Cobaia #111 | Novembro | 2011 | Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo - Univali
OPA 2011 FATOR RH
Apesar de todo o avanço da medicina, incompatibilidade sanguínea ainda tira o sono de muitas gestantes | 15
Caráter vs personalidade
Especialistas afirmam que infância é determinante na formação do caráter | 03
Fotografia pictorialista| 16
E
www.cerino.com.br
ditorial Sandro Galarça sandro.galarca@univali.br
Eis que chegamos a mais um jornal- bém acontecem as aulas de laboratório de laboratório feito com a participação de di- diversas disciplinas práticas dos cursos de versos acadêmicos do curso de jornalismo Comunicação Social em suas três habilida Univali, o acompanhamento de profes- tações – Jornalismo, Publicidade e Propasores das mais variadas disciplinas e, ago- ganda e Relações Públicas – e também o ra, com a presença de acadêmicos do curso curso de Tecnólogo em Produção Audiovide Fotografia da Unidade Ilha. A contraca- sual. O OPA 2011 mostrou que a união de pa desta edição apresenta o resultado da pessoas que têm o mesmo objetivo resulta técnica fotográfica conhecida como pic- quase sempre em algo que podemos nos torialismo, em voga entre a elite francesa orgulhar. Dentre tantas outras histórias interesao final do século XIX e que tinha como principal objetivo elevar a fotografia à cate- santes contadas nesta edição do Cobaia, destaque ainda para goria de arte. a discussão sempre Nesta edição, pertinente para a foras páginas centrais mação do caráter do trazem uma reportaO OPA provou que a indivíduo moderno; gem especial sobre o a incaompatibilidade OPA que mobilizou o a união das pessoas sanguínea que pode campus de Itajaí no trazer complicações último dia 15 de ouresulta em algo que na gravidez; um alerta tubro. O OPA deixou podemos nos contra a automedicade ser uma simples ção; a vida de quem é feira de profissões orgulhar. viciado em games no para se transformar computador ou no vinum acontecimento, deogame; a ingestão feito por alunos, properigosa de anabolifessores, fucionários técnico-administrativos, egressos e princi- zantes esteroides para ganhar massa muscular, enfim, são muitos assuntos para um palmente muita dedicação. O curso de jornalismo marcou presen- espaço tão pequeno. O jeito é avançar as ça ao receber mais de 300 visitantes nas páginas, seguir a diante e conferir esta ediinstalações da TV Univali, local onde tam- ção e suas reportagens especiais.
Cobaia
Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da UNIVALI
Editor Participaram desta Edição Sandro Lauri Galarça Reg. Prof. 8357 MTb/RS Ana Maria Cordeiro, Bruna Azevedo, Cynthia Badlhuk, Déborah Dayane, Fernanda Silbeira Pinto, Projeto Gráfico/Capa Gabriela Bepler, Guilherme A. da Luz, Guilherme Sandro Lauri Galarça Furtado, Karine Rosane Mendonça, Leonardo Costa, Lucas Coppi, Máiron de Abrantes Nagel, Márcia Peixe, Michela Zamin, Rodrigo Ferreira, Raquel da Estagiária Cruz, Sthephanie da Rocha e Wilaim José Koester. Raquel da Cruz Agência Integrada de Comunicação - IN
Caráter x Personalidade Especialistas acreditam que os primeiros anos de vida são determinantes na formação do caráter do ser humano Bruna Azevedo brunazevedo1989@hotmail.com
Michela Zamin michelagzamin@yahoo.com.br
Muito se questiona sobre o que nos leva a realizar determinadas ações, o que move nossas atitudes, por que alguns tomam decisões centradas e outros cometem crimes, agem de maneira desequilibrada. Mas, o que é o verdadeiro equilíbrio das coisas? Para tentarmos entender um pouco sobre tudo isso é necessário partirmos do princípio da formação do caráter, como ele é moldado, em que momento ele começa a ser desenvolvido na vida de cada um. Em sua tese de doutorado intitulada "A Concepção Freudiana do caráter", Wagner Siqueira Bernardes fez um breve levantamento do uso dos termos caráter e personalidade na filosofia, psiquiatria e consulta a dicionários da língua portuguesa. Julga para o estudo importante percorrer a obra “Da psicose paranoica em suas relações com a personalidade”, de Jacques Lacan. O termo caráter (do grego charaktér, uma letra) é definido frequentemente como tipo, cunho, marca ou sinal convencional. Também diz respeito à índole, ao temperamento e ao feitio moral. É ainda o conjunto dos traços psicológicos, o modo de ser, de sentir e de agir de um indivíduo ou de um grupo; nesta vertente, sua definição se confunde com a de personalidade. A experiência vivida por cada um, a educação recebida e as relações sociais as quais participamos são fundamentais para que
possamos entender um pouco sobre as atitudes que tomamos ao longo de nossa existência. Segundo a psicóloga Fernanda Gnatta, que desenvolve o trabalho de assistência na Secretaria Municipal de Educação da cidade de Tuparendi, no Rio Grande do Sul e atende quatro escolas regulares e uma escola especial, o caráter de uma pessoa começa a ser formado a partir de sua concepção. A família constitui papel fundamental na construção do caráter de seus filhos. “As lições que a criança aprende durante os primeiros anos de vida têm a ver com a formação do seu caráter, e tudo que ela venha a aprender nos anos posteriores compreende o período de formação da personalidade”. Para a psicóloga Juliana Cardoso, de Navegantes, o caráter é consolidado entre seis a sete anos de idade, baseado nos exemplos da sua família ele se torna maduro. A escola por sua vez não tem o poder de mudar o caráter, porém pode auxiliar, oferecendo incentivo desta mudança, o professor de sala de aula consegue perceber as mudanças do comportamento de cada aluno, podendo assim chamar os pais e encaminhar esta criança para um acompanhamento de uma psicóloga, já que o município disponibiliza este serviço na Secretaria de Educação gratuitamente, mas o apoio e atenção dos pais é fundamental para as escolas. O período em que a criança é inserida na escola é de fundamental importância para dar continuidade ao que a família sinaliza. O papel é de colaborar com os valores que a família tem, a escola tem condição de
Definição de homem Para o filósofo francês René Le Senne (La destinée personelle) um homem é: Em sua natureza, um caráter, ou seja, a estrutura congênita que o indivíduo retém de sua hereditariedade, cuja consistência fará o esqueleto de sua vida mental. Por outro lado, Aristóteles, em “ Ética a Nicômaco” diz que nenhuma virtude moral surge em nós por natureza, visto que nada que existe por natureza pode ser alterado pelo hábito. Nas cidades- Estados os legisladores tornam bons os cidadãos por meio de hábitos que lhe incutem. Assim, o caráter enlaça campo de conduta e dos costumes a campo da moral. Por sua vez , Kant, em “ Crítica da razão pura”, diz que o caráter intelegível não é subordinado a quaisquer condições advindas da sensibilidade, mas provoca no sujeito efeitos que se apresentam, no mundo dos fenômenos sensíveis, como um caráter empírico.
Bruna Azevedo
favorecer a construção do entendimento da identidade, um ponto importante para formação do caráter, quem sou, o gosto, o que penso sobre as coisas. Em segundo, o reconhecimento do outro, de outros pensares e valores, aquisição de regras de convívio e a socialização, afirma a educadora Nádia Regina Moser Fantini, Diretora do Centro Educacional Cebolinha e Conhecer, na cidade de Balneário Camboriú. Saindo do conceito ao qual definimos o ser humano individualmente, partimos para um ponto importante que é a base familiar. O que se entende por exemplo por estrutura familiar?
Influências do ambiente familiar Muitas vezes a ordem do nascimento, a experiência que os pais possuem no nascimento e crescimento de cada filho, os conflitos ou dificuldades presentes em determinados momentos da vida do casal podem influenciar na formação do caráter das crianças, relata a Psicóloga Fernanda. De acordo com Sirlene Adélia Debus Soares, 51, 34 anos dedicados à educação infantil, para ter um bom caráter é preciso que tenha muito amor, respeito, conviva com pessoas sinceras, comprometidas e responsáveis”. Sirlene é mãe de quatro homens de 30, 26, 23 e 19 anos e afirma que “todos receberam os mes-
mos cuidados, o mesmo amor, o mesmo carinho, mas os mais velhos tiveram mais limites, menos acesso às coisas materiais. Na adolescência, o mais novo me deu e continua me dando muito trabalho, mas já está melhorando, espero que tudo fique bem logo.” A psicóloga Juliana Cardoso afirma que muitos pais vão ao seu consultório perguntar o porquê das diferenças de comportamento de seus filhos, sendo que receberam a mesma educação em casa. Para essa questão existe uma resposta significativa: os filhos têm personalidades diferentes e desta forma não reagirem à educação e cobranças que recebem dos pais da mesma forma. A psicóloga Fernanda Gnatta explica que o caráter de irmãos podem sim ser diferentes mesmo sendo educados na mesma família “ A ordem do nascimento, a experiência que os pais possuem ao nascimento e crescimento de cada filho, os conflitos ou dificuldades presentes em determinados momentos da vida do casal podem influenciar na formação de caráter das crianças” “A prática e as pesquisas realizadas por psicólogos demonstram a necessidade de se repensar a questão da educação dos filhos. Depois que as experiências provaram que o método do autoritarismo, aplicado por nossos pais, estava ultrapassado e de certa forma ineficiente, optou-se
por outro método menos eficaz e até danoso: o da “liberdade sem responsabilidade”. Alguns psicólogos defendem a volta do autoritarismo na educação dos filhos, mas isso já ficou provado que não dá bons resultados. Seria “domesticação” ao invés de educação. Alguns psicólogos defendem a volta do autoritarismo na educação dos filhos, mas isso já ficou provado que não dá bons resultados. Seria “domesticação” ao invés de educação”. Explica a professora de Psicologia do Rio Grande do Sul Ione da Rosa Scheid em seu artigo “A Formação do Caráter”, publicado na Folha da Produção. As lições que a criança aprende durante os primeiros anos de vida têm mais a ver com a formação do seu caráter que com tudo que ela aprende em anos posteriores. Esse é o período da formação da personalidade, compreendido até os seis anos de idade. O período “estimado” para a formação da personalidade é de mais ou menos de 5 a 6 anos. Nesse período a criança passa por muitas situações e mudanças que podem ser intensas e diversificadas. Vários são os fatores que contribuem para essa formação desde as condições de concepção, gestação e parto associadas às experiências vividas no dia-a-dia durante esses primeiros anos fazendo dessa etapa do desenvolvimento algo extremamente importante.
Do divertimento ao vício
Wiliam Jose Koester
A vida de quem passa horas em frente ao computador, sem comer ou dormir, jogando jogos online
Fernanda Silveira Pinto fidorica@gmail.com
Guilherme A. da Luz guilherme.a.luz@uol.com.br
Lincon dos Santos, de São Paulo, é uma pessoa famosa. Mas não no mundo das revistas, jornais ou da televisão. Aos 19 anos, o paulista é conhecido por sua atuação e desempenho em um dos jogos online mais populares do Brasil, o Counter Strike. Jogador há 10 anos, dos quais passou em média nove horas por dia na frente do computador, já venceu três campeonatos quando tinha apenas nove anos de idade. O caso de Lincon é cada vez mais comum, segundo o psicólogo que atende jovens pela Unimed, Rodrigo Ribeiro Ramalho. Ele afirma que o problema é semelhante a outros tipos de dependências. “Primeiramente, o vício em jogos online, no que se refere aos mecanismos cerebrais, não difere muito de outros tipos de vícios, como em drogas ou jogo patológico. Possuímos uma região no cérebro conhecida como centro de recompensa. Quando fazemos algo e essa área é estimulada, ela "pede" para ser estimulada novamente” O profissional também alerta que este problema pode causar danos ao dependente, que pode passar horas na frente do computador, sem se alimentar, causando danos à sua saúde. A visão também pode ser prejudicada, juntamente com a coluna. O vício não prejudica apenas a saúde da pessoa. Lincon afirma que já chegou a gastar mais de R$ 500 em um único mês com jogos online. “Gastei dinheiro que não me fazia falta,
as sobras, por assim dizer. E não me arrependo. Afinal, eu gastei esse tempo sempre que eu não tinha nada para fazer, era jogar ou ficar vendo TV. Eu escolhi o jogo.” Baseado nos problemas dos adolescentes com vícios, a mestra em psicologia Maria Celina Ribeiro Lenzi diz que existem inúmeros fatores para que um adolescente acabe se viciando. “A questão do vício é multifatorial, ou seja, envolve aspectos sociais, psicológicos, genéticos, físicos, ambientais, entre outros. Portanto, não podemos afirmar qual a maneira mais fácil de um adolescente acabar viciado. É importante fazer uma avaliação muito apurada para dar ênfase à individualidade”. Há outros casos, como o do estudante de Cabo Frio, Rio de Janeiro, Matheus Mota Rocha, de 16 anos. Ele passa cerca de três horas por dia na frente da tela do computador, e gasta em média R$ 50,00 mensais nos jogos. Apesar de não se arrepender de suas atitudes, o adolescente afirma que o jogo acabou prejudicando seu desempenho escolar. “Fui de melhor aluno da sala a pior, repetindo meu primeiro ano do ensino médio”. Em Portugal, a doutora Teresa Paula Marques, autora de quatro livros sobre crianças e adolescentes, afirma em seu site que “o vício atinge mais os jovens adolescentes, mas há também adultos que passam horas a fio em frente a um computador, completamente desligados da realidade, esquecendo-se muitas vezes das suas necessidades básicas, como comer e dormir”.
Exemplo disto é o estudo americano realizado em fevereiro de 2010, pelo Instituto Sam e Rose Stein, nos Estados Unidos, que mostra o uso do videogame “Wii”, lançado pela Nintendo em novembro de 2006, por idosos, os auxiliando com a manutenção da memória e para manter o corpo ativo, além de afastar a depressão. De acordo com a associação brasileira de psiquiatria, que publicou a pesquisa, 19 participantes, entre 63 e 94 anos, jogaram um exergame no Wii da Nintendo durante sessões de 35 minutos, três vezes por semana. Segundo o pesquisador, Dilip Jeste, professor de psiquiatria e neurociências da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, os participantes acharam os exergames divertidos, se sentiram desafiados e conseguiram ter progresso no jogo. Os jogadores brasileiros também não pensam que os jogos são “grandes vilões”. Durante entrevista com 10 jovens, de seis
estados diferentes (Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Sul), entre 12 e 26 anos, apenas dois disseram se arrepender de ter passado tempo na frente do computador. De Belo Horizonte, Pedro Henrique, 20 anos, seis deles passados em jogos online, é um exemplo de como usar os jogos de maneira positiva. “Fiz grandes amizades, algumas tenho até hoje. Aprendi a mexer com editores de imagens avançados e aprendi a jogar. Tive várias experiências ruins, mas as boas se sobressaíram”. Há ainda quem acabe conhecendo alguém especial por intermédio do hobby, como foi o caso de Luan Marques, 17, de João Pessoa, Paraíba. “Conheci minha namorada no jogo, fomos ficando mais íntimos e estamos juntos até hoje”. Caso a pessoa perceba que realmente existe um problema, e necessite que isto acabe, Rodrigo Ramalho diz que existem
várias formas de tratamento. “O mais indicado seria psicoterapia, e existem vários tipos e modelos. Porém, tem se mostrado eficaz o modelo cognitivo-comportamental, no qual o dependente aprende sobre seus pensamentos em relação ao jogo e ao ato de jogar, aprende a se auto-monitorar para saber em quais momentos sente maior vontade de jogar.” Com este tratamento, o paciente aprende também a associar novos comportamentos aos mesmos, ou semelhantes, sentimentos de prazer causados pelos jogos. São criadas novas estratégias para que a pessoa possa desfrutar de momentos agradáveis fora do mundo virtual. A idade média do jogador brasileiro, segundo as entrevistas realizadas, é de 16 anos. Predominam no estado de São Paulo, e jogam em média seis horas por dia, gastam com isto aproximadamente R$ 100,00 mensais e jogam há cinco anos.
Pesquisa realizada com diversos jogadores do país
E quando o vício se torna virtude? Apesar dos alertas dados por tais profissionais, há quem diga que o passatempo pode acabar revertendo de forma positiva para a vida de quem joga.
Entrevistas realizadas via e-mail e/ou telefone.
Depende de como se usa A ingestão de anabolizantes não é uma ciência exata, depende do que é utilizado, de como e quem consome
Guilherme Furtado gffsoares@gmail.com
O maior caso de doping da história do esporte brasileiro está aos poucos sendo revelado. Neste ano, oito atletas do país foram suspensos pela União Internacional de Ciclistas por uso de substâncias ilegais. Porém, o problema não acontece só entre os profissionais; muita gente usa na academia, apenas para crescer mais rápido e de maneira descontrolada. O que acontece com o corpo humano após a ingestão de esteroides? Por que ocorre a hipertrofia muscular? Quais são os riscos para quem ingere anabolizantes? Em Blumenau, o Professor especialista em musculação e treinamento de força Jairo Jeronimo de Barros Jr. explica que os esteroides enganam as células para elas aumentarem a capacidade de absorção de nutrientes. Por isso, mesmo com a ingestão dessas substâncias, ninguém vai crescer sem malhar. Existem pessoas que usam e quase não se pode notar os efeitos, em outros casos é visível a diferença em um curto espaço de tempo. O mesmo acontece com os efeitos colaterais que podem ou não aparecer. Tudo depende de quem está usando, o que está usando, a frequência e o tempo total de uso e principalmente se está seguindo passo a passo um profissional qualificado para tal, é o que o escpecialista garante. A questão ética é citada por Jairo quando questionado se um profissional poderia fazer
o acompanhamento de alguém que planeja usar esteroides por motivo estético. Normalmente quem trata desse assunto é um endocrinologista e é comum o questionamento ao paciente sobre o motivo para usar tais substâncias. Já que o risco consiste no fato de fazer uso de algo que o corpo não necessita. Jairo argumenta que um risco comum para o usuário é o vício psicológico. “Depois de começar a usar anabolizantes, muita gente acredita que só conseguirá crescer com o uso dele e não para de usar por razões psicológicas e não fisiológicas”. O especialista em avaliação e prescrição de exercícios físicos Jackson Andrey Nascimento, de Blumenau, afirma que os esteroides anabólicos apenas criam as condições ideais para que as pessoas possam se beneficiar de treinos mais intensos e de uma dieta balanceada. E concorda que eles podem causar dependência. “Mesmo após ter efeitos colaterais graves e terem suas vidas sociais afetadas pela irritabilidade causada, os usuários continuam gastando tempo e dinheiro com esse tipo de coisa”. Jackson alerta sobre os perigos que os anabolizantes representam. Questionado sobre o que acha de pessoas que não se conformam apenas em malhar e ter uma alimentação saudável, mas também fazem o uso de esteroides anabólicos o especialista afirma que “é totalmente contraditório, o aluno que entra numa academia para a melhora de sua qualidade de vida começar usar esteroides anabolizantes, muitas vezes por falta de informação. Aí entra o papel do educador físico
Wiliam Jose Koester
em orientar este aluno”. Em três anos de academia, Thiago Juliano Braz, 23, de Blumenau, nunca usou anabolizantes. Com um metro e sessenta e oito de altura e 57 quilos, se considerava muito magro. Após malhar por três meses ganhou dez quilos de massa muscular, sem fazer uso de suplemento. “Ganhei massa malhando e comendo o essencial”, afirma Thiago. Com um ano de academia, Thiago começou a tomar Whey, proteína concentrada
Possíveis efeitos colaterais
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Hepatotoxicidade: Lesão no fígado.
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Tendão e ligamento: O aumento exacerbado das fibras musculares pode ser desproporcional ao que o corpo suporta e ocasionar problemas de tendão e ligamento.
Acne: A DHL faz a glândula sebácea produzir mais óleo. Combinado com pele seca e bactérias no ar, forma-se a acne.
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Agressividade: Pode ser causada por esteroides androgênicos.
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Colesterol: O aumento do LDL (colesterol ruim) e diminuição do HDL (Colesterol bom).
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Calvície: A Dihidrotestosterona faz com que o folículo capilar pare de crescer cabelo. Hipertensão: Alguns teróides retêm água organismo, incluindo sangue, provocando sim, a hipertensão.
esno no as-
Ginecomastia: Ocorrência de mamilos femininos em homens.
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Hipertrofia Prostática: Acontece em homens de mais idade, nos quais a quantidade de HDL é naturalmente maior.
extraída do leite. Dois meses depois parou, pois não sentiu diferença. Após um ano usou glutamina, que aumenta a energia para malhar e diminui a fadiga depois do treino. Com isso, ganhou mais três quilos. Thiago saltou de 57 para 70 quilos. “Fiquei satisfeito com meu físico, encorpado, com músculo definido, porém sem exagero”. Esteroides anabólicos têm efeitos androgênicos, ou seja, mudanças nas características sexuais. Mudanças de voz e
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Insônia: Os esteroides têm efeito estimulante. Isso pode provocar insônia.
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Virilidade nas mulheres: Engrossamento da voz, pêlos na face e até atrofia do clitóris.
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Limitação do crescimento: Alguns esteróides se muito utilizados podem levar ao fechamento prematuro dos discos de crescimento localizados nas epífises ósseas.
crescimento de pelos, além de afetarem a genitália. O maior culpado pelos efeitos colaterais causados por esteroides anabólicos é o hormônio Dihidrotestosterona (DHL). O autor do livro Musculação e Anabolismo Total, Waldemar Guimarães. Considera que “infelizmente algumas pessoas buscam o caminho mais fácil, antes de experimentar as verdadeiras possibilidades do treino que é ótima alimentação, por pura preguiça, imediatismo e desinformação”.
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Impotência e esterilidade: Resultado do cessamento ou redução da produção natural de testosterona, já que há muita no corpo por conta do uso de esteróides.
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Dor de cabeça: Causada por esteroides androgênicos, é um efeito da hipertensão.
Fonte: Musculação e Anabolismo Total de Waldemar Guimarães.
O que aconteceu com os campinhos de pelada?
Gustavo Rosa
Luís Fernando joga dentro de casa por segurança
Com o crescimento da construção civil, não sobra mais espaço para as tradicionais “peladas”
Gustavo Rosa gustavo@manchetedovale.com.br
Os mais velhos lembram. Antigamente, quando as grandes construções não aconteciam na mesma intensidade de hoje, os terrenos baldios não eram usados apenas como depósitos de lixo, muitos deles eram espaços para a prática do esporte. As tradicionais peladas aconteciam por todas as esquinas das cidades. Mas os tempos mudaram e o que se nota hoje é a expansão da construção civil tomando conta de todas as partes da cidade. No Bairro Dom Bosco, por exemplo, na esquina em que se encontram as ruas da vala (Jacob Ardigó) e a José Pereira Liberato havia um campinho. Os jogadores, todos moradores do bairro, chegaram a construir vestiários e banco de reservas com madeira. Mais tarde o terreno foi comprado por uma construtora e hoje está vazio, sem que qualquer obra tenha sido iniciada. Mas, sem
as traves, a bola não rola mais no lugar. Atacante do Grêmio e do Avaí nas décadas de 80 e 90, o ex-jogador Marcos Severo vive na Praia Brava e é dono de uma loja no Centro de Itajaí. Ele lamenta que os garotos não tenham mais a oportunidade de jogar na rua como antigamente. “Não vemos mais nenhum campo de pelada na cidade. Isso tira muito o bemestar da comunidade. Os que tem são de grama sintética e os jovens têm que pagar para jogar. Então virou um comércio, impedindo que se jogue bola como antigamente”. Severo ressalta ainda que a situação não é exclusividade de Itajaí. Natural de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, o ex-jogador explica que o cenário é o mesmo lá. “Conversando com meus amigos de infância reparei que não existem mais campos da pelada como antigamente. Só no meu bairro tinha sete ou oito. Hoje não se vê nenhum. As construções tomaram conta”, lamenta.
Em campos particulares o preço é alto Sem a opção de jogar na rua como antigamente, agora os jovens têm que apelar para as quadras particulares. Um dos pontos mais frequentados de Itajaí é o Camisa 10. Mas o preço de uma hora de futebol não é nada atraente: R$ 95,00. Uma opção mais barata era a quadra de futebol de salão do Parque Dom Bosco, onde a hora custava R$ 50,00. Atualmente a locação da quadra está suspensa pela direção do parque. Nascido e criado no Bairro São João, o superintende da Fundação de Esportes e Lazer de Itajaí, Álvaro Provesi, acostumou-se a jogar bola num campinho em que existia onde hoje está
a igreja do bairro. “Depois da aula, sempre ia jogar com os amigos. Hoje a população não tem mais acesso a esses campinhos, a cidade não para de crescer, muitos lugares onde se jogavam as peladas antigamente hoje são tomados pelas casas, prédios e outras construções”. Álvaro acredita que uma saída para os jovens possa ser utilizar algumas das quadras públicas distribuídas pela cidade. “Cada uma delas possui um professor responsável, que em determinados dias da semana trabalha com crianças da comunidade. No Bairro Fazenda, por exemplo, tem o campo da Praça Beira Rio, ali as aulas são responsabilidade do professor Antonio Augus-
to, ex-treinador do Marcílio Dias e que hoje trabalha com os jovens”. Mas nem todos têm a sorte de contar com uma quadra perto de casa. Enquanto a reportagem produzia esta matéria, passamos em frente a uma casa no Bairro Dom Bosco, onde o jovem Luís Fernando, 12, jogava bola sozinho, dentro de casa, porque os avós tinham medo de deixá-lo brincar na rua e algum acidente acontecer. Como ele estava perto do antigo campinho tomado pela construtora, perguntamos se ele sabia onde ficava o lugar. “Não sei. Se tivesse algum eu não ficava em casa. Estaria lá jogando”.
http://migre.me/608cn
Despertar para a saúde O tratamento holístico encoraja o paciente a se autocurar
Marcia Peixe mah.peixe@hotmail.com
Stéphanie da Rocha stephanie.wr@hotmail.com
A medicina holística vê o ser humano como um todo: corpo, mente, espírito. Essa abordagem busca pelo equilíbrio ampliando a compreensão do homem, primeiro: a paz interior, segundo: a paz com os outros e em terceiro: a paz na Ecologia Ambiental, a preservação do planeta. O que define a visão holística na medicina é o conhecimento científico aliado a áreas antigas como a arte, a filosofia, a teologia e a cultura popular. Na área empresarial, por exemplo, seria o mesmo que compreender meio ambiente, qualidade de vida do empregador e do funcionário, e lucro como algo interdependente e igualmente importante. “Fui profundamente tocado pela causa da paz e a partir de mim, onde nasce a paz, aprendi a escutar todas as vozes com respeito e hoje procuro fazer a minha parte ,colaborando com a convivência pacífica e a amorosidade entre todos os seres, honrando todos os caminhos que levem a paz”. Essa foi a primeira experiência de Jairo Salles, educador da Universidade Internacional da Paz (Unipaz), em
Florianópolis. A instituição oferece cursos de Eco Formação e de Formação Holística de Base. A Formação Holística de Base utiliza atividades teórico-vivenciais que facilitam a compreensão e incorporação consciente. José Matarezi, professor de Educação Ambiental do curso de Engenharia Ambiental da Univali, propõe uma “Trilha da vida: uma vivência eco espiritual com a natureza dos sentidos”. Este é o título de seu trabalho, segundo ele “um convite para que as pessoas caminhem atentas, e percebam os detalhes, que estão a sua volta, para se ter a compreensão de si como natureza.” A psicóloga Elaine Marta Pavesi Raymundo define a saúde como um processo que requer tempo, envolvimento de várias pessoas e exige responsabilidade de todos. Vê na prática de terapias holísticas “uma ferramenta em prol da saúde pública, pois é a visão holística que compreende a inteireza do Ser em níveis físicos, do coração e da mente.” Marcelo Moeller Motta, 29, é praticante de Yoga há seis meses. “A atividade é algo físico e fisiológico, mas que transcende para a mente e o espírito.” Ao praticar, Marcelo desliga a mente e consegue chegar a uma consciência física aliviando dores. O tratamento holístico encoraja o
paciente a se autocurar, através da prevenção, diminuindo a necessidade de cirurgias e drogas. Para isso são recomendadas: bioenegética, yoga, Tai chi chuan, prática de meditação etc.
Medicina holística para compor um tratamento A iridologia é uma das técnicas complementares usada pela medicina tradicional no tratamento de enfermidades. Há outras como a massoterapia, reflexologia, auriculopuntura, acupuntura, seitai, fitoterapia, florais, minerais, entre outras. Através da análise da íris, a iridologia possibilita verificar alterações em sua estrutura, carências nutritivas ou danos por questões emocionais. Dona Maria Bartiri Lorenzo, 59, descobriu que tinha diabetes e para aliviar os efeitos do tratamento médico, buscou na iridologia novos hábitos. “Passei a tomar mais água, fazer caminhada com mais frequência, coisas simples, mas que não tinha hábito de praticar.” A base do tratamento da iridologia é a alimentação e se necessário, medicamentos fitoterápicos. No caso de Dona Maria incluiu reposição hormonal. Mas é importante alertar que esse estudo pela íris não consegue diagnosticar se a pessoa tem diabetes, mas consegue perceber deficiên-
cia no pâncreas, por exemplo. Através da consulta feita pela terapeuta, ela teve a percepção de que a doença não era hereditária, mas foi causada por uma repetição de erros diários. O profissional poderá orientar o paciente que complemente com abordagens energéticas que revitalizam e amenizam os efeitos nocivos de um tratamento com medicamentos. Para a terapeuta Eliana dos Santos Ferreira, “a medicina holística serve para complementar um tratamento. As duas trabalham em conjunto: holística atua no equilíbrio da pessoa, enquanto que a
tradicional age na doença.”
Profissão regulamentada
Desde 1998, A Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui o bem estar espiritual como uma das definições de saúde. Antes a OMS definia saúde como o bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo. Os profissionais se formam por meio de cursos dentro de cada área, especializando-se, os quais tem a duração de 2 a 3 anos. Ao final, é feita a monografia, recebe-se o CRT provisório e depois de 1 ano é enviado o CRT definitivo. http://migre.me/6083T
Espe
2011: pensando n OPA Quatro mil visitantes e mil envolvidos na organização fizeram o OPA deste ano
Raquel da Cruz raquel-da-cruz@hotmail.com
Wiliam Jose Koester wiliamjk@gmail.com
Seria um sábado comum, se não fosse o OPA. O programa de Opção Profissional por Área, realizado todos os anos pela Universidade do Vale do Itajaí, recebeu quase quatro mil visitantes nesta décima primeira edição. Durante todo o dia 8 de outubro, acadêmicos, professores e funcionários se mobilizaram para mos-
trar um pouco da rotina dos cursos. Quem esteve pelo campus de Itajaí teve um dia repleto de palestras, atividades e pôde conhecer os laboratórios e experimentar na prática cada área. Além do contato com a profissão, palcos alternativos distribuídos em três pontos da universidade receberam bandas da região, apresentações culturais e de artes marciais. No Teatro Adelaide Konder, um grupo de teatro de Curitiba apresentou a peça “O que você vai ser quando crescer?”. O coordenador do curso de Jornalismo, Carlos Praxedes, explicou que é no OPA o momento em que os cursos podem mostrar o que têm para oferecer, desde a estrutura até o corpo docente. E isso é uma
grande ajuda para quem ainda não decidiu seu futuro profissional. Matheus Dalbosco, estudante de 16 anos do 2º ano do Ensino Médio, chegou cedo e indeciso na manhã de sábado, mas o discurso mudou ao final do dia: “Viciei em Gastronomia”. Matheus assistiu a três palestras e já está decidido sobre qual curso pretende fazer. “A Gastronomia da Univali é uma grande referência no país, e certamente, o OPA me ajudou muito nessa escolha”. Este ano o evento ganhou um conceito verde, pensando na responsabilidade entre os futuros profissionais e a conscientização para a sustentabilidade do planeta. A proposta foi descobrir “como mudar o mundo com a sua profissão”. Letícia Gonçalves
Earle Martins
Eduardo Rosa Eduardo Rosa
ecial
no futuro Letícia Gonçalves
As mãos que fazem o OPA de Jornalismo
Cartazes, faixas, vídeos, equipamentos e muita gente trabalhando. A mobilização foi intensa para deixar tudo pronto até o dia 8. As semanas que antecederam as atividades de Jornalismo no OPA foram de trabalho e expectativa. Alunos, professores e funcionários da comunicação se reuniram para produzir o material exposto nos corredores do campus e apresentado nas palestras. Mais que um evento para a captação de alunos, o OPA se tornou uma demonstração de dedicação daqueles que o fazem. A egressa Priscilla Paese do Amaral foi um exemplo disso. Recém-formada no curso, ela retornou à universidade para ajudar na confecção de cartazes
Os preparativos para o grande dia começam cedo e envolvem acadêmicos, professores e até mesmo egressos para a decoração do evento. Ela conta que durante a graduação, além do conhecimento adquirido em sala de aula, conviveu com pessoas incríveis: “Assim, o meu desligamento do curso tornou-se uma tarefa árdua”. O carinho dos acadêmicos com seu curso é o aspecto mais importante do OPA, disse o Coordenador, Carlos Praxedes. É como um presente “do aluno para o futuro aluno”. Além de uma forma de dar as boas-vindas, também é uma maneira dos egressos mandarem seu apoio à universidade. O entusiamo dos estudantes de Jornalismo durante as palestras ao ver e ouvir egressos era visível por quem estava na plateia. O funcionário da Coordenação
dos Cursos de Comunicação, Earle Martins, 28, comentou sobre a participação dos universitários. “Não só quem estava visitando, mas eles próprios ficavam empolgados”. Ele conta que durante uma das apresentações viu no rosto dos alunos o orgulho de ouvir egressos que hoje trabalham nos grandes veículos de comunicação do país. Seja para trazer novas pessoas para a universidade ou para intensificar as relações entre os acadêmicos e seu curso, o OPA movimentou a Univali. A recompensa desse esforço deve vir ano que vem, quando aqueles que assistiram às apresentações se tornarem calouros e ajudarem nas próximas edições.
A resposta de quem veio ao OPA de Jornalismo: 98 visitantes da palestra de Jornalismo responderam ao formulário. Você já escolheu sua profissão?
Em relação a sua escolha, como você se sente?
A contribuição da palestra para seu esclarecimento profissional:
O que você buscou no OPA?
Eduardo Rosa
Fonte: Coordenação do Curso de Jornalismo.
Wiliam Jose Koester
Futuro profissional Estudantes que negligenciam a vida acadêmica têm forte tendência de tornarem-se meros assalariados em casa Karine Rosane Mendonça mendocakarine@hotmail.com
Entrar em uma faculdade é sinônimo de renúncia. Você vai ter que abrir mão de algumas horas vagas para dedicar-se aos estudos, cumprir com os prazos de trabalhos e ler muito. Há, no entanto, quem ache tudo isso uma grande bobagem e pense que o mundo universitário apresentará fórmulas prontas de como se dar bem no mercado de trabalho e ganhar muito dinheiro. E pensando bem, até dá, mas o caminho é longo e íngreme, é necessário determinação para chegar vitorioso no fim desta etapa. Como diz Paulo Freire em seu livro Educação na cidade, “não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. Ou seja, precisamos desenvolver na academia habilidades que permitam enxergar além do óbvio, conectar informações teóricas com a realidade. Marco Antônio Pereira Teixeira, doutor em psicologia pela UFRGS, explica na Revista Brasileira de Orientação Profissional de 2004, que embora alguns tenham se comprometido com a formação acadêmica desde o início, outros levaram mais tempo para se dar conta da necessidade de se estudar seriamente. A partir deste lapso, muitos chegam ao mercado de trabalho completamente despreparados para exercer a função solicitada. São analfabetos funcionais.
Negligência começa
Em primeiro plano vamos definir o termo analfabetismo funcional. O Instituto Paulo Montenegro, organização que coordena o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), garante que o conceito de analfabetismo vem se transformando ao longo dos anos. Em 1958 a Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas (Unesco) definia como analfabeto o indivíduo que não conseguia ler ou escrever algo simples. Vinte anos depois, adotou o conceito de alfabetismo funcional. É enquadrada nesta categoria a pessoa que, mesmo sabendo ler e escrever frases simples, não possui as habilidades necessárias para satisfazer as demandas do seu dia a dia e desenvolver-se pessoal e profissionalmente. O psicanalista e professor Chafic Jbeili, diretor da do Centro de Qualificação Profissional a distância UnicEAD, com sede em Brasília, revela sua preocupação quanto ao preparo familiar dos acadêmicos que estão hoje nas universidades. “A negligência acadêmica sempre existiu, mas em cada época foi tratada por pessoas e métodos diferentes. Antigamente os pais advertiam os filhos. Hoje em dia os pais advertem os professores na tentativa de melhorar a nota de seus filhos. Assim, tirou-se a responsabilidade do aluno pelo seu próprio desempenho acadêmico”. O professor Chafic também acredita que estudar se aprende em casa e cada acadêmico estudará da forma que aprendeu com seus pais e, depois, com seus mestres. “Pais e mestres despreparados geram acadêmicos despreparados para
os estudos”, garante. De acordo Chafic, a questão cultural é outra problemática. “No Brasil, analfabetos são laureados pela Academia de Letras só porque são milionários. A mensagem do país do futebol e do ex-presidente Lula é: Estudar não faz diferença nenhuma para quem quer ser milionário e poderoso. Essa é a mensagem, então, estudar para quê?”, provoca a reflexão. Segundo o professor, a negligência acadêmica acaba, ou pelo menos diminui, quando o sujeito entende a relevância dos estudos para sua vida pessoal e profissional no futuro. “O antídoto mais eficaz talvez fosse ampliar a visão de futuro dos jovens, mostrando que o que hoje parece ser irrelevante ou mera obrigação, um dia poderá ser a salvação de sua vida social. Estudar e adquirir conhecimento são passaportes para nobres oportunidades”.
Jovens com mentes de governo O mercado precisará sempre de profissionais competentes e entendidos naquilo que se propõem fazer. Os acadêmicos que cresceram ouvindo a história da corrida entre o coelho e a tartaruga entenderão a importância de estudar com afinco. “No final das contas, a tartaruga lenta e determinada vence a corrida, levando vantagem sobre o coelho arrogante e prepotente. Ou seja: no final das contas o acadêmico negligente será sempre o empregado assalariado que irá trabalhar para o acadêmico dedicado”, afirma Chafic. O professor ainda demonstra sua preocupação com os profissionais daqui a 10 anos, por
exemplo, e procura despertar a atual geração de estudantes para as cobranças do futuro. “O tempo sempre nos cobra o que fazemos sem ele. O caminho do sucesso não tem atalhos. Procurem e reflitam sobre as historinhas da corrida entre o coelho e a tartaruga ou quem sabe até aquela história da formiga e a cigarra. São ótimas lições que se devem aprender na infância. Mas isso só é ensinado por pais que realmente se preocupam com o futuro dos filhos”.
Conciliar vida acadêmica e profissional Para muitos, a academia limita o estudante ao desempenho de tarefas tipicamente escolares e não prepara adequadamente para a demanda do mercado de trabalho. No entanto, a academia aponta o caminho e por interesse e determinação o aluno busca alcançá-lo. É nesta premissa que a jovem Gabriella Rebello acredita. Estudante de arquitetura e urbanismo da Univali, realiza aos 19 anos o sonho de infância. No quarto período da graduação, Gabriella desloca-se de van todos os dias de Itajaí para o campus de Balneário Camboriú, cidade vizinha. Para conseguir chegar no horário, acorda às cinco e meia da manhã. As aulas iniciam às 7h30 e seguem até 12h30. Gabriella acredita que a universidade proporciona somente fundamentos básicos para o desenvolvimento da carreira profissional. Compete ao estudante ir além das quatro paredes. “Atualmente, há grande falta de compromisso por parte dos alunos em buscar o que a universidade não oferece. Contudo, a academia faz seu traba-
lho, que é dar o embasamento teórico e prático da área estudada. A experiência e aprendizado empíricos necessários para o ingresso e atuação no mercado de trabalho são de interesse e responsabilidade única de cada acadêmico”. A acadêmica de arquitetura assegura que é possível notar uma diferença gigantesca entre os estudantes que se dedicam ao longo dos anos de universidade e aqueles que são abnegativos. “Percebo que as pessoas deste último grupo não desenvolvem a capacidade de tomar decisões ou de assumir sozinhos grandes responsabilidades”. No primeiro semestre deste ano, Gabriella conseguiu um estágio em uma construtora de Itajaí e afirma que o mercado de trabalho é uma escola tal como o ambiente acadêmico. “Além de me preparar para as relações com os outros profissionais, trabalhar numa empresa da minha área de estudo tem me auxiliado na compreensão dos conteúdos. Posso afirmar com certa confiança que tenho aprendido tanto quanto aprendo na universidade. Talvez até mais”. Arduamente, a jovem acadêmica concilia a rotina acadêmica e profissional. Várias foram as noites em claro debruçada sobre uma maquete, relutando contra o cansaço para cumprir com as tarefas da universidade. O resultado tem sido gratificante. “Busco não somente cumprir com as obrigações, mas realizá-las da melhor maneira possível, procurando o destaque e a qualidade. Acredito ser este o único caminho para o meu crescimento dentro da construção civil”.
Deputados Estaduais de SC têm campanha milionária Mesmo com a impressão de que basta uma boa plataforma de governo, é eleito quem consegue mais recursos para investir Diogo S. Campos diogo@manchetedovale.com.br
Isso a gente já sabia. Ou ao menos é o que as vozes do censo comum costumam dizer, “se elege o candidato que investe mais em sua campanha”. O resultado obtido após cruzamento de dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas veio a mostrar o esperado: em Santa Catarina, os candidatos a deputados estaduais que investiram, se elegeram, aqueles que não tinham dinheiro, não chegaram nem perto.
Quem apareceu? Coincidência? Não é preciso opinar muito, os números falam por si. A amostragem, apesar de pequena, é conclusiva. Os cinco candidatos a deputado estadual
de Santa Catarina, eleitos com mais votos, são também aqueles que mais investiram. R$ 500 mil. Esse é o valor utilizado por candidatos para se elegerem no ano de 2010, Cesar Souza Junior (DEM), Jean Jackson Kuhlmann (DEM) e Luiz Eduardo Cherem (PSDB), encabeçam como três dos que mais investiram, um pouco acima está Gelson Luiz Merisio, como deputado estadual mais votado, investindo quase R$ 700 mil. A exceção à regra é Valdir Vital Cobalchini (PMDB), que chegou a investir R$ 1.135.706 em sua campanha eleitoral.
Sem chance A diferença é estrondosa. Os cinco candidatos com menos votos, e que não se elegeram, não investiram nem 1% daquilo que seus concorrentes gastaram em campanha. Eduardo José França (PPS) colocou R$ 5.285,40 em suas ações de campanha, e Adi Xavier De Castro
(PSB) R$ 1.561,70. Embora isso pareça pouco, fica ainda pior. Tamiris Alves (PDT), Vandresa Da Silva (PDT) e Márcia Regina Silva Da Cunha (PPS), nem sequer apresentaram a prestação de contas. Motivo? Não foram efetuados investimentos na campanha. A conta pode não ter um grande valor científico, mas apenas por curiosidade somamos o número de votos e os investimentos dos cinco candidatos eleitos. O valor de um voto para se chegar ao cargo de deputado estadual em Santa Catarina é de aproximadamente R$ 11. Levando em consideração que hoje são necessários no mínimo 24 mil votos, o valor para ser eleito é de R$ 264 mil. A questão que ainda fica no ar é a seguinte: tem realmente o eleitor, uma chance de escolher? Ou tudo se baseia em quanto cada candidato vai investir na própria campanha? Faces da democracia brasileira.
Deputados estaduais SC Cinco primeiros que se elegeram - 2010 GELSON LUIZ MERISIO (DEM) - 65.551 votos, R$ 683.149,05 investidos CESAR SOUZA JUNIOR (DEM) - 63.723 votos, R$ 563.271,54 investidos VALDIR VITAL COBALCHINI (PMDB) - 62.465 votos, R$ 1.135.706,00 investidos JEAN JACKSON KUHLMANN (DEM) - 59.789 votos, R$ 513.259,59 investidos LUIZ EDUARDO CHEREM (PSDB) - 57.684 votos, R$ 534.043,84 investidos
Deputados estaduais SC Cinco últimos colocados - 2010 EDUARDO JOSÉ FRANÇA (PPS) - 124 votos, R$ 5.285,40 investidos ADI XAVIER DE CASTRO (PSB) - 35 votos, R$ 1.561,70 investidos TAMIRIS ALVES (PDT) - 21 votos, sem gastos VANDRESA DA SILVA (PDT) - 20 votos, sem gastos MÁRCIA REGINA SILVA DA CUNHA (PPS) - 12 votos, sem gastos
O bloco de tijolinhos mais democrático da universidade Alexssandra C. E. Mezzomo bqb_ale@hotmail.com
Câmeras de vídeo, de fotografia, microfones, gravadores de voz, acadêmicos e olhares, olhares atentos de seus professores sobre cada atividade elaborada no corredor, diga-se de passagem, o mais badalado e colorido da Univali. É no bloco 12, ou no bloco do Tentação do Mate, como é conhecido entre os alunos de toda a universidade. Por dia, circulam milhares de acadêmicos
e componentes do corpo docente da instituição. É aqui, no bloco da comunicação que passam pessoas de todas as etnias, de todas as tribos, de todas as idades, de todos os tamanhos e de todos os cursos. Pode ser por muitos considerado só mais um bloco de tijolinhos à vista que está para nós como qualquer outro para a universidade toda, mas não é. Este bloco tem vida, cor, cheiro e sabor. Vida que circula, que estuda, que procura, que discute, que fala alto, que experimenta, que erra, que acerta, que se desafia, e que
pede ajuda. Cheiro, porque é habitado por pessoas, porque tem a lanchonete mais desejada, com os calzones mais saborosos, mas principalmente porque os comunicadores em formação em sua grande maioria fumam. O que por sinal já foi motivo de discussão aqui. Há quem se sinta incomodado com o mau cheiro da nicotina e já tentou reivindicar os direitos junto à coordenação. Ah! A coordenação que para nós é sempre presente, porque no nosso bloco, a hierarquia funciona sim. Há muito respeito a propósito, mas, além disso, há um cari-
nho, uma relação de equipe, de família, de amizade, como queira definir. Muito comum por aqui, é você ser convidado a dar entrevista para as produções jornalísticas em rádio, TV, ou até mesmo para matérias impressas; para opinar aos publicitários sobre algum produto; responder questionários para os relações públicas; ou apenas pousar para as lentes dos fotógrafos que chegaram a pouco, mas que tem feito o maior o sucesso. Entre idas e vindas, subidas e descidas nas nossas escadas queridas, nos cruzamos com pessoas que sonham
com a conclusão do curso e com uma carreira promissora na área escolhida. Com gente que se dedica mais, com gente que não se dedica tanto assim, mas sempre com gente, muita gente, de muitos lugares, que vem para esse universo de diversidade e acaba vivendo intensamente os tantos anos que precisa passar aqui para adquirir o diploma, gente que vem manter a história da universidade e começar a construir a sua. Gente como você, gente como eu, acadêmica de jornalismo que acabou de acabar mais um trabalho de faculdade.
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Ultrapassando fronteiras
Alunos da Univali têm a oportunidade de estudar em várias universidades do mundo
Déborah Dayane deborah_dayani@hotmail.com
Máiron de Abrantes Nagel mairondeabrantesnagel1993@hotmail.com.br
Rodrigo Ferreira rodrigo1993@brturbo.com.br
Em julho de 2004, a estudante Juliana Borgonhol, 27, partia para a maior experiência de sua vida. Ela vinha planejando e sonhando em ter uma experiência universitária no exterior. Apesar de ser muito apegada à família, teve a coragem suficiente para passar um ano longe da proteção de seus pais. Após realizar uma prova de inglês, testes e reuniões com o grupo que iria para os Estados Unidos, havia chegado o grande momento e finalmente iria embarcar para "terras estranhas", como diria o cantante de tangos, Carlos Gardel. Evidentemente, a estudante enfrentou alguns problemas prévios antes do processo serconcluído, mas o importante é que o momento havia chegado. “Apesar de tudo, só posso dizer uma coisa, foi uma das melhores decisões que tomei na vida”, afirma a acadêmica, que até hoje mantém contato com seus colegas americanos
por cartas e e-mails. A estudante Kathleen Weiss já decidiu: vai fazer faculdade na Europa. Ela persistiu com a ideia depois de passar meses pesquisando muito com o país de destino, se imaginando em um programa de intercâmbio. Encantou-se com a liberdade do Primeiro Mundo. “Estou me preparando, economicamente e psicologicamente, sei que vai ser a melhor coisa da minha vida”, projeta Kathleen, 18. Experiências assim já são comuns entre os estudantes e o interesse é cada vez maior. Segundo a coordenadora de assuntos internacionais da Univali, Maria Elizabeth da Costa Gama, cerca de 50 a 60 alunos viajam por ano para os 13 países que são conveniados pela Univali, que são Alemanha, Argentina, Áustria, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, México, Paraguai e Portugal. Cada universidade possui seu próprio calendário acadêmico. A duração do programa vai de seis meses a um ano, e nesse período o acadêmico fica isento do pagamento da mensalidade da universidade de destino. Para os interessados em ter uma experiência acadêmica no exterior, dada pela Univali, é necessário entregar na COAI (Coordenadoria de Assuntos Internacionais) o histórico escolar do aluno, que fornecerá a sua média geral. O acadêmico, em seguida, fará uma prova de idiomas, e também irá partici-
par de uma entrevista. A aprovação do candidato dependerá das notas que o aluno obtiver nestes testes e se for aprovado, é só arrumar as malas e aproveitar a oportunidade. A Univali oferece todo auxílio e orientação aos intercambistas de primeira viagem. Além das passagens aéreas, o aluno terá gastos relativos à sua manutenção, alimentação, livros, materiais e outras despesas pessoais. Os alojamentos são disponíveis em quase todas as universidades. É recomendável também que o intercambista tenha um cartão de crédito para suas despesas diárias no país de destino. Calcula - se um gasto
médio de 450 a 500 euros por mês. É muito importante que o aluno faça um seguro para o período de permanência no exterior, e que procure o consulado do país de destino para saber quais os requisitos exigidos para ingressar nele. Mesmo com os relatos entusiasmados de quem viajou, os intercambistas quase sempre passam por situações adversas. “Eu achava que sabia inglês, mas quando comecei a ter contato com as pessoas logo no aeroporto, fiquei totalmente perdido,” afirma Douglas Campos, 24, que morou um ano nos Estados Unidos. Ele fala da experiência com muita empolgação.
O estudante disse como foi assustadora a sua chegada, mas afirma que durante o período de intercâmbio passou pelos momentos mais extraordinários e engraçados de sua vida. Douglas morou com outros três intercambistas de diferentes países, o que segundo ele tornou tudo muito mais interessante, pois aprendeu muito com seus colegas de quarto.“Você tem de estar preparado para isso senão você chora”, diz Douglas. Ele fala que todos os estudantes deveriam ter a chance de fazer um programa de intercâmbiopara ter novas experiências de vida e conhecer outras realidades. Divulgação
Universidade chinesa é uma das diversas entidades conveniadas à Univali
Pequenosonline online Pequenos vez mais crianças utilizam a internet estudar divertir. Pais devemestar estaratentos atentosàs àsarmadilhas armadilhas da da rede rede Cada Cada vez mais cedo,cedo, crianças utilizam a internet parapara estudar ou ou se se divertir. Pais devem que estimulam de modo dique estimulam de modo de di-idenverso seus processos Gabriela Bepler verso tificação, seus processos de idene em cada um Gabriela Bepler tificação, e em cada um delesdeles gabi_1009@hotmail.com ela vai sendo interpelada de gabi_1009@hotmail.com ela vai sendo interpelada de das modo diferente. A cultura modo mídias, diferente. A cultura porém, assumedas um paLucas Coppi mídias, assume papelporém, cada vez maisum importante Lucas Coppi pel cada lucas.h.coppi@hotmail.com vez mais importante nesse processo, até porque ela lucas.h.coppi@hotmail.com nesse permeia processo,asaté porquesituações ela demais permeia as demais situações familiares, escolares e sociais, Uma grande rede de pespor onde a criança transita. familiares, escolares e sociais, conectadas porpescomputaUmasoas grande rede de Por isso o mundotransita. virtual chadores interligados. Esse é por um onde a criança soas conectadas por computama otanto a atenção, exemdos significados daéfamosa In- isso mundo virtual por chadores interligados. Esse um Por plificar algo quepor aconteceu ternet, que permite ma tanto a atenção, exem- em dos significados da nos famosa In- ficar casa, simplesmente por sair navegando plificar algoouque aconteceu em ternet, horas que nos permiteentre ficaras mida realidade dela. Um primeilhões de páginas espalhadas horas navegando entre as mi- casa, ou simplesmente por sair ro passodela. paraUm entendermos o porpáginas todos os espalhadas quatro cantosda dorealidade primeilhões de papel da Internet na vida das mundo, seja com pesquisas, por todos os quatro cantos do ro passo para entendermos o é procurarmos conhemesmo para mandar papel crianças da Internet na vida das mundo,jogos, seja ou com pesquisas, práticas culturais coem e-mail para um parentecrianças ou cer ésuas procurarmos conhejogos, ou mesmo para mandar amigo que mora longe. Tendo tidianas, inclusive o consumo em e-mail para um parente ou cer suas práticas culturais coum papel cada vez mais impor- de mídias de modo geral”. amigo que mora longe. Tendo tidianas, inclusive o consumo tante na sociedade, a internet de mídias de modo geral”. um papel cada vez mais impor-de pesNa escola está presente na rotina tante na sociedade, a internet soas de todas as cores, raças, Na escola está presente rotina de pesDesde pequenos, os alunos classesna sociais e faixas etárias. soas deInclusive todas asdas cores, raças, do Colégio de Aplicação da crianças. pequenos, os alunos classes sociais e faixas etárias. peão,Desde Univali (CAU) podem usufruir Brincar de pega-pega, do Colégio de Aplicação Inclusive das crianças. de um laboratório dedainforcorrer no parque ou descer no Univali (CAU) podem usufruir Brincar de pega-pega, peão, mática com acesso à internet. escorregador já foram as prinlaboratório de inforcorrer no parque ou descer entre no de Semanalmente, os professores cipais brincadeiras os um máticalevam com seus acesso à internet. alunos ao espaço escorregador já foram as prinpequenos. Mas estes pequenos para que possam ter conheSemanalmente, os professores já passaram dos 30 cipais hoje brincadeiras entre os anos. e noções básicas de levamcimento seus alunos ao espaço O mundo moderno faz com pequenos. Mas estes pequenos internet é uma as atuais tenham para informática. que possam“Ater conhehoje já que passaram dosgerações 30 anos. fonte pesquisa e aprendizamaismoderno interesse pela e de noções básicas de O mundo faz tecnologia, com cimento alunos de seis, sete por umgerações computador potente e do; para“Aosinternet informática. é uma que as atuais tenham anos que estão se alfabetizancom Internet rápida. Por uma fonte de pesquisa e aprendizamais interesse pela tecnologia, do os é um mododediferenciado com potente um amigo do; para alunos seis, sete de por umconversa computador e que aprender a profesnunca conheceu, ouuma ainda anos por que estão”,secomenta alfabetizancom Internet rápida. Por sora Luciana da Silva se transformar no personagem de conversa com um amigo que do é um modo diferenciadoPereira. A diretora do CAU, Arledo jogo preferido. nunca conheceu, ou ainda por aprender ”, comenta a profesNa maioria das vezes, é te Steil Kumm, explica que a se transformar no personagem sora Luciana da Silva Pereira. necessário entender o am- presença da internet e suas A diretora do CAU, Arledo jogo preferido. biente em que a criança vive possibilidades em sala de aula te Steil Kumm, explica que a Na para maioria das vezes, é saber do seu fascínio pelo são de extrema importância. “A joga, até o meu pai, é só colo- não larga mais”. presença da internet e suas necessário entender o amApesar de Victor mostrar inmundo virtual. A influência educação hoje está moderna e car no Google”, disse. emprecisam sala de aula biente em que a criança vive oupossibilidades aprender Com a mesma idade, mas dependência na frente do comdos amigos, do pai, mãe da as crianças extrema “A joga, larga mais”. até o meu pai, é só colopara saber do seu pelo são deesse novo importância. meio de pesquisa. A pensamento Yalli diz que sempre diferente, Victornãoputador, escola são fascínio muito importantes, educação hojehoje estáé moderna e car no Apesar de mostrar inGoogle”, mundo principalmente virtual. A influência Internet um instrumento o Victor filho nesse momenYacono usa disse. a internet para monitora para que elas as crianças aprender frente com-ler mesma idade, mas e-dependência dos amigos, do pai,a mãe ou da tendo para a precisam aprendizagem”, comen- Com to. “Mesmonaque ele do saiba fazera pesquisa e mandar aprendam navegar, esse novo meio de pequeno pesquisa. A tiver diz várias que sempre pensamento diferente, Victor escola são muito importantes, ta. “Se desde ele tudo e Yalli acessar páginas, mails. “Gosto de jogar, mas emputador, discernimento para escolher Internet hojeeéfor umorientado, instrumento o filho nessenão momenYacono internet principalmente para quedevem elas pasacesso logo ele sinto que ele ainda pode ficasa,usa aquiaprefiro fazer para minhasmonitora as páginas em que aprendizagem”, comen“Mesmo ele saiba ler fazertarefas pesquisa e mandar e- to. car aprendam navegar, tendo para asaberá usar o meio da melhor à frenteque da Internet sozinho, e pesquisas. Aproveito sar oatempo. desde pequeno ele tiverainda e acessar várias páginas, mails. “Gostopara de jogar, mas e-mail em tudo possível. Algumas onde muitas armadilhas podem também mandar discernimento para escolher ta. “Seforma têm (Internet)logo em ele casa, casa, e para aparecer. só não pelapode seguranda sala”,sinto e for orientado, que eleNão ainda fiaquimeus prefiroamigos fazer minhas Considerações as páginas em que devem pas- acessonão ter essa dele, mas como desozinho, vírus que afirmou. saberánada usarmelhor o meioque da ela melhor à frente da Internet tarefas e pesquisas. Aproveito carça sar o tempo. experiência no ainda local onde podem estragar o computador, A jornalista e mestre forma em nova possível. Algumas muitas armadilhas podem também para mandar e-mail onde deve aprender,em na escola”, além de pedofilia pornografilho e rede socialaparecer. educação Gilka Girardello não têm (Internet) casa, e afirNão só pelae seguranparaPai, meus amigos da sala”, Considerações Arlete. fia”, comenta. destaca em sua pesquisa “Pronada ma melhor que ela ter essa afirmou. ça dele, mas como de vírus que Ele conta também que noHá quase dois anos, Victor dução Cultural Infantil Diannova experiência no local onde podem estragar o computador, A jornalista e mestre em O jogo no recreio toudeuma certa ediferença Gilsasocial de apenasalém te daGilka Tela” vários aspectos e aprender, deve na escola”, afir- Pai,Berlinck pedofilia pornogra-no filho Von e rede educação Girardello comportamento de Victor. “Ele cinco anos usa a internet parafia”, sobre as“Procrianças mae Arlete. comenta. destacapesquisas em sua pesquisa Diariamente, às 16h, inicia Há diferente umnosite procurar e vídeos. vê essas novas mídias. Ela escreElealgo conta tambémemque quase jogos dois online anos, Victor dução Cultural Infantil Dianrecreio dos alunos do colé- “Gosto muito de usar a internet, e pede para comprar, pois na ve que “a discussão é sempre Oojogo no recreio Berlinck Von Gilsa de apenas tou uma certa diferença no te da Tela” vários aspectos e a busca por entender melhor gio. Eles correm até o terceiro para jogar e ver vídeos de mo- internet a criança fica muito cinco anos usa a internet para comportamento de Victor. “Ele pesquisas sobre as crianças e os processos imaginativos andar do prédio para passar os tos, carros e desenhos”. O pai, vulnerável às propagandas exiDiariamente, às 16h, inicia procurar jogos online e vídeos. vê algo diferente em um site essas novas mídias. Ela escreque podem ocorrer quando vinte minutos do intervalo no o consultor Yalli Rauber Von bidas, começa a virar um novo o recreio dos alunos doPereira, colé- de e pede para comprar, pois na “Gosto muito usar a internet, ve que as “a crianças discussãopequenas, é sempre partilaboratório. Bryan Gilsa, é ode exemplo para o filho consumidor ”. gio. terceiro a criança sua fica infância muito paraejogar e ver vídeos de moa buscacularmente por entender oito correm anos, jáaté temo seu jogo preComparando explica como ele entrou parainternet entremelhor os quatro e Eles andar do prédio para passar os vulnerável às propagandas tos, carros e desenhos”. O pai, os processos imaginativos que seis anos de idade, brincam na ferido. “Ben 10 é o que eu mais o mundo das redes sociais. “Ele com a de Victor, Yalii dizexivinte gosto, minutos intervalo noaté o novo Rauber que podem ocorrer quando temdo várias fases e já consultor “ficacomeça receoso ae virar refémum dessa mocomeçou Yalli no Orkut paraVon postarbidas, Internet”, relatando por que laboratório. Bryano Pereira, ”. mas é interessante o exemplo para o filho as crianças pequenas, parti- tansei certinho site pra de jogar Gilsa, ”. as éfotos dernidade, dele e ver dos amigos,consumidor as crianças se envolvem oito anos, já tem seu jogo preComparando sua infância e explica como ele entrou para cularmente entre os quatro e Ele até tem dicas de sites para porque a informação corre com primos e parentes, mas agora to nesse meio. Ainda segundo “Benonline. 10 é o que euum mais a de Victor, Yalii dizasque o mundo das redesosociais. “Elequecom seis anos de idade, brincam na ferido.jogos “Tem monte mais rapidez e isso torna nosele descobriu Facebook, Gilka, “em todos os sistemas, gosto,de temsites várias fases todo e até mundo já começou e refém dessafuturas moOrkut postar Internet”, relatando por que legais, sasreceoso crianças e gerações eu e anomãe delepara temos. Agora“fica a criança encontra narrativas as crianças se envolvem tan- sei certinho o site pra jogar ”. as fotos dele e ver dos amigos, dernidade, mas é interessante to nesse meio. Ainda segundo Ele até tem dicas de sites para primos e parentes, mas agora porque a informação corre com Gilka, “em todos os sistemas, jogos online. “Tem um monte ele descobriu o Facebook, que mais rapidez e isso torna as nosa criança encontra narrativas de sites legais, todo mundo eu e a mãe dele temos. Agora sas crianças e gerações futuras
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mais preparadas e prontas para enfrentar essa realidade que se impõe”. Apesar de gostar e mais preparadas prontas pode para aprovar as redese sociais, enfrentar que se perder essa muitarealidade coisa. “Perdesemos impõe”. Apesar de gostar e definitivamente o calor aprovar sociais, pode humanoaseredes a construção das serelações perder no muita seu coisa. devido“Perdetempo. mos calor Tudodefinitivamente é muito objetivo, odireto e humano e a construção das volátil, mudando o tempo todo. Ganhamos em devido possibilidades, relações no seu tempo. mas éperdemos em intensidade. Tudo muito objetivo, direto e No meu tempo eu mal jogava volátil, mudando o tempo todo. vídeo game,em mas subi em árvoGanhamos possibilidades, res,perdemos andava deem bicicleta, andamas intensidade. va meu descalço e iaeupara escola No tempo mala jogava a pé.game, Passava brincanvídeo mastardes subi em árvodo e construindo relações com res, andava de bicicleta, andaque eperduram hoje. vaamigos descalço ia para aatéescola muita frieza”, a Atualmente, pé. Passavavejo tardes brincanaponta o consultor. do e construindo relações com A internet tem, sim, seus laamigos que perduram até hoje. dos bons e ruins. Com ela poAtualmente, vejo muita frieza”, dem ser feitas pesquisas e viaaponta o consultor. gens pelo mundo todo, contato A internet tem, sim, seus lacom as pessoas distantes. Aprodos bons e mesmo ruins. Com eladeixa poxima e, ao tempo, dem ser feitas pesquisas e viaas pessoas distantes umas das gens peloNo mundo todo, contato outras. entanto, nos deixa com as de pessoas distantes. Aproperto um mundo diferente, xima e, ao do mesmo tempo, deixa o mundo virtual. as pessoas distantes umas das outras. No entanto, nos deixa perto de um mundo diferente, o mundo do virtual.
Fique de olho na receita Com o intuito de acabar com sintomas de possíveis doenças, a prática da automedicação se tornou comum
Cynthia Badlhuk bela-012_012@hotmail.com
Leonardo Costa leo.anacronico@hotmail.com
Quando surgem manifestações comuns à maioria das doenças, como dores de cabeça ou no corpo, muitos brasileiros têm o hábito de “correr ” à farmácia mais próxima. Este comportamento é reforçado pela indicação de um medicamento por um amigo, a vontade de livrar-se rapidamente da dor, a indisponibilidade para se ir ao médico e a facilidade de se comprar alguns remédios sem receita médica. Para Carmeli de Jesus Moraes, de Rio das Antas (SC), e 57 anos, a situação não foi diferente. Ela começou a sentir dores na cabeça e depois na garganta. Acreditando que se tratava de uma simples infecção bacteriana, recorreu logo a um antibiótico que sua filha tinha em casa. O que ela não sabia, e que pode acontecer com aqueles que se automedicam, é que seu organismo é sensível à penicilina. O resultado foi uma reação ao medicamento. Ela precisou ser levada ao hospital, onde tomou um anti-alérgico e ficou em observação por um dia. Wiliam Jose Koester
Conforme o farmacêutico Ricardo Costa, de Penha (SC), as consequências mais comuns são as reações alérgicas, asma e problemas na coagulação sanguínea e apesar de não serem frequentes essas ocorrências, elas existem. “Todos os dias várias pessoas procuram farmácias em busca de algum medicamento para sanar suas doenças sem se preocupar com os efeitos adversos. Todo medicamento pode oferecer risco se mal administrado”. O profissional indica que em caso de reação a algum medicamento deve-se interromper imediatamente o uso e procurar orientação médica. Os analgésicos como Dipirona, Paracetamol, Ibuprofeno e Ácido Acetil Salicilico (AAS) são os mais consumidos no Brasil e, mesmo sendo restritos à indicação médica, podem ser vendidos sem receita. Além das reações alérgicas, asma e problemas na coagulação sanguínea também estão listadas as intoxicações que podem ocorrer por consumo excessivo, falta de conhecimento sobre as contraindicações e automedicação. De acordo com o Sistema Nacional de Informações TóxicoFarmacológicas (Sinitox), os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os agentes causadores de intoxicações em seres humanos, sendo crianças e idosos as vítimas
Cynthia Badlhuk
mais frequentes. No caso das crianças, por causa da estocagem de remédios em casa pelos pais e os idosos, por já possuírem alguma doença crônica e fazerem uso de algum medicamento receitado pelo médico. Ao usarem outros medicamentos eles podem desestabilizar os tratamentos em andamento. Conforme dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, acima de 770 mil pessoas são acidentadas ou morrem cada ano em hospitais por causa de efeitos adversos pelo uso de medicamentos alopáticos. O doutor Cesar Vasconcellos de Souza, psiquiatra e psicoterapeuta, viu como uma solução estimular o tratamento com remédios fitoterápicos. Fitoterapia é o estudo das plantas
medicinais e suas aplicações na cura das doenças. No site www.portalnatural.com.br o médico afirma: “Os resultados com fitoterápicos são eficazes para uma série de doenças.” O livro “Natureza Amiga O poder das plantas” (Editora Globo) traz uma lista alguns dos mais famosos produtos naturais que ajudam na prevenção e aliviam sintomas de várias doenças. Entre eles temos os mais comuns: •Batata: Diurético e eficiente contra tosse. •Baunilha: Antiespasmódica e estimulante. •Bergamota: Antiespasmódica, anti-séptica e ajuda na má digestão. •Bétula: Diurética, anti-térmico e eficiente no combate à celulite. •Boldo: Diurético e antidiar-
réico, e alivia dores intestinais e no fígado. •Camomila: Calmante. •Hortelã: Descongestionante A população brasileira precisa desenvolver novos costumes e se adaptar. Apesar de sempre conferir os componentes do remédio, Carmeli não gosta de ter que esperar pela consulta médica e continua praticando a automedicação. “Sei que corro os riscos, mas só vou ao médico se não resolver ”. Mesmo que não seja possível consultar um médico em todas as ocasiões, é preciso receber informações sobre os medicamentos de venda livre, sem o estímulo ao consumo desenfreado ou o mito de cura milagrosa, porém o acompanhamento médico não pode ser deixado de lado.
Cuidados com o uso de medicamentos Quando você achar que tem algum problema de saúde, procure um médico. • Evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias. Não confunda o balconista da farmácia com o farmacêutico. • Na consulta, informe
ao médico se você já utiliza algum medicamento e se faz uso frequente de bebidas alcoólicas. • No momento de adquirir medicamentos de venda livre, produtos considerados de baixo risco para tratar males menores e recorrentes, como dor de cabeça, procure orientações do farmacêutico. Esse
profissional também tem um importante papel para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Ele deve notificar às autoridades de saúde sobre a ocorrência de qualquer efeito adverso não esperado pelo uso de medicamentos. Fonte: Ministério da Saúde (site: portal.saude.gov.br)
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Fator Rh Apesar da evolução da medicina, a incompatibilidade sanguínea ainda assusta muitas gestantes
Ana Maria Cordeiro anamariacordeiiro@hotmail.com
Marlene Santana tem 32 anos e está grávida. Ela mora em Porto Belo e faz seu prénatal no próprio município. Ela está na sua segunda gestação. No ano passado, sofreu um aborto e perdeu seu primeiro filho. Marlene explica que o aborto ocorreu por conta de uma gravidez anembrionária, que é quando o fato não se desenvolve. Ainda na maternidade, ela soube da ausência do fator Rh em seu sangue, que por este motivo era incompatível com o de seu marido, Rh positivo. Thaís Helena Ewerton, formada em ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Maranhão, colaboradora do site biologos.bio.br, diz que o sistema Rh é classificado pela presença ou ausência de um antígeno, conhecido como antígeno D, localizado na superfície das hemácias, glóbulos vermelhos, a ausência deste antígeno torna a pessoa Rh negativo. A ginecologista e obstetra Rosa Fiuza, que atende às gestantes Rh negativo em Porto Belo, explica que a pessoa Rh negativo, só difere de um Rh positivo na hora da gestação. Rosa Fiuza alerta sobre a sensibilização, quando o sangue
tipo Rh negativo da mãe entra em contato com um Rh positivo, do feto. Em casos de sensibilização, o sistema imunológico da mãe é ativado e anticorpos são produzidos para destruir o Rh invasor, alerta a obstetra. A bióloga Thaís Helena explica que na hora do parto acontecem rupturas na placenta, então, uma pequena porcentagem do sangue do filho entrará na corrente sanguínea da mãe, podendo ocorrer a sensibilização. De acordo com a ginecologista e obstetra Rosa Fiuza, quando a gestante Rh negativo chega ao pré-natal, é submetida a um exame chamado cumbis indireto. Segundo ela, o exame serve para verificar se o sangue da gestante já teve contato com um sangue Rh positivo, o que pode ocorrer além do aborto, em transfusões sanguíneas. Ao engravidar pela segunda vez, Marlene Santana falou ao médico que era Rh negativo. A gestante acredita na evolução da medicina e se mantém tranquila. Marlene faz o exame cumbis indireto de dois em dois meses, para ver se seu sangue teve algum contato com o sangue do bebê. Ela se sente feliz pelo feto estar se desenvolvendo tão bem, já passou da 25ª semana de gestação e aguarda o parto com ansiedade. Rosa Fiuza explica que a gravidez é considerada de risco se for constatado que houve a sensibilização. Neste caso, os
anticorpos já estarão formados, o que pode ocasionar doenças hemolíticas no feto. “Quanto antes descobrir o tipo sanguíneo e iniciar o tratamento, menores serão as chances de problemas mais graves”, diz Fiuza. A médica alerta sobre as doenças hemolíticas, que ocorrem quando os anticorpos da mãe atacam os glóbulos vermelhos no feto. As doenças hemolíticas, segundo a obstetra, também são conhecidas como amarelão (do mais fraco até o mais forte), anemia, insuficiência cardíaca, má formação de órgãos, entre outros. Marlene Santana lembra que 72 horas após o aborto precisou tomar uma vacina chamada imunoglobina anti D. O professor doutor, livre docente em imunogenética e diretor adjunto de Administração do Hospital de Base de São José do Rio Preto, São Paulo, Luiz Carlos de Mattos, diz que a Imunoglobina Anti D não é propriamente uma vacina, mas sim um soro. Segundo o diretor, o soro é aplicado em forma de vacina e contêm anticorpos específicos antiRh. Ele é responsável por destruir os glóbulos vermelhos do bebê que já estejam presentes no sangue da mãe, evitando a sensibilização. Segundo Rosa Fiuza, problemas como o fator Rh são descobertos em exames comuns, logo no início da gesta-
ção, e está aí a importância do pré-natal. O biólogo e professor de Biologia no município de Porto Belo, Nicésio Delfino, explica que depende dos genótipos dos pais a criança nascer Rh positivo ou negativo. Segundo ele, o fator Rh negativo é homozigoto, gene recessivo e o fator Rh positivo é heterozigoto, ou seja, o último é dominante em relação ao primeiro e o cruzamento des-
tes genes é que decidirá se a criança terá ou não fator Rh. Segundo o doutor Luiz Carlos de Mattos, um indivíduo Rh negativo não é vítima de nenhuma desvantagem biológica quando comparados àqueles Rh positivos. Ele explica também que, por conta do Rh negativo ser um gene recessivo, apenas 15% da população brasileira não possui fator Rh, o restante 85% são Rh positivo.
Preocupação de anos Simoni Denise Osmari mora no Rio Grande o Sul e tinha 18 anos quando engravidou, há 19 anos. Ela também descobriu que era Rh negativo durante o pré natal. Na época, 1992, Simone não conseguia entender o que estava acontecendo, sabia apenas que seu tipo sanguíneo era incompatível ao tipo sanguíneo de seu marido. Ela tomou a vacina imunoglobina anti D procurou fazer todo o procedimento correto. “Penso que hoje temos mais acesso às informações sobre o assunto, que é amplo, temos que ter consciência dos riscos e tentar evitá-los”, fala Denise. A graduanda do último semestre do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão e também colaboradora o site biologos.bio.br, Joseline Carvalho Fernandes, fala que, para ter conhecimento do tipo sanguíneo e seu respectivo fator, basta realizarem um exame simples, semelhante ao de diabetes, em um laboratório ou hospital. Segundo Joseline, será colocada nas extremidades de três lâminas gotas de seu sangue e posteriormente acrescentada uma solução com anticorpos anti Rh. Se as hemácias aglutinarem, o indivíduo tem sangue Rh positivo, caso contrário o mesmo possui sangue Rh negativo.
Ensaio Fotográfico
Fotografia pictorialista na Ilha O pictorialismo foi o primeiro movimento da história da fotografia. Iniciado pela elite francesa no século XIX, alcançou bons resultados em diversos países até as primeiras décadas do século XX. O principal objetivo era elevar a fotografia à categoria de arte, e para isso os fotógrafos usavam diversas técnicas e manipulações na busca de imagens fotográficas parecidas com pinturas e esculturas, ou mesmo com referência a outras artes tradicionais. Os alunos do curso de Fotografia da Unidade Ilha elegeram o Palácio Cruz e Souza, atual Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis, para as suas produções. Os resultados, de objetivos plenamente alcançados, você confere agora.
Parabéns e muito obrigado aos alunos: ANDRE LUIS ROCCO, DANIEL ABRAAO GEIB, EDUARDO HENRIQUE MACHADO SATO, EZEQUIEL MEDEIROS MACIEL, IVANISE CORREA GARCIA OPPITZ, JACQUELINE FERREIRA MENDONCA, JORGE LUIZ EWALD JUNIOR, LILIA MARIANA BARROSO DOS SANTOS, MARCUS VINICIUS SCALVI LOMBA, MARIA DAS GRAÇAS FARACO, MARINA CARLA MANES, THIAGO GERVASONI BARBATTO. Professores Eduardo Gomes e Marcelo Juchem.