CONCERTO DE NATAL 2011 Centro Nacional de Cultura Núcleo do Porto Orquestra do Norte Sé Catedral do Porto
CONCERTO NATAL’11
Händel em Tempo de Natal Messias HWV 56 — “And the glory of God” 2 Música Aquática — Suite nº 1, Adagio e Staccatto 3 Messias HWV 56 — “And He shall purify” 4 Música Aquática — Suite nº 1, Allegro 5 Messias HWV 56 — “For unto us a child is born” 6 Messias HWV 56 — Sinfonia pastoral 7 Messias HWV 56 — Coro “Glory to God” 8 Música Aquática — Suite nº 1, Presto 9 Messias HWV 56 — “Surely He hath borne our griefs” 10 Messias HWV 56 — “And with His stripes” 11 Messias HWV 56 — “All we like sheep” 12 Música Aquática — Suite N.º2, Menuet 13 Messias HWV 56 — “The Lord gave the word” 14 Música Aquática — Suite nº 1, Hornpipe 15 Messias HWV 56 — “Let us break their bonds assunder” 16 Música Aquática — Suite nº 2, Allegro 17 Messias HWV 56 — “Halleluya” 18 Música Aquática — Suite nº 2, Alla hornpipe 19 Messias HWV 56 — “Since by man came death” 20 Música Aquática — Suite nº 2, Bourré 21 Messias HWV 56 — “Worthy is the Lamb” 1
Ensemble Vocal Pro Musica
Jorge Matta
direcção
Georg Friedrich Händel (1685 - 1759) O Messias (Messiah) é a mais famosa criação de Händel, e está entre as mais populares obras corais da literatura ocidental. Narra a vida de Jesus Cristo desde a sua anunciação profética, o seu nascimento, vida, morte e ascensão ao céu. Composto em 1741, estreou em Londres onde foi, desde logo, bem recebido. O nome do oratório foi tirado do conceito judaico e cristão de Messias. A peça intitulada Música Aquática foi escrita em Londres por volta de 1717 e, a par com o Messias, goza de fama mundial. Nesta peça de carácter festivo vemos a alternância entre muitos tipos de danças, assim como momentos de introspecção e outros de júbilo, que demonstram a habilidade de Händel em escrever música variada, que surpreendem e deleitam o ouvinte.
Tradução do texto do Messias Sinfonia Coro — Pois a glória do Senhor vai manifestarse; e toda a criatura a verá, porque falou a boca de Javeh! Coro — Ele vai purificar os filhos de Levi, para oferecerem sacrifícios ao Senhor, sacrifícios de justiça. Coro — Porque um menino nasceu para nós. Um filho nos foi dado, que tem o poder aos seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Glorioso, Herói poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz. Sinfonia pastoral Coro — Glória a Deus nas alturas e paz na terra e bem-estar para os homens. Coro — Realmente ele carregou as nossas doenças e sofreu as nossas dores. Foi ferido por causa dos nossos pecados, castigado pelos nossos crimes; para nos conseguir a paz. Coro — E pelas suas feridas nós somos curados. Coro — Todos andávamos desgarrados como ovelhas, cada qual seguia o seu próprio caminho. Mas o Senhor carregou todos os nossos pecados. Coro — O Senhor deu-nos a sua palavra. E foram grandes as hostes que a proclamaram. Coro — Vamos, quebrai as suas algemas, e sacudi de vós este jugo! Coro — Aleluia! O Senhor Deus governa poderosamente. — O Senhor será rei, o reino do mundo pertence agora ao Senhor e ao seu Cristo, ele governa desde agora e para sempre. Senhor dos senhores, Deus dos deuses! Aleluia! Coro — A morte veio através de um homem, através de um homem veio também a ressurreição dos mortos. Pois assim como em Adão todos morrem: também, através de Cristo, todos voltarão a viver. Coro — O cordeiro, que foi imolado e nos reconciliou com Deus mediante o seu sangue, é digno de receber a força, a riqueza, a grandeza, o poder, a honra, a sabedoria e a bênção. Toda a força, o valor, o poder, a glória e o louvor pertencem àquele que está sentado no trono e ao cordeiro imolado, desde agora e para sempre. Amén!
Ensemble Vocal Pro Musica O Emsemble Vocal Pró Musica é um projecto de interligação Escola-Comunidade, fundado na cidade do Porto, em 1991, pelo Prof. José Manuel Pinheiro e por alguns dos seus alunos. Inicialmente, integraram este projecto, elementos oriundos de vários grupos que partilhavam uma mesma direcção musical. Nos seus primeiros doze anos de existência teve como objectivos a promoção e realização de concertos corais mais participados, favorecendo um maior intercâmbio, inter-ajuda e sociabilização entre agrupamentos com diferentes características. Realizou nesse período cerca de 80 concertos (acompanhados por alunos e/ou professores do Centro de Música da Valentim de Carvalho, pela Orquestra do Norte ou por Quintetos de Metais) em diversas Igrejas e Salas de Espectáculo de Portugal. Dinamizar a actividade coral através da promoção de espectáculos diferentes, promover o gosto pelo canto em grupo e muito especialmente promover a investigação e inovação na área coral são objectivos que também se perseguem com particular atenção neste projecto. Actualmente, tem como base um coro que foi criado no Curso de Música Silva Monteiro - uma das escolas do ensino vocacional de Música mais antigas de Portugal - para corresponder às exigências curriculares da escola. A Direcção da escola entendeu como positiva a adesão deste grupo ao projecto que, a partir de Setembro de 2003 começa uma nova etapa passando a apostar numa formação de câmara. Com esta nova formação participou em Outubro de 2003 no 5º Concurso Internacional de Coros em Riva del Garda - Itália, onde obteve um diploma de prata na categoria de Jazz e Música Latina e participou em Novembro de 2004 nas Olimpíadas Corais - 10º Festival e 8º Concurso Internacional de Coros de Atenas - Grécia, onde obteve a Medalha de Bronze na categoria de Coros Mistos. Realizando na cerimónia de abertura deste último evento o seu centésimo concerto. Em Setembro de 2007, deslocou-se a Veneza – Itália, para participar no 5º Festival Internacional e Concurso de Coros “Venezia in Musica”. Concorrendo em 2 categorias, Musica Sacra e Coros Mistos, onde obteve 2 diplomas de ouro, vencendo a categoria de música Sacra e o Grande Prémio “Venezia in Musica”, este último disputado entre os vencedores das 6 categorias. A participação do grupo nestes concursos contribuiu para uma excepcional motivação e evolução musical (e artística) do grupo, pois permitiu o con-
tacto com a realidade coral internacional e promoveu o convívio com grupos oriundos de vários continentes e com níveis artísticos muito elevados. Por ser um grupo jovem, procura dentro da sua actividade musical, explorar a componente lúdica, sem esquecer a componente educativa e por isso “viaja”, no tempo e no espaço, fazendo música de diferentes tipos, estilos, países e épocas.
Jorge Matta Jorge Matta estudou direcção de coros com José Aquino e Michel Corboz, e direcção de orquestra com Colin Meters e Georges Hurst, em Inglaterra, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Desde 1976 maestro assistente do Coro Gulbenkian, é doutorado em Musicologia Histórica pela Universidade Nova de Lisboa, onde ensina no Departamento de Ciências Musicais. Destacado investigador, editor e intérprete de música portuguesa, tem realizado inúmeras primeiras audições modernas de obras vocais e instrumentais de compositores como Filipe de Magalhães, Lopes Morago, Carlos Seixas, Francisco António de Almeida, Pedro António Avondano e José Joaquim dos Santos, entre muitos outros, e estreias absolutas de obras de Constança Capdeville, Jorge Peixinho, Fernando Lopes-Graça, Filipe Pires e Miguel Azguime. Gravou várias séries de programas de televisão, uma das quais, “Tempos da Música” (1988), inteiramente dedicada à música portuguesa. Em 1986 representou Portugal na Eurovisão e na Mundovisão,. Dirigiu a Orquestra Sinfónica da RDP, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra de Câmara de Macau, a Orquestra de Câmara de Lisboa, a Orquestra de Câmara Sousa Carvalho, a Orquestra Musicatlântico, a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, o Collegium Instrumentale de Bruges e o Coro da Radiodifusão da Baviera, e participou nos Festivais Internacionais de Pamplona, Palência e Badajoz (Espanha), Rottenbourg e Munique (Alemanha), Bruxelas (Europália ‘91) e Israel (1998). A sua discografia inclui discos com o Coro Gulbenkian ( “Canções Corais” de Filipe Pires, “Libera me” de Constança Capdeville, “Opera Omnia” de Diogo Dias Melgás, “Música Sacra” de Joaquim Casimiro Junior, “Vilancicos negros de Santa Cruz de Coimbra”, “Música Sacra de Pero de Gamboa e Lourenço Ribeiro” ), com o grupo Cantus Firmus ( “Cantochão Figurado” ), e com a Orquestra de Câmara de Lisboa ( “Música Portuguesa do séc. XVIII” ), que mereceu, entre outros,
um prémio da Academia Francesa do Disco. Em 2000-2001, foi director do Teatro Nacional de São Carlos. É, desde 2001, presidente da Comissão de Acompanhamento das Orquestras Regionais.
Orquestra do Norte A Orquestra do Norte concretiza, desde 1992, o projecto de descentralização da cultura musical, apresentado pela Associação Norte Cultural, vencedora do primeiro concurso nacional para a criação de orquestras regionais, instituído pelo Estado Português nesse mesmo ano. Com a titularidade de José Ferreira Lobo, a ON foi iniciadora de um trabalho verdadeiramente pioneiro e inédito, tendo-se afirmado no panorama da música erudita, sendo hoje uma instituição reconhecida nacional e internacionalmente. Os objectivos básicos pelos quais sempre se pautou a actividade da Orquestra do Norte passam pela criação de novos públicos, pelo apoio à música e aos músicos portugueses e pela constante renovação do repertório. Dezanove anos depois, estes critérios continuam a ser fundamentais para a instituição. Agente de transformações na gestão cultural do nosso País e criadora de um novo paradigma musical, desenvolve uma intensa actividade com temporadas regulares de norte a sul do país. Realizou mais de 3.000 espectáculos em mais de uma centena de diferentes lugares. A ON apresentou-se ainda em Espanha, França e Alemanha. Consciente da importância que representam o aumento e a diversificação da oferta artística qualificada no desenvolvimento cultural da população, no alargamento de públicos e na formação do gosto, a Orquestra do Norte apresentou as obras mais representativas dos grandes compositores da história da música. Servindo o grande repertório orquestral, desde o barroco até ao presente, dá especial atenção à difusão da música portuguesa. João de Sousa-Carvalho, Luís de Freitas Branco, Francisco Lacerda, Corrêa de Oliveira e Joly Braga Santos foram alguns dos compositores portugueses abordados. Os espectáculos da ON incluem concertos sinfónicos, didáctico-pedagógicos, ópera, música de bailado e de câmara. Para além da música erudita, tem abarcado outros géneros musicais, como é o caso do Jazz e música ligeira. A programação da Orquestra do Norte abriu-se a um repertório mais amplo e variado no qual, juntamente com as partituras básicas do repertório sinfónico ocidental, abundam
primeiras audições, tanto de música de recente criação, como partituras recuperadas do passado histórico-musical. Com isto, a ON prossegue e intensifica a sua vontade de atender à música dos nossos dias, apresentando obras de compositores como Krzysztof Penderecki, Kristoff Maratka, Karl Fiorini, Alexandre Delgado, Filipe Pires, Nuno Côrte-real, Miguel Faria, José Firmino de Morais Soares, Joaquim dos Santos, Marc-André Rappaz, Emile Ceunink e François-Xavier Delacoste. Sedeada na cidade de Amarante, a Orquestra do Norte integra profissionais de reconhecido mérito e tem, habitualmente, a colaboração de prestigiados maestros, solistas e coros nacionais e estrangeiros. Dos conceituados directores de orquestra que subiram ao pódio da ON referimos Juozas Domarkas, Krzysztof Penderecki, Federico Garcia Vigil, Álvaro Cassuto e Rengim Gokmen. A ON contou ainda, durante cerca de 17 anos, com a distinta colaboração do maestro Gunther Arglebe enquanto maestro adjunto. Alguns dos mais destacados solistas vocais e instrumentais portugueses e estrangeiros actuaram nos concertos da ON: entre muitos nomes destacamos António Rosado, Eva Maria Zuk, Avri Levitan, Patricia Kopatchinskaja, Kirill Troussov, Michel Lethiec, Robert Kabara, Placido Domingo, José Carreras, Ileana Cotrubas, Julia Hamari, Fiorenza Cossoto e Svetla Vassileva. Para além da participação regular do seu próprio coro – ensamble de elevado nível musical - a Orquestra do Norte colaborou ainda, entre outros, com o Coro Nacional de São Carlos, Orfeão de Pamplona e com o Coro de Nuremberga. A assistência da ON ronda os cinquenta mil espectadores / ano, o que revela a sua capacidade de resposta aos diferentes tipos de público e o especial cuidado com a formação dos jovens, através dos concertos pedagógicos que são orientados e executados numa perspectiva didáctica. A orquestra dedica ainda parte do seu tempo a gravações, tendo co-produzido até ao momento 13 edições discográficas. A Orquestra do Norte conta com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura e tem colaborado com setenta e uma autarquias, fundações, empresas patrocinadoras e instituições culturais.
ELENCO ON Local + Data. Sé Catedral do Porto Largo do Terreiro da Sé 16 de dezembro de 2011 21h30 Organização. Centro Nacional de Cultura Núcleo do Porto Co-organização. C.M.Porto Fundação EDP
+ Info. CNC | Núcleo Porto Palacete dos Viscondes de Balsemão Praça Carlos Alberto 71 4050-157 Porto — Andreia Faria t. 961 371 760 aqfaria@gmail.com
patrocínio
Apoio. Cabido da Sé Catedral do Porto Orquestra do Norte Ensemble Vocal Pro Musica Minerva Artes Gráficas
apoio
Patrocínios. Hotel Infante Sagres RAR EFACEC
400 exemplares Design: antoniocruz.eu Impressão: Minerva, Vila do Conde
co-organização
— www.cnc.pt flickr.com/photos/cncporto (fotos do concerto)
organização
Maestro titular José Ferreira Lobo I Violinos Emanuel Salvador Rómulo Assis Alison Wyatt Gints Sapiettis Richard Downs Natalia Konik Miksa Iranyossy-Knoblauch Anton Carballo II Violinos Ioana Perez Mark Hered Eduardo Rey Marcin Sobieraj Malgorzata Szymanska Pilar Serrano Violas Liliana Fernandes Laura Blazyte Ana Ivanova Bogoslav Andrev Violoncelos Teresa Lli Marta Ramos Anna Szczygiel Rosaliya Rashkova Contrabaixos Nelson Fernandes Rui Leal Oboés Russell Tyler Daniel Bernardino Salvador Jorge Fagotes Joaquim Teixeira Trompas Mário Reis Nelson Silva Trompetes Aki Matsugi Flávio Silva Tímpanos e Percussão Kasuko Osada Orgão Pedro Cunha
16 de dezembro de 2011 – 21h30