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Editorial

Realizamos em março último, a Assembléia Geral Ordinária da Cocapec, e podemos relembrar com entusiasmo os momentos nos quais estivemos juntos em 2008. Atingimos o propósito cooperativista, atendendo as necessidades dos associados e proporcionando-lhes mais vantagens comerciais. Apesar da crise financeira deflagrada nos E.U.A que abalou a economia mundial, e gerou dúvidas e incertezas para o futuro, a Cocapec em 2008, teve a satisfação em receber um recorde de quase 900 mil sacas de café. Isto ocorreu, mesmo com a quebra de safra em relação à previsão realizada no começo do ano, cuja expectativa de recebimento de um volume grande, gerou a necessidade da construção de dois armazéns, aumentando a capacidade total de armazenagem para cerca de 1 milhão de sacas de café. A Cocapec foi prestigiada neste ano, ao ser classificada como a segunda maior empresa no ramo de café, de acordo com a revista ExameJunho/08. O Programa 4C evoluiu, e através de parcerias com o Senar/ Minas, Sebrae e Pensa, a Cocapec vem proporcionando a cooperados e familiares, e também aos colaboradores, a profissionalização por meio de cursos e treinamentos, salientando o curso MBA de “Especialização em Gestão do Agronegócio Café”, que visa a formação e o aprimoramento de empresários rurais. A logomarca da cooperativa passou por mudanças, e o novo design reforça através da simulação de uma corrente, o princípio cooperativista. Vale lembrar ainda, a parceria entre Cocapec e Embrapa, que resultou na criação do Parcintec, que atende as necessidades locais em termos de tecnologia e informações agropecuárias. Lembramos com muito orgulho, dos projetos sociais promovidos pela cooperativa, em que ações com crianças e mulheres, vêm despertando a cada ano, a participação de maior número de pessoas. Destaque para a campanha do natal cooperativo, que arrecadou em dezembro de 2008 mais de 15 mil litros de leite, doações que beneficiaram várias instituições sociais de Franca e região. Enfim, foi um ano de realizações para a cooperativa. E este resultado foi apresentado aos cooperados na Assembléia Geral Ordinária, onde mais uma vez, o balanço foi aprovado por unanimidade e pelo 4º ano consecutivo houve distribuição de sobras entre os cooperados. Enfatizamos que muitos colaboraram direta ou indiretamente para o sucesso da nossa cooperativa, e ressaltamos que a fidelidade dos cooperados é que faz da Cocapec, uma empresa sólida e conceituada. Novos desafios virão, trabalharemos com consciência e determinação na busca da melhoria dos serviços prestados aos cooperados.

Editorial

Cocapec distribui sobras pelo quarto ano consecutivo

Carlos Yoshiyuki Sato Diretor Vice-Presidente


Diretoria Executiva Cocapec Maurício Miarelli – Diretor Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-Presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. Secretário

Conselho de Administração Cocapec Galileu de Oliveira Macedo João José Cintra José Amâncio de Castro Luis Clóvis Gonzaga Paulo Henrique Andrade Correia Wanderley Cintra Ferreira

Conselho Fiscal Cocapec Cyro Antonio Ramos Donizeti Moscardini Renato Antônio Cintra

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Revista COCAPEC Índice Eventos Cocapec participa da Marcha pelo Café

Cocapec Franca

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Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

Filiais Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400 Serra Negra: (19) 3892-7099

Eventos Curso de Classificação e Degustação de Café da Cocapec já é tradicional

Diretoria Executiva Credicocapec

08

José Amâncio de Castro - Dir. Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Administrativo Ednéia Ap.V. B. Almeida - Dir. Créd. Rural

Conselho de Administração Credicocapec Ismar Coelho de Oliveira José Henrique Mendonça Nivaldo Antônio Rodrigues Wanderley Cintra Ferreira

4C 4C anuncia primeiros resultados mundiais

Conselho Fiscal Credicocapec

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Amilcar Alarcon Pereira Giane Bisco Renato Antônio Cintra

Credicocapec Fone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

Coordenação

CREDICOCAPEC Gestão apresenta resultados aos cooperados

Eliana Mara Martins

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Núcleo de Criação Comunicação/MKT COCAPEC

Diagramação Luis Eduardo Facioli Apoio Gráfico Marcelo Siqueira Fotos Marcelo Siqueira

Boletim Novidade: média mensal do preço de café arábica e índice pluviométrico

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Redação Luciene Reis

Revisão Denise Resende de Oliveira

Jornalista Responsável Kelven Valim de Melo - MTb/ 21449

Tiragem: 2.300 exemplares Home Page www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Revista COCAPEC - Março / Abril 2009

Capa AGO Cocapec Cooperados votam o destino de R$ 6,4 milhões

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Eventos

Cocapec participa da Marcha pelo Café S.O.S. Cafeicultura reúne 25 mil pessoas em Varginha/MG Luciene Reis Analista de Comunicação

Marcha pelo Café mobiliza o setor cafeeiro

A Cocapec participou da Marcha pelo Café, organizada pelo movimento “S.O.S. Cafeicultura”, que reuniu 25 mil pessoas em Varginha, sul de Minas Gerais, no dia 16 de março. O movimento foi organizado pela Faemg e pelas cooperativas, através da Ocemg/Sescoop/ MG e CNC. A Marcha contou com a participação de produtores, trabalhadores rurais, lideranças políticas e entidades preocupadas com a situação atual da cafeicultura brasileira. O presidente da Cocapec, Mauricio Miarelli, esteve no evento e ressaltou que o momento é muito bom para que o governo utilize as ferramentas de mercado. Afirmou

que a aplicação de um programa de opções seria oportuna, pois os preços do café brasileiro estão muito baixos em relação a outros países. “O programa de opções, uma das reivindicações deste movimento, beneficiaria a cafeicultura nacional como um todo, promovendo uma recuperação dos preços dentro do país, sem afetar a nossa competitividade” enfatizou o presidente da Cocapec. Para Miarelli, não é absurdo o que o setor pede, pois sempre que o governo investiu recursos públicos na cafeicultura, estes foram revertidos para a sociedade, trabalhadores e produtores de café. Destacou que os cafeicultores brasileiros são, em

sua maioria, pequenos e lutadores, frente a um mercado grande e poderoso, e o apoio do governo é necessário para tirar o conforto em que o mercado se encontra atualmente. O ápice do evento foi a Carta de Varginha, documento que contém as principais reivindicações do setor cafeeiro, e que foi entregue ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O setor cafeeiro enfatizou que caso não seja atendido, toda uma cadeia econômica será atingida. O setor é responsável por 2,2 milhões de empregos diretos e 8 milhões indiretos. Vale ressaltar ainda, que o café é produzido em 1.800 municípios brasileiros. Revista COCAPEC - Março / Abril 2009

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Eventos

O gerente do Departamento de Café da Cocapec, Anselmo Magno de Paula, que também foi à Varginha, esclareceu que na Alta Mogiana, a crise talvez não seja tão grave e severa, mas o produtor está vendendo seu café abaixo do preço de produção já há alguns anos, exaurindo seus recursos. “Há um enfraquecimento da classe produto-

ra na nossa região”, afirma Magno. “O mais grave, é que Franca é um grande centro calçadista e está enfrentando problemas neste setor devido à crise, lembrou Plaucius de Figueiredo Seixas, Coordenador de Operações/Café da Cocapec, que também esteve presente na Marcha. “E quando o calçado passa por dificuldades, a cafeicultura acaba

sendo a esperança da região”, completou. A passeata foi um ato simbólico e pacífico, que percorreu 1,5 km no centro da cidade de Varginha. Os participantes levaram faixas, cartazes e alguns colocaram adesivos na boca com dizeres “Eu quero o direito de pedir ajuda. Por você”.

Faixas e adesivos chamam a atenção para as necessidades dos cafeicultores

Cocapec marca presença na Marcha

“Carta de Varginha” Reivindicações dos cafeicultores ao Governo Federal, presentes na “Carta de Varginha”, encaminhada pelo presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes ao Presidente da República: 1 – Conversão de todas as dívidas financeiras da cafeicultura (Funcafé e demais fontes do Crédito Rural) em produto físico (saca de 60 kg de café) por um período de 20 anos: 1.1 – A um preço base de R$ 320,00/saca para o café tipo 7; 1.2 – Pagamento pelo sistema equivalência-produto (em sacas de café) correspondente a 5% da dívida financeira total ao ano, sem implantação de taxa de juros; 1.3 – Vencimento da primeira parcela em novembro de 2010; 1.4 – Caso o mercado apresente preços mais remuneradores que os R$ 320,00 de referência na data do pagamento da prestação, cabe ao produtor optar pela entrega do produto físico ou quitar os 5% em recurso financeiro (dinheiro); 1.5 – Em caso de adversidade climática (estiagem, geada, etc.), a parcela do ano em que a produção for comprometida fica automaticamente prorrogada para o ano seguinte. 2 – Implantação de um programa de Leilões de Opções Públicas de Venda de Café: 2.1 – Suporte orçamentário na ordem de R$ 1 bilhão, para a aquisição de 3 milhões de sacas. 3 – Apresentação dos resultados do Grupo de Trabalho – criado pelo Ministério da Agricultura para propor soluções ao setor cafeeiro – o mais urgente possível, no mais tardar, até o final de março deste ano. 6

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Eventos

Cocapec realiza treinamento para baristas Luciene Reis Analista de Comunicação

Nem sempre, ser criterioso e escolher um café de boa qualidade ou gourmet é o bastante. Um espresso perfeito depende também, do método e do profissional que prepara a bebida. Surge então, a profissão de “barista”. O barista além de saber tirar um bom espresso, preparar bebidas com café, também detém conhecimentos sobre todo o processo do produto, do cultivo a torrefação. Para se tornar um profissional capacitado, vários cursos foram criados para atender os interessados. A Cocapec, preocupada em manter a qualidade de seu café para espresso, o Senhor Café Gourmet em Grãos, promoveu durante os dias 30 de março e 4 de abril, um treinamento de baristas nas cafeterias que utilizam a marca. Voltado para formação de profissionais, o treinamento abrangeu conhecimentos sobre a sua história

do café, a variedade do grão, a importância de se trabalhar com café gourmet, quem é o barista, técnicas de extração para obter um espresso perfeito, equipamentos utilizados e elaboração de bebidas especiais. Márcio Pereira, barista que ministrou as aulas, destacou que é importante trabalhar com cafés como o Senhor Café Gourmet, pois este é preparado especialmente para extração do verdadeiro aroma e sabor do café espresso. O treinamento, voltado para profissionais de várias estabelecimentos que utilizam a marca Senhor Café, aconteceu no Posto Galo Branco e na Padaria Estrela nos dias 30 e 31 de

março, respectivamente. City Posto e Pão Delícia receberam o treinamento nos dias um e quatro de abril, e nos dias dois e três de abril, o curso foi realizado no Wal-Mart.

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Eventos

Curso de Classificação e Degustação de Café da Cocapec já é tradição Cocapec forma mais uma turma de classificadores e degustadores na 10ª edição do curso Luciene Reis Analista de Comunicação Eliana Martins Coordenadora de Comunicação

Após 10 turmas e 120 profissionais formados, já é tradição o curso de Classificação e Degustação de Café realizado pela Cocapec. Este ano, o curso aconteceu entre os dias 23 e 27 de março nas dependências da cooperativa, e teve a participação de colaboradores, cooperados e clientes. O curso foi ministrado pelos profissionais Alaerte Telles Barbosa e Sergio Beyer, da empresa Grão Mestre Consultoria Técnica de Café. Em geral, as pessoas desconhecem o trabalho desses profissionais técnicos especializados. Eles, através dos sen-

tidos da audição, visão, tato, olfato e paladar, avaliam e determinam a qualidade dos cafés que estão sendo colocados no mercado para uso do consumidor, sejam de origem única ou blendados com diversos tipos de grãos, estabelecendo um padrão de qualidade. É um trabalho de arte, que requer talento, concentração e decisão no veredito. A duração do curso realizado na Cocapec é de cinco dias e 40 horas/aula. As aulas são práticas e dinâmicas: enquanto um instrutor trabalha atividades relacionadas à classificação, o outro desenvolve as

A classificação é a 1º etapa para os alunos do curso

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habilidades dos alunos para a degustação de café, explicando as características sensoriais e qualitativas de cada bebida, tanto da espécie Arábica como do Robusta (Conilon).

Gostaria de participar de futuras edições do curso?

Entre em contato com Eliane, Assistente de Departamento de Café, pelo telefone (16) 3711-6272 e obtenha informações.

Os alunos desenvolvem habilidades que permitem a eles degustar as várias bebidas do café


Comitê Educativo

Entenda o Comitê Educativo Saiba o que é o comitê e como usar este benefício para o desenvolvimento de sua região Bruna Malta Analista de Comitê

O que é e qual a importância? O comitê Educativo é uma ferramenta importante para a cooperativa e para o cooperado. É um ambiente de troca de idéias e informações, onde cada região pode expor seus problemas, necessidades e anseios. Em contra partida, a cooperativa utiliza esta ferramenta para informar sobre seus procedimentos administrativos, campanhas, modalidades de comercialização, políticas governamentais, planos de safra, ações sociais, serviços e projetos técnicos. O comitê mantém a transparência dos trabalhos realizados pela Cocapec e possibilita que o cooperado esteja cada vez mais informado sobre os objetivos da cooperativa. A formação dos cooperados também faz parte dos objetivos do Comitê, que tem a preocupação de promover cursos, treinamentos e dias de campo, eventos de acordo com a necessidade de cada região. Como funciona? São sete comitês educativos, divididos nas regiões de: Capetinga, Claraval, Ibiraci, Itirapuã/Patrocínio Paulista, Jeriquara, Pedregulho e Serra Negra. Cada cidade tem um coordenador e um vice-coordenador, que representam os comitês enquanto cooperados. A Cocapec mantém também, uma coordenação interna que auxilia os comitês e transfere as

informações destes à diretoria. As reuniões acontecem periodicamente com uma programação baseada nas necessidades da Cocapec em conjunto com as propostas dos coordenadores de Comitê. Quem participa? Todos os cooperados têm o direito e o dever de participar das reuniões promovidas pelo Comitê educativo Cocapec. Assim como colaboradores, dirigentes e agrônomos também têm seu compromisso com os comitês. Quais são os direitos e deveres (cooperados, cooperativa e coordenadores)? Temos três áreas de responsabilidade dentro do comitê, são elas: cooperado, coordenadores e cooperativa.

Cooperados: participar, questionar, mostrar seu envolvimento e interesse em relação à cooperativa e as ações realizadas por ela. Fazer parte da cooperativa, mantendo um canal de comunicação direto com a diretoria. Isso dinamiza o trabalho da Cocapec e aprimora o atendimento das necessidades de cada região. Cooperativa: promover as reuniões, atendendo uma determinação do estatuto, prestar contas das realizações, informar o cooperado sobre a cooperativa e tendências da cafeicultura, promover cursos, treinamentos e palestras para suprir carências dos cooperados e estar sempre próxima das regiões atendidas. Coordenadores: representar a região diante da cooperativa, fomentar ações do comitê na região, disseminar e promover a valorização desta ferramenta. Revista COCAPEC - Março / Abril 2009

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Café

Por um café torrado e enxuto Este artigo foi publicado originalmente na revista Espresso (www.revistaespresso.com.br) Celso Luis Rodrigues Vegro Engenheiro Agrônomo, mestre em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade e pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Os mercados de alimentos e bebidas são regulamentados pela definição de parâmetros mínimos de qualidade e sanidade e de rotinas operacionais que garantam não apenas a higiene, mas ainda as boas práticas de fabricação, de tal forma que sejam atenuados os riscos para a saúde pública desde a distribuição até o consumo. Em março de 2008, o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou o protocolo denominado Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Café Torrado em Grão e do Café Torrado e Moído, o qual ficou sob consulta pública por período bastante dilatado. Trata-se de matéria relevante, uma vez que pretende criar um “padrão oficial de classificação para o café industrializado”. Sob tal regulamentação, os apreciadores de café terão condições de saber o que de fato lhes é oferecido. O esforço dos gestores públicos deve ser saudado como um avanço importante não apenas para os consumidores, mas também para os empresários que atuam no segmento de cafeterias e do ramo da alimentação em que o café participa do faturamento. Porém, sob exame acurado, são ainda possíveis ajustes finos do regulamento que o aprimorem antes de sua publicação oficial. No artigo 4º, que trata dos requisitos, destaca-se em seu primeiro item o percentual máximo de 5% de umidade para o café torrado. Ao estabelecer um limite tão elevado a um produto torrado a mais de 200ºC por pelo menos 12 minutos, os gestores mostraram-se pouco sensíveis às causas dos cafeicultores e dos consumidores, valorizando apenas o interesse dos torrefadores. A justificativa para a introdução de água no café torrado pauta-se pela aparente dificuldade das indústrias em substituir os resfriadores a água por outros, mais modernos e eficazes, a ar. Mas, em verdade, outros interesses são favorecidos, como: ao ampliar artificialmente a umidade do produto, o 10

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torrefador captura margem adulterada, pois a água é infinitamente mais barata que o café verde; e, ao embalar mais água, os torrefadores diminuem sua demanda pelo café, prejudicando o segmento produtor que tem nessa indústria seu maior cliente. O limite de umidade deveria ser baixado para níveis residuais. A preocupação com o assunto não é de pouca importância. Em apenas um ano fiscal, estimativas conservadoras apontam que a introdução de água faz encolher a demanda das torrefadoras em 700 mil sacas de café verde que se associa a uma economia financeira supreendente. A norma poderia estabelecer um escalonamento para a substituição dos resfriadores a água iniciando-se pelos cafés de padrão gourmet e superior e, em prazo não acima de 18 meses, a completa abolição desse tipo de equipamento da indústria de torrefação do café. Em tempos de desconfiança global, lisura é a virtude mais almejada em qualquer espécie de transação comercial. A indústria de café torrado e moído pode conceder seu exemplo oferecendo um café apenas enxuto!


Capa

Sobras de R$ 6,4 milhões tiveram destino decidido por cooperados Mais de 250 associados prestigiaram a Assembléia Geral Ordinária da Cocapec Luciene Reis Analista de Comunicação

A Assembléia Geral Ordinária (AGO) da Cocapec foi realizada no dia 26 de março, nas dependências da matriz em Franca. O evento, que acontece anualmente para que a diretoria preste conta das realizações do ano anterior, contou com a presença de mais de 250 cooperados. Associados da matriz e das cinco filiais, Capetinga/MG, Claraval/ MG, Ibiraci/MG, Pedregulho/SP e Serra Negra/SP, estiveram presentes na Assembléia. Durante a primeira quinzena de março, a diretoria da Cocapec realizou pré-assembléias em todas as

filiais através dos comitês educativos. O objetivo foi a apresentação dos investimentos realizados em 2008, tais como: a construção dos armazéns de café na matriz e na filial de Ibiraci, implantação de novos projetos como o de Assistência Técnica Agronômica (ATA), além de melhorias na segurança e expansão de projetos sociais. Os diretores também apresentaram os objetivos para este ano, como o término da construção do armazém de insumos e da oficina, melhorias nas filiais, ampliação do laboratório de análise de solo e fo-

lhas e desenvolvimento de projetos como o de Silvicultura em parceria com o Parcintec. A AGO é obrigatória e deve ocorrer no primeiro trimestre do ano. É na assembléia que são apresentadas as contas do exercício, os cooperados decidem o destino das sobras apuradas, elegem novos conselhos, fixam os valores de pró-labore de diretores e cédulas de presença de conselheiros e avaliam possíveis investimentos, expansões ou financiamentos. A transparência marcou a apresentação das contas deste exer-

Cooperado assina livro de presença

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Capa

cício, que foram acompanhadas dos pareceres da auditoria externa e do conselho fiscal, sendo que as contas do Balanço foram aprovadas por unanimidade pelo plenário. As sobras do ano de 2008, que alcançaram o total de R$ 6.470.126.00 foram colocadas à disposição dos cooperados para que pudessem destinar o valor. Após a apresentação de várias propostas, ocasião em que os cooperados puderam tirar dúvidas e expressar as suas opiniões, ficou definido por maioria de votos, que R$ 5,2 milhões deverão ser destinados para o fundo de reserva, sendo que, parte deste montante será destinado

Balanço é aprovado por unanimidade

para benefícios na armazenagem da safra 2009/2010. O restante, mais de R$ 1,27 milhões, será dividido entre os cooperados em forma de crédito nas lojas. A última deliberação do dia, foi a escolha dos novos conselheiros fiscais, que atuarão até março de 2010, quando nova votação será realizada. Após a contagem dos votos, os novos membros do Conselho Fiscal foram empossados e o presidente da cooperativa, Sr. Maurício Miarelli, agradeceu o empenho dos conselheiros fiscais que deixaram o cargo, enfatizando a árdua fiscalização e o comprometimento com os trabalhos desenvolvidos em 2008.

Motomu Shirota expressa situação do cafeeicultor cooperado

Conselho Fiscal Eleito pela Assembléia Efetivos Renato Antônio Cintra Donizeti Moscardini Cyro Antonio Ramos Suplentes Marcos Antonio Tavares José Maurício Alves Garcia Fábio de Assis Coelho

Conselho Fiscal eleito na AGO

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Capa

Anselmo Magno de Paulo, Gerente Depto. Café, apresenta resultados do setor

Cocapec permanece firme Em 2008 a Cocapec apresentou, novamente, crescimento no quadro social, cujo número de cooperados passou de 1.790 para 1.871 no ano. Apesar do mercado internacional de café não ter sido totalmente desfavorável ao setor, o preço do café não atingiu melhores preços em função da nossa moeda, o Real, estar muito valorizado frente ao Dólar. No entanto, a crise financeira que estourou nos Estados Unidos, a partir de setembro, trouxe dificuldades. Mesmo assim, a Cocapec permaneceu firme na busca incessante por oportunidades de novos negócios, o que tem sido uma constante dentro do processo de comercialização da cooperativa, com o objetivo de alcançar

os melhores negócios e prestar melhores serviços aos cooperados. Também é importante ressaltar, o aumento expressivo das negociações de operações de Venda Futura de café, que atenderam grande parte dos cooperados, garantindo-lhes melhores preços por saca em relação ao mercado vigente na data do recebimento destas. Além disso, através da aquisição antecipada de fertilizantes e defensivos, a cooperativa proporcionou aos seus cooperados o repasse dos mesmos em forma de Troca por café, o que fez com que os cooperados não percebessem tanto, a alta expressiva dos preços destes insumos, principalmente, fertilizantes.

Revista COCAPEC - Março / Abril 2009 Cooperados acompanham a apresentação dos resultados

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Capa

Veja os vários momentos da AGO

Ricardo Lima de Andrade, Diretor Secretário, abre AGO

Marcos Goulart, Contador, apresenta Balanço Patrimonial

Cooperado apresenta proposta para destino de sobras

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Revista COCAPEC - Março / Abril 2009

Cooperados acompanham as apresentações

Cooperado apresenta proposta para destino de sobras

Cooperados votam para a escolha de novo Conselho Fiscal

Cooperados votam para a escolha de novo Conselho Fiscal


GIS

Cocapec vai aos Estados Unidos Coordenador do GIS / Cadastro conhece sistema de estimativa agrícola americano Victor Ferreira Coordeandor GIS/Cadastro

Em fevereiro de 2008, a Cocapec recebeu Tony Halstead, analista de café do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que se interessou pela metodologia de estimativa de safra de café utilizada pela Cocapec, um processo pioneiro no Brasil, pois utiliza tecnologia de geoprocessamento e técnicas de campo. Após a visita de Halstead, houve o interesse do governo americano em debater estas questões com um grupo de brasileiros ligados à cultura do café. Surgiu daí, o convite para um grupo de brasileiros participarem do Programa Internacional de Estatística Agrícola, promovido pelo USDA. As reuniões ocorreram nas cidades de Washington DC e Orlando/Flórida, entre 30 de março a nove de abril. O programa tem como objetivo promover debates entre temas relacionados a estatísticas agrícolas, principalmente sobre técnicas empregadas em previsões de safras. A Cocapec, convidada a fazer parte deste evento, foi representada pelo Coordenador de GIS / Cadastro, Victor Ferreira, que também é responsável técnico da Previsão de Safra de café da Cocapec. O grupo contou ainda com dois agrônomos da Cooxupé, Alexandre Monteiro e Eder Santos, com Guilherme Nastari da Datagro, empresa de consultoria em açúcar e álcool e o agrônomo Sergio Barros do consulado americano em São Paulo e responsável por levantar os dados de café e outras culturas, para o governo americano. O grupo foi conduzido por Roger Beinhart, do setor de Programas Internacionais e responsável pela agenda dos visitantes. Através dos contatos de Beinhart, o grupo recebeu várias informações, desde conhecimentos relacionados a estrutura governamental americana, a técnicas utilizadas de previsão de safra de diversas culturas e até métodos de divulgação

desses números. O departamento de agricultura americano possui uma subdivisão chamada Serviço de Estatística Agrícola Nacional (NASS), responsável em elaborar e divulgar os dados estatísticos da agricultura americana. Os brasileiros tiveram a oportunidade de participar de uma das quatro divulgações dos números de previsão das principais culturas americanas, milho, soja, trigo e algodão, destacando o profissionalismo e a seriedade que tratam estas informações, já que estava presente nessa reunião, o próprio ministro da agricultura dos Estados Unidos. O grupo pode perceber a necessidade da formação de uma parceria entre USDA e Conab, não apenas na área de café, mas para a agricultura brasileira como um todo. Segundo o Sr. Gerald A. Bange, responsável pelas previsões de safras mundiais, a Conab é um órgão que está crescendo e acumulando históricos de dados confiáveis, tendo condições para desenvolver métodos de previsão de safra, pois possui estreita relação com as cooperativas, órgões estaduais e empresas da iniciativa privada. Segundo ele, já existe um estreitamento de relações entre a Conab e USDA, mas a troca de informações ainda acontece de forma lenta. As reuniões realizadas permitiram compreender que os americanos estão abertos para discutir novas idéias e transmitir suas experiências. Além disso, possuem em mãos, informações mercadológica reais. Estes encontros possibilitaram aos brasileiros entenderem que o Brasil caminha certo, pois utiliza recursos semelhantes aos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, porém em escala menor. Para construir uma base de dados rica como a do USDA, são necessários vários anos de informações consistentes e de boa qualidade, essencial para a tomada de decisão. Revista COCAPEC - Março / Abril 2009

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4C

4C anuncia primeiros resultados mundiais Cocapec representa cafeicultura brasileira e mundial na Alemanha

Plaucius de Figueiredo Seixas Coordenador de Operações Café

A associação 4C anunciou em fevereiro de 2009, os resultados do seu primeiro ano de atividades (ano café 2007/2008). Durante esse período 33 unidades 4C em 21 países foram verificadas, dentre elas estão propriedades agrícolas, cooperativas e exportadores, que juntos representam um potencial de produção de aproximadamente 4,5 milhões de sacas de 60 kg, correspondente à 3,8% da produção mundial de café. A associação 4C, representada por seu Secretariado, vem analisando esses dados e todos os demais resultados, obtidos até o momento, para desenvolver o planejamento estratégico associação para o futuro. Para isso, grupos estratégicos de trabalho (foto ao lado) foram formados, sendo compostos pelo Secretariado da associação e por alguns membros convidados do 4C que representam as três Câmaras (Produtores, Comércio e Indústria e Sociedade Civil) da associação. O primeiro encontro desse grupo, ocorreu nos dias 3, 4 e 5 de março de 2009 em Bonn na Alemanha. A Cocapec foi convidada, com muito orgulho, para representar a cafeicultura brasileira e mundial pela Câmara dos Produtores, compondo o grupo junto a representantes de outras organizações. A reunião teve como objetivo principal a troca de experiências entre os participantes dos diferentes setores da cadeia produtiva de café, dando início ao desenvolvimento do planejamento estratégico do 4C que vigorará até 2015. A Diretoria da Cocapec visualizava desde o início, quando a cooperativa aderiu à associação 4C, a oportunidade de nos sentarmos à mesa com os maiores torradores de café do mundo, fato que se concretizou nessa ocasião. A troca de experiências e informações com 16

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Representantes da Câmara dos Produtores: Plaucius de Figueiredo Seixas - Cocapec, Nicolas Rueda da Federación Nacional de Cafeteros de Colômbia, Rachel Kamande - EAFCA – Eastern African Fine Coffees Association. Representantes da Câmara de Comércio e Indústria: Mark Furniss – Volcafe, Börs Brita Westelius e Victor Gfeller - Kraft Foods, Cornel Kuhrt – Tchibo e Stefanie Miltenburg - SaraLee. Representantes da Câmara da Sociedade Civil: Frank Mechielsen - Oxfam Novib e Albrecht Schwarzkopf - CIR, Jochen Krebühl GTZ - Programme Office for Social and Ecological Standards. Secretariado 4C: Melanie Rutten, Annete Pensel, Cao Than Van, Lars Kahnert e Martin Meyer.


4C

os membros do Comércio, da Indústria e da Sociedade Civil, foi muito importante, pois essa interação nos proporcionou um melhor entendimento do posicionamento desses membros. Ficou mais claro quais são suas expectativas e visões para com o 4C, além das tendências dos mercados consumidores e o posicionamento do Secretariado. As reuniões, no geral, foram extremamente produtivas, como produtores, deixamos visível nosso processo produtivo, nossas dificuldades e expectativas em relação à associação. Nestas ocasiões, ainda apresentamos o trabalho desenvolvido Plaucius de Figueiredo Seixas apresenta resultados do trabalho desenvolvido pela Cocapec ao grupo de estudos pela Cocapec junto aos seus cooperados participantes do programa e abordamos nos- trabalhando em prol deles. Além disso, foi mencionasas experiências em relação à implantação e condução da a importância do envolvimento dos nossos produdo 4C. Apresentamos os resultados do diagnóstico tores, parte integrante do processo e ponto chave para que realizamos em 2008 e os dados chamaram a aten- o sucesso da metodologia de melhoria contínua. ção de todos os participantes. O que demonstra que Uma segunda reunião ocorrerá no final do esta é uma experiência inovadora, dando-nos maior mês de abril para dar continuidade ao trabalho. Além credibilidade para negociar futuramente nossos ca- dessas reuniões, aproveitamos a viagem para nos reufés. nirmos com potencias compradores de cafés produ Também ficou visível o quão preocupado es- zidos de acordo com os critérios exigidos pelo 4C, tamos com nossos cooperados e o quanto estamos “cafés responsáveis”.

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Bunge e Cocapec realizam mini Dia de Campo Evento apresentou as vantagens na utilização de fertilizantes líquidos

Com intuito de mostrar a prática da aplicação de fertilizantes líquidos, a Bunge realizou em parceria com a Cocapec, um mini dia de campo no Sitio São Francisco em Jeriquara, propriedade do cooperado Fernando Sarreta. O uso dos fertilizantes líquidos no Brasil cresce ano a ano, sen-

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Revista COCAPEC - Março / Abril 2009

do que o café está entre as culturas de maior uso deste tipo de produto. Na região de Franca, a Bunge Fertilizantes S/A vem desenvolvendo um trabalho em parceria com a Cocapec e seus cooperados. A Bunge além de fornecer o equipamento aplicador e assistência técnica em comodato, e realiza as entregas de acordo com as

programações dos cooperados. O evento destacou as vantagens do uso deste fertilizante aos 50 produtores que estiveram presentes no Dia de Campo. De acordo com a Bunge, o produto possibilita menor utilização de mão-de-obra, aplicação uniforme dos micronutrientes, menor custo de armazenagem dos produtos, maior autonomia dos equipamentos aplicadores, versatilidade nas formulações e compatibilidade com defensivos. A Bunge foi representada pelos senhores Riolando Cozzo, Coordenador Regional, José Roberto Bueno Netto, Supervisor e Antonio José de Almeida, R.C. da empresa. Estiveram presentes também, a equipe técnica da Cocapec, o Gerente Comercial, José Alencar Coelho Junior e José Roberto Flávio, Coordenador do Setor de Insumos.


Departamento de Insumos O departamento de insumos da Cocapec, atende o cooperado de forma ampla através de ferramentas que facilitam a compra de fertilizantes e defensivos agrícolas. Para aquisição de produtos, o cooperado conta com várias modalidades de comercialização: - Venda em curto prazo; - Recoop 1ª fase – apenas para a compra de fertilizantes; - Troca de café por insumos; - Financiamentos através de Crédito Rural; - Recoop 2ª fase – para a compra de qualquer mercadoria da loja.

O prazo de resposta para os pedidos de financiamento (repasse de crédito rural) ou de troca por café, é de no mínimo de cinco dias. Durante este período, ocorre a análise do comitê de avaliação de crédito e havendo a liberação, o cooperado deve entregar as documentações necessárias, devidamente assinadas e ou registradas. A partir daí, fica liberada a retirada das mercadorias. Ex.: NPR’s (Nota Promissória Rural) e CPR’s (Cédula de Produto Rural). Para conhecer sobre cada modalidade, entre em contato com os nossos vendedores.

Equipe de vendas: José Roberto Flávio, Valmir Souza, Dinei Silva, José de Alencar Coelho Jr. e Marcos Gamba

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Gestão administrativa apresenta para AGO sobras no valor de R$ 2.2 milhões, referente ao exercício 2008 A Credicocapec realizou a AGO no dia 19 de março de 2009, com a presença de 147 cooperados, que tiveram a oportunidade de questionar e avaliar os resultados do exercício, Balanço Patrimonial, Demonstrações Financeiras, Sobras e Propostas. Presidida pelo Diretor Presidente, José Amâncio de Castro, a mesa foi composta pelo Sr. Carlos Yoshiyuki Sato – Diretor Administrativo, Sra. Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Diretora de Crédito Rural, Sr. Wanderley Cintra Ferreira, Sr. Ismar Coelho de Oliveira, Sr. José Henrique Mendonça e Sr. Niwaldo Antônio Rodrigues – Conselheiros Administrativos; Sr. Albino João Rocchetti, Sr. João José Cintra e Sr. Renato Antônio Cintra – Conselheiros Fiscais, Sr. David de Andrade

– Diretor Executivo do Sicoob Central Cocecrer-SP – Cooperativa Central de Crédito Rural do Estado de São Paulo e o Sr. Hélio Mazzi Júnior, Auditor da Moore Stephens Prisma Auditores e Consultores. Foi apreciado o Balanço Patrimonial e Demonstrações financeiras, conferindo a sobra no valor de R$ 2.235.126,00 da qual, destinou-se 5% para o FATES e 10% para o Fundo de Reserva Legal. Das sobras líquidas R$ 1.899.857,10, a AGO apoiou e referendou o ato do Conselho de Administração, destinando 50% para o Capital Social dos cooperados proporcionalmente às suas operações financeiras na cooperativa, e aprovou a proposta do mesmo Conselho destinando 50% para Reserva Legal. A Diretoria salientou que

Cooperados assistem atentos à apressentação

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uma Cooperativa de Crédito é uma Instituição Financeira, porém não é uma empresa privada, e portanto, para dirigi-la são necessárias estratégias diferenciadas, pois o cooperado é dono e também cliente e salientou que a Cooperativa além de ser economicamente viável, deve agir em benefício dos cooperados. Também fez referência à crise financeira iniciada nos Estados Unidos, enfatizando que a Credicocapec manteve seu foco no associado, atendendo-o e dando suporte em seus negócios e necessidades, pulverizando seus recursos e se fortalecendo ainda mais para o bem estar econômico e social dos seus cooperados. Mesmo diante do cenário conturbado, a Credicocapec liberou o montante de R$ 66.522.030,81, em operações de empréstimos, o que evidencia aumento de 44% com relação a 2007. O Patrimônio Líquido no valor de R$ 15.548.488,44, composto por 50% de Capital Social e 50% de Reserva Legal, revela segurança aos cooperados. Foi eleito o Conselho Fiscal, que deverá tomar posse após homologação pelo Banco Central. Para membros efetivos: Amilcar Alarcon Pereira, Giane Bisco, Renato Antônio Cintra, para membros suplentes: Gesiel Roberto Pereira, Divino de Carvalho Garcia, Marcos Antônio Tavares.


BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/2008 (em reais) ATIVO

2008

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2008

CIRCULANTE

76.754.857

CIRCULANTE

57.229.793

Disponibilidades Caixa Depósitos Bancários Relções InterĮnanceiras Centralização Įnanceira Operações de Crédito Operações de crédito - Setor privado (-) Provisão para operações de crédito Outros créditos Rendas e ơtulos e créditos a receber

339.324 339.219 105 36.823.233 36.823.233 39.578.790 40.055.286 (476.496) 13.510 154

Depósitos Depósitos à vista Depósitos a prazo Obrigações por emprésƟmos e repasses InsƟtuições oĮciais do País Outras obrigações Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Diversas NÃO CIRCULANTE

45.184.594 5.267.415 39.917.179 9.557.710 9.557.710 2.487.489 1.180.056 55.754 1.251.679 10.001.781

Devedores diversos NÃO CIRCULANTE

13.356 5.075.276

Exigível a longo prazo Depósitos

10.001.781 27.524

Realizável a longo prazo Operações de crédito Operações de crédito - Setor privado (-) Provisão para operações de crédito Outros créditos Depósitos judiciais

2.558.318 2.162.808 2.176.305 (13.479) 395.510 395.510

Depósito a prazo Obrigações por emprésƟmos e repasses InsƟtuições oĮciais do País Outras obrigações Fiscais e previdenciárias PATRIMÔNIO LÍQUIDO

27.524 9.578.747 9.578.747 395.510 395.510 14.598.559

Permanente 2.516.958 InvesƟmentos 2.369.332 ParƟcipação em cooperaƟva central de crédito 2.222.514 ParƟcipação em insƟtuição Įnanceira 142.818 Outros invesƟmentos 4.000 Imobilizado de Uso 147.626 Móveis e equipamentos de uso 59.423 Sistema de comunicação 4.122 Sistema de segurança 14.916 Sistema de processamento de dados 69.165 TOTAL DO ATIVO 81.830.133

Capital social Reserva legal Sobras acumuladas

7.035.454 6.613.176 949.929

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 81.830.133

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Novidade A partir desta edição, a Revista Cocapec divulgará a média mensal do preço de café arábica de acordo com o índice Esalq/BM&F. Também passaremos a divulgar o índice pluviométrico dos últimos dez anos, de acordo com dados coletados na matriz em Franca e o mapa de precipitação pluviométrica do estado de São Paulo, segundo os dados do IAC.

Fonte: Instituto Agronômico de Campinas

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