Revista
Ano 8 • Edição 34 Disponível para Android e iOS
lançamentos Anvisa aprova dois medicamentos novos no País
a 13
varejo A importância dos itens de conveniência nas farmácias
ABRADILAN
CONEXÃO FARMA O EVENTO OCORRE DE 21 A 23 DE MARÇO E PROMETE MOVIMENTAR O SETOR
20
14
18
ÍNDICE
8
8 ACONTECE ˆ
CONFERENCIA FEBRAFAR E ABRADILAN
12 ARTIGO
JOSÉ CARLOS NOGUEIRA
14 ENTREVISTA
EDISON TAMASCIA
18 QUALIDADE DE VIDA VIDA LONGA COM OS SUPLEMENTOS
20 CAPA a
13 ABRADILAN CONEXÃO FARMA
26 ARTIGO
LUIZ CARLOS PELECKAS
34
40 44 30 30 CENÁRIO
PLANOS DE SAÚDE APRESENTAM CRESCIMENTO MUNDIAL
34 SETOR
O PODEROSO MERCADO DAS PATENTES
52 VAREJOˆ
37 ARTIGO
54 AVANÇO
LUIZ MUNIZ
40 MARKETING
ALIADO DOS DISTRIBUIDORES
44 ATUALIDADE
DISSEMINAÇÃO DE FEBRE AMARELA PREOCUPA BRASILEIROS
48 GENÉRICOS
CONFIANÇA A TODA PROVA
CONVENIENCIA NAS FARMÁCIAS ANVISA APROVA DOIS NOVOS MEDICAMENTOS
58 PARCEIROS
FINI E O CANAL FARMA
60 DESTAQUE
FOCO NA PREVENÇÃO
62 ARTIGO
EDUARDO LÓPEZ
CAROS ASSOCIADOS, SÓCIOS-COLABORADORES E COLEGAS DO SETOR
EDITORIAL
Francisco Chagas Presidente do Conselho Diretivo da Abradilan
6
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Estamos praticamente às vésperas de mais uma edição da Abradilan Conexão Farma, que ocorrerá entre os dias 21 e 23 deste mês, no Expo Center Norte (SP). Para nós, esse evento caracteriza-se como um marco na história da nossa associação, ampliando as oportunidades de negócios. Saiba mais em nossa matéria de capa. Como somos pautados pelo o que está em destaque, trazemos duas matérias que já foram discutidas na nossa edição anterior, porém, com novo foco. Abordamos a importância do marketing digital para o nosso segmento e como ele pode nos beneficiar na captação de novos negócios. Também tratamos sobre os genéricos, desta vez, sob a ótica de seu crescimento e do que ele representa, em market share, no exterior. Ainda no contexto dos genéricos e similares, evidenciamos uma reportagem sobre os medicamentos que perderão suas patentes este ano, movimentando ainda mais o canal farma. Por outro lado, divulgamos a aprovação – por parte da Anvisa – de dois novos medicamentos de marca no País. No Brasil, estamos preocupados com o aumento dos casos de febre amarela, portanto, destacamos este assunto nesta edição. Nossa publicação traz também a importância dos suplementos para manter uma vida com melhor qualidade, já que a população nacional – e internacional – está envelhecendo. Em outra matéria, relatamos um estudo da consultoria McKinsey, apontando que os planos de saúde estão expandindo sua atuação no mundo. Também comentamos sobre o papel das conveniências no canal farma. Nas próximas páginas, fique de olho na excelente entrevista do presidente da Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias), Edison Tamascia. Ele revela um pouco sobre seus desafios e conquistas à frente da entidade. Boa leitura!
Baixe na Apple Store e Google Play ou utilize um leitor QR code em seu celular ou tablet, escaneie o código e confira as edições da Revista Abradilan
SÓCIOS-COLABORADORES
EXPEDIENTE ABRADILAN (Gestão 2015/2017): Presidente do Conselho Diretivo: Francisco Chagas Almeida Gomes (Total Comércio-CE); Vice-presidente: Juliano Cunha Vinhal (Meditem-MG); Diretor-financeiro: João Orologio Marchiori (Elite-SP); Diretor de Relações Institucionais: Jony Anderson Tavares de Sousa (Emefarmario-RJ); Diretor-secretário: Vinicius Casimiro Carneiro Andrade (Orgafarma-MG); Diretor-secretário Adjunto: Aclair José Ferreira de Machado (Medmais-SC) Conteúdo, Edição e Arte: CM&N - Revistas Customizadas, (17) 3229-1940 Direção Executiva: Alexandre Serpentino, Edison Lopes Bernardo e Tiago Serpentino Jornalista Responsável: Márcia Vaisman - MTB 46219/SP Redação: Caroline Carvalho, Graziela Delalibera e Tatiana Ferrador Direção de Arte: Juliano Polotto Arte: Raphael Freire Revisão: Denise Loreto Atendimento: Ellen Rossi Administração: Daniela Fernanda de Sena Relacionamento: www.cmnrevistascustomizadas.com.br/#contato IMPRESSÃO: Quatrocor Gráfica e Editora Tiragem: 2 mil exemplares. Publicação produzida para a Abradilan direcionada para associados, fornecedores, clientes, profissionais e interessados no mercado farmacêutico. A Abradilan não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou opinião de terceiros. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. Para anunciar: Dulcimara Silva (Duda) - comercial@cmnrevistascustomizadas.com.br, contato: (17) 98114-8357.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
7
ACONTECE
CONFERÊNCIA
FEBRAFAR E ABRADILAN DE LÍDERES DO MERCADO FARMACÊUTICO Evento teve como proposta discutir rumos, possibilidades e desafios no Brasil com os principais representantes do segmento
D
urante os dias 15 e 16 de fevereiro, a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) e a Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan) promoveram a Conferência Febrafar e Abradilan de Líderes do Mercado Farmacêutico. O objetivo? Debater ideias e trocar experiências com os principais representantes do segmento. Como explica o presidente da Febrafar, Edison Tamascia,
ainda que o setor ocupe uma posição mais favorável que os demais da economia brasileira, é preciso antecipar-se aos fatos de modo preventivo. “Conhecendo a fundo o comportamento do nosso ramo, torna-se possível se preparar melhor e ficar atento às oportunidades.” A opinião foi compartilhada pelo presidente da Abradilan, Francisco Chagas. “Acredito que possibilitamos a elevação dos debates junto aos participantes a outro nível, o que faz com que outros eventos do gênero já estejam sendo planejados, pois um dos papéis de qualquer associação é capacitar os participantes”, acrescenta.
PALESTRANTES DISCUTEM PRESENTE E FUTURO Sob o tema “Panorama do Mercado – Tendência para os próximos 5 e 10 anos para varejo e distribuição”, o diretor de relacionamento com parceiros estratégicos para América Latina da QuintilesIMS, Eduardo Rocha, apresentou números e projeções inéditos para o mercado. “É fundamental que as associações, redes, distribuidoras e farmácias fiquem atentas aos números apresentados diariamente, pois só assim minimizarão seus erros”, pontua.
8
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
“
É FUNDAMENTAL QUE AS ASSOCIAÇÕES, REDES, DISTRIBUIDORAS E FARMÁCIAS FIQUEM ATENTAS AOS NÚMEROS APRESENTADOS DIARIAMENTE, POIS SÓ ASSIM MINIMIZARÃO SEUS ERROS EDUARDO ROCHA
Da Sandoz do Brasil, o diretor-geral, André Brazay, e a diretora-comercial, Érica Sambrano, destacaram o desenvolvimento do mercado de biossimilares, embasados por uma ampla análise do atual mercado, que vem apresentando mudança na relação médico-paciente. Outra questão foi o apontamento das dificuldades e necessidades de ajustes diante de um cenário complexo e de grande peso tributário. O presidente da Merck Genéricos, Guilherme Maradei, o diretor-comercial, Fausto Viana, o diretor de unidade de negócio, Edu Lima, e a gerente nacional de vendas, Ludmila Berti, trouxeram aos presentes o tema “Desafio de uma multinacional em atuar no mercado brasileiro e o futuro da distribuição”, destacando a grande complexidade do acesso a qualquer multinacional no Brasil de entender o mercado e, principalmente, suas questões tributárias. “É desafiador, pois trabalhamos em uma empresa que se adequa a padrões mundiais, ainda assim, vale a pena, pois é um ramo com futuro próspero”, ressalta Edu Lima. Outra potência do segmento, a Hypermarcas apresentou sua nova estratégia de mercado, cujo foco total passa a ser o mercado farmacêutico. “Com a Neo Química, a
”
Hypermarcas mantém uma ligação histórica com a Abradilan e os associados da Febrafar, sempre em busca de relacionamento próximo e troca de conhecimentos para melhoria do varejo”, conta o CEO, Claudio Bergamo.
SEM PRESCRIÇÃO, SEM ISENÇÃO E COM MIX A apresentação do consultor da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), Carlos Cesar Bentim, enfatizou a importância desses medicamentos no País, sendo necessário que as farmácias e distribuidoras deem maior relevância a esses produtos. Ele objetivou apresentar a entidade aos participantes, mostrar o crescimento do mercado e sua consistência e, por fim, apontar que 43% do faturamento do autosserviço vem do MIP. Na sequência, o secretário-executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), Leandro Safatle, falou sobre regras para regulação de preços de medicamentos no Brasil, mostrando o crescimento do mercado e as dificuldades exigidas para a regulamentação e precificação dos mesmos. “A regulação permitiu que os preços de medicamentos variassem
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
9
ACONTECE
“
QUEREMOS SER UM ELO FORTE NESTA CADEIA DE VALORES E ESTAMOS FAZENDO INVESTIMENTOS PESADOS PARA ISSO PAULO NIGRO
”
estabilizar a economia, mantendo a inflação na meta, a taxa de juros mais baixa e a retomada cíclica de atividade econômica com redução do desemprego”, adverte.
DESACELERAÇÃO
abaixo da inflação acumulada do IPCA e com menos da metade da inflação acumulada dos outros produtos e serviços da área da saúde.” Já a Legrand abordou tendências de mix de produtos para o mercado farmacêutico (marcas, MIPs, dermo, similares e genéricos). Seu presidente, Reinhard Nordmann, assim como o diretor-comercial, Francisco Ayala, endossaram quanto à necessidade de diálogo entre a indústria e as distribuidoras de farmácias. Por fim, sob o tema “Inovação Radical”, o CEO do Laboratório Aché, Paulo Nigro, citou alguns dos investimentos em inovação para crescer e apoiar o desenvolvimento da ciência no País. O Aché investiu 10% da receita líquida em pesquisa e desenvolvimento, em 2015; inaugurou o Laboratório de Design e Síntese Molecular, focado em necessidades não atendidas do Sistema Nervoso Central, Cardiometabólica, Saúde Feminina, Respiratória e Osteomuscular; e anunciou o novo Centro de Inovação Incremental, focado em Nanotecnologia (Nile), fruto da parceria com a Ferring Pharmaceuticals. “Queremos ser um elo forte nesta cadeia de valores e estamos fazendo investimentos pesados para isso.”
CENÁRIO ECONÔMICO A XP Investimentos trouxe informações extremamente relevantes acerca dos cenários econômico e político brasileiros, com foco no setor da saúde. A economista-chefe da empresa, Zeina Latif, mostrou um cenário difícil para o País, porém otimista “desde que o atual governo consiga
10
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Comandada por Paulo Paiva, a apresentação da Close-Up International teve como foco um overview do mercado farmacêutico. Ele destacou que, apesar de ainda estar crescendo, o segmento apresentou uma desaceleração forte em 2016 comparado a 2015 – em especial, o canal hospitalar. No retail (ou seja, as farmácias), todos os canais de PDVs sofreram impacto. No entanto, as independentes e as redes de médio porte sofreram mais. Os destaques positivos, segundo dados de Paiva, estão na Abradilan, que ganhou participação nas independentes e, atualmente, agrega aproximadamente 84% do mercado farmacêutico brasileiro. O destaque na Febrafar refere-se a um crescimento acima de todos os outros modelos de farmácias. “As associativistas relacionadas à entidade crescem acima das demais em todos os cenários”, reforça Paiva, complementando que, para o futuro, o foco mantém-se na recuperação, uma vez que 2017 não deve atingir os mesmos níveis de 2015. Outro ponto é que, avaliando apenas medicamentos, devido a uma inflação em 2016 muito inferior à de 2015, o reajuste de 2017 deverá apresentar-se inferior e, por isso, causará um reflexo no crescimento geral do mercado.
JOSÉ CARLOS NOGUEIRA
REGISTRO
E PÓS-REGISTRO DE MEDICAMENTOS
•E m primeiro lugar, ainda que a Lei nº 13. 411, de 2016, disponha que os prazos estabelecidos para a decisão final nos processos de registro e de alteração pós-registro de medicamento levarão em conta os critérios de complexidade técnica e benefícios clínicos, econômicos e sociais da utilização do medicamento, o fato é que não se define ali a cronologia da análise. Ou seja, não se sabe se a identificação de produtos complexos e de fundamental importância para a sociedade será definida por ordem cronológica (de pedido) ou por outro critério; •P ara os recursos administrativos que tratam da matéria, o prazo será de trinta dias. Evidentemente todas as regras anteriores a vigência dessa nova norma deverão se adequar ao prazo de trinta dias, reconhecida a determinação jurídica que pontua que a Lei posterior revoga a anterior naquilo que a contrariar; •P onto de bastante celeuma é a questão da renovação de registro. A considerar que o parágrafo 8º, do artigo 12 da Lei nº 6.360, do ano de 1976, passa a vigorar com a determinação de que não ocorra a renovação do medicamento que não tenha sido comercializado durante pelo menos o tempo correspondente aos dois terços finais do período de validade do registro, empresas poderão ver as suas estratégias de mercado (ou não lançamento de produto no mercado) prejudicando os seus ativos (registro de produtos); •N a questão da renovação, os registros de produtos comercializados com órgãos públicos também podem ser prejudicados na medida em que muitos levam meses ou até mesmo anos para serem comercializados. Quando pela Lei anterior bastava comprovar a comercialização em apenas um momento do quinquênio de vigência do registro, nesse atual momento isso já não é mais suficiente; •E a considerar o posicionamento atual da Anvisa, a suspensão temporária também não isentará
12
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
o titular do registro de apresentar as Notas Fiscais com o período de tempo estabelecido na Lei nº 13.411, de 2016; •S e haverá uma regulamentação pela Anvisa para tratar dos prazos referentes ao item pós-registro, e se as exigências serão formuladas de acordo com as regras já existentes (Resolução 73) para esse campo, é o que devemos esperar. A questão da aprovação continuada deverá ser objeto da devida regulamentação. •E videntemente, percebe-se um estreitamento na atividade da Anvisa, na medida em que se exige um cumprimento inescapável, por parte da Agência Reguladora, dos prazos estabelecidos na Lei comentada. •A ssim, há que se considerar a necessidade de se acompanhar a regulamentação da Lei para aquilo que não for autoaplicável, bem como atentar para eventuais indeferimentos lançados pela Anvisa por absoluta falta de tempo de se chegar a uma convicção sobre a parte técnica (explica-se: diante da impossibilidade de se chegar a uma conclusão, a Anvisa, em busca de não permitir um risco sanitário, indefere os pleitos sob análise por precaução); •É conveniente lembrar que essa Lei entra em vigor após decorridos noventa dias de sua publicação oficial. • Dessa forma, temos que os assuntos a serem estudados com frequência e acompanhados com rigor são os seguintes: 1. Exigências; 2. Recursos; 3. Monitoramento do cumprimento dos prazos (pelo agente público e pelo agente regulado); 4. Pós-registro – haverá regulamentação ou prevalecerá a RDC 73 naquilo em que não contrariar a Lei nº 13.411, de 2016? 5. Renovação – alcançará os registros já existentes (o que poderá prejudicar muitas empresas) ou a nova regra somente será válida para a primeira renovação posterior a entrada em vigor da Lei nº 13.411. JOSÉ CARLOS NOGUEIRA é gerente de Relações Institucionais da Abradilan
*Publicada no Diário Oficial da União em 29 de dezembro de 2016
Os novos prazos processuais administrativos regulatórios previstos na Lei nº 13.411, do ano de 2016*
ENTREVISTA
EDISON
TAMASCIA
À
frente da Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar) desde a sua criação, Edison Tamascia desempenha um papel importante no desenvolvimento do segmento no País. Criada em 2000, como sociedade civil sem fins lucrativos, a Febrafar representa atualmente
a união de 50 redes de farmácias independentes, que gerenciam mais de 9 mil lojas, com atuação em cerca de 2 mil municípios de 24 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Em 2002, ano em que a existência da Febrafar foi, de fato, formalizada, o mercado farmacêutico brasileiro movimentava R$ 11 bilhões. Passados 15 anos, o montante deve fechar em R$ 87 bilhões, segundo a consultoria IMS Health. O grau de relevância que o setor atingiu perante a economia brasileira não permitia mais amadorismo. A demanda cresceu, assim como o nível de competitividade. Vários fatores colaboraram para que a então pequena federação se transformasse em uma entidade representativa perante os órgãos governamentais, uma referência para o comércio varejista independente e um grupo estratégico para o mercado farmacêutico brasileiro. Também presidente da Farmarcas e da rede Ultra Popular, Tamascia trabalha há 40 anos no mercado farmacêutico e conta, nesta entrevista, um pouco sobre seus desafios e conquistas na Febrafar, como os mecanismos que até hoje contribuem para sua notável ascensão; os meandros de sua proeminente expansão e os indicadores que norteiam sua atuação e a colocam em posição de destaque no setor farmacêutico. Entre os pontos de atenção, ele cita a necessidade de modernização das farmácias e a capacitação dos gestores. Acompanhe:
Como o conceito de associativismo chegou ao segmento farmacêutico? Esse modelo de negócio chegou ao varejo farmacêutico nos anos 1990, quando o setor se tornou mais competitivo e os empresários viram a necessidade de buscar mecanismos de sobrevivência. A princípio, um grupo tentou replicar um protótipo norte-americano chamado Small Business Administration (SBA), que consistia em montar uma política centralizada de apoio às pequenas empresas. Porém, o conceito simples e puro do associativismo tardou um pouco mais a ser aplicado, em decorrência da própria dinâmica
14
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
do comércio farmacêutico e do número limitado de empresas na época, que, por conta das necessidades muito específicas de cada localidade, dificultavam a formação de agrupamento. Se, antes, a principal preocupação era com a remarcação de preços por conta da inflação nas alturas, em meados de 1990, a estabilidade da moeda fez com que o varejo voltasse as atenções para a demanda por gestão de loja. Os pontos de venda (PDVs) precisavam organizar-se de uma forma mais clara. Foi dessa necessidade de afinar processos internos que começou a surgir as primeiras redes associativistas do setor farmacêutico.
Na Febrafar desde a sua fundação, o presidente revela desafios e conquistas da entidade
Em sua opinião, quais os principais benefícios que o associativismo traz às redes de farmácias? O primeiro deles é a junção de várias empresas em torno de um objetivo comum, o que aumenta a possiblidade de êxito. Além disso, os empresários passam a conviver de uma forma mais efetiva e afetiva entre si, uma vez que eram, até então, concorrentes, o que faz com que sejam mais empreendedores. Outro ponto importante é que essas empresas unem forças para comprar em conjunto, dispõem de ações de marketing compartilhadas e administração profissionalizada, dentre outros aspectos que só são pos-
síveis de realizar de forma coletiva. Vejo empresas mais competitivas nesse modelo de atuação. Em seus mais de 15 anos de atividade à frente da Febrafar, o que o senhor destacaria como os principais feitos da entidade? A Febrafar teceu redes de relacionamento que permitem entregar aos afiliados informações e tendências que moldarão o mercado em um futuro próximo. Desenvolveu ferramentas estratégicas que permitem uma gestão mais assertiva e competitiva, incentivou e possibilitou a qualificação profissional de centenas de
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
15
ENTREVISTA
“
ENTRE OS DESAFIOS A SEREM SUPERADOS, DESTACAM-SE INÚMERAS EXIGÊNCIAS GOVERNAMENTAIS, QUE DEMANDAM INVESTIMENTOS
OBRIGATÓRIOS; FORTE REGULAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA; VIGÊNCIA DE PATENTES DE MEDICAMENTOS; CONTROLE DE PREÇO E OUTRAS REGRAS QUE EXIGEM UMA GESTÃO PECULIAR associados e seus colaboradores, melhorou o nível de gerenciamento das lojas, aprimorou os processos de negociação com fornecedores, modernizou o layout dos estabelecimentos, entre outros.
um setor tão dinâmico. Saber antever as reviravoltas e estar preparado para enfrentá-las mostra-se essencial para a sobrevivência. É esse suporte que a Febrafar trabalha para oferecer aos associados.
Quais os principais desafios para se destacar neste segmento? Vencer dentro do setor farmacêutico não se mostra tarefa simples. Além da forte concorrência, ainda é preciso criar estratégias de venda sem desrespeitar as exigências e particularidades do segmento, um dos mais regulados da economia. Entre os desafios a serem superados, destacam-se inúmeras exigências governamentais, que demandam investimentos obrigatórios; forte regulação dos órgãos de vigilância sanitária; vigência de patentes de medicamentos; controle de preço e outras regras que exigem uma gestão peculiar.
Quais são as projeções para 2017? Com base em dados de análises de mercado, vemos que o setor farmacêutico tem ainda muito a crescer no País. E como é um produto de primeira importância, torna-se pouco afetado pelos ânimos da economia. Assim, para as farmácias que dispõem de planejamento, o crescimento apresenta-se praticamente certo, e é nisso que focamos nossas ações. O ritmo de adesão ao associativismo é grande, além disso, boa parte dos donos de farmácias ligadas à Febrafar estão abrindo novas lojas e com bons e audaciosos projetos de expansão. Um bom exemplo é o das redes ligadas à administradora Farmarcas, que possuem atualmente pouco menos de 600 lojas e pretendem atingir 1.000 em meados de 2018.
Então, a Febrafar tem uma atuação estratégica, de apoio ao varejista em todas as responsabilidades e regras que precisa cumprir? Sim! No Brasil, ser dono de farmácia é andar em uma corda bamba, carregando uma bandeja cheia de copos em cada mão. Ao mesmo tempo em que a farmácia apresenta-se como um comércio, que visa a obter lucro, como qualquer outro negócio, também trata-se de um estabelecimento de saúde, que precisa seguir uma série de regras e privar-se de outras atratividades comerciais, como sorteios e promoções culturais. É nesse limiar que trabalha o empresário do varejo farmacêutico. Além de estar sempre alinhado e atento às exigências dos órgãos reguladores, o varejista precisa preparar-se para lidar com as constantes mudanças – seja de legislação, seja de tendências de consumo – de
16
”
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
“
O RITMO DE ADESÃO AO
ASSOCIATIVISMO É GRANDE, ALÉM DISSO, BOA PARTE DOS DONOS DE FARMÁCIAS LIGADAS À FEBRAFAR ESTÃO ABRINDO NOVAS LOJAS E COM BONS E AUDACIOSOS PROJETOS DE EXPANSÃO
”
QUALIDADE DE VIDA
Aliadas à alimentação balanceada e ao acompanhamento médico, essas substâncias podem melhorar muito a saúde de quem as consome
VIDA LONGA
COM OS SUPLEMENTOS
O
mito de Shangri-la, descrito no romance “Horizonte Perdido”, finalmente parece estar próximo de sair da literatura e invadir a realidade. Quando foi escrito, em 1925, pelo inglês James Hilton, o lugar paradisíaco nas montanhas do Himalaia, onde existe a juventude eterna, parecia algo intangível. Com o avanço das tecnologias voltadas à saúde e o conhecimento cada vez maior sobre os benefícios e as possibilidades de manter uma vida saudável, parte desse paraíso apresenta-se mais perto de quem busca a longevidade. Afinal, é cada vez mais plausível discutir a ideia de viver mais e melhor, usufruindo de saúde e bem-estar. No entanto, o mundo moderno, a correria rotineira e a busca incansável pelo sucesso impulsionam muitas pessoas a negligenciar o bem-estar, a começar pela alimentação. Não é raro, no dia a dia, alimentar-se mal ou, o que é pior, pular refeições, hábito ainda mais agressivo ao organismo. A falta de vitaminas e minerais acarreta não apenas em danos físicos, como também em psicológicos, uma vez
18
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
que há situações em que as pessoas abandonam a vida social e afastam-se até mesmo de amigos e familiares. “Um exemplo corriqueiro é o de pais com filhos pequenos que, por estarem obesos ou fadigados, não conseguem acompanhar o pique das suas crianças”, explica Rafael Aguileia, CEO da Inove Marketing, que promove consultoria a diversas marcas de saúde no mercado. “Também podemos enfatizar a impotência ou falta de apetite sexual, que se destaca como uma das causas de atritos e até mesmo de separação dos casais.” A suplementação nutricional, segundo Aguileia, apresenta-se como ótima aliada para melhorar boa parte desses problemas. Os nutracêuticos, alimentos com poder terapêutico, auxiliam diretamente na reposição de nutrientes que faltam no organismo dessas pessoas. “O benefício não é viver mais, mas sim viver mais e com qualidade de vida”, reforça. “É chegar numa idade mais avançada sem depender de ninguém para se locomover ou fazer tarefas básicas do dia a dia. Aí está o segredo”, completa.
Por Tatiana Ferrador
SUPLEMENTAÇÃO NA TERCEIRA IDADE Os suplementos alimentares, classificados como repositores de nutrientes, ajudam na manutenção de uma saúde melhor e de mais qualidade de vida. Auxiliam no melhor controle do colesterol, da diabetes, no combate aos radicais livres, no fortalecimento de ossos e músculos, entre outros benefícios. Entre os suplementos mais procurados encontram-se os polivitamínicos, o Ômega 3, o Ômega 3,6 e 9, Cálcio, Vitamina D, Colágeno, Picolinato de Cromo e Cloreto de Magnésio. Em geral, essas substâncias não apresentam contraindicação. Elas costumam ser indicadas quando crianças, lactantes e idosos consultam o nutricionista. Nos demais casos, seu uso normalmente não implica em cuidados especiais e pode ser consumido de forma genérica, conforme indicação da bula. “A dosagem correta varia para cada produto e indivíduo e também deve ser orientada por um profissional, já que cada organismo tem uma necessidade e também reage de uma forma”, orienta Aguileia. Vale ressaltar, ainda, que a quantidade pode mudar de acordo com sexo, idade, peso, hábitos de vida, doenças crônicas, entre outros. No caso dos maiores de 50 anos, podem ocorrer necessidades ou cuidados especiais, seja por conta de alguma doença crônica ou histórico de doença que necessite de atenção extra. Portanto, as dosagens variam conforme a orientação médica. “Para uma pessoa cardíaca, por exemplo, provavelmente não seja recomendado o consumo de guaraná ou cafeína, já que podem acelerar o coração”, explica.
Fonte: Nutricionista Débora Brito
VANTAGENS DE SUPLEMENTAR • Cálcio: com a idade, torna-se comum o desgaste ósseo e, como consequência, a osteoporose. Consumir suplementos que contêm cálcio é uma das formas de prevenir esse tipo de doença e ainda auxiliar na saúde do coração e do cérebro. • Vitaminas: todos os tipos de vitaminas são importantes na terceira idade, com destaque especial para a D, que ajuda o corpo a absorver minerais, como o cálcio, e o Complexo B, que auxilia o metabolismo a processar carboidratos e proteínas. •P roteínas: o corpo produz uma quantidade menor de proteínas com o metabolismo enfraquecido pela idade. Por essa razão, os idosos necessitam de uma suplementação rica nessa substância para manter os níveis satisfatórios no organismo. • Creatina: com a perda da força muscular, o organismo não consegue produzir a creatina em quantidade suficiente a fim de conseguir sustentar o esqueleto. Por isso, essa substância ajuda a preencher a falta desse aminoácido, e é indicada tanto aos que praticam atividade física quanto para os sedentários. • Zinco: excelente reforço para a imunidade, colabora com a absorção das proteínas ingeridas. Possui efeito antioxidante, que retarda o envelhecimento das células.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
19
CAPA
a
13 ABRADILAN CONEXÃO FARMA Os maiores e melhores do segmento farmacêutico reunidos no principal evento do setor, que ocorre de 21 a 23 de março, no Expo Center Norte
P
onto de encontro da indústria farmacêutica, a Abradilan Conexão Farma chega à sua 13ª edição com lançamentos e tendências deste mercado, que se configura como um dos mais promissores do País. O evento reunirá, entre os dias 21 e 23 deste mês, no Expo Center Norte (SP), profissionais envolvidos em todos os elos da cadeia, tais como indústria, distribuidores de medicamentos, redes varejistas, farmácias e drogarias independentes e, ainda, representantes de diversos setores, como Higiene, Perfumaria, Cosméticos e Higiene Pessoal (HPPC), fornecedores de mobiliários e até de sistemas de gestão e automação direcionados ao segmento farma. O Brasil vem galgando posições no setor farmacêutico mundial, passando da 10ª colocação, em 2007, para a 6ª, em 2013, devendo tornar-se, até 2017, o 4º maior mercado em faturamento. As vendas de medicamentos por distribuidores cresceram 11,5%, atingindo um faturamento de R$ 15,7 bilhões. Tais números contaram
20
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
com a ajuda dos genéricos, já que, com o orçamento mais limitado por conta da crise econômica, o consumidor procurou novas alternativas. Para continuar seu tratamento, muitos migraram do de marca para o genérico, de menor preço.
EM NÚMEROS A Abradilan Conexão Farma contará com aproximadamente 5 mil metros quadrados de oportunidades de bons negócios, mais de 80 estandes e 70 empresas participantes. Durante os três dias de evento, são esperados mais de 5 mil convidados por dia. O volume de negócios deve ultrapassar a casa dos R$ 200 milhões.
Por Tatiana Ferrador
“
A CONEXÃO FARMA É ANSIOSAMENTE ESPERADA POR QUEM ATUA
NO SEGMENTO, POIS REÚNE INDÚSTRIAS, DISTRIBUIDORAS E O VAREJO FARMACÊUTICO EM BUSCA DE NOVIDADES. ESTE ANO, A ABRADILAN INOVOU AINDA MAIS, DEMONSTRANDO A IMPORTÂNCIA DAS DISTRIBUIDORAS QUE ATENDEM TODAS AS EMPRESAS VAREJISTAS, NAS REGIÕES MAIS DISTANTES DO TERRITÓRIO BRASILEIRO. NOSSOS VOTOS DE PARCERIAS PROVEITOSAS, DURADOURAS E DE MUITO SUCESSO!
”
FRANCISCO CHAGAS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO COMÉRCIO FARMACÊUTICO – ABCFARMA E PRESIDENTE DO CONSELHO DIRETIVO DA ABRADILAN
Constata-se, assim, que mesmo em um cenário de recessão, o setor farmacêutico brasileiro continua sendo um dos poucos que continua a crescer. Os números não negam. Segundo dados da Close-Up International, apenas no ano passado, o aumento no número de vendas de produtos no Brasil foi de 3,6%, em relação a 2015. Já o faturamento foi 15% maior, passando de R$72,3 bilhões, em 2015, para R$83,3 bilhões, em 2016.
OPORTUNIDADES Nesta edição, a Abradilan Conexão Farma traz muitas novidades, além de mais conteúdo técnico, recorde de parceiros comerciais e grandes oportunidades para proprietários de farmácias de todas as regiões do País. É nesses momentos em que se torna possível para todos os presentes atualizarem-se sobre as últimas novidades do canal farma, além de obter capacitação e aproveitamento de ofertas preparadas exclusivamente para o evento. Como explica o presidente da Abradilan, Francisco das
Chagas Almeida, esta edição apresenta novos propósitos, ampliando seu campo de atuação. “Tão importante quanto a geração de negócios é ofertar a esse público seleto a oportunidade de reciclar, compartilhar e adquirir novos conhecimentos”, diz. Para tal, além de boas ações comerciais, o evento proporcionará aos presentes conteúdos técnicos escolhidos criteriosamente com foco em gestão e em demais assuntos pertinentes ao exercício das atividades de quem atua neste segmento. “Assim, a Abradilan Conexão Farma se sustenta na tríade: geração de oportunidades comerciais, qualificação por meio de palestras e apresentações e, finalmente, espaço especial para atividades sociais e de relacionamento”, afirma. Para Chagas, o papel da Abradilan é ajudar a incrementar as vendas do mercado e nada melhor para isso do que aproximar a indústria e os fornecedores de seus principais clientes, que são as farmácias. “Queremos ir além, ofertando a todos um encontro totalmente novo,
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
21
CAPA
“
A ATIVA LOGÍSTICA ACREDITA QUE, NESTA
FEIRA, UNIMOS OS NOSSOS CLIENTES E OS
CLIENTES DELES E AINDA MELHORAMOS NOSSO RELACIONAMENTO, QUE É A BASE DA CONFIANÇA CLÓVIS A. GIL, PRESIDENTE DA ATIVA LOGÍSTICA
”
POSICIONAMENTO DO BRASIL NO SETOR FARMACÊUTICO MUNDIAL (EM FATURAMENTO)
a
a
a
lugar em 2013
lugar em 2017
10 6 4
lugar em 2007
(Projeção)
que visa à busca pela excelência”, explica o presidente da entidade, que atualmente conta com 144 associados. Vale lembrar que esses associados são responsáveis pela distribuição de 21% das unidades vendidas dos medicamentos no Brasil e 30% dos genéricos. Presentes em 24 estados, eles atendem 72% das farmácias situadas em 95% dos municípios do País. Tais empresas, que empregam diretamente 11 mil pessoas, distribuem, além de medicamentos, produtos para a saúde, artigos de higiene pessoal e cosméticos. E mais: mesmo no ápice da crise econômica em 2015, de acordo com dados da IMS Health, os associados da Abradilan registraram faturamento de R$ 11,6 bilhões e movimentaram 700 milhões de unidades de medicamentos, o que representou uma expansão de 18,1% em 2015 sobre 2014. E em unidades, o aumento foi de 10,5%.
FARMÁCIAS EM FOCO Hoje em dia, o Brasil possui em torno de 70 mil farmácias, das quais 72% representam as independentes e 14%, as grandes redes.
22
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
No caso das independentes, destacam-se as redes associativistas, ou seja, grupos de farmácias que operam em forma de rede e sob a mesma bandeira. De acordo com a Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias (Febrafar), entidade que representa as empresas do segmento, as associadas à federação vêm registrando, nos últimos anos, taxas de crescimento superior às do mercado. Com o valor de R$ 8 bilhões em 2015 (inclui também não medicamentos), observou-se incremento de 15,9% ante 12,2% do setor como um todo, conforme dados da IMS Health. Investimentos em melhorias de gestão, processos e até mesmo layouts explicam o bom momento do setor. As farmácias e redes que mais crescem, conforme pesquisas da IMS Health, são as que direcionam seus esforços na aplicação de estratégias de gestão, seja de processos ou equipe, ou que melhor administram o caixa e níveis de estoque e, ainda, as que investiram em reformas, a fim de tornar o ambiente cada vez mais atraente e agradável ao consumidor. O comportamento do cliente, no ponto de venda, por
“
A FEIRA SEMPRE NOS POSSIBILITOU PROMOVER UM
NETWORKING MUITO BOM. ALÉM DISSO, O CONTEÚDO DAS PALESTRAS AMPLIA NOSSOS CONHECIMENTOS. ESPERO, COM ESSE FORMATO, AINDA MAIS EXPERIÊNCIAS LUIZ MUNIZ, TELOS RESULTADOS
”
VENDAS DE MEDICAMENTOS POR DISTRIBUIDORES
11,5%
=
R$
15,7 bilhões Em faturamento
Crescimento das vendas
sua vez, sofre a influência direta de, basicamente, dois fatores: o aumento da oferta de produtos e o maior poder de compra, que lhes possibilita a busca pela melhor relação custo-benefício na hora de adquirir seus produtos. Para entrar na disputa pela sua preferência, o varejo busca modelos mais eficientes de gestão, de layout de lojas e de atendimento. E é exatamente essas novas formas e possibilidades de atrair um maior número de consumidores e, consequentemente, ocasionar fidelização, que a 13ª Abradilan Conexão Farma quer ofertar aos profissionais que atuam no mercado farmacêutico, por meio de suas palestras e apresentações. Destacar-se em meio à concorrência não é tarefa fácil, principalmente, neste setor. Em busca da diferenciação, muitas farmácias reinventam as formas de atrair o cliente e tornam-se exemplos de sucesso. O grande desafio do varejo está em facilitar o processo de escolha e decisão, ajudando o cliente a lembrar de itens que se encontram fora da lista e/ou esquecidos, além de estimular as compras por impulso, inspirar o consumidor a desejar e comprar. A atenção farmacêutica no momen-
to da compra também contempla o processo de fidelização de clientes. Como ratifica o presidente da Abradilan, o foco é ampliar as oportunidades de impulsionar os negócios, desenvolver a atuação no mercado farmacêutico e consolidar ainda mais o relacionamento e a parceria. Por essa razão, a programação da 13ª Abradilan Conexão Farma está focada em três grandes áreas de abordagem: Desenvolvimento e Gestão, Farma em Destaque e Atividades Sociais de Relacionamento. O primeiro deles tem como objetivo atualizar informações, discutir tendências de mercado e desenvolver as competências para potencializar as vendas. O Farma em Destaque busca uma abordagem técnica e, ao mesmo tempo, inovadora das melhores práticas no PDV, com um formato dinâmico e lúdico, em que os participantes poderão discutir possibilidades e trocar experiências bem sucedidas, além de conhecer novidades sobre o tema. E, finalmente, serão promovidas Atividades Sociais de Relacionamento, nas quais a ideia é proporcionar aos presentes vários momentos de integração e
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
23
CAPA 13ª ABRADILAN CONEXÃO FARMA Data: de 21 a 23 de março Horário: das 14h às 21h Local: Expo Center Norte Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo/SP Inscrições: www.abradilanconexaofarma.com.br
convivência em um ambiente diferenciado, com otimização de tempo e espaços.
DESTAQUES DO EVENTO No primeiro dia da Abradilan Conexão Farma, será realizada uma assembleia restrita aos distribuidores associados à Abradilan, às 11h. Após a abertura oficial, os presentes poderão usufruir de uma série de palestras cujo foco será o varejo, comandadas por especialistas no segmento farmacêutico. É o caso da diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, que abordará, em sua apresentação, o tema “Desvendando o Gerenciamento por Categorias”, e da consultora especializada em varejo farmacêutico, Silvia Osso, que falará sobre “Como Otimizar o Atendimento para Diversos Públicos”. Caberá ao gerente de pesquisa da Mind Shopper, Rodrigo Marsilli, abordar a questão da experiência de compra do shopper. O dia termina com o Conexão Indústria, simpósio com o objetivo de proporcionar atualização comercial e técnica da Teva, sob o tema “Nós Fazemos
24
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Dias Melhores. Bem-vindo à Teva”. No dia seguinte, Silvia Osso volta falando sobre a importância da abordagem assertiva ao cliente (venda assertiva x venda ativa) e também sobre como alavancar os resultados do negócio com marketing e merchandising. O tema fidelização, atraindo o shopper a voltar à sua loja, ficará a cargo da executiva da Connect Shopper, Ana Carolina Franceschi Simões. Neste mesmo dia, em horários alternados, haverá duas apresentações dos simpósios Conexão Indústria: o primeiro da Natulab, sobre “Fitoterápicos: Ampliando Opções de Tratamento, Diversificando as Vendas”, sob o comando do superintendente de desenvolvimento de produtos e assuntos regulatórios da empresa, Olavo Rodrigues, e o segundo, da Hypermarcas/Neoquímica, sobre o Institucional Hypermarcas, ministrado pelo presidente Luiz Eduardo Violland. Nos dias 22 e 23 de março, às 11h45, será realizado o Encontro de Líderes, com acesso exclusivo a associados, sócios-colaboradores e patrocinadores do evento. No
“
COMO PRESIDENTE DA FEBRAFAR, QUE REÚNE REDES ASSOCIATIVISTAS
DE TODO O PAÍS, VEJO COMO DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARTICIPAR DE EVENTOS NESSES MODELOS, E A ABRADILAN CONEXÃO FARMA SEMPRE SE DESTACOU PELA SUA GRANDEZA E SUA QUALIDADE. POR ISSO, SEMPRE RECOMENDAMOS AOS NOSSOS ASSOCIADOS PARTICIPAREM DO EVENTO, PODENDO REALIZAR NEGÓCIOS E TROCAR IDEIA. PARA ESTE ANO, ACHO AINDA MAIS IMPORTANTE A PARTICIPAÇÃO DE TODOS, POIS O INVESTIMENTO FOI PESADO EM PALESTRAS E TREINAMENTOS, POSSIBILITANDO UM CONTEÚDO MUITO RICO E GRANDE TROCA DE CONHECIMENTO EDISON TAMASCIA, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS REDES ASSOCIATIVISTAS E INDEPENDENTES DE FARMÁCIAS – FEBRAFAR
”
Foto: Reprodução/Youtube Fontos: Divulgação
primeiro dia, o evento terá como convidada a jornalista e economista Miriam Leitão e no segundo, serão Paulo Paiva e Eduardo Rocha. Miriam Leitão comentará sobre “Conjuntura Política e Econômica do Brasil e Perspectivas”. Paulo Paiva, diretor regional LATAM Close-Up, abordará o tema “Ruptura: Existe Espaço para Redução da Ruptura e Todos Poderão Ganhar. Como Melhor Avaliar esse Tema?”. Já Eduardo Rocha, diretor de relacionamento com parceiros estratégicos, América Latina IMS, falará sobre “Dinâmica do Mercado Farmacêutico Brasileiro e Perspectivas para 2017”. No Varejo em Foco, a diretora da Mind Shopper, Alessandra Lima, trará para discussão as oportunidades e tendências em categorias de H&B, assim como a jornada de compras do shopper. O Conexão Indústria desse dia ficará sob o comando da Teuto/Pfizer, cujo tema é “Sua Drogaria Competitiva e Rentável O GPS para Chegar Lá”, que terá como palestrante o especialista e consultor em varejo farma do Instituto Bulla,Cadri Awad.
PRESENÇAS ILUSTRES Em cada um dos três dias, a 13ª Abradilan Conexão Farma trará uma presença de expressividade no cenário brasileiro, independentemente de sua área de atuação. A primeira delas, responsável pela abertura oficial da Conexão Aberta – momento do evento que tem como objetivo proporcionar discussão sobre inovação e o futuro do mercado de atuação –, será o médico Drauzio Varella, que fará uma palestra sobre o tema: “Saúde 360º: O Papel da Farmácia no Sistema de Saúde Brasileiro”. No dia seguinte, a partir das 19h, a Neo Química promove um bate-papo com Ronaldo, o Fenômeno. Em 23 de março, último dia do evento, será a vez do filósofo e educador Mario Sergio Cortella, que trará ao Conexão Aberta a palestra “Da Oportunidade ao Êxito: Mudar é Complicado? Acomodar é Perecer!”. Ao final desse período de intensa aprendizagem e troca de experiências, o fechamento do evento ficará por conta da dupla sertaneja Fernando e Sorocaba, encerrando a 13ª Abradilan Conexão Farma em grande estilo.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
25
LUIZ CARLOS PELECKAS
AS GÔNDOLAS
DO FUTURO “
A GÔNDOLA EXPOSITORA DE PRODUTOS FOI UM DOS COMPONENTES QUE
MAIS RECEBEU MELHORIAS, DEIXANDO DE SER APENAS UM EXPOSITOR
Unir o virtual ao físico. O tão aclamado Omni Channel está transformando as operações do varejo como um todo. Nos inúmeros processos impactados pela adoção da tecnologia, a gôndola expositora de produtos foi um dos componentes que mais recebeu melhorias, deixando de ser apenas um expositor para se tornar parte fundamental na estratégia de marketing e operações das empresas. Segundo pesquisa da Nielsen, hoje em dia, 70% das decisões de compra são tomadas na frente da gôndola, o que mostra a importância delas no resultado final de uma loja. Mais do que integrar os canais de vendas físicos e virtuais, atualmente, as várias tecnologias existentes na gôndola de um varejo aproximam o consumidor do lojista. Isso permite ao gestor direcionar seu cliente, usando a tecnologia como canal de comunicação. Etiquetas RFID, tecnologia NFC, beacons e etiquetas eletrônicas de preços são algumas das opções tecnológicas que já estão disponíveis no mercado e estabelecem conexão com o consumidor, sejam elas feitas por meio de mensagens para smartphone ou via apelo visual, um dos atrativos das etiquetas eletrônicas, por exemplo. Além do resultado na operação de frente de loja, as novas soluções disponíveis conseguem dar todo o background tecnológico para gestão de loja. As etiquetas eletrônicas revolucionaram a precificação, permitindo que os varejistas alterem preços em tempo real, independentemente da localização das lojas ou do número de etiquetas utilizadas. Usan-
26
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
”
do cores e alertas luminosos para destacar promoções e produtos estratégicos, sinaliza e fornece informações para a operação de chão de loja. Sensores de RFID podem ser acoplados aos produtos, acompanhando sua localização dentro da loja, fornecendo um inventário em tempo real. O mesmo pode ser feito com os beacons, que fornecerão a localização em tempo real do consumidor, criando o “caminho de ouro” no varejo físico, estratégia que antes só era possível no e-commerce. Outro ponto importante é o uso de coletores de dados com realidade aumentada, que permite fazer conferência do local de exposição de cada produto, no qual a máquina analisa a gôndola física e a compara com a virtual, orientando o repositor onde colocar cada mercadoria ou verificar possível ruptura. Se tantas opções já estão disponíveis, o que podemos aguardar para um futuro próximo? Com certeza, a evolução das tecnologias já existentes: displays eletrônicos que reproduzem vídeos, podendo ilustrar o uso do produto, trazer informações técnicas ou até mesmo chamar a atenção do consumidor; etiquetas eletrônicas que checam a gôndola e notificam rupturas na operação; coletores de dados que projetam virtualmente uma gôndola, dando um panorama real para o repositor ou projetando imagens para melhorar a experiência de compra do cliente etc. O que podemos afirmar, com certeza, é o refinamento da relação entre varejo e consumidor, o que irá proporcionar uma experiência de compra cada vez mais eficiente e personalizada.
LUIZ CARLOS PELECKAS é engenheiro de aplicações da Seal.
MERCADO
FARMÁCIA POPULAR MUDANÇA NAS VENDAS
ROCHE ANUNCIA RESULTADOS POSITIVOS
O Ministério da Saúde anunciou, recentemente, mudanças nas regras para acesso a medicamentos mais baratos na Farmácia Popular – sistema subsidiado pelo Governo Federal –, para pacientes hipertensos, com Mal de Parkinson e osteoporose, entre outras doenças crônicas. O motivo alegado pelo órgão foi a ocorrência de fraudes no sistema, com solicitações irregulares. As novas normas indicam que a venda está autorizada para pessoas a partir de 50 anos para Mal de Parkinson e outras doenças degenerativas. Dentre as que sofrem com osteoporose, só terão acesso as que têm pelo menos 40 anos de idade. Já para hipertensão, a idade mínima para acesso é de 20 anos. Quem tem hipercolesterolemia (colesterol
A Roche anuncia os resultados financeiros de 2016 com aumento de 4% nas vendas do grupo, atingindo 50,6 bilhões de francos suíços. Os resultados correspondem a lançamentos bem-sucedidos de quatro novos medicamentos inovadores da companhia e à alta demanda por produtos de diagnóstico das linhas de imunologia. Entre os destaques, está ainda o crescimento de 3% nas vendas da divisão farmacêutica, impulsionadas, sobretudo, pelos medicamentos do portfólio de oncologia, como Perjeta® e Herceptin® (contra o câncer de mama), e o acréscimo de 7% das vendas da divisão diagnóstica. Em 2017, a Roche espera crescer globalmente em um dígito e, no Brasil, a expectativa da Roche Farma
alto) será beneficiado a partir de 35 anos de idade.
é impulsionar ao redor de 8%.
BRASIL ENVIA MEDICAMENTOS E INSUMOS PARA A SÍRIA
ACHÉ É EMPRESA QUE MAIS RESPEITA O CONSUMIDOR O Aché Laboratórios foi reconhecido como destaque no setor farmacêutico, durante o evento “As empresas que mais respeitam o consumidor – 2016”. O prêmio foi recebido pelo presidente, Paulo Nigro, na cerimônia realizada pelo Grupo Padrão, em parceria com a Shopper Experience, em São Paulo. “Este prêmio mostra-se muito importante, pois foi concedido com base na opinião de nossos consumidores, uma das razões de nossa existência, que estão no centro de nosso propósito. Foco no cliente é um de nossos grandes direcionadores para seguirmos crescendo sustentavelmente e levando mais vida às pessoas, aonde quer que elas estejam”, afirma Nigro.
28
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
O governo brasileiro mandou 44 mil unidades de medicamentos para a Síria a fim de atender à população desabrigada e atingida pelos conflitos. Foram doados também três kits de medicamentos e insumos estratégicos de saúde, cada um deles capaz de atender até 500 pessoas, por um período de três meses. A remessa, de aproximadamente uma tonelada, partiu do Rio de Janeiro em direção ao Líbano, transportada pelo navio Fragata União, da Marinha do Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ficará responsável pelo transporte da carga do Líbano até a Síria. A ação é uma parceria entre Ministério da Saúde, Ministério da Defesa, Ministério das Relações Exteriores e Marinha do Brasil. Entre os produtos, há medicamentos para tratamento de doenças infecciosas, como tuberculose, e vacinas para prevenir doenças graves em crianças, como pneumonia, meningite e rotavirose. Também constam na remessa kits de primeiros socorros e outros insumos médicos.
CENÁRIO
PLANOS
APRESENTAM CRESCIMENTO MUNDIAL
DE SAÚDE O Brasil está na contramão do estudo apresentado pela consultoria McKinsey, mas, ainda, este ano, deve reverter o cenário e mostrar expansão
R
ecente levantamento da consultoria McKinsey detectou que, independentemente do cenário político-econômico mundial, o horizonte para o mercado global de planos de saúde é próspero. Isso porque a população envelhece gradativamente e mantém sua longevidade por mais tempo. A evolução das doenças crônicas e o aumento no rendimento dos cidadãos também contribuem para esse cenário. Pelo estudo, a McKinsey estima que as receitas no mercado de seguros de saúde privados – que bateu 1,3 trilhão de euros, em 2016 – dupliquem até 2025, alcançando a cifra absoluta de 2,6 trilhões de euros. Saindo do aspecto do indivíduo e observando o universo macroeconômico, a pressão sobre as finanças públicas tem levado muitos governos a impor cortes nos gastos de saúde. Ou, ainda, a procurar a iniciativa privada como intermediária a fim de gerenciar melhor esses custos, assim como otimizar resultados. Vários países do Oriente Médio, por exemplo, optaram pela privatização.
RAIO-X MUNDIAL No mundo, o número de pessoas com 65 anos ou mais têm aumentado gradativamente, apontando crescimento de 3,1% ao ano nos indicadores. O estudo prevê que, até
30
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
2030, os integrantes da terceira idade deverão representar o dobro dos números atuais. Por outro lado, a proporção da população mundial situada na classe média (que era de 26,5%, em 2009) também deverá subir para 58,8%, em 2030, correspondendo a 8 bilhões de pessoas concentradas, principalmente, na Ásia. À medida que os rendimentos dos indivíduos aumentam, a mortalidade infantil diminui e as doenças não transmissíveis – especialmente as crônicas – tornam-se comuns, o que provoca mais procura por planos de saúde que dispõem de um atendimento melhor. Outro fator de saúde relevante é que, em todo o mundo, a prevalência de sobrepeso e obesidade aumentou drasticamente, impulsionando, assim, as pessoas a procurarem assistência médica.
EM SOLO BRASILEIRO Diante desse cenário, o mercado brasileiro vem, de certa forma, na contramão. As operadoras aguardam novo aquecimento a partir do segundo semestre, isso em virtude da gravidade da crise financeira que nocauteou o País. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), hoje em dia, existem 818 operadoras de planos de saúde em atividade, sendo que 787 apresentam beneficiários. Porém, a atual situação nacional refletiu nesse segmento: em apenas um mês, quase 200 mil pessoas perderam o plano de saúde no Brasil, de acordo com a ANS, que comparou dezembro de 2016 e janeiro de 2017. Líder nacional, a Amil registrou, em janeiro, queda de 0,34% no número de beneficiários. A Bradesco Saúde, segunda no ranking, também teve variação negativa no primeiro mês do ano. Já a Hapvida, a Notre Dame Intermédica Saúde e a Sul América, terceira, quarta e quinta do ranking dos planos de saúde respectivamente, au-
Por Caroline Carvalho
AS RECEITAS NO MERCADO DE SEGUROS DE SAÚDE PRIVADOS
em 2016
2,6 trilhão
€
em 2025
Fonte: Consultoria McKinsey
De dezembro de 2016 a janeiro de 2017, quase
200mil
pessoas perderam o plano de saúde no Brasil
2009
26,5% 2030
58,8%
=
8 bilhões de pessoas concentradas, principalmente, na Ásia
TERCEIRA IDADE NO MUNDO
até
2030
representarão o dobro dos números atuais
mentaram o número de beneficiários naquele mês. Isso porque, de acordo com a ANS, o mercado que mais sofreu impacto negativo foi o de São Paulo e essas operadoras têm concentrado sua atuação em outras regiões. A Hapvida, por exemplo, investe fortemente no Ceará. Esse e mais oito estados apresentaram aumento no número de beneficiários em comparação com dezembro. São eles: Acre, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Roraima e Sergipe. No entanto, especialistas começam a mostrar otimismo diante do cenário político-financeiro. E esses estudos apontam perspectivas de médio e longo prazos. Além disso, o mercado de planos de saúde apresenta-se em transformação, e os modelos de negócios do futuro serão significativamente diferentes daqueles que existem hoje. Seguindo a tendência apontada no estudo da consultoria McKinsey, outra consultoria, a IMS Health, revelou que o aumento da renda dos consumidores, a ampliação do acesso a planos privados de saúde e o envelhecimento da população devem fazer o mercado farmacêutico brasileiro de varejo mais do que dobrar em cinco anos. Aumentar o acesso aos planos de saúde significa obter mais medicamentos, seja por meio privado ou pelas farmácias populares. A consultoria IMS Health analisou que muitos pacientes têm conversado com seus médicos e optado pelo programa da Farmácia Popular, no caso de doenças crônicas. “Isso faz com que aumente a competição entre produtos que estão e que não estão no programa”, explica
Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
1,3 trilhão
€
CLASSE MÉDIA NO MUNDO
o diretor-comercial e de marketing da consultoria, Paulo Murilo Paiva. E a concorrência deve crescer, à medida que novas terapias sejam incluídas no programa – atualmente são cerca de oito, sendo hipertensão, diabetes e asma as principais – e que ela se expanda geograficamente. “Hoje em dia, o Farmácia Popular é muito presente nos grandes centros, mas está mudando para atingir os municípios de baixa renda”, pontua o diretor. Além disso, há um projeto de lei da senadora Ana Amélia (PP / RS) que torna obrigatória a cobertura, pelos planos de assistência ambulatorial, de uma lista de medicamentos voltada para o tratamento de doenças crônicas. Todas especificadas em regulamento. Para a senadora, o projeto incentivaria a adesão da população ao tratamento e tornaria mais efetiva a atenção prestada à sua saúde. Ele está sendo analisado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Se aprovado, a assistência farmacêutica oferecida pelos planos privados para doenças crônicas poderá representar uma redução de gastos públicos com medicamentos. Isso porque as compras governamentais extravarejo movimentam cerca de R$ 8,2 bilhões atualmente. Outro fator relevante para a distribuição de medicamentos é o aumento do poder de negociação de preços pelos grandes compradores. De acordo com a IMS Health, o Brasil dispõe de 66,5 mil farmácias, hoje em dia. Dessas, cerca de 50% integram grandes redes de varejo. Tudo isso torna o cenário perfeito para expansão. Afinal, a população envelhece sim, mas busca cada vez mais qualidade de vida ao cuidar da sua saúde.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
31
SETOR
O PODEROSO MERCADO DAS
PATENTES No mundo, 15 marcas serão liberadas para uso de genéricos e similares
P
ara crescer em um mercado tão competitivo quanto o de lançamentos de medicamentos, é preciso manter-se veloz. A Hypermarcas, por exemplo, líder no ranking do mercado farmacêutico brasileiro, acredita que três ferramentas se mostram indispensáveis no segmento de similares e genéricos: ter flexibilidade comercial, rede de distribuição rápida e capacidade de lançar rapidamente um produto após a expiração da patente. A marca tem 14,4% de participação nesse segmento, que movimentou R$ 10,6 bilhões no ano passado. Até 2020, o Brasil terá mais de R$ 1,8 bilhão em vendas de medicamentos que perderão a patente; um mercado que desperta muita atenção pelo seu caráter estratégico. Os genéricos entraram no mercado em 1999 e, atualmente, correspondem a uma fatia de 30% dos medicamentos vendidos no Brasil. Esse tipo de medicamento movimentou, em 2016, R$ 4,7 bilhões, número 13,7% acima do registrado no ano anterior. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), ao todo, foram vendidos 293 milhões de unidades de genéricos no ano passado, o que representou 24 milhões a mais de unidades comercializadas do que em 2015. Na linha de produtos desenvolvidos pela empresa Teuto, 50% correspondem a genéricos. Foram lançadas 46 apresentações em 2016, sendo os principais produtos: Meropeném; Pantoprazol; Ropivacaína; Midazolam e Teutozol. Para 2017, a companhia deve manter a média
34
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Por Caroline Carvalho
de lançamento de 50 apresentações por ano. A marca adianta três delas: Cloridrato de Sibutramina Monoidratado de 15mg; o Oxalato de Escitalopram, de 10mg e 20mg; e o Pantoprazol, de 20mg e 40mg.
A QUEBRA DA PATENTE É na perda da patente, que dura cerca de 20 anos no Brasil, que se vislumbra a oportunidade de desenvolvimento e lançamento de um medicamento equivalente no mercado. A patente, no entanto, cria reserva de mercado. Atualmente, existem cerca de 240 mil pedidos de patentes diversas na fila no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) esperando retorno. No caso da indústria farmacêutica, a demora pode levar 10,8 anos para avaliação. São apenas 260 pesquisadores para analisar todos os pedidos que chegam ao Inpi, o que resulta, em média, quase mil processos para cada examinador. Só para avaliar medicamentos em si, são apenas 44 pesquisadores. Isso transforma-se em um problema crônico do Instituto. Só para ter uma ideia, nos Estados Unidos, há cerca de 6 mil examinadores, o que diminui o tempo da análise para dois anos. Um levantamento da Con-
PERDA E REGISTRO DE PATENTES NO BRASIL
PATENTE NO BRASIL E OS MEDICAMENTOS GENÉRICOS
30%
13%
Medicamentos genéricos vendidos no País
Medicamentos genéricos vendidos em 2016 em relação à 2015
20 anos
4,7 bilhões
Medicamentos genéricos movimentados no País, em 2016
240 mil
293 milhões
Pedidos de patentes diversas na fila no Inpi
De unidades de genéricos no ano de 2016
10,8 anos
24 milhões A mais de unidades de genéricos comercializadas do que em 2015
R$
A média que dura uma patente no Brasil
Pode levar para a avaliação de novas patentes
Fonte: Confederação Nacional da Indústria (CNI)
R$
260
1,8 bilhão
De vendas de medicamentos que perderão a patente até 2020
pesquisadores para analisar todos os pedidos que chegam ao Inpi
Fonte: Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma)
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
35
SETOR federação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, na China, o tempo de espera também é de dois anos e, na Europa, três anos. Em uma entrevista recente ao Valor Econômico, a presidente da Pró-Genéricos, Telma Salles, afirmou que, em função da sobrecarga do Inpi e da demora em divulgar seu parecer e fixar a concessão das patentes em análise, a entidade ataca a determinação da Lei de Propriedade Intelectual. Isso porque a norma determina que o prazo de vigência da patente de invenção seja superior a 10 anos a contar da data de sua concessão, o que estende o prazo de proteção para além dos 20 anos previstos na lei original. Essa “prorrogação”, que excede o período de 20 anos, custa caro. Um levantamento realizado pelo Grupo de Economia da Inovação do Instituto de Economia, da Universidade do Rio de Janeiro, aponta um dado alarmante: o governo brasileiro gasta, em média, R$2 bilhões adicionais na compra de nove medicamentos de marcas por não poder comprar genéricos durante o período de análise da patente. Nesse estudo, eles consideraram que os genéricos custam 40% menos do que os de marca.
Quando o pedido de patente chega ao Inpi, faz-se uma busca geral para saber se a invenção não foi registrada em qualquer patente nacional ou internacional, em teses ou eventos científicos. Depois, o pedido é analisado segundo normas técnicas. A descrição deve ser bem clara para qualquer examinador entender.
MUNDO X BRASIL No mercado internacional, segundo a análise da empresa de inteligência de mercado americana Dickson Data, divulgada este ano, 22 patentes de medicamentos perderão a proteção em 2017 e a Merck será a maior atingida, com quatro medicamentos na lista. São elas: Invanz (com o ativo Ertapeném), Vytorin, Cancidas e Cubicin, que juntas, respondem por uma receita de US$ 3,8 bilhões anuais. A Novartis possui o Sandostatin LAR, que rende US$ 1,6 bilhão por ano. E a Bristol-Myers Squibb tem o Reyataz, que registrou vendas de US$ 1,14 bilhão em 2016. A GlaxoSmithKline não obteve novas aprovações e perderá a exclusividade em três de seus antigos medicamentos: Arranon, Treximet e Mepron. No mercado nacional, nem a Anvisa, nem a entidade Pró-Genéricos disseram ter o levantamento da lista de medicamentos que perderão suas patentes no Brasil este ano.
MEDICAMENTOS QUE PERDERÃO A PATENTE EM 2017, NO MUNDO 1. Altana (Omnaris) 2. Bristol-Myers Squibb (Reyataz) 3. Eli Lilly (Axiron, Strattera) 4. GlaxoSmithKline (Arranon, Treximet e Mepron) 5. Lundbeck (Sabril) 6. Merck (Invanz, Vytorin, Cancidas e Cubicin) 7. Novartis (Sandostatin LAR) 8. Orphan Europe (Carbaglu) 9. Pfizer (Somavert e Relpax) 10. Purdue Pharma (Butrans) 11. Quescort (Acthar Gel) 12. Roche (Tamiflu) 13. Teva (Azilect) 14. Valeant (Macugen) 15. Vanda (Fanapt) Fonte: Dickson Data
36
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
LUIZ MUNIZ
QUANDO AS TÉCNICAS
GERENCIAIS FALHAM Há mais de 15 anos, temos atuado em empresas dos mais diversos tamanhos, setores da economia e regiões. E não importa se essas companhias são dirigidas por executivos bem formados ou empreendedores. Ainda não são muitos os que conseguem liderar suas áreas de forma a gerenciar os melhores resultados. Não vamos falar da quantidade de empresas que quebraram. Vamos apenas lembrar daquelas que, há pelo menos dois anos, estão passando por reduções de custos emergenciais. A desculpa, todo mundo já sabe: a crise. Se olharmos um pouco mais a fundo, vamos encontrar negócios que vivenciam dificuldades agora e têm um sistema de gestão bem projetado. E pode surgir a seguinte pergunta: “se um sistema de gestão existe para gerar resultados, e ele é bem projetado, por que as empresas passam por dificuldades?”. Essas empresas a que me refiro passam por dificuldades porque não praticam gestão. Ter é uma coisa. Utilizar apresenta-se como outra completamente diferente. Sistema de gestão não é “santo milagreiro”. Faz parte de um todo. Um conjunto de elementos que se integra dentro de um organismo vivo ao qual chamamos de empresa e que, para funcionar bem, depende de fatores humanos. Independentemente do nível hierárquico ou funcional, a aplicação dos padrões de gestão só vão proporcionar os resultados esperados se, além de bem projetados, forem bem utilizados. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey, a cada 100 programas de melhoria, 70 fracassam, sendo que 72% desse universo de fracassos acontecem, ou por falta de apoio da diretoria, ou por resistência dos funcionários. Assustador, não? É o que se chama de cultura da empresa, que impede a melhoria e agrava os efeitos de uma crise.
Quando se implementa um sistema de gestão em uma organização, é diferente de comprar ativo. Máquinas, prédios, softwares (em alguns casos) estão prontos para uso. Compra-se e, com um pouco de instrução e paciência, são utilizados normalmente. Gestão, não. Ela pressupõe mudança e mudança requer sacrifício. Sacrifício individual em prol do coletivo. E esse tema geralmente não é tratado de forma adequada quando se busca melhores resultados. Subestimam-se as relações humanas inerentes à prática de uma gestão eficiente. É quase um tabu. Além de todo método e ferramental disponibilizado por empresas especializadas, faz-se necessário que as pessoas se inspirem nos seus respectivos líderes para mudar. A mudança começa na atitude do líder. Um líder deve inspirar seus liderados a colocarem o interesse coletivo acima do interesse individual por meio de seu próprio exemplo, sem perder o foco da mudança. A grande missão de um líder é mudar para alcançar melhores patamares de resultados e tornar o negócio mais competitivo; não para conseguir uma promoção nem usar seus comandados para legitimar uma vontade pessoal e nem aumentar suas relações de poder. O líder sem foco e sem zelo pelo coletivo conduz sua equipe ao fracasso, frustração, medo de crescimento e ao desemprego. Não dá para mudar uma organização se o líder não estiver disposto a mudar genuinamente. E esse é o momento no qual as técnicas gerenciais falham: o momento em que os líderes deixam de fazer seu papel. O momento em que os líderes mudam apenas no discurso e não na atitude, quer sejam donos, Presidentes, diretores, gerentes, supervisores,...
LUIZ MUNIZ é diretor da Telos Resultados, consultor de empresas há mais de 15 anos - luiz@telosresultados.com.br
MARKETING
ALIADO DOS DISTRIBUIDORES Segmento farmacêutico pode ganhar, e muito, com a utilização do marketing digital a seu favor
40
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Por Tatiana Ferrador
E
m uma época na qual as pessoas ficam a par das notícias em tempo real, a interatividade e a informação estão a apenas um clique. As formas de se comunicar mudaram não só no âmbito pessoal, mas também no modo de fazer negócios. Se, antes, as campanhas tradicionais, que abrangiam basicamente rádio, TV, folders e outdoors, eram suficientes para induzir ao consumo, agora, recebem reforços do marketing digital. Nele, há mensuração e métricas mais claras, além de uma comunicação com seu público-alvo de forma direta e personalizada. Nos dias atuais, mais de 90% dos processos de compra têm início em uma busca on-line, de acordo com um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). “Vivemos uma evolução digital aguda nos principais processos que envolvem entrega de valor para o consumidor, em que os produtos e serviços estão cada vez mais semelhantes e as ofertas, então, nem se fale”, pontua o
“
presenta somente fazer campanhas, anúncios; tudo é mais amplo hoje em dia”, explica. Sandra defende que, com a chegada do digital, perguntas simples aos distribuidores podem facilitar a comunicação e potencializar ganhos. E cita algumas: “o que vocês fazem com o e-mail de seus clientes? É automatizado? Há campanhas de relacionamento baseadas em pontuações? Você sabe qual a frequência de compra para dar descontos, bônus, benefícios?”. No marketing tradicional, há vários impedimentos para não fazer propaganda sugerindo a venda de medicamentos. “No entanto, nada impede que o distribuidor envie mensagens de push (que aparecem como aviso no celular) e por e-mails autorizados pelo próprio cliente”, afirma. Hoje em dia, ela sugere que, mais do que nunca, é preciso controlar tudo o que o cliente comprou e oferecer serviços agregados. “Dessa forma, você sabe o quanto ele é rentável e como você, como distribuidor, pode estimular as vendas”, enfatiza.
O MARKETING ATUA DIRETAMENTE NO PLANEJAMENTO E AÇÕES
ESTRATÉGICAS QUE VISAM ENTENDER O QUE O CONSUMIDOR NECESSITA E AGIR RAPIDAMENTE, LEVANDO SOLUÇÕES E BENEFÍCIOS REAIS AO MERCADO RAFAEL AGUILEIA, DA INOVE MARKETING
CEO da Inove Marketing, Rafael Aguileia. Ele acredita que falar de qualidade de produto e rapidez na entrega já se tornou “página virada”. Essas ações ainda são consideradas diferenciais por algumas empresas, mas o próprio mercado se encarrega de excluir produtos ou serviços sem qualidade, segundo Aguileia. “Atualmente, uma tecnologia considerada inovadora pode durar apenas alguns dias ou até mesmo horas. O benchmarking é constante e seu concorrente já tem ferramentas que te monitoram quase que em tempo real”, ressalta.
SEGMENTO FARMACÊUTICO Na opinião da diretora do Core Group, Sandra Takata, muitos distribuidores de medicamentos ainda não aplicam ações de marketing digital dentro de suas empresas por desconhecimento técnico ou mesmo por não ter noção de quanto eles estão perdendo em vendas. “Marketing não re-
”
TRANSFORMANDO RELACIONAMENTOS O marketing digital mostra-se como o grande responsável por toda essa grande evolução. As redes sociais e os sites de pesquisa como Google tornaram viável a exposição de marcas, o que promove contato mais direto com seu consumidor. Por sua vez, esse cliente tem, na palma de sua mão, a fantástica possibilidade de pesquisar, em tempo real, tudo sobre aquele produto, a qualquer hora do dia ou da noite. É preciso estar aberto ao novo, entendendo que a dinâmica no mercado farmacêutico também está em constante mudança. “É possível entender que sua distribuidora pode, de repente, firmar uma parceria com um PDV captando um banco de dados de clientes finais com informações de hábitos de compras, preferências por marcas, preços, promoções, entre outros”, explica Aguileia. E mais: que o distribuidor, com a indústria, têm capacidade de criar ações
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
41
MARKETING para levar o que realmente esse consumidor quer. As redes sociais e o inbound marketing (ou marketing de conteúdo) possibilitam não apenas compartilhar ofertas ou boas notícias com seus seguidores ou com o público que a empresa determina, graças a anúncios patrocinados. Também permite captar leads (contatos) que geram vários tipos de informações riquíssimas, possibilitando, dessa forma, um melhor entendimento do comportamento de compra do consumidor. Com isso, é possível personalizar a oferta ideal.
ATENÇÃO PARA AS OPORTUNIDADES
42
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
OS PRIMEIROS PASSOS NO MARKETING DIGITAL • Criar uma página oficial no Facebook e alimentá-la periodicamente com informações relevantes aos negócios, datas comemorativas, ofertas e novidades; • Entrar nas redes sociais com frequência, ou seja, dando atenção e manutenção a todas; • Instagram: muitas empresas estão aderindo a essa rede social por ter penetração mais direta e trabalhar com linguagens mais objetivas. Postar foto de treinamentos, novos equipamentos, entre outros, é uma boa ideia; • E-mail marketing: utilizar a base de cadastros para enviar informações, ofertas e novidades mostra-se uma boa escolha, mas para isso torna-se necessário ter um base de dados segmentada e fazer disparos conscientes que levem benefícios claros ao cliente; • Blog: para quem gosta de escrever e está ‘antenado’ no dia a dia do negócio, inserir publicações relevantes é excelente para manter o cliente conectado a sua empresa.
Fonte: Sindusfarma
Para o fundador da Agência Linka, Lucas Burza, o marketing digital não só apoia como deverá ser, em breve, um dos principais pilares para um distribuidor farmacêutico, quando o assunto diz respeito a melhorar o volume de vendas e receita. E ele dá um ótimo exemplo dessa aplicação. Acompanhe abaixo: “Imagine que você é um potencial comprador, trabalha em um órgão público e é quem decide sobre a aquisição de um grande volume de medicamentos. Depois de algumas pesquisas na internet, não encontra exatamente o que está buscando. Todos os conteúdos mostram-se como materiais padronizados e que não causam proximidade com uma marca. Você fica frustrado, certo? Agora, imagine se um dos distribuidores atuasse diferentemente, com sua presença on-line. Ele criou um blog contendo conteúdos relevantes, como, por exemplo, ‘como as farmácias podem potencializar o volume de vendas’ ou mesmo ‘como órgãos públicos, mesmo economizando, conseguem atender a população com a compra de determinados produtos recorrentes’. Esse mesmo distribuidor faz com que seu conteúdo seja encontrado facilmente na internet. Além disso, ele tem, em suas redes sociais, conteúdo rico e relevante, e, obviamente, anúncios no Google, remarketing (aquele anúncio que aparece depois de ter visitado determinado site) e vídeos no YouTube, explicando mais sobre os produtos que distribuem e suas vantagens. Ele vai além: para toda sua base, clientes e leads, ele envia semanalmente e-mails personalizados com materiais que ajudam a solucionar as objeções dos compradores, ofertas e novidades, sem ser invasivo. Qual dos distribuidores terá mais relevância para a decisão de compra? Em qual deles, você vai finalizar o pedido?” Burza alerta que, como em qualquer segmento, existem regras que devem ser respeitadas. Mas, sem a necessidade de infringi-las, é possível fazer um excelente trabalho usando diferentes canais na internet. “Podemos criar estratégias e ações como: marketing de conteúdo,
mídias sociais, inbound marketing, SEO, gestão de mídia de performance, entre outros”, cita. Resumir as muitas possibilidades do marketing digital em poucas linhas pode ser tão perigoso quanto subutilizá-las. Os especialistas na área mostram-se unânimes em afirmar que o maior cuidado que os distribuidores devem ter em mente é pensar na estratégia como um todo. Cada ação apresenta-se de forma potencializada e funcionará melhor desde que todas as outras estejam alinhadas. A sinergia entre as ações provoca um resultado maior do que a soma individual. “O grande desafio para os distribuidores é entender que o marketing deve ser feito por todos”, alerta o CEO da Inove Marketing. Para ele, a indústria desempenha um papel fundamental nessas ações. “Porém, os distribuidores precisam fomentar tudo o que a indústria oferece e somar com suas campanhas, levando ao PDV um conjunto de benefícios que, com ações de trade, levarão muito mais valor ao consumidor final.” As ações digitais precisam conseguir justificar sua própria existência, ou seja, demonstrar com números que, por meio delas, ocorreram negócios e oportunidades. “Para isso, o desafio será fazer com que o distribuidor consiga autoridade, encontrabilidade e relacionamento”, completa Burza, da Linka. Resumindo: torne-se a referência, seja facilmente encontrado no meio digital e reforce um relacionamento com seus compradores.
CASO DE SUCESSO A Stefanini Inspiring e a Farmarcas desenvolveram, juntas, um projeto com o objetivo de criar valor no varejo farmacêutico brasileiro. Para tal, disponibilizaram novos canais digitais de relacionamento e engajamento entre as lojas das redes associadas à Farmarcas e seus consumidores. Por meio de um conjunto de funcionalidades – chat com o farmacêutico, gerenciamento de conteúdo, ofertas e cupons em tempo real, enquetes, monitoramento da jornada de valor e portal de atendimento para o lojista –, a Farmarcas foi capaz de propor e estabelecer um novo patamar no relacionamento entre suas associadas e o cliente, numa proposta completamente única no varejo farmacêutico brasileiro. O projeto inicial envolveu 26 lojas de duas redes associadas à Farmarcas. A taxa de retenção registrada nos aplicativos alcançou os 50%, enquanto o benchmarking de mercado gira em torno de 7%. Ao longo do período de observação, foram registradas 210 mil interações dos consumidores com o aplicativo. A busca por ofertas apresentou-se como uma das funcionalidades mais acessadas, representando 52% desse total. Um grande destaque do projeto foi o chat do aplicativo, pelo qual os consumidores trocaram mais de 12 mil mensagens com as lojas. Por meio dessa ferramenta, os consumidores buscaram, principalmente, atendimento farmacêutico e informações sobre produtos.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
43
ATUALIDADE
DISSEMINAÇÃO DE
FEBRE AMARELA PREOCUPA BRASILEIROS Vacinação é a forma mais eficaz de evitar a doença; uso de repelentes para prevenir contra picada de mosquitos transmissores é indicado
O
número de casos de febre amarela e óbitos pela doença registrados no Brasil, nos primeiros meses de 2017, tem causado muita preocupação. Até 24 de fevereiro, o Ministério da Saúde havia contabilizado a confirmação de 326 casos da doença. Ao todo, foram notificadas 1.368 suspeitas, sendo que 916 permaneciam em investigação e 125 tinham sido descartadas. Dos 220 óbitos notificados, 109 foram confirmados pelo motivo da doença, 105 eram investigados e 6 haviam sido descartados. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Tocantins, Rio Grande do Norte e Goiás continuavam com casos em investigação e/ou confirmados. Transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados, a febre amarela pode levar à morte em cerca de uma semana, se não ocorrer o tratamento de forma rápida. Não há relatos de transmissão direta entre pessoas. Durante todo o ano de 2016, foram registrados apenas seis casos de febre amarela no País, e cinco deles evoluíram para óbito. Em 2015, foram nove casos da doença, com cinco óbitos. Em solo brasileiro, os casos de febre amarela são classificados como silvestre – quando ocorre nas regiões de matas e ambientes rurais – ou urbana, ou seja, nas cida-
44
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Por Graziela Delalibera
326
casos
de febre amarela nos primeiros meses de 2017 (até 24 de fevereiro)
Fonte: Ministério da Saúde
1.368
suspeitas
da doença no País
916
casos
em investigação
6
casos
registrados durante todo o ano de 2016
109
óbitos
confirmados pela doença em 2017
125
casos
tinham sido descartados
Desde
1942
O Brasil não registrava casos de febre amarela urbana
“
NO CASO DO REPELENTE, É
IMPORTANTE SEGUIR A ORIENTAÇÃO DO FABRICANTE QUANTO À APLICAÇÃO. TAMBÉM É PRECISO TER CUIDADO COM AS CRIANÇAS. NELAS, A APLICAÇÃO DEVE SER FEITA POR ADULTOS
”
DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA A dengue, a chikungunya e a zika, transmitidas pelo Aedes aegypti, também preocupam. A época de chuva com temporada de calor proporciona condições ideais para a proliferação do mosquito. José Ribamar Branco, infectologista da rede de hospitais São Camilo de São Paulo, reforça que é necessário cuidado redobrado nesse período. “É preciso estar muito mais atento a febres, manchas e dores no corpo, que podem indicar sintomas de dengue, zika e chikungunya.” O método mais eficaz de prevenção está em acabar com todo o foco de reprodução do mosquito, além do uso constante de repelentes, para evitar as picadas dos insetos transmissores.
des. O vírus transmitido é o mesmo e não há diferença de sintomas. A diferença é o mosquito vetor envolvido na transmissão. Na febre amarela silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros. Os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada adentra uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado. Já na febre amarela urbana, o vírus é transmitido ao homem pelos mosquitos Aedes aegypti infectados. Desde 1942, o Brasil não registrava casos de febre amarela urbana, segundo o Ministério da Saúde. Diante da situação delicada, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou recentemente, em seu site, um boletim informativo para a população, no qual fornece várias orientações em linguagem clara. Uma delas é que qualquer pessoa não vacinada que resida ou viaje para as áreas com risco de transmissão pode contrair a doença. A infectologista e epidemiologista Helena Brígido, consultora da entidade e uma das especialistas que participaram da elaboração do documento, reforça que a vacinação é a forma mais eficaz de evitar a febre amarela. A especialista assinala que a prevenção contra a picada do mosquito, com medidas como a aplicação de repelentes adequados e a colocação de telas em portas e janelas a fim de evitar a entrada do mesmo, também é recomendada. “No caso do repelente, é importante seguir a orientação do fabricante quanto à aplicação. Também é preciso ter cuidado com as crianças. Nelas, a aplicação deve ser feita por adultos”, afirma.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
45
ATUALIDADE
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação de rotina é ofertada em 19 estados do País com recomendação para imunização. Atualmente, também precisam vacinar-se pessoas que viajarão ou que moram nas regiões com casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro, oeste da Bahia e algumas cidades do estado de São Paulo. A infectologista Helena alerta que, para garantir a proteção das pessoas que irão para áreas de risco, é preciso que a vacinação aconteça dez dias antes da viagem. Esse é o tempo que a vacina leva para criar anticorpos. O esquema vacinal da febre amarela no Brasil é de duas doses. As crianças devem receber a primeira aos nove meses e o reforço, aos 4 anos. Quem não tomou as doses na infância deve tomar uma dose da vacina e outra de reforço dez anos depois. Podem ocorrer reações, como dor de cabeça, náusea, diarreia, vômito, dor muscular, febre e cansaço. Em recente entrevista, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, declarou que a vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas.
OS TIPOS DAS DOENÇAS • Dengue clássica: febre súbita e alta, com duração de até sete dias, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, atrás dos olhos, fraqueza, prostração e manchas vermelhas na pele. • Dengue hemorrágica: uma forma mais grave, com os mesmos sintomas da clássica, porém, com náuseas e vômitos, dor abdominal, diminuição da pressão arterial e tontura. As hemorragias podem ser leves (sangramentos nasais ou gengivais) ou sangramentos graves (gastrointestinal, intracraniana). • Chikungunya: febre súbita e alta, cansaço, perda de apetite e do paladar, náuseas e vômitos, dores intensas nas articulações, inchaços nos membros, dor de cabeça intensa, dores nas costas, manchas vermelhas na pele e inflamação dos olhos, sem secreção e coceira. • Zika: febre baixa, mal-estar, dor de cabeça leve, dores articulares e musculares, diarreia, manchas vermelhas intensas na pele, coceiras e inflamação nos olhos, sem secreção e coceira.
SINTOMAS A maioria das pessoas que adquire o vírus da febre amarela não apresenta sintomas. Quando aparecem são: febre baixa, dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas, dor de cabeça, dor nas articulações, náuseas, vômito e fraqueza. A duração é de três a quatro dias, podendo desaparecer. O virologista Mauricio Lacerda Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), observa que, nessa fase, os sintomas da doença podem ser confundidos com um quadro de gripe ou dengue. Alguns pacientes podem ter sintomas mais graves cerca de 24 horas depois da recuperação dos mais simples, havendo a necessidade de serem atendidos rapidamente em Unidades de Terapia Intensiva, segundo o médico, que é professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). Os sintomas mais graves são febre alta, icterícia – aquele aspecto amarelado no corpo por causa da inflamação no fígado –, vômitos com sangue, urina escura, sangramentos de pele e olhos avermelhados. O paciente pode evoluir muito mal e morrer. Não existem medicamentos específicos contra o vírus da febre amarela e não devem ser utilizados anti-inflamatórios nem ácido acetilsalicílico (AAS).
46
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Fonte: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSC-SP)
AS VACINAS
GENÉRICOS
CONFIANÇA A TODA PROVA
Genéricos são aprovados por 73% da população brasileira, que acredita em sua eficácia e segurança
M
ais acessíveis financeiramente do que os medicamentos de marca, os genéricos são apontados, atualmente, como o principal canal de acesso para os consumidores que buscam cuidar de suas patologias. Principalmente, para aqueles que procuram gastar menos nas farmácias, obtendo a segurança e a eficácia necessárias. Por sua vez, essa demanda vem movimentando a indústria, que tende a proporcionar opções cada vez mais variadas para o tratamento dessas doenças. O resultado aparece em números. O crescimento contínuo e sustentável dos medicamentos genéricos assegura sua respeitabilidade – e oportunidades, claro – não apenas no Brasil, como também no mercado externo. No mundo, os genéricos foram responsáveis por uma movimentação da ordem de US$ 421 bilhões, algo como R$1,3 trilhão, em 2016. Apenas em terras brasileiras, movimentaram R$ 4,7 bilhões no ano passado, montante 13,7% superior ao registrado no ano anterior. Para se ter uma ideia dessa elevação, em 2010, os genéricos eram responsáveis pela movimentação de R$ 1,8 bilhão. Ou seja, em seis anos, esse percentual aumentou 163%. Autorizados no Brasil em 1999, atualmente, esses medicamentos atendem 95% das doenças conhecidas e representam cerca de 30% dos remédios vendidos no País. Segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma), comparando-se o volume de vendas dos genéricos em 2015 e 2016, no último ano, foram comercializadas 24 milhões de unidades a mais do que em 2015, totalizando mais de 293 milhões de unidades vendidas. Com isso, o desempenho
48
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
foi 10,93% superior relativo à venda geral de medicamentos, o que inclui os de marca e similares.
RESPEITO À QUALIDADE De acordo com números levantados pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), que realizou uma pesquisa para o mercado farmacêutico sobre a confiança dos brasileiros nos medicamentos genéricos, 73% dos entrevistados confiam na segurança e eficácia dos genéricos, enquanto 78% da população confia plenamente no medicamento de marca. Ou seja, a variação mostra-se praticamente inexpressiva. Já os similares representam 54% da confiabilidade do consumidor. O diretor-executivo do instituto, Marcus Vinicius Andrade, afirma que há uma explicação para o baixo crédito nos similares: a pouca compreensão, por parte dos consumidores, no que tange ao processo de desenvolvimento e fabricação dos mesmos. Ainda segundo o levantamento do ICTQ, os idosos com mais de 60 anos são os que mais confiam nos genéricos (78%), enquanto o grupo de pessoas de 45 a 59 anos apresentou o menor grau de confiança, de 69%. Mesmo assim, em cinco anos, o índice de confiabilidade subiu quase 20%.
OPORTUNIDADES Hoje em dia, o Brasil dispõe de aproximadamente 110 empresas fabricantes de medicamentos genéricos, e as oportunidades de crescimento apresentam-se de forma promissora. A diretora-comercial do Aché/Biosintética, Vânia Machado, acredita que o mercado continuará a crescer, pelo cenário sociodemográfico do País, cujo cerne é o envelhecimento da população associado à
Por Tatiana Ferrador
CONFIANÇA DA POPULAÇÃO
73%
78%
54%
Da população confia na segurança e eficácia dos genéricos
Da população confia plenamente no medicamento de marca
Da população confia nos medicamentos similares
MOVIMENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS NO BRASIL
R$
163%
4,7 bilhões
R$
1,8 bilhão
2010
2011
2012
2013
MEDICAMENTOS GENÉRICOS EM NÚMEROS
R$
13% Medicamentos genéricos vendidos em 2016 em relação à 2015
95% Medicamentos genéricos tratam das doenças conhecidas
2014
2015
2016
1,3 trilhão
Fonte: Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma)
Fonte: Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ)
Movimentação dos medicamentos genéricos no mundo, em 2016
30%
10,9%
Dos medicamentos vendidos no país são genéricos
Desempenho superior relativo à venda geral de medicamentos, incluindo os de marca e similares
24 milhões A mais de unidades de genéricos comercializadas do que em 2015
293 milhões De unidades de genéricos vendidas no ano de 2016
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
49
GENÉRICOS
“
O BRASILEIRO APRENDEU A SE
CUIDAR MELHOR, E BUSCA CADA VEZ MAIS A PREVENÇÃO DE DOENÇAS BÁSICAS E IMPORTANTES, NAS QUAIS A HIPERTENSÃO, DIABETES E OSTEOPOROSE GANHARAM MAIS ATENÇÃO
”
GEAN MARTINS, DIRETOR-COMERCIAL E DE TRADE MARKETING DA MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
longevidade. “Há, ainda, a expectativa de melhora no cenário econômico, indo ao encontro da acessibilidade que os medicamentos genéricos oferecem”, diz. Vânia ressalta que o Aché acredita que investir na fabricação de medicamentos genéricos mostra-se uma medida essencial para garantir o acesso da população a produtos de qualidade e promover a adesão ao tratamento. “Apenas em 2016, a unidade de genéricos Biosintética lançou 11 produtos em 22 apresentações, sendo uma molécula inédita no mercado, a racecadotrila, indicada para o tratamento de diarreia em adultos”, reforça. A executiva pontua ainda que a equipe do Aché cresceu mais de 50% no último ano, contribuindo, entre outros fatores, para o bom desempenho da unidade de genéricos que apresentou, no ano passado, aumento de 10,5% em comparação com o ano anterior. Para Vânia, o principal desafio do Aché em genéricos é aumentar o market share nesse segmento de forma sustentável, mantendo a rentabilidade para a companhia. Para tal, o laboratório foca suas ações com o objetivo de disponibilizar os medicamentos da Biosintética aos consumidores em todos os pontos de venda no Brasil, mantendo a confiança dos públicos, aliado ao quesito rentabilidade. O Aché/Biosintética é um dos exemplos do que vem se caracterizando no País e no mundo em relação ao consumo de medicamentos: o genérico está sendo uma das molas propulsoras nas últimas décadas no que diz respeito a acesso ao tratamento de bilhões de pessoas em âmbito global. Em países tidos como mais desenvolvidos, como EUA, Japão, Canadá e os da Europa, a participação dos genéricos nas compras representa um índice acima de 70%. Em terras brasileiras, cujo índice é de 30%, há um longo, porém, promissor caminho a percorrer. Quem também
50
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
acredita nessa afirmativa é o diretor-comercial e de trade marketing da Medquímica Indústria Farmacêutica, Gean Martins. Ele defende que, com o maior acesso da população à saúde, dois fatores cruciais estão impactando a dinâmica do setor: “o primeiro é que o brasileiro aprendeu a se cuidar melhor, e busca cada vez mais a prevenção de doenças básicas e importantes, nas quais a hipertensão, diabetes e osteoporose ganharam mais atenção; e o segundo é a própria demografia brasileira, que registra o avanço do envelhecimento da população”, explica. A Medquímica, com mais de 40 anos de mercado, passou a fazer parte do Grupo Lupin, multinacional do setor farmacêutico com unidades fabris em mais de dez países e presença em mais de 100 países, segundo dados de 2015. “Nós, da Lupin/Medquímica, estamos investindo muito nesse segmento que proporciona, além de acesso ao tratamento à população, oportunidades de desenvolvimento de negócios em um momento de crise financeira como esta”, diz. Martins ressalta que, para a empresa, este apresenta-se como um segmento em franco crescimento e que também possibilita grande visibilidade tanto no mercado público quanto no privado. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos próximos anos, o Brasil passará pelo “bônus demográfico”. Os especialistas o definem como um período em que a população ativa é mais numerosa, o que configura um facilitador para a realização de reformas do Estado, inclusive da Previdência. “Com a longevidade maior da população, a necessidade de ampliar as opções de tratamento por meio de medicamentos mais baratos, vem de encontro aos avanços das indústrias de genéricos, que têm investido muitos recursos e pessoas nisso”, completa Martins.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
51
VAREJO
CONVENIÊNCIA NAS
FARMÁCIAS Itens como balas, chocolates e barras de cereais geram compra por impulso e incrementam faturamento
N
ão é só de medicamentos que se faz o faturamento de uma farmácia. Além dos produtos de higiene, cosméticos e perfumaria, os itens de conveniência – artigos como balas, barras de cereais e bebidas – ajudam a impulsionar, e muito, as vendas no varejo farmacêutico e se mostram como um segmento com muito potencial ainda a ser explorado. “O PDV farma é um ponto de vendas completo e, cada vez mais, os consumidores exploram as farmácias, buscando inovação, praticidade, serviços, conforto e bons preços”, considera Daniel Carvalho, gerente nacional farma da Fini, uma das maiores empresas de guloseimas no mundo, produtora de balas de gelatina, regaliz e gomas de mascar, entre outros, pertencente ao grupo espanhol Sánchez Cano. Para ele, transformar esse ponto de vendas em uma experiência de compras eficiente é o futuro. “Temos exemplos de grandes redes, aqui no Brasil, que já estão bastante avançadas nesse sentido e já começam a colher os frutos da categoria”, avalia Carvalho. “Nós, da Fini, estamos empenhando grande energia para impulsionar a relevância
52
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Por Graziela Delalibera
da bombonière dentro da conveniência das lojas.” Tendo em vista que a conveniência dispõe de uma abrangência de produtos muito grande dentro do ponto de venda, saber categorizá-la no PDV mostra-se a chave do negócio. “A bombonière, dentro da conveniência, possui uma relevância muito importante. Ter as categorias e produtos certos é decisivo para a performance”, pontua Carvalho. No caso da bombonière, o executivo aponta balas e pastilhas, gomas de mascar, barras de cereais, chocolates e biscoitos como mais importantes. “Ter as marcas certas de cada categoria traz para o consumidor uma experiência de compras muito interessante.”
POR IMPULSO A decisão de adquirir essa categoria ocorre dentro da farmácia, traduzindo uma compra por oportunidade ou impulso. “A visibilidade torna-se o principal fator de eficiência nas vendas, portanto, esses produtos preci-
“
OS ITENS DE CONVENIÊNCIA,
ALÉM DE OCASIONAR A CHAMADA COMPRA POR IMPULSO, APRESENTAM-SE COMO PRODUTOS QUE INDUZEM O CLIENTE A QUERER EXPERIMENTAR, POR CONTA DE AS MARCAS ESTAREM SEMPRE LANÇANDO NOVOS SABORES, MODELOS E INÚMERAS NOVIDADES LENO FARIAS, GESTOR DE NEGÓCIOS DAS REDES OFERTÃO/GUANABARA
”
sam estar no checkout ou expostos em materiais de PDV apropriados, como expositores e displays de balcão”, afirma o gerente nacional farma da Fini. Há poucos anos, não se via muito esses produtos nas farmácias. Leno Farias, gestor de negócios das Redes Ofertão/Guanabara, do Rio de Janeiro, lembra que ter itens de conveniência era considerado algo desnecessário e poderia até transformar-se em alvo de notificações por parte das fiscalizações sanitárias, bem diferente do que acontece atualmente. O mix de conveniência conquistou seu espaço, provando que não poderia ser ignorado, tampouco colocado em qualquer lugar do estabelecimento. Com uma margem diferenciada e um giro invejável, os itens ganharam lugar privilegiado e de fácil acesso, como checkouts, balcão, entrada de loja e pontas de gôndolas. “Os itens de conveniência, além de ocasionar a chamada compra por impulso, apresentam-se como produtos que induzem o cliente a querer experimentar, por conta de as marcas estarem sempre lançando novos sabores, modelos e inúmeras novidades”, afirma o gestor de negócios das Redes Ofertão/Guanabara. Na opinião dele, trabalhar com o mix certo, no momento certo, pode representar uma das categorias mais rentáveis na farmácia. “E ainda agrega ao seu negócio outro nível de rentabilidade, que é tão sonhado pelo nosso segmento”, acrescenta. De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), os não medicamentos, nos quais estão incluídos os itens de conveniência (junto dos produtos de higiene, cosméticos e perfumaria) representam 32,56% do total do faturamento das 27 redes associadas. A venda dos não medicamentos totalizou R$ 12,85 bilhões nos 12 meses de 2016, representando uma alta de 7,41% em relação a 2015. Nos últimos cinco anos, esse percentual seguia em ritmo de elevação acima de 10%. “A crise provocou a desaceleração, pois os consumidores deixam de comprar itens que não sejam de primeira necessidade”, avalia o presidente executivo da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto. Ao todo, as redes associadas movimentaram R$ 39,46 bilhões em 2016, um acréscimo de 11,03% sobre o ano anterior. O resultado contraria a tendência do comércio em geral, que teve queda de 1,7% no período.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
53
AVANÇO
ANVISA APROVA DOIS NOVOS MEDICAMENTOS
Produtos registrados pela agência estão na categoria “inovadores”, auxiliando nos tratamentos contra câncer de pulmão e obesidade
A
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou recentemente a entrada de dois medicamentos novos no mercado. O primeiro deles é o Tagrisso® (osimertinib), comercializado no País pela AstraZeneca do Brasil Ltda. e fabricado pela matriz, na Suécia. Indicado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão, será vendido na forma de comprimido revestido. O segundo é o Belviq® (cloridrato de lorcasserina he-
54
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
mihidratado), também comercializado na forma de comprimido revestido. Funciona como adjuvante (ou seja, um auxiliador) à dieta de redução de calorias e atividade física aumentada, para o controle de peso crônico em pacientes adultos com índice de massa corporal (IMC) inicial de 30kg/m² ou maior (obeso). Pode ser usado também em indivíduos com IMC maior ou igual a 27kg/m², na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, como hipertensão, dislipidemia
Por Tatiana Ferrador
CÂNCER DE PULMÃO
“
CONSIDERADA UMA DAS
DOENÇAS CRÔNICAS COM MAIOR PREVALÊNCIA MUNDIAL, A OBESIDADE APRESENTA, AO LONGO DOS ANOS, UMA DESORDEM DO ORGANISMO COM MÚLTIPLAS CAUSAS, E ESTÁ ASSOCIADA A VÁRIAS DOENÇAS
”
Esse tipo de câncer tem sido um dos mais comuns no mundo por várias décadas. Segundo a própria Anvisa, mostra-se como a principal causa de morte por câncer entre homens e mulheres, sendo responsável por cerca de um terço de todas as mortes pela doença, ou seja, atinge mais pessoas do que o câncer de mama, de próstata e os colorretal combinados. Os estudos sobre a eficácia do osimertinib foram anunciados pela AstraZeneca em meados do ano passado. Neles, a empresa reforçou o perfil de eficiência e segurança para o ativo em três fases do tratamento. Na fase 1, um grupo de 60 indivíduos foi tratado com dosagens de 80mg e 160mg. Em linhas gerais, houve encolhimento do tumor em 77% dos casos, com uma sobrevida livre de progressão de 19,3 meses. Em 55% dos pacientes restantes, não houve progressão em 18 meses. Do total, apenas cinco tiveram tumores, abrigando também a mutação T790M – que constitui uma mudança específica no gene de uma proteína conhecida como receptor do fator de crescimento epidérmico – no momento do diagnóstico, e todos apresentaram respostas duráveis ao tratamento. Nesses casos, os eventos adversos mais comuns apresentaram-se em forma de erupção cutânea, diarreia, pele seca e paroníquia (inflamação da pele ao redor da unha).
“
SEGUNDO A PRÓPRIA ANVISA, O
CÂNCER DE PULMÃO MOSTRA-SE
(aumento de gordura no sangue), doença cardiovascular, diabetes tipo 2 ou apneia do sono. Será comercializado pelo Eisai Laboratórios Ltda., no Brasil, e fabricado pela suíça Arena Pharmaceuticals. Considerada uma das doenças crônicas com maior prevalência mundial, a obesidade apresenta, ao longo dos anos, uma desordem do organismo com múltiplas causas, e está associada a várias doenças. Daí a necessidade de tratá-la o quanto antes para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Especialistas, no entanto, advertem: à medida que o indivíduo se livra do sobrepeso, é possível manter um estilo de vida saudável à base de uma dieta equilibrada e de exercícios físicos sem a presença, portanto, de um medicamento. No entanto, apenas um profissional experiente pode avaliar se aquela pessoa em questão pode deixar de tomar o medicamento.
COMO A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE ENTRE HOMENS E MULHERES, SENDO RESPONSÁVEL POR CERCA DE UM TERÇO DE TODAS AS MORTES PELA DOENÇA, OU SEJA, ATINGE MAIS PESSOAS DO QUE O CÂNCER DE MAMA, DE PRÓSTATA E OS COLORRETAL COMBINADOS
”
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
55
AVANÇO
“
ATUALMENTE, OS PACIENTES QUE
TÊM A FORMA MUTANTE COM FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO EM CÉLULAS NÃO PEQUENAS METÁSTICAS MOSTRAM-SE PARTICULARMENTE SENSÍVEIS AO TRATAMENTO COM OS EGFR-TKIS DISPONÍVEIS NO MERCADO
”
O vice-presidente de Oncologia Clínica na AstraZeneca, Klaus Edvardsen, que também é chefe interino da área de Oncologia da unidade de Desenvolvimento de Medicamentos Globais, explica que, no estudo de fase 1 com o osimertinib, as respostas apresentam-se consistentemente duráveis. “Em muitos casos, elas continuam por pelo menos 18 meses, inclusive em um pequeno grupo de pacientes com a mutação T790M detectável no diagnóstico”, aborda. Os resultados atualizados obtidos dos estudos de fase 2, em 411 pacientes pré-tratados com células não pequenas metásticas (que disseminam a doença pelo corpo) com mutação positiva epidérmica, tratados com 80mg de osimertinib, apresentaram uma sobrevida mediana livre de progressão de 11 meses, uma taxa de resposta objetiva de 66% e uma duração de resposta mediana de 12,5 meses. Os eventos adversos foram os mesmos apontados na fase 1. E, em 12 casos, observou-se a doença intersticial pulmonar (em que o tecido pulmonar é substituído por uma fibrose). Houve um caso de hiperglicemia e prolongamento do intervalo QT (que representa a duração da contração cardíaca) em 14 pacientes. Edvardsen afirma ainda que o ensaio de fase 3 – que está em andamento – deve caracterizar ainda mais o potencial da dosagem de 80mg do osimertinib no cenário de primeira linha da mutação com fator de cresci-
56
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
mento epidérmico. Essa fase também avalia a eficiência do ativo e segurança do osimertinib em relação ao regime duplo de quimioterapia à base de platina. Atualmente, os pacientes que têm a forma mutante com fator de crescimento epidérmico em células não pequenas metásticas – que ocorre entre 10% e 15% dos pacientes na Europa e em 30% a 40% dos pacientes na Ásia – mostram-se particularmente sensíveis ao tratamento com os EGFR-TKIs disponíveis no mercado. Eles bloqueiam as vias de sinalização celular que conduzem ao crescimento de células tumorais. No entanto, os tumores quase sempre desenvolvem resistência ao tratamento, o que leva à progressão da doença. Em aproximadamente dois terços dos doentes tratados com os EGFR-TKIs aprovados, como o gefitinib e erlotinib, essa resistência é provocada pela mutação secundária, o T790M. Por isso, o osimertinib recebeu recentemente a aprovação acelerada como o primeiro tratamento indicado para pacientes desse tipo nos Estados Unidos, União Europeia e Japão. A AstraZeneca também está continuando esses estudos em cenários de primeira linha de mutação localmente avançada/metastática, em pacientes com e sem metástases no cérebro, na doença leptomeníngea (que atinge o sistema nervoso central) e em combinação com outros compostos.
PARCEIROS
FINI
E O CANAL FARMA
Empresa revela como optou pelo segmento farmacêutico e suas estratégias de crescimento
H
á apenas 10 meses, atuando com uma linha exclusiva para o mercado farmacêutico – Fini Natural Sweets –, a Fini apresenta excelentes resultados de vendas. Devidamente equilibrado e voltado para seu público consumidor, a Natural Sweets amplia seu portfólio e já conquista 17 mil farmácias em todo o Brasil. Saiba, nesta entrevista, o segredo da Fini. A Fini começou sua trajetória na Europa por meio de 5 grandes centros na Espanha e 1 em Portugal. Em 1998, os produtos chegaram ao Brasil. Quando e de que forma a empresa deu entrada no mercado farma? A Fini, com o seu DNA de inovação, percebeu a grande oportunidade ao unir-se ao potencial de vendas do canal farma, que apresenta consumidores mais exigentes em busca de sabor e equilíbrio. Em setembro de 2015, criamos uma comissão farma dentro da Fini, com as áreas de P&D, Produção, Marketing, Trade, Comercial, Supply Chain e Compliance para, juntos, buscarmos a indulgência ideal a fim de encantar esses consumidores. Assim, surgiu a linha Natural Sweets, que começou a ser comercializada em abril de 2016. Os produtos são produzidos no Brasil, em Jundiaí? A nossa planta em Jundiai detém alta tecnologia de produção, parte da linha é produzida no Brasil e outra, é
58
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
produzida na matriz da Espanha. Parte da linha já era produzida na matriz espanhola para atender ao mercado europeu e trouxemos essas tendências para o Brasil. O canal farma era um nicho pretendido pela empresa? Como surgiu a oportunidade? A Fini é uma das maiores fabricantes de balas de gelatinas do Mundo, a estratégia da Fini é ser expressiva em todos os canais nos mercados em que atua. No Brasil, temos uma larga liderança em outros canais, e o farma faz parte dessa estratégia global. De que forma essa categoria vem ganhando força no Canal Farma? O PDV farma é um ponto de vendas completo, e cada vez mais, os consumidores exploram as farmácias. Estamos empenhando grande energia para impulsionar a relevância da bombonière dentro da conveniência das lojas. A nossa estratégia é olhar 360º, na qual incentivamos outras marcas a estarem presentes nos pontos de vendas com a Fini. A bombonière precisa ser atrativa ao consumidor, porém, o espaço é o grande desafio. Parceiros estratégicos, como o Close-Up Internacional, têm sido determinantes para juntos construirmos uma inteligência que facilite a tomada de decisão do PDV, optando por itens de alto giro e margens relevantes.
A Fini está inserida em quantos PDVs hoje? São só grandes redes? Vocês pretendem expandir? Alcançamos em 10 meses, no canal, a marca de 17 mil farmácias com presença dos nossos produtos. A nossa estratégia é permitir que o consumidor tenha a oportunidade de comprar Fini no maior número de farmácias possíveis. Essa estratégia é difundida pela nossa malha de 100 distribuidores farma que com as suas equipes posicionam diariamente os produtos Fini nas farmácias independentes. Para o atendimento das redes, temos uma equipe gerencial de elevada competência, realizando grandes negócios e ações para que os resultados sejam a nossa realidade. Estar presente em 100% das redes do Brasil em tão pouco tempo do projeto, nos motiva ainda mais quanto ao caminho que estamos tomando. Hoje em dia, as balas Fini fazem parte da categoria de bazar em farmácias e drogarias. A exposição acontece somente no checkout? Como o produto pode e deve ser melhor trabalhado no PDV? A bombonière faz parte da conveniência do PDV. A decisão de compra dessa categoria ocorre dentro da farmácia, representando 100% do sentimento de impulso daquele momento. Por isso, a visibilidade é o principal fator de eficiência nas vendas, portanto, estar no checkout ou sendo exposto nos diversos materiais de PDV que criamos, mostra-se fator decisivo. A Fini está inserida no canal farma com quais linhas? Criamos exclusivamente para o canal a linha Fini Natural Sweets. Atualmente, são oito itens comercializados: Fini Colágeno; Fini Vitamina C; Fini Diet; Fini Fibras; Fini Chicle Diet; Fini Menta; Fini Mel e Limão; Fini Ômega 3. Para 2017, a nossa veia de inovação permitirá que o mercado contemple a chegada de lançamentos que encantarão os mais exigentes consumidores. A linha Farma é exclusiva para o canal farma! Como tem sido a aceitação desta categoria tanto por parte do consumidor quanto do próprio canal farma? Os números falam por si, 17 mil farmácias, 100 distribuidores farmacêuticos posicionados em todo o Brasil, o alto giro da linha nas redes de farmácias deixam claro o resultado. Os consumidores são ligados emocionalmente à marca Fini. O shopper Fini na farmácia é o mesmo que já tem a marca Fini presente em algum momento da sua vida. A confiança na alta Qualidade dos produtos Fini é o diferencial, e agora
com uma linha com propriedades especiais, proporciona uma nova experiência para os consumidores, mantendo a mesma Qualidade e sabor. As nossas ações nas mídias sociais para divulgação da Fini Natural Sweets mostram claramente a alta aprovação pelos consumidores, assim como o alto giro dos produtos nos PDVs. (www.mundofini.com.br) Por que o canal farma configura-se, cada vez mais, como uma loja de conveniência? O canal farma está alinhado com dois importantes direcionadores do comportamento de compra dos consumidores: praticidade e sofisticação. Por se tratar de um mercado altamente regulado, com normas e restrições para o incentivo do consumo indiscriminado de medicamentos, o que se observa nos últimos anos é o aumento do sortimento de produtos de higiene, beleza e bombonière. Esses itens tendem a crescer ainda mais e até mesmo tomar o lugar de outros mercados. Qual a importância do canal farma para a Fini? Entendemos que a farmácia é um ponto de vendas diferenciado. O mercado farma apresenta-se sólido e resistente. Identificamos algumas oportunidades e preparamos uma grande surpresa para o segmento, atendendo às necessidades dos seus fiéis consumidores, sempre com muito sabor e criatividade. De que forma a empresa se relaciona com o varejo farmacêutico? O alicerce do projeto é personalizar as estratégias por canal de vendas: • Distribuidores especializados Farma • Redes de farmácias • Farmácias independentes Entendemos que as necessidades são diferentes para cada canal, atender de forma cirúrgica a necessidade de cada canal é a chave do negócio. Além de alianças estratégicas de divulgação com a ABCFarma e Guia da Farmácia, e também órgãos regionais influentes no canal farma. Qual o faturamento anual da Fini e qual a participação do canal farma dentro desse montante? A Fini dobra seu tamanho a cada três anos. O ano de 2016 mostrou grandes oportunidades e resultados, e o nosso crescimento de dois dígitos retrata isso. O canal farma será, em breve, um provedor de grandes resultados para a Fini.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
59
DESTAQUE
FOCO NA
PREVENÇÃO Laboratório Nesh avança pelo País com família de produtos que inclui licenciados Peppa Pig e suplementos essenciais
L
ançada em 2015 – mas com uma bagagem de quase 40 anos de expertise em distribuição da Nunesfarma –, a primeira empresa do grupo, o Nesh Laboratório avança no varejo farmacêutico com foco em medicamentos básicos e suplementos. Já com parcerias comerciais sólidas, até o fim de 2017, sua família de produtos deve estar presente em PDVs de todas as regiões do Brasil.
PREVENÇÃO A aposta do Nesh visa à tendência crescente de o consumidor se preocupar cada vez mais com sua saúde e alimentação, com foco na prevenção de doenças, fortalecimento da imunidade e mais quali-
60
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
dade de vida. Com isso em mente, o laboratório investe em medicamentos básicos e suplementação, oferecendo ao público uma família de produtos voltados para garantir a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de nutrientes essenciais para todas as idades, sem necessidade de receita médica. Hoje em dia, a família Nesh conta com nove produtos, que vão desde o Sulfato de Zinco, medicamento indicado no Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) – para tratamento da DDA (doença diarreica aguda) e até então inédito no Brasil – até uma dupla de produtos licenciados da personagem Peppa Pig – os primeiros do segmento no País –, que já se mostram sucesso de vendas.
Liana Suss
INOVAÇÃO Com sede em Curitiba, o Nesh Laboratório conta com seu próprio Centro de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, onde possui uma equipe altamente capacitada, ativa no desenvolvimento de novos produtos, e um rígido controle de qualidade. Seu último lançamento, Nesh C + Zinco Peppa Pig, gominhas de vitamina C e Zinco, foi premiado no XII Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa, por seu caráter inovador e de grande potencial de mercado. Com sabor morango e em embalagens próprias para garantir a ingestão diária recomendada dos dois nutrientes, as gominhas chamam a atenção nas prateleiras das farmácias e conquistam o público adulto e infantil.
EXPANSÃO E LANÇAMENTOS Presentes em PDVs de oito estados (PR, RS, SC, SP, RJ, ES, MG e BA), por meio de distribuidores e representantes de credibilidade, e com adesão de grandes redes, os produtos Nesh devem alcançar as demais regiões do País até o fim do ano. Além disso, o laboratório pretende incrementar seu leque de produtos com lançamentos. Um deles é o suple-
mento alimentar de luteína, que vem ganhando destaque por suas propriedades funcionais e benefícios comprovados para a visão e a saúde dos olhos. Mais uma estratégia que vai ao encontro do compromisso de contribuir para o crescimento dos clientes e garantir maior valor agregado, disponibilizando, no mercado, produtos inovadores, com alto padrão de qualidade e com preços competitivos.
PATROCINADOR ABRADILAN FARMA 2017 O Nesh Laboratório é patrocinador da Abradilan Conexão Farma 2017, que acontece de 21 a 23 de março, na capital paulista. Com um estande de destaque no evento, a equipe Nesh estará disponível para apresentar de perto mais detalhes sobre os produtos e gerar novos negócios e parcerias. Não deixe de conferir!
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
61
EDUARDO LÓPEZ
INTERNET DAS COISAS ALGO A MAIS PARA SUA ORGANIZAÇÃO
Quando uma tecnologia nova surge, testemunhamos o desejo das empresas em tornarem-se pioneiras. Elas criam unidades de negócios focadas em aproveitar as oportunidades para alavancar ainda mais seus objetivos de negócios. Big Data, redes sociais, atendimento a clientes e a nuvem são alguns exemplos. Temos visto a criação de unidades especializadas de negócios, voltadas para prospectar o potencial do mercado, sem necessariamente explorá-lo, devido à falta de precedente de seu funcionamento ou alcance. Com o auge dos dispositivos “os quais podemos vestir” e com o iminente futuro conectado, que pouco a pouco invade a nossa vida pessoal e profissional, criou-se uma categorização que abrange toda a atividade proveniente desses aparelhos conectados à Internet e que geram dados capazes de ajudar a melhorar processos e, ao mesmo tempo, compreender o foco que os consumidores têm em relação a um determinado produto ou serviço.
“
TEMOS VISTO A CRIAÇÃO
DE UNIDADES ESPECIALIZADAS DE NEGÓCIOS, VOLTADAS PARA PROSPECTAR O POTENCIAL DO MERCADO, SEM NECESSARIAMENTE EXPLORÁ-LO, DEVIDO À FALTA
“
O CEO DA ORACLE, MARK HURD, PREVÊ QUE, ATÉ 2025, 80% DOS
APLICATIVOS EMPRESARIAIS SERÃO MOVIDOS PARA A NUVEM
”
É importante reconhecer que as empresas devem inovar, confiando nas plataformas existentes na nuvem e nos serviços de infraestrutura, permitindo que cada organização seja capaz de se adaptar a esses tempos que exigem conectividade constante e, sobretudo, uma perspectiva global do que pode nos beneficiar ou prejudicar. Por isso, temos de considerar que a Internet das Coisas deve ser vista como um complemento às demais ferramentas de geração de informação que as empresas possuem, já que se integra a cada uma delas. Com o passar do tempo, a sua influência será cada vez maior. O CEO da Oracle, Mark Hurd, prevê que, até 2025, 80% dos aplicativos empresariais serão movidos para a nuvem. Isso influenciará a interação entre Big Data, a nuvem e a Internet das Coisas, administrando suas informações de forma consistente e dinâmica, desenhando um quadro positivo no qual toda a indústria será beneficiada. A presença de um novo elemento nem sempre significa que você terá que lhe dirigir esforços adicionais para explorar maneiras de colher seus benefícios. Como indústria, é preciso considerar que nem toda tecnologia merece uma unidade especializada e, ao invés disso, perguntarmos: de que maneira essa inovação é capaz de se integrar ao que temos em nossos portfólios de serviços?
DE PRECEDENTE DE SEU FUNCIONAMENTO OU ALCANCE
62
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
”
EDUARDO LÓPEZ é vice-presidente de Consultoria, Aplicativos e Cloud na Oracle América Latina.
NOTAS
CLORIDRATO DE PROPANOLOL É DESTAQUE O Cloridrato de Propanolol da Medquímica é indicado no tratamento da hipertensão, dor no peito (angina), irregularidades dos batimentos cardíacos (arritmias cardíacas), infartos, enxaqueca, tremor, estenose, subaórtica hipertrófica (problemas cardíacos) e feocromocitoma. Cloridrato de Propranolol é encontrado na apresentação de 40mg com 40 comprimidos. Registro: 1.0917.0101.001-1. Para saber mais sobre o produto, acesse: www.medquimica. com e Facebook.com/PortalMedquimica.
PORTÁTIL E SILENCIOSO O inalador e nebulizador Mesh MD4000 da Medicate é indicado no tratamento de diversos problemas respiratórios. Portátil e leve, com moderna tecnologia de rede vibratória, o aparelho é silencioso e pode ser utilizado em casa, no trabalho e até no trânsito. O copinho não derrama o medicamento e por essa razão, beneficia os pacientes que não podem levantar ou preferem fazer a inalação deitados. O equipamento é bivolt automático e funciona também com duas pilhas pequenas alcalinas (AA).
NOVO SUPLEMENTO PARA AS MULHERES
PC SISTEMAS OTIMIZA DESENVOLVIMENTO DE MERCADO POTENCIAL E ENTREGAS COM GEOLOCALIZAÇÃO E BIG DATA A PC Sistemas desenvolveu a solução Inteligência Geográfica, que une geolocalização à big data, para que distribuidores trabalhem de forma mais efetiva os clientes, de acordo com sua região de atuação. O novo software reúne dados de 30 fontes diferentes, como IBGE e juntas comerciais, em uma base unificada, onde as informações são cruzadas e filtradas. Tudo é exibido em uma única tela, indicando as regiões pré-delimitadas, os clientes que já são atendidos e os potenciais novos negócios.
Finalmente, as mulheres que treinam em busca de um corpo mais definido e saudável têm uma ótima notícia! A Iridium Labs acaba de lançar um suplemento desenvolvido especificamente para as necessidades femininas: o Somatodrol Woman. Sua fórmula exclusiva, composta por zinco, extrato de chá-verde, gengibre, magnésio, selênio e vitaminas do complexo B, potencializa o ganho e a definição muscular, facilita a queima de gordura corporal e dá mais energia e disposição para os treinos. Somatodrol Woman: todo poder às mulheres.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
63
NOTAS
VITAMINAS PARA AS CRIANÇAS A Peppa Pig chegou com tudo ao mercado e já ganha destaque nos PDVs. As gominhas Nesh C+ Zinco Peppa Pig sabor morango vêm em embalagens exclusivas e sob medida para garantir a dose diária de Vitamina C e Zinco para as crianças. O pacotinho é ideal para levar a qualquer lugar e substituir as guloseimas de um jeito saboroso e saudável. Já a solução oral NeshVit Peppa Pig ajuda no desenvolvimento das crianças, prevenindo deficiências nutricionais, pois reúne 100% da dose diária de vitaminas recomendada para os pequenos, além de conquistá-los com sua embalagem divertida e o sabor de laranja!
PAD PICKING: SEPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS FRACIONADOS
Tecnologia para facilitar a separação de medicamentos da sua empresa. Elimine toda a estrutura de conferência no fim do processo de separação. São até 700 unidades homem/hora, atendendo às novas normas da Anvisa quanto à rastreabilidade dos medicamentos.
FINI NATURAL SWEETS: SUCESSO EM VENDAS A linha, batizada com a nova marca “Natural Sweets”, foi criada para atender às necessidades de consumidores que buscam uma alimentação equilibrada, mas que não abrem mão do prazer e da indulgência, uma tendência crescente no mercado brasileiro, em tempos de dietas radicais. Fini Natural Sweets é composta por oito diferentes produtos, cada um com uma característica especial: Colágeno, Fibras, Vitamina C, Mel e Limão, Ômega 3, Menta, Diet e Chicle sem açúcar. Os produtos podem ser encontrados em embalagens de 18 gramas cada – uma embalagem prática para consumo on-the-go, em qualquer lugar. Fini: abriu, sorriu! PREVENÇÃO DO INFARTO, DERRAME E MORTE VASCULAR A Melcon traz ao mercado farmacêutico Vasolen (bissulfato de clopidogrel) 75mg, comprimidos revestidos. O medicamento é indicado para a prevenção do infarto agudo do miocárdio (IM), o infarto do coração; acidente vascular cerebral (AVC), o derrame, e morte vascular em pacientes adultos que apresentaram IM ou AVC. O medicamento não deve ser utilizado caso apresente alergia ou intolerância ao clopidogrel ou a qualquer outro componente do produto. Também não deve ser utilizado caso apresente úlcera péptica (lesão no estômago) ou hemorragia intracraniana (sangramento dentro do cérebro). Registro: 1.5589.0012.005-2. Vasolen 75mg é mais um similar de marca EQ* da Melcon. SAM: 0800 604 0600. Para saber mais, acesse: www.melcon.com.br.
64
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
PHARLAB E MARIOL ACERTAM PARCERIA ESTRATÉGICA Desde o início de março, a Pharlab Indústria Farmacêutica comercializa com exclusividade a linha de produtos da Mariol Industrial em todo o território nacional. A parceria estratégica irá atender aos segmentos público/ hospitalar e varejo. Além da sinergia com a linha de produtos, outro ponto em comum é que ambas as indústrias foram adquiridas por empresas francesas, sendo a Pharlab pela BIOGARAN, e a Mariol, pela UNITHER.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SAÚDE A Cobli - única empresa da América Latina a conquistar o prêmio Harvard New Venture, da Universidade de Harvard (2016) - oferece um sistema que possibilita acompanhar em tempo real informações úteis e tratadas sobre a logística. A plataforma permite planejar entregas, otimizar o modo de condução e reduzir manutenções desnecessárias, reduzindo gastos com combustível, acidentes, multas e manutenção em mais de 20% já no 2º mês. O time venceu, por dois anos consecutivos (20152016), o prêmio de Inovação em Telecomunicações ministrado pela Telesíntese. Sabia mais em: www.cobli.co - parcerias@cobli.com ou (11) 3796-9731.
APROVEITE TODOS OS BENEFÍCIOS QUE UMA MARCA FORTE PODE OFERECER A tradição em qualidade mantém a Valda como primeira opção do consumidor no segmento. A exposição adequada é uma excelente oportunidade de sell-out em grande escala. Campanhas como o WebFestValda familiarizam a marca no PDV e geram compra por impulso. A presença de 6 itens ou mais no checkout apresentaram um grande incremento nas vendas, pois a fama por produtos gostosos provoca interesse na experimentação de outros itens da linha. Para atender a essa demanda, lançamos o expositor com os produtos de maior giro de toda a nossa linha.
ACELERE SEU PROCESSO E AINDA REDUZA O CUSTO DO PEDIDO DE VENDA Tirar pedido com bloco e caneta até funciona, mas atrasa o vendedor, que poderia estar fechando novos negócios ou pensando em ações estratégicas para aumentar suas vendas, ao invés de ficar anotando pedidos, que correm o risco de não se concretizarem. Nesse cenário, sua empresa também tem perdas financeiras e o gestor de vendas não conta com informações atualizadas para acompanhar o desempenho dos vendedores. Com o Pedido de Venda Medicamentos, você potencializa o processo de vendas e reduz o custo com o pedido de venda. Faça o acompanhamento rotineiro e aprofundado das vendas, em tempo real, com os recursos de integração com seu ERP, mobilidade e consulta do produto em detalhes, como foto e tabela de preços.
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
65
CONTATOS Isabella Milano • (11) 99501-5584 isa@cobli.co
Charles Leite • (43) 99825-6340 charles@flsoft.com.br Fabio Costa • (43) 99960-7900 fabio@flsoft.com.br
comercial@maximasistemas.com.br (62) 3412-2900
www.dorja.com.br • vendas@jamir.com.br (11) 3872-4266 • Fax: (11) 3865-3839
Daniel Carvalho • Gerente Nacional Farma daniel.carvalho@finiguloseimas.com.br (11) 4589-6450 | (11) 94595-1229 Claudia B. Varani Gerente Regional de Vendas SP e Sul claudia.varani@finiguloseimas.com.br (11) 94502-6768 Vinicius Rocha Gerente Regional de Vendas RJ, MG, ES e CO (Centro Oeste) vinicius.rocha@finiguloseimas.com.br (11) 99235-4398 Cleber de Jesus Gerente Regional Farma NO e NE cleber.santos@finiguloseimas.com.br (11) 94589-6723 | (71) 98778-0001
relacionamento@lupin.com 0800 703 4070
Fausto Viana • Diretor Comercial Merck | Biopharma (11) 3346 9140 fausto.viana@merckgroup.com Ludmila Berti • Gerente Nacional de Vendas | Biopharma • (11) 3346 9100 ludmila.berti@merckgroup.com Valmor Dirceu Senger • Gerente Comercial (62) 98221-0033 • (62) 3902 3275 Fax (62) 3902 3241 valmor.senger@melcon.com.br Daphne Strauss - Gerente de Vendas (41) 2141-4143 varejo@nunesfarma.com.br Mauricio Maia • Gerente Nacional de Vendas Div. Marcas | 21 99371.8561 mauricio.maia@nqfarma.com.br Queiroz Andrade • Gerente Nacional de Vendas Div. Genéricos | 81 98188.8712 queiroz.andrade@nqfarma.com.br • www.nqfarma.com.br Luciana Moura • Gestora Segmento Farma luciana.moura@pcinformatica.com.br 0800 707 2707 • (62) 9111-1680 Bernardo de Castro • Diretor Comercial bernardo.castro@pharlab.com.br (37) 3261-9090 Leonardo Barros • Diretor Executivo leonardo.barros@reposit.com.br (62) 3093-9250 | (62) 99242-4216
66
ABRADILAN EM REVISTA | EDIÇÃO 34
Contatos para SP/Sul Paulo Avila • (11) 94597-1807 Gerente Regional/SP paulo.avila@photongroup.com Contato outras regiões exceto SP/Sul Mayara Milani • (11) 94597-2777 mayara.milani@photongroup.com
Julio Nascimento Gerente Nacional de Vendas (21) 99878-3952 julionascimento@valda.com.br Alexandre Alves • Gerente Regional de Vendas (SP/Sul) (11) 98441-1314 alexandrealves@valda.com.br Adriana Viola • Gerente de Contas (SPI/CO) (16) 99616-5633 adrianaviola@valda.com.br Alexandre Scuvero Gerente de Contas (RJ/MG/ES/DF/GO) (21) 97218-6047 alexandre.scuvero@valda.com.br Rômulo Santos Gerente Regional de Vendas (NO/NE) (85) 97569853 | (85) 981868978 romulo.santos@valda.com.br