Revista Cocapec 93

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Mala Direta Básica 9912250045/2010-DR/SPI

COCAPEC

Revista

Cocapec Ano 13 - Setembro/Outubro 2014 - nº 93 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Chegou

o formicida natural

Cooperativa participa de manifesto para declaração de estado de emergência sanitária para a broca

Transformação amplia benefícios e a qualidade dos serviços. Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT


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Cooperativa forte se faz com cooperados comprometidos

P

raticamente terminamos a colheita da safra de 2014. Um momento de incerteza que permeou produtores, cooperativas e principalmente o mercado durante todo este ano. A adversidade climática singular ocorrida nos primeiros meses já sinalizava que este seria um período de incertezas para o mercado. De acordo com informações do Cepea, divulgado pelo Balanço Semanal do CNC no final de agosto, a Alta Mogiana terá uma perda próxima de 15% frente a 50% em algumas localidades de Minas Gerais. Tivemos sim uma quebra, mas por conta do bom trabalho realizado nas lavouras pelos cafeicultores, o dano foi bem menor que em outras regiões. Por conta disso o recebimento de cafés nos armazéns da cooperativa está bastante intenso. Todo este cenário contribuiu para que as cotações se mantivessem acima dos R$ 400,00. Como no período anterior, a situação era um pouco diferente, muitos cooperados optaram em realizar a modalidade de Venda Futura de Café. E hoje, mesmo com preços mais remuneradores, os associados estão honrando os seus contratos o que aumenta a credibilidade da cooperativa perante aos seus compradores. Recentemente, no final de agosto, ocorreu o vencimento de produtos financiados pela cooperativa e, novamente os cooperados cumpriram com seus compromissos, fornecendo sustentação financeira para o crescimento do nosso negócio. O retorno deste panorama está nos investimentos entregues recentemente como poderemos ver a seguir nesta editoria. Começando pela autonomia em armazenagem alcançada pelas novas estruturas em Pedregulho, Capetinga e Cristais Paulista. Dessa forma a Cocapec tem condições de acomodar toda a produção em suas instalações garantindo a integridade e segurança dos cafés dos cooperados. O núcleo de Capetinga, reinaugurado em agosto, está mais amplo, moderno e mais do que nunca com condições de dar suporte para atividade cafeeira que cresce a cada ano naquela região. Apenas lembrando que a granelização já estava em operação na unidade antes mesmo da abertura oficial e com grande adesão por parte de todos. Em breve um Posto de Atendimento (PA) do Sicoob Credicocapec também entrará em funcionamento. Depois de mais de 10 anos de trabalho, correndo atrás de registros, autorizações e experimentos, finalmente a Bioisca é lançada. O produto, um formicida natural e único no mundo, é capaz de combater, de maneira eficaz, as formigas cortadeiras que tanto incomodam os cafeicultores e agora a solução chegou. Cooperados, como vimos as conquistas não param e o trabalho também não. Começaremos um novo ano agrícola, um novo ciclo. Novos desafios e necessidades virão, o que sabemos é que a força do conjunto superará qualquer adversidade.

Saudações cooperativistas

Carlos Yoshiyuki Sato Vice Presidente da Cocapec SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nº 93

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Expediente Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec Maurício Miarelli - Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Vice-presidente Alberto Rocchetti Netto - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Cyro Antônio Ramos Donizeti Moscardini Giane Bisco Ismar Coelho de Oliveira João Alves de Toledo Filho Nilton Messias de Almeida Conselho Fiscal Cocapec Airan Carrijo Cintra João José Cintra Zita Cintra Toledo Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052 Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 Diretoria Executiva Sicoob Credicocapec Ednéia A. Vieira Brentini de Almeida – Diretora Financeiro Hiroshi Ushiroji – Diretor Administrativo Divino de Carvalho Garcia – Diretor de Crédito Conselho Administrativo Sicoob Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato – Presidente Cyro Antônio Ramos – Vice Presidente Bernardo Antônio Salomão – Conselheiro Vogal Elbio Rodrigues Ales Filho – Conselheiro Vogal Geraldo Augusto Ferreira – Conselheiro Vogal Ismar Coelho de Oliveira – Conselheiro Vogal Paulo Henrique Andrade Correia – Conselheiro Vogal Conselho Fiscal Sicoob Credicocapec João José Cintra Luis Batista Cintra Ricardo Nunes Moscardini Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PA Capetinga (35) 3543-1572 PA Claraval (34) 3353-5359 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Pedregulho (16) 3171-2118 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291 revista@cocapec.com.br Diagramação BZ Propaganda & Marketing

ÍNDICE Negócios

Cooperativa entre as 1000 maiores empresas do Brasil Negócios

Autonomia na armazenagem é a mais nova conquista dos cooperados Técnica

Panorama da cafeicultura de Claraval Técnica

Importância dos tratamentos culturais pré florada Social

Dia C em Franca é um verdadeiro sucesso

Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781 Tiragem: 2.530 exemplares www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 93 SETEMBRO/OUTUBRO 2014

Produção Animal

Vacine seu cão e evite problemas

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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ESPECIAL

A Bioisca chegou O único formicida natural do mundo promete revolucionar o controle das formigas cortadeiras. Por Roberto Maegawa / Engenheiro Agrônomo Cocapec Rômulo Alves Tomaz / Assistente Técnico Cocapec

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epois de anos de trabalho a Cocapec lança a Bioisca, um formicida natural para o controle de formigas cortadeiras. A espécie está presente em áreas tropicais e subtropicais do continente americano em praticamente todos os tipos de culturas agrícolas. corta as folhas iniciando os danos econômicos, logo na terceira vez que isso acontece a planta morre. O único controle existente até agora era o químico, que, além de prejudicial ao meio ambiente, não elimina as formigas por completo, fazendo o problema persistir. Neste contexto a Bioisca surgiu como solução para estas duas situações. Produzida a partir de compostos de extratos naturais, ela extermina o formigueiro totalmente, matando inclusive a rainha, sem nenhum impacto ecológico. Até chegar neste ponto a jornada não foi fácil. Inúmeros foram os registros nos diversos órgãos federais até que a Bioisca fosse colocada à disposição dos cooperados, consumindo mais de 10 anos de trabalho. Para comprovar sua eficácia, o produto foi submetido, por mais de 8 anos, a vários testes em institutos como a Embrapa de Goiânia, renomadas reflorestadoras e clientes da agricultura orgânica. Em todos os casos os resultados foram positivos e satisfizeram as exigências para conquistar os registros. O projeto foi apresentado aos cooperados durante a Assembléia Geral Ordinária (AGO) de 2009. Na fase experimental, alguns associados utilizaram em suas lavouras e gostaram bastante do que viram. É o caso de Ismar Coelho de Oliveira, cafeicultor do município de Cristais Paulista/SP, ele diz que “o produto é espetacular, ele erradica o formigueiro por completo. Coloquei ele em diversos lugares como o pomar, lavoura e bosque, e o produto eliminou tudo. Eu tinha formigueiros de gerações passadas e agora finalmente o problema acabou. Recomendo que todos experimentem”. Veja ao lado como o produto funciona:

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Benefícios / vantagens 100% composto por extrato vegetal/natural (princípio ativo) + polpa cítrica Certificado para agricultura orgânica Atratividade garantida, sem rejeição das cortadeiras Carregamento total ?

Sem devolução Controle efetivo por saturação Não é tóxica ao aplicador Não contamina o meio ambiente Pode ser reaplicado sem intervalo de tempo Utilizada em qualquer período do ano Embalagem sachê impermeável ideal para períodos chuvosos Depois de aplicados os sachês as sobras podem ser redistribuídas evitando desperdícios. Controle efetivo do formigueiro.


ESPECIAL

• CONTROLE NATURAL PRESERVANDO O LUCRO • EFICIÊNCIA GARANTIDA PRESERVANDO A NATUREZA • NÃO FAZ MAL AO MEIO AMBIENTE E AO APLICADOR • CERTIFICADO PARA AGRICULTURA ORGÂNICA • REUTILIZAÇÃO QUE GERA EFICIÊNCIA E ECONOMIA

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MEDIDA EFICAZ AÇÃO

Inicialmente deve-se identificar a área do não m2, o que compreende Após a formigueiro primeiraemaplicação de Bioisca apenas as medidas do murundum, mas e o início do carregamento para o também a distância máxima atéverificar os olheiros formigueiro já é possível identificados. Multiplique a maior largura redução dos danos econômicos. pelo maior comprimento. identificado.

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Em poucos dias pode ser observado o abandono dos carreiros pelas formigas comprovando sua eficiência. A manutenção (dosagem e CARREIROS DE frequência) dasOLHEIRO aplicações de LIMPEZA Bioisca deve diminuir à proporção que diminui o seu carregamento. MURUNDUM Chamamos de SATURAÇÃO OLHEIRO DE ALIMENTAÇÃO o momento em que as formigas encerram o seu carregamento, Exemplo: (larg.) x 8m (compa ) =colônia 40 m2 neste5mponto toda está comprometida.

RAINHA

DOSAGEM Para cada m2 do formigueiro deve-se calcular 10g da BIOISCA. No caso de sachês (10g), basta espalhar a quantidade de sachês pelo número de olheiros proporcionalmente a largura do carreiro. Aplique diretamente a embalagem em cima dos olheiros de alimentação.

COMPRIMENTO

TOTAL

X m2

LARGURA

100 %

REAPLICAÇÃO Como não e possível precisar a população do formigueiro, reaplique o produto quantas vezes necessárias ate que as formigas parem de carregar.

Monitore o formigueiro até a SATURAÇÃO.

APLICAÇÃO As formigas cortam os sachês e carregam a BIOISCA para dentro do formigueiro até a sua SATURAÇÃO, ou seja, até que a BIOISCA esteja inserida na alimentação de toda a colônia, paralisando os danos econômicos.

Sachê Bioisca 10g

Exemplo:

sachê (10g) x 40 m2 = 40 sachêst

Aplique a embalagem em cima dos olheiros de alimentação.

SOBRAS Mesmo após a distribuição proporcional dos sachês nos olheiros, pode haver sobra de embalagens. Reaproveite em outros formigueiros, alcançando maior eficiência, economia e evitando desperdícios.

Use o sachê novamente em outros formigueiros.

Os sachês de Bioisca são cortados totalmente pelas formigas.

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ESPECIAL A cooperada Giane Bisco, de Franca/ SP, também é uma defensora da Bioisca. Ela utiliza o produto para testes em sua propriedade, desde 2008, e diz:

“Já no início percebemos os resultados positivos. A Bioisca é completamente diferente do que existe no mercado, percebemos que resolve de forma definitiva. O formigueiro não volta em duas semanas, como acontecia com outros. Estamos muito satisfeitos, atendeu completamente a necessidade, é um produto revolucionário”.

As formigas cortadeiras estão presentes em todas as culturas incluindo o café, provocando sérios danos na lavoura.

Já na primeira aplicação é possível perceber a redução dos danos econômicos. Em poucos dias os carreiros são abandonados. A Manutenção (dosagem e frequência) das aplicações deve diminuir na mesma proporção que o carregamento até o ponto que chamamos de saturação, quando a atividade para por completo. Neste ponto a colônia está comprometida e a Bioisca cumpriu sua função. A Bioisca já está disponível nas lojas Cocapec, mas por conta das características técnicas do produto a sua venda é assistida. Os agrônomos de campo e colaboradores foram capacitados para dar todo o suporte aos clientes. Novamente a Cocapec se empenhou para solucionar mais um problema de seus cooperados, no caso as formigas cortadeiras, que tanto prejudicam as lavouras cafeeiras, com isso contribuiu também com a agricultura como um todo. A persistência e dedicação dos envolvidos tornaram a Bioisca uma realidade e com certeza será um grande sucesso.

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ESPECIAL

Cocapec e Syngenta reúnem lideranças

“Foco no atendimento as necessidades dos cooperados permeou toda a conversa, destacando a importância do desenvolvimento de produtos/serviços diferenciados”.

Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec *Colaboração: Luiz Gustavo Andrade / Representante Técnico de Vendas Syngenta

A reunião foi a oportunidade para estreitar os laços comerciais e visualizar novos negócios.

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relacionamento é a chave de sucesso no mundo corporativo. Em se tratando do agronegócio, por conta das características culturais isso possui uma importância ainda maior. A Cocapec e Syngenta escalaram seus diretores, gerentes e demais colaboradores para um encontro ocorrido em

24 de julho. Passado o processo eleitoral na cooperativa, sentiu-se a necessidade do encontro para que todos se conhecessem e posteriormente traçar as diretrizes comerciais. O foco no atendimento as necessidades dos cooperados permeou toda a conversa, destacando a importância do desenvolvimento de produtos/serviços diferenciados.

O superintendente comercial da Cocapec, Ricardo Lima, foi o responsável pela apresentação da cooperativa.

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A cooperativa integra agora o Projeto Aliança da Syngenta que visa aumentar o relacionamento com as principais cooperativas parceiras. Dessa forma, a empresa direciona seus trabalhos mais alinhados as demandas das cooperativas.


NEGÓCIOS

Cooperativa entre as 1000 maiores empresas do Brasil Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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á muitos anos, o desempenho contábil da Cocapec é destaque em conceituados rankings. Um dos principais é o Valor 1000, criado pelo jornal Valor Econômico que todos os anos traçam, de acordo com os dados retroativos fornecidos pelas empresas, as maiores empresas do país. A Cocapec ocupa a 902º posição em uma lista que engloba empresas públicas, privadas, multinacionais e também cooperativas. As informações para definição da lista é de acordo com o desempenho das empresas em 2013, ano em que o campo puxou o Produto Interno Bruto Nacional (PIB), crescendo cerca de 3,56%, de acordo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) frente a 2,3% dos demais setores.

Conceituada revista na área da economia “Valor 1000” Edição 2014.

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NEGÓCIOS

Autonomia na armazenagem é a mais nova conquista dos cooperados Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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Alta Mogiana, em especial os cooperados da Cocapec, está ano a ano aumentando sua produtividade devido a diversas práticas culturais, muitas delas com o suporte da própria cooperativa. O parque cafeeiro da região hoje gira em torno de 60 mil hectares. Desse montante, aproximadamente 45 mil compreende a área dos associados. Mesmo com a previsão de quebra da safra, que deve girar em torno de 10%, a Cocapec deverá receber cerca de 1.300 milhão de sacas em 2014.

“Com exceção do ‘Armazéns Gerais’ em Franca, todas as outras bases são próprias”.

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Mas o que antes era um gargalo atualmente é motivo de satisfação. A cooperativa consegue finalmente absorver toda a produção de seus cooperados devido aos investimentos em armazenagens realizados durante os últimos anos. Desta maneira não é necessário alugar outros locais o que onerava altos custos e dificuldades na logística. A única exceção é o “Armazém Gerais” localizado em Franca Apenas em 2014, já entraram em operação 3 novas bases e juntas somam aproximadamente 15 mil m² com capacidade para 400 mil sacas. Além disso, todas elas estão preparadas para o recebimento através da granelização que é a forte tendência da cafeicultura. As estruturas possuem seguro e são certificados, garantindo tranquilidade aos produtores cooperados. Vale lembrar que os investimentos foram definidos em conjunto com o conselho administrativo e posteriormente colocados em votação em Assembleia Geral Ordinária, quando os membros da sociedade aprovaram as ampliações com recursos próprios. Em nenhum dos casos houve a necessidade de financiamento de instituições de fora.

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NEGÓCIOS Conheça os novos armazéns da Cocapec: Cristais Paulista:

Julho – As obras de piso e cobertura são finalizadas.

Agosto – Entra em operação e já recebe em torno de 30 mil sacas nos primeiros dias.

Setembro – Em pleno funcionamento já são mais de 140.000 sacas armazenadas.

Capetinga:

Janeiro – Antes mesmo da inauguração das dependências o sistema entrou em atividade.

Julho – O armazém está pronto a espera dos cafés deste ano.

Setembro – foram entregues cerca de 91.000 sacas.

Julho – Os big bags começam a tomar conta do novo espaço.

Setembro – A produção dos cooperados ocupa toda a capacidade do local.

Pedregulho:

Julho – Março – A estrutura é entregue e se prepara para safra 2014.

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NEGÓCIOS

Palestra Técnica mobiliza mais de 160 produtores na Porteira da Pedra e Ibiraci

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec *Colaboração de Paulo Roberto Martins Pimenta (Basf) e Roberto Nakamura (Valoriza)

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Comunidade Porteira da Pedra, no município de Claraval/MG e Ibiraci/MG receberam o evento “Palestra Técnica”, organizado pela Cocapec e as empresas parceiras Basf e Valoriza. Foram ao todo 160 pessoas, que acompanharam a palestra sobre a Importância da Pós-Colheita e Pré-florada passada pelo engenheiro agrônomo da Basf

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Paulo Roberto Martins Pimenta. Já o tema Importância da Adubação Orgânica, ficou a cargo do gerente da Valoriza Bruno Belmiro. A plateia atenta ouviu as explanações dos profissionais e tiraram suas dúvidas. Os engenheiros agrônomos da cooperativa acompanharam os encontros e deram todo o suporte para os cooperados, adaptando o conteúdo exposto à realidade de cada região.

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Os mais de 100 participantes receberam orientação de duas etapas importantes do cultivo: Pós Colheita e Pré Florada.

Um dos temas abordados foi a Adubação Orgânica, demonstrando alternativas para este procedimento. Estas ações são grandes oportunidades para aprimorar os conhecimentos além de fortalecer o relacionamento com a cooperativa e fornecedores.

“Platéia atenta ouviu as explanações dos profissionais e tiraram suas dúvidas”.



TÉCNICA

Panorama da cafeicultura

de Claraval

Felipe de Carlos Ferreira / Engenheiro Agrônomo / Uniagro Luciano Castagine Ferreira Coelho / Engenheiro Agrônomo / Uniagro

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Revista Cocapec inicia a partir desta edição uma série de reportagens sobre as 5 regiões que formam a área de abrangência da cooperativa. A intenção é mostrar que, mesmo não sendo muito extensa, a alta Mogiana possui uma cafeicultura com relativa diversidade em vários aspectos. A viagem começa por Claraval/ MG e quem conduz são os agrônomos de campo Felipe Ferreira e Luciano Coelho. A cidade está localizada no bioma do cerrado e faz divisa com o município paulista de Franca. Segundo a estimativa do IBGE para 2014, a população chega a 4.776 habitantes. Sua área total é de 227,627 km². Com um parque cafeeiro de 3 mil hectares, dos quais cerca de 2.500 são atendidos pela cooperativa,

o cultivo do grão é a principal atividade econômica rural da localidade. Em média são aproximadamente 8,3 hectares por cooperado, o que caracteriza agricultura familiar. Mas não ter grandes propriedades não significa produzir menos. Pelo contrário. A média por hectare chega a 36 sacas em anos de bienalidade alta. De forma geral as lavouras são bem conduzidas e todas elas são de “sequeiro”, ou seja, não possuem irrigação. O relevo é um desafio para mecanização. As altitudes começam com 600m, próximo ao rio Canoas, e superam os 1000m na divisa com Ibiraci/MG. Mesmo assim os equipamentos já estão em 80% dos trabalhos de colheita e chegam a 90% quando o assunto são os tratos culturais. Uma prática muito comum na região é

o aluguel de máquinas, ou seja, mesmo quem não as possuem consegue realizar os procedimentos automatizados. Além disso, essa modalidade traz um incremento a renda do produtor. A safra 2014 já foi toda colhida

“Com um parque cafeeiro de 3 mil hectares, dos quais cerca de 2.500 são atendidos pela cooperativa, o cultivo do grão é a principal atividade econômica rural da localidade”.

A Cocapec está presente na cidade há 27 anos e em 2013 inaugurou uma nova sede.

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TÉCNICA

restando apenas um pequeno percentual de café de varrição que deve ser concluído no final do mês. Desse montante, o núcleo da Cocapec na cidade recebeu cerca de 90 mil sacas dos cerca de 300 associados. Um fator observado nos 3 últimos anos é o crescente investimento em estrutura por parte dos produtores, principalmente em terreirão. O comportamento está relacionado com a preocupação em se produzir com mais qualidade e todos já visualizam como a estrutura de pós-colheita interfere no resultado. Em relação a pragas e doenças a região não difere das demais, estando assim nos padrões de controle. Vale lembrar que os produtores mineiros conseguiram o direito do uso de um novo produto de combate a broca que entrará em breve no mercado. Uma mudança significativa aconteceu em 2013 quando a Cocapec inaugurou suas novas instalações. A cooperativa colocou a disposição dos cafeicultores um armazém de mais de 3 mil m² e uma super loja de 760m² disponibilizando vários produtos como

Lavoura da região no período da adversidade climática do início do ano

insumos, peças e produtos veterinários. Regularmente novos produtores se associam a Cocapec e o município mineiro sempre entra com números expressivos. Isso mostra que a atividade na região é forte e a cooperativa faz diferença. Nesta edição conhecemos um pouco mais da cafeicultura de Claraval. Não perca as sequência desta série de reportagem nos próximos meses na Revista Cocapec.

“O núcleo da Cocapec na cidade recebeu cerca de 90 mil sacas dos cerca de 300 associados da cooperativa”.

Os cooperados da região sempre recebem capacitações através de eventos como Dias de Campo.

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TÉCNICA

Manejo de doenças na pré-florada Por Saulo de Carvalho Faleiros Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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om o término da safra iniciase um novo ciclo produtivo do cafeeiro, marcado por fortes interferências climáticas, com temperaturas elevadas e déficit hídrico absolutamente acentuado. Passamos pelos meses mais atípicos da história em relação a chuvas, com baixa disponibilidade de água no solo e, consequentemente, pouco desenvolvimento e intenso depauperamento das plantas. Com o retorno da tão esperada estação chuvosa, os cafeeiros voltam a se desenvolver, e cabe ao produtor juntamente com seu técnico traçar os tratamentos nutricionais e fitossanitários que possam resultar na recuperação das plantas após este período de tão acentuado estresse. Dentre todas as técnicas de manejo recomendadas para a cafeicultura da Alta Mogiana, o tratamento de doenças fungicas e bacterianas no momento da florada tem se destacado com resultados bastante satisfatórios. No momento da florada, por ocasião da susceptibilidade da planta, pelas condições climáticas neste período, localização e manejo da lavoura, pode ocorrer incidência de doenças que atacam as flores, os chumbinhos, os frutos, as folhas e também os ramos do cafeeiro, causando prejuízos irreversíveis. Duas doenças se destacam neste período, são elas a Phoma causada pelo fungo Phoma tarda e a

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mancha aureolada causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. Garcea. De intensidades e severidade distintas, estas doenças ocorrem em condições da lavoura e climáticas bastante semelhantes, sendo mais severas em regiões de altitudes acima de 1000 metros em locais de maior incidência de ventos e formação de neblina, situações muito comuns nestas altitudes. O tratamento preventivo destas doenças vem ganhando espaço nas recomendações técnicas, embora a melhor forma de fazê-lo ainda carece de mais pesquisas, mas as demonstrações de campo, os depoimentos dos cafeicultores e os resultados da pesquisa demonstram que a prevenção parece ser o melhor caminho. Manter o inóculo destas doenças em níveis baixos durante todo o período que antecede a florada, parece ser uma alternativa muito eficiente. Para isso nas localidades onde as condições são favoráveis à doença e esta pode ser um limitante da produtividade, o tratamento inicia no final do período chuvoso (maio) com tratamentos à base de cúpricos e em casos extremos com fungicidas específicos para a doença. O tratamento continua com as aplicações de fungicidas e cúpricos na pós-colheita e no momento que antecede a florada. Desta forma mantém-se o índice das doenças em patamares baixos diminuindo os prejuízos por elas causados.


TÉCNICA

Floradas sem ataque de doenças. Outro fator que está intimamente ligado com a predisposição das plantas ao ataque destas doenças é o manejo nutricional. Desequilíbrios entre os nutrientes, principalmente aqueles relacionados ao excesso de nitrogênio, resultam em maior severidade das doenças, menor pegamento das flores e consequentemente queda na produtividade. Principalmente lavouras esqueletadas e ou localizadas em solos argilosos e férteis, com altitudes acima de 1000 metros em locais de muito vento, temperaturas amenas, com formação de neblina e que receberam altas doses de nitrogênio no ano vegetativo, estão altamente susceptíveis ao ataque das doenças e comumente têm apresentado frustração na safra. Lavouras nestas condições tendem a florir mais tardiamente, quando as condições de umidade normalmente são maiores e o inóculo do patógeno certamente aumentado, por isso a estratégia de mantê-lo sempre baixo parece responder melhor. Outra técnica que traz grandes resultados na eficiência do controle destas

doenças são os quebra ventos. Lavouras localizadas em faces expostas a ventos frios, comuns nas altitudes supracitadas, apresentam perdas de vigor, produção e normalmente possuem altos índices de severidade destas doenças, de modo que o tratamento químico isoladamente se mostra pouco eficiente e absolutamente caro, porém quando este é associado aos quebra ventos tanto o residual do produto, como a eficiência do tratamento são aumentados de maneira muito significativa. Importante salientar que o controle destas importantes doenças segue um conjunto de estratégias que envolvem conhecimento da área em relação ao tipo de solo e a face de exposição, a altitude, o regime de chuvas e a temperatura, o manejo nutricional, quebra ventos, variedade, manejo de podas, espaçamento da lavoura e de grande importância, as condições climáticas que antecedem a florada, que certamente nos dá o suporte para a tomada de decisões nas estratégias de controle. Cabe ainda esclarecer que o tratamento químico, deve ser muito bem elaborado de acordo com a intensidade

das doenças e pelo histórico da área, existem regiões onde eles podem ser absolutamente suprimidos sem qualquer prejuízo, e existem regiões que somente com a adoção de práticas agronômicas somadas ao tratamento químico se consegue êxito no controle. A cooperativa possui em seu corpo técnico agrônomos com vasto conhecimento sobre o assunto e produtos que atendem a todas as necessidades, desde áreas de intensa pressão àquelas de intensidade baixa destas doenças, procure orientação junto ao agrônomo de sua região.

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TÉCNICA

Cocapec participa de manifesto para declaração de estado de emergência sanitária para

Reunião dos membros da Câmara Setorial do Café.

broca

A cooperativa quer garantir o mesmo benefício que foi concedido a MG.

Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec Fonte: Balanço Semanal CNC

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a segunda-feira, 1º de setembro, o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, e o ex-ministro da Agricultura, deputado federal Antônio Andrade, acompanharam a assinatura, por parte do Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rodrigo Figueiredo, da autorização emergencial e temporária à DuPont para importar o produto BeneviaTM, que possui como ingrediente ativo o Ciantraniliprole, a ser utilizado no combate à broca no Estado de Minas Gerais, de acordo com as medidas estipuladas pela Portaria Mapa nº 711, de 17 de julho de 2014. Esse resultado é fruto de um trabalho do CNC, em conjunto com a Comissão Nacional do Café da CNA, iniciou ainda em 2012, quando foi sabido que o único produto com eficácia para o combate à praga seria banido do mercado. Ao longo da

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tramitação, foi fundamental o trabalho dos fiscais federais agropecuários e das diversas autoridades do Mapa, como o Diretor do Departamento de Sanidade Vegetal, Luis Eduardo Rangel, o Secretário de Defesa Agropecuária, Rodrigo Figueiredo, a Secretária de Produção e Agroenergia, Cleide Laia, o Secretário Executivo, Gerardo Fontelles, e o Ministro Neri Geller, aos quais agradecemos pelo empenho e pelo comprometimento com a cafeicultura nacional. A autorização concedida na segunda-feira, dia 1º, foi um passo inicial e uma importante conquista para que a broca do café não impacte diretamente no rendimento e na qualidade de nossos cafés. Contudo, o CNC manterá seu trabalho e os contatos com o Governo Federal para a autorização de um segundo ingrediente ativo para o combate à praga, o Chlorantraniliprole/Abamectin, da Syngenta. Isso porque o CNC entende como salutar a existência de mais de um produto no mercado, estimulando a

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concorrência comercial e dando mais opções aos produtores de café do Brasil. Por fim, vale frisar que, para obter a autorização para uso do produto contra a broca, os demais estados do País devem realizar seus estudos a fim de detectar um estado de emergência fitossanitária relacionado à praga, o qual deverá ser encaminhado ao Governo Federal para que analise e conceda a essas unidades federativas o mesmo direito adquirido por Minas Gerais. Diante deste cenário, a Cocapec, em conjunto com demais membros da Câmara Setorial do Café (CSC), se manifestou perante a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para que declare emergência sanitária e, junto ao Governo Federal, conceda o benefício que foi dado a Minas Gerais. Veja, ao lado, o documento na íntegra enviado em 18 de agosto à secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônica Bergamaschi , e os desdobramentos da iniciativa:


TÉCNICA

A Câmara Setorial do Café, reunida em 15 de agosto de 2014, decidiu em consenso pela solicitação de Vosso apoio para a Declaração do Estado de Emergência Sanitária para a broca de café (hypothenemus hampei) no estado de São Paulo, estendendo aos cafeicultores paulistas o benefício concedido ao estado de Minas Gerais; e para ação desta Secretaria de Agricultura e Abastecimento junto ao Governo Federal para priorização de registro dos substitutos do endosulfan, principal ativo no controle da broca cujo uso foi banido no Brasil. Entende-se que estas medidas são urgentes e fundamentais ao desenvolvimento da cafeicultura paulista, atualmente comprometida pela falta de produtos eficientes e eficazes no controle da broca de café, principal praga dos cafezais. Encaminha-se em anexo lista de presença da referida reunião (fls 1 e 2) e manifestação da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (COCAPEC) (fls 3 e 4) e ofícios do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ) (fls 5 a 16). Certa de contar com o entendimento e deliberação de Vossa Excelência, a Câmara Setorial do Café agradece o apoio desta Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, reiterando protestos de elevada estima e distinta consideração.

Nathan Herskowicz Presidente da Câmara Setorial do Café

Prezados, Em atendimento à Câmara Setorial do Café, informamos o encaminhamento do ofício da Secretaria de Agricultura e Abastecimento GSAA/SAA/650/2014 ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento solicitando a expedição de Portaria declarando “estado de emergência fitossanitária” relativa ao risco iminente de surto de infestação da Hypothenemus hampei no Estado de São Paulo; a agilização das tratativas com os demais órgãos responsáveis pelos processos de registro de todos produtos protocolados que oferecem opções de solução ao controle da broca-do-café; e a adoção de demais medidas mitigadoras. Mantemo-nos à disposição para eventuais esclarecimentos. Atenciosamente -Secretaria Geral das Câmaras Setoriais Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios - CODEAGRO Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

O documento cita o manifesto feito pela Cocapec que, dentre outros argumentos, mostra a constatação de sua equipe técnica de que os cooperados precisam aplicar 3 vezes mais inseticidas e mesmo assim não conseguem a eficácia de antes. Isso está impactando nas questões econômicas, pois é necessário comprar uma quantidade maior de produtos, além de provocar o desequilíbrio e o aparecimento de outras pragas que antes a incidência era baixa ou praticamente nula em algumas localidades, como é o caso dos ácaros vermelhos e da leprose, que possuem controles difíceis e de alto custo. Como foi possível observar a Cocapec está empenhada em resolver este problema para os seus cooperados paulistas e não medirá esforços para que todos tenham a oportunidade de controlar a broca.

SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nº 93

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CAPA

Novo núcleo de Capetinga/ MG – Símbolo do Cooperativismo

“Mais de 100 pessoas entre cooperados, autoridades políticas, fornecedores e colaboradores prestigiaram a entrega da obra.”

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

Agora o núcleo conta com mais quase 7 mil m² de área construída.

F

evereiro de 2013 foi a data que começou a transformação. Agosto de 2014, um ano e meio depois, a Cocapec em Capetinga está totalmente reformulada e a partir de agora os mais de 200 cooperados contam com o que há de melhor em serviços e atendimento “e hoje a unidade é uma referência em núcleo de cooperativa no Brasil”, segundo as palavras do cooperado da terra Erásio de Grácia Júnior, ecoadas a todos os presentes na festa de inauguração no dia 27/08.

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Os antigos containers foram transformados em 1.105m² para armazenagem de insumos, totalmente de acordo com os padrões de segurança ambiental, divididos em dois pavimentos. Com mais espaço é possível disponibilizar um maior número de produtos agilizando assim os trabalhos no campo na hora de aplicações e outros tipos de tratamentos. A loja, antes bastante apertada, agora possui um amplo balcão de atendimento. Grande parte dos mais de 10 mil itens que a Cocapec comercializa já está disponível para cooperados e clientes.

Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO

O local ainda comporta espaço para que agrônomos e o profissional técnico veterinário recebam os associados e façam suas recomendações. Além disso, uma novidade é o Posto de Atendimento (PA) do Sicoob Credicocapec que, de acordo com a cooperada Maria Inez de Almeida e Souza, “foi uma das principais melhorias”. A copa, que está completamente equipada, tem tudo para se tornar o ponto de encontro dos agricultores que degustarão saborosos cafezinhos. Mas certamente o ponto alto de todos os benefícios trazidos pela reforma


CAPA foi o novo armazém de café de 2.800m², já com toda a estrutura para granelização como silos, tombador, empilhadeiras entre outros. Vale lembrar que este serviço entrou em atividade antes mesmo da inauguração oficial, isso para absorver a safra de 2014. A entrega através da modalidade é 66% frente a 34% na tradicional sacaria. A manhã ensolarada do dia 27 de agosto foi marcada por grandes emoções. Mais de 100 pessoas entre cooperados, autoridades políticas, fornecedores e colaboradores prestigiaram a entrega da obra. O presidente da Cocapec Maurício Miarelli abriu a sequência de discursos agradecendo o conselho administrativo da gestão passada por ter autorizado as ampliações. Miarelli emendou lembrando os desafios para colaboradores e cooperados durante a reforma, “nossos funcionários trabalharam em situação adversa por mais de ano, mas dentro das possibilidades atenderam nossos associados da melhor maneira possível e continuarão a entregar bons serviços”. O presidente finalizou dizendo que “essa obra é o símbolo da organização e união dos cooperados deste município, e isso é o nosso maior capital. Espero que essas novas instalações sejam o despertar para todos os cooperados e que visualizem importância da união dos produtores em torno de sua cooperativa”. Representando as autoridades políticas locais, o prefeito Daniel Bertoldi ressaltou a importância da cooperativa para a cidade. “É uma honra ter a Cocapec em nosso município, ela tem impacto direto na melhoria da qualidade de vida de Capetinga, pois proporciona aos produtores da região condições para viverem da cafeicultura”. A obra começou ainda na gestão anterior comandada pelo agora conselheiro administrativo João Alves de Toledo Filho. Ele aproveitou para parabenizar a atual diretoria por ter dado continuidade ao trabalho. “Vendo prontas essas edificações digo que elas superaram as nossas expectativas”. A coordenadora do núcleo, Joana D’arc Pires, visivelmente emocionada, finalizou

O presidente Maurício Miarelli reforçou o cooperativismo em suas declarações.

O desenlace da Fita ficou por conta de Maurício Miarelli, João Toledo e Daniel Bertoldi.

O descerramento da placa foi realizado por Joana D’arc Pires e d Carlos Yoshiyuki Sato. SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nº 93

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CAPA

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a série de discursos. “Gostaria de registrar aqui meu mais profundo agradecimento a toda diretoria pelos investimentos e a oportunidade de realizar este trabalho, e aos meus colaboradores do núcleo e da matriz, pois sem eles isso não seria possível”. O desenlace da fita inaugural foi realizado pelo presidente Maurício Miarelli, o ex-presidente e atual membro do conselho administrativo João Alves de Toledo Filho e pelo prefeito Daniel Bertoldi. O descerramento da placa

que marca a data ficou a cargo da coordenadora Joana D’arc Pires e do vice-presidente Carlos Yoshiyuki Sato. Na sequência da solenidade o padre do município Júlio César Martins realizou as bênçãos das instalações. Todos os presentes foram convidados para uma visita na unidade, passando por toda estrutura. No armazém de granelização, os colaboradores fizeram uma pequena demonstração de como o sistema funciona. No retorno a loja, um delicioso café foi servido e a comemoração foi completa.

Após a solenidade todos conheceram as novas instalações.

O armazém de insumos segue todas as normas de segurança ambiental.

O pavimento superior já recebe produtos que serão transportados por um elevador.

A confraternização aconteceu na nova loja de 77m².

Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO

2014 marca uma nova era em Capetinga. As novas instalações foram pensadas para atender a crescente demanda dos cooperados da região. As melhorias realizadas agora colocam o núcleo dentro dos padrões de qualidade da Cocapec.

“essa obra é o símbolo da organização e união dos cooperados deste município”

Cooperados, familiares e convidados acompanham a demonstração do processo de granelização realizada pelos colaboradores do núcleo.


CAPA

Depoimentos de Nossos Cooperados “Achei tudo muito bom. Gostaria de agradecer a diretoria e os colaboradores pelo atendimento. Tudo isso vai nos ajudar muito, a loja, os insumos, estou muito satisfeito. Já fiz parte de outra cooperativa e aqui você vê a diferença”. Lázaro Batista dos Santos – Sítio São Lázaro – São Tomaz de Aquino

“A nossa região é de produção agrícola e por isso Capetinga ganhou, todos ganharam, não está faltando nada, adorei”. Maria Aparecida Souza (Dona Pequetita) – Fazenda Serra Dourada – Capetinga

“Esse acontecimento aqui é de grande valor pra nós. Até um tempo atrás tínhamos muitos problemas de armazenamento, e depois da vinda da Cocapec isso foi amenizado e agora chegou ao ponto desejado”. Hilário Nascimento de Oliveira – Sítio Morada do Sol – Capetinga

“O núcleo é muito importante para a nossa região. É muito bom ter agora a granelização e a cooperativa de crédito. Isso é mais um progresso para cidade de Capetinga”. Maria Inez de Almeida e Souza – Fazenda Ucrânia – Capetinga

“Capetinga pode se orgulhar de ter uma unidade como essa. E essa conquista é fruto da nossa fidelização e comprometimento com a nossa cooperativa. Essa obra é reflexo do nosso crescimento do campo e que tem impacto direto na cidade. Com tudo isso garantimos o atendimento das futuras gerações”. Erásio de Grácia Júnior – Sítio Terra Roxa – Capetinga

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TÉCNICA

Calagem: Início dos Tratos Culturais Por Pedro Henrique dos Santos / Engenheiro Agrônomo / Uniagro

A

pós a finalização da colheita e de mais um ano agrícola, está na hora de iniciarmos os tratamentos da cultura cafeeira. Depois da pulverização “Pós-colheita”, da decisão de esqueletamento e de outros tipos de poda, é necessário corrigir o solo. Para isso é importante que seja retirada uma amostragem de terra bem feita e representativa da área a se regular. A aplicação de calcário, prática denominada de calagem, é fundamental para melhorar as condições do solo tais como: correção da acidez e da toxidez por alumínio, fornecimento de cálcio e magnésio, aumento da atividade biológica, além de melhorar as condições de absorção de água e nutrientes por parte das plantas, devido o melhor desenvolvimento do sistema radicular.

A calagem oferece muitos benefícios a um preço muito baixo, sendo um investimento de ótimo custo/benefício ao produtor. Ainda assim, existe uma resistência por parte de muitos agricultores em realizar este procedimento. É importante lembrar que o calcário corrige camadas superficiais de 0 a 20 cm de acordo com a textura do solo, em geral os mais argilosos - terra de cultura - consegue-se uma correção de no máximo 5 cm, enquanto nos arenosos a atuação é mais profunda. Portanto, em alguns casos é importante o uso de gesso agrícola como ferramenta para correção das subcamadas. Vale lembrar que ele consegue neutralizar o alumínio, que é tóxico para as plantas, porém não corrige a acidez. Busque sempre a orientação de seu agrônomo para realizar qualquer tratamento cultural.

“A aplicação de calcário, prática tida como calagem, é de fundamental importância por melhorar as condições do solo”

Aplicação localizada de calcário sob “saia” de cafeeiro.

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Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO


SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nยบ 93

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TÉCNICA

Adubação Orgânica no Cafeeiro Luciano Ferreira Coelho / Engenheiro Agrônomo / Uniagro

P

rezado cooperado, a matéria orgânica desempenha no solo um papel fundamental na sustentabilidade dos sistemas agrícolas, influenciando atributos físicos, químicos e biológicos que por sua vez tem reflexo direto na produtividade da lavoura.

Os tratamentos seguidos das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste de Turkey a 5% de probabilidade. Obs.: 100, 80 e 120% correspondem as deduções de NPO2O5K2O destes elementos contidos no esterco ou no composto. Referência de dados: Boletim Técnico Campo Experimental Izidoro Bronzi, nº4, Setembro/2013. ACA - Associação dos Cafeicultores de Araguari.

A manutenção e melhoria da qualidade do solo em sistemas de cultivo contínuo como o café, é fundamental para garantir e/ou aumentar sua produtividade. Nesse sentido a matéria orgânica desempenha um papel importante sendo considerada a principal indicadora da qualidade do solo dependendo da sua quantidade disponível no mesmo. Este procedimento pode ser de várias formas, entretanto, o mais comum é o uso de materiais de origem animal e vegetal como estercos (curral e galinha), palha de café e até mesmo manejo do mato existente na lavoura trazendo vários benefícios como os listados a seguir:

Manejo de mato e a palha do café sãos os materiais mais acessíveis para adubação.

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Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO


TÉCNICA

Benefícios da Adubação Orgânica 1. Aumentar a capacidade de retenção de água no solo; 2. Aumentar a capacidade de troca de Cátions. (CTC); 3. Enriquecer o solo com macro e micronutrientes; 4. Melhorar a agregação das partículas do solo, aumentando a porosidade, aeração e infiltração de água; 5. Reduzir a compactação e a erosão; 6. Servir como fonte de alimento para os organismos já existentes no solo, aumentando sua população; 7. Melhorar as condições do solo, favorecendo o desenvolvimento das plantas aumentando a qualidade e a produtividade das lavouras.

A quantidade a ser aplicada no solo depende normalmente da quantidade e tipo de material disponível na região, mas podemos considerar de modo geral uma dose de 4 a 6 toneladas por hectare. Atualmente outro eficiente modo de aplicação desses materiais é a compostagem, que pode ser definida como um processo de “cura” do material orgânico transformando os em matéria orgânica, ou seja, liberando os ácidos orgânicos (húmico e fúlvico) para que a planta absorva com maior e melhor quantidade.

A compostagem é outro método com resultados satisfatórios. Imagem da apresentação de Antônio Teixeira realizada durante o 6º Simcafé.

Este processo se dá através do enleiramento do material orgânico em que será controlada a temperatura e umidade, além do revolvimento do mesmo ou através do que chamamos de LEA, ou seja, Leira Estática Aerável onde não é feito o revolvimento, e o controle de temperatura e umidade é dado

através de indução de ar. Esse processo leva normalmente de 45 a 60 dias. Outro benefício da compostagem é a possibilidade da adição de macro e/ou micronutrientes dependendo da necessidade de cada talhão onde será aplicado. Em resumo, podemos e devemos adotar a prática da adubação orgânica em nossas

lavouras, pois é sem dúvida um meio ecológico, social e ambientalmente correto e eficaz de se obter maior produtividade com maior qualidade. Para mais informações procure o técnico da sua região ou matriz e núcleos da cooperativa.

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SOCIAL

Projeto Escola no Campo lança desafio para 2014 Por Cristiane Olegário / Analista de Comunicação Cocapec

O

13º ano do Escola no Campo promete diversas surpresas aos participantes. O projeto da Syngenta é aplicado na região pela Cocapec, visa formar e informar crianças e adolescentes de comunidades rurais sobre a preservação e uso sustentável dos recursos naturais. Desde 2006 a cooperativa inseriu conteúdo cooperativista, que valorizou ainda mais o projeto. As atividades de 2014 se iniciaram em julho e um novo desafio foi lançado. O encontro aconteceu em Franca/SP, e reuniu professores de escolas de Ibiraci/ MG Capetinga/MG, Jeriquara/SP, Ribeirão Corrente/SP e contou também com a participação da equipe gestora da EMEB

Profª Sueli Contini Marques, escola francana parceira da cooperativa em outro projeto. Os educadores foram recepcionados pelos representantes da Cocapec Alberto Rochetti – Diretor-secretário e Ricardo Lima – Superintendente comercial, e da Syngenta Luís Gustavo de Andrade. Todos destacaram a importância do projeto para a cooperativa, a empresa e a comunidade em geral, e enfatizaram o trabalho brilhante dos professores e escolas parceiras que colaboram para a formação e a valorização do homem do campo, fazendo com que as práticas agrícolas fiquem em harmonia com o meio ambiente. A tarefa deste ano, intitulado de “Desafio Escola no Campo 2014”, consiste na

escolha de uma música por parte dos alunos da 6ª e 7ª séries, que se aplique ao tema cooperativismo, e a elaboração de uma coreografia com os passos das Danças Circulares. Para isso, o focalizador de jogos cooperativos, Carlos Eduardo Rodrigues, ensinou algumas técnicas aos professores e preparou um material de apoio para que o conhecimento seja aplicado com mais de 480 educandos. A oficina teve o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP). Várias surpresas estão sendo preparadas para o Escola no Campo 2014. Fique atento nas próximas edições da Revista Cocapec.

Representantes da Cocapec e Syngenta prestigiaram o início das atividades de 2014.

Um exercício interessante foi quando duplas tinham que caminhar utilizando um espelho que refletia o céu e um dos membros guiava, traduzindo um sentimento de companheirismo e confiança. Diversas coreografias fizeram parte da programação do dia e animaram os professores.

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As danças circulares é uma das formas mais significativas de representar o cooperativismo.

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SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nยบ 93

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SOCIAL

Dia C é um verdadeiro sucesso Por Cristiane Olegário / Analista de Comunicação Cocapec

Em Ibiraci/MG, o Dia C aconteceu no Lar Aísa R. Siqueira

S

olidariedade com cooperativismo, combinação melhor não há. Essa mistura é feita pela Liga da Cooperação, formada pelos colaboradores da Cocapec que desenvolve o trabalho voluntário nos lares São Vicente de Paulo e Eurípedes Barsanulfo em Franca/SP. Especialmente no dia 6 de setembro, aconteceu o Dia de Cooperar – Dia C, realizado pela Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), quando mobilizou cooperativas de todo o país para desenvolver ações voluntárias em entidades assistenciais de sua área de atuação. Na região ocorreram diversas ações. O

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nosso dia C começou logo pela manhã com doações de sangue no hemocentro de Franca por colaboradores e familiares que demonstraram a importância de se fazer o bem ao próximo, independente de conhecê-lo ou não. No período da tarde em Franca, no Lar de Idosos São Vicente de Paula, foi servido um delicioso café da tarde, em seguida os moradores assistiram a uma aula “Show Dança”. A alegria foi total, os bailarinos colocaram todo mundo para mexer. Já em Ibiraci/MG o Dia C aconteceu no Lar Aísa R. Siqueira em Ibiraci/MG. Os colaboradores preparam um farto café com música, com a participação especial de

Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO

violeiros e sanfoneiros que animaram a festa. A ação atraiu cerca de 100 pessoas, entre colaboradores, familiares e comunidade. A Liga da Cooperação recebeu todo material de apoio alusivo ao Dia C como camisetas, bonés, chaveiros, etc. A divulgação aconteceu nos meios de comunicação da cooperativa e também através da fixação de cartazes e banners cedidos pela OCB. Vale lembrar que o projeto Liga da Cooperação acontece todos os meses e a cada visita aos lares a equipe prepara diversas surpresas para fazer o momento sempre inesquecível.


SOCIAL O evento foi incrementado com doações de sangue em Franca/SP

Os colaboradores de Franca/SP agitaram o Lar São Vicente de Paulo

O casal de bailarinos colocou todo mundo para dançar

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Revista Cocapec nยบ 93 SETEMBRO | OUTUBRO


SOCIAL

Senar/MG: o convênio aborda a prevenção de acidentes em Capetinga/MG Raquel Cintra Rosa / Assistente Administrativo Senar / Cocapec

U

m novo tema trazido pelo convênio Cocapec e Senar/ MG foi sobre a “Prevenção de Acidentes” com ênfase em primeiro socorros das principais ocorrências existentes na zona rural. Os 10 participantes, que se reuniram no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Capetinga/ MG, aprenderam como identificar e tratar diversos casos como fraturas, hemorragias, queimaduras, acidentes elétricos, noções de higiene e desinfecção, forma correta de socorrer um desmaio, convulsão, os sintomas de parada cardíaca, AVC, partos de emergência. Após a capacitação, os alunos declararam a importância do curso para suas vidas e ressaltaram a qualidade do conteúdo abordado. De acordo com uma pesquisa recente realizada pela Unesp de Botucatu/ SP aponta que mais de 700 mil pessoas se acidentam na zona rural por ano. Segundo o estudo, cerca de 70% dos casos acontecem por despreparo do trabalhador. Desta maneira a formação, através do Senar/MG vem para contribuir a reverter este quadro, e caso aconteça algum acidente, as pessoas estão preparadas para lidar com a situação e aguardar com segurança a ajuda profissional.

Mais informações:

Cursos Previstos para outubro: • Capetinga 16 a 18 – Manejo Integrado de Pragas e Doenças

Capetinga Joana – (35) 3543 – 1572 Claraval Dinei – (34) 3353 – 5257 Ibiraci Raquel – (35) 3544 – 5000 Franca Cristiane – (16) 3711 – 6285 Solicitações e dúvidas: Email: senarminas@cocapec.com.br

Cursos Previstos para novembro: • Claraval 03 a 14 - Classificação e Degustação • Ibiraci 06 a 08 - Manejo Integrado de Pragas e Doenças • Capetinga 20 a 22 - Aplicação de Defensivos Agrícolas

SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nº 93

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PRODUÇÃO ANIMAL

Vacine seu cão e evite problemas Por Paulo Correia | Médico Veterinário Uniagro / Cocapec / Mestre em medicina veterinária e professor universitário

T

oda família que tem um cãozinho, ou mesmo um cão grande, já passou por algum dissabor de ver o bichinho doente. Seja em casa na cidade, sítio ou fazenda. Logicamente as doenças acometem até mesmo humanos sadios e bem cuidados, mas a prevenção em todas as espécies é de suma importância. No caso dos caninos e, também felinos, não é diferente. Já tratamos deste assunto na Revista COCAPEC em outra oportunidade, mas é sempre bom relembrar da necessidade da vacinação dos neonatos. O filhote deve nascer em um local limpo e com bastante higiene. No meio rural, na maioria das vezes, a fêmea gestante procura fazer sua cama antes do parto em um local seguro, tranquilo, e longe de intrusos. Não se deve retirar a ninhada do local escolhido por ela a não ser por riscos dos neonatos a alguma adversidade. Faz-se a inspeção dos filhotes para verificar o umbigo, se necessário o corte e o curativo. Após os 20 dias de nascimento deve-se proceder a vermifugação dos filhotes, para evitar as lombrigas que geralmente são intensas e muito prejudiciais aos filhotes. A aplicação de vacina inicia-se com 45 dias de vida do filhote, aplicando a primeira dose da vacina V8 (octupla) que estimula a produção de anticorpos contra oito tipos de doenças: cinomose, parvovirose, coronavirose, parainfluenza, leptospirose(2 tipos) e hepatite(2 tipos). Esta vacina é repetida mais duas vezes de

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21 em 21 dias ou conforme o laboratório. Portanto o animal deve tomar 3 doses da vacina. O cão somente será considerado protegido após um período de 15 dias depois de ter recebido a última dose. Lembrando que, é necessária a dose de reforço uma vez ao ano. Existem ainda as V10, V11 e V12 que incluem outras variedades da bactéria causadora da leptospirose. Outra vacina importantíssima é para imunizar contra a raiva. A antirrábica deve ser administrada após o quarto mês de vida e reaplicada anualmente. Existem ainda outras vacinas no mercado contra Giárdia e pneumonia ou

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gripe canina e outras enfermidades. A vacinação ajuda não só a manter seu cão saudável como também evita a propagação de doenças para outros cães, ajudando a diminuir a incidência dessas doenças em nossa região. Procure sempre o seu veterinário e converse com ele sobre os programas de vacinação de seu cão. Outro cuidado necessário é a atenção com a incidência dos ectoparasitas: pulgas, carrapatos e sarnas. As lojas da Cocapec dispõem de vários produtos para a saúde de seu animal.



ESPECIAL

Programa de Visitas Cocapec

Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

Em agosto e setembro a Cocapec recepcionou vários grupos através do “Programa de Visitas Cocapec”, veja como foram: Exportadora japonesa visita a cooperativa

UCC - Ueshima Coffee Co

A UCC – Ueshima Coffee Co, uma das principais exportadoras de café para o Japão e pioneira no mundo no fornecimento da bebida pronta para consumo em lata, visitou a Cocapec em agosto. A empresa asiática trouxe alguns estagiários para conhecer a cafeicultura brasileira, incluindo a Alta Mogiana. Na cooperativa o grupo de 5 pessoas percorreram diversos setores acompanhados pelos colaboradores do setor de café. Ao final tiveram um panorama de todos os procedimentos que envolvem o grão até o momento de sua comercialização.

Prêmio Abag inclui Cocapec no roteiro

Abag

O Prêmio Abag de Jornalismo existe desde 2008 e foi criado para reconhecer as produções jornalísticas que abordam o agronegócio. Para muitos participantes o universo rural é uma novidade e, pensando nisso, a Abag promove visitas técnicas em diversas empresas agrícolas para que todos tenham contato e vislumbrem o tamanho do setor. Há vários anos, a Cocapec abre suas portas e proporciona uma grande experiência a todos. Os alunos percorreram toda a cooperativa e conheceram o processo. Ao final, o gerente de comercialização de café, Anselmo Magno de Paula, falou sobre a importância do agronegócio para economia do país e como o trabalho dos profissionais de imprensa é necessário para difusão das informações do setor.

Estudantes do Pronatec

Pronatec

O grupo que cursa agronegócio pelo Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, ministrado na Unifran, veio até a Cocapec para conhecer o processo do café após ele sair do campo. Os alunos tiveram uma contextualização sobre o sistema cooperativista e da estrutura de trabalho da Cocapec. Após percorreram as dependências, a visita terminou na Cafeteria Senhor Café com a degustação da bebida.

Americanos conhecem a cafeicultura

Americanos

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Alunos de um curso de pós-graduação nos Estados Unidos estiveram no Brasil para conhecer o Agronegócio. A frente do grupo estava o renomado professor Marcos Fava. Na cooperativa foi detalhado todos os processos e relacionando com os ensinamentos da diciplina. A comitiva conheceu também uma fazenda cafeeira acompanhadas pelo engenheiro agrônomo Rubens Manreza.

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BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ Valores referente ao mês de outubro de 2014 PRODUTOS

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio

UNID, t

R$

Preço unitário SP 850,00

R$

Preço unitário MG 850,00

R$

1,70

Scs/t

R$

1,70

Ureia

t

R$

1.200,00

R$

1.240,00

R$

2,40

Scs/t

R$

2,48

Super Simples Pó

t

R$

790,00

R$

820,00

R$

1,58

Scs/t

R$

1,64

Super Simples Gr

t

R$

800,00

R$

820,00

R$

1,60

Scs/t

R$

1,64

Cloreto de Potássio Gr

t

R$

1.200,00

R$

1.260,00

R$

2,40

Scs/t

R$

2,52

Adubo 21,00,21

t

R$

1.150,00

R$

1.200,00

R$

2,30

Scs/t

R$

2,40

Nitrato de Amônio

t

R$

1.080,00

R$

1.160,00

R$

2,16

Scs/t

R$

2,32

CUSTO (R$/HA) por segmento BICHO MINEIRO

CERCOSPORA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

PRODUTO

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox

0,4

R$

24,50

R$

9,80

Priori xtra

0,75

R$

128,00

R$

96,00

Curyon

0,8

R$

60,26

R$

48,21

Amistar

0,1

R$

475,50

R$

47,55

Danimen

0,2

R$

87,00

R$

17,40

Cuprozeb

3

R$

23,50

R$

70,50 51,28

PRODUTO

KG/L/HA

Fastac

0,2

R$

Karate Zeon 250 CS

0,04

Nomolt

0,4

5,40

Tutor

R$

1,84

R$

47,20

27,00

R$

R$

46,00

R$

118,00

KG/L/HA

2

R$

25,64

R$

COMET

0,4

R$

120,00

R$

48,00

Opera

1,5

R$

72,45

R$

108,68

Supera

2

R$

28,50

R$

57,00

INSETICIDAS DE SOLO PRODUTO

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

1

R$

359,00

R$

359,00

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

Counter

35

R$

10,53

R$

368,55

PRODUTO

Actara WG

1,4

R$

165,00

R$

231,00

Goal

Verdadero WG

KG/L/HA

KG/L/HA 2,5

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

R$

R$

51,00

127,50

FERRUGEM PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Alto 100

0,75

R$

80,00

R$

60,00

Opera

1,5

R$

72,45

R$

108,68

1

R$

80,09

R$

80,09

0,75

R$

128,00

R$

96,00

2

R$

28,50

R$

57,00

Tilt Priori xtra Supera 350 SC

BROCA PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Trebon

1,5

R$

31,80

R$

47,70

Lorsban

3

R$

28,80

R$

86,40

Amistar Rival (Tebuconazole) Cantus

40

PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

0,1

R$

475,50

R$

47,50

1

R$

30,00

R$

30,00

0,15

R$

549,00

R$

82,35

Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Glifosato

3

R$

15,50

R$

46,50

Zapp QI

2,1

R$

20,00

R$

42,00

Gramocil

3

R$

22,50

R$

67,50

Aurora

0,08

R$

330,00

R$

26,40

Flumizim

0,1

R$

380,00

R$

38,00

Roundup WG

1,5

R$

25,28

R$

37,92

MANCHA AUREOLADA PRODUTO

PHOMA PRODUTO

HERBICIDAS

Cobre Recop

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

3

R$

17,00

R$

51,00

2,5

R$

23,50

R$

58,75

Supera

2

R$

28,50

R$

57,00

Kasumin

1

R$

74,00

R$

74,00

Tutor

2

R$

25,64

R$

51,28

Cuprozeb


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100

Jan 2010

Fev 2011

Mar 2012

Abr

2013

Maio

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

2014

Dez Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2013

Média mensal do preço* de Milho índice Esalq/BM&F

2014

2013

R$

US$

R$

US$

Janeiro

341,17

168,18

289,44

121,45

Fevereiro

317,72

160,94

366,32

153,96

Março

303,46

152,94

437,24

Abril

300,59

150,15

Maio

297,25

Junho Julho

2014

R$

US$

R$

US$

Janeiro

32,75

16,15

26,83

11,26

Fevereiro

32,34

16,39

30,62

12,87

187,79

Março

30,71

15,48

32,84

14,12

449,45

201,45

Abril

26,41

13,19

31,18

13,96

145,91

429,28

193,22

Maio

26,02

12,76

28,75

12,94

285,71

131,49

396,73

177,47

Junho

26,45

12,17

26,38

11,80

287,57

127,68

387,87

174,33

Julho

25,03

11,11

23,69

10,65

Agosto

286,18

122,07

437,19

192,76

Agosto

24,04

10,25

22,91

10,10

Setembro

273,90

120,84

433,52

185,81

Setembro

25,07

11,06

22,02

9,44

Outubro

253,94

115,88

Outubro

24,12

11,01

Novembro

247,73

107,75

Novembro

25,59

11,13

Dezembro

272,10

115,90

Dezembro

26,45

11,27

MÉDIA ANUAL

288,94

134,98

MÉDIA ANUAL

27,08

12,66

27,90

13,96

399,19

175,30

Fonte: Índice Esalq/BM&F

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Ano 2010

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

461

158

274

16

17

12

1

0

110

102

339

221

2011

328

145

365

146

1

29

0

24

32

115

135

274

2012

317

158

150

125

28

115

28

0

67

69

196

159

2013

297

246

296

130

125

55

7

8

86

157

209

242

2014

129

58

79

142

16

7

55

0.2

45

306.4

153.0

217.0

83.4

37.4

43.6

18.2

6.4

85.0

110.8

219.8

224.0

Out

Nov

Dez

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Ano 2010

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

327

95

206

51

12

6

0

0

87

116

302

235

2011

399

120

538

136

0

8

0

0

8

186

161

306

2012

523

80

245

103

50

134

19

0

55

104

265

198

2013

321

254

222

91

142

67

0

12

89

149

239

127

2014

141

49

104

201

9

3

39

0

31

342.2

119.6

263.0

116.4

42.6

43.6

11.6

2.4

67,5

138.8

241.8

216.5

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nº 93

41


CURTAS

Curtas Atualização Cadastro de Dependentes Cooperado,na edição 92 da Revista você recebeu um formulário para cadastramento dos dependentes. Faça o preenchimento e entregue no setor de cadastro ou no núcleo mais próximo. As informações servirão para conhecer melhor os associados e seus familiares e com isso contribuir par ao desenvolvimento social da nossa cooperativa.

Boas vindas aos novos cooperados O segundo semestre já começou movimentado no quadro social da Cocapec. Mais produtores rurais de diversas localidades da região passaram fazer parte da cooperativa e hoje o número de cooperados já supera 2.200 associados. As novas adesões aconteceram em agosto e o diretor secretário Alberto Rocchetti Netto realizou a recepção na “Reunião de Novos Cooperados”, momento em que todos recebem as principais informações do funcionamento da cooperativa.

Gtec reúne técnicos da cafeicultura em Minas Gerais

Atenção cooperado! Não se esqueça de atualizar também, junto ao setor cadastro, seu ITR 2014 (Imposto Territorial Rural 2014).

42

Revista Cocapec nº 93 SETEMBRO | OUTUBRO

Cerca de 11 cooperativas se reuniram em Monte Carmelo/MG no final de julho para o encontro do Grupo Técnico, Gtec, organizado pela Syngenta, para discutir o panorama das principais regiões cafeeiras do Brasil. Em pauta ainda a seca e as altas temperaturas do início de ano e o reflexo disso nas lavouras, agora já em plena colheita com a constatação dos reais efeitos. Segundo o engenheiro agrônomo da Cocapec, Roberto Maegawa, os técnicos declararam que a perda no Sul de Minas Gerais, principal produtora do país, será bastante acentuada e que a anomalia climática colaborou para o aparecimento de doença e pragas. De acordo com Maegawa “a troca de experiência com representantes de outras regiões colabora para que encontremos alternativas para auxiliar os nossos produtores rurais”.


SETEMBRO | OUTUBRO Revista Cocapec nยบ 93

43


44

Revista Cocapec nยบ 93 SETEMBRO | OUTUBRO


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