Revista Cocapec nº100

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Mala Direta Básica 9912250045/2010-DR/SPI

Revista

COCAPEC Ano 14 - Abril/Maio/Junho 2016 - nº 100 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

O melhor evento da cafeicultura está aqui

Fundação Procafé realiza 1º Dia de Campo na Alta Mogiana José Carlos Jordão da Silva: Para sempre coração da cafeicultura Envelopamentono fechado. Pode ser aberto pela ECT

COCAPEC



Cooperativismo movimenta a Alta Mogiana

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stamos em plena a colheita, o grande momento da cafeicultura. É agora que vemos os resultados de um ano inteiro de trabalho. Após dois anos de incerteza parece que tudo se normalizou e uma grande safra começa a chegar. Mas, fomos todos pegos de surpresa quando as chuvas caíram no início dos trabalhos, algo incomum para o período, e paralisou as atividades. A quantidade de café no chão é grande, e a umidade de grãos no pé também, o que pode comprometer a qualidade do produto. O frio intenso que veio logo na sequência não comprometeu o cenário, visto que o registro de geadas foi pontual. O que nos conforta é saber que os nossos cooperados estão cada vez mais preparados para superarem momentos difíceis, pois estão recebendo instrução com regularidade através de eventos como o Simcafé, cursos do Senar/MG e Sescoop/SP e também do programa “Produtor Informado”, que a cooperativa acaba de formar as primeiras turmas. Outro benefício que está em fase final são as obras da granelização em Claraval/MG, e que auxiliará os produtores da região na agilidade da entrega da safra e também ajudará na redução de custos. Com esta conclusão, a Cocapec estará 100% granelizada, o que será um diferencial devido ao volume de café que dará entrada nos armazéns da cooperativa. Pela primeira vez a Alta Mogiana recebeu o já tradicional Dia de Campo da Fundação Procafé. O evento teve o apoio da Cocapec e foi um verdadeiro sucesso, além de reunir centenas de produtores da região, marcou o encontro de diversas personalidades da cafeicultura e da política. Com o compromisso de apoiar práticas agrícolas responsáveis, a cooperativa novamente, com auxílio de parceiros realizou mais uma coleta itinerante de embalagens vazias e colaborou para dar a destinação correta ao material. Esta é a edição de número 100 da Revista Cocapec, um dos principais canais de comunicação com o cooperado. Ao longo deste período muitos fatos, ações, acontecimentos e realizações foram eternizados, e sempre com o objetivo e o cuidado de levar a melhor informação aos nossos cooperados. Nesta editoria tão especial traremos uma matéria sobre José Carlos Jordão. Um visionário que nos deixou este ano e teve uma história incrível dentro da cafeicultura e da Cocapec, a qual poderá ser conhecida nas próximas páginas. Boa leitura.

Maurício Miarelli Presidente


Expediente Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec Maurício Miarelli - Dir. Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidente Alberto Rocchetti Netto - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Cyro Antônio Ramos Donizeti Moscardini Giane Bisco Ismar Coelho de Oliveira João Alves de Toledo Filho Nilton Messias de Almeida Conselho Fiscal Cocapec Airan Carrijo Cintra João José Cintra Luis Batista Cintra Cocapec Franca www.cocapec.com.br Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 CEP 14406-052 - Franca – SP Fone (16) 3711-6200 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 Diretoria Executiva Sicoob Credicocapec Ednéia A. Vieira Brentini de Almeida – Diretora Financeiro Hiroshi Ushiroji – Diretor Administrativo Divino de Carvalho Garcia – Diretor de Crédito Conselho Administrativo Sicoob Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato – Presidente Cyro Antônio Ramos – Vice Presidente Bernardo Antônio Salomão – Conselheiro Vogal Elbio Rodrigues Ales Filho – Conselheiro Vogal Geraldo Augusto Ferreira – Conselheiro Vogal Ismar Coelho de Oliveira – Conselheiro Vogal Paulo Henrique Andrade Correia – Conselheiro Vogal Conselho Fiscal Sicoob Credicocapec Ricardo Nunes Moscardini – Efetivo João José Cintra – Efetivo Luis Batista Cintra – Efetivo Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PA Capetinga (35) 3543-1572 PA Claraval (34) 3353-5359 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Pedregulho (16) 3171-2118 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203 revista@cocapec.com.br

ÍNDICE Técnica

Cocapec realiza coleta itinerante de embalagens vazias Negócios

Cocapec forma as primeiras turmas do projeto “Produtor Informado” Negócios

Granelização chega a Claraval Especial

Revista Cocapec completa 100 edições

Diagramação BZ Propaganda & Marketing Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781 Tiragem: 2.700 exemplares

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 100 A B R I L / M A I O / J U N 2016 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

Social

Cursos das parcerias da Cocapec focam no pós-colheita

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Safra 2016 de café deve passar de 49 milhões de sacas, segundo Conab Fonte: Conab

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produção brasileira de café arábica e conilon em 2016 deve ser de 49,67 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com um aumento de 14,9% em relação às 43,24 milhões de sacas alcançadas em 2015. Os dados do 2º Levantamento da Safra 2016 de café foram divulgados no final de maio, em Belo Horizonte/MG, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em pleno período de bienalidade positiva, a cultura do café arábica, principalmente, está tendo melhores rendimentos. Isso se deve ao aumento da área em produção e às condições climáticas favoráveis, com reflexo na produtividade que deve crescer 13,7% em relação à safra passada, alcançando 25,58 sacas por hectare. O arábica, que abrange 81% do total produzido no país, deve ter um incremento de 25,6% no volume de produção, com uma colheita de 40,27 milhões de sacas. Os maiores ganhos serão observados na região do Triângulo, sul e centro-oeste mineiro, além de regiões do estado de São Paulo. Minas é o maior produtor de arábica do país, com 28,2 milhões de sacas. O conilon, que representa 19% do total nacional, tem uma produção estimada em 9,4 milhões de sacas, com uma queda de 16% frente à safra 2015 (11 milhões de sacas). O motivo é a falta de chuvas aliada às altas temperaturas, principalmente no Espírito Santo que é o maior produtor nacional e deve colher 5,95 milhões de sacas. Área – De acordo com o 2º levantamento, a área total plantada de café no país é de 2,21 milhões de hectares, sendo que 267 mil estão em formação e 1,94 milhão em processo produtivo. A de café arábica soma 1,75 milhão de hectares, o equivalente a 79,2% da área total de plantio, com uma previsão de crescimento de 13,8 mil ha em relação à safra 2015. Minas Gerais tem a maior área, com 1,18 milhão de hectares equivalentes a 67% do total do país. Para o conilon, no entanto, há uma redução de área de 5,4%, chegando a 456 mil hectares. Desse total, 417,4 mil estão em produção e 38,6 mil sendo formados. O estado do Espírito Santo é o que detém a maior área da espécie, com 286,4 mil hectares, seguido de Rondônia (94,6 mil) e Bahia com (41,5 mil). A Conab realiza o levantamento de café quatro vezes ao ano. O terceiro boletim da safra atual será divulgado em setembro e o fechamento ocorre em dezembro.

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TÉCNICA

Fundação Procafé realiza o 1º Dia de Campo na região Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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pós um pouco mais de 2 anos do convênio firmado com a Fundação do Café da Alta Mogiana, com a apoio da Cocapec, a Fundação Procafé realizou o seu 1º Dia de Campo na região na fazenda experimental, localizada em Franca.

Neste período, foram realizados diversos experimentos e pesquisas, e os resultados de todo estes estudos apresentados para cerca de 700 pessoas presentes no dia 18 de maio. O tema “Dia de Campo – as tecnologias que você pode ver”, foi seguido a risca. Divididos em 5 grupos, os presentes

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visitaram as estações e viram de perto o trabalho realizado pelos profissionais do Procafé, com o auxílio dos colaboradores da Cocapec, foram elas:

• Comportamento de novas variedades • Espaçamentos x variedades • Podas e Condução de Brotos • Manejo do mato • Melhoramento genético do cafeeiro no IAC


Paralelo as visitas no campo, aconteceu uma feira com diversos parceiros. O espaço da Cocapec foi um dos mais procurados. Nele foi possível saber mais da Bioisca e também do trabalho da Associação Florestal. O delicioso Senhor Café foi servido na versão espresso proporcionando uma agradável experiência aos visitantes.

O espaço da Cocapec foi um dos mais procurados. Nele foi possível saber mais da Bioisca e também do trabalho da Associação Florestal.

Imagem: Procafé

O Dia de Campo do Procafé teve como apoiadores, além da Cocapec, a Prefeitura Municipal de Franca e o IAC (Instituto Agronômico de Campinas).

O evento atraiu importantes nomes da pesquisa cafeeira, autoridades políticas e do agronegócio, entre eles Alberto Amorim, que representou o secretário de agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, Maurício Miarelli, presidente da Cocapec, José Edgar Pinto Paiva, presidente da Fundação Procafé, Edson Castro do Couto Rosa, presidente da Fundação do Café e Marcelo Jordão Filho, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé. A cerimônia de abertura teve dois momentos marcantes, o primeiro com a homenagem a José Carlos Jordão, que faleceu no final de março, a outra com o depoimento emocionado do pesquisador do IAC Roberto Tomazielo, que disse o quanto estava feliz de ver um evento como este acontecendo na Alta Mogiana. R E V I S TA C O C A P E C - A B R I L / M A I O / J U N H O 2 0 1 6

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TÉCNICA

Fazenda Experimental – Fundação do Café da Alta Mogiana A Fazenda Experimental é sede da Fundação do Café da Alta Mogiana e está localizada em Franca/SP. São cerca de 20 hectares que são mantidos através da parceria com a Cocapec. Por possuir condições ideais para pesquisa como clima e solo, a Fundação Procafé definiu o local para realizar seus estudos.

Marcelo Jordão Filho é o responsável pela fazenda experimental de Franca e foi um dos instrutores das estações

Os estudos apresentados auxiliarão os produtores da região no melhoramento de suas lavouras.

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O presidente da Cocapec, Maurício Miarelli, discursa na abertura ao lado de várias autoridades.

A Robusta-Eco e o Rastelo Soprador chamaram bastante atenção dos participantes.

O público foi de aproximadamente 700 pessoas que se dividiram para visitar todas as estações.

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O pesquisador José Braz Matiello apresentou os ensaios do Procafé

O publico ouviu com bastante atenção as explicações dos técnicos.

No stand da Cocapec os visitantes também conheceram um pouco mais da Bioisca, o formicida natural da cooperativa.

O movimentado espaço da Cocapec no evento foi o principal ponto de encontro, além de servir o saboroso Senhor Café, os visitantes souberam mais sobre a Associação Florestal e Bioisca.

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Quem investe no campo com K-Mag, colhe muito mais. K-Mag é um fertilizante Mosaic desenvolvido com alta tecnologia e consagrado no mundo inteiro há mais de 70 anos. É a certeza de uma colheita com aumento na peneira, na uniformidade dos grãos e, é claro, de recordes de produção. Sua fórmula exclusiva, com equilibrada concentração de Potássio, Magnésio e Enxofre, baixo teor de Cloro e grande solubilidade, garante os nutrientes na forma ideal, melhorando a produtividade e a qualidade de bebida do café. K-Mag traz ganhos na receita de até 40% em relação às adubações convencionais. Por isso, na hora de potencializar sua safra, use K-Mag. Sua rentabilidade vai lá em cima.

www.kmag.com.br R E V I S TA C O C A P E C - A B R I L / M A I O / J U N H O 2 0 1 6

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TÉCNICA

Cocapec realiza Coleta Itinerante de Embalagens vazias Por Camila Paiano / Assistente Administrativo Setor Técnico

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á 13 anos, a Cocapec colabora anualmente com a Coleta itinerante de Embalagens Vazias. O trabalho é realizado em parceria com a Fafram (Faculdade Dr. Francisco Maeda), Central de Recebimento de Embalagens de Ituverava e a ARPAF (Associação das Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região). Este ano, a coleta realizou-se nos meses de abril e maio nos 4 núcleos da Cocapec localizados nas cidades de Capetinga/MG, Claraval/MG, Ibiraci/MG

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e Pedregulho/SP. Em Franca/SP podese realizar a entrega durante o ano todo diretamente na ARPAF. Novamente a ação foi um sucesso e foram entregues à Cocapec cerca de 30 mil embalagens nesta campanha. O destaque ficou para a região de Capetinga/MG que praticamente dobrou a entrega, superando 4 mil embalagens.Vale lembrar que parte dos grandes produtores, que por sua vez possui um número elevado de material, fizeram a entrega diretamente nos postos de coleta.

Ao longo destes 13 anos, a Cocapec já colaborou para retirar do meio ambiente cerca de 400 mil embalagens recolhidas. Estes expressivos resultados vêm do trabalho constante da cooperativa em conscientizar os seus cooperados e clientes na importância da devolução. Desta forma os agricultores colaboram com o meio ambiente e cumprem a legislação.

Novamente a ação foi um sucesso e foram entregues à Cocapec cerca de 30 mil embalagens nesta campanha.


Capetinga/MG teve um aumento expressivo no número de entrega, superando as 4 mil unidades.

No município de Claraval/MG, o recolhimento aconteceu também na comunidade Porteira da Pedra.

A lei nº 9974/00 é que determina o recolhimento e a entrega dos materiais.

É lei A Lei nº 9974/00, disciplina a destinação final das embalagens vazias de defensivos agrícolas e divide a responsabilidade com o agricultor, revendedor, fabricante e o poder público. As embalagens vazias, se tríplice lavadas adequadamente, podem ser recicladas. O não cumprimento das práticas acima é passível de multas e até pena de reclusão segundo a Lei 9.605 de 13/02/98.

Com o auxílio de vários apoiadores, a Cocapec colabora para dar a destinação correta a milhares de embalagens de defensivos.

Em 13 anos de ações, já foram retirada do meio ambiente cerca de 400 mil embalagens.

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NEGÓCIOS

Cocapec forma as primeiras turmas do projeto “Produtor Informado” Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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riado como uma das etapas do Programa Café Sustentável, o projeto “Produtor Informado” forma as primeiras turmas na região de atuação da Cocapec. As aulas foram ministradas nas cidades de Franca/ SP e Ibiraci/MG, com alunos de toda a região. A capacitação foi dividida em dois módulos. No primeiro o aluno teve toda a orientação sobre os princípios básicos da informática que auxiliará na organização das informações de gestão da propriedade. O segundo foi focado nas questões técnicas com os temas que compõem o Currículo de Sustentabilidade do Café (CSC).

A propriedade escolhida que possui a cafeicultura e o cultivo de seringueira no mesmo espaço.

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O objetivo da formação é mostrar como aplicar as 11 áreas temáticas do CSC e com isso tornar a atividade agrícola mais sustentável.

A Cocapec foi uma das parceiras do projeto na Alta Mogiana.


Na Alta Mogiana, a Cocapec é uma das entidades parceiras do Programa Café Sustentável, que por sua vez é uma iniciativa público-privada global, envolve parceiros de comércio e indústria, governos (locais), ONGs e organizações que definem as normas que operam no setor do café. Ele é alimentado pela IDH, uma organização holandesa sem fins lucrativos dedicada a promover a sustentabilidade em diversas cadeias produtivas mundiais. No Brasil quem faz a coordenação é Conselho dos Exportadores do Brasil (Cecafé) e P&A International Marketing. Já as aulas do “Produtor Informado”, foram ministradas pelos profissionais da “Via Verde”.

A Cocapec formará quantas turmas forem necessárias para capacitar o seu cooperado. Os interessados devem entrar em contato no fone (16) 3711-6285

O gerente de comercialização de café da Ccoapec, Jandir de Castro Filho, falou sobre os trabalhos de terreiro e como eles influenciam na qualidade final.

Alunos do curso da turma da região de Ibiraci/MG.

Alunos do curso da turma da região de Franca/SP.

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ESPECIAL COOPERATIVISMO

Equipe técnica amplia conhecimento Por: Alex Ponce Faleiros / Técnico Agrícola/Uniagrot Com colaboração de: Gabriel Nogueira Decarlos / Assistente Técnico Basf

Na Bovespa e na BM&F o grupo aprendeu mais sobre o processo de comercialização das commodities.

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melhora contínua sempre fez parte da cultura da Cocapec, sendo assim a equipe técnica da cooperativa, em parceria com a Basf, realizou uma viagem técnica para ampliar conhecimentos e oferecer melhores serviços aos cooperados diante das experiências adquiridas. Sendo este o 3º Tour tecnológico, Cocapec – Basf. O foco desta vez foi o mercado de café e a tecnologia de organização de aplicação de insumos de outras culturas num roteiro de 6 dias, quando puderam ver a grande tecnologia empregada em duas culturas totalmente diferentes da cafeicultura e principalmente todos os processos envolvidos na comercialização do café, desde as negociações até seu embarque final para exportação, etapas tão importante para o produtor e consequentemente a cooperativa. A viagem começou pela Cooperativa

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Agropecuária de Insumos Holambra onde o grupo visitou toda a estrutura e também conheceu a Fazenda Jatobá, produtora de flores de um dos seus cooperados. A característica desta cooperativa é a compra de grande volume de insumos e que permite o repasse de produtos em condições comerciais diferenciadas aos seus associados. Em Mogi Guaçu a comitiva conheceu as instalações de processamento e as lavouras do Grupo Mallmann, especializada na produção e comercialização de tomates possuindo uma grande experiência em certificações e rastreabilidade. Sendo que o ponto mais relevante observado pelo grupo está no controle de qualidade e no manejo fitossanitário e nutricional de suas lavouras e instalações, além da grande organização operacional. Já na parte especifica de mercado de café foi realizada a visita no Instituto

Educacional BM&F Bovespa, onde, a equipe participou do curso Conceitos do Mercado Futuro e de Opções de Café. Visitando neste dia também as instalações atuais da BM&F, onde são realizadas as operações de mercado e também o Centro de Memória, local onde se operava a Bovespa, hoje chamado de espaço Raimundo Magliano Filho, onde há uma exposição permanente, com parte do acervo que retrata a historia da BM&F Bovespa. A viagem seguiu para Santos, onde o grupo visitou diversos locais. A primeira parada foi no Brasil Terminal Portuário (BTP), que possui administração holandesa, e que exporta grande parte dos cafés da Cocapec, sendo possível ver neste local as grandes operações e tecnologias aplicadas para o transporte de nosso café, alem de varias outras mercadorias. Ainda em Santos, tiveram a oportunidade de conhecer duas corretoras de café a COFCO AgriLtd. e


Olam. A primeira é uma gigante chinesa, líder no fornecimento de commodities agrícolas no mundo e entrou fortemente este ano na comercialização de café após a aquisição da NobleAgriLtd., já a segunda possui uma grande experiência no comercio de café, mas também atua em outros mercados como cacau, arroz e algodão. O final do roteiro foi no tradicional Museu do Café de Santos, e o grupo, após vivenciar diversas etapas atuais do seguimento, foi levado a relembrar como tudo isso começou e valorizar ainda mais esta importante atividade agrícola. Como resultado de todas estas visitas o que se traz de volta são melhores relacionamentos entre a equipe técnica da Cocapec com pessoas dos demais ramos, principalmente da comercialização de café, além de conhecimentos nesta área e também nos quesitos de organização de produção e tecnologias de aplicação de insumos, que serão repassados dia a dia aos cooperados.

A melhora contínua sempre fez parte da cultura da Cocapec, assim a equipe técnica da cooperativa, em parceria com a Basf, realizaram uma viagem técnica para ampliar conhecimentos e oferecer melhores serviços aos cooperados diante das experiências adquiridas. Sendo este o 3º Tour tecnológico, Cocapec – Basf.

A comitiva visitou o tradicional Museu do Café em Santos/SP.

No porto a equipe viu de perto como é o processo de envio do café para o exterior.

O Brasil Terminal Portuário (BTP) é uma das principais portas de saída dos cafés da Cocapec.

O grupo de 19 pessoas foi composto por toda a equipe técnica da Cocapec, o diretor Alberto Rocchetti Netto e os profissionais da Basf Renato Duarte e Gabriel Decarlos.

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NEGÓCIOS

Diretor da Cocapec é membro do Conselho Diretor da ABAG/RP Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec Com informações da ABAG/RP

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diretor secretário da Cocapec, Alberto Rocchetti Netto agora faz parte do Conselho Diretor da Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto – ABAG/RP. A eleição aconteceu no dia 30 de março em Assembleia Geral Ordinária, na qual foram escolhidos os 15 membros. O mandato é de três anos com direito a reeleição. A ABAG/RP atua em cerca de 86 municípios da região e tem como objetivo congregar os vários segmentos do agronegócio, e com isso fortalecer sua representação

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política, valorizar institucionalmente suas atividades, ampliando sua participação em projetos sociais e educacionais e promovendo o debate de temas de interesse do setor e da sociedade. Para isso, a instituição realiza diversas ações como o Programa Educacional “Agronegócio na Escola” e o Prêmio ABAG/RP de Jornalismo José Hamilton Ribeiro. E é neste momento que o Conselho Diretor atua, definindo as diretrizes para a promoção das ações e colaborando nas decisões da entidade. Esta é a segunda vez que a Cocapec tem um representante na ABAG/RP. O primeiro foi Maurício Miarelli.



NEGÓCIOS

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Granelização Chega a Claraval Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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s obras do sistema de granelização no núcleo de Claraval já estão em fase final. Os cooperados já começaram a fazer a entrega da safra

deste ano. O sistema reduz tempo e custo, além de proporcionar mais segurança no momento de entrega e armazenamento, garantindo a integridade do lote pelo fato de tudo ser controlado digitalmente. A granelização foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no final de 2011. A implantação aconteceu gradualmente a partir de 2012 na unidade de Franca. Na sequência, Ibiraci começou a receber seguida de Pedregulho, Capetinga e Cristais Paulista. Essa última, a entrega é 100% granelizada. Na safra de 2015, os recebimentos através da granelização, englobando as entregas a granel e big bag, representaram 75% do total. A partir do início da operação em Claraval/MG a expectativa é que este percentual aumente. Este fato é importante em ano de bienalidade alta, no qual as previsões sinalizam para um recorde de produção.

A estrutura já está em funcionamento, faltando apenas ajustes finais da obra.

Todos os funcionários foram treinados para desempenhar o trabalho da melhor maneira possível.

Os cooperados já começam a entregar sua produção através do sistema.

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NEGÓCIOS

Conheça as cápsulas Senhor Café – o sabor na dose certa Autor: Victor Alexandre Ferreira – Gestor de Torrefação Cocapec

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Cocapec lançou o melhor sabor de café do Brasil, agora em cápsulas! O Senhor Café, produzido a mais de 25 anos pela torrefação da Cocapec é apreciado em todo o Brasil, por proporcionar o verdadeiro sabor do café da Alta Mogiana, agora está também na versão cápsulas. Este mercado foi criado em 1970 pela Nestlé, e naquela época os engenheiros tinham como missão desenvolver uma máquina de café que extraísse a bebida tal e qual os melhores baristas italianos. A primeira cápsula comercializada foi em 1976 na Suíça. Já há 40 anos no mercado europeu, elas estão muito mais consolidadas, sendo que este mercado já detém 40% das vendas de café. Durante esse período, na Europa, diversas marcas de café lançaram suas cápsulas e máquinas, o que intensificou ainda mais esse mercado. Essa tecnologia chegou ao Brasil em 2006, e desde então os brasileiros vêm aumentando o consumo nesta modalidade. Atraídas por esse mercado, várias torrefações brasileiras se inseriram neste novo mercado, e segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), em 2014, eram

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apenas seis marcas de café que possuíam seus produtos envazados em cápsulas, hoje são mais de oitenta marcas. De acordo com a instituição, a tendência de crescimento é de 166,3% de 2014 a 2019. Com essas projeções de crescimento, os analistas dizem que em 2025 o consumo de cápsulas será de 20% entre os brasileiros, contudo, são projeções altas, já que o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, em torno de 18 milhões de sacas de café por ano. A Cocapec, na busca de novas oportunidades e acompanhando as tendências mundiais do mercado de café, iniciou o desenvolvimento do produto em fevereiro de 2015, e desde então foram várias reuniões com especialistas nesse seguimento, além de testes de degustação, escolha das matérias primas e testes de torras e moagens, além de inúmeras horas dedicadas junto à empresa publicitária para definição das embalagens das cápsulas. Foi adotado o sistema de envase individual, com intuito de preservação da escolha da melhor matéria prima, da torra ideal e da moagem correta, pois vários testes anteriores provaram que o acondicionamento indevido prejudicaria todo o processo anterior da escolha.

Contudo, a prioridade da torrefação da Cocapec foi proteger o café dentro da cápsula. O sistema de atmosfera modificada dentro da embalagem individual, que se resume na retirada do oxigênio e introdução de nitrogênio, preserva o sabor e as características da matéria prima pelo período de um ano, ao contrário de demais marcas no mercado brasileiro em que as cápsulas são embaladas em saquinhos com dez unidades e transparentes, as quais não possuem o poder de preservação como das “cápsulas do Senhor Café”. As cápsulas Senhor Café estão disponíveis em dois sabores bem conhecidos no mercado, o “Senhor Café Gourmet” e “Senhor Café Superior”. O primeiro é bebida mole, peneira 17/18, torra branda e bebida suave, enquanto que o segundo é café peneira 16, bebida dura para melhor e torra média, bebida encorpada. As cápsulas Senhor Café são compatíveis com as máquinas da marca Nespresso, e ainda a Cocapec está disponibilizando, por um preço muito competitivo, as máquinas para seus cooperados, clientes e colaboradores.


A responsabilidade da Cocapec com o consumidor de café é ainda maior, pois ela representa mais de 2.000 cooperados cafeicultores de excelentes cafés da Alta Mogiana, cuja qualidade é indiscutível. O Senhor Café, bem como as demais marcas da Cocapec, é industrializado com 100% do café produzido pelos cooperados. Você encontra as cápsulas Senhor Café em diversas cafeterias da cidade, na Cocapec e também pela loja virtual www.senhorcafe.com.br.

As cápsulas Senhor Café estão disponíveis em dois sabores bem conhecidos no mercado, o “Senhor Café Gourmet” e “Senhor Café Superior”

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CAPA

8º Simcafé – O melhor evento da cafeicultura está aqui Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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nir difusão de conhecimento, exposição de produtos e excelentes opções de compra. Esta foi a combinação acertada no

8º Simcafé. O crescimento do evento foi em todos os sentidos. A proposta de inclusão de mais um dia, além do aumento do período de visitação, foi abraçada pelos visitantes que compareceram em peso, e o número superou os 2 mil participantes.

A programação foi intensa entre os dias 12 e 14 de abril, e todas as áreas do complexo Villa Ventura em Franca/ SP ficaram bastante movimentadas. Outra mudança foi a cerimônia da abertura oficial que ocorreu no final da tarde do 1º dia. Nela marcaram presença diversas autoridades da cafeicultura, cooperativismo, política, entre outras. Destaque para Alberto Amorim, representando Arnaldo Jardim, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Em seu discurso, Amorim destacou o sucesso do evento que é reflexo da grandeza do agronegócio no Brasil. O ponto alto da solenidade inaugural foi protagonizado por Maurício Miarelli que homenageou José Carlos Jordão, que havia falecido no final de março, dizendo que ele foi um grande líder da

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cafeicultura e do cooperativismo. O presidente da cooperativa prosseguiu sua fala destacando o esforço que produtor teve nos últimos tempos por conta da crise climática, e que agora parece que tudo se normalizará. “Estamos ao passo de colher uma boa safra, esses anos foram difíceis, mas estamos saindo dessa e a cooperativa está preparada”. Maurício concluiu dizendo sobre as opções de troca oferecidas no Simcafé, justamente por conta da perspectiva de uma boa colheita. A abertura também foi palco do principal lançamento da Cocapec no ano, as Cápsulas Senhor Café. O diretor Alberto Rocchetti Netto detalhou todo o processo, e mostrou os principais


diferenciais do produto, além da ferramenta de vendas online o www.senhorcafe.com.br. COMO O OBJETIVO PRINCIPAL DO SIMCAFÉ É A DIFUSÃO DE CONHECIMENTO, O EVENTO TROUXE 3 PALESTRAS, UMA POR DIA, COM TEMAS PERTINENTES AO CENÁRIO ATUAL, FORAM ELAS: DIA 12: Panorama Macroeconômico e os Efeitos na Cafeicultura – com Alexandre de Barros e César de Castro Alves – engenheiros agrônomos formados pela ESALQ/USP; DIA 13: Novo manejo de poda para uma lavoura mais produtiva – com André Luiz Alvarenga Garcia, da Fundação Procafé; DIA 14: Políticas Públicas para defesa e desenvolvimento da cafeicultura promovida pelo CNC – com Silas Brasileiro, Presidente executivo do CNC. Além disso, foram realizados workshops ao longo do dia apresentando produtos de alguns parceiros presentes. Por conta da excelente condição de troca oferecida pela Cocapec exclusivamente para o Simcafé, o espaço de Máquinas e Implementos foi o local que mais uma vez recebeu a maior quantidade de visitas do evento. Grande parte do público aproveitou as oportunidades comerciais. Foi o caso do cooperado Ricardo Sérgio Almeida, de Capetinga/MG, que adquiriu uma carreta, “achei muita coisa boa a condição e por isso fiz a troca e estou levando a carreta hidráulica basculante”. Já Eloy Barbosa de Paula, da comunidade Porteira da Pedra, no município de Claraval/ MG, comprou, juntamente com seu cunhado, um lavador e um medidor de umidade. Além da questão comercial, Eloi destacou as palestras, “gostei de mais das explicações, foi muito

conhecimento, vai me ajudar bastante na melhora”. Ao todo foram cerca de 70 expositores, que levaram as principais novidades para o cultivo de café como defensivos, fertilizantes e maquinários, produção animal, além de parceiros como concessionárias de veículos, bancos, seguradoras, viveiros, entre outras. De acordo com os fornecedores este é um excelente momento para falar diretamente com o agricultor explicando o funcionamento e os diferenciais dos produtos e técnicas. Presenças importantes também foram a da Bioisca, o formicida natural da Cocapec, e também da Associação Florestal, que doou mudas de espécies nativas para reposição ambiental. O setor de classificação de café da cooperativa também teve o seu espaço demonstrando um pouco do trabalho que é feito na cooperativa, apresentando os diversos tipos de café e seus aspectos, o que influencia diretamente na análise, como a quantidade de defeitos e tudo mais.

A Cafeteria Senhor Café dessa vez se multiplicou e também esteve na parte externa da feira, foi o grande ponto de encontro dos visitantes, que deram uma pausa nas negociações para apreciar um café feito com os grãos dos cooperados. Além das tradicionais bebidas geladas, cappuccinos, chocolates, o Senhor Café pode ser degustado na versão em cápsulas lançadas durante o evento.

As mulheres presentes também tiveram um momento só seu. O pessoal do Fussol, Fundo Social de Solidariedade de Franca, deu um curso sobre pintura em tecido, e o resultado foram lindos trabalhos. Na avaliação do presidente Maurício Miarelli, o 8º Simcafé foi um extremo sucesso. “Esse acréscimo de mais um período foi extremamente positivo. Com isso, conseguimos equilibrar a parte comercial com a difusão de conhecimento, que é feita através das palestras, dando a oportunidade ao público em visitar as empresas expositoras com tranquilidade e aproveitar as vantagens comerciais disponíveis. Com isso, superamos todas as expectativas, seja de público, negócios e expositores, que venha a 9ª edição”, concluiu Miarelli.

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CAPA

O público pode conhecer um pouco mais sobre como é feita a classificação de café.

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O presidente Maurício Miarelli abriu oficialmente a 8ª edição ao lado de grandes personalidades da política, cooperativismo e cafeicultura.

Nos três dias, os presentes prestigiaram as palestras apresentadas.

A feira de máquinas e implementos trouxe diversas novidades aos produtores.

A sala de negociações ficou sempre cheia de cooperados que aproveitaram a condição exclusiva do Simcafé.

O espaço de máquina e implementos a cada ano atrai mais expositores.

A Associação Florestal marcou presença novamente e distribuiu diversas mudas nativas.

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Equipe que atuou diretamente na realização do 8º Simcafé. Vale ressaltar que muitas não participaram da foto. A Cocapec agradece todos os seus colaboradores pelo apoio.

A sempre movimentada Cafeteria Senhor Café serviu deliciosas bebidas quentes e geladas.

As mulheres tiveram seu momento especial como a oficina de pintura em tecido oferecida pelo Fussol.

Os corredores estiveram sempre cheios durantes os 3 dias de evento.

Na área externa aconteceram diversas demonstrações, o que chamou bastante a atenção do público.

A palestra sobre Novo manejo de poda para uma lavoura mais produtiva, foi a mais disputada da edição.

O evento também é uma excelente oportunidade para fazer negócios também de veículos.

Silas Brasileiro encerrou a rodada de palestras do Simcafé, com o tema Políticas Públicas para defesa e desenvolvimento da cafeicultura promovida pelo CNC. R E V I S TA C O C A P E C - A B R I L / M A I O / J U N H O 2 0 1 6

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ESPECIAL

Revista Cocapec chega a sua 100ª edição

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riada em 2001, a Revista Cocapec chega a sua 100ª edição. A editoria relatou os principais acontecimentos da cafeicultura, cooperativismo e claro, sobre a Cocapec nos último 15 anos. Antes deste período a Cocapec possuía um outro informativo em formato de jornal. Mas, seguindo o preceito da melhoria contínua, verificou-se que ao formato revista seria mais adequado aos objetivos de comunicação da cooperativa. Com isso, em abril de 2001 foi publicada a primeira edição da então chamada “Cocapec em Revista”. A editoria possuía apenas 12 páginas, em sua maior parte em preto e branco, mas já se observava a preocupação de abordar temas importantes para informar os cooperados. Com o tempo, ela foi ganhando mais colorido, novos layouts e também mais conteúdo. Hoje a média de página por edição fica em torno de 44. Somente na edição 52, em janeiro de 2008, a editoria passou a se chamar Revista Cocapec. Muitos assuntos foram dignos de serem capas como inaugurações, conquistas políticas, assembleias, entre outras. Mas algumas foram realmente marcantes, como do Papa João Paulo II, recebendo os cafés Cocapec, entregues a ele pelos bispos da Diocesse de Franca, Dom Diogenes da Silva Mattes, Dom Caetano Ferrari e o Seminarista Carlos Henrique, em visita ao vaticano em 2003.

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Em todo este tempo a Revista Cocapec passou por inúmeras mãos, e cada uma imprimiu seu estilo, sua forma de abordar os assuntos. Murilo Andrade, atual responsável pela revista fala sofre o desafio de produzi-la, “por conta do ciclo da cafeicultura, os temas se repetem anualmente, e procurar uma forma diferente de abordar os assuntos com certeza é o maior desafio de escrever esta editoria”.

Procurar uma forma diferente de abordar os assuntos com certeza é o maior desafio de escrever esta editoria O processo de produção da Revista Cocapec é bastante complexo, e envolvem várias fases até a sua publicação. Primeiramente são levantadas as possíveis pautas, analisando os últimos e próximos acontecimentos, o que tem de mais relevante no período, focando sempre no que é importante para os cooperados e demais leitores saberem.

As matérias são revisadas por uma equipe que faz contribuições para enriquecer os textos e passar sempre a melhor informação. Em seguida, é reunido todo o material (texto e foto) e enviado à agência que faz a diagramação, ou seja, a montagem da revista. Neste momento o arquivo é acompanhado e acontece várias alterações para que tudo saia da melhor maneira possível.A fase final é o envio para a gráfica e aguardar que o material fique pronto e que tudo ocorra dentro da normalidade. Durante todo este processo podem ocorrer diversos imprevistos como matérias que

Na sequência acontece a reunião de pauta, quando são definidos os temas que farão parte da editoria, e dentre estes assuntos é escolhido qual será a “matéria de capa”. A partir daí começa o trabalho de pesquisa, levantamento de dados, entrevistas, registros fotográficos, ou seja, tudo que possa ser utilizado na construção do texto. Em conjunto com tudo isso são definidas as imagens e ilustrações para que a matéria fique mais atrativa.

entram de última hora, ou mesmo o contrário, é preciso retirar algum artigo, problemas com o arquivo ou até mesmo com a gráfica. Mas isso é normal em um projeto desta natureza, o importante é que tudo é sempre contornado e o produto final é entregue da melhor maneira.

100ª edição Capa


Além da equipe fixa, a Revista Cocapec conta com diversos colaboradores entre engenheiros agrônomos da equipe técnica, médicos veterinários, funcionários

dos diversos setores da cooperativa, entre outros. Essa contribuição é extremamente importante e valoriza o conteúdo através do conhecimento profissional. Ao longo destes 15 anos a Revista Cocapec foi modificada, tanto no seu visual, como a forma de contar as histórias. Mas chegando em sua 100ª edição, algo que nunca mudou foi a preocupação de passar a mensagem de forma clara e completa aos cooperados e demais leitores. Hoje ela é um dos principais canais de comunicação da Cocapec com os associados e certamente é um dos principais informativos cooperativistas que existe, feita de forma séria e responsável, primando sempre pela qualidade da informação.

Muitos assuntos foram dignos de serem capas como inaugurações, conquistas políticas, assembleias, entre outras. Mas algumas foram realmente marcantes, como do Papa João Paulo II, recebendo os cafés Cocapec, entregues a ele pelos bispos da Diocesse de Franca, Dom Diogenes da Silva Mattes, Dom Caetano Ferrari e o Seminarista Carlos Henrique, em visita ao vaticano em 2003.

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ESPECIAL

Silas Brasileiro participa de reunião na Cocapec Por: Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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m sua passagem por Franca/SP, no dia 14 de abril, Silas Brasileiro esteve na Cocapec horas antes de encerrar o 8º Simcafé com a palestra sobre Políticas Públicas para Defesa e Desenvolvimento da Cafeicultura Promovidas pelo CNC.

O Presidente Executivo do Conselho Nacional do Café (CNC) se reuniu com a diretoria da cooperativa, da qual o presidente, Maurício Miarelli é também coordenador do CNC, com membros do conselho administrativo e integrantes da administração do Sicoob Credicocapec. Na reunião, o executivo abordou diversos pontos do trabalho realizado pelo órgão nos últimos tempos em apoio a classe produtora. Um exemplo da exposição foi a atuação junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no qual o CNC teve um intenso trabalho na antecipação dos recursos do Funcafé para a safra de 2016. O resultado foi a aprovação recorde de R$ 4,632 bilhões aos cafeicultores e cooperativas. Outro ponto importante discutido foi as ações do CNC sobre as denúncias de trabalho análogo ao de escravo nas lavouras cafeeiras do Brasil. O relatório “Café Amargo” da ONG Danwatch, o qual o CNC já emitiu uma nota de repúdio, é só um exemplo de alguns trabalhos que estão sendo monitorados, e que possuem teor de danos à imagem da cafeicultura nacional. O CNC está atuando em várias frentes com articulações institucionais, junto a órgão governamentais. Outra ação consiste na conscientização dos produtores e instituições representativas de classes, como as cooperativas, no cumprimento da legislação trabalhista vigente. Além disso, ocupar mais espaço na mídia para divulgar o padrão de sustentabilidade do mundo, que é a cafeicultura brasileira, na qual, pela composição de leis rígidas, garante respeito ao trabalhador e ao meio ambiente.

Silas Brasileiro visitou a Cocapec momentos antes de realizar sua palestra no 8º Simcafé.

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Sobre o atual cenário político Silas deixou claro que o CNC é uma entidade privada e que trabalha com relacionamento nas diversas esferas do poder, em especial no MAPA e no MDIC, no qual declarou ter “portas abertas”. Por conta disso, o CNC mantém a neutralidade e espera que o país encontre a melhor solução.

O encontro reuniu a diretoria da Cocapec e Sicoob Credicocapec, conselho administrativo e os presidentes do Sindicato Rural de Franca e Fundação do Café da Alta Mogiana.


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ESPECIAL

José Carlos Jordão da Silva: Para sempre no coração da cafeicultura Por: Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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aleceu em março, José Carlos Jordão da Silva, ou simplesmente, Jordão como era mais conhecido. Ele tinha 82 anos.

Jordão foi um dos homens mais importantes da história da Cocapec. Foi ele que teve o primeiro contato com Constâncio Pereira Dias e José Cassiano dos Reis Júnior, representantes da Cooperativa Central Agropecuária do Paraná (Cocap). A partir de uma reunião em Curitiba/ PR, sede desta cooperativa, Jordão vislumbrou a possibilidade de trazer o cooperativismo para a região. Por ser cafeicultor e grande conhecedor da qualidade do produto da Alta Mogiana, bem como a sua capacidade de produção, aceitou a proposta de fundar um núcleo da Cocap em 1983. Uma pequena sede foi montada em Franca: surgia o cooperativismo na Alta Mogiana. Tempos depois a unidade possuía um armazém com capacidade estática para 150 mil sacas e uma moderna usina de rebenefício. Porém, não muito tempo após a instalação da unidade na cidade, a Cocap começou a passar por dificuldades financeiras e precisou encerrar as atividades na cidade. Mas como ficariam os produtores da região sem este apoio? Com essa indagação que Jordão, juntamente com um pequeno grupo, se mobilizou para a criação da Cocapec em 11 de julho de 1985.

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Neste mesmo dia a diretoria foi eleita e José Carlos Jordão da Silva vinha a frente como diretor presidente, seguido de seus companheiros Alceu Rubens Morandini, diretor vice-presidente, e José Engler Pinto Junior, diretor secretário. Este primeiro mandato terminaria em março de 1986, mas esta mesma equipe foi reeleita e comandou a cooperativa até 1989. Na sua gestão a Cocapec obteve grandes conquistas que são importantes até hoje. Em 1986, foi instalado o laboratório de análise de solo. Na sequência, em 1987, foi inaugurado o primeiro núcleo da Cocapec em Claraval/MG. Em 1989, foi a vez de Pedregulho ganhar uma unidade e 1990 a concretização da torrefação. Jordão atuou como vice-presidente do Nacional do Café (CNC), cujo foco principal é a defesa da cafeicultura como representante da classe produtora frente aos poderes Executivos e Legislativos do Brasil. No período que esteve na entidade, o então presidente da república, José Sarney, convidou Abreu Sodré, presidente do CNC, para o Ministério das Relações Exteriores, em 1986, e assim o mandato no CNC foi ocupado, por Jordão. O espírito visionário sempre fez parte da vida deste grande homem. Foi ele que primeiro plantou café no sistema renque com espaçamento 3,5m x 0,5m, em 1968, técnica bastante utilizada atualmente. Em 2014, durante o 6º Simcafé,

realizado pela Cocapec, Jordão foi um dos convidados de honra. Em entrevista que concedeu a organização, ele parabenizou o evento, destacou a qualidade das palestras e das oportunidades. Ele falou um pouco sobre os rumos da cafeicultura, principalmente o de buscar meios de valorização dos cafés de qualidade e também melhorar as ações promocionais da cafeicultura brasileira no mercado internacional. Jordão continuou como cooperado até 1994. Em 2010, quando a Cocapec comemorava seus 25 anos, no material comemorativo ele deu uma importante declaração, veja na íntegra:

A Cocapec foi o berço de tudo para nós. Muitos colegas vieram para Franca e acreditaram no cooperativismo. O mérito foi crer que a união era o que faltava para fortalecer a cafeicultura. A partir da montagem do núcleo da Cooperativa do Paraná, Franca em tão pouco tempo já tinha sua própria cooperativa. Hoje, os cooperados têm a consciência que, sem cooperativa a atividade empresarial agrícola não resiste. Para o fortalecimento da cooperativa exige-se, cada vez mais, a participação dos cooperados. E para isso, a educação e a instrução devem andar juntas. A Cocapec faz a parte dela investindo nestas ações. Eu acredito no café, pois foi ele a base de existência de muitos produtores rurais


Em 2014, Jordão marcou presença no Simcafé.

A Cocapec homenageia e agradece esse grande inovador pela expressiva contribuição a cafeicultura brasileira, e principalmente na concepção desta cooperativa. Seu importante trabalho é perpetuado há mais de 30 anos. Mais do que nunca os jovens precisam se espelhar na obra deste homem, para que a cafeicultura e o cooperativismo tenham futuro. A você Jordão, o nosso muito obrigado. Jordão ao lado de José Engler e Alceu Moramdini, compondo a primeira diretoria da Cocapec.

Ainda na época da Cocap, em 1983, Jordão preside a reunião com cooperados.

A usina de rebenefício e armazém recebem o seu nome.

Em 1985, Jordão recepciona uma comitiva japonesa que vieram conhecer os cafezais da Alta Mogiana.

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ESPECIAL

Estudantes americanos conhecem a cafeicultura através da Cocapec Por: Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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ovamente a Cocapec foi incluída no roteiro da visita anual dos formandos do curso de MSMBA in Food and Agribusinnes Management, da University Purdue, localizada nos Estados Unidos. Acompanhados pelo renomado profissional Marcos Fava Neves, o grupo de 40 pessoas conheceu a Cocapec em maio. Guiados pelo gerente de comercialização Jandir de Castro Filho, os estudantes passaram pela torrefação, usina, armazém de granelização e finalizaram com chave de ouro no setor de classificação/ degustação, com explicações detalhadas sobre os processos. Os jovens ficaram bastante encantados com os processos do café após a colheita do produto no campo. As perguntas, sempre de alto nível, tornaram a visita ainda mais especial. O grupo teve a oportunidade de visitar uma lavoura de café no município de Restinga/SP. No local viram duas modalidades de colheita, manual com pano e mecanizada. Novamente a comitiva ficou impressionada com esta etapa e certamente verá o café com outro olhar a partir de agora.

O ponto alto da visita foi no setor de classificação/degustação de café, onde o grupo soube um pouco mais sobre esta importante etapa

Os estudantes visitaram também uma fazenda de café que havia iniciado os trabalhos de colheita.

Além da cafeicultura, os estudantes conheceram outras culturas presentes na região como cana-de-açúcar, laranja e criação animal. A vinda desses alunos à Cocapec mostra que a cooperativa é uma referência na cafeicultura, e que agora possui novos embaixadores pelo mundo, palavras do professor Marcos Fava.

Na granelização o grupo conheceu sobre a logística de armazenamento da Cocapec. 32

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Cursos das parcerias da Cocapec focam nos trabalhos de pós colheita Por: Cristiane Olegário / Analista de Comunicação Cocapec

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Cocapec continua apoiando a profissionalização do trabalhador do campo através de importantes parcerias como o Senar/MG e o Sescoop/ SP. Apenas no mês de junho foram cerca de 5 cursos, capacitando cerca de 60 pessoas. Como estamos em plena a safra, o foco foi o curso de pós-colheita - via seca. As técnicas repassadas aos produtores auxiliam nos cuidados e providências para preservação de qualidade da secagem, quando o café no terreiro é acometido por chuva entre outras intempéries que podem ocorrer durante este processo, como aconteceu no início dos trabalhos de colheita este ano. O processo de secagem do café é uma etapa decisiva para garantir a qualidade do produto e agregar valor para este, ou seja, uma fase crucial para garantir rendimento com a cafeicultura. As capacitações aconteceram nos municípios mineiros de Ibiraci, Claraval, Capetinga, e no lado paulista em Itirapuã e Cristais Paulista.

Apenas no mês de junho foram cerca de 5 cursos e capacitando cerca de 60 pessoas.

Aulas práticas no terreirão

As aulas englobaram conhecimentos teóricos e práticos, para que todos pudessem sair da formação com condições de aplicar os conhecimentos no seu dia a dia. Os convênios que a cooperativa mantém com as instituições estaduais já viabilizaram a melhora significativa do nível técnico das atividades agrícolas na região. Mais informações:

Medir a umidade do café é fundamental para um produto de mais qualidade

Capetinga Joana – (35) 3543 – 1572 Claraval Dinei – (34) 3353 – 5257 Ibiraci Raquel – (35) 3544 – 5000 Franca Cristiane – (16) 3711 – 6285 Solicitações e dúvidas: Email: senarminas@cocapec.com.br / comite@cocapec.com.br

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SOCIAL

Cocapec participa do Dia C Por: Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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olidariedade com cooperativismo, combinação melhor não há. Essa mistura é feita pela Liga da Cooperação, formada pelos colaboradores da Cocapec que desenvolve o trabalho voluntário em alguns lares da cidade de Franca/SP e região. Especialmente no dia 2 de julho, aconteceu o Dia de Cooperar – Dia C, realizado pela Organização das Cooperativas Brasileira (OCB), quando mobilizou cooperativas de todo o país para desenvolver ações voluntárias em entidades assistenciais de sua área de atuação.

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Na região ocorreram diversas ações como doação de sangue, arrecadação de alimentos. O material arrecadado foi revertido ao Lar dos Velhinhos em Pedregulho/SP, Casa da Sopa Francisco de Assis em Claraval/MG, Lar São Vicente de Paula e Creche Raio de Luz em Capetinga/MG. Em Franca as doações foram feitas para o Lar de Ofélia, que abriga cerca de 180 idosos, além de entregar todo mantimento arrecadado, os moradores assistiram uma apresentação de dança, que teve o apoio do Sescoop/SP. Também foi oferecido um café da tarde e os colaboradores interagiram

bastante com os moradores proporcionando momentos inesquecíveis. Já em Ibiraci/MG o Dia C aconteceu no Lar Aísa R. Siqueira. Os colaboradores preparam um dia super especial com música, através de uma dupla de violeiro e carinho. A Liga da Cooperação recebeu todo material de apoio alusivo ao Dia C como camisetas, bonés, chaveiros, etc. A divulgação aconteceu nos meios de comunicação da cooperativa e também através da fixação de cartazes e banners cedidos pela OCB e Sescoop/SP.


O dia foi de muita alegria, música e solidariedade.

Em Capetinga as doações foram divididas igualmente entre Lar São Vicente de Paula e Creche Raio de Luz.

Com a ajuda de colaboradores e cooperados a Cocapec arrecadou alimentos para a instituição.

Vale lembrar que o projeto Liga da Cooperação é uma ação permanente e acontece todos os meses. A cada visita, os integrantes preparam diversas surpresas para fazer os momentos sempre inesquecíveis.

Em Claraval as doações foram para a Casa da Sopa Francisco de Assis.

Este é o 3º ano consecutivo que a Cocapec participa do Dia C. Com mais de 30 anos atuando na cafeicultura da Alta Mogiana a cooperativa sempre pautou seus caminhos com a doutrina cooperativista e sabe que chegou tão longe por seguir esta filosofia. Solidariedade com cooperativismo, combinação melhor não há.

Em Ibiraci a animação foi total, com muita música e diversão.

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ESPECIAL NEGÓCIOS

Cocapec marca presença em importantes feiras internacionais Por: Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

Comitiva Brasileira na 28ª Exposição Anual da Associação Americana de Cafés Especiais.

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Cocapec participou em abril de importantes feiras internacionais, são elas: a 28ª Exposição Anual da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, na sigla em inglês), que aconteceu em Atlanta nos Estados Unidos, e a Coffee Expo Seoul 2016, ocorrido na cidade do mesmo nome na Coréia do Sul.

lado do mundo e levou consigo o mais novo lançamento da Cocapec, as cápsulas Senhor Café, que foi um sucesso. Além disso, o profissional apresentou os cafés naturais da Cocapec em um evento que tem a presença de cerca de 3 milhões de pessoas. Em 2016, o Brasil foi convidado especial da feira e por isso teve uma grande visibilidade.

Na primeira quem representou a Cocapec foi o diretor Alberto Rocchetti Netto que teve a oportunidade de apresentar alguns dos melhores cafés da Alta Mogiana, fazer contatos ampliando a possibilidade de negócios em todo o mundo.

Para facilitar a compreensão e apresentar a cooperativa em toda a sua relevância, foi produzido um informativo institucional com informações em inglês e em coreano, trazendo uma maior aproximação com a Cocapec.

Já o gerente de comercialização, Jandir de Castro Filho, foi até o outro

A exposição sul coreana foi possibilitada pela parceria entre a

O grande lançamento da Cocapec no ano, as cápsulas Senhor Café, também marcaram presença.

A participação da Cocapec foi um ótimo momento para fazer diversos contatos comerciais.

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Cocapec e o Sistema Ocesp e do Sistema OCB, com a presença de outras cooperativas. Além de mostrar o café, foi a oportunidade de apresentar também os inúmeros benefícios sociais, ambientais e econômicos que o sistema cooperativista proporciona. A participação de eventos como este fortalece a imagem do Brasil como um grande produtor de cafés de qualidade, e fazendo isso em escala. Para a Alta Mogiana, que já é reconhecida pelo excelente padrão de seus produtos, esta participação cria a expectativa de bons acordos comerciais em um futuro próximo.

O Brasil foi o país de destaque na edição de 2016.


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PRODUÇÃO ANIMAL SOCIAL

Cuide bem da saúde do cavalo Paulo Correia/ Médico Veterinário Uniagro/Cocapec – Mestre em medicina veterinária e professor universitário

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legra aos olhos ver um equino saudável e majestoso passar, troteando ou correndo, em nossa frente. Mostrando vigor e força, com a pelagem brilhante e imponente, realmente sabemos que é um animal bem tratado em todos os aspectos. No trabalho rural, na lida do gado ou puxando uma carroça, tanto nos esportes como em nossa região com as corridas hípicas ou no pólo, como em festas do peão ou cavalgadas, é gratificante assistir um equino demonstrando saúde e bem-estar. Sobre o bem-estar escrevemos em um artigo desta revista no ano passado. Mas é sempre bom termos em mente o conceito das cinco liberdades, que são: Livre de fome e sede; Livre de desconforto; Livre de dor, ferimentos e doenças; Livre de medo e angústia; Livre para expressar seu comportamento natural.

Sabemos que a doença é a falta ou perturbação da saúde. Portanto, vamos anotar aqui alguns requisitos para evitar a enfermidade em seu plantel.

Cavalo com suspeita de mormo, com lesões na tábua do pescoço e nódulos subcutâneos (Foto: Mapa)

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MBARI /I LJ U N A2I 0 R E V I S TA C O C A P E C - A /M O1/ 5 JUNHO 2016


Cada propriedade deve ter seu programa de vacinação e de vermifugação de seus equídeos, prevenindo doenças que podem afetar a saúde e desenvolvimento dos animais e também abortos em éguas. O potro, ao completar um mês de idade, deve tomar sua primeira dose de vermífugo, via oral, de acordo com o peso corporal. Essa desverminação deve ser repetida em doses mensais até ao desmame. Daí para frente recomenda-se fazer vermifugações a cada 60 dias, evitando o crescimento dos parasitas internos dos cavalos que causam anemia, emagrecimento com perda de peso. Quanto a vacinações, a vacina contra a raiva deve ser dada no potro ao completar o terceiro mês de vida com uma dose de reforço após 30 dias e repetida uma vez ao ano. Lembrando que em nossa região há um grande foco de morcegos hematófagos contaminados e a raiva não tem cura. Outras vacinas que devem ser administradas nos equinos são: contra o tétano, a adenite equina(garrotilho), contra a influenza ou gripe, a encefalomielite, a rinopneuminite equina e a leptospirose. Estas duas últimas são doenças que causam aborto em éguas, necessitando assim de imunização anual nas fêmeas. É importante ter um calendário afixado com todas as vacinações marcadas, evitando o esquecimento e atrasos no procedimento. Narina do cavalo com corrimentos sanguíneos purulento. Animal com mormo. (Foto: Mapa)

Outro assunto de destaque que tem deixado os criadores apreensivos são as doenças: Anemia Infecciosa Equina (AIE) e o Mormo ANEMIA INFECCIOSA EQUINA É um grande problema na criação de equídeos devido ser uma doença transmissível e incurável, levando prejuízos aos proprietários, tanto pela doença como na venda dos animais, impedindo o comércio internacional. É uma doença causada por vírus que infectam equinos, muares e asininos. É transmitida por meio do sangue, através de agulhas contaminadas (injeção com a mesma agulha, de um animal contaminado a outro sadio), picadas da mosca do estábulo e de mutucas (moscas grandes que tem predileção por sangue de equídeos), instrumentos cirúrgicos, aparadores de cascos, esporas e freios. É possível também a transmissão pela placenta e colostro. MORMO O Mormo também chamado de lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos causada por uma bactéria chamada Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e outros animais. Os sintomas mais comuns são: febre, fraqueza, pústulas nasais que viram úlceras, corrimentos bem viscosos nasais, nódulos subcutâneos (debaixo da pele), nas narinas, nos pulmões e gânglios linfáticos. É uma doença que já foi considerada extinta no Brasil e que a partir do ano 2000 foi detectada em alguns estados do nordeste brasileiro e atualmente espalhando por outras regiões brasileiras. A contaminação é feita pelo contato com fluídos corporais, principalmente o pus da secreção nasal, da urina e fezes. A bactéria pode penetrar no organismo pela via digestiva, respiratória, genital ou em lesões (machucados) da pele. O germe cai na circulação sanguínea indo para os órgãos, principalmente pulmões e fígado. O tratamento é proibido devido o animal ficar infectado por toda a vida e transmitindo a infecção aos sadios. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos a exames complementares. Tanto a AIE como o Mormo são doenças de notificação obrigatória, exigida pela legislação brasileira de saúde animal e o cavalo positivo deverá ser sacrificado, após isolamento e confirmação do teste sorológico. É importante lembrar que cavalgadas, festa de peão e vaquejadas são considerados eventos de alto risco para disseminação da doença. PREVENÇÃO É a melhor forma para evitar essas doenças, eliminando equinos infectados, separando os portadores clinicamente normais dos animais sadios e fazendo um rígido controle de insetos para impedir a transmissão da doença. Explicar aos peões e tratadores dos animais a necessidade de controle rigoroso com agulhas e instrumentos cirúrgicos contaminados. Lembrando: são doenças transmissíveis e incuráveis que acarretam muitos prejuízos, além do sacrifício do animal, a fazenda fica embargada.

Equídeo com nódulos subcutâneos supurados. (Foto: Mapa) R E V I S TA C O C A P E C - A B R I L / M A I O / J U N H O 2 0 1 6

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BOLETIM

RELAÇÃO DE TROCA

Relação de Troca de Café Valores referente ao mês junho de 2016 Produtos

Unid.

Preço unitário SP

Preço unitário MG

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio

T

R$

1,130.00

R$

1,150.00

R$

2.35

R$

2.40

Ureia

T

R$

1,350.00

R$

1,250.00

R$

2.81

R$

2.60

Super Simples Gr

T

R$

1,050.00

R$

1,050.00

R$

2.19

R$

2.19

Cloreto de Potássio Gr

T

R$

1,280.00

R$

1,400.00

R$

2.67

R$

2.92

Adubo 21,00,21

T

R$

1,180.00

R$

1,250.00

R$

2.46

R$

2.60

Nitrato de Amônio

T

R$

1,250.00

R$

1,330.00

R$

2.60

R$

2.77

Custo (R$/HA) por Segmento Bicho Mineiro Produto

Kg/L/Ha

Cercospora

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Abamectina Nortox

0.4

R$

31.20

R$

12.48

Priori xtra

0.75

R$

150.00

R$

112.50

Curyon

0.8

R$

89.36

R$

71.49

Amistar

0.1

R$

480.00

R$

48.00

Danimen

0.2

R$

123.50

R$

24.70

Cuprozeb

3

R$

31.32

R$

93.95

Fastac

0.2

R$

37.36

R$

7.47

Tutor

2

R$

37.48

R$

74.96

Karate Zeon

0.04

R$

73.42

R$

2.94

COMET

0.4

R$

139.76

R$

55.90

Nomolt

0.4

R$

181.59

R$

72.64

Opera

1.5

R$

82.88

R$

124.32

Supera

2

R$

38.00

R$

76.00

Insenticidas de Solo Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

1

R$

480.00

R$

480.00

1.4

R$

248.32

R$

347.65

Verdadero WG Actara WG

Herbicida Pré-Emergente para Café Produto Goal

Kg/L/Ha 2.5

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

R$

R$

62.00

155.00

Ferrugem Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Alto 100

0.75

R$

85.00

R$

63.75

Opera

1.5

R$

82.88

R$

124.32

1

R$

79.00

R$

0.75

R$

150.00

R$

Tilt Priori xtra

2

Supera 350 SC

R$

38.00

R$

Produto

Kg/L/Ha

79.00

Glifosato

3

112.50

Zapp QI

2.1

R$

24.49

R$

51.43

76.00

Gramocil

3

R$

29.44

R$

88.32

Broca Produto

Kg/L/Ha

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

Trebon

1.5

R$

31.80

R$

47.70

Lorsban

3

R$

31.00

R$

93.00

Phoma Produto

Kg/L/Ha

Amistar

0.1

Tebufort (Tebuconazole) Cantus

40

480.00

Preço - (R$)/Ha R$

48.00

1

R$

30.00

R$

30.00

0.15

R$

670.00

R$

100.50

R E V I S TA C O C A P E C - A B R I L / M A I O / J U N H O 2 0 1 6

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

R$

R$

12.90

38.70

Aurora

0.08

R$

450.00

R$

36.00

Flumizim

0.1

R$

434.50

R$

43.45

Roundup WG

1.5

R$

25.74

R$

38.61

Mancha Aureolada Produto

Preço Unitário R$

Herbicidas

Cobre Recop

Kg/L/Ha 3

Preço Unitário

Preço - (R$)/Ha

R$

R$

18.40

55.20

2.5

R$

31.32

R$

78.29

Supera

2

R$

38.00

R$

76.00

Kasumin

1

R$

74.00

R$

74.00

Tutor

2

R$

37.48

R$

74.96

Cuprozeb


Média Mensal do Preço do Café Arábica Média Mensal do Preço do CafédosArábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) Comparativo últimos 5 anos (R$)

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100

Jan

Fev

Mar

Abr

Maio

Jun

2012

2013

Jul

2014

2015

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2016 Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço* de Milho

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2015

2015

2016

2016

R$

US$

R$

US$

Janeiro

27.41

10.40

41.65

10.27

Fevereiro

27.99

9.94

42.98

10.82

132.94

Março

29.44

9.37

47.79

12.94

131.40

Abril

27.61

9.08

48.92

13.77

460.37

130.20

Maio

25.34

8.28

51.48

14.55

484.87

142.00

Junho

25.03

8.05

49.12

14.35

128.63

Julho

25.99

8.07

454.98

129.57

Agosto

27.40

7.80

456.95

117.05

Setembro

31.04

7.95

Outubro

478.11

123.31

Outubro

32.83

8.46

Novembro

469.39

124.29

Novembro

33.57

8.89

46.99

12.78

R$

US$

R$

US$

Janeiro

465.93

176.77

491.31

121.21

Fevereiro

469.99

163.39

489.82

123.32

Março

447.10

142.24

491.07

Abril

445.69

146.55

466.71

Maio

421.95

137.88

Junho

424.02

136.35

Julho

414.50

Agosto Setembro

Dezembro

479.32

123.94

Média Anual

452.33

137.50

480.69

130

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Dezembro

35.33

9.13

Média Anual

29.08

8.79

Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Produto

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2012

317

158

150

125

28

115

28

0

67

69

196

159

2013

297

246

296

130

125

55

7

8

86

157

209

242

2014

129

58

79

142

16

7

55

0.2

45

61

248

242

13

0

0

149

286

324

25.8

2.1

49.5

109.0

234.8

241.8

2015

76

239

285

163

86

16

2016

326

227

307

12

32

61

229.0

185.6

223.4

114.4

57.4

50.8

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Produto

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

2012

523

80

245

103

50

134

19

0

55

104

265

198

2013

321

254

222

91

142

67

0

12

89

149

239

127

2014

141

49

104

201

9

3

39

0

31

24

197

291

4

0

146

60

368

371

15.5

3.0

80.3

84.3

267.3

246.8

2015

65

278

343

128

112

14

2016

337

217

282

5

29

121

277.4

175.6

239.2

105.6

68.4

56.5

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG R E V I S TA C O C A P E C - A B R I L / M A I O / J U N H O 2 0 1 6

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CURTAS

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