Revista Cocapec nº 112

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Mala Direta Básica 9912250045/2010-DR/SPI

COCAPEC

Ano 17 - Janeiro/Fevereiro 2019 - nº 112 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Safra: análise de 2018

e expectativas para 2019

Laboratório Cocapec: 25 anos de certificação IAC Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT

Assistência Técnica Cocapec: Consultoria que gera resultados



Cooperados comprometidos, cooperativa mais forte, benefício para todos O ano de 2019 iniciou-se juntamente com um novo governo e com a retomada da confiança através das expectativas de que mudanças necessárias para o desenvolvimento do país irão acontecer. Isso reduziu as incertezas e possibilitou a previsão de cenários de crescimento, o que traz boas notícias, não apenas para os negócios como também para nossas famílias que terão novas oportunidades e melhores condições. Na cafeicultura, iniciamos um novo ciclo ainda em 2018, que será de bienalidade baixa, porém, estamos vindo de uma produtividade positiva e, consequentemente, preços mais baixos por saca de café. Seguindo esta linha, este é o tema da nossa matéria de capa que traz nas próximas páginas um balanço da última colheita e uma perspectiva para este ano. Por mais que seja um momento desafiador e os preços devem seguir com margens apertadas, a Cocapec continuará buscando as melhores oportunidades de negócio, e os cooperados devem sempre usufruir e contar com o apoio das ferramentas existentes na cooperativa. Registramos também, uma grande incidência da ferrugem na nossa região devido a componentes climáticos que propiciaram o aumento da doença nas lavouras. Sobre isso, aconteceu uma palestra com o professor Edson Pozza, proporcionada por um fornecedor, para esclarecer os cooperados e orientar a equipe técnica da Cocapec. Neste sentido, lembramos ainda que no site da cooperativa estão disponíveis os Boletins Fitossanitários da Fundação Procafé que contam com informações mensais sobre clima, níveis de doenças e pragas e alertas para os produtores. Na reportagem desta edição, mostraremos o caminho a seguir para acessá-lo. Iniciaremos na revista uma série de reportagens intitulada “Curiosidades do Agro” com o objetivo de mostrar a grandiosidade e a importância do agronegócio brasileiro através de dados e informações. Mais uma edição do Simcafé se aproxima, o evento será nos dias 9, 10 e 11 de abril e promete ser um sucesso. A comissão, formada por uma equipe multidisciplinar de colaboradores da cooperativa, está a meses organizando e trabalhando para fazer o melhor evento para os cooperados e visitantes. A rede de “Serviços Integrados” é um sistema de ações que a Cocapec disponibiliza aos seus associados. Fazem parte do sistema os cursos gratuitos, aplicados em parceria com instituições como o Senar/MG e Sescoop/SP, e o laboratório de análises de folha e solo, que novamente conquistou o selo “A” concedido pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que atesta a precisão nas análises de solo. Estamos nos aproximando de mais uma Assembleia Geral Ordinária (AGO), momento máximo de qualquer cooperativa. A nossa está marcada para o dia 28 de março, e será realizada na matriz em Franca/SP. Antes disso, nos encontraremos nas rodadas de “Comite”, quando apresentaremos os resultados da nossa cooperativa em 2018. Mas, tudo isso, só terá importância se tiver a participação dos cooperados, por isso contamos com a presença de todos.

Carlos Yoshiyuki Sato Diretor Presidente


Índice Matérias de destaque

06. Técnica

Ferrugem avança e acende sinal de alerta nos produtores

14. Negócios

Setor debate emissão de certificados de origem com governo

16. Negócios

CAR passa a ser obrigatório em 2019

20. Especial Curiosidades do Agro

26. Social

Capacitações gratuitas movimentam a região no início de 2019

28. Produção Animal

Precisamos falar sobre ratos

Expediente Órgão informativo da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados. Diretoria Executiva Cocapec Carlos Yoshiyuki Sato – Diretor Presidente Alberto Rocchetti Netto – Diretor Vice-Presidente Saulo de Carvalho Faleiros – Diretor Secretário Conselho Administrativo Cocapec Cyro Antônio Ramos Divino de Carvalho Garcia Donizeti Moscardini Erásio de Gracia Júnior Ismar Coelho de Oliveira Mateus Henrique Cintra Conselho Fiscal Cocapec Bruna Fernandes Malta Juscelino Amâncio de Castro Zita Cintra Toledo Cocapec Franca www.cocapec.com.br Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 CEP 14406-052 – Franca/SP Fone (16) 3711-6200 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Cristais Paulista (16) 3711-7406 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 São Tomás de Aquino (35) 3535-1287 Diretoria Executiva Sicoob Credicocapec Ednéia A. Vieira Brentini de Almeida – Diretora Financeiro Hiroshi Ushiroji – Diretor Administrativo Douglas de Souza Cintra – Diretor de Crédito Conselho Administrativo Sicoob Credicocapec Maurício Miarelli – Presidente Carlos Yoshiyuki Sato – Vice-Presidente Bernardo Antônio Salomão – Conselheiro Vogal Cyro Antônio Ramos – Conselheiro Vogal Giane Bisco – Conselheira Vogal Niwaldo Antônio Rodrigues – Conselheiro Vogal Paulo Henrique Andrade Correia – Conselheiro Vogal Conselho Fiscal Sicoob Credicocapec Ricardo Nunes Moscardini Juscelino Batista Borges Juscelino Amâncio de Castro Sicoob Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca/SP PA Capetinga (35) 3543-1572 PA Claraval (34) 3353-5359 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Pedregulho (16) 3171-2118 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203 revista@cocapec.com.br Redação Murilo Martins de Andrade Diagramação Marcelo Rodrigues de Siqueira Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares

REVISTA COCAPEC / ED. 112 JAN/FEV 2019

Acesse a versão digital desta e das edições anterioes da Revista Cocapec através do QR Code ou pelo link: goo.gl/mdeFBq

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Junior – Mtb/24781 Tiragem: 2.700 exemplares É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 112 JAN/FEV 2019

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.


Boletim Fitossanitário Procafé. Uma importante ferramenta para o cafeicultor Relatórios estão disponíveis no site da Cocapec

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esde 2015 a Fundação Procafé emite o Boletim Fitossanitário da Alta Mogiana mensalmente. Os dados são coletados na Fazenda Experimental da instituição localizada em Franca/SP.

O local possui duas estações meteorológicas, sendo uma da Procafé e outra da Cocapec, que fornecem as informações para elaboração do documento. O material traz uma análise do período exemplificando como foram as temperaturas e as chuvas, e consequentemente os níveis de armazenamento de água no solo, fazendo assim um balanço hídrico. Também são elencadas as doenças e os níveis de infestação de pragas que surgiram. No relatório também é feito um Alerta, do comportamento climático e das pluviosidades, assim como os cuidados de controle de pragas e doenças, com as devidas recomendações. Além disso, sempre que necessário, são disponibilizadas dicas de monitoramentos, inclusive indicando os pontos corretos de observação nas plantas, para acompanhamento de possíveis infestações no cafeeiro. O Boletim é bastante ilustrado com gráficos e figuras o que auxilia na interpretação do conteúdo. Vale lembrar que ele está disponível para todos também no site www.cocapec. com.br, através do seguinte caminho: Menu Serviços >Deptº Técnico > Boletins Fitossanitários (localizado na lateral esquerda). Clicando aparecem os últimos documentos e para visualizar um deles basta dar dois cliques. Também é possível fazer download do material.

Informação é fundamental para todas as áreas e na cafeicultura não é diferente. Por isso, os produtores podem e devem utilizar desta ferramenta disponibilizada gratuitamente por este importante órgão de pesquisa.

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TÉCNICA

Ferrugem avança e acende sinal de alerta nos produtores Tema foi discutido pelo Profº Edson Pozza em evento realizado pela Syngenta para equipe técnica e cooperados

Profº Edson Pozza apresenta estudos sobre a ferrugem na Alta Mogiana durante evento para cooperados.

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ferrugem, considerada a mais importante doença do café, voltou a assustar produtores de todas as regiões. De acordo com os Boletins Fitossanitários emitidos pela Fundação Procafé, em novembro, o índice de infecção foi de 6,7%, já considerado acima da média. Em dezembro, este número saltou para 22,5%, o que indicou um avanço significativo da doença para esta época do ano. O grande volume de chuvas registrado no período de setembro a novembro foi o principal responsável pelo aumento da incidência. Para se ter uma ideia, em 2018 choveu 120% a mais que em 2017 no mês de novembro, segundo os dados coletados na cooperativa. Esse aumento da umidade do ambiente, aliado ao fato que muitos produtores adotaram o esquema de calendário das pulverizações, contribuiu para a antecipação da ocorrência da doença. De acordo com o coordenador do departamento técnico da Cocapec, Fabrício Andrian David, o aumento da ferrugem nas lavouras da região poderá refletir na granação dos grãos da atual safra, mas a perda na produtividade poderá ser sentida na de 2020, por isso aconselha-se realizar as pulverizações e manter as atenções no próximo período. Para orientar a equipe técnica e cooperados, a Syngenta, com o apoio da Cocapec, realizou uma palestra conduzida pelo professor Edson Pozza da Universidade Federal de Lavras (Ufla). O evento reuniu cerca de 50 pessoas.

O aumento da ferrugem poderá afetar a granação em 2019 e a produção em 2020. Foto: Leandro Simão de Andrade estagiário da Fundação Procafé.

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Durante mais de duas horas o professor esclareceu dúvidas dos presentes e orientou os produtores e profissionais a procederem de uma maneira diferente no atual ciclo, para que o surto não se repita. Além disso, abordou sobre outras doenças como a cercospora e a phoma, com ênfase na identificação e principalmente nas condições climáticas favoráveis a ocorrência. Caso tenha encontrado a doença em sua lavoura, procure já o seu agrônomo e faça as aplicações necessárias, de acordo com as orientações dos profissionais.

De acordo com o coordenador do departamento técnico da Cocapec, Fabrício Andrian David, o aumento da ferrugem nas lavouras da região poderá refletir na granação dos grãos da atual safra

As folhas com doenças estão sendo encontradas em lavouras em todas as regiões Foto: Leandro Simão de Andrade estagiário da Fundação Procafé.

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TÉCNICA

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TÉCNICA

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Assistência Técnica Cocapec Consultoria que gera resultados

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assistência técnica é um dos pontos fortes dos serviços prestados pela Cocapec. Os profissionais visitam os cooperados e analisam a lavoura, fazem projeção de produtividade e muitas outras orientações que são fundamentais para o negócio dos cooperados.

Para que o cooperado possa negociar de maneira mais assertiva e com o menor risco possível, os profissionais realizam projeções de sua futura produção, a chamada previsão de safra, utilizando técnicas para que essas informações sejam as mais confiáveis possíveis.

Atualmente, a cooperativa atua em 15 municípios, sendo 10 no Estado de São Paulo e 5 em Minas Gerais, e é responsável por aproximadamente 70% da área produtiva em café, o que corresponde a 100 mil ha.

Além disso, ainda no aspecto econômico, a equipe colabora também na gestão da propriedade como um todo. Dessa forma, analisa a necessidade de adquirir máquinas e implementos, se é momento para fazer algum investimento em estrutura física, avalia o número e a eficiência dos funcionários, entre outros. Todo este trabalho é feito mediante agendamento e de forma personalizada, levando em conta a realidade de cada cooperado e o objetivo do seu negócio, viabilizando assim um atendimento dinâmico e responsável.

Para atender todo este parque cafeeiro, a Cocapec, em parceria com a cooperativa de trabalho Uniagro, disponibiliza 19 profissionais, entre engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas. Na orientação agronômica, a equipe atua identificando as pragas e doenças, indica onde e qual a melhor modalidade de poda, analisa a necessidade de renovação da lavoura, recomenda o plantio de novas áreas, auxilia na escolha das mudas e de variedades que melhor se adequam às condições ambientais da propriedade. Porém, o trabalho do grupo vai muito além dos tratos culturais e fitossanitário, o agrônomo/técnico age também como um verdadeiro consultor do negócio rural do cooperado. Nessa linha, é ele quem aconselha quando e o quanto adquirir de insumos, recomendando sempre de maneira ética e clara, e indicando quais as melhores opções de compra, focando a sustentabilidade do produtor. Toda orientação é realizada de acordo com os padrões socioambientais, respeitando as legislações de órgãos como o Ministério do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e também as leis trabalhistas.

Para prestar todo esse serviço o grupo é regularmente treinado e capacitado, inclusive com experiências nacionais e internacionais através de palestras, cursos e reuniões levando novas tecnologias e sustentabilidade aos negócios dos cooperados. Outra atuação importante da equipe é em relação ao diagnóstico da região, formando uma base de dados que em seguida é passada à administração da Cocapec, que por sua vez utiliza essas informações no planejamento e definição das ações que posteriormente serão disponibilizadas aos associados. Todo este trabalho tem um único objetivo, o de fazer com que o negócio do cooperado seja sustentável ou seja, viável economicamente, respeitando os recursos naturais e proporcionando qualidade de vida a todos que a ele são relacionados.

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NEGÓCIOS

Funrural: cooperados definem a forma de contribuição

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té o final de janeiro deste ano o produtor rural teve a possibilidade de optar por contribuir com a Previdência através da folha de pagamento de seus funcionários. Nesta modalidade o percentual incidente é de 23%, e deixa de ser os 1,3% sobre a comercialização da produção. Vale ressaltar que, nos dois cenários incidem ainda 0,2% SENAR (sobre o faturamento); 2,5% Salário Educação (sobre a Folha de Salários) e 0,2% Incra (sobre a Folha de Salários). No dia 13 de fevereiro, foi publicada no Diário Oficial a ratificação da Receita Federal sobre a retirada cobrança de 2,5% do Senar sobre a folha. Ainda não há nenhuma instrução para quem já realizou o pagamento com o valor sem o desconto. Em todo caso, quem escolheu a opção de desconto em folha permanecerá dessa forma até o final do ano. A orientação da Cocapec, referente a esta questão, foi para que o cooperado procurasse seu contator e avaliasse com ele a escolha mais vantajosa. O passo seguinte foi informar a cooperativa sobre a decisão e apresentar uma cópia do comprovante do recolhimento

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“GPS” sobre a folha ainda no mês de fevereiro, relativo a janeiro. Caso o cooperado não tenha apresentado o documento, a cooperativa continuará retendo 1,3% de Previdência e 0,2% de SENAR. A cobrança do Funrural foi julgada constitucional em 30 de março de 2017 pelo Supremo Tribunal Federal, com base na alteração do artigo 25 da Lei nº 8.212/91 veiculada pela Lei nº 10.256/2001. Segundo entendimento da Corte Suprema, em 2001, com a alteração da legislação, teriam sido sanados os vícios de inconstitucionalidade da legislação anterior que impediam a cobrança da contribuição.

...quem escolheu a opção de desconto em folha permanecerá dessa forma até o final do ano


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NEGÓCIOS

Setor debate emissão de certificados de origem com o Governo Cadeia produtiva e Governo Federal buscam alinhamento para modernização da emissão dos certificados da OIC Por: Silas Brasileiro - Presidente Executivo do CNC

“Esse alinhamento gerará um processo digital mais dinâmico, eficaz e moderno. Os países-membros da OIC devem honrar o Acordo Internacional do Café de 2007, o AIC 2007, e para isso é vital a emissão dos certificados de origem”, informa. O presidente do CNC destaca a presença de todos os segmentos do setor privado, representado pelas Associações Brasileiras da Indústria de Café (Abic) e de Café Solúvel (Abics) e do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). “A participação da cadeia café foi para mostrar ao novo governo a união do setor em seus diversos elos e nosso empenho em apoiar a manutenção dos certificados de origem da OIC. Esse é um fato vital para darmos mais credibilidade às estatísticas, que são fundamentais para o planejamento da atividade”, argumenta. Brasileiro completa que “o certificado também possui relevância comercial, pois é exigido pelos importadores da Europa – o contrato europeu condiciona o pagamento da carga à apresentação do certificado de origem”.

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cadeia produtiva do café se reuniu, no dia 5 de fevereiro, com o Governo Federal, que esteve representado pelos Ministérios da Agricultura, da Economia e das Relações Exteriores, para tratar da modernização das emissões do certificado de origem para exportação de café. Segundo o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, a reunião teve o intuito de alinhar o processo de emissão dos certificados de origem da Organização Internacional do Café (OIC), como feitos atualmente, ao Portal Único do Governo Federal.

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Visando à implementação dos campos do “Certificado de Origem da OIC” e ao cumprimento do AIC 2007 no que tange à declaração de exportação do produto no Portal Único, os representantes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) demonstraram as implementações preliminares realizadas pelo Governo no ambiente de testes e a maneira como seriam efetuadas as declarações de exportação de café através do novo sistema de comércio exterior do Brasil. “Foi verificada compatibilidade entre as informações contidas no Certificado de Origem da OIC e suas proposições no Portal Único. Com esse diagnóstico, as áreas técnicas do Cecafé e da Secex darão andamento ao projeto para buscar sua implementação e modernizar as emissões por parte do Brasil”, explica o presidente do CNC.


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NEGÓCIOS

CAR passa a ser obrigatório em 2019 Medida começou a valer em 1º de janeiro deste ano Fonte: www.car.gov.br

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roprietários e possuidores rurais precisarão da inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para ter acesso a crédito e seguro agrícola.

A inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) passou a ser obrigatória a partir de 01/01/2019. O Cadastro poderá ser exigido em transações comerciais e bancárias, como o acesso ao crédito rural e seguro agrícola. O CAR foi instituído pelo Código Florestal Brasileiro, Lei N° 12.651/2012, e é um registro georreferrenciado das informações ambientais das propriedades e posses rurais do país. Até o momento, mais de 5,5 milhões de imóveis rurais já estão na base do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar). A área dos imóveis cadastrados já ultrapassa 460 milhões de hectares e registra também 1,7 milhões de nascentes e 120 milhões de hectares de reservas legais declaradas.

Regularização Ambiental Em relação aos Programas de Regularização Ambiental (PRA), outro instrumento trazido pelo Código Florestal, a adesão a estes poderá ser feita até o final deste ano, ou seja, 31/12/2019. A prorrogação do prazo de adesão ao PRA, foi feita pela Medida Provisória N° 867, publicada no Diário Oficial da União. Ao aderir aos Programa de Regularização Ambiental, os proprietários e possuidores rurais estabelecem um plano de recuperação para a adequação ambiental de seus imóveis e, enquanto o compromisso firmado estiver sendo cumprido, ficam isentos de sanções. O prazo máximo para conclusão da regularização ambiental é de 20 anos. As regras para a recomposição das áreas a serem recuperadas são definidas pelos estados e Distrito Federal por meio de regulamentações especificas.

Para saber mais sobre o CAR e o PRA acesse:

www.car.gov.br

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CAPA

Safra: análise de 2018 e expectativas para 2019

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cafeicultura brasileira se encontra no momento de fazer um balanço da produção de 2018 e sinalizar perspectivas para este ano. Sendo assim, faremos nesta matéria uma análise dos dados, utilizando os números oficiais divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No caso de 2016, 2017 e 2018, as informações já estão consolidadas, e as de 2019 são referentes ao 1º Acompanhamento de Safra da entidade, emitido em janeiro deste ano, o que se trata então de uma previsão.

que a entrega dos cafés transcorresse de forma ágil e segura, pois não houve registro de filas para o descarregamento.

Começando com 2018 (bienalidade alta), quando se colheu o maior volume da história, 61,66 milhões de sacas beneficiadas, 10 milhões a mais que 2016 que também foi de ciclo positivo. Esta grande produtividade é atribuída principalmente pelo clima propício, com chuvas regulares e nos momentos necessários.

2018 também foi marcado pela entrada em operação do Laboratório de Cafés Especiais da Cocapec, o que já permitiu aplicar o protocolo da SCA (Specialty Coffee Association – sigla em inglês) e realizar a pontuação dos lotes identificados durante a prova comercial ou que foram indicados pelos produtores.

Mesmo com o alto volume recebido pela Cocapec, o planejamento e investimento feito em estrutura fez com

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Em relação a qualidade é possível afirmar que ficou acima da média, principalmente nos primeiros lotes. Já os preços, devido a relação oferta X demanda, ficaram abaixo do ideal, reduzindo assim a rentabilidade do produtor. Em todo caso, a Cocapec continuou o trabalho, através do departamento de café, para conseguir sempre as melhores oportunidades possíveis aos seus cooperados.


Queda na produção deve chegar a 50% na Alta Mogiana Esta é a expectativa de toda a cadeia regional para 2019, ano de ciclo baixo. Se comparada a outras regiões, aqui a bienalidade é sempre mais acentuada, atribuída a fatores ambientais e também pelo comportamento do produtor que utiliza bastante a técnica de poda, o que faz com que o cafeeiro tenha uma redução drástica de produção ou até mesmo safra zero. Falando de toda a safra brasileira, o país deve colher entre 50,48 e 54,48 milhões de sacas beneficiadas. Considerando o ponto médio de 52,48 milhões de sacas, esta safra pode ser a segunda maior em volume já colhida, atrás apenas de 2018, mesmo se comparado com anos de alta, como por exemplo 2014, quando a produção fechou em 45,34, e que foi comprometida devido ao veranico ocorrido no início daquele ano. A média de 2019 também supera 2016, outro ciclo positivo, que fechou com 51,37 milhões de sacas, até então o recorde. Diante de tudo que foi analisado é possível constatar que a Alta Mogiana terá uma produção bem menor, mas não o Brasil, fator este que tende a não alterar a realidade atual de preço, visto que o mercado observa todo o volume e faz o balizamento. Porém, como ainda faltam alguns meses para o início da colheita, e alguns fatores, principalmente climáticos, podem alterar o cenário, recomendamos que o produtor realize o planejamento dos trabalhos, analise diariamente o mercado, fique atento às notícias sobre a cafeicultura e utilize as ferramentas disponíveis na cooperativa, como a venda futura/troca.

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ESPECIAL

Curiosidades do Agro

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partir desta edição, a Revista Cocapec apresenta a série de reportagens Curiosidades do Agro, trazendo informações sobre este universo gigantesco e fascinante do qual fazemos parte. As matérias focarão no agronegócio como todo, não apenas na cafeicultura ou na Cocapec. O objetivo é mostrar como este setor da economia é importante para o país e para o mundo. Você já parou para pensar quanto a agricultura ocupa de área na nossa região? E no Brasil? E no mundo? Com certeza você vai se surpreender. No planeta, 1,87 bilhão de hectares (ha) são destinados à agricultura. No Brasil, são 64 milhões, achou muito? Isso ocupa apenas 8% do nosso território. Para se ter uma ideia a Dinamarca compromete 76,8% de sua área, o Reino Unido 63,9%, a Alemanha 56,9%. A União Europeia varia essa utilização entre 45% e 65%. Nações com a área semelhante à nossa como China e Estados Unidos utilizam 17,7% e 18,3%, respectivamente. Surpreendente, não?

E o café no Brasil, como é? As lavouras do país são cultivadas em 2 milhões de hectares, espalhados por 11 estados. 80% é de arábica, predominante em Minas Gerais, e restante de conilon, em que o maior produtor da espécie é o Espirito Santo.

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A cafeicultura Brasileira movimenta aproximadamente U$ 6 bilhões, e envolve mais de 3 milhões de pessoas. A Alta Mogiana, levando em consideração os 15 municípios, possui uma área de mais de 547 mil ha, e 17,5% são da área são destinados à cafeicultura, ou seja, próximo de 100 mil hectares. A agricultura brasileira é bastante tecnificada, o que proporciona produzir em larga escala, ocupando um pequeno percentual da área, e ainda preservando o meio ambiente e atenta às questões sociais. Fontes: NASA via Embrapa / G1 Agro / Gis Cocapec


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ESPECIAL

Conheça os convênios firmados para os cooperados e seus familiares

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Cocapec apoia seus cooperados através de diversos serviços como assistência agronômica, laboratório de análises, lojas completas, entre outros. Mas além destes, são oferecidos uma série de benefícios através dos convênios com empresas de vários ramos. Estas vantagens são estendidas para toda família do cooperado (esposa, marido e filhos), veja as oportunidades:

Convênios médicos e Seguros

Vale ressaltar que cada empresa possui regras definidas para conceder descontos ou quaisquer outras vantagens. Por isso, os interessados devem entrar em contato diretamente com as instituições. Para comprovar o vínculo com a Cocapec, é necessário solicitar uma declaração no Departamento Pessoal – (16) 3711-6259.

Educação

Cursos de capacitação

(16) 3711-8836 (16) 98848-1751 (WhatsApp)

Informações no setor Cadastro Cocapec (16) 3711-6254

(16) 99393-0101

Central de cursos: (16) 3711-6285 – Driely comite@cocapec.com.br Cursos Senar/MG: Capetinga – (35) 3543-1572 – Joana cocapec.capetinga@cocapec.com.br

Seguro de Vida - (16) 3724-1277 Transporte de Café – fale com Márcio Veloso na matriz ou com os coordenadores nos núcleos.

(16) 3402-1005 (16) 9 8854-1922 (WhatsApp) franca@unidade.damasio.com.br

(16) 3724-4300

(16) 3723-8811 / 3723-8815

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Claraval – (34) 3353-5232 - Patrícia apoio.claraval@cocapec.com.br Ibiraci – (35) 3544-5000 - Júlia apoio.ibiraci@cocapec.com.br


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ESPECIAL

Laboratório Cocapec 25 anos de certificação IAC O serviço recebeu novamento o conceito “A” pela eficiência nas análises de solo.

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ovamente o laboratório de análises da Cocapec conquistou a pontuação máxima referente ao trabalho com amostras de solo e recebeu o reconhecimento do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A entidade avalia laboratórios do Brasil e América Latina durante todo o ano, e de acordo com a precisão do trabalho concede o selo na escala de A, B e C. “Estamos muito satisfeitos de novamente sermos reconhecidos pela competência do nosso laboratório. Conquistamos o primeiro selo do IAC em 1995, e ao logo dos anos fomos melhorando os processos, atualizando nossa estrutura, e temos a certeza que oferecemos um serviço de muita qualidade e total confiabilidade aos cooperados e demais produtores da Alta Mogiana”, comenta Carlos Sato, presidente da Cocapec.

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O engenheiro agrônomo Henrique Rheda fala da importância de se fazer a análise de solo. “Esta é a única forma de avaliar a quantidade de nutrientes disponíveis no solo e planejarmos uma adubação correta para atingir a produtividade esperada. Complementar a isso, é fundamental também realizar a análise foliar, pois é com ela que se verifica se os nutrientes estão chegando na planta”.

A combinação de estrutura e bons profissionais foi fundamental para a conquista do selo


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SOCIAL

Curso Diagnósticos de Falhas Mecânicas em Motores Ciclo Diesel em Cristais Paulista/SP.

Capacitações gratuitas movimentam a região no início de 2019

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s Cursos Cocapec começaram a todo o vapor neste ano. Nos primeiros dois meses foram realizadas cinco formações, em áreas variadas, capacitando mais de 60 pessoas em aproximadamente 150 horas, de forma gratuita, viabilizadas através dos convênios com entidades como o Sescoop/SP, Senar/MG e Senai. O curso “Diagnósticos de Falhas Mecânicas em Motores Ciclo Diesel” abriu as capacitações de 2019, e desde o seu anúncio despertou bastante interesse. Com aulas teóricas e práticas, realizadas na Carreta/Escola do Senai, estacionada na unidade da Cocapec em Cristais Paulistas, os participantes aprenderam sobre a manutenção e diagnóstico do sistema, manutenção preventiva e corretiva, montagem do motor, segurança e meio ambiente, entre outros. Já o município de Ibiraci/MG recebeu duas formações, através do Senar/MG, “Fabricação de Laticínios e Afins/ Básico” e “Produção de Salgados e Doces de Festa”. A primeira ensinou os alunos a produzirem queijos, iogurte e doce de leite, de acordo com as exigências dos órgãos responsáveis, focando também na análise da matéria prima e processo de embalagem e conservação. O segundo, instruiu sobre a fabricação de doces de festa como

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R E V I S TA C O C A P E C - J A N / F E V 2 0 1 9

Curso de Fabricação de Laticínios e Afins/ Básico realizado em Ibiraci/MG.

Curso de Produção de Salgados e Doces de Festa em Ibiraci/MG.


beijinho, cajuzinho, brigadeiro, tortas e mouses, e salgados como risoles, pastéis, coxinhas, tortas. Os participantes aprenderam a forma correta de selecionar e armazenar a matéria prima, organização e higienização do local de trabalho, entre outros. Em conjunto também com o Senar/MG, a Cocapec organizou a capacitação “Cria e Recria de Bezerras de Leite” em Claraval/MG. O conteúdo abordado foi sobre os cuidados com a vaca e a bezerra na hora do parto, higienização das instalações, acompanhamento da alimentação até a desmama, aplicação de medicamentos e identificação das principais enfermidades. Focado diretamente na cafeicultura, o curso de “Aplicação de Defensivo Agrícola Tratorizado – NR 31” trabalhou temas como necessidades do uso de defensivos, legislação e normas, manutenção e regulagem dos equipamentos. A formação aconteceu em Pedregulho/SP e foi oferecida através da parceria com o Sescoop/SP. Ao longo do ano a Cocapec realiza diversos cursos em inúmeras áreas e com a emissão de certificados. O objetivo é tornar o produtor rural cada vez mais capacitado e proporcionar novas possibilidades através da Promoção Social.

Curso de Aplicação de Defensivo Agrícola Tratorizado – NR 31 em Pedregulho/SP.

Para saber mais sobre as formações com vagas abertas visite o site www.cocapec.com.br e clique na sessão Agenda/ Cursos. Acompanhe também pelo nosso Instagram e Whatsapp ou entre em contato da seguinte forma para saber mais: Central de cursos: (16) 3711-6285 – Driely comite@cocapec.com.br Cursos Senar/MG: Capetinga – (35) 3543-1572 – Joana cocapec.capetinga@cocapec.com.br Claraval – (34) 3353-5232 - Patrícia apoio.claraval@cocapec.com.br Ibiraci – (35) 3544-5000 - Júlia apoio.ibiraci@cocapec.com.br

APOIO:

SÃO PAULO Curso de Cria e Recria de Bezerras de Leite realizado em Claraval/MG.

R E V I S TA C O C A P E C - J A N / F E V 2 0 1 9

27


SOCIAL

Precisamos falar sobre ratos Por: Paulo Correia/ Médico Veterinário Uniagro/Cocapec Mestre em medicina veterinária e professor universitário

O

utro dia, ouvindo um programa de rádio de Ribeirão Preto, o repórter comentava da recente infestação por rato naquela cidade. Lembrei-me de uma reportagem recente que li também sobre uma epidemia de ratos em Paris, após enchente do rio Sena, citando a estimativa que exista dois ratos por cada habitante. Comecei a pensar: será que em nossa região não temos também problemas de ratos com tanto lixo espalhados pelas ruas? E nas áreas rurais, com tantos restos de alimentos? Os ratos são mamíferos com grandes habilidades de adaptação e sobrevivência no ambiente urbano. Possuem dentes incisivos que crescem diariamente levando-os a buscarem por objetos duros para desgastá-los. Seu aparelho locomotor possibilita-o a entrar em pequenos buracos dos imóveis e acessar partes altas. Enxergam mal, mas o olfato e paladar dos ratos são extremamente apurados ajudando na identificação de alimentos saudáveis ao seu consumo. Não gostam de alimentos estragados. O cuidado com os filhotes permite que as fêmeas procurem por locais seguros e escondidos para fazer suas ninhadas. Do esgoto ao telhado, os ratos percorrem cantos, encanamentos, quinas e calhas a procura de alimento e abrigo. Dentre as várias espécies de roedores, três são consideradas pragas, tanto urbanas quanto rurais: o rato de telhado, a ratazana e o camundongo. Cada um destes possui comportamentos particulares a sua espécie.

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R E V I S TA C O C A P E C - J A N / F E V 2 0 1 9

Os ratos de telhado são excelentes saltadores, andam em fios e tem alimentação mais seletiva como frutas, cereais e grãos. Ratazanas são excelentes nadadores, circulam nas tubulações e podem até sair pelos vasos sanitários. Os camundongos fazem ninhos em gavetas, armários, com papéis, tecidos e outros objetos picados e em locais com pouca movimentação humana. De um modo geral, os roedores são classificados como intra domiciliares (que vivem e fazem ninho dentro do ambiente atacado - camundongos) e extra domiciliares (que vivem e fazem ninho fora do ambiente atacado – ratazana e rato do telhado). Todo morador que encontra ratos rondando seu imóvel deve identificar o que está facilitando a permanência desses animais no ambiente e onde estão as fontes de alimento. Para isso, o primeiro passo é identificar qual tipo de espécie invadiu o local para depois saber de onde estão vindo os roedores. O segundo é identificar os 4 A´s: Acesso, Abrigo, Alimento e Água. São elementos fundamentais para a ocorrência das infestações. Uma vez verificados, deve-se tomar providências corretivas do ambiente vedando frestas, tampando caixas de passagem e esgoto, removendo entulhos e materiais sem utilidades, organizando os alimentos em vasilhas fechadas, eliminando o lixo de forma correta. Entender o comportamento dos ratos é fundamental para combatê-los e não perder a batalha.


Mesmo assim, você precisará da ajuda de uma empresa profissional com alvará sanitário para que os especialistas o ajudem a checar se todas as ações corretivas foram feitas e tratar o local com metodologias seguras de desratização, segundo a By Control Uniprag de Belo Horizonte/MG. Temperaturas mais altas levarão a ciclos reprodutivos mais longos, ou seja, com o nascimento de mais filhotes, o que não pode ser menosprezado no caso do roedor. De acordo com especialistas, um casal de ratos pode criar um ninho com 1.250 indivíduos em apenas 12 meses.

Atenção agropecuaristas da COCAPEC: seus animais merecem um carinho e cuidados especiais no que se diz respeito à desratização. Cavalos estabulados e tratados, principalmente à noite, bezerros que comem ração no cocho do barracão, alimentos e bebidas guardados em recipientes abertos, onde sempre passam os ratos à procura de alimentos e ali salivam, urinam e defecam, podem levar seus animais a várias doenças, sendo a Leptospirose e a hantavirose (as mais perigosas) chegando mesmo a óbitos. Podendo, inclusive, contaminar seus empregados e colaboradores.

Podem produzir até 80 fezes por dia. Tem um período de vida média de 5 anos e a gestação em torno de 19 dias. Além da Leptospirose transmitida pela urina, a saliva e as fezes também podem transmitir doenças. São catalogados 40 tipos de zoonoses transmitidas pelos ratos. Ratos são inteligentes. Voltam sempre para buscar o alimento saudável, guiados pelo olfato. Como têm hábitos noturnos o certo é identificar uma infestação através de pesquisa: portas, rodapés, caixas de papelão, frutas, caixas de cereais mordidas ou roídas. Sempre defecam e urinam onde passam e perto de seus ninhos. À noite fique atento também aos sons, ruídos emitidos pelos filhotes e o andar dos ratos nos forros e telhados.

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SOCIAL

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BOLETIM

RELAÇÃO DE TROCA

Relação de Troca de Café Valores referente ao mês de Fevereiro de 2019 Unid.

Preço unitário SP

Preço unitário MG

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio

T

R$

1.380,00

R$

1.390,00

3,49

3,52

Ureia

T

R$

1.650,00

R$

1.780,00

4,18

4,51

Super Simples Gr

T

R$

1.220,00

R$

1.260,00

3,09

3,19

Adubo 21,00,21

T

R$

1.630,00

R$

1.750,00

4,13

4,43

Nitrato de Amônio

T

R$

1.450,00

R$

1.500,00

3,67

3,80

Custo (R$/ha) por Produto Produto ABAMECTINA NORTOX ACTARA WG ALION SC 500

0,4

Preço Unitário (Kg/L) R$

29,77

Preço (R$)/ha

Produto

R$

KLORPAN

11,91

Kg/L/ha 1,5

Preço Unitário (Kg/L)

Preço (R$)/ha

R$

34,20

R$

51,30

1

R$

193,89

R$

193,89

KOCIDE

2

R$

39,19

R$

78,38

0,15

R$

2.148,94

R$

322,34

KUMULUS DF

2

R$

11,03

R$

22,05 87,50

ALLY 60 XP

0,01

R$

1.055,25

R$

10,55

ALTACOR 35 WG

0,09

R$

1.258,90

R$

113,30 42,10

MANZATE WP

4,5

R$

19,44

R$

MATCH

0,3

R$

73,14

R$

21,94

1

R$

33,69

R$

33,69

METILTIOFAN

ALTO 100

0,7

R$

60,14

R$

AMISTAR WG

0,1

R$

579,67

R$

57,97

NOMOLT

0,25

R$

140,32

R$

35,08

ASSIST

1

R$

15,99

R$

15,99

NUFOSATE

3

R$

12,15

R$

36,46

AUREO

2

R$

17,04

R$

34,08

NUFURON

0,01

R$

631,00

R$

6,31 114,27

AURORA 400 CE

0,1

R$

418,96

R$

41,90

BORAL 500 SC

1,5

R$

135,68

R$

203,52

OMITE

1,5

R$

76,18

R$

OPERA (5l)

1,5

R$

76,18

R$

114,26

ORTUS

1,5

R$

70,16

R$

105,24

CANTUS

0,15

R$

641,48

R$

96,22

CAPATAZ BR

1,5

R$

38,09

R$

57,13

PREMIER PLUS

3

R$

116,27

R$

348,80

R$

33,69

PREMIER WG

1

R$

134,31

R$

134,31 58,63

1

R$

33,69

CLORIMURON NORTOX

0,1

R$

75,17

R$

7,52

COMET

0,7

R$

144,33

R$

101,03

CUPROZEB

2,25

R$

32,88

R$

CURYON

0,8

R$

85,40

R$

CERCOBIN 700 PM

PRIORI XTRA

0,5

R$

117,27

R$

PYRINEX

1,5

R$

38,09

R$

57,13

73,97

REDSHIELD

1,3

R$

50,12

R$

65,15

68,32

RIMON

0,3

R$

96,47

R$

28,94

DANIMEN 300

0,25

R$

106,85

R$

26,71

RIVAL

1

R$

45,50

R$

45,50

DIFERE

2,25

R$

30,60

R$

68,85

ROUNDUP ORIGINAL

3

R$

14,08

R$

42,23

DITHANE

4,5

R$

20,05

R$

90,21

ROUNDUP WG

1,5

R$

28,40

R$

42,60

ENVIDOR

0,3

R$

548,75

R$

164,63

RUBRIC

0,55

R$

80,18

R$

44,10

ETHREL

0,8

R$

266,61

R$

213,29

SELECT

0,4

R$

97,82

R$

39,13

41,11

R$

9,04

SPHERE MAX

0,4

R$

233,94

R$

93,58

SUPERA

2,5

R$

38,09

R$

95,22

0,015

R$

2.348,67

R$

35,23

2,5

R$

56,13

R$

140,33

0,675

R$

52,05

R$

35,13

FASTAC

0,22

R$

FLUMIZIN

0,1

R$

405,93

R$

40,59

GALIGAM

4

R$

71,20

R$

284,82

TALENTO

GOAL

4

R$

71,20

R$

284,82

TENAZ

1,75

R$

18,44

R$

32,27

GRAMOXONE IHAROL

1

R$

11,13

R$

11,13

IMPACT

5

R$

31,66

R$

158,29

0,1

R$

67,33

R$

6,73

KARATE 50 KASUMIN

32

Kg/L/ha

1,5

R E V I S TA C O C A P E C - J A N / F E V 2 0 1 9

R$

75,38

R$

113,07

TILT TUTOR VERDADERO WG VERTIMEC ZAPP QI

1,5

R$

38,09

R$

57,13

1

R$

366,84

R$

366,84

0,4

R$

52,12

R$

20,85

18,79

R$

46,98

2,5

R$

*As informações dos produtos são apenas para conhecimento dos cooperados produtor, não tendo caráter de recomendação. Para isso, consulte sempre seu engenheiro agrônomo.

Produtos


Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$)

2015 2016 2017 2018 2019

Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço* de Milho

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2018

2018

2019

2019

R$

US$

R$

US$

Janeiro

32,70

10,19

38,91

10,41

Fevereiro

34,76

10,72

40,89

10,99

131,18

Março

41,37

12,62

126,39

Abril

39,92

11,72

451,02

124,03

Maio

42,69

11,73

452,52

119,67

Junho

40,55

10,73

Julho

439,25

114,79

Julho

37,22

9,73

Agosto

421,16

107,24

Agosto

41,17

10,48

Setembro

415,39

101,15

Setembro

40,31

9,81

Outubro

441,23

117,45

Outubro

36,43

9,68

Novembro

441,59

116,63

Novembro

36,56

9,65

39,90

10,70

R$

US$

R$

US$

Janeiro

446,42

139,10

410,87

109,95

Fevereiro

438,33

135,18

407,70

109,58

Março

429,82

Abril

430,71

Maio Junho

Dezembro

420,32

108,24

Média Anual

435,65

120,09

409,29

109,77

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Dezembro

37,83

9,74

Média Anual

38,46

10,57

Fonte: Índice Esalq/BM&F

Índices pluviométricos* - Últimos 3 anos FRANCA / SP

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Total / Ano

2017

416

146

131

72

89

14

2018

278

225

178

35

23

22

0

2

32

170

168

320

1.560

0

60

79

228

374

157

1.659 514

207

307

300,3

339,0

154,4

53,6

56,0

18,0

0,0

31,0

55,5

199,0

271,0

238,5

CAPETINGA / MG

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Total / Ano

2017

372

129

175

24

73

51

0

2

0

140

150

227

1343

2018

470

244

146

23

19

63

0

51

63

222

303

15

1619

2019

72

335

Média Mensal

304,7

236,0

160,5

23,5

46,0

57,0

0,0

26,5

31,5

181,0

226,5

121,0

IBIRACI / MG

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Total / Ano

2017

422

175

136

87

109

64

0

0

57

114

288

414

1866

2018

345

195

169

53

36

0

0

79

114

286

429

230

1936

152,5

70,0

72,5

32,0

0,0

39,5

85,5

200,0

358,5

322,0

2019 Média Mensal

2019 Média Mensal

105

398

290,7

256,0

407

503

*(Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz (Franca/SP), Núcleo Cocapec Capetinga/MG e no Sítio Santo Elias em Ibirac/MG) R E V I S TA C O C A P E C - J A N / F E V 2 0 1 9

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CURTAS

CURTAS Já navegou pelo Ciclo de Sustentabilidade no site da Cocapec?

O

novo site da Cocapec tem muitas novidades. Entre elas o Ciclo de Sustentabilidade, que é o grande “guardachuva” de todas as ações realizadas pela cooperativa. Para conhecer mais basta acessar www.cocapec.com.br, clicar no menu Ciclo de Sustentabilidade, a tela exibirá os últimos acontecimentos relacionados. Na lateral esquerda estão as 4 divisões do Ciclo (Ambiental, Social, Econômico e Cultura). Clicando em uma delas aparecerá todas as ações relacionadas ao tema e, ao escolher uma delas, é possível ver tudo que foi realizado sobre o tema, por exemplo, Social >Simcafé, aparecerá todas as edições do evento, com um breve resumo e álbum de fotos. Visite agora o www.cocapec.com.br, navegue e veja tudo que acontece na sua cooperativa.

@cocapecaltamogiana esse é o nosso Instagram

N

o Instagram da Cocapec, é postado com frequência tudo o que acontece na cooperativa, são notícias, eventos, cursos, curiosidades, sempre de forma dinâmica e divertida como a plataforma pede. Se ainda não segue a Cocapec comece agora, busque por @cocapecaltamogiana e fique por dentro.

Somos Coop o movimento que conecta

O

movimento SomosCoop já é uma realidade e tem o objetivo de fortalecer a imagem do cooperativismo através desta marca. A Cocapec já aderiu a campanha e utiliza o selo em vários materiais de comunicação como na capa da Revista Cocapec, site e as hashtag #SomosCoop, no Instagram. Dessa forma a Cocapec contribui para enaltecer o conceito cooperativista que tanto colaborará para o desenvolvimento econômico e social no Brasil e no Mundo.

Erramos: 4º lugar Concurso de Qualidade

N

a edição nº 111 da Revista Cocapec, na matéria sobre o 16º Concurso de Qualidade de Café, divulgamos equivocadamente a classificação do 4º lugar. O correto é Luis da Cunha Sobrinho, Ribeirão Corrente/SP e não Pacífico Carrijo Neto, de Ibiraci/SP. Este último ficou na 5ª colocação, empatado com Cássio Gonçalves Corrêa, de Cássia/MG.

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PRODUÇÃO ANIMAL

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