Revista Cocapec 77

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EDITORIAL

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Iniciamos 2012, fazendo uma retrospectiva da Cocapec no ano que terminou, enfim este foi muito saudável para a cooperativa e cooperado, possibilitando várias realizações. Parcerias foram firmadas, expansão da linha de produtos para os cooperados, além da ampliação da área física para melhor atendimento são alguns destaques de 2011. Já no primeiro trimestre, novas opções de implementos e máquinas agrícolas passaram a fazer parte da gama de produtos oferecidos com o objetivo de prestar serviços de qualidade, facilitar o acesso à mecanização e, consequentemente, melhorar a rentabilidade das atividades. Mais uma vez a Cocapec permitiu ao seu cooperado realizar a aquisição de insumos e defensivos antecipadamente, o que resultou em menores preços e melhor logística, pois, o cafeicultor recebeu seu produto com antecedência evitando transtornos na entrega e atraso das aplicações nas lavouras. Também disponibilizou negócios aliados a preços competitivos permitindo um respaldo efetivo para comercialização de sua safra de café. A aprovação, em Assembleia Geral Ordinária (2011), de investir parte das sobras do exercício de 2010 na aquisição de terreno e construção de novo espaço para o núcleo de Claraval foi uma importante conquista para os cooperados daquela região. Inclusive, a área já está em fase de terraplanagem e logo iniciaremos a construção das edificações. E, em outubro, o núcleo da Cocapec em Pedregulho inaugurou as novas instalações, que passou a ter uma área total de 24 mil m² com 3,6 mil m² destinados a armazenagem de café e ampla loja para atendimento aos cooperados do município e região. Também, foi apresentado, após muita discussão técnica nos comitês educativos e visitas, o Projeto de Granelização e Modernização dos armazéns da Cocapec que, em Assembleia Geral Extraordinária realizada no início de dezembro, foi aprovado por unanimidade e já está em fase de implementação. Ao longo do ano a cooperativa ainda manteve sua tradicional atuação na promoção do conhecimento. Ações como o Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé), cursos promovidos através de parceria com o Senar/MG, mini dias de campo com apoio dos fornecedores e projetos sociais disseminaram informações atuais e imprescindíveis para cooperados e familiares e os colaborares destes e da cooperativa. Ainda pudemos saudar a nossa coirmã, a Credicocapec, pelo novo Posto de Atendimento ao Cooperado (PAC) implantado, no mês de novembro, em Claraval/MG que, com certeza, levará mais opções financeiras para os cafeicultores da região. Todo este comprometimento resultou na classificação da Cocapec como umas das melhores e maiores empresas nacionais segundo a Revista Exame, o que muito nos orgulha. Ocupando a 848º posição entre as 1000 maiores empresas em faturamento do país e o 186º lugar no ranking das 400 em destaque do agronegócio brasileiro. Enfim, nós da diretoria e conselho administrativo, estamos gratificados por, em mais um ano, vermos nossa cooperativa atendendo às demandas dos cooperados da melhor forma possível. E, para o próximo ano, que terá uma boa colheita, apesar de não ser tão grande como imaginávamos, esperamos que Deus nos ajude a continuar prestando serviços de qualidade, promovendo ainda mais o desenvolvimento da cafeicultura e agricultura regional através do cooperativismo. A Cocapec deseja a todos um excelente 2012.

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REALIZAÇÕES 2011 PERMITEM FORTALECIMENTO DO COOPERADO

João Alves de Toledo Filho Presidente da Cocapec


Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho – Diretor-presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administrativo Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal Cocapec Zita Cintra Toledo Renato Antônio Cintra Ricardo Nunes Moscardini

EXPEDIENTE

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

Núcleos Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400

Diretoria Executiva Credicocapec Maurí cio Miarelli - Dir. Presidente José Amâncio de Castro - Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

ÍNDICE 07 NEGÓCIOS 09 TÉCNICA 24 NOVIDADES

Cooperados recebem restituição da sacaria

Cocapec assina termo de cooperação com a Procafé

Cocapec promove a Sipat

27 NOVIDADES 32 SOCIAL

Silas Brasileiro é o novo presidente executivo do CNC

Projeto Escola no Campo

Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia

48 CREDICOCAPEC Inauguração do PAC 03

Conselho Fiscal Credicocapec João José Cintra Cyro Antonio Ramos Marcos Antonio Tavares

28 CAPA

Credicocapec Fone (16) 3712-6600 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 PAC - Claraval (34) 3353-5359 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/3711-6291 apoio.revista@cocapec.com.br revista@cocapec.com.br

Diagramação

GRANELIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DOS ARMAZÉNS SÃO APROVADAS EM ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Ideia Fixa Publicidade e Propaganda Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.700 exemplares Home Page www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

Errata Na edição 76, na matéria Simpósio debate tecnologia no cultivo de café da editoria Técnica, no tópico “Com relação ao micronutriente Zinco, a absorção foliar é mais

ED. 77 Janeiro / Fevereiro 2012 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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eficiente do que via solo, porém podemos descartar o fornecimento via solo para manter os níveis adequados” o correto é “Com relação ao micronutriente Zinco, a absorção foliar é mais eficiente do que via solo, porém NÃO podemos descartar o fornecimento via solo para manter os níveis adequados”.


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NEGÓCIOS

governo Zera Cobrança de PiS/CofinS do Setor de Café A medida beneficiará o setor, favorecendo a concorrência Campo Limpo

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Governo Federal suspendeu a cobrança do PIS/Cofins sobre a venda do café verde a partir de janeiro de 2012. A medida beneficiará o setor, favorecendo a concorrência, e estabelece créditos presumidos, tanto para a exportação quanto para a indústria torrefadora. O objetivo do Governo é simplificar o processo de cobrança dos impostos, diminuindo a sonegação e aumentando a arrecadação federal, sem que haja acréscimo na carga tributária. Com a Medida Provisória n° 545, o recolhimento de PIS/Cofins passa a recair sobre o último elo da cadeia produtiva, ou seja, a empresa que faz o café torrado ou moído. Em compensação, esta última terá direito a um crédito presumido equivalente a 80% do valor da compra. Já o exportador terá direito a 10% de crédito presumido da alíquota de 9,25, ou seja, 0,925% sobre a receita de exportação.

O objetivo do Governo é simplificar o processo de cobrança dos impostos

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NEGÓCIOS

COOPERADOS RECEBEM RESTITUIÇÃO DA SACARIA Com adesão cada vez maior, plano premia fidelidade Murilo Andrade Setor de Comunicação

A

provado na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2011, os cooperados decidiram, mais uma vez, em destinar parte das sobras para o plano de restituição de sacarias. Para receber o benefício, o cooperado deveria adquirir as sacarias e armazenar seu café na cooperativa dentro do período estipulado (1º de janeiro a 30 de novembro). Em dezembro, os associados foram restituídos com R$ 1 por sacaria. O cooperado Nilton Messias de Almeida, da Fazenda São Francisco, município de Patrocínio Paulista/SP, destaca a importância da restituição e diz que isso incentiva o cooperado a ser fiel e colaborar ainda mais com a cooperativa. Segundo o diretor-secretário Ricardo Lima de Andrade, a qualidade da sacaria traz mais segurança e formação de pilhas maiores, melhorando assim o aproveitamento dos armazéns da cooperativa. Outro beneficio é que diminui o percentual de café de varredura. A Cocapec, ao propor o plano nas Assembleias, premia o cooperado fiel e dá a ele ainda uma oportunidade de reduzir custos.

“Para receber o benefício, o cooperado deveria adquirir as sacarias e armazenar seu café na cooperativa”

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TÉCNICA

PROGRAMA AGROSEBRAE É LANÇADO NA REGIÃO O objetivo é melhorar a competitividade dos pequenos produtores rurais de São Paulo Sebrae São Paulo

C

om o objetivo de fomentar o empreendedorismo rural e melhorar a competitividade dos pequenos produtores do estado de São Paulo, nas principais cadeias produtivas do agronegócio, o Sebrae-SP lançou o AgroSebrae no dia 20 de outubro para a região. A Cocapec esteve representada pelo coordenador do GIS/Cadastro Victor Alexandre Ferreira. O programa é baseado em três pilares: melhoria do processo, melhoria de produto e mercado. Vantagens do programa para a propriedade rural: • Consultoria tecnológica em campo: tem o objetivo de melhorar a produção. Os consultores visitam a propriedade e levam informações sobre boas práticas agropecuárias, passando por questões ambientais e sociais. • Gestão e organização da propriedade rural: a base deste processo é a implantação da Qualidade Total Rural. Os produtores receberão orientações sobre gestão do negócio, qualidade no atendimento, planejamento estratégico e organização da propriedade, com informações sobre higiene, limpeza, descarte de materiais, entre outros. • Acesso a novos mercados: orientação para adequar os produtos às necessidades de mercado da cadeia produtiva. O programa abrange no total 645 municípios, cerca de 3.700 produtores atendidos, são ao todo 49 projetos, e serão investidos cerca de R$ 74 milhões em 3 anos. Os atendimentos são contínuos, dependendo da demanda do produtor ou empresário-rural. Os projetos duram até 42 meses, dependendo da cadeia em que atua e das necessidades diagnosticadas para elevar sua competitividade. Quem pode participar? Os produtores com propriedades rurais de até 100 hectares de área total e empresários de agroindústrias, todos localizados no estado de São Paulo e formalizados com CNPJ. Os produtores dos 49 projetos coletivos que já recebiam apoio do Sebrae-SP, continuarão a ser atendidos pelo AgroSebrae. Como participar? O Programa AgroSebrae oferece dois tipos de atendimento: individual e coletivo. Para ambos os casos deve-se procurar o Escritório Regional mais próximo.

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Autoridades estiveram presentes no lançamento do programa na região

“O objetivo de fomentar o empreendedorismo rural e melhorar a competitividade dos pequenos”

O evento foi marcado pela grande presença de pessoas relacionadas ao agronegócio

Serviço de Apoio àS Micro e pequenAS eMpreSAS de São pAulo - SebrAe/Sp Agência Franca Av. Dr. Ismael Alonso y Alonso, 789 – Centro Tel.: (16) 3723-4188 e-mail: grerfranca@sebraesp.com.br


TÉCNICA

COCAPEC ASSINA TERMO DE COOPERAÇÃO COM A PROCAFÉ O convênio foi oficializado durante o 37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras José Braz Matiello Pesquisador da Fundação Procafé

O

Sr. João Alves de Toledo gradativa na região. Os outros Filho, presidente da problemas, que serão objeto Cocapec, assinou o termo de estudos, mediante o conde cooperação entre a Fundação vênio, é uma reunião conjunta Procafé e a cooperativa durante o 37 º entre os técnicos do Procafé Congresso Brasileiro de Pesquisas e da própria Cocapec, preCafeeiras em Poços de Caldas/MG. vista para o início de 2012. O convênio visa disponibilizar para Na ocasião será realizada a região da Mogiana em São Paulo, reunião e visita a campo para todo o conhecimento tecnológico, João Alves de Toledo Filho oficializou serem levantados pontos de o compromisso com a Procafé como a realização de pesquisas e dúvida da equipe técnica, os estudos à semelhança do que vem quais, não havendo respostas sendo feito no Sul de Minas. Com isso está previsto, disponíveis, serão incluídos nos projetos de estudo. de imediato, o teste de novas variedades de café, já Criada em 2001, a Fundação é uma entidade privada, composta disponíveis no Procafé, comparando-as com aquelas por Cooperativas, Sindicatos e Associações. cultivadas na região da Mogiana, visando avaliar as mais adaptadas à região. Também, serão estudadas as soluções mais adequadas para os problemas como pragas, doenças e nutrição, entre outras. Nessa orientação, as pesquisas específicas já previstas são os testes de materiais genéticos novos, que são resistentes a pragas e doenças e, também, mais produtivos, para introdução Apresentações e discussões de trabalhos técnicos e científicos fizeram parte do congresso

37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras

Rubens Manreza e Eder Sandy, Engenheiros Agrônomos /Uniagro

Com a participação de engenheiros agrônomos da Cocapec, o 37º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, organizado pela Fundação Procafé, aconteceu de primeiro a quatro de novembro em Poços de Caldas/MG. O tema deste ano “Mais tecnologia, mais café”, evidencia a importância do uso racional de novas técnicas para aumentar a produtividade, reduzindo os custos de produção e ampliando a renda dos produtores. Na oportunidade, ocorreram visitas aos diversos estandes de empresas relacionadas ao setor, presenciaram também apresentações e discussões de trabalhos técnicos e científicos das diferentes regiões cafeeiras do país, tratando de assuntos como: pragas e doenças do cafeeiro, sementes, mudas, plantio, espaçamento, condução, tratos culturais, melhoramento genético, ecologia, fisiologia, biotecnologia, estudos sócio-econômicos, geoprocessamento, agricultura de precisão e certificação, entre outras. O encerramento foi um dia de campo nas Fazendas Rainha e Santa Alina, ambas ligadas ao grupo Sertãozinho, e neste dia os principais assuntos discutidos foram as instalações de terreiro e pós-colheita, problemas fitossanitários e terraceamento e mecanização em áreas declivosas. Janeiro / Fevereiro 2012

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TÉCNICA

CONTROLE DE BROCA NO CAFEEIRO O monitoramento constante diminui o risco de infestação Luciano Castagine Ferreira Coelho Engenheiro Agrônomo/Uniagro

Fonte: Embrapa Café

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cultura do café está sujeita ao ataque de pragas, que de conformidade com as condições climáticas, sistema de cultivo ou desequilíbrio biológico, podem causar danos consideráveis, prejudicando o desenvolvimento e produção das plantas. Um problema que pode afetar seriamente o cafeeiro é a broca do café. As infestações podem ser influenciadas por diversos fatores, tais como: clima, colheita, sombreamento, espaçamento e altitude (Souza & Reis, 1997). Controle químico O controle deve ser iniciado quando a infestação atingir o nível de 3% a 5%, pulverizando-se as partes mais atacadas da lavoura. Como o ataque não se distribui uniformemente, recomenda-se o controle apenas para os talhões em que a infestação da praga já tenha 10

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atingido 3 a 5%. Procedendo-se dessa forma evitam-se gastos desnecessários com mão-de-obra e inseticida, como também, tem-se uma diminuição dos problemas relacionados ao uso do produto. Mesmo após a aplicação do inseticida, o monitoramento deve continuar, e quando a infestação alcançar o nível de controle, pulverizar novamente, respeitando o período de carência do produto usado. Detectada a necessidade de controle da praga, recomenda-se o inseticida Endosulfan 350 g/l CE (Dissulfan CE, Endofan, Endosulfan Fersol 350 CE) na dosagem de 1,5 a 2,0 l/ha. Em relação à pulverização o inseticida mais eficiente para esse fim é o Endosulfan (princípio ativo), porém sua importação está proibida desde 31 de julho de 2011 e seu uso está liberado até 31 de julho de 2013, ou seja, quem ainda possui o produto em estoque pode comercializar até esta data. Em 2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fiscalizou o produto pois havia a suspeita de ser prejudicial a saúde e ao meio ambiente. Amostragem para avaliação da infestação A forma mais adequada para acompanhar a infestação da broca é


TÉCNICA

Orifício provocado pela broca do café

O controle deve ser iniciado quando a infestação atingir o nível de 3% a 5%

A forma mais adequada para acompanhar a infestação é realizar o controle no momento oportuno

realizar o controle no momento oportuno, é fazer amostragem mensal na lavoura, de novembro até cerca de 70 dias antes da colheita. A amostragem deve ser feita percorrendo-se o talhão em zig-zag e tirando ao acaso 100 frutos de cada planta escolhida (25 em cada face). O número de plantas a ser amostrado depende do tamanho do talhão, conforme apresentado no Quadro. Em seguida, faz-se a separação dos frutos brocados e não brocados para a determinação da percentagem de infestação. Outra indicação para iniciar a amostragem é quando os frutos estiverem na fase de chumbo e chumbões, período em que as sementes já estão formadas e, portanto, na fase em que a broca perfura o fruto, podendo ovipositar.

Controle cultural A redução do ataque da broca pode ser obtida fazendo-se uma colheita bem feita e um repasse na lavoura, se necessário, para evitar a sobrevivência dessa praga e que passe para os frutos novos da próxima safra. Devem-se destruir os cafezais velhos e abandonados, nos quais a broca encontra abrigo e se multiplica livremente, e também alertar o vizinho para que controle a praga, evitando focos para outras lavouras.

Número de plantas amostradas em função do tamanho do talhão

Número de plantas no Talhão Até 1.000 1.000 a 3.000 3.000 a 5.000 Acima de 5.000

Nº de plantas amostradas > 30 50 75 1,5% das plantas

Adaptado de Souza & Reis, 1997

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TÉCNICA

MELHORE O RENDIMENTO DE SEU CAFEEIRO: FAÇA A ANÁLISE FOLIAR Café Arábica Conilon

A análise foliar é uma importante ferramenta de diagnose para um programa eficiente de adubação Macronutrientes N P Coelho K Fonte: CaféPoint Ca e Nutrição Mg Mineral doSCafeeiro Luciano Castagine Ferreira _______________________dag/kg________________________ Engenheiro Agrônomo/Uniagro

D

2,7 - 3,2

0,15 - 0,20

1,9 - 2,4

1,0 - 1,4

0,31 - 0,36

0,15 - 0,20

evido às complexas reações que ocorrem no solo, Amostragem foliar 2,9 - 3,2 0,12 - 0,16 1,8 - 2,2 1,0 - 1,3 0,31 - 0,45 0,15 - 0,20 alguns nutrientes podem, via análise deste composto, A folha é parte da planta geralmente utilizada para o apresentar-se em quantidades suficientes, mas na diagnóstico nutricional por refletir bem as mudanças nutricioMicronutrientes verdade,Fe estarem indisponíveis para as plantas. Zn Cu Mn As folhas, B no nais, por ser o lugar onde é realizado o metabolismo, sendo entanto,________________________mg/kg_______________________ revelam a real capacidade de absorção, mostrando o o principal local de destino dos nutrientes absorvidos pelas status nutricional de8 -uma Mas, sem análise59destas raízes. 90 - 180 16 cultura. 8 - 16 120 -a210 - 80 Arábica em laboratório, o técnico ou o produtor só tomam conhecimento Da mesma forma que para a amostragem de solo, para 70 - 180 10 - 20 8 - 16 50 - 200 40 - 80 Conilon de qualquer deficiência depois que a planta já está sofrendo as a foliar deve-se dividir a área em talhões homogêneos, ou consequências. seja, subárea com a mesma declividade (topo de morro, meia Dessa forma, a análise dos tecidos aliada à de solo, encosta, baixada, etc.), as mesmas características perceppermite uma avaliação mais eficiente do estado nutricional do tíveis do solo (cor, textura, condição de drenagem, etc.), o cafeeiro, levando a possíveis reformulações do plano de aduba- mesmo manejo (uso de corretivos, fertilizantes, etc.) e com ção que permitem maior produtividade. Isso é possível devido à plantas de mesma variedade e idade. As folhas amostradas estreita relação existente entre a produção das culturas e o teor e a quantidade a ser coletada por talhão, bem como a época de nutrientes em seus tecidos. a ser feita mudam de uma cultura para outra. Na Tabela 1 Por isso, é importante realizar esta etapa para identificar são mostradas as relações de coleta para os cafés arábica as causas de problemas nutricionais não identificados pela aná- e conilon. lise de solo e para melhorar as aplicações de fertilizantes para o ano seguinte, especialmente em culturas perenes como o café. Tabela 1 - Fonte Embrapa Café Apenas em alguns casos especiais Café Parte amostrada Quantidade/Talhão a análise foliar serve de base única Época para a recomendação de adubação. Terceiro ou quarto pares Arábica e Conilon

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de folhas, a partir do ápice de ramos produtivos, em altura mediana da planta

Fase de chumbinho

100 folhas; 4/planta, uma de cada lado


TÉCNICA

Deve-se evitar a coleta de amostras foliares logo após a aplicação de fertilizantes via solo ou foliar, bem como de qualquer defensivo, devendo-se esperar 30 dias, aproximadamente, para realizar a amostragem. Também, não é indicada a coleta após intensos períodos de chuva. O trabalho torna-se mais eficiente quando a amostra foliar é acondicionada em saco de papel e enviada ao laboratório de análises no mesmo dia ou acondicionada no refrigerador por no máximo dois dias. Na impossibilidade desse procedimento, é aconselhável que as folhas sejam lavadas com água corrente e enxaguadas com água filtrada, acondicionadas em sacos de papel e postas para secar ao sol. Além disso, é imprescindível que as amostras sejam identificadas adequadamente (talhão) antes do envio ao laboratório. Interpretação dos resultados das análises foliares Existem muitos métodos utilizados para a interpretação dos resultados das análises foliares. Por ser de mais fácil entendimento e utilização, propõe-se o método que compara os teores revelados pela análise foliar com teores tabelados para a cultura, sendo estes determinados em lavouras de referência. Na Tabela 2 são mostrados os teores foliares de nutrientes considerados adequados para o café arábica e para o café conilon. Basta, portanto, comparar os teores foliares obtidos na própria lavoura, com os teores apresentados na Tabela 2. Se o teor na lavoura for menor do que o teor tabelado, significa que o nutriente está em déficit. Se o teor na lavoura for maior, o nutriente estará em excesso. Caso seja igual ou esteja compreendido na faixa apresentada na tabela, o nutriente está em nível adequado na lavoura. As faixas de suficiência, em alguns casos, são

Café

Ferro (Fe) Amarelecimento de folhas novas, com as nervuras permanecendo verdes, podendo evoluir para amarelo (reticulado fino)

Tabela 2 - Fonte Embrapa Café

Macronutrientes K Ca

N

P

Mg

S

2,7 - 3,2

0,15 - 0,20

1,9 - 2,4

1,0 - 1,4

0,31 - 0,36

0,15 - 0,20

2,9 - 3,2

0,12 - 0,16

1,8 - 2,2

1,0 - 1,3

0,31 - 0,45

0,15 - 0,20

_______________________dag/kg________________________

Arábica Conilon

Micronutrientes Cu Mn

Fe

Zn

B

90 - 180

8 - 16

8 - 16

120 - 210

59 - 80

70 - 180

10 - 20

8 - 16

50 - 200

40 - 80

________________________mg/kg_______________________

Arábica Conilon

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TÉCNICA

“ Posição correta na planta para retirada das folhas

... a análise dos tecidos aliada à de solo, permite uma avaliação mais eficiente do estado nutricional do cafeeiro

O 3º e 4º pares de folhas são os corretos para a coleta

Zinco (Zn) Encurtamento dos internódios da base do ramo para a ponta; folhas novas estreitas e amareladas, cada vez mais próximas; morte dos ponteiros e superbrotamento; queda no pegamento da florada; frutos menores Potássio (K) Amarelecimento das pontas e margens nas folhas mais velhas, que podem secar; morte de ramos com frutos, da ponta para a base; aumento na porcentagem de frutos chochos e diminuição no tamanho dos grãos

amplas, como para o Ferro (Fe) no café arábica. Isso indica que a produção será adequada com qualquer teor dentro da faixa, para determinada região. Em uma região o café irá produzir bem com 100 mg/kg de Fe. Em outra região, a produção será adequada quando o teor for de 180 mg/kg de Fe. Isso ocorre devido às diferenças climáticas, ao tipo de solo e à variedade, cabendo ao engenheiro agrônomo, técnico agrícola ou ao produtor, determinar, por meio de observação, qual o teor específico, dentro da faixa, mais adequado para a sua região. Um fator crucial, entretanto, consiste em fazer uma amostragem compatível à da tabela de interpretação que se pretende utilizar. Os teores foliares variam de acordo com a época do ano e com as folhas coletadas nas plantas. Dessa forma, não adiantaria fazer uma amostragem diferente da utilizada na tabela de interpretação, uma vez que não seria criada uma base real para comparação. As relações de coleta apresentadas na Tabela 1 são compatíveis com os teores apresentados na Tabela 2. Portanto, resultados analíticos de amostras foliares coletadas em outros estágios de desenvolvimento, ou seja, fora do estágio chumbinho, não podem ser comparados com os teores apresentados na Tabela 2, mesmo que muitos o façam de forma equivocada. A análise foliar é uma importante ferramenta de diagnose para um programa eficiente de adubação. Entretanto, deve ser utilizada em conjunto com outras ferramentas, especialmente a análise de solo e à consulta a um técnico ou agrônomo. Apenas utilizando todos os recursos disponíveis, para aprimoramento dos planos de adubação, o produtor conseguirá eficiência máxima do seu cafezal e, consequentemente, maior produção com menor custo. entre eM contAto Laboratorio Cocapec Tel: (16) 3711-6256 Email: setor.laboratorio@cocapec.com.br

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TÉCNICA

CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SEMENTES DE ESPÉCIES NATIVAS As mudas formadas serão encaminhadas a agricultores para fazer reflorestamento nativo Bruna Durães Setor Técnico

D

e acordo com o texto do novo Código Florestal, que está para ser aprovado no primeiro semestre desse ano, há uma exigência sobre a porcentagem de mata nativa dentro da propriedade, sendo 35% no cerrado e 20% nas demais regiões. Preocupada com essa questão, a Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande quer ampliar o seu banco de sementes de árvores e produzir mudas para serem repassadas anualmente aos agricultores que necessitem fazer o reflorestamento. Para isso, é desejável que os produtores, que já possuem vegetação em suas propriedades, doem as sementes. Para quem estiver interessado em colaborar, basta encaminhar o material ao setor técnico da Cocapec. Vale lembrar que, as florestas são grandes redutos de biodiversidade e têm papel fundamental na manutenção do

equilíbrio ecológico do planeta. A preservação de espécie nativa é essencial para assegurar a qualidade de vida desta e das futuras gerações.

É desejável que os produtores doem as sementes

Saiba como entregar corretamente as sementes: O primeiro passo é retirar a Ficha de Coleta no setor técnico da Cocapec ou solicitá-la através do email apoio.tecnico@cocapec.com.br. Após serem recolhidas, as sementes devem ser colocadas em sacos plásticos e identificadas com o nome da árvore, do produtor e da propriedade, data, local e região onde foram coletadas. É necessário manter em temperatura ambiente e trazer o mais breve possível ao setor técnico da cooperativa. Para mais informações: (16) 3711 – 6290 Bruna Durães

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TÉCNICA

CUIDADOS NO PÓS-PLANTIO DE CAFÉ Maior atenção na lavoura pode garantir bom volume de produção Alex Carrijo Tarcísio Barbosa De Morais Engenheiro Agrônomo/Uniagro Estudante De Agronomia

O

sucesso na produção de uma lavoura cafeeira é fruto da condução criteriosa aplicada às plantas, exercida através de tratamentos fitossanitários adequados, adubações equilibradas, controle de pragas e doenças, ou seja, toda a produtividade apresentada pelo café é fundamentada na qualidade com a qual ele foi tratado. O cafeeiro de maneira particular é um vegetal muito exigente nos aspectos de manejo. Trata-se de uma planta perene, que requer cuidados bem detalhados, como boa fertilidade de solo, disponibilidade de água, luminosidade suficiente, etc. Sua boa produção é vulnerável a baixos níveis de nutrientes essenciais, déficit hídrico, incidência de insetos em populações exageradas, doenças (que são muito severas nos cafezais, sobretudo as fungicas e bacterianas), sombreamento, e demais fatores, podendo, nestas condições, sofrer frustrações no volume produzido. No entanto, embora esses aspectos citados sejam cuidados imprescindíveis a serem tomados no dia-a-dia com o café, existe uma etapa em que se deve ter

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ainda mais cautela, pois no contrário, as demais medidas de manejo não surtirão o efeito desejado. Esta etapa é chamada de pós-plantio. Após realizado todo o processo de preparo do solo, composto pela aração, gradagem, calagem corretiva, gessagem, potassagem, sulcagem, adubação de plantio e abertura das covas, as mudas são transplantadas do viveiro para o local definitivo do plantio (área escolhida pelo produtor). Todavia, no período em que permaneceram sob o cultivo protegido do viveiro, as mudas eram submetidas a uma condição climática e ambiental totalmente regulada, isto é, havia um percentual de sombreamento que impedia o contato potencial dos raios ultravioletas, fertirrigação diversas vezes ao dia fornecendo água e nutrientes de modo simultâneo, nutrientes de sobra pela adição de esterco e adubos no substrato das mudas, exclusão de pragas e doenças através das frequentes pulverizações realizadas, enfim, enquanto situadas no viveiro, existia uma gama de condições favoráveis ao desenvolvimento da planta, da qual o café não pode mais desfrutar após transplantado (pós-plantio),


TÉCNICA

pois a realidade climática e estrutural são modificadas, e como ponto não favorável, num momento em que o café é muito novo e sensível a mudanças repentinas. Sendo assim, todo cuidado é pouco depois que as mudas são implantadas em definitivo no solo. Para auxiliar nesse cuidado, existem algumas práticas de manejo adotadas em plantios na Alta Mogiana, cujos resultados são muito positivos. Exemplos dessas práticas são: suprimento de terra no colo da planta, manejo de mato, utilização de herbicidas específicos e cuidados durante o período de estiagem. A operação de suprimento de terra no colo da planta (mais conhecida pelos produtores como o ato de “chegar terra no pé de café”) carrega consigo um contexto totalmente tecnológico. A finalidade exata dessa prática é a maior retenção de umidade no entorno do tronco e raízes superficiais sensíveis, proteção contra raios solares intensos, maior área de contato entre planta e solo para absorção de água e nutrientes, sustentação mecânica da planta evitando tombamento, controle mecânico de plantas daninhas na área de competição com o café, enfim, essa prática proporciona numerosos benefícios que sem dúvida serão traduzidos em maior produção num futuro não distante. Esta operação pode ser realizada com arado de discos ou tampador de sulco de cana, implementos comuns, de fácil operação e acesso à obtenção. Já em relação ao manejo de mato, está sendo utilizado atualmente o método da “roçada em rua pulada”, que consiste numa prática na qual o mato é controlado em ruas alternadas, ou seja, efetua-se o corte das plantas daninhas em uma entrelinha do café e não corta na rua seguinte, procedendo com essa sequência por todo o talhão, de forma que ao final da roçada o mesmo fique com metade da área livre de plantas daninhas e a outra metade com a presença do mato. Esta é uma prática que vem demonstrando também muito sucesso na condução do café, sobretudo em lavouras novas, onde favorece o estabelecimento de um microclima na área

(temperaturas suaves, amenas), propagação de insetos benéficos (como joaninhas, vespas, moscas predadoras, mais conhecidas como “inimigos naturais” que nos ajudam no controle de pragas), serve também como quebra ventos, interceptando a incidência da corrente de ar que pode trazer doenças fúngicas ou bacterianas, reprodução de microrganismos no solo (favorecendo a fertilidade química e física), enfim, trata-se de uma prática cultural simples, mas que contribui extremamente na redução de custos e preservação do meio ambiente.

O cafeeiro de maneira particular é um vegetal muito exigente nos aspectos de manejo

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 17


TÉCNICA

Manejo correto de mato em planta nova

A despeito do uso de herbicidas, sabemos que ele deve sempre ser muito racional, evitando aplicações desnecessárias, estendendo esse cuidado a todos outros tipos de defensivos. No entanto, não conseguimos atualmente desprezar o uso destes agroquímicos em virtude da severidade exercida pelas plantas daninhas, sobretudo nesta época chuvosa onde a umidade e temperatura propiciam o rápido desenvolvimento, sobretudo em lavouras novas, onde a incidência de luz nas proximidades do café provoca a infestação de daninhas, enfatizando que nestes locais os implementos de controle mecânico do mato, como roçadeiras, cultivadores ou enxadas rotativas não alcançam. Sendo assim, vale lembrar que existem diversos produtos muito eficientes registrados para cafés novos ou em produção, com finalidade para pré ou pós-emergência das plantas daninhas. Quanto à seca, esta se constitui como um dos principais problemas ao café recém-plantado, pois devido ser uma planta muito sensível ao déficit hídrico, em casos extremos pode entrar com facilidade no ponto de murcha permanente, perdendo a turgescência das células (perda de água) e ficando sujeita a não recuperação. Todos sabemos que a falta de água ocorre naturalmente todo ano, geralmente entre os meses de maio a setembro, em áreas onde não há irrigação. Contudo, a falta de umidade pode ser evitada se adotarmos algumas operações como o uso de gesso agrícola no condicionamento de solo, suprimento de terra no colo da planta, redução no uso de implementos de preparo da terra (para preservação da estrutura), etc. Procedendo desta maneira, mesmo que o solo permaneça sem o recebimento constante de água nos meses secos, a umidade pode ser mantida através da presença da água capilar (aquela disponível à planta), preservada e retida pelos microporos do solo, quando este é bem estruturado. Em caso contrário, se não dispensarmos os cuidados necessários, as plantas sofrerão a ausência de água, e serão prejudicadas, pois só existirá no solo a água higroscópica (aquela aderida às partículas de solo 18

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

Manejo correto de mato em planta adulta

e não disponível ao café), comprometendo a sanidade futura das lavouras. Em suma, ao implementar todas as boas práticas mencionadas na condução das plantas cafeeiras em período de pós-plantio, certamente o produtor rural se beneficiará deste empenho e notará o resultado no momento da colheita, onde todas as medidas de manejo adotadas serão convertidas em aumento de produção. Suprimento de terra no colo da planta


ESPECIAL

COCAPEC NO RANKING REVISTA GLOBO RURAL A cooperativa saltou 44 posições em relação a classificação anterior Murilo Andrade Setor de Comunicação

A Cocapec figura, mais uma vez, em um importante ranking nacional, desta vez no Melhores do Agronegócio da Revista Globo Rural. A editoria elegeu os 500 melhores do agronegócio e também os 10 melhores em 30 seguimentos. Foram utilizados 10 critérios elaborados pelo Anuário do Agronegócio e pela Serasa Experian, são eles: ativo total, endividamento, evolução do ativo, evolução da receita líquida, giro do ativo, liquidez corrente, margem líquida, margem da atividade, receita líquida, rentabilidade do Patrimônio Líquido. No ranking das 500 maiores empresas do agronegócio, que engloba todas do seguimento, a Cocapec aparece na 173ª posição, no ano anterior ocupou o 217º lugar. Já na classificação por setor, denominada de Indústrias de Café e Chá, a cooperativa ocupa a 8ª colocação. O anuário classificou também 10 empresas em cada um dos 10 critérios e a Cocapec está presente em 6 indicadores, sendo a Evolução da Receita Líquida a de maior destaque, conquistando a segunda colocação. Para a Diretoria Executiva da Cocapec são reconhecimentos como este que mostram toda a seriedade e transparência da cooperativa, fator que motiva todos que fazem parte dela.

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 19


OPINIÃO

INDICAÇÃO GEOGRÁFICA O objetivo é limitar a área de produção, mantendo os padrões de qualidade, tradição e valorização local Victor Alexandre Ferreira Setor Gis/Cadastro

V

ocê sabe o que é Indicação Geográfica, mais conhecida como IG? A partir desta edição da Revista Cocapec vamos explicar o significado deste termo, o que ele representa para as regiões onde está inserido e sua função na promoção de produtos e serviços no mundo. Ao longo dos anos, cidades e regiões ganham fama por conta de seus produtos ou serviços. A notoriedade surge quando a qualidade e a tradição se encontram num mesmo espaço físico e, é aí que a Indicação Geográfica surge como fator decisivo para garantir efetividade destas características. O objetivo da IG é limitar a área de produção, restringindo seu uso de forma a manter os padrões de qualidade, tradição e valorização local, impedindo assim, que outros usem o nome da região em produtos inferiores. Importante destacar que a IG não possui um dono, um comitê é criado com vários representantes, sendo este o responsável pela Indicação Geográfica da região. Ela também não tem prazo de validade e, com isso, o interesse nacional por esta certificação é cada vez maior. O órgão competente que aprova e certifica uma Indicação Geográfica no Brasil é o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). E, para realizar um pedido de IG é preciso ingressar com um processo onde serão apresentados vários documentos sobre a região requerente, como por exemplo, registros de fatos históricos (matérias em jornais, livros, revistas, museus, entre outros) que comprovem a notoriedade do produto ou serviço

20

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012


OPINIÃO

A, VOCÊ SABE O QUE É?

através dos tempos. No mundo e no Brasil são vários os nomes de produtos famosos, que na maioria das vezes nem sabemos que possuem IGs. O Champagne é um vinho espumante que tem este nome por ser produzido na região da França de mesma denominação, e por possuir IG, somente as vinícolas desta terra podem usufruir da qualificação. O Vinho do Porto, também provém de área com mesmo nome situada em Portugal e que ganhou IG pela bebida diferenciada que produz. O Café da Colômbia, outro com Indicação Geográfica, é muito conhecido no mundo. Se você é apreciador de charutos, e preferir os Cubanos, terá a garantia de serem 100% de Cuba. No Brasil, também podemos encontrar produtos com esta especificação, como a Cachaça de Parati, produzida neste município do Rio de Janeiro, onde várias marcas utilizam o selo. No Rio Grande do Sul, a região do Vale dos Vinhedos é conhecida pelos seus vinhos de qualidade que também possuem Indicação. Em Minas Gerais, os Cafés do Cerrado Mineiro já possuem IG, assim como, a Carne dos Pampas Gaúchos, região no extremo sul do país onde o produto é diferenciado. A Região da Alta Mogiana não possui uma IG, mas tem todos os requisitos para conquistá-la. Não é difícil de adquiri-la, desde que todos se organizem e comprometam com o produto regional. O interesse e empenho precisam ser coletivos, de todos, para assim conquistar representatividade da classe produtora de café.

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 21


OPINIÃO

CONHEÇA AS PRINCIPAIS CERTIF Fonte: Agrocert

C

om o mercado priorizando cada vez mais produtos de excelência para atender consumidores que estão mais exigentes, as certificações se tornaram um importante fator em todo o processo cafeeiro. Além da preocupação com a qualidade do produto final, nos últimos tempos, fortaleceu ainda mais o discurso sócio-ambiental e o impacto causado na execução das diversas atividades do setor. Sendo assim, várias certificadoras pautam seus critérios utilizando esta política no momento de avaliar. A seguir citaremos as principais certificações existentes para o setor e as características de cada uma:

5S

BRAZIL SPECIALTY BRAZIL SPECIALTY COFFEE ASSOCIATION

COFFEE ASSOCIATION

A BSCA tem por finalidade elevar, através de pesquisas, difusão de técnicas de controle de qualidade e promoção de produtos, os padrões de excelência na qualidade dos cafés brasileiros oferecidos ao mercado internacional.

5S

Uma dose de BOM SENSO em tudo o que a gente faz

O 5S é uma ferramenta de trabalho que permite desenvolver um planejamento sistemático de classificação, permitindo assim de imediato maior produtividade, segurança, clima organizacional, motivação dos funcionários e consequente melhoria da competitividade organizacional. Os propósitos da metodologia 5S são de melhorar a eficiência através da destinação adequada de materiais (separar o que é necessário do desnecessário), organização, limpeza e identificação de materiais e espaços e a manutenção e melhoria do próprio 5S.

FSC A Forest Stewardship Council – FSC é uma organização internacional que promove

FAIRTRADE

práticas responsáveis de manejo de florestas no mundo. Certifica áreas (atestando que a floresta é manejada de acordo com princípios e critérios estabelecidos pelo FSC) e produtos florestais. No caso dos produtos florestais, a certificação se baseia na rastreabilidade da cadeia de custódia, ou seja, é verificado se a matéria-prima utilizada provém de área certificada.

PRODUTO ORGÂNICO BRASIL

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

inglês) é um dos pilares da sustentabilidade econômica

Certificação, como termo

e ecológica (ou econológica,

utilizado na agricultura orgânica,

como vem sendo chamada).

significa garantir a origem

Trata-se de um movimento

(procedência) e qualidade

social e uma modalidade de

orgânica dos produtos obtidos.

comércio internacional que

A certificação orgânica é um

busca o estabelecimento de

processo de auditoria de origem

preços justos, bem como de

e trajetória de produtos agrícolas

padrões sociais e ambientais

e industriais, desde sua fonte

equilibrados, nas cadeias

de produção até o ponto final de

produtivas.

venda ao consumidor.

22

Comércio justo (Fair Trade em


OPINIÃO

FICAÇÕES DO SETOR CAFEEIRO UTZ CERTIFIED

CERTIFICAÇÃO CERTIFICA mINAS

A Utz Certified é um programa mundial de

O Certifica Minas é um Programa Estruturador do

certificação de café. Com a Utz Certified, é possível

Governo de Minas. Executado pelo Instituto Mineiro

saber exatamente de onde veio o café e que ele foi

de Agropecuária (IMA) e pela EMATER-MG - ambos

plantado com responsabilidade. Além disso, os

vinculados à Secretaria de Agricultura, Pecuária e

cafeicultores cuidam das comunidades locais e do

Abastecimento (SEAPA), o programa garante a partici-

meio ambiente.

pação da produção agropecuária mineira nos mercados nacional e internacional. O Certifica Minas contribui para a superação das barreiras zoofitossanitárias existentes, graças ao trabalho de monitoramento da produção agropecuária e à certificação da qualidade dos produtos mineiros.

ISO 9001 A ISO 9001 é uma norma internacional que estabelece requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) de uma organização. O objetivo da ISO 9001 é prover confiança de que seu fornecedor poderá fornecer, de forma consistente, bens e serviços que: • satisfaçam as suas necessidades e expectativas e • sejam conformes com os regulamentos aplicáveis.

CERTIFICAÇÃO CACCER 3 ESTRELAS A Certificação de Propriedade, gerenciada pelo Caccer, é uma ferramenta importantíssima à demanda do mercado atual. É baseada num Código de Conduta, que inclui aspectos como: boas práticas agrícolas, responsabilidade social e responsabilidade com o meio ambiente, amparados em mecanismos de rastreabilidade.

GLOBAL G.A.P. O GLOBALG.A.P (Eurepgap) é uma certificação voluntária de produtos agrícolas, aplicável em todo o mundo. Esta é uma das características mais diferenciadoras deste sistema: os produtores aderem somente se houver interesse e, por isso, com um elevado grau de empenho. A norma GLOBALG.A.P foi principalmente elaborada para reafirmar perante os consumidores que a produção alimentar nas unidades de

RAIN FOREST É uma espécie de aliança internacional em prol, principalmente, da preservação do meio ambiente e do respeito às leis trabalhistas.

produção agrícola é realizada através da minimização dos impactos negativos de operações agrícolas no meio ambiente, redução do uso de insumos químicos e garantia de uma abordagem responsável dos assuntos de saúde e segurança dos empregados e saúde animal.

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 23


NOVIDADES

Uma grande largada marca o início do desafio

COCAPEC PROMOVE A SIPAT 2011 O evento Cooperação foi repleto de ações visando à melhoria do desempenho dos colaboradores Murilo Andrade Setor de Comunicação

A

Sipat é a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho e é obrigatória por lei pela alínea 0, portaria do Ministério do Trabalho e Emprego. E, em conformidade com a legislação, a Cocapec realizou a ação entre os dias 14 a 18 de novembro, onde ocorreram diversas atividades como: ginástica laboral e orientação postural no local de trabalho, aplicada pela fisioterapeuta Larissa Brentini de Almeida,

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.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

vacinação contra febre amarela e tétano em parceria com a Vigilância Epidemiológica de Franca, verificação da pressão arterial e glicemia feita pelos profissionais da Escola Técnica “Dr. Júlio Cardoso”, avaliação de Índice de Massa Corporal (IMC) realizado pelo educador físico Carlos Felício, o dia do abraço, entre outras. Tudo com o objetivo de potencializar o desempenho dos colaboradores através de práticas simples


NOVIDADES

As ações criadas fizeram os colaboradores percorrerem a cooperativa, com o objetivo de que todos conhecessem os diversos setores

dentro do ambiente de trabalho e cuidados pessoais. No dia 15 foi o grande evento Cooperação, repleto de ações, com propósitos e objetivos reunindo cerca de 170 participantes da Cocapec, Credicocapec, e também dos parceiros Monteiro Sacarias e Sintram. O Diretor Secretário Ricardo Lima Andrade, que falou em nome das duas cooperativas, Cocapec e Credicocapec, agradeceu a participação de todos e principalmente a confiança dos presentes em algo que não se conhece, se referindo as atividades

surpresas realizadas ao longo do dia. Ele ressaltou também, a importância das ações e a sua aplicabilidade no ambiente profissional e na vida pessoal. Ricardo destacou a contribuição do Ocesp/ Sescoop que trabalha sempre com a capacitação nos diversos níveis para fortalecer o sistema cooperativista. A médica generalista Drª Danielle Astrig Keusseyan palestrou sobre saúde e prevenção de diversas doenças, dando ênfase a algumas relacionadas ao trabalho como o estresse, por exemplo. Já Marcos Bidart Novaes, mestre em Administração, Cooperativismo e Empreendedorismo Social, falou sobre o tema comunicação. De forma lúdica, Marcos demonstrou a todos a importância dessa ferramenta e como ela pode influenciar diretamente nos resultados dentro do ambiente corporativo. A nutricionista Maria Lauzimar Ferreira Masson, responsável pelo restaurante da cooperativa, argumentou sobre a importância de uma alimentação saudável e as maneiras de equilibrar o prazer de comer com o bem estar. Para integrar e envolver ainda mais os presentes, todos participaram de uma gincana. As ações criadas fizeram os colaboradores percorrerem a cooperativa, com o objetivo de que todos conhecessem os diversos setores e com isso observar a importância de cada um dentro do contexto da empresa. Ao final muitos declararam publicamente satisfação com o evento e aplicabilidade dos conceitos aprendidos no desenvolvimento da função.

A ginástica laboral fez todos se exercitarem

Vacinação, verificação de pressão e glicemia também fizeram parte da semana

Os colaboradores tiveram a oportunidade de conhecer seu IMC

Com elementos da cooperativa, os colaboradores realizaram várias provas A expectativa foi grande em relação as provas da gincana

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 25


NOVIDADES

CAFÉS DEPOSITADOS NA COCAPEC E CERTIFICADOS PELA UTZ CERTIFIED PODERÃO SER RASTREADOS ATRAVÉS DE NOVO PORTAL Carlos Aurélio de Freitas Junior Setor de Classificação e Comercialização de Café

A

Cocapec, representada pelo colaborador Carlos Aurélio de Freitas Junior, responsável pelas certificações na cooperativa, participou do Workshop sobre o novo portal Good Inside da UTZ Certified que foi realizado nos dias 17 e 18 de novembro em Espírito Santo do Pinhal-SP, cidade onde está localizado o escritório do Brasil. A equipe holandesa da UTZ Certified, que tem escritório situado na cidade de Amsterdam, apresentou o novo portal que entrará em vigor no dia 16 de janeiro de 2012 e trazendo novidades e mudanças relacionadas a rastreabilidade dos cafés certificados UTZ e também sobre os novos procedimentos de anúncios de entrega, transporte, recebimento, compra e venda que envolvem todos os membros da cadeia, como produtores, armazéns, cooperativas, tradings e importadores . O representante da UTZ no Brasil, Eduardo Sampaio, também esteve no treinamento. Ele falou do crescimento da produção de cafés certificados UTZ que se aproxima de 3,5 milhões de sacas na próxima safra em nosso país, e também do aumento significativo na demanda por grandes empresas como a Nestlé, Sara Lee, Neuman Group, Kraft Foods e Tchibo. Destacou a importância de todos os membros UTZ seguirem o código de conduta e preservarem a rastreabilidade através do novo portal, pois os consumidores estão buscando cada vez mais produtos que tragam selos de certificações que transmitem a produção sustentável, prezando o respeito aos direitos sociais e a preservação da biodiversidade. De encontro a essas novas demandas e tendências, a Cocapec tem investido em novas tecnologias 26

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

que possibilitem garantir com precisão todo este processo de rastreabilidade, que se inicia nas lavouras, devendo ser mantida nos armazéns e posteriormente seguir até o consumidor, onde, por exemplo, na hora da compra podem consultar através de celulares sobre a procedência do produto consumido.

O novo portal www.goodinsideportal.org estará disponível a partir de 16 de janeiro de 2012


NOVIDADES

SILAS BRASILEIRO É O NOVO PRESIDENTE EXECUTIVO DO CNC Uma das metas é aproximar o setor do Congresso Nacional Murilo Andrade Setor de Comunicação

O

ex-deputado federal Silas Brasileiro, é o novo presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC). A escolha do novo presidente faz parte de um plano de reestruturação do CNC, visando reestruturar a instituição. Essa nova empreitada contará com o apoio do conselho representativo das regiões produtoras, que por ora será coordenado por Maurício Miarelli. Para Brasileiro o principal passo para fortalecer a representatividade do CNC é estreitar o relacionamento com todas as representações como federações, confederações, sindicatos e associações dentro do CNC, além de órgãos como a Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, através do Departamento do Café (Dcaf), a Comissão Nacional do Café da (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) CNA e, também, com a Organização Internacional do Café, a OIC. É preciso ainda, segundo o novo presidente, trabalhar em conjunto com o Congresso Nacional para elaborar políticas públicas para o setor que, hoje, se encontram deficitárias.

Foto: Da esquerda para a direita: Osvaldo Henrique Paiva Ribeiro, presidente da Minasul, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, vice-presidente da Cooxupé, Francisco Miranda, presidente da Cocatrel, Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC, João Alves Toledo Filho, presidente da Cocapec, Maurício Miarelli, coordenador CNC, Marcelo Carneiro Costa, superintendente de Negócios do Bancoob, Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Leonardo de Melo Brandão, vice-presidente da COCCAMIG

SAIBA mAIS SOBRE SILAS BRASILEIRO Formado em Administração de Empresas, produtor rural, empresário e natural de Patrocínio/MG, Silas tem um histórico importante dentro da cafeicultura nacional. Em 2004 assumiu a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais, ficando no cargo até 2006. Em 2007 se tornou secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 27


CAPA

GRANELIZAÇÃO E MODERNIZA APROVADAS EM ASSEMBLEIA O projeto vai ser implementado já na próxima safra comercial 2012/13

Murilo Andrade Setor de Comunicação

Aprovação do projeto foi unânime

N

o dia primeiro de dezembro aconteceu a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a discussão e aprovação sobre a proposta de granelização e modernização dos armazéns da Cocapec. Através dos Comitês Educativos, uma importante ferramenta de comunicação da cooperativa com os cooperados, foram realizadas reuniões de apresentação do projeto nos sete comitês, localizados nas cidades de Claraval/ MG, Capetinga/MG, Pedregulho/SP, Itirapuã/SP e Patrocínio Paulista/SP, Jeriquara/SP e Franca/SP, todas com participação substanciosa dos cooperados que tiveram a oportunidade de conhecer a proposta e esclarecer possíveis dúvidas. Os presentes na AGE aprovaram o projeto de forma unânime. Para o cooperado Divino de Carvalho Garcia, do Sítio São Tomé, município de Patrocínio Paulista/SP, a modernização agilizará o processo de carga e descarga evitando filas no período da safra. Já para Niwaldo Antônio Rodrigues, da Fazenda Santa Cruz, Pedregulho/SP, a mudança é bem vinda e trará benefícios para o produtor e para cooperativa como a redução de custos. O projeto será uma mudança radical na forma de recebimento dos cafés dos cooperados pela cooperativa. Ele agilizará 28

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

todo o processo de logística, facilitando a movimentação física dentro dos armazéns, aumentando seu controle, melhorando a segurança e reduzindo tempo e custos. Tudo isso dentro de um sistema prático, de fácil utilização e compreensão e bastante confiável, permitindo mais integridade dos lotes dos cooperados, com total rastreabilidade, esta que é uma evolução tecnológica. Hoje, todo o recebimento de café na cooperativa é feito em sacarias de juta. O controle é manual e em papéis, o que torna o procedimento mais burocrático e oneroso. A infinidade de lotes é um fator dificultador, o que faz aumentar a quantidade de remoções. Outra desvantagem da sacaria é que ela deve ser adquirida toda safra, tornando hoje um custo para o cooperado. A descarga do café, no atual processo, requer um tempo considerável. Para se ter uma ideia, um caminhão padrão de 250 sacas, utilizando 7 homens, leva em torno 45 minutos para ser descarregado. O projeto de modernização não seguiu nenhum modelo pronto. A cooperativa, através da diretoria, setor de café, setor de armazenagem e conselho administrativo, visitou vários locais como armazéns gerais e cooperativas, e após diversas avaliações e análises, definiu-se o melhor para a realidade da Cocapec.


CAPA

ação doS armaZénS São a geral extraordinária

A leitura do Edital de Convocação iniciou a Assembleia

Anselmo Magno de Paula, gerente do Departamento de Café, fez a apresentação do projeto

Comitê Franca/SP

Comitê Ibiraci/SP

Comitê Pedregulho/SP

Comitê Jeriquara/SP

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 29


Comitê Claraval/MG

Comitê Capetinga/MG

Comitê Itirapuã/SP e Patrocínio Paulista/SP

Saiba como será o novo sistema de recepção da cooperativa A recepção de café poderá ser feita a granel, big bag e em sacaria. O processo começa com a instalação de um aparelho chamado tombador, onde o caminhão entra em uma plataforma, é travado por um pistão hidráulico, e após ser inclinado, descarrega todo o café a granel. Tudo isso é feito acionando apenas um botão. São necessários somente 2 homens e leva apenas 12 minutos para completar o trabalho. O cooperado poderá trazer seu café à cooperativa em qualquer tipo de veículo que possua uma carroceria. Ao lado do tombador, existe uma ponte rolante, equipada com um guincho que percorre em sentido transversal e longitudinal. Isso permite que o big bag seja retirado independentemente da sua posição dentro do veículo. Neste processo, utiliza-se 2 homens e 20 minutos para completar o descarregamento, refletindo assim uma economia de tempo e custo. Das duas formas citadas, o café seguirá para moega. Para garantir a idoneidade de cada lote, e para que ele não se misture com outro, um jato de ar é usado para retirar grãos, que por ventura possam

A modernização vai agilizar todo o processo de logística dentro do armazém

30

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

O tombador elevará o caminhão descarregando todo o café trazido a granel


permanecer dentro dela. Após ser descarregado, o café é encaminhado para cinco baterias de silos, onde cada um receberá um lote. O projeto visa agilizar todo Em seguida, todos os grãos são levados para um silo menor, onde é o processo de logística da pesado com exatidão. Neste processo, são retiradas amostras a todo o momento, o que garante uma análise mais fiel na hora de fazer cooperativa a classificação. Nas duas formas de recepção (granel e big bag), todo café será colocado em big bags padronizados da cooperativa, que possuem a capacidade de armazenagem de 20 a 25 sacas de 60 kg. As frações serão respeitadas e preservadas, ou seja, não é necessário preenchê-lo em sua totalidade. Os big bags da cooperativa terão uma identificação numérica por meio de um chip, código de barra ou uma tarjeta. Com isso será possível saber onde cada um foi acondicionado. As empilhadeiras serão equipadas com sensores e interligadas a uma central informatizada, que emitirá os comandos pré determinados ao empilhadeirista como: o local para onde o big bag deve ser levado, operador, horário e etc. Caso a empilhadeira realize um processo diferente do indicado, ela será bloqueada automaticamente. Todas as movimentações serão acompanhadas pelo controlador do armazém que receberá as informações instantaneamente, culminando para uma melhor gestão dos estoques físicos de café da cooperativa Já em relação à propriedade, cada produtor vai enquadrar dentro da sua realidade a melhor forma de transportar seu café para a cooperativa. Lembrando que o cooperado poderá trazer seu café a granel, em big bag ou até mesmo em sacaria de juta. A modernização dos armazéns acontecerá de forma gradativa. A proposta vai ser implementada já para a próxima safra comercial 2012/13. As melhorias serão feitas em todos os núcleos da cooperativa. Inicialmente os equipamentos serão instalados nas cidades de Franca/SP e Ibiraci/MG, pois são os locais que possuem usinas de rebenefício.

Nas duas formas de recebimento (granel e big bag), todos os cafés dos cooperados serão acondicionados em big bags padronizadas da cooperativa

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 31


SOCIAL

PROJETO ESCOLA NO CAMPO 2011 Os resultados das atividades desenvolvidas durante o ano foram apresentados em dezembro Cristiane Olegário Setor de Comunicação

N

este ano o projeto atendeu aproximadamente 525 alunos da 7ª série do ensino médio de toda a região, orientando os estudantes sobre a necessidade da preservação dos recursos naturais, conscientizando quanto à segurança no uso de defensivos agrícolas estimulando a produção de alimentos saudáveis. A primeira ação foi o encontro com os professores, no mês de junho, nesta ocasião recebemos a visita do grupo “Trilha da vida” – e da representante da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente parceira da Syngenta – Proteção de Cultivos, no projeto. A pedagoga trabalhou com os professores a importância do planejamento e realizou a elaboração do plano de ação de cada escola. No segundo momento do dia os professores se dirigiram para a Fundação do Café da Alta Mogiana, outra parceria do projeto; onde foi montada a oficina de educação ambiental “Trilha da Vida” que tem o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da preservação da natureza e os problemas ambientais, através de espaços que simulam o processo de destruição provocada pela ação humana. Para isso, os participantes utilizam-se dos 5 sentidos para o reconhecimento. No mês de agosto o projeto contou com a parceria do Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado de São Paulo); que ofereceu a 2ª formação dos professores que aconteceu no dia 13 de agosto, na Cocapec. O instrutor do Instituto Arte e Vivências trabalhou a temática da sustentabilidade desenvolvendo atividades teóricas e práticas, abrindo um 32 Revista COCAPEC Janeiro/Fevereiro 2012

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Aproximadamente 350 alunos participaram do encerramento do projeto

leque de possibilidades para os professores trabalharem com seus alunos. Aconteceram também as palestras sobre o cooperativismo e o uso de equipamento de proteção individual realizadas por colaboradores da Cocapec e Syngenta. Foi apresentado aos adolescentes a doutrina, conceitos e princípios do cooperativismo, seguindo uma breve apresentação sobre a Cocapec demonstrando através de alguns dados o número atual de cooperados e colaboradores, núcleos e cidades de abrangência e, suas marcas de café. O técnico agrícola e representante da Syngenta Flávio Nascimento, falou sobre o uso de defensivos agrícolas e o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para manipulação dos mesmos. Durante a apresentação o técnico questionava aos adolescentes sobre os conhecimentos a respeito da matéria abordada, que também puderam vestir e retirar o EPI de maneira correta. Em outubro foi realizada outra ação em parceria com o Sescoop/SP e os instrutores do Instituto Arte e Vivências, agora voltada para os alunos. Aconteceu entre os dias 17 e 27 de outubro, oficinas de Educação Ambiental com temas escolhidos pelas escolas, abrangendo adolescentes das cidades de Jeriquara, Ribeirão Corrente, Claraval, Capetinga e Ibiraci. Essa atividade contou também, com a parceria da Associação de


SOCIAL

As escolas participantes trouxeram os trabalhos elaborados durante o ano A exposição foi denominada de 1ª Mostra de Trabalhos do Projeto Escola no Campo

Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande que doou as mudas para a realização das oficinas de mini-horta que foram acompanhadas pela colaboradora Bruna Durães. Na escola E.E. Dr. José Teodoro de Souza em Capetinga/MG, a equipe do projeto foi convidada a assistir a apresentação preparada pelos professores e alunos composta de danças circulares, teatro, recital de poesia, todas relacionadas ao conteúdo trabalhado no projeto e ao cooperativismo. No dia sete de dezembro aconteceu no Parque Fernando Costa o encerramento do projeto, com a presença dos alunos de todas as escolas envolvidas. Os alunos participaram de atividades recreativas voltadas ao cooperativismo, realizaram trabalhos coletivos sobre a preservação do meio ambiente e também passaram pela experiência da Trilha da vida. Os adolescentes tiveram um espaço reservado para expor seus trabalhos, denominado de “1ª Mostra de Trabalhos do Projeto Escola no Campo”, e as escolas Janeiro / Fevereiro 2012 Revista COCAPEC 33

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SOCIAL

Os alunos tiveram a oportunidade de percorrer a Trilha da Vida

E.E. Dr. José Teodoro de Souza de Capetinga – MG e EMEB Jornalista Granduque José de Ribeirão Corrente trouxeram os resultados do ano todo de trabalho. O encerramento contou com o envolvimento e a presença de todos os parceiros do projeto como a Syngenta e Associação de Recuperação Florestal do Vale do Rio Grande. Participaram aproximadamente 350 alunos. As crianças participaram de uma oficina de mini horta

Utilizar apenas alguns dos cinco sentidos é a proposta da Trilha

Oficina de bio jóia foi uma das atividades durante o ano

Reunião de planejamento com os professores

Escolas participantes do Projeto: E.E. Dr. José Teodoro de Souza - Capetinga/MG E.E. Iarbas Rodrigues - Claraval/MG E.E Ibiraci - Ibiraci/MG EMEB Jornalista Granduque José - Ribeirão Corrente/SP EMEB Profª Wanderit Victal Ferreira Alves - Jeriquara/SP Programação: - Lançamento em abril; - 1ª Formação de professores em parceria com a Abrinq - junho; - 2ª Formação de professores em parceria com Sescoop/SP - agosto; - Visitas as Escolas com palestras Syngenta e Cocapec - agosto; - Oficinas de Educação ambiental em parceria com Sescoop/SP - outubro; - Encerramento e mostra de trabalhos - dezembro.

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.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012


SOCIAL

CAMPANHA NATAL COOPERATIVO QUEM DOA SANGUE MULTIPLICA VIDAS Cocapec e Credicocapec realizam campanha em prol do Hemocentro de Franca Luciene Reis / Murilo Andrade Setor de Comunicação

A

Colaboradores e cooperados se empenharam para ajudar o Hemocentro de Franca

Cocapec- Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas e a Cooperativa de Credito Rural Cocapec – Sicoob Credicocapec realizaram de 5 a 30 de dezembro a Campanha Natal Cooperativo. Pela segunda vez o foco escolhido para a Campanha foi a doação de sangue. A ajuda ao Hemocentro foi motivada pelo déficit de doações de sangue que a instituição enfrenta no período de final de ano, quando o número de doadores reduz de 30 a 35%. Normalmente, o Hemocentro de Franca recebe mensalmente cerca de 1300 doadores e precisa coletar em média 1.100 bolsas de sangue, suficientes para atender os 4 hospitais da cidade e mais 22 hospitais das cidades da região. Juntas, as duas cooperativas, com o empenho de

cooperados e colaboradores, arrecadaram 194 doações. Para as pessoas que não puderam doar sangue, houve a possibilidade de colaborar em dinheiro que, para supresa de todos, foram arrecadados aproximandamente R$ 18,2 mil, revertidos em de cestas básicas para instituições de Franca e região. O objetivo foi despertar a solidariedade dos seus colaboradores, cooperados, prestadores de serviços, fornecedores, clientes e parceiros à comunidade onde as duas cooperativas estão inseridas. Assim, elas atuam de forma a renovar a consciência da responsabilidade social de todos, tendo em vista uma sociedade justa e solidária, princípios nos quais todas as cooperativas estão alicerçadas.

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. Revista COCAPEC . 35


SOCIAL

IBIRACI E CLARAVAL RECEBEM CURSOS EM PARCERIA COM O SENAR/MG A oportunidade foi aprender sobre produção artesanal de alimentos e artesanato em tecidos Raquel Cintra Rosa Assistente Administrativo

A

Cocapec e o Senar/MG realizaram dois cursos de Produção Artesanal de Alimentos (quitandas), na região de Ibiraci. O primeiro promovido de 3 a 6 de outubro, na Fazenda Ribeirão do Ouro dos cooperados Ademar Tavares Rosa e Lourdes B. Cintra Rosa, e o segundo na Comunidade Aterradinho, no barracão cedido pelo padre Norival Sardinha Filho, de 14 a 17 de novembro. Nos cursos, os 23 participantes aprenderam técnicas de produção de bolos, pães, roscas, pudins, biscoitos e panetones, utilizando produtos típicos da região como: mandioca, fubá, inhame, abóbora, batata-doce, aveia, banana, laranja, aveia, polvilho e milho verde, incentivando o uso de produtos encontrados nas próprias casas, além de aumentar o valor nutritivo dos alimentos. No período de 31 de outubro a 4 de novembro, 10 mulheres participaram do curso de Artesanato de Tecidos – Patchwork e Montagem de Enxoval, na Fazenda Nossa Senhora Aparecida dos cooperados José Roberto Gomes e Lenir Cândida de Paula Gomes, na região de Claraval. No curso, as participantes aprenderam técnicas para trabalhar com retalhos, confeccionando almofadas, porta-objetos, luvas, xícaras decorativas além de receberem orientações para a montagem de colchas, tapetes entre outras peças. Em seguida, de 7 a 9 de novembro na Fazenda Mandioca dos cooperados Milton Antunes Cintra e Neli Ap. Melo Cintra, situada no município de Claraval, aconteceu o curso de Artesanato de Tecidos/Peças Femininas Básicas sob Medida. Neste curso, nove participantes aprenderam a confeccionar blusas e calças femininas sob medida, sendo ensinadas técnicas para utilizar molde, esquadro e fita métrica. curSoS previStoS pArA 2012

• Tratorista • Monitoramento de pragas e doenças • Produção Artesanal de Alimentos • Roçadora shindaiwa • Bovinocultura de leite • Artesanato de rendas bordados e 36

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Artesanato em tecido (patchwork), pura criatividade

Produção de enxovais é uma ótima opção para incrementar a renda As participantes do cursos aprenderam nova técnicas para produzir as quitandas

Mais informações: Núcleo Cocapec Ibiraci/MG Fone: (35) 3544-5000 com Raquel Rosa

congêneres • Aplicação de agrotóxicos • Manutenção e operação de colhedora automotriz • Manutenção e operação de máquinas de beneficiamento • Decoupage *Cursos sujeitos a alteração


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. Revista COCAPEC . 37


SOCIAL

PROGRAMA COOPERJOVEM 2011 Objetivo é integrar cooperativa, escola e a comunidade Cristiane Olegário Setor de Comunicação

O

Programa Cooperjovem tem como objetivo o incentivo à prática da cooperação e a disseminação do cooperativismo, buscando a integração entre as cooperativas e comunidades locais. Coroado de muito sucesso, o programa encerra mais um ciclo fomentando a qualidade de ensino e a integração dos diferentes sujeitos envolvidos no processo educativo. As escolas desenvolveram várias atividades durante o ano, entre essas, a formação dos professores que foi realizada na Secretaria Municipal de Educação de Franca pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/ SP) em parceria com as cooperativas locais – Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec); Cooperativa de Crédito Rural Cocapec (Credicocapec); Unimed/Franca; Cooperativa Nacional Agroindustrial (Coonai). Em setembro, aconteceu o 5º Encontro Estadual do Programa Cooperjovem, que objetivou aprofundar os estudos 38

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

“O Programa tem como objetivo o incentivo à prática da cooperação e a disseminação do cooperativismo”

dos educadores sobre a temática de planejamento participativo na escola e proporcionar a troca de experiências entre as cidades participantes do programa. Várias oficinas foram oferecidas para professores e alunos como: “Contação de Histórias” com Gyslaine Matos, importante personalidade do mundo pedagógico, de jogos cooperativos, para os alunos com o instrutor Sérgio Carvalhal, de educação ambiental, de “coleta seletiva”, com os instrutores do Instituto Arte e Vivências, onde puderam vivenciar a experiência da oficina de educação ambiental “Trilha da vida” e, para fechar o cronograma, os professores participaram de uma oficina sobre Planejamento Participativo Escolar. As escolas desenvolveram também ações conjuntas como a troca de cartas entre os alunos das instituições.


SOCIAL

Os alunos fizeram várias atividades com conteúdo cooperativista Alunos criam uma cooperativa de reciclagem para arrecadar dinheiro e irem ao teatro

Jogos cooperativos divertem os alunos

Encontro estadual dos professores do Cooperjovem

Início da formação dos professores

As escolas usaram a internet para divulgar seus trabalhos

As escolas registraram trabalhos excelentes desenvolvidos pelos alunos nos blogs correspondentes: http://cooperjovemsuelicontini.blogspot.com/ http://emebfaustoalexandre.blogspot.com/ http://cooperblogfranca.blogspot.com/

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. Revista COCAPEC . 39


SOCIAL

RENDA DO 10º ENCONTRO DE CRIANÇAS COOPERATIVISTAS É REVERTIDA PARA PACIENTES COM CÂNCER O hospital recebeu a doação de um complemento alimentar essencial para o tratamento Cristiane Olegário Setor de Comunicação

T

odos os anos o Encontro de Crianças Cooperativistas incentiva a solidariedade das crianças, solicitando no ato da inscrição alguma doação ou contribuição simbólica. A ação social proposta na décima edição foi a arrecadação de R$ 5 por inscrição, revertida para a compra do complemento alimentar Nutren 1.0 para os pacientes do Hospital do Câncer de Franca. As colaboradoras da Cocapec e Credicocapec foram recebidas no escritório do Centro de Voluntários da Saúde de Franca pela presidente da entidade e parte da equipe, que receberam a doação com muita satisfação e desvelo. A entrega foi realizada no dia nove de novembro de 2011. O Hospital do Câncer de Franca atende mais de mil e duzentos pacientes, sendo deste total 32 infanto-juvenis, com idade de 0 a 18 anos. Com uma equipe médica competente e serviços eficientes, o Hospital substituiu as penosas viagens dos pacientes, que tinham que procurar tratamento em outros centros e passavam o dia todo fora, muitas vezes esperando horas para realizar um procedimento quimioterápico. (Santa Casa, on-line).

+ 40

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

SAibA MAiS Sobre oS voluntárioS dA SAúde e deScubrA coMo AjudAr

O Centro de Voluntários da Saúde de Franca (CVSF) completou 10 anos de fundação. A ONG se formou em um de agosto de 2001, seis meses antes da inauguração do Hospital para que os voluntários já estivessem prontos quando o Hospital do Câncer de Franca abrisse as portas, o que aconteceu em seis de janeiro de 2002. Presta serviço voluntário para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares como agente de transformação social e solidariedade humana. Têm como missão ser referência regional de Voluntariado da Saúde, por meio da união de todos os esforços junto aos profissionais da área, na humanização dos hospitais possibilitando aos pacientes uma atitude otimista frente à doença, usufruindo das chances de tratamento oferecidas, num ambiente harmonioso e produtivo e com maior qualidade de vida. (Informações do site da Santa Casa e Centro de voluntários) Horário de atendimento da Secretaria: Responsável pela organização das atividades administrativas do CVSF e atendimento ao Voluntário e à Comunidade. De segunda à sexta das 7h às 12h e das 13h30 às 17h Av. Presidente Vargas, 2953 - Fundos Jd. Petráglia - CEP 14409-055 Franca SP Fone: (16) 3712 3083 Email: contato@voluntariadodasaude.com.br


CAFÉ E ALGO MAIS

O TRADICIONAL CAFEZINHO ENTRA NO CLIMA DO VERÃO Prepare deliciosas e refrescantes receitas em casa Meriellen Santos Setor de comunicação

N

osso tradicional cafezinho vem ganhando novas roupagens. E com a chegada do verão nada melhor do que beber um café gelado. É isso mesmo, apesar de ainda não ser muito popular no Brasil, ela vem ganhando espaço e agrada todos os gostos sendo uma bebida refrescante e muito saborosa. Segundo a barista Edy Barros, por ser diferente atrai a curiosidade das pessoas já que o café pode ser combinado com frutas como laranja, limão, coco, maracujá entre outras frutas e especiarias. Edy nos ensina a fazer quatro receitas fáceis para você preparar em casa neste verão.

Coffee Shake Ingredientes: 40 (ml) de café 3 bolas de sorvete de creme 5 (ml) calda de chocolate 1 colher (chá) creme de avelã 1 colher (sopa) ovo maltine 1 anis estrelado (para decorar)

modo de fazer: Preparar 40 ml de café e reservar. Decorar a taça com creme de avelã. Bater no liquidificador o café, sorvete, ovo maltine e uma pitada de anis. Despejar o conteúdo na taça. Decorar com calda de chocolate e anis estrelado. Servir com canudo e colher bailarina.

Batidinha com café

Cappuccino Gelado

Ingredientes: 40 ml de café 4 bolas de sorvete de creme 5 ml de calda de chocolate 40 ml de leite 1 pitada de canela 3 pitadas de cacau em pó 1 flor de chantilly

modo de fazer: Preparar 40 (ml) de café e reservar Decorar a taça com calda de chocolate Bater no liquidificador: café, sorvete, leite, uma pitada de canela e 3 de cacau em pó Despejar o conteúdo na taça, decorar com chantilly e servir com canudo e colher bailarina.

Shake Laranja café gengibre

Ingredientes: 40 (ml) de café 20 (ml) Sagatiba 40 (ml) de leite condensado 4 ou 5 pedras de gelo Canela em pó/rama

Ingredientes: 40 (ml) de café 4 bolas de sorvete de creme 5 (ml) calda de caramelo 40 (ml) de suco de laranja 1 pitada de gengibre

modo de fazer: Preparar 40 (ml) da café e reservar Bater no liquidificador: café, sagatiba, gelo e 1 pitada de canela. Despejar o conteúdo na taça Decorar com um pedaço de canela em rama e uma pequena pitada de canela em pó laranja e uma pitada de gengibre Despejar o conteúdo na taça Servir com canudo e colher bailarina

modo de fazer: Preparar 40 (ml) de café reservar Decorar a taça com calda de caramelo Bater no liquidificador: café, sorvete, suco de laranja e uma pitada de gengibre Despejar o conteúdo na taça Servir com canudo e colher bailarina

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COOPERATIVISMO

INTERESSE PELA COMUNIDADE Nesta edição, chegamos ao 7º e último princípio da doutrina cooperativista Meriellen Santos Setor de Comunicação

O cooperativismo é uma doutrina econômica que tem como principal objetivo a cooperação para obter uma sociedade mais justa e igualitária. E, para alcançar estes objetivos possui 7 princípios: 1° Adesão livre e voluntária 2° Controle democrático pelos sócios 3° Participação econômica dos sócios 4° Autonomia e independência 5° Educação, treinamento e informação 6° Cooperação entre cooperativas 7° Interesse pela comunidade Nessa edição chegamos ao último princípio: Interesse pela comunidade. As cooperativas agem de acordo com leis articuladas por seus membros para contribuir com o meio em que atuam, não só com seus cooperados mas com toda a sociedade. Dessa forma, são realizadas atividades para que as pessoas possam se desenvolver de maneira sustentável. Assim, o 7º princípio tem por finalidade desenvolver na

comunidade a formação moral, econômica, financeira e cultural sendo a cooperativa responsável por instruir e informar as pessoas para que possam se desenvolver. Preocupando-se com as futuras gerações citamos o programa Cooperjovem, que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo desenvolve desde de 2008, em parceria com a Cocapec, Credicocapec, Coonai e Unimed e leva às crianças do ensino fundamental educação cooperativista e seus princípios. Já o projeto Escola no Campo realizado pela Syngenta junto com a cooperativa, acontece desde 2001 e tem como objetivo conscientizar os estudantes da rede estadual e municipal, entre 11 e 12 anos, dos municípios atendidos pela Cocapec, sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente e mostrar a utilização correta defensivos agrícolas, visando a conservação dos recursos naturais, segurança alimentar e saúde dos aplicadores e consumidores. Dessa forma, o projeto ganha frente junto aos pais dos alunos que, na maioria dos casos, trabalham no meio rural. Juntos os projetos atendem a quase 900 crianças por ano. O sétimo princípio se preocupa com a formação cultural e temos como exemplo o Mosaico Teatral onde cooperativas se unem para trazerem peças para toda comunidade.

Sétimo princípio do cooperativismo Interesse pela comunidade – As cooperativas contribuem para o desenvolvimento da comunidade com a geração de empregos, produção, serviços e preservação do meio ambiente. 42

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CAFÉ E SAÚDE

CAFEZINHO BRASILEIRO VIRA PROTETOR SOLAR Pesquisa do IAC aponta substância extraída grão do café, capaz de bloquear raios ultravioleta Instituto Agronômico de Campinas (IAC)

P

aixão nacional, e internacional, o café que acorda muita gente pode ser consumido até na praia. Só que com uma diferença: como protetor solar. Pesquisa do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, demonstrou o potencial de uma substância extraída do óleo do grão do café, o caveol, capaz de bloquear raios ultravioleta. O uso da substância não se restringe à aplicação na pele e pode ser aproveitada em qualquer tipo de equipamento que necessite de proteção contra a radiação solar, como placas de asfalto nas estradas. O resultado é inédito e já tem pedido de patente. O óleo extraído do café contém inúmeras substâncias classificadas como saponificáveis ou insaponificáveis, ou seja, passíveis ou não de se tornarem sabão químico. O caveol é uma substância encontrada na matéria insaponificável. “O óleo do café é uma mistureba de coisas. O potencial para a descoberta de novos usos está na pesquisa”, afirma o pesquisador do IAC, Nilson Borlina Maia. A pesquisa com o óleo de café começou informalmente no Instituto em 2003, mas foi só em 2010 que a aluna da Pós-graduação IAC em Agricultura Tropical e Subtropical, Tais Aleriana Lucon Wagemaker, defendeu tese de mestrado comprovando o potencial do caveol. A Pós-graduanda foi orientada pelo pesquisador e diretor

do Centro de Café, Oliveiro Guerreiro Filho, e pela pesquisadora Cássia Regina Limonta Carvalho, do Centro de Recursos Genéticos Vegetais do IAC. O objetivo da pesquisa é descobrir usos alternativos para materiais já existentes. Esse potencial está no café, estudado no programa de melhoramento genético do IAC. “Não melhoramos a genética do café para descobrir o potencial do óleo, buscamos no material que já foi melhorado novas possibilidades”, afirma Maia, pesquisador do IAC, da Agência de Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O trabalho foi viabilizado por meio de uma parceria entre o IAC, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Linax, empresa que funciona dentro do IAC com recursos também da FAPESP, via projeto Pequenas Empresas (PIPE-FAPESP). A Linax trabalha em parceira com o IAC desenvolvendo pacotes tecnológicos sustentáveis no ramo de destilação de óleos essenciais. De acordo com Maia, o uso do caveol na proteção contra raios ultravioleta é apenas uma das pesquisas desenvolvidas pelo IAC nessa área. “O potencial do café está muito longe de ser esgotado. Através da pesquisa, é possível descobrir sempre um novo uso, nunca antes visto”, explica. O pesquisador também estuda, em parceria com a Unicamp, o efeito do óleo da bebida mais famosa do Brasil na cicatrização de úlceras cutâneas, ou seja, feridas. “Buscamos sempre usos inovadores para materiais que já existem”, completa. A pesquisa com o caveol já está concluída, mas depende de parcerias para chegar até o mercado consumidor. Janeiro / Fevereiro 2012

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CURTAS REUNIÃO GTEC MOGIANA DISCUTE SOBRE A CAFEICULTURA REGIONAL Nos dias 10 e 11 de outubro aconteceu a reunião do GTEC Mogiana Café, na cidade de Paulínia/SP. Na oportunidade, cerca de 25 pessoas entre produtores, agrônomos e pessoas relacionadas ao setor, discutiram diversos assuntos voltados a cafeicultura regional e nacional. O senhor João Alves de Toledo Filho, presidente da Cocapec, representou a cooperativa. O grupo ainda fez uma visita técnica às instalações da fábrica da Syngenta.

IAC ESCOLHE COCAPEC PARA VISITA TÉCNICA DE COSTARRIQUENHOS A Cocapec recebeu no dia quatro de novembro a visita de um grupo composto por integrantes da Companhia Costarricense Del Café, Instituto Del Café de Costa Rica e Ministério da Agricultura Ganaderia. O coordenador do setor técnico Roberto Maegawa, acompanhou os presentes que tiveram a oportunidade de conhecer toda a cooperativa. A Cocapec foi indicada pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) para representar a cafeicultura da Alta Mogiana.

REUNIÃO DE NOVOS COOPERADOS, MOMENTO DE DECISÃO Aconteceu nos dia nove de novembro mais uma reunião de novos cooperados. Comandada pelo Diretor Secretário Ricardo Lima Andrade, os presentes puderam conhecer mais sobre a cooperativa e os fundamentos do cooperativismo, e com isso ter uma base mais sólida para a tomada de decisão. Participaram produtores rurais das cidades de Franca, Ribeirão Corrente, Pedregulho, Claraval, Ibiraci, Jeriquara, Cristais Paulista, Sacramento e Capetinga.

21ª EDIÇÃO DO TRADICIONAL ENCONTRO DOS AGRÔNOMOS Foi realizado no dia 29 de outubro o 21º Encontro dos Agrônomos. Participaram profissionais de toda a região. A tradicional escolha do “Profissional do Ano” dessa vez aconteceu através de uma votação pela internet onde os próprios agrônomos escolheram João Augusto Dedemo Prado. Representando a Cocapec Roberto Maegawa, coordenador do setor técnico, disse que o encontro é uma ótima oportunidade de confraternizar e trocar experiências.

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PRODUÇÃO ANIMAL

EVITE SURTOS DA “MOSCA DO ESTÁBULO” O controle é muito difícil e requer cuidados do proprietário e também de seus vizinhos de cerca Paulo Henrique Andrade Correia Médico Veterinário da Cocapec

C

om a chegada das chuvas em nossa região inicia-se, também, as infestações da Stomoxys calcitrans chamada popularmente de mosca do estábulo, aquela mosca que “morde doído” e não deixa o gado pastar. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) as perdas com essa praga no nosso rebanho é de 40% a 60% na produção do leite e 15% a 20% do peso no rebanho de corte. O ciclo completo dessa mosca (ovo até fase adulta) é de 13 a 18 dias em temperatura de 24 a 30ºC e, em temperaturas frias, pode chegar até 5 meses para formar uma mosca. As fêmeas põem de 25 a 50 ovos e se desenvolvem em locais que contenham resíduos orgânicos de origem vegetal ou animal e com umidade elevada, como restos de silagem, palhas de café, palhas de cana picada, fezes de bovinos e suínos fermentadas com urina e restos de forragens ficadas. A mosca do estábulo se alimenta de sangue de equínos e bovinos, mas podem parasitar outros animais e picar até o homem, produzindo feridas. Além da perda do sangue provocada por essa mosca, suas picadas são muito doloridas, gerando estresse e mudando o comportamento dos animais que geralmente se juntam em grupos para se protegerem e conseguirem pastar. Estes insetos podem ainda, ser vetores para transmissão de algumas doenças para os bovinos e equinos, como por exemplo, a brucelose.

A mosca do estábulo se alimenta de sangue de equinos e bovinos

O controle dessa mosca é muito difícil e requer muitos cuidados do proprietário e também de seus vizinhos de sítio ou fazenda:

1-M anter semprea h igiened asa lojamentosen ãod eixarr estos de alimentos nas instalações leiteiras ou confinamentos.

2- Remover e esparramar, em área própria, os resíduos alimentares, bem como, as fezes dos animais, pois são as fontes de criação de larvas da mosca.

3- Realizar a incorporação da palha de café ao solo, de imediato, quando depositada nas lavouras de café.

4- Usar, quando necessário, inseticidas que sabidamente funcionam, na dose correta, com origem reconhecida e registro para uso em animais.

5- Conversar com seus vizinhos para que façam o mesmo, diminuindo o problema de todos.

6- Procurar a assistência técnica quando perceber que os produtos de controle não estão fazendo o efeito desejado por mais que sigam corretamente as recomendações das bulas.

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BOLETIM Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e no núcleo de Capetinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos cinco anos.

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anos Ano 2007 2008 2009 2010 2011 Média

jan 545 325 382 461 328 408,2

fev 175 230 228 158

mar 113 128 282 274

145 365 187,0 232,2

abr 117 108 53 16

mai 45 38 58 17

jun 4 32 32 12

jul 72 0 21 1

ago 0 26 30 0

146 88,0

1 31,8

29 21,8

0 18,8

24 16,0

set 3 39 137 110 32 64,1

out nov dez 75 190 273 87 168 410 382 77 262 102 339 221 115 135 274 128,2 181,8 321,0

*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico*

nos úl mos 5 anos

Ano

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

set

out

nov

dez

2007 2008 2009

745 573

238 236

135 116

66 78

61 40

0 5

0 0

0 26

69 37

58 113

217 222

280 428

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

389

2010

327

95

206 538 399 120 479,6 187,6 256,2

51

12

6

0

0

87

116

136 99,2

0 33,4

8 8,0

0 3,4

2011 Média

*Dados em milímetros ob dos no núcleo da Cocapec

46

.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

8 0 10,0 65,8

235 302 186 161 268 125,8 219,0 320,0


Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F** 2010 R$

Média mensal do preço* de Soja

US$

R$

US$

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

280,75 278,68 279,70 282,18 289,46 305,99 302,36 313,93 328,23 327,15 355,51 387,04

157,51 151,36 156,48 160,51 159,35 169,18 170,77 178,37 190,88 194,01 207,33 228,21

433,37 495,98 524,27 524,41 530,76 514,99 457,81 470,62 511,57 490,45 493,83 491,35

258,54 297,29 315,94 330,82 329,11 324,35 292,92 249,68 292,51 277,34 275,48 267,28

Média Anual

310,92

177,00

494,95

296,36

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

R$

US$

R$

US$

39,80 37,70 34,14 34,49 35,59 36,16 38,58 41,32 42,59 44,88 48,96 48,52

22,36 20,50 19,10 19,62 19,59 19,99 21,79 23,47 24,77 26,61 28,55 28,61

49,63 49,28 49,54 47,19 47,83 47,88 48,50 49,38 51,94 48,47 47,74 47,70

29,61 29,54 29,86 29,76 29,66 30,16 31,04 30,92 29,69 27,41 26,64 25,94

40,23

22,91

48,76

29,19

Média mensal do preço* de Milho

Média mensal do preço* de Boi

2010 2011

2010 R$

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

75,70 77,03 79,03 82,33 80,81 82,16 84,12 88,95 93,49 100,62 113,01 104,90 88,51

US$

R$

US$

42,47 41,84 44,22 46,83 44,49 45,41 47,51

59,66 65,91 61,85

103,07 104,30 105,46 104,23 100,41 97,22 99,34 101,15 98,57 99,77 106,17 101,75

61,49 62,52 63,55 65,74 62,26 61,23 63,57 63,34 56,34 56,43 59,24 55,35

50,43

101,79

60,92

50,54 54,37

2011

2010

2011

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2011

R$

US$

R$

US$

19,66 18,35 18,46 18,16 18,67 19,43 18,81 20,57 24,35 25,15 28,29 28,26

11,04 9,96 10,33 10,33 10,28 10,73 10,62 11,69 14,16 14,92 16,49 16,72

30,35 31,68 31,44 29,94 28,69 30,75 30,31 30,20 31,92 30,75 29,81 28,17

18,11 18,99 18,94 18,88 17,79 19,36 19,39 18,31 18,23 17,39 16,66 15,32

21,51

12,27

30,33

18,16

Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 47


INAUGURAÇÃO DO PAC 03 Tassiane Vaismenos Credicocapec

N

o dia 30 de novembro às 19h o Sicoob Credicocapec recebeu seus cooperados e familiares no Salão do Mosteiro em Claraval/ MG, para inauguração do novo PAC (Posto de Atendimento ao Cooperado) instalado nas dependências da Cocapec nesta cidade. A cerimônia realizada para marcar o evento contou com a presença da Diretoria da Credicocapec, da Cocapec, representantes da Cocecrer e Bancoob, assim como, representantes do conselho Administrativo e Fiscal da Credicocapec. Também estiveram presentes autorida- Mesa solene des do município, o prefeito Juscelino Batista Borges, o vice Nilton Luiz de Lima, o presidente da Câmara Honoroalde Carrijo Silvério, vereadores e o Padre André do Mosteiro Nossa Senhora do Divino Espírito Santo. Para registrar o momento, foi convidado Hiroshi Ushiroji superintendente do Sicoob Credicocapec e o Sr. David de Andrade Conselheiro do Bancoob, para o descerramento da placa de inauguração do novo PAC. Para a finalização da cerimônia o padre André realizou a benção acompanhada por uma oração. Após a solenidade os cooperados e familiares foram convidados para um coquetel oferecido para mais de 600 pessoas que prestigiaram o evento. Essa nova conquista mostra que a Credicocapec acredita em seus cooperados e agradece a participação, fidelidade e confiança depositada nesses 20 anos de história construída por todos. Diretoria da Credicocapec recepcionou os cooperados de Claraval

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.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

Horoshi Ushiroji e David de Andrade, fizeram o descerramento da placa inaugural

Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento


SICOOB CREDICOCAPEC PARTICIPA DO VIII SEMINÁRIO DO SICOOB CENTRAL COCECRER

N

os dias 31 de outubro e 01 de novembro de 2011 foi realizado no Royal Palm Plaza Resort em CampinasSP o VIII Seminário do Sicoob Central Cocecrer, que contou com a presença de várias autoridades e representantes do meio cooperativista, além de cooperados, diretores, conselheiros e funcionários das cooperativas singulares. O SICOOB CREDICOCAPEC participou com a presença de Maurício Miarelli – Diretor Presidente, Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida – Diretora de Crédito Rural, dos Conselheiros Administrativos, Divino de Carvalho Garcia, Elbio Rodrigues Alves Filho, Paulo Henrique Andrade Correia e dos funcionários Alberto Roccheti Netto – Gerente Geral, Rodrigo de Freitas Pimenta – Gerente Administrativo/Financeiro e Gabriela Siqueira Coelho Silva – Agente de Controle Interno. O tema do VIII Seminário foi “Economia e Recursos Humanos”, sendo ministradas diversas palestras voltadas a gestão de pessoas, recursos humanos em governança, cenário econômico mundial, cooperativas de crédito no Brasil e no mundo, política agrícola e crédito rural, tendências do ramo de crédito no Brasil e legislação trabalhista. O evento ainda contou com a presença do Técnico da Seleção Brasileira de Vôlei, Bernardinho Rezende, que ministrou a palestra “Como formar uma equipe vencedora” e pelo Ex- Presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, que ministrou a palestra “Cenário Colaboradores da Credicicapec participaram do VIII Seminário do Sicoob

Variedade de palestras marcaram o evento

econômico mundial: reflexos na economia mundial, com destaque para o cooperativismo de crédito”. As palestras, de modo geral, proporcionaram aos participantes uma visão global do cenário econômico atual do Brasil e do mundo, destacando a atual situação das cooperativas de crédito, além da importância da gestão de pessoas, focado no relacionamento em equipe e do papel das lideranças para alcançar o sucesso.

Informativo A devolução de cheque é algo muito conhecido para quem trabalha com esta forma de pagamento, mas existem vários motivos para que isso ocorra. Um deles é o motivo 48, normalmente ocorre quando o cheque é emitido com valor igual ou superior a R$ 100 (cem reais) com ausência de identificação do beneficiário. Para evitar devolução do seu cheque, basta ter cautela e atenção na hora do preenchimento identificando o beneficiário. Fique atento! O SICOOB CREDICOCAPEC está à disposição para prestar esclarecimento sobre o assunto. Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 49


CONHEÇA SUA COOPERATIVA

VENDAS DE INSUMOS E APOIO COMERCIAL

Meriellen Santos Setor de Comunicação

Equipe Vendas de Insumos e Apoio Comercial

O

setor de Insumos e Apoio Comercial tem a função de atender as necessidades dos cooperados no que diz respeito a sacarias, fertilizantes, defensivos agrícolas, sementes de milho/ pastagens e corretivos agrícolas. Resumindo, o setor fornece todos os insumos necessários para tratos culturais das lavouras de café, milho, cana, entre outros. O setor de Insumos é responsável pela compra, venda e controle destes produtos, garantindo ao cooperado a qualidade e segurança de sua mercadoria desde a aquisição até o momento da entrega. Através dos vendedores, a cooperativa disponibiliza várias condições de pagamento com o intuito de oferecer aos seus cooperados, a melhor forma de adquirir seus produtos. Lembrando que para qualquer plano de comercialização, o cooperado deve estar com sua documentação regularizada através de atualização cadastral. O apoio comercial auxilia nas operações efetuadas pela área comercial como faturamento, emissão de notas fiscais, ordens de compra, vendas, relatórios comerciais e controles diversos que facilitam o trabalho não apenas do setor Insumos, mas de vários outros setores da cooperativa. Outra atividade é o controle de recebimento dos pedidos de financiamento e trocas, emitidos pelos agrônomos e vendedores internos. Após preparar toda a documentação necessária, o setor repassa o pedido para o comitê de avaliação da cooperativa que leva em torno de cinco dias úteis para concluir a avaliação e liberar o pedido para o faturamento. Nossos colaboradores também são responsáveis pelas operações internas como transferências de mercadorias da Matriz para outros núcleos da cooperativa e emissão de documentos e relatórios para controles internos de mercadorias.

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.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012

colAborAdoreS do Setor vendAS de inSuMoS e Apoio coMerciAl José de Alencar Coelho Junior Gerente Comercial 3711-6236 gerencia.comercial@cocapec.com.br José Roberto Flávio Coordenador de Fertilizantes 3711-6243 compras.fertilizantes@cocapec.com.br Valmir José de Souza Vendedor de Insumos 3711-6204 apoio.fertilizantes@cocapec.com.br Walter Calzavara Neto Vendedor de Insumos 3711-6284 vendasfertilizantes.matriz@cocapec.com.br Weyslam Natan da Silva martins Vendedor de Insumos 3711-6248 vendasdefensivos@cocapec.com.br David mateus Alves Vendedor de Insumos 3711-6262 vendasinsumos@cocapec.com.br Wagner Inácio Junqueira Junior Assistente Comercial 3711-6245 apoio.insumos@cocapec.com.br Pedro Perenti Vitor Assistente Comercial 3711-6249 auxiliar.insumos@cocapec.com.br Jacqueline Aparecida da Silva Assistente Comercial 37116249 suporte.insumos@cocapec.com.br Jean Carlos de Barros Auxiliar Administrativo Aprendiz 3711-6249 suporte.insumos@cocapec.com.br


Janeiro / Fevereiro 2012

. Revista COCAPEC . 51


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.Revista COCAPEC . Janeiro/Fevereiro 2012


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