Jornal de Ferreira

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Jornal

Boletim Informativo da Câmara Municipal • Fundado em Setembro de 1994 • Ano XXIV • Número 82 • Junho 2019 • Distribuição Gratuita • Director: Luís António Pita Ameixa

de

Ferreira

Estratégia e Planeamento Lançadas as bases de um novo ciclo de desenvolvimento

 p. 3

Aposta na qualidade da Educação > Aumentou o número de alunos > 1.º Lugar do ranking em 2 disciplinas do secundário > Cigarrinha Verde: Espécie única da fauna mundial  p. 17

> Universidade Nova de Lisboa vem trabalhar a educação em Ferreira  p. 4 Modernidade

Ferreira já está servida por fibra óptica  p. 11

Grandes obras

social

Construção de nova ETAR  p. 9

Apoio às IPSS  p. 3


2 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

2.ª Edição do Festival Giacometti

P

Um rebuliço criativo

elo segundo ano consecutivo o rebuliço criativo repetiu-se nos dias 30, 31 de maio e 1 e 2 de junho, com o Festival Giacometti que animou o concelho de Ferreira do Alentejo, com 33 iniciativas de áreas como a música, dança, cinema, gastronomia e antropologia, em onze locais da Vila, bem como na aldeia de Peroguarda. O evento contou com 124 pessoas da comunidade local artisticamente envolvidas num cartaz nacional e internacional de várias expressões contemporâneas, destacando principalmente o Trio Soledonna da Córsega; as Adufeiras de Monsanto, o Coro Mútua dos Pescadores e Ponto Seguro, bem como Celina da Piedade que atuou conjuntamente com os grupos corais “Rosa de Março” , “Alma Nova” e o Ferreirense “Tim” do grupo “Xutos e Pontapés”, que em declarações ao nosso jornal, elogiou a iniciativa do Festival, bem como as atuações dos grupos corais e outros músicos que teve ocasião de escutar, discretamente, no espetáculo ocorrido no Pátio das Andorinhas, bem como depois na Praça Comendador Infante Passanha, enquanto aguardava (nas instalações do “JF”) a sua entrada em palco. De viola a tira-colo tocando

uns acordes baixinho e preparado para entrar em palco a qualquer momento, notei-lhe... não nervosismo, porque o à vontade é muito, mas com certeza a responsabilidade do peso de uma imagem construida ao longo de quarenta anos.

Celina da Piedade com Tim e Grupos Corais Rosas de Março e Alma Nova

Tim

Sobre a continuidade dos Xutos sem o saudoso Zé Pedro, Tim diz-nos que ele será sempre insubstituível e que o grupo continuará com bons concertos até que a idade permita, acrescentando que neste mês de junho, irão estar em digressão no Canadá. Infelizmente, os compromissos não permitiram alongar a

Organização Municipal e Direção do Festival

conversa com a lenda viva do rock português, que a anteceder a sua entrada em palco, fez questão de visualizar uma foto sua de que lhe havia falado no inicio da nossa conversa. Uma foto dos anos sessenta, tirada na Praça Comendador Infante Passanha, em Ferreira do Alentejo, numa janela da então sua casa (agora edificio da Caixa Geral de Depósitos), onde se vê a silhueta de uma criança que provavelmente será o Tim, assistindo a um desfile de carros de tração animal, num cortejo de oferendas, na rua 5 de

Orquestra Balcânica com Filarmónica de Ferreira

outubro. Segundos depois, o espetáculo continuou com Tim, numa noite inesquecível para a enor-

me multidão presente. Como referia a nota de imprensa da câmara municipal de há um ano atrás, “(...) tornar este festival um eixo importante no panorama cultural português” começa a desenhar-se e afirmar-se uma realidade que promete, cada vez mais, uma maior envergadura e visibilidade, dois aspetos garantidos e cumpridos para esta segunda edição pela curadora artística do festival, Helena Inverno. A próxima edição em 2020 promete ainda mais.  Carlos Viegas

Peroguarda


jornal de ferreira • JUNHO 2019 • 3

Estratégia e planeamento

A

câmara municipal, em princípio de mandato, direcionou uma parte relevante do seu investimento para estratégia e para planeamento. A ideia que preside a esta decisão é a de que importa, de início, definir bem os objetivos que se pretendem alcançar e os caminhos a seguir. Importa preparar o município de Ferreira do Alentejo para enfrentar, em progresso sustentável, a década de vinte do século XXI (2020 – 2030). Por isso, o trabalho de base, inicial, tem de ser planear e definir caminhos e objetivos. Apresentam-se aqui os oito principais trabalhos que estão em curso, através dos serviços municipais competentes e com a colaboração de entidades externas especialistas nas respetivas matérias. 1. O programa estratégico de desenvolvimento, que pretende habilitar o município com um conhecimento aprofundado da realidade económica do território e definir a estratégica de desenvolvimento económico para os próximos anos. 2. A revisão do plano diretor municipal, que vai reorganizar o espaço territorial em geral, e as zonas urbanas em especial, determinando a correta ocupação do território. 3. A operação de reabilitação urbana da vila de Ferreira do Alen-

tejo, que vai definir a organização urbanística da vila, com uma estratégia de reabilitação do edificado e dos espaços públicos. 4. A estratégia local de habitação, que pretende a disponibilização de mais habitação, e vai permitir ao município intervir no mercado habitacional, com mais poderes, e vai também disponibilizar aos particulares mais apoios para investir em habitação.

e da agroindústria, em ordem à defesa de um desenvolvimento sustentável e de um meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. 7. O estudo estratégico de abastecimento de água, que definirá as melhores opções, a médio e longo prazo, para a captação de água (subterrânea ou de superfície) e para a distribuição de água potável à população, bem como para o sistema de esgotos, de

5. O plano de desenvolvimento social, que pretende garantir os direitos básicos de cidadania e vai dotar o município de uma estratégia e de financiamento para apoio aos setores sociais mais necessitados, em várias áreas. 6. A avaliação ambiental estratégica, que, através de uma entidade competente e independente, vai permitir conhecer, em detalhe e com idoneidade científica, os efeitos ambientais das atividades humanas no concelho, em especial da agricultura

modo a garantir um futuro seguro em termos de quantidade e qualidade. 8. Plano de Desenvolvimento da Educação e Ensino, que vai estudar aprofundadamente o sistema educativo e estabelecer uma estratégia de reforço e qualidade do mesmo, de modo a garantir aos alunos um ensino ao melhor nível em Ferreira do Alentejo. Este trabalho é realizado com a Universidade Nova de Lisboa.

A

Cuidados Continuados, instalada numa ala do Centro de Saúde, com 24 camas. A nova obra vai permitir aumentar o número de camas para 36 e melhorar as condições para esta resposta social. O valor aprovado é de 1 milhão e 500 mil euros. Por outro lado, a Fundação de São Barnabé, também com

Editorial

Cultura e Qualidade de Vida

1. No atual momento, Ferreira do Alentejo, enquanto concelho, vive importantes eventos culturais. O caso mais importante é o Festival Giacometti, uma criação nova. Este ano, ainda só em segunda edição, marcou pela diferença e pela qualidade. Em quatro dias de rebuliço cultural, ocorreram 33 realizações que envolveram a participação ativa de mais de cem pessoas da comunidade, deliciaram o público e trouxeram até Ferreira uma leva de festivaleiros. Foram apresentadas manifestações artísticas originárias de Portugal e de várias partes do mundo, como nunca se fez antes em Ferreira: Cabo Verde, Indonésia, Balcãs, Alemanha, Holanda, Córsega, Inglaterra. Este festival distingue muito Ferreira do Alentejo, enquanto realização virada para as culturas e músicas de raiz popular, numa matriz giacomettiana, onde impera a qualidade e o bom gosto. Além do Festival Giacometti, recorde-se que tivemos, em abril, jazz de qualidade, em maio, o festival Terras Sem Sombra, com uma espantosa atuação musical húngara, além da divulgação do património histórico e da biodiversidade, e iremos ter, ainda em junho, uma excecional orquestra de Manila, constituída por jovens supertalento filipinos (Pundaquit Virtuosi), e, em julho, um concerto sinfónico pela orquestra da costa atlântica. É claro que tudo isto se combina com outras realizações, como a feira de setembro, que já está a ser preparada, e com as festividades e feiras das freguesias, as quais muito contribuem para a animação das nossas terras. De igual modo, as iniciativas das associações culturais, que são diversas. Em suma, há um preenchimento cultural da vida coletiva que importa sublinhar enquanto elemento contributivo da qualidade de vida local. 2. Vão começar as obras de remodelação do Centro Cultural Manuel da Fonseca, o qual irá ser preparado para albergar uma outra nova iniciativa – a Universidade Popular de Ferreira. Será um novo polo de cultura participativa que irá enriquecer ainda mais a vida cultural do concelho. Luís Pita Ameixa

Presidente

F

Apoios aos eventos das freguesias

oi estabelecido um novo quadro de apoio financeiro do município às freguesias para estas gerirem na realização das suas festas e feiras, no montante de 46 mil euros anuais. Este apoio acresce às verbas normalmente recebidas pelas freguesias por outros critérios. Esta comparticipação não visa

Apoio às IPSS Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Alentejo e a Fundação de São Barnabé vão receber financiamento do Alentejo 2020 para comparticipação de investimentos de qualificação dos seus equipamentos sociais. A Santa Casa da Misericórdia, além do centro infantil, lar, centro de dia e apoio domiciliário, gere uma Unidade de

Freguesia

Valor do Subsídio 

Alfundão/Peroguarda

10.000 

Ferreira/Canhestros

10.000 

Figueira dos Cavaleiros

16.000 

Odivelas

10.000 

o mesmo número de camas, irá receber cerca de 250.000 EUR para qualificar a estrutura residencial para idosos que tem a funcionar em Ferreira do Alentejo, junto ao Parque de Exposições e Feiras.

cobrir pela íntegra as despesas com as festividades das freguesias, mas é apenas um apoio à sua realização, além das demais ajudas logísticas que a câmara municipal fornece. Foram aplicados critérios de igualdade relativa entre as freguesias tendo em conta a sua dimensão e o tipo de realizações que efetuam.

TOTAL 46.000 


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Aposta na qualidade da educação

Mais e melhor educação

A

s ações e estratégias que se estão a desenvolver, têm por base a consideração de que a educação e ensino das nossas crianças e jovens, bem como de toda a população, são uma prioridade da atuação municipal. Alunos, professores, pais e encarregados de educação, funcionários das escolas – todos começaram a enfrentar um ano letivo de trabalho e responsabilidade. Uma responsabilidade que deve ser encarada com a alegria de quem enfrenta um dos desafios mais bonitos da vida: formar cidadãos e progredir no conhecimento. Existe um trabalho conjunto e de colaboração entre o ministério da educação, a Câmara Municipal, os órgãos de direção do nosso agrupamento de escolas e as juntas de freguesias, que é fundamental para se conseguir mais e melhor educação para as crianças e jovens do concelho. Algumas vitórias e mudanças assinalam o presente ano letivo de 2018/2019: • Regressaram à escola de Fer-

reira, os jovens de Alfundão e Peroguarda, quebrando assim um afastamento que era nefasto para o concelho e para a escola. • Em 2018 o número de alunos aumentou em todos os ciclos do ensino básico e no ensino secundário. • Novas políticas sociais de apoio aos alunos e famílias, de que se destacam: a) A oferta, pelo Governo, dos manuais escolares do 1.º ao 6.º ano, e, a oferta, pela câmara municipal, das fichas escolares do 1.º ao 9.º ano, para todos os alunos;

Ranking

b) Concessão de bolsa de estudo a todos os alunos do 10.º, 11.º, e 12.º ano, que se matriculem e frequentem a escola secundária de Ferreira do Alentejo (200 euros/ ano). •A tividades de prolongamento de horários escolares das crianças para apoiar as famílias com horários de trabalho alargados, nomeadamente com novos espaços e equipamentos qualificados. •N ovo sistema de fornecimento de refeições escolares aos alunos. • Transportes escolares gra-

tuitos, que cobrem todos os alunos, e agora com horários mais adequados. • Mais edifícios, espaços escolares e equipamentos renovados e modernizados (é o caso das escolas do pré-escolar de Ferreira, e do primeiro ciclo de Ferreira, Alfundão, e, Figueira dos Cavaleiros). Estão em preparação futuras intervenções em Canhestros e Odivelas. • Espaço exterior da escola secundária de Ferreira do Alentejo está tratado com outra qualidade, para ter um semelhante aspeto como o

Física e Química Escolas Médias

da escola do primeiro ciclo. • Quadro de funcionários reforçado: Foi regularizada a situação de sete funcionários escolares, que passaram a uma posição de definitividade, sendo aumentado o número de recursos humanos disponíveis, com um saldo positivo de mais seis pessoas, sendo ainda necessárias mais medidas de reforço no que respeita ao pessoal auxiliar das escolas, que irão ser tomadas. • Início de um estudo de qualificação e sucesso escolar do sistema geral de educação e ensino no concelho de Ferreira, sob a responsabilidade da Universidade Nova de Lisboa, mediante protocolo estabelecido para o efeito, com a câmara municipal. * Candidatura a fundos comunitários do projeto “Universidade Popular”, foi aprovada, o que irá permitir requalificar e modernizar parte do centro cultural da Vila e, de seguida, montar e colocar em funcionamento este novo projeto de desenvolvimento cultural, ao serviço da população.

Biologia e Geologia Escolas Médias

Ferreira do Alentejo

13,60

Ferreira do Alentejo

Escola de Ferreira foi a melhor em duas disciplinas

Beja (D. Manuel I)

11,31

Beja (Diogo Gouveia)

10.74

Beja (D. Manuel I)

11,60

Beja (Diogo Gouveia)

11,13

Nos exames nacionais do ensino secundário, no último ano letivo (2017/2018), a escola de Ferreira do Alentejo foi a melhor do distrito de Beja, em duas disciplinas:

Ourique

12,58 12,00

Mértola

9,91

Ourique

9,22

Odemira

10,73

9,17

Mértola

10,44

9,05

Castro Verde Almodôvar

Castro Verde

Aljustrel

8,87

Odemira

8,60

V. N. Milfontes (Colégio N.S.Graça) 9,98

8,58

Serpa

V.N. Milfontes (Colégio N.S.Graça) 8,53

Moura

6,88

Serpa

10,19

Moura Aljustrel Almodôvar

10,00 8,35 8,22 7,79


jornal de ferreira • JUNHO 2019 • 5

Ambiente, agricultura e desenvolvimento

O

Centro Cultural em Ferreira do Alentejo, foi palco no passado dia 18 de maio, de uma sessão pública intitulada “Ambiente, Agricultura e Desenvolvimento”, promovida pelo município. O evento foi moderado pelo presidente da câmara, Luís Pita Ameixa que abriu a sessão referindo-se à necessidade de debater a fundo duas importantes áreas: o desenvolvimento e o ambiente. “Ambas são necessárias, sendo que, tanto uma como outra, estão diretamente ligadas à agricultura.” Uma nova realidade económica que o autarca fez questão de evidenciar, tendo em conta também coincidências no que diz respeito ao património arquitectónico e arqueológico, bem como a questão social. Acrescenta: “Nós somos confrontados hoje com a emergência de um grande número de pessoas que chegam aqui ao concelho para trabalhar, vindas de todas as partes do mundo. Temos aqui pessoas praticamente de todos os continentes, de diversas etnias e de diversas culturas. Temos que saber conviver com isso, com impactos formidáveis na nossa comunidade, nomeadamente em termos de alojamento condigno. A necessidade de responder a picos de aumento populacional que nos leva, diariamente, em certas aldeias, a carregar dois ou três camiões cisterna de água para reforçar o depósito de abastecimento, bem como outras obrigações que se prendem com serviços de esgotos, recolha de lixo, etc.. Serviços aumentados para os quais não estávamos de-

vidamente preparados para responder de imediato. Nenhuma entidade com responsabilidade para isso, fez, nos últimos anos, um trabalho de preparação para estes impactos. O concelho e toda a região não foram devidamente preparados para a emergência desta nova economia, que surgiu com o Alqueva.” Outro aspeto tem a ver com o sentimento de insegurança para parte de alguma faixa da população, devido às interrogações acerca do impacto ambiental das novas culturas agrícolas intensivas. É um problema que em sua opinião só pode ser resolvido com transparência e participação, daí a organização desta sessão pública. A sessão contou como convidados: Jorge Vasques – EDIA; José Paulo Martins - Associação Ambiental ZERO; Vasco Cortes Martins - Associação de Olivicultores do Sul; José Velez – Diretor Regional Ad-

esteve em destaque, assim como a já arrastada problemática das fábricas de bagaço, cujos efeitos se continuam a fazer sentir, em várias localidades e ao longo de vários quilómetros, principalmente para a populção de Fortes que reside a cerca de trezentos metros de uma destas unida-

junto da Agricultura e Pescas; Gonçalo Leal - Diretor Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural; e Jorge Pulido Valente – Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo. O impacto do modelo de culturas de regadio do Alqueva

des de transformação. Por sua vez, para o representante da Associação Ambiental ZERO, as culturas regadas implicam, em alguns casos, a erosão e a perda de solos arrastados pelas águas, principalmente através da instalação de camalhões – regos com elevação paralela dos so-

los para plantação de árvores, bem como outras situações preocupantes que fez questão de divulgar através de imagens alusivas ao tema. Já para a Associação de Olivicultores do Sul, não existem, por enquanto, dados elucidativos que garantam que tais processos estejam a prejudicar a saúde das pessoas, embora admita que hajam produtores, aqui e acolá, com más práticas agrícolas, mas que a maioria tem boas práticas. Jorge Pulido Valente, numa avaliação global, sobre o déficie de políticas públicas adianta que reconhece um déficie relativamente a estes temas. Dizendo: “Estou a falar da agricultura e da agroindustria que, no fundo, é a consequência também deste processo de desenvolvimento, que começou logo no planeamento, onde faltou uma avaliação necessária sobre os impactos socio-ecológicos desta nova agricultura.” Por outro lado, sustenta que existe igualmente outra área

com aspetos deficitários, que é a fiscalização de tudo isto, devendo para isso, haver por parte da administração pública, uma intervenção que possa de certa maneira, pensar e ultrapassar este déficie de políticas públicas, dando resposta às necessidades em causa. Afirma: “É por isso que a CCDR, há já algum tempo, identificou como o seu maior desafio a sustentabilidade do território, nas suas múltiplas dimensões, dimensão ambiental, económica, social e demográfica. E para respondermos a esse desafio considerámos que deveriamos ter uma intervenção estruturada em termos daquilo que é a adaptação às alterações climáticas, aquilo que é a economia circular (duas coisas que estão ligadas) e, uma outra dimensão, que é precisamente a nova agricultura.” Seguiu-se um período de debate, muito participado, onde foram abordadas as questões anteriormente referidas.  Carlos Viegas


6 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

>> Notícias

Expansão do Parque das Empresas

F

oi aprovado o financiamento comunitário da União Europeia para a expansão do Parque das Empresas de Ferreira do Alentejo, que permitirá expandir em 7.36 ha a área já existente, acrescentando 38 novos lotes aos já atuais. Um investimento superior a dois milhões de euros, que terá uma comparticipação FEDER de 85% a fundo perdido. A aprovação deste financiamento aliviará a Câmara Municipal relativamente ao empréstimo aprovado no

anterior mandato, no valor de um milhão oitocentos e setenta mil euros. Trata-se de uma importante notícia para Ferreira do Alentejo, em matéria de desenvolvimento económico, que se tornou possível com o sucesso da nova estratégia da Câmara Municipal que candidatou e conseguiu obter este apoio. A obra de expansão do Parque das Empresas deverá principiar no segundo semestre deste ano e prolongar-se por um período de 18 meses.

Câmara Municipal distingue empresas com práticas de responsabilidade social

A

Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo criou um programa de responsabilidade social que tem como objetivo fundamental distinguir as empresas e organizações com práticas de responsabilidade social no concelho. Para o Município de Ferreira do Alentejo é desejável que as empresas estejam ligadas ao território e à

comunidade e que se distingam não só pela atividade económica ou criação de emprego, mas também pela promoção de práticas sociais e ambientais responsáveis, apoiando instituições locais que promovem iniciativas nas áreas sociais, culturais, desportivas, ambientais, científicas ou de promoção do desenvolvimento comunitário em geral.

A distinção da Câmara às empresas e organizações terá uma periodicidade anual. A apresentação pública deste programa às empresas e às entidades sem fins lucrativos que poderão beneficiar destes apoios, ocorreu no dia 18 de Junho.

"Feliz 2019: Um elogio da amêndoa de Ferreira do Alentejo"

E

ste, o título de um artigo de opinião de Miguel Esteves Cardoso, no jornal o Público, sobre o qual nos propomos transcrever alguns excertos: “Sempre que puder, recuse a amêndoa californiana, que invadiu o mercado português por ser barata. Pergunte de onde vêm as amêndoas que compra. Siga as amendoeiras que vê da janela do seu carro. O que eu não sabia (mas em Portugal infelizmente está-se sempre a aprender, porque as coisas boas andam quase sempre escondidas) é que havia amêndoas exce-

lentes no Alentejo. Foi Luísa Catarino que me sussurrou o nome da empresa familiar Migdalo, em Ferreira do Alentejo. Enche a alma saber que se trata de uma empresa recentemente criada, moderníssima e fácil de contactar. Encomendei online um saco de 5 quilos (por 55 euros) e fizeram o favor de mandar também amostras de outras variedades de amêndoa. São tantas as variedades de amêndoa que se perde o ânimo de persegui-las. As amêndoas de que mais gosto são pequenas e muito espalmadas, dividindo-se facilmente em dois, o que só as torna mais

Miguel Esteves Cardoso

deliciosas. Graças a Miguel Matos Chaves, a Migdalo está a contribuir para o nosso esclarecimento nomeando directamente as variedades de amêndoa que produzem.

A Maria João e eu provámos as diferentes variedades em cru e torrado. Os resultados foram muito diferentes. A crua de que mais gostámos - a francesa Lauranne - foi das que menos gostámos torrada. Aquela que

elegemos a melhor quando torrada - a Vairo - não nos impressionou em cru. A única variedade de que gostámos igualmente cru e assada foi a Soleta. A amêndoa a evitar absolutamente é a californiana, redonda, rija e sensaborona. Já invadiu o mercado português porque é barata (apesar de os EUA não pertencerem à União Europeia) e gorda. É fácil de detectar na doçaria tradicional portuguesa, onde é raro encontrar um doce de amêndoa que não seja feito com amêndoa americana.”


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Plano Estratégico de desenvolvimento Apreciação e discussão

A

Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo apresentou, a 19 do corrente mês, o Plano Estratégico de Desenvolvimento, numa sessão pública realizada no Centro Cultural Manuel da Fonseca. Trata-se de um Plano, elaborado pela Sociedade Portuguesa de Inovação, solicitado pelo município, para tornar o concelho num território empreendedor, criativo, sustentável, inclusivo e capaz de fixar e atrair população. “Uma estratégia que tem em conta a realidade atual, as várias dimensões de desenvolvimento e os desafios do concelho, bem como o que é valorizado em termos de políticas públicas comunitárias e oportunidades de financiamento comunitário, afirmou em declarações ao “JF” o vereador do pelouro, José Rocha Guerra. O autarca referiu ainda que o plano surge numa fase em que decorre a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) e está a terminar o atual qua-

dro de apoios comunitários e quase a começar o novo para o período entre 2021 e 2027. Igualmente para debater o Plano Estratégico reuniu o Conselho Económico e do Investimento. A reunião foi presidida por António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal - Luís Pita Ameixa, Vereador do pelouro da economia - José Rocha Guerra, e diversas empresas do concelho. No fim do evento, numa curta entrevista ao Jornal de Ferreira, António Saraiva, o patrão dos patrões, como é conhecido, numa apreciação final, referiu que esta terceira reunião, bem como as anteriores, serviram de oportunidade para que os elementos do Conselho avaliassem o trabalho apresentado no Plano Estratégico que forneceu 24 acções concretas. Por outro lado, embora os membros do Conselho com as suas realidades específicas e com o conhecimento

que têm do concelho, bem como as enormes oportunidades existentes, permitem pôr o concelho numa rota diferente e de desenvolvimento de atratividade ao investimento, com aspectos positivos que aqui foram apresentados, refere António Saraiva, acrescentando que estes aspectos devem constituir um ponto de optimismo para que não olhemos para um copo meio vazio, mas sim para um copo meio cheio. Adiantou ainda que há vários caminhos para fazer, mas que um deles se prende com a quebra de população e respectivo envelhecimento. Um problema, em seu entender, do país e não apenas deste concelho. Adianta: “Não podemos baixar os braços e não devemos desanimar. Tal como o Mundo, Portugal e o resto da Europa, está a fazer o que o este concelho deve fazer igualmente, combater es-

sas realidades, desenvolvendo estratégias para inverter e transformar pontos negativos em pontos positivos. Temos meios para o fazer! Esta é uma região - como o Dr. António Silvestre dizia de sabores. Talvez por aí, desenvolver produtos gourmet, maximizando o que já temos. Agora, resta pôr em prática, passo a passo, e desenvolver.” Questionado ainda sobre o assunto que considerou de maior destaque ao longo destas três reuniões, António Saraiva refere que além do entrosamento das realidades especificas de cada um, a partilha de informação é, por si, cada vez mais fundamental. E destaca esta aproximação, que reunião-após-reunião, caracteriza o universo

dos participantes na partilha de informação, ao trazerem casos concretos que permitem assim uma maior identificação dos problemas. Sinergias positivas, que considera dignas de destaque.  Carlos Viegas

Participantes nesta reunião: Luís Pita Ameixa; António Saraiva; António Sevinate Pinto; António Silvestre Ferreira; Isabel Ribeiro; José Guerra; José Maria Peres; Luís Vasconcelos e Sousa; Mário Geamperle; Nuno Aires; Ricardo Costa; Ricardo Silva; Augusto Medina; João Diogo e Dora Possidónio.


8 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

Um maestro Ferreirense N

o próximo dia 12 de julho, na Praça Comendador Infante Passanha em Ferreira do Alentejo, tem lugar um concerto sinfónico com a Orquestra da Costa Atlântica, dirigida pelo Ferreirense - Luís Miguel Clemente, um proeminente maestro, pedagogo e investigador português, reconhecido como um dos mais talentosos e estimulantes da sua geração musical. A anteceder este seu concerto, haverá lugar a uma conferência pelo Maestro, intitulada “Descomplicar a Música Clássica”. Em entrevista ao nosso jornal, Luís Miguel Clemente adianta-nos um pouco mais sobre o início e percurso da sua brilhante carreira musical. J.F. - Sei que os seus primeiros passos na música foram dados na Banda da Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo. Quer recordar um pouco? Sim! Claro! Na verdade, tive dois “pais” musicais em Ferreira do Alentejo, e ambos foram (e são!) essenciais para a minha aprendizagem musical. Por um lado, o meu saudoso professor e amigo Dr. Gomes e, também, o meu querido

amigo e, também, saudoso “Mestre” Carlos Rosa. Foi pela mão do “mestre” que me preparei para integrar a Banda da Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo, por volta dos meus 10 anos de idade. Tocámos saxofone juntos, lado a lado, muitos anos! Recordo-os com muita saudade e estima! Não poderia deixar de referir também a importância que tiveram na minha vida o Quim Zé e também o Mestre Morais, que infelizmente nos deixou muito recentemente. Todos eles foram modelos que me ajudaram não apenas enquanto músico, mas acima de tudo como pessoa. Tenho muitas saudades de todos eles… Seria também injusto da minha parte não referir o reconhecimento e agradecimento à Banda da Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo, não apenas por tudo o que me ensinaram e proporcionaram nos largos anos em que aqui fui músico, mas, também, pelos anos em que aqui fui maestro. J.F. - Pelo que podemos constatar através do seu vasto currículo, o reconheci-

mento do seu mérito é espelhado pelos muitos prémios que lhe têm sido atribuídos. Quer destacar alguns em particular? E Porquê? Agradeço a sua amabilidade na referência, mas, sinceramente, não tenho muito apego aos prémios. Claro que me sinto sempre muito satisfeito quando tenho essa felicidade! E fico muito reconhecido e emocionado quando me dão essas honras! Contudo, vejo-os como algo efémero que apenas destacam um “mo-

Luís Miguel Clemente, Maestro enérgico e refinado, motivado por uma profunda crença no poder positivo da música para unir e inspirar pessoas, desenvolve uma intensa atividade profissional em Portugal e no estrangeiro. Atualmente, é Maestro Titular e Diretor Musical da Orquestra da Costa Atlântica, da Jovem Orquestra da Costa Atlântica e da Orquestra Nacional de Sopros. É Codiretor Musical e Maestro do Coro Sénior de Esposende. É Cofundador e Diretor Pedagógico e Professor Titular de direção de orquestra na Academia Internacional de Direção de Orquestra da Costa Atlântica. Desde 2016 é professor de direção de orquestra no masterclass “The Art of Expressive Conducting”, que anualmente reúne dezenas de maestros de todo o mundo em Roma (Itália). É professor convidado de direção de orquestra no Oxford Conducting Institute, na Universidade de Oxford, em Inglaterra. Nos últimos anos, Luis Miguel Clemente alcançou reputação internacional, apresentando-se em Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Suíça, Moldávia, Croácia, Hungria, Itália, Roménia, Grécia, Canadá, EUA México, Eslováquia e Myanmar como maestro, professor de direção de orquestra e júri em competições internacionais para maestros. Em 2019, tem agendado projetos em Portugal, Espanha, Taiwan, Itália, Líbano, Alemanha, Irlanda, Itália e Inglaterra. É licenciado em Ciências Musicais e licenciado em Direção de Orquestra. É Pós-Graduado e Mestre em Performing Arts. Estudou direção de Orquestra em Trento (Itália), graduando-se com a melhor nota da sua classe. Em 2014 obteve o diploma de especialização em performance: Direção de Orquestra. Atualmente, está na fase final da sua investigação com vista à obtenção do Doutoramento em Direção de Orquestra na Universidade de Aveiro. Foi galardoado com o prémio para melhor maestro da Cátedra Leonard Bernstein, atribuído pela fundação Caja Rural de España (Espanha). Venceu a International Conducting Competition em Budapeste (Hungria) em 2012 e, recentemente, a sua performance com a Pacific Region Festival Orchestra (Canadá), foi galardoada com o 1º prémio no Pacific Region Young Soloist Competition. Foi agraciado com a distinção por mérito artístico pelo Rotary Club de Powell River (Canadá) e também pelo Rotary Club da Covilhã (Portugal).

mento”… nada mais, nada menos! Sinceramente, atribuo mais importância em tentar desenvolver e implementar um bom trabalho onde quer que me apresente e, se tudo correr bem, voltar mais vezes a esses locais. De qualquer forma, se tivesse de salientar um “prémio”, diria que o que mais me marcou recentemente foi o convite para dirigir uma série de concertos em Myanmar, antiga Birmânia, no ano passado. Sob o patrocínio do sr. Embaixador da União Europeia em Myanmar, fui convidado para dirigir a “Orchestra for Myanmar” nas cerimónias de celebração do “Dia da União Europeia em Myanmar”, na presença dos mais altos dignitários europeus e asiáticos naquele país. J.F. - O que gostaria de realizar ainda na área musical? Em primeiro lugar, gostaria de conseguir manter a minha profissão por muitos… e bons… anos. Nunca sabemos o que a vida nos reserva, por isso é importante aproveitar todos os

momentos. De qualquer forma, obviamente, os sonhos existem! E um dos que mais dedicação exige de mim, atualmente, diz respeito à Orquestra da Costa Atlântica, um projeto do qual me orgulho muito de ser cofundador e responsável artístico, e que tem como grande missão sensibilizar, enriquecer, inspirar e transformar vidas através da música erudita, e contribuir para o desenvolvimento cultural do país. Já agora, em jeito de conclusão, ter a oportunidade de dirigir um concerto com grande orquestra sinfónica na minha terra foi algo que sempre pretendi, desde os meus tempos de estudante em direção de orquestra em Itália. Gostaria também de poder contribuir ativamente para o desenvolvimento cultural da minha terra - Ferreira - e, quem sabe, no futuro desenvolver algum projeto artístico e cultural conjunto com o município e as forças vivas da terra!  Carlos Viegas

18:00H - Palestra "Descomplicar a Música Clássica" - Local: Museu de Arte Sacra 22:00H - Concerto Sinfónico - Local: Praça Comendador Infante Passanha


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Notícias <<

Construção de Nova ETAR A Câmara Municipal avança com os trabalhos de construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ferreira do Alentejo. Uma obra, orçada em cerca de um milhão de euros que deverá estar concluída em junho do corrente ano e financiada no âmbito do POSEUR - Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência

no Uso de Recursos, em 85 por cento do seu valor total. A nova ETAR vai substituir a que está atualmente a funcionar (desde 1980) e permite tratar o efluente produzido na Vila de Ferreira do Alentejo, o que corresponde a 4300 habitantes e um caudal de ponta de 92 m3/h.

O Município de Ferreira do Alentejo adquiriu 30 contentores para deposição de resíduos sólidos urbanos, que serão colocados na via pública em todo o concelho, com o objetivo de substituir contentores que se encontram deteriorados.

Obras de melhoramento do jardim público Procedeu-se à realização de trabalhos de requalificação do Jardim Público em Ferreira do Alentejo. Uma intervenção que passou pela reparação e colocação de novos equipamentos na zona infantil, bem como reparação e pintura dos bancos. Igualmente, procedeu-se à colocação da cobertura da esplanada do bar e remodelação das

Novos contentores para o Concelho Esta medida contribui para a melhoria da higiene e limpeza urbana do concelho. Os equipamentos estão dotados de um autocolante que alerta os munícipes para as regras de deposição dos resíduos dentro dos contentores.

Reforço de iluminação pública no concelho Está a ser feito o reforço da iluminação com a colocação de mais candeeiros. No âmbito desta intervenção a EDP está também a mudar as lâmpadas existentes para tecnologia LED que é mais eficiente. Em todo o concelho está a ser modernizada a iluminação pública nas ruas e praças das localidades com a introdução de tecnologia LED, garantindo assim uma iluminação melhor, com menos consumo e de baixo custo.

casas de banho, bem como melhoramento dos acessos ao anfiteatro.

Figueira dos Cavaleiros

Construção do coletor de águas pluviais Estão em curso as obras de construção do coletor de águas pluviais na rua de Lisboa e largo do Poço Velho, em Figueira dos Cavaleiros. Uma intervenção, orçada em 150 mil euros, há muito aguardada pela população desta freguesia e que vai permitir encaminhar as águas da chuva através de um coletor subterrâneo para a ribeira situada nesta localidade. Recorde-se que até aqui, em época de chuva, as aguas corriam à superfície

Desinfeção de depósitos de água provocando várias inundações nas zonas mais baixas da aldeia. A Câmara Municipal pede desde já a compreensão de

todos para os eventuais incómodos causados durante o decorrer dos trabalhos e para a necessidade de se condicionar o trânsito nesta via.

Desde o passado mês de maio a câmara municipal vem procedendo à limpeza e desinfeção dos reservatórios de água, para consumo humano, em todo o concelho. Pretende-se com esta ação melhorar a qualidade da água que é distribuída à população. Durante a limpeza há a necessidade de interromper o normal fornecimento de água, pelo que desde já se solicita a compreensão de todos pelo eventual incomodo causado durante estas intervenções.


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>> Notícias

Feira do Talego e do Avental

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o passado dia 24 de maio, a União de Freguesias Ferreira do Alentejo/Canhestros, promoveu mais uma edição da tradicional Feira do Talego e do Avental, na Praça Comendador Infante Passanha. Além dos dois principais objetos típicos e regionais: Talego e Avental, o evento integrou Marchas; Teatro, Cante Alentejano; Tasquinhas; gastronomia; espetáculos musicais e um ambiente de alegria com muito público presente, que animou a festa até tarde.

N

Odivelas Aldeia / Odivelas Cidade

o Ano de 2009, o Grupo Colinas Bike Tour criou um desafio a um conjunto de pessoas da cidade de Odivelas, pessoas com o gosto pela Bicicleta, com espirito de aventura, com curiosidade na descoberta, para visitar a nossa Odivelas Rural, no coração do Alentejo. Cerca de 100 ciclistas fizeram-se então à estrada, de forma a ligar estas duas localidades, cuja característica que as unia era apenas a sua própria denominação: “Odivelas”. Hoje, dez anos consecutivos de ligação entre as duas localidades, criando laços de amizade pessoal e institucional, eis que surge, pela primeira vez, a retribuição a todas essas visitas efetuadas anualmente a Odivelas/ Alentejo. Em 13 de Abril passado, foi finalmente realizada a iniciativa de visitar a cidade de Odivelas. Pessoas de Odivelas

Aldeia, bem como pessoas do concelho de Ferreira, participaram em algumas atividades desportivas, havendo também lugar a uma partilha cultural, através de grupos locais do nosso concelho. Para o presidente da Freguesia de Odivelas Aldeia - Rodrigo Raposo, a longevidade desta relação acenta, fundamentalmente, nos laços de amizade que se têm vindo a desenvolver. Acrescenta: "Tudo se deve ao fato de sermos uma população acolhedora, uma população que sabe receber e penso que isso foi e será o que prevaleceu e irá prevalecer nesta nossa ligação de amizade entre as duas Odivelas. Nos dias 4 e 5 de Maio, teve também lugar um Encontro no concelho de Ferreira do Alentejo, com um grupo de pessoas de Odivelas/Cidade, de forma a que lhes fosse dado a conhecer o melhor do nosso concelho.

Presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo

Reorde-se, que ao longo dos últimos dez anos a visita apenas tinha lugar à aldeia de Odivelas. Por outro lado, no ano transacto, por ocasião da última visita/ convívio, os autarcas dos dois municípios, sugeriram a possibilidade de criação de uma geminação entre as duas localidades, o que aconteceu durante esta visita a Odivelas/Cidade. No final foram oferecidas bicicletas a todas as crianças da Escola de Odivelas.

Presidente da Freguesia de Odivelas

Presidente da Câmara de Odivelas


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Homenagem Pública aos Primeiros Dirigentes do Municipalismo Democrático (Comissões Administrativas de 1974)

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erimónia realizada por ocasião do Dia do Município de Ferreira do Alentejo, em 5 de março de 2019, em sessão solene no salão nobre da freguesia de Ferreira do Alentejo Comissão Administrativa da Câmara Municipal (eleita em assembleia popular em 16 de maio de 1974) Francisco José Palma Gonçalves Lopes (Presidente); Francisco Agostinho Piedade Guibarra; Augusto José Figueira Caetano; José António Peste Aires; Diogo Afonso Cristina Patrício;

António Augusto Cautela do Coito; António Romba; Manuel de Oliveira Lebre; José Francisco Sabino; Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira; Catarina dos Santos Silva Aires; Luís António Paulino Constantino.

Comissão Administrativa da Freguesia de Odivelas José Valente Pinto; Joaquim da Silva do Monte; António João dos Santos.

Comissão Administrativa da Freguesia de Alfundão João Lança Caturra; António Calhau; José António Valente Laurindo.

Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Peroguarda José António Fralda Alves; Dorgil Dias Candeias; Joaquim Inácio Beijinha.

Comissão Administrativa da Freguesia de Ferreira do Alentejo José Francisco Ameixa; João Francisco Jordão; Manuel Alfredo Fernandes.

Além dos discursos do atual presidente da câmara municipal (Luís Pita Ameixa) e do presidente da comissão administrativa da câmara municipal de 1974 - 1976 (Francisco Palma Lopes), todos os homenageados presentes, ou a título póstumo representados por familiares, receberam um objeto simbólico, alusivo ao acontecimento, em ferro forjado,concebido e fabricado por uma empresa local (Armindo Fragoso).

Comissão Administrativa da Freguesia de Figueira dos Cavaleiros Manuel José dos Santos Caneiras; Manuel Joaquim Canilhas; Francisco António Franganito Olho Azul.

Fibra Óptica em Ferreira do Alentejo

A

fibra óptica foi instalada recentemente em toda a Vila de Ferreira do Alentejo. Uma intervenção que resultou de um acordo entre a câmara municipal e a empresa D&S, aprovado em reunião de câmara. Um passo importante para a modernização do acesso à tecnologia, atrair investimentos, estimular o crescimento de novos negócios orientados para a tecnologia e estimular a competitividade económica local. O contrato estabelecido entre a câmara e a referida empresa permite que a D&S utilize 40m2 de um espaço da câmara para instalação de um ponto de presença. Em contrapartida a empresa disponibilizará,

gratuitamente, interligação da infraestrutura de fibra óptica em vários equipamentos municipais, a saber: edifício dos passos do concelho; estaleiro municipal; serviço de transportes; edifício da divisão social; biblioteca e museu municipal; núcleo museológico de arte sacra; arquivo municipal; assembleia municipal; balcão único; ninho de empresas; centro cultural Manuel da Fonseca; escola básica de Ferreira do Alentejo; escola básica e secundária; posto de turismo; pavilhão de desportos; piscinas municipais (coberta e descoberta); Sede da freguesia de Ferreira do Alentejo/Canhestros e espaço cultural “Adega do Lélito”.

Documento original de votação

Contrato local de desenvolvimento social 4G para Ferreira do Alentejo

O

concelho de Ferreira do Alentejo vai receber nos próximos três anos 388.000 EUR para combater a exclusão social. Este apoio é assegurado pelo Programa CLDS – Contratos Locais de Desenvolvimento Social 4G e beneficia de financiamento comunitário. A execução do projeto será coordenada pela Associação de Desenvolvimento Terras do Regadio em par-

ceria com a Câmara Municipal e diversas entidades da Rede Social de Ferreira do Alentejo. Através deste financiamento será possível concretizar algumas ações e projetos previstos no novo Plano de Desenvolvimento Social que estará em vigor até 2022.


12 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

O b r a s

e

A c o

>> Reparação e pintura de mobiliário urbano no Jardim Público, na Fonte Velha e na Praça ComENdador Infante Passanha

>> O Município de Ferreira do Alentejo, adquiriu um novo veículo para a recolha de lixo >> PÉRGULA NA RUA DA EIRA Decorrem os trabalhos de melhoramento na rua da Eira (Piscina Aquecida e Pavilhão de Desportos). Depois da substituição das papeleiras, está agora a ser colocada a pérgula que permite melhorar este espaço.

>> A Câmara Municipal realizou obras de construção para Tratamento de Águas Residuais

>> Trabalhos de desratização e desbaratização na rede de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais de Ferreira do Alentejo

>> A Câmara Municipal procedeu à substituição de contadores de água

>> REQUALIFICAÇÃO DO PARQUE DE DESPORTOS Decorrem os trabalhos de requalificação do Parque dos Desportos de Ferreira do Alentejo. Depois de reforçada a iluminação com luminárias led, está a ser substituída a rede lateral do campo de jogos.

>> LIMPEZA DE BERMAS das estradas e valetas. Um serviço, extensivo ao interior das aldeias

>> ACESSO AO CEMITÉRIO Agora o acesso ao cemitério de Ferreira do Alentejo é permanente. Dotadas de molas, as portas, mantêm-se fechadas e permitem sempre o acesso das pessoas.


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n t e c i m e n t o s

>> O Agrupamento de Escolas de Ferreira do Alentejo assinalou o Dia da Alimentação

>> SERÃO CULTURAL A Escola Básica e Secundária José Gomes Ferreira em Ferreira do Alentejo, voltou a ser palco para mais um Serão Cultural. A iniciativa promovida pela Associação de Pais e Encarregados de Educação do AEFA realizou, este ano, a sua Segunda edição.

>> FIM DE SEMANA ALTERNATIVO A dança, nas suas mais diferentes manifestações, foi o tema central do Fim de Semana Alternativo em Ferreira do Alentejo.

>> ouvir as pessoas

>> F ESTA 1.º MAIO NA BARRAGEM DE ODIVELAS

>> AULAS DE PILATES NA FONTRE NOVA

>> PISCINA DE VERÃO - aberta de terça a domingo das 10:00h às 20:00h

>> P rojeto Ferreira a Mexer + 55 anos, promovido pela Câmara Municipal

>> ELEIÇÃO PARA O PARLAMENTO EUROPEU - ANÁLISE PERCENTUAL 2014-2019. RESULTADOS NO CONCELHO DE FERREIRA DO ALENTEJO


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ENTREVISTA

Ferreirenses pelo mundo Com milhares de ferreirenses espalhados por todo o mundo, a quem enviamos o nosso “JF” periodicamente, achamos oportuno nesta edição, dar inicio a um rol de entrevistas a emigrantes ferreirenses, sempre que possível. Hoje, o nosso convidado é Joaquim José Manguito Guerreiro, emigrado há 41 anos na Venezuela, e regressado agora à sua terra natal por força das circunstâncias. J.F. - O que o levou a emigrar, que idade tinha e porquê a Venezuela? J.G. - Eu emigrei, penso que por razões idênticas às de muitos outros portugueses que tomam essa decisão. A falta de trabalho é o principal motivo. Outros haverá, que mesmo com trabalho preferem partir em busca de melhores condições de vida. Não foi o meu caso, na altura, decorria aquele período de independência das ex-colónias portuguesas e, com isso, o regresso de milhares de portugueses que começaram a ocupar diversos postos de trabalho que existiam. Eu era mecânico, estava desempregado e, por mais que tivesse procurado, não consegui qualquer emprego. Tinha então acabado de fazer 25 anos de idade. Lembro-me bem! No dia seguinte parti com destino à Venezuela. E fui para a Venezuela por mero acaso. Eu tinha ido a Lisboa em busca de trabalho e cruzei-me num café com uma pessoa que andava distribuindo panfletos sobre emigração. Esses papeis ofereciam emprego na minha área em três países, Marrocos, Síria e Venezuela. Eu optei pela Venezuela e durante muito anos não me arrependi da opção que fiz. Foi lá que conheci e me apaixonei por Marta, minha mulher, de nacionalidade colombiana, que me deu três excelentes filhos. Foi lá que construi a minha vida profissional e a formação dos meus filhos. Foi lá que fui feliz ao longo de 35 anos... Agora, há cerca de cinco anos para cá, venho assistindo, dia-após-dia, ao desmoronar da-

quele país, e resolvi regressar a Portugal. J.F. - E os filhos regressaram também? J.G. - Não. Eles felizmente têm a vida deles, são independentes e os três com cursos superiores. Orgulho-me disso! A Jenny, formou-se em economia e está atualmente trabalhando em Bogotá (Colombia); Diana licenciou-se em Gestão de Empresas, também trabalhando em Bogotá. E, o Joaquin, formou-se em engenharia mecânica e trabalha atualmente numa grande empresa no Chile. Contudo, eu sempre recordava Ferreira, a família, os amigos, pensando um dia poder voltar, porque a nossa terra é sempre a nossa terra, principalmente para quem, como eu, emigrou com 25 anos de idade. J.F. - E como foi a sua vida na Venezuela? J.G. - Inicialmente, em 1977, comecei por trabalhar durante cinco anos numa empresa, depois em 1981 casei. Mais tarde, em 1983, comecei a trabalhar por conta própria, com um sócio italiano. Uma sociedade que durou pouco, acabando eu por comprar a oficina. Cheguei a ter 15 postos de trabalho até há relativamente pouco tempo. Depois, há cerca de um ano, a falta de trabalho, a falta de serviços de saúde, a falta de bens alimentares, a falta de segurança, levaram-me a colocar os meus filhos e a minha mulher, fora do país. Fiquei eu apenas, tomando conta dos nossos bens, caso contrário tinham-

-nos ocupado a habitação e a oficina. Para eu vir para Portugal tive de deixar um familiar a tomar conta de tudo. Como tudo se transforma... a Venezuela era um país maravilhoso, onde dava gosto viver. Era um paraíso!.. Com a entrada de Hugo Chaves para o governo as coisas foram-se agravando com políticas sociais que eram de bradar aos céus... Recordo por exemplo que num dos seus longos e frequentes discursos de três, quatro ou mais horas que habitualmente fazia na Televisão e simultaneamente na rádio (interrompendo muitas das vezes a transmissão de um encontro de futebol, tipo Benfica – Sporting), dirigindo-se a um camponês que lhe tinha telefonado em direto a agradecer-lhe a terra que lhe tinha sido entregue pelo governo (terra retirada aos agricultores que não estavam com Chaves) dizendo que estava muito satisfeito, pois a safra tinha sido muito boa e que até já havia comprado um frigorífico para a sua casa. Chaves interrompeu a conversa do homem dizendo-lhe: “Alto aí! Tu não devias ter comprado essa geladeira, porque isso é um luxo! Os luxos não são necessários! Tu tens é de partilhar os lucros com quem te ajudou nos trabalhos da terra!” Era assim com Chaves... J.F. - E depois de Hugo Chaves sabemos que tudo piorou

J.G. - Sim, depois de Chaves, se as coisas já vinham mal, ainda ficaram pior com Maduro, que deu continuidade a todo o processo, numa decadência cada vez maior, cujo resultado está agora aos olhos do mundo. A situação económica venezuelana veio deteriorando-se desde 2013, com índices de inflação a subir vertiginosamente. A economia do país entrou em recessão oficialmente desde há quatro anos, o salário dos trabalhadores encolheu e o poder de compra da população caiu, puxados pela inflação e pelo desemprego. A Venezuela está na miséria. Um país que a nível mundial tem as maiores reservas de petróleo, minas de ouro, minas de ferro, diamantes, mas sem inteligência para transformar esses bens em melhores condições para o seu povo. Um país que paga o equivalente a dois euros mensais por pensão de reforma, um país que paga mensalmente a um médico o equivalente a cinco euros, um país que está de rastos.

J.F. - Como perspetiva o futuro? J.G. - O futuro a Deus pertence. Gostava que a Venezuela voltasse a ser o que já foi, mas isso, vai demorar uns largos anos... Sobre mim, gostava que o futuro me voltasse a sorrir, pelo menos com um trabalho dentro da minha área profissional. É o que eu mais desejo. Um trabalho! Aqui ou noutro sítio em Portugal! Considero-me um bom mecânico e/ou apto a conduzir um automóvel. Se surgir algo nestas duas áreas, seria ótimo! Seria a forma de trazer a minha mulher e voltar a fazer vida na minha terra ou noutro local do meu país... Tenho fé que vou conseguir!.. N.R.: E conseguiu mesmo. Poucos dias após esta entrevista Joaquim Guerreiro encontrou trabalho na sua área profissional e já pensa mandar vir Marta, sua mulher, no próximo mês de agosto.

 Carlos Viegas


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Vale da Rosa cria Fundação com objetivos sociais U

ma empresa que emprega cerca de 1000 trabalhadores ao longo do ano, dos quais 200 são oriundos de diversos países, principalmente países asiáticos e Norte de África. Com mais de 250 hectares de vinha, a Vale da Rosa produz atualmente cerca de seis mil toneladas de uvas de mesa por ano, comercializadas em Portugal e exportadas para 12 países. Em entrevista do nosso jornal, o Comendador António Silvestre Ferreira, administrador e proprietário da empresa, diz-nos que o atual número de produção irá ser duplicado nos próximos cinco anos, com mais 250 hectares, entretanto já adquiridos. Além disso, tem vindo também a desenvolver estudos para a implementação de uma maior abrangência industrial, que se prende com a produção de uva para passas. No que respeita à contratação de lusodescendentes, o administrador referiu que o motivo deste recrutamento se deve, em grande parte, ao facto de ter sido também ele emigrante durante 22 anos no Brasil, bem como um dos seus irmãos que foi emigrante na Venezuela. Depois, a tragédia na Venezuela também não o deixou indiferente e, há cerca de três anos, vem tentando contratar luso-venezuelanos, o que conseguiu apenas em meados do ano transacto. Adianta: “Os venezuelanos recrutados são muito competentes, possuem uma formação avançada em diversas áreas e, além disso, são desecendentes de portugueses, são dos nossos!.. Como todos sabemos, o trabalhador português é mui-

to elogiado e reconhecido em todo o mundo. Frequentemente, nas diversas viagens que faço ao estrangeiro, escuto a admiração e elogios sobre a

Administrador - António Silvestre Ferreira

sua competência, quer desempenhando cargos de destaque, quer a outros níveis. Por isso, ter pessoal lusodescendente em Vale da Rosa é uma mais valia que pretendemos manter e aumentar, fazendo deles bons colaboradores.” Sobre a possibilidade de um aumento de contratação de pessoal, o empresário diz-nos que dentro em breve, mais precisamente na próxima produção, pensa aumentar significativamente o número de luso-descendentes. Ou seja, necessita de 400 contratações, sendo que 100 passarão a pertencer aos quadros da empresa. Sublinhe-se ainda que a Vale da Rosa oferece também aos seus contratados,

pequeno almoço, transporte diário num raio de ação de 100 quilómetros, bem como alojamento para os atuais lusodescendentes numa das suas propriedades em Alfundão, onde recentemente, criou um complexo habitacional com o objetivo de albergar 45 lusodescendentes”. Cada alojamento dispõe de cozinha totalmente equipada, sala, casa de banho e quartos com beliches. Existe também uma lavandaria, comum a cada dois alojamentos, o que leva à elaboração de turnos para utilização das máquinas de lavar roupa e ferros de engomar. Homens e mulheres habitam espaços separados. Por outro lado, é de referir, que os reflexos desta sua presença

em Alfundão são bem víseis, pois estes 45 lusodescendentes já alteraram os níveis de consumo da pequena aldeia. O comércio local viu aumentar o consumo e, inclusivamente, o supermercado da Sede de freguesia já alargou o horário de funcionamento. Para Carlos Raposo, presidente da União de Freguesias Al-

Presidente da Freguesia - Carlos Bonito Raposo

FUNDAÇÃO VALE DA ROSA A terminar, o administrador da Vale da Rosa fez questão de referir o empenhamento que tem vindo a desenvolver para a criação de uma Fundação. Uma Fundação, já constituida, não com o seu nome, como nos disse, mas sim a Fundação Vale da Rosa. Disse: “A Fundação vai ter um papel muito importante! Nós dispunhamos de um terreno na Sede de concelho para o efeito e oferecemos esse terreno à fundação, pois para a constituir, ela tinha de ser dotada de bens próprios. Nesse mesmo terreno, nós pensamos poder vir a construir casas para arrendar. A Fundação não tem qualquer outro interesse senão ajudar quem precisa. Eu não esqueço a forma como fui recebido, acarinhado e mimado, ao longo de 22 anos que estive no Brasil. Como tal, compreendo a vida destes imigrantes e, por isso, só posso retribuir ajudando-os.” Neste sentido, o empresário refere ainda que já iniciou conversações com a reitora da Universidade de Évora e com o presidente do Instituto Politécnico de Beja, para ajudar alunos luso-venezuelanos, de forma a que possam ter a possibilidade de dar continuidade aos seus estudos, através de bolsas de estudo. Uma iniciativa, entre outras, que pretende levar a efeito, através da Fundação Vale da Rosa.

fundão/Peroguarda, a presença destes venezuelanos é bem vinda e dá um maior dinamismo à terra. Refere: “Estamos todos muito satisfeitos com a sua estadia, pois trata-se de pessoas pacificas, honestas, trabalhadoras e até ao momento ninguém registou qualquer queixa sobre eles. Tudo faremos para os ajudar no que precisarem.” Michel Fernandes, um dos luso-venezuelanos com 28 anos de idade, neto de avós portugueses regressados à Ilha da Madeira há vários anos, diz-nos que os pais e irmãos ficaram na Venezuela, vivendo uma insegurança que muito o preocupa. Ele é técnico de farmácia e trabalhava numa das três farmácias de seu pai, na cidade de Ocumare del Tuy no estado de Miranda. A plena integração destes compatriotas que regressam da Venezuela em contexto de precariedade, levam igualmente a empresa Vale da Rosa e o presidente da Câmara Municipal – Luís António Pita Ameixa, a unir esforços numa parceria imbuída de uma meritória responsabilidade social.  Carlos Viegas


16 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

A caça e o meio ambiente

A

o escrever sobre este tema, devo começar por referir que há cerca de vinte anos abandonei o prazer de caçar. Uma opção que se deveu, não pelo surgimento das associações de caçadores, mas sim pelo modo de escolha sorteada que as mesmas faziam para a formação de grupos de caça. Desconheço se o processo ainda se mantem, mas uma coisa era caçar com amigos com quem convivíamos depois de uma manhã de caça, outra, seria forçar o convívio. Há sempre aspetos mais e menos positivos, no entanto, a caça será sempre uma atividade desportiva que envolve interesses de vária ordem. Olhemos por exemplo para áreas que dela dependem e facilmente nos apercebemos também da importância que a mesma representa na economia de um país. Uma panóplia de atividades que empregam milhares de pessoas e que vão do comércio de armas e afins, como munições, calçado e vestuário, passando depois pelo turismo, pelos combustíveis, e por um indeterminado número de outros produtos que lhe estão inerentes. Porém, há quem argumente outros pontos de vista, não lhe

interessando esta realidade, apelando inclusivamente a largos períodos de proibição de caçar ou, inclusivamente, ao fim da caça, em nome da defesa dos animais e a fim de evitar a destruição dos habitats e o desaparecimento de algumas espécies, et, etc.. Em meu entender, a razão não está unica e exclusivamente do lado dessas pessoas, conforme querem fazer crer com aspetos morais, aparentemente compreensíveis, porque se existe liberdade para assim se expressarem, também existe liberdade para quem entende a caça como um prazer e um direito de poder continuar a praticar este desporto. É certo que se a caça estiver interdita durante largos períodos, existe uma maior proteção das espécies, mas também passa a existir um elevado/excessivo e prejudicial número de animais à atividade agrícola. Permitir um crescimento desenfreado é impensável.| Por isso, é necessário haver um equilíbrio sustentável e existencial sobre as espécies, quando não, assistimos à destruição de vários tipos de culturas agrícolas e, para que tal não aconteça, só a caça, desde que conscienciosa, permite controlar essa

necessidade. Sabemos que é fundamental proteger o meio ambiente, mas proteger o meio ambiente, passa, entre muitos outros aspetos, não por terminar com a caça, ou mesmo por longos perídos, mas sim terminar com determinados modos de caçar. Caçar, é, nem mais nem menos, a prática de perseguir animais selvagens, a procura do confronto entre o caçador e o animal. Cada um com as suas armas; o animal com a sua manha e espaço para a fuga e, o caçador, com os seus dotes e inteligência para o efeito. Infelizmente não é isto que por vezes constatamos. Há métodos de caçar que são autenticas matanças, onde o animal não tem qualquer hipótese de fuga, levando a um autêntico extermínio. Termine-se com a chamada caça em gorro nos dois sentidos e o equilíbrio das espécies é maior. Para os nossos leitores que eventualmente desconhecem esta forma de caçar convém referir que se trata de quatro linhas de caçadores que formam dois “V” < > . Linhas compostas por cinco ou mais homens cada, caminhando em direção a um determinado centro, não deixando hipótese de fuga às especies e proce-

dendo a autênticas matanças. Isso não é caçar! Proteger as espécies e defender o meio natural, também não passa pela redução de caçadores, como há quem defenda, mas sim por medidas como a que atrás referi, bem como por uma maior e melhor consciencialização atribuída aos gestores cinegéticos, através de uma boa formação técnica de exploração de recursos do género. Depois, passa também por um olhar mais atento, sobre determinado tipo de explorações agrícolas, que podem prejudicar algumas zonas de caça com a utilização de pesticidas e outros produtos químicos. Há que saber fazer opções. E, em determinadas zonas, se a opção for a caça, então que o Estado e/ou associação de caçadores, subsidiem o proprietário das terras pelo impedimento de produzir, em troca do privilégio de caçar. É sabido que não é um assunto de fácil resolução, mas há que decidir o que melhor convém

entre os dois setores de atividade. Será também oportuno aqui referir que, no que toca à utilização de pesticidas e outros químicos, a atenção e a consciência de alguns responsáveis não tem sido a melhor. Não só no que respeita à caça, mas também no que diz respeito à saúde pública, como é o caso de autorizações concedidas para plantação de olivais, próximos de depósitos de abastecimento de água e de algumas localidades. Localidades que acabam por ser evadidas por químicos levados pelo vento, provocando uma poluição com terríveis consequências, principalmente para os residentes mais próximos dessas plantações. Penso que a solução para todos estes aspetos aqui referidos, passa, sobretudo, por um grande empenhamento e vontade, por parte de quem de direito, para resolver o que urge ser resolvido.  Carlos Viegas


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A cigarrinha verde de Ferreira do Alentejo Espécie única da fauna mundial

D

ecorria o ano de 1978. Próximo de Ferreira do Alentejo, num pequeno biótopo na berma da Estrada Nacional 121, António José Contente, funcionário da então Estação Agronómica Nacional, exercia o mister habitual nas saídas de campo: capturar insectos, particularmente borboletas. Terminada a jornada, regressa-se a Oeiras. Quando se verificava o resultado da colheita, António dirige-se ao Engenheiro José Passos de Carvalho, seu superior hierárquico, e dá-lhe conta da

presença de algo diferente: um pequeno ser, não escaravelho e não borboleta. Mais tarde (1982) Michel Boulard, entomologista francês, faria a descrição zoológica, escolhendo “contentei” como epíteto específico em homenagem a A.J. Contente. Nasceu assim uma nova espécie para a fauna mundial: Euryphara contentei Boulard, 1982. Chamamos-lhe a cigarrinha verde de Ferreira do Alentejo. Que se orgulhe disso a terra. Mais tarde, encontrar-se-iam mais alguns exemplares per-

as transformámos em banais e sem importância. Mohamed tinha vindo para a Europa, através de um recrutador clandestino a quem tinha pago as parcas economias da família pobre que deixara para trás, mas que depositara em si a esperança de uma vida melhor. Como o dinheiro que entregou ao recrutador não era suficiente, hipotecou logo naquele dia, todos os salários futuros que iria receber. Mais tarde, já trabalhava nas obras de uma auto-estrada. Contudo, o dinheiro não era suficiente para pagar ao recrutador; assim entregou-lhe o passaporte. A partir daí, ficou refém de um sistema sem fim. A esperança de enviar dinheiro para o Senegal esfumou-se como as contas do masbaha que lhe passavam pelos dedos… Sem documentos, procurou fazer o que outros lhe ensinaram para sobreviver…. Arranjou documentos falsos e foi detido e julgado por isso. O juiz sentenciou uma pena de multa pecuniária de um valor

to de Beringel e de Sousel, sabendo-se actualmente que a espécie constitui um endemismo ibérico. Euryphara contentei é uma das 13 espécies de cigarras presentes em Portugal. Ela, como as congéneres, são curiosos

insectos caracterizados por emitirem, por vezes durante horas a fio, sons, que, nas espécies de maiores dimensões, são audíveis a grandes distâncias. São apenas os machos que emitem estes sinais acústicos, que funcionam essencialmente para atrair as fêmeas, ou para reunir elementos de ambos os sexos, visando a reprodução. É curioso registar também que os estádios imaturos das cigarras (as ninfas) possuem vida subterrânea, em alguns casos durante vários anos. Dada a raridade da espécie e

o seu elevado confinamento a biótopos especializados, esta cigarrinha é uma espécie ameaçada. Para assegurar a sobrevivência da cigarrinha verde, é importante que se criem microrreservas em cuja concretização participem especialistas e entidades públicas, particularmente as autarquias locais. É também desejável a participação e associações ambientalista e das comunidades escolares.

que não tinha! E por não conseguir pagar, foi preso. Falou-me dos amigos que o podiam ajudar. Falei com eles que, prontamente, e em conjunto, lhe pagaram a multa. Mohamed saiu em liberdade e partiu. Partiu para um lugar que não sei. À procura de uma esperança para que pudesse ajudar a família que vivia no Senegal… Sofia vive na Venezuela. Filha de pais madeirenses, porém nascida em Caracas. Tem 19 anos. Frequentava a Universidade. As lojas que a família possuía em Caracas estavam vazias; nada tinham para vender. A crise e a miséria instalara-se; todos fugiam ou regressavam. Como Mohamed. À procura de um caminho de esperança e de paz. Sofia voltou com a mãe para a Ribeira Brava, na Madeira. Aquela terra pouco significava para Sofia. Apenas visitou o Funchal, em menina para ver os avós. Dessas visitas, recorda um casario encostado à montanha, virado para o mar e o cheiro

intenso do mar. Sofia instalou-se numa casa antiga que fora dos avós e vê-se obrigada a procurar o seu sustento para ajudar a mãe, enquanto o pai ainda luta por não abandonar o património da família, à mercê do saque em Caracas… Maria vem das Honduras com o marido e os filhos de dois e quatro anos, respectivamente. Integram a gigantesca onda de migrantes que se arrasta em direcção aos Estados Unidos. Procuram a esperança e fogem da fome e de governos totalitários. No mediterrâneo duzentos migrantes são encontrados à deriva num barco; alguns estão entre a vida e a morte. Entre eles, encontra-se Abdu de cinco anos. Uma organização não-governamental recolheu-os; foram

recebidos por Espanha e Portugal. Mohamed, Sofia, Maria, Abdu… Todos têm algo em comum – A fuga. Estes êxodos massivos a que assistimos (com alguma indiferença, às vezes) deveriam obrigar os governantes de todo o mundo a repensar, de forma responsável, as políticas que implementam, diariamente, nos seus países. Estes êxodos são os sinais dos novos tempos que nos devem obrigar a parar para pensar e ser solidários com o outro. Afinal, também nós, um dia, poderemos vestir a pele de Mohamed, Sofia, Maria ou Abdu…

 Veríssimo Dias

(Biólogo)

Êxodos

E

ra um dia de tribunal como outro qualquer. Ia conhecer o arguido naquele dia. Tinha sido detido pela policia e encontrava-se nos calabouços do tribunal, a aguardar julgamento sumário. Quando fui ter com ele estava algemado e, por entre os dedos, passavam as contas do masbaha, enquanto baixinho murmurava aquilo que me parecia uma oração. Era um homem alto, forte, mas tinha um olhar imensamente assustado… Tinham-me dito que era do Senegal; percebi que era muçulmano e que mal falava português. Cumprimentei-o. Prontamente me respondeu: “Alikum Salam”. Entre um francês entrecortado por um português afrancesado, Mohamed explicou-me que não sabia porque tinha sido detido e porque ia a julgamento. A história dele contava-se como tantas outras que ouvimos e que, por andarmos tão ocupados nas nossas vidas, já

(Todos nomes no texto são fictícios)  Marcela Candeias


18 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

>> Notícias

Protocolo Cáritas e Paróquia de Ferreira do Alentejo para redinamização da loja social

F

oi assinado no dia 15 de fevereiro de 2019 um protocolo entre a câmara municipal, a Cáritas Diocesana de Beja e a Paróquia de Ferreira do Alentejo, que prevê a cooperação entre as três entidades na dinamização da Loja Social de Ferreira do Alentejo. A responsabilidade pela gestão da Loja Social passará a estar a cargo da Paróquia de Ferreira do Alentejo e da Cáritas, com base num regula-

mento que deverá ser aprovado pelo Conselho Local de Ação Social, sob proposta das entidades gestoras. Neste protocolo, a câmara municipal compromete-se a ceder à paróquia e à cáritas a utilização gratuita das instalações e dos equipamentos adstritos à loja social, o fornecimento gratuito de água e eletricidade, transporte para recolha das dádivas mais volumosas e apoio na divulgação dos serviços da loja social.

Em Cascais (foto: Gentileza - Teatro Experimental de Cascais)

Exposição Michel Giacometti e o cante

F

erreira do Alentejo marcou presença, em Cascais, na inauguração da Exposição Michel Giacometti e o Cante. O evento, promovido pelo Museu de Música Portu-

Novo pároco em Ferreira

A

tomada de posse do novo pároco, católico, do concelho de Ferreira do Alentejo, Padre Nuno Rocha de Sousa, que substituiu o Padre Rui Carriço (agora a exercer as funções de vigário geral da diocese de Beja) teve lugar no dia 29 de setembro de 2018 na Igreja Matriz. Entre as diversas mensagens proferidas durante o seu discurso, o Pároco evidenciou a obra humana que anteriormente tocou e abraçou na “margem esquerda do Guadiana”, referindo que as crianças, jovens e idosos foram e serão sempre os pilares do seu ministério. Acrescenta: “Não quero ficar somente nas citações, quero ir mais além na

proximidade com as pessoas, estar com o povo e ajudar as pessoas a serem felizes”. A propósito desta sua colocação no concelho, fez questão

guesa - Casa Verdades de Faria, retratou vários momentos da vida de Giacometti, muitos deles vividos no concelho e com a população de Ferreira do Alentejo. A inauguração contou com a participação

especial de Lia Gama e Carlos Avilez do Teatro Experimental de Cascais e, do Grupo Coral Alma Alentejana de Peroguarda, bem como dos presidentes das câmaras de Cascais e Ferreira do Alentejo.

Exposição fotográfica de recordar também alguns dos seus familiares do lado materno dizendo: “A palavra que vos dirijo, é uma palavra de amizade e alegria. Alegria porque nunca pensei que o desígnio de Deus me enviasse para esta terra que fez tantas vezes parte dos contos e das histórias que me adormeceram de noite e acordaram para o dia. Palavras essas que marcam a memória na lápide de quem nasceu, viveu e partiu para a esperança e que recordo sempre com muito amor, alegria e saudade, que foi o meu avô o meu tio e todos os meus antepassados do lado materno”. O pároco terminou com agradecimentos às comunidades católicas.

"Lanzarote, a janela de Saramago" João Francisco Vilhena

D

o dia 24 de abril, até 20 de maio passado,esteve presente na sala de exposições temporárias do Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, a exposição de fotografia de João Francisco Vilhena, intitulada LANZAROTE, A JANELA DE SARAMAGO. O autor, fotojornalista de profissão, descendente de família ferreirense, nasceu em Lisboa em 1965 e trabalhou na sua área profissional em diversos jornais e revistas, em Portu-

gal e no estrangeiro. Foi editor fotográfico do semanário O Independente e do semanário Sol, e diretor de arte da Tabacaria, a revista literária da Casa Fernando Pessoa. O último livro concebido pelo autor, Lanzarote, a Janela de Saramago, com textos dos Cadernos de Lanzarote, de José Saramago, a partir do seu encontro com o escritor naquela ilha, onde José Saramago fincará as raízes que darão lugar à segunda parte da sua vida literária, numa profunda ligação com a natureza, qual regresso às origens, narradas n'As Pequenas Memórias e face à aproximação da velhice e da morte.


jornal de ferreira • JUNHO 2019 • 19

Notícias <<

A26 - Encalhada no Concelho

E

m meados de dezembro do ano transacto, o presidente da Câmara Municipal - Luís Pita Ameixa, enviou uma missiva ao Ministro do Planeamento e das Infra-estruturas – Pedro Marques, questionando-o sobre do troço da A26 no concelho, o qual se encontra concluido há mais de um ano, sem que se verifique a sua abertura. O autarca solicitou ao governo a “Intervenção tutelar urgente para que se possa desbloquear, rapidamente, a abertura ao tráfego” do troço Nó de Grândola Sul a Malha-

da Velha, da A26. Uma situação caricata e incompreensível aos olhos de quem por ali passa e se apercebe da inatividade durante tão largo período de tempo, levando muitos a reclamar junto da câmara municipal com interrogações, sobre as quais o municipio nada sabe, nem lhe compete responder. Contudo, em 13 de fevereiro passado, o presidente da câmara municipal - Luís Pita Ameixa, reuniu com o ministro das infraestruturas e do equipamento, onde, entre outros assuntos, voltou a insis-

tir na rápida abertura ao trânsito da referida autoestrada. O autarca foi informado pelo próprio ministro, sobre a atribuição de um prazo dado até dia 14 de março passado, para a concessionária iniciar a obra da portagem, o que permitiria abrir a estrada, sob pena de o Estado exercer a sua ação tutelar e tomar posse da obra. Alguns meses decorridos, sem que se verifique qualquer tipo de intervenção no referido troço, o novo ministro do equipamento, Pedro Nuno Santos, volta a referir-

-se ao assunto, considerando tal processo como moroso, pelo que está o Governo a trabalhar no sentido de incumbir a Brisa, concessionária da autoestrada A2 (autoestrada Lisboa – Algarve) para a construção e adaptação da praça de portagem que se encontra em falta.”

O presidente da câmara municipal, lamenta todo o atraso que se vem verificando em prejuízo do interesse público, do serviço à economia e às pessoas, acrescentando que “o importante é a rápida abertura daquele troço da autoestrada, que reclamamos.”

No exterior, o edifício conta agora com uma imagem e lettering identificativo.

Um espaço com mais e melhores condições dignas para desfrutar em Ferreira do Alentejo.

Piscina Tratamento de água da piscina descoberta aquecida

O

Município investiu cerca de onze mil euros num novo sistema de tratamento da água na Piscina Descoberta. O sistema permite uma melhoria na qualidade da água e simultaneamente uma maior eficiência no doseamento dos produtos químicos utilizados no tratamento da água deste equipamento.

Melhorias no pavilhão de desportos

A

Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo procedeu às marcações de campos de badminton no Pavilhão de Desportos na Sede de concelho. A intervenção permite responder a uma necessidade do Agrupamento de Escolas que inclui esta modalidade desportiva no âmbito do plano de desporto escolar. Além disso, foi também motivo de intervenção as marcações do campo de futsal.

A

Piscina Aquecida foi alvo de uma intervenção com obras de melhoramento e requalificação, nomeadamente pintura, colocação de equipamento de controlo da qualidade de água, limpeza de órgãos de climatização de ar e tratamento da água quente dos balneários.

Visitas turísticas no Concelho

A

Câmara Municipal, a Herdade Vale da Rosa, a Herdade do Pinheiro, a Sovena e a CP-Comboios de Portugal criaram Rotas turísticas em Ferreira do Alentejo. A parceria estabelecida entre as cinco entidades permite a criação de um programa turístico com o objetivo de pro-

mover a região. As Rotas das Uvas sem Grainha, Azeite e Vinho Alentejanos, estão disponíveis para os visitantes, desde outubro do ano transacto. O programa, tem partida de Lisboa, Oriente, no Intercidades e com destino a Ermidas-Sado, onde é feito o transfer em autocarro para Ferreira do Alentejo, onde o grupo de visitantes é recebido no espaço museu “Adega Zé Lélito”,

procedendo-se depois uma visita cultural pelas “Ruas com História” na Vila, culminando com visitas às empresas anterormente referidas. Um projeto que tem em vista o desenvolvimento turístico do concelho, através da implementação e desenvolvimento destas Rotas turísticas. Recorde-se que em 2018 registaram-se 10 mil visitas turisticas ao concelho, o que constitui um significativo aumento.


20 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

>> Desporto

Jogos Desportivos 2019 Futebol - 2019/2020

A 31ª Edição dos Jogos Desportivos 2019 chegou ao fim no passado dia 14 do corrente mês. Os jogos de Futsal Feminino e masculino encerraram os Jogos, que desde o mês de abril animaram o concelho de Ferreira do Alentejo. A cerimónia, teve lugar a partir das 21 horas no Pavilhão de Desportos e contou ainda com o desfile de todos os atletas classificados em 1º lugar nas várias modalidades, cujos nomes fazemos questão de mencionar:

JOGOS DESPORTIVOS 2019 VENCEDORES

MODALIDADE NOME

Esc. A Fem. – Maria Saraiva

Esc. A Masc. – Santiago Pereira

ATLETISMO

Esc. B Fem. – Constança Pita

Esc. B Masc. – Manuel Alves

– André Valente

Esc. C Fem. – Rita Pereira

Esc. C Masc. – Francisco Horta

Esc. Inf. A/Inf. B Fem. – Madalena Palmeira

BADMINTON

Esc. Inf. B Masc. – João Vicente

Esc. Inf. A/Inf. B Misto – Martim Lota

DOMINÓ BELGA

Esc. Inic. Masc. – Luís Janeiro

FUTEBOL 5X5

Benjamins – Peixotos

Veteranos – Caixa Crédito Agrícola

FUTSAL

Seniores – Concreto’s Caffé – Bar da Barragem

Femininos – União Freg. Fer. Alentejo / Canhestros

MALHA TERRA BATIDA

José Torrado / Carlos Calado

Sporting Clube Figueirense

Grupo Desportivo de Odivelas

Infantis – Os Sabões

José Guilherme Esc. Feminino – Tânia Aleixo

Esc. A Sub 8 – Laura Machado

Esc. B Sub 9 – Rafael Sousa

Esc. B Sub 10 – João Rato

Esc. C Sub 12 – Guilherme Descalço

TÉNIS DE CAMPO

Esc. D Sub 15 – Masc.– Diogo Sousa

Esc. E Sénior – Masc. – Alexandre Dias

Esc. Sénior + Fem. – Inês Viriato

Esc. Sénior + Masc. – Francisco Gameiro

TÉNIS DE MESA

Centro Cultural e Desportivo de Alfundão

Traquinas – Fortinite

SNOOKER

Campeonato Inatel

Neste campeonato, o concelho vai estar representado por três equipas:

Joaquim Dores Petizes – Liverpool

PESCA DESPORTIVA

O Sporting Clube Ferreirense, participa na próxima época desportiva com os seguintes escalões: Petizes; Traquinas; Benjamins; Infantis; iniciados; Juvenis, Juniores, Futsal Feminino, estando ainda por decidir a participação de Sub-23, cuja decisão depende de uma próxima reunião com a Associação de Futebol de Beja, afim de apurar se há competição neste escalão.

Nos dias 8, 9 e 10 de Junho, em Portimão, decorreu o "Open de Veteranos Portimão 2019". A treinadora Ana Rita Nascimento exibibiu-se com uma excelente qualidade de ténis que lhe é reconhecida, conseguindo por isso chegar às meias finais do torneio. Recorde-se que ao longo destes três dias estiveram presentes alguns dos melhores veteranos nacionais.

– Gabriela Capelo

FUTEBOL 4X4

Campeonato Distrital

Ténis

Esc. Masculino – João Costa

Esc. D Sub 15 – Fem. – Laura Caturra

Infantis Afonso do Ó

TIRO AO ALVO

Fem. – Jéssica Santos

Sub 8 – Afonso Colaço

Sub 10 – Rafael Sousa

XADREZ

Sub 12 – Francisco Camacho

Fem. – Ana Marques

Masc. – Luís Gomes

Sub 14 – Diogo Sousa

Ferreira a Mexer + 55: As inscrições para esta atividade desportiva reabrem no final do mês de Setembro

Concerto — Pundaquit Virtuosi Integrado com o festival Artes à Solta, no próximo dia 29 de junho Ferreira do Alentejo, recebe um concerto dos Pundaquit Virtuosi, oriundo das Filipinas, uma orquestra de

cordas composta por estudiosos do programa musical Cuerdas-Cuadros, da Casa San Miguel em San Antonio Zambales, liderado pela renomada violinista Coke Bolipata.


jornal de ferreira • JUNHO 2019 • 21

Notícias <<

Terras sem sombra Nos dias 11 e 12 de maio passado, Ferreira do Alentejo foi palco de mais uma edição do Festival “Terras sem Sombra”. A iniciativa integrou uma visita à villa romana do Monte

da Chaminé, sob a orientação da museóloga Maria João Pina e da arqueóloga Sara Ramos e a noite foi marcada pelo concerto do compositor e guitarrista húngaro Ferenc

Homenagem aos antigos combatentes Snétberger, no lagar do Marmelo. No dia seguinte, houve lugar à exploração da biodiversidade nos campos de Ferreira: A vida dos insectos.

Vai acontecer...

Báu dos Talentos

- 2ª Edição Artes à Solta

28 a 30 de Junho

Grupo Margaridas - Stª Marg.Sado

- Festa do Grupo

29 de Junho

Grupo Os Rurais – Fig. Cavaleiros

- Festa do Grupo

5 e 6 de Julho

Freg.Alfundão/Peroguarda +Fundana

- Feira Quinhentista

6 de Julho

Freg.Alfundão/Peroguarda

- Verão Escaldante

18 Julho até final de Agosto

Velo Clube Os Leões de Fer.Alentejo

- Passeio dedicado a César Luís

27 de Julho

Freguesia de Odivelas

- Festas de Santo Estêvão

19 a 21 de Julho

Freguesia de Fig. Cavaleiros

- Festa do Rio Sado

19 a 21 de Julho

Freguesia de Fig. Cavaleiros

- Feira do Melão

2,3 e 4 de Agosto

U.Freg.Ferreira/Canhestros

- Festa Reviver Tradições

14 a 17 de Agosto

Alma Alentejana e Margaridas

- Festa de Grupos-Peroguarda

14 a 17 de Agosto

Freg. Alfundão/Peroguarda

- Festa Anual – Santa Margarida

14,15 e 16 de Agosto

Freg. Alfundão/Peroguarda

- Festas Honra N.ª Sr.ª Conceição

23,24 e 25 de Agosto

C.M.F.A.

- Feira de Ferreira

13 a 15 de Setembro

Grupo Coral Os Boinas

- Animação na Feira de Ferreira

14 de Setembro

Antigos Alunos Ext. Nun’Álvares

- Encontro c/almoço convívio

14 de Setembro

Velo Clube Os Leões de F. Alentejo

- Clássic cicloturismo Fer-São Torpes

22 de Setembro

Báu dos Talentos

- Concerto Dia Internacional Música

29 de Setembro

Secção Columbófila Casa do Povo

- Largada de Pombos

6 de Outubro

C.M.F.A.

- XV Aniversário do Museu

22 de Outubro

Velo Clube Os Leões de F.Alentejo

- Passeio São Martinho

Novembro

Grupo Desportivo de Odivelas

- Grande Prémio São Martinho

10 de Novembro

Casa do Povo

- São Martinho

11 de Novembro

Casa do Povo

- Além Sons

23 de Novembro

C.M.F.A.

- Concerto Museu Arte Sacra

1 de Dezembro

C.M.F.A

- Feirinha de Natal

7 de Dezembro

C.M.F.A

- Concerto de Tango Dia Int.Tango

11 de Dezembro

C.M.F.A Núcleo de Arte Sacra

- Concerto de Violino Dia Int. Violino

13 de Dezembro

Báu de talentos

- Audição de alunos – Feirinha Natal

14 de Dezembro

C.M.F.A.

- Feirinha de Natal

14 de Dezembro

Motogrupo

- Pai Natal Motard

14 de Dezembro

C.M.F.A.

- Festa Filhos – Fundionários

19 ou 20 de Dezembro

C.M.F.A.

- Feirinha de Natal

21 de Dezembro

Grupo Coral Misto de Alfundão

- Cante ao Menino

21 de Dezembro

Entre as diversas iniciativas promovidas ao longo do dia pelo município, a comemoração do 45.º aniversário do 25 de Abril, integrou pela primeira vez, uma homenagem aos antigos combatentes das ex-colónias de Africa.

A cerimónia, com a presença de muito público, contou com cerca cem antigos combatentes, bem como elementos do corpo do exército português, recordou também nomes de alguns combatentes falecidos.

Canhestros na vanguarda Canhestros protagonizou um marco histórico para o país, ao nível da tecnologia e inovação, ao ficar com a cobertura total em banda larga, no dia 26 de Junho de 2006, colocando Portugal no pelotão da frente, apenas com mais três paises da União Europeia a disporem de cobertura desta natureza a 100 por cento. Treze anos mais tarde, dia 26 do corrente mês, Canhestros

volta a dar o salto tecnológico com uma cobertura total de fibra óptica, com velocidades 4 mil vezes mais rápidas do que aquelas que os habitantes dispunham até agora. Este acto contou com a presença de Luís Alveirinho, Chief Technology Officer da Altice Portugal e Luís António Pita Ameixa, Presidente da Câmara municipal.

"Os Boinas" actuaram em Mérida Com o apoio da Câmara Municipal, o Grupo Coral “Os Boinas” representou Portugal em Mérida, na apresentação do Festival Terras Sem Sombra. O grupo coral encantou

os transeuntes que foram surpreendidos nas ruas da cidade espanhola com o Cante Alentejano, tendo terminado espectaluramente no teatro romano da Emérita Augusta.


22 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

Conselho Municipal Consultivo

Discutido o incremento do voluntariado em Ferreira

C

om o intuito de promover uma vez mais, interação com elementos da sociedade civil ferreirense, teve lugar a terceira reunião do Conselho Municipal Consultivo, no passado dia 4 de maio, nas instalações do Sporting Clube Ferreirense. A sessão foi aberta pelo presidente da câmara municipal – Luís Pita Ameixa, que começou por se pronunciar sobre os elementos que compõem o Conselho, os quais são convidados a participar diversamente em cada reunião podendo ser naturais ou residentes no concelho. Por outro lado, realçou a importância das duas anteriores reuniões, que permitiram, em sua opinião, aferir a sensibilidade necessária para as temáticas a desenvolver, relacionadas com a criação do Festival Giacometti, e a definição de uma nova estratégia para as feiras, passando pelo reforço da Feira de Setembro (a qual terá já uma grande remodelação na próxima edição). Nesta reunião foi abordado o trabalho de voluntariado (com uma maior exigência na participação da sociedade civil) e, também, a forma de atrair, ao longo do ano, um maior número da diáspora ferreirense à sua terra. Estes, alguns dos temas referidos por Luís Pita Ameixa, que foram desenvolvidos ao longo da reunião, que integrou 15 participantes.

Por sua vez, o presidente do Conselho Municipal - José Luís Ameixa, referiu-se à importância que representa a participação dos presentes, sublinhando e recordando exemplos de voluntariado, como é o caso especial dos bombeiros, como: José Nunes, Arnaldo Moreira, Luís António Ameixa, António Guerreiro, José Carlos

a importância de uma melhor proximidade com a diáspora. Seguidamente, o José Rocha Guerra, Vereador da CMFA, começou por sustentar igualmente a necessidade de maior participação cívica dos ferreirenses, em prol da comunidade, recusando a ideia, algo arreigada, de que apenas ao município cabe a iniciativa das

Neste âmbito, outra das ações referidas passa pelo lançamento de uma experiência de orçamento participativo, com financiamento a iniciativas empresariais, sobre a qual propõe ao C.M.C. se a mesma deve, ou não, ser direcionada apenas aos jovens, ou mais abrangente. Uma terceira acção, tem a ver

Gomes, Diogo Patola, Raul Fragoso, Trindade Simões, Acácio Vilhena, Palma Lopes, Luís Albardeiro, Sebastião Luzia, Joaquim Camacho, António Gomes, e muitos outros que têm contribuido numa ação de voluntariado, digna de apreço, para a edificação da Corporação de Bombeiros da Vila de Ferreira do Alentejo. Encómios, seguidos também de apelo a uma forte participação dos presentes, justificando a necessidade de massa critica dentro do C.M.C., bem como

atividades. Com recurso a alguns exemplos sobre ações contempladas no processo de elaboração do diagnóstico social, levado a efeito recentemente, no plano de desenvolvimento social que o municipio se propõe desenvolver, adianta: “Nós gostaríamos muito de nos próximos anos ter aqui um conjunto de ações que estimulassem a participação cívica para a cidadania nos jovens, incutindo-lhes um maior e melhor conceito de comunidade.”

com a presença crescente de empresas que não faziam parte do território e que hoje fazem, com as quais se pretende uma maior proximidade da comunidade. Acrescenta: “Nós há bem pouco tempo aprovámos um regulamento de responsabilidade social, publicado em Diário da Républica, afim de nos permitir distinguir aquelas empresas que apoiam atividades comunitárias. Outra das acções referidas passa pelo voluntariado, um

voluntariado o mais qualificado possível, criando condições para que possam estimular as associaões e organizações do concelho. Além disso, a Câmara vai disponibilizar-se para poder receber voluntários para alguns serviços, como o Museu, Biblioteca e outros que o permitam. Por outro lado, a partilha entre as instituições, foi sugerida como uma medida de entreajuda que poderá servir, em muito, os interesses comunitários, transmitindo assim, também, uma maior intensidade de sentir a cidadania. Foi também debatida a estratégia de aproximação das pessoas da diáspora, os que sairam da terra e vivem distantes, sugerindo-se apostar no momento da realização da feira de Ferreira, este ano de 13 a 15 de setembro, para promover o reencontro dos naturais. Estes, alguns dos principais temas abordados que poderão vir a ser postos em prática num futuro relativamente próximo. Participantes nesta reunião: Luís Pita Ameixa; José Luís Ameixa; Ana Rita Guerreiro; João Amaro Fralda; João Matias; Jorge Colaço; José Inácio Rosa Damas;Josué Mamede; José Pereira; Maria Fernanda Lota Guia; Maria José Gamito; Rui Colaço; Vitor Camacho; Vitor Roque;

 Carlos Viegas

+Voluntariado em Ferreira do Alentejo

J

á foi publicado em Diário da República o regulamento municipal de voluntariado que enquadrará esta atividade no município de Ferreira do Alentejo. Este regulamento prevê a criação de um banco local de voluntariado, que irá promover a ligação entre pessoas que querem ser voluntários e entidades que acolhem voluntários no desenvolvimento de

projetos a favor da comunidade. Prevê também que a Câmara Municipal possa receber voluntários nos seus serviços, nas diversas atividades de interesse público que desenvolve. Merece destaque o apoio que se pretende dar à entidade que representa o exemplo máximo de voluntariado no concelho – os bombeiros voluntários.

Prevê-se que o Município suporte integralmente os encargos com a apólice do seguro obrigatório para os voluntários a favor de todos os bombeiros voluntários de Ferreira do Alentejo e que possa aprovar a concessão de benefícios sociais aos mesmos, designadamente no que respeita ao pagamento de taxas do Município, nos termos do respetivo regulamento.


jornal de ferreira • JUNHO 2019 • 23

Curiosidades <<

Vinte galinhas de bigode Sabia que... (António Espadinha)

Dois excertos da Nota de Abertura do Autor, para aguçar a leitura. “Ao longo da vida, coligimos os mais variados episódios. Uns emocionam-nos pela sua carga comovente, outros divertem-nos pelo bom humor que contêm. E assim vamos arquivando na memória uma riqueza de índole pessoal, sujeita a perder-se, quando a guardamos apenas para nós próprios.” (…) (…) “Algumas destas narrativas retratam pessoas que me foram próximas e quase todos os factos nelas relatados giram em torno de eventos reais, aos quais acrescentei um pouco de liberdade criativa.” (...) Nota: No anterior número do "JF" publicamos excertos, não deste livro, mas de outro, pelo que corrigimos agora este lapso.

Óbitos de 1 de maio a 18 de junho de 2019 - Luisa Teresa Louro Santana Bertão 68 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 08 de maio de 2019 - Domingos Mendes Gonçalves 63 anos Residente em França Natural: Cabo Verde Faleceu em 08 de maio de 2019 - Luzia Rosa dos Santos 92 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 10 de maio de 2019 - Mariana Batista 91 anos Residente em:Ferreira do Alentejo Faleceu em 10 de maio de 2019 -A ntónio Manuel Parreira Baptista 53 anos Residente em Ferreira do Alentejo Faleceu em 02 de junho de 2019 -M aria Manuela da Silva Cristelo 61 anos

Residente em Ferreira do Alentejo Faleceu em 03 de junho de 2019 -M ariano Francisco Maurício 86 anos Residente em Ferreira do Alentejo Faleceu em 07 de junho de 2019 -C arlos Nunes Faias Serrano 66 anos Natural: Alfundão Faleceu em 11 de junho de 2019 -L uís Manuel da Assunção Gamito 59 anos Residente em Canhestros Faleceu em 12 de junho de 2019 - Rosa Augusta Silva Porta Nova 83 anos Residente em Ferreira do Alentejo Faleceu em 15 de junho de 2019 - Amélia da Conceição Rego 92 anos Residente em Ferreira do Alentejo Faleceu em 18 de junho de 2019

• A candidatura a fundos comunitários do projeto “Universidade Popular”, foi aprovada, o que irá permitir requalificar e modernizar parte do centro cultural da Vila, e de seguida montar e colocar em funcionamento este novo projeto de desenvolvimento cultural, ao serviço da população. • Foi estabelecido protocolo com o CEBAL (Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar), que se instalou no Ninho de Empresas em Ferreira do Alentejo, com um Centro de Transferência de Tecnologia. • Foi aprovado a instalação, em Ferreira do Alentejo, de um posto de carregamento de veículos elétricos, que ficará situado no largo Luís Maldonado Vivião Passanha (Ferrinho de Engomar). • O Instituto Politécnico de Beja vai começar a leccionar o curso de comissário e hospedeira de bordo, através de uma parceria criada entre o estabelecimento de ensino e a G Air- Training Center - escola de treino e formação aeronáutica. • Durante o último verão, a Câmara Municipal colaborou em diversas atividades locais promovidas pelas freguesias de Ferreira e Canhestros - Aldeia Cultural e Festa de Santa Maria de Ca-

nhestros); Alfundão e Peroguarda - Verão Escaldante, Festa de N.ª S.ª Conceição em Alfundão, Festa de Stª. Margarida em Peroguarda, Feira Quinhentista); Em Figueira dos Cavaleiros - Festa do Rio Sado, Feira do Melão. Em Odivelas, Festa de Santo Estêvão e Odivelas Summer Fest. Os apoios, prestados a estas festividades, ocorrem segundo uma nova política de atribuição, definida de forma igualitária e transparente. Também a colaboração dada a iniciativas das associações culturais e desportivas do concelho, com destaque para os encontros de grupos corais alentejanos, dado o seu significado identitário do território. • Foi lançada a nova iniciativa dos Jogos Aquáticos, cuja primeira edição decorreu nas piscinas municipais de ar livre com oito equipas em competição. • Estão a ser preparados diversos processos de intervenção urbana, nomeadamente para criar condições de realização dos mercados mensais dentro da Vila, e, também, para melhorar a mobilidade pedonal, designadamente com a substituição das passadeiras, em tinta, por calçada. • Foi assinado um acordo para incremento de visitas

turísticas ao concelho de Ferreira do Alentejo, envolvendo, além da Câmara Municipal, a CP Comboios de Portugal e as empresas Vale da Rosa, Sovena, e Herdade do Pinheiro. • Foram também desenvolvidos processos contratuais para a limpeza urbana, para a jardinagem, para limpeza de bermas e valetas nas estradas e caminhos municipais, para serviço de niveladora nos caminhos rurais, para a substituição dos contadores de água avariados e, para a desratização e desbaratização em todo o concelho. • Trabalhos igualmente desenvolvidos no sentido de estudar os aquíferos e abrir um furo de captação de água em Gasparões, para abastecimento público. Recorde-se que atualmente está a ser transportada água da Sede de concelho para Gasparões em camião cisterna, para abastecimento do depósito da rede pública. • Vai ser incrementada a campanha para adoção de animais do CROFA (canil municipal). • Está também em contratação o desenvolvimento de uma rede de percursos lúdico-turísticos no concelho, nomeadamente pedonais.

Município tem novo sítio na internet A Câmara Municipal promoveu a construção de um novo sítio na Internet, mais moderno e atualizado. Este novo sítio permite aos

utilizadores uma informação mais estruturada sobre o concelho e sobre os órgãos e serviços municipais. O arranque «on line» decor-

reu na reunião da Câmara Municipal do dia 12 de dezembro, pelas 16 horas e poderá ser acedido em www.ferreiradoalentejo.pt


24 • jornal de ferreira • JUNHO 2019

>> Breves

Coloque a sua questão ao Presidente da Câmara

O

Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, responde em direto, de viva voz, no facebook, às questões da população. Todas as terças feiras às 18 horas, a partir da página do facebook do Município, po-

derá ver esclarecidas todas as suas questões. Para colocar as suas dúvidas utilize o endereço eletrónico: info@cm-ferreira-alentejo.pt ou envie a sua mensagem através da página do Município no Facebook.

II Edição dos jogos aquáticos Requalificação da Fonte Nova do Concelho

O

F

erreira do Alentejo recebe no dia 7 de Setembro, a 2.ª edição dos Jogos Aquáticos do Concelho. A iniciativa, da câmara municipal, tem lugar na piscina descoberta a partir das 21horas e conta com uma diversidade de agradáveis “brincadeiras”, que prometem muita compe-

tição e animação na noite da primeira sexta feira do mês de setembro. Não falte!

Biblioteca Municipal entre as melhores

A

Biblioteca de Ferreira do Alentejo está considerada entre as três melhores do Baixo-Alentejo. Desde o início do corrente ano e até meados

Jornal

de

do passado mês de fevereiro, este espaço recebeu 2252 leitores, emprestou mais de 4200 livros, sendo que a média anual de visitas à Biblioteca situa-se nos 15 mil leitores. No dia em que assinalou o seu 15.º aniversário (6/2/2019) a Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo recebeu a 3.ª Reunião de Câmara do presente ano.

Ferreira JUNHO 2019

Parque de Lazer da Fonte Nova foi motivo de obras de requalificação. A Câmara Municipal procedeu a trabalhos de melhoramento deste espaço, com colocação de pavimento, novos bancos, pinturas e arranjo dos espaços de jardinagem. Por outro lado, o município vai também proceder à analise da qualidade da água desta fonte.

Projeto Erasmus+

O

Agrupamento de Escolas de Ferreira do Alentejo integra, desde setembro de 2017 até ao final de 2019, o projeto ERASMUS+, fazendo parceria com escolas de outros países. O projeto contempla atividades e visitas de professores e alunos às localidades e escolas dos países envolvidos. Recentemente, cerca de 70 alunos e professores vindos de França, Itália, Espanha e Guiana Francesa, foram recebidos na Biblioteca Municipal e Museu Municipal para uma visita guiada a estes espaços.

Uma intervenção que oferece mais e melhores condições de utilização aos munícipes, bem

como a todos automobilistas que ali param.

Feira de Ferreira dias 13, 14 e 15 de Setembro

E

stá em preparação um novo modelo para a Feira de Ferreira, que irá associar a tradicional e centenária feira com a componente económica e agrícola. Assim, as duas feiras (tradi-

cional e do regadio) são aglutinadas em ordem a ganharem melhor projeção. Haverá também um programa cultural mais extenso ao longo dos dias de feira e o funcionamento de restaurantes.

Extensão de Saúde de Canhestros

A

extensão de saúde de Canhestros, reabriu dia 18 de junho, após conclusão de trabalhos de remodelação nas instalações. Uma intervenção que teve por finalidade a melhoria das condições de trabalho para os profissionais, bem como

para os utentes que ali se deslocam. De acordo com um comunicado do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo, esta Extensão de Saúde vai funcionar à terça-feira e sexta-feira das 9,30 às 13 horas.

Ficha Técnica Diretor: Luís António Pita Ameixa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Coordenador: Carlos Viegas | Fotografia: SCA – Serviço de Comunicação e Audiovisual da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Propriedade: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Redação Administração e Sede do Jornal de Ferreira: Praça Comendador Infante Passanha, 5 - 7900-571 Ferreira do Alentejo | Telf. 284738700 Fax: 284739250 | jornaldeferreira@cm-ferreira-alentejo.pt | Depósito Legal: 81278/94 | Periodicidade: Trimestral Tiragem: 8.000 exemplares | Paginação e Impressão: MX3 – Artes Gráficas, Lda. | Parque Indus. Alto da Bela Vista, Sulim Park, Pav. 50 | 2735-192 Agualva-Cacém | NIPC: 503 015 385


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