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Especial

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Produção Animal

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Galileu Macedo de Oliveira

Amor pelo café e dedicação ao cooperativismo

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O cooperado número 15 da Cocapec é um admirador do cooperativismo

Disposto, receptivo e muito simpático, essas são algumas das características do dono da história que iremos conhecer hoje, Sr. Galileu Macedo de Oliveira, proprietário da Fazenda Jaó no município de Jeriquara/SP e cooperado número 15 da Cocapec. Galileu nos recebeu com muita alegria em sua propriedade e logo no início da conversa nos mostrou com orgulho a foto que tem dos avós maternos, os pioneiros da cafeicultura na família.

“Tudo originou com a vinda dos meus avós para a região em 1928, eles eram de Itirapuã/SP. Meu avô comprou a Fazenda Japão e a Fazenda Areias e chegou a ter mais 1.700 alqueires de terra. Na minha família são quase 100 anos de dedicação ao café, é nossa fonte de renda e sustento.” Sr. Galileu conta com emoção e orgulho da sua infância na fazenda dos avós. “Meu avô me ensinou muito sobre a cafeicultura, quando criança eu, meus irmãos e primos passávamos as férias na fazenda. Meu avô foi comprando as fazendas em volta e plantando café, naquela época era mais difícil, o espaçamento era muito mais largo, não tinha maquinário, para ter a primeira carga demorava cerca de cinco anos. Mas era muito produtivo também.”

Galileu nasceu em Franca/SP em 1944, “meus pais moravam em Itirapuã/SP, meu pai era farmacêutico e em 1944 eles se mudaram para Franca, onde nasci e vivi por muitos anos.”Durante sua vida sr. Galileu trabalhou em outras áreas, em meados dos anos 70 se mudou para o Rio Grande do Sul, onde trabalhava no ramo farmacêutico, durante

Galileu posa em frente ao retrato dos avós

esse período que morou no Estado teve seu primeiro contato com o cooperativismo. “Quando trabalhei no Rio Grande do Sul tive muito contado com as cooperativas de lá, e quando retornei para cá decidi entrar de cooperado na Cocapec. Ajudou muito no desenvolvimento da cidade, nós evoluímos juntos. Sempre acreditei muito no cooperativismo.”

No início dos anos 80, o cooperado volta para a região de Jeriquara/SP para se dedicar ao café. “Naquela ocasião eu já era casado e retornei para a fazenda que foi dividida entre eu e meu irmãos, aqui nas minhas terras era tudo cerrado e hoje tenho 130 hectares com plantação de café.”

Quando começou a trabalhar com a cafeicultura decidiu se associar a Cocap, (que posteriormente se tornou a Cocapec) por já conhecer sobre o cooperativismo, Sr. Galileu fala que a Cooperativa sempre foi essencial e se emociona ao relembrar dos fundadores Sr. João Carlos Jordão da Silva, Alceu Rubens Morandini e José Engler Jr os primeiros diretores da Cocapec. “Fico emocionado em falar e preciso agradecer ao Jordão, Morandini e José Engler que deram início a Cocapec, foi devido a eles que nós estamos aqui e nos tornamos uma das maiores cooperativas do país.” Sr. Galileu já fez parte do Conselho Fiscal e Administrativo e participa ativamente das ações da Cocapec. Além disso, também foi presidente do Sindicato Rural de Franca por 8 anos.

O cooperado cita a modernização da Cocapec matriz, “a gente sempre vai na Cooperativa, sempre tem algo pra fazer, alguma peça pra comprar. Ficou muito boa a reforma, faltava só matriz para modernizar, foi excelente, tem que ir pra frente mesmo e a eficiência melhorou. A Cocapec tem muita credibilidade e isso quem faz são os cooperados, diretoria e conselheiros. Plantei a sementinha no começo e estamos indo pra frente.”

Sr. Galileu fala da rotina que começa sempre cedo na Fazenda Jaó, “acordo todos os dias as 4 da manhã, moro em Cristais Paulista e chego aqui na propriedade as 6 horas, sempre tem alguma coisa pra fazer. Fazia de tudo, o primeiro trator que comprei dividia com meu irmão, e nós plantávamos milho, soja, além do café. Ele tinha o café dele e eu o meu, sempre acreditei muito no café. Hoje em dia fico mais administrando, tenho 3 filhos os dois homens me ajudam aqui na fazenda.”

No decorrer da nossa conversa o agrônomo Alex Carrijo, chega para visitar o Sr. Galileu. Eles falam sobre as dificuldades que o cenário da cafeicultura enfrenta. Sr. Galileu relata que nunca havia passado por algo assim “esse ano foi difícil a seca, a geada não afetou, mas ficou mais de 6 meses sem chover aqui.” Apesar disso ele fala que nunca pensou em desistir “estou enraizado na cafeicultura, minha família lida com isso há quase 100 anos.”

O cooperado ao longo da conversa também relembra com emoção de um grande engenheiro agrônomo que o auxiliou no início da fazenda. “Wagner de Paula, foi um excelente técnico, trouxe ideias novas e me ajudou muito aqui na propriedade no início”. Hoje quem segue os passos de Wagner é Alex Carrijo, agrônomo Cocapec/ Uniagro que atende o sr. Galileu há 15 anos. Carrijo fala sobre os laços de amizade e confiança que o tempo criou. “Temos uma relação de respeito, amizade, conto muitas coisas particulares, da vida pessoal, peço conselhos, a confiança é muito grande.” Sr. Galileu deixa uma mensagem de agradecimento. “Gostaria de agradecer aos pioneiros da Cocapec. Nós acreditamos e fizemos a Cocapec de hoje e quero que meus filhos deem continuidade nessa história. Tenho certeza que um dia a Cocapec será a maior cooperativa do país, sempre com credibilidade e excelência.”

Contamos um pouco sobre a história do Sr. Galileu, agradecemos a ele e sua família que abriram as porteiras da sua propriedade para nos receber com muito carinho e receptividade. Não perca as próximas histórias!

É importante ressaltar que realizamos a entrevista devido à flexibilização da pandemia, a equipe de reportagem foi reduzida e respeitou todos os protocolos de segurança contra a Covid-19.

Ele o filho Renato cuidam da propriedade com muito amor e dedicação

Alex Carrijo, Renato e Sr. Galileu observam a paisagem da fazenda da família

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