Revista Cocapec nº97

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Mala Direta Básica 9912250045/2010-DR/SPI

COCAPEC

Revista

COCAPEC Ano 14 - Julho/Agosto 2015 - nº 97 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Cocapec seleciona os melhores cafés da Alta Mogiana

Cooperativa desenvolve loja virtual para suas marcas.

Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT



Um passado para se orgulhar, um presente desafiador e um futuro promissor anos celebrados do jeito Cocapec, dentro de casa, com nossos amigos. Com direito a convidados especiais e uma agradável conversa sobre cooperativismo que valeu muito a pena e nos encheu de esperança. Histórias foram recordadas, nosso presente foi exaltado e o nosso futuro projetado em uma juventude que hoje tem bases sólidas para ir cada vez mais longe. Praticamente finalizamos os trabalhos de colheita. Uma safra que tradicionalmente já seria menor, por conta da bienalidade, foi impactada novamente pelo clima seco do início do ano. A boa notícia é que os preços se mantiveram estáveis durante o período, dando suporte financeiro para os produtores neste momento. Mas como não podemos parar, já é hora de pensarmos na pré e pós-florada, nas adubações e demais tratos para a próxima colheita, que desejamos ser bem mais satisfatória. Mesmo em um ano difícil, é momento de exaltarmos a dedicação dos nossos cooperados com a cafeicultura da Alta Mogiana. Realizamos a 12ª edição do Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café. Assim como no ano passado, valorizaremos separadamente os melhores grãos de São Paulo e de Minas Gerais e enviaremos para as respectivas etapas estaduais, dando a oportunidade de serem escolhidos como os melhores cafés do Brasil. O Dia do Agricultor foi comemorado em uma belíssima festa, organizada pela CATI-EDR de Franca, em Jeriquara/SP, homenageando produtores rurais de diversas cidades, entre eles muitos cooperados, pessoas que produzem o bem mais nobre do mundo, o alimento. Cooperado, o cenário nacional é de incertezas, o clima que é o nosso maior aliado certamente foi o vilão nesta safra. Vivemos uma fase difícil, mas podem ter certeza que a Cocapec continuará ao lado de todos, mostrando que são nestes momentos que o cooperativismo mostra toda a sua força e que a união é o melhor caminho.

Maurício Miarelli Presidente


Índice Matérias de destaque

Expediente Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec Maurício Miarelli - Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Vice-presidente Alberto Rocchetti Netto - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Cyro Antônio Ramos Donizeti Moscardini Giane Bisco Ismar Coelho de Oliveira João Alves de Toledo Filho Nilton Messias de Almeida Conselho Fiscal Cocapec João Francisco de Souza Helio Hiroshi Toyoshima Zita Cintra Toledo Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052 Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 Diretoria Executiva Sicoob Credicocapec Ednéia A. Vieira Brentini de Almeida – Diretora Financeiro Hiroshi Ushiroji – Diretor Administrativo Divino de Carvalho Garcia – Diretor de Crédito

8. Negócios

Funrural. Por que é seguro recolhê-lo?

18. Especial

Dia do Agricultor homenageia cooperados

22. Especial

Cocapec inicia ampliação em Ibiraci/MG

24. Capa

Cocapec 30 Anos – experiência e juventude para seguir em frente

34. Técnica

Roseliniose diferente em cafeeiros

36. Técnica

Safra 2014/2015 deve ter queda de 50% na área da Cocapec

38. Social

Capacitação do produtor rural agora é o foco da parceria Cocapec e Sescoop/SP

42. Produção Animal

Higiene e dedicação ajudam na criação de galinhas caipiras

Conselho Administrativo Sicoob Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato – Presidente Cyro Antônio Ramos – Vice Presidente Bernardo Antônio Salomão – Conselheiro Vogal Elbio Rodrigues Ales Filho – Conselheiro Vogal Geraldo Augusto Ferreira – Conselheiro Vogal Ismar Coelho de Oliveira – Conselheiro Vogal Paulo Henrique Andrade Correia – Conselheiro Vogal Conselho Fiscal Sicoob Credicocapec João José Cintra Luis Batista Cintra Ricardo Nunes Moscardini Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PA Capetinga (35) 3543-1572 PA Claraval (34) 3353-5359 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Pedregulho (16) 3171-2118 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203 revista@cocapec.com.br Diagramação BZ Propaganda & Marketing Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781 Tiragem: 2.700 exemplares www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 97 JULHO / AGOSTO 2015 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.



NEGÓCIOS

Cocapec seleciona os melhores cafés da Alta Mogiana Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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slogan da Cocapec já diz, “o melhor café está aqui”, e disso ninguém duvida. Os grãos da Alta Mogiana têm as portas abertas em qualquer mercado e ajudam a formar os principais blends do planeta. E é esta característica incomparável que o 12º Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café, vai celebrar. Foram aceitos apenas lotes da espécie arábica das categorias natural (via seca) e/ou cereja descascado ou despolpado (via úmida), tipo 4 para melhor, de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima, com vazamento de no máximo 2% da peneira 16 e teor de umidade de no máximo, 11,5%. A reformulação efetuada em 2014 se mostrou acertada quando realmente o

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trabalho e o empenho dos cooperados foram valorizados, através da busca de mercados mais remuneradores. Em fevereiro deste ano, quando as cotações não ultrapassavam os R$ 480,00, a Cocapec conseguiu vender os lotes dos primeiros colocados a R$ 600,00 a saca de café bica corrida, propiciando aos associados uma excelente rentabilidade. Novamente serão escolhidos os 5 primeiros de São Paulo e os 5 de Minas Gerais. Posteriormente serão enviados ao 14º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo e ao 12º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas (Emater), tendo a chance de tornar-se o melhor café do país. Os vencedores serão conhecidos no dia 29 de setembro através dos meios de comunicação da Cocapec. Mais informações no site: www.cocapec.com.br.


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NEGÓCIOS

Funrural. Por que é seguro recolhê-lo?

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esde meados de 2010, a Cocapec retém dos seus cooperados o Funrural, uma contribuição social com alíquota total de 2,1% incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção, e as deposita em juízo. A Cocapec é autora de alguns Mandados de Segurança que desobriga a cobrança até que o Poder Judiciário chegue a uma decisão final sobre o caso. MAS ENTÃO POR QUE A COOPERATIVA RECOLHE ESTA ALÍQUOTA DOS SEUS ASSOCIADOS? Por precaução, como o processo ainda está em andamento, a cooperativa, juntamente com o seu Conselho Administrativo, e orientada pelo seu departamento jurídico, decidiu em continuar com a retenção do Funrural, e depositar os valores em juízo. QUAIS OS BENEFÍCIOS DESTA AÇÃO? No caso de decisão desfavorável, ou seja, é declarada a obrigatoriedade da cobrança, os cooperados já possuem saldo suficiente para repassar ao governo, não tendo a necessidade de desembolsar mais recursos para quitação. Já no caso de um parecer favorável, ou seja, o Poder Judiciário entende que a cobrança é indevida, o montante depositado em juízo retorna para a Cocapec, que por sua vez repassa proporcionalmente aos cooperados, com valores reajustados. QUAIS OS PREJUÍZOS QUANDO NÃO SE RECOLHE E FAZ O DEPÓSITO EM JUÍZO? Algumas empresas, de posse de liminares, não recolhem e nem fazem o depósito judicial integral. Tal decisão é um risco ao produtor que, no caso de uma definição negativa, deverá pagar o acumulado referente a todo o curso do processo e será cobrado pelo Fisco de uma só vez, com todos os acréscimos legais e multa se não for feito o pagamento no prazo. No momento da comercialização pode se ter a falsa sensação de melhor remuneração do produto, mas também aumenta a possibilidade de uma dívida futura. Portanto, o recolhimento realizado pela Cocapec é legal e a atitude da cooperativa em depositar em juízo visa exclusivamente em proteger os interesses de seus cooperados.

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Comprometimento dos cooperados é o que faz a Cocapec seguir em frente Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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m momentos de instabilidade econômica é um grande desafio para as empresas de todos os seguimentos manterem a ordem de suas contas para seguirem em frente e se restabelecerem quando a turbulência passar. Na cooperativa não é diferente. O que muda é a responsabilidade dos seus membros que ao mesmo tempo são donos, fornecedores e clientes. E é justamente nestes dois últimos adjetivos que está o caminho para o fortalecimento da nossa sociedade. Quando fornecedor, o cooperado tem à sua disposição a modalidade de Venda Futura, que é bastante utilizada pelos seus associados e se mostra como uma opção para proteção de riscos de baixa de preços do café no período de colheita. Mas para que tudo se mantenha dentro da normalidade, é necessário que todos honrem com o compromisso firmado e façam a entrega do produto, mesmo que as cotações estejam mais atraentes no momento da entrega. Já na figura de cliente, outra situação importante são os vencimentos dos produtos adquiridos

e financiados pela cooperativa. Mais uma vez é fundamental que todos cumpram com suas responsabilidades para que a credibilidade perante aos fornecedores se mantenha fortalecida. De forma geral, a fidelidade é uma característica marcante entre os associados da Cocapec e isso dá base para enfrentar o cenário de incerteza atual. Vale lembrar que uma cooperativa forte se faz com cooperados comprometidos.

É fundamental que todos cumpram com suas responsabilidades.

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NEGÓCIOS

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NEGÓCIOS

Rastelo Soprador Duplo mostra excelente desempenho em fase de desenvolvimento Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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a constante busca para atender as necessidades dos seus cooperados, está em avançada fase de desenvolvimento o novo Rastelo Soprador duplo

da Cocapec. O protótipo foi apresentado no 7º Simcafé, realizado em abril, e é uma alternativa para as lavouras mais espaçadas, visto que equipamento já existente não apresentava a mesma eficiência se comparado às áreas mais adensadas. Na oportunidade, os cooperados opinaram sobre possíveis ajustes que foram analisados e muitos deles acatados para aperfeiçoamento do projeto. Os testes realizados nesta safra se mostraram muito animadores, e as melhorias necessárias já estão sendo realizadas. A previsão inicial é que ele esteja disponível ao mercado para o próximo ano. A exemplo do Rastelo Soprador simples, o duplo tem tudo para ser um grande sucesso, com preço competitivo e principalmente melhorando a performance das atividades no campo.

O Rastelo duplo é muito versátil permitindo direcionar as vassouras em vários sentidos, de acordo com a necessidade do trabalho.

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AS PRINCIPAIS VANTAGENS DO RASTELO SOPRADOR DUPLO SÃO: • Passar apenas uma vez, pois ele já faz simultaneamente o trabalho de enleirar todo o material da rua; • Economia de tempo e custo; • Regulagem hidráulica do ângulo de varrição e das vassouras; • Caixa de transmissão que tem melhor desempenho e é mais resistente; • Mais leve que os existentes no mercado.

O novo modelo é ideal para lavouras mais espaçadas.


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ESPECIAL

Membros da USDA visitam a Cocapec

Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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omo muitos já sabem a região da Alta Mogiana é mundialmente conhecida pela qualidade dos seus cafés, e são apreciados por paladares exigentes ao redor do planeta. E foi justamente esta fama que trouxe à região os membros recém-chegados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A Cocapec foi a empresa escolhida por Clay Hamilton, Conselheiro Agrícola, Chanda Berk, Diretora do escritório de Promoção Comercial e Sérgio Barros, Especialista Agrícola, para conhecerem todas as etapas da cafeicultura, da lavoura até a industrialização. A visita ocorreu em meados de julho e começou em uma propriedade próximo ao município de Franca/SP, quando foram acompanhados por Alex Faleiros, técnico que faz atendimento de campo aos cooperados. Na fazenda conheceram o processo de colheita, secagem, fisiologia da planta e aprenderam como são combatidos os ataques de pragas e o controle de diversas doenças. Já na Cocapec, a comitiva se reuniu com a diretoria que falou um pouco mais sobre o funcionamento de uma cooperativa agrícola e aspectos do associativismo. Após o bate papo, o trio seguiu para conhecer a estrutura, iniciando pela classificação, onde degustaram alguns grãos. Na sequência, foram até a área de armazenagem e visualizaram o processo de granelização. A Revista Cocapec entrevistou Chanda Berk, Diretora do escritório de Promoção Comercial, veja a seguir como foi a conversa.

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Os membros da USDA tiveram a oportunidade de degustar alguns cafés da Alta Mogiana.

REVISTA COCAPEC: O QUE ACHOU DA VISITA À PROPRIEDADE RURAL? CHANDA BERK: Esta foi a minha primeira visita a uma fazenda de café. Fiquei incrivelmente impressionada com as técnicas de gestão utilizadas na produção agrícola, especialmente a colheita mecânica versus manual. RC: NA COCAPEC, EM RELAÇÃO A PARTE ESTRUTURAL, O QUE MAIS CHAMOU A ATENÇÃO? CB: Fiquei muito impressionada com o tamanho da cooperativa. Atender a seu grande número de associados requer uma capacitação gerencial enorme. Durante nossa visita a sede da cooperativa, fiquei contente em saber que há 15 engenheiros agrônomos em tempo integral para atender aos agricultores, e que estes têm acesso ao crédito. Este tipo de apoio é importantíssimo para sustentar a produção agrícola.


RC: VOCÊ TEVE A OPORTUNIDADE DE FAZER A DEGUSTAÇÃO DE CAFÉ, COMO FOI ESTA EXPERIÊNCIA? CB: Eu gostei de cada parte de nossa visita. No entanto, eu nunca havia feito uma degustação de café, e tive a honra de experimentá-la. Não me esquecerei desta ocasião. RC: PELA CONVERSA COM A DIRETORIA, VIU MUITAS DIFERENÇAS ENTRE UMA EMPRESA COMUM E UMA COOPERATIVA AGRÍCOLA? CB: Sim, certamente. Geralmente, na agricultura encontramos cooperativas formadas por produtores rurais da mesma região que buscam redução de custos seja através de compartilhamento de equipamentos ou insumos. Os cooperados também trabalham para obter insumos a preços mais baixos e certamente procuram vender seus produtos ao maior preço possível. No caso das cooperativas, a afiliação é baseada em uma taxa e/ou anuidade, sendo que os produtores podem escolher ou não serem partes da organização, usufruindo mais ou menos dos produtos e serviços oferecidos. RC: DEPOIS DESTA VISITA JÁ PODE FALAR QUE ENTENDE BEM MAIS DE CAFÉ DO QUE ANTES? CB: Absolutamente! Eu ainda tenho mais a aprender é claro, e estou ansiosa para expandir a minha base de conhecimento com a ajuda de organizações como Cocapec.

A visita começou em uma propriedade rural próximo a Franca/SP em que conheceram alguns processos na etapa de colheita.

A comitiva foi recebida por membros da diretoria e superintendência da Cocapec.

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ESPECIAL

Cocapec desenvolve site para vendas de suas marcas de café Com a loja virtual, os cafés da cooperativa chegarão a todos os cantos do país. Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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oje, mais da metade da população brasileira possui acesso à internet. De acordo com a eMarketer já somos aproximadamente 108 milhões de usuários e devemos fechar o ano como a 4ª nação mais conectada. Dentro desse bolo, o e-commerce (comércio eletrônico) cresce a passos largos, podendo chegar aos R$ 43 bilhões em 2015, segundo a projeção da Ebit. No 1º semestre deste ano as vendas virtuais aumentaram 16%, comparando com o mesmo período de 2014.

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De olho neste mercado promissor a Cocapec se prepara para lançar em breve o e-commerce de suas marcas de café – Tulha Velha e Senhor Café. Além de um dos melhores grãos do mundo, os visitantes encontrarão diversos artigos como xícaras, canecas, kits e também máquinas de expresso. O foco inicial serão os consumidores domésticos e que buscam por produtos de qualidade e a comodidade que a compra pela internet oferece. Futuramente, a plataforma também poderá atender clientes no atacado. O site também será compatível com os diversos dispositivos como computadores, notebooks, smartphones e tablets. Dessa forma a Cocapec levará o trabalho dos seus cooperados, através do sabor da Alta Mogiana para todo o Brasil.



ESPECIAL

Dia do Agricultor homenageia cooperados Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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4ª edição do “Dia do Agricultor”, organizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) EDR Franca, aconteceu no dia 31 de julho, e desta vez o município anfitrião foi Jeriquara/SP. O Poliesportivo da cidade foi transformado em um belo salão para recepcionar os mais de 300 produtores rurais e suas famílias, além de autoridades políticas. Entre elas o Deputado Estadual Welson Gasparini (PSDB) que falou sobre a necessidade de unir forças, principalmente no atual momento do país.

Diversas autoridades políticas estiveram presentes entre elas o Deputado Estadual Welson Gasparini.

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Maurício Miarelli, presidente da Cocapec, compôs a mesa e falou sobre a importância da data. “Este dia existe há 55 anos e temos muito o que celebrar. E isto deveria estar ocorrendo em todo o país, pois nós produzimos o bem mais nobre, que é o alimento”. Também prestigiou o evento o vice-presidente da cooperativa Carlos Sato. Na oportunidade, foram homenageados 13 personalidades da agricultura da região por suas contribuições para o setor. Deste total, 10 produtores são cooperados, demonstrando que fazer parte de uma organização é um diferencial e gera resultados.

O presidente da Cocapec Maurício Miarelli destacou a necessidade de ampliar esta comemoração para todo o país.


A programação contou ainda com uma palestra com o tema Cooperativismo e Mercado Internacional, ministrada por Guilherme Araújo e Tais Canola, técnicos do Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA) da Secretaria da Agricultura de São Paulo. A exposição de máquinas e implementos agrícolas foi novamente um enorme sucesso. A Cocapec levou para o recinto os tratores Agrale e os equipamentos de fabricação própria, o Rastelo Soprador e a varredeira Robust – Eco. Como já virou tradição, o Senhor Café marcou presença e foi servido a todos os presentes na versão espresso. Origem da Data O Dia do Agricultor é celebrado em 28 de julho, data da fundação do Ministério da Agricultura, no mandato de Juscelino Kubitschek, em 1960.

Mais de 300 pessoas marcaram presença no evento.

Fonte: Brasil Escola

A Cocapec levou para o evento a varredeira Robust- Eco e o rastelo Soprador.

Este dia existe há 55 anos e temos muito o que celebrar. E isto deveria estar ocorrendo em todo o país, pois nós produzimos o bem mais nobre, que é o alimento. Os presentes assistiram também a uma palestra com o tema Cooperativismo e Mercado Internacional.

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ESPECIAL

CONFIRA OS HOMENAGEADOS DO EVENTO:

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Antônio Lázaro Salgueiro – Altinópolis/SP (Cooperado)

José Vitalino Rodrigues – Rifaina/SP (Cooperado)

Massumi Kondo – Cristais Paulista/SP (Cooperado)

Honofre Bazon – Itirapuã/SP

Tércio Tarcilio Tostes – Batatais/SP (Cooperado)

Orestes Peroni – Jeriquara/SP (Cooperado)

Dimas Figueiredo Andrade – Patrocínio Paulista/SP (Cooperado)

José de Alencar Coelho – Pedregulho/SP (Cooperado)

Orlando Zanetti – Restinga/SP (Cooperado)

Antonio Alves de Souza – Ribeirão Corrente/SP (Cooperado)

Marina de Lourdes Limonta Prior – Franca/SP (Cooperada)

Carlos Eduardo Sicca Pascoali – Santo Antônio da Alegria/SP

Samuel Squarize Medeiros – São José da Bela Vsita/SP

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ESPECIAL

Cocapec investe na ampliação em Ibiraci/MG Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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expansão do núcleo de Ibiraci/ MG já está a todo o vapor. Homens e máquinas trabalham intensamente para entregar a obra até o final deste ano. Os investimentos foram aprovados pela Assembleia Geral Ordinária de 2014, e giram em torno dos R$ 4 milhões. O montante se refere à aquisição de um terreno de aproximadamente 8.500 m² e custos com a construção. Serão construídos uma nova loja e armazém de insumos, permitindo uma maior variedade de produtos e agilidade aos mais de 450 cooperados da região. Vale lembrar que Ibiraci é o último núcleo a receber melhorias estruturais das lojas de um programa de reformulação iniciado pela Cocapec nos últimos anos. A execução de cada projeto seguiu alguns critérios, entre eles análise das demandas de cada localidade, discussões com cooperados e aprovação em assembleia.

Os investimento da obra, orçada em cerca de R$ 4 milhões, foram aprovados pelos cooperados em Assembleia.

Neste terreno serão construídos a nova loja e armazém de insumos.

160,44

° 81

6,00

25,4

0,

6,00

236,50

12

23,25

16,43

00 20,

7,00m

02

01

0 3,5

NÍVEL 01

GALPÃO EXISTENTE

111,35

71,90

01

EXISTENTE EXISTENTE

04

03

10,10

EXISTENTE

08

20,10

BALANÇA

13

84,36

6,05

05 159,67°

60,00

4,20

27,52

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NÍVEL 02

EXISTENTE

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07 17,00

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Bairro: Centro

Quadro de Áreas

muro de arrimo

09

90,05

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EXISTENTE EXISTENTE EXISTENTE EXISTENTE EXISTENTE EXISTENTE

266,00 m² 3804,00 m² 409,05 m²

5 ,72 18,11

3 4,25

ro

2,00

de 38 , 90 arrimo

0,00m

1,00m 163,16

01/01

07 08

A AMPLIAR A AMPLIAR

09 10 11

A AMPLIAR A AMPLIAR A AMPLIAR

1530,85 m² 1206,00 m² 726,19 m² 123,375 m² 3600,00 m²

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A AMPLIAR A AMPLIAR A AMPLIAR

2400,00 m² 150,00 m² 450,00 m²

39,37

BALANÇA TERRENO ÁREA EXISTENTE ÁREA A AMPLIAR OBS.: NÃO FORAM SOMADAS AS MARQUISES

Ibirací - M.G..

Localização: data: Junho/2014 Escalas: Indicadas

212,50 m² 1957,74 m² 1150,00 m²

Matricula: N° .: ART.:

Proprietário Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas

31,03

mu

Prancha

Local: Rua Barão do Rio Branco nº 1484

muro de arrimo

35,25

RAMPA

4,75

7,00

76 ,3 0

3,50

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Título: Construção de Unidade para Armazenagem de Café Prop.: Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (COCAPEC)

0 3,5

6,00

5,22

7,00m

11

168,64°

0 3,5

TOMBADOR EXISTENTE

Projeto:

30,00 m 29.642,00 m²

CREA: 506.181.777-2

Eng. Rafael Pimenta Furlan

Resp. Técnico

7.799,29 m² 10186,415 m²

CREA: 506.181.777-2

Eng. Rafael Pimenta Furlan

Aprovações:

IMPLANTAÇÃO GERAL E scala: 1:500

Projeto de ampliação do núcleo. 22

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CAPA Acesse www.cocapec.com.br, Área Restrita, e veja o clipe do evento e a palestra de José Luis Tejon.

EXPERIÊNCIA E JUVENTUDE PARA SEGUIR EM FRENTE Por Murilo Andrade Assistente de Comunicação Cocapec

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omo estaria a cafeicultura da região hoje se não existisse a Cocapec? Foi com este questionamento que o diretor presidente da Cocapec, Maurício Miarelli começou o seu emocionado discurso na festa realizada no dia 25 de julho para comemorar os 30 anos da cooperativa. As palavras de Miarelli propuseram um momento de reflexão, e a importância de se homenagear e principalmente relembrar o trabalho dos homens que deram os primeiros passos no sentido da organização da classe produtora. Ao todo foram 9 formações de diretoria e ele lembrou cada uma delas. As futuras gerações foram o foco central das palavras do presidente. “Os jovens não sabem como era antes, como era difícil, as impossibilidades, as incapacidades, e o desafio é justamente este, pois eles são o futuro de tudo isso, é preciso olhar o caminho percorrido e trabalhar para uma transição segura para que não haja perda para a nossa cooperativa”. O presidente também destacou o trabalho ao longo das três décadas dos conselhos administrativo e fiscal que, segundo ele, sempre atuaram com muita seriedade e equilíbrio, e contribuíram para trazer a sociedade até este momento.

As marcas de café Tulha Velha e Senhor Café, também marcaram presença. 24 24

R E V I S TA C O C A P E C - M A I / J U N 2 0 1 5 R E V I S TA C O C A P E C - J U L / A G O 2 0 1 5

O local escolhido para a celebração foi o novo armazém em Cristais Paulista e reuniu mais de mil pessoas.

O vice-presidente Carlos Sato destacou personalidades marcantes que contribuíram para o fortalecimento da Cocapec e Credicocapec.

O presidente Maurício Miarelli chamou os cooperados para fazerem uma reflexão sobre a importância da criação da cooperativa

O diretor secretário Alberto Rocchetti Netto ressaltou a força coletiva que move a cooperativa.


O presidente do conselho administrativo do Sicoob Credicocapec, que também é vice-presidente da Cocapec, Carlos Yoshiyuki Sato, falou dos inúmeros trabalhos desenvolvidos pelas duas instituições e destacou que é uma honra para cooperativa de crédito fazer parte da Cocapec. Já o diretor secretário Alberto Rocchetti Netto encerrou as falas com exaltação ao trabalho coletivo. “Podemos nos considerar uma cooperativa de sucesso, e tudo isso é fruto da união dos nossos associados e colaboradores que se esforçam muito para que hoje possamos comemorar esses 30 anos. Muito mais que sobras, visamos hoje o crescimento dos nossos cooperados e colaboradores”, finaliza Rocchetti. Na sequência, o convidado especial José Luiz Tejon teve uma produtiva conversa com os presentes sobre O futuro do país: superação via cooperativismo, em que abordou assuntos atuais, bem como o resgate de valores e princípios que são as bases para construir qualquer história. O palestrante ressaltou a necessidade de manter o jovem espírito cooperativista dos pioneiros que ergueram a cooperativa que ao longo dos anos vem evoluindo com a cafeicultura. Destacou, também, a importância da identificação dos cooperados jovens com a realidade cooperativa, reafirmando as palavras iniciais de Maurício Miarelli. Um dos pontos altos da celebração foi quando subiram ao palco para um brinde os cooperados Antenor Ricardo Faleiros, 95 anos, e Bárbara Fernandes Malta, 18 anos, simbolizando a união da experiência e a juventude, elementos essenciais para a construção de uma cooperativa de sucesso. O “parabéns a você” foi entoado pelo violeiro Ronaldo Sabino que, juntamente com sua banda, embalou o restante do dia com modas de viola e grandes clássicos da música sertaneja. Os momentos que se seguiram foram marcados por uma grande confraternização, longas conversas entre amigos, registros fotográficos e, claro, um belo almoço. A grandiosa festa, realizada dentro de sua casa, apenas mostrou como a Cocapec possui bases fortes e estabelecidas, e o segredo para ir em frente é olhar para trás e enfrentar os desafios de hoje e com isso seguir o caminho com mais tranquilidade. Que venham mais 30 anos.

Um dos momentos mais emocionantes foi quando todos lançaram os seus chapéus para cima em celebração a Cocapec.

membros da diretora e dos conselhos fiscal e administrativo eternizam o momento.

A trilha sonora foi embalada pelo violeiro Ronaldo Sabino e sua banda.

Para recordar, os presentes foram recepcionados com uma exposição dos momentos marcantes destes 30 anos.

Antenor Ricardo Faleiros e Bárbara Fernandes Malta representaram todos os cooperados durante o brinde com a diretoria.

José Luis Tejon proporcionou uma agradável conversa sobre o futuro do país: a superção via cooperativismo. R E V I S TA C O C A P E C - M JU J UALI / A GN O 22 00 11 55

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CAPA

Evoluindo com a cafeicultura – conheça a nossa história

T

udo começou com a instalação de um núcleo da Cocap (Cooperativa Central Agropecuária Paraná) em Franca/SP em 1983. A cooperativa paranaense, com o apoio de José Carlos Jordão da Silva, vislumbrou o potencial produtivo da Alta Mogiana e abriu no município mais uma unidade. Pouco tempo depois já possuía por aqui um armazém com capacidade para 150 mil sacas e uma moderna usina de rebenefício. Porém, a Cocap começou a enfrentar problemas financeiros e assim encerrou suas atividades na cidade. Mas como ficariam os cafeicultores da região que já vislumbravam no associativismo um caminho seguro e duradouro? Diante desta interrogação, e com a experiência adquirida na Cocap que surgiu a ideia de montar uma cooperativa própria. Sob a liderança de Jordão o grupo que encabeçava o projeto, mobilizou os cafeicultores para a realização da assembleia de criação da nova cooperativa. No dia marcado, 11 de julho de 1985, muitos produtores estavam presentes, e trinta deles assinaram a ata de constituição da Cocapec: nascia assim a Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas.

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Reuniã od Qualid a Campanha ade em d 1998. e

Classificação e degustação de café em 1985.

Reunião de mobilização dos produtores para a criação da Cocapec em 1984.

Loja Cocapec matriz em 1991.

Encontro de Cafeicultores em 1993.

Construção do núcleo de Pedregulho em 1989.

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Em pouco tempo a Cocapec viu a necessidade de ampliar sua área de atuação, e chegar cada vez mais próxima dos produtores. E dois anos depois da sua fundação já inaugurava um núcleo em Claraval/MG. A unidade de Pedregulho/SP veio em 1989. 10 anos depois, em 1999 Minas Gerais recebe uma segunda unidade, desta vez em Capetinga/MG. Em 2003, a filial de Serra Negra/SP é inaugurada, mas suas atividades foram encerradas no final de 2010. Também em 2003 foi a vez de Ibiraci/MG, tornando-se a unidade com maior número de cooperados. Cristais Paulista/SP é o núcleo mais jovem, inaugurado em 2014, onde funciona o maior armazém da Cocapec com capacidade para mais de 400 mil sacas.

Em 2014 a Cocapec inaugura seu maior armazém em Cristais Paulista/SP para 400 mil sacas.

Núcleo de Capetinga/MG em 2003.

Ampliação concluída em 2014.

1987 a Cocapec inaugura seu 1º núcleo em Claraval/MG.

Em 2013 a cooperativa entrega novas instalações aos produtores da região.

Vista aérea da antiga Cocap em 1985.

O crescimento estrutural na matriz é intenso na atualidade.

O município de Ibiraci/MG, importante região produtora, recebe uma unidade da Cocapec em 2003.

Atualmente o núcleo passa por uma ampliação.

A unidade em Pedregulho/SP em 2002 era bem modesta.

Em 2011 a Cocapec se transferiu para outro endereço para atender os grandes produtores da localidade.

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CAPA

Em 1989 a Cocapec iniciou outro desafio, o da industrialização de café. De posse de matérias primas de alta qualidade, criou ao longo dos anos 3 marcas de sucesso: o café Cocapec, em seguida o Tulha Velha e por último o Senhor Café. Atualmente, a torrefação passa por uma ampliação, o que elevará ainda mais o nível destes produtos oferecidos ao consumidor final. Em momento histórico, Papa João Paulo II recebe cafés da Cocapec.

Ao longo dos anos os serviços prestados também acompanharam as tendências econômicas e principalmente as necessidades dos cooperados. Sendo assim o associado da Cocapec possui a sua disposição diversas ferramentas para auxiliar na sua propriedade. Hoje são mais de 50 mil m² de armazéns, que recebem a produção em sacaria de juta, granel e big bag. Além disso, todos são certificados e com seguro, garantindo assim integridade dos lotes dos cafeicultores. O laboratório de análises de solo e folha é um dos melhores do país, atestado por entidades respeitadas como a Esalq/USP e IAC (Instituto Agronômico de Campinas). O Sistema de Georeferenciamento por Satélite (GIS) empregado desde 2000, e que foi atualizado recentemente, permite mensurar a área em café, realizar previsões de safra entre outras. A assistência técnica é formada por capacitados agrônomos de campo que estão sempre ao lado dos produtores para auxiliá-los a tomar as melhores decisões em suas lavouras. As lojas possuem mais de 10 mil itens, possibilitando aos cooperados encontrar tudo que precisa para o seu cafezal em todas as etapas da produção. 28

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O armazenamento em sacaria era até 2012 a única forma de estocagem.

A partir de 2012 o sistema de granelização foi implantado se tornando o principal referente a armazenagem.

Os sistemas de trabalho na classificação se mantiveram bem semelhantes durantes essas 3 décadas.

Em relação a estrutura, diversas melhorias foram feitas e novidades trarão agilidade no atendimento.

A importância de se fazer as análises foi valorizada pela Cocapec desde o seu começo.

Hoje o laboratório da cooperativa está entre os melhores do país.


A imagem mostra a loja em 1991 já bem equipada para atender o cooperado.

A granelização trouxe agilidade e redução de custo.

Atualmente são comercializados mais de 10 mil itens nas suas 5 lojas.

Hoje é possível descarregar rapidamente os cafés recebidos à granel ou em big bags.

Mas nos seus 30 anos de história a Cocapec percebeu que não basta dar apenas aporte estrutural, é preciso fornecer informações, qualificações para que tudo dê resultado. Partindo deste princípio a cooperativa realiza os Dias de Campo, o Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé), além de capacitações através de convênios com o Senar/MG, Sescoop/SP e fornecedores. Estes eventos têm o objetivo de despertar no cooperado o interesse em informações ligadas aos processos de gestão de seu negócio para que, da mesma forma que as tecnologias de produção foram adotadas, as ferramentas administrativas sejam desenvolvidas e implantadas nas propriedades, contribuindo para a formação de um empresário rural. Como cooperativa ciente de sua responsabilidade com seus cooperados e a sociedade onde atua, é realizadora e parceira de programas e projetos

A tradicional sacaria de juta agora dá lugar a big bags que possuem um moderno sistema de controle.

que difundem o cooperativismo e a preservação do meio ambiente. Entre eles estão: os Encontros de Mulheres e de Crianças, Mosaico Teatral, Projeto Escola no Campo, Coleta Itinerante de Embalagens de Defensivos Agrícolas Vazias, Campanha Natal Cooperativo e Cooperação. A Cocapec é uma cooperativa comprometida com seu cooperado, focada na clareza de suas ações, avaliando sempre quais as demandas e necessidades dos associados, seja na propriedade rural, escolha de tecnologias, repasse de conhecimento ou políticas que promovam o desenvolvimento de seu quadro social. Os resultados do empenho e comprometimento da cooperativa com seus cooperados permitiram a sua atual solidez. Nestes 30 anos, a Cocapec projetou o nome da Alta Mogiana para o Brasil e o exterior conquistando consumidores pelo mundo.

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CAPA

Cocapec em Números

Tamanho dos armazéns em m²

1985: 3 mil m² 2015: 50 mil m²

Quantidade de cooperados

1985: 300 2015: 2250

Unidades

1985: 1 2015: 6

Capacidade de armazenagem

1985: 150 mil sacas 2015: 1.500.000,00

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Nº de análises realizadas no laboratório

1986: 1.900 2015: 21.000


Diretorias

José Engler Pinto júnior (diretor secretário) / José Carlos Jordão (diretor presidente) / Alceu Rubens Morandini (diretor vice-presidente).

Luiz Roberto Diniz (diretor secretário) / Alceu Rubens Morandini (diretor vicepresidente) / José Carlos Jordão (diretor presidente).

Wanderley Cintra Ferreira (diretor presidente) / Luiz Roberto Diniz (diretor secretário) / José Orlando Cintra (direto vice-presidente).

Alceu Rubens Morandini (diretor vice-presidente) / Márcio Lopes de Freitas (diretor presidente) / Márcio Martins Ferreira (diretor secretário).

Alceu Rubens Morandini (diretor vice-presidente) / David Sebastião Ferreira (diretor presidente) / Maurício Miarelli (diretor secretário).

Carlos Yoshiyuki Sato (diretor secretário) / Maurício Miarelli (diretor presidente) / Alceu Rubens Morandini (diretor vice-presidente).

Ricardo Lima de Andrade (diretor secretário) / Maurício Miarelli (diretor presidente) / Carlos Yoshiyuki Sato (diretor vice-presidente).

Ricardo Lima de Andrade (diretor secretário) / João Alves de Toledo Filho (diretor presidente) / Carlos Yoshiyuki Sato (diretor vice-presidente).

Maurício Miarelli (diretor presidente) Carlos Yoshiyuki Sato (diretor vice-presidente) Alberto Rocchetti Netto (diretor secretário)

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SOCIAL

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TÉCNICA

Roseliniose diferente em cafeeiros Por J.B. Matiello – Eng Agr Fundação Procafé e Luciano Resende e Hugo V. Siqueira - Engs Agrs Programa Bule Cheio, do sistema FAERJ e José Ferreira - Tec Agr MAPA-RJ

A

roseliniose é uma doença do cafeeiro que também é conhecida como mal de 4 anos, pois ela aparece na medida em que a matéria orgânica, de tocos de árvores ou de suas raízes, onde o fungo se desenvolve, entra em estado de decomposição. Isso era o normal, quando, no passado, se derrubava a mata para plantar café. Hoje em dia, a doença ocorre mesmo em cafeeiros novos, nos 2 primeiros anos, basta que exista matéria orgânica, caracterizando uma forma diferente de ocorrência da doença. Recentemente observamos esse tipo em uma plantação de café catuai, de menos de 2 anos de idade, em PorciúnculaRJ. A morte das plantas foi se expandindo ao redor de um toco de abacateiro, este tendo sido cortado faz 2-3 anos. A ocorrência foi grave, pois já matou mais de 20 plantas. Verificou-se a ocorrência dos sintomas típicos, iniciando por um amarelecimento geral do cafeeiro, como se estivesse com carência nutricional. Depois a planta começa a murchar, as folhas secam e a planta acaba morrendo. Ao arrancar a planta pode-se ver, na região do colo e sobre a parte inicial da raiz primária, a casca solta, apodrecida e sob ela aparecem rizomorfas, micélios escuros. Em seguida aparece o ataque de cupins, porém estes são secundários, se alimentando, apenas, da celulose da madeira morta. Nas plantas onde o ataque é inicial, ao contrário, ao se cortar na região do colo, pode-se ver a casca e o lenho bem amolecidos e sob a casca aparece um micélio branco. As espécies de Roselinea mais comuns em cafeeiros são a R. pepo e R. bunodes. Fungos do gênero Roselinea causam podridão em várias espécies arbóreas, como o cacaueiro, a erva mate, a macieira, a videira etc. A propagação da doença, a partir de uma fonte de matéria orgânica, para os cafeeiros e destes para outros sadios ocorre pelas estruturas miceliais do fungo, que caminham sob as camadas superficiais do solo. Não existem fungicidas para controle químico da doença. Assim, as medidas de controle devem ser aquelas voltadas para redução do inoculo, arrancando e queimando o toco e os cafeeiros mortos, aplicando cal dolomitica para acelerar a decomposição da matéria orgânica e fazendo valas, com cerca de 50 cm de profundidade, em volta da área infectada, isto para interromper a caminhada do fungo. Após a decomposição da MO pode-se efetuar o replantio, com novas mudas.

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Àrea onde ocorreu a roseliniose, em PorciúnculaRJ, em lavoura de catuaí com menos de 2 anos de idade com algumas plantas mortas já arrancadas e colocadas sobre o toco de abacateiro, este o pivô do crime.

No ataque em Porciúncula vimos como as valas são efetivas, pois na parte superior da área atacada, havia um cordão em contorno e a doença só caminhou lateralmente, não sendo capaz de ultrapassar o cordão, evidenciando que o fungo caminha nas camadas superficiais do solo.


O pessoal da roça costuma “cercar” a doença com plantio de um renque de plantas de abacaxi, parecendo ser uma medida efetiva, pois as raízes dessa planta formam uma barreira subterrânea. Nesse caso, parece que as raízes do abacaxizeiro são resistentes ao fungo Roselinea. Não existem trabalhos de pesquisa que comprovem isto, mas a sabedoria do pessoal do campo sempre tem fundo de verdade.

Planta morta por roseliniose, na linha do lado de baixo de um cordão, o qual impediu a passagem do fungo para o outro lado.

O ataque inicial da Roselinea se mostra no colo da planta, logo abaixo do solo e ao se cortar pode-se encontrar o tecido amolecido e com micélio branco abaixo da casca.


TÉCNICA

Safra 2014/2015 deve ter queda de 50% na área da Cocapec Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

D

ois anos seguidos de uma forte seca, combinada com altas, em períodos tradicionalmente mais chuvosos, só poderia ter graves consequências na cafeicultura. Os primeiros meses do ano é a fase de granação dos grãos, que foi muito prejudicada pela adversidade climática, e fez com que o fruto não se desenvolvesse por completo. De acordo com os equipamentos pluviométricos da Cocapec, em janeiro de 2015 foram registrados apenas 76 mm de chuva. Em 2014, quando um forte veranico também ocorreu, o volume chegou a 129 mm. Neste comparativo já percebemos uma grande redução, mas o cenário fica mais preocupante quando trazemos os dados de 2013 que na mesma época marcou 297 mm, tudo dentro da normalidade. O reflexo disso foi confirmado na atual safra em que o percentual de peneiras maiores 17/18 ficou próximo de 20%, quando o normal é 35%. Com grãos menores o impacto no rendimento foi inevitável. O que se nota é a necessidade de um volume maior de café para completar os 60 kg da saca. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa deste ano é que sejam colhidas entre 44 e 46 milhões de sacas de 60 kg. Outro estudo realizado em janeiro pela renomada Fundação Procafé, encomendado pelo Conselho Nacional do Café (CNC), apontou uma safra entre 40 a 43 milhões. Em 2014, um ano de alta bienalidade, a produção chegou a 45 milhões. Já 2013, ano de safra baixa, mas que não sofreu nenhuma anomalia do clima, a produção chegou a 49 milhões, também com informações do órgão. Este talvez seja o melhor parâmetro para um comparativo com a colheita atual. Neste caso, a diferença entre a previsão mínima de 2015 e o total de 2013 representa uma quebra de 10% no Brasil. Na área de atuação da Cocapec, a expectativa era colher este ano 1.1 milhão de sacas, número que já representava uma queda de 50% em relação a 2014. No entanto, com contribuição dos fatores climáticos adversos e também com a ação da bienalidade, a produção não deve ultrapassar 1milhão, ou seja, uma redução em torno de 50% em comparação com a última safra, quando o total colhido chegou a 2 milhões de sacas. Deste montante, cerca de 600 mil sacas devem entrar nos armazéns da cooperativa, bem diferente do registrado no ano passado, quando a Cocapec bateu seu recorde recebendo 1.350 milhão de sacas.

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QUALIDADE De acordo com o setor de classificação e degustação de café da cooperativa, o percentual baixo de peneiras 17/18 não influenciou na qualidade. Segundo os técnicos, os grãos estão rendendo uma bebida suave e de alta qualidade, não perdendo a característica da Alta Mogiana. Este resultado é um fator positivo perante o mercado que, mesmo com volumes menores de peneiras altas, certamente valorizará o resultado satisfatório do café na xícara. 2016 Ainda é muito precoce para falar de 2016 em termos de volume de safra, mas é necessário fazer o acompanhamento da florada que já trará algumas informações sobre o próximo ano. É primordial que os cooperados façam uma análise do histórico de elementos como produtividade, temperatura e chuvas. Desta maneira será mais fácil realizar um planejamento, minimizando o impacto de momentos como este e principalmente aproveitando oportunidades. Vale lembrar que a Cocapec possui um número enorme de serviços para auxiliar seus associados, fornecendo respaldo a todos os seus cooperados. Isso é cooperativismo. R E V I S TA C O C A P E C - J U L / A G O 2 0 1 5

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SOCIAL

Capacitação do produtor rural

Os cursos mesclam aulas práticas e teóricas para melhor aprendizado.

é o foco da parceria Cocapec e Sescoop/SP Cristiane Olegário / Assistente de Comunicação Cocapec

Agora o produtor rural associado à Cocapec tem mais uma ferramenta para sua formação profissional e de seus funcionários

A

gora o produtor rural associado a Cocapec tem mais uma ferramenta para sua formação profissional e de seus funcionários. A parceria Cocapec – Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do estado de São Paulo) se estendeu ao campo. A cooperativa e seus cooperados já se beneficiavam com os cursos oferecidos nas áreas administrativa, financeira, pessoas e promoção social, e agora contam também com cursos de formação profissional rural, como o de Terrereiro (Curso de Pós-colheita via Seca - Café) realizado em julho na Fazenda São Francisco em Itirapuã/SP e na Fazenda Santa Mônica em Cristais Paulista (SP). Foram cadastrados no Sescoop/SP, cursos específicos para a área de café, como: Terrereiro, Aplicação de Defensivos Agrícolas, Manejo Integrado de Pragas e Doenças, Poda e Nutrição do cafeeiro, Classificação e Degustação de Café, entre outros, que serão oferecidos aos cooperados paulistas da Cocapec, alguns ainda este ano e a programação será completa em 2016. Os cursos de Pós-colheita via Seca – Café realizados em julho contou com a participação de 30 pessoas que receberam dicas sobre como melhorar e garantir a

qualidade do café no terreiro. Para participar dos cursos de formação profissional rural oferecidos pelo Sescoop/ SP é necessário ser cooperado da Cocapec, funcionário ou familiar de cooperado. A Cocapec está preocupada em oferecer conhecimento e informação para o produtor, evoluindo com a cafeicultura. Os próximos cursos serão de Aplicação de Defensivos Agrícolas em setembro, mais informações com a equipe técnica ou pelo email: comite@cocapec.com.br Saiba mais sobre os cursos Tel: (16) 3711-6285 E-mail: comitê@cocapec.com.br

1º curso de formação profissional rural foi de terrereiro em Itirapuã/SP 38

R E V I S TA C O C A P E C - J U L / A G O 2 0 1 5



SOCIAL

Formação Profissional do convênio Cocapec / Senar-MG traz novos cursos Por Raquel Cintra Rosa / Assistente Administrativa Cocapec/Senar

O

s cursos, realizados através da parceria Cocapec e Senar/ MG, já capacitaram milhares de pessoas nos últimos anos, permitindo mais profissionalização nos trabalhos de campo e no incremento da renda através de atividades complementares como artesanato e culinária. Após o período da colheita do café, principal atividade agrícola da região, as formações retornam a partir do mês de setembro. Geralmente, os cursos mais recorrentes são os de tratorista, operação e manutenção de colhedeira, roçadeira, classificação de café entre outros, que fazem parte do seguimento “Formação Profissional”. Porém, até mesmo por necessidade dos próprios agricultores em buscar novos conhecimentos, nos próximos meses estão previstas capacitações diferentes das tradicionais. É o caso do sistema de irrigação, Custo de produção, tema importante que ensinará organizar a parte administrativa e burocrática da propriedade e Segurança do Trabalho, que trará o conhecimento e interpretação das leis e a importância com o bem estar dos funcionários.

PROMOÇÃO SOCIAL CONTINUA FORTE Diversos cursos na Promoção Social também estão previstos, são eles: Crochê • Bordado • Pintura

Ibiraci: Raquel – (35) 3544 – 5000 Franca: Cristiane – (16) 3711 – 6285

INFORMAÇÕES Capetinga: Joana – (35) 3543 – 1572 Claraval: Dinei – (34) 3353 – 5257

SOLICITAÇÕES E DÚVIDAS Email: senarminas@cocapec.com.br 40

R E V I S TA C O C A P E C - M J UALI // AJ U GN O 22 00 11 55


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PRODUÇÃO ANIMAL

Higiene e dedicação ajudam na criação de galinhas caipiras Paulo Correia/ Médico Veterinário Uniagro/Cocapec – Mestre em medicina veterinária e professor universitário

A

criação doméstica de galinhas caipiras sempre foi praticada de forma tradicional por aquelas famílias que se dedicam à agricultura familiar, e também, experimentalmente por aqueles que compram uma propriedade rural e se encantam com a criação, que é prazerosa e, com muita dedicação, rentável. Essa rentabilidade tende a aumentar quando se oferece ao consumidor aves e ovos sadios e vigorosos, sendo este mercado dinâmico, sempre em busca de bons produtos, e a oferta geralmente é inferior, ou seja: a oferta é menor que a procura! O desempenho econômico referido, na maioria das vezes, se depara no manejo do galinheiro, com alta mortalidade dos pintinhos, baixo desenvolvimento dos frangos e o aparecimento de doenças nas aves que desanimam os avicultores. A palavra manejo abrange uma grande variedade de atividades, vamos focar na principal que é o manejo sanitário. Segundo a EMBRAPA (Agricultura Familiar, 2003), este manejo tem por objetivo manter as condições de higiene no sistema de criação que permita diminuir a ocorrência de doenças, obter bom desenvolvimento e bem-estar das aves, além de assegurar ao consumidor um produto de boa qualidade. Desta forma, a primeira providência é controlar as doenças no galinheiro, que sempre começa pela higiene. A higienização das instalações consiste na remoção periódica do esterco das aves e pulverização rotineira de todo o galinheiro (poleiro, local dos ninhos, e demais instalações). Pode-se fazer, quando possível, a alternância da pulverização pela varredura de fogo (maçarico ou “pela-porco”). A pulverização pode-se fazer com produtos naturais, como fumo e sabão ou com desinfetantes de ação germicida. A limpeza diária dos comedouros e bebedouros é muito importante, bem como a retirada de carcaças de aves mortas, combate aos ratos, se possível impedir a entrada de pássaros, evitando assim o risco de contaminação e infecções.

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R E V I S TA C O C A P E C - M J UALI // AJ U GN O 22 00 11 55

Desinfecção realizada com vassoura de fogo.


Entende-se como manejo, também, evitar que a ave se estresse. Não deixar faltar água fresca, ração e suprimento mineral. A taxa de lotação de aves por grupos de idade, ventilação das instalações e o sombreamento é um item importantíssimo para evitar doenças fisiológicas. Por último mencionamos o controle das doenças que é de suma importância. São transmitidas por meio de vírus, bactérias, fungos e vermes. O controle sanitário dessas doenças começa com a precaução de tudo que citamos acima e evitando também introduzir aves desconhecidas no criadouro, isolar aves doentes, impedir outros animais e pessoas no ambiente do galinheiro. Sabemos que o melhor remédio para a doença é a prevenção, ou seja: na criação da galinha caipira o grande lance é a vacinação dos pintinhos após o nascimento. São várias as doenças que ocorrem em nossa região. Veja ao lado as principais e como preveni-las.

Ave com sintoma aparente de salmonelose (asa caída).

BOUBA AVIÁRIA Conhecida como caroço ou verruga. É uma doença muito contagiosa e ataca aves de todas as idades. Aparece mais na época do verão devido à grande quantidade de mosquitos que transmitem o vírus. Os sintomas são os nódulos (caroços) que aparecem nas barbelas, em torno dos olhos, na crista e bicos. A doença torna-se mais grave quando esses nódulos aparecem na garganta da ave dificultando a alimentação e respiração. Falta de apetite e sonolência, levando o animal a óbito. Não existe tratamento eficaz. Nas lesões existentes passa-se solução de iodo a 2% e coloca-se antibiótico na água de bebida para evitar infecção secundária. A vacinação se faz no 1º dia de vida e as futuras poedeiras após 2meses. MAREK Doença infecciosa e muito contagiosa causada por um vírus que geralmente ataca aves jovens logo após serem colocadas no pinteiro, inalando poeira com o vírus. Os sintomas da doença começam aparecer após a 6ª semana, sendo mais comum até aos 4 meses. Acomete o sistema nervoso, pele e também o globo ocular. Os sintomas aparecem na ave com asas caídas, incoordenação ou dificuldade de locomoção e abertura das pernas (uma para frente e outra para trás), e às vezes paralisia e dilatação do papo. É uma doença com alta mortalidade e não existe tratamento. A vacinação é muito importante e se faz no 1º dia de vida, com aplicação subcutânea ou ocular. NEWCASTLE Doença causada por um vírus, altamente contagiosa que se espalha por meio do ar e pode dizimar todo o lote de aves. Apresentam lesões no sistema respiratório, digestivo e também com sinais nervosos. Os principais sintomas são: espirros constantes, dificuldade respiratória (bico aberto), conjuntivite, diarreia esverdeada do começo ao fim da doença, paralisia, torcicolo, dificuldade de ficar em pé. O pinto irá perder a noção de local (olhar para cima), baixa produção de ovos e morte repentina. Não existe tratamento. Vacinação nos primeiros dia de vida, via ocular. Repetir com 30 e 60 dias. SALMONELOSE Esta doença na galinha caipira merece um cuidado especial, pois além de elevada mortalidade em aves jovens, denominada pulorose, e pode representar problemas para o ser humano. Nas aves adultas é chamada de tifo aviário. As salmonelas não específicas causam o paratifo aviário. As aves jovens com pulorose apresentam sonolência, perda de apetite, fraqueza, diarreia brancacenta, asas caídas e às vezes morte súbita. O controle é a prevenção com higiene rigorosa e eliminação das aves doentes. VERMINOSES As verminoses são provocadas por vermes ou lombrigas (parasitas) que usam seus hospedeiros para retirar deles seu sustento, afetando seu desenvolvimento e a produção e levando-os à morte. O controle se faz utilizando vermífugo para as aves que geralmente é colocado na água do bebedouro.

Galinheiro higienizado e organizado ideal para a criação das aves.

As doenças das aves são inúmeras, e na maioria delas não existem tratamentos. Como já mencionamos, higiene e a prevenção é a maneira ideal para a sobrevivência das aves, principalmente as mais jovens, mantendo-os em ambiente satisfatório para desenvolver a imunidade provocada pela vacina. Todo procedimento deve ser feito sob a orientação de um médico veterinário, consulte o seu profissional para mais esclarecimentos. R E V I S TA C O C A P E C - J U L / A G O 2 0 1 5

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BOLETIM

RELAÇÃO DE TROCA

Relação de Troca de Café Valores referente ao mês de agosto de 2015 Produtos

Unid.

Preço unitário SP

Preço unitário MG

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

t

R$

970,00

R$

1.030,00

R$

1,90

R$

2,02

Ureia

t

R$

1.470,00

R$

1.450,00

R$

2,88

R$

2,84

Super Simples Gr

t

R$

935,00

R4

960,00

R$

1,83

R$

1,88

Cloreto de Potássio Gr

t

R$

1.510,00

R$

1.475,00

R$

2,96

R$

2,89

Adubo 21,00,21

t

R$

1.300,00

R$

1.380,00

R$

2,55

R$

2,71

Nitrato de Amônio

t

R$

1.220,00

R$

1.200,00

R$

2,39

R$

2,35

Sulfato de Amônio

Custo (R$/HA) por Segmento Bicho Mineiro Produto

Kg/L/Ha

Cercospora

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Abamectina Nortox

0,4

R$

28,00

R$

11,20

Priori xtra

0,75

R$

155,23

R$

116,42

Curyon

0,8

R$

92,60

R$

74,08

Amistar

0,1

R$

578,66

R$

57,87

Danimen

0,2

R$

87,00

R$

17,40

Cuprozeb

3

R$

23,50

R$

70,50

Fastac

0,2

R$

31,89

R$

6,38

Tutor

2

R$

33,88

R$

67,76

Karate Zeon

0,04

R$

68,22

R$

2,73

COMET

0,4

R$

123,00

R$

49,2t0

Nomolt

0,4

R$

155,00

R$

62,00

Opera

1,5

R$

71,74

R$

107,61

Supera

2

R$

38,00

R$

76,00

Insenticidas de Solo Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Herbicida Pré-Emergente para Café

Verdadero WG

1

R$

467,00

R$

467,00

Counter

35

R$

10,53

R$

368,55

Produto

Actara WG

1,4

R$

230,73

R$

323,02

Goal

Kg/L/Ha 2,5

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

R$

R$

67,50

168,75

Ferrugem Kg/L/Ha

Alto 100

0,75

R$

71,40

R$

53,55

Produto

Opera

1,5

R$

71,74

R$

107,61

Glifosato

1

R$

71,90

R$

71,90

Zapp QI

0,75

R$

155,23

R$

116,42

Gramocil

2

R$

38,00

R$

76,00

Tilt Priori xtra Supera 350 SC

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Broca Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

1,5

R$

31,80

R$

47,70

Lorsban

3

R$

31,00

R$

93,00

Kg/L/Ha

Amistar

0,1

R$

1

R$

0,15

R$

Rival (Tebuconazole) Cantus

R E V I S TA C O C A P E C - J U L / A G O 2 0 1 5

Preço - (R$)/Ha

3

R$

13,59

R$

40,77

2,1

R$

20,07

R$

42,15

3

R$

30,00

R$

90,00

0,08

R$

355,00

R$

28,40

Flumizim

0,1

R$

434,50

R$

43,45

25,28

R$

37,92

1,5

R$

Mancha Aureolada Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

3

R$

17,00

R$

51,00

2,5

R4

23,50

R$

58,75

Supera

2

R$

28,50

R$

57,00

Kasumin

1

R$

74,00

R4

74,00

Tutor

2

R$

33,88

R$

67,76

Cobre Recop

Preço Unitário

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Trebon

Produto

Kg/L/Ha

Aurora

Roundup WG

Phoma

44

Herbicidas

Produto

Preço - (R$)/Ha

Cuprozeb

578,66

R$

57,87

30,00

R$

30,00

640,24

R$

96,04


Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100

Jan 2011

Fev 2012

Mar 2013

Abr

2014

Maio

Jun

Jul

Set

Out

Nov

2015

Dez Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço* de Milho índice Esalq/BM&F

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2014 Janeiro

Ago

2014

2015

R$

US$

R$

US$

289,44

121,45

465,93

176,77

2015

R$

US$

R$

US$

Janeiro

26,83

11,26

27,41

10,40

Fevereiro

366,32

153,96

469,99

163,39

Fevereiro

30,62

12,87

27,99

9,94

Março

437,24

187,79

447,10

142,24

Março

32,84

14,12

29,44

9,37

Abril

449,45

201,45

445,69

146,55

Abril

31,18

13,96

27,61

9,08

Maio

429,28

193,22

421,95

137,88

Maio

28,75

12,94

25,34

8,28

Junho

396,73

177,47

424,02

136,35

Junho

26,38

11,80

25,03

8,05

Julho

387,87

174,33

414,50

128,63

Julho

23,69

10,65

25,99

8,07

Agosto

437,19

192,76

454,98

129,57

Agosto

22,91

10,10

27,40

7,80

Setembro

433,52

185,81

Setembro

22,02

9,44

Outubro

480,13

196,14

Outubro

23,62

9,64

23,03

8,87

Novembro

460,96

180,61

Novembro

27,66

10,84

Dezembro

455,20

172,39

Dezembro

27,67

10,47

Média Anual

418,61

178,12

Média Anual

27,01

11,51

443,02

145,17

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Produto

Jan

Fev

Mar

Abr

2011

328

145

365

146

1

2012

317

158

150

125

28

2013

297

246

296

130

125

55

7

2014

129

58

79

142

16

7

55

2015

76

239

285

163

86

16

13

0

169

235,0

141,2

51,2

44,4

20,6

6,4

Média Mensal

229,4

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

29

0

24

32

115

135

274

115

28

0

67

69

196

159

8

86

157

209

242

0,2

45

61

248

242

57,5

100,5

197

229,3

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Produto

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2011

399

120

538

136

0

8

0

0

8

186

161

306

2012

523

80

245

103

50

134

19

0

55

104

265

198

2013

321

254

222

91

142

67

0

12

89

149

239

127

2014

141

49

104

201

9

3

39

0

31

24

197

291

2015

65

278

343

128

112

14

4

0

289,8

156,2

290,4

131,8

62,6

45,2

12,4

2,4

45,8

115,8

215,5

230,5

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

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45


CURTAS

Confira as notícias 12 CAMINHÕES DO ICMS MINEIRO ESTÃO DISPONÍVEIS AOS COOPERADOS A mais recente conquista do cooperativismo, a recuperação do ICMS Mineiro, já entregou até agora 38 caminhões aos cooperados através dos seus créditos. Mas ainda estão à disposição dos cooperados de Minas Gerais 12 veículos dos seguintes modelos: IVECO DAILY 35S14 HD, IVECO STRALIS 800S56TZ, IVECO TECTOR 170E22. Para saber mais sobre como utilizar os seus créditos para aquisição dos caminhões procure qualquer unidade da Cocapec.

COCAPEC É HOMENAGEADA EM CRISTAIS PAULISTA A cidade de Cristais Paulista/SP promove há 9 anos o Top Of Mind. A edição de 2015 aconteceu no dia 8 de agosto e teve a Cocapec entre as suas homenageadas. A noite empresarial reconheceu a importância de 35 empresas que estão no município, a fim de valorizar o comércio e indústria local. O evento contou com a presença de 600 pessoas, entre elas a diretoria e superintendência da cooperativa. Foto: DB2 Produções e Eventos

CONGRESSO DA ABAG DISCUTIU O TEMA: SUSTENTAR É INTEGRAR A conteceu nos dias 3 e 4 de agosto em São Paulo mais uma edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado pela ABAG com a parceria da Reed Exhibitions Alcantara Machado. Os dois dias do evento foram bastante movimentados reunindo cerca de 800 pessoas para debater sobre um tema central “Sustentar é Integrar”. Com isso, os painéis discutiram principais desafios do setor e apontaram caminhos e oportunidades para o seguimento. Um encontro tão importante que a Cocapec não poderia ficar de fora. A cooperativa foi representada pelo seu diretor secretário Alberto Rocchetti Netto. COCAPEC ENTRE AS MELHORES EMPRESAS DO BRASIL Mais uma importante editoria reconhece o bom desempenho da Cocapec. Desta vez foi a Valor 1000, do jornal Valor Econômico, que há 15 edições escolhe as principais empresas do país. Na principal listagem, que classifica as 1000 melhores empresas de 28 setores, a Cocapec figura no 665º lugar, um salto de 237 posições em relação ao ano passado quando a cooperativa ocupou a 902ª colocação. Vale lembrar que a Cocapec faz parte do seleto grupo de 192 empresas agropecuárias que aparecerem na avaliação. Já na abordagem do setor agrícola, a cooperativa também é destaque em relação ao Giro do Ativo (receita líquida sobre ativo total em pontos), um dos 8 critérios de avaliação, ficando em 5º lugar. Todos os resultados da Valor 1000 possui a chancela da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (Eaesp-FGV/SP) e da Serasa Experian. 46

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