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João Alves de Toledo Filho Diretor Presidente

EDITORIAL

O ano que terminou nos permitiu a oportunidade de termos o maior recebimento de café da cooperativa nestes seus 25 anos, alcançamos uma marca muito próxima das 1.200.000 sacas, que era a meta esperada. Foi um ano bom, nossas lavouras apresentaram grandes índices de produtividade, refletindo os tratos culturais recebidos. Tivemos também uma inusitada reação dos preços, contrariando as expectativas de um ano de safra considerada alta, fato este (reação do mercado) dificilmente visto em um ano de grande produção. Parece que os fundamentos do mercado começam a pesar nos preços do café. Por outro lado tivemos grandes dificuldades com a qualidade da safra, causados por fatores climáticos imponderáveis, apresentando em média, na nossa região, uma catação de 25%, quando normalmente é em torno de 10 a 12%. Isto causou uma enorme dificuldade na entrega das mais de 480 mil sacas de Vendas Futuras, Trocas e CPR’s, que nossos cooperados tinham como compromisso. A cooperativa contribuiu preparando estes cafés na usina de rebeneficiamento, pois tinha que repassar às firmas exportadoras o padrão estabelecido nos contratos de venda, ou seja, tipo 6 com 86 defeitos. Diante deste cenário, houve a necessidade de muito empenho para este preparo, inclusive com a compra de mais cafés para enquadrar dentro do padrão, visto que, para entregarmos o café contratado, tínhamos que trabalhar com um volume maior para ser processado. E, apesar de todas as dificuldades de recebimento, conseguimos honrar com o compromisso de entrega no período estipulado, além de pagar todos os cooperados que tinham Vendas Futuras, sendo que a maioria o fizemos até antes da data prevista. Outro fator de orgulho para a família Cocapec foi o grau de fidelidade dos cooperados com a cooperativa. Coma realização de Venda Futura, Trocas e CPR’s à vista, os cooperados tinham o compromisso de entrega das sacas de café, e apesar do mercado físico trabalhar com preços mais valorizados que os dos compromissos dos cooperados, o índice de entrega foi de 100%, número invejável e que nos enche de orgulho e confiança. Portanto, a Diretoria e os Conselhos Administrativo e Fiscal desejam a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, cheios de paz e felicidade. Que nossos cooperados e colaboradores sintam-se parabenizados pela dedicação, perseverança e competência, as quais propiciaram a superação das dificuldades deste ano bom, mas difícil.

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Caro cooperado,

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FOI UMA BOA SAFRA, MAS DIFÍCIL

João Alves de Toledo Filho Presidente da Cocapec


Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho – Diretor-presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administração Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal Cocapec Cyro Antonio Ramos Jesuel Justino Gomes Ricardo Nunes Moscardini

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

ÍNDICE TÉCNICA

Nutrição foliar ..................................................... 8

Filiais Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400

Diretoria Executiva Credicocapec Mauricio Miarelli - Dir. Presidente José Amâncio de Castro - Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

TÉCNICA Produtividade do Brasil uma das maiores

do mundo ..................................................... 11

Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal Credicocapec Donizeti Moscardini João José Cintra Renato Antônio Cintra

CAFÉ

Balanço da Safra 2010/2011 ..................................................... 16

Credicocapec Fone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

Coordenação

SOCIAL Escola no Campo visita a Cocapec ....................................................

Eliana Mara Martins

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Núcleo de Criação Comunicação/MKT COCAPEC

Diagramação Ideia Fixa Publicidade e Propaganda Apoio Gráfico / Fotos Marcelo Siqueira

CREDICOCAPEC AGE promove reforma estatutária .....................................................

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Redação Luciene Reis Bruna Malta

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.550 exemplares Home Page

CAPA

www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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COCAPEC CONCLUI EXPANSÃO DE SEU LABORATÓRIO Além da tradição na qualidade, cooperados terão mais rapidez nos resultados das análises de solo e foliar

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4C

COCAPEC RENOVA E ADQUIRE CERTIFICAÇÕES Cooperativa continua como unidade 4C e obtém selos Rainforest, UTZ e Conab Carlos Aurélio de Freitas Jr. Supervisor de Comercialização de Café

Diante das necessidades de seus cooperados e clientes, como também as exigências do mercado e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Cocapec recebeu entre os dias 18 de novembro e 1º de dezembro de 2010, auditores de órgãos de inspeção para aprovação das certificações UTZ Certified, Rainforest Alliance e Conab IN03. A certificação permite identificar a origem de um produto, transmitindo ao consumidor, que está cada vez mais consciente e exigente, informações relacionadas à qualidade do que se encontra disponível no mercado. Este mecanismo também atinge o processo de produção, parte importante de uma sustentabilidade, pois trata da eficiência do produtor nos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais, preservando a biodiversidade, os ecossistemas naturais e integrando o desenvolvimento humano.

Estas certificações devem ser entendidas como um processo de melhoria contínua, que segue um código de conduta ou normas e que são identificadas através de um selo e um certificado. Equipe Cocapec recebe verificadora da Rainforest Alliance

CONHEÇA A ÁREA DE ATUAÇÃO DE CADA SELO OBTIDO PELA COCAPEC Rainforest Alliance/Ras (Rede de Agricultura Sustentável) Esta certificação destaca como pontos prioritários a preservação ambiental, o bem-estar dos trabalhadores e interesse da comunidade local. UTZ Certified Prioriza a rastreabilidade do produto, verificando-se as estratégias adotadas que garantem a origem do café, baseando-se no protocolo de Boas Práticas Agrícolas. CONAB IN03 Certificação obrigatória para pessoas jurídicas que prestam serviços remunerados de armazenagem de produtos agropecuários, seus derivados, subprodutos e resíduos de valores econômicos, inclusive de estoques públicos.

Desde 2007, a Cocapec faz parte do Programa 4C (Código Comum para a Comunidade Cafeeira) – iniciativa das empresas torrefadoras, sociedade civil e produtores do mundo todo. O programa visa a sustentabilidade de toda a cadeia do agronegócio café. Este código está baseado nas boas práticas agrícolas que levam em consideração o tripé formado pelo bom desenvolvimento dos fatores sociais, econômicos e ambientais.

A cada três anos todos os associados do programa 4C necessitam de nova verificação. Portanto, a COCAPEC como associada e sócia fundadora do programa no Brasil passou por esta fase que consiste tanto em avaliações a campo, com os produtores, quanto com a cooperativa mediu os padrões de qualidade dos serviços oferecidos. Esta nova verificação consiste em medir e estimular a evolução econômica, social e ambiental dos produtores que por sua vez refletem um melhor desempenho na gestão de suas propriedades, concedendo à cooperativa o selo de Unidade Produtora de Cafés 4C para mais três anos. Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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TÉCNICA

PLANTIO - O QUE LEVAR Processo precisa ser planejado para que as escolhas sejam assertivas

A simples operação de plantio ou transplantio, mais corretamente falando, começa a ser realizada em nossa região no mês de dezembro e se estende no início do ano, porém para que esta operação seja realizada com sucesso, devemos lembrar que antes deverão ter ocorridos as preparações para o processo. Primeiramente é necessário escolher o local onde será implantada a nova lavoura, ou mesmo, onde ocorrerá uma substituição técnica de uma plantação, seja por idade ou por algum outro problema decorrente na área. Neste momento, o primeiro ponto a ser observado é a topografia do terreno, pois este poderá permitir implantar uma lavoura onde a colheita seja realizada mecanicamente, o que facilitará o escoamento da produção. Outro ponto básico é a escolha da variedade a ser plantada, pois temos várias opções e cada uma possui sua característica de adaptação aos diversos microclimas da região. Hoje, as variedades mais plantadas em nossa região são catuaí, que ocupa aproximadamente 62% da área e o mundo novo com 31%.

Estas variedades se adaptam muito bem aos nossos solos, proporcionando excelente produtividade. Quanto ao preparo das mudas, o mesmo deve ser feito por viveiros credenciados, onde são realizadas análises que certificam a qualidade e isenção de pragas e doenças, podendo ser levadas para o campo com toda segurança necessária. Com a decisão do local, escolha da variedade e do viveiro credenciado é hora de preparar o terreno para iniciar o plantio. A análise de solo levantará a necessidade de correção do local e consequentemente a dose certa de adubação. Este trabalho inicia o preparo do solo e pode ser feito no ano anterior ao plantio, com benefícios de tempo de correção e manejo de mato iniciado, ou no ano que será implantada a lavoura. Com o terreno preparado e corrigido, a marcação das linhas de plantio é de extrema importância, pois é nessa hora que se faz o alinhamento da lavoura. Uma operação simultânea à marcação das linhas é a abertura do sulco de plantio, que deve

O processo de plantio de café deve ser criterioso para garantir uma boa lavoura

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TÉCNICA

VAR EM CONSIDERAÇÃO Gabriel Rosa Engenheiro agrônomo - Uniagro

ser feito o mais profundo que puder, pois é o canal de distribuição de adubos, corretivos e matéria orgânica, formando uma região rica para o pleno desenvolvimento das mudas. Após a aplicação dos insumos, para se misturar e preparar o sulco de plantio, existem várias operações que podem ser feitas como batedeira de cova, valetadeira, grade niveladora pequena ou o subsolador com três hastes, quebrando as paredes deixadas pelo sulcador, misturando os insumos e tampando o sulco. Esta última operação vem sendo muito utilizada devido ao baixo custo e às qualidades técnicas. Para o dia do plantio, os pontos a serem observados são o lugar onde as mudas serão descarregadas, devendo ser um lugar de fácil acesso e exposto ao sol. O carregamento das destas para a distribuição na linha de plantio deve ser feita, de preferência, em caixas plásticas. Distribuídas as mudas, a marcação das covas deve ser feita com utilização de instrumentos que permitam uma marcação

perfeita, podendo ser cordas, metros de madeira, compasso ou carriolas marcadas, pois será nestes locais sinalizados que o covador irá abrir a coveta e ali aplicar adubo e misturar bem. Para a realização do plantio, deve-se cortar o fundo do saquinho, para evitar enrolamento de raízes e pião torto. Na hora da colocação da muda na coveta, o plástico deve ser retirado com muito cuidado, pois é neste momento que outro problema pode acontecer, a descompactação do torrão e danificação das raízes ali envoltas, muitas vezes sendo necessário o descarte da muda. Após colocar a muda na coveta, a compactação lateral é muito importante, pois evita o tombamento e afogamento das mudas, mas neste momento deve ser feito apenas nas laterais, sem forçar a muda por cima para não torcer o pião ou quebrar o torrão. Com a muda plantada, os tratos culturais iniciais darão condições para que, nos próximos dois anos e meio, esta lavoura possa iniciar sua produção com retorno financeiro e maior longevidade na sua fase produtiva.

A escolha da variedade ideal para a sua propriedade também é essencial

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TÉCNICA

NUTRIÇÃO Importante ferramenta que deve contar com orientação adequada para não causar danos ao cafeeiro Luciano Castagine Ferreira Coelho Analista Técnico

Apesar de muito valorizada, principalmente por firmas comerciais, folhetos e propagandas, a adubação foliar quando realizada de forma indiscriminada pode induzir a prejuízos, tanto por gastos desnecessários como por desequilíbrios e carências da planta. No caso do café, as adubações foliares sempre fizeram parte das operações durante o processo produtivo. Isto se deve a facilidade de aplicação, pois normalmente são feitas de 4 a 6 pulverizações, sejam elas, de inseticidas ou fungicidas para manejo de pragas e doenças na lavoura. Entretanto, alguns cuidados necessitam atenção especial como, por exemplo, quanto e o que usar de produtos para fins nutricionais. As adubações de solo normalmente são feitas para que sejam fornecidos os chamados macronutrientes como Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S). Aliado a estas adubações e normalmente intercalado estão às adubações foliares, as quais por sua vez têm, além da função de aplicar produtos fitossanitários a de também fornecer e suprir adequadamente a planta quanto aos micronutrientes que são o Ferro (Fe), Manganês (Mn), Zinco (Zn), Cobre (Cu), Boro (B) e Molibdênio (Mo). Porém, se tratando de micronutrientes, hoje existe uma

A adubação foliar feita da maneira correta garante o crescimento saudável da planta

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gama enorme de produtos aos quais devemos ter atenção especial ao recomendarmos para o produtor. Pensando nisso, a Cocapec contou com o treinamento, para sua equipe técnica, do Pesquisador e Doutor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Ambientais do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), José Antônio Quaggio.

Durante o treinamento foram abordados temas como recomendação de nutrientes via solo e folha, interpretação e tendências de fertilidade de diferentes tipos de solos.

Durante o treinamento foram abordados temas como recomendação de nutrientes via solo e folha e interpretação e tendências de fertilidade de diferentes tipos de solos. “Acredito que a reunião com o Dr. Quaggio foi de grande valia para a reciclagem dos conhecimentos da equipe técnica, pois foram abordados temas de grandes discussões como calagem, local de aplicação de fertilizantes e corretivos e diferentes formas de preparo de solo para a implantação da lavoura cafeeira” declara o engenheiro

Manutenção dos equipamentos proporcionam economia e eficiência nas aplicações


TÉCNICA

ÃO FOLIAR agrônomo Ricardo Ravagnani. “O treinamento serviu para que fossem relembrados pontos básicos da nutrição de plantas, realçando as empresas de produtos que muitas vezes vendem ilusões e prometem coisas impossíveis aos produtores, causando frustrações. E como ponto principal, o destaque foi para a cafeicultura irrigada com grande ênfase na fertirrigação em cafeeiros”, afirma o engenheiro agrônomo Éder de Carvalho Sandy. A Cocapec capacita sua equipe técnica para que o cooperado desfrute destes serviços e mais, disponibiliza à eles, linhas completas, não só de produtos de nutrição mineral do café, mas também produtos fitossanitários para manejo adequado de pragas e doenças que acometem o cafeeiro. Para mais informações, procure uma de nossas filiais ou o técnico de sua região.

Lavoura bem nutrida resulta em boa colheita e lucratividade para o produtor

ANÚNCIO FRANCAUTO

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TÉCNICA

COCAPEC PARTICIPA DO 36º CONGRESSO DE PESQUISA CAFEEIRA

Participação da Cocapec é importante para atualizar corpo técnico Roberto Maegawa Coordenador do Setor Técnico

Entre os dias 26 e 29 de outubro, foi realizado o 36° Congresso de Café em Guarapari-ES. O evento foi realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pela Fundação Procafé, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Universidade de Uberaba (Uniube) e Universidade Federal de Lavras (Ufla). Neste ano importantes pesquisadores e empresas que atuam há 40 anos na criação de métodos para controle de doenças de café apresentaram seminários com dados da importância da chegada da ferrugem e da evolução das formas de controle, de modo que a doença não consiga arrasar o café. Também foi discutida a “Racionalização das Adubações do Cafeeiro”, tema bastante debatido na comunidade técnica, so-

bre a importância de o que pode ser analisado conforme a carga pendente ou época de poda, o que é extraído da planta e o que é usado para a formação no próximo ano. A participação do corpo técnico da cooperativa no Congresso é muito importante, pois são apresentados vários seminários de temas relevantes, que atualizam os técnicos na recomendação de produtos e serviços cada vez mais modernos, que funcionam a um custo menor e de forma sustentável, sem contaminação da natureza. Através da equipe técnica da cooperativa, informações atualizadas e de qualidade transitam entre importantes pesquisadores e cooperados. Portanto, é importante consultar sempre o agrônomo de sua região e ficar por dentro do que está acontecendo fora das porteiras da propriedade rural.

SETOR TÉCNICO COCAPEC (16) 3711-6265 – Roberto N. Maegawa | (16) 3711-6233 – Luciano C. F. Coelho

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TÉCNICA

PRODUTIVIDADE AGROPECUÁRIA DO BRASIL É UMA DAS MAIORES DO MUNDO Brasil está à frente até de países com tradição na produção e exportação de alimentos, como os EUA

A produtividade da agropecuária brasileira é uma das mais altas do mundo, com crescimento médio anual de 3,57% de 1975 a 2009. Uma pesquisa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) analisou o comportamento do setor nos últimos 35 anos e aponta que o Brasil está à frente de outros países com tradição na produção e exportação

de alimentos. Os Estados Unidos, por exemplo, apresentaram média de crescimento anual de 1,87%, no período de 1975 a 2008, segundo informações de seu Departamento de Agricultura (USDA, sigla em inglês). No Brasil, a avaliação dos últimos dez anos (2000-2009) mostra que esse incremento foi de 5,39% ao ano.

COMPARAÇÃO ENTRE A PRODUTIVIDADE TOTAL DA AGROPECUÁRIA DO BRASIL E DOS EUA

A taxa média de variação anual da produtividade nesse período recente é consideravelmente superior aos 2,85% registrados entre 1990 e 1999 e aos 2,25% observados entre 1980 e 1989. O coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Gasques, um dos autores do estudo, explica que os principais fatores que impulsionaram esse bom desempenho foram a política de crédito e os investimentos na pesquisa agropecuária. “O financiamento para a compra de insumos e capital, como máquinas, fertilizantes e defensivos, além do trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),

foram essenciais para que o país crescesse em produtividade”, comenta. Dois momentos importantes no crédito rural foram as décadas de 1970 e 1980, épocas de formação e acumulação de capital, e o período dos anos 2000, durante a criação de programas e linhas de crédito para a modernização do setor, como o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Entre 2000 e 2009, o volume de crédito rural concedido a produtores e cooperativas aumentou 153%, em valores reais. Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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TÉCNICA

O desenvolvimento de variedades agrícolas mais produtivas, resistentes às mudanças climáticas e adaptadas ao meio ambiente, além da geração de novos métodos de cultivo, foram alguns dos resultados obtidos pela pesquisa agropecuária nos últimos 35 anos. Essas ações também foram decisivas para alavancar o setor agropecuário, em especial a produção de grãos. “O período analisado coincide com a expansão da ocupação do Cerrado e da produção de grãos naquela área, que foram, em grande parte, propiciadas pela Embrapa”, afirma o coordenador. Vinculada ao Ministério da Agricultura, a empresa conta com mais de três mil pesquisadores, 1,2 mil projetos de investigação e orçamento de R$ 1,8 bilhão. Essa combinação vem contribuindo para que a Embrapa atenda a desafios específicos do setor, a exemplo da produção sustentável para geração de bioenergia, do intercâmbio e disseminação de recursos genéticos em diferentes sistemas de produção e do aumento da eficácia dos fertilizantes. O estudo corrobora, ainda, que a produtividade brasileira não é influenciada pelo avanço da área, seja de lavouras ou pastagens. Ao longo do período estudado, a área passou de 209 milhões para 219 milhões de hectares. Entre 1975 e 2009, a

produção de grãos no Brasil aumentou 240%, enquanto a área foi expandida em 44%. “Esse é um dos exemplos mais notáveis do crescimento da produtividade agrícola”, defende Gasques. Do mesmo modo, a produção de carne bovina (peso de carcaças) por hectare de pastagem aumentou de 10,8 para 42,3 quilos por hectare nas últimas três décadas. A produção total de carne passou de 2,7 milhões para 19,5 milhões de toneladas entre 1975 e 2009, ou seja, aumentou sete vezes. O uso de tecnologia também teve grande incremento nesses últimos 35 anos. Gasques destaca que a aplicação de fertilizantes em lavouras permanentes e temporárias, passou de 45,6 para 123,3 quilos por hectare no período estudado, enquanto o número de máquinas agrícolas utilizadas passou de 334,8 mil, em 1975, para 528,65 mil, em 2009. “Esses números ajudam a representar os acréscimos de produtividade agropecuária observados nos últimos anos no Brasil”, avalia. Foram utilizadas para os cálculos de produtividade informações de 35 produtos das lavouras permanentes, 31 das culturas temporárias e os dados sobre abate divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fonte: Peabirus

EVOLUÇÃO NA PRODUTIVIDADE DA AGRICULTURA BRASILEIRA (%)

Fonte: Gasques, Bastos e Bacchi, 2010 Nota: Resultado leva em consideração a produtividade da terra, trabalho e capital usados para a produção de lavouras e pecuária.

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TÉCNICA

PROFISSIONAIS DA CATI VISITAM A COCAPEC No dia 13 de novembro, Franca e a Cocapec receberam a visita do coordenador da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada), José Luis Fontes, da equipe de trabalho do Microbacias II e do diretor do Escritório de Desenvolvimento Rural de Franca (EDR), Pedro Cesar Barbosa Avelar. Na cooperativa, foram recebidos pelos diretores João A. Toledo Filho, presidente, Carlos Y. Sato, vice-presidente e Ricardo L. Andrade, secretário, que mostraram aos visitantes um pouco da cafeicultura regional. A equipe da Cati aproveitou a oportunidade para apresentar as diretrizes do Programa Microbacias II – “Acesso ao Mercado”. Este programa tem o objetivo de aumentar a competitividade da agricultura familiar, em áreas prioritárias, no Estado de São Paulo, melhorando simultaneamente a sua sustentabilidade ambiental.

Pedro Avelar EDR Franca Equipe da Cati é acompanhada por João Toledo em visita à Cocapec

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TÉCNICA

MÃO DE OBRA X C Diante das dificuldades com mão de obra especializada e custos altos, colheita mecanizada é a melhor opção para o cafeicultor

Atualmente, a cafeicultura da Alta Mogiana se encontra em plena expansão produtiva e econômica, em função da alta tecnologia introduzida nesta atividade agrícola. Por conseguinte, a necessidade de mão de obra nas operações tradicionais, sobretudo a colheita, também se apresenta constantemente crescente. Entretanto, ao passo que a cafeicultura se desenvolve, percebese uma escassez cada vez maior na mão de obra disponível e uma dificuldade notável por parte dos agricultores de se relacionarem com os trabalhadores registrados, uma vez que as exigências contidas na NR 31 (Norma Regulamentadora Rural, que rege as obrigações dos empregadores rurais) são demasiadamente rigorosas perante a realidade de alguns produtores. Na verdade, a cafeicultura brasileira, durante toda sua história, foi predominantemente movida pelos trabalhos manuais, desenvolvidos pelos operários que habitavam no campo e tinham experiências com as funções designadas à cafeicultura. A colheita manual de café era lucrativa, rendia generosas remunerações aos colhedores. Todavia, ao longo do tempo, esses trabalhadores foram monopolizando esta atividade e as dificuldades enfrentadas pelos agricultores foram se agravando, o que desencadeou a necessidade e posterior desenvolvimento da primeira colhedeira mecânica de café em 1979, pelo Sr. Shunji Nishimura, precursor das Máquinas Agrícolas Jacto. Diante deste cenário de dificuldades na realização da colheita de café, os agricultores vieram se organizando e atualmente estão se deslocando cada vez mais para a mecanização das lavouras cafeeiras, recorrendo à utilização de colheitadeiras mecânicas no desenvolvimento de suas safras, pois dispõem atualmente de empresas qualificadas que oferecem este serviço com prontidão, e sua única responsabilida-

de é contratar e remunerar a prestadora de serviços. As demais operações como transporte de maquinários, disponibilidade de operadores, fornecimento de tratores com carretas, transferência de café para os terreirões, etc, são de total responsabilidade da empresa contratada, isentando o produtor de qualquer eventual penalidade oriunda da legislação. Estes são os aspectos básicos que explicam a intensa transição dos produtores rurais, que deixam a colheita manual de lado para incorporar a colheita mecanizada no seu cotidiano agrícola. Entretanto, é necessário estudar a fundo as diferenças entre essas duas modalidades de colheita de café, para expor com transparência a viabilidade da realização de uma ou de outra. DISTINÇÃO ENTRE COLHEITA MANUAL X MECANIZADA Embora a colheita manual seja uma operação histórica e tradicional no café, apresenta um custo elevado e uma capacidade operacional inferior frente à colheita mecanizada. Em média,

Em regiões como a Alta Mogiana, a colheita manual tem representado um alto custo para os produtores

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TÉCNICA

X COLHEITADEIRA Alex Carrijo engenheiro agrônomo Uniagro

uma pessoa colhe 100 metros lineares/dia (8 horas de trabalho) de café em uma lavoura de espaçamento 3,50 metros entre linhas. Um talhão com esse espaçamento, possui 2.857 metros lineares por hectare, o que faz entender que é necessário 28,57 serviços para colher 1 hectare de café por dia no método manual. O custo médio do DH (dia homem) de um trabalhador na colheita é de R$ 45 ao produtor (considerando salário e encargos trabalhistas). R$ 45 x 28,57 serviços, representam um gasto de R$ 1.285,65 para se colher um hectare de café manualmente em 8 horas de serviço. Já uma colhedeira mecânica, colhe café numa velocidade média de 850 metros por hora, nesta mesma lavoura de espaçamento 3,50 metros entrelinhas (2.857 metros lineares por hectare). Sendo assim, gastaria 3,36 horas da máquina para colher um hectare de café. O preço médio atual de cada hora máquina trabalhada pela colhedeira é de R$ 220,00. Portanto, 3,36 horas x R$ 220,00 = R$ 739,20 para se colher um hectare de café mecanicamente. É importante ressaltar que além da diferença de R$ 546,45 (42% a menos) entre a colheita mecanizada e a manual, deve-se destacar que, enquanto colhe-se um hectare de café em 228 horas de serviço na categoria manual, gasta-se apenas 3,36 horas para colher esta mesma área no modo mecanizado. Em relação ao comportamento das plantas perante o contato físico com a colhedeira, é sabido que o atrito incidente nesta relação causa injúrias mecânicas nos vegetais e degrada a parte fotossintética das plantas (área foliar), o que em suma é prejudicial aos cafeeiros, uma vez que as folhas são órgãos vitais na síntese de substâncias orgânicas para alimentação e no desenvolvimento de grãos. É indiscutível, portanto, que esta

seja uma desvantagem presente na colheita mecânica, mas não resta dúvida de que, ao considerarmos a isenção de responsabilidades do produtor na colheita, desocupação mais rápida das plantas pela retirada dos grãos, adiantamento de operações de desbrota, esqueletamento, recepa e aplicação de tratamentos foliares mais cedo, este problema se torna pequeno e a colheita mecânica se apresenta totalmente viável. Contudo, outra dificuldade enfrentada para a realização da colheita mecanizada na região, é a defasagem de profissionais capacitados para operar essas máquinas agrícolas. Diante dessa situação, algumas empresas estão se especializando para atender as necessidades dos produtores rurais da Alta Mogiana, que também se enquadram neste modelo de expansão da cafeicultura nacional. Por outro lado, apesar dos benefícios trazidos pela colheita mecanizada, o trabalho manual de safra não deve nunca ser descartado, pois tem suas atribuições de extrema importância em situações de colheita seletiva de café, repasse de colheita, derriça para varreção, alta declividade na topografia do terreno, colheita em cafezais adensados e outras circunstâncias peculiares. CONCLUSÃO Sendo assim, ambas as formas de colheita de café permanecerão presente nas lavouras de nossa região nos próximos anos, entretanto, a realidade e as necessidades econômicas e sustentáveis dos produtores, expressam uma tendência cada vez maior para a incorporação da colheita mecanizada nas suas lavouras cafeeiras.

Equipamentos modernos tem representado uma economia de 42% no custo da colheita Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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CAFÉ

BALANÇO DA SA

Certamente um ano de muitas marcas atingidas

Com o início das chuvas também se inicia um novo ano agrícola no calendário, restando aos produtores e todos os envolvidos na cadeia do Agronegócio Café fazer o balanço da safra que passou, para se programar e continuar acertando, assim como corrigir os erros cometidos no ano anterior. Para o Departamento de Comercialização de Café da Cocapec, certamente foi um ano de muitas marcas atingidas. O Brasil colheu 48,09 milhões de sacas de 60 kg, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e a cooperativa ultrapassou, pela primeira vez a marca de 1 milhão de sacas de café recebidas em seus armazéns. Com relação à qualidade desses cafés, apesar das chuvas ausentes durante o período de colheita, observou-se este ano, como em poucos, uma grande quantidade de cafés de qualidade inferior ao que é produzido normalmente em nossa região, com altos percentuais de catação e alguns apresentando problemas de bebida. Num contexto de aumento de consumo de café em escala mundial, assim como no Brasil, observou-se uma real valorização do produto com qualidade. O ano que passou foi caracterizado pela viabilidade econômica da produção de cafés de qualidade superior, quando esses obtiveram diferenciais re-

presentativos de pagamento no mercado. No Brasil, 2010 ficará marcado como o ano em que o país se firmou como grande figura no mercado internacional, já tendo exportado mais de 29 milhões de sacas até novembro, ante um total de cerca de 27 milhões em todo o período de anos anteriores. Também foi aprovada a entrada de nossos cafés lavados e semi-lavados para negociações no contrato tipo “C”, na bolsa de Nova Iorque. Entretanto, o que certamente chamou mais atenção foram os preços praticados em nosso mercado físico durante o período. Os níveis de preços atingidos em Nova Iorque foram os mais altos dos últimos 13 anos. Alguns apontam como fatores de elevação dos preços, os baixos estoques mundiais do início do ano, que não voltaram aos valores desejados pelo mercado, nem mesmo com a grande produção Brasileira. Também problemas encontrados por demais países produtores durante suas respectivas safras, assim como outros acreditam que a participação de fundos de investimento e especulação no mercado de commodities teve um papel fundamental nesse processo. Neste contexto, os resultados positivos do café seguiram a linha de outras commodities, como açúcar,

EVOLUÇÃO DO CONSUMO* DE CAFÉ NO BRASIL

*Valores baseados no consumo anual de café Fonte: www.abic.com.br 16

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CAFÉ

SAFRA 2010/2011 Pedro R. S. Silveira Supervisor de Operações Café

algodão, soja, milho e suco de laranja e também os metais, que tiveram seus movimentos de negociação atrelados à fuga de operações de risco desses investidores, que migraram para commodities. Outro aspecto que se destaca durante o período foram os valores de câmbio, quando algumas moedas, como o dólar, se fragilizaram, causando impactos diretos na economia mundial. De qualquer maneira, os preços praticados neste ano ainda não foram suficientes para cobrir todos os anos passados em que produtores foram mal remunerados, porém chegaram a tempo de melhorar condições daqueles que já perdiam as esperanças na atividade. Destacamos também, durante as operações de vendas futuras, troca de produtos e CPR´s realizadas pelos produtores junto ao Departamento, que tiveram suas maiores adesões registradas e, mesmo num contexto diferente, contrário aos anos anteriores, com cafés negociados no mercado físico em maiores valores do que os do período de adesão, contamos com o compromisso daqueles que as realizaram. Um ótimo sinal sobre o perfil do nosso cooperado, que sabe que, honrando os com-

promissos assumidos, está beneficiando a cooperativa e, consequentemente, dando segurança para a comercialização de café. Ainda é cedo para ser estimada a próxima safra ou realizar alguma previsão de mercado para 2011, porém sabe-se que, devido a um grande percentual de áreas que foram podadas e à bienalidade natural do cafeeiro, esta será menor. Esperase uma melhor qualidade do produto, em função da abertura de flores em um período de menor espaço, diferentemente do ano passado, no qual tivemos diversas floradas durante um período mais espaçado. Muito se fala, porém pouco se pode prever com relação ao mercado de café e à economia mundial. Se de um lado temos a projeção dos estoques de café em níveis muito baixos até meados de 2012, a macroeconomia mundial desde 2008 alternou momentos de pessimismo e euforia. A Cocapec busca eficiência nos serviços oferecidos aos cooperados, e torce para que o mercado continue em ascensão, para que possa realizar bons negócios, trazendo cada vez mais oportunidades e benefícios aos seus produtores.

Fonte: Cocapec

RECEBIMENTO DE CAFÉ NOS ARMAZÉNS DA COCAPEC EM MILHARES DE SACAS/60 KG

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PREVISÃO DE SAFRA

SAFRA ULTRAPASSA 48 Conab divulga sua quarta e última estimativa da produção brasileira de café 2010/2011

A produção de café beneficiado no Brasil (safra comercial 2010/2011) totalizou 48,1 milhões de sacas de 60 kg, com aumento de 21,9% sobre as 39,5 milhões de sacas do ciclo anterior. O crescimento acorre mesmo diante da redução da área em produção, tendo como aliados a bienalidade positiva e o clima favorável. Em relação à última pesquisa, realizada em setembro pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), houve crescimento de 1,9%. O resultado refere-se ao quarto e último levantamento da atual safra, divulgado em Brasília. O café tipo arábica, que detém 76,6% da produção total, 18

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está projetado para 36,8 milhões de sacas, 27,2% a mais que as 28,9 milhões de sacas do ano passado. Já o conilon que representa 23,4% da produção brasileira, terá 11,3 milhões de sacas. Minas Gerais lidera a produção nacional com 52,3%, sendo 99% do tipo arábica. O Espírito Santo produz 21,3% de café conilon. São Paulo, o terceiro maior produtor fecha o ano com 4,66 milhões de sacas de café, confirmando uma das maiores colheitas já registradas. De acordo com informações da Conab, a Alta Mogiana, principal eixo produtor paulista, colheu na safra 2010 a quantidade de 1,6 milhão de sacas de café beneficiado. O grande volume de


PREVISÃO DE SAFRA

48 MILHÕES DE SACAS precipitações ao longo do ano e o adequado manejo agronômico adotado pelos cafeicultores dessa região são fatores responsáveis pela elevada produtividade dos talhões, calculada em 35 sacas/ha. Em Minas Gerais, a safra 2010, estimativa um crescimento da produção cafeeira em 26,53%, com destaque para a região do Cerrado Mineiro. A produtividade média do Estado atingiu 24,99 sacas/ha. ÁREA A área de café em produção diminuiu 16,3 mil hectares, queda de 0,8%, passando de 2,09 milhões, no ciclo passado, para 2,08 milhões de hectares. A área plantada está com 90,7% em produção e o restante permanece em formação (ainda não entraram no ciclo produtivo). A área de cultivo de café no País é de 2,29 milhões hectares, redução de 26,33 mil hectares em comparação à safra anterior, que foi de 2,32 milhões hectares. Essa área que deixou de ser cultivada foi ocupada pelas lavouras de cana-de-açúcar. Para as área em formação a redução de 4,5% ou de

10.044 hectares, passando de 222.612 para 212.568 hectares. A PESQUISA A pesquisa foi realizada, no período de 8 de novembro a 3 de dezembro, com instituições parceiras da Conab, nos principais estados produtores do grão, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Os técnicos da Conab atuaram em parceria com Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, entre outros. Foram realizadas entrevistas com a aplicação de questionários junto aos informantes previamente selecionados, objetivando a realização da quarta estimativa de produção da safra de café de 2010. As informações partem da Conab e foram adaptadas pelo Setor de Comunicação da Cocapec

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉ EM MILHÕES DE SACAS/60KG

Fonte: Conab Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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CAPA

COCAPEC CONCLUI EXPANSÃ Além da tradição na qualidade, cooperados terão mais rapidez nos resultados das análises de solo e foliar

A Cocapec seguindo seu ritmo de expansão, inaugurou no mês de dezembro o amplo e moderno espaço do laboratório de análises de solo e folha. O investimento, aprovado pelos cooperados na Assembléia Geral Ordinária de 2009, permitirá agilidade na entrega de amostras e beneficiará os cooperados da Cocapec e clientes que utilizam o serviço, que é referência em Franca e região. Desde 2002, a cooperativa apresentou um amplo crescimento no número de cooperados e, consequentemente, no número de amostras recebidas por seu laboratório. Assim, o limite diário de análises se tornou superior a sua capacidade, comprometendo o prazo de entrega dos resultados. Diante desta realidade foi necessário ampliar a capacidade física e tecnológica

deste importante setor da cooperativa. Até o primeiro semestre de 2010, o laboratório possuía 120 m², mas com a ampliação, sua área saltou para 347 m² e com a capacidade de realizar 450 amostras de solo/dia e 160 amostras de folha, o que implicará na diminuição do prazo de entrega de resultados para 5 dias úteis, prazo este que já chegou a 22 dias. Com essa expansão também será possível à realização de outros serviços como análises de fertilizantes, corretivos e condutividade elétrica em solo e água. A expansão do Laboratório da Cocapec, finalizada em 2010, fez com que este setor alcançasse os mais modernos padrões de funcionamento e segurança o que possibilitará a excelência na realização de amostras para atender o público crescente de cooperados e clientes.

Vista panorâmica do novo espaço do laboratório da Cocapec

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CAPA

NSÃO DE SEU LABORATÓRIO Mônica A. N. Martins Química coordenadora do Laboratório

Elisa Pizzo Bonetti Assistente de Laboratório

NOVAS TECNOLOGIAS Com o aumento do espaço físico, que antes era limitante para aquisição de novos aparelhos, foi possível investir em tecnologia o que possibilitará mais agilidade. Com a nova estrutura e equipamentos o cooperado terá rapidez, aliada a segurança. E para comprovar mais uma vez a qualidade de nossas análises, o laboratório foi certificado com o conceito máximo, ou seja, qualificado com o conceito “A” pela ESALQ, obtendo o direito de uso do selo de qualidade foliar para o ano de 2011. Já a certificação para solos pelo IAC, acontece todos os anos no mês de fevereiro. Recepção do novo Laboratório Cocapec

Uma retrospectiva histórica mostra a evolução do espaço e dos equipamentos Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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CAPA

Novos e modernos equipamento foram adquiridos para o novo Laboratório; Equipe já está a todo vapor na realização das análises

QUALIDADE E CREDIBILIDADE ACOMPANHAM SUA HISTÓRIA O laboratório da Cocapec surgiu da demanda crescente ocasionada pelos serviços realizados pela Assistência Técnica da cooperativa logo no início de suas atividades, ou seja, final da década de 80. As primeiras análises tinham a função de alcançar desafios como ajudar a corrigir a acidez do solo da região e mapear as 22

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reais necessidades de adubação de cada lavoura atendida. Com isso, o Laboratório da COCAPEC foi instalado em 1986, realizando neste ano 1,9 mil amostras de macronutrientes em solos. Com o passar dos anos, houve o crescimento da Cocapec e o aprimoramento das culturas da nossa região em especial o café, o que fez que em 2003, a cooperativa ampliasse seu


CAPA

laboratório para realizar análises completas (macro e micronutrientes) em solos e folhas. Na ocasião foi necessária a aquisição de novos aparelhos e, em 2004 a quantidade de amostra de solo recebida foi recorde, superando as expectativas calculadas mesmo antes do término do ano. Em folhas a quantidade chegou a triplicar. Em 2009, o laboratório já realizava por ano cerca de 20 mil análises credenciadas a dois reconhecidos programas nacionais de qualidade. O primeiro deles foi cedido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no ano de 1996, para monitoramento

de análises de solos. O IAC é um órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em 2004, o laboratório ganhou mais um selo através da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/ USP). Com esse reconhecimento, a análise de folhas também passou a cumprir as exigências e critérios nacionais de qualidade. Os dois selos são concedidos anualmente, através da avaliação da qualidade das amostras realizadas e, a Cocapec detém estas certificações desde a primeira concessão.

Selos certificam qualidade das análises realizadas pelo laboratório Cocapec

EVOLUÇÃO QUANTIDADE DE AMOSTRAS REALIZADAS PELO LABORATÓRIO DA COCAPEC

Inicialmente eram realizadas somente análises de macronutrientes de solo 2003* Incluso análise foliar 2004* Incluso análise de micronutrientes Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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CAFÉ

PROGRAMA NESPRESSO REALIZA MAIS UMA PREMIAÇÃO NA REGIÃO Produtores da Cocapec são premiados pela segunda vez Produtores de café do Sul e Sudoeste de Minas e região de Franca-SP estiveram em Muzambinho-MG no dia 10 de novembro, onde receberam prêmios em dinheiro pelo café que venderam à Nespresso (empresa do grupo Nestlè, com sede na Suíça), especialmente para a produção de café em cápsulas. Foi a segunda vez que cooperados da Cocapec receberam o prêmio. Além de obterem melhor preço por produzirem café de alta qualidade, os cafeicultores também receberam uma gratificação de US$ 7 por saca de café. A cerimônia de entrega foi realizada pela Stockler, empresa que faz a compra do café e o fornece à Nespresso. O diretor Michael Timm explica que as duas empresas criaram um projeto de sustentabilidade chamado Triple A, ou AAA, para incentivar os cafeicultores a produzirem com qualidade, responsabilidade

social e respeito ao meio ambiente. Estes produtores passam a fazer parte do Clube Nespresso. Para o supervisor de comercialização de café da Cocapec, Carlos Aurélio de Freitas Junior, o programa busca a sustentabilidade, pois vários de seus associados, entre eles o cooperado Fúlvio Cassis, de Alfenas/MG, fazem parte do clube e receberam o prêmio, que é um grande incentivo para todos que comercializam café com a empresa. “No futuro, a sustentabilidade será uma exigência e os que já produzem estarão na frente”, conclui Carlos Aurélio. Os cafeicultores premiados foram recebidos com um jantar e música ao vivo. Participou também uma delegação de produtores colombianos. Fonte: Jornal dos Lagos (Alfenas-MG). As informações foram resumidas e adaptadas pelo Setor de Comunicação da Cocapec.

Cooperados da Cocapec são premiados pelo Programa Nespresso

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CAFÉ E SAÚDE

AROMA DE CAFÉ ESTIMULA ÁREAS DE PRAZER NO CÉREBRO Aroma do café chama a atenção dos pesquisadores pela potência com que ativa várias regiões do cérebro O café virou mania no mundo inteiro. Mais ainda, entre os brasileiros. Acredite: os brasileiros tomam 430 milhões de cafezinhos por dia. E é esse consumo que está despertando a atenção de pesquisadores. Um centro de neurociências do Rio de Janeiro quer analisar a ação do café no cérebro, começando pelo aroma. É que, nesse aspecto, segundo os pesquisadores, não existe substância mais rica na natureza. “Se compararmos, por exemplo, o café com o vinho ou com os perfumes, ele é mais rico em aromas do que qualquer uma dessas substâncias. O café tem mais de 200 componentes que são liberados no ar e que podem ser percebidos pelo olfato”, diz o neurocientista Jorge Moll, da Rede Labs D’Or. A corretora de imóveis Karen e o físico Miatã são pessoas que apreciam um bom café. Os dois fazem parte do grupo de voluntários da pesquisa. O cérebro de cada um está sendo mapeado em exames de ressonância magnética de alta qualidade. Os pesquisadores adaptaram um equipamento de anestesia para levar o aroma até os voluntários, que devem permanecer imóveis dentro do aparelho. A diferença é que, em vez de anestésico, eles inalam café enquanto são examinados. “Podemos detectar o efeito do café em vários circuitos cerebrais. A primeira região é a da percepção olfativa, chamada córtex olfativo, onde o cheiro é percebido. Qualquer tipo de cheiro ativa essa região”, explica doutor Jorge Moll. O efeito é bem claro: qualquer cheiro é capaz de ativar os pontos. O que chama mesmo a atenção dos pesquisadores é a potência com que o aroma do café atinge, também, outras regiões do cérebro. “A ativação das áreas do prazer acontece no tronco cerebral. São áreas que respondem fortemente a estímulos prazerosos. De certa forma, foi surpreendente ver que mesmo

um aroma sutil, entregue através de vários tubos dentro de um aparelho de ressonância magnética, ativa de forma tão robusta essas regiões do prazer”, revela doutor Jorge Moll. “As chamadas áreas do prazer e da recompensa são ativadas por diversos estímulos prazerosos. Até a música prazerosa, por exemplo, ativa essas regiões. Sexo e diversos tipos de prazer são ativos nessas regiões, que são ricas em dopamina”, completa.

Se compararmos, por exemplo, o café com o vinho ou com os perfumes, ele é mais rico em aromas do que qualquer uma dessas substâncias. O café tem mais de 200 componentes que são liberados no ar e que podem ser percebidos pelo olfato”, diz o neurocientista Jorge Moll, da Rede Labs D’Or.

O estudo ainda vai longe. Se mexe tanto com o prazer humano, poderia o café ser fonte de um remédio natural e eficiente para promover a felicidade? A chamada medicina das emoções deve estar bem interessada nisso.

Fonte: As informações são do portal G1 de notícias, baseadas em matéria do Globo Repórter.

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CAFÉ E ALGO MAIS

VOCÊ SABE TRANSFORMAR O PÓ DE CAFÉ EM UMA ABELHINHA? Tássia Inácio de café pode O resíduo Assistente de Comunicação Tássia Inácio Assistente de Comunicação

ser muito divertido para crianças e até mesmo para adultos

Quem diria que além de influenciar a moda nacional e inspirar famosos pintores, o café também poderia ser usado por você, para fazer algum tipo de arte? Após coar a bebida, seja com máquina expressa (italiana) ou coador, sempre fica aquele pó de café, que poderá ser utiliza-

do na compostagem de fertilizantes para se misturar à terra. Mas também pode ser usado para fazer uma massa caseira de modelar, garantindo a diversão de crianças e, até mesmo, de adultos. Para isso, basta deixar o resíduo secar ao sol e utilizá-lo numa massinha para fazer figuras, como as de biscuit.

Ingredientes da massa de modelar: • 2/3 de xícara de chá de pó de café usado e seco • 1/3 de xícara de chá de amido de milho • 1 xícara de chá de cola branca para biscuit • 1 colher de sopa de vinagre • 1 colher de vaselina líquida • Creme de mão para sovar a massa. Execução: Não jogue fora o resíduo de café do filtro ou da máquina. Coloque para secar ao sol. Misture todos os ingredientes e leve ao microondas por 1 minuto, misture novamente e volte ao micro por mais 1 minuto. Sove a massa numa pia de mármore untada com amido de milho. Guarde num saco plástico até esfriar. Acrescente creme de mão à massa e sove até ficar no ponto de fazer as peças. A abelha de massa de pó de café (foto) foi decorada com tinta relevo e a asa foi feita de garrafa pet transparente.

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COOPERATIVISMO

ADESÃO LIVRE E VOLUNTÁRIA Revista Cocapec faz série de matérias para abordar os sete princípios cooperativistas Tássia Inácio Assistente de Comunicação

Cooperativismo origina-se da palavra cooperação. É a união de pessoas voltadas para um objetivo comum, visando alcançar as metas propostas na sua constituição estatutária. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – Sescoop – define o cooperativismo como “uma doutrina cultural e socioeconômica, fundamentada na liberdade humana e nos princípios cooperativos”. Para haver, ao mesmo tempo, bons resultados econômicos e desenvolvimento social, buscando sempre a melhoria da qualidade de vida, foram criados, por líderes e pensadores, sete princípios cooperativistas, baseados na cooperação. Toda cooperativa tem um estatuto e deve obedecer aos seus princípios, que constituem a base filosófica do movimento

cooperativo e regem as cooperativas. Atualmente, os sete princípios que conduzem todas as cooperativas, em nível mundial, são: 1º Adesão voluntária e livre; 2º Gestão democrática; 3º Participação econômica dos associados; 4º Autonomia e independência; 5º Educação, formação e informação; 6º Cooperação entre cooperativas; 7º Interesse pela comunidade. Nesta edição da Revista Cocapec, vamos falar um pouco mais sobre o primeiro princípio, a Adesão Voluntária e Livre.

1º PRINCÍPIO: ADESÃO VOLUNTÁRIA E LIVRE Nenhum homem pode ser obrigado a fazer algo. Em regra geral, todas as pessoas têm direito à liberdade de reunião e associação pacífica, ou seja, fazer parte ou não de uma cooperativa é uma decisão individual. A associação independe de etnia, posição social, cor, política partidária e religião e podem associar-se todos que tenham condições de utilizar os serviços da cooperativa e aceitem as responsabilidades de associado. De acordo com o Sescoop, também são critérios de adesão: a) Conhecer a doutrina, filosofia e os princípios cooperativistas; b) Conhecer os objetivos, o estatuto e a estrutura da cooperativa; c) Conhecer os direitos e deveres do associado; d) Ter o firme propósito de ser um associado fiel, atuante e participativo; e) Ser um empreendedor e acreditar na cooperativa, pois será dono, junto com outros.

Desta forma, sem a obrigação de participar, o associado contribuirá com o que tem de melhor, pois tem consciência de que a cooperativa também é sua e que deve zelar pelo seu patrimônio. Vale lembrar que cada cooperativa tem um regimento interno e estatuto próprio com normas quanto à adesão de novos associados. Algumas informações foram retiradas do livro “Cooperativismo: primeiras lições” do Sescoop. Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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SOCIAL

COCAPEC E SENAR/MG REALIZAM CURSOS DE CAPACITAÇÃO Produtores rurais participam ativamente dos treinamentos

A Cocapec realizou, em parceria com Senar/MG, seis capacitações para produtores rurais da região de Claraval e Ibiraci durante o segundo semestre de 2010. Esta iniciativa visa o aprimoramento e profissionalização das famílias residentes na zona rural. Para 2011, haverá ampliação na área de atuação do Senar e Capetinga também será contemplada com as formações. Em agosto foi promovido um treinamento de Organização Comunitária, ministrado pelo instrutor Robin Pereira Rodrigues, com a colaboração de Gaspar dos Reis Tavares, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ibiraci, que cedeu o auditório do sindicato para a realização do evento. Em Claraval foi realizado entre os dias 18 a 22 de outubro um curso de Artesanato de Tecidos/Peças Íntimas, atendendo a demanda apresentada pelas mulheres da região. As dez alunas participantes aprenderam a confeccionar lingeries, pijamas e peças masculinas. O casal de cooperados José Roberto Gomes e Lenir colaboraram oferecendo o espaço necessário. No mesmo período, no Bairro Aterradinho, zona rural de Ibiraci, o instrutor Dimas Afonso de Paula orientou operadores para a correta utilização da Roçadeira/Shindaiwa. O cooperado Osmar Alves Pereira apoiou a iniciativa, cedendo a sua propriedade para realização do evento. Entre os dias 8 a 12 de novembro a instrutora Lílian Maria Cardoso Guimarães esteve na comunidade rural do Capim Branco, em Ibiraci, ministrando o curso de produção de derivados de leite. Esta capacitação também atende uma demanda antiga das moradoras da comunidade. As participantes Lourdes Cintra Rosa e Rosa Rodrigues Carrijo colaboraram com a formação da turma e garantiram a quantidade necessária de alunas. Ao final da semana, as alunas se sentiram gratificadas com a quantidade de informação adquirida e o excelente resultado apresentado. Foram produzidos diversos tipos de queijo, doce, bebida láctea entre outros. Preocupados com a importância da aplicação correta de defensivos agrícolas, produtores da região de Ibiraci se reuniram em novembro na propriedade do cooperado Getúlio Carrijo Neto, para buscar mais informações sobre o tema. O instrutor Caio Cintra Ribeiro Sandoval ensinou técnicas de aplicações seguras tanto para o aplicador quanto para o meio ambiente, além de reforçar a extrema necessidade do uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual). Este mesmo treinamento foi ministrado na região da Porteira da Pedra, atendendo a demanda dos cafeicultores de claraval. 28

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Raquel Cintra Rosa Auxiliar Administrativa

Participantes aprendem desde verificação da qualidade do leite até o processamento de queijos como a mussarela


SOCIAL

COOPERJOVEM ENCERRA 2010 EM GRANDE ESTILO Escola participante promove desfile com os resultados do trabalho realizado durante o ano Bruna Malta Analista de Comitê

Desde 2008 a EMEB Sueli Contini Marques participa do Programa Cooperjovem. Já formou mais de 20 professores e alunos das 40 salas de ensino infantil e fundamental. A participação da comunidade também é intensa. Os pais se envolvem e reconhecem os benefícios de uma educação cooperativa. Todo este esforço pode ser constado no desfile realizado no dia 4 de dezembro nas ruas ao redor da escola. A passeata organizada por professores, equipe gestora e alunos reuniu mais de 1000 pessoas. O Cooperjovem estava representado em duas alas, a primeira com o projeto “O lixo dá lucro”, que trabalha a importância da reciclagem e a outra representando o livro “Sementes da Cooperação” Este ano a escola iniciou seu processo de sustentabilidade com a elaboração de um plano que integrasse todos os projetos da escola ao estilo cooperativo. Os resultados foram um sucesso. A parceria entre escola, cooperativas e Sescoop/SP trouxeram muitos benefícios como oficinas pedagógicas para os professores, onde foram trabalhadas as temáticas dos jogos cooperativos e da educação ambiental. Foi possível também proporcionar as crianças momentos agradáveis com a peça “A centopéia Judite”, da Cia Aroeiras do Brasil. Em 2011, o Cooperjovem segue seu caminho. Com o último ano da sustentabilidade na Escola Sueli Contini Marques e a oportunidade de ampliar sua ação para outras escolas da Secretaria Municipal de Educação de Franca.

Escola Sueli Contini destaca a importância da cooperação em seu desfile

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SOCIAL

ESCOLA NO CAMPO VISITA A COCAPEC

465 alunos e 20 professores participaram do projeto em 2010 e mostraram os trabalhos que foram desenvolvidos durante este ano Júia Sandoval Oliveira Assistente Administrativo de Comunicação

Em 2010, o Escola no Campo completou 10 anos de atuação na região da Cocapec. Neste período cerca de 10 mil alunos passaram pela formação sobre educação ambiental, cooperação e cooperativismo. A comemoração dos 10 anos do Projeto contou com visitas às escolas participantes para ver as mostras dos trabalhos desenvolvidos durante sua aplicação. Algumas escolas fizeram paródias, redação, maquetes, painéis, desenhos, cartazes, bonecos e brinquedos com sucata, teatro e poesia, todas baseadas nos temas propostos na apostila juntando com a cooperação. As escolas apresentaram também outras atividades complementares, como as danças circulares e jogos cooperativos que os professores aprenderam nas oficinas oferecidas pela Cocapec. Para retribuir a calorosa recepção, a Cocapec convidou os 465 alunos participantes do projeto para conhecer suas instalações em Franca nos dias 9 e 11 de novembro. Na visita, os jovens participaram de uma rodada de jogos cooperativos aplicados pelos professores focalizadores, trabalharam a cooperação e tiveram a oportunidade de conhecerem outras escolas e as dependências da torrefação, usina de rebenefício, armazém de café e insumos. Para encerrar os alunos se uniram em uma grande roda para as danças circulares. As visitas contaram com a participação das escolas de Claraval, Jeriquara, Ribeirão Corrente, Ibiraci e Capetinga. A interação e a alegria tomaram conta das instalações da Cocapec com a visita dos alunos participantes do Projeto.

Professores e aluna da escola Iarbas Rodrigues (Claraval) durante visita da equipe da Cocapec

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PARÓDIA CAPETINGA

Paródia música: “Amo noite e dia” – Jorge e Mateus Tem um pedaço da minha Terra que tá ameaçada, Tem muito animal sem casa e ninguém faz nada, Depois não adianta nem se lamentar, O planeta tá doente, não vai aguentar Tudo se perde sem a natureza equilibrada, É muita enchente é muita seca é muita queimada, Depois não adianta nem se lamentar, O planeta tá doente não vai aguentar, Yeah, Yeah Passa o dia passa a noite tá tudo mudando , O planeta tá em crise, ela tá acabando, Dessa vez tudo é real nada de fantasia, A natureza tá pedindo, cuide noite e dia. Alunos 7º ano período da tarde – E.E. Dr. José Teodoro de Souza - Capetinga/MG

Trabalho feito por alunos de Claraval

Alunos de Capetinga se destacam com apresentação de jogos cooperativos e danças circulares


SOCIAL

Painel elaborado por alunos de Jeriquara

Alunos da escola Wanderit Victal em Jeriquara

REDAÇÃO COOPERAÇÃO

Cooperação é uma forma de viver em harmonia com as pessoas.Temos que ser educados com elas, aceitá-las do jeito que são, sem preconceito. Ter cooperação não é só ser bom com as pessoas, também temos que ajudar o meio ambiente. E para ajudá-lo, não podemos desmatar, jogar lixo e óleo nos rios, etc. Cooperação é ser honesto, respeitar, ajudar

uns aos outros, ter paciência, trabalhar juntos. Cooperar é ser honesto, ter aceitação, solidariedade, amizade, educação, responsabilidade, ser leal e ser sincero. Para ser sincero temos que dizer a verdade para nossos pais e amigos. Só assim seremos cidadãos com caráter e responsabilidade. Lucas Borges Oliveira 7º ano A – E.M.E.B Granduque José -Ribeirão Corrente/SP

POESIA PLANETA AMIGO Planeta meu amigo, Eu estou aqui pra ver, Muita gente desta Terra, Que vão cuidar de você. Todos nós aqui viemos, E queremos te salvar, As crianças desta Escola,

Maquete feita pelos alunos de Ribeirão Corrente baseados no conteúdo do projeto

Nunca vão te abandonar. Vamos cuidar da cidade, E você voltar a sorrir, Temos força e amizade, Para o futuro construir. (Gabriel, Marcos, Débora e Saulo – 7º ano – E.E Ibiraci) -Ibiraci/MG

Mural preparado pelos alunos da E.E Ibiraci

Alunos de Ibiraci em exposição dos trabalhos realizados durante o projeto Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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SOCIAL

RESULTADOS DO ENCONTRO DE CRIANÇAS 2010

Arrecadação do evento é convertida em cestas básicas para instituição beneficente Bruna Malta Analista de Comite

Há nove edições a Cocapec e Credicocapec realizam o projeto “Encontro de Crianças Cooperativistas”. Além de proporcionar conhecimento e diversão para as crianças, os pais contribuem para instituições filantrópicas. Em 2010, foram arrecadados R$1.000 com as inscrições para o evento. Este dinheiro foi revertido em forma de cestas básicas para o Berçário D. Nina que atua em Franca e cuida de crianças carentes de zero a três anos e onze meses.

No mês de novembro, a Cocapec entregou as 25 cestas básicas à instituição que agradeceu pela doação. “Toda colaboração é de grande importância para auxiliar na manutenção de nossas atividades. Possibilitando, assim, a continuidade do trabalho de assistência à crianças enfermas e suas famílias”, declarou a direção da instituição. As cestas foram doadas para as famílias das crianças assistidas pelo berçário no período de Natal.

Momento da entrega das cestas aos representantes do Berçário D. Nina

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SOCIAL

Colaboradores e cooperados fizeram aferição de pressão e exames de diabetes

Alunos da escola Sueli Contini alertaram sobre a importância da reciclagem do lixo

SIPAT 2010 DÁ EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE Semana esclarece e incentiva desenvolvimento de práticas politicamente corretas Ildefonso de Prá Júnior Assistente Setor Pessoal

A Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) realizada entre os dias 25 e 29 de outubro de 2010 teve como tema principal a Sustentabilidade, assunto de grande importância no atual cenário do agronegócio e motivo de grandes mudanças nos mercados consumidores ao redor do mundo. Além de discutir este importante assunto, a Sipat não deixou de cumprir seu principal papel, o de orientar e promover a prevenção de acidentes, a segurança e a saúde no trabalho. Colaboradores, cooperados e fornecedores foram in-

formados sobre as mudanças e políticas implantadas na Cocapec. Com isso pretende-se criar um ambiente onde favoreça a redução do consumo, a reutilização e a devida destinação dos resíduos produzidos dentro e fora do ambiente de trabalho. As ações e intervenções nos diversos setores da Cooperativa possibilitaram à Cocapec conquistar as certificações Conab, Rainforest Alliance e a Renovação da certificação UTZ Certified e, consequentemente, agregar valores e qualidade aos nossos processos.

ENTRE AS AÇÕES REALIZADAS, A CAMPANHA DO 3 R’S, AFERIÇÕES E AVALIAÇÕES DE SAÚDE TROUXERAM GRANDES RESULTADOS. VEJA OS PRINCIPAIS: Material Destinado a Reciclagem--------------------------------100 kg de Produtos (Papel, revistas, papelão e etc) Material Destinado a Reutilização-------------------------------R$300,00 em Materiais (Pastas, grampeador e etc) Panfletos (Coleta Seletiva)----------------------------------------600 unidades Mudas de Árvores--------------------------------------------------180 unidades Exame de Pressão-------------------------------------------------243 atendimentos Exame de Glicemia------------------------------------------------215 Atendimentos As ações que visam desenvolvimento sustentável e socioeconômicos em nossa cooperativa deverão ser aplicados diariamente, para garantir um ambiente que prevaleça a melhoria continua e a obtenção de melhores resultados sem maiores transtornos. Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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BOLETIM Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e na filial de Capetinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos cinco anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anos Ano 2006 2007 2008 2009 2010 Média

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

283 327 178 545 175 113 325 230 128 382 228 282 461 158 274 399,2 223,4 194,7

19 117 108 53

2 45 38 58

16 4 32 32

6 72 0 21

33 0 26 30

31 3 39 137

355 75 87 262

330 190 168 77

328 273 410 382

16 62,6

17 32,0

12 19,3

1 20,0

0 17.7

110 102 339 221 63,8 176,2 220,9 322,8

*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico*

nos úl mos 5 anos

Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2006 2007 2008 2009

591 745 573

251 238 236

144 135 116

54 66 78

5 61 40

20 0 5

0 0 0

28 0 26

93 69 37

319 58 113

285 217 222

443 280 428

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

327 95 206 518,0 213,8 177,4

51 82,8

12 34,4

6 10,4

0 3,4

0 15.6

87 82,8

2010 Média

*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec 34

Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

389 116 235 302 152,4 243,8 355,0


BOLETIM

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F** R$

Média Anual

US$

R$

US$

268,10 269,34 262,46 260,10 268,02 257,12 247,50 255,34 254,29 262,20 272,55 281,57

116,04 116,44 113,54 117,99 130,09 131,23 128,23 138,29 139,81 150,93 157,75 160,79

280,75 278,68 279,70 282,18 289,46 305,99 302,36 313,93 328,23 327,15 355,51 387,04

157,51 151,36 156,48 160,51 159,35 169,18 170,77 178,37 190,88 194,01 207,33 228,21

263,22

133,43

310,92

177,00

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Média mensal do preço* de Boi

Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

R$

US$

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 44,06 42,87

21,30 20,57 19,62 21,75 24,45 25,46 24,77 26,10 25,32 25,71 25,50 24,48

39,80 37,70 34,14 34,49 35,59 36,16 38,58 41,32 42,59 44,88 48,96 48,52

22,36 20,50 19,10 19,62 19,59 19,99 21,79 23,47 24,77 26,61 28,55 28,61

47,00

23,75

40,23

22,91

Média mensal do preço* de Milho 2009

2010

2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2010

2009

2010

2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Média mensal do preço* de Soja

R$

US$

R$

84,01 81,54 77,54 87,88 79,47 80,85 81,40 77,92 77,25 77,18 74,35 74,64

36,38 35,25 33,53 39,68 38,58 41,26 42,17 42,20 42,47 44,41 43,04 42,62

75,70 77,03 79,03 82,33 80,81 82,16 84,12 88,95 93,49 100,62 113,01 104,90

79,50

40,13

88,51

US$

42,47 41,84 44,22 46,83 44,49 45,41 47,51

50,54 54,37

59,66 65,91 61,85 50,43

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2010

R$

US$

R$

US$

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,58 19,41 19,12 20,60 20,41 20,02

10,25 9,63 8,92 9,66 10,80 11,35 10,66 10,51 10,51 11,86 11,82 11,43

19,66 18,35 18,46 18,16 18,67 19,43 18,81 20,57 24,35 25,15 28,29 28,36

11,04 9,96 10,33 10,33 10,28 10,73 10,62 11,69 14,16 14,92 16,49 16,72

21,04

10,62

21,52

12,27

Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Diretoria Executiva Credicocapec

A Credicocapec realizou a Assembléia Geral Extraordinária – AGE, no dia 17 de novembro de 2010 onde os cooperados presentes tiveram a oportunidade de analisar e discutir a reforma estatutária. As propostas apresentadas foram baseadas nas Resoluções do Banco Central do Brasil, a Lei Complementar nº 130 que dispõe sobre Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e sugestões do Comitê de Estudo formado pelo Conselho de Administração, Diretoria Executiva e por cooperados convidados. A reforma estatutária definida na AGE foi submetida à apreciação do Banco Central do Brasil, sendo homologada por aquele Órgão no dia 14 de dezembro de 2010. O novo Estatuto Social contendo a redação aprovada por AGE e pelo Banco Central do Brasil encontra-se à disposição dos cooperados na Sede da Credicocapec

Cooperados se manifestam durante a votação da AGE

REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL Gabriela Siqueira Agente de Controles Internos e Risco

A Credicocapec realizou no primeiro semestre de 2010 ampliação física de suas instalações e reestruturação organizacional, dividindo a Credicocapec Franca em Sede e Pac 00 – Franca. O objetivo da Credicocapec com a ampliação do espaço físico foi melhorar o atendimento ao seu quadro de cooperados, que vêm aumentando constantemente e adequar sua estrutura organizacional aprimorando as atividades desempenhadas pela Sede. A Credicocapec pretende através desta reestruturação física e organizacional fortalecer a cada dia suas relações com seus cooperados e não cooperados, proporcionando bom atendimento, procurando assim melhorar o grau de satisfação dos mesmos. 36

Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

Ampliação do espaço melhora atendimento aos cooperados


UMA EXPERIÊNCIA NO PASSADO, DEU INÍCIO AO COOPERATIVISMO EM FRANCA Ana Elisa Leal Secretária

Leia trecho da notícia ‘Segundo embarque de cafés finos, para o exterior, pela Cooperativa de Cafeicultores de Franca’ publicada pelo jornal Comércio da Franca em 08/11/1960.

Ruy Barbosa Luz – sócio fundador da primeira cooperativa de Franca

Conforme publicação do jornal Comércio da Franca, em 08/11/2010 na coluna “Há 50 anos”, em que relembrou trecho da notícia de 08/11/1960 titulada: “Segundo Embarque de cafés finos para o exterior pela Cooperativa de Cafeicultores de Franca”, a Credicocapec com a ajuda do Sr. Ruy Barbosa Luz – sócio fundador contará um pouco da história da primeira Cooperativa de Cafeicultores de Franca. A Cooperativa fundada em 1956 possuía em torno de 40 cooperados, sendo alguns deles: Ruy Barbosa Luz, João Alberto de Faria, Serafim Borges do Val, Domingos Baldassari, José Baldassari, Alaor Rosa Faria, Geraldo Borges de Freitas, Juca Jacinto, Antônio Lemos, Amélio Rosa Barbosa, Breno Lima Palma, Jarbas Franco, Túlio Schirato, Thomé Botelho Vilela, José Geraldo Vieira de Andrade, Hélio Luz, Ruth Barbosa Luz e Joaquim Orlik Luz. Conta-nos Ruy que na época acontecia a Campanha do café fino no Brasil promovida pelo governo Juscelino Kubitschek e fortemente apoiada na Alta Mogiana pelo Senador Assis Chateaubriand, segundo ele, a campanha foi um estimulo às necessidades da época aliada a busca por maior competitividade no mercado; para tanto a cooperativa selecionava em suas instalações cafés finos que seriam destinados em sua maior parte a mercados dos Estados Unidos e da Europa. A Cooperativa funcionou durante quatro anos e sua atuação diminuiu gradativamente até seu fechamento; o principal motivo seria a falta de capital e tecnologia para o preparo dos lotes destinados à exportação. Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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CONHEÇA SUA COOPERATIVA

Anselmo Condo Coordenador do Setor Financeiro

Equipe de colaboradores do Setor Financeiro

SETOR FINANCEIRO

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Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

SETOR FINANCEIRO

FUNÇÕES/RESPONSABILIDADES DO SETOR FINANCEIRO • Confecção e despacho dos pagamentos em suas diversas modalidades; • Recebimentos em suas diversas modalidades; • Controle das contas correntes junto aos bancos; • Fechamento diário do caixa (matriz e filiais); • Emissão e controle das NPR(s) e CPR(s); • Entrada de documentos extraestoque, fornecendo informações ao Setor Fiscal e Contábil;

• Contratação e controle de financiamentos junto aos bancos para posterior repasse aos cooperados; • Envio dos documentos de exportação aos bancos, bem como o controle dos recebimentos dessas remessas; • Recolhimento de alguns impostos (IRRF, CSLL, PIS e COFINS).

CONTATOS DA EQUIPE

O Setor Financeiro conta atualmente com sete profissionais responsáveis por toda movimentação financeira da cooperativa. Estão divididos em dois grupos: “contas a pagar” e “contas a receber”. Contas a pagar: é responsável por todos os pagamentos efetuados pela cooperativa, como folha de pagamento, fornecedores, serviços terceirizados etc. Contas a receber: é responsável por todos os recebimentos, que podem ser em quatro modalidades: carteira (direto no caixa), débito em conta corrente (Credicocapec), ordem de pagamento/depósito bancário e boleto bancário.

Coordenador do Setor Financeiro Anselmo Toshiyuko Condo / (16) 3711-6244 contasapagar@cocapec.com.br

Assistentes

Fabiana Tavares da Silva Almeida / (16) 3711-6269 npr@cocapec.com.br Walter Alves dos Reis Junior / (16) 3711-6246 setor.cobranca@cocapec.com.br Sílvia Helena de Sousa – (16) 3711-6223 Érica Rodrigues dos Santos – (16) 3711-6279 Jefferson Douglas da Silva Guedes – (16) 3711-6246


Revista COCAPEC - Novembro / Dezembro 2010

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40

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