou e continua a palmilhar as freguesias e as localidades de Coruche, levando livros, sonhos e conforto a adultos e crianças. A iniciativa, que em tempo de pandemia contribuiu para retomarmos bons hábitos em comunidade, vai ao encontro dos leitores do Município, prestando um serviço público de proximidade. Já dizia Stephen King que “os livros são magia excecionalmente portátil”. A Biblioteca Móvel Coruja do Saber faz-lhe justiça.

Casa da Cultura da Lamarosa de portas abertas

A 20 de agosto de 2021 abriu portas a Casa da Cultura da Lamarosa no edifício do antigo Jardim de Infância. Agora apelidada Gentes da Lamarosa: Casa da Cultura, a casa, cuja memória remonta a 1920, dedica-se à História, aos costumes e às tradições locais, afirmando-se como um espaço cultural e de convívio ao serviço da população da freguesia de São José da Lamarosa, de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 e das 14 às 18 horas.

O edifício renovado, que conta também com uma vertente museológica, foi alvo de sucessivas intervenções e beneficiações por parte da Câmara Municipal de Coruche, nomeadamente na sua cobertura e fachada, tendo sido depois dotado de mobiliário e de equipamentos necessários para a atividade cultural.

Galeria Municipal – Exposições

24 Minutos no tempo do pintor Rui Augusto

Enquadrada no programa da FICOR, a exposição individual “24 Minutos”, do pintor coruchense Rui Augusto, abriu portas no dia 30 de maio, pelas 11 horas, na Galeria do Mercado Municipal de Coruche, onde esteve patente até 20 de junho. Rui Augusto, artista autodidata e emergente do Concelho, reuniu 24 obras pelas quais entretece influências diversas que desaguam na hibridez da sua criação artística singular, resultante de abordagens em pot-pourri de técnicas e inspirações diversificadas. É, aliás, através desse exercício de miscigenação tátil e estética que o autor manipula cores, materiais e técnicas, introduzindo frequentemente referências à vila de Coruche em obras de caráter universal. “24 Minutos” assumiu-se o título da exposição, mas é também o tempo ao longo do qual o autor desafiou os visitantes a apreciar a obra exposta, dedicando um minuto a cada quadro.

A lucidez de Ideias Claras na pintura de José Gomes

A Galeria do Mercado Municipal recebeu, de 3 a 25 de julho, a exposição individual “Ideias Claras”, de José Gomes, pintor autodidata natural de Escusa, Concelho de Coruche, que mescla geografias inspiracionais povoadas entre a ruralidade da terra natal e a urbe lisboeta, onde também viveu e trabalhou. A exposição mostrou a obra heterogénea de um esteta que se iniciou na marcenaria e na carpintaria para mais tarde deambular artisticamente dos ensaios a carvão para o acrílico e o óleo. “Ideias Claras” coligiu criações matizadas, por vezes declaradamente inspiradas em obras de pintores incontornáveis, percorrendo temas e estilos surpreendentemente diversos, de Coruche a Alfama e ao mar; do sobreiro e da cortiça ao touro, ao cavalo ruço e ao fado; da natureza morta aos ensaios estéticos sobre o corpo e a nudez.

Bem-Vinda Sejas, Amália

O Município de Coruche acolheu, de 4 de setembro a 3 de outubro de 2021, na Galeria do Mercado Municipal, a exposição “Bem-Vinda Sejas, Amália”, produzida pela Fundação Amália Rodrigues para as celebrações do centenário do nascimento de uma das mais importantes figuras da cultura portuguesa. A exposição mostrou a excecionalidade de Amália Rodrigues enquanto mulher e artista cosmopolita e sensível – da diva das atuações inebriantes nos mais importantes palcos mundiais à simplicidade da lisboeta bairrista, no campo, a colher flores silvestres. Organizada em quatro módulos que deram a conhecer as facetas de uma Amália impossível de apresentar senão pela própria, a exposição trouxe a fadista aos coruchenses como se de uma tournée se tratasse, exprimindo o que seria a vontade da grande protagonista.

Parque do Sorraia acolheu Feira do Livro

A 37.ª edição da Feira do Livro de Coruche, que resultou de uma parceria entre Câmara Municipal de Coruche, projeto Pontes para a Igualdade, Biblioteca Municipal e Bibliotecas Escolares, aconteceu de 24 de setembro a 5 de outubro em pleno Parque do Sorraia. Além da apresentação de livros e de sessões de autógrafos com os autores, a feira trouxe-nos música, animação e sessões de leitura, mas também apontamentos literários e culturais como aqueles proporcionados pelo grupo Um Poema na Vila ou pelo Festival Internacional de Teatro e Artes para a Infância (FITIJ).

“Saxophone Cocktail” foi o apontamento musical que “abriu o livro” da feira, inaugurada ao som do saxofonista Dandy Sax em espaço próprio, instalado junto à Praça de Toiros de Coruche. Foram numerosos os autores presentes e os livros apresentados, bem como as sessões de animação de leitura e os apontamentos culturais complementares. Na 37.ª edição da Feira do Livro de Coruche, que contou com o apoio da distribuidora Ao Pé das Letras, os visitantes puderam assistir a diversas apresentações literárias, com especial destaque para a diversidade de autoras e autores locais, para apontamentos culturais em parceria com o FITIJ ou para a sessão da tertúlia Um Poema na Vila, vinculada ao tema “Dei o Mar à Palavra”, com a presença da Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa.

A 27 de setembro, o programa deu desde logo lugar a uma conversa com José Ribeiro da Cunha sobre a sua obra “Um Privilégio”. O privilégio estendeu-se, aliás, a dia 28 de setembro, quando aconteceram as primeiras sessões de animação de leitura com a autora de literatura infantil Eugénia Dias, que apresentou também o seu livro “Esperança” (Editora Flamingo). Já a 29 de setembro aconteceram sessões de animação de leitura com a autora de literatura infantil Ana Catarina Silva e a apresentação do livro “Nini e Simão – A Aventura da Alimentação” (Editora Alfarroba), pela pena da mesma autora.

A 30 de setembro, a autora infantil Tânia Caiado Amaral dinamizou as sessões de animação de leitura e apresentou depois o livro “De que cor é a saudade?” (Editora Flamingo). No mesmo dia teve ainda lugar a sessão de poesia e tertúlia Um Poema na Vila, dedicada ao tema “Dei o Mar à Palavra”, com a Cátedra Eugénio Tavares de Língua Portuguesa. A semana fechou a 1 de outubro com mais uma sessão de animação, desta feita com a autora de literatura infantil Ana Luísa Silva, que apresentou ainda o livro ”Onde Está o Abraço?” (Editora Flamingo).

No fim de semana de dias 2 e 3 de outubro a Feira apresentou, no sábado, o livro “Palavras Soltas“, de Marília Rosado, e a obra “De Atégina a Maria: o Sagrado Feminino no Território Português” (Editora Apenas Livros), de Aurélio Lopes. No domingo, a autora Maria Mestre deu a conhecer o livro de poesia “A Minha Vida em Poemas” (Editora Apenas Livros). A agenda reiniciou-se a 4 de outubro, à conversa com João Valente Martins sobre a sua obra de teor económico “Teoria Geral da Prosperidade” e prosseguiu com um apontamento cultural em parceria com o FITIJ e a dupla de artistas circenses e burlescos Les Globules Bleus, que ofereceu um espetáculo visual de malabarismo, nova magia e monociclo.

Finalmente, a 5 de outubro, a Feira encerrou em ambiente festivo com a esperada apresentação da obra “Sabores do Toiro Bravo”, editada pelo Município de Coruche, e com o espetáculo de Menzo Menjunjes, um palhaço de assinalável humor absurdo, irónico e provocador, em parceria com o FITIJ.

Diversão, música e tradição na Feira de São Miguel

A tradicional Feira de São Miguel decorreu de 24 a 26 de setembro no Parque de Mercados e Feiras de Coruche com muita animação, carrinhos de choque, comércio de roupa, calçado, farturas, gelados, algodão doce e ainda diversões infantis. Em destaque, na noite de dia 24 de setembro, o regresso aos concertos com David Antunes & The Midnight Band na Praça de Toiros. A banda de Santarém, que integrou o programa “5 Para a Meia-Noite” e, mais tarde, o programa “Agora Nós”, ambos da RTP, tem vindo a fazer um percurso crescente, com discografia própria, e fez disso prova. Coruche preserva na contemporaneidade a tradição de uma feira que se conhece desde 1689, quando foi autorizada por D. Pedro II.

Coruche mantém distinção de Autarquia Familiarmente Responsável

Num ano marcado pela pandemia, Coruche está entre as 84 autarquias portuguesas distinguidas pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR), que este ano cumpriu, em Coimbra, a sua 13.ª edição no dia 25 de novembro. Em representação do Município, a Vereadora Fátima Galhardo recebeu a distinção Bandeira Verde pelo investimento na construção de uma política integrada de apoio à família e pela prossecução de um conjunto de medidas e boas práticas em matéria de política familiar, com dados reportados a 2020.

A coordenadora do OAFR, Isabel Paula Santos, evidenciou que, em contexto pandémico, «as autarquias tiveram uma importância extrema no apoio extraordinário às famílias e estiveram na linha da frente nas respostas de proximidade». Segundo a mesma responsável, «em 2020 verificou-se um efetivo aprofundamento das ajudas a situações de risco, fragilidade e extrema carência por parte do poder local, que com as suas medidas responderam à fragilização das famílias a todos os níveis, no contexto global que a pandemia da COVID-19 atingiu em Portugal e no mundo».

Comemorações da Implantação da República e do 93.º aniversário dos Bombeiros Municipais

Tiveram lugar na manhã de dia 5 de outubro, no Parque do Sorraia, as comemorações da Implantação da República e do 93.º aniversário dos Bombeiros Municipais, nas quais marcaram presença Francisco Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche, e Luís Alfredo Monteiro Fonseca, Comandante dos Bombeiros Municipais de Coruche.

O programa iniciou-se às 10 horas, no cemitério, com guarda de honra aos bombeiros falecidos, dando-se depois início à cerimónia do içar da bandeira e de saudação à República. Uma vez executado o Hino Nacional pela Sociedade de Instrução Coruchense, seguiu-se a sessão solene de imposição de condecorações aos bombeiros. Ao final da manhã foi servido um Sorraia de Honra. A Câmara de Coruche prestou assim devidas saudações à República e congratulações à nobre força de bombeiros coruchenses.

Galardão Autarquia Solidária para Município de Coruche

O Município de Coruche viu aprovada a candidatura apresentada ao Programa Autarquia Solidária, que tem por objetivo criar um sistema de reconhecimento público de boas práticas através da atribuição do respetivo galardão a municípios e freguesias que implementem programas comunitários que contribuam para o desenvolvimento de sociedades mais solidárias e equitativas.

A visão que subjaz ao programa incide no apoio e no reconhecimento conferido a autarquias que trabalham em prol da comunidade e do seu desenvolvimento sustentável e solidário. A integração do Município de Coruche no programa permitirá dar continuidade à partilha de conhecimento entre pares, bem como à capacitação técnica para novas abordagens em matéria de intervenção social e comunitária.

Dia Mundial do Enoturismo Percursos – Caminhos da Vinha

Porque a 14 de novembro se celebra o Dia Mundial do Enoturismo, o Município de Coruche associou-se uma vez mais à Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN) e à Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) para promover um programa de dois dias (13 e 14 de novembro) em celebração da cultura, do património e das tradições, mas também do enoturismo e dos produtores de vinho, que contribuem significativamente para a valorização do território e da identidade coruchenses. O programa “Percursos – Caminhos da Vinha”, que elencou a inauguração de um mural alusivo ao vinho e à cortiça, a apresentação do livro “Territórios Vinhateiros, Olivícolas e Corticeiros de Portugal” e um passeio de BTT pelos caminhos da vinha, culminou num passeio pedestre nas vinhas da Quinta Grande. O evento inseriu-se na programação da quarta edição do Flutuar by Cepsa – Festival Internacional de Balonismo de Coruche, que decorreu de 9 a 14 de novembro, pelo que às inevitáveis provas de vinhos somou-se o fascínio dos balões de ar quente e a animação do festival.

O programa de dois dias “Percursos – Caminhos da Vinha” iniciou-se na véspera do Dia Mundial do Enoturismo, a 13 de novembro, com a apresentação, junto ao Posto de Turismo, do livro “Territórios Vinhateiros, Olivícolas e Corticeiros de Portugal”, editado pela AMPV, seguida de uma prova de vinhos. Já na manhã de dia 14 de novembro partiu do Posto de Turismo um percurso de BTT pelos caminhos da vinha, que incluiu uma prova de vinhos de Coruche nas Vinhas da Erra. Mais tarde, teve início um passeio pedestre pelas vinhas da Quinta Grande com visita à Adega da Quinta Grande e provas de vinhos de Coruche. Por fim, já a 19 de novembro, ainda no âmbito do programa, foi inaugurado um mural alusivo ao vinho e à cortiça no Mercado Municipal de Coruche, junto ao Posto de Turismo. O mural resultou do trabalho desenvolvido ao longo da residência artística “Arte Urbana”, que decorreu de 15 a 19 de novembro no Núcleo Rural de Coruche, integrada na Programação em Rede da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) em cooperação com a Câmara de Coruche. A atividade, dedicada ao tema “Tradições Rurais”, foi dinamizada pelo artista plástico e multimédia BIGOD (pseudónimo de João Domingos).

Coruche na TV. A 24 de agosto a equipa do programa “Olhá Festa”, da SIC, esteve em Coruche com Joana Latino e Nuno Pereira, que mostraram a tradicional arte da tiragem da cortiça, o artesanato e o processo do arroz, despedindo-se com um tema que nos é bem familiar... "Aqui Está Coruche". O programa foi transmitido no Jornal da Noite. Já no dia 11 de setembro, a emissão do programa "Aqui Portugal", da RTP, foi dedicada ao melhor do nosso Concelho. Cortiça, desportos náuticos, balonismo e gastronomia foram alguns dos temas centrais em destaque.

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