Jornal de Ferreira - junho 2017

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FEIRA REGADIO DO

de

jornal ferreira

A MAIOR DE SEMPRE! >>pp.21

2017

Câmara Municipal avança

com o alargamento do

Parque de Empresas >>pp.2

REQUALIFICAÇÃO URBANA

Director: Aníbal Reis Costa . Ano XXIII . Número 80 . junho 2017 . Distribuição Gratuita Boletim Informativo da Câmara Municipal|Fundado em setembro de 1994

DM ctt correios

TAXA PAGA PORTUGAL

FERREIRA DO ALENTEJO

ENTRADA NORTE DE FERREIRA DO ALENTEJO >>pp.3

CICLOVIA NA EN2 LIGAÇÃO ENTRE A ROTUNDA DO MERCADO E A FONTE NOVA >>pp.2

REQUALIFICAÇÃO DA

ENTRADA SUL RUA DAS DAS PISCINAS E RUA DOS BENEMÉRITOS >>pp.3


ditorial OBRIGADO! Será a última vez que me dirijo a todos/todas, em virtude de terminar, no próximo mês de outubro, um ciclo de três mandatos consecutivos (2005-2017) como responsável pelo Jornal de Ferreira (JF). Devo dizer, com grande sinceridade, que o JF tem conseguido cumprir, respeitando de forma muito rigorosa, a periodicidade trimestral da sua edição e dando um grande contributo para unir todos os ferreirenses no Concelho e daqueles se encontram fora da nossa terra.

CICLOVIA NA EN2 LIGAÇÃO ENTRE A ROTUNDA DO MERCADO E A FONTE NOVA Requalificação da frente urbana entre a EN121 e o parque de lazer da Fonte Nova, com a construção de ciclovia, passeio, zona verde e extensão da rede de iluminação pública, que permite a individualização das

vias de tráfego. Valor base do concurso público: 800.000,00€ Concurso a decorrer e a aguardar entrega das propostas.

O JF tem sido um importante veículo informativo da atividade da Câmara Municipal, das freguesias e dos vários agentes económicos, sociais e culturais de Ferreira do Alentejo para todos/todas que se interessam pela nossa vida coletiva. Terminamos um ciclo que foi marcado por circunstâncias que, na maior parte das vezes, não dependeram de nós mas que afetaram, de forma muito acentuada, a gestão e administração da CMFA (ver entrevista ao Presidente, nas páginas seguintes). Não obstante as dificuldades, conseguimos modernizar o Concelho e a própria Câmara Municipal, melhorar o bem-estar das pessoas e CRIAR VALOR no nosso território. Soubemos apostar no Desenvolvimento Económico, que é fundamental para o Futuro, e que nos tem permitido ser um Concelho de referência a nível regional (mais baixa taxa de desemprego da região) e com notoriedade assinalável a nível nacional. Estamos hoje MELHOR e SOMOS MAIS VALORIZADOS e RECONHECIDOS. Depois de TODAS as obras/iniciativas/atividades que foram lançadas e que ainda lançaremos até ao mês de outubro, a CMFA terá, ainda, A MELHOR SITUAÇÃO FINANCEIRA desde que existem registos contabilísticos fidedignos. Recuperámos a confiança de fornecedores/credores e temos um dos mais baixos prazos médios de pagamentos de que há memória. A CMFA terá, no próximo mandato autárquico (2017-2021) todas as condições para continuar o caminho do desenvolvimento e do bem-estar das pessoas. Será uma autarquia forte, com capacidade para realizar, investir e apoiar tudo o que entender fazer e definir ao nível estratégico. Foi sempre o nosso lema gerir de forma sustentada a CMFA, por forma a permitir que os eleitos seguintes pudessem contar com mais recursos e mais oportunidades do que aquelas que, por força das circunstâncias, tivemos ocasião de dispor. É um princípio de vida, fundamental, que quisemos trazer para a CMFA e que nos orgulhamos de poder afirmar ter conseguido atingir durante estes quase 12 anos em funções. Até ao fim do mandato continuaremos a nossa atividade com o mesmo empenho, determinação e rigor que demonstrámos desde o início. Iremos lançar algumas obras e projetos que nos pareceram estruturantes para o nosso Concelho, que permitirão uma melhor condição para lidar com um futuro, que, desejamos e esperamos, muito risonho e cheio de oportunidades de desenvolvimento e de bem-estar.

AMPLIAÇÃO DO

PARQUE DE EMPRESAS Projeto das obras de urbanização executado, incluindo rede viária, rede de distribuição de água, rede de saneamento de águas residuais, infraestruturas

Fazemo-lo conscientes da nossa responsabilidade e das oportunidades que tivemos e da exigência da nossa função. Quero agradecer a todos e todas que colaboraram com o Jornal de Ferreira, ao longo destes anos, fazendo votos que possam continuar a demonstrar a mesma disponibilidade de colaboração com os futuros responsáveis deste órgão informativo da CMFA. Foi um prazer servir a nossa terra e contribuir para o bem-estar e felicidade de todos e todas! Do fundo do coração...OBRIGADO!

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Aníbal Reis Costa

anibalreiscosta@cm-ferreira-alentejo.pt www.facebook.com/anibalreiscosta

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elétricas e de telecomunicações. Trata-se de um valor na ordem de 1.813.294,95 € + IVA o que se traduz em 1.922.092,65 euros.


REPARAÇÃO DO POLIDESPORTIVO NA EB2,3/S

Reparação do pavimento betuminoso do polidesportivo da EB2,3 em Ferreira do Alentejo. E execução de piso betuminoso no antigo campo da malha do parque de desportos para adaptação a campo de mini-basquete. Obra no valor de 19.190,70 € + IVA= 20.342,14 euros, consignada à Tecnovia Açores S.A.

REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MERCADO MUNICIPAL Requalificação do 1º piso do edifício do mercado municipal e arranjo da zona envolvente, dotando-o de melhores condições de serviço e de eficiência energética. Uma obra que passa também pela intervenção ao nível dos vãos, revestimentos e redes prediais de infraestruturas.

A decorrer, sob a responsabilidade do empreiteiro: Iceblock, Sociedade de Construções S.A. e no valor de 525.900,00 € + IVA= 557.454,00 euros.

REMODELAÇÃO DOS BALNEÁRIOS PÚBLICOS Remodelação profunda do edifício dos balneários públicos, com nova cobertura, eliminação de amianto, novas redes prediais de água, saneamento, energia elétrica, novos equipamentos sanitários e nova valência para acolhimento em situação de emergência social. Obra a decorrer no valor de 113.891,41 € + IVA= 120.724,89 euros e sob a responsabilidade do empreiteiro - H.Teixeira & Cª, Lda.

REQUALIFICAÇÃO DA ENTRADA SUL (Rua das Piscinas e Rua dos Beneméritos) Requalificação da rua das Piscinas com separação das vias de tráfego para automóvel e velocípedes, novos pavimentos, passeios etc. Empreiteiro: MAJA – Manuel António & Jorge Almeida – Construções. S.A. Obra no valor de 84.060,22 € + IVA= 89.103,83 euros. A aguardar formalização do contrato.

REQUALIFICAÇÃO URBANA

ENTRADA NORTE DE FERREIRA DO ALENTEJO

Arranjo urbanístico da zona expectante em frente à Igreja N.ªS.ª da Conceição - Empreiteiro MAJA – Manuel António & Jorge Almeida – Construções. S.A.

Uma obra no valor de 239.044,30 € + IVA =253.386,96 euros. A aguardar formalização do contrato.

EDIFÍCIO DE APOIO AO RESERVATORIO DE ÁGUA Ampliação da zona de apoio ao conjunto de reservatórios de água de Ferreira do Alentejo, de molde a acolher equipamento para tratamento de água. Obra concluída, no valor de 21.922,55 € + IVA= 23.237,90 euros, sob a responsabilidade do empreiteiro - MJ Mestre Unipessoal, Lda.

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A cerca de três meses de concluir o seu terceiro e último mandato, em entrevista ao “JF” Aníbal Reis Costa pronuncia-se sobre o trabalho desenvolvido ao longo de 12 anos como presidente do município. J.F.- Na reta final deste seu terceiro mandato consecutivo, como analisa o trabalho desenvolvido ao longo de 12 anos? A.R.C. - Três mandatos muito positivos para o Concelho, na sua globalidade. No entanto, temos que diferenciá-los: O primeiro (2005-2009) conseguimos cumprir na íntegra tudo a que nos propusemos, dado que as grandes restrições que sentimos sobretudo no segundo mandato (2009-2013) ainda não eram muito fortes. No caso deste último (20132017) pode dizer-se que é um misto dos outros anteriores, isto é, se no início, até ao final do ano passado, estávamos num quadro altamente difícil e limitador, com a entrada em funções do novo Governo, bem como a substancial melhoria da situação financeira da CMFA (que nos prejudicou de 2005 a 2015) as coisas, como é do conhecimento público, tornaram-se bastante mais fáceis, c o m a p o s s i b i l i d a d e d e te r m o s EFETIVAMENTE meios que nos possibilitam realizar, sem sobressaltos, a nossa atividade municipal. Ao nível geral do Concelho foi, seguramente, o período na História recente, onde mais progredimos e em que mais investimento foi realizado no nosso território, tendo a CMFA dado um grande contributo para que isso se verificasse. J.F. - São muitos os projetos levados a cabo pela Câmara Municipal ao longo de todo o período da sua presidência. Há alguma marca ou projeto que queira, globalmente, referir, ao longo deste período (2005-2017)? Refiro apenas cinco “marcas” as quais me parecem melhor refletem a dinâmica que conseguimos criar, sem qualquer ordenação (de maior/menor importância): - Clara aposta no Desenvolvimento Económico – criámos um serviço municipal (CEDEC) para tratar de assuntos tão relevantes como a captação de investimento privado, atendimento de investidores/empreendedores, elaboração de candidaturas a fundos comunitários (que foram o nosso balão de oxigénio, nos momentos mais difíceis). Resolvemos os problemas burocráticos que afetavam o Parque de Empresas de Ferreira do Alentejo e o Parque Agro-industrial do Penique (Odivelas). Criámos o Ninho de Empresas e atraímos muito investimento privado para o nosso Concelho. Antes de muitos outros, a CMFA priorizou o Desenvolvimento Económico com a estratégia “No Centro do Que É Importante” e isso, aliado às boas condições para investir, teve um impacto tremendo para a captação de investimento privado de grande valia para o território. - Equilíbrio das contas da CMFA – fruto de grandes investimentos que foram feitos no Passado, muito à custa, exclusivamente, do Orçamento Municipal, vivemos ao longo dos anos, com adicional dificuldade da crise financeira do País, literalmente a PAGAR os EMPRÉSTIMOS que foram contraídos até de

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2005. Com grande esforço, que quisemos sempre tornar transparente, atingimos uma situação de grande SAÚDE FINANCEIRA a partir de finais de 2015. (ver resposta mais desenvolvida na questão sobre a situação financeira). - Aposta na Valorização do Espaço Público e construção de infraestruturas – apostámos com grande intensidade (de acordo com os meios financeiros com que pudemos despender) na requalificação/regeneração urbana de zonas que se encontravam degradadas ou que estavam subaproveitadas com instalação de equipamentos que permitiram uma maior fruição do espaço público. Houve, igualmente, um reforço na construção de infraestruturas (equipamentos desportivos, rede de centros culturais, casas mortuárias) e um grande enfoque à defesa do Ambiente (Rede de ETARs, Ferreira Sustentável) - Criação de novas respostas sociais – Foi implementado o que designámos por Ferreira Solidária, que agrupam vários serviços que visam dar uma resposta ao nível da proteção social dos mais necessitados. Incluem-se neste domínio o SAI (Serviço de Apoio ao Idoso) GIP (Gabinete de Inserção Profissional, que visa encaminhar os utentes para as ofertas de emprego que estão disponíveis) o Ferreira +Perto (Autocarro social para apoio aos que têm menor mobilidade) Loja Social (uma das primeiras do País) Viver Melhor (para auxílio a obras em habitações), entre outras iniciativas pontuais, mas que significam muito para quem mais precisa. - Valorização da MARCA FERREIRA e do Território – Houve uma grande preocupação, logo desde que assumimos

funções, da necessidade em conferir maior notoriedade e visibilidade ao nosso Concelho. Significando isso uma completa aposta nos fatores que nos trouxeram maior visibilidade, como foi o caso dos projetos estruturantes para a região, os 3A´s (Alqueva, Aeroporto e Autoestrada) e a própria afirmação da estratégia “No Centro do que É Importante” e da “Capital do Azeite”. A própria DEFESA daquilo que é nosso, pelas nossas características próprias, mas também, sobretudo, pela nossa vantagem face a outros territórios. J.F. - Considera-se satisfeito com os resultados obtidos ao nível da captação de investimento privado no concelho? A.R.C. - Dificilmente, face a conjuntura e reais possibilidades, poderia ter ficado mais satisfeito. O investimento direto privado na agricultura e agro-indústria (azeite, amêndoa e outros) superou os 150 milhões de euros e quase outro tanto ao nível das energias renováveis (solar fotovoltaica) O Parque de Empresas, em Ferreira do Alentejo, encontra-se com apenas quatro lotes disponíveis, tendo já a CMFA avançado para o necessário processo de ampliação. No Parque Agro-industrial do Penique (o espaço por excelência de instalação da agro-indústria) o cenário é semelhante, com apenas um lote disponível (a CMFA já diligenciou para em sede de PDM avançar para o seu alargamento). Foi divulgada há bem pouco tempo (ver a edição anterior do JF) que Ferreira do Alentejo tem a mais baixa taxa de desemprego do Distrito (e uma das mais baixas de Portugal). Ora isso só acontece pela dinâmica económica que se tem verificado na nossa terra. Há uns anos atrás,

o nosso Concelho era sempre “má notícia”. Ultimamente isso não se tem, felizmente, verificado. Há expetativas e novas oportunidades que os agentes económicos se apressam em aproveitar e a criar valor e emprego. Estes últimos 7/8 anos foram muito importantes para um território como o nosso que se encontrava a definhar e com pouca esperança no futuro. É com satisfação que digo que, em conjunto com várias entidades e empreendedores, conseguimos inverter esse caminho “para o abismo” e estamos num território valorizado e apetecido pelos investidores nacionais e internacionais. J.F.- Como se encontra atualmente a situação financeira da autarquia? A.R.C. - Temos vindo a fazer, ao longo dos últimos anos (ver gráfico) um enorme trabalho na consolidação das contas municipais, que permitiu diminuir a dívida de médio/longo prazo e o Prazo Médio de Pagamento (PMP) a Fornecedores para mínimos históricos. Nunca será demais referir o passado recente. Desde 2008 vivemos uma crise económicofinanceira mundial, sem paralelo na nossa história recente, que se agudizou sobretudo nos anos 2011 e 2012 e atingiu todos os setores de atividade, público e privado, e em especial as Autarquias Locais. Foi assumido desde a primeira hora, que continuaríamos a honrar todos os compromissos que foram estabelecidos ao longo dos últimos anos. Ao longo dos últimos 12 anos, a dívida referente a empréstimos contraídos “caiu” cerca de 63 por cento, passando de 8,4 milhões de euros em 2005 para menos de 3,15 Milhões de euros. Uma redução de mais de 5,2 milhões de euros, a que se acrescem


FERREIRA DO ALENTEJO “No Centro do que É Importante!” “Capital do Azeite” Endividamento Médio/Longo Prazo 8.390.696,99€

3.700.807,55€ 3.144.320,53€

os juros pagos no mesmo período. Para além do esforço na diminuição da dívida de médio/longo prazo, também na dívida de curto prazo foi feito um trabalho que a todos nos deve orgulhar. Apesar dos constrangimentos por que passou nos últimos anos, a CMFA não tem pagamentos em atraso. Temos vindo, a reduzir, ano após ano, o Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores . Em 2016, o PMP a fornecedores atingiu um mínimo histórico de 19 dias, o que tem permitido reforçar, de forma significativa, a credibilidade entre a CMFA e os seus fornecedores. Quer isto dizer que, no fim deste mandato, que termina no próximo mês de outubro, depois de lançadas todas as iniciativas, obras e realizações que foram e estão sendo do conhecimento público, a CMFA terá a MELHOR SIT AÇÃO FINANCEIRA desde que existem registos contabilísticos fidedignos.

proibições/restrições de contratação. J.F- Sem os resultados desejados e apesar do grande empenhamento que a CMFA vem demonstrando desde a primeira hora, o aeroporto de Beja continua a aguardar por melhores dias. Que perspetiva faz sobre o futuro desta infraestrutura? A.R.C. - Parece-me uma situação que se resolverá com o decorrer do tempo e quando a questão do “Novo Aeroporto de Lisboa” se definir de vez. Continua a haver um grande receio por parte de muitos interesses instalados que gravitam em torno de Lisboa que entendem o Aeroporto de Beja como (mais) uma potencial ameaça. E estão, em parte certos, porque o

Aeroporto de Beja tem condições únicas para expansão e oferece condições para o tráfego aéreo que o eventual/futuro aeroporto do Montijo só poderá prever com grandes quantidades de recursos públicos (só a retirada da Força Aérea do Montijo custaria o dobro da eletrificação da linha ferroviária até Beja, conclusão da Autoestrada A26 e apetrechamento adicional do Aeroporto de Beja) estando já terminado e pago. Não tenho dúvidas que, após um tempo de reflexão e necessária pressão por parte das entidades regionais (não só do Distrito mas de toda a região) teremos a plena valorização de um importante ativo para o País e que será determinante para a afirmação da nossa região. Depois do Porto Sines e do Alqueva, o Aeroporto de Beja poderá ser uma importante “alavanca” para a nossa afirmação no contexto nacional.Ferreira do Alentejo, nesse aspeto, terá muito a ganhar! J.F.- E quanto às obras da A26, agora praticamente concluídas apenas em parte do concelho de Ferreira? A.R.C. - Porque é que terá sido? Pois...durante mais de quatro anos só o Município de Ferreira do Alentejo protestou e formalizou esse protesto. Nunca percebemos a razão de outros Municípios não se terem juntado a uma causa que era justa e merecedora do nosso empenho. Assim teremos a A26 (que ligará à A2) a uns meros 10 minutos da Sede de Concelho (a 5 de Figueira dos Cavaleiros) possibilitando uma melhor mobilidade e tornando ainda mais atrativa

a nossa terra. J.F.- Se pudesse recuar no tempo corrigia alguma coisa? A.R.C. - Apesar de globalmente não mudar nada, há sempre aspetos que poderíamos ter feito melhor. Só quem acha que nunca errou, poderá achar que não poderia fazer melhor. Ora como todos, também errámos, como é normal e expectável a todos os que têm que tomar opções sobre muitas coisas durante 12 anos... O que foi complicado de gerir ao longo deste tempo foi o binómio situação financeira da cmfa-situação financeira do País. Se só um destes aspetos fosse negativo, as coisas teriam sido bastante melhores para todos. Nem duma, nem de outra situação tivemos responsabilidade direta, mas tivemos que lidar com as duas. Como diria alguém...é a vida! J.F.- Que mensagem quer deixar aos munícipes, depois de ter sido o Presidente da CMFA há mais anos consecutivos em funções? A.R.C. - Esperança e Otimismo. O nosso Concelho tem grandes potencialidades com pessoas capazes e competentes que podem continuar a afirmar a nossa importância e a valorizar tudo e todos. Se o caminho que iniciámos há 12 anos for mantido, o Concelho de Ferreira do Alentejo vai crescer, modernizar-se e ficar mais forte e dinâmico e isso vai ser decisivo para todos os que cá vivem.

J.F.- Qual o maior problema com que o concelho se debate atualmente? A.R.C. - Apesar de perdermos menos pessoas do que há alguns anos atrás,continuamos a ter um êxodo populacional elevado, face à pouca diversificação na empregabilidade e na reduzida capacidade de empreendedorismo (criação do próprio emprego). Baixa natalidade, com o envelhecimento da população tornam o quadro mais complicado. Não obstante isso, pelo facto de termos uma das mais baixas taxas de desemprego no País, e pelo facto de muitos jovens começaram a entender a Agricultura como uma grande oportunidade, estou otimista no sentido de podermos inverter uma situação que já sentimos há várias décadas e que, infelizmente, é a marca do Interior de Portugal. Continua a existir uma enorme dependência do “emprego público” o que em alturas de crise como a que vivemos entre 2010 e 2014 pode ser um problema acrescido, devido às

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RECUPERAÇÃO DA ESCOLA BÁSICA DE

ALFUNDÃO A Câmara Municipal continua com as obras de Requalificação na Escola Básica de Alfundão.Os trabalhos em curso passam pela substituição da instalação elétrica, pavimentos, portas e janelas, pintura,

criação de um novo parque infantil no exterior, bem como toda a remodelação das instalações sanitárias. De referir que a obra foi adjudicada à empresa H. Teixeira & C.ª Ldª, no valor de 152.500,00 euros.

PREFA

RECUPERAÇÃO DE EDIFÍCIOS ESCOLARES EM FERREIRA DO ALENTEJO

Intervenção ao nível dos quatro edifícios do complexo escolar e arranjo do espaço exterior da escola EB1 c/ Jardim de

Infância de Ferreira do Alentejo Obra a decorrer no valor de 332.430,29 € + IVA= 352.376,11 euros.

PREFA

PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS E ESPAÇOS ESCOLARES DE FERREIRA DO ALENTEJO

PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS E ESPAÇOS ESCOLARES DE FERREIRA DO ALENTEJO

NOVO CAMPO DE RECUPERAÇÃO DE ESPAÇOS ESCOLARES EM FUTEBOL RELVADO FIGUEIRA DOS CAVALEIROS

A obra de construção de um campo de futebol com relvado sintético, com sistema de rega automática e rede de drenagem, na Escola Secundária EB 2,3 José Gomes Ferreira em Ferreira do Alentejo, está concluída. Os alunos deste estabelecimento

de ensino, passam assim a contar com mais e s t a i m p o r t a n te i n f ra e s t r u t u ra desportiva.Uma obra com um valor estimado de aproximadamente 65 mil euros.

Intervenção ao nível da cobertura, caixilharia, W.C(s) e revestimentos do edifício da EB1, bem como do

PREFA PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS E ESPAÇOS ESCOLARES DE FERREIRA DO ALENTEJO

PREFA PROGRAMA DE REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS E ESPAÇOS ESCOLARES DE FERREIRA DO ALENTEJO

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equipamento e arranjo do espaço exterior envolvente. Obra a iniciar em brevemente no valor de 137.631,52 euros.


OBRAS NO PEROGUARDA ESTÁDIO MUNICIPAL NOVA RUA EM

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo levou a efeito a construção de uma nova rua na localidade de Peroguarda. Rua situada junto ao edifício do Centro Cultural/Casa do Povo, lado Sul, que permite a ligação entre a Estrada Nacional 387 e a malha urbana da Aldeia. Uma obra adjudicada pelo valor de €42.000,00.

PARQUE SÉNIOR JUNTO AO CEMITÉRIO DE ALFUNDÃO Requalificação urbana do espaço expectante junto ao cemitério de Alfundão, novos pavimentos, zona verde, parque geriátrico e mobiliário urbano. Obra no valor 54.000,00 euros, a iniciar em breve pela empresa Construções do Baça Ld.ª.

Construção dos balneários do Estádio Municipal, execução de pala a cobrir a bancada e obras de urbanização no exterior. O projeto tem o valor de 740.000,00 euros.

AQUISIÇÃO DE VIATURAS A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo adquiriu recentemente novas viaturas para apoio da população. Um Dumper que irá ajudar nas obras realizadas pela Câmara Municipal; uma carrinha de sete lugares para prestar apoio aos idosos nas deslocações a consultas médicas; uma carrinha para recolha de monos. Três grandes investimentos que irão reforçar a frota da Câmara Municipal para resposta às necessidades da população do Concelho.

INDRODUÇÃO DE LUMINÁRIAS LED EM PEROGUARDA Obra feita, em parceria com EDP distribuição que consiste na substituição integral das luminárias existentes na rede de IP de Peroguarda, por luminárias LED. Obra no valor de 26.300,00 euros.

Elaboração do cadastro das redes de infraestruturas de água e saneamento de todos os aglomerados urbanos do concelho de modo a melhorar o indicador índice de Conhecimento das Infraestruturas. Prestação de serviços a decorrer no valor de 52.700,00 € + IVA sob a orientação da empresa - Cartago Ld.ª.

AQUISIÇÃO DE DUAS VIATURAS PESADAS A Câmara Municipal irá proceder à aquisição de duas viaturas pesadas, uma pesada de mercadorias especial para recolha de Resíduos Sólidos Urbanos, sendo que esta viatura é de 19 toneladas, dois eixos e com caixa para a recolha de RSU de 15 m3, e num valor de

156.000.00 euros. A outra viatura é pesada de passageiros (autocarro) de dois eixos, com uma lotação de 59 passageiros + motorista + vigilante, no valor de 264.500.00 euros.

ESCULTURA

"PASSANDO O TEMPO"

A Praça Comendador Infante Passanha em Ferreira do Alentejo conta desde o passado dia 25 de Abril, com duas esculturas intituladas "Passando o Tempo", uma obra da autoria do ferreirense Francisco D'Almeida Rato, encomendada pela Câmara Municipal e i n a u g u ra d a p o r o c a s i ã o d a s comemorações do Dia da Liberdade. Mais um motivo de interesse público que se espera poder promover ainda mais o sentido de comunidade e de valorização da nossa terra. Os moldes desta obra, elaborados em gesso, encontram-se expostos no Museu Municipal.

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ELABORAÇÃO DE CADASTRO

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Como forma de preservar duas tradicionais peças da cultura popular alentejana, a Freguesia de Ferreira do Alentejo e Canhestros promoveu no passado dia 27 de maio, na Praça Comendador Infante Passanha, a VII Edição da Feira do Talego e Avental. O Talego, um saco multicolor de vários tamanhos e de múltiplas funções foi, num passado recente, utilizado no transporte de merendas para os trabalhos agrícolas (monda, ceifa, apanha de azeitona e muitos outros). Mas foi também embalagem reciclável inventada pela sabedoria popular, traduzida numa gestão inteligente e grande sentido ambientalista. Por outro lado, o Avental, também feito de retalhos de panos, está mais ligado às tradições gastronómicas (ambos sem modelos nem padrões e feitos do que então havia) resultavam da imaginação da sua criadora. De salientar que o referido artesanato, comercializado durante o evento, foi elaborado pelas utentes dos Polos de Animação da União de Freguesias de Ferreira e Canhestros e, ainda, por pessoas ligadas ao artesanato, residentes na freguesia. Um certame que ano-após-ano se tem vindo a afirmar com a

qualidade que lhe é reconhecida e onde pudemos apreciar as já célebres passagens de modelos na passerelle com vestes tradicionais exibindo o Talego e o Avental, este ano, com a participação dos alunos e professores da EB1 de Ferreira do Alentejo. Mas também as Tasquinhas, a Gastronomia, bem como a Fanfarra dos Bombeiros e Bombeirinhos, o Grupo de Teatro “Riteté”, Grupo Coral “Os Bonias”, Grupo Coral “Ventos Alentejanos” e, a encerrar a Feira, um concerto com “Ricky” e baile com o Duo Ruben Baião e

Fábio Lagarto, aspetos marcantes para o inúmero público presente. Em declarações ao “JF” José João Cavaco – Presidente da Freguesia, mostrou-se satisfeito com a realização do certame, referindo que foi cumprido o objetivo central da Feira, o qual passa por valorizar o artesanato tradicional, ligando-o à Gastronomia e ao Cante. O autarca referiu-se ainda ao envolvimento dos artistas locais, dizendo serem estes determinantes para um pulsar diferente e o sucesso que se verificou.

ALFUNDÃO

QUINHENTISTA

A União de Freguesias de Alfundão e Peroguarda conjuntamente com a Associação Fundana, unem-se uma vez mais para levarem a efeito a segunda edição da Feira

Quinhentista. Um sucesso em 2016 que volta a ter lugar na Sede de Freguesia no próximo dia 1 de Julho do corrente ano.

Dias 12, 13, 14 de Agosto

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Organização:

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Apoio:


FESTA DO RIO SADO Salgado, congratulou-se com a realização do evento, referindo-se à importância que o mesmo representa para a freguesia, dando a conhecer assim as potencialidades da localidade, como porta de entrada do Baixo Alentejo. Por outro lado, no âmbito do desenvolvimento económico, a autarca fez questão de relembrar a realização de mais um importante certame na freguesia, a Feira do Melão em Figueira dos Cavaleiros. Um certame que já é uma Marca registada e de grande relevância para o desenvolvimento económico da

freguesia e do concelho, a ter lugar nos dias 4, 5 e 6 do próximo mês de Agosto.

jornal ferreira de

À semelhança de anos anteriores, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo em colaboração com a Junta de Freguesia de Figueira dos Cavaleiros, levou a efeito mais uma edição da Festa do Rio Sado em Santa Margarida do Sado. A Festa decorreu nos dias 2, 3 e 4 de Junho integrando um vasto programa de atividades, nomeadamente Tasquinhas, gastronomia, grupos corais do concelho e outros espetáculos musicais, caminhada pelas margens do rio, garraiada e concurso de pesca. Na abertura do evento, a Presidente da Freguesia – Juvenália

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HOMENAGEM A LUÍS FRANGANITO

No âmbito das Comemorações dos 43.º aniversário do 25 de Abril, a Junta de Freguesia de Figueira dos Cavaleiros, inaugurou as obras de reabilitação do Jardim sito na Rua de Lisboa naquela localidade, o qual designou por Jardim do Cante – Luís Santana Franganito. Uma homenagem como prova de reconhecimento pela entrega e dedicação à sua Terra Natal. A Presidente da Freguesia, Juvenália Salgado, enalteceu o momento sublinhando vários aspetos relacionados com o homenageado, nomeadamente o dirigismo associativo, bem como a sua intervenção social enquanto autarca e, principalmente, como um grande apaixonado e coordenador do Cante Alentejano em Figueira dos Cavaleiros. Também o Presidente da Câmara – Aníbal

Reis Costa, apontou o homenageado como um exemplo de cidadania, realçando o seu empenhamento e dedicação e que só assim a sociedade evolui e se torna mais equilibrada e mais justa. Seguidamente, como se pode constatar através da foto, foi com enorme emoção que Luís Franganito viu descerrar a placa de identificação com o seu próprio nome. Um momento pelo qual não esperava, diznos ele, e que jamais esquecerá, acrescentando que o mesmo representa o reconhecimento de um vasto trabalho, desenvolvido ao longo dos anos, em prol da sua Terra - Figueira dos Cavaleiros. Luís Franganito adianta ainda que apesar da enorme paixão que tem pelo Cante Alentejano, o cargo de autarca, durante oito anos, foi, sem dúvida, o de maior evidencia, pela importância que o mesmo

representa para a sua freguesia. Em Setembro próximo, mais precisamente no dia16, a Casa do Alentejo em Lisboa tem também já agendada outra homenagem a

este ilustre Figueirense. O “JF” felicita-o e deseja-lhe rápida recuperação pela recente cirurgia a que foi sujeito.

4, 5 e 6 de agosto 2017

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ASSESTA – Associação de Escritores do Alentejo Fundada em setembro de 2015, mas só apresentada ao público em janeiro de 2016, a ASSESTA – Associação de Escritores do Alentejo ambiciona ser uma referência na promoção da literatura e da cultura alentejana em Portugal e no mundo. Na génese da ASSESTA estiveram 15 escritores alentejanos de raça e/ou coração, entre eles três ferreirenses: Luís Miguel Ricardo, Manuela Pina e Maria Ana Ameixa. A Sede é na Casa da Cultura de Beja, mas o seu espaço de intervenção é o Alentejo, agregando autores de toda a região. Norteada pela promoção da literatura, a ASSESTA promove encontros culturais entre escritores, leitores e outros agentes das letras; cria condições favoráveis de participação em eventos literários; apoia na

orientação, construção, promoção e divulgação de obras; estabelece protocolos de colaboração com outras instituições de promoção cultural; dinamiza conteúdos culturais diferenciados (oficinas de escrita, tertúlias, apresentações de livros, espetáculos da palavra, etc.); institui prémios literários; promove projetos de escrita. Para além destas ações regulares, a ASSESTA está recetiva a novas ideias, a novos projetos que vão ao encontro dos motivos para os quais foi criada. Após quase um ano e meio de existência efetiva, a ASSESTA começa a afirmar-se como uma entidade a ter em conta no panorama literário e cultural alentejano. Prova disso, são os diversos protocolos que têm sido estabelecidos visando a elevação

da literatura. Recentemente aconteceu a 3ª edição dos ELA – Encontros Literários do Alentejo, um certame literário que junta, durante três dias, agentes da literatura regional, nacional e, este ano, internacional, e cuja organização foi confiada, em 2017, à ASSESTA. Os ELA 2017 resultaram de uma parceria entre a ASSESTA e o Município de Odemira. Durante o ano de 2017 está a decorrer o Prémio Literário Joaquim Mestre, um prémio de dimensão nacional instituído pela ASSESTA em parceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo, e com o apoio da Câmara Municipal de Beja. Os interessados no prémio poderão consultar os regulamentos na página da assesta (www.assesta.pt), na página da D.R.C.

Alentejo ou na página da DGLAB (Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas). Para além destas atividades de maior visibilidade, a ASSESTA desenvolve, regularmente, todas as outras que estão cabimentadas na sua missão de agente promotor da literatura. Para saber mais sobre a ASSESTA e as suas atividades (prémios literários, sócios, eventos, serviços, etc..) contactar a associação por qualquer das vias disponibilizadas: Casa da Cultura de Beja / Rua Luís de Camões / 7800-508 Beja www.assesta.pt // assesta@sapo.pt // https://www.facebook.com/ASSESTA2015

“LAMA E ALVORADA” Poesia Reunida de AFONSO CAUTELA

Foi apresentado no passado dia 26 de Maio na Sede da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, em Lisboa, o livro Lama e Alvorada - poesia reunida de Afonso Cautela, I volume. Um trabalho,

organizado por José Carlos Costa Marques, Professor, tradutor e assessor editorial, que reúne parte (inéditos e dispersos) da obra do poeta e jornalista, natural de Ferreira do Alentejo. Afonso Cautela, conta atualmente 84 anos de idade e foi um dos pioneiros, em Portugal, do jornalismo na área da ecologia. O lançamento desta obra é pois uma Homenagem merecidíssima, embora singela, a quem sempre foi discreto e nada mundano. Homenagem ao poeta, cuja obra, a maior parte até agora inédita, surpreende mesmo os que julgavam conhecê-lo bem. A prová-lo, a declamação de dois poemas excelentemente

interpretados pela sobrinha do autor – Filomena Cautela atriz e apresentadora de televisão que levou o público ao rubro com um enorme aplauso em pé. Uma Homenagem também ao jornalista, pioneiro na área do jornalismo de ambiente. E ainda ao cidadão, que fundou, em 1974, quando poucos prestavam atenção à crise ecológica da humanidade e de Portugal, o também pioneiro Movimento Ecológico Português. Em Outono de 2018, será também apresentada a publicação do II volume deste Lama e Alvorada, que reunirá os três livros publicados, Espaço Mortal (1960), O Nariz (1961) e Campa Rasa (2011).

"AS CONTADEIRAS EXPOSIÇÃO artes plásticas DE HISTÓRIAS" De Sofia Paulino

SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS DO MUSEU MUNICIPAL DE FERREIRA DO ALENTEJO

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São poucas as bibliotecas, livrarias com oferta de artesanato ou feiras dedicadas às artes que não ouviram ainda falar das "Contadeiras de Histórias", criadas por Sofia Paulino.Peças únicas que têm como conceito o mundo dos livros e da leitura, e como prioridade a utilização de materiais reutilizáveis, as "Contadeiras" são já conhecidas e aclamadas em todo o país e também no estrangeiro. Um artesanato de autor e conceptual que passa agora (e finalmente) para livro ilustrado e que irá agradar a todas as idades; desde os mais novos, cujo contacto manual com as peças e sua construção através dos ateliers efetuados em várias bibliotecas e escolas do país, até aos adultos, que as vêm colecionando ao longo dos anos.

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Obras e Acontecimentos no Concelho

Concluída a obra de requalificação na Rua dos Lavadouros em em Alfundão.

CARTAZ VERÃO ESCALDANTE

Pintura de sinalização de trânsito em diversas artérias na Sede de Concelho

Concluída a obra de requalificação da calçada do Beco da Palha em Ferreira do Alentejo

Concluída obra de ampliação do cemitério de Odivelas de

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Concluída a obra da Rua Isabel Brito Lança em Peroguarda


OBRAS EM CURSO NOS BALNEÁRIOS PÚBLICOS EM FERREIRA DO ALENTEJPO - CENTRO DE EMERGÊNCIA SOCIAL

OBRAS EM CURSO NO EDIFICIO DO SALÃO DE FESTAS EM fERREIRA DO aLENTEJO

CONSTRUÇÃO DO EDIFICIO DE APOIO AO RESERVATÓRIO DE ÁGUA EM FERREIRA DO ALENTEJO

Trabalhos de limpeza de bermas de Estradas Municipais no concelho

Obra de acesso da A26 (Auto-Estrada do Baixo Alentejo) a 10 minutos da Sede do Concelho jornal ferreira de

EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE FRANCISCO D'ALMEIDA RATO

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ATRIBUIÇÃO DE NOMES A RUAS Organizado pela União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros e colaboração da Câmara Municipal, tiveram lugar no dia 10 de Junho, cerimónias públicas de atribuição de nomes a ruas em Ferreira do Alentejo. No Parque de Empresas, com a presença com algum público, Grupo Coral “Os Reformados”, Presidente da Câmara Aníbal Reis Costa, Presidente da União d e Fr e g u e s i a s Fe r r e i ra e Canhestros – José João Cavaco e outros autarcas, foram atribuídos nomes a duas ruas, nomeadamente Rua Da Água e do Regadio e, Rua Capital do Azeite. No uso da palavra o Presidente da Freguesia agradeceu a presença de todos e procedeu à apresentação das entidades presentes, seguindo-se a interpretação de uma moda intitulada “O Emigrante” pelo Grupo Coral “Os Reformados”. Por sua vez, Aníbal Reis Costa, começou por referir que “estas atribuições de ruas é uma responsabilidade que a Câmara Municipal delegou na então Junta de Freguesia (agora União de Freguesias) e fê-lo, em meu entender, com grande sabedoria e sensatez“. O autarca sublinhou também o importante papel de proximidade que as Freguesias têm junto das pessoas, e que no que respeita a atribuição de ruas é sempre muito difícil gerir e satisfazer as diversas opiniões que habitualmente surgem, principalmente por se tratar de uma comunidade pequena como

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a nossa. Uma comunidade, acrescenta, que dispõem atualmente de um excelente Parque de Empresas, iniciado no ano de 2005, mas com o verdadeiro “boom” de crescimento nos anos 2007/2008 e subsequentes. “Uma atração de investimento que se vem traduzindo, cada vez mais, num maior desenvolvimento do concelho e da região, permitindo por isso sermos um concelho com uma das menores taxas de desemprego do distrito de Beja”. Aníbal Costa, terminou referindo-se ao nome das duas Ruas “Capital do Azeite” e da “Á g u a e d o R e g a d i o ” sublinhando, “Somos a prova viva destes dois títulos , pois Ferreira do Alentejo é o grande exemplo de que o Alqueva funciona e tem grande futuro”. Cerca de 15 minutos depois, foi a vez da inauguração da Rua Fra n c i s c o I n á c i o A m e i xa Santana (Chico dos Cornos), onde o Presidente da Junta de Freguesia procedeu à explicação desta atribuição dizendo que um dia o Francisco Santana tomou a liberdade de afixar nesta rua e no local da sua oficina, uma placa toponímica com o nome “Chico dos Cornos”. Alertado então pela situação, por parte do Presidente da Freguesia, o qual lhe fez ver que o acto não tinha base legal e que a referida placa deveria ser retirada, Francisco Santana disse-lhe: “Então, quando tiver carácter oficial quero que seja

este nome a atribuir à rua”. A proposta foi apresentada e aceite pelos órgãos competentes. Resultante de uma simples vontade, como simples são os homens que fazem história, foi pois atribuído o nome de Fra n c i s c o I n á c i o A m e i xa Santana (Chico dos Cornos) a esta rua de Ferreira do Alentejo. Posteriormente, e a encerrar o rol de cerimónias, houve lugar à inauguração da Rua António Francisco Camacho, conhecido por um forte dinamismo e carisma que o caracterizava, destacou-se em diversas áreas de intervenção na sociedade ferreirense, nomeadamente no campo desportivo como jogador de futebol no período da fundação do Sporting Clube Ferreirense, clube onde foi também diretor, treinador e massagista, destacando-se igualmente nas camadas jovens do clube, sobretudo pela sua enorme generosidade. Além disso, foi um responsável e conceituado autarca, vereador na Câmara Municipal, membro da Assembleia Municipal, membro da Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia, onde se recorda com saudade as suas emotivas e a c a l o ra d a s i n te r ve n ç õ e s . António Camacho, foi também presidente da Direção da Associação de Reformados de Fe r re i ra d o A l e n te j o e ensaiador do grupo coral daquela associação.


CÂMARA MUNICIPAL IRÁ ADQUIRIR PRIMEIRA VIATURA ELÉTRICA A Câmara Municipal assinou no passado dia 23 de maio, em Porto de Mós, o contrato de financiamento de apoio concedido pelo Fundo Ambiental, com a comparticipação de 25 por cento do valor total, para a aquisição da primeira viatura elétrica. Um veículo destinado ao serviço de resíduos urbanos do Município de Ferreira do Alentejo.A aquisição insere-se no programa

Ferreira Sustentável iniciado pelo Município de Ferreira do Alentejo no ano 2008 e irá permitir a uma redução muito significativa das emissões de gases com efeito de estufa e do ruído em meio urbano, menores custos de manutenção e operação.A cerimónia contou com a presença do ministro do ambiente, João Matos Fernandes e dos 119 municípios

que assinaram o contrato de financiamento. Em declarações ao “JF” Aníbal Reis Costa, salienta que a CMFA quis “aproveitar esta oportunidade que foi dada”, com recurso ao fundo ambiental e “que só algumas juntas de freguesia e dois ou três municípios do distrito de Beja, recorreram para dar um contributo neste início de

processo” de “eletrização das viaturas municipais”. Ferreira do Alentejo dá assim o “pontapé de saída” de forma a dar um contributo importante a nível da sustentabilidade energética. De realçar ainda que esta viatura representa um investimento na ordem dos 30.000 euros.

FIM DE SEMANA ALTERNATIVO A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo promoveu o 13º Fim de Semana Alternativo em 20 e 21 de maio passado, no Museu Municipal em Ferreira do Alentejo. Música e danças alternativas, assim como workshops sobre alimentação, foram temas abordados ao longo do evento deste ano.

FEIRA DA LADRA EM FERREIRA DO ALENTEJO

Ferreira do Alentejo voltou a receber o Festival Terras sem Sombra, nos passados dias 27 e 28 de maio. O evento integrou uma visita guiada à Capela do Calvário, sob orientação de José António Falcão, um concerto na

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, com Helena Gragera em meio-soprano e Antón Cardó ao piano. No segundo dia um Diagnóstico do Rio Sado, como salvaguarda da biodiversidade.

À semelhança de anos anteriores a Câmara Municipal promoveu no passado dia 20 de maio, mais uma edição da Feira da Ladra na Rua Júlio Marques de Vilhena (junto ao Museu). O evento decorreu com bastante afluência de público, onde foi possível vender e comprar variadíssimos artigos, sem uso para algumas pessoas, mas de grande utilidade para outras.

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UM PATRIOTA QUASE ESQUECIDO António Espadinha O domínio do território africano, por parte dos países europeus, teve o seu auge em novembro de 1894 na chamada Conferência de Berlim, que visava efetivamente um acordo sobre a partilha de África. Portugal invocava razões históricas para o direito a uma parte desse território, tendo em conta que fora o descobridor de muitas dessas regiões remotas. Mas, na altura, a ocupação portuguesa limitava-se a pequenas faixas do litoral de Angola e de Moçambique. Precisamente em 1865 nascia em Alter do Chão um menino de origem aristocrata a que seria dado o nome de João de Azevedo Coutinho. Aos 3 anos de idade passaria a viver em Lisboa, na mansão da família paterna, no bairro de Alfama. O rapaz cresceu, fez os seus primeiros estudos e entrou no serviço militar. Depois de uma breve passagem pelo Exército, optou pela sua formação na Escola Naval. Quando atingiu o primeiro grau da hierarquia de oficiais da Marinha, foi mobilizado para Moçambique, em 1885, levando como missão comandar um grupo de 40 militares que iria controlar, na região de Angoche, alguma agitação por parte de tribos indígenas insubmissas. Resolvida essa situação, recebe ordens para reprimir o tráfico de escravos. Note-se que desde 1836 fora proibido o comércio de escravos nas possessões portuguesas, ao sul do Equador, embora o mesmo continuasse a efetuar-se clandestinamente. João de Azevedo Coutinho, para além de um homem corajoso, possuía um inabalável caráter militar. Mas era também um diplomata. E foi nessa qualidade que conseguiu, inúmeras vezes, que as autoridades gentílicas lhe obedecessem pacificamente e reconhecessem a soberania de Portugal. Paralelamente, empenha-se na execução de trabalhos topográficos e hidrográficos para enriquecer os conhecimentos sobre o território de Moçambique. Com o maior respeito pelos indígenas, dedica-se ao estudo dos seus costumes, o que lhe valeu um elevado grau de popularidade junto das populações, que o admiravam ao ponto de arriscarem a vida por ele. Para se opor às aspirações territoriais da Inglaterra, que chocavam com as de

Portugal, a Sociedade de Geografia de Lisboa dinamiza as viagens de exploração dos portugueses em África, entre Angola e Moçambique. Era o esforço para estudar territórios desconhecidos nos quais Portugal procurava estabelecer a sua soberania. João de Azevedo Coutinho seria então encarregado de patrulhamentos ao longo dos rios Zambeze e Chire, regiões em que se notabilizou pela ocupação de terras de alguns régulos insubmissos. Foi extraordinário o seu desempenho ao serviço da causa de Portugal contra cerca de 4 mil Macololos, na região da Angónia. Serpa Pinto considerou-o “um oficial de m é r i t o s u p e r i o r, d e l e a l d a d e inquebrantável e de grande coragem”, propondo que se atribuísse o seu nome à povoação de Chilomo, que passaria a chamar-se Vila Coutinho. A sua consagração como grande explorador e patriota ocorreria com a proclamação, como benemérito da pátria, pela Câmara de Deputados das Cortes. Em 1890 é-lhe também conferida uma condecoração da ordem militar da Torre e Espada. Tinha apenas 25 anos. Mais tarde é encarregado de atacar algumas regiões de Tete, onde havia régulos revoltados. Segue a corta-mato pela margem direita do Zambeze, apoiado por uma canhoneira que navega rio acima. No percurso, vai perseguindo alguns revoltosos nativos, até à aringa de Mafunda. Nesta fortificação inimiga, bem armada, defendida por um capitão rebelde de Massangano, ocorre então uma dramática operação. A luta prolongou-se por 10 horas, até que um projétil dos insurrectos cai sobre um depósito de pólvora, no lado português, provocando uma enorme explosão que causou vários mortos e feridos no nosso efetivo militar. Torna-se necessário retirar, sem se terem obtido os resultados desejados. O valente oficial da marinha, muito queimado e ferido, comanda, mesmo assim, a retirada das suas tropas. Só depois de salvar os seus homens, consente ser tratado pelo médico que acompanhava a operação. Depois de um período de serviço em Angola, como comandante de um navio, João de Azevedo Coutinho regressa uma

92º ANIVERSÁRIO DA SFRFA Parabéns à Sociedade Filarmónica e Recreativa de Ferreira do Alentejo pelo seu 92º Aniversário, comemorado no passado dia 27 de maio. Um dia assinalado com um Encontro de Bandas Filarmónicas, onde estiveram presentes as Bandas da Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo e da Sociedade Filarmónica União da Mata. Com a presença de muito público, cerca das de

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15 horas, houve lugar à receção da Banda convidada, no Jardim Público de Ferreira. Posteriormente, na Praça Comendador Infante Passanha, frente à Sede da SFRFA, foi interpretado pelas duas Bandas o Hino das Coletividades. Às 17 horas, também com a presença de bastante público, tiveram inicio os Concertos, interpretados pelas respetivas Bandas Filarmónicas.

vez mais a Moçambique, agora integrado nas forças de Mouzinho de Albuquerque, numa campanha de punição aos revoltosos Namarrais. A sua invulgar personalidade conduziu a que, mais tarde, fosse nomeado governador da Zambézia, cargo que exerceu com grande rigor. Mas o seu espírito de grande militar levou-o a participar simultaneamente em campanhas para pacificar a zona e perseguir rebeldes que, bem armados, procuravam opor-se à soberania portuguesa. Lutando com imensas dificuldades no terreno, com a fome e a sede, que chega a matar alguns soldados, chefia e conduz a campanha de pacificação do Barué. De operação em operação, vai destruindo aringas, punindo chefes tribais revoltosos, obrigando-os a aceitar a soberania portuguesa. Terminada a campanha, e considerado herói nacional, recebe diversos louvores e um novo grau da ordem da Torre Espada. Aos 40 anos é nomeado Governador-geral de Moçambique. Conhecedor dos problemas do interior, incrementa a criação de vias de comunicação e toma medidas administrativas para o desenvolvimento da colónia, tendo em vista o benefício das suas populações. Entretanto dá-se o regicídio em Portugal e sobe ao trono D. Manuel II. João de Azevedo Coutinho é nomeado Governador Civil de Lisboa. Posteriormente desempenha ainda, em dois governos, as funções de ministro da Marinha e do Ultramar. Mas as forças republicanas instalam-se rapidamente nos diversos setores do país. Implantada a República, o ilustre militar mantém-se fiel à monarquia, o que lhe valeu ser destituído da Marinha, perdendo a sua patente de oficial. Mais tarde é nomeado por D. Manuel II, já

então exilado em Inglaterra, seu lugartenente e intervém junto do governo em favor da causa monárquica, na qual acreditava convictamente e a que se manteria sempre leal. Chega a ser interlocutor dessa causa junto de Salazar, acreditando que o Presidente do Conselho do Estado Novo proporcionaria a restauração da monarquia em Portugal. Reconsideradas as suas qualidades militares e os gloriosos serviços prestados a Portugal, é-lhe concedida a patente honorífica de vicealmirante. Morre em 1944, quase aos 80 anos. Este homem, no contexto histórico da sua época, ajudou a estabelecer as fronteiras que, na sequência da revolução de 25 de abril, Portugal iria entregar, em 1975, a um Moçambique independente. A História faz parte integrante da nossa alma e não nos podemos alhear ou envergonhar dela. A todos os homens que, como este, serviram Portugal com o seu esforço, a sua abnegação, a sua coragem e o seu patriotismo, devemos honrar com uma memória digna.

Bibliografia: João de Azevedo Coutinho marinheiro e soldado de Portugal – Edições Colibri, Lisboa, 2002; História de Portugal, vol. X, Editora Verbo, Lisboa, 1989.


AEROPORTO DO ALENTEJO Ícones da

Luís Miguel Ricardo A infância é um tempo fugaz que aconteceu lá para trás, mas que continua a habitar o lado doce da nossa memória. A infância é lúdica, é aventureira, é criativa, é mágica. E talvez seja por essas razões todas e mais algumas que nos enche a vontade de a revisitar. E é isso mesmo que eu vou fazer no JF. Em cada número escolherei um ícone marcante da minha / nossa / vossa infância e será a ele que dedico a crónica da edição.

Restolho Quando chega o calor, quando as searas começam a crepitar ao toque suave das aragens de fim de primavera, as ceifeiras invadem os campos, abocanham as espigas, apuram as sementes e vomitam os despojos. As planícies pintam-se de dourados caídos, as planícies cobrem-se de mantos de restolhos sem princípio nem fim. Na minha infância, quando se dava esta metamorfose sobre a terra abafada, significava que estava na altura de abandonarmos as ruas acanhadas e assentarmos a jogatina da bola nos campos desafogados. Mas antes disso acontecer, havia todo um ritual que antecedia o rolar da redondinha. Primeiro era a escolha do melhor dos re s to l h o s p o s s íve i s , d e preferência plano, sem muitas árvores e um pouco afastado dos lugarejos, para que os jogadores pudessem explanar todas as suas iras vocais sem as represálias das gentes grandes. Identificado o campo, era preciso erguer as balizas e delimitar as marcações para que as incursões pelos flancos não se alargassem até ao infinito. Atanchados os paus de eucalipto e abertos os regos com os pés, as equipas já de podiam formar. Era ao fim das tardes, quando a abafura do sol já descia para outros restolhos, que a moçada se fazia ao jogo da bola, que a moçada enfrentava as agruras de um terreno cravado de agrestes despojos de seara, que lhe ameaçava as pernas, as mãos, os braços, o rosto e o resto do corpo. Mas isso era apenas um pormenor que se ia dissipando com a utilização, com o multiplicar das jogatinas sobre o terreno. No início, a bola prendia nessa mesma superfície adversa, a

mesma superfície que tatuava os atletas para o verão, mas passados alguns dias, a mesma ganhava uma lisura quase invulgar, uma lisura que se tornava traiçoeira para a ausência de pitons no calçado dos craques. E então era ver os flanqueadores a deslizar linda de fundo afora, mais velozes que a bola, era ver os defesas a cambalear antes das interceções, era ver os avançados a focar-se mais no equilíbrio do que na bola. E o campo de restolho torvase assim numa espécie de trapézio, e os atletas numa espécie de equilibristas. Os que conseguiam manter-se de pé mais tempo, os que tinham melhores rastos no calçado, afirmavam-se craques, marcavam golos, faziam cortes eficazes, executavam dribles vistosos. Os outros todos tornavam-se peixes fora de água, palhaços sem circo, futebolistas sem bola. Mas com o avançar dos jogos, a adaptação ia chegando e a competitividade das partidas ganhava uma outra dimensão. E então surgiam os torneios de verão, à imagem e por inspiração das fases finais dos europeus e dos mundiais de f u t e b o l . Fo r m ava m - s e s e l e ç õ e s , l e i l o ava m - s e identidades e, num passe mágica, só ao alcance da criatividade e da imaginação da moçada, os restolhos t r a n s f o r m a va m - s e e m imponentes Maracanãs, Wembleys, Aztecas, Santiagos Barnabéus, entre outros, e os atletas da planície em conceituados Dasaevs, Gerets, Maldinis, koemans, Dungas, Platinis, Gullits, Klinsmanns, Maradonas, Futres, Camachos, Socrates, Hagis, Chalanas, Higuitas…

operadores aéreos, na sua grande maioria “charter”. Lembra ainda esta empresa que “a região Alentejo não dispõe de um mercado com dimensão suficiente para viabilizar a existência de fluxos turísticos e de carga que possibilitem operações aéreas com caráter regular”. Assim, o destino Alentejo não está ainda consolidado e, por isso, a aposta passa por “outras possibilidades de negócio” como estacionamento de média-longa

duração e manutenção de aeronaves. O aeroporto de Beja assim continuar a apostar, no curto-médio prazo, na sua consolidação como plataforma de baseamento de companhias aéreas, no reforço da aviação privada, na captação de operações ´charter` e na radicação de investimentos em atividades que lhe confiram sustentabilidade futura e sejam geradores de postos de trabalho para a região.

OBRAS DA AUTO ESTRADA NO CONCELHO

Fruto dos dois processos levantados contra o Estado português, pela Câmara de Ferreira do Alentejo, devido ao abandono de obras da A26, temos agora o lance da mesma a entrar no concelho de Ferreira do

Alentejo, mais precisamente entre Figueira dos Cavaleiros e Santa Margarida do Sado. A obra, embora sem satisfazer os desejos inicialmente traçados, está já concluída, restando de ora em diante a conclusão de uma

parte bastante significativa até à capital do distrito. A Sede de concelho fica assim mais bem apetrechada e a cerca de dez minutos desta nova infraestrutura que liga o Baixo Alentejo ao Algarve e a Lisboa.

SEMANA ENTRE LAÇOS Todos Juntos por melhor segurança e mais saúde.O Agrupamento de Escolas de Ferreira do Alentejo promoveu a

Semana Entre Laços - Todos Juntos por melhor segurança e mais saúde, que decorreu entre 8 e 15 de maio. Ao longo da semana,

na Praça Comendador Infante Passanha em Ferreira do Alentejo, foram dinamizadas ações dirigidas aos alunos do Agrupamento.

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minha infância

Inaugurado há seis anos e com um investimento na ordem dos 33 milhões de euros, o Aeroporto do Alentejo serve apenas para estacionamento e manutenção de linha de aviões, o que representa, segundo a ANA – Aeroportos de Portugal, “um papel de algum relevo”, pois desde o seu s u r g i m e n t o o a e ro p o r t o processou apenas cerca de nove mil passageiros e mais de 800 movimentos de aeronaves provenientes de diversos

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CAFÉ CENTRAL (Ligeira crónica...dum tempo sem volta)

Orlando Fernandes O Café Central era em tempos um 'ex-libris' de Ferreira! Frequentado por todas as classes sociais da vila, se bem que com uma 'ligeira separação de espaços' ditada por uma época em que a divisão de classes se fazia sentir um pouco mais acentuadamente por todo o lado. Assim, do lado direito de quem entrava no 'Café', bem junto á parede, ficavam as mesas onde se sentavam os abastados lavradores e gentes de maiores dotes e relevo da vila. Distribuiddas pelo restante espaço,ficavam as mesas para outros clientes.Tudo sem conflitos! Porque já muita coisa se tem escrito sobre o estabelecimento em causa, somente vou em memória do local, dar mais uma pequena achega de carácter muito ligeiro para conhecimento das gentes mais novas que já não tiveram o previlégio de conhecer o´velho Central. O Jacinto Viegas, proprietário do 'Central', era um homem com muito humor e graça natural para contar estórias...enquanto a 'mostarda lhe não chegava ao nariz' (o que acontecia com alguma frequência). Recordo figuras e situaçõs engraçadas...com alguma saudade, ditada pelo tempo que se esgueirou mais veloz do que aquilo que desejava! Passo a relembrar figuras e 'ditos com alguma piada' ! O Jacinto Viegas, padecia de acidez gástrica (azia) e disso se queixava frequentemente. E quando certo dia lhe perguntaram porque não tomava uma pastilha contra a acidêz, respondeu com a sua graça habitual e um pouco de ironia: Uma pastilha? Eu tomo todos dias 'vagons' delas e não me passa! Era assim o nosso amigo Jacinto. Haviam figuras habituais no Central que todos nós já reconheciamos a acarinhavamos como fazendo 'parte da mobília'.

O Manuel Perpétua, sempre com um velho cachimbo eternamente apagado, 'aciganado e contrabandista de trazer por casa', era um homem a que todos achavam graça, quando com o 'sotaque' próprio das gentes a que pertencia, nos tentava 'impinjir' os produtos que trazia 'a salto' de Espanha: Ai filho...nãm me queres comprar nada? Tenho perfumes 'TABU', 'MADÊRAS DO ÒRIENTE, sabonetes ´SAVOI', peças de 'sêda naturali', e 'wisky spaholi' . E lá se lhe ia de quando em vez comprando qualquer coisa para o ajudar. Nunca constou que fizesse mal a alguém...nem que alguém lhe quizesse mal! Outra figura permanente, era o Inácio Alfeirão, diariamente engraxador de serviço no Central, e a quem por graça lhe diziamos que ele na 'Banda da Recreativa' tocava 'candeeiro', já que quando a dita saía à noite para tocar em qualquer evento, era ele que no meio dos músicos, levava uma vara onde no alto da mesma se pendurava um 'petromax' para iluminar as pautas. E ele, ingénuamente, concordava orgulhoso! Durante alguns anos, o João Revéz foi o empregado de estimação do Jacinto. Magro e desembaraçado, era realmente um funcionário eficiente. Certo dia, quando alguém 'de fóra' lhe perguntou o nome, logo o João returquiu: João...aliás...Revéz. E 'a malta conhecida' ás vezes por piada, chamava-lhe João Aliás Revéz! Ficam por aqui algumas velhas estórias dum 'Café' que fez 'História' em Ferreira. Outras, de carácter menos ligeiro ficam por descrever...pelo menos por agora! Jogos, (proibidos à época), contactos políticos,(proibidos à época)...enfim, outas recordações dum CAFÉ CENTRAL diferente, que qualquer ferreirense saudosista ainda pode vir a contar.

JOGOS DO AMBIENTE

A XIX Edição dos Jogos do Ambiente, decorreu durante o mês de maio, de segunda a sexta feira, no Parque de Lazer da Fonte Nova. Durante este período, todas as crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA De forma a assinalar o Dia Internacional da Criança, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, voltou a oferecer um leque

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variado de atividades no relvado da Piscina Municipal Descoberta, a todas as crianças do concelho, no passado dia 1 de junho.

FERREIRA A MEXER + 55 ANOS

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo ao longo do ano promoveu o projeto Ferreira a Mexer + 55 anos nas Freguesias do Concelho. Para assinalar o

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do concelho, participaram nesta iniciativa, organizada pela Câmara Municipal. O Ciclo do Pão, foi o tema escolhido para a realização das atividades, pretendendo assim, promover aprendizagens de forma lúdica e divertida.

último dia deste projeto, realizou-se no passado dia 31 de maio, uma caminhada pelas ruas da Vila e uma aula de Step na Praça Comendador Infante Passanha.


Falando do Universo José Salgado j.salgado@sapo.pt Joaquim Pinheiro: – Ainda não estão aborrecidos com a nossa conversa? Inácio Pereira: – Eu gosto de ouvir falar de coisas que desconheço. Como não aprendi em moço, ainda não é tarde para aprender. Mas neste Natal falei com um dos meus netos que estudou em Lisboa num Politécnico. Falei-lhe nas nossas conversas e ele disse-me: “Oh! Avô, isso do Hélio encontrado primeiro no Sol e das protoestrelas não é muito confuso para ti? Olha isso é de mais para a minha camioneta!” Eu fiquei muito surpreendido: Joaquim Pinheiro: – Não é questão para te admirares. Há muitos jovens que tiram cursos superiores, que são bons no seu domínio, mas não têm qualquer interesse pela ciência e pela cultura. Então falemos da vida de estrelas com massa semelhante ao nosso Sol. João Oliveira: – É do Sol que recebemos a luz e a energia necessárias para a nossa vida. Aqui na vila temos uma central fotovoltaica. Também gostava que nos explicasses como funciona. Joaquim Pinheiro: – É uma boa sugestão. Fica para uma próxima conversa. João Oliveira: – Julgo que, também no Sol, a energia tenha origem na fusão de quatro átomos de hidrogénio num de hélio, como nas outras estrelas de que já falaste. Inácio Pereira: – E quando todo o hidrogénio se gastar? Joaquim Pinheiro: – No Sol queimam-se 600 milhões de toneladas de hidrogénio por segundo! É difícil imaginar este valor! Desde o início da sua vida, já perdeu cerca de 50% da massa do seu núcleo, e o Sol ainda tem combustível para outros 5 mil milhões de anos! As dimensões do Sol mantêm-se constantes enquanto a atracção gravítica for compensada pela repulsão devida à energia libertada nas reacções nucleares. À medida que se forma o hélio, a força gravítica atrai-o para o núcleo da estrela, que continua a contrair-se e a aumentar a temperatura. Atinge-se um estádio em que o próprio hélio se começa a fundir resultando núcleos mais

pesados, tais como o carbono e o oxigénio. E as reacções de fusão param aí, pois a estrela não tem massa suficiente para se atingir a temperatura necessária para a fusão destes núcleos mais pesados. João Oliveira: – E o que acontece, então, ao Sol? Joaquim Pinheiro: – A libertação de energia aumenta a pressão térmica no centro de modo que vence a gravidade e o seu diâmetro aumenta mais que cem vezes e o Sol estender-se-á até à Terra e antes terá engolido Mercúrio e Vénus! O Sol fica a brilhar na região do vermelho e diz-se que a estrela atingiu a fase de gigante vermelho. No seu estádio final, o hidrogénio e o hélio continuam a fundir-se, até se extinguirem as reacções para, depois, se expandirem formando uma nebulosa planetária. O que resta do Sol? O centro muito quente e denso continua a contrair-se e a aquecer irradiando a maior parte da energia; depois vai arrefecendo, formando uma pequena bola de carbono e oxigénio, muito densa, conhecida como anã branca, com uma densidade inimaginável na Terra, onde uma colher de chá pesará uma tonelada! Continua a arrefecer, a sua luminosidade é cada vez mais fraca, até se extinguir, resultando numa massa sem vida e escura, uma anã negra. Inácio Pereira: – E o que vai suceder aos homens? Joaquim Pinheiro: – O mais provável é que muito antes a humanidade tenha desaparecido tal como sucedeu a espécies extintas, como as trilobites e os dinossáurios. Desde que a vida surgiu à superfície da Terra, há 3,5 mil milhões de anos, quando a Terra era muito jovem, a evolução tem, continuamente, desenvolvido seres mais c o m p l exo s . Pa ra e s s a evo l u ç ã o contribuiram mutações originadas, em parte, por radiações, quer terrestres emitidas por produtos radioactivos, quer cósmicas enviadas por estrelas longínquas.

Só há aproximadamente, 8 milhões de anos surgiram os primeiros hominídeos e o homem moderno há 200 mil anos, um breve instante comparado com o tempo do Universo. Durante o longo período de vida na Terra ocorreram muitas extinções de espécies devido a causas naturais, tais como choques de meteoritos, actividades vulcânicas, variações de actividade solar, acções de extermínio de umas espécies sobre outras, doenças. Lembrem-se que há 65 milhões de anos se extinguiram os dinossáurios que foram os animais mais corpulentos jamais existentes. Só os átomos que constituem o nosso corpo e que, eventualmente, já pertenceram aos dinossáurios, continuam a sua vida e, não será de admirar que, num futuro longínquo, possam habitar seres “pós-humanos”, mais complexos e inteligentes que nós. A actividade humana também tem contribuído para a aceleração de extinções de espécies. João Oliveira: – É bem verdade o que dizes. Quando éramos moços havia mais pintassilgos, picanços, perdizes que há hoje. Joaquim Pinheiro: – É necessário muito cuidado para manter a nossa Terra habitável. Inácio Pereira: – E se a estrela tiver massa muito maior que o Sol? Joaquim Pinheiro: – Se a estrela tiver uma massa maior que o Sol as reacções nucleares dão-se a um ritmo mais rápido e talvez não tivesse havido tempo para a vida evoluir até estágios semelhantes ao nosso. Possivelmente não estaríamos agora aqui entretidos a cavaquear. No núcleo dessas estrelas, as reacções nucleares não param no oxigénio e continuam até à formação do ferro. A partir deste elemento, as reacções deixam de libertar calor, isto é, de serem exotérmicas, mas necessitam de energia para ocorrerem. Há diminuição da pressão interna, que não contrabalança a gravidade e o colapso do núcleo é mais intenso. Os

núcleos de ferro na parte central da estrela quebram-se resultando daí a libertação de neutrões e dá-se uma nova compressão. As camadas exteriores da estrela são atraídas para o centro, produzindo-se uma violenta colisão entre o núcleo e as camadas externas e a estrela explode. É uma supernova, semelhante à observada por chineses e árabes em 1054. Uma supernova pode ser mais brilhante que todas as outras estrelas da galáxia onde se encontra. Os neutrões são capturados pelos núcleos adjacentes que, numa sucessão de capturas, vão produzir os núcleos mais pesados, como o chumbo, o ouro e o urânio. A parte central da estrela continua a contrair-se por acção da gravidade e a enorme pressão obriga os electrões a combinar-se com os protões, formando-se uma estrela de neutrões. Uma estrela de neutrões tem um diâmetro de 15 km e a massa é equivalente à massa solar. A sua densidade é superior a mil milhões de toneladas por cm3. Se a massa da estrela inicial for maior, a parte central da estrela comprime-se ainda mais e a gravidade aumenta de tal maneira que nem a luz consegue sair. O fim é um buraco negro. Inácio Pereira: – E isto é mesmo assim ou é uma divagação para nos entreteres? Joaquim Pinheiro: – É um modelo baseado no conhecimento actual que se foi construindo na observação da natureza e experimentação. As teorias desenvolvidas fizeram previsões que foram confirmadas pelo desenvolvimento das tecnologias que desfrutamos. Havia telemóveis, televisões, microondas quando eram moços? Essas teorias aplicadas ao Universo suportam o modelo. Novas descobertas podem invalidar o modelo, mas até lá, os cientistas acreditam nele. A Ciência não é dogmática.

ATIVIDADES DO EXÉRCITO

E CRUZ VERMELHA No dia 12 de junho, o Jardim Público em Ferreira do Alentejo foi palco de atividades da iniciativa anual do Exercito e da Cruz Vermelha Portuguesa, no âmbito da cooperação com intervenção nas seguintes áreas:- Formação em suporte básico de vida; Rastreios médicos; Jogos com crianças e Demonstração de atividades.

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Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo associa-se ao CEBAL

para promover mais conhecimento científico e tecnológico no concelho O Centro de Biotecnologia Agrícola e AgroAlimentar do Alentejo (CEBAL) é uma unidade de investigação e desenvolvimento (I&D) privada, sem fins lucrativos, sediada na cidade de Beja, que tem por missão o desenvolvimento de conhecimento científico e tecnológico de excelência em áreas com impacto socioeconómico na região, e em estreita colaboração com o tecido produtivo. A estratégia de atuação do CEBAL assenta no desenvolvimento de atividades de I&D, na transferência de conhecimento e tecnologia e na prestação de serviços, como estimulo à endogeneização de conhecimento e tecnologia na região, promovendo realidades produtivas mais inovadoras e competitivas. As linhas de trabalho do CEBAL estão orientadas para dar resposta a necessidades e oportunidades da região, com particular foco no uso de recursos naturais, centrando as suas atividades em áreas como Genómica Agronómica e Animal, Bioinformática, Valorização de Agro-Alimentos, Compostos Bioactivos, Engenharia de Processos e Ambiente. O CEBAL foi constituído em Agosto de 2006, tendo iniciado a sua atividade científica em Janeiro de 2008, com a contratação de quatro investigadores doutorados. Passados 10 anos da sua constituição, o CEBAL atualmente conta com uma equipa de 32 investigadores, dos quais 11 doutorados (membros da Unidade de Investigação ICAAM/Universidade de Évora), 18 mestres (7 deles a realizar doutoramento) e 3 alunos de mestrado, que se organizam nos 5 grupos de investigação. Desde 2016, o Município de Ferreira do Alentejo associou-se ao CEBAL, na qualidade de Sócio. A atual aposta do CEBAL no binómio Investigação e Transferência de Tecnologia como forma de potenciar novas iniciativas empresariais, de base tecnológica, e melhorar a vantagem competitiva das empresas do território, de modo a resistirem e destacarem-se num mercado que se encontra, cada vez, mais competitivo e diversificado. Com um papel ativo na disseminação do conhecimento científico e tecnológico, o CEBAL ativamente tem reforçado o contacto de proximidade com os agentes económicos, de diferentes setores empresariais, de forma a serem desenvolvidas e exploradas tecnologias para novos produtos, processos e aplicações. O recente projeto de transferência de tecnologia do CEBAL, o TeCMeM Tecnologia de Membranas em Movimento, financiado pelo Programa Operacional Regional do Alentejo (Alentejo 2020), reflete o conhecimento científico e tecnológico que tem vindo a ser adquirir ao longo dos últimos anos na área dos

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processos de separação por membranas. Este projeto foca-se essencialmente em fileiras de grande impacto no território alentejano, como a fileira do Azeite, do Queijo e do Vinho, e assenta em três pilares fundamentais: 1) Diagnóstico tecnológico do território, no que refere à tecnologia de membranas; 2) Ações de divulgação e demonstração tecnológica e a s 3 ) S e s s õ e s d e i n ova ç ã o e interação/experimentação tecnológica. Neste sentido, a Câmara Municipal de Ferreira, tem ativamente contribuído para o diagnóstico do Concelho, no que respeita à fileira do Azeite, dada a forte implementação de lagares no Município. Nesta fileira os processos de separação por membranas apresentam uma grande aplicabilidade no tratamento dos efluentes e sua reutilização, e na valorização dos derivados da produção, devido à otimização e redução de custos, possibilitando a circularização dos processos e o aumento da cadeia de valor. Alinhada com a estratégia de promover iniciativas, de base tecnológica, que potenciem a competitividade empresarial a Autarquia, com o apoio do CEBAL organiza o Workshop TeCMeM –TeCnologia de Membranas em Movimento: aplicação no sector do Azeite”, no lagar do Sobrado, enquadrado nas Jornadas “Ferreira do Alentejo, Capital do Azeite”, inseridas na Feira Nacional da Água e do Regadio 2017. Neste workshop será utilizado o protótipo móvel de tecnologia de membranas para promover a interação dos participantes com a tecnologia, para conhecimento in loco do funcionamento da unidade móvel, das diferentes escalas de filtração e tipologias de membranas e as suas principais exigências, vantagens e desvantagens. Demonstração da aplicação da tecnologia de membranas no tratamento das águas residuais do lagar e os seus potenciais de valorização inovadores e sustentáveis. A Transferência de Tecnologia é um elemento fulcral na inovação e no crescimento industrial sustentável e inteligente, permitindo a circulação do conhecimento, da tecnologia e ideias entre entidades de investigação, e o sector empresarial. O projeto “TeCMeM – TeCnologia de Membranas em Movimento”, Sistema de Apoio a Ações Coletivas na área da “Transferência do Conhecimento Científico e Tecnológico”, é financiado pelo Programa Operacional Alentejo 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

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DIVISÃO DE ACÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO

Algumas atividades desenvolvidas entre 19 de abril e 20 de junho de 2017

GABINETE DE INSERÇÃO PROFISSIONAL Durante este período o Gabinete de Inserção Profissional apoiou um total de 215 pessoas. O apoio passou pela prestação de diversas informações sobre ações de formação, estágios e ofertas de emprego bem como na elaboração de Currículos e encaminhamento destes utentes para ofertas de trabalho e formação. Informação profissional e Divulgação de Medidas de Apoio ao Emprego e Qualificação para jovens e adultos desempregados: 183 Atendimentos no GIP, alguns em parceria com o IEFP. Divulgação de ofertas de Emprego e formação: Foram divulgadas 5 ofertas de emprego durante o período acima referido Encaminhamentos para ofertas de emprego e estágios: 43 encaminhamentos de utentes para ofertas de emprego e estágio sendo que destes, foram colocadas 19 pessoas Encaminhamento para Ofertas de qualificação (Formação): 22 utentes abrangidos e encaminhados Informações diversas e outros apoios (elaboração de currículos, pesquisa de emprego, etc): foram apoiadas 66 pessoas

2º ciclo, 3ºciclo, sec

Alunos do concelho de Ferreira do Alentejo matriculados na Escola Básica José Gomes Ferreira - com passe escolar (Rodoviária do Alentejo) média 2º ciclo – 58 alunos 3º ciclo – 52 alunos Secundário – 32 alunos Total de 122 alunos com passe Alunos do concelho de Ferreira do Alentejo matriculados nas Escolas Secundárias em Beja - com passe escolar (Rodoviária do Alentejo) média Escola Secundária Diogo de Gouveia – 13 alunos Escola Secundária D. Manuel I – 25 alunos Escola EB 2,3 Santiago Maior- 1 aluno Total de 39 alunos com passe


PROGRAMA 23 junho | sexta 9.00h - Jornadas Ferreira do Alentejo, Capital do Azeite Local: Centro Cultural Manuel da Fonseca

18.00h - Abertura dos Expositores

18.30h - Abertura Oficial com o Grupo Coral ‘Os Boinas’ - Abertura da Exposição de Fotografia ‘Retratos em Sépia’ de Luís Calado - Ermida São Sebastião - Abertura da Exposição Coletiva de Pintura ‘Verde foi o meu nascimento’ - Integrado nas Estruturas Olivetur - Abertura ao Público do Projecto Olivetur-Olivebar, Olive Taste, Olive Cooking, Espaço Museu, Workshops, ShowCookings - Participação da Equipa do Museu e da Oficina da Criança - Abertura dos Stands de Artesanato da Zona de Influência Alqueva - Abertura Stand da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

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22.00h - Espetáculo Musical com Tony Carreira 00.00h - Encerramento da Feira

24 junho | sábado 18.00h - Abertura dos Expositores

18.30h

SERÁ A MAIOR DE SEMPRE A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo em 2012 decidiu tornar a Feira Nacional da Água e do Regadio (FNAR) num evento bienal e em boa hora o fez. De ano para ano, a FNAR foi ganhando “músculo”, e progressivamente, foi crescendo em dimensão, saindo sempre, cada vez mais, valorizada e fortalecida. As comunidades do nosso concelho e da região foram, gradualmente, nestes últimos anos, envolvidas e chamadas a participar neste evento decisivo para afirmação do concelho. Com o objetivo de valorizar e promover aquilo que é nosso, destacando a importância da MARCA FERREIRA, associamos-lhe também a marca registada CAPITAL DO AZEITE, conceito estratégico para continuar a afirmar, pela positiva, um sector que direta e indiretamente significa muito para este território, com o grande potencial que já se conhece no presente. Ferreira do Alentejo, com uma localização privilegiada no Sul do país, (que em breve terá a nova A26 – Auto estrada do Baixo Alentejo a uns meros 10 minutos da Sede do concelho) assume-se, no presente, como a verdadeira Capital do Regadio do Alqueva, porque é aqui que se sente a plenitude do impacto que o empreendimento hidro-agrícola pode trazer para territórios que até há meia-dúzia de anos, teriam uma reduzida expectativa económica. CELEBRAR e AFIRMAR A FNAR, com a maior aposta de sempre na programação cultural/espetáculos é um dos principais objetivos, estimando-se poder trazer a MAIOR PARTICIPAÇÃO DE SEMPRE neste evento. A Feira Nacional da Água e do Regadio 2017 será a MAIOR DE SEMPRE.

TONY CARREIRA 23 JUNHO

S D.A.M.A A D A R ENT UITAS 24 JUNHO GRAT

MARIZA 25 JUNHO

XUTOS & PONTAPÉS 26 JUNHO

- Abertura da Exposição de Fotografia ‘Retratos em Sépia’ de Luís Calado - Ermida São Sebastião - Abertura da Exposição Coletiva de Pintura ‘Verde foi o meu nascimento’ - Integrado nas Estruturas Olivetur - Abertura ao Público do Projecto Olivetur-Olivebar, Olive Taste, Olive Cooking, Espaço Museu, Workshops, ShowCookings - Participação da Equipa do Museu e da Oficina da Criança

18.30h - Abertura dos Stands de Artesanato da Zona de Influência Alqueva - Abertura Stand da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo - YouBattle on Tour e Game Day - Consolas Ps4, XBOX One, Nintendo e Simuladores - 1º Encontro de Youtubers com Ric Fazeres, Ovelha Nigga e Daizer

19.30h - Receção ao Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural - Luís Capoulas Santos - Apresentação do Livro Receitas da Agenda - Stand Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

22.00h - Espetáculo com D.A.M.A. Abertura de Espetáculo com Ivo Lucas 00.00h - Encerramento dos Expositores

00.00h até 06.00h - Noite Non-Stop com DJ’s M80 - Nélson Miguel e Francisco Gil

25 junho | domingo 18.00h - Abertura dos Expositores

18.30h - Abertura da Exposição de Fotografia ‘Retratos em Sépia’ de Luís Calado-Ermida São Sebastião - Abertura da Exposição Coletiva de Pintura ‘Verde foi o meu nascimento’ - Integrado nas Estruturas Olivetur - Abertura ao Público do Projecto Olivetur-Olivebar, Olive Taste, Olive Cooking, Espaço Museu, Workshops, ShowCookings - Participação da Equipa do Museu e da Oficina da Criança

18.30h - Abertura dos Stands de Artesanato da Zona de Influência Alqueva - Abertura Stand da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo - YouBattle on Tour e Game Day - Consolas Ps4, XBOX One, Nintendo e Simuladore

18.30h às 19.30h - Mega Aula de Zumba com Ana Vieira, Liliana Frade e Ana Lemos

22.00h - Espetáculo com Mariza 00.00h - Encerramento da Feira

26 junho | segunda 9.00h às 18.00h - Curso Investimento na Cultura do Amendoal Organização: Fórum Florestal Local: Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo Inscrições e Pagamento: formacao.forumflorestal@gmail.com

18.30h - Abertura da Exposição de Fotografia ‘Retratos em Sépia’ de Luís Calado-Ermida São Sebastião - Abertura da Exposição Coletiva de Pintura ‘Verde foi o meu nascimento’ - Integrado nas Estruturas Olivetur - Abertura ao Público do Projecto Olivetur-Olivebar, Olive Taste, Olive Cooking, Espaço Museu, Workshops, ShowCookings - Participação da Equipa do Museu e da Oficina da Criança - Abertura dos Stands de Artesanato da Zona de Influência Alqueva - Abertura Stand da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo

22.00h - Espetáculo Musical com Xutos&Pontapés 00.00h - Encerramento da Feira

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FEIRA NACIONAL DA ÁGUA E DO REGADIO

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Óbitos

Sabia que...

Óbitos de Abril a Junho de 2017

-Maria Carolina Fialho Dotes 86 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 2 de abril de 2017 -João Francisco dos Santos Amaral 74 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 10 de abril de 2017 -Matilde Morgado 77 anos Natural: Figueira dos Cavaleiros Faleceu em 11 de abril de 2017 -Caetano Isidro Cabeça 84 anos Natural: Alfundão Faleceu em 11 de abril de 2017 -Manuel Virgílio Neto Raio 93 anos Natural: Ourique Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 28 de abril de 2017 -Filinto Manuel Cabo Pita 88 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 28 de abril de 2017 -Cândido José Guia 83anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 29 de abril 2017 -António João Nunes 84 anos Natural: Torrão Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 29 de abril de 2017

-Joaquim Filipe Raposo Ricardo 55 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 5 de maio de 2017 -Aníbal Pepe da Cruz 74 anos Natural: Castro Verde Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 16 de maio de 2017 -Germano Francisco Ventura 84 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 23 de maio de 2017 -Ana Luísa D’Ascensão do Pereiro Janeiro 92 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 30 de maio de 2017) -Perpetua Maria Raposo 93 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 2 de Junho de 2017 -António da Cruz Barreto de Oliveira 77 anos Natural: Nisa Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 4 de Junho de 2017 -António Joaquim Caixeirinho 92 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 8 de junho de 2017 -Constância das Dores Gonilho 93 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 12 de Junho de 2017

-Filipe José Pereira 93 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 30 de abril de 2017

Descubra as diferenças

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- A obra de construção de um campo de futebol com relvado sintético, com sistema de rega automática e rede de drenagem, na Escola Secundária EB 2,3 José Gomes Ferreira em Ferreira do Alentejo, está concluída? - A Câmara Municipal assinou no passado dia 23 de maio, em Porto de Mós, o contrato de financiamento de apoio concedido pelo Fundo Ambiental, com a comparticipação de 25 por cento do valor total, para a aquisição da primeira viatura elétrica? - Fruto dos dois processos levantados contra o Estado português, pela Câmara de Ferreira do Alentejo, devido ao abandono de obras da A26, temos agora o lance da mesma a entrar no concelho de Ferreira do Alentejo? - A União de Freguesias Alfundão/Peroguarda conjuntamente com a Associação Fundana, unem-se uma vez mais para levarem a efeito a segunda edição da Feira Quinhentista? - A Sociedade Filarmónica e Recreativa de Ferreira do Alentejo comemorou o seu 92º Aniversário no passado dia 27 de maio? - A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo levou a efeito a construção de uma nova rua na localidade de Peroguarda?


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Palaravras Cruzadas Por: Carlos Viegas

Horizontais

Verticais

1- Vila Alentejana; expressão de dor. 2 - País; vai embora. 3 - Sino menos uma (inglês); divindade islâmica. 4 - União Europeia; com qualidade. 5 - Freguesia alentejana terminada em L; duas vezes. 6 - Animal mamífero da família dos Mustelídeos; parente (Inv.). 7 - Rodando; quanto baste (Inv.). 8 - Duas vogais; quatro vogais. 9 - Inimigo (abrev.); partilhar; três vogais. 10 Nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta aos p ro b l e m a s resultantes das relações entre os homens. 11 - Terceira pessoa (Plural); nome de mulher.

1 - Aldeia alentejana reconhecida pela excelente qualidade de produção de melão; duas vogais. 2 - Formação de marinheiros (Abrev.); Em Direito é um vício no processo de formação da vontade, em forma de noção falsa ou imperfeita sobre alguma coisa ou alguma pessoa. 3 - Duas consoantes; que não teme. 4 - Faz parte dos ambientes de água doce assim como os rios e lagos; vogal e consoante. 5 Três vogais; irado. 6 - Ceder gratuitamente. 7 - Batráquio; vejo; dá boa disposição. 8 - Mata menos uma; símbolo químico do ouro. 9 - Advérbio de lugar; músico que toca oboé (instrumento sopro) menos uma. 10 - Serve para destilar e é formado por uma caldeira de cobre. 11 Concordância; irmão do pai (Inv); município espanhol da comarca do Baixo Minho.

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Diretor: Aníbal Reis Costa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo Coordenador: Carlos Viegas Paginação: Carlos Jordão Redação e Colaboradores: António Espadinha, Álvaro Ramos, Fernando de Pádua, José Neto, José Salgado, Marcela Candeias, Orlando Fernandes, Fotografia: SIPE – Serviço de Informação e Promoção Externa da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo Propriedade: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo Redação Administração e Sede do Jornal de Ferreira: Praça Comendador Infante Passanha, 5 7900-571 Ferreira do Alentejo Telf. 284738700 | Fax: 284739250 jornaldeferreira@gmail.com Depósito Legal: 81278/94 Tiragem: 8000 exemplares Impressão: Mx3 – Artes Gráficas, Lda


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