Revista Cocapec 85

Page 1

Revista

Cocapec Ano 12 - Maio/Junho 2013 - nº 85 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

AGO aprova ampliação da área de

armazenagem

6º Encontro de Mulheres Cooperativistas

5º Simcafé: maior evento da cafeicultura regional



A

Cocapec completará, em julho, 28 anos de existência e atuação na Alta Mogiana tanto paulista quanto mineira. Surgiu com o objetivo de oferecer soluções para as demandas em comum dos cafeicultores, proporcionando os mais diversos serviços como assistência técnica, laboratório para análises de solo e folha, compra dos insumos em comum, mas, em especial, armazenagem e comercialização segura da produção de café de seus cooperados. As diretorias que conduziram a cooperativa neste período sempre se esforçaram para atingir os objetivos iniciais propostos, particularmente, a profissionalização do quadro diretivo somado ao dos colaboradores permitindo à Cocapec dar um salto na qualidade dos serviços prestados. Paralelamente, a cooperativa experimentou um significativo aumento da participação dos cooperados, acompanhados, ao longo dos anos, de novos produtores regionais que vieram fazer parte do quadro social conferindo mais força e representatividade nas transações da Cocapec com seus fornecedores. Este cenário configura um ciclo natural, onde quem está de fora da sociedade, percebendo as vantagens de ser associado, manifesta-se livremente para fazer parte do quadro e, assim, dá ainda mais vigor à sociedade cooperativa. E, para que os novos cooperados tenham consciência da responsabilidade de fazer parte da cooperativa, a Cocapec, desde o final dos anos 90, conduz reuniões com os interessados em se associarem. Nestas ocasiões, investimos na conscientização do significado de uma cooperativa e quais os papéis que o cooperado exercerá na sociedade (cliente e dono), sensibilizando-os quanto aos desafios da produção agrícola nos tempos de globalização e a importância do aumento da escala e redução de custos de aquisição de insumos e serviços para sustentabilidade econômica da atividade. Concluímos que a condução de um empreendimento agrícola sempre será mais simples se conseguirmos reunir nossas demandas em comum e resolvê-las juntos. Por outro lado, independente da quantidade

que cada cooperado produz, se associado a uma cooperativa, inteligentemente avançará de forma estratégica sobre a cadeia produtiva. Assim, a organização disponibiliza informações de qualidade e que realmente atendam os interesses dos seus cooperados como também promove o balizamento de preços de insumos pagos pelos produtores, desenvolvendo uma segura comercialização da sua produção. Uma boa atuação da cooperativa proporciona desenvolvimento aos seus cooperados, fazendo com que este demande mais e mais, o que por consequência exige que a sociedade também cresça. Este cenário pode ser observado recentemente. Com informações e tecnologias disponibilizadas pela Cocapec, o produtor da Alta Mogiana se tornou extremamente competente alcançando altos níveis de produtividade de suas lavouras. Assim, nas reuniões pré-assembleias nos comitês educativos e, consequentemente, na AGO, em 27 de março, foi bastante discutida e analisada a necessidade de construção de mais armazéns para atenderem as necessidades apontadas pelas previsões de safras, em especial a de 2014, levando também em consideração o histórico de participação em armazenamento de café de nossos cooperados. Enfim, temos consciência de que devemos analisar muito bem a situação e as informações que temos antes de realizar qualquer investimento, isso faz parte de um bom planejamento. Portanto, ao aprovarmos em AGO a destinação das sobras ao fundo de reserva para atender a necessidade de desenvolvimento da sociedade, que neste momento é a construção de armazéns, estamos atendendo a futura necessidade do cooperado. Precisamos ter consciência de que estes investimentos serão realizados com recursos da própria sociedade, ou seja, dos cooperados de fato, aqueles que participam economicamente da cooperativa e precisam dela para se manterem na atividade.

EDITORIAL

Cooperativa para Cooperado de fato

Ricardo Lima de Andrade Diretor Secretário MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

3


Expediente

ÍNDICE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho - Presidente Carlos Yoshiuyuki Sato - Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça Conselho Fiscal Cocapec Hélio Hiroshy Toyoshima Ricardo Nunes Moscardini Zita Cintra Toledo Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052 Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400

Especial

Recomposição da Reserva Legal para áreas consolidadas Técnica

Colheita. Agregação de valor ao seu café

14 20

Diretoria Executiva Credicocapec Maurício Miarelli – Presidente José Amâncio de Castro – Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Dir. Crédito Rural Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiuyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia Conselho Fiscal Credicocapec Cyro Antônio Ramos Donizete Moscardini Zita Cintra Toledo Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PA Pedregulho (16) 3171-2118 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Claraval (34) 3353-5359 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291 apoio.revista@cocapec.com.br revista@cocapec.com.br

Técnica

Importância do Seguro Rural na cafeicultura Credicocapec

27

40

Produção Animal

44

AGO Sicoob Credicocapec

Diagramação BZ Propaganda & Marketing Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781 Tiragem: 2.790 exemplares www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 85 MAIO/JUNHO 2013 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

4

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

Saiba como aplicar injeções em animais


NEGÓCIOS

Balanço

CNC O

presidente do Conselho Nacional do Café, Deputado Federal Silas Brasileiro, emite semanalmente um balanço que abrange as principais notícias do período referentes ao café. Toda a semana a Cocapec divulga este boletim para seus cooperados através de seu site www.cocapec.com.br. Mas, a partir desta edição, a Revista Cocapec fará um apanhado do que foi publicado dentro do período de produção da edição corrente, para que, aqui, vocês possam também seguir as informações nacionais e internacionais do café.

ROYA NA AMÉRICA CENTRAL Preocupadas com a questão do fungo roya, as maiores empresas de café se reuniram nos dias 18 e 19 de abril, na América Central, para debater medidas de combate ao surto de ferrugem que afetará a produção de café na região. ROBUSTA - As perspectivas no médio prazo para o robusta continuam de preços firmes, pois a demanda está aquecida, os estoques não têm apresentado variação positiva significativa, as exportações vietnamitas deverão cair 30,4% em abril frente ao mês anterior e a Indonésia também registra baixos volumes de embarques. No mercado doméstico, a colheita do robusta está ganhando ritmo, mas a comercialização é pontual. MERCADO INTERNO - No Brasil, os baixos preços do arábica no ciclo de baixa da bienalidade levarão a uma perda de R$ 8,13 bilhões no Valor Bruto da Produção (VBP) da cafeicultura, de acordo com números apresentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O VBP do café deverá atingir R$ 17,1 bilhões em 2013, contra R$ 25,2 bilhões no ano anterior. Esse índice reflete a renda da propriedade rural, pois considera os preços recebidos pelos produtores. As estatísticas divulgadas pelo Mapa evidenciam a crise enfrentada pelo setor café, pois sua estimativa de VBP para 2013 é a

que sofreu maior redução em relação ao ano passado (32%), considerando todos os produtos vegetais e pecuários analisados. ESTOQUES DAS COOPERATIVAS Na reunião do Conselho Nacional do Café (CNC) realizada dia 5 de abril, as cooperativas associadas definiram pelo retorno do anúncio dos seus volumes de estoque e recebimento de café. Os avisos serão publicados a cada trimestre, com os números fazendo referência a 30 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro. Com a retomada dos anúncios dos estoques das cooperativas e a conciliação com as informações das demais instituições, o CNC pretende dar maior transparência ao mercado, gerando credibilidade aos números relacionados ao setor. BIENALIDADE - Analisando os atuais preços pagos pelo café no mercado, o CNC alerta para o fato de voltarmos a registrar bienalidades acentuadas em nossas safras, haja vista que a falta de renda trará como tendência inevitável a redução dos tratos culturais nas lavouras. NÃO É HORA PARA AMPLIAR A ÁREA - Voltaram a emergir anseios para se ampliar a área destinada à cafeicultura no Brasil, por meio de recursos públicos. Entretanto, o

Conselho Nacional do Café (CNC) reitera seu posicionamento contrário à liberação de financiamentos para novos plantios, de forma a não afetar o delicado equilíbrio entre oferta e demanda, provocando consequências negativas de aviltamento ainda maior nos preços pagos aos produtores. O CNC defende que os recursos sejam direcionados para a renovação das lavouras antigas do cinturão produtor brasileiro, permitindo a implantação, em espaçamentos adensados, de variedades mais produtivas, resistentes ou tolerantes aos problemas fitossanitários e climáticos. Recordamos, ainda, que é fundamental a realização de estudos que apontem as localidades onde a renovação do parque cafeeiro seja mais premente. 50 ANOS DA OIC - A celebração dos 50 anos da OIC, ocorrerá em setembro, na capital mineira Belo Horizonte, juntamente com a 111ª Sessão do Conselho da Organização. A cidade também sediará, paralelamente, a Coffee Week, oportunidade na qual serão apresentados os melhores cafés produzidos no Brasil a compradores do mundo inteiro e aos delegados da OIC. Acompanhe semanalmente a íntegra dos Boletins CNC (sempre entre as notícias de destaque) através de nosso site www.cocapec.com.br.

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

5


NEGÓCIOS

Foto: Adenilson Nunes

Agrocafé: O presidente da Cocapec, João Toledo, representou o CNC durante o evento.

Presidente da Cocapec representa o CNC no 14º Agrocafé Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

O evento abre o calendário no setor cafeeiro

A

14º edição do Agrocafé – Simpósio Nacional de Agronegócio Café – contou mais uma vez com a presença do presidente da Cocapec João Alves de Toledo Filho que, além de representar a cooperativa, falou em nome do Conselho Nacional do Café (CNC). Na oportunidade, ele falou das ações da entidade, seus objetivos, como ela representa o setor cafeeiro junto aos diversos órgãos públicos e também da atuação nos meios de comunicação. O Agrocafé aconteceu de 11 a 13 de março, em Salvador/BA e teve como tema “Café. Um estímulo para a vida”. Por este motivo, diversas palestras

abordaram o assunto, e relacionaram a bebida e os benefícios que ela traz para a saúde. Outros pontos discutidos foram a seca que atinge algumas regiões produtoras e o crescimento do consumo do conilon. Paralela ao Simpósio ocorreu a 14º Expocafé, que reuniu diversas empresas relacionadas ao setor e proporcionou aos visitantes conhecer as novidades e fazer contatos importantes diretamente com os fornecedores. A próxima edição do Agrocafé já tem data para acontecer, será de 15 a 17 de março de 2014, novamente na capital baiana.

João Alves de Toledo Filho que, além de representar a cooperativa, falou em nome do Conselho Nacional do Café (CNC) 6

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013



NEGÓCIOS

Maior evento da

cafeicultura regional

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

Conteúdo atual foi o foco das palestras do Simpósio

P

romovido pela Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec), a 5ª edição do Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé) se consolida como o maior evento da cafeicultura regional.

“o evento tem como principal objetivo levar conhecimento aos cooperados, e assim tornálos mais competitivos no mercado, com a participação de profissionais renomados do agronegócio café e cooperativismo” 8

Realizado nos dias 17 e 18 de abril, o evento tem como principal objetivo levar conhecimento aos cooperados, e assim torná-los mais competitivos no mercado, com a participação de profissionais renomados do agronegócio café e cooperativismo. Os participantes também conheceram as principais novidades do setor nos mais de 40 expositores presentes, além de fechar negócios no espaço de máquinas e implementos agrícolas com condições diferenciadas, superando todas as expectativas. O 5º Simcafé contou com a presença da diretoria da Cocapec, do diretor da ACI (Aliança Cooperativa Internacional) Américo Utumi, que representou os presidentes da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Sistema Ocesp/Sescoop-SP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), o gerente interino do Sebrae (Serviço de Apoio à Pequenas e Médias Empresas) Leandro Gerardi, compareceu em nome da diretora regional do Sebrae, Iroá Nogueira Arantes, o coordenador administrativo do CNC (Conselho Nacional do Café) e presidente do Sicoob Credicocapec Mauricio Miarelli, o vice-prefeito de Franca Fernando Baldochi, diretor da EDR Franca Pedro Avelar, o presidente da Fundação do Café da Alta Mogiana Edson Castro Rosa e o presidente do Sindicato Rural de Franca Galileu de Oliveira Macedo e Carlos Arantes, secretário de desenvolvimento de Franca/SP. Durante os dois dias de simpósio, os participantes foram munidos com informações técnicas, de mercado, tecnologia, legislação e finanças, para que possam

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

conduzir da melhor maneira a sua atividade rural. No dia 17, destaque para a palestra sobre o “Novo Código Florestal Brasileiro”, proferida pelo autor do livro “Comentários ao novo Código Florestal Brasileiro – Lei n. 12.651/12” Leonardo Papp. Já no segundo e último dia, os cooperados ficaram atentos para a explanação sobre “Mercado de Café”, discorrida por Lúcio de Araújo Dias da Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé). Além disso, os outros temas debatidos foram “Manejo e Fertilidade do Cafeeiro”, por Alyssom Vilela Fagundes (Fundação Prócafé), “Planejamento Orçamentário”, por Fernando Rezende (MS Rezende Planejamento Empresarial), Tecnologia de Aplicação de Produtos, por Hamilton Humberto Ramos (IAC) e Manejo da Irrigação do Café, por André Luís Fernandes (Uniube). Em todas as oportunidades, os cooperados tiraram suas dúvidas sempre com questionamentos pertinentes, elogiados inclusive pelos próprios palestrantes. Isso mostra que os conteúdos abordados vão ao encontro da necessidade dos produtores, e com isso o objetivo do evento foi alcançado. A Cocapec agradece aos mais de mil cooperados que passaram pelo espaço nos dois dias de evento, assim como os 40 expositores, colaboradores da cooperativa e parceiros (Sescoop/SP e Sebrae/SP), que tornaram possível a realização deste grande evento para a cafeicultura regional. Vale lembrar que o evento teve o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no estado de São Paulo (Sescoop/SP) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo – (Sebrae/SP).


NEGÓCIOS

Cafeteria Senhor Café é destaque no evento Com grãos 100% arábica, produzidos pelos cooperados da Cocapec, a cafeteria Senhor Café foi um sucesso no Simpósio. Diversas opções de preparo foram servidas durante todo o evento, mostrando a versatilidade de preparo da bebida. O local se tornou ponto de encontro, proporcionando aos visitantes momentos de descontração e troca de experiências.

Praticando o 7º princípio cooperativista Interesse pela comunidade - é dentro deste conceito que durante o evento foi lançado pelo diretor secretário Ricardo Lima de Andrade, este ano um dos embaixadores da ação, o 4º Leilão da Apae, “Quem doa Mais?”. O diretor da cooperativa ressaltou o trabalho que a entidade realiza não só para a cidade de Franca mas também para toda a região, destacando que, a campanha colabora para com a instituição, permitindo a continuidade da prestação dos bons serviços para toda a comunidade. MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

9


NEGÓCIOS

5º Simcafé e suas impressões “O objetivo do Simcafé é propiciar ao nosso cooperado contato, através da informação, com as mais novas tecnologias do setor e, com isso, aumentar a capacidade de produção das nossas lavouras”. João Alves de Toledo Filho presidente da Cocapec

“O Simcafé somente é possível por conta da participação intensa dos cooperados, que recebem informações importantes no momento certo, pois todo evento é pensado levando em conta a situação atual da cafeicultura, e a necessidade de cada um”. Ricardo Lima de Andrade

diretor secretário da Cocapec

“É o primeiro ano que venho, a participação, a interessão, o nível de curiosidade, são muito boas. É importante quando a gente traz uma mensagem nova e discuti com o produtores, a tecnologia na pulverização é um assunto muito pouco conhecido, devido ao número reduzido de profissionais nesta área. O encontro proporciona novos conceitos, mostra os erros que ele tinha no procedimento, e assim os produtores aprendem a forma correta”. Hamilton Humberto Ramos

Instituto Agronômico de Campinas (IAC)

“Este evento é o fomento da tecnologia e do conhecimento em relação ao desenvolvimento do café da região. O Simcafé nasceu dos dias de campo, e se viu a possibilidade de agregar o conhecimento técnico. A cadeia do café tem uma característica difícil de encontrar em outras culturas, que é a paixão no que se faz. Mesmo assim é preciso estar atento ao mercado, pois oscila muito”. Fernando Luis Baldochi vice-prefeito de Franca/SP

10

“O evento é muito positivo e organizado. Traz o produtor para aprender mais sobre as tecnologias, e com isso buscar melhorias na sua produção”. Alysson Vilela Fagundes Fundação Prócafé

“Tenho vivido com o cooperativismo, e não adianta os institutos de pesquisa trabalharem e obterem resultados, se isso não chegar ao produtor. As cooperativas são o meio de escoar as tecnologias, e isto é importante para aumentar as qualidades, os manejos, as máquinas. A Cocapec está de parabéns pela iniciativa e principalmente pela organização”. Américo Utumi diretor da ACI

“Meu objetivo no simpósio foi mostrar às pessoas que o produtor rural, na verdade tem que ser um empresário rural, é preciso olhar tudo, investimentos, custos, dentre outros. Mesmo quem tem receio com tecnologias, existem alternativas para gerir o seu negócio”

“O evento foi muito bem estruturado, organizado. É importante para a cafeicultura a troca de ideias. As pessoas precisam ter acesso às informações certas para sustentar a nossa atividade

“Eu achei o evento fantástico, o local, a organização, conteúdo das palestras, a participação dos produtores, com dúvidas pertinentes, tentando resolver os problemas que têm na propriedade, foi muito produtivo”.

Lúcio de Araújo Dias Cooxupé

André Luis Teixeira Fernandes Uniube

“A importância deste evento está no fato da discussão sobre o assunto, a informação e o debate. É natural quando há alteração de legislação com a profundidade como foi o novo Código Florestal e, portanto, para esclarecer as dúvidas, é necessário difundir os conhecimentos”. Leonardo Papp Papp Advocacia e Consultoria

“Gostaria de agradecer a todos que contribuíram, os colaboradores, agrônomos, que cuidaram de cada detalhe para que o evento tivesse esse sucesso todo. Tudo foi cuidado nos mínimos detalhes, desde a escolha do local, os temas das palestrantes, e tudo mais. Mas o mais importante foi à participação dos nossos cooperados, que vieram em busca de informações, e espero que tenham sido atendidos”.

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

Carlos Yoshiyuki Sato vice-presidente da Cocapec

Fernando Rezende MS Planejamento Empresarial


NEGÓCIOS

João Alves de Toledo Filho presidente da Cocapec

Ricardo Lima de Andrade diretor secretário da Cocapec

Alysson Vilela Fagundes Fundação Prócafé

Hamilton Humberto Ramos Instituto Agronômico de Campinas (IAC)

Fernando Luis Baldochi vice-prefeito de Franca/SP

Américo Utumi diretor da ACI

Lúcio de Araújo Dias Cooxupé

André Luis Teixeira Fernandes Uniube

Leonardo Papp Papp Advocacia e Consultoria

Carlos Yoshiyuki Sato vice-presidente da Cocapec

Fernando Rezende MS Planejamento Empresarial

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

11


NEGÓCIOS Para saber mais sobre o 5º Simcafé acesse:

www.simcafe.com.br

“Durante os dois dias de simpósio, os participantes foram munidos com informações técnicas, de mercado, tecnologia, legislação e finanças”

“Em todas as oportunidades, os cooperados tiraram suas dúvidas sempre com questionamentos pertinentes, elogiados inclusive pelos próprios palestrantes” 12

Este ano o evento foi realizado em um novo local, permitindo mais conforto e praticidade aos visitantes.

Mais de mil pessoas passaram pelo 5º Simcafé nos dois dias de evento

A passagem de Américo Utumi, diretor da ACI, pelo 5º Simcafé foi acompanhada pelos diretores da Cocapec e do Sicoob Credicocapec

Praticando o 7º princípio cooperativista, o simpósio teve a apresentação mais que especial de uma aluna da Apae Franca, demonstrando a preocupação da Cocapec com a comunidade.

Cerca de 40 expositores trouxeram as novidades para os cafeicultores.

Momentos de descontração na cafeteria Senhor Café também fizeram parte do 5º Simcafé.

O volume de negócios fechados no espaço de máquinas e implementos agrícolas superou a edição de 2012.

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

A presença maciça dos cooperados foi fundamental para a divulgação das informações.



ESPECIAL

Novo código florestal

Recomposição da Reserva Legal para áreas consolidadas

Por Rafael Dias Martins | Assessor Jurídico Cocapec

A

pós amplas discussões no Congresso Nacional e no Governo Federal, entrou em vigor a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, conhecida como novo Código Florestal, que foi modificado pela Medida Provisória nº 571/12, posteriormente convertida na Lei nº 12.727, de 17 de outubro de 2012. Em que pese a relevância de todas as alterações promovidas pelo novo Código, por se tratar de uma renovação de todo cenário de

14

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

Mas o que vem a ser Área Consolidada?

com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção de pousio (prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais, por no máximo 05 anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física do solo).

O novo Código Florestal define Área Rural Consolidada como a área de imóvel rural com ocupação antrópica (ocupação pelo homem) preexistente a 22 de julho de 2008,

Por sua vez, Reserva Legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do artigo 12 do Código Florestal, com a função de assegurar

legislação florestal, que compreende uma complexidade de assuntos e regras, este artigo se voltará tão somente para algumas das principais questões referentes às regras de recomposição de Reserva Legal aplicáveis às Áreas Consolidadas.


ESPECIAL o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. Portanto, os percentuais mínimos de Reserva Legal em relação à área do imóvel rural, são aqueles arrolados no artigo 12 do mencionado diploma legal, a saber: a) quando localizado na Amazônia Legal: 80% no imóvel situado em florestas, 35% no imóvel situado em área de cerrado, 20% no imóvel situado em área de campos gerais; b) localizados nas demais regiões do país: 20%. O imóvel rural deve manter área com cobertura nativa a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente. O artigo 66 da lei estabelece que o proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de julho de 2008, área de Reserva Legal, com extensão inferior ao estabelecido no artigo 12, poderá regularizar a sua situação através da adoção das seguintes alternativas, isolada ou cumulativamente: recompor a Reserva Legal; permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal ou compensar a Reserva Legal. Essa obrigação é transmitida ao sucessor no caso de transferência do domínio ou da posse do imóvel rural.

Optando por fazer a recomposição, o proprietário ou possuidor deverá atender os critérios estipulados pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) e terá o prazo de 20 anos, abrangendo, a cada 02 anos, no mínimo 1/10 da área total necessária a sua complementação. Essa recomposição poderá ser feita através de plantio intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em sistema agroflorestal. O plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as espécies nativas de ocorrência regional, sendo que a área com espécies exóticas não poderá exceder a 50% da área total a ser recuperada. Aqueles que recuperarem a Reserva Legal dessa forma terão direito à sua exploração econômica, observados os termos do Código Florestal. Segundo o artigo 67, nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 04 módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores ao previsto no artigo 12, conforme acima citado, a Reserva Legal será constituída com a vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo. Do dispositivo em questão, constata-se que tal diploma legal dispensou imóveis de até quatro módulos fiscais de qualquer

recuperação de Reserva Legal naquelas áreas ocupadas até 22 de julho de 2008. Portanto, se um imóvel abaixo de quatro módulos fiscais não possuísse nem mesmo 1% de vegetação nativa para compor a Reserva Legal, poderá ele ser dispensado de cumprir com tal obrigação. A nova legislação também preconiza que os proprietários ou possuidores de imóveis rurais estão dispensados de promover recomposição, compensação ou regeneração para novos percentuais, desde que a supressão tenha sido realizada respeitando os percentuais estabelecidos na legislação em vigor à época. Essas situações consolidadas poderão ser provadas por documentos, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários relativos à produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos. Estes são apenas alguns aspectos do novo Código Florestal, especificamente sobre a recomposição da Reserva Legal em Áreas Consolidadas, abordados de forma superficial e sem esgotar a matéria. É de se destacar, ademais, que se trata de uma lei que ainda deverá ser devidamente regulamentada e que é objeto de muitas polêmicas e questionamentos no tocante à suposta inconstitucionalidade de alguns de seus dispositivos, não existindo uma jurisprudência formada sobre essas discussões.

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

15


ESPECIAL

Feliz Dia Nacional

do Café Por Murilo Andrade Assistente de Comunicação Cocapec

N

o dia 24 de maio é comemorado no Brasil o Dia Nacional do Café, data escolhida pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic).

pensarmos bem eles são os principais componentes desta rica cadeia. Não adiantaria nada fazer corretamente os tratos culturais, comercializar a preço justo, desenvolver o melhor blend (mistura de grãos), se não tivesse ninguém para saborear o produto final.

Esse dia deve ser celebrado pelos produtores rurais e seus familiares, industriais, entre outros, que tem o café como atividade econômica, e também pelos consumidores. Se

E essa importância fica ainda mais evidente com os dados do último

estudo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), que mostra que o brasileiro bebeu no último ano cerca de 83 litros, equivalente a 4,98 kg de café torrado e moído. Por isso, a Cocapec parabeniza seus cooperados, colaboradores que têm o café no seu cotidiano, fornecendo energia para milhões de pessoas mundo afora.

16,3

10,1 8,5

8,2

9,1

8,9

11,0

12,2

11,5

12,7

13,2

14,0 13,7

13,6

14,9

19,1

18,4

17,1 17,7

19,7

20,0

15,5

9,3

- A 11 br i/2 01

10

20

09

20

08

20

07

20

06

20

05

20

04

20

03

20

02

20

01

20

00

20

99

20

98

19

97

19

96

19

95

19

94

19

93

19

92

19

91

19

19

19

90

2

Milhões de sacas

Evolução do consumo interno de café no Brasil 21,0 20,0 19,0 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0

16

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

ay /

Ano-período: novembro - outubro

M

Fonte: Abic

20

11

Ano

O Dia Internacional do Café é comemorado no dia 14 de abril e foi estabelecido pela Organização Internacional do Café (OIC).



ESPECIAL

Fiscalização

na propriedade: saiba como proceder Por Alda Batista de Souza | Assistente de Segurança do Trabalho Cocapec

T

oda propriedade rural, independente do porte, está sujeita a fiscalização para verificar como estão suas obrigações tanto trabalhista quanto de segurança do trabalho. O processo da ação fiscal é gerido pela Secretaria Federal de Inspeção (SIT), que é dividida em dois

departamentos: o Departamento de Fiscalização do Trabalho (DEFIT), focado em legislação trabalhista, e o Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (DSST), centrada nas normas de saúde e segurança do trabalho. Toda área rural, independente de

sua atividade, deverá manter a disposição do Auditor Fiscal um livro para inspeção do trabalho para que o profissional possa lançar a documentação fiscal que a empresa deverá apresentar e o prazo. O livro é facilmente encontrado em papelarias, e deverá ser mantido nas dependências da propriedade.

Primeiros Pontos Verificados na Ação de Fiscalização • Condições de saúde e segurança do trabalhador;

• Instalações sanitárias;

• EPIs (Equipamento de Proteção Individual) uso e ficha;

• Alojamentos adequados e moradias;

• PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais); • PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional);

• Transporte de trabalhadores, (A Certidão de Transporte de Trabalhadores deve ser guardada por um ano, no mínimo);

• ASO (Exames de Saúde Ocupacional);

• Fornecimento de água;

• Caixa de 1º socorros;

• Refeitórios adequados.

Atuação do Auditor-Fiscal A inspeção pode ocorrer sem aviso e em qualquer dia e horário. O proprietário deve apresentar todas as dependências do local e responder possíveis perguntas que irão surgindo durante a verificação. Os empregados também podem ser questionados na presença ou não

18

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

do superior. Se necessário, o auditor pode retirar das dependências, mediante aviso ao empregador, cópias de documentos, modelos de equipamentos ou amostras de materiais para análise na sede da Delegacia Regional do Trabalho ou outro órgão a ela vinculado.


ESPECIAL Atuação e Multa Quando verificados procedimentos irregulares na empresa, mas sanáveis, o fiscal, antes de aplicar a multa, concede um prazo para as devidas adequações. Verificando a gravidade do ato praticado ou no caso de reincidência, será preenchido o auto de infração em duas vias, especificando os motivos e mencionando a fundamentação legal que justifica a autuação. As multas são aplicadas com base na Portaria 290/97 e anexos, a qual relaciona a natureza e a variação da multa em UFIR (Unidade Federal de Referência), tendo graduação mínima e máxima. A multa é recolhida em formulário DARF no código fornecido pelo auditor. A punição financeira não exime o proprietário de outras ações como as penais e/ou cíveis.

Veja como se defender A Lei garante ao empregador, entendendo ele haver falha ou interpretação errônea do fiscal-auditor, encaminhar defesa à autoridade local competente, normalmente representada pelo Delegado Regional do Trabalho. Vale lembrar que o prazo para defesa prescreve em 10 (dez) dias. O proprietário deverá relatar os fatos, fundamentar a defesa e concluir o pedido, sendo relevante juntar documentos comprobatórios. Caberá, ainda, recurso para o Diretor-Geral do Departamento do Ministério do Trabalho, das decisões da primeira instância (DRT), também no prazo de 10 (dez) dias após a notificação do indeferimento da defesa.


TÉCNICA

Colheita: agregação de valor ao seu café Por Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo – Uniagro Mestre em Ciência do Solo

M

ais um ano se passou e novamente chegou o período da colheita de café. Diante do cenário mundial de produção e consumo crescente, o mercado apresenta-se estável, porém com baixa remuneração para o produtor. Pensando em melhorar a renda do nosso cooperado, vamos focar alguns pontos que podem auxiliar o cafeicultor a garantir uma rentabilidade maior no segmento café. Segundo o professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Flávio Meira Borém, em entrevista ao site CaféPoint, o tema qualidade vem sendo muito abordado no agronegócio café e, com isso, muitos produtores tem

aproveitado as oportunidades de mercado para trabalhar com cafés finos, conseguindo melhor retorno para seu negócio. A produção de um café de qualidade superior agrega valor, e abre novas possibilidades, fazendo com que o produto entre num outro tipo de mercado, fora do café commodity. Atualmente, o que vem influenciando diretamente o custo de produção, é o valor da mão de obra utilizada em todas as etapas do processo, principalmente a colheita. A contratação de funcionários qualificados para este serviço está cada vez mais difícil e, diante da legislação vigente, todo trabalhador deve ser registrado

em carteira, fazendo com que o custo operacional aumente. Neste contexto, sabemos da importância de se preocupar com a redução dos custos, porém, muitos produtores para economizar, deixam a desejar nesta fase de colheita, e isso muitas vezes, segundo Flávio Borém, pode acarretar prejuízos ainda maiores. Outros fatores relacionados a gestão da propriedade rural também influenciam os custos de produção. No entanto, é de grande importância que se faça o planejamento da colheita, pois é através desta organização que o produtor poderá enxergar despesas desnecessárias (gargalos), alcançando assim, melhor custo/ benefício para o seu negócio.

Fazer a manutenção da colhedora com antecedência garante tranquilidade na colheita.

20

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013


TÉCNICA Etapas para se colher bons frutos: O produtor deve ficar atento a estas etapas, pois elas dão agilidade ao processo de colheita e podem agregar qualidade ao seu café. - A arruação da lavoura deve ser realizada quando os frutos estiverem no final do processo de maturação, antes que estes comecem a cair. O processo faz com que o café de varrição seja de melhor qualidade; - Estudar a viabilidade de utilização de mão de obra e máquinas na colheita manual, semi-mecanizada e mecanizada, de acordo com a necessidade de cada talhão; - Fazer a contagem do material disponível na propriedade como escadas, panos, peneiras, sacarias, balaios, rastelos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para o sistema de colheita manual, providenciando a compra de mais equipamentos, se necessário; - Revisar tratores, colhedoras, recolhedoras, implementos e equipamentos, realizando os devidos reparos; - Realizar os reparos nos terreiros, tampando buracos, limpando grades e drenos d’água; - Limpar também as tulhas, eliminando resíduos de safras passadas, insetos, pássaros e roedores; - Revisar e limpar os lavadores, secadores e máquinas de beneficiar, para que não ocorra contaminação dos lotes da nova safra; - Começar a colheita pelos talhões com maturação mais adiantada, ou seja, aqueles que apresentam em média cerca de 90% de grãos maduros (cereja), evitando assim a colheita de grãos verdes e verdolengos, que fazem o produto final perder em qualidade, pois além de perder peso, aumentam os defeitos alterando o tipo, o aspecto e a qualidade da bebida;

É importante revisar os secadores para eliminar resíduos da safra passada evitando assim a contaminação.

- Quando os grãos forem colocados no terreiro, deve-se evitar a mistura de cafés derriçados no pano com os de varrição, e tomar cuidado para não misturar lotes colhidos em dias diferentes; - Não deixar o café recém-colhido amontoado no terreiro, pois irá ocorrer fermentações indesejadas e consequente perda de qualidade; - No início da secagem esparramar o café recém-colhido em camadas finas, de aproximadamente 3cm, com revolvimento constante e sempre na direção do sol; - O transporte do café colhido na lavoura até o local de secagem deve ser feito no mesmo dia com o objetivo de evitar a fermentação indesejada; - Se possível, utilizar um lavador/separador para eliminar impurezas e separar os frutos secos dos verdes e cerejas; - No secador, sempre utilizar lenha seca para economizar energia e evitar cheiro de fumaça. Colocar cargas homogêneas a fim de se evitar seca irregular, perda de energia e de tempo. É necessário ter uma pessoa monitorando a temperatura do secador para que esta ultrapasse 35-40°C na massa para os cafés descascados ou despolpados e 45°C para os naturais;

A produção de um café de qualidade superior agrega valor

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

21


TÉCNICA

- A Secagem do café deve ser lenta, dando sempre períodos de descanso para que a seca fique mais homogênea (desligando o secador de preferência durante a noite). Deve-se respeitar a umidade final máxima de 11%, sempre fazendo a leitura da umidade em aparelhos adequados e calibrados; - O café com casca ou pergaminho pode ser armazenado em tulhas, de preferência revestidas com madeira, e que apresente um ambiente escuro, com baixa umidade relativa do ar e temperatura nunca superior a 22°C. Os lotes diferentes devem ser sempre separados e, somente beneficiados, após 8 dias no mínimo de descanso para café de terreiro e 10 para café de secador.

No terreiro o ideal é esparramar o café recém-colhido em camadas finas, de aproximadamente 3cm, com revolvimento constante e sempre na direção do sol.

- No beneficiamento, utilizar sempre máquinas limpas e bem reguladas, pois nesta fase alguns defeitos também podem ser eliminados; - Para a estocagem do café em sacas de juta, o local deve ter piso impermeável e manter inalteradas as condições de baixa umidade relativa do ar, baixa temperatura (máxima de 22ºC) e sem luminosidade; - A sacaria utilizada deve ser de boa procedência (para que não transmita cheiro ou gosto estranho ao café) e qualidade (para evitar desperdícios do grão). Ainda deve-se evitar que as sacas fiquem encostadas na parede; - Providenciar a classificação do café para conhecer o produto que foi produzido quanto a cor, o aspecto, a seca, a porcentagem de peneiras, o teor de umidade, o tipo e a qualidade da bebida. Se o produtor avaliar todas essas etapas e adequá-las à realidade da sua propriedade, elas proporcionarão qualidade para o café produzido e, com isso, a oportunidade de melhorar a remuneração no momento da comercialização do café.

22

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

É necessário revisar as tulhas para fazer os devidos reparos antes de estocar o café

Quando os grãos forem colocados no terreiro, deve-se evitar a mistura de cafés derriçados no pano com os de varrição



CAPA

AGO aprova ampliação da área de armazenagem A Assembleia elegeu também os novos membros do Conselho Fiscal para o exercício de 2013

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

A

Cocapec realizou no dia 27 de março a Assembleia Geral Ordinária (AGO). Mais de 200 cooperados acompanharam a reunião e aprovaram as contas do exercício de 2012. De acordo com o edital de convocação, a ordem do dia teve a apresentação das contas, destinação das sobras, definição do prólabore e eleição dos membros do Conselho Fiscal para o exercício de 2012. Primeiramente, o gerente de comercialização de café, Anselmo Magno de Paula, apresentou os números do departamento, destacando a movimentação nos armazéns da cooperativa e o faturamento da torrefação. Na sequência, o gerente comercial, José de Alencar Coelho Júnior, falou dos resultados da área que compreende o setor técnico, laboratório e lojas, ressaltando o desempenho dos setores de peças, máquinas e implementos agrícolas. Diante do relatório positivo dos profissionais da BLB Auditoria Independente, o contador da Cocapec Marcos Goulart, expôs o balanço, que foi aprovado pelo plenário.

Para a destinação das sobras de R$ 7.497.753,43, a proposta aprovada foi a do Conselho Administrativo 24

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

Mais de 200 cooperados acompanharam as deliberações seguindo o edital de convocação.


CAPA

Presidente AD-HOC e secretária indicados pela AGO para a condução dos trabalhos de aprovação do balanço patrimonial de 2012, destinação das sobras e eleição do Conselho Fiscal

Para a destinação das sobras de R$ 7.497.753,43 milhões, a proposta aprovada foi apresentada pelo Conselho Administrativo, que se baseou na atual situação do aumento da produção regional, na tecnificação dos produtores, aumento da área plantada e da produtividade, criando a necessidade de estruturação física via construção de armazéns. Sendo assim, o valor segue para a Fundo de Reserva Legal e será aplicado da seguinte forma: Capetinga - Ampliação do armazém de café, área de loja e estoque; Ibiraci - Ampliação da área de loja e estoque, e nova usina de rebenefício; Franca - Ampliação do armazém de café e adequações na usina de rebenefício. De acordo com a ordem do dia, houve também a eleição dos novos membros do Conselho Fiscal. Vale lembrar que é permitida a reeleição de apenas 1/3 dos integrantes. Veja quais foram eleitos e seus suplentes.

Os novos membros do Conselho Fiscal são: Ricardo N. Moscardini, Zita C. Toledo e Hélio H. Toyoshima

Os cooperados também escolheram os novos membros do Conselho Fiscal para o exercício de 2013.

Novos membros do Conselho Fiscal Efetivos: Hélio Hiroshy Toyoshima Ricardo Nunes Moscardini Zita Cintra Toledo Suplentes: 1º André Luís Cintra 2º João Nocera Neto 3º Marcos Antônio Tavares

Plenário aprova proposta de ampliação da armazenagem.

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

25


CAPA

Todas as informações apresentadas na AGO foram previamente discutidas nas reuniões de pré-assembleia, através do Comitê Educativo

Todas as informações apresentadas na AGO foram previamente discutidas nas reuniões de pré-assembleia, através do Comitê Educativo, uma ferramenta eficiente que a cooperativa utiliza para levar as informações aos seus cooperados. No total, foram cinco reuniões englobando os Comitês das cidades de Capetinga/MG, Claraval/MG, Ibiraci/MG, Pedregulho/SP, juntamente com o de Jeriquara/ SP, assim como o de Franca/SP associado aos de Patrocínio Paulista/SP e Itirapuã/SP. Nas oportunidades, devido ao número menor de participantes por encontro, os cooperados puderam se manifestar com mais facilidade e questionar diretamente com a diretoria pontos mais complexos, tornando assim todo o processo mais participativo.

Comitê Capetinga/MG

Comitê Claraval/MG

Comitês das cidades de Franca/SP, Patrocínio Ptª/SP e Itirapuã/SP

Comitê Ibiraci/MG.

Comitês das cidades de Pedregulho/SP e Jeriquara/S

26

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013


TÉCNICA

Importância do Seguro Rural na Cafeicultura Por Ricardo Lima de Andrade | Diretor Secretário Cocapec

T

oda atividade agropecuária requer, para atingir sua eficiência produtiva e econômica, a adoção de estratégias em pontos chaves. Por natureza, a produção de comodities agropecuárias é caracterizada por ser uma atividade em que a economia de escala é peça fundamental, além de cada agricultor cuidar de seu próprio crescimento em área, ele também pode dar saltos interessantes através do associativismo em especial com o cooperativismo. Desta forma, para a boa gestão da empresa agrícola, o agricultor precisa, além do gosto pelo negócio e domínio prático, ter acesso as informações e conhecimento das melhores práticas agronômicas, como as diversas técnicas de cultivo a serem empregadas. Mas também há de se fazer escolhas de variedades, espaçamentos, preparo e proteção do solo com correções de fertilidade e adubações da plantas assim como controle de pragas, doenças e colheita o qual estão em constantes evoluções. Decisões que somente são possíveis através de acesso a assistência técnica, chamado aqui de gestão técnica. Adicionalmente, para conduzir uma atividade empresarial, é necessário ter acesso a recursos financeiros, via crédito, a taxas competitivas principalmente para a implantação da própria cultura, investimentos em máquinas, tratores, implementos, armazéns, eletrificação, etc, para a adequada condução da atividade, ou seja, o que podemos chamar aqui de uma gestão financeira de crédito. Outro ponto importantíssimo é o da comercialização de sua produção e das aquisições dos insumos para a condução do processo produtivo. É da natureza dos mercados de produtos agropecuários a intensa volatilidade de preços recebidos pelos produtores ao longo de um tempo. Ter conhecimento e domínio de diferentes ferramentas de comercialização da safra, assim como da aquisição de insumos, é uma tarefa a ser desenvolvida pelos agricultores no sentido de aumentarem as oportunidades de bons negócios e criarem proteções de seu poder de troca. Estar atento e incrementando as formas comuns de comercialização da produção no mercado “à vista”, as oportunidades de fixação de preços no mercado futuro, troca de café por insumos diversos e participação nos mecanismos desenvolvidos pelo mercado e pelas políticas públicas setoriais. A isto chamamos de gestão de comercialização. Dominar os três níveis de gestão citados requer um olhar diferente do agricultor moderno, e para isso é desejável acessar informações/produtos/serviços confiáveis a um custo competitivo.

Uma importante área ainda vulnerável no Brasil é a gestão de riscos de produção. Além da volatilidade de preços recebidos, os riscos de produção são altos, pois o sistema é altamente dependente das condições climáticas, que estão em constante variação, assim como as intempéries climáticas (chuvas em excesso, granizo, seca, geadas). Nenhum produtor está imune à ocorrência desses sinistros que podem comprometer seriamente a renda dos mesmos, em especial, nas culturas perenes, em função do alto capital investido na implantação e do alto potencial produtivo das plantas. Para proteção desses eventos da natureza, existe o seguro rural. O Brasil é um dos mais importantes produtores de alimentos, bioenergia e florestas do mundo, mas possui um programa de seguro rural ainda em desenvolvimento, considerando seguradoras e resseguradoras. Já somos o quarto país que mais contrata seguro rural e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), permite a cobertura de culturas nas modalidades agrícola, pecuária, florestal e aquícola. Como o risco da agricultura é elevado, o governo subvenciona parte do pagamento do prêmio desse seguro. Criado em 2003, o PSR garante o pagamento de parte do prêmio do seguro rural contratado pelo produtor. A subvenção na modalidade agrícola varia de 40% a 70% do valor do prêmio. É natural que culturas anuais como soja, milho, arroz e trigo, tenham no sistema de seguro agrícola um avanço maior no país, mesmo porque, muito do modelo utilizado é importado de outros países, já mais avançados nesta rede de proteção para estes cultivos. A cafeicultura, mais recentemente, está incluída como cultura a ser segurada, e as empresas especializadas vêm disponibilizando modalidades que atendam tanto a proteção do patrimônio (planta do cafeeiro) de granizo e geada, assim como de perda de produtividade causada por estes fenômenos, além de seca, ventos, raio e incêndio. Desta forma, o cafeicultor ficará muito mais competitivo, por ter maior domínio das ferramentas nas diversas áreas de gestão descritas anteriormente: gestão técnica, gestão de crédito – financeira, gestão de comercialização e gestão de riscos de produção.

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

27


TÉCNICA

Controle do bicho-mineiro Associação de métodos para combater a praga é recomendado Por Pedro Henrique dos Santos | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

A

o contrário de que muitos imaginam o bicho-mineiro (lagarta da espécie Leucoptera coffeella) não teve sua origem em Minas Gerais e sim na África. Foi trazido para o Brasil através de mudas infestadas, sendo considerada hoje uma das principais pragas do cafeeiro. Seu nome advém das minas ou galerias que formam nas folhas, causando grandes perdas de produção pela desfolha do cafeeiro.

Folhas de café atacadas por bicho mineiro

“Ao utilizar o controle químico opte por aqueles que não eliminem os inimigos naturais

28

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

O aparecimento desta praga está condicionado a diversos fatores, porém alguns deles são mais importantes como: temperatura, chuva, espaçamento da lavoura e a presença de inimigos naturais (predadores do bicho-mineiro). De um modo geral, ambiente quente e seco, com ausência da mata nativa que hospedam inimigos naturais, são favoráveis ao aumento da população de bicho mineiro. Logo, o pico da infestação ocorre entre junho a setembro, no entanto, ainda depende muito da região e das condições climáticas. No ano passado, o atraso do início das chuvas proporcionou intenso ataque no primeiro trimestre deste ano, mostrando a importante influência da variação climática. Avaliando as formas de controle, na literatura encontram-se diversos artigos relacionados à época de amostragem da população de bicho mineiro e o nível de dano econômico, que é a densidade populacional de uma praga capaz de causar um prejuízo (dano econômico) de igual valor ao seu custo de controle, sendo indispensável agir quando alcançar este índice. É recomendado que ao apresentar 30% de folhas minadas já é necessário controle, porém, este nível associado a uma previsão de chuva nos próximos dias, talvez seja, menos problemático que 15% com previsão de estiagem. Uma situação é diferente da outra, não tendo uma receita para todos os casos, pois há interferência de muitos fatores. Portanto, é importante que o produtor esteja em sintonia com o técnico para que juntos analisem a melhor hora de realizar o controle, se necessário.


TÉCNICA O controle químico deve estar associado com outros tipos de controle como: • Controle cultural – A utilização de quebra-ventos, ou arborização, com plantas apropriadas para tal fim, como é o caso da leucena e guandu arbóreo, que tem o objetivo de amenizar a temperatura local e deixar o ambiente mais úmido, pois como já foi dito, o bicho-mineiro tem preferência por ambientes quentes e secos; • Controle biológico – É o controle feito por insetos predadores e parasitas, que podem ocorrer de maneira natural ou serem introduzidos na lavoura.

Na maior parte dos casos dificilmente os produtores vão utilizar o controle cultural de imediato. A arborização do cafezal, por exemplo, pode ser utilizada em condições extremas, para lugares muito quentes e secos. Em uma condição não tão favorável ao bicho mineiro, este controle poderia diminuir a produção e favorecer a broca que gosta de clima úmido. A decisão é complexa, é a mesma coisa que tentar cobrir com cobertor pequeno, se cobre a cabeça os pés ficam de fora e vice-versa. O ideal é manter o equilíbrio. Ao utilizar o controle químico opte por aqueles que não eliminem os inimigos naturais, bons exemplos seriam os inseticidas via solo e os fisiológicos (a praga tem que ingerir a folha para morrer) que exercem uma ação eficaz e não afeta os inimigos naturais como os produtos do grupo dos piretróides. Mais detalhes sobre essa praga visualizar as edições n° 78 mar/abr 2012 e n°83 jan/fev 2013 da Revista Cocapec, disponíveis no site www.cocapec.com.br.

O aparecimento destas lagartas está condicionado a diversos fatores, porém alguns deles são mais importantes Desfolha ocasionada pelo ataque e a presença de pupa do B.M.

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

29


TÉCNICA

Cocapec e Fundação Procafé iniciam pesquisa Os testes mostrarão quais variedades se adaptam melhor na região Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec Rômulo Alves Tomaz | Assistente Técnico Cocapec

C

ocapec e a Fundação Procafé estão colocando em prática o termo de cooperação assinado no final de 2011 durante o 37º Congresso de Pesquisas Cafeeiras. O convênio objetiva disponibilizar todo o conhecimento tecnológico aplicado no sul de Minas Gerais e, na

Os primeiros resultados serão conhecidos em 2015

região, os testes já foram iniciados na Fundação do Café da Alta Mogiana, localizada em Franca/SP, com o plantio de diversas variedades de café.

nossa região. A plantação segue as recomendações da Procafé referente aos tratos culturais para que seja possível a futura avaliação.

Serão ao todo 6 experimentos, chamados de ensaios, com 20 variedades trazidas da fazenda experimental de Varginha/MG, e 2 da

As variedades plantadas são mais resistentes a diversas pragas, doenças e seca, além de possuírem maior produtividade. O projeto pretende saber

quais variedades se adaptam melhor na região para que, em longo prazo, possa haver uma renovação no parque cafeeiro. Os primeiros resultados da pesquisa só serão conhecidos na safra de 2015, período em que as plantas entrarão em produção.

Saiba mais sobre a Fundação Procafé Criada em 2011 e localizada na região de Varginha/MG, a Fundação é composta por cooperativas, associações e sindicatos, e surgiu da necessidade de preservar e ativar o patrimônio tecnológico do extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC), constituído de banco genético, laboratórios, fazendas experimentais, atividades de pesquisa e difusão tecnológica cafeeira.

30

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

A plantação dos cultivares e os tratos culturais seguirão as orientações da Procafé

Serão ao todo 6 experimentos, chamados de ensaios, com 20 variedades trazidas da fazenda experimental de Varginha/MG, e 2 da nossa região



TÉCNICA

Especialização da mão de obra no campo

O meio rural pede mais qualificação

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

J

á não é de hoje que o mercado exige cada vez mais qualificação da mão de obra para atender as novidades tecnológicas criadas para facilitar e otimizar a execução dos trabalhos. No meio rural isso não é diferente. Diversas máquinas e implementos foram criados para suprir as deficiências de algumas atividades agrícolas e, com isso, veio a necessidade de profissionalização. Alguns fatores influenciam este novo comportamento como a aplicação da Norma Regulamentadora 31 (NR31), que orienta sobre as ações de saúde e segurança do trabalho que o empregador deve ter que, por sua vez, está cada vez mais rígida, tornando difícil sua implantação. Além disso, há dificuldade de se manter as pessoas no campo, principalmente os jovens que, por conta do tradicional perfil das tarefas, estão procurando alternativas na cidade. Neste contexto a solução é exatamente a mecanização que permite realizar as funções de maneira mais profissional, eficiente e com menor número de mão de obra. Outro fator importante é o mercado, principalmente o internacional, que valoriza as práticas sustentáveis, através das certificações que são, em alguns pontos, mais rigorosas que um órgão público, em relação às exigências. Para isso, os profissionais envolvidos no processo precisam estar preparados para atender esta demanda. Pensando nisso, a Cocapec, através da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (Senar/MG), promove durante o ano diversos cursos de especialização para qualificar seus cooperados. Além disso, a cooperativa realiza outras ações, como treinamentos e cursos, muitos com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP), e com isso da o suporte para que seus associados cresçam. A mecanização é uma realidade, a tendência é que se torne cada vez mais crescente por conta das facilidades na aquisição dos equipamentos. Preparar-se para esta demanda é olhar para o futuro da atividade agrícola.

32

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

Através da parceria Cocapec/Senar-MG, os produtores da área de atuação da Cocapec podem se qualificar

Diversas máquinas e implementos foram criados para suprir as deficiências de algumas atividades agrícolas e, com isso, veio a necessidade de profissionalização


SOCIAL

Senar/MG e Cocapec realizam diversos cursos no 1º trimestre

Curso de Classificação e Degustação de Café em Capetinga abre a temporada de 2013

Por Raquel Cintra Rosa | Assistente Administrativo Senar

O

curso de Classificação e Degustação de Café realizado na Sociedade Recreativa de Capetinga/MG nos dias 25 de fevereiro a 1º de março atendeu a 12 cooperados e familiares, além da coordenadora do núcleo da Cocapec em Capetinga Joana Darc Pires Lemos da Silva. Os participantes aprenderam a identificar os defeitos do café e cuidados que precisamos ter no póscolheita e no processo de preparo, sendo na maioria das vezes, ainda no terreiro. No mesmo período, na Fazenda Três Barras em Capetinga/MG aconteceu o curso de Manutenção de Colhedeira de Café Automotriz com duração de três dias. Os participantes aprenderam como calibrar os pneus, aferir a pressão do equipamento, verificar a quantidade ideal de óleo e lubrificantes e posicionamento das varetas. Já nos dias 28 de fevereiro a 2 de março, na região da Porteira da Pedra em Claraval/MG, iniciou o curso de Manutenção de

Colhedeira de Café de Arrasto, com 11 pessoas entre cooperados, filhos de cooperados e trabalhadores rurais. Na oportunidade, além da correta manutenção da máquina, todos souberam da importância dos cuidados com o trator. Na sequência, foram realizados dois cursos de Bordado na comunidade Aterradinho, nos dias 6 a 14 de março, sendo duas turmas por dia. As participantes aprenderam a fazer 16 pontos básicos de bordado. Finalizando as atividades do primeiro trimestre, ocorreu o curso de Aplicação de Agrotóxicos, realizado de 18 a 20 de março na Fazenda Cruz Alta em Ibiraci/ MG. Os 13 participantes aprenderam a regular o pulverizador, calcular pressão e espaçamento, identificar rótulos, misturar os produtos de maneira correta para reduzir custos e desperdícios, além dos cuidados necessários com a saúde e segurança no trabalho.

Participantes do curso de classificação e degustação de café

Curso de Bordados agrada participantes As participantes do curso de bordado aprovaram o conteúdo e as novas habilidades adquiridas. Benildes de Andrade Carrijo contou que achava não ter dom para bordar. Já Inês Machado Carrijo comentou “Eu amei, temos que dizer que conseguimos fazer”. Ruth Luiza de Andrade Pereira destacou a importância de se aprender coisas novas, independentemente da idade “a gente quando vai ficando mais velha precisa de alguma coisa pra fazer com as mãos, eu amei aprender”

Cursos programados - Operação de Colhedeira 1º a 3/jul (Claraval/MG) e 4 a 6/jul (Capetinga/MG) - Terreireiro 1º e 2/jul (Claraval/MG) 3 e 4/jul (Ibiraci/ MG) Senar/MG Ibiraci: (35) 3544-5000 (Raquel) Claraval (34) 3353-5257 (Dinei)

Capetinga (35) 3543-1572 (Joana) Senar/SP Sindicato Rural de Franca (16) 3720-2366

senar@srfranca.com.br | www.srfranca.com.br MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

33


SOCIAL

Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

A

Cocapec e o Sicoob Credicocapec realizaram, com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP) o 6º Encontro de Mulheres Cooperativistas. O evento, que tem o objetivo de mostrar a importância da força feminina para as cooperativas, este ano o tema central foi gestão e sustentabilidade. A abertura ficou por conta do diretor da Cocapec Ricardo Lima de Andrade, representou os demais membros da administração da Cocapec, os diretores do Sicoob Credicocapec, Ednéia Bretini e Maurício Miarelli, também estivam presentes.

O poder feminino nas cooperativas

34

As cooperativistas foram recepcionadas com um belo café da manhã e um alongamento comandado pelo professor de educação física do Sesi, Giba. Em seguida, o médico ginecologista e obstetra, Dr. Zainer Gonzaga, falou sobre a saúde da mulher, dando a oportunidade as participantes de fazerem perguntas e tirarem dúvidas. Com o objetivo de fomentar o espírito empreendedor, o profissional, Juscelino Neves, discorreu sobre “Gestão e Sustentabilidade”, e mostrou a todas as presentes o potencial econômico que elas possuem, assim como um universo de oportunidades para ser explorado.

O professor Giba do Sesi fez a mulherada se alongar para se preparar para os acontecimentos do dia

Juscelino Neves emocionou a todas com a sua palestra

O ponto alto do evento foi a formação de um grande círculo com as mulheres soltando a voz

A descontração marcou todo o evento com a participação total das mulheres

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013


SOCIAL

O intuito de realizarmos um evento para formação vislumbrando o desenvolvimento das potencialidades dessas mulheres, foi por acreditar na disposição e atitude feminina que a cada dia tem ocupado mais espaços. O incentivo ao empreendedorismo através do modo cooperativista de trabalho possibilita caminhos para a organização, formação, geração de renda e partilha da vivência cooperativista de forma lúdica e divertida, mostrando a importância do desenvolvimento social para as mulheres e suas famílias. A proposta dessa edição alcançou seu objetivo sem perder sua marca de descontração e motivação, o encontro deixou seu recado através da apresentação dos nossos parceiros, que orientaram as participantes quanto as possibilidades disponíveis no mercado. No Momento “S” os profissionais do Sebrae, Sesi, Senar/ MG e Sescoop/SP, deram opções de como se qualificar para atuar no mercado e conseguir sucesso.

moda e artesanato, e ainda serviram o famoso suco da horta e um saboroso bolo de café. As mulheres que levaram produtos para expor na tradicional Mostra de Talentos comercializaram tudo, e ainda ampliaram seus círculos de relações comerciais e pessoais. Cocapec e Sicoob Credicocapec acreditam que as mulheres cooperativistas podem ir além, oferecendo mais às suas comunidades, e para as próprias cooperativistas. A participante Tânia Alves, de Franca, disse que o encontro trouxe temas do cotidiano de todas, principalmente ao falar sobre empreendedorismo. Já Miriam Moscardini, de Jeriquara, acredita que o conteúdo abordado é totalmente aplicável. A Cocapec e o Sicoob Credicocapec agradecem a todas as participantes que dispuseram de seu tempo para praticar mais uma vez o cooperativismo. A contribuição arrecadada com as inscrições do Encontro foi revertida ao Hospital do Câncer de Franca.

O Sesi trouxe alguns dos trabalhos que são realizados através dos cursos oferecidos na entidade, como: costura e

A tradicional Mostra de Talentos foi mais uma vez um grande sucesso

O momento foi de confraternização e oportunidade de fazer novas amizades

O Sesi expos as presentes os cursos oferecidos pela instituição como moda, culinária e artesanato

As mulheres participaram em peso, e mostraram seu espírito cooperativista

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

35


COOPERATIVISMO

6 de Julho:

Dia Internacional do Cooperativismo Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec Fonte: OCB

O

cooperativismo é o sistema fundamentado na união de pessoas e não no capital. Visa às necessidades do grupo e não o lucro. Busca prosperidade conjunta e não individual. Estas diferenças o fazem ser a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes. Para comemorar este importante movimento, a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) instituiu que todo 1º sábado de julho é comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo. Nesta data, povos do mundo todo celebram sua ideologia e reafirmam seus objetivos. Sendo assim, a data será celebrada no dia 6 de julho e tem como o tema “Empresa cooperativa continua forte em tempos de crise”. Como parte do sistema, a Cocapec, em todas as suas ações, sempre promove o cooperativismo ressaltando sua importância econômica e social. Com isso, nos trabalhos realizados durante o ano, sejam com produtores, mulheres, crianças e sociedade em geral, a cooperativa sempre reforça o espírito cooperativista e como ele pode colaborar para melhorar a vida de todos.

A Cocapec, em todas as suas ações, sempre promove o cooperativismo ressaltando sua importância econômica e social



CURTAS

Curtas Curso de Auto Gestão tem início Com o objetivo de capacitar cada vez mais seu cooperado, a Cocapec, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo, realiza o curso de Auto Gestão. Ao todo são quatro módulos, que abordam os seguintes assuntos: Economia e Mercado Agrícola, Administração e Controle da Propriedade, Legislação/Normas e Cooperativismo. As aulas serão ministradas pelos profissionais do Instituto Brasileiro de Associativismo (Ibrass). A carga horária total do curso é de 120 horas.

Cocapec promove o já tradicional curso de classificação e degustação de café Instruídos pelos profissionais da Grão Mestre Consultoria Técnica de Café, Alaerte Telles Barbosa e Sérgio Beyer, os 12 participantes conheceram as técnicas utilizadas para classificar e degustar, de acordo com a Tabela Oficial Brasileira de Classificação de Café. Segundo o gerente de comercialização da Cocapec, Anselmo Magno de Paula, o principal objetivo do curso é mostrar para o produtor como são feitas as análises e como elas influenciam no momento da precificação. Este ano o curso contou com o apoio do Sescoop/SP.

Informe corretamente a placa do carro no momento da compra Para agilizar suas compras nas lojas da Cocapec, é necessário fornecer o número correto da placa do carro na Nota Fiscal. Este procedimento é uma exigência do sistema da Nota Fiscal Eletrônica, e é seguido com rigor pela cooperativa, pois protege

o transportador no caso de uma blitz policial, que é quando os números são verificados, e se houver divergência pode acarretar transtornos. Vale lembrar que um atendimento eficiente depende do vendedor e do comprador.

Cocapec apoia o Programa “Doador do Futuro” A Cocapec será parceira do programa “Doador do futuro” trabalho que é realizado pelo Hemonúcleo de Franca desde 2008, e busca conscientizar os alunos da rede de ensino sobre à importância da Projeto

Doador do Futuro

38

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

doação voluntária de sangue. Estes jovens e crianças se tornam multiplicadores das informações, colaborando para criar a cultura deste ato nos adultos.


CURTAS

O diretor da Cocapec, Ricardo Lima Andrade, participou do Workshop Internacional do Cooperativismo, realizado no dia 12 de março na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP. Com o tema “Family Farming, Agricultural Cooperatives and Value Chain Coordination: Challenges and Perspectives” (em português, “Agricultura familiar, cooperativas agrícolas e coordenação de cadeia de valores: desafios e perspectivas”), o encontro teve como objetivo promover o intercâmbio de lideranças cooperativistas de destaque em todo o Brasil, com dirigentes holandeses, para definir focos de pesquisas para o setor.

Crédito: Divulgação FEA-RP

Cocapec marca presença no Workshop Internacional do Cooperativismo

Encontro do GTEC e GQuality promove conhecimento Aconteceu entre os dias 1 e 3 de abril mais uma reunião do GTEC e GQuality, promovido pela Syngenta em parceria com diversas empresas do setor cafeeiro. Na oportunidade, diversas palestras e debates fizeram parte da programação. O coordenador do setor técnico da Cocapec, Roberto Maegawa, foi responsável por passar as informações sobre a cafeicultura da Alta Mogiana aos presentes. O encontro é uma forma de interação para os presentes e promove a troca de conhecimento entre as regiões produtoras.

Núcleo de Ibiraci promove Dia de Negócios Os cooperados do município de Ibiraci/MG e região receberam o já tradicional “Dia de Negócios”, realizado no dia 19 de março no núcleo da Cocapec na cidade. Na ocasião, diversas máquinas e implementos agrícolas foram disponibilizados com condições diferenciadas. Além disso, fornecedores parceiros da cooperativa também demonstraram seus produtos para os presentes.

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

39


Assembleia Geral Ordinária

Sicoob Credicocapec Por Tassiane Vaismenos | Analista de Comunicação do Sicoob Credicocapec

O

Sicoob Credicocapec realizou em 20 de março de 2013 sua Assembleia Geral Ordinária, nas dependências da Cocapec Matriz onde estiveram presentes 162 cooperados.

As sobras do Exercício de 2012 no valor de R$ 1.806.892, por unanimidade, foram transferida para o Fundo de Reserva Legal, fortalecendo o capital de giro da cooperativa, totalizando em um Patrimônio Líquido de R$ 29.958.911.

Mesa solene

Posteriormente, aconteceu a votação para a eleição do Conselho Fiscal, quando foram eleitos para membros efetivos os senhores: Donizete Moscardini, Zita Cintra Toledo e Cyro Antônio Ramos e para suplentes os senhores: João José Cintra, Jacomo Melani e Marcos Antônio Tavares os quais assumirão seus postos após homologação do Banco Central. O Sicoob Credicocapec ressaltou a importante participação dos cooperados e agradeceu aos presentes na Assembleia Geral Ordinária. O balanço está disponível no site: www.credicocapec.com.br Conferência da cédula de votação

Assinatura do livro de presença

40

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013


Credenciamento e Domicílio Bancário

Sicoob. Membros eleitos Conselho Fiscal

Abra as portas do seu negócio para milhares de clientes Essa é a oportunidade de oferecer aos seus clientes uma forma segura e rápida para o pagamento das compras com cartões de débito e crédito. E o melhor é que você, cooperado, recebe o valor das vendas na sua conta corrente do Sicoob e ainda incentiva o crescimento da sua cooperativa.

Diretor Presidente - Maurício Miarelli apresentando a proposta do conselho

O que é domicílio bancário? É a conta corrente na qual a empresa recebe os valores das vendas realizadas com cartões de crédito e débito.

Benefícios: - Aumento do faturamento - Garantia do recebimento - Segurança - Controle de vendas Se seu Domicilio Bancário ainda está em outra instituição financeira, solicite agora mesmo a transferência para o Sicoob Credicocapec. *Serviço oferecido apenas para associados que tenham CNPJ

162 cooperados presentes

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

41


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ Valores referente ao mês de Abril de 2013 PRODUTOS

UNID.

Sulfato de Amônio

Preço unitário SP R$

t

920,00

Preço unitário MG R$

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

R$ 2,97

R$ 2,94

910,00

Uréia

t

R$ 1.300,00

R$ 1.320,00

R$ 4,19

R$ 4,26

Super Simples Pó

t

R$

780,00

R$

820,00

R$ 2,52

R$ 2,65

800,00

R$

Super Simples Gr

t

R$

880,00

R$ 2,58

R$ 2,84

Cloreto de Potássio Gr

t

R$ 1.270,00

R$ 1.310,00

R$ 4,10

R$ 4,23

Adubo 21.00.21

t

R$ 1.160,00

R$ 1.215,00

R$ 3,74

R$ 3,92

Nitrato de Amônio

t

R$ 1.080,00

R$ 1.110,00

R$ 3,48

R$ 3,58

CUSTO (R$/HA) por segmento BICHO MINEIRO

CERCOSPORA

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox

0,4

R$ 19,60

R$ 7,84

Priori xtra

0,75

R$ 118,00

R$ 88,50

Curyon

0,8

R$ 61,10

R$ 48,88

Amistar

0.1

R$ 480,00

R$ 48,00

Danimen

0,2

R$ 87,00

R$ 17,40

Cuprozeb

3

R$ 20,25

R$ 60,75

R$ 5,00

Tutor

2

R$ 23,97

R$ 47,94

PRODUTO

PRODUTO

KG/L/HA

Fastac

0,2

R$ 25,00

Karate Zeon 250 CS

0,04

R$ 44,50

R$ 1,78

Tebufort

1

R$ 22,70

R$ 22,70

Nomolt

0,4

R$ 89,00

R$ 35,60

Opera

1,5

R$ 75,53

R$ 113,30

Supera

2

R$ 23,00

R$ 46,00

Rimon

0,3

R$ 55,30

R$ 16,59

Vertimec

0,4

R$ 50,00

R$ 20,00

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Verdadero WG

1

R$ 368,00

R$ 368,00

Counter

35

R$ 13,93

R$ 487,55

Actara WG

1,4

R$ 229,73

R$ 321,62

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

INSETICIDAS DE SOLO PRODUTO

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

FERRUGEM PRODUTO

PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Galigan Ce

2,5

R$ 48,90

R$ 122,25

Goal

2,5

R$ 48,90

R$ 122,25

HERBICIDAS

Alto 100

0,75

R$ 62,40

R$ 46,80

Opera

1,5

R$ 75,53

R$ 113,30

Cuprozeb

3

R$ 20,25

R$ 60,75

Tilt

1

R$ 80,09

R$ 80,09

Priori xtra

0,75

R$ 118,00

R$ 88,50

Supera 350 SC

2

R$ 23,00

R$ 46,00

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

1,5

R$ 23,50

R$ 35,25

PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Glifosato

3

R$ 10,40

R$ 31,20

Zapp QI

2,1

R$ 14,50

R$ 30,45

Gramocil

3

R$ 19,68

R$ 59,04

Aurora

0,08

R$ 315,00

R$ 25,20

Flumizim

0.1

R$ 330,50

R$ 33,05

Roundup WG

1.5

R$ 23,00

R$ 34,50

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

BROCA PRODUTO Lorsban

PRODUTO

PHOMA PRODUTO Amistar

42

MANCHA AUREOLADA

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

0,1

R$ 480,00

R$ 48,00

Tebufort (Tebuconazole)

1

R$ 22,70

R$ 22,70

Cantus

0,15

R$ 531,58

R$ 79,74

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

KG/L/HA

Cobre Recop

3

R$ 17,00

R$ 51,00

Cuprozeb

2,5

R$ 20,25

R$ 50,63

Supera

2

R$ 23,00

R$ 46,00

Kasumin

1

R$ 64,50

R$ 64,50

Tutor

2

R$ 23,97

R$ 47,94


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) 550 550 500 500 450 450 400 400 350 350 300 300 250 250 200 200 150 150 100 100

Jan Jan 2009 2009

Fev Fev 2010 2010

2011 2011

Mar Mar 2012 2012

Abr Abr 2013 2013

Maio Maio

Jun Jun

Jul Jul

Ago Ago

Set Set

Out Out

Nov Nov

Dez Dez Fonte: Esalq/BM&F Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2012

Média mensal do preço* de Milho índice Esalq/BM&F

2013

2012

R$

US$

R$

US$

Janeiro

485,04

271.39

341,17

168.18

Fevereiro

441,31

256.93

317,72

Março

387,53

216.18

Abril

379,53

204.47

Maio

382,65

192.69

Junho

360,31

Julho

408,06

Agosto

378,48

Setembro

385,92

Outubro

2013

R$

US$

R$

US$

Janeiro

31,08

17.39

32,75

16.15

164.56

Fevereiro

28,40

16.54

32,34

16.39

303,46

152,94

Março

28,89

16.11

30,71

15.48

300,59

150,15

Abril

25,83

13.92

26,41

13.19

Maio

24,91

12.54

175.76

Junho

24,13

11.77

201.05

Julho

28,80

14.19

186.63

Agosto

33,25

16.39

190.38

Setembro

32,23

15.90

374,98

184.75

Outubro

31,35

15.45

Novembro

355,23

171.64

Novembro

34,09

16.46

Dezembro

341,40

164.16

Dezembro

34,96

16.81

201.34

MÉDIA ANUAL

29,83

15.29

30,55

15.30

MÉDIA ANUAL

390,04

315,74

158.96

Fonte: Índice Esalq/BM&F

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2009

382

228

282

53

58

32

21

30

137

262

77

382

2010

461

158

274

16

17

12

1

0

110

102

339

221

2011

328

145

365

146

1

29

0

24

32

115

135

274

2012

317

158

150

125

28

115

28

0

67

69

196

159

26.1

47.0

12.5

13.5

86.5

137.0

186.9

259.0

Out

Nov

Dez

2013 Média Mensal

297

246

296

130

357.0

186.9

273.3

94.1

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

2009

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

389

2010

327

95

206

51

12

6

0

0

87

116

302

235

2011

399

120

538

136

0

8

0

0

8

186

161

306

50

134

19

0

55

104

265

198

29.0

42.3

9.0

6.0

69.5

140.5

230.3

282.0

2012

523

80

245

103

2013

321

254

222

91

384.8

159.6

299.4

109.2

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

MAIO / JUNHO 2013 | Revista Cocapec nº 85

43


PRODUÇÃO ANIMAL

Saiba como aplicar injeção em animais Por Paulo Correia | Médico veterinário Uniagro/Cocapec, Mestre em medicina veterinária e professor universitário

As três principais vias para injeções utilizadas são:

É

muito importante saber como aplicar injeção nos animais de criação para evitar doenças ou para curá-las. Porém, muitos criadores, vaqueiros ou tratadores de animais não têm a devida prática e podem causar danos ou lesões mesmo sendo um procedimento simples.

• SUBCUTÂNEA (SC) Injeção debaixo da pele. O local escolhido é aquele onde a pele é mais frouxa para que se possa puxar facilitando assim o trabalho. O ideal é utilizar agulhas curtas e calibrosas (ex.: 10x12; 12x15; 15x15). Bovino - debaixo da pele do pescoço Equino - debaixo da pele do pescoço ou do anti-peito Suíno - atrás da orelha

Injeção subcutânea em bovinos

Carneiros - pele sem lã, região da axila Cães e gatos - pele lateral do tórax

caso de soro geralmente o medicamento vem acompanhado de equipo e agulha, (com bitola de 40x16 ou 40x20 para adultos, e 35x12 para bezerros e potros)

• INTRAVENOSA (IV) Injeção diretamente na veia. Usada para aplicação de soros, vitaminas, cálcio e alguns antibióticos e quimioterápicos. O melhor local é a veia jugular (pescoço) e a mamária (na frente do úbere no bovino). No

Injeção intravenosa na garupa do equino

• INTRAMUSCULAR (IM) Deve ser aplicada em áreas musculares, como tábua do pescoço, músculos traseiros (garupa) ou atrás da coxa. Usa-se agulha longa ( 40x12 adultos; 35x12 jovens).

Injeção intramuscular no pescoço (tábua) do cavalo

VACINAÇÃO DE AFTOSA - de 1º a 30 de maio São Paulo – Rebanho de 0 a 24 meses

Minas Gerais – Todo o Rebanho

Para mais informações procure o responsável técnico nas unidades da Cocapec

44

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013



PRODUÇÃO ANIMAL

Coccidiose no Brasil, um inimigo invisível

Por Alisson Ponce Faleiros | Vendedor de Produtos Veterinários Cocapec

U

m estudo recente no Brasil mostrou que a Coccidiose está presente em 100% das propriedades e em 66% dos animais. Elas aparecem em qualquer lugar onde os bezerros são criados e seu maior impacto ocorre no primeiro ano de vida.

A Coccidiose é contraída quando os bezerros entram em contato com o vírus oocistos de Eimeira no ambiente contaminado. Cerca de 95% das infecções são subclínicas, ou seja, sem sinais clínicos, diferentemente de outros facilmente visíveis como a diarreia. Nestes casos, os animais ganham menos peso e o crescimento fica abaixo do esperado. Sinais clínicos mais frequentes - Diarreia aquosa como muco e sangue (Curso Negro); - Perda de apetite; - Crescimento atrasado; - Desidratação; - Infecções secundárias; - Casos mais severos podem resultar na morte do animal.

Alopecia (caída dos pelos) causada pela diarreia. No detalhe: Diarreia do bezerro.

A importância do diagnóstico A Coccidiose custa aos produtores perda de lucro devido à eficiência alimentar reduzida, menor ganho de peso e aumenta a suscetibilidade a infecções bacterianas causando outras doenças como a pneumonia, a tristeza parasitária e patologias do trato gastrointestinal, ocasionando o gasto com antibióticos, hidratação dos animais e mão de obra. O diagnostico é feito através do histórico da propriedade, dos sinais clínicos e de análise laboratorial das fezes. Se algum bezerro apresentar sinais clínicos, significa que a coccidia já danificou o intestino, por isso a prevenção deve ser realizada do segundo ao sétimo dia de vida, ou seja, antes do aparecimento dos sinais clínicos. Uma vez observados

46

sinais clínicos na propriedade, todos os animais em contato com a doença precisam ser imediatamente tratados. Animais que já contraíram a coccidiose depois de 1 ano, podem pesar até 27 kg a menos, comprometendo seu potencial de produção e reprodução na vida adulta. As bezerras que apresentam diarreia até os 3 meses de idade, produzirão menos leite e terão a idade ao primeiro parto aumentada. Devemos sempre identificar as diarreias e suas causas, procurando um tratamento específico, observando a incidência e quantos bezerros estão contaminados. Para isso é importante reforçar junto

Revista Cocapec nº 85 | MAIO / JUNHO 2013

aos profissionais como os vaqueiros e retireiros, que atuam diretamente com o animal, sobre os prejuízos que produzem esta doença, como o alto custo dos medicamentos, baixo desenvolvimento e a mortalidade. O futuro do seu rebanho está na criação bem sucedida de seus bezerros e bezerras. Todo cuidado é pouco. Na Cocapec você encontra os medicamentos para controlar esta doença. O acompanhamento pelo médico veterinário é muito importante para confirmar o diagnóstico e a melhor recomendação para o tratamento da diarreia ou coccidiose.

“Se algum bezerro apresentar sinais clínicos, significa que a coccidia já danificou o intestino


O SHOW NÃO PODE PARAR. CONTINUE LAVANDO E DEVOLVENDO AS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS.

Agricultor, continue lavando as embalagens vazias de agrotóxicos no momento da aplicação, e devolvendo todas no local indicado na nota fiscal. Graças a você, esta campanha é um orgulho para a nação e um exemplo para o mundo.

INICIATIVA:

APOIO:

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

www.inpev. org.br



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.