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mUnIcípIo

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1.ª semAnA soCiAl de 30 de mAio A 4 de Junho

AlmAdA somos nós

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A solidariedade, a inclusão, a coesão e a justiça social são temas da 1.ª semana social de Almada, entre 30 de maio e 4 de junho. perto de 100 instituições estão envolvidas. o objetivo é mostrar o que já é feito no concelho ao nível da ação social, mas também debater e refletir sobre estes temas, também com a população. Afinal, Almada somos [todos] nós.

A Câmara Municipal de Almada (CMA) assumiu a ação social como uma das áreas prioritárias de trabalho. Trabalhar em rede tem sido o caminho escolhido pela autarquia, que este mês organiza, em conjunto com cerca de 100 instituições a 1.ª Semana Social de Almada. As instituições particulares de solidariedade social, as organizações não-governamentais e tantas outras entidades de carácter social têm desempenhado um papel inestimável na resposta aos problemas e às necessidades das famílias. Novas estratégias, mais meios, respostas que unem diferentes áreas de atuação, diferentes organizações, diferentes metodologias de trabalho, têm-se concretizado em Almada. Atuam no concelho de Almada perto de 50 instituições com diferentes respostas sociais. Mais de 15 atuam na área da infância, cerca de 25 junto da população idosa, 10 direcionam-se para pessoas com deficiência, oito para imigrantes, duas para toxicodependentes e uma para sem-abrigo. São, na maioria, instituições particulares de solidariedade social e organizações não-governamentais, que há décadas trabalham em rede e em conjunto com a Câmara Municipal de Almada, no sentido de dar apoio eficaz junto de munícipes em situação de maior fragilidade. A Câmara tem apoiado esta rede através de apoios financeiros para a concretização dos projetos, da cedência de terrenos para construção de equipamentos sociais, da celebração de contratos de comodato, num espírito de cooperação e reconhecimento do trabalho desenvolvido por esta rede no concelho de Almada. Para dar mais visibilidade ao intenso trabalho desenvolvido no concelho ao nível social, para contribuir para a reflexão sobre estas matérias e para aprofundar parcerias e reforçar redes formais e informais de trabalho, instaladas ou emergentes, a CMA decidiu realizar esta 1.ª Semana Social (ver caixa).

mosTrAr, reConheCer e refleTir

Na Praça S. João Baptista, na Praça da Liberdade e no Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz as instituições vão mostrar o seu trabalho à população, seja formalmente, através dos seus stands institucionais, seja através das diferentes atividades desenvolvidas com os utentes, que também participam nestes cinco dias. Por isso, há peças de teatro, cantares, danças e muito mais para ver, assim como jogos tradicionais, oficinas, ginástica e muito mais para fazer durante esta Semana Social. A reflexão é um dos pilares mais fortes desta iniciativa, que ao longo de quatro dias reúne um conjunto de especialistas em três espaços do concelho – Auditório Fernando Lopes-Graça, Cineteatro da Academia Almadense e Edifício do Poder Local. Os novos desafios para o acolhimento residencial, a mulher com deficiência, sociedade e emprego, prevenção dos maus tratos na infância, direitos sociais e irradicação da pobreza, rede social e governação participada, são muitos os temas para debater nestes dias. A população pode também participar nestes debates, partilhar experiências, preocupações e conhecer projetos desenvolvidos em Almada, não só pela Câmara Municipal, mas também pela rede de instituições que atuam na área social e em territórios fragilizados do concelho. Todos os dias, a Câmara Municipal de Almada vai homenagear estas mesmas entidades que trabalham nas diferentes áreas, reconhecendo a importância da sua atuação para o bem-estar da população, especialmente das franjas mais desprotegidas.

Almada na Rede portuguesa de municípios Saudáveis Dia 2 de junho, no âmbito da programação da Semana Social, realiza-se um Fórum Saúde, durante o qual será feita a assinatura da adesão de Almada à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis (RPMS). O objetivo é desenvolver e apoiar projetos e iniciativas que promovam estilos de vida mais saudáveis. Com esta adesão, a Câmara Municipal compromete-se a, no prazo de três anos, elaborar o Perfil de Saúde e o Plano de Desenvolvimento de Saúde.

inTerVenÇÃo em TerriTórios frAGilizAdos

A Câmara Municipal de Almada tem vindo a intervir em territórios mais deprimidos, ajudando a população a resolver as questões de fundo, nomeadamente ao nível da habitação, do fornecimento de energia elétrica e do acesso à água, considerados bens essenciais pela autarquia para uma vida mais condigna. São exemplos o Bairro das Terras da Costa, na Costa da Caparica, e do 2.º Torrão, na Trafaria, que, apesar de ilegais, têm sido alvo de um intenso trabalho, que envolve equipas municipais mas também profissionais de outras áreas que se juntaram a esta causa, contribuindo nas suas áreas de atuação para ajudar a quebrar o ciclo de pobreza das pessoas que aqui vivem.

obJeTiVos dA semAnA soCiAl

mostrar, promover e apoiar o trabalho social desenvolvidos no concelho pelas entidades sociais, socioeducativas e de solidariedade social promover a divulgação, partilha e troca de experiências e boas práticas nas diversas dimensões da intervenção e ação social refletir sobre os problemas sociais locais (tendências e prospetivas) e sobre as respostas existentes e necessárias, designadamente, no atendimento e apoio a pessoas, famílias, grupos e zonas mais vulneráveis e em situação de exclusão, no concelho reconhecer e valorizar as instituições locais que, com e para as pessoas, têm desenvolvido a sua atividade e têm pautado a sua conduta na melhoria e dignificação da cidadania e vida humana no concelho de Almada

Terras da costa O realojamento é o objetivo de fundo da autarquia para este bairro, localizado entre a Arriba Fóssil e a cidade da Costa da Caparica, onde vivem 47 agregados, com crianças e jovens em idade escolar. As equipas realizaram centenas de inquéritos à comunidade, para identificar os seus habitantes e perceber as necessidades específicas das famílias. A intervenção comunitária está a ser feita de forma multidisciplinar, sinalizando e encaminhando para apoio social, promovendo a participação das crianças e jovens em programas de férias e apoio educativo, desenvolvendo iniciativas socioculturais. Foi feita a mediação entre a Associação de Moradores e a EDP, para que as famílias pudessem ter fornecimento de eletricidade, que agora já existe. A recolha do lixo, a regularização e limpeza dos caminhos do bairro foi também assegurada pela Câmara, que foi ainda parceiro no projeto da Cozinha Partilhada (ver caixa). Depois de entregues 41 casas em bairros sociais camarários, em março de 2016, este ano o objetivo da autarquia é preparar o processo de realojamento, que implica a aquisição de terreno, construção das habitações e transformação da cozinha comunitária em centro comunitário. Prevê-se que o processo esteja concluído em 2018.

Cerca de 25 instituições de Almada têm resposta social para a população idosa9 de junho

Cozinha Partilhada, no Bairro das Terras da Costa, na Costa da Caparica9 de junho

CozinhA pArTilhAdA

A Cozinha Comunitária das Terras da Costa é da autoria do Ateliermob (uma plataforma multidisciplinar de desenvolvimento de ideias, investigação e projetos nas áreas da arquitetura, design e urbanismo) e do Warehouse (um coletivo de arquitetura e arte). Teve como apoio a Fundação Calouste Gulbenkian e como parceiros a Câmara Municipal de Almada e SMAS de Almada. Foi concebido através de um processo extenso, altamente participativo e com a presença ativa desta comunidade, que agora já não tem de caminhar 1,5 kms para ir buscar água potável a um chafariz junto ao IC20. A população deste bairro tem agora água potável, uma cozinha comunitária, espaço de refeição e de encontro. Foi votada e considerada pelo prestigiado site Dailyarchy o Edifício do Ano 2016, na categoria Arquitetura Pública.

© FG+SG

Bairro do 2.º Torrão Neste aglomerado da Trafaria foram identificadas 518 construções. Depois de contactar a esmagadora maioria dos habitantes, a Câmara considera serem necessárias 390 habitações. Os objetivos do grupo de trabalho são semelhantes aos do Bairro das Terras da Costa: criar condições de habitabilidade mínimas, identificar situações de carência social e de saúde extremas para acompanhamento prioritário, e intervenção sociocomunitária. O fornecimento de energia elétrica, a organização da recolha de lixo, o acesso à água pública, o tratamento dos caminhos para passagem de viaturas de emergência e a intervenção no muro de defesa marítima, para segurança dos moradores, foram também áreas de atuação prioritária. No âmbito da Semana Social, vai ser apresentado dia 2 de junho o Odisseias, um projeto de inclusão pela arte, desenvolvido junto da comunidade jovem deste território da Trafaria (ver caixa).

São 10 as instituições do concelho que trabalham com pessoas com deficiência9 de junho

Mavatiku José, à direita, foi um dos jovens do bairro do 2.º Torrão, na Tafaria, envolvido no projeto Odisseias

© João Bento

inClusÃo pelA ArTe

«São processos muito desgastantes, longos, implicam um grande investimento e são muitas vezes invisíveis, mas deixam marcas duradoras e são transformadores», congratula-se Marta Martins, diretora executiva da Artemrede, que entre 2016 e 2018, desenvolve o projeto Odisseias, com jovens entre os 16 e os 24 anos, de vários bairros, incluindo o do 2.º Torrão, na Trafaria. O Odisseias desenvolve-se em três blocos: teatro e dramaturgia, com o artista Rui Catalão, Artes de Rua, com a companhia portuense Radar 360 graus, e de Cinema e Música, com o realizador e músico António Pedro. Está já a ser rodado um documentário sobre um dos espetáculos preparados pelo grupo, que fica pronto em setembro deste ano. O objetivo é formar de forma especializada e certificada aos jovens provenientes de territórios deprimidos, neste caso dos concelhos de Almada, Barreiro Moita, Oeiras, Santarém e Sesimbra, dando-lhes capacidade de decisão.

O Centro Cívico do Fróis, na Caparica, recebe a 1.ª edição do Entrança, Festival Intercultural

Entrança – festival Intercultural No âmbito da sua intervenção em territórios mais fragilizados do concelho, a Câmara Municipal de Almada realiza este ano o 1.º Entrança – Festival Intercultural, dias 27 e 28 de maio, entre as 10h e as 24h, no Centro Cívico do Fróis – Caparica – junto às piscinas municipais e à Biblioteca Municipal Maria Lamas. Vão ser dois dias de festa, com múltiplas propostas para todas as idades: música, dança, artes plásticas, gastronomia, artesanato, desporto e património fazem parte da programação, que faz destacar ainda os concertos dos ÁTOA, no primeiro dia, e a voz cabo verdiana Maria Alice, no segundo dia. A comunidade local, as autarquias, a comunidade educativa, os clubes e associações da terra muita gente está envolvida neste Entrança, que faz cruzar as diferentes culturas, tal como o bairro onde vai acontecer. O objetivo é potenciar, valorizar e dar visibilidade à identidade dos seus habitantes, envolvendo-os neste projeto coletivo e desafiando-nos para conhecer as novas dinâmicas locais, a desconstruir a imagem deste bairro e a tirar partido das singularidades e conhecimento dos seus residentes. Programa completo em www.m-almada.pt/entranca

mAis sobre o fesTiVAl enTrAnÇA

organização Câmara Municipal de Almada Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria parceiros Agrupamento de Escolas Miradouro de Alfazina Ar.Co - Centro de Arte & Comunicação Visual Associação Cultural O Mundo do Espetáculo Associação de Moradores CHUT2 Centro de Arqueologia de Almada Clube Recreativo União Raposense Companhia de Teatro ABC.Pi Comunidade residente Lifeshaker Associação Revolution Art Santa Casa da Misericórdia de Almada: Centro Comunitário PIA II Teatro Extremo datas 27 e 28 de maio local Centro Cívico do Fróis – Caparica (junto às piscinas municipais) entrada livre

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