Revista Cocapec

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Revista

Cocapec Ano 12 - Janeiro/Fevereiro 2013 - nº 83 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Procedimentos para aprovação de pedidos Curso de Auto Gestão para cooperados

Sustentabilidade e a cadeia do café



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ncerramos 2012. Foi um bom ano, colhemos uma safra expressiva apesar da retração dos preços praticados, e tivemos recorde de recebimento nos armazéns da Cocapec. Também foi mais um ano para muitos agradecimentos. Primeiro a Deus que nos guiou nas decisões. Aos nossos cooperados, colaboradores, fornecedores e parceiros o nosso muito obrigado pelo companheirismo. Iniciamos 2013, uma nova safra e novos desafios se apresentam. Em primeiro lugar, vamos trabalhar para colocar em pleno funcionamento o projeto de granelização. O cooperado, na entrega de seu café a granel, quase não sentiu o fato de que, nos armazéns da cooperativa, houve uma série de dificuldades, normais em todo novo projeto em implementação, mas que desejamos sanar este ano. O aumento da adesão à granelização nos exigirá providências, se bem que estaremos em ano de safra baixa. Um desafio momentâneo neste processo é repassar aos exportadores o café na forma à granel, pois temos que reensacá-lo o que traz trabalho e custos extras à cooperativa. Mas, já estamos empenhados em negociações junto aos nossos clientes e compradores de forma que, eles também recebam à granel. Outro desafio está no fato de, diferentemente dos outros anos onde o estoque de café da cooperativa era baixo, este ano, pela solidez financeira do nosso cooperado e pelas ofertas de financiamento de pré-comercialização, temos em nossos armazéns até o presente momento uma boa quantidade de café, sendo que o nosso cooperado se recusa a entregar seu produto à qualquer preço. Este cenário demandará estratégias diferenciadas para recebermos a safra agrícola 2012/2013, pois já teremos um volume depositado nos armazéns Cocapec maior que o costumeiro. Isso, porque ainda teremos que levar em consideração o prognóstico de aumento no número de adesão à granelização de 30% na safra 2011/2012 para 60% que já nos faz pensar no sistema de armazenagem para o futuro.

EDITORIAL

2013, novos desafios

Enfim, desafios foram feitos para serem solucionados e a cooperativa está pronta e disposta a fazer sempre o melhor para seu cooperado.

João Alves de Toledo Filho Presidente JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

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Expediente Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho - Presidente Carlos Yoshiuyuki Sato - Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça Conselho Fiscal Cocapec Zita Cintra Toledo Cyro Antônio Ramos André Luis Cintra Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052 Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 Diretoria Executiva Credicocapec Maurício Miarelli – Presidente José Amâncio de Castro – Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Dir. Crédito Rural Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiuyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia Conselho Fiscal Credicocapec Hélio Hiroshi Toyoshima João José Cintra Ricardo Nunes Moscardini Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PAC Pedregulho (16) 3171-2118 PAC Ibiraci (35) 3544-2461 PAC Claraval (34) 3353-5359 credicocapec@francanet.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291 apoio.revista@cocapec.com.br revista@cocapec.com.br Diagramação BZ Propaganda & Marketing

ÍNDICE Técnica

Monitoramento de doenças Técnica

Qualidade em pulverização na lavoura de café Cooperativismo

Ano Internacional das Cooperativas Social

Encerramento Campanha Natal Cooperativo 2012 Conheça sua Cooperativa

Núcleo Ibiraci

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781

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Tiragem: 2680 exemplares www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 83 JANEIRO/FEVEREIRO 2013 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Credicocapec

Módulo Cedente

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TÉCNICA

Procedimentos para liberação de pedidos Organizar os documentos com antecedência agiliza o recebimento dos produtos Por Wagner Inácio Junqueira Júnior Assistente Comercial Cocapec

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oje em dia, está cada vez mais evidente a necessidade de planejamento na propriedade rural para que o produtor tenha mais rentabilidade no seu negócio. A compra de fertilizantes, defensivos agrícolas entre outros produtos, é vital para manutenção da lavoura. Com isso, a antecipação do processo documental para aquisição desses itens garante a entrega no período em que o cooperado precisa. Tudo começa com o preenchimento correto do pedido pelo agrônomo, neste momento é importante que o cooperado analise junto ao técnico se nenhum campo obrigatório está em branco, pois isso atrapalha os processos posteriores. A seguir o documento chega ao apoio comercial que monta o processo para análise. A partir daí, o comitê, formado por vários setores da cooperativa, examina os documentos. Para isso, existem alguns fatores importantes que podem agilizar os procedimentos para liberação como manter o cadastro sempre atualizado, não ter nenhum financiamento vencido ou outro título vencido há mais de 30 dias, depositar seus cafés nos armazéns da cooperativa e utilizar os serviços que ela dispõe. No caso de título financiado para o cooperado, a Cocapec, através de repasse de Recursos Obrigatórios (RO), formaliza junto a várias instituições financeiras o contrato mãe. É prudente ressaltar que nestas operações, a cooperativa oferece a estes bancos garantias como: aval pessoal dos diretores, café, os próprios insumos provenientes do contrato. E para que seja formalizada tal operação, a

Cocapec emite a Nota Promissória Rural (NPR) que deve ser plenamente assinada pelo cooperado e demais, conforme cada caso, por exemplo, como esposa (o), avalista, proprietário arrendante, etc. Vale destacar que em alguns casos (troca de insumos x café), é emitida a Cédula do Produtor Rural (CPR), quando o cooperado, através do devido preenchimento do pedido, opta desde já, em apresentar dois avais ou registrar o documento em cartório competente. No caso de cooperado arrendatário, comodatário ou parceiro, é necessário ter a anuência (aprovação) do produtor proprietário para dar o café como garantia. Se isto não constar em contrato, é preciso colher a assinatura dele como um interveniente garantidor na NPR. Uma

opção é procurar o cadastro da cooperativa e fazer um aditivo no contrato, colocando já essa aprovação e com isso o proprietário não precisa assinar na NPR em compras futuras até o final do contrato. Vale lembrar que um pedido corretamente preenchido e assinado não garante aprovação, isso cabe ao comitê avaliar e liberar o produto ao cooperado. Uma alternativa para o produtor acompanhar o processo é a inserção de um e-mail no cadastro, pois, quando uma nota é emitida em seu nome, uma cópia de segurança é enviada, caso perceba que os produtos relacionados são os mesmos solicitados no pedido, pode procurar a cooperativa para adequar os documentos referentes ao financiamento (NPR ou CPR). JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

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NEGÓCIOS

20ª edição do Encafé reúne importantes nomes da cafeicultura Evento abordou temas variados sobre o setor Por Pedro R. A. Silveira Gestor Torrefação Cocapec

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ntre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro, aconteceu em Salvador/BA o 20º Encontro Nacional das Indústrias de Café, o Encafé, considerado o maior evento do setor no Brasil. O objetivo foi unir as empresas em torno de temas, atividades, debates e decisões que as auxiliam no caminho do sucesso e da busca continua da melhora da qualidade e do aumento do consumo interno. Durante os cinco dias de evento, debates, reuniões, workshop, atividades práticas, apresentação de casos de sucesso, entre outras, formaram a agenda do encontro. A Feira de Máquinas, Equipamentos e Serviços, voltou a ser realizada nesta edição, oportunidade dos visitantes conhecerem as novidades do setor, com expositores de equipamentos, fornecedores de insumos e serviços para as indústrias de torrefação. Além disso, durante o evento foi realizada a Assembleia Geral

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O evento foi repleto de debates, palestras, worshops, feiras entre outras

Extraordinária da Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, entidade à qual a Cocapec é afiliada. Nomes importantes da cafeicultura nacional e mundial como o do Diretor Executivo da Organização Internacional do Café (OIC) Robério Oliveira Silva e do Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) Américo Sato, marcaram presença. Participaram do 20º Encafé, o gerente de comercialização de café Anselmo Magno de Paula, o gestor comercial café Airton Rodrigues Costa e o gestor de torrefação Pedro Rodrigues Alves Silveira. Para os representantes da Cocapec, o evento é “a oportunidade de trocar experiências com outras indústrias, conhecer alguns casos de sucesso e inovadores, debater temas como planejamento e perspectivas para a indústria de café Brasileira, tendências e hábitos de consumo, além das palestras técnicas e workshops com os mais variados temas

como: gestão de custos, microscopia e café e saúde, fizeram com que o evento fosse bastante proveitoso, e importante a nossa participação. Estima-se que o consumo interno brasileiro de café continue crescendo, chegando a mais de 20 milhões de sacas no ano de 2012, e com tendência de ser o maior consumidor desta bebida no mundo, num futuro bem próximo. Isso faz com que o mercado de cafés industrializados seja cada vez mais competitivo em todos os seus segmentos e entre todas as categorias de empresas, sejam elas nacionais, regionais ou multinacionais, que querem aproveitar a tendência e oportunidade de crescimento do setor. Toda informação obtida durante o evento é importante para que a Cocapec defina suas estratégias, e continue aumentando sua participação e importância no mercado de cafés industrializados.


NEGÓCIOS

Cocapec promoverá curso de Auto Gestão para cooperados Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação

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Cocapec foi contemplada pelo convênio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp) para a realização do curso Auto Gestão, que será voltado aos cooperados, visando formar gestores para as propriedades rurais e para obter mais conhecimento sobre o sistema cooperativista.

Dividido em quatros grandes módulos, o Auto Gestão tratará das seguintes temáticas: TÍTULO

ASSUNTO Conjuntura do Agronegócio e Políticas Agrícolas

ECONOMIA E MERCADO AGRÍCOLA

Análise do Cenário Econômico da Atividade Cooperativista Comercialização - Mercado Futuro e Derivativos/Contratos Agrícolas Introdução à Informática/Noções de Excel

curso Auto Gestão, que será voltado aos cooperados, visando formar gestores para as propriedades rurais

Introdução à Administração da Propriedade Rural Planejamento da Propriedade Rural

ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DA PROPRIEDADE

Custo de Produção Informatização da Propriedade Rural Controle dos Negócios da Propriedade Rural Análise de Fluxo de caixa

Com carga horária de 120 horas, o curso será realizado durante todo o primeiro semestre de 2013. A partir de janeiro, divulgaremos mais informações sobre como participar e período de inscrições através dos canais de comunicação da cooperativada. Fique atendo, esta é uma excelente oportunidade que a Cocapec está proporcionando ao seu cooperado, buscando, através da capacitação, profissionalizando as gestões rurais e, consequentemente, da cooperativa.

Análise de Rentabilidade do Negócio Agrícola

LEGISLAÇÃO NORMAS

Legislação Ambiental, Trabalhista e Responsabilidade Socioambiental Vivência em Cooperativismo - Estatuto

COOPERATIVISMO

Organização do Quadro Social Vivência em Cooperativismo - Conselhos Fiscal e Administrativo Cooperação - Comportamental

| Para mais informações: comitê@cocapec.com.br Atenção que as vagas serão limitadas

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ESPECIAL

CIPA na propriedade rural A formação é obrigatórioa para quem possui mais de 20 funcionários permanentes Por Alda Batista de Souza | Assistente de Segurança do Trabalho Cocapec

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IPATR é a sigla para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural que visa a prevenção de acidentes e doenças relacionadas, buscando conciliar com a qualidade de vida e a promoção da saúde de todos os trabalhadores. É um instrumento que os funcionários dispõem para tratar da prevenção de acidentes, das condições do ambiente e de todos os aspectos que afetam a saúde e segurança do trabalho. A CIPATR é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pela Norma Regulamentadora 5 (Nr-5) sendo sua criação obrigatória em propriedades rurais que mantenham 20 ou mais empregados contratados por tempo

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indeterminado. Nos estabelecimentos com número de 11 a 19 empregados, nos períodos de safra ou de elevada concentração de trabalhadores por prazo determinado, a assistência em matéria de segurança e saúde no trabalho será garantida pelo empregador diretamente ou através de preposto ou de profissional por ele contratado, conforme previsto na NR 31. A CIPATR será composta por representantes indicados pelo empregador e representantes eleitos pelos empregados de forma paritária. As atas de eleição e posse e o calendário das reuniões devem ser mantidas no estabelecimento a disposição da fiscalização do trabalho. O mandato dos membros da CIPATR

terá duração de dois anos, permitida uma recondução. O objetivo das ações da CIPATR é “observar e relatar as condições de risco no ambiente de trabalho, e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos”. Portanto, sua missão é preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, ela deve ser a ponte que liga gerentes e empregados, e de maneira criativa e participativa, deve opinar na maneira como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições, visando à humanização do trabalho rural.


ESPECIAL Veja Algumas Atribuições do Cipeiro: • Identificar os riscos no processo do trabalho e elaborar o mapa de risco;

• Realizar periodicamente verificações para eliminar e minimizar atos e condições inseguras;

• Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;

• Colaborar no desenvolvimento e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e outros programas relacionados a segurança;

• Participar junto com a empresa da Campanha anual de Prevenção a AIDS.

Como a CIPA é formada? • Presidente da CIPATR: será escolhido pelo empregador.

• Vice Presidente: será escolhido dentre os titulares eleitos.

• Secretário da CIPATR: será escolhido pelos Cipeiros um secretário e seu substituto. Ele poderá ser representante do empregado ou empregador.

A CIPA é um dos mais importantes mecanismo de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho e, para sua eficácia, é fundamental o comprometimento dos Cipeiros e também o apoio dos empregadores.

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LUTO

Morre o cooperativista José Cassiano

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec Fonte: SRB Jornal O Diário (Maringá/PR)

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orreu no dia 30 de outubro aos 76 anos o cooperativista José Cassiano Gomes dos Reis Júnior. Ele foi um dos responsáveis pela vinda da Cocap para Franca/SP que deu origem a Cocapec. Paulista de Jaú e pai de três filhos, José Cassiano era considerado uma enciclopédia da história do cooperativismo e da agricultura. Produtor Rural e engenheiro agrônomo formado na Esalq/ USP, foi secretário de Agricultura do Paraná entre os anos de 1973 e 1975, e de Indústria e Comércio no final do segundo mandato do Governador Ney Braga. Ainda no Paraná, presidiu a Cooperativa Agroindustrial de Maringá, a Cocamar, de 1965 a 1971, hoje uma das mais importantes do País. Além disso, foi diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e, recentemente, foi coordenador da Codeagro (Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios), órgão ligado à Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Uma das últimas aparições de José Cassiano Gomes dos Reis Júnior (Cassianinho) em eventos cooperativistas ocorreu no dia 26 de julho de 2012, na inauguração da Sala do Cooperativismo na Casa de Cultura Carlos e Diva Pinho. Na ocasião, Roberto Rodrigues foi homenageado pela profa. Diva Pinho.

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Diretores lamentam a perda

O diretor presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho destaca que José Cassiano e a cooperativa sempre estiveram muito próximos, “Ele sempre foi nosso amigo, sempre esteve presente, um engenheiro agrônomo brilhante, além de ser o grande responsável pela fundação da Cocapec”. O diretor presidente do Sicoob Credicocapec Maurício Miarelli diz que foi uma perda muito grande “Devemos a nossa existência [da Cocapec] a este homem, que sempre trabalhou para cafeicultura e o cooperativismo, ele é uma referência no trabalho no agronegócio”.


TÉCNICA

Monitoramento de Doenças

O objetivo é identificar as doenças em seu estado inicial Por Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo/Uniagro | Mestre em Ciência do Solo

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clima quente e seco é bastante favorável à colheita do café, porém após esta etapa, todos nós esperamos por chuva, água abençoada que vem para matar a sede das nossas plantações, que permite o semeio de sementes para uma nova safra. Enfim, o período das chuvas se inicia e vem para vestir nossas lavouras, no entanto, precisamos ficar atentos com as doenças que se iniciarão, pois o tempo quente e úmido favorece também o desenvolvimento dessas enfermidades. Diante da imensa cafeicultura nacional, a maioria das lavouras de café são de cultivares suscetíveis às doenças, principalmente a ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. Et Br.) que é uma doença de grande importância devido aos grandes prejuízos causados à cafeicultura. Além da ferrugem, outras doenças como a cercosporiose, a mancha aureolada, a mancha de phoma e antracnose vem tirando o sono de muitos agricultores, portanto devemos redobrar a atenção com as lavouras, principalmente com aquelas que apresentam um histórico de predisposição a estas doenças. É bom lembrar que a ocorrência das doenças e a sua gravidade varia de região para região, de lavoura para lavoura e de um ano para outro. Diante deste fato, devemos observar as lavouras com bons olhos, pois o sucesso do controle desses patógenos não se dá apenas com a aplicação de defensivos. É preciso que se faça um

manejo correto e sustentável, realizando o monitoramento frequente das lavouras com o objetivo de identificar inicialmente os sintomas de cada doença e, com isso aplicar corretamente o defensivo agrícola recomendado, antes mesmo que esta venha trazer prejuízos à lavoura. Sabemos que os sintomas iniciais de cada doença podem ser confundidos com distúrbios fisiológicos, deficiências nutricionais e até mesmo com o ataque de pragas. Portanto, se tiver alguma dúvida com relação aos sintomas visualizados na lavoura, entre em contato com o Engenheiro Agrônomo, pois diagnóstico incorreto do problema pode trazer prejuízos financeiros e ambientais, além de não controlar o foco da doença.

/O monitoramento auxilia no combate a diversas doenças como a mancha aureolada na folha

É preciso que se faça um manejo correto e sustentável, realizando o monitoramento frequente das lavouras

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TÉCNICA

BICHO-MINEIRO do café O controle garante produtividade Por Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo/Uniagro | Mestre em Ciência do Solo

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onforme já descrito em edições anteriores da Revista Cocapec, o desafio do produtor neste momento é aumentar a produtividade da sua lavoura com qualidade e eficiência, atuando nas práticas culturais que realmente lhe proporcionam retorno. Em relação às pragas que atacam o cafeeiro, o bicho-mineiro é uma das principais. A sua incidência nas lavouras de café é influenciada principalmente pela temperatura, face de exposição e pelo espaçamento adotado, porém, sua gravidade varia de região para região, de lavoura para lavoura e de um ano para outro, na dependência de fatores favoráveis ou não. Lavouras localizadas em regiões com alta intensidade de ventos, assim como as mais espaçadas, proporcionam maior arejamento às plantas favorecendo o ataque da praga. Já a ocorrência de chuvas e ar úmido reduz o ataque. O bicho-mineiro é um inseto de hábito noturno, originário do continente africano, que ataca apenas o cafeeiro. A fêmea adulta deposita seus ovos na face superior das folhas do café e, quando nascem, passam diretamente do ovo para o interior das folhas. É esta fase (lagarta) que traz prejuízos à cultura, pois se alimentam do tecido existente entre as duas faces da folha. As galerias formadas recebem o nome de “mina”, apresentando formas irregulares, que no início possuem coloração amarelo-pálido e posteriormente, com

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| Lavoura com ataque de bicho mineiro

o rápido desenvolvimento da larva, tornam-se pardas com o centro escuro devido ao depósito de dejetos. Após se desenvolver, a lagarta sai por um orifício feito na face inferior da folha, e desce através de um fio de seda para o terço inferior da planta, onde tece seu casulo com uma pequena teia em forma de X onde vai permanecer até que atinja a fase adulta de mariposa. Esta, ao se libertar do casulo é fecundada e, novamente recomeça o seu ciclo, depositando seus ovos em outra folha. A formação das minas nas folhas e a acentuada desfolha diminui drastica-

mente a área fotossintética das plantas, no entanto, a intensidade do ataque e o período em que ocorrem tem relação direta com a produção. Estudos mostram que cerca de 60% das folhas atacadas por esta praga caem, podendo acarretar redução superior a 50% na produção de café. Souza et al. (1998), relata que a desfolha drástica até julho impede a formação de botões florais nos meses de setembro e outubro, e a desfolha entre os meses de agosto e outubro influencia na florada das plantas e no pegamento e desenvolvimento dos frutos. Desfolhas sucessivas faz com que as plantas fiquem


TÉCNICA | Fase de lagarta começando a minar a folha

| Bicho mineiro em fase de mariposa

Métodos de controle O controle do bicho mineiro pode ser biológico ou químico. O controle biológico é realizado por predadores e parasitas, sendo estes muitas vezes eficientes na redução populacional desta praga. As vespas são os predadores mais eficientes no controle, porém não é garantia certa, pois o uso de produtos químicos pode diminuir também a sua população. Portanto, é necessário que o controle biológico seja associado a outros métodos, como o manejo da lavoura e o uso racional de produtos químicos. O controle químico é realizado através da aplicação de inseticidas sistêmicos no solo e/ou inseticidas em pulverização. Os sistêmicos, utilizados via solo, têm se destacado pela eficiência no controle e pelo importante papel que exercem no manejo integrado de pragas, pois atuam somente em contra esta praga, não matando os predadores, ou seja, apresentam menor impacto sobre os inimigos naturais. Por outro lado, o método possui maior efeito residual do que os aplicados em pulverização, pois translocam pelo xilema da planta e chega até as folhas, controlando as pragas por um período de até 180 dias. Estes tipos de inseticidas deve ser aplicados via “drench”, no final do período chuvoso (fevereiro/março), pois estes necessitam de umidade no solo para serem absorvidos pelas plantas. Atualmente os inseticidas neonicotinóides são os mais utilizados, pois são de baixa toxicidade, apresentam ótima eficiência e um bom efeito residual. Os compostos neonicotinóides tem como característica a seletividade para atuar nos receptores nicotínicos dos insetos, porém é inativo nos receptores dos vertebrados. O primeiro composto desta classe foi o inseticida sistêmico imidaclopride, chamado de neonicotinoide da 1ª geração. Já o thiamethoxam, inseticida neonicotinóide da 2ª geração, apresenta uma estrutura ativa diferenciada, que promove melhor fotoestabilidade e consequentemente tornando o produto muito mais funcional.

| Lagarta saindo do ovo provocando a lesão na folha

| Diversos ovos do bicho mineiro na folha

| Pupa do bicho mineiro que antecede a fase de mariposa

A sua incidência nas lavouras de café é influenciada principalmente pela temperatura, face de exposição e pelo espaçamento adotado

Para prevenção desta praga, faça inspeções constantes na sua lavoura, principalmente naquelas que apresentam um histórico de ocorrência

JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

| SOUZA, J. C. de; REIS P. R.; RIGITANO, R. L. de O. O bicho mineiro do cafeeiro: biologia, danos e manejo integrado. Belo Horizonte: EPAMIG, 1998. 48p. (Boletim Técnico, 54)

mais fracas comprometendo a longevidade da lavoura, porém quando ocorrem em plantas jovens, podendo ocasionar seca de ramos. O ataque do bicho-mineiro ocorre durante o período mais seco do ano, iniciando a partir de março/abril até outubro/novembro. Ataca principalmente o terço superior da planta, ocasionando assim a maior desfolha neste local. Para prevenção desta praga, faça inspeções constantes na sua lavoura, principalmente naquelas que apresentam um histórico de ocorrência.

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TÉCNICA

Análise Foliar: Em busca do equilíbrio nutricional Vários fatores influenciam na produtividade da lavoura Por Antônio Carlos de Oliveira Cintra | Engenheiro Agrônomo/Uniagro | Mestre em Ciência do Solo

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a edição anterior lembramos a importância da análise foliar. Mostramos que esta ferramenta pode nos auxiliar no diagnóstico nutricional correto para a planta e assim fazer as correções necessárias para chegarmos ao equilíbrio nutricional da lavoura. Para que a lavoura tenha alta produtividade, é preciso que vários fatores como o clima, genética, solo, luz, água, nutrientes entre outros, lhe favoreçam. Quanto à nutrição, é necessário que a planta tenha durante todo seu ciclo os nutrientes em quantidades adequadas, para que ela possa realizar todas as suas funções vitais. No período entre janeiro/ fevereiro, as adubações recomendadas pela análise de solo, referentes ao fósforo e aos micronutrientes, já foram realizadas, porém o nitrogênio e potássio são parcelados em 3 ou 4 vezes e, nesta ocasião o produtor já deve ter realizado duas ou três aplicações. No entanto, é nesta fase que podemos, com o auxilio da análise foliar, fazer as adequações das adubações de macro e micronutrientes anteriormente programadas, evitando desperdícios de fertilizantes, cujos valores são significativos na formação do custo de produção. As aplicações de nutrientes podem ser realizadas tanto via solo, pois ainda tem umidade no solo devido às chuvas,

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Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

| Local exato para retirada das amostras para análise

como via foliar. É com o resultado da análise foliar que podemos verificar se o que realmente aplicamos no solo nos meses anteriores está chegando ao alvo (folha). É bom lembrar que para uma amostragem correta de folhas, os talhões devem ser separados, de acordo com suas características (idade, variedade, espaçamento, adubação anterior, carga pendente, etc). Em cada talhão, deve-se caminhar em zigue-zague, coletando 80 folhas, de 40 plantas de café, escolhidas aleatoriamente

dentro do talhão. As folhas a serem coletadas devem ser do terceiro ou quarto par (contando da ponta do ramo para a base), em ramos produtivos situados na altura média do cafeeiro e dos dois lados da linha de café. Essas folhas devem ser acondicionadas em saco de papel, devidamente preenchidos com os dados do talhão e da propriedade, e enviadas se possível no mesmo dia ao laboratório. Caso não seja possível encaminhar no mesmo dia, colocar os respectivos sacos de papel na parte de baixo da geladeira.


TÉCNICA Como na cultura do cafeeiro é realizado muitas pulverizações foliares com micronutrientes, devemos ficar atentos e tomar alguns cuidados na coleta das folhas, tais como: • Coletar folhas após 30 dias da última adubação de solo e também da pulverização foliar, pois, principalmente no caso dos micronutrientes pulverizados nas plantas, a análise pode detectar resíduos externos, mascarando, assim, os resultados;

• As folhas coletadas devem estar sadias (sem pragas e doenças) e normais (sem lesões e deformações);

• Devem estar isentas de sujeiras (poeira, barro, etc);

• Não coletar folhas de plantas com deficiências isoladas ou que não representem a média visual da lavoura.

| A planta equilibrada apresenta melhor produtividade

É com o resultado da análise foliar que podemos verificar se o que realmente aplicamos no solo nos meses anteriores está chegando ao alvo | Lavoura equilibrada com boa floração

NOVEMBRO/DEZEMBRO 2012 | Revista Cocapec

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TÉCNICA

Qualidade em pulverização na lavoura de café Cuidados essenciais para se ter mais controle no cafezal Por Rubens Manreza | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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os últimos anos observamos um grande avanço tecnológico no desenvolvimento dos defensivos agrícolas utilizados na cultura do café, porém a forma de pulverização destes, pouco evoluiu, e ainda, muitos produtores não dispensam os cuidados necessários com esta operação, perdendo eficiência no controle de pragas e doenças.

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A aplicação errada dos defensivos traduz em prejuízo, pois além de gerar desperdício e aumentar os custos de produção, pode ocasionar resistência de pragas e doenças a estes, e ainda, aumenta os riscos de contaminação das pessoas e do meio ambiente. De forma geral, até 70% dos produtos pulverizados podem ser perdidos por má aplicação, escorrimento e deriva descontrolada.

Para minimizarmos estas perdas e obtermos um bom controle com uma pulverização de boa qualidade, é importante o produtor considerar três pontos básicos: qual alvo biológico (praga ou doença) será controlado, qual tratamento (produto) mais adequado, e como realizar uma aplicação (máquina) eficaz. A interação destes fatores com as condições ambientais, determinará a eficácia do controle.

Condições ambientais

Qualidade da água utilizada nas pulverizações

As condições de clima no momento da pulverização favoráveis à absorção e translocação dos produtos, e recomendáveis para aplicação em geral são: temperatura abaixo de 32º C e umidade relativa do ar acima de 55%. É importante estar atento às condições de vento, e realizar pulverizações na presença de ventos de 2 km/h a 10 km/h, nunca acima disso, nem na iminência de chuvas. Para avaliar alguns destes parâmetros existem equipamentos de fácil utilização pelo produtor. A aplicação sobre plantas estressadas reduz a absorção e translocação do produto. A ocorrência de chuva logo após a aplicação pode lavar o produto da superfície da folha da planta e impedir sua absorção. A baixa umidade relativa provoca a desidratação da cutícula e o conseqüente secamento rápido da gota, provoca a cristalização do produto sobre a folha, dificultando a absorção. As altas temperaturas podem provocar a volatilização do produto e aumentar a evaporação das gotas, e temperaturas baixas reduzem o metabolismo da planta e dificulta a absorção. A presença de ventos acima de 10 km/h poderá provocar deriva sem controle e as gotículas não atingirão o alvo, podendo ainda atingir locais com culturas sensíveis ou contaminar o meio ambiente, acarretando perdas de defensivo e da pulverização.

O produtor associa a qualidade da água utilizada nas pulverizações principalmente ao pH, entretanto dois fatores importantes a serem considerados são a qualidade física da mesma, onde sedimentos como argila e matéria orgânica em suspensão podem reduzir a eficiência da aplicação, e a qualidade química, analisada como “Dureza”, definida pela concentração de Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) presentes na água, expressa na forma de CaCO3, tem grande interferência sobre a eficácia dos defensivos, causando desequilíbrio de cargas e precipitação do produto, resultando em obstrução dos filtros e pontas de pulverização. Outros íons como Ferro (Fe) e Alumínio (AL) também podem reagir na calda e reduzir a eficácia. O pH da água de aplicação, que pode ser aferido com um medidor ou com o papel indicador universal, deverá ser considerado apenas como indicador de possíveis alterações nas características químicas da água, e caso apenas o pH esteja alterado e as demais características inalteradas, raramente teremos interferência na eficácia do produto aplicado. O importante é o produtor verificar o pH da calda, e estando fora dos padrões ideais para pulverização, o produtor deve procurar onde está o problema, e consultar um técnico para verificar a necessidade da adição de adjuvantes, seja ele um corretor de pH, um sequestrante ou mesmo um espalhante.

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Cuidados com os equipamentos de aplicação Um bom controle de pragas e doenças depende da escolha do produto e da sua aplicação correta. Para isso, é importante que o equipamento escolhido aplique uniformemente o produto na dose correta sobre a superfície desejada. No campo, nos deparamos com situações onde o produtor ainda não tem o devido cuidado com o equipamento de aplicação. Antes de iniciar uma pulverização o produtor deve revisar cuidadosamente o equipamento a ser usado. Os bicos devem ser examinados individualmente, a fim de avaliar o desgaste, posicionamento e alinhamento. O volume de calda a ser aplicado, o número e o tamanho de gotas, a pressão de funcionamento dos bicos, a dosagem, a diluição, a agitação e a necessidade de adjuvantes devem ser verificados criteriosamente.


TÉCNICA

1

| É necessário revisar o equipamento com antecedência e fazer os devidos reparos

2

3 | 1 - Bicos danificados | 2 - Bicos desalinhados 3 - Bicos despadronizados

| Bicos corretos, padronizados e alinhados com duplicadores

Sistema de agitação da calda Antes de regular qualquer equipamento, é importante saber se o sistema de agitação funciona de forma correta, assegurando que o produto esteja misturado apropriadamente antes de iniciar a aplicação e mantenha assim até o término da operação. Nos pulverizadores tratorizados, como a tomada de potência

é que aciona a bomba, deve-se manter nesta 540 rpm, pois os sistemas normalmente estão dimensionados para esta rotação. Uma rotação inferior pode causar interferências negativas sobre o sistema de agitação, podendo interferir na eficácia dos defensivos, principalmente em função da sua formulação, onde formulações pó-

molhável (PM) ou suspensão concentrável (SC) tendem a se depositar no fundo do tanque, e formulações concentrado emulsionável (CE), cujo princípio ativo é líquido não solúvel em água, tende a migrar para a superfície nestas condições, ocasionando uma má distribuição dos produtos no decorrer da pulverização.

Sistema de filtragem O sistema de filtragem tem como objetivo garantir uniformidade da calda, dar maior capacidade operacional aos pulverizadores, segurança ao operador durante o serviço, e maior durabilidade às pontas (bicos). Os turbopulverizadores utilizados em café, de forma geral possuem o filtro principal, e os filtros (peneiras) dos bicos, que podem ser substituídos pelos filtros de linha, permitindo maior agilidade na limpeza destes, pois em cada coluna do pulverizador, os vários filtros (peneiras), são substituídos por um único filtro de linha. Os filtros devem ser dimensionados de acordo com o produto a ser aplicado, onde formulações pó-molhável (PM) ou suspensão concentrada (SC), que

formarão partículas sólidas em suspensão na calda, deve ser utilizado filtro com malha 50 (50 aberturas por polegada), caso contrário, opte por um filtro com malha 80, por exemplo, as partículas do produto podem ficar retidas no filtro e formar uma pasta, obrigando o operador a realizar limpezas constante, reduzindo o período útil de trabalho e aumentando o risco de contaminação do operador. Na mistura de tanque de formulações PM ou SC com adjuvantes oleosos, este problema poder ser potencializado.

| Filtro com excesso de resíduos

Volume de pulverização O volume de pulverização não deve ser uma condição pré-estabelecida, mas sim determinado em função do alvo desejado, do tipo de bico, das condições climáticas, da arquitetura

da planta e do tipo de produto a ser aplicado, onde o importante é colocar o produto de forma correta no alvo, com o mínimo de desperdício e contaminação do ambiente. Assim,

por exemplo, para o controle de ferrugem utilizamos vazão de 400 a 500 litros/ha, já para controle de ácaro da mancha anular, a vazão necessária é acima de 700 litros/ha.

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TÉCNICA Bicos de pulverização

O bico de pulverização é um conjunto formado por corpo, peneira, ponta e capa, sendo a ponta o componente responsável pela formação das gotas. As pontas irão determinar a vazão, a forma de distribuição e o tamanho de gotas, onde o aumento de pressão diminui o tamanho de gotas. Nas pulverizações com turbopulverizadores utilizamos pontas de jato cônico vazio, que permitem ajustar o diâmetro de gotas (pressão) para diferentes condições climáticas, produzem gotas mais homogêneas e em maior densidade/ cm², com grande penetração em massa foliar densa, neste caso, conduzidas pelo vento produzido pela turbina do equipamento. Os bicos devem estar alinhados, não criando resistência ao vento, permitindo uma melhor condução das gotas ao alvo. Existe também a possibilidade da utilização dos duplicadores de bico, melhorando a cobertura da planta, podendo estar dispostos de acordo com o alvo de interesse. É importante o produtor estar atento às condições de vento, pois em grande parte dos turbopulverizadores, as gotas produzidas pelos bicos da parte superior, recebem menor volume de vento do equipamento, ficando sujeita à deriva descontrolada, perdendo eficiência . Já para pulverizações com bomba costal, o ideal são bicos de jato plano comum (leque), pois possuem gotas maiores, que conseguem atingir o alvo sem auxílio do vento. Os fabricantes das pontas possuem catálogo que informam o tipo de pulverização gerado pelas pontas nas diferentes recomendações. A limpeza dos bicos deve ser com escova de cerdas de nylon (escova de dente) ou ar comprimido, e nunca utilizar agulha, arames, canivetes ou gravetos para desentupi-los, pois pode danificá-los. Os bicos devem ser trocados quando a vazão ultrapassar em 10% a de um bico novo, devendo substituir todo o conjunto. Outros componentes importantes de um equipamento de pulverização são a bomba, cuja função é pressionar a calda, colocando no sistema a energia que será utilizada na pulverização, o regulador de pressão, que basicamente é um divisor de volume, fazendo o volume excedente retornar ao tanque, e o manômetro, que indica a pressão do circuito das pontas de pulverização. Todos componentes devem estar em prefeitas condições para uma boa pulverização.

/Ventilação dificultada na parte superior

Regulagem do pulverizador

A calibração do pulverizador deve ser realizada periodicamente devido ao desgaste natural de alguns componentes, como os bicos, ou mesmo devido a perda de calibração pelo próprio uso nas condições de campo. Para calibrar devemos utilizar o devido EPI, abastecer o pulverizador com água limpa, acionar o conjunto de pulverização e avaliar a existência de vazamentos, determinar a quantidade de bicos, e a velocidade de trabalho. Esta velocidade é obtida percorrendo 50 metros e anotando o tempo gasto. Em seguida aciona-se o equipamento estacionado e coleta a água aspergida em um bico no tempo aferido, onde multiplicando pelo número total de bicos tem-se a vazão em 50 metros pela faixa aplicada (largura entre ruas de café, ex: 3,8 m), que pode ser extrapolada para um hectare (10.000 m²).

Verificação da pulverização

É comum o produtor não ter certeza se a pulverização está produzindo uma boa cobertura atingindo o alvo da forma desejada, nas diferentes partes da planta. Para isso existem os papéis hidrossensíveis, que colocados em posições (alvos) desejados na planta, após passar com o pulverizador, estes papéis ficarão marcados se atingidos pelas gotas, podendo verificar inclusive, número de gotas/cm² que chegaram ao alvo, sendo que para herbicidas este número é de 20 a 30 gotas/cm², inseticidas de 50 a 70 gotas/cm² e fungicidas de 70 a 100 gotas/cm². É importante lembrar que o operador após o término da pulverização, utilize toda a sobra em bordaduras e carreadores, lave o equipamento por fora e por dentro com água limpa, inclusive filtros e bicos, e guarde o equipamento em local protegido. Deve desmontar os bicos de pulverização e guardar em local limpo e seguro. Por fim deve ter cuidado para não contaminar o meio ambiente, e descartar as embalagens de forma correta e segura.

/Papel hidrosensível utilizado para avaliar a qualidade da pulverização

Capacitação técnica

O produtor deve sempre capacitar seus profissionais, conscientizando estes de todas essas informações, para cobrá-los uma pulverização com boa qualidade. A Cocapec, consciente da necessidade da capacitação contínua de sua equipe técnica nas diferentes áreas, forneceu a cada profissional uma maleta completa com equipamentos para regulagem e controle de pulverização (foto 10), e realizou em parceria com a Herbicat no dia 25 de novembro, dia de campo sobre Tecnologia de Pulverização na Fazenda Santana em Pedregulho (Foto Pulverização 8), estando toda equipe apta a esclarecer as dúvidas dos cooperados referentes a este assunto.

/Dia de campo sobre pulverização para capacitar equipe técnica

Referências: Manual de tecnologia de aplicação de produtos fitossanitário- ANDEF-COGAP- 2010. / Tecnologia de aplicação de fungicidas- www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/viticultura/fungici.html Manual técnico sobre orientação de pulverização- Máquinas agrícolas Jacto S.A. edição 05/2001, código 957928. / Preparo da calda e sua interferência na eficácia de agrotóxicos- www.infobibos.com/Artigos/2006_3/V2/Index.htm

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TÉCNICA

Reunião GTEC Cooperativas Intercâmbio possibilita uma visão geral da cafeicultura

Por Roberto Maegawa | Coordenador do Setor Técnico Cocapec

A

conteceu nos dias 8 e 9 de novembro mais uma reunião do GTec Cooperativas, encontro organizado pela Syngenta. Na oportunidade, os representantes das 11 cooperativas, visitaram o campo experimental da Cooperativa Agropecuária Regional Andradas (Cara) e a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Pinhal (Coopinhal). Dentro das pautas discutidas, houve debate sobre as percepções quanto a última colheita, nas diversas regiões, assim como o acompanhamento das variáveis climáticas, realizado pelas estações meteorológicas de algumas cooperativas. Os profissionais demonstraram como são realizados os monitoramentos e análises dos dados obtidos através da coleta dos equipamentos. A florada da próxima safra também foi assunto na reunião. Na região do sul de Minas, o evento foi um pouco melhor que na área de atuação da Cocapec, pois, devido a quebra da última safra que seria de alta produtividade, as plantas estão com mais carga para o próximo ciclo, diferente da Alta Mogiana onde a safra aconteceu dentro da normalidade. Uma novidade apresentada foi o terreceamento (técnica que nivela terrenos muito inclinados) nas regiões montanhosas de Minas o que está viabilizando a mecanização nessas localidades. O principal objetivo das reuniões do Gtec é proporcionar o intercâmbio tecnológico com outras localidades, compartilhando experiências e trazendo novidades para os cooperados. Além disso, a interação entre os profissionais possibilita uma noção geral da cafeicultura no país no âmbito cooperativista.

O principal objetivo das reuniões do Gtec é proporcionar o intercâmbio tecnológico com outras localidades

O encontro com técnicos de diversas regiões produtoras proporciona uma visão geral da cafeicultura no país

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COOPERATIVISMO

Ano Internacional das Cooperativas Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

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Ano Internacional das Cooperativas foi o fruto da estreita relação entre a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e a Organização das Nações Unidas (ONU), que teve como objetivo comum buscar o desenvolvimento econômico sustentado, a mitigação da pobreza e a intercooperação. O slogan escolhido para nortear as ações de 2012 foi “Cooperativas constroem um mundo melhor”. Pensando nisso, a Cocapec trabalhou o tema em todas as suas atividades durante o ano. A temática reflete não apenas o espírito cooperativista, mas também o compromisso do segmento com o desenvolvimento global. Com isso, a ONU sugere ações ligadas ao empoderamento feminino, à inclusão de jovens no mercado de trabalho e ao empreendedorismo, que mostram o cooperativismo como instrumento para geração de renda e, consequente, redução da pobreza. Dentre outros objetivos, destaca-se: - Aumentar a consciência pública sobre as cooperativas e os benefícios aos seus membros, a contribuição para o desenvolvimento social e econômico e a integração com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; - Promover a conscientização na rede global sobre o cooperativismo e seus esforços para fortalecer as comunidades, democracia e paz; - Promover a criação e crescimento de cooperativas e ações para atender às necessidades socioeconômicas do setor; - Encorajar os governos para estabelecer políticas, leis e regulamentos que levam à criação, crescimento e sustentabilidade das cooperativas.

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“Cooperativas constroem um mundo melhor”

Almejando tais objetivos, a Cocapec uniu forças com diversos parceiros para a disseminação da cultura cooperativa neste ano histórico para o sistema. Envolvendo cooperados, colaboradores, fornecedores, escolas, educandos, professores, familiares e comunidade em geral, os projetos e ações sociais realizadas pela cooperativa lançaram sementes vislumbrando a promoção de mudança de mentalidades e cultura, demonstrando que o espírito cooperativo se faz forte através da cooperação de todos.


COOPERATIVISMO A cocapec celebrou o ano Internacional das Cooperativas da seguinte forma:

Encontro de Mulheres

Tudo começou no Encontro de Mulheres, realizado em março, que com o título, Mulher e Cooperativismo: um casamento que dá bons frutos, deu o ponta pé inicial na celebração do Ano Internacional das Cooperativas. O Encontro com conteúdo cooperativista do começo ao fim destacou a importância da mulher para as sociedades cooperativas e na tomada de decisões para o desenvolvimento delas.

Cooperação + SIPAT + Lançamento da Campanha Natal Cooperativo

O evento Cooperação e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) com intuito de integrar, formar, treinar e informar seus colaboradores através da comunicação e qualidade de vida, também deu início aos trabalhos da Campanha Natal Cooperativo que nesta edição buscou construir uma rede de relações capaz de aproximar os colaboradores da realidade das instituições sociais, através do trabalho voluntário durante o ano todo e assim, levar a mensagem de cooperação, solidariedade e união para a comunidade.

Encontro de Crianças Cooperativistas + Cooperjovem + Natal Cooperativo

O Encontro de Crianças Cooperativistas que é um importante instrumento de educação cooperativista e trabalha para a formação de crianças com consciência e conhecimento cooperativista, para que tenhamos uma nova geração mais preparada para multiplicar esta doutrina, este ano celebrou-se o Ano Internacional unido ao Programa Cooperjovem com a participação de educandos, professores e alguns familiares ligados ao programa. Esta ação social resultou em arrecadações de óleos, sabonetes e livros que foram doados as entidades participantes da Campanha Natal Cooperativo.

Mosaico + Natal Cooperativo (doações para entidades)

O já premiado programa Mosaico Teatral que promove o acesso a cultura através do teatro para a população, contribuindo para a democratização e ampliação de ações culturais na área de atuação das cooperativas parceiras. A tradicional arrecadação realizada todos os anos na troca dos ingressos, teve destino certo, beneficiou mais uma entidade assistencial parceira na Campanha Natal Cooperativo.

Coopera São Paulo + Natal Cooperativo Cooperjovem (Oficinas) + Participação dos colaboradores (Natal Cooperativo)

O Cooperjovem, programa de educação cooperativistas do Sescoop/SP, aplicado em escolas da cidade de Franca, oferece aos educadores oficinas de formação para o trabalho com as crianças, estas oficinas despertaram o interesse dos colaboradores, membros dos grupos do Natal Cooperativo, estes participaram das oficinas juntos aos educadores, buscam formação e informação para atuação no trabalho voluntário realizado na casa-abrigo de crianças da cidade.

Encaminhando para o encerramento das atividades do ano. Com o oferecimento do Sescoop/SP, convidamos as equipes de colaboradores e entidades para assistirem o espetáculo teatral, “Cooperar é Preciso” da Cia. Son Viv, a peça aborda a importância das cooperativas para o desenvolvimento local. A montagem faz parte do mais novo projeto do sistema Coopera São Paulo. A entrega das doações referente a arrecadação do Encontro de Crianças Cooperativistas foi realizada nesta data.

Mosaico Teatral + Natal

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CAPA

Sustentabilidade e a Cadeia do Café Por Pedro R. A. Silveira | Gestor de Torrefação Cocapec

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preocupação com as perspectivas de aumento populacional, a possibilidade de mudanças climáticas pela ação do homem, somados à facilidade de acesso à informação, a escassez dos recursos naturais e a conquista de direitos dos cidadãos nas últimas décadas, fizeram com que novos conceitos para produção e economia surgissem. Dentre esses, o termo mais comum e utilizado é a “Sustentabilidade”, que ganha diferentes significados em diferentes contextos. Porém, na sua forma mais simples, baseia-se em desenvolvimento sustentado em três pilares fundamentais: as pessoas, ou pilar social; o ambiente, ou pilar ambiental e; a economia, ou pilar econômico. Os novos conceitos e preocupações trouxeram também alterações de ordem ética, econômica e novas oportunidades de mercado para empresas e empreendedores. O agronegócio café, especialmente em seu elo de produção, tem grande importância econômica e social, especialmente nos países em desenvolvimento (maioria localizada no hemisfério sul do planeta e produtores de café, sendo em sua grande maioria, pequenos produtores) e também a peculiaridade de manter um fluxo de produtos, serviços e interação globais. A pressão da demanda do mercado consumidor e sua mudança de hábitos, e também a visão de oportunidade de produção, fez com que a preocupação com a origem, transparência, e o desenvolvimento desta cadeia avançasse a passos largos, tornando-se talvez hoje, a cadeia de agronegócio mais desenvolvida em termos de programas que visam à produção sustentável.

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Os novos conceitos e preocupações trouxeram também alterações de ordem ética, econômica e novas oportunidades de mercado para empresas e empreendedores

Certificações

Para assegurar a origem sustentável dos produtos, fez-se necessário que outras entidades surgissem, como novos integrantes da cadeia: as certificações. Certificações são realizadas e idealizadas por entidades independentes, que atestam por meio de auditorias e verificações realizadas por uma certificadora, que a produção e seus processos estão conformes as normas propostas por seu programa. No agronegócio café, podemos citar como mais comuns, as certificações Rainforest Alliance (RA), que tem como foco principal o pilar ambiental; Certificações com foco social, como FairTrade; certificação baseada nos três pilares, como a UTZ Certified; além de certificações corporativas, como Starbucks C.A.F.E. Practices e Nespresso AAA e outros escopos como Orgânico, Demeter Biodinâmico, ISO 14000 etc. As certificações podem trazer muitos benefícios, como maior controle de processos, acesso a mercados, organização, visão estratégica do negócio, dentre outras. É importante ressaltar que, certificação de produção não é garantia de qualidade do café, e também que, independente do seu foco, o princípio básico de todo programa de certificação é a rastreabilidade, que é capacidade de traçar, a qualquer momento, o caminho da história, aplicação, uso e localização da mercadoria, ou seja, da origem ao consumidor.


CAPA

O Programa 4-C

Dentro dos programas que visam a produção sustentável do café, existe o programa 4-C, que tem seu foco na grande massa de produtores, por meio de um processo de verificação. O agronegócio café lida constantemente com pressões que podem alterar os caminhos de seu desenvolvimento sustentável. No ano de 2003 surgiu no continente europeu o projeto de criação de um Código Comum para a Comunidade Cafeeira (4-C), porém somente a partir de 2006, criou-se um sistema que incluía o Código de Conduta do 4-C, regras para inclusão e participação no programa e a estrutura de governança do mesmo. A associação iniciou-se com 37 representantes de produtores, traders, indústria e sociedade civil, ligadas ao café (a Cocapec é um dos membros fundadores da associação, como representante de seus produtores) e hoje conta com 235 membros sempre envolvidos na cadeia do agronegócio café. Podemos dizer que o programa visa ser a principal plataforma de múltiplos interessados da cadeia de café sustentável, sendo o primeiro passo acessível a todos os participantes da mesma, buscando unir todas as partes, no trabalho de melhoria das condições econômicas, sociais e ambientais da produção e processamento de café, para construir um setor próspero e sustentável para as gerações futuras. Para garantir a rastreabilidade e cumprimento das normas e do código de conduta dos participantes, utiliza-se um sistema de Verificação, por meio da junção de dados do monitoramento interno da unidade gestora do programa (no caso a Cocapec, que representa seus produtores) e auditoria externa

realizada por períodos pré-definidos pelo código. Dentro do código de conduta, existem dez práticas inaceitáveis excludentes do programa, e além dessas, existem ainda práticas recomendadas e esperadas durante as verificações.

Figura 1

O 4-C é visto como o primeiro passo para a produção de cafés de forma sustentável, e por isso, sempre busca não a penalização de seus parceiros, porém a melhoria contínua dos processos e da gestão de suas propriedades. Um de seus objetivos também é orientação, pois, a medida que melhorias continuas e cumprimento de todas as boas práticas recomendadas pelo programa são implementadas na propriedade, esta estará cada vez mais apta à adequar-se a outras plataformas de certificação, conforme Figura 1.

Compromissos assumidos

Diante do cenário estabelecido a partir da demanda e também de novas oportunidades dentro do mercado de cafés, diversos agentes da cadeia, assumiram compromissos públicos para aquisição e inserção de cafés de origem comprovadamente sustentável junto à comunidade. Dentre estes podemos citar: •NESTLÉ: Plano Nescafé, que visa trabalhar com compromisso de aquisição de cafés de origem do programa 4-C e RA até 2015, e compromisso de aquisição de cafés certificados de seu programa AAA e RainForest Alliance para sua linha de cafés da Nespresso (80% até 2013); •MONDELEZ (ANTIGA KRAFT FOODS): Compromisso até 2015 de comercializar somente cafés de origem sustentável em suas operações na Europa, e também lançou o programa “Coffee Made Happy”, que visa investimentos para produção sustentável de seus fornecedores; •D.E. MASTER BLENDERS 1753 (ANTIGA SARA LEE): meta de comprar 25% de seu volume adquirido anual, de cafés de origem sustentável, até 2015; •TCHIBO GROUP (EMPRESA ALEMÃ): almeja comprar 100% de seus cafés de origem sustentável. JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

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CAPA Hoje a Cocapec continua investindo para participar e dar acesso aos produtores a este mercado

A sustentabilidade garantindo produção

O mercado de cafés de origem sustentável, verificados ou certificados existe, e acredita-se que tem espaço para crescer. Porém, vale lembrar que a origem certificada não garante sua comercialização, que depende de outros fatores do mercado. Nos últimos anos, nota-se uma evolução na quantidade demandada dos produtos de origem certificada. A figura a seguir ilustra as quantidades comercializadas e produzidas estimadas dos principais programas citados, em sacas de 60 Kg no mundo.

Figura 2

O mercado de cafés de origem sustentável, verificados ou certificados existe, e acredita-se que tem espaço para crescer

Apesar da transparência ser o principal conceito dentro dos escopos de cafés produzidos de forma sustentável, não há uma padronização com relação às de estatísticas, por isso alguns dados podem estar duplicados e ainda faltam informações principalmente do mercado dos compradores, porém, podemos concluir com os números que há uma grande lacuna entre produção e volume realmente comprado de cafés de origem sustentável. Isso se deve a fatores de demanda de cafés sustentáveis e atributos que não correspondem às demandas dos compradores como qualidade, origem e bebida. Os volumes são pequenos, porém demonstram que há espaço para crescer, uma vez que a evolução deste consumo, que era de 1% em 2002, em 2010, o mesmo represente 9% do total no mundo (em 2012 o consumo deve ser da ordem de 10%), sendo que, estima-se no mesmo período, 16% da produção mundial foi de origem sustentável. Hoje a Cocapec continua investindo para participar e dar acesso aos produtores a este mercado, sendo a unidade gestora do programa 4-C, e também está preparada para receber cafés de outras origens certificadas como UTZ, RainForest e em seus armazéns tanto em Minas Gerais, quanto em São Paulo.

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SOCIAL

Senar/MG encerra as atividades do ano com curso de colhedora Por Raquel Cintra Rosa | Assistente Administrativo Senar/MG

Camila Neves | Coordenadora Senar/SP

SENAR/MG

Cursos pré-selecionados:*1 •Manejo de pragas e doenças do cafeeiro; •Manutenção de colhedora; •Trator; •Aplicação de agrotóxicos; •Classificação e degustação de café; •Derivados do leite; •Defumados; •Bordados; •Crochê e tricô; •Artesanato de fibras. NÚCLEOS COCAPEC Ibiraci (35) 3544-5000 (Raquel) Claraval (34) 3353-5257 (Dinei) Capetinga (35) 3543-1572 (Joana) Lojas.ibiraci@cocapec.com.br

/Participantes do curso de manutenção de colhedora automotriz

A

parceria Senar/MG e Cocapec encerra os trabalhos em 2012 com um curso de manutenção de colhedora automotriz, realizado em Capetinga/MG entre os dias 5 e 7 de novembro no Sítio Pereira do cooperado Sebastião Pereira. Na oportunidade, os participantes aprenderam como realizar corretamente a manutenção do equipamento como trocas de óleos, filtros, varetas, correias, parte elétrica funcional, calibragem de pneus, além de alinhamento e cuidados com o armazenamento da máquina. Já o Senar/SP proporcionou em dezembro os cursos de Operação de Manutenção de Tratores Agrícolas, entre os dias 3 e 7 em Jeriquara/SP, e Aplicação de Agrotóxicos, realizado de 10 a 12 em Franca/SP com o objetivo de capacitar os produtores e trabalhadores rurais para as atividades no campo.

SENAR/SP

Cursos pré-selecionados:*2 •Operação e Manutenção de Tratores; •Aplicação de Agrotóxicos; •Orquídea; •Piscicultura; •Meliponicultura – Abelhas sem ferrão; •Olericultura Orgânica; •Tomate Orgânico; •Ovinocultura; •Apicultura; •Processamento Artesanal de Pães, Leite e Frutas; •Aproveitamento de Alimentos; •Culinária Regional; •Café na Gastronomia. SINDICATO RURAL DE FRANCA (16) 3720-2366 (Camila) senar@srfranca.com.br www.srfranca.com.br

*1*2cursos sujeito a alterações.

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SOCIAL

Cocapec, Syngenta e escolas encerram o Projeto Escola no Campo

Por Cristiane Olegário Assistente de Comunicação Cocapec

De forma divertida a peça reforçou os valores ambientais. /Todas as escolas participantes do projeto receberam um certificado referente as ações realizadas durante o ano

O

encerramento das atividades do Projeto Escola no Campo, realizado no dia 22 de novembro, reuniu cerca de 300 participantes no Teatro Judas Iscariotes. Os alunos dos municípios de Capetinga/MG, Jeriquara/SP, Ibiraci/ MG e Ribeirão Corrente/SP, assistiram o espetáculo da Cia. Trem Bão “A História Molhado 2”. A peça abordou questões sobre o meio ambiente, recheada de canções com ritmos variados, tratando de assuntos sérios sem perder o bom humor da encenação.

“O projeto ‘Escola no Campo’, uma ação da Cocapec, Syngenta e escolas da região” O evento contou com a presença do diretor secretário da Cocapec Ricardo Lima de Andrade, da gestora administrativa da cooperativa Morgana Reatto Mattos e os parceiros repre-

sentantes da Syngenta, a o agrônomo responsável Luis Gustavo Andrade e o técnico agrícola Flávio Nascimento. Eles enalteceram a participação de todos no projeto e falaram da importante e fecunda parceria entre Cocapec, Syngenta e Escolas que já ultrapassou uma década de sucesso garantido. O projeto “Escola no Campo”, uma ação da Cocapec, Syngenta e escolas da região, tem o objetivo de orientar estudantes sobre a necessidade da preservação dos recursos naturais, conscientizando quanto à segurança no uso de defensivos agrícolas e estimulando a produção de alimentos saudáveis. Nos últimos anos o “Projeto Escola no Campo”contou com parceiros importantes para levar inovação e conteúdo a professores e alunos, como a Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande que contribuiu significativamente viabilizando e acompanhando as ações realizadas, e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São

Paulo – Sescoop/SP, parceiro fundamental para a ampliação das atividades do projeto com o oferecimento de oficinas de educação ambiental e cooperativista para professores e alunos, bem como o oferecimento deste espetáculo de encerramento.

/O evento reuniu cerca de 300 participantes no Teatro Judas Iscariotes em Franca/SP

/Os alunos das escolas públicas da região assistiram o espetáculo da Cia. Trem Bão “A História Molhado 2”

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SOCIAL

Encerramento da Campanha Natal Cooperativo 2012 Por Cristiane Olegário / Assistente de Comunicação Cocapec

S “

er voluntário é saber compartilhar o que temos de mais precioso: amor, felicidade, sabedoria, conhecimento e tempo. O voluntariado pressupõe disponibilidade de compartilhar o que temos de melhor com as pessoas. A experiência nesse contexto valoriza o amor e a construção de novos conceitos e referenciais em nossas vidas.” As ações realizadas pelos funcionários da Cocapec e Sicoob Credicocapec, através da Campanha Natal Cooperativo, foram gratificantes para os participantes e instituições beneficiadas, cultivando uma busca por atuações que assumissem aspectos transformadores, rompendo com uma face meramente caritativa e paliativa. A ideia central da iniciativa era construir, gradualmente, uma rede de relações capaz de aproximar os colaboradores da realidade das instituições sociais. O incentivo ao trabalho voluntário durante o ano todo teve a

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intenção de possibilitar ao funcionário a tomada de consciência, ampliando sua visão de homem e mundo, estimulando o engajamento e o comprometimento com a luta por direitos sociais. Os princípios do cooperativismo se constituem em um acervo de valores a partir do qual a solidariedade desponta. Assim, o cooperativismo permite nortear um conjunto de ações e esforços para atuar na melhoria da qualidade de vida das pessoas das localidades onde estão instaladas as cooperativas. Os sete princípios do cooperativismo: adesão voluntária; gestão democrática; participação econômica equitativa; autonomia e independência; educação e formação; intercooperação; e interesses pela comunidade oferecem um conjunto de valores que permite abordar os temas sociais sob uma ótica propositiva e original. A atividade voluntária também possui um conjunto de valores que dá significado à sua ação. Por exemplo:

igualdade entre homens e mulheres; respeito à dignidade humana; justiça social; solidariedade e ajuda mútua; democracia na convivência social; apoio nas dificuldades; recuperação da autoestima; compromisso e responsabilidade social. Valores que estabelecem vínculos duradouros com os princípios do cooperativismo e garantem a motivação pelo trabalho voluntário. Sob essa perspectiva, é possível contribuir socialmente na escolha de projetos, iniciativas, programas ou atividades em que os valores cooperativos encontrem ressonância com os valores sociais presentes no trabalho voluntário e nos resultados pretendidos nas comunidades. Agradecemos as equipes de colaboradores que se comprometeram com as entidades assistenciais de Franca, Ibiraci e Pedregulho, e doaram um dos elementos mais valiosos na sociedade contemporânea, o tempo.


SOCIAL Você entendeu que o respeito, o afeto e a atenção geram frutos eternos, pôde sentir como um sorriso alimenta a alma, que a capacidade de

ouvir o outro com atenção alivia o peso de uma vida, que a arte causa um inexplicável brilho no olhar, comprovaram que o espírito cooperativista e solidário

tem o poder de não nos deixar desistir e espero que possa testemunhar que no final deste caminho, a grande transformação aconteceu dentro de você.

Um grande agradecimento às equipes: Aliança Natalina e Amigos Solidários - Lar de Ofélia Foram momentos de muita alegria com muita música, beleza, presentes e até sessão profissional de fotos, obrigada pelo empenho e parabéns pelo trabalho!

Fraternidade - Lar de Idosos Eurípedes Barsanulfo E vamos jogar bingo, pessoal! Rodadas e mais rodadas de bingo, e eles incansáveis! Belos cafés da tarde e muitos brindes! Aos que se comprometeram obrigada e parabéns pelo trabalho!!!

Solidariedade Sempre - Asilo Aísa Rodrigues de Siqueira – Ibiraci/MG Aceitaram o desafio e dedicaram tempo, afeto e atenção aos moradores do lar de Ibiraci. Obrigada pelo empenho, por não medir esforços para que o projeto acontecesse no município.

Você é melhor do que pensa e Alegria Contagiante - Recanto Samaritano Quantas oportunidades vocês ofereceram aos seus pequenos, quão significativas foram as visitas ao teatro, para quem tem pouco acesso a cultura. Parabéns pelo trabalho e obrigada pela dedicação. JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

29


SOCIAL Esperança Renovada - Lar de Idosos São Vicente de Paula Tem palhaçada hoje, tem sim senhor! Sanfoneiro, palhaços, festas típicas e almoço; obrigada pela participação e parabéns pelo trabalho!

Liga da Cooperação – Nosso Lar/D. Leonor Quanta disposição... passeios, festas, dança, cafés da tarde, dias da beleza, obrigada pelos esforços e comprometimento com a campanha e principalmente, com a senhoras moradoras do lar, que apesar das inúmeras limitações físicas e psíquicas vocês conseguiram levar leveza e alegria para a vida delas. Parabéns pelo trabalho!

Solidaped – Lar dos Velhinhos de Pedregulho/SP Lindo o trabalho desenvolvido em Pedregulho, campanhas, promoções, festas, torneios... comprometimento. Parabéns! A equipe se dedicou ao lar, as ações realizadas cumprindo com êxito o desafio proposto. Obrigada por acreditarem nesta nova proposta de campanha “Natal Cooperativo”.

Agradecemos as entidades pela parceria, por abrir as portas das instituições para nós. E que fique registrado nosso respeito e homenagens aos moradores de todos os lares e casa-abrigo por permitirem que passássemos este ano juntos, desvendando realidades, exercitando a solidariedade e a cooperação, valor ético central do nosso modo de trabalho.

Campanha de Natal + Cooperativo

Para complementar a Campa Natal Cooperativo, a Cocapec e o Siccob Credicocapec, criaram o “DOAR SANGUE É MAIS COOPERATIVO”. Colaboradores, cooperados, amigos e familiares foram convidados a ter mais este ato de solidariedade. Com isso, cooperativas renovaram a parceria que possuem com o Hemocentro.

REFERÊNCIAS: Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (OCEMG). Cartilha: Dia de Cooperar 2012.

30

Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013


CURTAS

Curtas Comitê Educativo Central Nos dias 8 de novembro e 14 de dezembro, os coordenadores de comitês se reuniram, trazendo às cooperativas as demandas de suas realidades locais. Os representantes dos cooperados sugeriam uma forma diferenciada de reunião, discutindo os assuntos das regiões em si e depois conduzindo as pautas às diretorias das cooperativas. Houve também, o encerramento dos comitês locais em Franca/SP (03/12) tendo como pauta a participação do cooperado para melhor desempenho das cooperativas, Claraval/MG (4/12) recebeu a visita do gerente de comercialização de café da Cocapec Anselmo Magno de Paula, que ministrou a palestra “Tendências do mercado de café”. A cidade de Pedregulho/SP encerrou os trabalhos no dia 11/12 discutindo assuntos do interesse do núcleo. No dia 19 de dezembro mais uma vez Anselmo Magno efetuou a palestra “Tendências do mercado de café” no comitê em Franca/SP, juntamente com os de Jeriquara/SP, Patrocínio Paulista/SP e Itirapuã/SP..

Cooperativas entregam doações referente ao Mosaico Teatral A Cocapec, Sicoob Credicocapec, Unimed e Coonai, realizaram a entrega das doações referentes ao Mosaico Teatral, realizado no dia 28 de setembro. O valor arrecadado com a venda de ingressos foi utilizado na compra de materiais de limpeza para o Lar de Ofélia. Segundo funcionários da instituição, esta foi uma importante contribuição

e que a quantidade abastecerá o local por um ano. O programa Mosaico Teatral é desenvolvido pelo Sescoop/SP em parceria com as cooperativas, e tem por objetivo ampliar a oferta cultural por meio da apresentação de peças teatrais e realização de oficinas, aplicando assim o 7º princípio cooperativista que é a preocupação com a comunidade.

Colaboradores da Cocapec finalizam o curso do PEC A Cocapec, sempre em busca de otimizar o desempenho de seus colaboradores, lançou em parceria com a Syngenta Proteção e cultivos Ltda, o Programa de Ensino Continuado em Gestão Empresarial (PEC). Foram apresentados três módulos nas áreas de Gestão Empresarial, Gestão Comercial e Gestão de Finanças, todos desenvolvidos pela MPrado Consultoria,

com carga horária total de 144 horas. Os temas abordados estão diretamente ligados ao cotidiano da cooperativa. As aulas tiveram aconteceram de janeiro a novembro, com a participação de 19 colaboradores que agora estão mais preparados para desempenhar suas funções dentro da cooperativa e o reflexo disso é sentido em todo o processo de gestão.

Cocapec aumentou seu quadro social em 2012 Em 2012 passaram a integrar o quadro social da Cocapec 155 novos cooperados. O município com maior adesão foi Claraval/MG com 37 associados, seguido de Ibiraci/MG com 28 e Pedregulho/SP com 18. Todos os novos cooperados participam de uma reunião para obter mais conhecimento sobre o funcionamento da cooperativa e como utilizá-la de forma eficiente tornando-a sua parceira.

JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

31


CONHEÇA SUA COOPERATIVA

Cocapec Núcleo Ibiraci Por Mara Rúbia Cintra Neves | Coordenadora do Núcleo de Ibiraci

/Colaboradores do núcleo de Ibiraci

I

naugurado em 2003, através da incorporação da Comapil, o núcleo de Ibiraci conta hoje com um quadro social de 454 cooperados e 20 colaboradores. Após passar por extensa ampliação, possui área total de 20.267 m², e de área construída de 8.690,11m², com moderna estrutura de loja de produtos agropecuários, armazéns de café e insumos, usina de rebenefício e sistema de granelização de café. O núcleo possui capacidade de armazenagem de 200 mil sacas de

/O núcleo possui uma área total de 20.267 m²

32

Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

café, podendo, o cooperado, optar pela entrega nas modalidades de sacaria, big bag ou granel, além de ter a opção de comercializar seu produto através de mercado físico, futuro ou CPR. Além disso, oferece condições na aquisição de produtos, assistência agronômica e veterinária a seus associados. A Cocapec, a quase 10 anos, trouxe para o município mineiro segurança, desenvolvimento tecnológico e melhores condições para aquisição de produtos e comercialização de café.

/A ampla área de loja proporciona mais comodidade para o cooperado

/Em 2013 o núcleo completa 10 anos colaborando com a economia do município mineiro


CONHEÇA SUA COOPERATIVA

/A capacidade do armazém é de 200 mil sacas

Mara Rúbia Cintra Neves

Thulio Ferreira de Castro

Coordenadora Núcleo Ibiraci (35) 3544-5000 cocapec.ibiraci@cocapec.com.br

Assistente de Classificação granelizacao.ibiraci@cocapec.com.br

Ailton Lucas Ribeiro

Operador Máquina de Rebenefício

Supervisor de Loja (35) 3544- 5003 vendasinsumos.ibiraci@cocapec.com.br

Eduardo Rodrigues Manhani

Alisson Ponce Faleiros

Fábio Junior da Silva

Vendedor (35) 3544-5010 vendasveterinarios.ibiraci@cocapec.com.br

Operador Máquina de Rebenefício

Frank Rangel Silva

/A usina de rebenefício atende os mais de 450 cooperados da região

Drenes Correa Paz Floriano

Auxiliar Controle Estoque Físico

Izilda Ap. da Silva Inacio Auxiliar de Limpeza

Vendedor (35) 3544-5002 vendaspecas.ibiraci@cocapec.com.br

José dos Reis Ferreira

Helder Barros Mendes

Assistente de Granelização

Auxiliar de Limpeza

Luis Eduardo de Freitas Lopes

Analista de Classificação (35) 3544-5006 cafe.ibiraci@cocapec.com.br

Paulo Rubens dos Santos

Mara Alvarenga

Ricardo Silva Gomes

Assistente ADM/Financeiro (35) 3544-5001 financeiro.ibiraci@cocapec.com.br

Auxiliar Controle Estoque Físico

Osanan de Oliveira Lopes Analista ADM de Armazém (35) 3544-5008 apoio.cafeibiraci@cocapec.com.br

Auxiliar de Armazenagem

Sillas Silva André Vendedor

Valdeci da Silva Auxiliar de Limpeza

Raquel Cintra Rosa Assistente ADM Senar (35) 3544-5015 lojas.ibiraci@cocapec.com.br /O núcleo já recebe café no novo sistema de granelização

JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

33


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ PRODUTOS

UNID.

Preço unitário SP

Preço unitário MG

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

R$

920,00

R$ 2,69

R$ 2,63

Sulfato de Amônio

t

R$

940,00

Uréia

t

R$ 1.280,00

R$ 1.320,00

R$ 3,66

R$ 3,77

Super Simples Pó

t

R$

780,00

R$

820,00

R$ 2,23

R$ 2,34

Super Simples Gr

t

R$

855,00

R$

880,00

R$ 2,44

R$ 2,51

Cloreto de Potássio Gr

t

R$ 1.390,00

R$ 1.400,00

R$ 3,97

R$ 4,00

Adubo 21.00.21

t

R$ 1.165,00

R$ 1.180,00

R$ 3,33

R$ 3,37

Calcário Dol.Itaú

t

Nitrato de Amônio

t

R$ 1.040,00

R$ 1. 080,00

R$ 2,97

R$ 0,00 R$ 3,09

Valores referente ao mês de dezembro de 2012

CUSTO (R$/HA) por segmento BICHO MINEIRO PRODUTO

CERCOSPORA PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

0,75

R$ 118,00

R$ 88,50

0.1

R$ 480,00

R$ 48,00

Cuprozeb

3

R$ 20,25

R$ 60,75

Tutor

2

R$ 23,97

R$ 47,94

Tebufort

1

R$ 22,70

R$ 22,70

R$ 35,60

Opera

1,5

R$ 75,53

R$ 113,30

R$ 16,59

Supera

2

R$ 23,00

R$ 46,00

PREÇO - (R$)/HA

PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

Abamectina Nortox

0,4

R$ 19,60

R$ 7,84

Priori xtra

Curyon

0,8

R$ 61,10

R$ 48.88

Amistar

Danimen

0,2

R$ 87,00

R$ 17,40

Fastac

0,2

R$ 25,00

R$ 5,00

Karate Zeon 250 CS

0,04

R$ 44,50

R$ 1,78

Nomolt

0,4

R$ 89,00

Rimon

0,3

R$ 55,30

Vertimec

0,4

R$ 50,00

R$ 20,00

INSETICIDAS DE SOLO PRODUTO

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Verdadero WG

1

R$ 368,00

R$ 368,00

Counter

35

R$ 13,93

R$ 487,55

Actara WG

1,4

R$ 229,73

R$ 321,62

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

FERRUGEM PRODUTO

KG/L/HA

PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Galigan Ce

2,5

R$ 47,50

R$ 118,75

Goal

2,5

R$ 47,50

R$ 118,75

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

HERBICIDAS

Alto 100

0,75

R$ 62,40

R$ 46,80

Opera

1,5

R$ 75,53

R$ 113,30

Cuprozeb

3

R$ 20,25

R$ 60,75

Tilt

1

R$ 80,09

R$ 80,09

Priori xtra

0,75

R$ 118,00

R$ 88,50

Supera 350 SC

2

R$ 23,00

R$ 46,00

PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Endossulfan

2

R$ 28,00

R$ 56,00

PRODUTO

KG/L/HA

Glifosato

3

R$ 9,48

R$ 28,43

Zapp QI

2,1

R$ 13,00

R$ 27,30

Gramocil

3

R$ 19,68

R$ 59,04

Aurora

0,08

R$ 299,80

R$ 23,98

Flumizim

0.1

R$ 342,50

R$ 34,25

Roundup WG

1.5

R$ 20,00

R$ 30,00

BROCA

PHOMA PRODUTO

34

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Amistar

0.1

R$ 480,00

R$ 48,00

Tebufort (Tebuconazole)

1

R$ 22,70

R$ 22,70

Cantus

0,15

R$ 531,58

Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

R$ 79,74

MANCHA AUREOLADA PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop

3

R$ 17,00

R$ 51,00

Cuprozeb

2.5

R$ 20,25

R$ 50,63

Supera

2

R$ 22,70

R$ 45,40

Kasumin

1

R$ 64,50

R$ 64,50

Tutor

2

R$ 23,97

R$ 47,94


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) 550 550 500 500 450 450 400 400 350 350 300 300 250 250 200 200 150 150 100 100

Jan Jan 2008 2008

Fev Fev 2009 2009

2010 2010

Mar Mar 2011 2011

Abr Abr 2012 2012

Maio Maio

Jun Jun

Jul Jul

Ago Ago

Set Set

Out Out

Nov Nov

Dez Dez Fonte: Esalq/BM&F Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2011

Média mensal do preço* de Milho índice Esalq/BM&F

2012

2011

R$

US$

R$

US$

Janeiro

433,37

258.54

485.04

271.39

Fevereiro

495,98

297.29

441.31

Março

524,27

315.94

Abril

524,41

330.82

Maio

530,76

Junho

2012

R$

US$

R$

US$

Janeiro

30,35

18.11

31,08

17.39

256.93

Fevereiro

31,68

18.99

28,40

16.54

387,53

216.18

Março

31,44

18.94

28,89

16.11

379,53

204.47

Abril

29,94

18.88

25,83

13.92

329.11

382,65

192.69

Maio

28,69

17.79

24,91

12.54

514,99

324.35

360,31

175.76

Junho

30,75

19.36

24,13

11.77

Julho

457,81

292.92

408,06

201.05

Julho

30,31

19.39

28,80

14.19

Agosto

470,62

294.68

378.48

186,63

Agosto

30,20

18.91

33.25

16.39

Setembro

511,57

292.51

385.92

190,38

Setembro

31,92

18.23

32.23

15.9

Outubro

490,45

277.34

374.98

184,75

Outubro

30,75

17.39

31.35

15.45

Novembro

493,83

275.48

355.23

171.64

Novembro

29,81

16.66

34.09

16.46

Dezembro

491,35

267.28

Dezembro

28,18

15.32

MÉDIA ANUAL

494,95

296.36

MÉDIA ANUAL

30,34

18.16

29.36

15.15

394.46

204.72

Fonte: Índice Esalq/BM&F

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2008

325

230

128

108

38

32

0

26

39

87

168

410

2009

382

228

282

53

58

32

21

30

137

262

77

382

2010

461

158

274

16

17

12

1

0

110

102

339

221

2011

328

145

365

146

1

29

0

24

32

115

135

274

125

28

115

2012 Média Mensal

317

158

150

299.2

152.1

209.7

89.6

28.5

44.0

28

0

67

69

196

10.0

16.0

77.0

126.9

183.1

321.7

Out

Nov

Dez

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

2008

573

236

116

78

40

5

0

26

37

113

222

428

2009

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

389

2010

327

95

206

51

12

6

0

0

87

116

302

235

2011

399

120

538

136

0

8

0

306

2012

523

80

245

103

50

134

19

435.2

156.0

278.2

106.6

31.2

34.8

7.2

Média Mensal

8

186

161

0

0

55

104

265

10.0

63.0

135.0

228.6

339.5

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

35


Linha de Crédito do BNDES - Finame Por Lucas Oliveira | Gerente de P.A. Tassiane Vaismenos | Assistente de Comunicação Credicocapec

I

mportantes medidas ratificadas pelo Ministro da Fazenda Sr. Guido Mantega no segundo semestre de 2012, anunciaram a redução da taxa de juros do Finame para 2,5% a.a de máquinas e implementos. Estas medidas foram significativas para o Sicoob Credicocpaec. A procura de recursos apresentou um crescimento considerável no final de 2012 em comparação ao mesmo período do ano passado, onde, apresentava – se 6,5% a.a. Para 2013, medidas anunciadas em 05.12.12 pelo Ministro Mantega, sinalizam o comprometimento do governo em criar condições que possam contribuir para incentivar o investimento e o consumo durante o próximo ano e o Sicoob Credicocapec está habilitado para dar continuidade aos trabalhos.

Finame aprovado pelo Sicoob Credicocapec 2011/2012

36

Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013


Módulo cedente

O

boleto de cobrança (também conhecido como boleto bancário), é um documento utilizado como ferramenta de pagamento de um produto ou serviço prestado. Seu emissor (cedente) pode receber do pagador (sacado) o valor referente ao serviço oferecido através da cobrança bancária. O Sicoob Credicocapec oferece este serviço através do Módulo Cedente, que é um aplicativo desenvolvido pelo Bancoob, com o objetivo de permi-

Por Gabriela Mota | Coordenadora de Cadastro de Cartões & Tassiane Vaismenos | Assistente de Comunicação Credicocapec

tir aos seus associados à administração e recebimento das informações referentes a títulos de cobrança. A emissão de um título de cobrança pode ser pago de várias formas: quaisquer agências bancárias até o vencimento, débito em conta, Homebanking, Internetbanking (pagamento pela internet), casas lotéricas e até mesmo supermercados, oferecendo facilidade, rapidez e segurança. A instalação e orientação do Módulo Cedente é por conta da cooperativa, a emissão e impressão do boleto é feita pelo

associado que se responsabilizará pelo encaminhamento da cobrança para o sacado. Ao receber a importância paga pelo sacado, a instituição financeira encaminhará a quantia para a cooperativa emissora da cobrança, para que seja creditado na conta do associado. A utilização deste serviço é uma prática muito comum entre as empresas. Na cooperativa o Módulo Cedente está disponível para pessoa física (PF) e/ou jurídica (PJ). Uma comodidade para o cedente e para o sacado.

A emissão de um título de cobrança pode ser pago de várias formas[...] oferecendo facilidade, rapidez e segurança.

JANEIRO/FEVEREIRO 2013 | Revista Cocapec

37


PRODUÇÃO ANIMAL

Cascos da vaca leiteira Grandes problemas: grandes prejuízos

Por Paulo Correia | Médico veterinário Uniagro/Cocapec

S

abemos que em rebanhos leiteiros ocorrem alguns problemas que deixam os produtores estressados, sem saber o que fazer e, pior ainda, vendo seus lucros diminuírem. São preocupações sérias para o produtor de leite: mão de obra qualificada (e fixa); mastites aguda ou crônica; reprodução (retenção de placenta e repetição de cios) e as claudicações (conhecida por manqueira) de uma maneira geral. Neste artigo vamos comentar sobre esta última: as afecções do casco em vaca leiteira. Nos bovinos, os problemas que fazem o animal mancar, 99% são localizados nos cascos. Destes 92% ocorrem nos cascos dos membros posteriores e 68% ocorrem nas unhas, 20% no tecido logo acima do casco e 12% no espaço interdigital (Cad.Tec. Vet.Zoot. 1999. BH). Os problemas de cascos podem ser causados por traumatismos físicos, problemas nutricionais, instalações, ambiente e conforto inadequados. A umidade contribui enorme-

mente para as afecções dos cascos. No período chuvoso, eles ficam mais amolecidos e qualquer traumatismo predispõe danos às unhas. Os pisos de cimento rústico (feitos para não escorregar), onde o animal fica praticamente o dia inteiro, as saídas dos currais, quando não é o barro são as pedras que danificam seus dígitos. A falta de locais adequados para descanso (camas, areia, palhas) faz com que as vacas fiquem muito tempo de pé sobre o piso de cimento levando à liberação de agentes inflamatórios que interferem na formação de um casco de boa qualidade. Também, não podemos esquecer que a alimentação rica em grãos e pobre em fibras, principalmente para vaca de alta produção que necessariamente consome grandes quantidades de concentrados, está predisposta a ter distúrbio nos locomotores. Devemos ficar sempre atentos para os primeiros sintomas, quando o animal começa a mancar. Devido a dor há mudanças na posição de apoio do casco, crescendo a unha de maneira desordenada, ou então havendo um desgaste excessivo da mesma, levando a

Medidas preventivas são um meio de minimizar os problemas: •Pelo menos uma vez ano devemos fazer o casqueamento preventivo de todas as vacas em lactação e também as secas. •Colocar como rotina no estábulo o pedilúvio, passando por ele todas as vacas em lactação, pelo menos 3 dias da semana. No pedilúvio colocamos para cada 100 litros de água, 5% de formol e 2,5% de sulfato de cobre. •Manter os pisos adequados e limpos, sem pedras e quinas. •Evitar superlotações no estábulo e proporcionar conforto térmico, ou seja, um sombreamento adequado para que suas vacas possam deitar e descansar os pés. •Em caso da doença instalada, quando o animal estiver mancando, não espere: procure o médico veterinário para realizar o melhor tratamento solucionar seu problema.

38

Revista Cocapec | JANEIRO/FEVEREIRO 2013

/Este problema afeta diretamente a produtividade

formação de ferida de difícil cicatrização. Há ainda outro fator que contribui para aumentar o problema. Devido o esterco em abundância, restos de matéria orgânica e urina, ali encontrase uma bactéria nociva, com afinidade para instalar no tecido córneo do casco e adjacências. Ocasionando no membro uma infecção de grandes proporções maléficas, chamada de pododermatite ou podridão do casco. Faço geralmente uma pergunta quando chamado para diagnosticar um problema deste: Quanto custa um casco de uma vaca? Uma vaca mancando, com o pé inflamado, cheio de bicheira, não conseguindo permanecer em pé nem para comer? Os prejuízos são imensos. Ela produz muito menos leite, não dá cio, não enxerta, come pouco e atrapalha o “trânsito” dos outros animais. Ferreira e colaboradores (2003), estudando rebanho leiteiro em Pedro Leopoldo-MG, encontraram um custo relacionado a manqueiras de 74,60 dólares/vaca no curral e mais 44,68 dólares de tratamento, não computando as perdas relacionadas a diminuição na produção de leite.


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