Castelo de Vide Inform
AÇÃO AÇÃO
Newsletter 2 Março - 2012 Barragem de Póvoa e Meadas vai qualificar oferta turística
Volta ao Alentejo arranca em Castelo de Vide
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Castelo de Vide turístico em números - 2011 Posto de turismo 13.134 Portugal
Sinagoga 17.084 Portugal
5.084 Espanha
4.563 Espanha
1.527 França 980 Holanda 838 Alemanha 702 Itália
1.491 Itália 1.400 França 1.243 Holanda 994 Alemanha 632 Israel
582 E.U.A
613 E.U.A.
553 Inglaterra
352 Inglaterra
372 Isrrael 275 Bélgica 273 Japão
220 Brasil 194 Finlândia 175 Austrália 160 Japão
169 Canadá
140 Canadá
69 Dinamarca 50 China
93 Suíça
83 Suécia
Atualidades
Caderno: Biblioteca Municipal
Rostos do serviço público
pag. 6-13
pag. 14-15
pag. 16
Valores da nossa terra
pag. 18-19
Evocação ao dia da mulher
pag. 20-21
52 China 52 Noruega
542 Outros
604 Outros
Total
Total
25.862
30.551
Números totais de 2010 foram: 2
pag. 4-5
84 Dinamarca
50 Suécia
23.947
Tema central
322 Bélgica
210 Brasil
107 Austrália
Sumário
23.947
Opinião técnica
A fechar
Caderno: património
pag. 22-21
pag. 27
pag. 28-36
Propriedade: Município de Castelo de Vide | Rua Bartolomeu Álvares da Santa, 7320 Castelo de Vide Diretor: Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide NIPC: 506 796 035 e-mail: cm.castvide@mail.telepac.pt Tel.: 245 908 220 Expedição: Eletrónica
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Tema Central Tema central por António Pita O turismo é uma opção estratégica!
O
s dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística, “Território-2010”, não deixam dúvidas da importância do turismo enquanto atividade económica de base do concelho de Castelo de Vide. De facto, o nosso município supera significativamente todos os outros que integram o Alto Alentejo no que se refere à capacidade de alojamento por 1 000 habitantes e em relação a todos os outros que integram a NUTS III, ou seja, Alentejo Central, Baixo Alentejo, Alentejo Litoral e Lezíria do Tejo, só encontrando rivais em dois concelhos da Costa Alentejana, respetivamente Alcácer do Sal e Grândola. Um indicador que atesta inequivocamente Castelo de Vide como uma das áreas turísticas mais importantes do Alentejo. Sublinha-se que os dados ora publicados referem-se aos estabelecimentos classificados no Turismo de Portugal em 2010 (não considerando, portanto, os que obtiveram a sua classificação em 2011 ou que estão em fase de licenciamento-construção, 4
que resultarão ainda numa superior vantagem para Castelo de Vide). Naturalmente que se por um lado estes dados oficiais* evidenciam o esforço e o empenho do setor privado, que tem vindo por mérito próprio a ampliar e a consolidar a oferta hoteleira, por outro lado, refletem que a qualidade e diversidade das potencialidades, dos recursos e a estratégia de desenvolvimento estimulam o investimento privado nesta atividade económica. Ainda de acordo com os mesmos dados, sabemos que a proporção de hóspedes estrangeiros é de 23,6 % e a taxa de ocupação-cama (líquida) é de 28,3%, com uma estada média de 1.7% (número de noites). Esta realidade reflete-se substantivamente no facto de 68% da população ativa do concelho trabalhar no setor terciário, proporcionando no conjunto dos serviços e empresas que direta ou indiretamente trabalham neste negócio a maior resposta de empregabilidade. Ora perante estes dados, importa refletir e debater sobre um conjunto de considerandos, exercício fundamental para reavaliar se a estratégia preconizada e a ação política está ajustada à realidade e às dinâmicas da sociedade, bem como interpretar as novas necessidades e as transformações que os mercados impõem, ajustando desse modo o rumo aos indicadores enunciados. Ao longo dos últimos 25 anos, com maiores ou menores investimentos públicos, a atividade turística no concelho de Castelo de Vide foi ganhando a
sua preponderância em relação a áreas económicas tradicionais historicamente relacionadas com o setor primário, muito particularmente com a Agricultura (entenda-se muitos dos seus subsetores: agroalimentares, pecuária, silvicultura, etc). Chegamos a 2012 e o turismo é segundo os organismos oficiais, o setor vital e estratégico para a economia local e regional. Sem o esforço de investimento, a dedicação e o entusiasmo que os empresários, agentes e profissionais ligados ao setor têm vindo a desenvolver tal não seria possível. Mas de igual modo também não seria possível consolidar essa atividade sem a coerência das Opções dos Planos, que assumem claramente o esforço público dos recursos financeiros e humanos em objetivos, projetos e ações que visam ampliar, qualificar, valorizar e promover os recursos e os serviços em prol da melhor oferta do concelho. Perante os números oficiais agora divulgados pelo INE, a perseverança na
estratégia e na dedicação só poderá ser gratificante para todos aqueles que têm advogado o turismo (entendido nas suas múltiplas valências) como o caminho principal da sustentabilidade do nosso território, obviamente sem descurar outras áreas, diferentes e/ou complementares da competência municipal. Num momento tão crítico do ponto de vista social e económico, é fundamental perceber que as políticas públicas, e muito particularmente da Administração Local, deverão, hoje mais do que nunca, focalizar-se nos valores oficiais e estatísticos, pelo que importa saber interpretar quais as consequências (sociais e económicas), de um eventual desinvestimento no desenvolvimento turístico do concelho. Nestes tempos de mudança, torna-se assim essencial promover um produto turístico que pela sua originalidade, identidade e valor verdadeiramente inusitado consiga afirmar-se além fronteiras, indo mesmo para além do espaço europeu. E nesta matéria só a herança judaica castelovidense e a qualidade dos valores ambientais da nossa paisagem terão capacidade de se afirmarem face às exigências, diversidade e competividade dos destinos turísticos espalhados pelo mundo. E se este é um processo forçosa-
mente contínuo, criterioso e lento, já quanto ao mercado nacional, que não podemos esquecer que representa cerca de 70% dos nossos turistas, é vital perceber que as motivações e os produtos serão naturalmente muito mais abrangentes e genéricos. Porém, a afirmação e consolidação do nome Castelo de Vide, enquanto produto turístico (em modesta opinião, tal como Marvão, ainda está muito para além das marcas territoriais Parque Natural de São Mamede, triângulo turístico Castelo de Vide, Marvão e Portalegre e Turismo Alentejo) requer uma permanente visibilidade. A oportunidade conquistada por Castelo de Vide, futuro palco privilegiado da realização da próxima telenovela da TVI (goste-se ou não deste género de programas de entretenimento!), irá seguramente constituir um passo decisivo na mediatização do nome-produto de “Castelo de Vide” enquanto espaço territorial de excelência em Portugal. Estamos pois profundamente convictos que este projecto pode ser determinante, num curto espaço de tempo, para consolidar a nossa imagem turística a nível nacional e contraiar as tendências pessimistas para o corrente ano de 2012, face ao contexto económico e social em que o país está mergulhado, quer pela crise que flagela a classe média, quer pela
contração da recessão económica, situação que atinge inevitavelmente o perfil do potencial turista que estada em Castelo de Vide. Assim saibamos todos nós estar à altura desta grande responsabilidade, acolhendo este projeto sem percedentes na história castelo-vidense, acarinhando-o como motivo de orgulho e de notoriedade, mas dele perspetivando os legitimos e espetáveis benefícios culturais, sociais e económicos. Se a leitura das fontes permite avaliar o peso da hotelaria na economia local e determinar as opções estratégicas em função da viabilidade e sustentabilidade económica das mesmas, outros sinais há que obrigam a Autarquia a estar atenta a outras tendências emergentes de fazer turismo. Por essa razão a Câmara Municipal construiu uma área de serviço de autocaravanas na Barragem de Póvoa e Meadas, respondendo também deste modo com qualidade a uma procura crescente de um segmento que não deve ser menosprezado. Até porque no caso, considerando a sua localização e a excelência da oferta, estamos certos que será um projeto que para além das vantagens que trará para a valorização ambiental e turistica da Barragem de Póvoa e Meadas, trará igualmente benefícios económicos para a própria freguesia de Póvoa e Meadas
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Atualidades Maria da Conceição Lourenço, leva como melhores recordações o convívio com as outras pessoas e também alguns amigos que aqui conhecemos, penso que são coisas que nunca esqueceremos e certamente vamos sentir muitas saudades de tudo isto”.
Sociedade O adeus à Taberna do Pisco
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aberna “O Pisco” encerra ao fim de 32 anos a servir petiscos, vinho da pipa e muita amizade.
António Pires Belo, de 69 anos, e a esposa Maria da Conceição Oliveira Lourenço, durante 32 anos foram corpo e alma da típica taberna “O Pisco”, que neste mês de Março irá fechar as portas tipo “saloon”, que desde logo anunciam a entrada num espaço especial, se não místico. Castelo de Vide e a região perdem assim uma das casas mais tradicionais que ao longo destas três décadas resistiu às novas tendências decorativas, orgulhando-se do seu alvará de taverna, designação tão antiga quanto genuinamente portuguesa. O casal António Belo e Maria da Conceição encerram uma casa com história cheia de histórias, que deixará na memória da Rua 5 de Outubro (agora conhecida por “2ª Circular”) e na memória das gerações que vivenciaram 6
o ambiente caraterístico de adega, onde, às sextas feiras o cheirinho dos carapauzinhos fritos, inevitalmente, desperta os palatos mais insensiveis. No testemunho de Maria da Conceição as marcas tradicionais que decoram a casa mais não são do que a mobília de raiz do próprio estabelecimento que “já se encontravam na casa quando entrámos e por isso decidimos continuar com o mesmo estilo dos antigos proprietários, não alterando nada”, e, um pouco emocionada, acrescenta “para além de algum cansaço que já se começa a sentir, também temos a situação do contrato de arrendamento que termina já nos primeiros dias de março e por isso temos que sair”.
A reforma é a etapa da vida do casal de proprietários da taberna “O Pisco” que se segue a estes cerca de 32 anos que agora terminam, e já com os olhos virados para estes novos tempos que se avizinham a passos largos, Maria da Conceição Lourenço revela, à Câmara Municipal, que pretende aproveitar todo o tempo livre que tiver para “ir trabalhando um pouco em casa e também para desfrutar, merecidamente da reforma e passear sempre que for possível”. Para trás, fica um excelente exemplo deste casal que, apesar de ter a sua origem fora do concelho, aqui se fixou e montou um negócio que irá deixar muitas saudades. MUITO OBRIGADO.
Turismo Musas de Santos Lopes estão de volta
Castelo de Vide promove feira medieval na BTL durante o fim de semana de 3 e 4 A Viv’arte companhia de teatro irá efetuar uma ação de promoção e de evocação da feira medieval de Castelo de Vide durante o certame de turismo emocional. Entre malabarismos e actividades circenses serão distribuidos folhetos promocionais da feira (com data marcada para o 1º fim de semana de setembro) que é já uma referência na agenda cultural e turística da região.
qual Castelo de Vide está integrado. Recorde-se que a aprovação desta candidatura vai permitir que o nosso município invista cerca de 67.000 euros em açoes de promoção e valorização turística, sublinhando-se a marcação de percursos, aquisição de canoas, implementação de dispositivo de GPS Bluetooth e audioguias turísticos para visitas ao centro histórico, promoção em revistas de grande público. Este projeto permitirá assim dotar o município de um conjunto de equipamentos fundamentais para qualificar o serviço turístico ao longo do presente ano de 2012. Conferência internacional sobre herança judaica nos açores
Numa perspetiva de valorização e promoção da herança judaica açoriana, o governo do arquipélago irá organizar nos próximos dias 5 e 6 de março uma conferência internacional subordinada a esta temática.
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ajestosas e delicadas, estão de volta as estátuas de Santos Lopes à Praça D. Pedro V. Vêm comemorar os 500 anos da outorga do Foral Novo de D. Manuel I e dar um toque de elegância à magnífica Praça D. Pedro V, a qual expõe estes bronzes que hoje têm exemplares espalhados por diversas praças da Europa e do continente americano. Recordamos que Santos Lopes é o autor do busto de Salgueiro Maia que se encontra no Parque 25 de Abril, bem como da estatueta dedicada aos músicos de Castelo de Vide instalada no edifício do posto de turismo.
Apresentação das “Terras Raianas” na BTL
No próximo dia 2 de março será apresentado na Bolsa de Turismo de Lisboa o o projeto “Terras Raianas”, no
Para o efeito, foram convidados pela organização do evento, para além de uma série de personalidades, o vice presidente António Pita e Carolino Tapadejo ex-presidente da autarquia, os quais abordarão a criação da rede de judiarias de Portugal e o papel de Castelo de Vide no contexto da mesma, e a experiência de Castelo de Vide neste processo de dinamização turística. Castelo de Vide vê assim reconhecida a sua importância estratégica neste segmento turístico religioso e congratulase da sua experiência poder contribuir como um exemplo a analizar e a seguir. 7
http://www.geoportal.altoalentejo.pt/castelovide.asp
Novo portal já em online é uma porta para o futuro! GEOPORTAL DE CASTELO DE VIDE JÁ ESTÁ ON-LINE
E
ntrou em funcionamento o GEOPORTAL do Município de Castelo de Vide que juntamente com outros Geoportais do Alto Alentejo constituem uma nova ferramenta fundamental para o conhecimento virtual do território a vários níveis. O Geoportal de Castelo de Vide inserese num projeto coordenado pela CIMAA (Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo), indo ao encontro das disposições legais em vigor que obrigam a disponibilização por parte dos municípios dos Instrumentos de Gestão do Território (IGT) na Internet. O geoportal da região do Alto Alentejo é constituído por uma série de aplicações inovadoras que aliadas a um Sistema de Informação Geográfica (SIG) disponibilizam potencialidades de acesso, transferência, visualização e manipulação de informação através da Internet. Os geoportais municipais têm como objetivo de centralizar e disponibilizar para técnicos, decisores, munícipes, visitantes e população em geral, toda a informação geográfica existente em cada um dos municípios. No caso de Castelo de Vide poderá ser consultada a cartografia às escalas 1:10.000 e 1:2.000 o cadastro rústico, as ortofotografias, os planos municipais de ordenamento do território (Planos Diretores Municipais, 8
Planos de Urbanização e Planos de Pormenor), mapas estatísticos, que ainda têm como base os censos de 2001 (brevemente complementados como os realizados em 2011) e com esta base cartográfica, fornecer informações georreferenciadas, por exemplo sobre o património, serviços, lazer e hotelaria, no separador designado: roteiro municipal. Os dados apresentados podem ser visualizados, singularmente ou cruzados com outros, com a base cartográfica à escolha, permitindo uma visualização gráfica das informações de uma forma interativa. Deste modo, o geoportal é uma ferramenta de trabalho ou de consulta de grande utilidade com um interface fácil e apelativo, ao alcance do utilizador sem grandes conhecimentos na informática ou na manipulação de sistemas SIG. As informações constantes neste projeto foram disponibilizadas por diversos setores desta Câmara Municipal. Compiladas e organizadas pelo técnico José Penhasco, de futuro serão gradualmente atualizadas e complementadas de forma a enriquecer e disponibilizar cada vez mais um número mais vasto de opções ao serviço de todos. O geoportal do município pode ser consultado em: http://www.geoportal.altoalentejo.pt/castelovide.asp José Penhasco
Garcia D’Orta na agenda de 2013
A Imprensa Nacional Casa da Meada e a Câmara Municipal de Castelo de Vide iniciaram já as negociações com vista à produção da próxima agenda da prestígio/comemorativa da INCM. Estas agendas muitos apreciadas num público muito específico, gozam de um valor extraordinário pelos conteúdos e grafismo de grande qualidade que apresentam. Será certamente um sinal de notoriedade para Garcia d’Orta e para Castelo de Vide esta evocação que, no presente ano, é dedicada ao arqueólogo José Leite de Vasconcelos e no transato foi centrada nas viagens de Fernão Mendes Pinto.
Ação Social 11 de março dia nacional das Cáritas
“Edificar o Bem Comum, Tarefa de todos e de cada um!”
É
sobretudo em período de con-
vulsões sociais e de crise que muitos das respostas se encontram na sociedade civil e na solidariedade anónima, porquanto o Estado fica incapacitado de satisfazer convenientemente às carências e solicitações. Assim sendo, vai a Cáritas promover junto de toda a população, no próximo dia 11 de Março, junto do Posto de Turismo a “Loja Solidária”. “A Loja solidária” irá disponibilizar roupa calçado para homem, senhora e criança pelo quem necessitar desta ajuda deverá dirigir-se ao local. No local haverá ainda uma venda de bolos regionais e licores para o fundo de solidariedade da Cáritas.
ação dos cerca de 11000 Euros que são necessários para o financiamento desta prótese. São assim necessárias para atingir este valor cerca de 74 toneladas de tampinhas e Alexandre Quintans, proprietário da pastelaria, mostra-se bastante empenhado em seguir com esta iniciativa para a frente após ter efectuado recentemente a entrega das primeiras tampas recolhidas, revelando ter colocado logo desde o início a notícia referente a este caso que o Correio da Manhã publicou no dia 28 de Novembro no placar do estabelecimento e ainda não a ter retirado porque “ aindacontinuamos a aceitar tampinhas”.
ciativas. “o caso do Pedro despertou imenso a nossa atenção, talvez por causa de também nós termos vivido em Sacavém e por isso decidimos aderir a esta campanha e trazê-la aqui para a pastelaria”, revela Alexandre Quintans, que, no que respeita à adesão da população a esta iniciativa, se demonstra bastante satisfeito, afirmando que “temos recolhido imensas tampinhas junto da população e ultimamente a fábrica das águas de Castelo de Vide também tem contribuído imenso com as suas tampinhas para esta campanha”.
Refira-se que o proprietário da pastelaria Sintra do Alentejo e a Sua esposa Augusta Quintans, 69 anos, já participam em campanhas de recolha de tampinhas de plástico de consumos caseiros há alguns anos, mas foi esta a primeira vez que decidiram alargar ao estabelecimento comercial do qual são proprietários, a sua participação neste tipo de ini-
Pastelaria Sintra do Alentejo participa em campanha de recolha de tampinhas No âmbito de uma campanha de recolha de tampinhas que tem por objectivo financiar uma prótese mio-electrica para o pequeno Pedro Gomes, uma criança de três anos residente em Sacavém que nasceu sem a mão esquerda devido a uma doença durante a gestação que consiste numa má formação das veias, a pastelaria Sintra do Alentejo em Castelo de Vide iniciou nos finais do mês de Novembro uma recolha de tampas de plástico junto da população que se destina a dar também um pequeno contributo para a angari-
Ano europeu do envelhecimento e da solidariedade Intergeracional assinalado no dia 23 de março.
“Histórias e Estórias”, em que o público infanto-juvenil e o público sénior trocarão histórias e contos.
A Fundação Inatel, a Câmara Municipal e o Agrupamento de Escolas irão constituir uma parceria com vista a assinalar o Ano Europeu do Envelhecimento no próximo dia 23. Para o efeito, a manhã será dedicada ao tema
No período da tarde irá realizar-se a “Oficina Gastronómica” confecionandose um grupo e em interatividade entre gerações um dos doces mais típicos de Castelo de Vide: boleima de maçã. 9
Baile dos compadres
Recolha de sangue em Castelo de Vide no dia 4 de Fevereiro Contando com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide, a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre marcou mais uma vez presença no Centro de Saúde da vila no Sábado, 4 de Fevereiro, com o objetivo de aqui efetuar a primeira colheita de sangue para o ano de 2012 relativa a este município.
C
erca de uma centena e meia de pessoas participam no “Baile das Comadres” no Centro Municipal de Cultura. Decorreu na Quinta-feira, dia 16 de Fevereiro, no Centro Municipal de Cultura de Castelo de Vide, o tradicional “Baile das Comadres” que este ano contou com a participação de cerca de uma centena e meia de pessoas. Organizado pelo Gabinete de Acção Social da Câmara Municipal de Castelo de Vide, o baile teve o seu começo por volta das 15,30 h de Quinta-feira contando com a animação musical do grupo “Arcílio e Companhia”, tendo mais uma vez ultrapassado todas as expectativas do Gabinete de Acção Social no que respeita ao número de participantes à semelhança daquilo que na semana anterior se tinha verificado ao nível do “Baile dos Compadres”. Assim, para além de alguns utentes da Fundação Nossa Senhora da Esperança e da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide, participaram também nesta iniciativa do Gabinete de Acção Social da Câmara Municipal, algumas pessoas da população em geral, bem como o grupo sénior do Inatel de Castelo de Vide. De referir ainda que o Gabinete de Acção Social contou com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide ao nível da organização deste evento, tendo esta instituição confeccionado o arroz doce para o intervalo do baile. 10
Muitos foram os que acorreram a este serviço durante a manhã de Sábado no sentido de contribuírem com a sua participação nesta atividade, tendo a Câmara Municipal chegado à fala com dois munícipes que nos explicaram o porquê de serem dadores de sangue já há alguns anos, expondo também a sua opinião relativamente àquilo que pensam das deslocações que esta associação ultimamente tem efetuado um pouco por todo o distrito de Portalegre em busca de dadores de sangue. José Alberto Borba, 51 anos, revelou-nos assim ser dador de sangue desde os finais da década de 70 e ter começado a doar este bem essencial à vida humana com o objetivo de “ajudar outras pessoas”. Em pleno acordo com estas deslocações que a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre leva a cabo um pouco por todo o distrito em busca de novas dádivas, revelanos ainda não poder ser também dador de medula óssea, visto já não ter “idade para isso” como sublinha. Por seu turno, Albertina Iria, 39 anos, revelou-nos ter começado a dar sangue e medula óssea há cerca de quatro anos por ver nesta doação “um bem essencial à saúde humana”, mostrando-se também em total consonância com estas deslocações da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre a Castelo de Vide ao afirmar que as mesmas “facilitam as dádivas e nós evitamos ter que nos deslocar até Portalegre”. Para além destes dois munícipes, a
Câmara contactou também com a enfermeira Ana Maria Meira, membro da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre no sentido de tentar compreender a aderência da população a este tipo de serviços, aproveitando também para a questionar acerca das localidades que a mesma instituição percorre em busca de novas dádivas e da importância que a recolha de sangue em Castelo de Vide detém quando comparada com as colheitas efetuadas nas restantes localidades do distrito de Portalegre onde este serviço é efetuado. Ana Maria Meira revelou-nos assim que a associação percorre todas as localidades do distrito de Portalegre em busca de novas dádivas, inclusivamente “A zona de Galveias e todas as outras localidades perto da Ponte de Sor, que antigamente não percorríamos, mas este ano também já surgem na nossa agenda”, afirmando, quando questionada sobre a aderência da população do distrito de Portalegre a este serviço, que “A nossa associação tem subido muito em termos de dadores, talvez porque nós fazemos muito o chamado serviço portaa-porta através destas deslocações, sendo muito impulsionados para isso pelo grande dinamismo do nosso presidente Sr. Eustáquio”. Já quando confrontada com a importância das colheitas de sangue efetuadas em Castelo de Vide quando comparadas com as recolhas efetuadas em todas as outras partes do distrito, Ana Maria Meira, 64 anos, afirma que de há alguns anos para cá, Castelo de Vide tem estado no topo de gama. “Ultimamente, a vila tem subido em termos de dadores ao contrário daquilo que acontece noutros pontos, em que o número de dádivas tem descido um pouco revela.
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Desporto Agenda desportiva março dia 3 - 15H00 Atletismo - Campeonato Distrital de Lançamentos / Km Jovem Distrital, Estádio Municipal Manuel Rodrigues,
dia 10 - 18H00 Futsal - Póvoa e Meadas x AD Belhó e Raposeira - pavilhão municipal, dia 18 - 10H00 Caminhada - Póvoa e Meadas -Barragem (partida de Castelo de Vide em autocarro pelas 9H30 junto ao pavilhão), em Póvoa e Meadas, partida Largo do Rossio, dia 22 - 9H00 Ciclismo - partida da 1ª etapa da Volta ao Alentejo- Praça D. Pedro V, dia 24 - 18H00 Futsal - ACDR Póvoa e Meadas x AD Alter do Chão - pavilhão municipal, dia 26 a 30 Férias desportivas Páscoa 2012 - para jovens dos 8 aos 15 anos, dias 9,16, 23 e 30 - 20H00 Torneio futsal não federados - pavilhão municipal. 12
Jogos Campeonato Distrital 2011/ 12 Benjamins ”C” - A. D. Castelo de Vide vs C. D. Portalegrense 1925 - 03/03/2012 - 10H30 - Eléctrico F. C. “B” vs A. D. Castelo de Vide - 10/03/2012 - 10H30 - A. D. Castelo de Vide vs ”O Elvas” C. A. D. - 24/03/2012 - 10H30 Infantis “C” - C. D. Portalegrense 1925 vs A. D. Castelo de Vide - 03/03/2012 - 10H30 - A. D. Castelo de Vide vs C. F. “Os Elvenses” “B” - 10/03/2012 - 10H30 - Eléctrico F. C. “B” vs A. D. Castelo de Vide - 24/03/2012 - 10H30 Iniciados - Eléctrico F. C. vs A. D. Castelo de Vide - 4/03/2012 - 10H30 - A. D. Castelo de Vide vs C. F. “Os Elvenses” 1925 - 18/03/2012 - 10H30 - A. D. Castelo de Vide vs A. C. Arronches - 25/03/2012 - 10H30 Séniores futsal - A. C. D. Póvoa e Meadas vs A. C. D. Belhó e Raposeira- 10/03/2012 - 18H00 - S. C. Campomaiorense vs A. C. D. Póvoa e Meadas - 17/03/2012 - 18H00 - A. C. D. Póvoa e Meadas vs A. D. Alter- 24/03/2012 - 18H00
Ambiente Reflorestação da Serra de São Paulo 18 de Março 2012
N
o seguimento dos grandes incêndios ocorridos no concelho de Castelo de Vide no passado ano de 2003, tomou a Câmara Municipal a iniciativa de organizar anualmente campanhas de reflorestação nas áreas públicas afectadas, promovendo assim a recuperação daquelas áreas ao mesmo tempo que se promove a recuperação das espécies autóctones em detrimento da monocultura de pinheiro bravo que aí existia. As acções de reflorestação levadas a cabo desde 2006, contaram com a colaboração de várias entidades não só de Portugal mas também da vizinha Espanha, assim como de vários munícipes que ano após ano voluntariamente se associam a esta iniciativa, tendo já permitido ao município plantar cerca
de 13000 árvores, todas elas pertencentes a espécies autóctones e adaptadas ao meio, as quais foram distribuídas por uma área de cerca de 15 hectares.
Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA), da Asociação de Professores de Educação do Norte Alentejo (APENA) e do Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM).
No presente ano de 2012 a campanha de reflorestação irá decorrer no próximo dia 18 de Março, com inicio pelas 9h00 e contará com a parceria da Associacion para la Defensa de la Naturaleza e los Recursos de Extremadura (ADENEX), da Associação
As plantas a utilizar na plantação, num total de 3000, pertencem a três espécies distintas, nomeadamente sobreiros, azinheiras e carvalho negral e serão na sua totalidade disponibilizadas pela ADENEX.
Controlo de Infestantes Arbóreas nas Margens da Albufeira de Póvoa e Meadas Durante o últimos anos a Barragem de Póvoa e Meadas tem vindo a ser cuidada graças à dedicação dos senhores presidentes das Juntas de Freguesia de S.Tiago maior e S.João batista. No momento em que se acredita que o território que envolve a albufeira poderá conhecer uma valorização decisiva do ponto de vista ambiental e turístico, a afetação de mais meios e de um recurso humano a tempo inteiro àquele espaço evidencia ainda mais a beleza do lugar. Joaquim costa dede dezembro último tem desenvolvido um trabalho que merece o reconhecimento público, o qual afirma que os benefícios imediatos que advêm da sua acção resulta “entre outros pontos na melhoria do aspecto visual que pode atrair mais visitantes na “saúde das espécies arbóreas que se desejam
manter, na melhoria dos espaços de lazer e na valorização dos sítios e monumentos de interesse patrimonial, histórico e arqueológico. A intervenção têm incidido maioritariamente sobre as acácias existentes junto ao espelho de água, promovendo a sua remoção do local e proporcionando assim aos diver-
sos utilizadores do espaço, por um lado a possibilidade de chegar mais próximo das margens e por outro obter um visão mais abrangente da albufeira, ao mesmo tempo que controla o avanço de uma espécie invasora e problemática e se potencia a recuperação dessas áreas pelas espécies autóctones outrora aí existentes. 13
Os livros são para as criaçans que lêem, muito mais do que simples livros, são sonhos e conhecimentos, são um futuro e um passado. (Esther Meynell)
Caderno: Biblioteca Municipal Laranjo Coelho
Seção infanto-juvenil Conto do mês: “O sapo e o canto do melro”, de Max Velthuijs. “Um belo dia o sapo encontra no chão um melro imóvel. Preocupado, pergunta o que será. De modo suave e simples, os amigos começam a compreender o significado da morte e a beleza da vida.”
~ Exposiçoes/Atelies
Coleccionismo de Mário Borrego no átrio da biblioteca
Cartas de Foral de Castelo de Vide (1512) e de Póvoa e Meadas (1511) outorgadas por D. Manuel I. Dois documentos valiosos, originais e raros, em pergaminho produzido na Chancelaria Régia, em exposição durante todo o ano. Dia Internacional da Mulher 8 de março - ateliê “Como fazer borboletas de papel”.
- Idade - 67 anos, reformado - Naturalidade - Tolosa - Quando começou a coleccionar? - Mais ou menos à 10 anos, quando trabalhava ainda na Escola. - Que objectos colecciona?
Dia do Pai Livro do mês: “O beijo da palavra”, de Mia Couto “Não se escreve para crianças. Teremos, apenas, idade para viver em história. Encantados, como as personagens deste livrinho. Deste modo, estaremos aptos a sermos beijados pelas palavras.”
19 de Março - ateliê “Fazer um diploma para o pai” Dia Mundial da Água 22 de Março - “Se eu fosse uma gotinha de água” - Ação de sensibilização com vista à poupança da água.
- Canetas, isqueiros e vários outros objectos. - Quantas horas por dia/semana dedica à actividade artesanal? - Depende, conforme a minha disposição. Poema do mês Março… Março já esta na fila, Com um ar de galã, Pois quer conquistar, A mais bela princesa, Naquela manhã. Seu nome é Primavera, Que nos vem encantar E traz com ela A alegria e folia. Passarinhos a cantar, Flores a desabrochar E um sol sempre a brilhar. Andrea Pequito
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do Museu José Malhoa e administrador do concelho de Caldas da Rainha e Óbidos, no seu percurso cultural e político terá privado com o famoso capitão Henrique Galvão, que em 1934 assumiu a responsabilidade de ser o diretor fundador da Emissora Nacional.
Multimédia Top DVD´S - Os 10 + mês de janeiro 1 - Rio 2 - A saga twilight : Eclipse : The twilight : Eclipse 3 - Bem-vindo ao norte = Bienvenue chez les Ch´tis 4 - Yella 5 - O chacal 6 - Perseguido pelo passado 7 - O visitante 8 - Deixa me entrar : Let the right one 9 - Sonhos vencidos : Million dollar baby 10 - Peacock A biblioteca tem um variado leque de DVD´S e CD´S. 1 300 DVD´S de todos os géneros, 15 000 mil monografias, 300 CD-ROM e ainda 500 CD´S de vários estilos musicais esperam por ti. Aparece e escolhe.
Homenagem a Zeca Afonso. Um livro didático escrito por um companheiro do cantor, que conta aos mais novos a história da vida de quem escreveu e cantou “Grândola, Vila Morena”, senha musical do 25 de abril. Leitura obrigatória nos 25 anos da sua morte
Curiosidades literárias
Henrique Galvão (o mesmo que anos mais tarde, em 1961, viria a protagonizar o célebre episódio do assalto ao paquete Santa Maria) prefacia o referido livro e entre algumas “bicadas” à situação política nacional da época, justifica a pertinência da edição afirmando que “a palavra falada é como o vento: só impressiona enquanto sopra”, pelo que seria importante materializar as reportagens radiofónicas de António Montês. Henrique Galvão justifica ainda a necessidade de publicar o programa da sua Emissora Nacional porquanto, afirma, essas palestras orais são “o mais rico e colorido conjunto que se tem publicado sobre as belezas e o pitoresco de Portugal”. E assim nasceu a publicação das “Terras de Portugal”, um pequeno retrato descritivo das jóias nacionais em 261 páginas, que dedica o seu capítulo VII a Castelo de Vide. Para além da nossa Notável Vila, fala ainda com entusiasmo e minúcia de Alcobaça, Évora, Caldas da Rainha, Madeira, Nazaré, Tomar, etc., não deixando de ser curioso a forma como termina o texto dedicado à nossa terra:
Sugestão do mês - 32 Anos de Xutos
António Montês, em 1939, na sua rubrica semanal “Terras de Portugal”, aos microfones da antiga Emissora Nacional, pintava com a sua voz quadros vivos com maravilhosas cores verbais que retratavam algumas das mais belas vilas e cidades portuguesas.
Toda a discografia dos Xutos está á vossa disposição para empréstimo na tua biblioteca.
O sucesso destas “palestras” radiofónicas tiveram tanto êxito que a Emissora Nacional decidiu escolher algumas das “localidades mais consideradas”, não só pela dimensão literária do referido programa mas também pela “qualidade do assunto”. António Montês, jornalista, diretor
“Os arrabaldes lindíssimos, os panoramas cheios de encanto, os ares puríssimos, os habitantes hospitaleiros, magníficas águas, hotéis decentes, e ali está, perdida no alto Alentejo, uma estância de cura e repouso das mais aprazíveis, que com Marvão e Portalegre forma já hoje um triângulo de turismo recomendável”. Recordando que este texto é da década de 30 do século passado, impõe-se a pergunta se não caberá a António Montês a paternidade do conceito do triângulo turístico de São Mamede? 15
Entrevista flash Nome: Clisante Jorge Pinheiro Gasalho Função na CMCV: Chefe da Divisão Técnica de Obras e Urbanismo Ao Serviço desde: Janeiro de 1990 Clube: Futebol Clube do Porto Castelo de Vide é: A minha vida Hobbies: Colecionismo Defeito: Teimoso Qualidade: Perseverante Animal: Cão Prato: Açorda de marisco Livro: A Jangada de Pedra de Saramago Música: Variada, desde o rock até à música clássica Viagem adiada:
Rostos do serviço público Engenheiro Gasalho, há 22 anos ao serviço da câmara municipal, é uma figura serena, experiente, afável e dedicado que já faz parte do “mobiliário”. 16
Austrália Na memória: O meu pai Uma ideia para Castelo de Vide: O Turismo ainda pode ser o futuro
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Valores da nossa João Adelino Faria, o rosto castelo-vidense mais mediático da actualidade, é o valor que este mes destacamos numa entrevista exclusiva revelando-nos a paixão e orgulho pela sua terra natal. - Quando despertou a paixão pelo jornalismo?
- Aquela que nunca convidarias para almoçar?
-Despertou quando o meu pai me começou a comprar jornais. Tinha poucos livros em casa e devorava todos os jornais que encontrava. Chegava a ficar horas frente ao café Alentejano em Portalegre sentado à espera da camioneta da Setubalense que trazia os jornais de Lisboa. Quando eles não vinham naquela carreira ficava triste e amuado. De tal maneira que o meu pai me levava por vezes até Elvas para ir buscar o Expresso. No entanto, só percebi que esta seria a minha vida profissional quando o Padre Farinha (o meu professor de jornalismo no Liceu de Portalegre) me ensinou como se deveria ler e estudar um jornal. Nesse dia entendi que este era o meu sonho, a minha profissão e ia lutar até conseguir ser jornalista com todas as forças que tinha.
- Não cabem nestas folhas (risos). Só almoço com quem gosto. Nunca por obrigação.
- Rádio ou televisão? - Entre as duas o meu coração balança. Estou “casado” com a televisão mas a minha grande paixão foi a rádio. Como em todas as paixões de adolescência gosto de recordar os bons momentos que passamos juntos mas agora sei que o meu futuro já não passa por ela. - A entrevista memorável foi? - Todas as que fiz a pessoas anónimas e que me comoveram pela verdade, pela honestidade ou pela partilha que comigo fizeram de momentos importantes da vida. Duas a título de exemplo: uma mãe que perdeu os filhos em Angola e me pediu ajuda para recuperar os corpos das crianças; e um pai cuja filha morreu com a doença das vacas loucas no Reino Unido. - A figura pública que mais admira? Nelson Mandela. 18
- Programa preferido: - Impossível escolher um. Sou “viciado” em televisão feita em todo o mundo! - Uma recordação da adolescência? - Ter decidido ir a pé de Castelo de Vide até Espanha com o meu melhor amigo na altura, o Hernâni. Estava na pré-adolescência e fomos sem medir riscos e sem avisar ninguém. Claro que fomos parados antes da fronteira e tivemos a GNR à nossa procura porque os nossos pais julgavam que nós tínhamos sido raptados! - Castelo de Vide é… - A minha terra, as minhas raízes, a minha família…o lugar onde pertenço. - E o Alentejo? - O meu “País”, o meu orgulho, a minha riqueza, e a razão de ser como sou!
- Um prato:
- Uma proposta para Castelo de Vide?
- Todos os de caça.
- Atrair cada vez mais jovens e evitar que se transforme em mais uma vila envelhecida do interior. Todos nós deveríamos gostar um pouco mais da nossa terra. Não dizer mal dela e percebermos todos a pérola que temos aqui!
- Vinho:
“Portugal é Lisboa e o resto é paisagem! ”Uma fatalidade histórica ou inevitabilidade política?
- Não custa dinheiro!
- Está nas nossas mãos mudar isso. acredito que a vontade e a força de um povo ou de uma população é capaz de mudar a história e as vontades políticas!
- Uma das estradas do país que mais vezes atravessei.
- Um livro: - Qualquer um do José Régio desde que tenha o magnífico Cântico Negro.
-“Terrenus”… do nosso querido Alentejo. - Crise: Vai acabar! - Felicidade: - IP2:
- Fama: - Efémera! - Tempo: - O bem mais precioso que começa a faltar.
terra
- Sonho: Só nas almofadas confesso! - Futuro:
equipa que vai dar origem à SIC sendo um dos fundadores do primeiro canal privado de televisão em Portugal.
Não penso nele. Gosto mais do presente.
Na SIC foi editor de política internacional, correspondente em Londres, apresentador de programas de informação e enviado especial nas últimas décadas a vários conflitos e grandes acontecimentos internacionais. Destaque para a cobertura jornalística das principais eleições em vários países europeus, reuniões mais importantes da União Europeia, negociações na ONU e várias eleições norte-americanas de Bill Clinton e George W Bush.
Adelino Faria nasceu em CasJoão telo de Vide em 1966 (45 anos), é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e tem no currículo a passagem por vários jornais, rádio e televisão. Começou por estagiar no antigo semanário O Jornal e trabalhou nos anos 80 no Sete e Jornal de Letras. Mais tarde ingressou no Correio da Manhã Rádio onde editou a informação da manhã, realizou vários programas de entrevista, e em Bruxelas acompanhou a primeira presidência da União Europeia. Convidado por Emídio Rangel integra mais tarde a
Foi ainda repórter em muitos conflitos internacionais com destaque para o País Basco, ex-Jugoslávia, Médio Oriente e Irlanda do Norte. Du-
rante 5 anos apresentou a Edição Da Noite na SIC Notícias. Recebeu ainda vários prémios de jornalismo com destaque para o prémio internacional de reportagem da fundação Luso-Americana em 2000 e melhor apresentador de informação televisiva atribuído pela Casa da Imprensa. Foi director-adjunto de informação do Rádio Clube Português onde apresentou e editou o programa Minuto a Minuto, um programa de 5 horas diárias em directo com noticiários, entrevistas e análise política e cultural. Actualmente na RTP para alem do Telejornal apresenta e coordena o ECONOMIX na RTP Informação. 19
Evocação ao dia da mulher No próximo dia 8 de março comemora-se o dia da mulher. Ao longo do percurso da história das civilizações, a mulher travou uma luta constante e eterna com vista a conquistar os direitos de igualdade de género. Quis a nossa colaboradora Maria José Miranda manifestar, em forma de reflexão mas também em jeito de evocação, o seu testemunho.
Ser mulher!
A
o analisarmos a trajectória
histórica da Mulher, desde as escrituras bíblicas até aos dias de hoje, encontramos grandes e profundas transformações, mas com a permanência da condição e estatuto da mulher -mãe e mulher-esposa. E, onde fica o SER-MULHER? Percebemos que com o decorrer dos tempos a figura da mulher “prendada, dona de casa”, também deu lugar, à mulher trabalhadora. Com a pluralidade de papéis assumidos e suas exigências na vida das mulheres, estes interferem de maneira bastante significativa no seu dia a dia, acabando por serem prioritários, o que acarreta o esquecimento do seu EU, do SER-MULHER. Também não podemos esquecer que algo parecido já acontecia com a própria mulher, porque sempre se dedicou à família, abrindo mão da sua própria “vida” em prol dos filhos, marido e pais, ocasionando o esquecimento do SER-MULHER. A entrada no mercado de trabalho 20
alterou esse quadro da mulher-mãe e mulher - esposa, de tal modo que conciliar uma profissão com o quotidiano familiar nem sempre é tarefa simples. Cada vez mais a mulher está inserida no mundo do trabalho, conquistando espaços, delimitando novos horizontes, num universo de, lamentavelmente, poucas probabilidades de vencer, pois a mulher está consciente que os caminhos que se propõe percorrer, não raras vezes, têm barreiras que têm de ser vencidas. Assim, ao fazermos uma retrospetiva das últimas décadas da inserção da mulher no mercado de trabalho, observamos uma constante desde os anos 70 em todos os países ocidentais. A crescente actuação da mulher no mercado económico é cada vez mais intensa e diversificada, não se vislumbrando tendência de retroceder. Tal facto trouxe consequências significativas no seu quotidiano. As relações familiares foram modificadas, como por exemplo, na divisão das tarefas domésticas, na educação dos filhos, etc. A maternidade sempre foi e continua a ser desejada e vivenciada pela maioria das mulheres, é a ocasião mais especial da sua vida. Várias razões levam a mulher a ser mãe… Ser mulher é um privilégio, mas também uma missão que se vive com força, paixão, luta e –sobretudo– com a convicção de que o seu olhar pode mover e comover o homem amado, o pai admirador, a mãe orgulhosa de suas realizações e os filhos exultantes em contar com ela.
A mulher tem de estar ciente do seu valor para que assim ela consiga realizar o desenvolvimento da sua missão como esposa, mãe e profissional, atingindo a sua plenitude ao viver a sua vocação como mulher íntegra, desenvolvendo as suas potencialidades. Já que a essência da mulher é ser receptora, transmissora e educadora da vida humana, é importante que ela mesma redescubra o seu papel na sociedade, cumprindo com o sentido da sua feminilidade não permitindo que se lhe coloquem barreiras que a limitem e não permitam o seu autêntico desenvolvimento, não se tratando apenas de uma oportunidade para a sua realização
enquanto mulher, como também implica um dever que tem de exercer para o bem da sociedade, sendo fundamental que, a sua presença, humanize vários âmbitos da vida social, partindo da família, passando pela política, trabalho, educação, etc. A mulher tem a obrigação de colaborar, de modo comprometido e ativo, para o desenvolvimento e transformação do mundo em seu redor, conseguindo assim o bem comum. Portanto, para que possa chegar a ser uma mulher integral, ela tem o direito e o dever de desenvolver-se no campo profissional, conservando sempre o interesse pela família, fundamentando valores humanos em contacto com as pessoas em seu redor. Para uma mulher conseguir realizar o que foi antes mencionado, é imprescindível passar por um autoconhecimento para assim conseguir valorizar a sua natureza e dignidade feminina, e poder desempenhar todas as suas capacidades e habilidades, aproveitando as oportunidades que lhe forem surgindo. O desempenho da mulher a nível do trabalho (profissão) não deve interferir na sua função dentro da família, pois a família é que é insubstituível e tem um valor inestimável. Uma MULHER profissional, que valoriza a sua feminidade e a sua dignidade, considera o seu trabalho como uma verdadeira expressão do seu ser, imprimindo nele as suas características, vendo no seu trabalho uma oportunidade de servir e cooperar, indo ao encontro dos anseios dos colegas e demais pessoas, compartilhando com elas o que é e o que tem, fomentando assim relacionamentos leais, amigos, em que ressaltam a generosidade e o companheirismo.
tos profissionais para a formação dos seus filhos e que esteja disposta a sair de si mesma e dos seus próprios interesses, dando prioridade ao bem estar da sua família, de tal maneira que imprima na sua profissão um selo de humanidade e de testemunho de generosidade e coerência de vida.
os seus direitos e cumprir os seus deveres. Tem de se reconhecer, valorizar e ir complementando todos os aspectos que foram mencionados antes, e que abraçou. Estando realizada em todos os aspectos, pode e deve influenciar a família e a sociedade e velar pelo bem comum.
Pelo facto da mulher estar mais inserida que nunca na sociedade e na vida profissional não a deve deixar levar pelas irreflectidas expetativas a que diariamente está exposta, como ao facto de apenas se poder realizar sendo uma profissional de sucesso ou tendo um grande desenvolvimento económico. É evidente que hoje, mais que nunca, a mulher está a mostrar as suas capacidades académicas, profissionais, intelectuais, o que não quer dizer que deva deixar de lado a maternidade, a educação dos filhos, etc. Tem que se afirmar pela diferença, tem de defender
Quantas vezes a mulher se pergunta: ”Porque me sinto tão sozinha?”; “Por que não reconhecem o que eu faço?”; “Porque não me ouvem?” A pergunta mais acertada seria: “Será que eu me valorizo? Que eu me reconheço?” Será que eu quero SER MULHER? O ser humano não é um meio para conseguir alguma coisa, mas um fim em si mesmo, por isso merece respeito. Maria José Miranda - Técnica Superior da CMCV. Trocando olhares Ó Mulher! Como és fraca e como és forte! Como sabes ser doce e desgraçada! Como sabes fingir quando em teu peito A tua alma se estorce amargurada! Quantas morrem saudosa duma imagem. Adorada que amaram doidamente! Quantas e quantas almas endoidecem Enquanto a boca rir alegremente! Quanta paixão e amor às vezes têm Sem nunca o confessarem a ninguém Doce alma de dor e sofrimento! Paixão que faria a felicidade. Dum rei; amor de sonho e de saudade, Que se esvai e que foge num lamento! Florbela Espanca
Neste sentido, é importante que a mulher, ao desenvolver a sua vocação profissional, não esqueça as outras suas tarefas, como por exemplo os seus “hobbys”. É importante que a mulher aplique os seus conhecimen21
Opinião técnica
Obras A urgência da reabilitação
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os próximos meses, o arquiteto Luís Pedro cruz colaborará com o Castelo de Vide InformAção com a missão de comunicar e divulgar a arquitetura da nossa região, levantando, entre outras, questões que se prendem com a conservação do nosso património. Nesse âmbito, e considerando que este é um meio privilegiado para um contacto cíclico e rigoroso com as populações, o arquiteto Luís Pedro 22
Cruz propõe-se criar neste boletim uma coluna informativa da sua atividade e das causas que defende, nomeadamente no que refere a urgência de sensibilização à REABILITAÇÃO e ao indispensável uso crescente dos materiais e processos construtivos sustentáveis e amigos do ambiente. Inicia-se aqui a publicação de recomendações técnicas relativas à recuperação de edifícios antigos, tema cada vez mais importante no contexto da preservação e revitalização do nosso património construído, quer seja em contexto urbano ou rural. A primeira sequência de artigos reporta-se, como se disse, a definir um conjunto de recomendações técnicas associadas à reabilitação.
Antes de iniciar este capítulo é de referir que a elaboração deste documento - Recomendações Técnicas para a Reabilitação de Edifícios Antigos - traduz um interesse especial nesta área que ganhou forma há algum tempo e que foi enriquecido com vários contributos, nos quais se destaca a passagem do autor pela DGEMN (Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais – Direcção Regional de Edifícios e Monumentos do Sul). Incidindo directamente neste conjunto de Recomendações, salienta-se que a informação recolhida, incluindo as ilustrações, tem por suporte fundamental uma publi-
cação espanhola do Institut Tecnologia de la Construcció de Catalunya designada “Soluciones constructivas para la Rehabilitación de viviendas de alta montaña” e pontualmente alguns dos números da Revista do Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico “Pedra & Cal”. Após um primeiro esboço este conjunto de Recomendações foi sujeito à apreciação de entidades creditadas na matéria, nomeadamente o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico – Direcção Regional de Évora, actualmente integrado na Direcção Regional de Cultura do Alentejo - DRCALEN), o G.E.C.o.R.P.A. (Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico) e a AECOPS (Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas), cujos contributos vieram enriquecer o documento. Houve o cuidado de preservar o texto nos termos em que foi elaborado inicialmente relegando-se, na quase totalidade, a intervenção destas entidades para notas de rodapé.
uma omissão que se prende com o enquadramento dessas recomendações em termos de tipologias construtivas, dos materiais, das anomalias, fundamental para ajudar a avaliar a adequabilidade das intervenções em obra. Consequentemente este trabalho fica em aberto, exigindo uma posterior clarificação desta situação que deverá apoiarse na análise das construções existentes na região, assunto este que, seria desejável, viesse a integrar a formação dos técnicos capazes de intervir no nosso património edificado. Resta salientar as questões de higiene e segurança, não só no caso da desinfestação que mostra a imagem, mas também sempre que se trabalha com andaimes, escoramentos, ou se fazem escavações, que cada vez
mais devem ser preocupações presentes em qualquer intervenção. Sendo a região genericamente pouco sensível à problemática da recuperação do seu património construído, havendo, naturalmente, localidades onde isto é mais evidente, consideramos importante confrontar os destinatários deste documento com alguns dos princípios construtivos e projetuais envolvidos na reabilitação de edifícios antigos. Para já, é de salientar a existência de documentos internacionais reguladores dos princípios teóricos subjacentes à reabilitação sendo alguns bem antigos. Por exemplo, em Portugal, a primeira lei sobre o Património Histórico e Cultural é publicada a mando de D. João V e data de 20
Na apreciação desenvolvida pelo G.E.C.o.R.P.A. salienta-se que a concepção e execução da maior parte das intervenções sugeridas deve ser feita por profissionais de Arquitectura e Engenharia adequadamente qualificados que intervenham de forma correcta e segura num processo de reabilitação estrutural, sob pena de se pôr em risco o sucesso dessas intervenções. Este conjunto de recomendações destina-se essencialmente a estes técnicos, embora procure também uma aproximação da população e nomeadamente dos empreiteiros a uma abordagem ainda não interiorizada nas “recuperações” que se vão realizando. Ainda de acordo com o G.E.C.o.R.P.A. interessa referir que a própria execução em obra de muitas das técnicas descritas exige pessoal qualificado. As recomendações incidem, sobretudo na parte da obra, realçando 23
de Agosto de 1721. Dos vários textos sobre o assunto interessa-nos destacar a Carta Internacional de Veneza de 1964 que é um documento basilar e a Carta de Cracóvia 2000 (Princípios para a Conservação e Restauro do Património Construído) que é, talvez, o mais recente. A existência deste vasto conjunto de informação permite-nos concluir estarmos perante um assunto que extravasa as preocupações locais e é partilhado por todos os países com“História”, conscientes que o futuro assenta cada vez mais na recuperação e modernização do edificado existente. Daqui ressalta uma questão incontornável: os técnicos que trabalham nesta área têm obrigatoriamente que dominar a temática, significando que, além de conhecedores do assunto, têm de ser sensíveis ao valor encerrado
neste património. Esta afirmação parece descabida mas continuamos a deparar-nos com técnicos intervenientes que não só não valorizam como têm um profundo desprezo pela construção antiga. Depois, é necessário ter presente que as construções integram o imaginário colectivo, concentram memórias que fazem delas “casas com passado”, são testemunhos com valor histórico, arquitectónico, estético, ambiental, económico e tecnológico o que obriga à sua compreensão e estudo. A expressão morfotipológica do edifício é um dado fundamental na revitalização do imóvel que deve condicionar o acto de concepção. Esta opção não se compadece com a prática comum de ignorar e “apagar”
integralmente o interior do edifício como se estivessem em jogo elementos independentes tornando possível, sem pruridos de consciência, encarar o exterior desligado do interior e assim, através de um exercício tortuoso apoiado numa grande ginástica espacial, encaixar à força e aleatoriamente os espaços pretendidos, rejeitando a identidade em causa e gerando objectos incaracterísticos. Isto conduz-nos a uma regra que se traduz na necessidade dos projectos serem bem estruturados e fundamentados expressando uma visão multidisciplinar, tornando-se assim em instrumentos de valorização da preexistência que salvaguardam o respeito pelo imóvel, sendo a contenção na intervenção proposta o seu garante. Esta posição exige um bom conhecimento das técnicas tradicionais e modernas que conduza a uma decisão correcta sobre as formas de intervenção e sobre a sua execução, tendo como meta garantir a durabilidade do edifício. A intervenção no património deve centrar-se na utilização de materiais e técnicas tradicionais com recurso a soluções contemporâneas criteriosamente seleccionadas, aplicadas moderadamente mas sem desprezar a possibilidade de aproveitar as características favoráveis que tais materiais e tecnologias garantem. Sobre os materiais tradicionais existe a ideia infundada que a madeira e a alvenaria são materiais estruturais pouco nobres, mecanicamente muito limitados e pouco duráveis por oposição ao aço e ao betão. De facto isto não é verdade. O argumento cai quando à volta verificamos a existência destes materiais em edifícios seculares com bom comportamento ou pouco danificados e quando degradados o mais certo é resultar da falta de manutenção pois, maioritariamente, estes edifícios deixaram simplesmente de a ter há muitas décadas. Convém também ter presente que os materiais modernos não são milagrosos nem eternos. Os aços das estruturas metálicas e os varões das armaduras são sensíveis à corrosão
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e têm um elevado coeficiente de dilatação térmica, o que põe em risco as estruturas que integram. Por exemplo, estruturas em betão armado com fissuras quase imperceptíveis permitem que o oxigénio, quando em contacto com as armaduras, desencadeie a oxidação e provoque a prazo o seu enferrujamento com o consequente aumento de diâmetro dos varões e expulsão do betão . Além do mais, consegue-se resolver as fragilidades dos materiais tradicionais, nomeadamente é possível seleccionar e tratar a madeira contra a humidade, contra o ataque de xilófagos e contra a acção do fogo; e as baixíssimas resistências à tracção e ao corte das alvenarias podem ser corrigidas melhorando as condições de fundações das paredes e garantindo uma solidarização eficaz entre elementos distintos reduzindo os efeitos locais da concentração de esforços devido a sismos e ao assen-
tamento de fundações. As soluções construtivas propostas neste documento têm como finalidade colmatar um vazio específico na análise de problemas que aparecem frequentemente nas construções tradicionais e oferecer alguns métodos concretos e experimentados que facilitem as intervenções no momento em que se planeia uma reabilitação, sem, naturalmente, pôr de parte a necessidade de se promover uma consulta técnica e desenvolver projectos. Seja qual for o edifício que se quer reabilitar deve conhecer-se muito bem as suas características e o seu funcionamento de modo a que, mesmo recorrendo às técnicas actuais com vista a aproveitar as suas vantagens, se possa respeitar as características da construção tradicional evitando colisões nefastas à integridade do imóvel. Um bom diagnóstico é fundamental para se conseguir uma intervenção bem sucedida o que implica que cada caso
particular deve ser analisado cuidadosamente . Os exemplos recolhidos nesta súmula, embora sem corresponder a um tratamento exaustivo do assunto, fundamentam um conjunto de opções capaz de ajudar a encontrar soluções para os vários problemas existentes. Assim, sem nos determos mais no assunto, passamos a transmitir alguns dados que permitem obter soluções reversíveis e compatíveis que não venham a motivar novas patologias nos edifícios a reabilitar que é um problema que tem vindo a ganhar expressão pelo recurso a materiais inadequados: 1 - De acordo com o G.E.C.o.R.P.A., a justificação da corrosão das armaduras com base no oxigénio que penetra pelas fissuras é incorrecto. O mecanismo mais comum é a carbonatação do betão de recobrimento que endurece o betão mas também 25
o torna mais frágil, reduzindo a sua capacidade para proteger o aço. O betão armado exposto aos cloretos (em locais marítimos ou em estradas onde se utiliza sal) é particularmente sensível no que se refere à corrosão do aço. A corrosão do aço resulta no destacamento do betão. A consolidação de um elemento de betão armado afectado por estes fenómenos requer normalmente eliminação do betão deteriorado (jacto de água, meios mecânicos, etc.), a limpeza do aço, a adição de nova armadura e a reconstrução da superfície usando frequentemente betões especiais. 2 - De acordo com o IPPAR (Direcção Regional de Évora) recomenda-se, numa fase anterior, fazer a anamnese, ou seja, a investigação histórica no que diz respeito a todos os acontecimentos de origem natural ou não, como sejam sismos, alterações, intervenções de conservação, etc. 3 - A mesma fonte refere que há três tipos de compatibilidade a considerar: compatibilidade química, recomendando-se a utilização de materiais que não reajam de forma perniciosa com os materiais originais; compatibilidade física, recomendando-se uma escolha criteriosa, tendo em conta o peso, a dureza e o coeficiente de dilatação térmico, porque
as tensões de contacto poderão ser destrutivas para um deles; compatibilidade estética, recomendando-se considerações no que diz respeito não só à forma, mas também à cor e à textura dos materiais. REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS Os exemplos que se seguem respeitam, na generalidade, um conjunto de orientações que a seguir se transcrevem e que concorrem para a preservação da autenticidade dos lugares e construções, contrariando a destruição maciça dos edifícios antigos e a sua substituição por modelos pouco interessantes, que mais não são do que uma espécie de “faz de conta”, completamente artificializados e que, infelizmente, é uma tendência que se tem vulgarizado em todo o país, anulando as diferenças que enriqueciam o território. • Compatibilização com os materiais e sistemas construtivos existentes optando por intervenções pouco intrusivas; • Reversibilidade na intervenção que permite retomar a forma inicial sem grande esforço de construção civil e distinguir o acrescento;
tervenções preservando a longevidade do imóvel; • Contenção na intervenção e manutenção dos materiais existentes com intervenções cirúrgicas minimalistas que visam prolongar o seu tempo de vida . Nestas circunstâncias as estruturas em betão armado estão excluídas deste tipo de intervenções a não ser que se tratem de estruturas completamente independentes. Reportamo-nos a soluções que ganham maior cabimento no caso em que ficamos reduzidos à “casca” do edifício e todo o miolo é refeito ou no caso de intervenções pontuais e localizadas em que a introdução de um novo sistema construtivo não afecta o edifício. 4 - O IPPAR (DRE) considera que embora o prolongamento do tempo de vida da estrutura seja sempre um objectivo primordial, afirma que o princípio da intervenção mínima tem como fim a redução da intervenção contemporânea, reduzindo assim também o “ruído”, introduzido no percurso histórico do edifício.
• Aligeirar as cargas do edifício de forma a minorar os efeitos das in-
Principais deliberaçoes da câmara AUTORIZAÇÃO GENÉRICA PARA CELEBRAR CONTRATOS DE AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS ATÉ AO VALOR DE € 5000: Aprovada por unanimidade, autorização genérica para celebrar contratos de aquisição de serviços, até ao valor de €5000. SONORIZAÇÃO E ANIMAÇÃO MUSICAL DO “CARNAVAL TRAPALHÃO DOIS MIL E DOZE “ – AJUSTE DIRECTO – REGIME SIMPLIFICADO: Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável, nos termos do n.º8 do art.º 26.º da Lei do OE/2012, à contratação da Empresa José Tarouco Unipessoal, Lda, com sede em Castelo de Vide, ten-
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do em vista a sonorização e animação musical do “Carnaval Trapalhão/2012”. ALARGAMENTO E BENEFICIAÇÃO DO TROÇO DO CM 1006 – ENTRE A EM 525 E O CRUZAMENTO COM O CM 1006-1 (ALAGADORES) E PAVIMENTAÇÃO DO CM DE ACESSO AO MENIR DA MEADA: Deliberado, por unanimidade, proceder à abertura do procedimento de concurso público para a empreitada de Alargamento e Beneficiação do troço do CM 1006- entre a Em 525 e o Cruzamento com o CM 1006-1 (Alagadores) e pavimentação do CM de acesso ao Menir da Meada.
ISENÇÃO DE TAXAS: Deliberado, por unanimidade, isentar a Fundação Nossa Senhora da Esperança, das taxas referentes a uma vistoria para verificação das condições de estabilidade de parte do atual acesso ao depósito de gás, situado no logradouro do Convento de São Francisco. CARNAVAL/2012 – INSTALAÇÃO DE CARRÓCEIS – ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS: Também foi deliberado, por unanimidade, isentar da taxa relativa à ocupação da via pública a instalação dos carrosséis, durante a época do Carnaval.
A fechar... “Louco Amor” Especial: Telenovela “Louco Amor” A partir do próximo dia 5 de Março começará em Castelo de Vide as filmagens da próxima telenovela “Louco Amor”, cuja estreia em horário nobre está prevista para o mês de Abril no canal da TVI. As filmagens nesta primeira estadia irão prolongar-se até ao dia 16 e a Câmara Municipal irá disponibilizar toda a informação no link específico do site do Município. Aqui poderá acompanhar a par e passo a atualidade das filmagens. Mas, desde já, adiantamos que irão estar connosco nestes próximos quinze dias as seguintes caras: MAIS UM BOM MOTIVO PARA VIR ATÉ CASTELO DE VIDE
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Caderno: património
A propósito de um colunelo…
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o âmbito da regular observação de monumentos e sítios arqueológicos em áreas rurais do concelho de Castelo de Vide, foi com manifesto desalento que verificamos e confirmamos1 que a entrada do chafurdão do Vale da Bexiga se tinha desmoronado (fig.2). Nesta região do País, estes monumentos são, ainda, elementos marcantes da paisagem rural, de uma cultura e de um tempo passado, infelizmente subvalorizados e em grande parte desconhecidos. No que concerne ao estado de conservação destas estruturas, a situação agravou-se com o gradual abandono dos campos, principalmente desde os anos sessenta do passado século. O desapego verifica-se após o momento em que estas edificações, por algum motivo, são abandonadas logo, votadas ao esquecimento, o que, de um 28
modo geral, conduz à sua ruína. Com uma regularidade assustadora, assistimos impotentes à degradação destas curiosas edificações que, em tempos, foram de extrema importância na vida rural de pessoas e bens. Presentemente, alguns - poucos - chafurdões ainda têm alguma serventia como local de arrecadação. Pouco se sabe sobre estes imóveis mas, urge conhecer, preservar e divulgar este legado histórico intrínseco à vida rural de grande parte dos nossos antecessores. Só no concelho de Castelo de Vide a lista dos chafurdões “moribundos” é, nestes tempos, bastante extensa: Mascarro, Murta Velha, Roque Martam, Lancheiras, Cangão, Currais da Matinha, Porto de Nisa, Lagarto, Vale de Barrelas... só para citar alguns, já que muitos outros se encontram em completa ruína. Neste contexto, é importante que a breve trecho se redobrem esforços e acções concertadas das várias entidades ligadas ao Património Arqueológico e Arquitec-
tónico, assim como a população em geral, para defendermos e valorizarmos estas “estranhas casas”. O guia sobre algum do Património Arquitectónico Transfronteiriço, a ser brevemente editado (no âmbito do Projecto Partexal; Extremadura Alentejo), pode ser uma mais-valia para o conhecimento, fruição e manutenção deste e doutros vestígios do nosso Património construído em espaço rural. Após este breve preâmbulo, vamonos debruçar sobre um achado que, pensamos ser relevante para o conhecimento histórico-arqueológico da zona do Vale da Bexiga (localizada na parte oeste do concelho de Castelo de Vide). Como diz o adágio popular “não há mal que bem não traga” assim, foi com grande surpresa e entusiasmo que identificamos entre os escombros do chafurdão do Vale da Bexiga fracção de um colunelo truncado, de calcário e secção cilíndrica, que regista um símbolo desenhado em baixo relevo. Esse símbolo aparenta ser um cristograma. Os primeiros cristãos desenhavam, pintavam ou gravavam diversos símbolos nas sepulturas para representar a religião do defunto (muitas vezes de forma escondida). Um desses símbolos é o monograma de Cristo. Neste caso em particular, podemos presumir da rudimentar técnica do registo (porquanto a simbologia cristã primitiva apresenta diversas variantes) que fora dos principais centros urbanos, como é o caso, houvesse alguma dificuldade na requisição de bons artífices. Talvez a peça em referência fosse produção de um atelier local, ainda que a matéria-prima tivesse, necessariamente, de ser trazida de longe. Nesse Período, sendo o culto cristão um culto novo, parece-nos bastante plausível que a arquitectura que o servia expresse algumas diferenças determinadas pela organização social e geo-política. Verificamos que nesta peça o desenho se traduz na existência de dois triângulos quase
Fig. 1 - Chafurdão do Vale da Bexiga (1982).
Fig. 2 - Chafurdão do Vale da Bexiga (2007) Agradecemos à Drª. Susana Machado - grande entusiasta pelo património arqueológico Castelo-Vidense - que nos informou da derrocada ocorrida no referido chafurdão.
Fig. 3 - Colunelo do Chafurdão do Vale da Bexiga
Fig. 4 - Desenho do colunelo
Ver documento no ex-IPPC Évora, respeitante ao Relatório da destruição da Estação Arqueológica do Vale da Bexiga. (Oliveira, 1996)
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equiláteros, em “ampulheta”. Poderse-á identificar como sendo a letra “X” ?!. Pelo vértice que os une passa um segmento de recta oblíquo onde na extremidade mais elevada se regista um pequeno sulco oblíquo que “trunca” o referido segmento de recta. Um pouco abaixo verificamos a existência de um outro pequeno segmento de seta - transversal - em que a extremidade une ao triângulo superior (será a letra “P” toscamente representada ?!...). Obviamente, entre outras leituras, não excluímos a possibilidade de se tratar de uma marca de canteiro, ou ainda, de estarmos em presença de simbolo(s) do alfabeto rúnico. Afigura-se-nos possível tratar-se de uma peça paleo-cristã, com a particularidade de apresentar um elemento deveras inusitado que, pensamos, doravante - com outros estudos subsequentes - servirá para melhor compreender social e cronologicamente a presença das primeiras comunidades cristãs numa área que regista importantes e abundantes vestígios arqueológicos Tardo - Romanos e da Alta Idade Média. Recuperamos e deslocamos este elemento arquitectónico do local do achado para o depósito arqueológico da Secção de Arqueologia do Município de Castelo de Vide. Esta atitude não foi irreflectida, mas antes com assunção de responsabilidades, garantia de preservação da peça e, sobretudo, recordando nefastos acontecimentos para o património arqueológico registados nesta zona no final do ano de 1986. Nessa ocasião, uma importante necrópole de inumação Alto-Medieval e outras estruturas associadas, por ora indefinidas - Estação arqueológica do Vale da Bexiga - (Rodrigues 1975:pp.155,156,275. Est.s XL e CII) foram completamente destruídas2 pelo rendeiro da propriedade (fig.16). Este local dista escassos 420m para S do chafurdão do Vale da Bexiga. Assim, achou-se por bem fazer a recolha pois, garantidamente, o “tempo” a faria desaparecer. Acresce que um caminho público, dista do chafurdão cerca de 20m, 30
e há sempre gente com curiosidade por estas antiguidades: uns para conhecer, outros “interessados” no que possam recolher. Pela tipologia que a peça apresenta e, comparativamente com os colunelos recuperados em 1982 na referida necrópole (fig. 5), pelo Grupo de Arqueologia de Castelo de Vide, muito seguramente, este colunelo terá provindo desse antigo cemitério após o abandono e destruição das estruturas que aí se identificaram. O chafurdão do Vale da Bexiga terá sido construído mais tardiamente e o referido colunelo foi, tão só, mais um elemento pétreo empregue na sua construção. Muito provavelmente existiria nessa zona um local de culto para devoção dos fiéis dessa emergente religião, tal como sucedeu em Santo Amarinho, onde se regista a maior necrópole Alto-Medieval conhecida no concelho de Castelo de Vide (Rodrigues, 1978). Até aos primórdios dos anos setenta do passado século havia vestígios, nesse local, de uma ermida rural (Rodrigues, 1975). Da forma como se processou a escavação3 de 1982 - o signatário foi um dos elementos do ex-G.A.C.V. presentes na mesma - sem a devida e adequada direcção científica de um arqueólogo credenciado para o efeito, diremos que os dados apurados e resultantes dessa intervenção não são clarificadores no sentido de indicar cronologias, definição e rigorosa base de dados de unidades estratigráficas, bem como outros elementos assaz importantes para o conhecimento da ocupação do local. Acresce que a escavação do sítio foi parcial porquanto este já se encontrava amputado do seu todo inicial devido, em parte, por ignorância do que representavam essas ruínas e, entre outros factores, à mecanização e respectiva “limpeza” dessa propriedade agrícola. Em base dos materiais recolhidos na referida escavação: cerâmicas de construção (tegulae, imbrice), cerâ-
Fig. 5 - Planta da intervenção arqueológica realizada em 1982 Participaram na escavação: António Manuel das Neves Nobre Pita; João Alexandre Transmontano Laranjo; João Francisco de Alegria Magusto; José Manuel Bica Penhasco; Joaquim Henrique dos Santos Costa e Paulo Alexandre Raposo Morais.
micas de uso doméstico e industrial (porção de ânfora, pesos de tear, cerâmica comum), fíbula, cavilhas, escápulas, ponta de lança, colunelos e base dos mesmos, registamos que houve uma continuidade ocupacional do espaço em apreço desde, pelo menos, o Período Romano. Na altura, e com a ausência do melhor indicador cronológico – numismas focamos o nosso interesse num dos colunelos encontrados na área da necrópole. Este, todo trabalhado, apresentando motivos vegetalistas, permite-nos apontar como cronologia provável os séculos IV-V d.C. (Pereira e Monteiro, 2003:10), data que deverá corresponder à construção da necrópole de inumação: (…)Es ciertamente habitual que sobre una antigua villa romana, normalmente ya abandonada, se instale, a partir del s. V d. C., o una necrópolis o un edificio de culto cristiano (que puede tener, asimismo, asociada una necrópolis, anterior o posterior a la construcción del centro cultual). Igualmente, aunque en un núme-
ro mucho más bajo, se han hallado ejemplos de villae romanas que en la última fase de su existencia, en torno al s. IV d.C., parecen adquirir cierto significado religioso mediante la construcción de un oratorio privado o una iglesia cristiana entre sus estructuras.(…) (Púnzon, 2007: 175) Face à escassa informação escrita, os dados arqueológicos assumem um papel decisivo para compreender o povoamento na Antiguidade Tardia e Alta Idade Média. A tipologia dos sítios, já analisados, parece traduzir um povoamento assente em pequenos núcleos familiares e individualizados. Embora enferme pelo facto de se tratar de uma pequena área, oferecendo uma visão redutora para análise, é reconhecida espacialmente, (conforme se pode confirmar no mapa em anexo) grande quantidade do que, pensamos, seriam pequenas estruturas – cabanas. (Bugalhão, 1998: 127) na dependência directa de uma villa e de casais agrícolas, os quais terse-iam mantido com a entrada de uma nova organização social e politica (povos germânicos) até épocas, por ora, indeterminadas. Será que a ermida da Senhora das Virtudes (Trindade, 1989: p.24, 25,27, 227-229), ainda existente e localizada na zona, surge em consequência do desaparecimento de uma outra mais antiga?!. Esta já se encontra em ruínas desde, pelo menos, o ano de 1771 (Repenicado 1965: 142-143). Está afastada do principal aglomerado urbano na zona - vila de Alpalhão - em lugar ermo e isolada mas, todavia, próximo das gentes do campo e situada numa zona de potencial aproveitamento agrícola, e cuja designação pode remontar ao Período Romano. Esse isolamento contribuiu, sem dúvida, para acelerar a ruína do templo.
Embora esta edificação religiosa possa ter sido erguida no Período Moderno aí verificamos, além da existência de uma sepultura aberta na rocha granítica, outros vestígios arqueológicos, ainda que residuais, mas mais remotos, como sejam diversas porções de materiais cerâmicos romanos.
Bibliografia e outros documentos impressos:
Porventura o antigo local de culto não seriam as estruturas encontradas junto à necrópole e entretanto destruídas?
BUGALHÃO, Jacinta (1998) – O povoamento rural romano no Alentejo: contribuição da arqueologia preventiva. Revista Portuguesa de Arqueologia. Volume 1 (2). Lisboa, pp. 123136.
Estariamos em presença de uma edificação religiosa cristã?
BATATA, Carlos; BOAVENTURA, Rui e CARNEIRO, André (2000) - A inscrição paleocristã de Palhinha 1 e o seu enquadramento. Revista Portuguesa de Arqueologia. Volume 3. Número 2.2000. pp. 237-246.
Parece pouco credível aceitar a deslado do cemitério uma estrutura habitacional. Acreditamos que, com base noutros projectos de investigação arqueológica, num trabalho “aturado” de pesquisa bibliográfica e consulta de documentação antiga se poderá, porventura, coligir informações que dêem resposta a estas e outras interrogações. Estão em curso trabalhos respeitantes à Carta Arqueológica do concelho de Nisa os quais, naturalmente, terão como resultado o inventário de novos sítios e monumentos desconhecidos do meio científico e da população em geral. Para o caso em análise importa especialmente “conhecer” a margem esquerda do Ribeiro do Figueiró o qual, limita administrativamente as Freguesias de Alpalhão (concelho de Nisa) e S. João Baptista (concelho de Castelo de Vide).
CARVALHO, Joaquim (1998) Ocupação humana no concelho de Castelo de Vide desde a Pré-História até à Alta Idade Média. Revista Ibn Maruán - Revista Cultural do Concelho de Marvão, n.º 8, Dezembro de 1998. p. 189.
A finalizar, diremos que este trabalho é, tão só e apenas, um pequeno subsídio numa tarefa que se pretende em continuidade.
PAÇO, Afonso do (1949) – Inscrição Cristã do Monte-Velho (Beirã-Marvão). separata da Revista Brotéria, Vol. XLIX, Fasc. 1, Julho de 1949. Academia Portuguesa de História. Lisboa.
MAGUSTO, João e PITA, António (1996) -Levantamento Arqueológico da Zona Sudoeste do concelho de Castelo de Vide: Feitosa, Figueiras 1, Lavradores e Cangão. Actas do 2º. Encontro de História Regional e Local do Distrito de Portalegre. Associação de Professores de História. Lisboa. OLIVEIRA, Jorge de (1996) - Relatório da destruição da Estação Arqueológica do Vale da Bexiga. NP (documento no ex- IPPC Évora).
PARADINAS, Pedro J. Lavado e outros (1981) - Estudio y Proyectos sobre los valores artísticos e arqueológicos del Parque Natural de S. Mamede. Madrid. NP (estudo policopiado). Fig. 7- Fotografia de pormenor da marca incisa Castelo de Vide, Setembro de 2008.
Fig. 6 - Ermida da Srª. das Virtudes (1982)
PEREIRA, André e MONTEIRO, Mário (2003) - Cerâmica Comum Romana no Concelho de Castelo de Vide (Estudo Preliminar). Departamento de 31
História. Faculdade de Letras. Universidade de Lisboa. (trabalho policopiado).
Anexos
PEREIRA, Nuno Teotónio e outros (1992-1995) - PLANO DIRECTOR MUNÍCIPAL DE CASTELO DE VIDE -PDM. Lisboa. Registo BT 64 nas folhas 3.2a e 3.2b, Elementos anexosservidões, Património Natural e Cultural (Inventário ArqueológicoQuadro). PENHASCO, José e SARNADAS, Hernâni (1995)- Relatório da prospecção na Zona C, parcela 4 da Freguesia de S. João Baptista, Concelho de Castelo de Vide. Secção de Arqueologia da Câmara Municipal de Castelo de Vide. Castelo de Vide. pp. 11, 12, 29, 39, 41 e 86. NP (trabalho policopiado) PUNZÓN, Julio M. Román (2007)- Evidencias arqueológicas de intolerância religiosa en la Península Ibérica durante la Antigüedad Tardia. Universidad de Granada. Ilu. Revista de Ciências de las Religiones. 2007, XVIII, pp. 169-195.
Fig. 10 - Aspecto geral dos trabalhos de escavação (1982) nas estruturas contíguas ás sepulturas
REPENICADO, António V. Raposo (1965) – Relação de Sucessos Históricos, Notícias e Acontecimentos Políticos, Administrativos, Sociais e Outros da Notável Vila de Castelo de Vide. p. 142 e 143. RODRIGUES, Maria da Conceição Monteiro (1975) - Carta Arqueológica do concelho de Castelo de Vide. Edição da Junta Distrital de Portalegre. Lisboa. pp. 155, 156 e 275. Est.s XL, CII e CXXX. RODRIGUES, Maria da Conceição Monteiro (1978) - Sepulturas Medievais no concelho de Castelo de Vide. Edição da Junta Distrital de Portalegre. Lisboa. TRINDADE, Diamantino Sanches (1989) – Castelo de Vide Arquitectura Religiosa. Subsídio para o estudo das riquezas artísticas de Portugal. Vol. 1. 2ª. edição. Câmara Municipal de Castelo de Vide. Lisboa, p. 227-229. 32
Fig. 10 - Mapa de localização do Chafurdão do Vale da Bexiga no concelho de Castelo de Vide
Fig. 11 - Planta geral dos vestígios arqueológicos encontrados após a escavação realizada em 1982
Fig. 12 - Fase da escavação (1982) na zona tumular com realce para os elementos arquitectónicos avulsos
Fig. 13 - Planta da área intervencionada após a escavação de 1982 com localização de elementos arquitectónicos
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Fig. 14 - Mapa de localização dos vestígios arqueológicos na zona do Vale da Bexiga
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Fig. 15 - Resultado da destruição da necrópole medieval e estruturas anexas (foto de 1994 do arquivo da SACMCV)
Secção de Arqueologia Câmara Municipal de Castelo de Vide Centro Municipal de Cultura Rua 5 de Outubro, 1º. 7320–119 CASTELO DE VIDE Tlf - 245908220 (Câmara Municipal) Tlf - 245905154 (Centro Municipal de Cultura) Web www.cm-castelo-vide.pt E-mail arqueocmcv@gmail.com Fig. 16 - Aspecto de uma das sepulturas após a escavação realizada em 1982 pelo Grupo de Arqueologia de Castelo de Vide
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