Revista Cocapec 63

Page 1



Editorial

Parece que foi ontem. Ou anteontem. Mas já estamos próximos dos 25 anos de fundação e funcionamento da Cocapec. E chegamos agora à outra marca expressiva no tempo: seis anos do Concurso de Qualidade do Café. A 6ª Edição do certame está sendo organizada desde o início de agosto, com inscrições até o dia 24 de setembro pelos cafeicultores cooperados, divulgação da relação dos finalistas dia 09 de outubro e premiação dia 15 desse mesmo mês. Depois de 5 edições do Concurso Seleção Café Alta Mogiana, com o slogan Qualidade ao alcance de todos, uma certeza já se pode antever as vésperas do 6º Concurso, a participação efetiva dos cooperados, antes de tudo especialistas na produção do melhor café, favorecidos, claro, pela altitude, pelo clima, mas certamente detentores do maior zelo e esmero na preparação do café mais fino deste país, o café da Alta Mogiana, dos cooperados da Cocapec, de Franca e mais 12 municípios da região. O objetivo do Concurso é valorizar os cooperados cafeicultores, premiando pela produção de café arábica de alta qualidade. Participarão do Concurso os associados que têm café depositado nos armazéns da Cocapec, ou em local indicado e credenciado. Segundo avaliação da Diretoria da cooperativa, a essa altura, após mais de 24 anos de trabalho conjunto Cocapec e cooperados, nota-se que hoje, os cafeicultores filiados são altamente especializados. São mesmo profissionais na produção do café mais fino do mercado, destinado basicamente à exportação por sua qualidade superior, mas que já chega ao consumidor nacional, no principal centro comercial do país, a capital de São Paulo, através de 400 pontos de vendas do Senhor Café. Esse profissionalismo dos cooperados faz com que o Concurso da Cocapec seja valorizado. Daí a expectativa de sucesso em mais esta iniciativa. Os prêmios são bons, representam atrativos. Mas certamente o valor maior da premiação está no conceito que o produtor conseguirá, pois representará promoção e destaque, um verdadeiro reconhecimento de toda a classe e do mercado comprador. Bem sabemos que potencial todos os cafeicultores cooperados da Cocapec têm, pois já dissemos e é válido repetir que ao longo da história centenária do café da Alta Mogiana e da própria história da cooperativa, aconteceu uma verdadeira especialização na forma de produzir o café de qualidade superior. Se de um lado a natureza foi pródiga, proporcionando clima, altitude e condições ideais para isso, é certo que o cafeicultor fez sua parte ao se especializar nas atividades, nos cuidados com a boa seca no terreiro e em cada detalhe responsável pela qualidade final de nosso café. Enfim, mais um evento grandioso, que certamente concorrerá para o congraçamento dos cooperados, e para a confirmação da Cocapec como instituição aglutinadora do maior núcleo de produtores de cafés finos deste país.

Editorial

6º Concurso da Cocapec vai confirmar qualidade superior do café da Mogiana

Mauricio Miarelli Diretor Presidente


Diretoria Executiva Cocapec Maurício Miarelli – Diretor Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-Presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. Secretário

Conselho de Administração Cocapec Galileu de Oliveira Macedo João José Cintra José Amâncio de Castro Luis Clóvis Gonzaga Paulo Henrique Andrade Correia Wanderley Cintra Ferreira

Conselho Fiscal Cocapec Cyro Antonio Ramos Donizeti Moscardini Renato Antônio Cintra

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Revista COCAPEC Índice Eventos Cocapec completa 24 anos

Cocapec Franca

06

Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

Filiais Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400 Serra Negra: (19) 3892-7099

Comitê Educativo Parceria leva curso de artesanato a Claraval

Diretoria Executiva Credicocapec

12

José Amâncio de Castro - Dir. Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Administrativo Ednéia Ap.V. B. Almeida - Dir. Créd. Rural

Conselho de Administração Credicocapec Ismar Coelho de Oliveira José Henrique Mendonça Nivaldo Antônio Rodrigues Wanderley Cintra Ferreira

Conselho Fiscal Credicocapec

Técnico Cuidados no manejo da adubação do cafeeiro

Amilcar Alarcon Pereira Giane Bisco Renato Antônio Cintra

Credicocapec Fone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

25

CREDICOCAPEC Parabéns pelo Espirito Cooperativista

Coordenação Eliana Mara Martins

32

Núcleo de Criação Comunicação/MKT COCAPEC

Luis Eduardo Facioli

Conheça sua cooperativa

Apoio Gráfico / Fotos Marcelo Siqueira

GIS / Cadastro

Diagramação

Redação

34

Luciene Reis

Revisão Nathalia Maria Soares

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.400 exemplares Home Page

Capa

www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

4

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

Concurso de Qualidade de Café Cocapec realiza 6ª edição de seu tradicional Concurso

16


Especial

Cocapec entre as 1000 maiores do país Classificação ocorre no mês de comemoração de 24 anos da Cocapec

Com o objetivo de medir o desempenho individual de empresas que atuam no mercado brasileiro, a Revista Exame divulga anualmente o ranking das 1000 Melhores e Maiores, tomando como base as demonstrações individuais. A edição Melhores e Maiores 2009 foi feita com base na avaliação dos dados de mais de 3500 empresas de todo o Brasil. Os valores usados para análise são expressos em dólares com base em dezembro de 2008. O critério para avaliar o sucesso é basicamente uma comparação dos resultados obtidos em termos de crescimento, rentabilidade, saúde financeira, participação de mercado e produtividade por empregado. Pela primeira vez no ranking, a Cocapec está entre as 1000 maiores empresas privadas e estatais do país, o que implica ter faturamento anual superior a 125,6 milhões de dólares. “Nos outros anos a cooperativa fez parte do Anuário do Agronegócio, outra publicação da Revista Exame, mas ainda não havia figurado na edição de Melhores e Maiores, o que foi uma boa surpresa para nós, pois demonstra que todo o trabalho realizado ao longo da história da co-

operativa trouxe efeitos positivos”, afirma Maurício Miarelli, presidente da Cocapec. Fundada em 1985, a Cocapec conta atualmente com quase 1,9 mil associados e 190 colaboradores. Auxilia o cooperado do plantio a venda do café, principal cultura de seus associados. Sendo a matriz em Franca/SP, possui duas filiais nas cidades paulistas de Pedregulho e Serra Negra e três filiais em Minas Gerais: Capetinga, Claraval e Ibiraci.

Ricardo Lima de Andrade, diretor da cooperativa. “A classificação aconteceu no mês de comemoração de 24 anos da Cocapec, e esta conquista que nos enche de orgulho é fruto da fidelidade de nossos cooperados, empenho de nossos colaboradores e administrações voltadas para atender os interesses de nossos associados.”

Luciene Reis Analista de Comunicação

Cocapec figura pela primeira vez em anuário da Revista Exame Melhores e Maiores

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

5


Eventos

Cocapec completa 24 anos Ocasião é comemorada com mais uma conquista: o novo armazém de insumos

Denise Rezende Secretária da Diretoria

Foi realizada, no dia 13 de julho, a inauguração do novo armazém de insumos da Cocapec, construído anexo ao armazém antigo. O novo armazém de 679,36m² tem capacidade para aproximadamente 216 toneladas de insumos e foi construído dentro das normas de segurança para armazenamento de defensivos agrícolas, de acordo com o decreto 4074/2002 e á norma brasileira ABNT NBR9843. Dentre os itens exigidos pelos órgãos regulamentadores, o armazém conta com: caixa de contenção externa, ralo de coleta interna, chuveiro de emergência e ducha lava olho, luzes antichamas, porta com saída de emergência, sistema de ventilação, acesso para empilhadeiras no interior do armazém, sinalização adequada, piso impermeabilizado, sensores de presença e sistema completo de alarme de segurança. Com a nova estrutura, a capacidade total de armazenamento aumentará de 320 para mais de 750 toneladas. Além disso, há vários outros benefícios, tais como: maior controle dos estoques, maior facilidade do manuseio de produtos e mais facilidade para os cooperados durante o ato de carga e descarga de produtos. A inauguração ocorreu após a realização da reunião do setor de café referente ao leilão de contratos de opções públicas, e contou com a presença de mais de 300 pessoas. Cooperados de todas as regiões de atuação da Cocapec, puderam conhecer um pouco mais da atual infra-estrutura da cooperativa, caminhando por dentro do já existente armazém de insumos até chegarem ao novo armazém recém inaugurado. Na ocasião, foi comemorado também o aniversário de 24 anos da Cocapec, em que o cooperado José Orlando Cintra prestigiou a comemoração cortando o bolo do aniversário. Enfim, mais uma vez a cooperativa pôde contar com a valiosa participação de seus cooperados, que são a razão para os investimentos e melhoria da qualidade na prestação de serviços. 6

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

Cooperados aproveitam comemoração para conhecer novo armazém de insumos

O cooperado José Orlando Cintra foi convidado para cortar o bolo

Novo armazém de insumos da matriz


Eventos

Unidade de Pedregulho completa 20 anos Comemoração reuni cooperados, colaboradores e diretores da Cocapec Rodrigo Segalla Coordenador da Filial de Pedregulho

No mês de julho, a unidade da Cocapec Pedregulho completou 20 anos de atividade. Inaugurada em quatro de julho de 1989, com um quadro social de 35 cooperados, e beneficiou também os produtores dos municípios vizinhos como Rifaina, Buritizal, Ituverava, Jeriquara e Sacramento. Atualmente a filial conta com mais de 120 cooperados, além da estrutura de armazéns, comercialização de café, loja veterinária, peças e implementos agrícolas. Há também um Posto de Atendimento ao Cooperado (PAC) da Credicocapec dentro da unidade, que oferece os mesmos serviços da matriz, facilitando o atendimento aos cooperados.

Para comemorar esta importante data, foi realizado no dia seis de julho de 2009, um café da manhã especial, com a presença de vários cooperados e de toda a diretoria da Cocapec. O Presidente, Mauricio Miarelli, citou diversos pontos importantes da história da unidade e fez um levantamento do cenário atual da cafeicultura, apresentando números de crescimento da unidade e ressaltando a importância da participação de todos junto à cooperativa, unidos para o fortalecimento da Cocapec. Paralelo ao café da manhã foi realizado o “Dia de Negócios” com a presença do coordenador do setor de máquinas e implementos, Daniel

Carrijo, que apresentou toda linha de implementos agrícolas que a unidade oferece, inclusive com a condição especial de troca por café.

Depoimentos: “O crescimento da unidade é fruto da participação de cada cooperado. Nossa equipe agradece este apoio e torce para que juntos possamos crescer cada vez mais, e oferecer sempre um bom atendimento”. Rodrigo Segalla – Coordenador da Unidade de Pedregulho. “É muito bom ter uma Filial em nossa região, pois a gente se sente em casa”. Mauro José Bisco – Cooperado “É importante a presença de uma unidade em nossa cidade pela comodidade que ela traz, atendendo não só o café, como a pecuária também”. André Luiz Faria Taveira – Cooperado.

Cooperados comemoram os 20 anos da filial em café da manhã especial

“Por estar em Jeriquara, a Filial está bem mais próxima, facilita a retirada de produtos e entrega do meu café, reduzindo custos”. Irineu Rodrigues Pereira Junior – Cooperado. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

7


Social

Cocapec realiza palestra sobre cooperativismo na Fafram Região de atuação da Cocapec têm 10 jovens formados em curso da Fafram Bruna Malta Analista de Comitê

A Cocapec foi parceira da Faculdade Dr. Francisco Maeda de Ituverava, a Fafram, na realização do projeto “O poder transformador do jovem rural”. Das 30 vagas oferecidas 10 contemplaram jovens entre 15 e 18 anos de algumas das cidades da região de atuação da cooperativa, como: Pedregulho, São José da Bela Vista, Claraval, Ibiraci e Jeriquara. A Cocapec esteve presente no evento para ministrar a palestra “A importância e os benefícios do associativismo e Cooperativismo para pequenos agricultores e agricultura familiar”. Foram apresentados os benefícios oferecidos aos cooperados, com destaque nas vantagens para os associados em relação aos demais pro-

dutores no mercado, como: armazenagem segura, acesso a informações, principalmente às políticas do governo e vantagens tecnológicas. Foram 15 dias de curso intensivo ministrado no campus da faculdade que entre outros cursos de graduação tem o de agronomia, tão procurado pelos jovens da zona rural. A programação do curso contemplava visitas técnicas às propriedades, cursos teóricos, e práticos que permitissem os jovens desenvolverem outras atividades geradoras de renda dentro da propriedade. De acordo com Jhony Luis Cintra da região de Claraval, o curso permitiu conhecer outras áreas da agricultura como apicultura, turismo rural e a agrofloresta.

Turma de jovens formados pela Fafram

8

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

“Já estou até conversando com o meu pai para iniciarmos uma produção de mel aqui no sítio”, relata Jhony. O encerramento do curso foi marcado pela formatura dos jovens em um dia de campo voltado para o uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e aplicação de defensivos agricolas. Os pais dos alunos estiveram no evento que foi aberto para toda a comunidade agrícola.

Objetivos

Este projeto tem como objetivo treinar e capacitar jovens moradores da zona rural, visando controlar o êxodo para as regiões urbanas, além de minimizar a diferença de oportunidades existentes entre os jovens urbanos e rurais, como inclusão social através da elevação do nível educacional das pessoas ligadas ao campo, promovendo a sua permanência sustentável na agricultura. O intuito da Fafram é transformar este projeto em um programa anual, oferecendo oportunidade a outros jovens, além de aproximá-los da realidade vivida nas universidades. A Fafram arcou com todos os custos do projeto através de verba obtida no Ministério de Cinência e Tecnologia e Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).


Social

Gestão do Agronegócio – Café Curso termina com resultados positivos para cooperativa e cooperados

Bruna Malta Analista de Comitê

A Cocapec com intuito de aprimorar os conhecimentos de seus cooperados, atender as necessidades crescentes de melhoria no campo e manter o nível tecnológico dos cafeicultores, realiza em Franca, de set/08 a set/09, o curso de Especialização em Agronegócio Café em parceria com a Universidade do Café/ Pensa, Centro de Conhecimento em Agronegócios. Desde o inicio os alunos passaram por uma maratona de aulas, provas e trabalhos. A grade curricular contemplou disciplinas relacionadas às áreas básicas como economia, administração, gestão de pessoas e financeira e logística. Numa segunda etapa foi abordada a questão técnica e prática da cultura do café, os aspectos relacionados à gestão da propriedade agrícola como

comercialização, custo de produção e, por fim, temas externos a cafeicultura como marketing e cooperativismo. O curso que esta em sua fase final, onde os alunos apresentarão seus trabalhos de conclusão, trata-se de especialização lato sensu com credenciamento do Ministério da Educação (MEC). O corpo docente é formado por professores titulados da Fundação Instituto de Administração (FIA), do Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa), e de outras unidades da Universidade de São Paulo (USP), bem como por profissionais e palestrantes de reconhecida capacidade no setor do agronegócio, como a equipe de pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que trataram em suas aulas

Turma do curso de especialização

de questões técnicas de variedades, condução da lavoura e climatologia. Profissionais de marketing e de gestão cooperativa e da propriedade rural também contribuíram para formação dos alunos. Foram 500 horas de formação que aconteceram quinzenalmente às sextas e sábados, das 8h às 17h. A turma era composta por cafeicultores, colaboradores da Cocapec, agrônomos e filhos de cooperados, todos ligados ao Programa 4C, o que possibilitou a disseminação dos conhecimentos proporcionados nas aulas. Para isso foram utilizados os conceitos mais modernos de análise de sistemas agroindustriais e planejamento estratégico aliados a experiências do mercado, possibilitando a utilização destas ferramentas em benefício dos cafeicultores.

Aula prática na Cocapec com dr. Aldir Alves Teixeira

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

9


Social

Equipe de Franca é campeã Carmen Steffens/Senhor Café Franca já disputa o Campeonato Paulista após vencer os Jogos Regionais

Luciene Reis Analista de Comunicação

A equipe de voleibol feminino Carmen Steffens/Senhor Café Franca, é a campeã dos Jogos Regionais 2009. A vitória foi sobre o time de Araraquara no dia 20 de julho, no Poli-Esportivo com placar final do jogo de 3 sets a 1. As jogadoras já iniciaram participação no Campeonato Paulista de Voleibol Feminino, promovido pela Federação Paulista de Voleibol. O lançamento oficial do campeonato aconteceu no dia 30 de julho em São Paulo. Este campeonato é considerado o segundo mais importante do país, perdendo apenas para a Superliga. Equipe campeã dos jogos regionais

10

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009


Social

Cooperativas trazem a Franca o espetáculo infantil “Missão Super Hiper Importante” Ex-Libris Assessoria de Imprensa do Sistema Ocesp/Sescoop

A cidade de Franca receberá no dia 17/9 (quinta-feira), às 19h30, no Teatro Municipal José Cyrino Goulart, o espetáculo infantil “Missão Super Hiper Importante”, com a Cia. Luis Louis. A iniciativa faz parte do programa Mosaico Teatral, promovido pelo Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo), juntamente com as cooperativas locais COCAPEC, CREDICOCAPEC, UNIMED – Franca e COONAI. O projeto tem apoio da Prefeitura Municipal de Franca e da FEAC – Fundação de Esporte, Arte e Cultura, O objetivo principal do programa é orientar os representantes de cooperativas para a produção cultural, tornando-os promotores de cultura do cooperativismo e oferecer espetáculos de qualidade para comunidades do interior paulista. “Missão Super Hiper Importante” conta a história de três amigas - Lene, Jô e Natália - que sabem brincar com a imaginação e, assim, vivem grandes aventuras sem sair de casa, criando momentos em que tudo pode acontecer. Um dia vão para uma ilha deserta em uma Missão Super Hiper Importante: a de encontrar um livro encantado que irá revelar um grande segredo. Nessa ilha se divertem com situações mágicas e surpreendentes.

Cantam, dançam, brincam e vivem histórias emocionantes como conversar com peixes no fundo do mar, dançar com o vento no topo de uma grande montanha, enfrentar animais ferozes na floresta e muito mais... Toda essa aventura é vivida na imaginação dessas três amigas que, chegando ao Livro da Vida, descobrem um grande segredo. Referência no Brasil e no exterior, a Cia Luis Louis, pela primeira vez, utiliza sua apurada técnica da Mímica Total em um espetáculo Infantil. O elenco cria uma movimentação estilizada que lembra as de desenho animado, e utilizam o corpo para compor o cenário por onde os personagens passam, como: o mar, a montanha, a floresta e a caverna. O programa Mosaico Teatral, desenvolvido pelo Sescoop/SP, em parceria com as cooperativas, percorrerá um total de 21 cidades do Estado de São Paulo com apresentações teatrais até o mês de novembro. Cada cidade conta com uma equipe de cooperativas locais, que seleciona a peça e organiza o evento, de forma a promover o acesso da comunidade a espetáculos de qualidade, além de beneficiar entidades assistenciais locais. O Mosaico oferece ainda workshops realizados pelos grupos teatrais aos interessados em aprender sobre a técnica da Cia.

Os interessados em assistir ao espetáculo devem trocar 2 litros de óleo por um ingresso. As doações serão encaminhadas ao Fundo Social de Solidariedade.

Pontos de troca COCAPEC/ CREDICOCAPEC Av. Wilson Sábio de Mello, 3100. COONAI Rua Travessa José Coelho de Freitas, 1716 Loja Patrocínio Paulista UNIMED Rua General Carneiro, 1595 • E no dia do espetáculo na bilheteria do Teatro Municipal, a partir das 18h30, conforme disponibilidade de ingressos.

Informações para a imprensa: Ex-Libris Comunicação Integrada Assessoria de Imprensa do Sistema Ocesp/Sescoop-SP – 11.3266.6088 Célia B. Moreno celiabmoreno@libris.com.br Flávia Arakaki flavia@libris.com.br

Informações: COCAPEC (16)3711-6203 COONAI (16) 3145-1011 CREDICOCAPEC (16) 3720-0030 UNIMED (16) 3711-6739/ 6767 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

11


Comitê

Parceria leva curso de artesanato a Claraval Palha de milho se transforma em bolsas, cestas, objetos de decoração Bruna Malta Analista de Comitê

12

A Cocapec através da coordenação do comitê promoveu em parceria com o Serviço de Aprendizagem Rural/MG (Senar), o curso de artesanato em fibras naturais. Participaram 11 mulheres da região da Porteira da Pedra, que aprenderam a arte de transformar palha de milho em objetos de decoração, como: vasos, cestas, bolsa, porta-panela e guardanapo. O curso teve carga horária de 40 horas e aconteceu no barracão da comunidade, com apoio da Secretaria Municipal de Educação de Claraval que emprestou as carteiras para o treinamento. A instrutora Angela Camargo de São Gotardo

e a analista de comitê Bruna Malta da Cocapec, estiveram durante uma semana na região para aplicar o curso. Angela trabalha no Senar/MG desde 2003 e tem uma ótima experiência com trabalhos em comunidade como a Porteira da Pedra. O resultado inicial do curso foram lindas peças confeccionadas pelas alunas. Outros resultados são a geração de uma nova renda para as familias destas mulheres, com a confecção e venda do material. Para Taisa Roberta Gomes Cintra, o curso as incentivou a se unirem para vender o trabalho na região.

Mulheres da Porteira da Pedra participam de aula com Angela Camargo

Peças confeccionadas pelas alunas

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009


Comitê

Qual o papel do coordenador do Comitê Educativo? A atuação do coordenador pode ser decisiva para o sucesso do Comitê na região Bruna Malta Analista de Comitê

Esta matéria vem esclarecer nossos leitores sobre a função dos Comitês Educativos. Já vimos a importância dos comitês para a cooperativa e cooperados. Vimos também como esta ferramenta se torna imprescindível para uma gestão democrática e transparente como a da Cocapec. Já discutimos a importância da participação dos cooperados, tanto para conhecer a cooperativa como apoiar a gestão nos momentos de tomar decisões. Nesta edição vamos falar de um personagem importantíssimo para o desenvolvimento do Comitê. Sem ele, não teríamos condições de caminhar com as ações e promover a melhoria da região. Estamos falando do coordenador de Comitê Educativo. Cooperado eleito pelo grupo para representá-los no Comitê Central, que é composto apenas por coordenadores regionais, onde é possível discutir as necessidades de cada região. Mas qual o papel de um coordenador? O primeira e mais importante é a representação da região diante da cooperativa. Por isso, todos os cooperados votantes devem ter clareza que a escolha de um coordenador é extremamente importante, pois ele é um porta-voz da região. Segundo papel é o de fomentar o

próprio Comitê, de esclarecer dúvidas e promover a iniciativa diante dos cooperados. Nas reuniões regionais, o coordenador estimula os cooperados a participem das discussões, pois todos devem manifestar sua opinião, o coordenador, como o próprio nome diz, cuida para que todos saiam satisfeitos e com seus pedidos encaminhados. No Comitê Central são discutidos os assuntos que serão abordados nos encontros, as reuniões seguintes, o que deve ser melhorado, como atender cada região de acordo com suas necessidades, enfim, neste momento são traçados os próximos passos do comitê. Outro papel importantíssimo do coordenador é estar sempre presente, fazer abertura do evento, ser responsável pelas reuniões. Compete a ele também, advertir quanto às faltas dos membros, cuidando para que as reuniões aconteçam sem prejuízo para a cooperativa e para a região, e se necessário, cabe ao coordenador convocar reuniões para tratar de assuntos de interesse dos cooperados ou da região. Os sete Comitês Educativos da Cocapec já têm seus representantes, e na próxima edição, todos conhecerão os coordenadores de cada região.

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

13


Concessionária oferece vantagens a produtores rurais Descontos chegam a 12% e entrega do veículo pode ser feita em até 15 dias Informe Publicitário

Se você é produtor rural e está pensando em comprar um veículo zero quilômetro, as vantagens nunca foram tão vantajosas. O Grupo Automec, concessionária Chevrolet, oferece um benefício que foi pensado exclusivamente para a categoria, que, além de descontos e preços especiais, terão atendimento preferencial e agilidade na entrega dos veículos independente do local da compra. “Esta vantagem é válida para todo o país, conforme a tabela GMB. Sabemos da importância dos produtores para a economia de Franca e do Brasil, celeiro mundial, por isso tantos benefícios”, disse o gerente de vendas da cidade, Marcelo Menezes. Os descontos são válidos para veículos de toda a linha nacional e chegam até 12% do valor de tabela. Parentes de primeiro grau, ou sejam, pais, cônjuges e filhos do profissional do campo também po-

14

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

dem aproveitar a oportunidade. Em todos os casos é necessário apenas comprovar a atividade. “Assim, a compra é autorizada e feita sem burocracia”, completa Menezes. O prazo para a entrega do veículo também chama a atenção. Dependendo da disponibilidade da fábrica, ele pode ser entregue em até 15 dias. Vale lembrar ainda que este faturamento pode ser obtido direto da montadora na compra de dois veículos a cada 12 meses. “Produtores rurais ainda ganham brindes. Eles precisam apenas dizer que viram o anúncio nesta revista. É mesmo imperdível”. Para a efetivação da compra serão solicitadas também cópias de documentos pessoais e comprovante de endereço do comprador tipo: a) Cópia do registro de inscrição junto ao cadastro do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária e ou b) Declaração cadastral de Produtor Rural (DECAP) ou c) Declaração de ITR (Imposto Rural)

GRUPO AUTOMEC O Grupo Automec está no mercado fazem mais de 60 anos e há mais de dois aqui em Franca, interior do Estado de São Paulo. Atualmente está localizada na Avenida Ismael Alonso Y Alonso, número 233. “Nossa intenção é respeitar e oferecer condições de negociação saudáveis a todas as pessoas que têm a necessidade/intenção de compra ou troca de seu veículo. Com certeza você/as pessoas se surpreender/ão com nosso atendimento premium e exclusivo, que o produtor rural merece”, garante o Marcelo Menezes, gerente de vendas do Grupo Automec Chevrolet de Franca.


Período da Seca Informe Publicitário

O Período da Seca, conhecido como o Grande Gargalo da Pecuária de Corte, que geralmente se inicia entre abril / maio e vai até meados outubro, caracteriza-se por uma queda drástica da oferta e da qualidade nutricional das pastagens, em função da diminuição da temperatura, freqüência de chuvas e das horas de luz durante o dia. Esta queda ocorre, principalmente, nos teores de proteína e minerais, principais responsáveis pelo desenvolvimento da microbiota ruminal, além de serem nutrientes essenciais para os ruminates. Este fato provoca grande prejuízo, havendo queda acentuada nos índices de produtividade, tais como: Perda de peso, diminuição da fertilidade, diminuição na taxa de

natalidade, aumento no índice de doenças, entre outros fatores. Uma boa alternativa para resolver estes problemas é a suplementação mineral-protéica, ou seja, o uso dos produtos proteinados. Com isso, estaremos suplementando os animais com proteína e minerais, que estão em grande deficiência nas pastagens neste período. Uma solução prática, eficiente e econômica é o uso do Nutrigold Núcleo, produto diferenciado, composto por Ortofosfato Bicálcico, Micro Minerais na forma orgânica e Uréia Pecuária, que misturado a farelos energéticos tem-se um proteinado energético de ótima qualidade nutricional.

Os produtos da linha nutrição podem ser encontrados em todas as lojas Cocapec.

8º Concurso Estadual de Qualidade Café de São Paulo Prêmio “Aldir Alves Teixeira”

Inscrição dos Concursos Regionais para o Concurso Estadual: até 20 de agosto de 2009 camarasetorial@sindicafesp.com.br Entrega dos lotes premiados nos Concursos Regionais para a Comissão Coordenadora do Concurso Estadual: 08 de outubro de 2009 Sindicafé SP - São Paulo - SP

Provas e escolha dos lotes premiados: 20 e 21 de outubro de 2009 ACS - Associação Comercial de Santos - Santos - SP

Premiação: 06 de dezembro de 2009 Museu do café - Santos - SP

Leilão dos premiados: 29 de outubro de 2009 ACS - Associação Comercial de Santos - Santos - SP Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

15


Capa

6º CONCURSO DE QUALIDADE DE CAFÉ Inscrições terminam em 24 de setembro de 2009

Plaucius F. Seixas Coordenador de Operações Café

A COCAPEC – Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas promoverá seu 6º Concurso de Qualidade de Café COCAPEC – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. O concurso será aberto a todos os seus cooperados interessados. O objetivo do evento é incentivar a produção de café com qualidade e contribuir para o incremento da eficiência das propriedades rurais nos processos de pós-colheita, além de, manter o reconhecimento da região da Alta Mogiana e difundir a marca “Senhor Café Gourmet”. O café é analisado pelos aspectos visuais do grão, aroma e tipo de bebida. O processo começa com a análise dos aspectos dos grãos, são verificados cor e defeitos, aroma e, por fim, a classificação da bebida de acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA). Para classificar e degustar, os árbitros terão todas as amostras codificadas, o que permitirá a imparcialidade da equipe julgadora diante de cada prova. Para o concurso serão aceitos somente lotes de café da espécie Coffea arabica da safra agrícola 2008/2009. Serão duas 16

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

categorias, uma com preparo do café via seca (café natural) e outra via úmida (cereja descascado ou despolpado). De acordo com regulamento, cada cooperado poderá concorrer com apenas 01 (um) lote dentro de cada categoria de preparo. O regulamento completo do concurso com todas as informações necessárias está disponível na Matriz e filiais. O cooperado deverá manifestar interesse em participar do concurso por escrito, preenchendo a ficha de inscrição anexa ao regulamento. Os regulamentos foram enviados por correio para todos os cooperados. Segue a íntegra ao lado.

Serão selecionados os 20 melhores lotes de cada categoria, e os 5 primeiros classificados de cada uma receberão premiação.


Capa

REGULAMENTO 6º Concurso de Qualidade de Café Cocapec O Conselho de Administração, usando da competência que lhe é atribuída pelo art. 43 do Estatuto Social, estabelece:

organizadora, devidamente habilitados junto a Associação Comercial de Santos.

Será realizado no ano de 2009 o “6º Concurso de Qualidade de Café COCAPEC – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana”, com o objetivo de premiar os cooperados – cafeicultores que produzem café arábica de alta qualidade, conforme regulamento que se segue:

Artigo 7º - Todos os lotes inscritos passarão por análises da comissão julgadora, a qual escolherá os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via seca, e os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via úmida. Os 5 (cinco) primeiros lotes classificados de cada categoria, produzidos em propriedades no Estado de São Paulo, serão encaminhados ao 8º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo.

Artigo 1º - A comissão organizadora deste concurso será composta pelos seguintes membros: Sr. Anselmo Magno de Paulo e Sr. Airton Rodrigues Costa. Artigo 2º - Somente poderão participar do Concurso, cooperados que estejam com o café depositado em armazéns da COCAPEC ou em local por ela indicado ou credenciado. Artigo 3º - Serão aceitos somente no concurso lotes de café da espécie Coffea arabica, safra 2008/2009 preparados por via seca (café natural) e por via úmida (cereja descascado ou despolpado), com tipo 4 para melhor de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima, com vazamento de no máximo 2% da peneira 16. O teor de umidade deverá ser de no máximo 11,0% tanto para os cafés naturais como para descascados ou despolpados. Cafés fora destas características serão desclassificados. Artigo 4º - Amostra de café preparado por via seca (café natural) que apresente característica de mistura com grãos preparados por via úmida (cereja descascado ou despolpado) será desclassificada a critério da Comissão Julgadora. Artigo 5º - Cada participante poderá concorrer com apenas 01 (um) lote de café, dentro de cada categoria de preparo, representando lotes de no mínimo 30 sacas preparados e/ou equivalentes conforme o percentual de peneira da amostra representativa do referido lote, e de no máximo 100 sacas, juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada até o dia 24/09/2009. Artgo 6º - A comissão julgadora será integrada por técnicos em classificação de café, não pertencentes ao quadro de funcionários da COCAPEC, indicados pela comissão

Artigo 8º - Não poderão participar deste concurso, membros da comissão organizadora e julgadora. Artigo 9º - Dúvidas de interpretação e omissão deste regulamento serão resolvidas e decididas pela comissão organizadora. Artigo 10º - As decisões das comissões julgadoras e organizadoras serão finais e irrecorríveis, cabendo aos participantes, ao assinar a FICHA DE INSCRIÇÃO, a concordância plena com as condições gerais de participação estipuladas neste regulamento. Artigo 11º - Os nomes dos 20 (vinte) primeiros classificados de cada categoria serão anunciados, pelos meios próprios de comunicação da COCAPEC no dia 09/10/2009. Artigo 12º - Os 5 (cinco) primeiros classificados, dos cafés preparados por via seca (café natural), serão contemplados com os seguintes prêmios: 1º LUGAR: 1 (uma) Adubadeira MINAMI modelo M 535 B 2º LUGAR: 1 (um) Pulverizador JACTO modelo PH400 3º LUGAR: 1 (uma) Carreta FACCHINI, dois eixos com pneus (madeira) 4º LUGAR: 1 (uma) Roçadeira KAMAQ NRC 132 Ecológica 5º LUGAR: 5 (cinco) hectares do Tratamento CAFÉ FORTE XTRA SYNGENTA (5kg Verdadeiro + 5l Priori + 10l Nimbus) Artigo 13º - A premiação será realizada em cerimônia oficial de encerramento do concurso dia 15/10/2009, nas dependências do salão AGABÊ – R: Arnulfo de Lima, 2385 bairro São José. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

17


Café

Panorama do mercado cafeeiro: expectativa é de preços firmes no médio prazo Artigo aponta fatores que guiarão o mercado até o final desta safra Camila Pires Pirillo e Mayra Monteiro Viana Analistas de Mercado (CEPEA/ESALQ-USP) Coordenação: Dra. Margarete Boteon

O café constitui-se em uma das mais importantes fontes de renda para a economia brasileira, contribuindo com fatores como geração de emprego, fixação de mão-obra no meio rural, participação na receita cambial e formação de capital no setor agrícola do país. Apesar da importância do setor, para todas as etapas da cadeia produtiva é um desafio manter rentabilidade satisfatória e sustentável. Do ponto de vista dos cafeicultores, os preços praticados atualmente no mercado interno são considerados pouco remuneradores. Também para os exportadores e torrefadores nacionais o cenário da safra atual, até então, não é dos mais favoráveis. O objetivo do presente artigo é apontar os fatores que irão guiar o mercado cafeeiro até o final desta safra, sobretudo na interface que atinge diretamente os preços recebidos pelo produtor. As chuvas ocorridas na segunda quinzena de julho afetaram a qualidade do café nas principais regiões produtoras do país. Isso comprometeu a oferta de grãos mais finos, ao passo que a demanda por estes cafés esteve aquecida no período. Esse movimento em busca de cafés de qualidade elevada tende a impulsionar os preços internos. Também a retração de vendedores pode influenciar no avanço dos preços. Boa parte dos cafeicultores segue retraída, reservando seus melhores lotes no intuito de honrar compromissos com vendas antecipadas ou para aguardar momentos de maior valorização. Além disso, de agosto em diante as indústrias devem 18

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

demandar volumes significativos para refazerem seus estoques. Não obstante, a aproximação do exercício das opções de venda de café ao governo deve dar suporte às cotações. O exercício das opções negociadas no primeiro leilão ocorre em novembro e, por isso, a expectativa é de que, no final de outubro, compradores com urgência em obter o produto elevem os valores oferta-

Café arábica - Média mensal R$ / saca de 60 kg (posto São Paulo) Safra 07/08 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 Média

238,63 254,55 259,15 255,84 245,82 261,28 267,84 285,19 263,28 256,35 254,84 255,76 258,21

Safra 08/09 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 Média

Fonte: CEPEA (www.cepea.com.br)

250,52 248,86 261,58 256,84 261,28 262,04 268,41 269,34 262,48 260,10 268,02 256,64 260,51


Café

dos no físico, com receio de que a totalidade do café atrelado àquelas opções seja entregue ao governo. Agentes acreditam que há chances de os lotes referentes ao primeiro vencimento (novembro) não serem entregues ao governo caso o preço no físico esteja por volta de R$ 280,00/saca de 60 kg. Este valor é considerado suficiente para que a venda no físico seja mais atrativa levando-se em conta o prêmio de cerca de R$ 9,50/sc do primeiro leilão e o elevado gasto com maquinação. Já para os vencimentos seguintes (janeiro, fevereiro e março), considerando-se o pequeno ágio sobre o prêmio dos leilões de opções e também os custos de beneficiamento, a base no físico seria por volta de R$ 300,00/sc para que a entrega ao governo não seja concretizada. Já entre os fatores que ainda limitam a alta interna do produto está a fraqueza do dólar frente ao Real. A desvalorização da moeda norte-americana tem limitado as movimentações, sobretudo por parte de exportadores. Apesar de, como se sabe, o mercado cafeeiro

ser historicamente marcado por oscilações de preços de difícil previsão, a expectativa é de que, no médio prazo, os preços avancem no físico brasileiro. Essa projeção dependerá, porém, do câmbio e do desempenho do mercado internacional (bolsa de Londres e de Nova York).

Preço pouco remunerador retrai venda de café

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

19


Café

Tendências de Mercado e seus Efeitos no Processamento de Café Agregar valor ao café e maximizar receitas é essencial em tempos de crise Carlos Henrique Jorge Brando P&A Marketing Internacional

A agregação de valor ao café verde tem sido tradicionalmente associada a grãos de alta qualidade. Entretanto, mudanças nos hábitos de consumo e as condições de colheita pedem agora por agregação de valor tanto a cafés de alta quanto de baixa qualidade, com a finalidade de maximizar a receita dos produtores e de atender às expectativas do mercado. Se olharmos para os últimos 5 anos, veremos o quanto as coisas mudaram, especialmente no quesito processamento úmido de café. Vamos analisar as tendências de mercado e como elas afetam o processamento num país como o Brasil, onde a colheita está se tornando cada vez mais cara, devido à escassez de mão-de-obra e seus custos, e a rentabilidade também está sendo reduzida devido aos altos preços de fertilizantes e outros insumos. O espresso, a forma de preparação de café que mais cresce no mundo, está utilizando extração com pressões cada vez mais intensas, as quais enfatizam defeitos que não eram tão notados anteriormente, especialmente a adstringência, que deriva de cerejas que não atingiram a maturação completa. Como 20

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

resultado, a separação das cerejas imaturas com o uso de máquinas já não é mais o suficiente. Novos procedimentos para separação mecânica devem ser usados para assegurar que somente cerejas 100% maduras sejam despolpadas. Ao contrário das cerejas imaturas, aquelas parcialmente maduras não podem ser separadas segundo um critério visual. O grau de maturação da cereja é o melhor indicador de qualidade. O mercado demanda cada vez mais pergaminho de primeira qualidade que deriva de cerejas 100% maduras para assegurar que a xícara esteja livre de qualquer vestígio de adstringência. O pergaminho de segunda qualidade será produzido a partir de cerejas parcialmente maduras enquanto as cerejas imaturas (verdes) podem ser despolpadas através de técnicas especiais para produzir uma terceira qualidade de pergaminho. Enquanto o pergaminho de qualidade está alcançando preços cada vez melhores, como resultado dos excelentes diferenciais para os cafés suaves, as qualidades mais baixas de pergaminho terão que encontrar seu caminho em novos mercados e na forma de novos pro-

dutos. Estes “novos” produtos podem ser vendidos nos próprios países produtores, isto é, no mercado interno, especialmente para consumidores de menor renda, que geralmente constituem a maioria e não tem acesso aos produtos de melhor qualidade, com preços mais altos. Isto cria oportunidades interessantes para a agregação de valor em países de origem, a exemplo do Brasil, por meio da torrefação, distribuição e varejo. Este tipo de agregação de valor é muito difícil de ser feito em países importadores, que são dominados por marcas fortes de café. A promoção do consumo de café no mercado doméstico passa, então, a ser um grande instrumento que permite agregar valor a produtos de menor qualidade, assegurando, assim, a sustentabilidade do negócio café. Encontrar maneiras de agregar valor ao café e maximizar receitas é essencial em tempos difíceis como os que enfrentamos atualmente. Para tanto, há que se estar sempre atento e adequar-se aos novos cenários econômicos e às mudanças nos hábitos de consumo, que paulatinamente alteram o cenário da cafeicultura mundial.


Café

As certificações e o futuro Dois tópicos devem ser levados em conta quando o assunto é certificação

Maria Sylvia Macchione Saes Profa. da FEA/USP, Pesquisadora do PENSA

Bruno Varella Miranda Bacharel Relações Internacionais pela USP e Pesquisador do PENSA

É crescente a influência das certificações na organização do mercado cafeeiro internacional. Em praticamente todos os países do Hemisfério Norte, uma rápida ida aos supermercados oferece importantes evidências desse quadro. Na atualidade, numerosas indicações competem por espaço nas embalagens dos produtos, em um movimento nem sempre harmonioso. Dedicados a mensurar os mais variados atributos, esses selos vêm sendo apontados como uma possível saída na busca pelo aumento da participação dos cafeicultores na renda total gerada pela cadeia do café. Entretanto, certificação alguma possui poderes mágicos, de modo que sua instituição não implica resultados óbvios. Neste artigo, apresentaremos de forma rápida dois tópicos que devem ser levados em conta quando o assunto é certificação. Ambos se relacionam ao papel destas na viabilização de uma inserção diferenciada dos cafeicultores na cadeia do produto.

sas realizadas nos EUA mostram que, em um supermercado, os consumidores não ficam mais do que 20 segundos observando as gôndolas dedicadas à exposição das diversas marcas de café. Dessa maneira, sua decisão é anterior à entrada nesse recinto. A compra por impulso ocorre mais pela novidade do que pela informação que uma determinada embalagem fornece. Em grande parte, o sucesso de uma certificação está ligado à capacidade de seus participantes de informarem os consumidores em um momento anterior ao da compra. Fenômenos, como a expansão das vendas de café Fairtrade na Europa, estiveram ligados a uma intensa campanha de esclarecimento à população. Assim, o crescimento desordenado dos selos pode comprometer a capacidade das pessoas de identificarem a qualidade mensurada em cada caso, e consequentemente, sua predisposição a gastar algo a mais por isso.

heterogeneidade observada nos resultados colhidos pelos cafeicultores ligados a um mesmo sistema parece contradizer essa hipótese. De fato, a certificação constitui apenas uma porta de entrada para um mercado diferenciado. No entanto, tal requisito não garante resultados acima da média. Pelo contrário, inexiste selo perfeito. Logo, a dinâmica dos mercados organizados por uma certificação é condicionada não apenas por aquilo que o selo mensura. Mais importante tem sido o que os compradores demandam, algo que não raramente os administradores de uma certificação são incapazes de traduzir em regras objetivas.

?

Uma porta de entrada

Por trás de uma certificação, a riqueza de detalhes existentes Achar que a mera adição de geralmente é considerável. Teorinovos símbolos em uma embalagem camente, um selo igualaria o café tornará um produto mais cobiçado produzido por todos os produtores pelos compradores é errado. Pesqui- certificados. Na prática, porém, a

Informar é preciso

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

21


Café

O valor simbólico de uma bebida O hábito de apreciar o café retoma seu glamour na sociedade contemporânea

Celso Vegro Pesquisador Certificado IEA

Nas grandes cidades brasileiras constata-se um relativo empobrecimento da vida social. A sensação de isolamento parece correlacionar-se com o grau de densidade populacional vigente, algumas vezes acentuado tanto pelos elevados índices de violência registrados quanto pela escalada fabulosa dos congestionamentos de veículos. Na mesma proporção em que se erodem as formas de convívio social são recriados outros hábitos comportamentais que buscam justamente preencher tal lacuna. Dirigir-se a uma cafeteria, aparentemente, insere-se dentro do campo das novas condutas. Outro fenômeno fundamental consiste na modificação do ato de consumir de simples atendimento das necessidades existenciais da vida para um novo domínio, em que são valorizados aspectos sócioculturais, em que o prazer reina supremo. Por não ser de um alimento, mas de uma bebida que concede satisfação a quem dela se serve, o café promove o desejado prazer individual que atualmente determina a maneira de se consumir. Ao contrário do consumo das bebidas espirituosas, cuja pos22

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

sibilidade de perda do autocontrole está sempre à espreita, o hábito de apreciar café em estabelecimentos especializados encoraja com vigor a atividade intelectual e o intercâmbio das idéias, remetendo o momento atual, de disseminação epidêmica dos pontos que servem a bebida, às origens desse hábito no ocidente. Não é demais lembrar que, sob o teto de alguma casa de café européia, foram lançados desde revoluções até novas teorias que transformaram a compreensão do homem sobre o universo e sobre si mesmo. Potencializado pela inserção nos domínios da tecnologia da informação (nos chamados cybercafés), o hábito de freqüentar uma cafeteria ainda guarda muito daquilo que foi o principal apelo dos primeiros cafés públicos seiscentistas. O café encaixa-se perfeitamente na lógica de consumo presente nos estabelecimentos que atuam no ramo da alimentação (bares, padarias, lanchonetes, cafeterias, quiosques e restaurantes). É talvez aquele que melhor simbolize a imagem de tais estabelecimentos. Tal hipótese pode ser em parte confirmada, a partir da existência

de pontos de degustação de café ao longo de praticamente todos os andares dos shoppings centers, não se limitando exclusivamente às praças de alimentação. O aroma do café é quase irresistível e, em se havendo uma companhia agradável, a possibilidade de apreciação de uma xícara tem um apelo irrevogável. Assim, combinado às sensações prazerosas ao ser consumido (tanto gustativas como aromáticas) com seu efeito estimulante, aliadas ainda ao ritual específico da preparação (quando há um barista capacitado para esse fim), o café propicia momentos de sociabilidade e de


Café

pausa durante a jornada de trabalho, em geral, estafante. E, particularmente, no caso dos moradores dos grandes centros urbanos, concede alívio frente aos penosos deslocamentos em âmbito de suas cidades. O fenômeno de reglamurização do hábito em apreciar café é, sobretudo, um despertar para o monumental conteúdo simbólico e para sua vital importância no estilo de vida da sociedade contemporânea. Não se deve surpreender se cada vez mais esse significado imaterial do produto café venha crescentemente a pautar as transações comerciais. O atual discurso e o empenho prático pela busca da qualidade nada mais representa do que o fortalecimento dessa dinâmi-

ca simbólica do café. O hábito de consumir café exibe sinais de crescente aceitação. As taxas de crescimento, observadas na rápida difusão dessa preferência, tornou-a invejável por todas as demais atividades de cunho econômico. O fenômeno de reglamurização do café constitui-se numa poderosa alavanca para a disseminação ampliada desse precioso hábito. No mundo inteiro, o potencial de negócios representado pelo serviço de café tem atraído a atenção dos empreendedores. A todo instante surgem novos pontos de degustação da bebida, tanto patrocinado por consolidadas redes como por iniciativas autônomas que, em alguns casos, alcançam

padrões de requinte inimagináveis. Ainda que, a etapa atual esteja permeada pela crise econômica, a sensação prevalecente é a de que se trata de fase eminentemente passageira. A cidade de São Paulo, por exemplo, pode se arvorar ao ostentar o título de mais importante capital do hábito de consumir café no Hemisfério Sul. A grande quantidade de xícaras consumidas diariamente nessa mancha urbana a conduz para posição de destaque no mundo. Excetuando-se Nova Iorque, não há outra cidade capaz de ombrear as cerca de 25 milhões de xícaras, exclusivamente, consumidas, ao dia, fora do lar em São Paulo.

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

23


Café

Leilão de Opções Públicas do Governo Federal Cooperados devem estar atentos as datas de manifestação do exercício Plaucius F. Seixas Coordenador de Operações Café

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), lançaram no mês de julho de 2009 o Programa de Opções Públicas do Governo Federal. Foram realizados quatro leilões com a venda de um total de 3 milhões de sacas de café, sendo 1 milhão no primeiro leilão que ocorreu dia 15/07/2009, seguindo o Aviso de Venda de Contrato de Opção de Venda de Café Nº 203/09 e, mais 2 milhões de sacas nos outros três leilões (2º, 3º e 4º) que aconteceram todos no dia 22/07/2009, seguindo o Aviso Nº 216/09. O prêmio total contemplou o valor de arremate no leilão mais taxa de registro (CETIP) e taxa de corretagem, portanto, o prêmio total para o 1º Leilão foi de

24

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

R$ 10,00/saca e para os demais leilões foi de R$ 2,10/saca. Vale ressaltar que se o café for entregue à Conab, deverá ser da safra comercial 2009/2010, tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86 defeitos, peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento, teor de umidade de até 12,5% e acondicionado em sacaria de junta

nova de 500 gramas (que será indenizada pela Conab). Nosso cooperado deve estar ciente do volume que arrematou em cada leilão, quitar os prêmios totais e estar atento as datas de manifestação do interesse de exercício das opções de cada leilão, conforme descritas na tabela abaixo.

Tabela resumo dos 4 leilões 1º

Mês de exercício

Nov/2009

Jan/2010

Fev/2010

Mar/2010

Preço exercício/saca

R$ 303,50

R$ 309,00

R$ 311,70

R$ 314,40

Valor prêmio + taxas

R$ 10,00

R$ 2,10

R$ 2,10

R$ 2,10

Data pagamento do prêmio

27/07/09

29/07/09

29/07/09

29/07/09

Data manifestação exercício até 11/11/09

até 11/01/10

até 11/02/10

até 11/03/10

Entrega do café

16 a 30/11/09

18 a 29/01/10

17 a 26/02/10 16 a 30/03/10

Recebimento

01 a 15/12/09

01 a 15/02/10

01 a 15/03/10 01 a 15/04/10

Leilão


Técnico

Cuidados no manejo da adubação do cafeeiro Análise de solo é fundamental, mas deve ser usada corretamente Saulo C. Faleiros Eng. Agrônomo Cocapec

Alex P. Faleiros Tec. Agrícola Cocapec

Ao término da colheita que se aproxima encerramos mais um ano agrícola e, conjuntamente, iniciamos os planejamentos necessários para a boa condução das lavouras para a próxima safra. Cabe ao produtor buscar, neste momento, se planejar o máximo possível, buscando alternativas técnicas, administrativas e financeiras que possam melhorar a rentabilidade tímida que a cafeicultura tem proporcionado nos últimos tempos. Em especial nesta última safra em que o produtor amargou altos custos de produção, principalmente com fertilizantes. Estas dificuldades

significativa nos custos de produção. É sabido pela grande maioria dos produtores, que a análise de solo e folha são ferramentas fundamentais, para elaboração do diagnóstico da condução da fertilidade e a avaliação do estado nutricional das culturas. Porém, devem ser utilizados de forma correta e nunca de forma isolada, portanto, o primeiro passo, e um dos mais importantes, é a coleta das amostras que devem ser feitas com cuidado, para evitar erros nos resultados (busque informações na cooperativa sobre a maneira corTrado para retirada de amostra de solo reta de coletar as amostras de solo). foram ainda mais acentuadas, pela É necessário, que o produtor juntaescassez de créditos, baixos preços mente com o técnico, considere as pago pelo café no mercado físico informações que dão sustentação e poucas alternativas de venda no para correta interpretação da anámercado futuro e CPRs. Mas dian- lise e recomendação de calagem e te de tantas barreiras, os produtores, adubação. A simples comparação de principalmente aqueles organizados um resultado de análise de solo com em cooperativas, têm demonstrado o conteúdo de uma tabela não é a um alto grau de profissionalismo, melhor opção. O produtor deve passar ao que faz com que eles permaneçam engenheiro agrônomo responsável, na atividade. Novamente, discorreremos o máximo de informações possível alguns pontos importantes que de- sobre o histórico da área e da lavouvem ser levados em consideração no ra, em relação aos últimos manejos momento de definir as adubações a que foram executados, as produtiviserem praticadas, uma vez que os dades médias dos últimos anos e a fertilizantes contribuem de forma previsão para o próximo ano. Além Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

25


Técnico

disso, informações sobre a capacidade do produtor em investir na cultura, neste caso, com fertilizantes, devem ser levadas em conta, para que o técnico oriente a melhor forma de manter o equilíbrio nutricional da cultura com os recursos financeiros disponíveis. A análise de solo isolada destas informações básicas se torna uma ferramenta que pode levar a uma recomendação deficitária e, que muitas vezes, não é seguida pelos produtores na prática. Por isso, reforçamos que o alinhamento do técnico com o produtor deve ser evidente, para que os objetivos sejam alcançados. Desta forma, as análises de solo serão bem interpretadas e, consequentemente, as recomendações terão maiores chances de atender as necessidades da cultura de forma viável para cada produtor. Talvez, esta falta de compreensão por ambas as partes (produtor e técnico) seja a principal causa de sucesso nas adubações, quando comparado com a média.

26

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

De posse das recomendações passamos para a execução da aplicação dos corretivos e fertilizantes, e aqui temos que levar em consideração os cuidados com as dosagens recomendadas, a época e o local de aplicação de cada fertilizante. Os nutrientes apresentam comportamentos diferentes quando no solo, alguns têm mais mobilidade e outros não, por exemplo, o fósforo, comumente fornecido através dos fertilizantes super simples, fosfatos naturais e termofosfatos apresentam baixíssima capacidade de se movimentar no solo e, por isso, devem ser aplicados o mais próximo possivel das raízes, caso contrário, a absorção será prejudicada. Já, quando avaliamos o potássio comumente fornecido pelo cloreto de potássio e o nitrogênio obtido via uréia, nitrato, sulfato de amônio e outras fontes apresentam uma maior solubilidade e mobilidade no solo, sendo absorvidos pelas raízes com mais facilidade, por estarem dissolvidos em uma

porção de solo maior. Estes simples conhecimentos do comportamento de cada nutriente no solo podem melhorar muito a eficiência da adubação. Outro ponto que deve ser avaliado com cuidado é o pH do solo, informação esta que nos indica a acidez. A absorção de alguns nutrientes é reduzida drasticamente quando o pH do solo está ácido, por isso a correção é importantíssima, caso contrário, o produtor se torna pouco eficiente no retorno de todo o investimento feito com fertilizante. É pena que, ainda hoje, alguns produtores não se atentem a isso e não fazem as correções necessárias, deixando de aplicar insumos como o calcário, que tem um custo extremamente baixo quando comparado com outros insumos, mas que é um dos grandes responsáveis por melhorar muitos parâmetros químicos no solo, além de ser a fonte mais importante de cálcio e magnésio, nutrientes bastante exigidos pelo cafeeiro.


Técnico

Outro fator de grande importância para a melhoria do solo, manutenção da cultura e, consequentemente, aumento de produtividade é o emprego de matéria orgânica, que vem sendo pouco utilizada pelos cafeicultores. A matéria orgânica se decompõe nos solos tropicais com grande rapidez e sua falta prejudica o solo física, química e biologicamente, resultando em quedas na produtividade. Os teores de nutrientes dos adubos orgânicos, geralmente, são mais baixos quando comparados com os químicos, devendo então, serem utilizados em maiores quantidades. Mas vale lembrar que são extremamente importantes não só pelo teor de nutrientes, mas também pelos efeitos favoráveis que proporcionam ao solo, sendo fonte de energia para os microorganismos benéficos, melhorando a estrutura física com arejamento e aumento da capacidade de armazenar umidade,

colaboram com a manutenção da temperatura do solo e evitam perdas de alguns nutrientes como potássio, cálcio e magnésio através da lixiviação, reduz a fixação do fósforo, deixando estes nutrientes prontamente disponíveis as plantas. A decomposição da matéria orgânica melhora significativamente o aproveitamento de todos os nutrientes empregados em forma de adubação química, e alguns produtos de decomposição da matéria orgânica tem efeito estimulante para o desenvolvimento das raízes. Sabendo de todas as vantagens proporcionadas pelo uso da matéria orgânica, fica nítido que seu emprego resultará em aumento de produtividade. Existem diversas fontes de matéria orgânica, sendo as principais: os estercos de bovinos, aves, suínos, o mato quando bem manejado nas entrelinhas, o uso de materiais vegetais que proporcionam a adubação verde e os compostos orgânicos

que podem ser feitos na própria propriedade ou adquiridos de empresas especializadas, neste último caso, procure por empresas idôneas que respeitam todos os itens de compostagem, desde a procedência das matérias primas utilizadas, bem como as relações de nutrientes e o teor de umidade, garantindo o resultado da aplicação. Portanto, o produtor deve sempre lembrar que a adubação consiste em várias fases. Inicia com a correta amostragem do solo, envio das amostras para um laboratório (de preferência para os que possuem controle de qualidade) que ofereça segurança nos resultados, interpretação por técnico capacitado que conheça a cultura e tenha o máximo de informações possíveis, correção do solo e, finalmente, aplicação dos nutrientes de forma química e orgânica. Se assim for feito, as chances de obter sucesso são mais elevadas e o insucesso e desperdício ficarão fora da realidade da propriedade.

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

27


Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca e na filial mineira de Capetinga. Os dados apresentados fazem um comparativo dos últimos cinco anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2005 2006 2007 2008 2009 Média

307 283 545 325 382 368

132 327 175 230 228 218

194 178 113 128 282 179

11 19 117 108 53 62

152 2 45 38 58 59

21 16 4 32 32 21

17 6 72 0 21 23

0 33 0 26

134 31 3 39

162 355 75 87

300 330 190 168

266 328 273 410

15

52

170

247

319

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Ano 2005 2006 2007 2008 2009 Média

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

504 279 111 591 251 144 745 238 135 573 236 116 354 249 286 553,4 250,6 158,4

56 54 66 78

152 5 61 40 54 62,4

0 20 0 5 21 9

10 0 0 0 0 5,4

0 28 0 26

110 93 69 37

188 319 58 113

280 285 217 222

236 443 280 428

13,5

77,25

169,5

165 83,8

*Dados em milímetros obtidos na Filial da Cocapec em Capetinga, MG 28

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

251 346,8


Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F. ***Média do mês até data de fechamento desta edição (17/08)

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F** 2008

2009

R$

US$

R$

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

267,84 285,19 263,28 256,35 254,84 255,76 250,52 248,86 261,58 256,84 261,28 261,18

US$

150,95 165,21 154,25 151,93 153,56 158,03 157,47 154,29 145,56 118,00 115,06 108,96

268,10 269,34 262,46 260,10 268,02 257,19 247,50 258,40***

116,04 116,44 113,54 117,99 130,09 131,23 128,23 140,88***

Média Anual

260,29

144,44

261,39

124,31

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor ** Escola Superior de Agronomia Luiz Queiroz / Bolsa de Mercadorias e Futuros

Média mensal do preço* de Boi

Média mensal do preço* de Soja 2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto*** Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,87

21,30 20,57 19,62 21,75 24,45 25,46 24,77 26,64

48,38

23,07

Média mensal do preço* de Milho

2009 R$

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto*** Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2009

US$

84,01 81,54 77,54 87,88 79,47 80,85 81,40 78,41

36,38 35,25 33,53 39,68 38,58 41,26 42,17 42,75

81,39

38,70

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto*** Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,58 19,52

10,25 9,63 8,92 9,66 10,80 11,35 10,66 10,64

21,55

10,24

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

29


Gis / Cadastro

Cocapec inicia trabalho com novas imagens de satélite Resolução que será utilizada representa um ganho significativo Victor Alexandre Ferreira Coordenador GIS/Cadastro

A Cocapec, no mês de julho, adquiriu imagens de satélites que ao todo compõe a região de atuação da cooperativa. Já há algum tempo, o setor Gis-Cadastro, estava cotando vários fornecedores para encontrar uma melhor forma de conseguir estas imagens, de uma maneira que não custasse tanto e que trouxesse os benefícios necessários. O mosaico das cenas adquiridas é composto por imagens CBERS 2B com resolução de 2,7m por pixel (cada pixel da imagem possui 2,7m de lado), ou seja, a imagem é capaz de identificar objetos maiores que 2,7m na superfície terrestre. Datadas do segundo semestre de 2008 e primeiro semestre de 2009, as imagens farão parte do acervo da Cocapec, que possui imagens LandSat 7 e LandSat 5, desde 2000. Com estas aquisições houve um ganho significativo na qualidade da imagens, já que passamos da 30

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

resolução de 15m (Imagem Landsat) para resolução espacial de 2,7m, “Tínhamos uma miopia de 15, fizemos uma operação nas vistas onde a diminuímos para 2,7m”, comenta Ricardo Lima, Diretor Secretário, fazendo uma analogia sobre a resolução da imagem. O programa CBERS (China – Brasil Earth Resources Satellite ou, em português, Satélite SinoBrasileiro de Recursos Terrestres), foi implantado em 1988 após parceria assinada entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) do Brasil e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), num convênio técnico-científico binacional envolvendo os dois países. A missão CBERS mantém três satélites de observação terrestre em órbita: o CBERS – 1 (lançado em 1999 e inativo desde 2003), o CBERS – 2 (lançado em 2003) e o CBERS - 2B (lançado em 2007).

Inicialmente o programa previa o desenvolvimento e construção de apenas dois satélites de sensoriamento remoto e, devido ao sucesso da missão, em 2002 foi assinado um acordo para continuidade do programa, que ainda prevê o lançamento de mais dois satélites a partir de 2010: o CBERS – 3 e o CBERS – 4. Os sensores desses satélites podem cobrir todo o planeta em 5 dias e produzir informações mais detalhadas. Recentemente lançado, o CBERS – 2B inovou em relação aos seus antecessores por incluir em sua carga-útil o sensor HRC que oferece imagens com resolução espacial de 2,7m. As novas imagens possibilitarão a elaboração de diversos trabalhos sem sair do escritório, gerando ganho de tempo, economia e melhor precisão. As correções dos antigos trabalhos, já estão em andamento e a melhora do resultado


Gis / Cadastro

é visível. O processo de adequação das imagens, do seu formato bruto até estar apta ao uso, é demorado, por isso as cenas da imagem estão sendo enviadas, pelo fornecedor, aos poucos. No momento a Cocapec tem aproximadamente 40% da região coberta pelas novas imagens. Entre outras funções, as novas imagens, possibilitarão que o levantamento do parque cafeeiro da região de atuação da Cocapec, seja feito com maior assertividade, diminuindo, consequentemente, a margem de erro da estimativa de safra de café. A Cocapec busca se adequar as evoluções tecnológicas corriqueiras no mundo de hoje e estas, com certeza, vem para melhorar os serviços prestados pela cooperativa.

Comparativo de imagens

Nova imagem CBERS 2B com resolução de 2,7m por pixel (cada pixel da imagem possui 2,7m de lado). Capaz de identificar objetos maiores que 2,7 metros na superficie terrestre.

Imagem LANDSAT 7 com resolução de 15 metros que faz parte do acervo da Cocapec iniciado em 2000. Observe a diferença na qualidade das imagens acima.

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

31


Parabéns pelo Espírito Cooperativista Ednéia Ap. V. B. Almeida Diretora Crédito Rural da Cocapec

É comemorado no primeiro sábado de julho, “O Dia Internacional do Cooperativismo”. Originalmente denominado “Dia da Cooperação”, foi instituído em 1923, no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional - ACI, como o dia da confraternização de todos os povos ligados pelo cooperativismo. O Cooperativismo nasceu fundamentalmente da consciência cívica e democrática de um grupo de cidadãos para o fato de que era possível, com o espírito de ajuda mútua, igualdade, associativismo e autogestão enfrentar, em conjunto, um sistema econômico, caracterizado por acentuadas desigualdades sociais, sendo não só possível enfrentá-lo como também amenizálo. Os valores de ajuda mútua, solidariedade e participação democrática cultivados pelos tecelões ingleses em 1844 no bairro de Rochdale, em Manchester (Inglaterra), que buscavam naquele momento uma alternativa econômica para atuarem no mercado, frente ao capitalismo ganancioso que os submetia a preços abusivos, exploração da jornada de trabalho de mulheres 32

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

e crianças e, do desemprego crescente advindo da revolução industrial, são tão fundamentais que, mesmo passados mais de 150 anos, permanecem como cerne desse movimento que se expandiu pelo mundo através dos tempos e em diferentes campos da atividade humana. Enfrentamos hoje, a vivência numa sociedade, onde as pessoas buscam uma saída, uma luz no fim do túnel, e assim uma nova consciência se desenvolve entre os povos. O ser humano começa a sentir necessidade da ajuda mútua e a perceber que isolado não é possível ser feliz. E aí, o cooperativismo se apresenta como uma alternativa econômica, com fins sociais e humanitários. As cooperativas oferecem oportunidades para que cada ser humano possa mudar a própria vida e em consequência, o cenário econômico e social do mundo. Segundo a Lei 5.764/71, celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. As cooperativas são sociedades

de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados. O quadro social de uma cooperativa deve estar imbuído do espírito cooperativista, ou seja, deve estar disposto a construir uma sociedade melhor, baseada em valores nobres de ajuda mútua, solidariedade, igualdade de direitos e deveres, responsabilidade e compromisso. É com esse espírito cooperativista que a CREDICOCAPEC vem cumprimentar, você cooperado e sua família que é parte integrante dessa fórmula democrática para a solução de problemas sócioeconômicos.

Dicionário de Economia Ativo Conjunto de bens e créditos que formam o patrimônio de um sujeito econômico.

COPOM Contrapartida do ativo, no balanço de um sujeito econômico. Compreende basicamente as obrigações a pagar, isto é, as quantidades que a empresa deve a terceiros: títulos a pagar, contas a pagar, fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar, hipotecas a pagar, etc.


BALANÇO PATRIMONIAL - JUNHO/2009 Disponibilidade

227.575,11

Caixa Depósitos Bancários

227.167,01 408,10

Relações Interfinanceiras

36.258.022,36

Centralização Financeira Operações de Crédito Adiantamentos a Depositantes Empréstimos e Títulos Descontados Financiamentos Rurais Financiamentos Rurais Provisão para Empréstimos/ Títulos Provisão para Financiamentos

36.258.022,36

41.288.036,75

66.682,55 12.049.742,45 6.508.432,60 23.223.463,67 (346.968,05) (213.316,47)

Outros Créditos

418.996,97

Rendas a Receber Adiantamentos e Antecipações Adiantamentos para Pagamentos Devedores para Depósitos em Garantia Títulos e Créditos a Receber Devedores Diversos - País

20,13 21.993,77 200,00 395.510,07 43,00 1.230,00

Permanente

2.681.487,56

Investimentos Ações e Cotas Central Imobilizado de Uso Móveis e Equipamentos Depreciação Acumulada Equipamentos Sistema de Processamento de Dados Sistema de Segurança Depreciação

Total do Ativo

2.426.326,68 2.426.326,68 136.160,88 114.220,13 (57.477,60) 8.501,30 217.622,01 22.511,94 (169.216,90)

80.874.118,75

Depósitos

38.826.368,12

Física Jurídica Depósito a Prazo Outros Depósitos

6.393.972,63 983.024,21 30.373.077,20 1.076.294,08

Relações

0,00

Concessionários de Serviços

0,00

Obrigações por Empréstimos e Repasses

23.891.065,05

Empréstimos no País - Outras Obrigações Repasses

23.860.918,47 30.146,58

Outras Obrigações

794.282,46

I.O.F. a Recolher FATES Cotas de Capital a Pagar Impostos / Contribuições a Recolher Provisão Riscos Fiscais Cheques Administrativos Provisão Pagamentos a Efetuar Credores Diversos

10.511,51 182.547,26 3.183,72 27.925,91 395.510,07 3.221,09 97.953,66 73.429,24

Patrimônio Líquido

17.362.403,12

Capital Social Reserva Legal Sobras/ Perdas Acumuladas

8.224.149,34 7.563.105,30 1.575.148,48

Receitas Operacionais Despesas Operacionais

5.754.684,92 (4.179.536,44)

Total do Passivo

80.874.118,75

José Amâncio de Castro

Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida

Diretor Presidente

Diretora de Crédito Rural

Carlos Yoshiyuki Sato

Hiroshi Ushiroji

Diretor Administrativo

Contador CRC-SP-1SP-163838/0-3

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

33


GIS/Cadastro Victor Alexandre Ferreira Coordenador GIS/Cadastro

A pouco mais de um ano Enquanto o setor de Caa Cocapec uniu dois setores para dastro é parte essencial da Cocapec atender as necessidades da coope- desde sua fundação, o trabalho derativa e principalmente dos coope- senvolvido com tecnologia de inrados. Dois setores que são muito formação, denominado Sistemas de importantes para o bom funciona- Informações Geográficas (SIG ou mento da empresa. O objetivo do GIS), iniciou-se em maio de 2000. GIS-Cadastro é gerar um banco de Através desta ferramenta dados de seus cooperados e parcei- que foi possível iniciar o trabalho de ros, possibilitando as negociações “Levantamento da área total de café entre ambos e gerarando informa- da região de atuação da Cocapec”, ções a partir de dados georreferen- realizado anualmente pela cooperaciados. A importância do banco de tiva. dados é representar a realidade com um mínimo de margem de erro, por Funções e Serviços do setor: isso esse processo não tem fim, pois • Levantar as áreas de café da região; as informações mudam constante- • Elaborar anualmente a Estimativa mente. de Safra de Café da região de atua-

ção da Cocapec; • Gerar mapas temáticos, tais como: mapas de talhonamento das propriedades cafeeiras, mapas de novos cooperados, mapas de adubação, projetos de plantio, mapas para financiamentos rurais, levantamentos ambientais, entre outros; • Cadastrar cooperados, clientes e parceiros; • Gerar um sólido histórico de dados e informações sobre cooperados, clientes e parceiros; • Gerenciar os planos de saúde dos cooperados da Cocapec.

Contatos: Coordenador Victor Alexandre – (16) 3711-6235 giscadastro@cocapec.com.br

Colaboradores Danilo Gimenes – (16) 3711-6235 cpc@cocapec.com.br Guilherme Jacintho – (16) 3711-6235 apoio.gis@cocapec.com.br Juliana Cristina – (16) 3711-6254 setor.cadastro2@cocapec.com.br Letícia Marangoni – (16) 3711-6266 setor.cadastro3@cocapec.com.br Equipe de colaboradores do setor GIS/Cadastro

34

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009


Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009

35


36

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2009


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.