Revista Cocapec 62

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Editorial

O 1º Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, promovido pela Cocapec atingiu seus objetivos com sucesso, pois mais de 850 pessoas prestigiaram o evento. Dirigentes da Cocapec e Credicocapec, pesquisadores, técnicos, professores, estudantes, lideranças do sistema cooperativista, representantes do Sebrae, Sindicato Rural, Cati e Emater/MG, prefeitos da região, empresários, cooperados da Cocapec, representantes de mais de 40 empresas ligadas diretamente ao agronegócio, membros da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Escola Superior de Agricultura Luis de Queirós (Esalq/USP), Faculdade Francisco Maeda (Fafram) e da Escola Técnica Estadual Prof. Carmelino Correa Junior de Franca/SP, todos interessados no desenvolvimento do agronegócio café, que estiveram presentes no simpósio. O Simcafé – 2009 teve como objetivo principal, oferecer aos participantes informações sobre assuntos voltados à gestão e tecnologia na produção e comercialização de café. É válido ressaltar que, a cooperativa em toda a sua história sempre esteve atenta na busca de alternativas que resultassem em melhorias na eficiência produtiva dos cafeicultores cooperados. Este importante trabalho resultou em grandes incrementos de produtividade e qualidade do café na Alta Mogiana, que conquistou, uma das maiores produtividades do país. Porém, juntamente com toda esta evolução tecnológica, novas demandas surgem, os mecanismos do mercado se alteram, e isto traz a necessidade da profissionalização, para que o cafeicultor tenha mais chances de realizar os melhores negócios. Desta forma, o Simcafé 2009 despertou o cooperado para estes importantes assuntos ao mostrar as principais evoluções tecnológicas ocorridas na cafeicultura, as formas de melhorar a eficiência e o manejo da adubação e nutrição do cafeeiro, formas de planejamento, gestão e otimização dos recursos da fazenda, a administração financeira da propriedade rural, os custos de produção, as linhas de créditos e as ferramentas de comercialização de café. Desde já agradecemos a presença de todos, em especial aos dedicados cooperados sempre atuantes nas ações da Cocapec. Este evento nos leva a acreditar, que a cooperativa abriu uma boa frente para que o café da Alta Mogiana tenha sempre reconhecimento como o melhor café produzido no Brasil, e que Franca e região sejam projetadas como centro dessa produção, além de manter a Cocapec na posição de uma das principais cooperativas de café do estado de São Paulo. Manteremos incansavelmente o empenho nos trabalhos e ações, para que os cooperados tenham cada vez mais competitividade e mercado para compensar seu trabalho, zelo e dedicação pela cafeicultura. Para tanto, a continuidade dos serviços de assistência técnica, negócios ofertados, capacitações, evolução dos conceitos de gestão, parcerias com instituições de pesquisa, prestação de contas da administração aos cooperados, garantem e garantirão que a Cocapec cumpra seu real papel de cooperativa, contribuindo para o desenvolvimento dos cooperados e da cafeicultura regional.

Editorial

Simcafé desperta cooperados para uma nova realidade

Ricardo Lima de Andrade Diretor Secretário


Diretoria Executiva Cocapec Maurício Miarelli – Diretor Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-Presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. Secretário

Conselho de Administração Cocapec Galileu de Oliveira Macedo João José Cintra José Amâncio de Castro Luis Clóvis Gonzaga Paulo Henrique Andrade Correia Wanderley Cintra Ferreira

Conselho Fiscal Cocapec Cyro Antonio Ramos Donizeti Moscardini Renato Antônio Cintra

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Revista COCAPEC Índice Eventos 10 anos da filial de Capetinga

Cocapec Franca

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Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

Filiais Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400 Serra Negra: (19) 3892-7099

Café Cuidados na hora da colheita

Diretoria Executiva Credicocapec

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José Amâncio de Castro - Dir. Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Administrativo Ednéia Ap.V. B. Almeida - Dir. Créd. Rural

Conselho de Administração Credicocapec Ismar Coelho de Oliveira José Henrique Mendonça Nivaldo Antônio Rodrigues Wanderley Cintra Ferreira

Café E agora José?

Conselho Fiscal Credicocapec

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Amilcar Alarcon Pereira Giane Bisco Renato Antônio Cintra

Credicocapec Fone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

Conheça sua cooperativa Setor Técnico

Coordenação Eliana Mara Martins

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Núcleo de Criação Comunicação/MKT COCAPEC

Luis Eduardo Facioli

CREDICOCAPEC

Apoio Gráfico / Fotos Marcelo Siqueira

Fundo garantidor SICOOB

Diagramação

Redação

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Luciene Reis

Revisão Denise Resende de Oliveira

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.400 exemplares Home Page

Capa

www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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1º Simcafé Gestão é a nova ordem

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Eventos

Serra Negra recebe cafeicultores em Dia de Campo da Cocapec Evento promove recolhimento de embalagens de defensivos agrícolas

Cooperados assistem a palestra “O manejo de podas do cafeeiro”.

Marcelo Siqueira/Cocapec

A Cocapec promoveu no sábado, 5 de junho, o 5º Dia de Campo Circuito das Águas. O evento ocorreu no Sítio Santa Joana, no Bairro dos Leais, em Serra Negra e contou com a participação de 150 cafeicultores da região do Circuito das Águas, de Minas Gerais e São Paulo. O evento iniciou com atividades de campo, onde houve demonstração de tecnologias para a cultura do café, na forma de novos produtos como insumos e ainda apresentação de implementos e técnicas de manejo da lavoura. Após a visita ao campo, os participantes assistiram a palestra “O manejo de podas do cafeeiro”, ministrada pelo engenheiro agrônomo Dr. Edson Gil. O dia terminou com a confraternização entre os presentes. De acordo com Eduardo Leite, engenheiro agrônomo da Cocapec na região, o evento alcançou o objetivo de transmitir novas tecnologias para a cultura do café aos produtores de Serra Negra e região, além de ter recolhido embalagens de defensivos agrícolas que precisam ter destino correto. Há seis anos, os produtores de Serra Negra e região, conhecendo o trabalho realizado pela Cocapec na Alta Mogiana, perceberam sua importância, se organizaram e viabilizaram uma filial no município.

Marcelo Siqueira/Cocapec

Luciene Reis Analista de Comunicação

Engenheiro Agrônomo, Dr. Edson Gil fala aos presentes

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Eventos

Filial de Capetinga comemora 10 anos Cooperados, diretores e colaboradores da Cocapec participaram de café da manhã festivo realizado na unidade Luciene Reis Analista de Comunicação

Depoimentos

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O diretor ressaltou que nestes 10 anos a Cocapec de Capetinga passou por reestruturações e ampliações, o prédio onde funciona a filial foi adquirido, o que melhorou o atendimento comercial. A capacidade iniMarcelo Siqueira/Cocapec

A filial de Capetinga completou 10 anos promovendo a cafeicultura e o cooperativismo. Inaugurada em 10 de junho de 1999, inicialmente, a unidade da Cocapec em Capetinga contava com um quadro social de 39 cooperados. Hoje são 123 associados, e a Filial ainda atende os municípios de Cássia, Delfinópolis e São Tomás de Aquino. Para comemorar a data foi realizado um café da manhã especial, com a presença de funcionários, diretores e cooperados. Mauricio Miarelli, presidente da Cocapec, resgatou momentos importantes da filial mineira e destacou os números que permeiam a história da unidade, “festejamos hoje esta importante data, ressaltando a dedicação dos colaboradores desta unidade, que com determinação, vêm promovendo a melhoria da qualidade de prestação de serviço e atendendo com muito zelo o nosso principal parceiro, o cooperado”, disse Miarelli aos presentes.

Maurício Miarelli, presidente da Cocapec resgata história da filial

Camilo José Custodio Faleiros Coordenador do Comitê Educativo de Capetinga Em nome do comitê educativo de Capetinga, e dos cooperados, gostaria de parabenizar a filial e seus funcionários pelos seus 10 anos.

Adilson Marques da Silva Colaborador da Filial de Capetinga Agradeço a Deus, pela força, sabedoria e por sermos protagonistas desta história. Parabéns Cocapec pelos 10 anos em Capetinga.

Joana D. F. Lemos da Silva Coordenadora da Filial de Capetinga Agradecemos cada pessoa que fez parte desta década, seja cooperado, cliente, fornecedor ou funcionário. São pessoas que farão estes 10 anos se multiplicarem.

Ricardo Faleiros Guilherme Colaborador da Filial Estou orgulhoso e feliz em pertencer ao quadro de funcionários da Cocapec de Capetinga. Quero aqui deixar meus parabéns por estes 10 anos de cooperativismo em nossa região.

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Eventos

Marcelo Siqueira/Cocapec

cial de armazenamento de café que era de 20 mil sacas passou em 2006, com a ampliação do armazém, para 60 mil sacas de café. E o recebimento de café que era de 30 mil sacas de café em 2002 evoluiu para 58 mil sacas em 2008, o que mostra a participação dos cooperados e a representatividade da cooperativa na região. Outros benefícios, destacados por Miarelli para o município, são o Projeto Escola no Campo, que em 8 anos já atendeu em torno de mil crianças de 6ª série, promovendo a conscientização para a preservação do meio ambiente, a produção de alimentos saudáveis e a saúde do trabalhador e produtor rural. A campanha anual de recolhimento de embalagens, também é sucesso na cidade. Outro benefício que demonstra o engajamento dos cooperados, é o Programa 4C, onde 15% dos cafeicultores atendidos são de Capetinga.

Antenor Faleiros, primeiro cooperado da região, corta o bolo

Cocapec renova co-patrocínio ao vôlei feminino Marca Senhor Café é divulgada pela cooperativa através de co-patrocínio ao vôlei

A Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas - Cocapec, confirmou a renovação do co-patrocínio da equipe Carmen Steffens / Senhor Café - Franca. O propósito é continuar incentivando a equipe e através dela, divulgar nacionalmente a marca Senhor Café, que foi criada e lançada pela Cocapec há 20 anos. O co-patrocínio da equipe de vôlei é resultado dos entendimentos com a diretoria da Associação Francana de Voleibol, e vem desde o ano passado. O Senhor Café passa por uma rigorosa seleção dos melhores grãos produzidos na região da Alta Mogiana, reconhecida mundialmente por produzir grãos finos que conferem qualidade inigualável aos blends mais apreciados. O Senhor Café transmite sabor e requinte inigualáveis, que já conquistaram o Brasil e o mundo. Para Mauricio Miarelli, presidente da Cocapec, o café da Alta Mogiana é tradicional devido à bebida ser realmente superior e insuperável em qualidade.

Divulgação

Realindo Junior Jornalista

Priscila, capitã da equipe, convocada pela Seleção Brasileira para disputar o 25º Universiade em Belgrado (Sérvia)

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Social

Cocapec e Credicocapec realizam 2º Encontro de Mulheres Cooperativistas Pelo segundo ano consecutivo, as cooperadas e esposas de cooperados vivem momentos especiais proporcionados pelas duas cooperativas Bruna Malta Analista de Comitê Fotos: Marcelo Siqueira/Cocapec

Eliana M. Martins, coordenadora da comunicação, abre evento

A Cocapec e a Credicocapec promoveram seu 2º Encontro de Mulheres Cooperativistas. O evento foi realizado das 7h30 às 17h30, na Fazenda Jaborandi, na região de Franca. Foram inscritas 150 mulheres, cooperadas e esposas de cooperados dos 13 municípios da área de atuação das cooperativas. O objetivo deste evento é promover o agronegócio café e o cooperativismo, além de inserir ainda mais as mulheres na realidade de cada cooperativa. 8

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O tema deste ano foi “A Mulher e o Agronegócio Café”. O assunto foi tratado através de palestras e atividades em grupo, que possibilitaram discussões sobre o assunto. Para isso, tivemos a participação dos especialistas, Anselmo Magno de Paula, gerente de café da Cocapec e Ednéia AP. V. B. Almeida, diretora de crédito rural da Credicocapec, que trataram da importância deste negócio para o Brasil e o mundo. O Encontro também contou com a presença do barista Márcio Alves, apresentando as particularidades desta bebida e da fisioterapeuta Larissa Brentini. Para encerrar, a psicoterapeuta Daniela Godinho falou sobre a auto-estima e valorização feminina. O dia foi marcante e repleto de conhecimento para as mulheres participantes, pois elas puderam discutir em grupo o papel da mulher no agronegócio café. As incrições foram realizadas mediante a doação de agasalhos que, posteriormente foram entregues em duas instituições filantrópicas de Franca.

Agasalhos ajudam instituições de Franca Duas instituições de Franca receberam os agasalhos doados pelas mulheres. O Lar de Ofélia que atualmente abriga 105 idosos recebeu as roupas de adulto, e o Recanto Infanto-juvenil, que atende 100 crianças de 6 a 12 anos, ficou com os agasalhos infantis. Quase 200 peças socorreram essas casas no inverno mais rigoroso dos últimos anos, em uma só iniciativa geramos conhecimento e calor.

Colabore com as Instituições As duas instituições que receberam os agasalhos necessitam de colaborações da comunidade. Para ajudar entre em contato.

Lar de Ofélia (16) 3727.6975

Recanto Infanto - Juvenil (16) 3722.1269


Social

Concurso de culinária O Concurso de Culinária foi criado para esta edição do Encontro. O intuito foi fazer com que as mulheres tivessem um papel ativo na realização do evento, além de proporcionar um envolvimento ainda maior entre as mulheres presentes. Dezenas de pratos foram inscritos e o café da manhã foi um verdadeiro festival de sabores, comprovando o talento culinário das participantes. Todas que estavam presentes escolheram os três melhores pratos do dia, veja quem são as premiadas:

Diretores das duas cooperativas dão boas-vindas

Anselmo Magno fala sobre agronegócio café

O dia começa com atividades de alongamento

1º lugar - Rita Ap. dos Santos Souza, Capetinga/MG Receita: Pão de calabresa

Mulheres participam de atividades em grupo

Café da manhã com receitas caseiras

Atividade promove intregação entre as presentes

Daniela Goldinho fala sobre a valorização feminina

2º lugar - Elizabete Moscardini Freitas, Cristais Paulista/SP Receita: Bolacha de goiabada com amendoim

3º lugar - Sandra Carla Nonato Carrijo, Ibiraci/SP Receita: Bolo de iogurte

Acompanhe receitas vencedoras na página 10

Goldinho finaliza palestra com alegre dinâmica de bexigas

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Recheio 200g de lingüiça calabresa picada 50g de queijo ralado 300g de ricota temperada

SE EI RC

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Bolo de iogurte

INGREDIENTES 4 ovos inteiros 1 copo de iogurte natural MODO DE PREPARO 2 copos (iogurte) açúcar cristal 1 Bata todos os ingredientes no liquidifi 2 copos (iogurte) de farinha de trigo cador. ¾ copo (iogurte) de óleo 2 Unte a forma com óleo, açúcar cristal e 1 colher (sopa) de pó Royal canela (se gostar) e asse em forno médio (180°C) por cerca de 40 a 45 minutos. 3 Desenforme ainda morno.

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NDO LUG

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MODO DE PREPARO 1 Bata no liquidificador todos os ingredientes, menos a farinha. Coloque em um recipiente e acrescente a farinha. 2 Amasse bem, abra a massa com um rolo, recheie com goiabada e enrole fazendo cordões. Corte-os. 3 Bata no liquidificador o amendoim cru e na sequência passe as bolachas no leite e no amendoim. Asse em forno brando (aproximadamente 180°C) AR

MODO DE PREPARO 1 Amassar todos os ingredientes até a massa ficar macia. 2 Enfarinhe a massa e abra com um rolo, coloque o recheio, enrole e achate a massa com as mãos. Corte com uma faca em três partes. 3 Faça uma trança. Coloque em forma untada e deixe crescer. 4 Pincele gema e coloque para assar.

GU

INGREDIENTES 3 ovos 1 copo de (requeijão) de leite 1 copo de (requeijão) de nata 2 xícaras de açúcar 2 colheres (bem cheias )de sal amoníaco ½ xícara de coco ralado (opcional) 1 kg aproximadamente de farinha

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INGREDIENTES Massa 50g de fermento biológico 2 colheres de açúcar ½ colher de sal 50g de margarina 2 ovos 1 cebola ralada 100g de bacon picado fino 100g de uva passa Erva doce, orégano, azeitona 500g de farinha de trigo 1 copo de leite morno ou água morna

Bolacha de goiabada com amendoim

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Pão de Calabresa

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Receitas


Social

Impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperativas Aliança Cooperativa Internacional (ACI) define tema para a comemoração do 87º Dia Internacional do Cooperativismo Márcio Lopes de Freitas Presidente do Sistema OCB* e cooperado da Cocapec

“Impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperativas”. Ao definir o tema do 87º Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado no primeiro sábado de julho, a ACI traz a tona características essenciais do movimento e nos faz refletir, mais uma vez, sobre a força do setor. Presente em 85 países, o cooperativismo é referência no Brasil por sua participação na economia nacional e desenvolvimento do País. Hoje, o Sistema Cooperativista Brasileiro, formado por um universo de 7.687 cooperativas, 7,8 milhões de associados e 254 mil empregados, responde por 6% do PIB brasileiro e 40% do PIB agropecuário local. O fato de ter como raiz e maior capital a “sua gente”, faz do cooperativismo esse movimento forte. Diferencial este, que impulsiona um processo de consolidação e desenvolvimento constantes. São pessoas que se unem em busca de melhoria de renda, de crescimento, aliando eficiência econômica à eficácia social, e encontram no cooperativismo um caminho de empreendedorismo. Focada no desenvolvimento sustentável, a ampliação desse espaço é uma meta do setor cooperativista. Destaca-se, então, a importância de se ter cooperativas sólidas para se chegar a esse objetivo maior. É preci-

so ter clara a percepção de que os benefícios de ser representado por uma cooperativa vão além de uma atuação eficaz em processos de negociação de preços. As vantagens não são apenas diretas e operacionais, restritas a um melhor retorno na comercialização das sacas de café ou dos insumos, por exemplo, mas também indiretas. Além de trabalhar pela agregação de renda de seu quadro social, as cooperativas funcionam como referência e centros de segurança para seus cooperados. É necessário fazer um exercício de abstração do foco nos retornos imediatos e visualizar os resultados em longo prazo, com uma visão estratégica. Mais uma vez, fica evidente a importância das cooperativas, destacando-se que são os associados os donos do próprio negócio e responsáveis pela definição das estratégias e rumos a serem seguidos. Em momentos de turbulência, como os ocasionados pela crise financeira internacional, iniciada no segundo semestre de 2008 e com reflexos ainda hoje, isto se ratifica novamente. Com a retração dos mercados interno e externo e diminuição da oferta de crédito, as cooperativas tomaram a frente em diversas situações, fazendo desse, um momento de novas oportunidades. Elas tiveram

papel preponderante na disponibilização de recursos para garantir o custeio e a comercialização da safra de seus cooperados, solucionando a retração de crédito conseqüente da saída das tradings. Para mitigar e também contornar esses efeitos, as cooperativas investem ainda mais em projetos de intercooperação e também em processos de integração com organizações de outros países. Os resultados das exportações diretas do setor no primeiro quadrimestre de 2009 confirmam essa postura naturalmente empreendedora do cooperativismo. Como previsto, foi registrada queda nas vendas externas das cooperativas brasileiras, 8,6%, porém menor que o valor contabilizado pelos embarques totais do Brasil, de 17,53%. Os efeitos da crise seriam sentidos, porém de forma mais abrupta, individualmente. Daí a necessidade de se trabalhar para um fortalecimento e crescimento progressivos do cooperativismo e, como proposto pela ACI, “impulsionar a recuperação global por intermédio das cooperativas”. * Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo. Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Técnico

Universidade possui campus voltado exclusivamente para citrus Flórida é o maior produtor de laranja norte americano, posicionando os EUA como o segundo produtor mundial, atrás apenas do Brasil Alex Carrijo Eng. Agrônomo Cocapec

tecnologia que avança todos os dias na agricultura Americana. Uma viagem de suma importância, pois a visão de tecnologia e inovação no campo que tivemos devem permitir que aperfeiçoemos a nossa atuação no campo brasileiro. A Universidade do Estado da Flórida (Florida State University - FSU) é uma universidade pública localizada em Tallahassee, no estado americano da Flórida. Durante os últimos 90 anos, a Universidade da Flórida (UF), e o Citrus Investigação e Centro de Educação (CREC), são

Arquivo Cocapec

Conhecer novas tecnologias e inovações no campo norte americano foram os objetivos da viagem até a Universidade da Florida, na cidade de Orlando, EUA. A viagem ocorreu em abril, ocasião em que nos reunimos em um grupo de engenheiros agrônomos brasileiros. Com a proposta de buscar informações sobre tecnologias, aplicações e avanços do segmento de pulverização e adubação, visitamos além da Universidade, algumas fazendas e dias de campo para uma melhor visualização de uma grande

Fazenda produtora de laranja no estado da Flórida, EUA

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organizações para o desenvolvimento de Pesquisa, Extensão, Ensino e Difusão de Tecnologia. A citricultura na Flórida tem sido historicamente um importante setor da economia agrícola do estado, e continua assim até hoje. Cítricos, incluindo laranjas, tangerinas, limas, frutas e outras especialidades, são as maiores commodities agrícolas do estado, que é responsável por 80% do fornecimento de citros dos Estados Unidos que é o segundo maior produtor mundial de laranja atrás do Brasil, que figura como primeiro. Atualmente, a ênfase do programa é a extensão sobre cancro cítrico e greening. Essas doenças representam grave ameaça para a citricultura da Flórida. O restante da programação é voltada principalmente para controlar doenças fúngicas foliares, para melhorar a produtividade e qualidade dos frutos cítricos da Flórida. A Universidade auxilia os produtores na execução e controle químico, programas culturais através de reuniões no âmbito estadual, artigos técnicos, bem como orientação sobre a doença de citros Hotline. Além disso, diagnosticar problemas nas frutas, onde surgem manchas e decai a produtividade da árvore, fornecendo recomen-


dações para lidar com Phytophthora, doenças bacterianas e outros problemas. Tivemos enfim grandes experiências inovadoras no setor citros norte-americano, onde as mesmas podem ser aplicadas para a cafeicultura brasileira. Apesar de ter visitado um outro país e outra cultura foco, vejo que alguns pontos podem ser comuns, e que levam ao sucesso que destaco do modelo americano como: organização, sintonia entre instituições, planejamento, informações, tecnologias, orientações para o mercado e abertura para mudanças tecnológicas.

Arquivo Cocapec

Técnico

Campos da Universidade do Estado da Flórida, EUA

Sabor da Colheita de Café Lavoura, no “coração” da cidade de São Paulo, produz uma tonelada de grãos

Assessoria de Comunicação da Secretaria da Agricultura de São Paulo Adaptação Equipe de Comunicação Cocapec

O tradicional evento “Sabor da Colheita de Café” foi realizado no Instituto Biológico, que é ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IB/Apta/SAA), no dia 18 de junho. O secretário João Sam-

paio, produtores, representantes de instituições ligadas à cadeia, como cooperativas, sindicatos, indústrias e supermercadistas, estiveram presentes. O evento foi organizado pela Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios da Secretaria (Codeagro) e pela Câmara Setorial do Café. A realização esteve a cargo do Sindicato da Indústria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé) e do IB, com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O IB abriga o único cafezal situado no “coração” da cidade de São Paulo. A lavoura produz uma

tonelada de grãos, que são doados ao Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural/SP. Desde 2006, é realizado um ato simbólico que marca o início da colheita do café no Estado. Os presentes fazem a colheita seletiva (grãos maduros), utilizando todo o aparato necessário (óculos de proteção, luvas, avental, chapéu, peneiras e balaios). Para Plaucius F. Seixas, Coordenador de Operações Café da Cocapec que representou a cooperativa na ocasião, o “Sabor da Colheita de Café” é um evento importante que deve ser realizado todo ano, pois o café é um produto tradicional e de qualidade no estado de São Paulo. Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Comitê

Qual a importância da participação? O que move o comitê educativo é a interação entre cooperado e cooperativa Bruna Malta Analista de Comitê

tos, dias de campo e palestras para aprimorar o conhecimento dos produtores, tanto com relação à cafeicultura, como assuntos referentes ao cooperativismo. Um exemplo rico, são os encontros de mulheres e cursos promovidos pelo Senar e Sebrae em nossa região.

Fotos: Arquivo Cocapec

Como estar mais próximo das decisões da cooperativa?

Os comitês existem com o propósito de ser uma ferramenta de apoio, não apenas para a diretoria, mas também para os cooperados. Com estes encontros, o cooperado tem maiores oportunidades de exercer seus direitos e deveres. Mas para que isso aconteça, é essencial a participação dos cooperados e familiares. Sem esta presença, as reuniões perdem sentido e valor, e a região fica sem representatividade no núcleo cooperativo. E, quais os direitos e deveres garantidos pelos comitês aos associados? Dentre eles, manter os cooperados informados a respeito da cooperativa. Nas reuniões. os produtores ficam sabendo das ações promovidas pela cooperativa, dos resultados de cada exercício, das no14

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vidades de mercado e das políticas agrícolas. Desta forma, o cooperado participativo conhece e utiliza melhor os benefícios que a cooperativa oferece, além de ter um canal para apresentar suas reivindicações.

Como o cooperado se desenvolve participando dos comitês? A participação traz melhorias, informação e poder de competição diante dos novos desafios. O cooperado que participa dos comitês está mais preparado para falar e discutir as dificuldades da cooperativa, além de ficar muito mais informado sobre o agronegócio café. Os comitês também realizam e apóiam cursos, treinamen-

Apontar falhas ou dar opiniões, são ações asseguradas aos cooperados através do comitê, pois este representa a diretoria e está de portas abertas para ouvir e reportar às pessoas competentes as sugestões e opiniões dos cooperados. O comitê permite que todos sejam ouvidos e atendidos da melhor maneira. Desta forma, os cooperados serão cada vez mais conhecedores da cooperativa. A participação dos cooperados, portanto, é essencial para manutenção desta ferramenta que tem o propósito de contribuir para o desenvolvimento do cooperado e da gestão da Cocapec. Com esta troca de informação, as idéias evoluem e caminham para o ideal almejado por todos. Participe, é seu direito e dever!


Comitê

Comitê atrai mais de 250 pessoas em maio Trabalho realizado pela cooperativa está cada vez mais valorizado Bruna Malta Analista de Comitê

A participação dos cooperados nos encontros dos comitês é essencial, tanto para o cooperado, como para a Cocapec. Esses momentos possibilitam ainda mais a aproximação da cooperativa com seus sócios, e permite que ela conheça as necessidades de cada região, o que possibilita um melhor atendimento aos produtores. Um exemplo disso aconteceu na última rodada de reuniões. A diretoria e o departamento de comercialização estiveram presentes em todas as reuniões, esclarecendo para os

cooperados as mudanças aprovadas na última Assembléia Geral Ordinária (AGO). Foram apresentadas as novas condições de taxas de armazenagem que, durante o exercício de 2009, terá um valor diferenciado. Outro item tratado na reunião foi a restituição, de parte do valor investido em sacaria adquiridas na cooperativa, para o cooperado que armazenar e comercializar na Cocapec. O valor será restituído em dezembro de 2009, sendo que, o depósito do café deverá ocorrer até 30 de novembro

Comitê Educativo de Ibiraci

Comitê Educativo de Jeriquara

deste ano. Informações detalhadas sobre estes benefícios podem ser adquiridas no Departamento de Café da matriz ou na filial da Cocapec mais próximo de você. A participação do cooperado e seu envolvimento com os comitês permitem que este seja cada vez mais dinâmico e informativo, proporcionando integração ao universo da Cocapec. Por isso, você que é cooperado e não participa dos comitês, informe-se melhor sobre as regiões atendidas e exerça o seu direito.

Comitê Educativo de Claraval

Comitê Educativo de Pedregulho

Comitê Educativo de Capetinga

Comitê Educativo de Itirapuã / Patrocinio Paulista

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Capa

1º Simcafé Primeiro Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana alcança mais de 850 participantes Saulo Faleiros Eng. Agrônomo da Cocapec Fotos: Telephoto

A cafeicultura da Alta Mogiana, com mais de um século de existência, se tornou bastante competitiva e profissional. Os solos desta região, o clima bem definido e as altitudes elevadas somados ao profissionalismo de cafeicultores dedicados e empreendedores, foram condições importantes para toda esta evolução. Neste cenário destacamos o importante trabalho da Cocapec na prestação de serviços, como a assistência técnica, o laboratório de análise de solo e folha, a comercialização de café, o GIS (Sistemas de Informações Geográficas), o ATA/FC (Assistência Técnica Agronômica / Força no Campo), o CPC (Custo de Produção de Café), e a comercialização de fertilizantes e insumos. Não podemos deixar de destacar também os agrônomos extensionistas que estão diretamente ligados ao produtor no campo, levando tecnologias e serviços que aumentem a produtividade e qualidade do café. As instituições de pesquisa também estão em continuo desenvolvimento de tecnologias, tais como fertilização de solos, irrigação, controles fitossanitários, variedades para as mais diferentes situações, formas de plantio, mecanização dentre outras. De forma geral, é notório que todos os elos li16

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gados à cadeia produtiva do café desempenham com muita competência suas funções, e isto sim faz da cafeicultura na Alta Mogiana um segmento do agronegócio que emprega as mais altas tecnologias, o que resulta em consideráveis incrementos de produtividade e manutenção da qualidade, oferecendo ao mercado, um produto diferenciado com características qualitativas únicas. Mas ao longo do tempo, o que estamos sentindo é que embora ocorra todo um profissionalismo dos sistemas de produção, o produtor amarga momentos de dificuldade, com margens apertadas e consequentemente lucros diminuídos. O mercado também sofreu suas evoluções, novas exigências surgiram por parte dos consumidores e sem dúvida alguma, o acesso a informações e a velocidade que estas se deslocam propiciam respostas rápidas do mercado, alterando o preço pago ao produtor, principalmente no mercado futuro. Devido a estas mudanças, os produtores e torrefadores utilizam cada vez mais as ferramentas de comercialização, visando se proteger do comportamento incerto do mercado e garantindo uma margem que pague os custos de produção, e de certa


Capa

Prof. Dr. Ricardo de Souza Sette “Quando vi mais de 800 presentes, foi impactante. Isso reflete a liderança da Cocapec, pois os resultados obtidos representam uma boa condução da cooperativa. O Simcafé superou todas as minhas expectativas.”

Ao centro Prof. Dr. José Laércio Favarin recebe o kit Senhor Café dos diretores da Cocapec

Prof. Dr. Ricardo de Souza Sette recebe kit Senhor Café de colaboradora da Cocapec

forma, resulte em lucro. Toda esta evolução tecnológica e mercadológica é muito positiva para o produtor, porém isto exige um maior grau de profissionalismo em assuntos gerenciais, para que as tomadas de decisão sejam as mais assertivas possíveis. Para isto, é necessário que o empresário rural desperte o interesse em buscar informações ligadas aos processos de gestão de seus negócios, e da mesma forma que as tecnologias de produção foram adotadas, as ferramentas de gestão também deverão ser desenvolvidas e implantadas nas propriedades. Com o objetivo de despertar e atualizar seus cooperados da importância da gestão, a Cocapec realizou o Primeiro Simcafé – Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, que contou com a presença de pelo menos 850 pessoas que participaram de forma assídua do evento. No primeiro dia do evento, foi realizada a solenidade de abertura com a presença de várias autoridades que representaram a prefeitura local e cidades regionais, produtores, sindicatos, instituições de pesquisa e extensão e demais organizações e cooperativas ligadas ao

Prof. Msc Uriel Rotta comenta evento para a equipe da Cocapec

Prof. Dr. Fabio Moreira recebe kit Senhor Café do presidente da Cocapec

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Público presente aproveita o intervalo de visita aos stands dos parceiros

Barista prepara bebidas para os visitantes no stand da Cocapec

Wanderley Cintra Ferreira, cooperado. “Foi muito importante a mudança do Dia de Campo Café para o Simcafé. Percebemos isso na presença maciça dos cooperados que com sua participação já deram resposta ao trabalho da cooperativa.” agronegócio café. Na seqüência, o Agrônomo Saulo C. Faleiros do departamento técnico da Cocapec, fez uma breve apresentação explicando as principais evoluções tecnológicas ocorridas nos últimos tempos na cafeicultura, e explanou os objetivos do Simcafé, colocando os participantes no clima do evento. E para fechar a noite, uma apresentação do mágico Hendrigo descontraiu todos os participantes, que em seguida aproveitaram um coquetel e visitaram os stands dos expositores. No segundo dia o Prof. Dr. José Laércio Favarin, Esalq – USP / Piracicaba – SP, abriu o evento com uma palestra sobre as formas de melhorar a eficiência e o manejo da adubação e nutrição do cafeeiro, que com certeza resulta em menores custos e economia de recur-

Mauricio Miarelli, presidente da Cocapec abre o evento dando boas-vindas aos participantes

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Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

sos para o produtor, uma vez que o fertilizante é um importante fator de custo de produção do café. Seguindo a programação do evento foi servido um café da manhã especial, para que fosse comemorado o Dia Nacional do Café. Em seguida, o Prof. Dr. Ricardo de Souza Sette da Universidade Federal de Lavras – UFLA / Lavras – MG, ministrou a segunda palestra do dia, apresentando formas de planejamento, gestão e otimização dos recursos da fazenda, quer eles sejam físicos, humanos e /ou mercadológicos, o que certamente resulta em melhorias do sistema organizacional da fazenda, despertando o produtor para assuntos muitas vezes desconhecidos ou ignorados. No período da tarde, após o almoço que foi servido aos participantes, os trabalhos iniciaram com a palestra do Prof. Msc Uriel Rotta do Centro de Inteligência em Mercados – PENSA / São Paulo - SP, que conduziu sua apresentação focando a administração financeira da propriedade rural, os custos de produção, as linhas de créditos e as ferramentas de comercialização de café, como estes fatos se interagem, e o que o produtor pode fazer para otimizar a utilização destes recursos. Fechando o evento, o Prof. Dr. Fabio Moreira da Universidade Federal de Lavras – UFLA / Lavras - MG, apresentou uma brilhante palestra sobre colheita, uma vez que esta ocupa um lugar de destaque nos custos de produção. Foram abordadas as vantagens da colheita mecanizada, comparando-se os custos com a colheita manual. O que também chamou a atenção foram as alternativas de me-


Área de exposição de máquinas permite realização de negócios

canização para a maioria dos tipos e tamanhos de pro- Fernanda Silveira Maciel Raucci, cooperada. priedades, e que cabe ao produtor se adequar e utilizar “O Simcafé cumpriu sua finalidade. O evento foi da forma mais otimizada possível seus recursos, sempre um sucesso e eu espero que seja o primeiro de pensando em melhorar sua competitividade. muitos.” Ao final do evento, a comissão organizadora, as mais de 40 empresas presentes e a diretoria da Cocapec, comemoraram muito o sucesso, pois os objetivos do Simcafé foram alcançados com a presença de grande parte de seus cooperados que realmente despertaram para os assuntos abordados. Por fim, cabe a nós agradecer a presença de todos os participantes e também, as empresas de máquinas e insumos que participaram do patrocínio, para que este evento se tornasse viável. É importante lembrar que a cooperativa continua desenvolvendo ações sobre o aprimoramento da gestão das propriedades cafeeiras, e logo mais estará levando mais este serviço a seus cooperados, possivelmente com mais treinamentos e juntamente Presentes aproveitaram stand da Cocapec para com assistência técnica. discussão dos temas apresentados no evento

Equipe organizadora do 1º Simcafé

Eng. Agr. Saulo Faleiros, fala sobre a evolução do agronegócio café na Alta Mogiana

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Café

Cuidados práticos na hora da colheita Um espresso excelente só pode ser obtido com grãos de qualidade superior

O nicho de cafés especiais para espresso vem ocupando um espaço cada vez maior entre os consumidores, por oferecer uma bebida com mais aroma e sabor. Esse mercado tem crescido, entre 10 e 15% ao ano, em todo o mundo – tendência que deve ser mantida nos próximos dez anos, enquanto os cafés tradicionais, comercializados como commodity, crescem apenas de 1 a 1,5% ao ano. Uma particularidade do espresso – forma de preparo com extração mais rápida, alta pressão e temperatura – é o fato de que ele ressalta as características de sabor e aroma da bebida, oferecendo, ao mesmo tempo, menos cafeína. Assim, se os grãos forem de boa qualidade, o espresso é excelente; se não forem, é terrível. Por isso, uma xícara de bom nível só pode ser obtida com grãos de qualidade superior, sem a presença de defeitos capitais, o que exige do cafeicultor cuidados especiais desde a colheita, o preparo, o armazenamento e o beneficiamento. Apesar de requerer tanta cautela, esse segmento é interessante ao produtor porque oferece remuneração em patamares superiores aos praticados pelo mercado de cafés indiferenciados. Muitas vezes, porém, por desconhecimento ou falta de cuida20

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Arquivo Cocapec

Engº Agrº Dr. Aldir Alves Teixeira Consultor científico da illycaffè no Brasil.

do, o produtor que busca a qualidade “tropeça” em duas etapas fundamentais: na colheita, muitas vezes iniciada antes do prazo ideal, e na secagem, um dos pontos mais críticos do processo de preparo do café. Esses dois aspectos podem significar a diferença entre uma safra de qualidade superior e um café commodity, com sabor e preço inferiores. Tanto é verdade que eles norteiam a maioria dos cursos, palestras e workshops promovidos pela torrefadora italiana illycaffè nas regiões produtoras, por meio do Clube illy do Café e da Universidade do Café Brasil (UDC). A colheita é a única etapa na qual os grãos imaturos, provenientes de frutos verdes – que deixam a bebi-

da mais amarga, adstringente e sem aroma – podem ser evitados. Por isso, antes de iniciar a colheita, o produtor deve verificar o estágio de maturação dos frutos. Para isso, basta colher algumas amostras aleatórias na parte alta, média e baixa da planta, em dois lados, e calcular a porcentagem dos frutos em cada estágio. A incidência de frutos verdes e verdoengos deverá ser a menor possível, em torno de 5%. Depois da colheita, o café deve ser conduzido o mais rapido possível para o lavador e, a seguir, sem água escorrendo para o terreiro de secagem para evitar a fermentação indesejável. A secagem, etapa naturalmente delicada, merece ainda mais


Café

e do orvalho, e dar continuidade à homogeneização. Pode também, ser colocado no secador. O secador deve ser limpo e passar por manutenção antes do início da safra, para cumprir sua função adequadamente e não misturar com grãos da safra anterior com a atual. O produtor deve dar preferência aos secadores de fogo indireto, nos quais é mais fácil controlar a temperatura e a fumaça. A carga deve ter lotes homogêneos, permitindo boa ventilação, sem calor excessivo. A rigor, especialmente no início da secagem, a ventilação é mais importante do que a temperatura. Não se deve misturar lotes e o secador deve ter a carga completa antes de iniciar a secagem. A lenha, normalmente utilizada, deverá ser bem seca para evitar perda de energia e cheiro de fumaça. Os cafés descascados exigem uma secagem mais lenta, em temperatura máxima de 40ºC, com intervalos para descanso e igualação. A seca contínua deverá sempre ser evitada. No final do processo, o grão deverá ter um teor máximo de umi-

dade de 11%, pois grãos muito úmidos se deterioram e contaminam os outros. É importante aferir se o instrumento utilizado para mensurar a umidade está adequadamente calibrado. A armazenagem deverá sempre ser feita em local que tenha boas condições de ventilação, no escuro, sem umidade e temperatura nunca superior a 22ºC. Pássaros cujas fezes podem causar contaminação e produtos químicos que podem transmitir gostos e cheiros indesejáveis não devem ficar nas tulhas e armazéns que abrigam o café. Antes de ir para beneficiamento, o café deve permanecer pelo menos 30 dias em descanso. Assim, o grão manterá sua qualidade por um período maior de tempo e permitirá aos torrefadores prepararem blends capazes de satisfazer os mais exigentes consumidores. Os cafés preparados dessa maneira podem ser inscritos em prêmios de qualidade – como o Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para ‘Espresso’, promovido anualmente pela illycaffè desde 1991.

Arquivo Cocapec

cuidado quando envolve cafés descascados, segmento que vêm ocupando cada vez mais espaço. O cuidado deve começar já na escolha do terreiro, que deve ter tamanho adequado, ser bem localizado (nunca em baixadas úmidas), de preferência com superfície permeável e com boa declividade. Antes da colheita, o terreiro deve ser limpo e passar por manutenção. O café, que não pode chegar ao terreiro com água, deve ser espalhado em camadas bem finas e movimentado constantemente durante todo o dia, para perder a umidade. Nesta fase inicial de secagem, o café precisa de mais ventilação e menos calor. Por isso, recomenda-se terreiros bem localizados, expostos ao sol e ventilados. No final da tarde, já nos primeiros dias, os frutos devem ser colocados em fileiras, no sentido da declividade do terreiro, para favorecer a homogeneização da secagem e evitar o orvalho da noite. Quando o café atingir o estágio de meia seca (ao redor de 20% de umidade no grão), ele deve ser amontoado e coberto com lona de pano, nunca de plástico preto, para ser protegido da chuva

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Café

Câmbio: e agora José (não só do café)!? Entenda o que vem acontecendo com o real

Luiz Moricochi Engenheiro Agrônomo, pós-graduado em Economia (USP), cooperado da Cocapec

Em maio a valorização do café foi de 12% em dólares, mas, calculado em reais, o aumento foi de apenas 4%, o que justifica a preocupação do setor cafeeiro quanto a trajetória do câmbio. O valor do câmbio, no entanto, afeta não só o café, mas todas commodities e setores ligados a exportação, inclusive a nossa indústria de calçado de Franca. Não é preciso ser economista para entender o que tem acontecido com o câmbio. Basta imaginar o dólar como um bem qualquer, cujo valor de mercado é determinado pelas condições de oferta e demanda. Se existem muitos dólares nesse mercado, sua cotação cai, ou seja, valoriza o real; se existe escassez, 22

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

sua cotação sobe, ou seja, desvaloriza o real. O importador fica feliz com a valorização do real: assim, se era preciso desembolsar R$ 230,00 (câmbio de R$ 2,30) para importar um bem que valia US$ 100,00 em março, o desembolso hoje é de apenas R$ 197,00 (imaginando o câmbio a R$ 1,97). Para o exportador, a situação se inverte: se antes, com a exportação de U$ 100,00 em mercadorias ele recebia R$ 230,00 (100 x 2.30), com a mesma operação hoje receberá apenas R$ 197,00 (100 x 1,97). Por isso que os exportadores vêm pressionando o governo para tomar medidas visando desvalorizar o real. Num regime cambial flexível, o próprio mercado se encarrega de estabelecer a taxa de câmbio. Já países, como China, têm tomado medidas artificiais para manter o câmbio num patamar competitivo para suas exportações. Com essas considerações, é fácil entender o processo de valorização do real. O principal fator que contribui hoje para valorização do real é a boa imagem que se tem do Brasil lá fora. Além da consolidada democracia, o país é visto como quem fez bem a chamada “lição de casa”, justificado pelo seu equilíbrio macro-

econômico, conseguido, sobretudo, com os saldos comerciais na exportação. A imagem positiva está ligada ainda aos mais de US$ 200 bilhões de reservas cambiais acumuladas no país. O Banco Central (BC) teve mérito na formação das reservas, inclusive por inibir ainda mais a apreciação do real. Mas deve-se destacar também que isso só foi possível com o contínuo aumento nos saldos das exportações, superando de longe as importações, levando o Brasil a ter saldo nas transações correntes (entrada e saída de dinheiro no país) bem administrável, indicador fundamental para as decisões de investimento entre países, juntamente com o saldo na balança comercial, dívida externa e inflação sob controle. Uma prova dessa boa imagem é o IED (investimento estrangeiro direto), indicador que aponta o Brasil com um dos países a serem mais bem aquinhoados com entrada de recursos externos em 2009. A segunda razão da valorização do real está relacionada com a própria desvalorização do dólar em relação a outras moedas (euro, ien, etc). A mídia tem dado pouca atenção para o fato de que o que está acontecendo com o dólar beneficia o próprio USA. Esse país tem um


Café

grande problema de desequilíbrio das contas externas e com a desvalorização de sua moeda se consegue dois objetivos ao mesmo tempo: favorecer as exportações e dificultar as importações. Um pouco mais de inflação, provocado pela desvalorização, poderia até lhe trazer benefícios econômicos na medida em que reduziria o valor real de sua dívida pública, que aumenta de forma assustadora com a intervenção no sistema econômico (financeiro e produtivo). Um alerta importante a ser feito: uma grande expansão da dívida pública vem ocorrendo nos países desenvolvidos, o que apontaria para um período futuro, sombrio, de juros muito elevados, o que afetará o fluxo de recursos entre países e por conseqüência suas taxas de câmbio. Terceiro fator na valorização do real: o grande aumento nos preços das commodities (agrícolas e não agrícolas), ocorrido a partir de 2003, fato a ser destacado por ser responsável pelo inicio do processo de valorização da nossa moeda. Isso, aliado ao grande volume de exportação para atender a demanda chinesa, provocou uma entrada maciça de dólares no país, fazendo com que o Brasil apresentasse sucessivos saldos positivos na balança comercial, liquidando inclusive com a sua dívida externa. Na nossa opinião, preços das commodities e demanda chinesa foram os principais responsáveis por tudo de bom que aconteceu na nossa economia, por conveniência, não reconhecidos por muitos políticos. Por último gostaria de mencionar os elevados juros internos cobrados no Brasil. Por muito tempo, fomos o campeão mundial na cobrança de juros. Ninguém discorda de que juro alto é o principal antí-

doto contra a inflação, mas, seria necessário impor taxas tão elevadas à sociedade para que tal objetivo fosse alcançado? Essa era dúvida de muitos analistas! Ainda mais: até que ponto os juros fixados pelo BC (tx selic) eram baseados em decisão técnica, ou eram imposição do sistema financeiro privado? Esse setor estava sempre atento às necessidades de recursos por parte do governo para cobrir juros da dívida pública. Quando se fala na relação juros/ câmbio deve-se chamar atenção para o fato de que o importante não é o nível em si da taxa de juros, mas, sim, o diferencial entre esses juros e os juros praticados no exterior. Essa diferença é que faz com que os recursos migrem de um país para outro. Existe hoje corrente de analistas que questionam a eficácia dos juros altos para atrair recursos externos, sob argumento de que esses recursos não estariam sendo canalizados para aplicação em renda fixa, como foi no passado. Nesse caso, baixar juros poderia aumentar no exterior a percepção do equilíbrio nossa economia e assim até contribuir para entrada de mais recursos em dólares. Como o BC aparentemente é partidário dessa corrente, foi uma surpresa para o mercado financeiro a redução da taxa Selic de 10,25% para 9,25% decidida na última reunião do Copom (dia 10/06). Descontada a inflação, esses de 9,25% poderão propiciar rendimento real em torno de 5% a.a., expondo claramente a absurda taxa de administração de 3% cobrada por alguns fundos (por ex., renda fixa), não percebida quando as Selics eram muito elevadas. Essa distorção ficará mais evidenciada nas reduções futuras da taxa referencial. Não seria essa também a razão (e não a inflação) pela

qual os bancos quase sempre foram contra a redução da Selic? Frente a essa realidade, o que se pode fazer? Dificultar, por exemplo, a entrada de recursos com fins apenas especulativos? Sem poder de decisão, só resta aos agentes econômicos privados tomarem medidas visando o bom gerenciamento de suas atividades, o que pressupõe combinação racional dos fatores produtivos que leve a um menor custo de produção sem sacrifício da qualidade. É um desafio ao real forte. Câmbio valorizado e desenvolvimento fazem lembrar as lições da história econômica: Japão e Alemanha, no passado, aumentaram em muito sua participação no mercado mundial, mesmo com suas moedas valorizadas. Eficiência produtiva era o segredo É evidente que se deve exigir do governo a contrapartida. E o leque de reivindicações é grande. As opções criadas, para redução de riscos na comercialização do café, já é um avanço. Mas queremos insistir na questão da taxa de juros no sistema econômico como um todo. Além de inflação, a política de juros deveria de se preocupar (e se somar) também com o esforço contra cíclico que se vem fazendo no Brasil para atenuar os impactos da crise mundial, sobretudo sobre o emprego. Além disso, o Brasil está entre os primeiros países a saírem da crise, o que justifica deixar as estruturas produtivas e de serviços bem preparados e calibrados para esse momento. A produção de café (e toda cadeia), particularmente afetada por juros altos, por ser atividade capital intensivo. Não esquecer também que o Brasil é o país que mais tributa suas atividades produtivas. Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Café

Feira possibilita acompanhar tendências do mercado de café 21ª SCAA contou com representantes mundiais da cadeia do café Anselmo Magno Gerente Dep. Com. Café

Aconteceu em Atlanta-EUA entre os dias 17 e 19 de abril, a 21ª edição da SCAA (Specialty Coffee Association of America, ou Associação Americana de Cafés Especiais). Esta feira é anual e conta com a participação de toda a cadeia do café, representada por inúmeros países produtores e por várias empresas de torrefação, embalagens, essências, torradores, equipamentos, máquinas de moagem e revistas especializadas do setor.

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Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

O Brasil, como principal produtor mundial de café, esteve presente com o stand CAFÉS DO BRASIL, juntamente com a BSCA – Associação Brasileira de Cafés Especiais. Participou da feira o gerente do Departamento de Comercialização de Café da Cocapec, Anselmo Magno. Para Magno, o evento é uma oportunidade muito interessante e importante, pois possibilita estar próximo dos nossos clientes e ao mesmo tempo acompanhar as

tendências e inovações da cadeia do café, aproximando-nos do mercado consumidor. A cada ano, um país produtor é homenageado na SCAA, sendo que a Nicaragua foi o tema deste ano, com apresentações culturais do país. O evento também promove o Concurso Mundial de Baristas (World Barista Chanpionship). A próxima feira, em 2010, será em Los Angeles – Anaheim.


Rally do Café Cocapec e Cooxupé promovem visitas às principais regiões produtoras de café do país Anselmo Magno Gerente Dep. Com. Café

Arquivo Cocapec

Entre os dias 11 e 16 de maio a Cocapec e a Cooxupé promoveram o Rally do Café, um tour pelas principais regiões produtoras de café do país. Representando a Cocapec, Anselmo Magno de Paula, Gerente do Departamento de Café da Cocapec, revelou que foram 3000 km percorridos, dos quais mais de 400 km de estradas de terra. O grupo visitou áreas de arábica no Sul de Minas, na região da Zona da Mata e também a região de Linhares, no Espírito Santo, tradicional zona produtora de café robusta. “Foi muito importante ver de perto as lavouras, acompanhar a co- analisar as oportunidades e limitalheita, conversar com os produtores, ções do parque cafeeiro brasileiro, a

Produção de robusta é tradicional no Espírito Santo

fim de propor estratégias para nossa cooperativa”, afirmou o Gerente.

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Café

Cafeicultor cooperado é melhor cafeicultor Produtividade das lavouras de cafeicultores cooperados é superior a dos não cooperados Celso Luis Rodrigues Vegro Pesquisador Científico do IEA

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica e Extensão Rural e do Instituto de Economia Agrícola, concluíram o chamado Levantamento de Unidades de Produção Agrícola (LUPA). Os resultados do levantamento censitário já estão disponíveis para análise, e para a cafeicultura paulista os resultados são bastante auspiciosos. A dimensão da lavoura cafeeira paulista alcançou 211,53 mil hectares com um parque produtivo de 511,84 milhões de plantas. As unidades de produção dirigidas por cafeicultores pertencentes a cooperativas de produção somam 7.407 propriedades, número esse menor do que aqueles que não participam de organizações dessa natureza. To-

davia, a área pertencente às unidades de produção em que o cafeicultor é associado a uma cooperativa, perfaz mais de 58% da área total com cafezais no Estado. (Tabela 1) A produtividade das lavouras dos cafeicultores cooperados é significativamente superior à encontrada para os não cooperados. Tal fato, decorre da maior densidade de plantas que os dados também evidenciam. Somados os fenômenos, qual seja, maior área cultivada, maior número de plantas, melhor produtividade concentradas em menor número de unidades agropecuárias, permite-se concluir, que tais cafeicultores assumem um perfil mais empresarial no sentido de unidades produtivas mais especializadas e agronomicamente mais eficientes. Os resultados do levanta-

mento indicam que a maior área cultivada com café no Estado são manejadas sob estandes considerados tradicionais, com igual dimensão de área tanto entre cooperados como com não cooperados. Nos estandes de maior densidade populacional de plantas, as áreas pertencentes aos cafeicultores cooperados são maiores que aquela de seu congênere não cooperado, representando mais que o dobro quando considerada a área cultivada sob adensamento (Tabela 2). Dentre as opções tecnológicas disponíveis de mais baixo custo com sensível impacto sobre a produção, o adensamento é aquela que melhor custo/benefício exibe. Estandes adensados, mantidos os demais componentes do sistema de produção (adubação, correção de solo e tratos fitossanitários), invaria-

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Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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velmente oferecem maiores produtividades por unidade de área com efeitos reducionistas sobre o custo unitário de produção. No levantamento censitário anterior, realizado em 1996, o parque cafeeiro era de apenas 380 milhões de plantas. Assim, dedutivamente, temos que ocorreu o incremento de 131 milhões de plantas em 10 anos. Adotando-se, conservadoramente, que nesse período cerca de 20% da área dos talhões em produção foram reformados, temos que o parque produtivo da cafeicultura paulista passou por uma

verdadeira reconstrução nesses últimos dez anos. Plantas mais jovens provenientes de materiais geneticamente superiores, em maior grau de adensamento, permitem que se preveja um auspicioso horizonte para a cafeicultura paulista, pois a maturidade produtiva do cafeeiro é alcançada por volta do nono ao décimo ano fase essa que perdura pelas próximas cinco ou seis safras consecutivas, quando então, a planta inicia uma tendência de diminuição da produtividade caso medidas como as podas não sejam imediatamente empregadas.

Porém, conhecendo o entusiasmo dos nossos cafeicultores e o brilhantismo de suas cooperativas e de seus agrônomos, sou levado a crer que haverá ainda maior incorporação de tecnologia com substanciais avanços na produtividade das lavouras e reflexos positivos sobre a sustentabilidade econômica das explorações. Os catastrofistas das mudanças climáticas terão que rever suas análises, pois os dados estão a desmentir suas apocalípticas previsões para o futuro da lavoura no Estado de São Paulo.

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Agora a Revista Cocapec conta com os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca, e na filial mineira de Capetinga. Os dados apresentados fazem um comprativo dos últimos cinco anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos úlƟmos 5 anos Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2005 2006 2007 2008 2009 Média

307 283 545 325 382 368

132 327 175 230 228 218

194 178 113 128 282 179

11 19 117 108 53 62

152 2 45 38 58 59

21 16 4 32 32 21

17 6 72 0

0 33 0 26

134 31 3 39

162 355 75 87

300 330 190 168

266 328 273 410

24

15

52

170

247

319

*Dados em milímetros obƟdos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* ĚĞ ĂƉĞƟŶŐĂ nos úlƟmos 5 anos Ano 2005 2006 2007 2008 2009 Média

jan

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mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

504 279 111 591 251 144 745 238 135 573 236 116 354 249 286 553,4 250,6 158,4

56 54 66 78

152 5 61 40 54 62,4

0 20 0 5 21 9

10 0 0 0

0 28 0 26

110 93 69 37

188 319 58 113

280 285 217 222

236 443 280 428

2,5

13,5

77,25

169,5

165 83,8

*Dados em milímetros obƟdos na Filial da Cocapec Ğŵ ĂƉĞƟŶŐĂ͕ D' 28

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

251 346,8


Na edição anterior, a Revista Cocapec passou a divulgar a média mensal do preço de café arábica, segundo índice Esalq/BM&F. A partir desta edição será possível acompanhar ainda, a média mensal dos preços de milho, boi e soja. Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F** 2008

2009

R$

US$

R$

US$

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

267,84 285,19 263,28 256,35 254,84 255,76 250,52 248,86 261,58 256,84 261,28 261,18

150,95 165,21 154,25 151,93 153,56 158,03 157,47 154,29 145,56 118,00 115,06 108,96

268,10 269,34 262,46 260,10 268,02 257,19

116,04 116,44 113,54 117,99 130,09 131,23

Média Anual

260,29

144,44

264,19

120,89

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, Ɵpo 6, bebida dura para melhor ** Escola Superior de Agronomia Luiz Queiroz / Bolsa de Mercadorias e Futuros

Média mensal do preço* de Boi

Média mensal do preço* de Soja 2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89

21,30 20,57 19,62 21,75 24,45 25,46

48,39

22,19

Média mensal do preço* de Milho 2009

2009 R$

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

US$

84,01 81,54 77,54 87,88 79,47 80,85

36,38 35,25 33,53 39,68 38,58 41,26

81,88

37,45

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24

10,25 9,63 8,92 9,66 10,80 11,35

22,06

10,10

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

29


Setor Técnico Roberto Maegwa Coordenador Setor Técnico

O setor técnico é composto por 16 profissionais, sendo 13 agrônomos um técnico de campo e 2 agrônomos internos. Os atuantes no campo estão diretamente ligados aos cooperados, levando assistência técnica, conhecimento, informações da cooperativa, oportunidades de negócios e desenvolvendo trabalhos que aumentem a produtividade e competitividade dos cooperados. É responsabilidade destes profissionais, fornecerem dados da previsão de safra e levantamento das áreas cafeeiras da região da Alta Mogiana, realizada anualmente em parceria com o setor GIS/Cadastro, além de fazer laudos para aprovações de crédito na Credicocapec e abastecer o ATA/FC (Programa de Assistência Técnica Agronômica). O setor técnico se relaciona com quase todos os setores da Cocapec, tais como o laboratório de análises de solo e folha, orientando o cooperado a retirar as amostras e após sair os resultados, interpretá-los e recomendar opções de adubação técnica e economicamente viáveis. Mantém também laços estreitos com a comercialização de café, levando informações ao cooperado sobre melhorias na qualidade e colaborando com o planejamento das vendas de café ao longo do ano. O setor técnico avalia todos 30

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

Marcelo Siqueira/Cocapec

Saulo Faleiros Coordenador Programa 4C

Equipe técnica-agronômica da Cocapec

os produtos comercializados pela cooperativa, com o objetivo de levar ao cooperado soluções eficientes para os problemas técnicos. Mantém parcerias com instituições de pesquisa, buscando alternativas que melhorem toda a cadeia produtiva do café, como exemplo, a Fundação do Café em parceria com o IAC (Instituto Agronômico de Campinas), onde é testado 28 variedades de arábica, avaliando diversos aspectos técnicos que gerem mais resultados aos produtores. Na constante tarefa de manter o cooperado bem informado e

melhorar seu relacionamento com a cooperativa, o departamento técnico participa das reuniões dos Comitês Educativos, realizado em todas as áreas compreendidas pela cooperativa. Oferece também estágios para estudantes de nível superior (agronomia) e nível técnico, aperfeiçoando conhecimentos práticos e cooperativistas aos interessados. Este setor representa a cooperativa em vários eventos realizados na cafeicultura brasileira, tais como congressos, simpósios, reuniões técnicas em várias regiões produtoras de café, mantém relacionamento


com outras cooperativas, visita empresas de insumos e fertilizantes, e quaisquer outros eventos de interesse para o cooperado. A responsabilidade ambiental está ligada ao departamento técnico, que acompanha as devoluções de embalagens de defensivos e executa as coletas itinerantes nas filiais mineiras da Cocapec abrangendo 150 cooperados e recolhendo 8000 embalagens anualmente. Eventos como dias de campo, palestras técnicas, difusão de tecnologias e estratégias de gestão estão sob a responsabilidade deste departamento, bem como o desen-

volvimento do programa de sustentabilidade 4C (Código Comum para a Comunidade Cafeeira). A partir deste ano, o setor técnico passou a realizar, juntamente com outros setores da cooperativa e com apoio da diretoria, o Simcafé – Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana, evento que contou com a participação de 850 cooperados. Com o objetivo de sugerir estratégias de diversificação para os cooperados, desenvolve o projeto da silvicultura, onde disponibiliza tecnologia para o plantio de eucalipto nas áreas que são inaptas para

o cultivo de café, além de desenvolver produtos e aperfeiçoar máquinas agrícolas. Enfim, o departamento técnico presta serviços ao cooperado com o objetivo de desenvolver a cafeicultura, melhorar a competitividade dos produtores e levar informações que possam ser úteis para toda a cadeia envolvida na cafeicultura, e agradece a todos aqueles que de uma forma ou outra, participam para que este departamento continue sempre contribuindo para o crescimento de todos os envolvidos com a cooperativa.

Corpo técnico-agronômico da Cocapec: Nome

Telefone

agronomo.saulofaleiros@cocapec.com.br

Saulo Faleiros

(16 ) 3711-6233

Roberto Nobuioshi Maegawa

(16 ) 3711-6265

setor.tecnico@cocapec.com.br

(16 ) 9222-3139 / 9116-0000

carrijococapec@hotmail.com

Alex Ponce Faleiros

(16) 9233-5657

tecnico.alexfaleiros@cocapec.com.br

Dercy Pavão Junior

(16) 9244-6544

pavaojunior@hotmail.com

Eder Carvalho Sandy

(16 ) 9231-6260

agronomo.eder@cocapec.com.br

Eduardo Leite Maraccini

(16) 9143-8505

agronomo.eduardo@cocapec.com.br

Alex Carrijo

Evanilton Antônio de Souza

(35) 9991-5252 / (16) 9174-7652

Região de Atuação

E-mail

agronomo.evaniltonsouza@cocapec.com.br

Coordenador do Programa 4C Coordenador do Setor Técnico Cristais Paulista e Jeriquara Franca, Rib. Corrente, Cristais Paulista e S. José da Bela Vista Franca e Ibiraci Jeriquara, Pedregulho e Sacramento Serra Negra, Socorro, Amparo, Monte Alegre do Sul, Lindóia, Aguás de Lindóia, Monte Sião e Ouro Fino Ibiraci

Gabriel Rosa Vilhena Andrade

(16) 9209-3347

agronomo.gabriel@cocapec.com.br

Batatais, Franca, Cristais Paulista e Jeriquara

Geraldo Nascimento Junior

(16 ) 9969-2745

agronomo.geraldo@cocapec.com.br

Claraval

Guilherme Ubiali Zamikhowsky

(16 ) 9222-0619

agronomo.guilhermeubiali@cocapec.com.br

Henrique Rheda

(16 ) 9999-9495 / 9253-6165

henriquerheda@hotmail.com

Leonam Vilhena

(16) 9222-1810

agronomo.leonam@cocapec.com.br

Capetinga e Ibiraci

Marcelo Augusto Ferreira e Silva

(16 ) 9175-8366

agronomo.marcelo@cocapec.com.br

Franca, Jeriquara, Itirapuã e Restinga

Ricardo Ravagnari F. Silva

(16) 9233-1226

agronomo.ricardo@cocapec.com.br

Rubens Manreza

(16 ) 9221-7681

rubensmanreza@yahoo.com.br

Capetinga, Itirapuã e Patrocínio Paulista Franca, Cristais Paulista e Ribeirão Corrente

Claraval e Ibiraci Franca, Jeriquara, Pedregulho e Sacramento Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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FUNDO GARANTIDOR SICOOB De acordo com o Sistema de Cooperativa de Crédito do Brasil (SICOOB), o Fundo Garantidor SICOOB é uma associação civil, sem fins lucrativos e com personalidade jurídica de direito privado, regido por Estatuto Social e por dispositivos legais e regulamentares aplicáveis. Ele foi implantado em 2002, com o objetivo de proteger os depósitos à vista e a prazo dos associados de cooperativas singulares filiadas que, eventualmente, se apresentarem em situação de desequilíbrio patrimonial e econômicofinanceiro. A constituição do Fundo Garantidor para as cooperativas singulares do SICOOB decorreu do fato de o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) - Fundo Garantidor dos Bancos - não oferecer cobertura aos depósitos de associados de cooperativas de crédito, visto que, o mesmo tem como objetivo garantir proteção aos correntistas, poupadores e investidores, permitindo recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira comercial, em caso de falência ou de sua liquidação. O Fundo Garantidor SICOOB, atualmente apresenta as mesmas coberturas do Fundo dos demais bancos, pois prevê a cobertura dos dépositos a vista e a prazo dos associados das cooperativas singulares participantes, até o valor de R$ 60 mil, identificados por CPF ou CNPJ. Porém, ele é ainda um instrumento adicional de controle, que 32

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

até o presente momento possui 290 cooperativas singulares associadas, entre elas a CREDICOCAPEC. As cooperativas que desejam associarse ao Fundo SICOOB são submetidas a rigoroso processo de avaliação, instituído por regulamento próprio, de forma que o direito de cobertura de todas as cooperativas participantes possa ser assegurado. Conforme o SICOOB, os recursos do Fundo são utilizados somente no caso de insolvência de uma singular associada. Nessa situação, verifica-se o saldo das contas e o cooperado (CPF ou CNPJ) recebe o valor depositado, até o limite máximo de R$ 60 mil. Outra possibilidade é a utilização dos recursos no caso de incorporação, exclusivamente se a cooperativa incorporada FUNDO GARANTIDOR SICOOB

Foi criado em 2002; Possui cobertura limite de R$ 60.000,00 para depósitos a vista ou a prazo; Pagamento é realizado por cooperado (CPF ou CNPJ); Adesão livre: depende do ŝŶƚĞƌĞƐƐĞ ĚĂ ĐŽŽƉĞƌĂƟǀĂ Ͳ Resolução 3.442 Bacen; São associados exclusivamente ĐŽŽƉĞƌĂƟǀĂƐ ĮůŝĂĚĂƐ Ă ƵŵĂ central do sistema SICOOB.

&ŽŶƚĞ͗ /ŶĨŽƌŵĂƟǀŽ ĂŶĐŽŽď ʹ ũĂŶĞŝƌŽ Ă ŵĂƌĕŽ ĚĞ ϮϬϬϵ

estiver insolvente, existindo o limite máximo de participação do Fundo ao total de depósitos garantidos da singular incorporada. O Fundo SICOOB de acordo com o Informativo do Banco Central (BACEN), encerrou o ano de 2008 com o patrimônio de R$ 62 milhões e apresentou um crescimento de R$ 2 milhões/mês, que é o somatório da contribuição mensal das singulares associadas mais os rendimentos das aplicações. E por possuir características conservadoras, o Fundo aplica os recursos em títulos públicos federais, papéis com baixo risco e garantia de liquidez no mercado. Para dar mais segurança às entidades participantes, as operações passam anualmente, pela análise de auditores independentes. FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO

Foi criado em 1995; Possui cobertura limite de R$ 60.000,00 para depósitos a vista ou a prazo; Pagamento é realizado por pessoa ou conta; Adesão obrigatória: conforme resolução 3.400 do Banco Central; ^ĆŽ ĂƐƐŽĐŝĂĚŽƐ ŝŶƐƟƚƵŝĕƁĞƐ ĮŶĂŶĐĞŝƌĂƐ͕ Ğ ĂƐƐŽĐŝĂĕƁĞƐ ĚĞ empréstumos e poupança em funcionamento do país.


CREDICOCAPEC continua no Conselho Fiscal do SICOOB CENTRAL COCECRER/ SP O SICOOB CENTRAL COCECRER, Cooperativa Central de Crédito Rural do estado de São Paulo, com sede em Ribeirão Preto, realizou sua Assembléia Geral Ordinária em 31 de março de 2009, data em que foi eleito um novo Conselho Fiscal, para o qual a Srª. Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida, nossa diretora de Crédito Rural, foi reeleita como Conselheira Fiscal Efetiva e poderá continuar participando ativamente e representando a CREDICOCAPEC no Conselho Fiscal do SICOOB CENTRAL COCECRER/SP. Os membros efetivos do Conselho Fiscal da COCECRER, eleitos neste ano são: Célio Terra do SICOOB CREDIGUAÇU – Descalvado/SP; Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida do SICOOB

Marcelo Siqueira/Cocapec

Diretora de Crédito Rural da Credicocapec, Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida é reeleita

Diretora da Credicocapec continua no conselho fiscal do SICOOB

CREDICOCAPEC – Franca/SP e Osvaldo Pereira Caproni do SICOOB/SP CREDLÍDER – Votuporanga/SP. Os membros suplentes são: José Luiz Gottardi da COOP-

CRED – Valparaíso/SP; Peter Johannes Beckers da CREDICERIPA – Itaí/SP e Ari Rosa do Nascimento do SICOOB/SP - SUDOCRED – Itapetininga/SP.

Dicionário de Economia Aval Ato pelo qual uma terceira pessoa, distinta do sacado, do sacador e dos endossantes, garante o pagamento de um título na data de seu vencimento .

COPOM Comitê de Política Monetária do BACEN é o órgão que decide a política da taxa de juros.

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Gis / Cadastro

Cocapec e Embrapa, na busca de mais uma parceria Diretoria e colaboradores visitaram as modernas instalações do centro da Embrapa monitoramento por satélite em Campinas/SP

Arquivo Cocapec

No dia 03 de junho, a Cocapec representada pelo Diretor Secretário Ricardo Lima de Andrade, Victor Ferreira e Danilo Tasso os dois últimos do setor GIS/Cadastro, visitaram as modernas instalações do Centro da Embrapa Monitoramento por Satélite em Campinas/SP, fomentada pelo Parcintec / Embrapa, na presença do Dr. Clóvis Isberto Biscegli e do Engenheiro Agrônomo Antônio Carlos Cintra, responsáveis pelo Parcintec – Franca/SP.

34

brapa. Os primeiros contatos foram feitos de maneira muito positiva, já que foram apresentados pela Cocapec seus objetivos como cooperativa, além de trabalhos ligados a área de geoprocessamento, cadastro e ser- Da esquerda para a direita: Dr. Clovis I. Biscegli, Dr. Wilson Holler, Engº Agrº Antonio Carlos, Victor Alexandre Ferreira, Ricardo Lima de Andrade, Danilo Gimenes Tasso, viços prestados Dr. Carlos Ronquin e Dr. Claudio A. Spadotto aos cooperados. A Cocapec busca com essa “As instalações da Embra- pa Monitoramento por Satélite são parceria, aproximar-se de centros ótimas, um lugar muito agradável de pesquisas e neste caso acessos a e moderno, algo do que os brasilei- imagens de satélites com melhores ros podem se orgulhar. Fica situada resoluções. Atualmente, a cooperadentro do Campo Militar do Exer- tiva desenvolve trabalhos com imacito em Campinas, coberto de toda gens Landsat 7 com 15m de resosegurança que precisa ter, já que ali lução (cada pixel da imagem possui são encontradas informações estraté- 15 metros de lado), a Embrapa pode gicas do governo brasileiro”, diz Ri- fornecer imagens de até 60 centímecardo Lima de Andrade. O Centro tros de resolução, o que seria um gafoi idealizado pelo Dr. Evaristo Edu- nho muito grande na qualidade da ardo de Miranda, atual chefe geral imagem e conseqüentemente mais da Embrapa Monitoramento por Sa- precisão das informações, contriPlaca de recepção aos visitantes télite, com quem o grupo se reuniu e buindo para melhores serviços aos almoçou. O Dr. Evaristo possui uma cooperados e dados mais reais do O objetivo da visita é cons- história de 30 anos como pesquisa- perfil agrícola regional. truir uma relação de parceria com dor da Embrapa, foi o primeiro e é o este centro de tecnologia da Em- atual chefe geral do Centro. Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

Arquivo Cocapec

Victor Alexandre Ferreira Coordenador GIS / Cadastro


Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009

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Revista COCAPEC - Maio / Junho 2009


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