Castelo de Vide InformAÇÃO - Janeiro 2013

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Castelo de Vide Inform

AÇÃO AÇÃO

Boletim n.º 4 - janeiro 2013 2013:

um ano cheio de eventos que não podem ser desperdiçados! pag. 26

Castelo de Vide ganha “Andanças”:

o festival internacional que nos projeta no mundo da música e da dança. pag. 4 e 5

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CASTELO DE VIDE EM NÚMEROS ESTATÍSTICA DE ENTRADAS NA SINAGOGA - 2012 PORTUGUESES 14. 828 ESTRANGEIROS 11.255 TOTAL 26.083 E do estrangeiro, quem mais nos visita vem de...

3160 França 1489 Holanda 970 Israel 773 Alemanha 729 E.U.A. 658 Itália 553 Bélgica 443 Reino Unido 309 Brasil 286 Canadá 120 Dinamarca 145 Espanha

Sumário Tema central

pag. 4-5

Atualidades

pag. 6-13

Valores da nossa terra

pag. 14-15

Desporto

pag. 16

Vidas ativas

pag. 17

Juntas de Freguesia Rostos do serviço público Opinião técnica

pag. 18-19 pag. 20 pag. 21-23

FICHA TÉCNICA Propriedade: Câmara Municipal de Castelo de Vide Projeto feito em parceria com as Juntas de Freguesia de São João Batista, São Tiago Maior e Santa Maria da Devesa.

Curiosidades alfarrábicas

pag. 24

Ficha Patrimónium

pag. 25

Diretor: Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide Coordenador: António Pita Redação: Ana Nunes, António Pita, Daniel Carreiras, João Magusto, Luís Pedro Cruz, Susana Serra

Eventos 2013

pag. 26

Composição e grafismo: António Manso

Deliberações da câmara

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Contactos: Rua Bartolomeu Álvares da Santa, 7320 Castelo de Vide e-mail: cm.castvide@mail.telepac.pt Tel.: 245 908 220 NIPC: 506 796 035 Expedição: Eletrónica e papel

Colaboradores: Ana Raimundo, Antónia Borba, Maria Joaquim Grincho, Maria José Miranda Tiragem: 1500 exemplares

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EDITORIAL NÃO EXISTE VERDADEIRA MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA SEM UMA BOA COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

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Câmara Municipal, por diversas vezes e em distintos mandatos, ensaiou a edição de boletins informativos com o objectivo de estabelecer um canal de comunicação direto, rigoroso e responsável com o exterior. Muito recentemente, a edição da newsletter Castelo de Vide.InformAção, em formato digital, foi a última experiência. Não obstante as solicitações de cidadãos para a sua emissão regular e a convição da urgência na sua realização, a prática evidenciou que a inexistência na estrutura municipal de recursos técnicos e humanos especificamente afetos ao projeto de forma permanente inviabilizava tal desiderato. No sentido de resolver esta lacuna e cumprir um objetivo estratégico no plano comunicacional da Instituição, e à luz da constante modernização que a Administração deve cuidar, a Câmara Municipal, em parceria com as Juntas de Freguesia do concelho, retoma a ideia da publicação de um Boletim, inspirado na referida newsletter. Desta vez com uma exigência maior, na medida em que para além da sua conceção em suporte digital faz agora a sua impressão em papel. Deseja-se que a comunicação possa ter um alcance mais universal e solidário com todos aqueles (ainda muitos!) que se sentem hoje “infoexcluídos” pelo facto de não terem acesso às novas tecnologias da informação. Neste contexto, para corrigir e ultrapassar as debilidades de meios da Autarquia para tal fim, aprofundou-se a relação institucional com o Grupo de Amigos de Castelo de Vide, de modo a garantir com essa cooperação a continuidade e êxito do projeto.

Em harmonia com o seu estatuto editorial, este boletim, sublinha-se, não só pretende cumprir com as disposições legais que apontam para a divulgação da vida autárquica, dando-se assim maior conhecimento público das deliberações e das iniciativas de gestão do Executivo, como igualmente visa estimular e promover a valorização do trabalho efetuado pelos trabalhadores, colaboradores e serviços, os quais podem ver aqui projetados a insubstituível missão do serviço público que desempenham. Quero, desde já, expressar o meu agradecimento a todos aqueles que queiram envolver-se neste projeto essencial que, certamente, ilustrará o dinamismo que carateriza a vida cultural e social do concelho. Quero ainda sublinhar a participação das Juntas de Freguesia, as quais ao aderirem ativamente a este projeto não só transmitem aos munícipes as obras e ações que realizam (que, por vezes, de dimensão menor passam despercebidas mas nem assim são de menor importância), como consolidam a importância da própria existência, no momento em que tanto se questiona a sua continuidade Por último, permito-me confessar o regozijo de alcançar este objetivo que há muito idealizei. Apesar de só ter nascido nesta fase final do meu último mandato, não deixa de ser um projeto, que, seguramente, se enraizará nos nossos órgãos autarquicos, promovendo a cooperação institucional e fomentando a comunicação com a comunidade e exterior.

todos os munícipes e leitores votos de um Feliz Ano de 2013. Anunciado como mais um ano de dificuldades acrescidas face à conjuntura económica e social que tem vindo a afetar todos os portugueses e instituições, deixo uma mensagem de confiança e determinação. O papel proativo e de dinamismo da Autarquia permitiu-nos previamente assegurar a captação de um conjunto interessante de eventos e realizações para o presente ano. Queremos acreditar que esse trabalho resultará num importante apoio ao nosso tecido empresarial predominante, o qual, não obstante o aumento da carga fiscal e a contração económica que o regime de austeridade impôs, tem resistido a estes tempos conturbados. O pensamento do Executivo municipal está, pois, solidário com todos os ativos residentes e toda a nossa capacidade e empenho para juntos ultrapassarmos as dificuldades do presente. António Ribeiro Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide

Por estarmos no primeiro mês do ano, aproveito a ocasião para expressar a 3


TEMA CENTRAL por António Pita

Elegemos como tema central deste número o Festival de Música e Dança “Andanças”, por considerarmos que a sua realização poderá gerar amplas e diversificadas dinâmicas. Com ele acreditamos obter positivas repercussões para a região, para além da óbvia requalificação do espaço da barragem de Póvoa e Meadas, a qual começa agora a ter as intervenções que há tanto se esperavam. Aguarda-se, pois, com muita expetativa por este evento, cuja continuidade entre nós dependerá em muito do afável acolhimento das nossas gentes. O Festival “ANDANÇAS” é um grande evento de dimensão internacional. Une participantes de todas as gerações e estratos sociais, pessoas sem preconceitos ou tabus que, imbuídos de um espírito de franco convívio, alegria e fraternidade, partilham sete dias à volta da música e da dança. Com uma intensa e variada programação ao estilo “no stop” mobiliza públicos dos quatro cantos do mundo, com indefectíveis voluntários a reservarem presença obrigatória com muitos meses de antecedência. Para além das atividades musicais e 4

da dança predominantes no alinhamento do Festival, existem múltiplas iniciativas lúdicas, culturais, recreativas e desportivas, para vários gostos e resistências físicas. Os palcos, quer criativos ou naturais, contemplativos ou ativos, intimistas ou plurais, proporcionam ao participante momentos de felicidade e paz de espírito. Depois de dezasseis edições realizadas com sucesso crescente em São Pedro do Sul, o “ANDANÇAS” é hoje uma mega-organização da ativa Associação PédeXumbo que tem sede em Évora. Reconhecido como um festival singular e exemplar em virtude dos valores em que se alicerça, desde logo assume especial destaque a grande consciência cívica e ecológica na relação com o local onde decorre, respeitando os valores patrimoniais que o mesmo possui. Este facto faz com que não obstante ser um evento de elevada participação, superando os 20.000 participantes, os efeitos da “pegada humana” são praticamente inexistentes após o último dia do evento.

“ANDANÇAS” poderá vir a ser o evento que na história do concelho mais público algum dia trouxe até nós. É precisamente este o grande virtuosismo do Festival! Reune milhares de pessoas unidas pela paixão das músicas e danças do mundo e, simultaneamente, não só garante a sustentabilidade dos recursos patrimoniais como fomenta a valorização do próprio espaço envolvente, gerando be-

nefícios diretos e indiretos. Por tudo isto, a Autarquia sente-se naturalmente orgulhosa pela Barragem de Póvoa e Meadas ter sido o local escolhido pela Organização, a qual recebeu inúmeras propostas de acolhimento, de norte a sul do país. Mas a Câmara Municipal está igualmente ciente do enorme desafio e responsabilidade que assumiu, na medida em que “ANDANÇAS” poderá vir a ser o evento que na história do concelho mais público trouxe até nós. As vantagens económicas, sociais e culturais que se antevêem com a realização desta iniciativa serão certamente múltiplas. Acreditamos que a povoação de Póvoa e Meadas poderá ser economicamente a principal ganhadora, na medida em que preside ao espírito da organização do festival a regra do abastecimento logístico ser na comunidade mais próxima. Mas abrir a população povoense às dinâmicas interactivas e cooperantes dos agentes envolvidos, quiçá, poderá ser o proveito maior. O sucesso da iniciativa será obviamente determinante para que nos próximos anos este evento possa continuar entre nós. A Câmara Municipal está confiante que a tradicional capacidade de acolhimento do nosso povo, a resposta eficaz e competente dos nossos serviços, o empenhamento das diversas instituições que vão estar envolvidas, darão total garantia para que através desse esforço coletivo o Festival “ANDANÇAS” possa criar raízes e crescer nesse palco natural e deslumbrante


que é a Barragem de Póvoa e Medas. Este recurso, durante tantas décadas abandonado e moribundo, começa agora a ter uma nova oportunidade. Explorando-se as suas potencialidades por forma a que possa vir a afirmar-se como território natural de excelência, poderá ter inequivocamente um papel estruturante na qualificação e ampliação da oferta turística da região. Assim, importa pois perceber que este projeto “ANDANÇAS” pode ser determinante para o arranque definitivo desse processo, na medida em que proporciona a divulgação, valori-

zação e promoção da região em destinos longínquos. Cumprida que está - com sucesso inimaginável até há vários meses atrás! - a fase mais difícil, ou seja, trazer este evento de tão grande envergadura para a região, é agora necessário trabalharmos por forma a agarrarmos com as duas mãos a oportunidade única de conquistarmos o futuro ideal da Barragem de Póvoa e Meadas. Andanças, um festival para todos! Contamos também contigo!

http://andancas.net 5


ATUALIDADES SOCIEDADE ESPÍRITO NATALÍCIO COM MUITA JUVENTUDE

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Natal, uma das épocas também de tradição em Castelo de Vide, foi cheio de iniciativas que deram mais luz, magia e solidariedade à nossa Comunidade. Espicaçado pelas dinâmicas “manas” Esteves, um conjunto de voluntários de diferentes idades criou um Presépio Vivo onde os animais (também ao vivo) emprestaram o ambiente perfeito do típico estábulo onde o Menino recebeu os Reis Magos. Um vasto número de “meninos e meninas Natal” cantaram ao “Salvador” 6

canções de espírito natalício para deleite da muita assistência que ocorreu ao local. Também o Fim-de-Ano trouxe primeiramente a Castelo de Vide e, posteriormente, a Póvoa e Meadas o Coro da Santa Casa da Misericórdia de Vila Velha de Rodão, numa iniciativa estimulada pela povoense Graça Rabaça, líder do grupo. O 1.º andar do Museu de Póvoa e Meadas encheu-se para ouvir um excelente reportório de músicas tradicionais portuguesas. Num momento em que as dificul-

dades grassam na sociedade portuguesa sobressai o exemplo da união das coletividades castelo-videnses. A Banda União Artística e o Rancho Folclórico N.ª Sr.ª da Alegria, reforçando o espírito cooperativo e solidário, e dando um sinal importante de coesão social, num só grupo, saíram à rua para cantar as “Janeiras” num ato sem precedentes. Depois de expressos os votos de Bom Ano Novo entregues à Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, o grupo lá foi aquecendo a noite fria seguindo o roteiro habitual das IPSS.


PÓVOA E MEADAS MODERNIZA-SE, WIRELESS JÁ ESTÁ DISPONÍVEL Desde o início de Dezembro último que os habitantes e forasteiros que passam por Póvoa e Meadas têm à disposição uma rede Wireless que faculta Internet gratuitamente na zona do Largo do Rossio, num projeto desenvolvido pela Câmara Municipal de Castelo de Vide. A antena está atualmente instalada no interior do Museu de Póvoa e Meadas, mas futuramente será colocada no exterior de modo a que o raio de ação possa vir a ser maior. Este equipamento permite a quem esteja no espaço público do centro da povoação ligar-se ao mundo da informação sem fios, através de um computador portátil ou de um simples telemóvel. Para os interessados, fica a informação que o acesso à rede é: Povoae Meadas_Digital.

CÂMARA GANHA “PRENDA” DE ARTESÃO António de Alegria Matela, nascido em 1947, há vários anos que se dedica ao artesanato. O castelo-vidense, que divide a morada entre Castelo de Vide e São João da Talha, ofereceu recentemente à Câmara Municipal uma carruagem puxada pelo respetivo cavalo, peça feita totalmente à mão com madeira e cortiça.

António Matela, presença habitual nas nossas feiras de verão, demonstra um talento natural para executar os seus trabalhos com um rigor e uma minúcia invejáveis. Apesar de já possuir um acervo notável de peças, promete que ainda tem na sua mente vários modelos para reproduzir. Este trabalho encontra-se no Posto de Turismo, onde pode ser apreciado.

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atualidades

CULTURA IMPRENSA NACIONAL E AUTARQUIA COMEMORAM A HISTÓRIA FAZENDO HISTÓRIA

da vida reuniu apontamentos e objetos da história do seu povo, e cuja família entregou o seu espólio para usufruto do museu.

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o ano em que se celebram os 450 anos da publicação do livro “Colóquios dos Simples” (10 de Abril de 1563), de Garcia de Orta, a Imprensa Nacional–Casa da Moeda decidiu assinalar a data aceitando a proposta que oportunamente a Autarquia formulou de estabelecer uma parceria para a conceção de uma agenda institucional dedicada ao médico castelo-vidense. Uma agenda que faz história no panorama bibliográfico do concelho, visto tratar-se de uma publicação especial, de uma beleza ímpar, que representa para o Município um claro orgulho. Nas palavras de António Ribeiro, presidente da Autarquia, esta edição “constitui um reforço de Identidade da cultura castelo-vidense”, pode ler-se no texto introdutório da agenda. A seleção de textos literários e introdução ficou a cargo de Susana Bicho / N Planos e a ilustração foi da responsabilidade de Ana Boavida / FBA. Um projeto que contou com o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Vide que foi apadrinhado desde a primeira hora pelo anterior presidente do Conselho de Administração do 8

INCM, dr. Estevão de Moura. Com uma tiragem de 2000 exemplares, a agenda está à venda em vários pontos do país pelo valor de 17 euros, sendo que em Castelo de Vide pode ser adquirida no Posto de Turismo. Considerando a importância do tema, o InformAção dará o devido destaque a este assunto em próximas edições.

MUSEU DE PÓVOA E MEADAS ABERTO AO PÚBICO O Museu de Póvoa e Meadas, apresentado ao público em agosto de 2012, está desde o início de janeiro parcialmente aberto. Apesar de o primeiro andar do edifício estar ainda em preparação, no rés-do-chão é possível aos visitantes apreciar inúmeras peças de arqueologia, objetos e fotografias referentes às remotas origens de Póvoa e Meadas, que atestam a presença humana desde os tempos do paleolítico. O espaço presta homenagem a José Pedro Martins Barata - dando-lhe o seu nome -, povoense que ao longo

Não será demais lembrar que o projeto deste espaço surge no âmbito do programa de musealização que a Câmara Municipal de Castelo de Vide vem desenvolvendo desde há uma década, e que conta já com o Centro de Interpretação do Megalitismo (Castelo), o Núcleo de História e Arquitetura Militares (Castelo), a Sinagoga Medieval, o Museu de Arte Sacra (Igreja de Santa Maria) e ainda a Oficina/Museu Mestre Carolino. O Museu de Póvoa e Meadas pode ser visitado de quarta a sábado das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 18h00. Nos domingos apenas durante o período da manhã (10h00 às 13h00) e nas terças somente durante a tarde (15h00 às 18h00). Às segundas o espaço está encerrado. Agenda-se para breve a abertura integral do Museu, respetivamente o acervo dos objetos etnográficos e da história mais recente da Freguesia.


EXPOSIÇÃO NA SINAGOGA RELEMBRA O TERROR DO HOLOCAUSTO Está patente e aberta ao público na sala polivalente do Museu da Sinagoga, desde 27 de Janeiro, uma exposição referente ao Holocausto. Uma exemplar iniciativa das funcionárias afetas àquele espaço, Ana Bela Santos e Emília Dias, para assinalar o Dia do Holocausto.

regime nazi que, entre 1939 e 1945 exterminou milhões de pessoas, entre as quais 6 milhões de judeus. A data escolhida assinala o dia em que as tropas soviéticas, em 1945, libertaram os prisioneiros do campo de concentração e de extermínio de Auschwitz, na Polónia, então ocupada por tropas nazis.

Testemunhos reais de sobreviventes do Holocausto, referências cinematográficas e literárias relacionadas com o tema e fotografias, muitas e impressionantes, que contam a horrenda história.

Em Portugal, a data foi aprovada pela Assembleia da República em 2010, designando-se este dia como o Dia de Memória do Holocausto.

27 de Janeiro foi a data instituída, em 2005, pela Organização das Nações Unidas (ONU) para manter viva a memória do enorme massacre do

A exposição pode ser visitada até março, durante o horário de funcionamento do Museu da Sinagoga, das 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. IMPERDÍVEL! A palavra Holocausto tem origem

No grego antigo e, traduzido à letra, significava “Sacrifício pelo Fogo”. A partir do século XIX, passou a designar grandes catástrofes e massacres, sendo que após a Segunda Guerra Mundial, o termo foi utilizado especificamente para fazer referência ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo então regime nazi, fundado por Adolf Hitler. Atualmente, e cada vez mais, a palavra Holocausto tem sido adotada somente para se referir ao massacre dos judeus pelas mãos do regime nazi, apesar de terem sido mortas tantas outras pessoas, não judias.

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atualidades

TURISMO REDE DE JUDIARIAS DE PORTUGAL FILMA EM CASTELO DE VIDE PARA FUTURO ESPÓLIO NACIONAL DA HERANÇA JUDAICA

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o dia 12 de janeiro, o Museu da Sinagoga foi o cenário para algumas entrevistas, no âmbito de um projeto da Rede de Judiarias de Portugal que pretende reunir o maior espólio possível, a nível nacional, no que diz respeito à herança judaica nacional. Na ocasião, foram entrevistados António Pita, Vice-Presidente da autarquia, e Ana Bela Santos, autora do livro Fala Yael, Castelo de Vide – Os Judeus e a Inquisição. Jorge Patrão, secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal, acompanhou as filmagens e, quando questionado, adiantou que “quando vemos casos como o de Castelo de Vide, percebemos que Portugal tem desprezado ao longo dos séculos muito da História de Portugal no que diz respeito a esta vertente. E esta vertente não é falar dos outros, é falar de nós próprios porque esta é a nossa história.” Referindo-se à Rede, o responsável frisou que “aquilo que nós fizemos foi criar uma associação cujo objetivo é

recuperar as memórias do património, das ruas, da vivência, memórias sociais e religiosas desta componente da história portuguesa”. O projeto que envolveu filmagens em Castelo de Vide “vai conduzir a um banco de dados nacional, uma organização de produto cultural que se transformará também em produto turístico e que vai ajudar a credibilizar Portugal”, como explicou Jorge Patrão.

é património português. As memórias não são apenas as pedras em si, é também a memória das pessoas”. E é precisamente aí que entra a importância deste projeto que, com entrevistas iniciais em Vila Nova de Paiva, Castelo de Vide e Trancoso, começa “a gravar memórias das pessoas, dos habitantes, dos autarcas, do trabalho e daquilo que é a imagem desta temática de forma a que a mesma não se perca”, adiantou Jorge Patrão.

No entanto, será um trabalho moroso e do qual grande parte ainda está por fazer. O Secretário da Rede lembrou que “o Estado não tem nenhuma organização em base de dados do que

Um trabalho vastíssimo por todo o país que permitirá, nos próximos seis ou oito anos, “ter um Portugal diferente nesta componente judaica da história portuguesa”, terminou.

CASTELO DE VIDE EM DESTAQUE NUM CANTO DO MUNDO A revista Neozelandesa Life and Leisure publicou recentemente um artigo dedicado a Portugal. Na edição de janeiro/fevereiro da referida publicação, Castelo de Vide aparece como um destino imperdível no nosso país, ao lado de Lisboa, Évora e Marvão. Entre o castelo de S. Jorge, os pastéis de Belém ou a Catedral de Évora, a revista deu ênfase à herança judaica em Castelo de Vide, às ruas da Judiaria, bem como à afamada Fonte da Vila. Os interessados podem fazer o download da revista e ler o artigo dedicado a Portugal, através do endereço 10

http://magazinesdownload.com/category/NZ-Life-Leisure.aspx


PRESIDENTE DA AUTARQUIA INTEGRA DELEGAÇÃO DA REDE DE JUDIARIAS EM VISITA A ISRAEL O Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Ribeiro, irá visitar a Feira de Turismo (International Mediterranean Tourism Market) de Telavive, em Israel, de 3 a 8 de Fevereiro. O autarca foi convidado a integrar a delegação da Rede de Judiarias de Portugal, numa viagem que pretende promover a identidade judaica sefardita portuguesa e o Plano de Ação da Rede de Judiarias. Importa recordar que a Rede de Judiarias, fundada em Março de 2011, surgiu com o intuito de defender o património urbanístico, arquitetónico, ambiental, histórico e cultural, relacionado com a herança judaica em Portugal. Castelo de Vide, que tem uma importante e inegável história ligada ao judaismo, é um dos

municípios integrantes da Rede, juntamente com Alenquer, Belmonte, Castelo Branco, Évora, Freixo de Espada à Cinta, Guarda, Lamego, Penamacor, Sabugal, Tomar, Torres Vedras e Trancoso. À margem da Feira de Turismo, a delegação – constituída por cerca de 15 membros - fará ainda algumas visitas a personalidades israelitas relacionadas com a história sefardita. Nessas visitas está programada a entrega do livro “Dom Isaac Abravanel, Estadista e Filósofo”, da autoria de Benzion Netanyahu (pai do atual Primeiro Ministro israelita), obra que está pela primeira vez na história a ser editada em português, precisamente pela Rede de Judiarias de Portugal.

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL VISITOU CASTELO DE VIDE No dia 6 de Janeiro, um grupo de alunos da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril visitou Castelo de Vide, numa iniciativa promovida pela Turismo do Alentejo – ERT. Ao final da manhã, os 16 mestrandos de Gestão Estratégica de Destinos Turísticos foram recebidos pelo vice-presidente da Câmara, António Pita, que abriu as portas do Salão Nobre dos Paços do Concelho para uma breve introdução à história castelo-vidense, bem como às principais características do concelho enquanto destino turístico. O grupo seguiu depois até ao Museu da Sinagoga, numa visita guiada. Entre histórias, curiosidades e tradições, o grupo desceu então até à Fonte da Vila e terminou o circuito na Oficina-Museu do Mestre ferreiro Carolino Tapadejo. 11


atualidades

SOLIDARIEDADE BAILES TRADICIONAIS DAS COMADRES E COMPADRES ANIMAM A 3ª IDADE

DAR SANGUE É DAR VIDA COLABORE! A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Portalegre vai promover no dia 2 de Fevereiro uma ação de colheita de sangue, no Centro de Saúde de Castelo de Vide, das 09h00 às 13h00. A Associação há vários anos que desenvolve colheitas de sangue por todo o distrito, sendo Castelo de Vide um dos concelhos abrangidos com duas colheitas por ano. Recorde-se que qualquer pessoa pode ser dadora, ajudando a salvar vidas, desde que seja saudável, tenha entre 18 e 65 anos e pese pelo menos 50 kg.

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tradição em Castelo de Vide voltará a cumprir-se e, nas duas quintas-feiras que antecedem o Carnaval, a Câmara Municipal irá promover os Bailes das Comadres e dos Compadres, iniciativas que contam com a colaboração da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide, do Lar N.ª Sr.ª da Graça e Sociedade Recreativa e Musical de Póvoa e Meadas. Assim, no próximo dia 31 de janeiro tem lugar o Baile dos Compadres na Casa do Povo de Póvoa e Meadas, pelas 15h30. Na semana seguinte, a 7 de fevereiro, o Baile das Comadres, desta feita no Centro Municipal de Cultura, também pelas 15h30, juntará de novo os nossos idosos foliões. O objetivo desta iniciativa é de manter uma tradição enraizada na comunidade castelo-vidense, a qual vive com particular espírito carnavalesco esta festividade, para além de consolidar as relações de afeto e de interatividade junto dos grupos mais idosos. As inscrições podem ser efetuadas no Gabinete de Ação Social, em Castelo de Vide ou no Museu de Póvoa e Meadas. 12

ESPETÁCULO PARA AJUDAR OS BOMBEIROS A Associação Comercial e Empresarial do Nordeste Alentejano (ACENA) irá promover um espetáculo de fado e dança a 15 de Fevereiro, pelas 21h00, no Salão dos Bombeiros. “Silêncio que se vai dançar o fado” será uma simbiose única entre o fado e a dança, num gesto solidário para com os Bombeiros de Castelo de Vide, uma vez que a ação

será em benefício dos mesmos. O espectáculo contará também com o apoio e colaboração da Escola Silvina Candeias, de Portalegre, e ainda com a contribuição de João Durão, Débora Fernandes, Carla Traguil e Sónia Chó, cozinheiros convidados que irão confecionar o jantar com sabores característicos da região.


AMBIENTE PLANTAR HOJE A FLORESTA DO FUTURO lizadas nesta última campanha foram na sua totalidade disponibilizadas no âmbito de uma candidatura ao projeto “Floresta Comum” desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Ambiente e Ordenamento do Território, em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, a Quercus e a Associação Nacional de Municípios Portugueses.

CÂMARA MUNICIPAL APOSTA NA LIMPEZA URBANA COM NOVA ASPIRADORA

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o dia 13 de Janeiro, cerca de sessenta voluntários participaram em mais uma ação de reflorestação na Serra de S. Paulo. A autarquia promoveu a iniciativa que permitiu plantar mil novas árvores, entre carvalho português, carvalho americano, sobreiro e azinheira. A ação teve início pouco depois das 10h30 e, em praticamente uma hora, os voluntários e a equipa de sapadores municipais deram por concluído o trabalho. Em forma de agradecimento, e à semelhança do que tem

vindo a acontecer anualmente nestas ações, a autarquia ofereceu depois uma refeição informal a todos quantos participaram na iniciativa. Com esta última campanha de reflorestação, contam-se já mais de 15 mil árvores plantadas em cerca de 20 hectares da Serra de S. Paulo. Este projeto, iniciado em 2006, mantém-se com o objetivo de recuperar zonas afetadas pelos incêndios ocorridos em 2003. De salientar ainda que as plantas uti-

A Câmara Municipal de Castelo de Vide adquiriu, no início de janeiro, uma nova viatura de limpeza, nomeadamente uma varredoura / aspiradora urbana. Na base desta compra está o objetivo de uma melhor e mais eficaz limpeza das ruas da vila. A máquina, que teve um custo de 74 mil euros (valor sem IVA), apresenta uma potência de 58kw, contém um contentor com capacidade volumétrica de 2 m3 e tem uma capacidade de aspiração de 36.800 m2/hora, sendo que a cabine tem lotação para o operador e um acompanhante.

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Valores da nossa João da Conceição Nascimento Chaves nasceu em Castelo de Vide a 4 de Agosto de 1930. Com 82 anos de idade, e a emblemática barbearia na ‘Carreira de Cima’ há quase sessenta, o ‘Chinês’, como é chamado na vila, não pensa fechar a porta. Até porque, como o próprio afirma, a barbearia “é uma relíquia”. - Como nasceu esta barbearia? - Eu tinha 23 anos naquela altura e estava a trabalhar em Tomar, mas tinha cá a namorada… E já se sabe como é aquela coisa dos namoros… Resolvi vir para Castelo de Vide e montei aqui a barbearia. E pronto, já vai fazer sessenta anos.

dúvidas. Muitas vezes não tenho nada que fazer e venho para aqui, mesmo quando a barbearia está fechada. Sinto-me aqui bem, sabe? Sento-me aqui, ou vou ali para o escritório fazer umas contas ou ler umas coisas. Agora já não tenho paciência para ler tanto mas dantes lia muito.

- Mas é natural de Castelo de Vide. Estava em Tomar… - Estava a trabalhar, já. Eu assim que acabei a quarta classe fui logo aprender a barbeiro. O meu pai era mestre sapateiro numa sapataria e eu fui lá para uma barbearia que era do mesmo dono. E passados uns anos fui ali para uma barbearia onde hoje é a Noz (café), o patrão era cabeleireiro, homem também, que naquela altura não havia mulheres cabeleireiras em Castelo de Vide.

- E uma história que recorde especialmente aqui da barbearia? - Olhe, tenho uma ou outra dos tempos do Salazar que nunca mais esqueci… Mas vou-lhe contar uma alegre. Eu estava aqui a cortar o cabelo a um freguês engenheiro que veio montar ali o campo de ténis, tinha vindo do Porto. E, antes de o atender, ele disse-me: «eh pá, você trabalha aí com uma rapidez! Nunca cortou ninguém?» E eu disse-lhe: «não, nunca cortei ninguém, nunca tal coisa aconteceu.» E não é que depois o homem senta-se aqui, eu comecei-lhe a cortar o cabelo e cortei-lhe a orelha? Ele até devia pensar que eu tinha feito de propósito, mas não, foi mesmo sem querer! Mas pronto, não foi grave, que ele não foi para o hospital! (risos)

- Alguma vez se imaginou a fazer outra coisa? - Não! Tratei de funerais, fui agente funerário, porque quando morria alguém da família dos clientes, nós – barbeiros – é que tratávamos do funeral. Ainda fiz isso muitos anos, tratei de mais de quinhentos funerais! - Então e o “chinês”? Como é que surgiu essa alcunha que lhe ficou para a vida? - Foi no Carnaval. Vestia-me de chinês, de palhaço, deitava lume pela boca… (risos) Gostava muito de me vestir no Carnaval e assim ficou… “Olha, lá vai o chinês!” Acharam graça e pronto, ficou. - Um sítio particularmente especial aqui em Castelo de Vide…? - É aqui a minha barbearia, não tenha 14

- E os seus clientes, como os define? - É tudo boa gente! - Uma vida inteira nesta casa. Pensa fechar a porta? - Não, nem pensar! Enquanto eu tiver saúde não fecho! Isto é uma relíquia… Todos os dias aqui vêm pessoas tirar retratos, conversar comigo… Todos os dias! Eu daqui a bocado posso não ter aqui ninguém (clientes) mas essas cadeiras estão cheias de malta a conversar comigo. Nunca estou sozinho, aqui.


terra

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DESPORTO CASTELO DE VIDE DÁ NOVA PARTIDA À VOLTA AO ALENTEJO

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31ª Volta ao Alentejo vai arrancar de Castelo de Vide, a 20 de Março, sendo que as equipas chegarão na véspera. A edição deste ano da ‘Alentejana’ vai decorrer de 20 a 25 de Março e, à semelhança de anos anteriores, terá como principais patrocinadores o Crédito Agrícola e as autarquias alentejanas envolvidas. Recorde-se que em 2012 a vitória pertenceu a Alexey Kunshin (Lokosphinx). O russo acabou por bater o português Filipe Cardoso (Efapel/ Glassdrive) através do desempate por pontos, já que os dois atletas igualaram o tempo na classificação geral.

PAVILHÃO MUNICIPAL RECEBE TORNEIO DE TÉNIS DE MESA A 2 DE FEVEREIRO No dia 2 de Fevereiro vai realizar-se um Torneio de Ténis de Mesa no pavilhão municipal, pelas 14h30, numa organização conjunta da Câmara Municipal e da Casa do Povo de Castelo de Vide. As inscrições podem ser efe-

tuadas até 30 de janeiro no pavilhão e, para qualquer dúvida ou informação adicional, os interessados devem contatar o Gabinete de Desporto através do email desporto@cm-castelo-vide. pt ou do telefone 245908220.

CASTELO-VIDENSE PAULO MORAIS “UM PINGUIM EM DESTAQUE NA MOTO JORNAL”

Paulo Morais, castelo-vidense e funcionário do Município de Castelo de Vide participou nos passados dias 12 e 13 de janeiro na “Pinguins”, a maior concentração motociclista de inverno, em Valladolid, Espanha. O castelo-vidense percorreu cerca de 1.000 km aos comandos de uma moto citadina – decisão de última hora, como aliás se pode ler na reportagem do Moto Jornal. 16


VIDAS ATIVAS CHEIROS, SABORES E EXPERIÊNCIAS DA NOSSA TERRA Inês Cerejo há 10 anos atrás iniciou a sua atividade na doçaria e é hoje uma pequena empresária de sucesso. Com ela falámos de um dos produtos mais prestigiados de Castelo de Vide.

A

RECEITA

D. Inês Cerejo há cerca de uma década que se dedica à gastronomia típica de Castelo de Vide. São-lhe conhecidas as queijadas, as boleimas, as empadas ou, na época natalícia, as azevias e as filhós. Desafiámo-la a partilhar connosco a receita da sua boleima de maçã, que aqui reproduzimos.

Ingredientes: 650 gr de farinha 175 gr de banha 0,65 dl de óleo 4 colheres de fermento em pó 2,5 dl de leite 4 maçãs fatiadas Modo de preparação: Aqueça a banha com o óleo, junte a farinha e o fermento, em seguida adicione o leite e amasse tudo muito bem. Divida a massa em duas porções iguais. Forre um tabuleiro com uma porção da massa, espalhe as maçãs fatiadas por cima dessa massa estendida e polvilhe com açúcar amarelo e canela. Sobreponha a segunda parte da massa e polvilhe novamente com açúcar amarelo e canela. Vai ao forno à temperatura de 260º. Bom apetite.

“PENINSULAR” UM CAFÉ QUE MARCOU GERAÇÕES O Café Peninsular é uma das casas que fazem parte da história recente de Castelo de Vide. Situado na “Carreira de Cima”, há trinta anos que a cara deste café é o Sr. Daniel, que não hesita quando lhe perguntamos qual é o melhor produto da casa: -“Este sítio sempre foi conhecido pela bica, as pessoas vinham aqui principalmente por causa do café. Mas isso notava-se mais há uns anos, claro, agora há muitas casas aqui com boas marcas de café.” Sportinguista ferranho, o amigo Da-

niel consegue manter a boa disposição que o caracteriza mesmo com os atuais maus resultados do seu clube. Ambiciona fazer obras na casa e modernizar o espaço mas de momento “não há dinheiro para isso...”. Frequen-

tado pela população mais idosa, no inverno é a casa que oferece o ambiente aconselhável para ver uma boa partida de futebol, enquanto que no verão a esplanada do fim de tarde é uma experiência sedutora. 17


I

JUNTAS DE FREGUESIA FREGUESIA EM DESTAQUE - SÃO JOÃO BATISTA CUIDAR DOS PORMENORES PARA FAZER A DIFERENÇA! As Grandes Opções do Plano das freguesias do concelho já foram aprovadas para o ano em curso. Apesar das limitações financeiras os projetos são vários e as ideias ambiciosas. O InformAção irá acompanhar alternadamente o dinamismo e as ações levadas a cabo pelas quatro Juntas do concelho. Começamos por S. João Batista, cujo popular presidente Joaquim Custódio nos fala das iniciativas que arrancam neste início de ano.

D

urante o mês de janeiro a Junta levou a cabo uma série de pequenos trabalhos de manutenção e recuperação de espaços e equipamentos da sua área de jurisdição. Para o resto do ano estão previstas várias ações das quais Joaquim Custódio nos dá conta nesta breve entrevista.

Que projetos a Junta de Freguesia tem em mente para 2013? J. C.: A Junta tem definido como prioridade a construção de um telheiro ao lado do grelhador público no Parque Malato Beliz. Os vários eventos que nele ocorrem justificam uma maior atenção neste tipo de estruturas que possam substituir os tradicionais stands. Assim, a Junta optará por fazer um telheiro em madeira, no mesmo estilo do grelhador e que dê para abrigar o

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funcionamento de bar ou cozinha. Em matéria ambiental, iremos substituir e plantar árvores em vários locais da freguesia, como no Miradouro da Penha, no Parque Malato Beliz, no Bairro de Santo António e na rua dos Bombeiros Voluntários de Castelo de Vide. Mas, naturalmente, que assumirá particular destaque o apoio às intervenções que têm vindo a desenrolar-se na Barragem de Póvoa e Meadas com vista à requalificação e preparação do espaço para o Festival Andanças. Num ano de dificuldades para todos estaremos também sensíveis à necessidade de auxiliar as Associações, nomeadamente aquelas que têm um papel social mais importante. Que tipo de atividades a equipa de trabalhadores tem realizado? J.C.: Este ano os trabalhadores da Junta de Freguesia começaram por arranjar calçadas e substituiram vários espelhos, que infelizmente têm sido vandalizados. A equipa também colocou resguardos nos contento-

res do lixo situados na Senhora da Penha, para que não caiam com o vento, e uma proteção no parque de estacionamento junto do Centro de Saúde. Além disso, já começaram a aplicar herbicida em vários pontos da freguesia para controlo das ervas infestantes e brevemente farão a limpeza em zonas da prática de pesca desportiva na Barragem da Póvoa. A equipa é reforçada por elementos das outras Juntas? J. C.: Em serviços maiores sim, quando se justifica, juntam-se em grupo os elementos das Juntas. Isso acontece em projetos comuns como foi o caso do recente Encontro da Liga dos Combatentes. Sobre a grande obra que irá brevemente iniciar na área da sua Junta refere: “Esta intervenção é uma mais-valia para Castelo de Vide”, afirma Joaquim Custódio, já que poderá “embelezar aquela entrada” e permitir “maior segurança para as muitas pessoas que se deslocam a pé no troço Martinho-São José”.


CASTELO DE VIDE VAI TER ENTRADA PRINCIPAL MAIS MODERNA E SEGURA

Simulação da rotunda no sítio do Martinho

TROÇO MARTINHO - S. JOSÉ JÁ TEM ANTEPROJETO A Câmara Municipal de Castelo pretende, durante este ano, levar a cabo um projeto de valorização da entrada da vila, desde a zona do Martinho a S. José, na freguesia de S. João Batista.

Depois da requalificação da entrada oposta (S. Vicente-Avenida da Europa), chega agora a vez deste ponto sensível ser intervencionado. O projeto base já pode ser consultado no

site da Autarquia ou na sede da Junta. A intervenção irá proporcionar uma entrada na vila com uma imagem mais moderna e valorizada, ao mesmo tempo que determina percursos para peões e viaturas de forma segura e disciplinada. Para o efeito, além de serem criadas infraestruturas contínuas nas margens da estrada para circulação pedonal, onde a plataforma suspensa no pontão da Baía é elemento de referência, também a construção da rotunda de S. José irá promover maior segurança do acesso rodoviário ao Bairro de Santo António.

Plataforma em suspensão ao longo do Pontão da Baía

Simulação da rotunda de São 19 José


Rostos do serviço público Conhecida por “Fernandinha”, diminutivo que faz jus à sua simpatia, é uma das funcionárias administrativas mais antigas da Instituição. Com cerca de 33 anos de função pública, trabalhou em vários Executivos como telefonista e de 2001 a 2005 como secretária do Vice-presidente António Pita, tendo-lhe sido sempre reconhecida a sua competência e discrição. Foi com o seu sorriso característico e o habitual espírito afável que nos confessou alguns segredos:

Entrevista flash Nome: Fernanda da Conceição Roxo Curvelo Carapeto Função na CMCV: Telefonista Ao serviço desde: 1980 Clube: Sporting Clube de Portugal Hobbies: Ver televisão, navegar na Internet Defeito: Timidez Qualidade: Humildade Prato: Bacalhau com Natas Bebida: Um bom vinho tinto Música: REM, Paulo Gonzo, José Cid Viagem adiada: Açores Maior aventura: O nascimento da minha filha Férias: Algarve (Armação de Pêra) Amiga de adolescência: Elisa Chaves Rua do Mercado: Lembra-me a minha infância, foi lá que fui criada. O melhor de Castelo de Vide: A sr.ª da Penha

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OPINIÃO TÉCNICA

N

o caso de estruturas que não foram executadas para ter os seus componentes expostos (pedra ou tijolo maciço) é desaconselhável a remoção de rebocos. Esta situação está vulgarizada pelo país e resulta em paredes “descarnadas” e em abóbadas picadas que perderam a sua proteção ficando à mercê da degradação. No caso do tijolo, isto origina decaimento acentuado. A utilização de vernizes também não

é recomendável pelo carácter de irreversibilidade que altera o comportamento dos materiais, impedindo a sua respiração; As cantarias de granito não devem ser picadas ou lavadas com decapantes ou outros químicos corrosivos ou de base ácida porque perdem a película de proteção conseguida ao longo do tempo, designada por pátina. A remoção da cal ou a limpe-

za da pedra deve ser efetuada por lavagem com água e sabão e escovas de cerdas moles, nomeadamente plásticas. A utilização de escovas de arame deixa limalhas de ferro na pedra que criam pontos de ferrugem e aceleram a sua degradação; Os rebocos interiores e exteriores em paredes antigas devem ser exclusivamente de cal e areia ao traço 1:3 ou 1:4 conforme as situações. O acaba21


opinião técnica

mento deverá ser feito por caiação. O desempeno das paredes é desaconselhável. Os rebocos devem respeitar a geometria original dos paramentos por muito tortuosos que sejam. Embora não defendamos o recurso a argamassas bastardas (cal, areia e cimento), elas poderão ser utilizadas se a percentagem de cimento for bastante reduzida. A substituição de rebocos pode ser feita com argamassas bastardas com uma percentagem reduzida de cimento (traço 1:2:9 com acabamento estanhado). As argamassas de cal hidráulica induzem o mesmo tipo de problemas atribuído às argamassas de cimento, essencialmente devido à sua extrema dureza e pouca plasticidade, e à presença de sais. Entende-se que deve ser utilizada nas argamassas, preferencialmente, a cal aérea (cal parda). Devendo a cal hidráulica surgir apenas muito pontualmente e sempre em associação com a cal aérea. Como sabemos o endurecimento de argamassas, que utilizam a cal aérea como ligante, é feito à custa da absorção do dióxido de carbono existente no ar, no entanto, se imaginarmos uma obra feita numa alvenaria interior, no Inverno, com humidade relativa elevada e deficiente circulação de ar, apercebemo-nos que estamos confrontados com um ambiente adverso à continuação dos trabalhos. Para minimizar esta contrariedade já existem empresas de materiais de construção vocacionadas para a reabilitação que comercializam produtos adequados, devidamente testados pela experiência adquirida ao longo do tempo resultante da sua aplicação em várias obras. Meramente a título de exemplo, poder-se-á referir o caso do Secante Pozolânico D. Fradique associado à cal aérea, produzida pela mesma empresa que, de acordo com a informação recolhida, se traduz na ausência de fissuração no reboco e num elevado grau de impermeabilidade do revestimento à água no estado líquido e que, além de permitir uma elevada respirabilidade dos revestimentos, resolve esta situação, isto é, os eventuais encas22

ques pontuais vão ganhar consistência adequada ao prosseguimento do trabalho. Por outro lado para resolver problemas correntes como: • Assegurar o cumprimento dos traços e quantidade de água das amassaduras; • Impor a forma adequada de efetuar a mistura dos vários componentes (a introdução da água na betoneira, ainda com esta parada, será sempre precedida da mistura de cal aérea hidrófuga e das areias); • A dificuldade de manter tapada a betoneira enquanto decorre a primeira operação; • A dificuldade de encontrar em muitos locais do país as areias próprias ao fabrico das argamassas; • A necessidade das argamassas de cal aérea serem feitas exclusivamente com areias lavadas, porque este ligante, contrariamente ao cimento assegura a plasticidade requerida das argamassas sem o recurso à “goma” nas areias; • A falta de qualificação dos executantes para efetuar os acabamentos requeridos para os rebocos; • A dificuldade de criação e manutenção de espaços necessários ao armazenamento das areias no estaleiro. A mesma empresa criou a Argamassa Ecológica D. Fradique constituída por cal aérea hidrófuga e areias selecionadas, misturadas em fábrica e com um traço adequado à granulometria da areia. Contêm um teor de humidade que lhe permite minimizar a produção de pó em obra. É comercializada em sacos de cerca de 5 e 20 Kg, e passado cerca de 60 minutos, já se evaporou a quantidade de água de amassadura o que permite uma maior compactação do revestimento e a quebra da primeira película de carbonato de cálcio entretanto formada, facilitando assim a entrada de CO2 para o interior. Quando, em presença de água, se

adicionam pozolanas às argamassas de cal aérea, estas adquirem um comportamento muito diferenciado do simples endurecimento por carbonatação. Na verdade formam-se silicatos de cálcio e aluminosilicatos de cálcio o que permite que a argamassa faça presa debaixo de água e o endurecimento seja maior e independente da distância ao ar, isto é, a camada endurece por igual ao longo da espessura do revestimento que a contém. As pozolanas são assim particularmente indicadas para a realização de injeções em suportes que apresentam fendilhações ou se encontram desagregados, mesmo naqueles que por conterem argamassas de cal aérea conduziriam a descolagens se fossem utilizados cimentos nas injeções. Igualmente o assentamento de alvenarias e enxilharias se pode processar com este tipo de argamassas. Doutra forma, seria necessário um período temporal bastante dilatado para o CO2 chegar ao ponto médio duma alvenaria de 0,60 m de largura e carbonatar a argamassa feita exclusivamente de cal aérea e areia. As pozolanas são igualmente indicadas para adição em pequenas quantidades às argamassas de cal aérea, conferindo-lhes maior dureza inicial e maior aderência a suportes de base argilosa. Têm óptimas aderências aos mais variados suportes mecânicos, do adobe à taipa.*(1) *(1) De acordo com o IPPAR (DRE), em relação às argamassas que são referidas para diversos fins, embora concorde com a generalidade, considera incorreta a menção de marcas comerciais. Ainda relativamente às argamassas, pensa-se ser importante chamar a atenção para a necessidade de se manterem todas as que se encontrarem funcionais, sendo sempre preferível executar remendos, com material compatível, eventualmente homogeneizado com barramento geral, no caso dos rebocos, do que a remoção completa. Dever-se-á, também aqui, seguir o princípio da intervenção mínima, para além do da compatibilidade.

A abertura de vãos deve ser feita com reforços com perfis metálicos (um de cada lado do vão), devidamente tra-


tados por causa do contacto com a cal da parede. Para o reforço de cunhais ou fendas profundas recorre-se à injeção de argamassas não retrácteis. O acrescento em altura das paredes tradicionais, se não for feito nos próprios materiais que constituem a parede, deverá ser feito com tijolo maciço travado que é um elemento resistente que funciona pelo peso próprio tal como os materiais que compõem uma alvenaria tradicional e portanto assume as suas características aderindo à alvenaria o que lhe garante a sua coesão estrutural e física. O mesmo não acontece com um lintel em betão que tem um peso significativo e cria uma superfície desligada no contacto com a alvenaria original. O recurso ao tijolo furado é uma hipótese mas aconselha-se o preenchimento do interior do tijolo com cimento para aumentar a sua resistência. *(2) *(2) Segundo o IPPAR (DRE), a utilização de tijolo furado, cheio com cimento “Portland”, considera-se condenável, por ser uma solução que não respeita o princípio da compatibilidade, especialmente na vertente química, com introdução de sais na estrutura. Julgam ainda ser de apontar aqui, que nas paredes de taipa, os acrescentos e os remendos poderão ser feitos recorrendo a elementos de adobe, eventualmente reforçados, nas ligações, com pernos de aço inox ou fibra de vidro, garantindo assim a compatibilidade dos materiais e a segurança.

Para aumentar a resistência, o reforço das paredes estruturais pode ser executado com um revestimento nas duas faces da parede com uma espessura de 3 a 5 cm (no máximo 10 cm por lado). Este revestimento integra uma rede de metal distendido, fixa à alvenaria com grampos metalizados, e coberta com microbetão *(3) que depois recebe um cobrimento com aplicação de argamassa bastarda. O reforço da alvenaria também pode ser feito, de forma mais simplificada, recorrendo à utilização de rede de galinheiro e posterior aplicação de argamassa bastarda.

*(3) A mesma fonte refere que este tipo de reforço das paredes de alvenaria em betão armado, só deverá ser equacionado quando se verificar um grande acréscimo de carga na estrutura, como por exemplo, em casos de mudança de uso, muito especialmente em zonas sísmicas.

A consolidação de fendas pode ser feita diretamente com peças metálicas “gatos”, de preferência em aço inox. Os tabiques ou paredes de pequena espessura (não resistentes) no caso de fortemente degradados, devem ser refeitos ou por processo idêntico ou executando as divisórias em material leve (gesso cartonado, MDF, madeira, placas Viroc). No caso do gesso cartonado estamos perante tabiques com estrutura de madeira ou metálica que poderão ser revestidos com placas duplas, em cada face, podendo o interior ser preenchido com lã mineral. Nos pisos térreos estas divisórias poderão ser executadas em tijolo furado pois não há o perigo de acréscimo de peso à construção embora se admita que, por uma questão de reversibilidade no caso de novos compartimentos, faça sentido manter o princípio da utilização das divisórias leves. O reboco nas paredes interiores existentes pode também ser executado com argamassa bastarda. As redes técnicas (águas, esgotos, eletricidade, comunicações, gás, etc.) devem ser concebidas sem abertura de roços nas paredes existentes. A solução passa pelo assumir das tubagens exteriores, pelo recurso a coretes ou pelo atravessamento de elementos construtivos novos (pavimentos, divisórias, etc.).

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CURIOSIDADES ALFARRÁBICAS CLÍNICOS DA TERRA EM AGENDA DA ESPECIALIDADE

E

ste ano trouxe à luz do dia a edição da agenda comemorativa dos 450 anos sobre a publicação dos “Colóquios” de Garcia

d´Orta, a qual, daqui a várias décadas, terá certamente um interesse inusitado para bibliófilos. Mas já no ano de 1943, o Instituto Pasteur de Lisboa editava para o 2º quadrimestre uma pequena agenda de bolso. O particular interesse dessa agenda, para além do “guia terapêutico” apresentado no final da pequena brochura, é o de cada folha do diário apresentar uma nota subordinada à História da Medicina Portuguesa. A curiosidade que nos leva a este registo reside no facto de desde o dia 1 de maio a 31 de agosto aparecerem várias referências históricas a dois médicos castelo-videnses.

Respetivamente: -13 de maio: “1880, José António Serrano é nomeado demonstrador da secção cirúrgica da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa”. - 2 de Julho “1885, ano que o mesmo é nomeado professor da Escola de Belas Artes de Lisboa (Anatomia Artística e Higiene dos Edifícios).” - 10 de Julho “1672 data do nascimento em Castelo de Vide do notável cirurgião António Dias Inchado”. A última referência vai para o ano de 1885, afirmando-se que a “16 de julho José António Serrano foi nomeado, definitivamente, cirurgião do Banco do Hospital de S. José.”

A BOA PINGA CÁ DA TERRA NA EXPOSIÇÃO AGRÍCOLA DE LISBOA NO SÉCULO XIX Sem os meios de divulgação e promoção publicitária que hoje massivamente caraterizam a nossa sociedade atual, a Europa do século XIX encontrou na realização de grandes exposições, universais ou nacionais, a solução para a divulgação e promoção dos novos inventos que então emergiam sob o patrocinio das Academias e outras Agremiações então em voga. Lisboa seguia a moda das principais capitais europeias e exibia também o melhor que se fazia no país em grandes exposições temáticas e sectoriais, das quais se publicavam extensos e completos catálogos sobre todos os atigos expostos. O catálogo da “Exposição Agrícola de Lisboa de 1884”, impresso pela Im24

prensa Nacional, evidencia no grupo correspondente à “vinha, vinho e mais produtos fermentados”, a importância da produção vinícola do distrito de Portalegre. A região é representada por 10 concelhos, com 72 vitivinicultores, onde Portalegre sobressai de forma categórica com 24 adegas enquanto Castelo de Vide lidera o 2º grupo com 12 adegas, logo seguido por Elvas (11) e Nisa (10).

As adegas castelo-videnses que se fizeram representar neste grande palco pertenciam aos seguintes produtores: - João Severiano Carrilho Bello; Vicente Bugalho; Manuel Diogo Coelho; Pedro Manuel Durão; Álvaro Augusto Godinho; Manuel Mendes Guerreiro; António da Graça Miranda; José Francisco Pereira; José Vitorino de Bastos Pimenta; José Reis Pimental; João António Raposo e Padre Seraphim Sequeira.


FICHA PATRIMONIUM JARRINHO DO MASCARRO

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aro e enigmático; assim se define uma pequena peça arqueológica do acervo municipal que se encontra no depósito arqueológico da Seção de Arqueologia Municipal. Encontrado no verão tórrido de 1985, nas ruínas do Mascarro, freguesia de S. João Batista, o feliz achado carateriza-se por ser um pequeníssimo jarro de vidro negro, com apenas 2,1 centímetros de altura e 12 cm de bojo, de uma só asa. de que existe um exemplar idêntico encontrado na importante estação arqueológica algarvia da Balsa (entre Olhão e Tavira), cidade capital do Algarve Oriental romanizado. O Mascarro, que tem o curioso microtopónimo de Judiarias, regista vestígios da presença humana a partir do período romano, tendo sido uma villa que esteve em actividade até à alta idade média. As escavações efetuadas pela Seção de Arqueologia incidiram essencialmente numa área de dependências rústicas

destinadas à actividade agrícola presumivelmente da primeira fase da ocupação do local, tendo sido igualmente aberto um setor na área residencial onde eram perfeitamente evidentes as reutilizações de elementos arquitetónicos romanos em fase posterior, do período visigótico. Aliás, já antes destas pesquisas levadas a cabo pelo então Grupo de Arqueologia de Castelo de Vide (embrião da atual Secção Arqueologia da Cãmara Municipal de Castelo de Vide) o casal de investigadores Maria da Conceição Monteiro Rodrigues e Diamantino Sanches Trindade, tinham efetuado sondagens no local nos anos 70 tendo descoberto uma moeda visigótica de ouro, mandada cunhar pelo rei Égica. Mas voltando ao nosso objecto romano, obviamente que ele não teria qualquer funcionalidade prática, mas sim uma função de adorno e/ ou de culto. Sabemos o quanto a cultura romana produzia abundância de objectos de sorte, amuletos, brinquedos, e vários outros objectos à dimensão da própria profusão de divindades que preenchiam as religiosidades do pensamento romano. Este objeto, a que é atribuído um enquadramento cronológico entre o III e o IV século d.C., tem figurado em diversas exposições. Enquanto objeto observado isoladamente terá

o seu valor artístico intrínseco, para além obviamente da sua antiguidade que poderá ascender aos 1700 anos. Mas tendo em conta outros vestígios contemporâneos encontrados em estações arqueológicas do mesmo período que evidenciam valiosas produções, de rebuscado sentido estético, permite-nos interpretar que o território onde hoje se inscreve Castelo de Vide, para além da sua localização geográfica ser periférica e a nossa população de então viver predominantemente numa economia assente na actividade primária, são evidentes as relações com os grandes centros produtivos e a aquisição de objetos de culto que entretanto as famílias mais ricas que dominavam o território fizeram cá chegar.

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EVENTOS 2013 CARNAVAL

8 a 12 de fevereiro

ENCONTRO ANUAL ACP CLÁSSICOS 16 de março

VOLTA AO ALENTEJO EM BICICLETA 20 de março

PÁSCOA

Programa intenso a partir de dia 15 de março até 1 de abril

MUNDIALITO DE FUTEBOL DA INTERLINES C. PORTUGAL 2 a 6 de abril

ENCONTRO DOS ANTIGOS COMBATENTES 25 de abril

COMEMORAÇÕES DOS 450 ANOS DOS COLÓQUIOS - 22 e 23 de abril no instituto de medicina tropical e 4 e 5 de maio em Castelo de Vide.

BTT - 1ª MARATONA CVD 14 de maio

ULTRA-TRAIL S. MAMEDE 18 de maio

ENCONTRO NACIONAL DE GIRAVOLEI junho

SEMANA DE CASTELO DE VIDE NA CASA DO ALENTEJO 25 de maio a 2 de junho

CONVÍVIO COM A EQUIPA TÉCNICA E ATORES DA TELENOVELA “LOUCO AMOR” 8 de junho

PORTUGAL LÉS-A-LÉS 9 de junho

VI OPEN XC DE CASTELO DE VIDE de 23 a 29 de junho

2º FESTIVAL DE ALFAZEMA E ERVAS AROMÁTICAS 13 de julho

FESTIVAL ANDANÇAS de 19 a 25 de agosto

FEIRA MEDIEVAL

de 29 de agosto a 1 de setembro

6º TORNEIO DA AVIAÇÃO CIVIL de 13 a 15 de setembro 26


PRINCIPAIS DELIBERAÇÕES DA CÂMARA Reunião de 2 de janeiro de 2013 ACORDO DE COLABORAÇÃO - A Câmara Municipal ratificou o despacho do Senhor Presidente da Câmara que aprovou o acordo de colaboração a celebrar entre o nosso Município, a Direção Regional de Educação do Alentejo e o Instituto de Segurança Social, no âmbito da Educação pré-escolar, para o corrente ano letivo. FUNDOS DE MANEIO - A Câmara Municipal deliberou autorizar a constituição de alguns fundos de maneio, a favor de trabalhadores municipais, para se fazer face a pequenas despesas, urgentes e inadiáveis e em caso de reconhecida necessidade. Reunião de 16 de janeiro de 2013 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTELO DE VIDE - A Câmara Municipal deliberou conceder um subsídio no valor de 47 278,24 € (quarenta e sete mil, duzentos e setenta e oito euros e vinte e quatro cêntimos), destinado a manuais e material escolares, gasóleo destinado ao aquecimento central do edifício, alimentação e uma verba para levar a efeito o projeto “Árvore dos Patrimónios”. - POSTO DA GNR DE CASTELO DE VIDE – CONSTRUÇÃO DO ANEXO – ELABORAÇÃO DOS PROJETOS DAS ESPECIALIDADES – AJUSTE DIRETO - A Câmara Municipal deliberou emitir prévio parecer favorável para se proceder à contratação, por ajuste direto, à Empresa Confiplano, Controlo e Fiscalização de Obras, Lda, com sede em Portalegre, para elaboração dos projetos de especialidades da alteração e construção do anexo do Posto da GNR de Castelo de Vide. CARNAVAL TRAPALHÃO/2013 – SONORIZAÇÃO, LUZ E ANIMAÇÃO MUSICAL – AJUSTE DIRETO

A Câmara Municipal deliberou emitir prévio, parecer favorável, para se proceder à contratação, por ajuste direto, à Empresa José Tarouco, Unipessoal, Lda, tendo em vista a sonorização e luz do Carnaval Trapalhão/2013, nos dias 9 a 12 de Fevereiro, pelo valor de 4 800,00 € (quatro mil e oitocentos euros) CARNAVAL TRAPALHÃO/2013 – ANIMAÇÃO MUSICAL – AJUSTE DIRETO - A Câmara Municipal deliberou emitir parecer prévio, favorável, para se proceder à contratação, por ajuste direto, da Banda T, com sede em Tomar, tendo em vista a animação do Carnaval/2013, pelo valor de 1 250,00 € (mil duzentos e cinquenta euros). NOVO SITE DO MUNICÍPIO DE CASTELO DE VIDE – TRADUÇÃO DE CONTEÚDOS- AJUSTE DIRETO - A Câmara Municipal deliberou emitir parecer prévio, favorável, para se proceder á contratação, por ajuste direto, de Inês Patrícia da Graça Ruivo, tendo em vista a tradução dos principais conteúdos estáticos do site para inglês e espanhol, pelo valor de dois mil quatrocentos e quarenta euros. CARLIDE, ATIVIDADES HOTELEIRAS, LDA – PAGAMEMENTO DE RENDAS EM PRESTAÇÕES - A Câmara deliberou autorizar o pagamento das rendas, em dívida, relacionadas com o Quiosque do Parque 25 de Abril e Snack Bar da Boavista, em seis prestações. BAR “J.M.” – PROLONGAMENTO DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: - A Câmara Municipal deliberou autorizar o prolongamento do horário de funcionamento do Bar “J.M.”, sito na Volta do Penedo, em Castelo de Vide, até às 4 horas da manhã do dia seguinte, nas sextas-feiras,sábados e vésperas de feriados, até ao final do mandato do atual Executivo Municipal. 27


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