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EDITORIAL .....

Em 25 de março, fui eleito presidente juntamente com Carlos Sato, vice, e Ricardo Andrade, secretário, para dirigir a Cocapec. E, desde então, esta é a primeira oportunidade que se abre para que eu possa me dirigir a todos os cooperados, desde que assumi minhas obrigações na Cocapec. Na ocasião em que aceitei o convite para concorrer a este cargo, fiz ciente da grande responsabilidade que teria pela frente, afinal, a nossa cooperativa representa mais 1.900 associados, além de ser referência nacional pela sua probidade, respeito, confiabilidade e solidez. É notório o fato de que a Cocapec alcançou grande desenvolvimento nos últimos anos. Isto fica evidente quando analisamos o crescente aumento no quadro social ocorrido em menos de uma década, bem como é patente o crescimento de depósito de cafés em nossos armazéns e, ainda, a ampliação destes para atender a todos. Também chama a atenção a quantidade de insumos demandados pelos cooperados através da compra antecipada, realizada para que os produtores e a cooperativa possam estar preparados. Destaco aqui, com grande prazer, a distribuição de sobras que tem sido realizada desde 2006, através de créditos em nossas lojas para os associados e aumento da conta de capital social. Creio que nada acontece por acaso, e entre os motivos deste desenvolvimento, um eu considero primordial, a condução efetiva e competente que teve a nossa cooperativa, sobretudo e mais precisamente, nos últimos oito anos, que teve à sua frente Maurício Miarelli como presidente. Aproveito este ensejo do primeiro editorial após minha posse, para, em nome dos cooperados, colaboradores, diretoria executiva e conselhos administrativo e fiscal, render homenagens pela dedicação, competência e fidelidade do meu antecessor na presidência, que inegavelmente é um dos principais responsáveis pelo dinamismo vivido pela cooperativa nestes últimos anos. Espero corresponder a este legado e à confiança em mim depositada pelos cooperados através de dedicação, honestidade e trabalho e, para tanto, conto com a ajuda dos co-responsáveis pelo sucesso da administração anterior, Carlos Sato e Ricardo Andrade. E conclamo os cooperados e colaboradores a se manterem fiéis e participativos, para que a Cocapec continue trilhando este caminho de sucesso.

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COCAPEC, UM LEGADO DE RESPONSABILIDADE

João Alves de Toledo Filho Presidente da Cocapec


Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho – Diretor-presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administração Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal Cocapec Cyro Antonio Ramos Jesuel Justino Gomes Ricardo Nunes Moscardini

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

ÍNDICE AGO

Cocapec realiza Assembleia Geral Ordinária ..................................................... 5

Filiais Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400 Serra Negra: (19) 3892-7099

Diretoria Executiva Credicocapec Mauricio Miarelli - Dir. Presidente José Amâncio de Castro - Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal Credicocapec

SOCIAL

Modelo cooperativista demonstra amadurecimento ..................................................... 8

CAFÉ E ALGO MAIS

Quando o café deixa de ser somente uma bebida e se torna algo mais

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Donizeti Moscardini João José Cintra Renato Antônio Cintra

Credicocapec Fone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

NÃO ESQUEÇA ESSA DATA

Utilize a água com responsabilidade 27 ....................................................

Coordenação Eliana Mara Martins

Núcleo de Criação Comunicação/MKT COCAPEC

Diagramação Ideia Fixa Publicidade e Propaganda Apoio Gráfico / Fotos Marcelo Siqueira

AGO CREDICOCAPEC

Cooperativa de crédito rural elege nova diretoria 36 .....................................................

Redação Luciene Reis / Tássia Inácio

Revisão Nathalia Maria Soares

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.500 exemplares Home Page www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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CAPA SIMCAFÉ Simpósio reúne 800 pessoas e difunde novos conhecimentos e tecnologias

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AGO

COCAPEC REALIZA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA AGO elege nova diretoria e distribui sobras de quase R$ 11 milhões

Denise Resende Secretária da Diretoria

Foi realizada no último dia 25 de março, a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Cocapec. É na Assembleia que os associados exercem seus direitos como cooperado, há a apresentação das contas do exercício, destinação das sobras, fixação de valores de pró-labore e cédulas de presença dos conselheiros, avaliação de possíveis investimentos e eleição de novos conselheiros. Neste ano a AGO registrou a presença de 400 cooperados vindos das filiais de Capetinga/MG, Claraval/MG, Ibiraci/MG, Pedregulho/SP e Serra Negra/SP. Houve ainda a eleição da nova Diretoria Executiva com mandato de 2010 a 2014. Apresentando um excelente resultado contábil, a Diretoria da Cocapec participou ativamente das reuniões préassembleias realizadas durante o mês de março nos comitês educativos nas filiais mineiras e paulistas, apresentando e debatendo os resultados do exercício de 2009 e propondo os novos investimentos para 2010. Durante a AGO, Mauricio Miarelli apresentou todo trabalho desenvolvido em seus dois mandatos, destacando desde dias de campo, comitês educativos, projetos sociais até a especialização em Gestão do Agronegócio Café.

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AGO

Diretores encerram mandatos apresentando excelentes resultados da cooperativa Assembleia aprova o Relatório de Exercício de 2009

Miarelli é homenageado pelo colaborador Márcio Veloso

Cooperados escolhem novos conselheiros administrativos e fiscais

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A primeira deliberação do dia, de acordo com edital de convocação da AGO, foi a prestação de contas do Conselho de Administração, acompanhada pelos pareceres favoráveis da Auditoria Externa e do Conselho Fiscal, além da aprovação das contas pela Assembleia. As sobras do exercício de 2009, que alcançaram o total de quase R$ 11 milhões, foram colocadas à disposição dos cooperados, para que estes decidissem a destinação dos valores. Após a discussão de pontos importantes e referentes à destinação das sobras, o plenário aprovou pela maioria de votos a proposta do conselho administrativo, em que o montante será distribuído entre novos investimentos, manutenção de programas já existentes, créditos nas lojas para os cooperados e aumento do capital social. O ex-presidente Mauricio Miarelli foi homenageado pela vida dedicada ao cooperativismo, e em especial à Cocapec, recebendo uma placa que marca seu nome na história da cooperativa. Carlos Sato e Ricardo Lima de Andrade destacaram a importância de Miarelli na vida da Cocapec e agradeceram pela atuação exemplar como líder cooperativista e colega de diretoria. Para o próximo quadriênio, os cooperados elegeram os novos membros da Diretoria Executiva, que passou a contar com o estreante João Alves de Toledo Filho, como presidente da Cocapec, além dos veteranos Carlos Yoshiyuki Sato, vicepresidente e Ricardo Lima de Andrade, diretor-secretário. A Assembleia também elegeu o novo Conselho de Administração que acompanhará a Diretoria pelos próximos quatro anos e ainda o Conselho Fiscal, com mandato de um ano. Após a apuração dos votos, Mauricio Miarelli empossou os novos membros da Diretoria, Conselho Administrativo e Conselho Fiscal, agradecendo os trabalhos da mesa eleitoral e desejando que a nova administração seja bem sucedida e continue promovendo o desenvolvimento da Cocapec.

Minha responsabilidade aumenta ainda mais por substituir alguém que teve uma administração tão brilhante como o Mauricio, mas conto com a experiência dos meus dois companheiros de diretoria para continuar este excelente trabalho que está sendo desenvolvido em nossa cooperativa declara João Toledo.


AGO

Diretoria Executiva

DIRETORIA EXECUTIVA Ricardo Lima de Andrade – Diretor-secretário João Alves de Toledo Filho – Diretor-presidente Carlos Yoshiyuki Sato – Diretor vice-presidente

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Efetivos João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Amílcar Alarcon Pereira Giane Bisco Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça

Conselho Administrativo Efetivo

Suplentes Zita Cintra Toledo Hélio Hiroshi Toyoshima Tarlei Neves de Castro

CONSELHO FISCAL Efetivos Ricardo Nunes Moscardini Cyro Antonio Ramos Jesuel Justino Gomes Suplentes Marcos Antonio Tavares Reinaldo Gomes da Cunha Milton Melo Silveira Nomes na ordem em que as pessoas se encontram nas fotos, da esquerda para direita

Conselho Fiscal Efetivo Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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SOCIAL

MODELO COOPERATIVIS AMADURECIMENTO Em 2009, número de empregos gerados cresceu 7,71% e de associados, 4,62%

O cooperativismo brasileiro fechou 2009 mantendo seu processo de amadurecimento em curso há alguns anos. Comprova este comportamento o aumento de associados (4,62%) e de empregos gerados (7,71%). No mesmo período, houve redução no número de cooperativas (-5,48%). “Os indicadores mostram a dinâmica do cooperativismo e sua visão em buscar alternativas e oportunidades num período pós-crise. Para mitigar as dificuldades e se fortalecerem, ganhando 8

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mercado e escala, as cooperativas optaram pelo processo de aglutinação, o que é uma tendência do profissionalismo da gestão. A redução no número de cooperativas reflete esse processo, mas, ao mesmo tempo, como observado em outros setores, indica também as consequências geradas pela crise financeira internacional”, analisa o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Para Lopes de Freitas, a aglutinação demonstra que


SOCIAL

STA DEMONSTRA a diversidade pode alavancar negócios comuns e que é adaptável a cada segmento. Essa capacidade de se adequar aos diversos modelos está expressa na variedade de ramos que reduziram em número de cooperativas em 2009 comparado a 2008: Habitacional (- 25,59%), Trabalho (- 19,36%) e Consumo (- 7,25%). Quanto ao crescimento do número de associados, vale ressaltar a participação do ramo Crédito, com o aumento de 8,76%, o que representa um total de praticamente 282 mil

novos cooperados. Para o contingente de empregados, registraram maiores percentuais de aumento os ramos Educacional (24,7%), Produção (20,23%) e Saúde (18,20%). Na curva de queda no número de cooperativas, o ramo Trabalho foi um dos principais responsáveis. Neste caso, a situação era prevista pela OCB que observou, durante o período, mais rigor do Ministério Público do Trabalho em relação a este setor cooperativo.

COOPERATIVAS MANTÉM FATURAMENTO

Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB

Em 2009, o faturamento das cooperativas brasileiras chegou ao valor bruto de R$ 88,5 bilhões frente aos R$ 88,73 bilhões de 2008, com uma pequena redução de 0,26%, após três anos consecutivos de alta, reflexo da crise financeira mundial. “O cooperativismo conseguiu contornar esse período mantendo praticamente a mesma movimentação financeira do ano anterior, mas também deixou de faturar, já que era previsto um crescimento de 10% para 2009”, diz Lopes de Freitas. Praticamente todos os ramos econômicos tiveram crescimento em relação a 2008, apenas o agropecuário - que representa em torno de 80% do valor global das cooperativas –

experimentou uma tímida retração como consequência da crise. Chegou ao final do ano com uma redução nos valores exportados de 9,5%, em função do valor das commodities. Mesmo assim, comparado com a evolução do mercado brasileiro, conseguiu um desempenho melhor já que o país retraiu 22,71%. “Esse fato demonstra que em relação à crise, o modelo cooperativista apresentou mais robustez e uma melhor relação com os mercados não tradicionais como a Síria, estando mais bem preparado para a esperada retomada do crescimento em 2010”, analisa o presidente da OCB. O crescimento do comércio com a Síria que, em 2009, atingiu valores exportados 1098,73% superiores a 2008, representou um valor total de US$ 33,75 milhões. O açúcar de cana foi responsável por 68,67% desse montante. Em 2009, segundo estudo elaborado pela Gerência de Mercados da OCB, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC), as cooperativas brasileiras exportaram um total de US$ 3,63 bilhões, frente a US$ 4,01 bilhões em 2008, com uma redução de 9,5%. No mesmo período, o Brasil registrou queda de 22,71%. Sobre as quantidades, foi registrado um pequeno aumento de 0,2%, com um total de 7,09 milhões de toneladas no ano passado e 7,07 milhões em 2008. No ano passado, os principais mercados de destino dos produtos de cooperativas brasileiras foram, em primeiro lugar, a Alemanha, respondendo por 10,13% das exportações em um total de US$ 367,33 milhões. Em seguida, a China, responsável por 9,73% das exportações ou US$ 352,89 milhões. Logo atrás, compraram mais os Países Baixos com 7,86% do montante exportado e US$ 285,17 milhões, os Emirados Árabes Unidos que importaram 7% do total o que representou US$ 253,97 milhões, a Índia com 5,88% das exportações e a França respondendo por 4,78%. Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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SOCIAL

Na curva descendente de relações comerciais com cooperativas ficaram Itália, Rússia, Japão e Espanha. A retração de valores comercializados com a Itália se deve principalmente à queda no comércio de café (-49,60%) e de soja (-53,23%), e com a Rússia observou-se uma redução no comércio de açúcar (-51,74%) e de suínos (-28,36%). No caso do Japão, a queda foi originada no comércio de carne de aves (-47,71%), e com a Espanha caiu em 100% a comercialização de soja. Os Estados Unidos apresentaram significativo decréscimo na participação dos valores exportados pelas cooperativas (-66,89%), fato explicado pela redução de 83,31% nas compras de álcool.

O setor sucroalcooleiro mostrou maior importância entre os produtos exportados por cooperativas no ano passado, totalizando US$ 1,16 bilhão frente às vendas externas de US$ 1,08 bi em 2008 (aumento de 7,88%). O complexo soja se destacou negativamente a partir da queda de 10,9% na quantidade de produtos. Justifica principalmente a retração nos preços das commodities em 2009, afetando a rentabilidade de outros setores. Foi observada também uma redução de 4,33% da quantidade exportada de carnes entre os dois períodos analisados. Explicam as quedas de -49,44% de carne bovina e -6,56% do volume de aves comercializadas, sendo o índice mantido pelo bom desempenho da carne suína de 9,63%.

OCB PREVÊ BOAS PERSPECTIVAS PARA 2010

NÚMEROS

“Embora a balança comercial do cooperativismo tenha retraído 4,03% em relação ao ano anterior, a tendência é que ela volte a crescer em 2010 em função da estabilização da economia mundial, e consequente retomada da demanda por energia e crescente necessidade por alimentos”, aposta Lopes de Freitas. Segundo projeção da Gerência de Mercados da OCB, o ritmo de incremento na demanda por alimentos do mundo, com destaque para as carnes, promoverá oportunidades para o Brasil, com ênfase ao Sistema Cooperativista Brasileiro. Para ampliar a participação das cooperativas brasileiras no mercado internacional serão necessários mais esforços do governo, o que inclui o apoio aos produtores rurais e cooperativas, investimentos em infraestrutura (modais de transporte, portos e sistemas de armazenamento), redução da carga tributária e melhorias do sistema de seguro nas modalidades rural e renda. Além desses fatores, o Brasil deve priorizar os acordos

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7.261 cooperativas 274.190 empregos diretos 8.252.410 de associados 5,39 % do PIB nacional R$ 88,5 bilhões de faturamento US$ 3.63 bilhões em exportações 7,09 milhões de toneladas exportadas

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comerciais, buscando pela queda de barreiras comerciais, de modo a ampliar mercados para uma parcela considerável dos países emergentes. Outra ação necessária, em âmbito governamental, é a mitigação de riscos na agropecuária, com destaque para o seguro rural, fundo de catástrofe e para a garantia de preços de venda acima dos atuais custos de produção. “O trabalho da OCB vai continuar e cada vez mais intenso no que diz respeito às ações que possibilitem maior visibilidade das cooperativas e seus produtos aos mercados potenciais, como participações em eventos internacionais de mercados afins, missões a países e regiões de maior potencial de expansão, assim como em países de mercados tradicionais visando consolidá-los”, conclui o presidente da organização. Estudo elaborado pela Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

OCB Organização das Cooperativas Brasileiras


OPINIÃO

“VIDA E ECONOMIA” NO COOPERATIVISMO

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OPINIÃO

A Campanha da Fraternidade 2010 é a confirmação do posicionamento das igrejas cristãs, condenando a desigualdade social, a predominância do lucro sobre o trabalho. É o chamado para a urgência de encontrarmos o modelo que permita o crescimento sustentável do país, criando oportunidades de desenvolvimento para todos.

“VIDA E ECONOMIA” NO COOPERATIVISMO Edivaldo Del Grande Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp)

O cooperativismo iniciou o ano de 2010 com vigor renovado pelo tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2010, “Vida e Economia”. O documento escrito pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), que traduz o lema, objetivos e estratégias da campanha que se estendeu por todo o ano, é uma defesa da economia solidária, com distribuição de renda justa e valorização da pessoa. Em boa parte, a CFE traduz a atividade cooperativista. Não é de hoje que expoentes da Igreja defendem formas de organização econômica que em muito se assemelham ao cooperativismo. Em 1891, sensibilizado pelas más condições dos trabalhadores, o Papa Leão XIII publicou a Encíclica Rerum Novarum, motivado pelo fato de que a Igreja, defensora da dignidade e integridade da vida, não poderia mais ignorar as relações de trabalho desumanas. O documento propunha a reforma do capitalismo, tornando-o mais humano pela harmonização do capital/trabalho, ao mesmo tempo em que defendia a propriedade privada. Essa encíclica suscitou a produção de novos estudos, fazendo a questão social figurar definitivamente entre as preocupações eclesiais. Em 1931, o Papa Pio XI escreveu a encíclica Quadragesimo Anno. Em 1961, João XXIII publicou a Mater et Magistra e, em 1991, o Papa João Paulo II, considerado um dos mais populares da história, divulgou a encíclica Centesimus Annus. Esses documentos, somados ao texto de Leão XIII, levaram à chamada Doutrina Social da Igreja, que determina a postura da instituição frente aos desequilíbrios e injustiças sociais. A Campanha da Fraternidade 2010 é a confirmação do posicionamento das igrejas cristãs, condenando a desigualdade social, a predominância do lucro sobre o trabalho. É o chamado para a urgência de encontrarmos o modelo que 12

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permita o crescimento sustentável do país, criando oportunidades de desenvolvimento para todos. É nesse contexto de convergência que o cooperativismo se apresenta. O documento produzido pelo Conic traz três itens sob o tópico “estratégias”: 1) “Denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar ao lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte”; 2) “Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e valorização da vida como o bem mais precioso”; e 3) “Conclamar as igrejas, as religiões e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem à implantação de um modelo econômico de solidariedade e justiça para todos”. Independentemente de preceitos religiosos, o fato é que a essência dessa proposta em muito se identifica com os princípios do cooperativismo, que tem seu modelo econômico baseado no trabalho cooperado, na distribuição de renda mais justa e no desenvolvimento social de seus membros e, por consequência, da comunidade onde estão inseridos. Pesquisa da USP de Ribeirão Preto indica que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é maior em municípios que contam com a atuação de cooperativas. O cooperativismo brasileiro é uma experiência vitoriosa, mas conhecida por poucos. Situação diferente ocorre em países desenvolvidos, onde o cooperativismo tem grande importância nas relações econômicas e sociais, como é o caso do Canadá, da Itália, Alemanha, Estados Unidos. Por isso, um dos maiores desafios do setor cooperativista brasileiro é se tornar conhecido e respeitado e, com isso, permitir que mais e mais pessoas possam usufruir de seus benefícios. A Campanha da Fraternidade é, sem dúvida, um impulso importante para sensibilizar um maior número de pessoas para essas questões, que há 166 anos são a “alma” do cooperativismo.


CAFÉ E CONSUMO

BRASIL CONSOME 18,39 MILHÕES DE SACAS DE CAFÉ EM 2009 Consumo nacional supera expectativas da Abic, crescimento é de 4,15% se comparado a 2008 O consumo de café no Brasil em 2009 aumentou 740 mil sacas e saltou de 17,6 5 milhões, em 2008, para 18,39 milhões de sacas. Esse crescimento de 4,15% superou até mesmo as expectativas iniciais da Abic - Associação Brasileira da Indústria de Café, que era de elevar 3%. Esses resultados partem do estudo “Indicadores da Indústria de Café no Brasil/2009 - Desempenho da Produção e Consumo Interno”, elaborado pela Área de Pesquisas da entidade e que analisa os dados do período compreendido entre novembro/2008 e outubro/2009. O consumo per capita foi, em 2009, de 5,81 kg de café em grão cru, ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros por pessoa por ano, registrando uma evolução de 3% em relação ao período anterior. Os brasileiros estão consumindo mais xí-

caras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares, os cafés ‘espressos’, cappuccinos e outras combinações com leite. O estudo da Abic mostra que este resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha (5,86 kg/ hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um volume próximo dos 13 kg/hab.ano. Por outro lado, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,65 kg/hab.ano aproxima-se do consumo histórico brasileiro, registrado em 1965, que foi de 4,72 kg/ hab.ano.

PREÇOS E EXPORTAÇÕES Os preços do produto para os consumidores ficaram estáveis em 2009, acompanhando uma tendência que já se mantém nos últimos quatro anos, conforme mostram pesquisas permanentes feitas pela entidade. Em janeiro/2008, o café custava R$ 10,20/kg, em média, nos supermercados, enquanto em dezembro/2009 o preço era de R$ 10,49/kg, uma evolução de somente 2,8%, abaixo da inflação do período. Assim, o café continua sendo um produto muito acessível aos consumidores, mesmo nas categorias de maior qualidade e mais valor agregado, como os cafés superiores e gourmet. Já as vendas para o exterior de café industrializado, torrado e moído com marca brasileira, totalizaram US$ 29,6

SEM CRISE

De acordo com Almir José da Silva Filho, presidente da Abic, na previsão inicial feita pela entidade para o ano de 2009 foi levada em conta a crise financeira e econômica mundial deflagrada no final de 2008. “Porém, como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras,

milhões em 2009, contra US$ 35,6 milhões em 2008. Em volume, as exportações reduziram 18,6%, e em valor, houve decréscimo de 16,8%. As razões desta redução, de acordo com análise da Abic, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica que afetou os negócios e a economia daquele país no ano passado. Iniciativa recente, a exportação de cafés industrializados assumiu característica de negócio consistente a partir de 2002, com o convênio firmado entre a Abic e a Apex-Brasil na forma de um Projeto Setorial Integrado de Promoção às Exportações de Cafés Industrializados.

essa crise não afetou o consumo de café”. Inclusive, dados mostram que as empresas associadas à entidade, que participam com quase 65% do café industrializado produzido, tiveram uma evolução ainda mais significativa, de 6,28% em relação a 2008. “Nesta apuração, mantivemos a hipótese, bastante Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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CAFÉ E CONSUMO

“ 14

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O estudo da Abic mostra que tanto o consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo tradicional, quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés superiores e gourmet, apresentaram taxas de crescimento positivas.


CAFÉ E CONSUMO

conservadora, de que as empresas não-associadas e o consumo não-cadastrado, que é aquele informal e que ocorre nas fazendas, não cresceram, contribuindo com 0% na média final, ou seja, que o grupo das maiores empresas assumiu parte do mercado das menores. Assim, enquanto os dados das empresas associadas indicam neste grupo um crescimento de 6,28% em relação a 2008, o volume total, em função da hipótese assumida, reduziu-se para 4,15%”, explica Almir Filho. O estudo da Abic mostra que tanto o consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo Tradicional, quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés superiores e

gourmet, apresentaram taxas de crescimento positivas. “Maiores investimentos em produtos e no marketing interno do café impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas”, informa Natal Martins, responsável pela área de Pesquisa da entidade. Por outro lado, novas marcas de cafés especiais foram lançadas no período, fazendo com que o mercado interno passasse a apresentar uma oferta significativa de cafés de alta qualidade para os consumidores brasileiros. A Abic estima que este segmento de cafés diferenciados, embora represente a menor parte do consumo, continue apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano.

EXPECTATIVAS PARA 2010 Para 2010, a Abic projeta um crescimento de 5% em volume, o que elevaria o consumo para 19,31 milhões de sacas. As vendas do setor em 2009 podem ter atingido R$ 6,8 bilhões e espera-se que cheguem a R$ 7,1 bilhões neste ano. Com isso, a meta da Abic para o consumo interno atingir 21 milhões de sacas parece que poderá ser alcançada em 2012. “Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E, mais a previsão de que as classes A e B poderão crescer 50% até 2015, é natural que o consumo do café siga crescendo”, diz Almir Filho. Assim,

o limite desafiador de 21 milhões de sacas (que fará o Brasil ser o maior país consumidor mundial de café, superando os Estados Unidos) poderá ser atingido em 2012, mas desde que a evolução anual se mantenha em, pelo menos, 5% ao ano. Para atingir essa meta, a Abic vai continuar em 2010 a estimular o aumento do consumo geral e a oferta de cafés diferenciados, ampliando a adesão das empresas aos seus diversos programas de qualidade e certificação, como o Selo de Pureza, o PQC - Programa de Qualidade do Café e o PCS - Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, entre outros.

As informações partem da Associação Brasileira da Indústria do Café Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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CAFÉ E SAÚDE

CAFÉ MINIMIZA RISCO D Em estudo, elevado consumo da bebida é associado com substancial redução da doença

O Diabetes tipo 2, que atinge cerca de 90% das pesO Diabetes tipo 2, que atinge cerca de 90% das soas que sofrem de diabetes, é um distúrbio metabólico ca caracterizado e resistência resistência à racterizado por por hiperglicemia, hiperglicemia, relativo relativo déficit déficit e insulina, afirma o Dr. Dráuzio Varella. Os sintomas que carac insulina, afirma o Dr. Dráuzio Varella. Os sintomas que caracterizam a doença são: poliúria (urina excessiva), sede exage exageterizam a doença são: poliúria (urina excessiva), sede exagerada, fome constante, perda de peso e maior suscetibilidade às infecções, principalmente às micoses (infecção por fungos). às infecções, principalmente às micoses (infecção por fungos). Ainda segundo Varella, o principal fator de risco é a obesidade (IMC acima de 30 kg/m²), mas outros fatores tamobesidade (IMC acima de 30 kg/m²), mas outros fatores também contribuem para o desenvolvimento da doença, como a idade (superior a 40 anos), sedentarismo, histórico da doença idade (superior a 40 anos), sedentarismo, histórico da doença em parentes de primeiro grau, hipertensão, doença coronaria coronariana, na, histórico histórico de de diabetes diabetes gestacional, gestacional, filhos filhos com com peso peso maior maior do que 4 kg, abortos de repetição, uso de medicamentos que aumentam a glicose (cortisonas, diuréticos tiazídicos e betaaumentam a glicose (cortisonas, diuréticos tiazídicos e betabloqueadores) e síndrome do ovário policístico. bloqueadores) e síndrome do ovário policístico. MediciO endocrinologista e diretor da Faculdade de Medici na/UFRGS, Dr. Mauro Antônio Czepielewski, disse que para na/UFRGS, Dr. Mauro Antônio Czepielewski, disse que para prevenir e tratar o diabetes tipo 2, é importante manter seu peso peso ideal, ideal, fazer fazer exercícios exercícios físicos, físicos, não não fumar, fumar, controlar controlar aa pressão arterial e evitar medicamentos que possam agredir o pâncreas.

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CAFÉ E SAÚDE

DE DESENVOLVER DIABETES 2 Tássia Inácio Aux. Adm. de Comunicação

Muitas teorias a respeito do consumo de café já foram analisadas e, inclusive, qual a influência da bebida para o desenvolvimento do Diabetes tipo 2. De acordo com o Departamento de Nutrição da Harvard School of Public Health nos Estados Unidos, o café contém inúmeras substâncias, entre elas: a cafeína, ácido clorogênico, quinidinas e magnésio, que afetam o metabolismo da glicose. Em um estudo holandês, o elevado consumo de café foi associado com uma substancial redução da doença. Os autores identificaram nove estudos sobre o consumo de café e o risco de diabetes 2, envolvendo 193.473 indivíduos e 8.394 casos incidentes da doença. Segundo outra pesquisa divulgada no Archive of Internal Medicine, a partir da análise de 18 estudos realizados em diferentes épocas e que envolveram mais de 500 mil pessoas, concluiu-se que a proteção não vem exclusivamente da cafeína, já que os cafés descafeinados também se mostram eficientes. Deste modo, pessoas que bebem três ou quatro xícaras de café ou chá por dia diminuem o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em até 20%, enquanto a mesma quantidade de café descafeinado diminui em até 33% os riscos. Já que pouco pode ser atribuído à cafeína, o mais provável é que o mérito seja também de outros componentes do café, como o magnésio e antioxidantes, dizem os pesquisadores. Segundo Luiz Antônio Machado César, diretor da Unidade Clínica de Coronariopatia Crônica do Instituto do

Coração (InCor) e professor associado de Cardiologia da Faculdade de Medicina da USP, essa é uma informação muito importante, pois o diabetes tipo 2 é um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença aterosclerótica coronária (maior causa de morte para os diabéticos) e que, reduzir em até 50% o aparecimento de diabetes significa, então, reduzir um grande número de episódios de infarto e morte. Se confirmada esta informação, certamente aumentará o impacto da importância de se beber café como uma das maneiras de se prevenir o aparecimento de diabetes e doença aterosclerótica coronária. Como dito anteriormente, muito já foi discutido sobre os malefícios e benefícios do café à saúde e inúmeras pesquisas já foram feitas. Pesquisas epidemiológicas sugerem que o consumo regular e moderado de café (três a quatro xícaras diárias), pode exercer um efeito profilático sobre a depressão/ suicídio, o consumo de álcool e a incidência de cirrose. E, subprodutos do grão de café, como produtos fitoterápicos, talvez possam ser de utilidade para prevenção e tratamento de recidivas da depressão, alcoolismo, Parkinson, entre outras doenças. As informações partem da Revista Diálogo Científico, Departamento de Informática Médica do Hospital Policlin, Coffee Break, Site Oficial Dr. Dráuzio Varella e ABC da Saúde.

PARA DIABETES: CAFÉ APÓS O ALMOÇO Matéria divulgada pela Folha de São Paulo relaciona o horário da ingestão de café com a redução do diabetes tipo 2 A nutricionista Daniela Sartorelli, professora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, realizou um estudo e concluiu que consumir ao menos uma xícara (125 ml) de café depois do almoço reduz os riscos de desenvolver diabetes tipo 2. A pesquisadora comparou dados de um estudo francês que acompanha quase 70 mil mulheres com idades entre 41 e 72 anos desde 1990 e percebeu que as mulheres que consumiram café após o almoço tiveram risco 34% menor de ter diabetes.

Segundo a pesquisadora, apesar de o estudo ter sido realizado somente com mulheres, provavelmente os resultados podem ser extrapolados para os homens. Ainda não é possível, no entanto, apontar por quais mecanismos a bebida protege contra a doença.

As informações são da Folha de São Paulo (1°/abr/2010) e foram adaptadas pelo Secom Cocapec Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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CAFÉ E ALGO MAIS

CAFÉ NO PAPEL Quando o café deixa de ser somente uma bebida e se torna algo mais

Tássia Inácio Aux. Adm. de Comunicação

Além de ser uma bebida clássica e saborosa que faz parte do cotidiano de pessoas de todo o mundo, o café pode ser também matéria-prima de obras artísticas para os mais criativos. Basta um pouco de imaginação para transformar a bebida em arte.

COFFEE ART A Coffee Art, técnica de pintura com café em papel, já é bem comum nos Estados Unidos e Europa, mas chegou ao Brasil recentemente. A técnica utiliza unicamente o café espresso como pigmentação e, a tonalidade dos desenhos, mais escura ou mais clara, depende da moagem do grão: forte ou fraca. Como resultado final, além de interessantíssimas pinturas feitas com café, fica o aroma daquele cafezinho feito na hora. Um dos precursores da Coffee Art no Brasil é Dirceu Veiga, que contou à Revista Cocapec que começou seu trabalho em 1994, como ilustrador de livros e apostilas para editoras. Em 2007, para fugir da rotina e amenizar o stress, começou as primeiras experiências com coffee art, quando saiu do estúdio de design e passou a ficar várias horas em cafeterias. Ele percebeu vários espaços em branco que poderiam comportar exposições de arte e foi aí que surgiu a ideia de usar o café da própria cafeteria para criar as pinturas e expor no local. Desde então, o artista passou a frequentar ainda mais

Adaptação de Karen Eland da pintura “A Criação de Adão – Michelangelo”. Original: afresco na Capela Sistina, no Vaticano.

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as cafeterias, sempre em busca do café e dos tons ideais para pintar. Dirceu conta que tudo influencia na pintura: o tipo de grão, grau de torra, forma de preparo do espresso, quantidade de água e de pó. E que foi divertido descobrir isso.

Atualmente, o pintor tem participado de eventos em todo o país, expondo pinturas com café em várias cafeterias e fazendo, ao vivo, caricaturas pintadas com café. Ele disse que conheceu outros artistas que também utilizam esta matéria-prima para pintar, mas a técnica de cada um é diferente e única. Como o café é uma bebida e não uma tinta, não existe uma forma padrão de utilizá-lo, como acontece com aquarela e óleo, mas que foi bom descobrir que ele não é o único viciado em café a ponto de usar seu vício como expressão artística.


CAFÉ E ALGO MAIS

Adaptação de Karen Eland da pintura “A Última Ceia – Leonardo da Vinci”. Original: afresco no convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão.

Para alguns, a Coffee Art é um trabalho, para outros é um hobbie. É o caso da norte-americana Karen Eland, que se diz apaixonada por pincel e cafeína. Em entrevista concedida por e-mail à Revista Cocapec, ela disse que utiliza apenas o café espresso para criar suas pinturas e também reproduzir os quadros mais famosos do mundo, de Leonardo Da Vinci a Van Gogh. Segundo ela, pintar com café é parecido com aquarela, porém, mais delicado. Sua arte de pintar papel com café começou em 1998, quando estava sentada numa cafeteria, observando o espresso sendo extraído da máquina. A pintora disse que a cor marromdourado chamou muito sua atenção por lembrar fotografia antiga e se perguntou se seria possível usar o líquido como tintura. Por sorte, ela tinha consigo aquarela e papel, então resolveu testar imediatamente, antes que se esquecesse. A pintora revela que a ideia (de usar o café) simplesmente surgiu em sua cabeça e que fica feliz de, naquele momento, ter consigo as ferramentas que precisava. “É divertido pintar quadros famosos, pois parece ser o tipo de pintura que as pessoas acham mais interessante e as que mais lhes arrancam sorrisos”, afirma Karen. Fato curioso e encantador é que Karen comentou que estava tomando café brasileiro no momento em que recebeu a entrevista da Revista Cocapec. Ela diz adorar nosso café e que, por ser muito usado em blends de espresso, sempre o utiliza nas suas pinturas. Karen elogiou bastante o Brasil e confidenciou que tem vontade de conhecer o país, pois já ouviu falar muito bem das pessoas, das paisagens e das comidas e que, apesar de não falar português, acha que é a linguagem com a sonoridade mais bonita.

Adaptação de Karen Eland da pintura “Mona Lisa – Leonardo da Vinci”. Quadro original no Museu do Louvre, na França.

SAIBA MAIS SOBRE OS ARTISTAS E CONHEÇA MAIS SUAS PINTURAS

www.cafenopapel.com.br www.dirceuveiga.com.br http://coffee-art.com/about/ Veja mais coffee art: http://www.justcoffeeart.com/gallery.html Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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CAPA

2º SIMCAFÉ

Simpósio reúne 800 pessoas e difunde novos conhecimentos e tecnologias Saulo Faleiros Engenheiro Agrônomo da Cocapec

Pedro César Barbosa Avelar, Dr. Clóvis Isberto, José Amâncio de Castro, Ednéia Brentini de Almeida, Galileu de Oliveira, Aramis Moutinho, Mauricio Miarelli, Carlos Sato, Ricardo Lima de Andrade e Lúcio Araújo Dias

A Cocapec realizou no mês de março, o 2° Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé), que completou este ano sua segunda versão, tornando-se o maior evento do agronegócio café da região. O Simpósio contou com a participação de 800 pessoas entre cooperados, expositores e produtores da Alta Mogiana, de Araguari/MG e Garça/SP, além de integrantes de outras cooperativas. Atendendo às demandas levantadas no campo ao longo de todo o ano, o Simcafé trouxe palestras técnicas, tratando 20

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assuntos que tem preocupado os produtores regionais. Após a abertura do evento, realizada pela diretoria da Cocapec e convidados, dentre eles, representantes da Embrapa, Sindicatos Rurais da região, Sistema Ocesp e OCB, foi apresentada a palestra de Lúcio de Araújo Dias - superintendente da Cooxupé, que traçou um panorama dos novos desafios da cafeicultura, abordando temas econômicos e técnicos e as medidas que necessitam ser tomadas para que os produtores possam ter mais sucesso em seus negócios.


CAPA

No intervalo do almoço os participantes tiveram tempo para visitarem os stands das mais de 40 empresas presentes no evento. A segunda palestra, apresentada pelo Dr. Paulo Rebelles Reis da Epamig – Lavras/MG, abordou o manejo e o controle dos ácaros na cafeicultura. O fechamento do dia contou com a experiência do Dr. Aldir Alves Teixeira – Diretor da Assicafé, que abordou o manejo do pós-colheita para alcançar cafés de alta qualidade, tema bastante importante para o sucesso da comercialização do café. No segundo dia, a palestra do Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas

(IAC), sobre as alterações climáticas e a produção de café na Alta Mogiana, apontou dados científicos que esclareceram os reais riscos climáticos para a cafeicultura desta região, que sempre busca tecnologias para se manter competitiva. Já no período da tarde, a Dra. Flávia Rodrigues Alves Patrício fez uma excelente apresentação sobre o diagnóstico, manejo e o controle da mancha aureolada e outras doenças do cafeeiro. Seu tema, muito importante para produtores e técnicos da região, encerrou o evento. O 2° Simcafé teve a presença marcante de seus cooperados que, na busca por informações e tecnologias, assistiram atentamente todas as palestras.

Presente em todos os momentos do Simcafé, no stand da Cocapec, a renomada barista Edy Barros de São Paulo ofereceu aos participantes um cardápio com várias opções de café, como o espresso, o capuccino, coffee shake e coco canela, preparados com o Senhor Café Segundo a diretoria da Cocapec e a comissão organizadora, o 2º Simcafé alcançou seu objetivo de construir uma cafeicultura cada dia mais competitiva e profissional. Ressaltaram a presença fiel e o apoio dos cooperados, que desta forma, só fazem fortalecer a Cocapec. Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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CAPA “Em minha opinião, para que o produtor possa contornar os desafios do mercado de café, primeiro tem que cuidar muito bem da gestão da propriedade e da qualidade do café dele.” Eng. Agr. Lúcio de Araújo Dias Tendências e perspectivas de mercado para o agronegócio

“O ácaro não circula na planta, se eliminada aquela parte onde está contaminada, a doença será suprimida. No entanto, o vento é o elemento que mais dissemina ácaros na natureza, pois ele não voa, não tem asas, anda pouco e devagar, mas as correntes de ar são capazes de leva-los muito longe. Então, eventos como o Simcafé, que têm a participação de produtores, são importantíssimos, pois temos a oportunidade de difundir este tema diretamente entre os interessados.” Dr. Paulo Rebelles Reis Manejo e controle de ácaros na cultura do café.

“Este evento é muito importante, pois tem a presença do cafeicultor que está interessado, questiona, quer mais informações através de uma troca mais próxima, inclusive através de e-mails. E, mesmo a cooperativa sendo muito boa e dando grande assistência ao cafeicultor, quando ele tem a presença de uma pessoa de fora, presta muita atenção, o que pode fazer a diferença. Hoje, a tendência é o mercado exigir cada vez mais qualidade, pois é o que o público consumidor quer. O mercado está cada vez mais exigente, assim o cafeicultor precisa ter esta percepção.” Dr. Aldir Alves Teixeira Manejo do pós-colheita do café, visando a qualidade.

“Tenho participado de vários eventos e gostei muito do Simcafé, pois, acima de tudo, a gente aprende muito com o produtor, troca informações, tenta criar mecanismos para facilitar o acompanhamento para os produtores e sente a vontade dele de aprender e minimizar os problemas das adversidades meteorológicas. Esse 2° Simpósio abordou várias áreas, como o clima, fitossanidade, qualidade do café e isso é muito bom, porque o produtor precisa de incentivo para produzir melhor e com qualidade, usando tecnologia apropriada.” Dr. Marcelo Bento Paes de Camargo Alterações climáticas e a produção de café na Alta Mogiana.

“A mancha aureolada é, atualmente, um dos problemas mais graves da cafeicultura brasileira, então dei foco em seu diagnóstico, pois tenho visto muitos erros em relação à doença, que tem sido confundida, principalmente, com mancha de phoma. Embora a equipe da cooperativa esteja treinada para fazer esse diagnóstico, é importante que o produtor também saiba diagnosticar e fazer o tratamento adequado.” Dra. Flávia Rodrigues Alves Patrício Diagnóstico e manejo da mancha aureolada e outras doenças do cafeeiro.

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MOMENTOS DO

SIMCAFÉ Stand de máquinas atrai visitantes pela variedade e boas condições de compra

Equipe organizadora do evento

Cooperados participam das palestras e tiram dúvidas

O engenheiro agrônomo Saulo Faleiros apresenta o “Programa Café Seguro”

PROGRAMA CAFÉ SEGURO FORMA MULTIPLICADORES Estiveram presentes também no Simcafé, representantes da Embrapa e do Ministério da Agricultura, que aproveitaram a oportunidade e lançaram oficialmente o “Programa Café Seguro”, que tem o objetivo de conscientizar os produtores rurais sobre o uso correto dos agrotóxicos, utilizando-se de boas práticas agrícolas, garantindo alimentos de mais qualidade e saúde para os aplicadores. Como parte das ações do Programa Café Seguro, instituições públicas e privadas ligadas ao café estão realizando, em diversas regiões brasileiras, palestras de conscientização e orientação para produtores sobre o uso correto dos defensivos agrícolas. Até o momento, cinco palestras foram ministradas, atingindo cerca de 1.500 pessoas. Além de Franca, os municípios mineiros de Araguari, Guaxupé, Manhuaçu e Monte Carmelo também tiveram acesso ao programa. Com a realização dessas apresentações, foi possível formar multiplicadores nas regiões do Cerrado Mineiro, Sul e Zona da Mata de Minas e Alta Mogiana, atingindo cerca de 50% da produção brasileira e de 70% da produção de cafés para exportação. A exemplo do Simcafé para a realização das palestras, estão sendo aproveitados eventos tradicionais realizados nas regiões cafeeiras que, normalmente, recebem muitos cafeicultores. O objetivo da ação é repassar aos produtores as informações relativas aos agrotóxicos usados no café e os Limites Máximos de Resíduos (LMR) adotados pelos países importadores do produto brasileiro. Além disso, os palestrantes mostram aos produtores a importância de se utilizar as boas práticas agrícolas na cafeicultura, de forma a garantir uma produção segura e saudável. O Programa Café Seguro reúne um Grupo de Trabalho formado por representantes de instituições ligadas ao setor cafeeiro, como governo (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Embrapa Café), produção (CNA, CNC, cooperativas), empresas fabricantes de defensivos agrícolas (Sindag) e com a coordenação e apoio do setor exportador, por meio do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). As informações partem da Embrapa/Café e foram adaptadas pelo Secom Cocapec. Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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TÉCNICA

PRODUZA QUALIDADE E V O crescimento dos negócios com café baseia-se na oferta de produtos melhores O significativo avanço dos negócios com os Cafés do Brasil, no mercado externo e interno, tem muito a ver com a melhoria continuada da qualidade do nosso grão. Concursos de Qualidade, Edições Especiais, interesse crescente do varejo em vender cafés tipo Gourmet, consumidores cada vez mais estimulados em conhecer detalhes sobre qualidade e, depois, comprar e provar esses cafés especiais, novas cafeterias inauguradas a cada mês, tudo isto demonstra o crescimento dos negócios com café, baseados na oferta de produtos melhores. Por isso, é importante uma colheita e secagem bem conduzidas, levando à produção de melhores cafés, com mínimo de defeitos.

PREPARAÇÃO E COLHEITA A preparação da colheita deverá ser feita com antecedência para evitar imprevistos de última hora e prejuízos à qualidade do café. Faça a limpeza e manutenção de toda infraestrutura e equipamentos usados no período da colheita. Elimine os frutos e grãos da safra passada presentes no terreiro, nas máquinas e veículos e providencie os materiais de colheita, verificando suas condições de uso. Utilize sacaria em bom estado e livre de cheiros estranhos e certifique-se do bom funcionamento dos equipamentos de secagem e benefício. Limpe e prepare o solo em volta do cafeeiro antes que os frutos amadureçam e caiam. Primeiramente, não misture o café de varrição com café de derriça. Faça a derriça sempre no pano quando a maior parte dos frutos estiver madura, principalmente se for preparar o café descascado, evitando colher o café com alta porcentagem de verde, pois estes causam perda de peso e de qualidade. A colheita tardia também deve ser evitada, pois os frutos que caem no chão podem aumentar a incidência de grãos ardidos e pretos. Em caso de colheita mecânica, opere o equipamento de modo a colher o menor número possível de frutos verdes e causar o mínimo dano à planta. Se possível faça a derriça manual ou mecânica em mais de um estágio, concentrando cada “passada” na parte da árvore onde predominam as cerejas maduras. Nunca deixe o café recém-colhido pernoitar ensacado, amontoado na roça, nas carretas ou no terreiro. Abane o café em peneiras ou abanadores para retirar folhas, gravetos, terra, etc. Faça o repasse no final da colheita recolhendo os frutos do pé ou do chão para evitar ataques de broca na safra seguinte. 24

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TÉCNICA

VENDA MELHOR SEU CAFÉ CUIDADOS NO PREPARO DO CAFÉ NATURAL E DO CEREJA DESCASCADO Use lavadores de café para eliminar impurezas e separar os cafés mais leves (boias) dos frutos mais pesados (verdes + cerejas). Evite usar terreiros de terra, de preferência os revestidos. Leve o café para o terreiro com a menor quantidade de água possível e inicie a secagem imediatamente após a lavagem. Seque os cafés boias (mais secos) separadamente dos verdes e cerejas (mais úmidos) para obter um produto mais uniforme. No início da secagem esparrame o café em camadas finas de 2 a 3 cm de altura, observando sempre a direção do sol. Revolva o café o dia todo, sem parar, nos dois sentidos, para acelerar a secagem e evitar o aparecimento de grãos fermentados e mofados. Todas as tardes, enleirar no sentido da declividade do terreiro com 5 a 10 cm de altura. À medida que os dias passam, engrossar as leiras para 20 a 30 cm, até que atinja meia seca, quando então poderá ser coberto com pano de colheita ou encerado, nunca lençol plástico. Na fase final de secagem cubra o café em caso de chuva. No caso de secadores mecânicos, use os de fornalha de fogo indireto (trocador de calor) ou queimador de gás para evitar que o café fique com cheiro de fumaça. Use a própria casca do café ou lenha bem seca como combustível. Colocar no secador somente cafés homogêneos e que tenham o mesmo teor de umidade para diminuir o tempo de secagem, economizando combustível e obtendo cafés de seca homogênea. Todo secador deve trabalhar a plena carga para evitar perda de calor aumentando o tempo de secagem,

de mão de obra e gastos desnecessários de energia. Não deixe a temperatura da massa de café ultrapassar 40ºC no café descascado e 45ºC nos cafés naturais. Use temperaturas abaixo de 30ºC quando houver porcentagens elevadas de frutos verdes para evitar que apareçam os defeitos pretoverdes. Intercale a secagem com períodos de descanso para facilitar a saída da água interna e a igualação e mantenha a temperatura uniforme no secador para obter melhor qualidade. Descarregue o secador quando o café estiver com umidade 1% ou 2% acima de 11% porque o café armazenado quente continua secando. Não seque demais o café, abaixo de 10%, para evitar perda de peso e quebra de grãos no descasque. O café seco deve ter no máximo 11% de umidade. Uma maneira prática é verificar que dez litros de café em coco seco a 11% devem pesar entre 4,2 e 4,5 Kg. As tulhas e armazéns devem ser construídos em áreas onde não haja acumulação de ar frio, locais ensolarados, bem drenados e ventilados. A temperatura interna não deverá ultrapassar 22ºC, a umidade máxima do ambiente é de 60%, e deve ter piso impermeável e pouca iluminação. Não armazene o café com excesso de umidade para evitar o rápido desmerecimento, perda de qualidade e formação de mofo. Use sacos limpos, sem cheiro, sem fungos ou rasgos. Armazene o café em coco ou pergaminho nas tulhas de madeira por pelo menos 30 dias para preservar as características originais do produto.

Processo de secagem do café natural, típico na Alta Mogiana Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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TÉCNICA

Movimentação do café no terreiro é essencial para a produção de frutos com qualidade

QUALIDADE O cafeicultor deverá conhecer as características de seu café. Os cafés que conseguem obter os melhores preços são aqueles de cor seca e aspecto uniformes, teor de umidade máximo de 11%, sem defeitos capitais, com boa bebida, suaves

ou encorpados e com bom aroma. As informações partem da Câmara Setorial de Café de São Paulo e foram adaptas pelo Secom Cocapec

PRESIDENTE DA AMINOAGRO VISITA A COCAPEC No dia 11 de março, durante a realização do 2º Simcafé, o presidente da Aminoagro, José Francisco Moreira Lopes, visitou o evento e aproveitou a oportunidade para conhecer a cooperativa e a região. O gerente comercial da Cocapec, José de Alencar Coelho Júnior, acompanhou o grupo de visitantes da empresa parceira. Além de José Francisco, também estavam presentes Ricardo Carreon, diretor operacional, Ruilon Alves, chefe nacional de vendas, Gustavo Cavaroli, Chefe Regional/SP, e os representantes técnicos de vendas Samir Rabah, RTV Franca/ SP, Daniel Pavan, RTV Sul de Minas e Hermann Simões RTV Campinas/SP. Da esquerda para direita: Daniel Pavan (RTV Sul de minas), Hermann Simões (RTV Campinas/ SP), Ruilon Alves (Chefe Nacional de Vendas), Samir Rabah (RTV Franca/SP), Ricardo Carreon (Diretor Operacional), José de Alencar Coelho Júnior (Gerente Comercial da Cocapec), José Francisco Moreira Lopes (Presidente da Aminoagro) e Gustavo Cavaroli (Chefe Regional/SP) 26

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NÃO ESQUEÇA ESSA DATA 22 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA ÁGUA

ÁGUA É DINHEIRO – E VIDA Utilize a água com responsabilidade. Evitando desperdícios, você poupa o meio ambiente e o seu bolso Embora a maior parte de nosso planeta seja composta por água, 97% dessa água é salgada – e grande parte do restante está congelada nos pólos. Apenas 0,3% é potável. Ou seja, a escassez desse valiosíssimo recurso natural é possível, devido ao uso indiscriminado que se tem atualmente. Está ficando cada vez mais difícil encontrar água de qualidade. A poluição dos rios, das represas e do solo, decorrente da própria ocupação e atividade humana, vem tornando cada vez mais iminentes as previsões de escassez. Mas se cada um de nós adotarmos práticas responsáveis na utilização da água, poderemos ajudar a adiar essa privação, en-

DE OLHO NA CONTA

Pelo acompanhamento do consumo e da leitura regular do hidrômetro é possível controlar seus gastos com água. Preste atenção na data e no valor da leitura. A leitura atual menos a anterior fornece o seu consumo a cada mês. E lembre-se que um aumento repentino no consumo pode representar o surgimento de um vazamento. O consumo recomendado pela ONU por pessoa é de 3,66 m³ por mês. Para saber quanto você gasta, faça o cálculo

quanto a ciência busca soluções para o problema. Além disso, o uso responsável da água permite colaborar com a qualidade dos serviços de saneamento (ao aliviar sua carga de trabalho) e diminuir os gastos dentro de casa, pois a maior parte da água consumida em nossas atividades diárias é simplesmente desperdiçada. O primeiro passo é identificar onde você usa água em casa. Depois, veja se é possível reduzir a quantidade usada, seja eliminando hábitos de desperdício, seja melhorando a eficiência do uso. Confira, ao final do texto, algumas dicas de economia e uso responsável da água.

e divida o consumo (que consta na conta) pelo número de pessoas na casa. Por exemplo, um consumo de 16 m³ em uma casa com cinco pessoas: 16/5 = 3,2 m³/pessoa – dentro do recomendado Fique atento à data da próxima leitura. Neste dia, anote a leitura do hidrômetro. Faça leituras periódicas para acompanhar seu consumo ao longo do mês. Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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NÃO ESQUEÇA ESSA DATA 22 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA ÁGUA

DICAS DE ECONOMIA NO BANHEIRO O banheiro é onde se deve começar. É lá onde se costuma usar 65% da água consumida em toda residência. - Menos volume na descarga – As bacias sanitárias com caixa acoplada gastam, em média, 12 litros de água a cada vez que a descarga é acionada. Existe, porém, uma maneira simples de reduzir este gasto: colocar uma garrafa PET (aquelas de refrigerante de dois litros), cheia de água, dentro da caixa d’água da bacia. Com isso, você estará economizando dois litros por descarga, ou dez litros por dia. Em uma família de quatro pessoas, a economia seria de cerca de R$ 57 por ano. - No caso de banheiros novos – Existem bacias sanitárias mais modernas (produzidas a partir de 2003), com apenas seis litros de água. Se a garrafa PET não couber, significa que a sua já é econômica. - Jogue o lixo no lixo – Nunca use o vaso sanitário como lixeira, pois, cada vez que você aciona a descarga para se livrar de papéis ou pontas de cigarro, joga fora, sem necessidade, água limpa e tratada e ainda contribui para o entupimento nas estações de tratamento. - Verifique se há vazamento – Grande parte dos vasos sanitários em uso nas residências tem vazamento. Faça a revisão periódica de seu sistema de descarga. Um vaso sanitário que continue fluindo água depois de dada a descarga pode desperdiçar até 200 mil litros de água em um ano, o que vai dar R$ 778 28

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

a mais na conta. - Descarga de parede é ajustável – Se a sua descarga é embutida na parede, fique atento ao tempo de fechamento. Você pode ajustá-lo se for longo demais. E atenção: válvulas produzidas antes dos anos 90 podem provocar rompimentos da tubulação se não estiverem funcionando adequadamente. - Abaixo o pinga-pinga! – Esquecer uma torneira ou chuveiro pingando, ou adiar o conserto destes, são atitudes comuns. No entanto, uma torneira pingando pouco mais de uma gota por segundo, em média, pode desperdiçar em um dia 46 litros d’água – ou 16,5 mil litros por ano. Ou R$ 65 por ano. - Ao escovar os dentes, feche a torneira – Se você escovar os dentes com a torneira aberta durante dois minutos vai gastar mais ou menos 24 litros de água, mas só precisaria de 0,5 litro se abrisse a torneira apenas quando necessário. Supondo que você escove os dentes três vezes ao dia, sua economia seria de R$ 100. - Otimize seu banho – A cada minuto de chuveiro ligado, o gasto de água é de 25 a 30 litros. Em cinco minutos de banho são consumidos, mais ou menos, 150 litros de água. Uma boa ideia é fechar a torneira enquanto você se ensaboa. Outro modo de economizar é combinar com a família para todo mundo reduzir o tempo de banho em dois minutos. Cada pessoa economizaria 1,8 mil litros de água por mês ou R$ 84 por pessoa ao ano!


NÃO ESQUEÇA ESSA DATA 22 DE MARÇO – DIA MUNDIAL DA ÁGUA

DICAS DE ECONOMIA NO ENCANAMENTO Um buraco pouco maior que a cabeça de um alfinete em um cano desperdiça até 3,2 mil litros de água em um dia. Em um mês, esse desperdício pode chegar até 96 mil litros (R$ 373!) - o suficiente para suprir as necessidades de água potável de quatro pessoas por quase 33 anos. Descubra se você tem um vazamento em casa. - Confira o seu relógio de água – Deixe os registros na parede abertos, feche bem todas as torneiras, desligue os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários. Anote o número que aparece ou marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro. Depois de uma hora, verifique se o número mudou ou o ponteiro se movimentou. Se isso aconteceu, há algum vazamento em sua casa.

- Verifique os canos que vêm da rua – Feche o registro na parede. Abra uma torneira alimentada diretamente pela rede de água (pode ser a do tanque) e espere a água parar de sair. Coloque imediatamente um copo cheio de água na boca da torneira. Caso a torneira sugue a água que está no copo, é sinal de que existe vazamento no cano alimentado diretamente pela rede. - Cheque a saída da caixa d’água – Feche todas as torneiras da casa, desligue os aparelhos que usam água e não utilize os sanitários. Feche bem a torneira de boia da caixa, impedindo a entrada de água. Marque, na própria caixa, o nível da água e verifique, após uma hora, se ele baixou. Em caso afirmativo, há vazamento na canalização ou nos sanitários alimentados pela caixa d’água.

$ $ $ $ $ $ $$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ FAÇA A SOMA...

Vamos tomar, por exemplo, uma família de quatro pessoas que viva em São Paulo. Somando-se a economia com a redução do volume da descarga, mais o fechamento da torneira na hora de escovar os dentes, mais a redução do tempo no banho e mais os consertos do vaso, da torneira e do encana-

mento, essa família consegue economizar, em um ano, precisamente R$ 2.009! As informações partem da Revista Proteste – Associação de Consumidores Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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QUALIDADE DE VIDA

PROTETOR SOLAR: QU A exposição solar pode trazer uma série de prejuízos, como queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele

Com o sol a todo vapor, é importante não sair de casa sem um bom protetor, nem que seja só para caminhar até o ponto de ônibus. E mesmo que você queira se bronzear ao sol, deve fazê-lo de modo responsável, com proteção. A exposição solar pode trazer uma série de prejuízos, como queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele. Mas escolher um protetor que seja realmente eficiente também não é fácil. Os principais responsáveis pelo dano solar são os raios ultravioleta A (UVA) e B (UVB). Os raios UVB são can-

cerígenos e a sua ocorrência tem aumentado muito, devido à destruição da camada de ozônio. Essa radiação atinge as camadas mais superficiais da pele – sendo que a radiação UVB atravessa as nuvens e, portanto, deve-se usar filtro solar mesmo em dias nublados. Já os raios UVA atingem as camadas mais profundas da pele, sendo os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce e o bronzeamento da pele, além de também contribuírem para o início ou a piora do câncer de pele.

DESCUBRA O FPS IDEAL PARA SUA PELE Identifique o seu tipo de pele na tabela abaixo e saiba qual a proteção ideal para você.

*Usar chapéu, evitar horas de sol mais quente e hidratar a pele. As informações partem da Revista Proteste e foram adaptadas pelo Secom Cocapec 30

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010


QUALIDADE DE VIDA

UAIS AS VANTAGENS? AUTOEXAME DA PELE O que procurar?

• Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram; • Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; • Feridas que não cicatrizam em quatro semanas.

Melanoma

Deve-se ter em mente o ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, como descrito abaixo: • Assimetria - uma metade diferente da outra; • Bordas irregulares - contorno mal definido; • Cor variável - várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul; • Diâmetro - maior que 6 mm.

Como fazer?

O CÂNCER DE PELE E O SOL Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a pele é o maior órgão do corpo humano e é dividida em duas camadas: uma externa (epiderme) e outra interna (derme). A pele protege o corpo contra o calor, a luz e as infecções. Ela é também responsável pela regulação da temperatura do corpo, bem como pela reserva de água, vitamina D e gordura. O câncer da pele é um tumor formado por células da pele que sofreram uma transformação e multiplicaram-se de maneira desordenada e anormal, dando origem a um novo tecido (neoplasia). E atenção, uma das principais causas que predispõem ao início do câncer é a exposição prolongada e repetida à radiação ultravioleta do sol.

1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo; 2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas; 3) Examine as partes da frente, de trás e dos lados das pernas; 4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como entre os dedos; 5) Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas; 6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine a parte de trás do corpo. Atenção: Caso encontre qualquer diferença ou alteração, procure orientação médica. Evite exposição ao sol das 10h às 16h e utilize sempre filtros solares com fator de proteção 15 ou mais alto, além de chapéus, guarda-sóis e óculos escuros. As informações partem do Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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COMITÊ EDUCATIVO

AGENDA COMITÊ EDUCATIVO Veja qual é a data da reunião de seu Comitê no mês de maio

Os coordenadores dos Comitês Educativos e a Cocapec convidam os cooperados para reunião sobre as condições de distribuição dos créditos nas lojas, definidas na última AGO, e outros assuntos relacionados à política cafeeira. A diretoria estará presente para apresentar e discutir os temas propostos. As reuniões do Comitê Educativo oferecem ao cooperado a possibilidade de tirar suas dúvidas, discutir a situação

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de cada região e dar suas sugestões à cooperativa. Então, todos podem e devem participar destes encontros, para que possam contribuir para o desenvolvimento do agronegócio café e da sua cooperativa, contribuindo para o desenvolvimento do seu negócio. As reuniões acontecerão às 19h30, nos locais e datas indicados abaixo.

CAPETINGA Data: 5 de maio Local: Clube de Capetinga (Praça Coronel J. Teodoro, 181)

CLARAVAL Data: 12 de maio Local: Porteira da Pedra (ao lado da igreja)

PEDREGULHO Data: 6 de maio Local: Sind. Rural de Pedregulho (R. Capitão Elias Moreira, 579)

ITIRAPUÃ/PATROCÍNIO PAULISTA Data: 19 de maio Local: Sindicato Rural de Itirapuã (R. Coronel Antonio de Freitas, 4170)

IBIRACI Data: 11 de maio Local: Filial de Ibiraci (Rua Barão do Rio Branco, S/N)

JERIQUARA Data: 20 de maio Local: Casa da Agricultura de Jeriquara (Rua Jonas Alves Costa, 453)

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

Bruna Malta Analista de Comitê

SERRA NEGRA Data: 7 de maio Local: Filial de Serra Negra (R. Ângelo Lamari, 336 - B. Nhozinho)

Mais informações com Bruna Malta, pelo telefone (11) 3711-6203, e-mail comite@cocapec.com.br ou pelo site www.cocapec.com.br


EVENTOS

Cocapec participa de desfile de comemoração do aniversário de Capetinga, prestigiando a população que a acolhe há mais de 10 anos

CAPETINGA COMPLETA 100 ANOS Cocapec marca presença nas comemorações do centenário do município Joana D’arc P. L. Silva Coordenadora Unidade de Capetinga

No dia 19 de março a cidade de Capetinga completou 100 anos e para comemorar a Prefeitura Municipal e a Paróquia São José organizaram um evento comemorativo, que inclui atividades religiosas, artísticas e culturais. No desfile cívico, os comerciantes e empresas locais fizeram sua homenagem à cidade pela importante data. A Cocapec, presente no município há mais de dez anos, também fez questão de participar das comemorações com um carro decorado

com o tema café, representando uma das principais atividades agrícolas do município. O povoado de São José da Capetinga teve no garimpo de ouro e diamante e na produção de café suas principais fontes de riqueza. Em 1910, no dia de São José, padroeiro da cidade, foi celebrada a primeira missa, no mesmo local onde viria a ser construída a Capela do Divino Espírito Santo. Em 1938, durante o Estado Novo, criou-se o município de Capetinga.

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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BOLETIM Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e na filial de Capetinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos seis anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 6 anos Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2005 2006 2007 2008 2009 2010 Média

307 283 545 325 382 461 399

132 327 175 230 228 158 223

194 178 113 128 282

11 19 117 108 53

152 2 45 38 58

21 16 4 32 32

17 6 72 0 21

0 33 0 26 0

134 31 3 39 137

162 355 75 87 262

300 330 190 168 77

266 328 273 410 382

274 195

74

36

21

25

22

52

195

191

348

*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico*

nos úl mos 6 anos

Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2005 2006 2007 2008 2009

504 591 745 573

279 251 238 236

111 144 135 116

56 54 66 78

152 5 61 40

0 20 0 5

10 0 0 0

0 28 0 26

110 93 69 37

188 319 58 113

280 285 217 222

236 443 280 428

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

389

2010 Média

327 95 206 518 213,8 177,4 90,75

40

11,5

4,25

19,5

81,75 161,5

229,3

385

*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec 34

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010


BOLETIM

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F** 2010

2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual

R$

US$

R$

US$

268,10 269,34 262,46 260,10 268,02 257,12 247,50 255,34 254,29 262,20 272,55 281,57

116,04 116,44 113,54 117,99 130,09 131,23 128,23 138,29 139,81 150,93 157,75 160,79

280,75 278,68 279,70

157,51 151,36 156,48

263,22

133,43

279,71

155,12

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Média mensal do preço* de Boi

Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2010

2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

R$

US$

49,21 47,56 45,35 47,95 50,39 49,89 47,83 48,20 46,07 44,67 44,06 42,87

21,30 20,57 19,62 21,75 24,45 25,46 24,77 26,10 25,32 25,71 25,50 24,48

39,80 37,70 34,14

22,36 20,50 19,10

47,00

23,75

37,21

20,65

Média mensal do preço* de Milho 2009

2010

2009

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Média mensal do preço* de Soja

R$

US$

R$

US$

84,01 81,54 77,54 87,88 79,47 80,85 81,40 77,92 77,25 77,18 74,35 74,64

36,38 35,25 33,53 39,68 38,58 41,26 42,17 42,20 42,47 44,41 43,04 42,62

75,70 77,03 79,03

42,47 41,84 44,22

79,50

40,13

77,25

42,84

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2010

R$

US$

R$

US$

23,67 22,26 20,62 21,29 22,25 22,24 20,58 19,41 19,12 20,60 20,41 20,02

10,25 9,63 8,92 9,66 10,80 11,35 10,66 10,51 10,51 11,86 11,82 11,43

19,66 18,35 18,46

11,04 9,96 10,33

21,04

10,62

18,82

10,44

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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AGO APRESENTA AS SOBRAS E ELEGE C

Credicocapec realiza AGO com grande participação de cooperados

De acordo com a Lei 5.764 – Lei das Cooperativas, a Assembleia Geral dos associados é o órgão supremo da sociedade cooperativista dentro dos limites legais e estatutários. A Assembleia Geral pode ser Ordinária, que se realiza anualmente nos 3 (três) primeiros meses após o término do exercício social, ou Extraordinária, que pode ser realizada sempre que necessário, para deliberar sobre qualquer assunto de interesse da sociedade. Assim, conforme a publicação do Edital de Convocação, a Credicocapec realizou, no dia 19 de março, a sua Assembleia Geral Ordinária. O Conselho de Administração, tendo como diretor presidente José Amâncio de Castro, apresentou aos cooperados a prestação de contas relativa ao exercício de 2009, cujo demonstrativo de sobras apuradas apresentou um saldo de R$ 2.149.385,00. Após deduções legais estatutárias, as sobras líquidas foram destinadas 50% para Capital Social e 50% para Reserva Legal, conforme aprovação da Assembleia Geral Ordinária. O Patrimônio Líquido da Credicocapec é R$ 18.502.915,00, correspondendo a um crescimento de 155% no 36

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

período 2006 a 2010. Coroando o encerramento deste mandato, esta Diretoria expressa o quanto foi incessante o seu trabalho em prol de promover, integrar e defender os interesses dos nossos cooperados e da nossa cooperativa e externa agradecimentos por nos ter confiado a administração executiva e gestão operacional da Credicocapec. A AGO elegeu então o novo Conselho de Administração, com mandato até 2014. Foram eleitos: Mauricio Miarelli (diretor-presidente), José Amâncio de Castro (diretor-administrativo) e Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida (diretora de crédito rural). Para Conselho Administrativo: Carlos Yoshiyuki Sato, Divino de Carvalho Garcia, Élbio Rodrigues Alves Filho e Paulo Henrique Andrade Correia. Para conselheiros fiscais, com mandato de 1 (um) ano foram eleitos: Donizeti Moscardini, João José Cintra e Renato Antônio Cintra. Os membros eleitos para Conselho de Administração e Conselho Fiscal tomarão posse após serem homologados pelo Banco Central.


CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCAL Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida Diretora de Crédito Rural

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 (EM REAIS)

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

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CONHEÇA SUA COOPERATIVA

José Ribeiro T. Santos Coordenador do Setor Fiscal/Estoque

FISCAL / ESTOQUE

É o Setor Fiscal que controla todos os dados de compras, vendas, apuração de estoque da cooperativa, bem como todas as informações para registro dos documentos fiscais e apuração dos impostos federais, estaduais e municipais, dentro dos prazos exigidos pela legislação. Acompanha também as mudanças na legislação no sentido de cumprir as obrigações tributárias, além de fazer as manutenções nos cadastros dos produtos comercializados. Orienta a equipe de compradores da Cocapec sobre a correta composição dos impostos no custo dos produtos adquiridos. Também registra todas as compras com o objetivo de controlar os estoques, informar ao setor financeiro as datas corretas para o pagamento das notas fiscais e gerar o histórico contábil da cooperativa.

CONTATOS DA EQUIPE

SETOR FISCAL / ESTOQUE Coordenação:

José Ribeiro T. Santos / (16) 3711-6217 assessoria.tecnica@cocapec.com.br

Fiscal

Fernando Borges R. Carvalho / (16) 3711-6215 Adilson Sérgio M. Junior setor.fiscal@cocapec.com.br

Estoque

Adoniram Andrade Oliveira / (16) 3711-6257 Willian Rister da Silva / (16) 3711-6207 setor.estoque@cocapec.com.br

INFORME PUBLICITÁRIO

COMO PRODUZIR LEITE COM QUALIDADE Uma parceria entre Cocapec, Intervet Schering-Plough e o médico veterinário Dr. Flávio Rodrigues Alves Filho está levando informações ao campo sobre “Como produzir um leite de qualidade”. O treinamento é dirigido para produtores de leite, proprietários e equipes (ordenhadores), que são capacitados para produzirem leite de acordo com o que é exigido pelos laticínios (baixa CCS, CBT, entre outros). A primeira reunião ocorreu no dia 14 de abril na fazenda Olhos D’água em Rifaina e contou com a participação dos representantes das fazendas Rio Branco, Santa Luzia, São Francisco, Curral da Aroeira, Santana do Rio Branco e sítio Jatobá. 38

Revista COCAPEC - Março / Abril 2010

Próximos treinamentos: 18/5, 10h – Estância Raquel – Pat. Paulista/SP (prop. André J. Mesquita) 19/5, 10h – Claraval - Fazenda Santa Helena (prop. Ednaldo Justino Cintra). 1 km da venda da Porteira da Pedra. Informações de como participar: Cocapec c/ Cláudia Baston – (16) 3711-6261 Zoo-med c/ Dr. Flavito – (16) 3724-1151/9226-0143 Intervet Schering-Plough c/ Evaldo Segatto– (16) 8123-764


Revista COCAPEC - Marรงo / Abril 2010

39


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Revista COCAPEC - Marรงo / Abril 2010


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