Revista Cocapec 74

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Boa leitura.

EDITORIAL .....

Anos atrás produzir café era considerado uma atividade de país subdesenvolvido, que apresentava mão de obra abundante e barata. Durante décadas a produção cafeeira brasileira se apoiou nestas condições para se desenvolver, tornando-se a mais importante do mundo graças também, às condições climáticas e de solo aqui existentes. Entretanto, vimos recentemente o começo de uma reversão desta antiga realidade que moldou a nossa cafeicultura, ou seja, a valorização da mão de obra brasileira, pois hoje o país apresenta um dos mais baixos índices de desemprego de sua história, refletindo no custo de produção. Este fato é incontestável e imutável. A cafeicultura amargou vários anos a depreciação dos preços de seu produto em relação aos insumos que ela necessita e, principalmente, em relação ao alto custo da mão de obra. Este período, últimos cinco anos, nos forçou a sermos mais competitivos e eficientes, através da mecanização, em novas opções de comercialização, no melhor gerenciamento das propriedades e nas maneiras de enfrentarmos as situações que apareceram. A cooperativa se orgulha de ter sido sustentáculo para seus cooperados nesta empreitada. Mas este cenário mudou. Nos últimos meses tivemos uma valorização do nosso produto sem que nenhum fenômeno climático (geada/seca) interferisse. Desde junho de 2010 assistimos a uma forte e constante ascensão dos preços, por um período de tempo nunca antes vivenciado. Estamos iniciando uma nova safra, ano agrícola 2010/2011 e, segundo a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nossa região poderá apresentar quebra de 37% em relação à passada dada a bienalidade, e no Brasil a previsão é que seja de 9,5%. Devemos aproveitar estes momentos de preços, digamos razoáveis, para nos prepararmos para as dificuldades futuras, esperamos que elas demorem o máximo para chegar, mas temos a certeza que isto acontecerá, não podemos contar com a sorte para resolver nossos problemas, mas devemos nos planejar, termos visão de futuro e precaução, pois no passado assistimos muitos companheiros sendo iludidos por preços e condições que segundo alguns analistas nunca recuariam. Devido às experiências adquiridas, temos ciência da responsabilidade de estarmos preparados com lavouras desenvolvidas que apresentem ótima produtividade, capital de giro e eficiência administrativa, além de nos empenharmos para baixar os níveis de endividamento, principalmente os produtores que se encontram em situação difícil, para enfrentarmos o que está por vir. Diante desta nova realidade da cafeicultura, a revista Cocapec, com objetivo de informar seus leitores, traz em sua capa o compromisso da cooperativa em promover não só a gestão das propriedades como também a qualidade do produto. Por isso, lança neste mês a 8ª edição do Concurso de qualidade de café Cocapec – Seleção Senhor Café. Associada a este tema teremos um artigo do especialista Aldir Alves Teixeira que mais uma vez alerta para os cuidados com a qualidade. Outros temas relacionados ao trabalho social desenvolvido, também estão nesta edição como o 4º Encontro de Mulheres Cooperativistas, cursos oferecidos pelo Senar, além das editorias tradicionais como Café e Saúde e Conheça sua Cooperativa.

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DEPOIS DA TEMPESTADE, SEMPRE VEM A BONANÇA

João Alves de Toledo Filho Presidente da Cocapec


Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho – Diretor-presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administração Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal Cocapec Zita Cintra Toledo Renato Antônio Cintra Ricardo Nunes Moscardini

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

Filiais Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400

Diretoria Executiva Credicocapec Mauricio Miarelli - Dir. Presidente José Amâncio de Castro - Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

ÍNDICE 06 NEGÓCIOS 11 TÉCNICA 23 ESPECIAL

Conab estima safra de 43,5 milhões de sacas

Produtor: Atenção ao armazenar fertilizantes

Tulha Velha faz sucesso na Expoagro

Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal Credicocapec João José Cintra Cyro Antonio Ramos Marcos Antonio Tavares

26 ESPECIAL 44 CREDICOCAPEC

Cooperados recebem 1ª colheitadeira do Mais Alimentos

Financiamento de veículos Credicocapec

Credicocapec Fone (16) 3712-6600 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

Coordenação Eliana Mara Martins

Núcleo de Criação Comunicação/MKT COCAPEC

Diagramação Ideia Fixa Publicidade e Propaganda Apoio Gráfico / Fotos Marcelo Siqueira

Redação Luciene Reis Bruna Malta

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.550 exemplares Home Page www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

24 CAPA CONCURSO DE

QUALIDADE


NEGÓCIOS

BRASIL É TEMA DE FEIRA DE CAFÉS ESPECIAIS NOS EUA A 23ª edição aconteceu em Houston/EUA e atraiu representantes de toda cadeia do agronegócio café Airton Rodrigues Costa Departamento Café

Em 2011, o Brasil foi escolhido como país tema da Feira de Cafés Especiais realizada pela Associação Americana de Cafés Especiais, SCAA (sigla em inglês). Diante desta notícia os integrantes da cadeia do café brasileiro aproveitaram a oportunidade para mostrar ao restante do mundo a qualidade e exclusividade do nosso café. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento apoiou os brasileiros com objetivo de reforçar a marca “Cafés do Brasil”. Para isso, foi montado um grande stand representando toda a cafeicultura brasileira, onde foi possível receber os visitantes, fazer contatos e distribuir material de divulgação do café das diversas regiões produtoras do país. Para Cocapec, representada pelo gerente de café Anselmo Magno de Paula e o coordenador de classificação e comercialização Airton Rodrigues Costa foi um excelente momento para divulgar a qualidade do café natural produzido na Alta Mogiana, conhecer novas visões

de mercado, buscar novos negócios e ficar por dentro das tendências e prospecções do mercado cafeeiro. Importadores, representados por torradores e “dealers” também estiveram na feira, inclusive empresas que já são parceiras da cooperativa. Na feira foi possível encontrar representantes de toda cadeia do café, que se posicionam desde o processo de torrefação, bem como embalagens, torradores, máquinas de espresso, acessórios em geral, até empresas especializadas em projetos de cafeterias. “Podemos observar que estamos vivendo um momento muito favorável aos cafés especiais e que o Brasil está preparado para competir com os tradicionais países produtores de cafés lavados, como a Colômbia e países da América Central. Afinal, identificamos no evento um mercado consumidor, cada dia mais exigente, não só com a qualidade como também em relação à sustentabilidade da produção desses grãos”, destaca Anselmo Magno.

Airton Rodrigues Costa e Anselmo Magno de Paula, representantes da Cocapec na feira; stand do Brasil em Houston

“ Estamos vivendo um momento muito favorável aos cafés especiais. ”

Stand Divulga “Cafés do Brasil” Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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NEGÓCIOS

CONAB ESTIM 43,5 MILHÕES Previsão confirma realidade da região e queda de mais de 37% na safra “A maior redução se dará na produção de café arábica, com queda de 12,6% (redução de 4,64 milhões de sacas).”

A segunda estimativa de produção de café (arábica e conilon) para 2011, divulgada em maio, indica que o país deverá colher 43,54 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com redução de 9,5%, quando comparada com a produção obtida na temporada anterior. Apesar da produção de café em 2011 representar um ano de baixa bienalidade, as condições climáticas foram uma das variáveis observadas que está contribuindo para que esta safra tenha maior produção, quando considerados os anos de baixa bienalidade, superando o volume obtido em 2009, quando a produção atingiu 39,47 milhões de sacas. MINAS GERAIS - REGIÃO SUDOESTE Na região de Pouso Alegre e estendendo-se até o Sudoeste, região dos municípios de Capetinga e Ibiraci a variação da bienalidade tem sido mais expressiva. Na base amostral de avaliação da safra, para esta sub-região, são pesquisados municípios que totalizam 174.160 ha de área em produção.

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Texto adaptado da Conab

Os levantamentos apontam para um decréscimo na produção de 19,06% quando comparada à safra colhida em 2010. A produção estimada para a safra de café 2011 nos municípios visitados da região sul e sudeste é de 4,92 milhões de sacas, incremento de 1,1% em relação ao levantamento anterior. SÃO PAULO – ALTA MOGIANA Na safra comercial 2011/12, estima-se colher no principal cinturão paulista a quantidade de 1.058.801 sacas de café beneficiado. Frente à safra anterior em que se obteve 1.668.249 sacas, constata-se diminuição na oferta regional de mais de 600 mil sacas no corrente ciclo. A área total sob lavouras de café saltou dos 51,5 mil hectares contabilizados em janeiro, para os 55,9 no atual. Sob maior área e com produção significativamente menor, o resultado não pode ser outro, senão o de queda da produtividade estimada que atingiu apenas as 20,9 sc/ ha, contra as mais de 32 sc/ha do ciclo anterior.


NEGÓCIOS

MA SAFRA DE S DE SACAS Aproximadamente, 38% das áreas em formação no estado, encontram-se no cinturão francano. A densidade de cultivo médio estimado para as áreas em formação foi de 3.990 pl/ha, ou seja, 600 pl/ha acima da média do estado das áreas congêneres e 1.200 pl/ha além da média das áreas totais em produção paulistas. Assim, está-se diante de plantios adensados com tecnologia de ponta sendo empregada. O padrão empresarial com que as lavouras são habitualmente conduzidas nessa região permite prever que a concentração regional da oferta tende a se ampliar com maior quantidade procedente desse pólo produtor.

A maior redução se dará na produção de café arábica, com queda de 12,6% (4,64 milhões de sacas). Para a produção do robusta (conilon), a previsão aponta um crescimento de 0,8%, ou seja, 90,7 mil sacas. O arábica representa 73,9% da produção do país (32,18 milhões de sacas), e o maior produtor é o estado de Minas Gerais, com 67,9% do total (21,85 milhões de sacas). Já o robusta participa com 26,1% (11,36 milhões de sacas), com destaque da variedade para o Espírito Santo, com 71,2% (8,1 milhões de sacas) da produção.

“O arábica representa 73,9% da produção do País (32,18 milhões de sacas)”

DADOS ÁREA A área total plantada com café no país, estimada em 2,282 milhões de hectares, é 0,31% ou 6.138 hectares inferior à cultivada na safra passada, que somou 2,289 milhões de hectares.

O levantamento foi realizado por técnicos da Conab e de instituições parceiras, no período de 3 a 29 de abril de 2011. Eles visitaram as áreas de maior produção dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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NEGÓCIOS

CURSO DE CLASSIFICAÇÃO E DEGUSTAÇÃO DE CAFÉ Este curso permite ao participante conhecer as características físicas e o sabor do café Carlos Aurélio de Freitas Júnior Departamento Café Equipe participante da 12ª edição

Entre os dias 9 e 13 de maio de 2011, aconteceu na Cocapec Matriz a 12° edição do tradicional Curso de Classificação e Degustação de Café. Este treinamento foi realizado pela Grão

Mestre Consultoria Técnica de Café, que atua neste mercado desde 2003, com os especialistas em café Alaerte Telles Barbosa e Sérgio Beyer. O objetivo do curso é capacitar os participantes sobre as técnicas quantitativas de classificação física do café, como a diferenciação das espécies, avaliação dos defeitos, tipo, cor, umidade, tamanho e forma dos grãos, entre outras. Quanto às características qualitativas, foram realizadas avaliações sensoriais, como acidez, corpo, doçura, amargor, sabor residual, além da preparação de blends e técnicas de torra e moagem do café. A cada ano aumenta o número de interessados neste segmento, valorizando o interesse da cadeia do café em interpretar a qualidade de cada lote do produto. Este conhecimento traz importante diferencial de preços nas negociações, principalmente, pelos nossos cooperados, além de outros profissionais que buscam adquirir e aprimorar conhecimentos sobre o café.

Participantes são capacitados sobre as técnicas quantitativas de classificação física do café

SERVIÇOS

2ª etapa do curso abrange avaliações sensoriais, como acidez, corpo, doçura, amargor e sabor residual

Para novas turmas, entrar em contato com o Departamento de Café pelo telefone (16) 3711-6232 ou pelo e-mail: setor.cafe@cocapec.com.br 8

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NEGÓCIOS

Curso foi ministrado pelo consultor Gil Barabach

COCAPEC PROMOVE CURSO SOBRE COMERCIALIZAÇÃO DE CAFÉ Cooperados e colaboradores aprendem sobre gestão estratégica na comercialização de café em mercados futuros e opções de café Carlos Aurélio de Freitas Júnior Departamento de Café

A Cocapec realizou o Curso de Gestão Estratégica na Comercialização de Café em Mercados Futuros e de Opções de Café, em parceira com a CMA/Safras&Mercados, nos dias 11 e 12 de maio no Salão da Uni-Facef em Franca/SP, e contou com a participação de cooperados e colaboradores da Cocapec. O curso foi ministrado pelo consultor Gil Barabach que abordou diversos temas relacionados à gestão, práticas e técnicas de comercialização, além do esclarecimento de dúvidas sobre mercados futuros, opções e operações de “hedge”, ferramentas que podem ser

utilizadas para minimização de riscos. Foram apresentados também os ciclos de preços do café, análises e tendências do mercado sobre uma visão estratégica. Atualmente, o nosso cafeicultor é um empresário rural, precisa estar preparado para enfrentar as oscilações e tendências de mercado, e a cooperativa tem o papel de oferecer oportunidades para difusão de conhecimentos, contribuindo para que o cooperado entenda melhor as diferentes ferramentas de comercialização e de proteção de preços do café, facilitando assim, a gestão de seu negócio.

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NEGÓCIOS

CONSUMO DE CAFÉ CRESCE EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS Texto adaptado da Abic

O café, que até quinze anos atrás tinha como grande consumidor o público mais velho, está conquistando os jovens. É isso o que aponta a mais recente pesquisa “Tendências de Consumo de Café” realizada anualmente, desde 2003, pela ABIC – Associação Brasileira da Indústria do Café com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O estudo mostra que de 2003 a 2010 o percentual de pessoas que declararam, espontaneamente, ter o café entre as bebidas habituais e que o haviam consumido no dia anterior e no dia da pesquisa aumentou de 85% para 91% na faixa dos 15 aos 19 anos; de 83% para 90% na faixa dos 20 aos 26 anos; de 86% para 94% na faixa dos 27 aos 35 anos e acima dos 36 anos, de 96% para 98%. Essa pesquisa anual tem como objetivo identificar a posição do café nos hábitos de consumo das pessoas e levantar informações que permitam acompanhar a evolução do mercado e detectar novas oportunidades, oferecendo aos interessados no segmento subsídios para alavancar seus negócios. Do total de entrevistados, 50% afirmam conhecer os benefícios do consumo regular do café. O principal – ‘mais disposição’ – foi apontado por 70% em 2010. Em segundo lugar na lista de benefícios citados, ficou ‘melhora a memória e a concentração’, apontado por 30%. “Os entrevistados cada vez mais associam o consumo de café a sensações positivas, dizendo que 10

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ele anima e melhora o humor, por exemplo. E isso é resultado de todas as campanhas educativas feitas na área de Café e Saúde, cujo objetivo é justamente mostrar os benefícios do consumo diário e moderado do café”, esclarece o presidente da ABIC. A pesquisa mostra também que o café se mantém como a segunda bebida com maior penetração na população acima dos 15 anos, atrás apenas da água e à frente dos refrigerantes. Em 2010, essa penetração foi confirmada por 95% dos entrevistados, que afirmaram ter o café entre as bebidas habituais e ter consumido no dia anterior e no dia da entrevista. Para a pesquisadora Ivani Rossi, o alto índice de penetração não tem apresentado mudanças drásticas. “E nem deveria. Não é um produto de moda, sequer sazonal. É um consumo consistente identificado ao longo dos anos”. Foi de 91% em 2003; subiu para 94% em 2004; chegou a 97% em 2009 e ficou em 95% em 2010. Para ela, essa consistência do consumo em patamares tão elevados leva a outra consideração: a manutenção desses altos indicadores exige um esforço em cadeia, desde o controle da produção até o momento de consumo. “Esse é o grande desafio da indústria porque, questionando o consumidor sobre o que pensa que é um café de qualidade e um bom café, as respostas caem em um mesmo aspecto que à primeira vista parece simples, mas que na verdade é a resultante do esforço da cadeia: aroma, saboroso, sabor que deixa na boca”.


TÉCNICA

PRODUTOR: ATENÇÃO AO ARMAZENAR FERTILIZANTES Recomendação Técnica para Armazenagem e Empilhamento de Fertilizantes Eng. Agr. MSc. Marcio Henrique Lauschner

1) Recomendações Gerais para Armazenamento de Fertilizantes Ensacados Muitas vezes os fertilizantes necessitam ficar armazenados por um determinado período até serem utilizados. Como se sabe, as condições de armazenagem influem na qualidade do produto, seja nas suas propriedades químicas ou físicas. Assim é que um produto nitrogenado, se exposto ao sol, poderá perder Nitrogênio (N) por volatilização. Esse mesmo produto, a exemplo do que ocorre com os fosfatados e potássicos, se absorver umidade terá suas características físicas e químicas alteradas. Para se manter as características do produto inalteradas até a época do consumo, alguns cuidados devem ser tomados. Apresentam-se, a seguir, algumas instruções para o armazenamento adequado de fertilizantes, a fim de manter suas características originais:

e 50 cm entre elas e as paredes, propiciando dessa forma a ventilação do produto (Figura 1). O armazenamento em galpões abertos lateralmente deve obedecer as normas acima descritas e como esse tipo de galpão não impede a penetração de chuva lateralmente, é necessária a proteção das laterais das pilhas com lona, para evitar o umedecimento do produto.

1.1 Armazenamento em galpões O armazenamento em galpões totalmente fechados deve obedecer as seguintes normas: 1.1.1 Armazenar sobre palets ou estrados de madeira. Caso não seja possível a utilização desses dispositivos, é aconselhável forrar o chão com sacos plásticos usados ou lona plástica, evitando-se dessa maneira o contato direto do adubo com o piso e com outros produtos. 1.1.2 A altura das pilhas não deve ultrapassar 20 sacos, sob pena de causar compactação nos sacos inferiores. Quando se tratar de armazenamento sobre palets, devem ser sobrepostos no máximo 3 palets. 1.1.3 Deixar espaço de aproximadamente 60 cm entre as pilhas

50cm

20cm

60cm

Figura 1: Disposição dos sacos em relação às paredes do galpão e piso.

Figura 1: Disposição dos sacos em relação às paredes do galpão e piso

1.2 Armazenamento a céu aberto Sempre que for possível, deve-se evitar o armazenamento de fertilizantes a céu aberto. Todavia, caso não haja outra alternativa, os seguintes procedimentos devem ser obedecidos: Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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TÉCNICA

1.2.1 Construir uma base de 3,80 m de largura x 4,80 m de comprimento x 0,1 m de altura, composta de pedra britada n° 2 e areia lavada. Para tanto, são necessários aproximadamente 1,5 m³ de pedra e 1 m³ de areia. Caso não disponha de areia lavada pode-se usar o pó de pedra (+ ou – 0,5 m³). Abrir drenos dos lados dessa base para o escoamento das águas da chuva (ver figura 2). 1.2.2 Seguir as instruções para empilhamento a céu aberto (Ver item 2.3). 1.2.3 Cobrir toda a pilha com lonas plásticas brancas, como indicado na figura 2. Para cada pilha são necessárias 5 lonas, conforme segue:

CORDAS DE NYLON 1/4 DE POLEGADA

Figura 3: Amarração das lonas que cobrem as pilhas a céu aberto.

Figura 3: Amarração das lonas que cobrem as pilhas a céu aberto. • 2 de 5,50 x 2,00 m (para se fazer o “envelopamento” dos lados maiores da pilha). • 2 de 4,20 x 2,00 m (para se fazer o “envelopamento” dos lados 2) Recomendações Gerais para Empilhamento de Fertilizanmenores da pilha). tes Ensacados • 1 de 10,0 x 8,0 m (para cobertura da pilha). Tanto no armazenamento em galpões como a céu aberto, deve-se tomar cuidado especial no empilhamento dos sacos O “envelopamento” deve ser efetuado quando a pilha estiver de fertilizantes, alternando a posição de alguns deles nas cacom 10 fiadas de altura (Figura 2). madas sucessivas, como mostra a Figura 4, a fim de evitar o desmoronamento da pilha. Deve-se levar também em conta que o perfeito empilhamento permite fácil contagem do número de sacos existentes.

2.1 Em Galpões sugere-se o empilhamento em camadas de 50 sacos de lastro, dispostas e alternadas como mostra a Figura 4. Fazendo-se pilhas com esse lastro e com altura de 20 camadas, obtém-se o total de 1.000 sacos, ou seja, 50 toneladas em cada pilha, o que julgamos ideal. 2.2 No caso de palet, devem-se aglomerar tantos palets quantos forem necessários para atingir esse total ou chegar próximo dele.

Figura 2: Armazenamento a céu aberto, com camadas alternadas, formação do vértice e cobertura da pilha.

1.2.4 Efetuar a amarração das lonas com corda de nylon de ¼ de polegada. São necessários aproximadamente 100 m de corda por pilha. Amarrar em 5 alturas, a intervalos de 3 fiadas (Figura 3). 12

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2.3 A céu aberto, o empilhamento deve ser feito com a mesma alternância de camadas da Figura 02, terminando a pilha como mostra a Figura 03, para que a água da chuva escorra ao longo da lona e não fique depositada sobre ela, isto é, após a 17ª fiada deve-se iniciar a construção do vértice da pilha, no sentido do maior comprimento da mesma. Convém salientar que as recomendações aqui contidas são de caráter geral, podendo ocorrer variações de acordo com a disponibilidade e condições do local de armazenagem.


TÉCNICA

Camadas Pares

Camadas Ímpares

Figura 4: Disposição dos sacos nas camadas da pilha.

Figura 4: Disposição dos sacos nas camadas da pilha.

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3) Recomendações Gerais para Identificação das Pilhas Recomenda-se identificar as pilhas, para melhor controle. Utilizar, para esse fim, placas de madeira ou duratex pintadas, onde consta o nome do produto e a quantidade estocada, conforme modelo apresentado na Figura 5.

final. Desta forma, os teores de N em nitrato de amônio (NA) comercial são da ordem de 33,5 até 34,5%. Pode-se destacar a sensibilidade do produto em relação à variação de temperatura. Grânulos de NA submetidos a variações extremas de temperatura (acima de 32 °C) perdem e/ ou quebram a estrutura cristalina, ocasionando a expansão de volume e o aumento da higroscopicidade (absorção de umidade) do material. O NA trata-se de um fertilizante altamente higroscópico, com umidade crítica de aproximadamente 62%, contra 70% e 80% da uréia e do sulfato de amônio, respectivamente. A quebra da estrutura cristalina determina uma diminuição ainda maior do ponto de umidade crítica. O aumento na umidade pode causar o “empedramento” (caking) dos grânulos, além da formação de sítios de oxi-redução no material e a perda de nitrogênio volatilizado na forma de óxidos (NOx) ou amônia (NH3). 4.1 Armazenagem de Misturas com Nitrato de Amônio (NA) A exposição de misturas fertilizantes contendo nitrato de amônio (NA) diretamente a fontes de calor e/ou umidade e a falta de arejamento nos locais de armazenagem compromete tecnicamente as matérias primas e determina a degradação dos fertilizantes e o rompimento da sacaria. De maneira geral, é recomendado tecnicamente que o nitrato de amônio ou fertilizantes a base de nitrato de amônio não sejam armazenados a céu aberto.

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- 2 0 10 100 0S ACO S 40 CORDAS DE NYLON 1/4 DE POLEGADA

Figura 5: Modelo de placa para identificação das pilhas e sua localização.

Figura 5: Modelo de placa para identificação das pilhas e sua localização.

4) Recomendações Específicas para Produtos com Mistura de Nitrato de Amônio (NA)” O nitrato de amônio (NA) é considerado um excelente fertilizante nitrogenado por apresentar N mineral simultaneamente na forma nítrica e amoniacal. Entretanto, apresenta restrições quanto ao seu uso como matéria prima em fertilizantes e em relação ao seu armazenamento e estocagem em ambientes tropicais ou subtropicais. O NA (na sua forma purificada) possui teor de N igual a 35%. No entanto, apresenta instabilidade física nesta forma. O processamento industrial de NA envolve a adição de carbonatos ou diatomáceas para revestimento ou perolização dos grânulos, aumentando o grau de cristalinidade e a estabilidade do produto

4.2 Medidas para um correto armazenamento de Fertilizantes com Nitrato de Amônio • Evitar armazenar fertilizante a base de nitrato de amônio a céu aberto; • Se armazenado a céu aberto, colocar o fertilizante em áreas sombreadas; • Utilização de tapumes de madeira para sombreamento dos lotes; • Utilização de papelão/isopor para isolamento parcial das fontes de calor; • Outras mais que permitam o arejamento dos produtos e evitem o contato direto com os raios solares e variações extremas de temperatura e umidade no ambiente de armazenagem.

Referências Bibliográficas ANDA. Manual de Controle de Qualidade de Fertilizantes Minerais Sólidos. ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos e Corretivos Agrícolas. São Paulo – SP, 1988. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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TÉCNICA

MANEJO SUSTENTÁ DOENÇAS DO CAFE *Prof. Edson Ampélio Pozza

O café é um dos principais itens de exportação do agronegócio brasileiro, responsável por gerar importantes divisas para o país, no entanto, vários fatores podem reduzir tanto a produtividade do cafeeiro quanto a qualidade do café. Entre esses fatores encontram-se as doenças, entre elas, a ferrugem, a cercosporiose, a mancha de phoma e a antracnose, entre outras, as quais, dependendo da intensidade, podem estar associadas a perdas em larga escala. Como a maioria das áreas cultivadas é plantada com cultivares suscetíveis torna-se necessário o controle dessas doenças. O manejo racional, sustentável ecológico, social e 14

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financeiro requer obrigatoriamente a correta identificação dos sintomas e conseqüentemente da doença, para não ocorrer erros de recomendação. Exemplo típico de diagnose inapropriada tem sido a identificação de sintomas em frutos do cafeeiro, os quais são atribuídos geralmente a cercosporiose e em vários casos podem estar associados a simples escaldadura por sol, sintomas do vírus da mancha anular ou raspagem por ácaros. A própria seca de ponteiros muitas vezes resultante da deficiência de potássio e/ou de fósforo, induzida também por déficit hídrico tem sido confundida com sintomas da phoma do cafeeiro.


TÉCNICA ferrugem

“O sucesso do controle de uma doença não se resume apenas ao ato de aplicar o fungicida, depende principalmente da rapidez e da eficiência de seu diagnóstico.”

TÁVEL DE FEEIRO Para confirmar a presença da seca por Phoma spp, deve-se acompanhar a lavoura atentamente, observando se há sintomas em folhas e se a seca de ramos tem início nas primeira folhas dos ramos em épocas de baixas temperaturas, com presença de orvalho por longas horas ou mesmo chuva, geralmente com a presença de ventos frios. Os deslizes na diagnose levam a pulverização inapropriada de produtos fitossanitários, reduzindo a sustentabilidade da lavoura, quando na verdade o problema é outro, como a simples falta de água ou a adubação sem equilíbrio entre os nutrientes. Quando a adubação não é acompanhada do histórico de recomenda-

ções da área e da análise do solo e foliares pode-se ter um fato comum na cafeicultura, o excesso de potássio no solo em comparação com o cálcio e o magnésio. Esse fato, já comprovado, leva a uma maior incidência da cercosporiose, entre outras doenças. É notório também o fato de que com o aumento da produtividade haverá um aumento da ferrugem do cafeeiro. Então o produtor deve ficar atento e realizar o manejo diferenciado dos talhões de sua lavoura conforme a produtividade. Lembrando da produção, cada vez mais procuramos aumentá-la, e para isso utilizamos novas tecnologias que podem mudar o comportamento da doença ou procuram atingir doenças em alvos que não nos preocupavam até pouco tempo atrás. Cita-se como exemplo, a pulverização em pré e pós-florada para patógenos como Phoma spp e Colletotrichum gloeosporioides. Essas pulverizações, destinadas a lavouras de alta produtividade, somente surtirão efeito se a nutrição de macro e micronutrientes estiver equilibrada e o ambiente for favorável ao patógeno. O sucesso do controle de uma doença não se resume apenas ao ato de aplicar o fungicida, depende principalmente da rapidez e da eficiência de seu diagnóstico, de conhecer os fatores do cafeeiro e do ambiente onde a lavoura está sendo cultivada. Quanto ao cafeeiro, é necessário conhecer os detalhes desde a formação de suas mudas, qual a cultivar, qual a densidade de plantio, sua resistência à doenças, sua nutrição nos últimos anos, entre outros fatores. Em relação ao ambiente, que inclui a atmosfera e também o solo, devem-se conhecer seus detalhes, no mínimo qual a média da temperatura e a distribuição da pluviosidade dos últimos anos, se a lavoura é irrigada, em quais épocas e qual a quantidade de água, qual a fertilidade do solo e como foi realizada a adubação e a calagem, como foi preparado e os detalhes sobre sua estrutura física. Existe camada compactada ou presença Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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TÉCNICA

Mancha anular

“O que os produtores mais desejam, e também é bom para o agronegócio, é o aumento na produção, na produtividade e na qualidade do café.”

de Alumínio ao longo do perfil do solo, até camadas mais profundas onde existem raízes? As informações detalhadas para o diagnóstico são fundamentais, pois, outros fatores como: distúrbios fisiológicos, deficiências nutricionais e ataques de pragas podem provocar sintomas semelhantes aos causados por doenças. Os prejuízos causados por diagnóstico incorreto do problema podem ser: econômicos, ambientais, sanitários e de saúde para o trabalhador rural, direto ou indiretamente envolvido. Sendo assim, a ocorrência, a intensidade e até mesmo o quadro sintomatológico de uma ou até mesmo do complexo de doenças do cafeeiro pode variar de acordo com a região produtora, em lavouras diferentes ou até mesmo dentro delas, onde outras doenças podem assumir importância e ocasionar queda de folhas, frutos, seca de ramos, morte das plantas e depreciação da qualidade de bebida. Para atingir a sustentabilidade no controle de doenças, além do diagnóstico correto, o manejo de doenças deve começar desde a escolha da semente e da cultivar, a condução do

Literatura consultada e recomendada: POZZA, E. A.; CARVALHO, V. L.; CHALFOUN, S. M. Sintomas de injúrias causadas por doenças em cafeeiro. In: GUIMARÃES, R. J.; MENDES, A. N. G; BALIZA, D. P. Semiologia do cafeeiro: sintomas de desordens nutricionais, fitossanitárias e fisiológicas. Lavras: UFLA, 2010. p 69-101. 16

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viveiro, o plantio da muda, a escolha do espaçamento, o preparo e o manejo do solo, levando-se em consideração o clima da região, a calagem e a adubação, entre outros fatores, ou seja, o manejo das doenças está inserido no manejo da lavoura ao longo dos anos. Lavouras plantadas em novas regiões, sujeitas a diferentes climas, espaçamentos e manejos, sendo assim tem-se diferenças acentuadas na intensidade de doenças dentro e entre lavouras. Diferenças que devem ser levadas em conta no ajuste da recomendação de manejo e tratamento fitossanitário. Enfim, o que os produtores mais desejam, e também é bom para o agronegócio, é o aumento na produção, na produtividade e na qualidade do café, resultando em maior valor agregado do seu produto, e com certeza estão conseguindo, devido ao aumento na área plantada, da consequente produtividade e das novas técnicas de manejo, sempre recomendadas e acompanhadas por consultoria técnica especializada e competente, respeitando o impacto social e ambiental inseridas no plano de manejo da lavoura.

*Professor Edson Ampélio Pozza - Depto. de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras


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OPINIÃO

A BOLA DA VEZ N NOVO CÓDIGO FL Ludécia de Melo Santucci

A votação do novo Código Florestal causou vários impasses entre os integrantes da Câmara dos Deputados, e após vários capítulos de remarcações, finalmente foi efetivada no dia 24 de maio, porém, a novela está longe de terminar, o próximo capítulo ficará por conta do Senado e o encerramento ficará para a presidente Dilma Roussef. A proposta do novo Código Florestal foi efetiva pelo relator o deputado Aldo Rebelo (PC do B/SP). O projeto tem o intuito de adequar às leis à realidade atual, contemplando os ruralistas, os ambientalistas e o governo. O fato é que até o presente momento esta contemplação ainda não havia sido efetivada por discordâncias de interesses. Os ruralistas reconhecem a necessidade de preservação, mas defendem o uso de suas propriedades como um todo, afinal saem delas o sustento de suas famílias. Eles reconhecem a importância 18

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da preservação, em benefício próprio e alheio. Faltam recursos para recuperarem as áreas de passivo. Com as novas regras, o pequeno produtor passará a ter maior mando de produtividade amparado legalmente. Agora basta saber, como o governo irá trabalhar os subsídios para o cumprimento do novo Código Florestal. Os ambientalistas entendem a necessidade dos ruralistas, mas a preservação é prioridade. E o Governo? Esse tem interesses próprios, discorda de alguns pontos do texto causando assim, a demora na votação. O relator por sua vez responde a uma necessidade inadiável: a adequação da legislação atual, afinal a preservação ambiental aliada à produção agropecuária é desejo de todos que querem o desenvolvimento do Brasil. Enfim o fato é que o novo Código Florestal alterou milhares de propriedades rurais no país, as principais mudanças norteiam os seguintes pontos: FAIXAS NOS RIOS As faixas de proteção em rios continuam as mesmas de hoje (30 a 500 metros em torno dos rios), mas passam a ser medidas a partir do leito regular e não do leito maior. A exceção é para os rios de até dez metros de largura, que é permitida a recomposição de metade da faixa (15 metros). Nas APPs de topo de morros, montes e serras com altura mínima de 100 metros e inclinação superior a 25°, o novo código permite a manutenção de culturas

como uva, maçã e café ou de atividades silviculturais. Isso vale também para os locais com altitude superior a 1,8 mil metros. ANISTIA E REGULARIZAÇÃO Para fazer juz ao perdão das multas e dos crimes ao meio ambiente, segundo o projeto aprovado, o proprietário rural deverá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), a ser instituído pela União e pelos estados Os interessados terão um ano para aderir, mas esse prazo só começará a contar a partir da criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que deverá ocorrer em até 90 dias da publicação da futura lei. Todos os imóveis rurais deverão se cadastrar.

O fato é que o novo Código Florestal alterou milhares de propriedades rurais no país.

TÍTULO EXECUTIVO Quando aderir ao PRA, o proprietário que desmatou além do permitido terá de assinar um termo de adesão e compromisso, no qual deverão estar especificados os procedimentos de recuperação exigidos pelo novo código. Dentro de um ano, a partir da criação do cadastro e enquanto estiver cumprindo o termo de compromisso, o proprietário não poderá ser autuado


OPINIÃO

NO CONGRESSO: FLORESTAL e as multas referentes a desmatamentos serão suspensas, desde que aplicadas antes de 22 de julho de 2008. Depois da regularização, a punibilidade dos crimes será extinta. Caso os procedimentos sejam descumpridos, o termo de adesão funcionará como um título executivo extrajudicial para exigir as multas suspensas. Para os pequenos proprietá-

rios e os agricultores familiares, o Poder Público deverá criar um programa de apoio financeiro destinado a promover a manutenção e a recomposição de APP e da Reserva Legal. O apoio poderá ser, inclusive, por meio de pagamento por serviços ambientais. Uma coisa é certa, os ruralistas, os ambientalistas e o governo precisam ser sensatos em prol da atu-

alização do Código Florestal, só assim: os ruralistas poderão exercer sua liberdade de uso, aumentando a produção e o crescimento do desenvolvimento sustentável, em contra partida, os ambientalistas alcançariam a preservação ambiental, enquanto isso o governo ganha credibilidade de uma nação por realizar sua obrigação, votar e aprovar o texto.

A autora é Advogada - Web: ludeciasantucci.jur.adv.br

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OPINIÃO

ÁGUA – RISCO MAIOR João Carlos Peres Romero

Muito se fala em sustentabilidade nas empresas, nos negócios e na vida cotidiana do cidadão. O termo é bastante politizado atualmente, diante da preocupação com o ambiente em que vivemos. Segundo Conway (2003), os engenheiros agrônomos definem a sustentabilidade para alcançar suficiência alimentar. Já para os ambientalistas, a sustentabilidade se refere à maneira de prover alimentos suficientes sem degradar os recursos naturais. Para economistas, representa o uso eficiente e duradouro de recursos, e para sociólogos e antropólogos, relaciona-se à agricultura

que preserva valores e instituições tradicionais. Atentem para a diversidade nas interpretações do mesmo termo. O conceito de ‘sustentabilidade ambiental’, nos dias atuais, concentra esforços em dois pontos principais: 1) consumo de energia e 2) baixa emissão de carbono. Porém, o problema principal refere-se ao uso da água, em qualidade e quantidade, como o risco maior em escala global, seja pela falta ou pelo excesso. Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e Economia de Energia (EE) em sistemas produtivos perdem, de longe, da utilização eficaz da água, seja na irrigação, no saneamento, no fornecimento, nas enchentes e geração de energia. A questão da água é a mais importante para a discussão atual. Para ilustrar, lembremos apenas do problema das enchentes, como ocorreu no Paquistão, China e Austrália. Segundo levantamento da Université Catholique de Louvain na Bélgica, entre os acidentes naturais de 2010, ocorreram 182 enchentes no mundo. É, disparado, o pior acidente natural registrado pela instituição, deixando para trás 83 ocorrências causadas por tempestades (furacões, tornados e ciclones) e

em terceiro, as avalanches e temperaturas extremas, com 29 ocorrências. A moderna agricultura tropical, nascida e criada em território brasileiro, trabalhando em solos tropicais ácidos, tem à disposição tecnologia para otimizar o uso da água, seja em áreas irrigadas ou de “sequeiro”, tornando o Brasil um dos principais fornecedores mundiais de alimentos ao planeta (cereais, carne, café, citrus, etc.). A melhoria do ambiente radicular - “a metade escondida”, na busca por água em profundidade; a redução do uso de água de irrigação (menor lâmina); a maior resistência das plantas no período seco e outras técnicas agronômicas, certamente mantêm o Brasil em cenário favorável na produção de alimentos, haja vista o interesse de outros países em terras brasileiras, preocupados com o abastecimento de suas populações. Com racionalidade, há condições de melhorar o uso da água, em volume e qualidade, produzindo alimentos, energia, saneamento e consumo, de forma a prover as necessidades com baixo índice energético e com reduzida emissão de carbono na atmosfera.

O autor é Engenheiro Agrônomo, com trabalhos na Africa, Centro America e no Brasil na área de solos tropicais quanto ao uso, manejo, fertilização e produtividade. romero1@uol.com.br 20

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OPINIÃO

DISCURSO DESTACA DESTINAÇÃO INCORRETA DO LIXO

“Hoje é o dia mundial do meio ambiente” Texto do Ministério do Meio Ambiente

Izabella Teixeira

Celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, convidando os brasileiros para juntos pensarmos na questão do lixo, um dos mais graves problemas ambientais do Planeta. Nossa proposta é envolver todos os cidadãos na busca por soluções que evitem que os resíduos sejam descartados em lixões a céu aberto, contaminando solos, rios, córregos e mares, provocando doenças e prejuízos para o meio ambiente. A destinação incorreta do lixo nas cidades, por exemplo, entope bueiros, agravando as enchentes que têm resultado em várias tragédias nas cidades no período de chuvas. O Brasil produz por dia mais de 183 mil toneladas de lixo urbano. Mais de um milhão de pessoas trabalham e sobre-

vivem da reciclagem desse lixo. Mesmo assim, grande parte dessa riqueza vem sendo desperdiçada. O Brasil deixa de ganhar 8 bilhões de reais anualmente por não reciclarmos tudo o que é possível. O primeiro passo para mudar essa realidade é começarmos a pensar no que jogamos fora diariamente. Junto com as sobras de alimentos, descartamos também vários tipos de embalagens, latas, garrafas e outros objetos que poderiam ser reaproveitados. Chegou o momento de mudarmos essa situação. A primeira tarefa a ser feita é começarmos a separar dentro de casa o lixo úmido, como restos de alimento, do lixo seco, como embalagens, latas, papéis. O lixo deve ser separado mesmo que em sua cidade o serviço de limpeza urbana acabe misturando os dois tipos de resíduos. A simples atitude de separar o lixo facilita o serviço dos catadores, que são os grandes parceiros para a promoção da reciclagem, e o lixo deixa de ser lixo! O trabalho desenvolvido pelos catadores poupa recursos naturais, reduz os gastos do governo com o sistema de limpeza, aumenta a vida útil dos aterros sanitários e incrementa a cadeia produtiva das indústrias recicladoras com geração de trabalho. A partir de 2014, os lixões a céu aberto serão proibidos. Com essa proibi-

ção, os municípios serão obrigados a separar os resíduos para fazer o descarte ambientalmente correto. Atualmente, o serviço de coleta seletiva está presente em apenas 18% das cidades brasileiras, porque ela ainda não é obrigatória em nosso país. Nas grandes cidades brasileiras, cada cidadão produz, em média, um quilo de resíduo por dia. Apesar do modo de vida e os apelos para o consumo de descartáveis, temos vários exemplos de que é possível usufruir do crescimento econômico com sustentabilidade. A campanha “Saco é um Saco” é um deles. Criada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o setor privado, já tirou cinco bilhões de sacolas plásticas de circulação em menos de dois anos. O governo brasileiro vem fazendo sua parte. Em dezembro de 2010, o Congresso aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Já regulamentada, a nova lei determina a correta disposição dos diversos tipos de resíduos. Diz como se dará a atuação do setor empresarial e obriga as empresas a reciclarem seus resíduos. Podemos fazer muito mais. Com um pouco de esforço e comprometimento podemos tornar o Brasil um exemplo para o mundo, transformando nosso lixo em emprego e renda e evitando a poluição.

Izabella Teixeira é mestre em Planejamento Energético, doutora em Planejamento Ambiental e atual ministra do meio ambiente. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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ESPECIAL

1º FÓRUM DE CAFÉ DE SACRAMENTO E REGIÃO Evento reúne produtores e interessados na cafeicultura

Roberto Maegawa Setor Técnico

Quase 100 produtores e autoridades da região estiveram no evento

“Fórum está entre as ações já realizadas em Sacramento com o objetivo de desenvolver a cafeicultura no município e região.”

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No dia 29 de abril foi realizado o 1º Fórum de Desenvolvimento da Cafeicultura de Sacramento e Região. O evento teve apoio do Parque Náutico de Jaguara, dos Sindicatos Rurais, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Este fórum está entre as ações já realizadas em Sacramento com o objetivo de desenvolver a cafeicultura no município e região através do apoio da Cocapec. Em outra oportunidade produtores da cidade visitaram as estruturas da cooperativa em Franca e conheceram mais sobre os serviços que ela oferece aos seus cooperados. O evento teve a participação de quase 100 produtores e pessoas interessadas na cultura do café, representantes Sacramento, como o prefeito,

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secretários, presidente do sindicato e representantes da Câmara Municipal. Todos assistiram à palestra do engenheiro agrônomo João Carlos Peres Romero. Ele apresentou uma projeção da situação do café no Brasil e no mundo para os próximos anos, discorreu sobre os principais países produtores de café arábica e robusta e seus mercados consumidores, a forma como se produz nos outros países e a perspectiva para os próximos anos do consumo e produção mundial. Em sua apresentação, a Cocapec pode destacar os serviços prestados aos seus cooperados desde a implantação da lavoura, tratos culturais, produtos usados atualmente, gestão da propriedade, como preservar a qualidade, como obter produtividade e as formas de comercialização disponíveis, além dos serviços sociais que valorizam a participação da família no ambiente rural.


ESPECIAL

TULHA VELHA FAZ SUCESSO NA EXPOAGRO A Cocapec, em mais uma iniciativa de marketing, divulga sua tradicional marca de café para milhares de consumidores

Stand serve 10 mil xícaras de café

A Cocapec participou, entre os dias 13 e 29 de maio, da 42ª edição da Exposição Agropecuária de Franca (Expoagro) com um stand onde divulgou a sua marca de café Tulha Velha. O objetivo da ação foi prestigiar o evento e aproveitar a oportunidade para difundir a campanha publicitária lançada

Visitante degusta o café Tulha Velha

Bruna Malta Setor de Comunicação

em março do Café Tulha Velha para as milhares de pessoas que visitam o Parque de Exposição Fernando Costa, durante esta grandiosa festa. Nos 17 dias de Exposição foram servidas, no stand da Cocapec e na tenda do espaço de julgamento de animais, mais de 10 mil xícaras de café, um verdadeiro sucesso. Nos finais de semana, houve filas constantes, onde todos esperavam com prazer para poderem degustar “o café forte da Cocapec”. Quem esteve no local também teve a oportunidade de participar do sorteio de uma cesta com produtos Tulha Velha. Foram preenchidos no stand, 5,5 mil cupons. O sorteio aconteceu em 29 de maio, último dia de feira, e o premiado foi Wilson Barbosa Filho da cidade de Itirapuã/SP. Ele completou corretamente o cupom que perguntava “Pó Pô Pó? Se for café Tulha Velha pó, pô”. O premiado recebeu a cesta nas dependências da Cocapec Matriz no dia 30 de maio.

Stand sorteia cesta de cafés

Wilson B. Filho, de Itirapuã, foi o premiado

PÓ PÔ PÓ? SE FOR TULHA VELHA PÓ PÔ A Cocapec lançou no mês de março uma campanha publicitária para sua marca Tulha Velha com o tema “Pó Pô Pó?”. A ação tem o objetivo de divulgar as novas embalagens, reforçar a qualidade e tradição da marca e fixá-la na memória do consumidor. Tradicional desde 1990, o café Tulha Velha é selecionado e industrializado pela Cocapec e produzido por pequenos e médios cafeicultores da Alta Mogiana. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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CAPA

CONCURSO DE QUA R$ 40 MIL EM PRÊMI Confira o regulamento do Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café

A Cocapec realizará a 8ª edição do seu tradicional Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café Alta Mogiana. O objetivo do concurso é incentivar seus cooperados a produzirem cafés de alta qualidade que são cada vez mais exigidos pelo mercado consumidor nacional e internacional. Conseguimos também reforçar o reconhecimento da região da Alta Mogiana como grande produtora e fornecedora de cafés especiais e valorizar o nosso “Senhor Café”, nas versões Supe-

REGULAMENTO Será realizado no ano de 2011 o “8º Concurso de Qualidade de Café COCAPEC – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana”, com o objetivo de premiar os cooperados cafeicultores que produzem café arábica de alta qualidade. O Conselho de Administração, usando da competência que lhe é atribuída pelo art. 43 do Estatuto Social, estabelece:

Artigo 1º - A comissão organizadora deste concurso será composta pelos seguintes membros: Sr. Anselmo Magno de Paulo e Sr. Airton Rodrigues Costa. Artigo 2º - Somente poderão participar do Concurso, cooperados que estejam com o café depositado em armazéns da Cocapec ou em local por ela indicado ou credenciado.

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rior e Gourmet. Para participar é simples, basta ser cooperado, ter um lote superior a 30 sacas depositado no armazém da Cocapec. O concurso contempla as categorias café natural e cereja descascado ou despolpado. Para participar, o cooperado deverá preencher a ficha de inscrição e entregá-la, juntamente com a amostra do lote concorrente, no departamento de café da matriz ou nas filiais até o dia 16 de setembro.

Artigo 3º - Serão aceitos no concurso somente lotes de café da espécie Coffea arabica, safra comercial 2011/2012 preparados por via seca (café natural) e por via úmida (cereja descascado ou despolpado), com tipo 4 para melhor de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima, com vazamento de no máximo 2% da peneira 16. O teor de umidade deverá ser de, no máximo, 11%, tanto para os cafés naturais como para descascados ou despolpados. Cafés fora destas características serão desclassificados. Artigo 4º - Amostra de café preparado por via seca (café natural) que apresente característica de mistura com grãos preparados por via úmida (cereja descascado ou despolpado) será desclassificada a critério da Comissão Julgadora.


CAPA

UALIDADE DISTRIBUI MIOS Bruna Malta Setor de Comunicação

Artigo 5º - Cada participante poderá concorrer com apenas 1 (um) lote de café, dentro de cada categoria de preparo, representando lotes de, no mínimo, 30 sacas, preparados e/ou equivalentes conforme o percentual de peneira da amostra representativa do referido lote, e de no máximo 100 sacas, juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada até o dia 16/9/2011. Artigo 6º - A comissão julgadora será formada por técnicos em classificação de café não pertencentes ao quadro de funcionários da Cocapec, indicados pela comissão organizadora, devidamente habilitados junto à Associação Comercial de Santos. Artigo 7º - Todos os lotes inscritos passarão por análises da comissão julgadora, a qual escolherá os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via seca e os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via úmida. Os 5 (cinco) primeiros lotes classificados de cada categoria, produzidos em propriedades no Estado de São Paulo, serão encaminhados ao 9º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo. Artigo 8º - Não poderão participar deste concurso membros da comissão organizadora e julgadora. Artigo 9º - Dúvidas de interpretação e omissão deste regula-

mento serão resolvidas e decididas pela comissão organizadora. Artigo 10º - As decisões das comissões julgadoras e organizadoras serão finais e irrecorríveis, cabendo aos participantes, ao assinar a FICHA DE INSCRIÇÃO, a concordância plena com as condições gerais de participação estipuladas neste regulamento. Artigo 11º - Os nomes dos 20 (vinte) primeiros classificados de cada categoria serão anunciados pelos meios próprios de comunicação da Cocapec no dia 30/9/2011. Artigo 12º - Os 5 (cinco) primeiros classificados, dos cafés preparados por via seca (café natural), serão contemplados com os prêmios (vale compras) abaixo relacionados, a serem utilizados nas lojas da Cocapec: 1º LUGAR: R$ 12.000,00 2º LUGAR: R$ 10.000,00 3º LUGAR: R$ 8.000,00 4º LUGAR: R$ 6.000,00 5º LUGAR: R$ 4.000,00 Artigo 13º - A premiação será realizada em cerimônia oficial de encerramento do concurso no dia 5/10/2011, nas dependências do Dan Inn Hotel Franca – Espaço Cenacon (Rua Alfredo Tosi, 1088 – próximo ao Poliesportivo).

Para mais informações entre em contato pelo telefone (16) 3711-6272 ou através do e-mail: negocios.cafe@cocapec.com.br.

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ESPECIAL

COOPERADOS DA COCAPEC SÃO PRIMEIROS DO BRASIL A RECEBEREM COLHEITADEIRA DE CAFÉ DO MAIS ALIMENTOS Cocapec incentiva participação de cooperados em modalidade de crédito disponibilizada pelo governo Quem trabalha na cafeicultura normalmente está na atividade há muito tempo e não mede esforços para melhorar sempre, tanto na produção quanto na tecnologia. Na busca por este desenvolvimento, os irmãos Adjar José Barbosa e Paulo Pedro Barbosa, da Fazenda Angola, em Claraval, procuraram a Cocapec com objetivo de adquirir uma colheitadeira de café. A cooperativa, ciente das modalidades de financiamentos disponíveis no mercado, orientou os produtores sobre o programa do Governo Federal, o Mais Alimentos. Este programa financia a infraestrutura da propriedade da agricultura familiar com juros de 2% ao ano. O grande agente responsável pela distribuição dos recursos do Mais Alimentos é o Banco do Brasil. Os irmãos Barbosa tiveram a oportunidade de se en-

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Bruna Malta Setor de Comunicação

quadrar no Mais Alimentos e com isso conseguiram a primeira colheitadeira de café do Brasil financiada pelo programa. Para destacar este momento, os dois cooperados da Cocapec estiveram numa solenidade de entrega realizada na Agrishow 2011 com a presença do ministro do desenvolvimento agrário Afonso Florence, dos diretores da Cocapec João Alves de Toledo Filho e Ricardo Lima de Andrade, do diretor da Matão Milton Zitelli e do Coordenador do setor de máquinas e implementos da Cocapec, Daniel Carrijo e o representante de vendas Mário Domingos Silva Junior. Este investimento representará na Fazenda Angola uma redução de custo suficiente para quitar as parcelas anuais do equipamento, que tem carência de dois anos e oito anos para


ESPECIAL

Stand Mais Alimentos na Agrishow – Mário Domingos (representante de vendas Cocapec), Adjar Barbosa (cooperados), Daniel Carrijo (coordenador setor máquinas e implementos Cocapec), Pedro Barbosa (cooperado) e Ricardo Andrade (diretor Cocapec)

Ministro do desenvolvimetno agrário, Afonso Florence, paranebiza Adjar e Pedro Barbosa

pagar. A colheitadeira chegou à propriedade em junho e será utilizada já nesta safra, contornando o problema que assola a cafeicultura nacional, a falta de mão de obra. O Governo Federal está investindo em políticas públicas direcionadas à agricultura familiar para que o setor contribua de forma efetiva no crescimento da economia brasileira. Tem

Stand Mais Alimentos na Agrishow – Milton Zitelli (diretor da Matão), Ricardo Andrade (diretor Cocapec), Pedro Barbosa (cooperado), Mário Domingos (representante de vendas Cocapec), Adjar Barbosa (cooperados), João Toledo (presidente Cocapec) e Joaquim Lauro Sando (gerente DRS B. do Brasil).

Mário Domingos (representante de vendas Cocapec) entrega colheitadeira na propriedade dos irmãos Barbosa

também o interesse de garantir a melhoria da vida no campo, o que qualifica e amplia a produção de alimentos para o consumo dos brasileiros. “Esta política agrícola mantém as pessoas no campo. Com a mecanização, o jovem permanece no meio rural e garantimos a continuidade da agricultura familiar”, destaca o ministro Afonso Florence.

CONHEÇA O PROGRAMA MAIS ALIMENTOS

O Mais Alimentos é uma linha de crédito do Pronaf que financia a agricultura familiar. Contempla os seguintes produtos e atividades: arroz, cana-de-açúcar, café, feijão, mandioca, milho, soja, sorgo, trigo, apicultura, aquicultura, avicultura, bovinocultura, caprinocultura, fruticultura, olericultura, ovinocultura, pesca, suinocultura, entre outras. Financia projetos individuais de até R$ 130 mil e coletivos de até R$ 500 mil, com juros de 2% ao ano, até três anos de carência e até dez anos para pagar. PARA PARTICIPAR: O agricultor familiar deve ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e seguir os seguintes passos: • avaliar o projeto que pretende desenvolver; • procurar a empresa de assistência técnica e extensão rural

do município para elaborar o projeto técnico de financiamento; • encaminhar o projeto para análise de crédito e aprovação do agente financeiro; • com o projeto técnico, negociar o financiamento junto ao agente financeiro; • aprovado o projeto técnico, o agricultor está apto a acessar o recurso. Para saber mais, escreva para maisalimentos@mda.gov.br BALANÇO Desde 2008, a linha de crédito Mais Alimentos apoiou mais de 140 mil contratos, com investimento aproximado de R$ 5 bilhões. Nestes três anos e meio, agricultores familiares adquiriram mais de 10 mil equipamentos para processamento de leite, 40 mil tratores, 2.200 veículos e 80 colheitadeiras. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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SOCIAL

COCAPEC E CREDICOCAPEC REALIZAM ENCONTRO DE MULHERES A 4ª edição do evento reuniu 200 participantes, num dia repleto de atividades, descontração e muita informação

Cristiane Olegário Barbosa Setor de comunicação

No meio rural, as mulheres mantém grande influência nos negócios e participam ativamente das decisões. Reconhecidas e respeitadas, a sensibilidade e olhar clínico delas são primordiais na boa administração de um negócio. Pensando nisso, a Cocapec e Credicocapec celebram uma parceria de 4 anos promovendo o Encontro de Mulheres Cooperativistas. O objetivo desta ação é proporcionar conhecimento para colaboradoras, cooperadas, esposas de cooperados que colaboram para o sucesso do negócio da família, a propriedade rural. Também é uma ferramenta importante para aproximá-las ainda mais da realidade das cooperativas. A 4ª edição deste evento aconteceu no dia 21 de maio, numa chácara reservada especialmente para as 200 participantes. Cada etapa deste encontro foi organizado pela equipe responsável formada por colaboradores da Cocapec e Credicocapec. O trabalho conjunto permitiu a elaboração de um dia especial com muita informação e atividades interativas para promover integração e descontração entre as participantes.

A ALEGRIA DO CIRCO PRESENTE NA RECEPÇÃO À MULHERES As convidadas foram recepcionadas por uma trupe de circo, que com alegria e descontração empolgaram a todas com suas brincadeiras. O brinde de boas-vindas foi uma deliciosa maçã do amor. Tudo preparado para que todas se sentissem especiais e acolhidas. Após o café da manhã regado a um bom café Tulha Velha, as mulheres participaram da abertura do evento. O presidente da Cocapec João Alves de Toledo Filho e a diretora de Crédito da Credicocapec Ednéia Brentini de Almeida ressaltaram a importância do evento para as cooperativas e agradeceram a presença de todas naquele dia.

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SOCIAL

MANHÃ REGADA COM CONHECIMENTO E ‘DRINKS’ COM CAFÉ A palestra do gerente de comercialização de café da Cocapec, Anselmo Magno de Paula denominada “Mercado do café” apresentou as participantes, de forma didática e descontraída, como se dá o processo de comercialização do café, seus riscos e desafios. O tema tratado foi escolhido para que as mulheres possam entender de forma ainda mais efetiva as negociações realizadas pela cooperativa. Após a apresentação do gerente da Cocapec, a

equipe organizadora acatou a sugestão feita pelas mulheres, em anos anteriores, de elaborar um espaço destinado a ensinar receitas de bebidas à base de café, mostrando que é possível fazer em casa ‘drinks’ encontrados em cafeterias. Para isso, a renomada barista Edy Barros esteve no evento, não só para ensinar suas deliciosas receitas, mas também para oferecer a todas, bebidas especiais preparadas com o Tulha Velha, o “Café forte da Cocapec”

PRESENTES E DESCONTRAÇÃO O evento, que foi todo conduzido pela coordenadora do setor de comunicação e cerimonialista, Eliana Mara Martins, também teve momentos de descontração, passeio pela chácara e sorteio de brindes. Várias lojas de Franca contribuíram com presentes lindos, entre flores, calçados, perfumaria, chocolates e acessórios, promoveram momentos de descontração entre as participantes. Para iniciar as atividades da tarde, as mulheres se exercitaram com uma dança circular que possibilitou maior entrosamento entre elas.

1º CONCURSO “MISS TULHA VELHA O concurso “Miss Tulha Velha”, um dos momentos mais divertido do encontro, abriu as atividades da tarde. Dividas em 16 grupos, cada um com uma candidata, as mulheres elaboraram um look original com a finalidade de elegerem a “Miss Tulha Velha”. Nesta atividade, as participantes abusaram da criatividade e fizeram peças divertidíssimas que foram apresentadas durante um desfile. A equipe vencedora foi representada pela dona Olga David Bosco, eleita a “Miss Tulha Velha do 4º Encontro de Mulheres. O grupo foi premiado com um kit do café Tulha Velha. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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SOCIAL

COM MUITO HUMOR PEÇA TEATRAL FALOU SOBRE ECONOMIA DOMÉSTICA Para encerrar, a companhia de teatro empresarial Agon trouxe, através do apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, Sescoop/SP, a peça “Uma Família em Apuros” que desenvolveu de maneira criativa e ilustrativa a necessidade de organizar-se em família, trazendo o cooperativismo como uma opção e abordando o orçamento familiar como a forma mais prática e ágil de gerir suas contas. Numa linguagem fácil e informativa, as mulheres puderam reconhecer momentos do dia a dia de uma família que equilibra seus gastos e utilizam o planejamento financeiro para ter uma vida mais tranquila.

TALENTOS A MOSTRA A mostra de talentos mais uma vez foi responsável pelo entrosamento entre as mulheres. Peças lindas e delícias da culinária foram expostas durante todo o dia. Belos quadros também estavam entre as peças apresentadas. Quem participou da mostra teve a oportunidade de divulgar seu trabalho para todas as participantes. Uma exposição de fotos foi preparada pela equipe organizadora do evento, permitindo relembrar bons momentos ocorridos nos encontros anteriores.

ESCOLAS RECEBEM LIVROS DOADOS PELAS PARTICIPANTES Os livros infantis arrecadados durante as inscrições foram entregues às escolas municipais Sueli Contini Marques e Fausto Alexandre de Souza Teodoro pela diretora da Credicocapec Ednéia Almeida. Os livros passaram a fazer parte do acervo das bibliotecas das duas escolas, ambas participantes de outro programa de incentivo ao cooperativismo, promovido pela Cocapec e Credicocapec, o Cooperjovem.

MULHERES EMPRESÁRIAS ACIF PARTICIPAM DO ENCONTRO Representantes do Encontro de Mulheres Empresariais Acif foram convidadas a participar do evento. O grupo de mulheres, formado por Maria R. N. Camargo, Maria Beatriz J. Pugliesi, Rosilene R. A. Tanaka, Soraia B. Mosbacher, Sara Faleiros, Raquel Ribeiro e Rosangela A. Pelizaro, participou ativamente de toda a programação, inclusive teve a difícil tarefa de escolher a Miss Tulha Velha entre as diversas candidatas. 30

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011


SOCIAL

GALERIA DE FOTOS Recepção alegre para participantes

Telas também fizeram parte da Mostra de Talentos

Grupos usam a criatividade para caracterizar suas candidatas à miss

Sorteio de brindes deixa participantes empolgadas

Fotos das 3 primeiras edições chamam atenção

Descontração em animada dinâmica

Super produção marca desfile do Concurso Miss Tulha Velha

Equipe da Cocapec e Credicocapec responsável pela condução do evento Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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SOCIAL

COOPERJOVEM INICIA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Reunião da equipe local marca início das atividades de 2011

Júlia Sandoval Oliveira Setor de Comunicação

CONHEÇA ESTE PROGRAMA Equipe Cooperjovem em visita à escola Fausto Alexandre

Alunas atentas ao curso de formação

Nos meses de abril e maio aconteceram os encontros de formação do Cooperjovem. O treinamento conta com 30 participantes entre professores da rede municipal de educação de Franca e membros das cooperativas parceiras do programa. O curso, denominado “Educar na cooperação, para cooperação e o cooperativismo”, tem como objetivo formar e informar os educadores sobre o conceito do cooperativismo, trabalhar a cooperação com os alunos e a implantação desta questão nos projetos das escolas. 32

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O Cooperjovem, um Programa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), é desenvolvido em âmbito nacional pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). O Sescoop/SP implantou o Cooperjovem no ano de 2001 em São Paulo e passou a ser responsável por coordenar o programa em âmbito estadual, em parceria com as cooperativas, diretorias e secretarias de educação. O programa acontece em Franca desde 2008 através de uma parceria da Secretaria Municipal de Educação e as cooperativas, Cocapec, Credicocapec, Coonai e Unimed que cumprem com esta ação dois dos princípios cooperativistas: “Informação, formação e educação” e o de “Interesse pela Comunidade”. Mais informações: www.sescoopsp.org.br Em abril, a escola Sueli Contini Marques fez a entrega aos alunos do livro “Sementes da Cooperação”, que faz parte das ações do Programa. A escola também participou com o Cooperjovem do evento que marcou a semana da educação na praça Nossa Senhora da Conceição. Neste mesmo período, a escola Fausto Alexandre Souza Teodoro realizou uma passeata pela paz, utilizando o tema da cooperação. Com esta formação e material, as escolas e os professores propiciam aos alunos uma forma diferente de aprendizagem, baseado na cooperação e no trabalho em equipe.


SOCIAL

Diretores das escolas reunidos com a equipe da Cocapec para orientações sobre o projeto

ESCOLA NO CAMPO COMEÇA EM 2011 COM NOVA PROPOSTA Projeto trabalhará meio ambiente e sustentabilidade através de parcerias O Projeto Escola no Campo está iniciando uma nova etapa no processo de formação de professores e jovens alunos do sétimo ano do ensino fundamental das escolas de Claraval, Capetinga, Ibiraci, Jeriquara e Ribeirão Corrente. A proposta para 2011 é trabalhar de uma maneira mais aprofundada o conteúdo da apostila oferecida pela Syngenta, parceira do projeto, que abrange temas como meio ambiente e sustentabilidade. No dia 19 de abril diretores das escolas parceiras do projeto se reuniram na Cocapec matriz com representantes da Syngenta e da equipe da cooperativa responsável pelo Escola no Campo. Na ocasião os educadores receberam as apostilas que serão encaminhadas aos alunos e professores envolvidos no projeto e discutiram as ações apresentadas para este ano.

Júlia Sandoval Oliveira Setor de Comunicação

A proposta foi muito bem aceita, uma vez que, o projeto trabalhou desde 2006 o tema cooperativismo com treinamentos de jogos e danças circulares para os professores aplicarem na sala de aula. A primeira oficina aconteceu no dia 14 de junho e foi dividida em dois momentos. Inicialmente os professores participaram de um treinamento da Abrinq na Cocapec matriz que falou sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) com foco no trabalho infantil. No período da tarde, através de parceria com a Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande e com grupo Trilha da Vida que realizou uma oficina voltada para a educação ambiental. Em 2011 o Escola no Campo deverá formar aproximadamente 600 alunos da região de Franca.

CONHEÇA ESTE PROJETO O Projeto Escola no Campo é uma parceria da Syngenta Proteção de Cultivos Ltda com a Cocapec e vem sendo desenvolvido há 11 anos, o que possibilitou formar cerca de 10 mil alunos das cidades atendidas pela Cocapec. O Escola no Campo cumpre com o papel da cooperativa de alertar a sociedade para os cuidados com meio ambiente, produção de alimentos sem risco para a saúde humana e uso correto dos equipamentos de proteção individual – EPI, bem como difusão do cooperativismo na sociedade. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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SOCIAL

COCAPEC E SEN FORMAÇÃO A PR Os cursos são para os produtores e seus familiares na área de promoção social e formação profissional Raquel Cintra Rosa Colaboradora da Unidade de Ibiraci

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar/MG iniciou a parceria com a Cocapec em dezembro de 2009, com objetivo de atender as necessidades de trabalhadores, produtores rurais e seus familiares, dos municípios mineiros de Capetinga, Claraval e Ibiraci. A filial de Ibiraci centraliza a gestão destes cursos que são coordenados pela mobilizadora e colaboradora da Cocapec, Raquel Cintra Rosa. O Senar atua em todo país com o compromisso de capacitar trabalhadores e produtores rurais, por meio de ações educacionais, que promovam o homem do campo e o desenvolvimento da comunidade rural. São duas áreas de formação: a Promoção Social – PS, que visa o desenvolvimento das aptidões pessoais e sociais da família rural, numa perspectiva de dignidade e melhor

qualidade de vida e a Formação Profissional Rural (FPR), direcionado às pessoas que irão ingressar ou já estão inseridas no mercado de trabalho rural. Os cooperados com propriedade nos municípios mineiros atendidos pela Cocapec podem participar desses cursos, bem como, funcionários e membros da família como esposa e filhos. Basta entrar em contato com a responsável e demonstrar interesse. As turmas variam normalmente de 10 a 12 pessoas e a FPR tem idade mínima de 18 anos e a PS, em alguns cursos, 14 anos. O grupo normalmente é formado com pessoas de uma mesma região. Para que os cursos aconteçam é necessário um espaço adequado na propriedade rural como uma varanda, cozinha ou barracão.

CONHEÇA AS ÁREAS DE CAPACITAÇÃO DOS CURSOS DO SENAR/MG CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL: - café; - cana-de-açúcar; - olericultura; - fruticultura; - floricultura; - plantas medicinais; - produção de sementes e mudas; - pecuária; - silvicultura; - aqüicultura; - agroindústria; - manutenção e operação de equipamentos; 34

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- agrotóxicos; - irrigação; - administração rural; - turismo rural. TREINAMENTOS DE PROMOÇÃO SOCIAL: - saúde; - alimentação e nutrição; - artesanato; - organização comunitária; - educação e apoio às comunidades rurais.

O QUE É O SENAR? O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural é uma instituição de direito privado, vinculado à confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e às Federações de Agricultura, administrada por um Conselho com representantes da classe patronal rural, do governo e dos trabalhadores rurais. Os recursos são originários da contribuição de produtores rurais e instituições como sindicatos, federações, profissionais liberais e agroindústrias.


SOCIAL

ENAR OFERECEM PRODUTORES Derivados do Leite

Aplicação de Agrotóxico

Produção de Conservas Vegetais

Classificação de café

Pintura em tecido

Degustação de café

Visite o site do Senar/MG (www.sernarminas.org.br) e veja mais detalhes dos cursos. SERVIÇO: Para informações sobre como participar dos cursos ligue (35) 3544-5000 ou lojas.ibiraci@cocapec.com.br, cursos. senar@cocapec.com.br e fale com Raquel Rosa.

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CAFÉ E ALGO MAIS

FILTRO DE CAFÉ: LIX Artesanato feito a partir de filtro de papel pode transformar peças simples em algo bem sofisticado Bruna Malta Setor de Comunicação

Peças confeccionadas a partir de filtro de café

Normalmente descartamos aqueles filtros de papel de café após o uso. Mas não é bem isso que a artesã Rosemeire Frizeira tem feito. Com o dom para a arte e boa vontade, ela tem se dedicado a transformar lixo em belas peças de decoração, móveis e até paredes. Este trabalho além de produzir lindas peças colabora com o meio ambiente, evitando que mais lixo seja jogado nas ruas e nos aterros. Para Rosemeire o artesanato também contribuiu para a sua recuperação da depressão e do transtorno do pânico. “Quando via o resultado e recebia elogios ficava feliz e me dava ânimo para continuar. E tem sido dessa forma desde então”, lembra a artesã. O filtro de café permite que o artesão use sua criatividade e desenvolva um grande número de peças, basta ter paciência e tranquilidade, imaginação e amor. Podem ser usados 36

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em peças de metais, plásticos, madeira, papel, couro, bolsas, paredes, cerâmicas, telhas, telas, etc. Deve-se levar em conta o material, pois quando se pensa em artesanato há previamente a necessidade de preparar o material. “O metal é um ótimo exemplo. Por ser um material muito liso, antes de começar a colar o filtro lixe-o bem, usando lixa própria para metais. Acontece da mesma maneira com os outros materiais. Dessa forma o trabalho fica mais fácil e o resultado satisfatório”, conta Rosemeire. A técnica utilizada com os filtros de papel é fácil e através do passo a passo poderemos visualizar melhor como usar. Para quem nunca fez, vale lembrar que não precisa pintar a peça que quer revestir com filtro, apenas deixe-a bem limpa. O processo é um pouco demorado, mas o resultado é surpreendente. Vamos começar?


CAFÉ E ALGO MAIS

LIXO QUE DÁ LUCRO 1º PASSO: Separe o filtro de café com o pó dentro e deixe secar. Depois de seco tire o pó e dê uma raspadinha para tirar o excesso de pó que sempre fica no filtro. Não deixe os filtros amontoados, pois podem embolorar.

2º PASSO: Prepare a peça que quer revestir com os filtros. Então, vale lembrar a dica, a superfície da peça deve ser lixada muito bem, depois a limpe com um pano seco. Não deixa nenhuma parte úmida, senão pode estragar o seu trabalho.

3º PASSO: Para trabalhar de forma mais fácil corte o filtro com as mãos mesmo. Vai ficar desigual e essa é a ideia, isso dá um charme e, na maioria das vezes, fica parecendo couro mesmo. Vai ficar mais bonito, mas, se não quiser cortar deixe ele inteiro mesmo, e lembre-se de que para peças pequenas cortar é mais prático. 4º PASSO: Para revestir é só passar cola de papel com um pincel. Não há necessidade de cola especial, mas caso queira pode usar cola para artesanato, a qual é encontrada em qualquer loja de produtos para artesanato. Faça por partes, passe cola na peça, ponha o filtro e depois com o mesmo pincel passe por cima do filtro um pouco mais de cola. Com bastante cuidado para não enrugar o papel.

5º PASSO: Depois que revestir toda a peça, deixe-a secar bem. Se preferir coloque no sol, pois a secagem é mais rápida .

6º PASSO: Se quiser dar um ar mais pomposo, passe cera com um pano por toda a peça e depois o betume para escurecê-la. O betume é um produto excelente para escurecer a peça e dar aspecto de madeira, pode ser encontrado em qualquer loja de artesanato. Quanto mais betume passar mais escura a peça ficará. Se quiser clarear passe mais cera (pode ser cera comum) e aí você dosa a gosto.

7º PASSO: Deixe secar bem, demora um pouco, mas vale a pena pelo resultado. Para conservar a peça passe verniz. Pode ser fosco ou brilhante. O verniz deve ser o próprio para artesanato. Assim você terá uma linda peça, reciclando o filtro de café. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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CAFÉ E SAÚDE

CAFÉ PODE PROTEGER MULHERES DE FORMA AGRESSIVA DE CÂNCER DE MAMA As que bebiam mais de 5 xícaras reduziram os riscos em 57% O café pode proteger as mulheres de uma forma agressiva de câncer de mama, especialmente se tomadas cinco ou mais xícaras ao dia, de acordo com pesquisa que aparece na publicação Breast Cancer Research. As mulheres que bebem bastante café têm possibilidades menores de desenvolver o chamado câncer de mama com receptores de estrogênios negativos, que não respondem a certos fármacos, por isso que a quimioterapia é geralmente a única opção. Por este estudo, feito por analistas do Instituto Karolinska de Estocolmo, as mulheres que tomam muito café têm possibilidades menores de desenvolver o câncer do que aquelas que bebem pouco. Os investigadores analisaram os casos de 6 mil mulheres que entraram na menopausa. Assim, entre as que bebiam cinco ou mais xícaras de café ao dia, o risco de desenvolver o câncer de mama se reduzia em 57% comparado com as que tomavam menos de uma xícara cheia. “Acreditamos que o alto consumo diário de café está as-

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sociado à significativa redução de câncer de mama com receptores de estrogênios negativos entre as mulheres que entraram na menopausa”, assinalam os analistas na citada publicação. Outros estudos sugeriram que o café reduz o risco de outros cânceres, incluído o de próstata e o de fígado. Os pesquisadores do instituto acreditam que o café pode ter compostos que afetam diferentes tipos de câncer de mama. Para a diretora de política da organização Breakthrough Breast Cancer, Caitlin Palframan, “o interessante é que esta investigação sugere que o café pode reduzir o risco de câncer de mama (de estrogênios) negativo”. “Mas nem todos os estudos estão de acordo sobre os efeitos de consumir café e, portanto, não encorajaríamos as mulheres a aumentarem o consumo de café para protegê-las do câncer de mama”. “O que sabemos é que as mulheres podem reduzir as possibilidades de desenvolver câncer de mama, caso mantenham bom peso, reduzam o consumo de álcool e façam atividade física regularmente”, acrescentou Palframan.

Outros estudos sugeriram que o café reduz o risco de outros cânceres, incluído o de próstata e o de fígado.

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O Estado de S. Paulo


COOPERATIVISMO

AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA O 4º princípio garante o direito de uma cooperativa de tomar suas próprias decisões Bruna Malta Setor de Comunicação

Quando nos associamos a uma instituição cooperativa à condição da cooperativa em relação a outras organizações ou estamos em busca de apoio, serviços, facilidades e acesso a in- instituições públicas e privadas e não à atuação de seus coopeformações. Mas, para que esta relação aconteça, é necessário rados. Dentro de uma cooperativa as resoluções acontecem de o cumprimento de sete princípios. A Revista Cocapec elaborou acordo com a opinião da maioria em assembleia. uma série de matérias que esclarecem Uma cooperativa não depende e nem sobre a função de cada um condiciona suas decisões atradesses princípios. Esta vés de influências exterUma cooperativa não depende e nem edição abordará o 4º nas. Por isso, qualquer princípio que chamaação desenvolvida não condiciona suas decisões através de mos de “Autonomia e pode impedir que este influências externas. Independência”. princípio seja respeitado. Como definir “Autonomia e inPortanto, uma cooperativa deve ser dependência” dentro de um empreendimento cooperativo? Afinal, livre, preservando aos seus membros o direito de tomarem suas sabemos que a união e o conjunto são os grandes responsáveis próprias decisões, sempre com o intuito de promover a ajuda múpelo seu sucesso. Mas este princípio está diretamente relacionado tua e o bem-estar de seus cooperados.

4º Princípio: Autonomia e independência As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem à capital externo, devem fazê-lo em condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa. Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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CURTAS COCAPEC ESTEVE PRESENTE NA AGRISHOW A equipe de vendas de máquinas e implementos da Cocapec esteve presente na Agrishow 2011 no stand da Agrale. O coordenador do setor de máquinas e implementos, Daniel Carrijo e o representante de vendas Mario Domingos Junior marcaram presença no evento, atendendo os cooperados que tiveram oportunidade de visitar a feira.

GERENTE COMERCIAL PARTICIPA DE EVENTO DA BUNGE José de Alencar Coelho Junior, gerente comercial da Cocapec, participou de um evento realizado pela Bunge Fertilizantes em São Paulo, no mês de abril. O intuito deste encontro foi estreitar o relacionamento da empresa com seus clientes. Na ocasião, os participantes puderam acompanhar a palestra do consultor Alexandre Mendonça de Barros sobre as perspectivas do mercado agrícola 2011. Os diretores da Bunge também se manifestaram sobre o trabalho da empresa. O Vice Presidente de Fertilizantes, Ariosto Riva, também falou sobre a importância da parceria entre os canais de distribuição no caso as cooperativas.

BRASIL BATE RECORDE HISTÓRICO DE EXPORTAÇÃO DE CAFÉ Em receita, foram US$ 7 bilhões, em volume, mais de 34 milhões de sacas. O aumento é reflexo de uma série de fatores, entre eles, as dificuldades climáticas enfrentadas pelos principais concorrentes do Brasil, a melhora na qualidade do produto brasileiro e o aumento do consumo em todo o mundo. A tendência de alta nas exportações deve se manter nos próximos meses em termos de receita, mas o volume deve cair porque o Brasil está entrando em ano de safra baixa, sem estoques e não terá condição de manter o volume do próximo ano-safra.

7º SIMPÓSIO DE PESQUISA DOS CAFÉS DO BRASIL DE 22 A 25 DE AGOSTO EM ARAXÁ (MG) O 7º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), será realizado de 22 a 25 de agosto em Araxá (MG). Sob o tema “Articulações em redes de pesquisa e novas fronteiras do conhecimento”, a proposta do evento é fomentar o debate entre a comunidade científica e representantes da cadeia produtiva sobre o desenvolvimento de tecnologias e produtos relacionados ao café. Mais informações: www.simposiocafe.sapc.embrapa.br 40

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CONHEÇA SUA COOPERATIVA

Equipe de Torrefação

SETOR DE TORREFAÇÃO Anselmo Magno de Paula Gerente de Café

DE TORREFAÇÃO

Se o grande desafio da produção é se aproximar cada vez mais do consumidor final, a Torrefação une estes elos da cadeia, agregando valor ao café de nossos cooperados.

CONTATOS DA EQUIPE

O Setor de Torrefação da Cocapec é responsável pela transformação do café crú em café torrado em grãos e moído. “Neste processo, seguimos rigorosamente todas as boas práticas de manuseio, seguindo os padrões da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café)”, destaca João Aurélio Martins Pietro, coordenador do setor. A qualidade é cada vez mais importante para o consumidor e buscando suprir tais exigências, os colaboradores da Torrefação estão preparados e engajados para seguir a tendência das certificações, através do certificado PQC (Programa de Qualidade do Café – ABIC), onde os produtos, Café Tulha Velha, Café Cocapec e Senhor Café se enquadram nas categorias tradicional, superior e gourmet, respectivamente. Este setor industrializa todas as marcas da cooperativa, além de marcas terceirizadas pela Cocapec, disponibilizando-as em grãos com válvula desgaseificante, moído em almofada e fundo chato e moído à vácuo.

Coordenador de Torrefação João Aurélio Martins Prieto / (16) 3711-6260 setor.torrefacao@cocapec.com.br

Torrador de Café Sérgio Adiranao dos Santos

Assistente de Torrefação Enéias Henrique Glauber Ramon de Andrade Ricardo de Sousa Sebastião Gonçalves Carvalho Neto

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BOLETIM Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e na filial de Capetinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos cinco anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anos Ano 2007 2008 2009 2010 2011 Média

jan 545 325 382 461 328 408,2

fev 175 230 228 158

mar 113 128 282 274

145 365 187,0 232,2

abr 117 108 53 16

mai 45 38 58 17

jun 4 32 32 12

jul 72 0 21 1

ago 0 26 30 0

set 3 39 137 110

143 87,4

1 31,8

29 21,8

23,6

14,1

72,1

out 75 87 262 102

nov 190 168 77 339

dez 273 410 382 221

131,5 193,5 321,6

*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico*

nos úl mos 5 anos

Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2007 2008 2009

745 573

238 236

135 116

66 78

61 40

0 5

0 0

0 26

69 37

58 113

217 222

280 428

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

389

2010

327

95

206 538 399 120 479,6 187,6 256,2

51

12

6

0

0

87

116

302

235

136 99,2

0 33,4

8 8,0

4,3

12,5

80,3

2011 Média

*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec

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Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

110,8 233,5 333,0


BOLETIM

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F** 2010 US$

R$

US$

280,75 278,68 279,70 282,18 289,46 305,99 302,36 313,93 328,23 327,15 355,51 387,04

157,51 151,36 156,48 160,51 159,35 169,18 170,77 178,37 190,88 194,01 207,33 228,21

433,37 495,98 524,27 524,48 530,76 514,99

258,54 297,29 315,94 330,82 329,11 324,35

Média Anual

310,92

177,00

503,96

309,34

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

R$

39,80 37,70 34,14 34,49 35,59 36,16 38,58 41,32 42,59 44,88 48,96 48,52

22,36 20,50 19,10 19,62 19,59 19,99 21,79 23,47 24,77 26,61 28,55 28,61

49,63 49,28 49,54 47,19 47,83 47,88

29,61 29,54 29,86 29,76 29,66 30,16

40,23

22,91

48,56

29,77

2010 2011

2010 R$

Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

75,70 77,03 79,03 82,33 80,81 82,16 84,12 88,95 93,49 100,62 113,01 104,90 88,51

US$

R$

US$

42,47 41,84 44,22 46,83 44,49 45,41 47,51

103,07 104,30 105,46 104,23 100,41 97,22

61,49 62,52 63,55 65,74 62,26 61,23

102,45

62,80

50,54 54,37 59,66 65,91 61,85 50,43

US$

Média mensal do preço* de Milho

Média mensal do preço* de Boi Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

2011

2010

2011

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

R$

Média mensal do preço* de Soja

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2011

R$

US$

R$

US$

19,66 18,35 18,46 18,16 18,67 19,43 18,81 20,57 24,35 25,15 28,29 28,26

11,04 9,96 10,33 10,33 10,28 10,73 10,62 11,69 14,16 14,92 16,49 16,72

30,35 31,68 31,44 29,94 28,69 30,75

18,11 18,99 18,94 18,88 17,79 19,36

21,51

12,27

30,48

18,68

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

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FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS CREDICOCAPEC Credicocapec reformula linha de crédito e oferece melhores taxas de juros

Não resta dúvidas de que o financiamento de veículos conquistou os brasileiros pelas suas facilidades na hora da compra, mas é bom ficar atento na hora de fechar seu negócio, procurando por melhores taxas de juros, que resultam em parcelas mais baixas. Dados divulgados no começo de 2011 pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), mostram que 57,3% da frota estimada do País possui algum tipo de financiamento ativo. Ao todo, estima-se que existam 29,3 milhões de automóveis e comerciais leves em circulação no Brasil. No mercado as modalidades mais praticadas para financiamento de veículos são o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e o Leasing (Arrendamento Mercantil). Segundo a Anef, do total financiado em 2010, 46% das operações foram feitas por meio de CDC, ao passo que o leasing representou 11% dos financiamentos. O CDC é o financiamento em que o comprador do veículo é o possuidor do bem, estando este alienado à Instituição Financeira responsável pelo financiamento do mesmo. Neste caso, se o financiado deseja efetuar pagamentos antecipados, 44

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2011

há o desconto nas parcelas. O Leasing trata-se de um “aluguel” ou arrendamento. Ao optar por esta modalidade o comprador do veículo passa a ser o Arrendatário enquanto a Instituição Financeira, a Arrendadora, é a possuidora do veículo. Nesta modalidade, o desconto só é possível na quitação antecipada do contrato e não em amortizações parciais. CDC ESPECIAL PARA COOPERADOS A fim de proporcionar as melhores condições para a aquisição de bens, a Credicocapec vem se aperfeiçoando e criou para seus cooperados uma linha de Financiamento de Veículos CDC, com condições diferenciadas das demais oferecidas no mercado. Na Credicocapec seu financiamento tem prazo de até 48 meses, em pagamentos semestrais ou mensais para produtores rurais, em planos que chegam em até 100% do valor total financiado. Há obrigatoriedade do seguro do veículo financiado. Para mais informações, procure um de nossos PACs e confira as vantagens que a Credicocapec tem para lhe oferecer.


NOVA MARCA SICOOB Credicocapec apresenta nova logomarca na AGO

Evoluir e integrar, foi com esse objetivo que o maior sistema de cooperativas de crédito do país mudou a identidade visual de sua marca. A nova marca é formada pela sobreposição de triângulos, demonstrando que o sistema é formado por entidades entre si complementares (Cooperativas Singulares, Cooperativas Centrais, Confederação/Bancoob e demais empresas que compõe o sistema), sendo que as Cooperativas Singulares estão representadas pelo triângulo azul, as Cooperativas Centrais pelo triângulo verde escuro e as Entidades do Sistema pelo triângulo verde claro. A Credicocapec por ser uma Cooperativa Singular, buscou o alinhamento à marca Sicoob, apresentando sua nova logomarca na Assembléia Geral Ordinária em março deste ano. Além do novo visual, o cooperado observará o nome do sistema SICOOB à frente do nome da CREDICOCAPEC – SICOOB CREDICOCAPEC. A mudança será evidenciada em todo material de divulgação, inclusive na sinalização dos PACs e também nos meios eletrônicos da cooperativa. A nova marca expressa um momento de crescimento e perspectivas para o futuro, em que a Credicocapec por meio de seus cooperados, pôde contribuir ativamente.

0800 725 0996 www.ouvidoriasicoob.com.br

A Ouvidoria Sicoob é o canal de comunicação no qual você, cooperado e não cooperado pode registrar suas dúvidas, reclamações e elogios referentes aos produtos e serviços da Credicocapec. Para sua comodidade e rapidez na solução de sua necessidade, verifique antes de acessar a Ouvidoria, se a demanda pode ser resolvida no atendimento da Credicocapec

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CLASSIFICADOS

CLASSIFICADOS PROCURA-SE

Trabalho com serviço gerais em sítio ou chácara. Tratar com: José Adalberto. Fone: (16) 37206103 / 9120-7755.

PROCURA-SE

PROCURA-SE

Auxiliar de serviços agropecuários. Com experiência no cultivo de hortaliças leguminosas, frutas e manutenção em propriedades rurais. Tratar: Infacape. Fone: (16) 3722-2214.

Trabalho com serviços gerais, gado e trator em sítio, chácara ou fazenda. Possuo referência e experiência. Tratar com: Nilton. Fone: (16) 9210-1492 9139-0648.

PROCURA-SE

PROCURA-SE

Tratorista, retireiro, amançador de boi e gado de corte. Tratar com: Antônio Raimundo Ferreira. Fone: (16) 9102-6135 9325-6152.

Serviço de motorista executivo ou residencial. Possuo curso de emergência coletiva, escolar e MOPP. Disponibilidade para viagens. Tenho experiência e referências. Tratar com: Edson Lourenço da Cruz. Fone: (16) 3725-5774 8112-8044 / 9972-6015.

PROCURA-SE

Serviço de pedreiro em construção ou reforma. Tratar com: Fernando José Lucas da Silva. Fone: (16) 9130-2506.

PROCURA-SE

Serviço de motorista particular. Possuo experiência em carros automáticos e tenho formação em segurança. Tratar com: William Soares. Fone: (16) 9325-6421.

PROCURA-SE

Serviço em chácara ou sítio. Casal sem filhos. Tratar com: José Luis Taveira da Silva. Fone: (16) 9999-0505. 46

Casal para trabalhar em fazenda, para serviços gerais e domésticos. Tratar com: Wilson. Fone: (16) 3727-9011.

PROCURA-SE

PROCURA-SE

Trabalho em serviços gerais em fazenda ou sítio. Tratar com: André. Fone: (16) 8178-6571/ 9300-8482.

PROCURA-SE

Serviço em sítio ou chácara e também arrendo. Tratar com: Manoel. Fone: (16) 9281-0340 9311-3323.

PROCURA-SE

Funcionário para morar em fazenda e trabalhar com café e serviços gerais. Que possua referência e experiência. Tratar com: Patrícia. Fone: (16) 3761-0905.

PROCURA-SE

Trabalhador para serviços gerais em sítio com referência. Fone: (16) 3012-4551

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PROCURA-SE

Serviço de tratorista. Tenho curso de aplicação de agrotóxicos e colheitadeira. Sou casado, tenho 1 filho e possuo habilitação categoria A/B. Tratar com: Leandro. Fone: (16) 9292-5364.

PROCURA-SE

Operador de máquina para beneficiar café ambulante. Tratar com: José Veronez. Fone: (16) 9224-0443.

PROCURA-SE

VENDE-SE

Máquina de beneficiar café ano 2008 MZRCZ CMCAT, produção 25 a 30 sacas por hora. Em perfeita condição. Tratar com: José Veronez. Fone: (16) 9224-0443.

VENDE-SE

Trincha 1-40mt, marca Dria ano 2009. Pulverizador KO ano 2000, 700 litros, conservado. Tratar com: Paulo César. Fone: (16) 99697039 / 9291-9032.

VENDE-SE

Serviço em sítio ou fazenda. Possuo experiência com raça e lido com gado. Tratar com: Antônio Carlos. Fone: (16) 9244-1209.

Fazenda do Vale Verde com 115,69 hectares, às margens do rio Araguari na região do Capão dos Porcos, a propriedade possui casa sede e para funcionários, galpões, 2 poços artesianos e pasto central com 30 hectares. Aceita-se terreno ou imóvel comercial em Uberaba como parte do pagamento. R$ 15.500,00. Tratar com: Pedro/Filipe. Fone: (34) 9972-4550/ 9735-1514.

VENDE-SE

VENDE-SE

Retireiro para ordenha manual e trator. Possuo experiência e referências. Tratar com: João Silvestre. Fone: (16) 30181479 / 9999-8064.

PROCURA-SE

Aplicador de herbicida PH 400 Jacto. Tratar com: Carlinho. Fone: (16) 9999-0154.

VENDE-SE

Aplicador de herbicida PH 400 Jacto. Tratar com: Carlinho. Fone: (16) 9999-0154.

VENDE-SE

Pulverizador GT 400 Jacto. Tratar com: Carlinho. Fone: (16) 9999-0154

33 vacas Girolando 2° e 3° crias, boas leiteiras em regime de pasto, sendo 18 paridas. 35 novilhas de 15 a 20 meses Girolando, gado de ótima genética leiteira. Tratar com: Guilherme. Fone: (16) 8121-3008.

VENDE-SE

Despolpador de café sem uso, completo. R$ 1.500,00. Tratar com: Henrique Junqueira . Fone: (16) 9967-3817 9141-7961.

VENDE-SE

Sítio em Jeriquara, 30 alqueires para plantio de café ou cana, 100% de aproveitamento, 2 casas, poço artesiano, barracão. R$ 60.000,00 cada alqueire. Tratar com: Guilherme. Fone: (16) 8121-3008.

VENDE-SE

Motor MWM 229 cadastrado-aspirado, R$ 8.000,00. Saveiro 1.8, ano 2001, prata com preta, motor AP, capota e rodas 15’’. R$ 17.500,00. Tratar com: Elber Brentini. Fone: (16) 8813-4759.

VENDE-SE

Esterco de galinha de gaiola ou de piso para café. Tratar com: Trevisan. Fone: (16) 3021-7766 9186-2600 / 8159-9797.

VENDE-SE

Esterco de vaca e de galinha. Tratar com: Djalma. Fone: (16) 9283-1589 9129-8045.

VENDE-SE

Motor estacionário Yamar 55 cavalos a diesel. Gerador monofásico 110V 20KW. Tratar com: Leandro. Fone: (16) 9330-2490.

COMPRA-SE

Irrigação: moto bombas, tubos de todos os diâmetros, rolão autopropelido, pivot, etc. Pagamento à vista. Tratar com: Carlos. Fone: (19) 9166-1710 ou email: cyutakamhotmail.com.


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