CONCERTO DE NATAL 2010 CENTRO NACIONAL DE CULTURA Núcleo do Porto ORQUESTRA DO NORTE SÉ CATEDRAL DO PORTO
Camille Saint-Saëns Oratória de Natal Op.12 1
Prelude (Ao estilo de Sebastian Bach) 2 Et Pastores erant – Gloria 3 Expectants expectavi Dominum 4 Domine, ego credidi 5 Benedictus qui venit 6 Quare fremuerunt gentes 7 Tecum principium 8 Alleluja 9 Consurge, Filia Sion 10 Tollite hostias
Arcangelo Corelli Concerto grosso N.º 8 em Sol menor, Op.6 “Fatto per la notte di natale” Vivace-grave 2 Allegro Adagio-Allegro-Adagio 4 Vivaci 5 Allegro 6 .Largo (Pastoral) 1
3
soprano
Elvira Ferreira meio-soprano M argarida Reis meio-soprano Manuela Teves tenor José Manuel Araújo
Pedro Telles barítono Ensemble Vocal Pro Musica José Ferreira Lobo direcção Orquestra do Norte
Camille Saint-Saëns (1835-1921) foi um dos mais produtivos e famosos compositores franceses do século XIX. Era, não só, um músico altamente dotado (virtuoso do piano, organista e compositor), mas também um académico em diversas áreas da ciência (astronomia, arqueologia e matemática). Para além de tudo isto era também um homem das letras. Depois de estudar os clássicos franceses (editou a obra completa de Rousseau), era também proficiente em Latim. Talvez tenha sido o amor que devotava a esta língua que o inspirou a escrever esta oratória de Natal em latim. A Oratória de Natal Op.12 foi composta em 1858, na altura em que o compositor tinha apenas 23 anos. Foi originalmente escrita para cinco vozes solistas, coro, harpa, quarteto de coras e órgão. Uma oratória é, para todos os efeitos, uma ópera religiosa. Tal como a ópera, a oratória é uma composição para coro, solistas e orquestra. Difere da ópera no facto de não existir encenação, cenários ou figurinos. Ao contrário de outras formas musicais religiosas, a oratória não fazia parte do serviço religioso. (Durante o período barroco, no boom da opera italiana, as oratórias eram apreciadas sobretudo durante a quaresma, substituindo a ópera e outros espectáculos considerados profanos). As oratórias podem ser extremamente dramáticas, possuindo uma trama muito própria (como o Elijah de Mendelssohn), ou mais contemplativas como é o caso da presente obra. Saint-Saëns não negou o facto de um oratório ser um drama musical. Usou música instrumental e vocal para sublinhar vários aspectos da história cristã. A obra abre com o prelúdio titulado “Ao estilo de Sebastian Bach”, em jeito de homenagem à Oratória de Natal de Bach. Este prelúdio estabelece o cenário para a história natalícia: o seu carácter pastoral alegre evoca imagens dos pastores no campo a cuidarem das suas ovelhas. Nos restantes andamentos, os solistas revezamse, representando diferentes personagens, como o narrador da história ou como o anjo que anuncia o nascimento do menino Jesus, enquanto o coro representa uma multidão de anjos que cantam a glória do Senhor (segundo andamento: recitativo e coro). Para o Quinteto e Coro (nono andamento), Saint-Saëns utilizou a melodia do prelúdio para iniciar a desenho do final da peça. O último andamento, que segue o modelo das antigas canções francesas de Natal, é um hino virtual de louvor de toda a criação na presença de Deus.
Arcangelo Corelli (1653-1713) é uma peça chave na história da música por várias razões: por um lado foi o primeiro compositor que ganhou fama internacional graças à música instrumental. Assim, podemos considerá-lo o pai dos grandes sinfonistas clássicos e românticos. Foi também o precursor do novo sistema tonal baseado nas tonalidades maiores e menores. Como violinista virtuoso e teórico da prática do violino, definiu as bases técnicas que iriam influenciar as gerações de violinistas dos séculos seguintes. Para além de tudo isto foi o criador do Concerto Grosso, forma imediatamente cultivada por Haendel e Bach, entre outros. O Opus 6 é o único remanescente da composição orquestral de Corelli durante os 40 anos de actividade em que ocupou uma posição primordial na vida musical de Roma, seja como violinista, ou como director de várias representações de grande notoriedade. Dado que foram documentadas mais de cem ocasiões para as quais Corelli compôs música, pode dizer-se que os 12 concertos que compõem este opus são o fruto de um estrito processo de selecção e reorganização intensiva. Corelli alcançou o seu auge criativo com o Concerto grosso nº 8, em Sol menor, escrito por volta de 1690 para o cardeal Pietro Ottoboni e executado nos Palácios Vaticanos. Foi publicado postumamente em 1714. O concerto tem incluído na partitura a inscrição “Fatto per la notte di Natale” (Feito para a noite de Natal). A sua estrutura é a de um concerto de igreja, embora tenha seis andamentos, em vez dos quatro tradicionais. A abertura da obra (Vivace-Grave) está escrita de uma forma prática para atrair a atenção do público. Tanto o concertino como os restantes líderes integram-se num tecido denso de notas longas ligadas, delineando uma frase ondulante que finalmente termina em Sol maior. O segundo andamento, de imitações intrincadas e escalonadas, une o contrapontístico com uma certa veia popular; de novo ritmos sincopados e suspensões harmónicas empurram a música com força. No Adagio-Allegro-Adagio as duas partes lentas são quase uma prece de sofrido recolhimento. Estão centradas na beleza melódica que percorre toda a família das cordas. O espírito do minueto anima o breve vivace que regressa à tonalidade de sol menor, num jogo retórico de perguntas e respostas, com elaborações originais em cada escala. O Largo (pastoral) passa a tonalidade maior mudando de atmosfera sonora, evocando uma impressão equivalente a uma neblina levantando-se repentinamente. Progride sequencialmente e anuncia a futura “forma sonata”, depois de uma espécie de desenvolvimento central que acaba por desvanecer-se no silêncio.
ELVIRA FERREIRA
MARGARIDA REIS
Nasceu no Porto. Estudou com Annerose Gilek, Lola Aragón, Helena Pina Manique, Gino Bechi, Marimi del Pozo e Carlo Bergonzi. Foi cantora residente do Teatro Nacional de S. Carlos. Cantou, entre outras, as óperas Die Zauberflöte, Rinaldo, L’Enfant et les Sortilèges, Dido and Aeneas, Lo Spirito di Contradizione, Aida, Carmen, Un Ballo in Maschera, Elisir d’Amore, Così Fan Tutte, Die Entführung aus dem Serail, Der Rosenkavalier, L’Italiana in Algeri, Falstaff, Rigoletto, La Sonnambula, Fidelio, Nabucco, Gianni Schichi, Il Barbiere di Siviglia, D.Giovanni, Os Dias Levantados, The Man Who Mistook His Wife For A Hat, Le Nozze di Figaro, The Globolinks, Parsifal, Palestrina, Ouro Não Compra Amor, As Damas Trocadas, Turandot, Il Trovatore. Do repertório de concerto, cantou a Missa em Dó menor, a Missa da Coroação e a Waisenhausmesse, de Mozart, Carmina Burana, de Orff, o Requiem à memória de Luís de Freitas Branco, de Joly Braga Santos, o Te Deum, de Silva Leite, o Te Deum de Charpentier, a Missa de Santa Cecília, de Haydn, o Stabat Mater, de Rossini, a IX Sinfonia de Beethoven, os Quatro Madrigales Amatorios, de Joaquín Rodrigo, Le Martyre de Saint Sébastien, de Debussy, o Requiem de Verdi, o Stabat Mater de Dvorak, o Requiem à Memória de Camões, de Sousa Carvalho e o Gloria de Vivaldi. Foi premiada no concurso “Ópera e Belcanto”, da Radiotelevisão Belga, em Gand. Foram-lhe atribuídos os prémios “Tomás Alcaide” e “Nova Gente”, pela sua interpretação do papel de Gilda, na ópera “Rigoletto”, de Verdi.
Margarida Reis, finalizou em 1999 a Licenciatura em Canto na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto, na classe da Professora Fernanda Correia. No domínio da Oratória destacam-se as suas participações no Requiem e na Missa da Coroação de Mozart, na Missa das Catedrais de Gounod, no Gloria e Stabat Mater de Vivaldi, no Requiem op. 60 de Rheinberger, no Stabat Mater de Pergolesi, na 9ª Sinfonia de Beethoven, no Requiem de Duruflé, no Te Deum de Bruckner e no Requiem de Verdi. No campo operático, interpretou Frau Pitchum da Die Dreigroschenoper de Kurt Weill, Miss Baggott de The Little Sweep de Britten, Suor Angélica da ópera com o mesmo nome de Puccini e Dorabella da ópera Così Fan Tutte de Mozart. Em co-produção do Círculo Portuense de Ópera, do Coliseu do Porto e da Orquestra Nacional do Porto, interpretou ainda Meg Paige de Falstaff de Verdi e Marcellina de Le Nozze di Fígaro de Mozart, sob a direcção do maestro Marc Tardue. Cantou ainda o papel da Mãe na Ópera Der Jasager de Kurt Weill no Festival Obra Aberta promovido pela Casa da Música. Interpretou La Mére d’ Iseut de Le Vin Herbé de Franck Martin, no Teatro Aberto sob a direcção do maestro João Paulo Santos e Flora de La Traviata de Verdi, com a Orquestra do Norte sob a direcção do maestro Ferreira Lobo. Cantou El Amor Brujo de Falla com a Orquestra Nacional do Porto sob a direcção do Maestro Marc Tardue, Rapsódia para Contralto de Brahms com a Filarmonia das Beiras sob a direcção do Maestro António Vassalo Lourenço e Serenade to Music de Ralph Vaughan Williams no CCB com a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direcção do Maestro Enrico Dovico.
MANUELA TEVES
JOSÉ MANUEL ARAÚJO
Natural da ilha de S. Miguel (Açores), iniciou os seus estudos musicais no Conservatório Regional de Ponta Delgada. Prosseguiu a sua formação em Lisboa na Escola Superior de Música, tendo concluído a Licenciatura em Canto. Nesta escola trabalhou com os professores Olga Prats, Nuno Vieira de Almeida, Nicholas McNair, Joana Silva e Elsa Saque. Tem participado em cursos de aperfeiçoamento com Marimi del Pozo, Ileana Cotrubas e Pamela Hamblin e trabalha regularmente com o Maestro João Paulo Santos. Faz parte do Coro do Teatro Nacional de S. Carlos desde 1991. No âmbito das temporadas de concertos do Teatro Nacional de S. Carlos integrou o elenco de solistas do Concerto Coral Sinfónico Szenen aus Goethes Faust (Robert Schumann), sob a direcção de Semyom Vekshtein assim como em Chichester Psalms de Leonard Bernstein. Participou ainda como solista em “Petite Messe Solennelle” de Rossini, bem como na Oratória de Natal de Camille Saint-Saëns, em produções do Teatro Nacional de S. Carlos sob a direcção do Maestro João Paulo Santos. Nas temporadas de Ópera do TNSC interpretou «Second Nurse Maid» em Street Scene de Kurt Weill, «Tetka» em Jenufa, «Paskova» em «Raposinha Matreira» de Janácek e ainda «Primeiro Espírito” em Manfred de Robert Schumann. Participou ainda como solista nas óperas Little Sweep de Benjamin Britten, Cânticos para a Remissão da Fome de António Chagas Rosa (Encontros Acarte) Viúva Alegre, e Cavalaria Rusticana (Mama Lúcia). Recentemente participou como solista na “ Missa pró defunctis “ de Domenico Cimarosa na Igreja Matriz em Ponta Delgada com a Orquestra Clássica dos Açores, a convite da Associação Musical Edmundo Machado de Oliveira.
Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde cursou Filologia Clássica, e o Conservatório Nacional, onde estudou Piano, Violoncelo, Composição, Cravo, Clavicórdio, Interpretação de Música Antiga e Canto, tendo terminado o curso superior desta disciplina com a máxima classificação, na classe do professor José de Oliveira Lopes, assim como a licenciatura em Canto, na Escola Superior de Música de Lisboa. Estudou também com Lola Aragón, Gino Bechi, Ettore Campogallianni, Claude Thiolass, Marimi del Pozo, e, na Accademia Verdiana em Busseto, com Carlo Bergonzi. Foi cantor solista do Teatro Nacional de São Carlos. Cantou, entre outros, os papéis de Camille (A Viúva Alegre), Pollione (Norma), Uldino (Attila), Ismaele (Nabucco), Jim Mahoney (Ascensão e Queda da Cidade de Mahagónny), Steuermann (Der Fliegende Holländer), Léon (La Mère Coupable), O Conde (O Amor Industrioso), O Fidalgo (Triologia das Barcas), Lo Studente (Manon Lescaut), Wagner (Mefistofele), Helenus (Les Troyens), Moser (Die Meistersinger), Tamino (Die Zauberflöte), Alfredo, Gaston (La Traviata), Conde Almaviva (Il Barbiere di Siviglia), D. José (Carmen), Duque de Mântua (Rigoletto), Bedel Bamford (Sweeney Todd), Jasão (Os Encantos de Medeia), Dr. S. (The Man Who Mistook His Wife For A Hat), Cavaradossi (Tosca), Altoum (Turandot), Manrico (Il Trovatore), e, em versão de concerto, os papéis de Florestan (Fidelio) e Samson (Samson et Dalila). Do repertório de concerto, cantou a IX Sinfonia de Beethoven, a Missa da Coroação e o Requiem de Mozart, o Stabat Mater e a Petite Messe Solennelle, de Rossini, El Retablo de Maese Pedro, de Falla, o Requiem de Verdi, Die Schöpfung, de Haydn, L’Oratorio de Noël, de Saint-Saëns, o Stabat Mater, de Cimarosa. É professor do Conservatório Nacional de Música de Lisboa.
PEDRO TELLES
ENSEMBLE VOCAL PRO MUSICA
Natural do Porto, iniciou os seus estudos de canto com a Professora Fernanda Correia. Na classe da mesma Professora, terminou os seus estudos superiores em Canto Teatral, na Fundação Conservatório Regional de Gaia. No domínio da Oratória, foi solista no Magnificat, na Cantata Ich habe genug, nas quatro Missas Brevis e na Paixão segundo S. João de Bach, na Missa Secundi Toni de Eberlin, na Missa das Catedrais e na Missa Solene de S.Cecília de Gounod, no Lauda Sion de Mendelssohn, na Via Crucis de Liszt, na Missa Dolorosa de Caldara, na Missa em Ré Maior de Otto Nicolai, na Missa da Coroação e no Requiem de Mozart, na Fantasia Coral de Beethoven, na Passio de Arvo Part, na Fantasia de Natal de Vaughan Williams, na Oratória de Natal de Saint Säens, na Missa Solene de Rossini, na Missa das crianças de John Rutter, no Requiem de Fauré, na Missa de Requiem de Donizzetti e The armed Man de Karl Jenkins. Realizou em 1ª audição a personagem de Jesus na obra Paixão segundo S. João de P. Ferreira dos Santos. Participou em eventos com o Círculo Portuense de Ópera, Coro de S. Tarcísio, Orquestra Artave, Igreja da Lapa do Porto, Orquestra do Norte, Orquesta das Beiras, Ópera do Teatro Nacional de Queluz, Coro da Sé Catedral do Porto, Coliseu do Porto, Teatro Municipal Rivoli do Porto, Ordem dos Médicos, Igreja da Trindade no Porto, Teatro Camões em Lisboa, Teatro Trindade em Lisboa, Teatro do Casino no Funchal e Festival Ticino Musica na Suiça.Tem realizado concertos em Portugal, Espanha, Suiça e Brasil. Frequentou cursos ministrados por Paul von Schillawsky, Ileana Cotrubas, Charles Hamilton, Amin Feres, Charles Spencer, Rudolph Piernay e António Salgado.
O Emsemble Vocal Pró Musica é um projecto de interligação Escola-Comunidade, fundado na cidade do Porto, em 1991, pelo Prof. José Manuel Pinheiro e por alguns dos seus alunos. Inicialmente, integraram este projecto, elementos oriundos de vários grupos que partilhavam uma
mesma direcção musical. Nos seus primeiros doze anos de existência teve como objectivos a promoção e realização de concertos corais mais participados, favorecendo um maior intercâmbio, inter-ajuda e sociabilização entre agrupamentos com diferentes características. Realizou nesse período cerca de 80 concertos (acompanhados por alunos e/ou professores do Centro de Música da Valentim de Carvalho, pela Orquestra do Norte ou por Quintetos de Metais) em diversas Igrejas e Salas de Espectáculo de Portugal. Dinamizar a actividade coral através da promoção de espectáculos diferentes, promover o gosto pelo canto em grupo e muito especialmente promover a investigação e inovação na área coral são objectivos que também se perseguem com particular atenção neste projecto. Actualmente, tem como base um coro que foi criado no Curso de Música Silva Monteiro - uma das escolas do ensino vocacional de Música mais antigas de Portugal - para corresponder às exigências curriculares da escola. A Direcção da escola entendeu como positiva a adesão deste grupo ao projecto que, a partir de Setembro de 2003 começa uma nova etapa passando a apostar numa formação de câmara. Com esta nova formação participou em Outubro de 2003 no 5º Concurso Internacional de Coros em Riva del Garda - Itália, onde obteve um diploma de prata na categoria de Jazz e Música
JOSÉ FERREIRA LOBO Latina e participou em Novembro de 2004 nas Olimpíadas Corais - 10º Festival e 8º Concurso Internacional de Coros de Atenas - Grécia, onde obteve a Medalha de Bronze na categoria de Coros Mistos. Realizando na cerimónia de abertura deste último evento o seu centésimo concerto. Em Setembro de 2007, deslocou-se a Veneza – Itália, para participar no 5º Festival Internacional e Concurso de Coros “Venezia in Musica”. Concorrendo em 2 categorias, Musica Sacra e Coros Mistos, onde obteve 2 diplomas de ouro, vencendo a categoria de música Sacra e o Grande Prémio “Venezia in Musica”, este último disputado entre os vencedores das 6 categorias. A participação do grupo nestes concursos contribuiu para uma excepcional motivação e evolução musical (e artística) do grupo, pois permitiu o contacto com a realidade coral internacional e promoveu o convívio com grupos oriundos de vários continentes e com níveis artísticos muito elevados. Por ser um grupo jovem, procura dentro da sua actividade musical, explorar a componente lúdica, sem esquecer a componente educativa e por isso “viaja”, no tempo e no espaço, fazendo música de diferentes tipos, estilos, países e épocas.
DIRECTOR ARTÍSTICO José Ferreira Lobo iniciou a sua actividade profissional em 1979 como Maestro Director da Camerata do Porto, orquestra de câmara que fundou com Madalena Sá e Costa. Com a colaboração de solistas prestigiados internacionalmente, apresentou-se em inúmeros concertos, no país e no estrangeiro. Em 1992, funda a Associação Norte Cultural, sendo o seu projecto o vencedor do primeiro Concurso para criação de Orquestras Regionais, instituído pelo estado português. Neste contexto, cria a Orquestra do Norte, de que é o seu Maestro Titular e Director Artístico. Colaborou com artistas consagrados internacionalmente como Krisztof Penderecki, José Carreras, Júlia Hamari, Regis Pasquier, Katia Ricciarelli, Patrícia Kopatchinskaya, Michel Lethiec, Eteri Lamoris, António Rosado, Dame Moura Linpany, Svetla Vassileva, José de Oliveira Lopes, Vincenso Bello e Fiorenza Cossotto. Da sua carreira internacional destaca-se a direcção de ópera e concerto na África do Sul, no Brasil, na Alemanha, China, Coreia do Sul, no Chipre, em Espanha, nos Estados Unidos da América, no Egipto, em França, na Holanda, Inglaterra, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Itália, Letónia, no México, na Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Turquia, Colômbia e na Venezuela, colaborando com orquestras de renome como Manchester Camerata, Orquestra Sinfónica Nacional da Lituânia, Orquestra de Cannes, Orquestra Sinfónica da Galiza, Orquestra Sinfónica de Izmir, Orquestra Filarmónica Checa, Orquestra Sinfónica de Istambul, Orquestra CRR de Istambul, Orquestra da Rádio Televisão de Pequim, Orquestra Sinfónica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Orquestra da Rádio Nacional de Holanda, Orquestra Sinfónica do Estado do México, Orquestra Sinfónica da Universidade de Nuevo Leon, Filarmónica Artur Rubinstein - Lodz, Orquestra Hermitage de St. Petersburg, Orquestra Sinfónica de Zurique – Tonalle, Sinfonieta Eslovaca, Sinfonia Varsóvia,
Orquestra Filarmónica de Montevideo, Orquestra Nacional de Atenas e com os Seoul Classical Players. José Ferreira Lobo apresentou-se em algumas das mais importantes salas de espectáculo do mundo, nomeadamente na Filarmonia de Munique, Tonhale de Zurique, Ópera Nacional do Cairo, no Centro Cultural de Hong Kong, Centro Cultural de Pequim, Teatro Solis de Montevideo, Teatro Cláudio Santoro de Brasília, Teatro Teresa Carreño de Caracas, na Filarmonia de Vilnius, na sala Smétana de Praga e no Hermitage de São Petersburgo. Interpretou ainda música sacra nas igrejas da Madelaine, em Paris, Catedral de Catânia (Festival Bellini) e Orsanmichele, em Florença. É regularmente convidado a integrar mesas de júri de prestigiados Concursos Internacionais. Dirigiu estreias mundiais de compositores franceses, portugueses, suíços e turcos. Possui um amplo repertório que abrange o clássico e o romântico, passando por trabalhos contemporâneos e trinta títulos de ópera. Gravou para a Rádio Televisão e Rádio Difusão Portuguesas e Rádio Suisse – Romande. Com a Orquestra do Norte gravou nove CD’s.
ORQUESTRA DO NORTE A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto de descentralização da cultura musical, apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano. Com a titularidade de José Ferreira Lobo, a ON foi iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música erudita, sendo hoje uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente. Os objectivos básicos pelos quais sempre se pautou a actividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação do repertório. Dezoito anos depois, estes critérios continuam a ser fundamentais para a instituição. Agente de transformações na gestão cultural do nosso País e criadora de um novo paradigma musical, desenvolve uma intensa actividade com temporadas regulares de norte a sul do país. Realizou mais de 3.000 espectáculos em mais de uma centena de diferentes lugares. A ON apresentou-se ainda em Espanha, França e Alemanha. Consciente da importância que representam o aumento e a diversificação da oferta artística qualificada no desenvolvimento cultural da população, no alargamento de públicos e na formação do gosto, a Orquestra do Norte apresentou as obras mais representativas dos grandes compositores da história da música. Servindo o grande repertório orquestral, desde o barroco até ao presente, dá especial atenção à difusão da música portuguesa. João de Sousa-Carvalho, Luís de Freitas Branco, Francisco Lacerda, Corrêa de Oliveira e Joly Braga Santos foram alguns dos compositores portugueses abordados. Os espectáculos da ON incluem concertos sinfónicos, didáctico-pedagógicos, ópera, música de bailado e de câmara. Para além da música erudita, tem abarcado outros géneros musicais, como é o caso do Jazz e música ligeira. A programação da Orquestra do Norte abriuse a um repertório mais amplo e variado no qual, juntamente com as partituras básicas do repertório sinfónico ocidental, abundam
primeiras audições, tanto de música de recente criação, como partituras recuperadas do passado histórico-musical. Com isto, a ON prossegue e intensifica a sua vontade de atender à música dos nossos dias, apresentando obras de compositores como Krzysztof Penderecki, Kristoff Maratka, Karl Fiorini, Alexandre Delgado, Filipe Pires, Nuno Côrte-real, Miguel Faria, José Firmino de Morais Soares, Joaquim dos Santos, Marc-André Rappaz, Emile Ceunink e François-Xavier Delacoste. Sedeada na cidade de Amarante, a Orquestra do Norte integra profissionais de reconhecido mérito e tem, habitualmente, a colaboração de prestigiados maestros, solistas e coros nacionais e estrangeiros. Dos conceituados directores de orquestra que subiram ao pódio da ON referimos Juozas Domarkas, Krzysztof Penderecki, Federico Garcia Vigil, Álvaro Cassuto e Rengim Gokmen. Alguns dos mais destacados solistas vocais e instrumentais portugueses e estrangeiros actuaram nos concertos da ON: entre muitos nomes destacamos António Rosado, Eva Maria Zuk, Avri Levitan, Patricia Kopatchinskaja, Kirill Troussov, Michel Lethiec, Robert Kabara, Placido Domingo, José Carreras, Ileana Cotrubas, Julia Hamari, Fiorenza Cossoto e Svetla Vassileva. Para além da participação regular do seu próprio coro – ensamble de elevado nível musical - a Orquestra do Norte colaborou ainda, entre outros, com o Coro Nacional de São Carlos, Orfeão de Pamplona e com o Coro de Nuremberga. A assistência da ON ronda os cinquenta mil espectadores / ano, o que revela a sua capacidade de resposta aos diferentes tipos de público e o especial cuidado com a formação dos jovens, através dos concertos pedagógicos que são orientados e executados numa perspectiva didáctica. A orquestra dedica ainda parte do seu tempo a gravações, tendo co-produzido até ao momento 13 edições discográficas. A Orquestra do Norte conta com o apoio do Ministério da Cultura e tem colaborado com setenta e uma autarquias, fundações, empresas patrocinadoras e instituições culturais.
ELENCO ON Maestro titular José Ferreira Lobo
Órgão Pedro Nuno Leite
I Violinos Emanuel Salvador Rómulo Assis Alison Wyatt Gints Sapiettis Richard Downs Natalia Konik Angelica Mihalache Natalia Stepansa
Flautas Kayoko Minamino Agnes Abel
II Violinos Ioana Perez Eduardo Rey Mark Heredi Marcin Sobieraj Malgorzata Szymanska Pilar Serrano Violas Liliana Fernandes Laura Blazyte Ana Ivanova Bogoslav Andrev Mariya Sotirova Violoncelos Diego Liberati Marta Ramos Beata Checinska Anna Szczygiel Rasa Sapiettis Contrabaixos Nelson Fernandes Rui Leal Angel Luis Martinez Harpa Emanuela Nicoli
Oboés Russell Tyler Daniel Bernardino Clarinetes Nuno Madureira Cátia Rocha
Local + Data. Sé Catedral do Porto Largo do Terreiro da Sé 17 de Dezembro de 2010 21h30 Organização. Centro Nacional de Cultura Núcleo do Porto Co-organização. C.M.Porto Fundação EDP
Fagotes Joaquim Teixeira Adam Odoj
Patrocínios. Mota Engil Hotel Infante Sagres RAR EFACEC
Trompas Rebecca Holsinger Mário Reis Roberto Sousa Nelson Silva
Apoio. Cabido da Sé Catedral do Porto
Trompetes Aki Matsugi Flávio Silva Trombones José Pereira Daniel Seabra Jorge Freitas Tímpanos e Percussão Malgorzata Matusewcz Vítor Brandão
+ Info. CNC | Núcleo Porto Palacete dos Viscondes de Balsemão Praça Carlos Alberto 71 4050-157 Porto — Andreia Faria t. 961 371 760 aqfaria@gmail.com — www.cnc.pt flickr.com/photos/cncporto (fotos do concerto)
500 exemplares Design: antoniocruz.eu Impressão: Clássica, ag, Porto
organização
co-organização
patrocínios
apoio
17 de Dezembro de 2010 – 21h30