Revista Cocapec 80

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editorial

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A colheita da safra de café do Brasil já começou. É a hora de colhermos os frutos tão esperados de qualquer ciclo produtivo mas acima de tudo materializar todo esforço de produção que se inicia desde a implantação de uma lavoura e que se estende por todas as etapas de condução destas. Realmente, colheremos aquilo que é fruto de nosso trabalho. A Cooperativa, no período que precedeu o início da colheita, coordenou e apoiou diversas ações no sentido de orientar seus cooperados quanto à melhor forma de buscar aumento de produtividade e qualidade do café através das realizações de dias de campo com a presença constante de nossos cooperados. Neste sentido, também apoiou a ação dos Sindicatos Patronais da região para que os cooperados e produtores rurais fossem bem orientados quanto à legislação trabalhista para as áreas rurais, sintetizado na NR 31. De qualquer forma, ficou claro que o setor de produção agrícola merece rediscutir esta normativa para tentar adequá-la à realidade rural. Regionalmente, iniciamos no mês de junho de 2012 os trabalhos de colheita da safra de café da Alta Mogiana. A Cooperativa, como já discutido anteriormente, buscou fazer a parte que lhe compete, dando apoio e proporcionando melhores condições na oferta de serviços e produtos a seus cooperados e, neste sentido, realizou o projeto de informatização e granelização do recebimento de cafés no núcleo de Franca/SP e Ibiraci/SP entendendo que este investimento fora amplamente discutido com nossos cooperados desde o ano passado e, que agora, uma nova fase de adaptação se inicia normal em qualquer processo de mudança, principalmente quando de novos conceitos, seja na lavoura ou em qualquer fase da cadeia produtiva. A dimensão da safra deste ano tem sido frequentemente discutida pelos agentes do mercado cafeeiro, sendo que no Brasil é divulgada oficialmente pela Conab que se apoia em dados e informações de diversos agentes produtivos espalhados pelas áreas cafeeiras do Brasil. Mas, a agricultura e a cafeicultura em especial, sofrem influências de fatores não controlados totalmente pelo homem, principalmente os climáticos. Neste início de safra, as chuvas de junho ocorreram fora de um padrão histórico o que tem deixado apreensivos os cafeicultores da Alta Mogiana e de outras regiões produtoras, pois, as precipitações ocorreram tanto em volume e frequência nas diversas áreas do Sudeste, como sul de Minas Gerais, Cerrado e São Paulo e também no estado do Paraná o que pode mudar as previsões iniciais de quantidade e qualidade da safra brasileira. Desta forma, os produtores precisarão rever suas programações de colheita para retirarem estes cafés o mais rápido do solo, e aí, a disponibilidade de equipamentos adequados e eficientes para a mecanização das operações de varreção podem fazer toda a diferença para nossos cooperados. É o que esperamos de nossos cooperados, ou seja, que todo planejamento efetuado por eles possa realizar-se mesmo que situações adversas ocorram e que aparentemente comprometam a colheita dos frutos de nossos trabalhos.

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frutos do trabalho

Ricardo Lima de Andrade Diretor Secretário


Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho – Diretor-presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administrativo Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça

Conselho Fiscal Cocapec Zita Cintra Toledo Cyro Antônio Ramos André Luis Cintra

eXpediente

Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052 Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

Núcleos Capetinga: (35) 3543-1572 Claraval: (34) 3353-5257 Ibiraci: (35) 3544-5000 Pedregulho: (16) 3171-1400

Diretoria Executiva Credicocapec Maurí cio Miarelli - Dir. Presidente José Amâncio de Castro - Dir. Administrativo Ednéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

ÍndiCe 10 téCniCa 16 téCniCa 20 espeCial dia de Campo Planejamento para o plantio

Coleta anual de embalagens continua com sucesso

Fundação Procafé promove dia de campo

32 soCial 39 Cooperativismo Cocapec promove a Sipat 2012

Ano Internacional do das Cooperativas

Conselho de Administração Credicocapec Carlos Yoshiyuki Sato Divino de Carvalho Garcia Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia

44 CrediCoCapeC

Treinamento: Certificado Profissional ANBIMA - CPA -10

Conselho Fiscal Credicocapec Hélio Hiroshi Toyoshima João José Cintra Ricardo Nunes Moscardini

Credicocapec Fone (16) 3712-6600 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SP PAC - Pedregulho:(16) 3171-2118 PAC - Ibiraci (35) 3544-2461 PAC - Claraval (34) 3353-5359 credicocapec@francanet.com.br - www.credicocapec.com.br

Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/3711-6291 apoio.revista@cocapec.com.br revista@cocapec.com.br

Diagramação Ideia Fixa Publicidade e Propaganda Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.700 exemplares Home Page www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

ed. 80 Julho / agosto 2012 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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24 Capa granelização da CoCapeC em fase final


EVENTOS

Cooperados reCebem orientações trabalhistas Evento esclarece principais dúvidas dos empregadores rurais Alda Batista de Souza Assistente de Segurança do Trabalho

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om o início da safra, os agricultores que precisam contratar mão-de-obra devem estar atentos sobre alguns procedimentos trabalhistas. Pensando nisso, os Sindicatos Rurais de Franca, Pedregulho, Itirapuã, Patrocínio Paulista, Ibiraci e Capetinga, com o apoio da Cocapec e Sicoob Credicocapec, realizaram no dia oito de maio, uma palestra sobre a Norma Regulamentadora 31 (NR 31) que trata sobre assuntos de Segurança e Saúde no Campo. O Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Jamil José Leonardi, foi o responsável pelas informações. Cerca de 190 pessoas entre auditores fiscais do trabalho, agricultores, cooperados, representantes dos sindicatos de trabalhadores rurais, sindicatos patronais, escritórios de contabilidade e alunos de escolas técnicas estiveram presentes. O objetivo foi informar os proprietários sobre como realizar as atividades rurais minimizando os riscos com a aplicação da NR 31. Os participantes tiveram ainda a oportunidade de saber mais sobre a gestão de segurança, implementação de ações de prevenção aos acidentes e enfermidades, a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os produtores obtiveram informações sobre legislação trabalhista

e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), resolução de conflitos trabalhistas e itens prioritários da legislação trabalhista como registro em carteira, recolhimento do FGTS, horas extras, etc. A partir da próxima edição, a Revista Cocapec fará uma série de reportagens sobre as orientações trabalhistas e mostrará como proceder para estar dentro da legislação.

As dúvidas dos produtores foram sanadas pelo delegado

O objetivo foi informar os proprietários sobre como realizar as atividades rurais com saúde e minimizando os riscos aplicando a NR 31

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TÉCNICA

podas e Condução do Cafeeiro Prática permite manter ou restabelecer produtividade da lavoura Felipe de Carlos Ferreira Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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sistemas de condução: - Abertos, a livre crescimento; - Periodicamente abertos, com podas corretivas; - Sempre fechados (lavouras adensadas); - Com poda programada ou safra zero. Porque utilizar-se da poda Existem várias finalidades na aplicação das podas em cafezais, sendo as principais: a) Evitar o problema de fechamento dos cafeeiros; b) aumentar a área de ramos produtivos em plantas debilitadas, cinturadas, deformadas, compactadas, etc; c) acelerar e adequar a recuperação de cafeeiros atingidos por geada, granizo, raio, secas, etc; d) renovar a estrutura primária, as hastes e a copa de cafeeiros, também promovendo o seu reequilíbrio com o sistema radicular; e) eliminar excesso de hastes ou de plantas; f) reduzir a altura das plantas, para facilitar os tratos e a colheita (principalmente a mecanizada); g) melhorar o ambiente (arejamento, insolação) dentro do cafezal, para reduzir a incidência e facilitar o controle de certas pragas e doenças (Broca, Ferrugem, Phoma); h) melhorar ou programar a produção das plantas. Outras 2

Fonte: Manual de Recomendação Procafé

A

poda do cafezal deve ser realizada após observar sua real necessidade, o que deve ser feito com a ajuda de um técnico. Podar desnecessariamente acarreta perda de produção, sem falar no custo adicional. A tradição na cafeicultura brasileira é a condução do cafeeiro (de variedades arábica) a livre crescimento, sem a adoção de podas, sendo a lavoura mantida aberta, exigindo, para isso, espaçamentos maiores, principalmente nas ruas (entre linhas), ficando ali sempre um vão livre. Um sistema de condução utilizado é o de podas somente de forma corretiva, para eliminar problemas que aparecem eventualmente, como aqueles provocados por excesso de hastes e fechamento nos sistemas abertos, ou para reabrir as lavouras nos sistemas adensados. Essas podas corretivas podem ser empregadas anualmente, para corrigir plantas que se desgastaram por deficiências/excessos de nutrientes, ataque de pragas ou doenças, manejo e condução de tratos culturais inadequados, ou em ciclos maiores de acordo com a necessidade. Nos últimos anos, um número crescente de propriedades tem introduzido o conceito de safra zero, sendo programada poda (por esqueletamento) a cada 2-4 anos, logo após o ano de safra alta, procurando zerar a safra no ano de baixa. Em relação às podas de cafeeiros arábica existem 4


TÉCNICA

finalidades, de caráter especial, podem ser previstas com o uso de podas, sendo: facilitar o repovoamento, replantio ou substituição da lavoura e diminuir gastos na lavoura em períodos de preços baixos de café. Em resumo, as podas objetivam manter ou restabelecer bons níveis de produtividade nos cafezais, combinados com as facilidades de manejo nas lavouras. Quando ocorre o fechamento de cafezais devido ao crescimento exagerado das plantas, cujas hastes se vergam para o meio das ruas, reduz-se a insolação sobre os ramos produtivos, especialmente aqueles mais baixos (saia), que passam a produzir pouco e morrem (derramagem da saia). A evolução deste quadro causa a formação de verdadeiros túneis, ficando a produção restrita à parte alta das plantas (ponteiros). A utilização de variedades de porte alto (como o Mundo Novo, Icatus e Conillon), o uso de espaçamentos menores, (na rua e na linha) a condução com várias hastes por plantas, sem desbrota, e o emprego de adubações pesadas (principalmente exageradas em nitrogênio) são fatores que aceleram o fechamento. Lavouras fechadas têm a maioria dos tratos dificultados, principalmente em áreas mecanizáveis. As pulverizações, a colheita e a adubação têm menor rendimento operacional, além disso o sombreamento provocado favorece o microclima para o desenvolvimento da Broca, da Ferrugem e da Phoma, provocando ainda o atraso na maturação dos frutos e tendência de piorar a qualidade do café devido a seca lenta e às fermentações decorrentes de um ambiente mais úmido. Os problemas de fechamento constituem a causa principal na utilização de podas na cafeicultura brasileira e em função do seu estágio são adotados vários tipos de poda, de forma menos ou mais drástica, ou seja, com maior ou menor eliminação de ramos. Logo, a condução dos cafeeiros através de desbrotas anuais, eliminando o excesso de hastes, reduz o fechamento da lavoura. IMPORTANTE: podar na época ou de modos errados pode significar não só perdas em produção, como desperdício de material vegetal, acumulado à custa de investimentos feitos na nutrição e outros tratos dispensados à lavoura e cuja reposição necessitará tempo e novos investimentos. ÉPOCAS DE PODAR: as podas devem ser efetuadas sempre após uma safra alta ou de uma perspectiva de colheita baixa no ano seguinte. Deste modo, a perda de produção fica reduzida. A época do ano indicada para a poda é o período compreendido entre o término da colheita e o reinício das chuvas, normalmente em agosto/setembro. Se a poda for executada atrasada, de dezembro em diante a brotação é prejudicada, consequentemente a produção do ano seguinte será menor.

TIPOS DE PODAS: As podas são classificadas em 4 tipos: 1 – Recepa: Poda baixa, drástica, com eliminação de 100% da parte aérea, exigindo mais tempo de recuperação, recomendada para casos extremos como: geada drástica e perda de ramos laterais da saia do cafeeiro devido o fechamento da rua. 1.1 – Recepa alta: Promove uma rápida brotação, devido aos ramos laterais, “ramos pulmões”, manterem a produção de energia através da fotossíntese. Quando não se observa ramos laterais vivos até a altura de 80 cm, aplica-se a recepa baixa.

Recepa alta: com “ramos-pulmões” (esquerda) e após a desbrota (direita)

1.2 – Recepa baixa: É feita no tronco a uma altura de 30-40cm do solo.

Recepa baixa: sem “ramos-pulmões” (esquerda) e após a desbrota (direita)

Obs: A desbrota na recepa é feita de modo que se deixe os brotos mais bem implantados, saindo da parte média à baixa Julho / Agosto 2012

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TÉCNICA

do tronco, para dar origem a ramos secundários mais juntos ao solo, deixando os brotos coincidirem na direção da linha. A quantidade de brotos a serem conduzidos por planta está relacionada com o espaçamento, principalmente a distância na linha. Para distâncias menores que 1m deve-se conduzir somente um broto/planta, de 1m a 1,5m pode-se conduzir de 1 a 2 brotos e com 1,5m ou mais conduzir 2-4 brotos/cova. 2 – Decote: Corte do ponteiro do cafeeiro a altura variável, geralmete de 1,8m a 2,20m, sendo aumentada a produção da menor para a maior altura. Tem a finalidade de recuperar a parte superior quando houver deformação e reduzir a altura da planta para facilitar os tratos culturais.

3 – Esqueletamento ou poda lateral: Poda que elimina quase toda parte vegetativa da planta, ficando somente o “esqueleto central” formado pelo tronco e as bases dos ramos de produção. O corte é feito verticalmente, distante do tronco em torno de 40cm, sendo indispensável neste tipo de poda a planta possuir muitos ramos laterais vivos e o tronco principal em perfeito estado. Geralmente é seguida de um decote e ocorre recuperação total da planta em um ano, desbrotas de ramos ladrões saídos do tronco são necessárias, podendo deixar uma única haste no ponteiro, ou desbrota total. Ao contrário do que se pensa, deixar de adubar ou de fazer os tratos fitossanitários regulares em uma lavoura em que se prevê o esqueletamento após uma safra alta pode provocar retardamento na brotação e pouco vigor.

Decote

Poda lateral ou esqueletamento (esquerda) e após a brotação (direita)

Decote com condução de brotação

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3.1) Desponte: É também uma poda lateral semelhante ao esqueletamento, porém realizada mais distante do tronco: acima de 50 cm. 4-Decote herbáceo: Tem a finalidade principal de limitar a altura do cafeeiro, visando facilitar a colheita, facilitar tratos culturais, forçar o desenvolvimento de ramos da saia, aumentando a área de produção nessa parte da planta. As podas promovem a remoção de partes da planta – folhas, ramos e troncos – que representam enormes quantidades de nutrientes acumulados.


TÉCNICA

Estimativa da extração de nutrientes nas partes podadas 1904 covas/ha Elemento

Recepa 0,40cm

1,0m

320

294

181

15

286

Decote 1,5m

2,0m

Decote + esqueletamento 1,5m

162

80

261

10

4

16

266

168

78

273

149

139

63

33

101

60

33

16

8

26

10

9

6

3

10 249

Kg/ha

N P K Ca Mg S

g/ha

B Cu Fe Mn Zn

351

339

162

83

232

219

124

51

192

2805

2378

1368

543

2088

798

778

264

142

441

174

151

74

28

121

Fonte: Garcia et al. 1986

Também promovem a redução do sistema radicular, em consequência da redução da parte aérea da planta, sendo as perdas proporcionais à intensidade da poda. Essa morte é gradual e persiste até aos quatro meses na recepa e esqueletamento (podas drásticas) e já ocorre recuperação a partir dos dois meses para decote. Mortalidade de raízes de cafeeiros em vários tipos de podas -cafezal Mundo Novo, 7 anos, 3,5x1,5m (3,4 hastes/cova) Tipos de Podas Recepa Esqueletamento Decote Test. sem poda

% de raízes vivas (em peso) Aos 30 dias

Aos 60 dias

Aos 120 dias

Média

87

32

17

44

75

37

17

42

90

55

77

77

100

100

100

100

Fonte: Miguel, Oliveira, Matiello e Fioravante - Anais 11º CBPC, p.240-1

Equipamentos para a realização da poda manual

Com o advento da mecanização intensiva, tendo a finalidade de reduzir a mão-de-obra, tem-se um grande número de passadas do trator na rua, podendo causar a compactação do solo. O momento ideal para avaliar este impacto é após a poda, principalmente se for por decote ou esqueletamento, pois poderá realizar a subsolagem de ambos os lados da linha do cafeeiro, uma vez que grande parte das raízes morrerão após a poda da planta.

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planeJamento para o plantio É necessário que o cafeicultor junto com seu técnico faça um planejamento antecipado desta ação Pedro Henrique dos Santos Engenheiro Agrônomo/Uniagro

P

Fonte: Café Arábica do Plantio à Colheita

ode até parecer cedo para falar sobre plantio, mas para quem tem essa intenção a hora é agora. Sabemos que um bom planejamento pode garantir sucesso, por isso analisar tudo com antecedência é necessário. Ao decidir implantar uma lavoura de café é imprescindível que o produtor considere alguns pontos essenciais, como a disponibilidade de recursos financeiros, área a ser implantada, a escolha do cultivar, dentre outros. Sendo estes fatores os responsáveis pelo tipo de manejo que será realizado na lavoura. É preponderante que o cafeicultor tenha capricho e atenção nesta etapa, pois uma lavoura mal instalada dificilmente será passível de correção, sendo este momento o mais importante em qualquer cultivo. É necessário que o produtor, juntamente com seu técnico, faça um planejamento antecipado para saber quantas mudas vão precisar, a quantidade de calcário, adubo e esterco a ser aplicado no sulco, com objetivo de obter um plantio organizado, não passando por problemas neste momento.

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Escolha de variedades com diferentes épocas de maturação permitem melhor planejamento na colheita


TÉCNICA

O café tem melhor desenvolvimento em solos de estrutura média a argilosa, sendo os arenosos e muito argilosos de difícil manejo, logo, se possível, evitar estes locais. Em relação à declividade, os relevos pouco ondulados e ondulados são os de menor ocorrência de erosão e os possíveis de mecanização. É importante lembrar que, a erosão está ligada ao carregamento dos nutrientes e da matéria orgânica, diminuindo assim a eficiência das adubações. Outro fator que influencia o cultivo de café é a presença de pedras e cascalhos no solo, pois em elevada quantidade, impossibilita o uso de máquinas e equipamentos agrícolas. Outra observação a ser analisada é em relação à profundidade efetiva ou máxima na qual não existem impedimentos físicos (camadas compactadas) e químicos (presença de Alumínio) restritivos para as raízes crescerem. O café pode crescer em solos pouco profundos, cerca de 1m, e a maior parte das raízes se localizam na superfície. Porém, a presença de camada compactada na subsuperfície pode prejudicar a drenagem de água na época das chuvas, o que compromete o sistema radicular que pode morrer por não permitir que as raízes respirem. Além de impedir que elas explorem melhor o solo, sendo assim, no período da

Sulcamento mecanizado tem melhor rendimento sendo menos trabalhoso

seca a planta fica com dificuldade de absorver água. É necessário o conhecimento da parte química do solo para tomar certas atitudes em relação ao tipo de manejo que será adotado. Para conhecer a fertilidade é indispensável realizar uma amostragem de solo de 0-20 cm e 20-40 cm, com isso é possível analisar a quantidade de nutrientes presentes, o pH e a quantidade de alumínio necessários para fazer a correção e deixar em quantidades ideais para o crescimento e desenvolvimento da planta. Ações para conservar o solo precisarão ser tomadas com a intenção de diminuir a erosão, sendo assim, os carreadores e todas as medidas mecânicas como aração, gradagem e sulcamento deverão ser feitas em nível.

Conhecer a parte química do solo será determinante ao escolher a forma de manejo

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Terreno bem preparado dá boas condições para o desenvolvimento do sistema radicular

No momento de decidir quais cultivares plantar é interessante que o produtor opte por variedades com diferentes épocas de maturação, pois assim será possível fazer um melhor planejamento do manejo do terreiro. A escolha das melhores cultivares variam de acordo com a região, portanto é recomendável que o cafeicultor entre em contato com técnicos no assunto. Em razão de mão-de-obra cada vez mais difícil, será interessante que ao realizar o plantio o produtor opte por um espaçamento que permita operações mecanizadas, porém esta escolha vai de acordo com nível tecnológico do produtor e a que melhor se encaixa com a realidade de cada um. O renque mecanizado seria uma boa opção permitindo ter várias plantas por hectare, o que diminui a produção individual, mas aumenta-a por hectare o que enfraquece menos a cultivar, dando uma maior longevidade à lavoura, comparado com espaçamentos maiores. O preparo do terreno consiste na retirada de irregularidades, controle de plantas daninhas e revolvimento do solo sendo uma Milho pode ser usado como quebra vento para proteger plantas novas

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etapa importante para dar condições ao bom desenvolvimento do sistema radicular. O preparo das covas pode ser feito com enxadão, sendo necessário fazer um alinhamento antecipado para facilitar a operação. Se possível o produtor deverá dar preferência para o sulcamento mecanizado que possui um melhor rendimento e é menos trabalhoso. Após a formação dos sulcos ou das covas necessitará distribuir os fertilizantes e o calcário. Lembrando que esta ação não substituiu a calagem prévia, sendo uma prática complementar e com objetivos distintos. No caso das covas o adubo e o calcário são misturados manualmente, já no caso dos sulcos o cafeicultor tem opção de utilizar batetores ou subsoladores para realizar a mistura. O plantio das mudas precisa ser realizado com bastante atenção, é necessário que seja feito um corte de aproximadamente 2 cm no fundo do saquinho para evitar possíveis problemas com “pião torto”, retirada do saquinho do torrão e que as mudas sejam plantadas no mesmo dia para evitar ressecamento. Elas ainda devem ser colocadas na cova com torrão e este deve ficar no nível do solo, atenção para não plantar fundo demais, pois pode acarretar problemas de afogamento de muda. Para que o produtor tenha um retorno economicamente viável é necessário ter altas médias de produção e isso só é possível se o plantio for bem feito, sendo esta a operação base para atingir o sucesso.

Um plantio bem feito permite ao cafeicultor melhores médias na produção


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TÉCNICA

Quanto menos tempo o grão ficar em contato com o solo, melhor será preservada sua qualidade

Chuvas aumentam a quantidade de Café de varreção A qualidade dos grãos também é afetada pela alta umidade Roberto Maegawa Coordenador do Setor Técnico Cocapec

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arreção é a operação de recolhimento dos frutos que caem antes e durante a colheita. Este fato acontece com mais frequência em lavouras mal nutridas ou que apresentem alguma doença. A mecanização também influencia esta ocorrência, pois é necessário que exista uma porcentagem de grãos maduros para realizar a colheita, com isso os frutos mais adiantados caem, além disso, a própria operação derruba enquanto faz o trabalho. Para preservar a qualidade dos cafés é aconselhável realizar a varreção o quanto antes, para que não ocorra a contaminação do grão e para que não fique com cheiro de terra, o

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que influencia na classificação do aspecto e bebida. Esta prática também evita o aparecimento da broca na próxima safra. Este ano, com o grande volume de chuva incomum para o período, a quantidade de cafés no chão aumentou consideravelmente. Para se ter uma ideia, em 2011, nos meses de maio e junho, choveu em Franca/SP em média 15 mm por mês, contra 71 mm em 2012. Em Capetinga/MG, que registrou 4 mm no ano passado, já está com 92 mm no mesmo período. A consequência disso é a volta do mato embaixo do cafeeiro, sendo necessário realizar novamente a arruação química e a queda na qualidade, que


TÉCNICA

A mecanização deste processo pode ser feita pela Robust-Eco

A varreção pode ser realizada de forma manual, utilizando rastelos e peneiras, ou de forma mecanizada através de rastelos sopradores

Rastelo soprador, utilizado para retirar o café debaixo do cafeeiro

Equipamentos manuais para uso na varreção

está comprometida nesta safra devido à alta umidade. Como proceder na Varreção A varreção pode ser realizada de forma manual, utilizando rastelos e peneiras, ou de forma mecanizada através de rastelos sopradores que retiram o grão debaixo do cafeeiro e enleiram para que posteriormente sejam levantados através de varredeiras mecânicas

como a “Robust- Eco”, que ainda tira as impurezas sem formação de poeira, o que é prejudicial aos cafeeiros podendo causar o aparecimento de pragas indesejáveis como ácaro vermelho e outros. A broca também pode ser evitada para a próxima safra É importante salientar que sempre devemos separar os lotes dos cafés em três partes: 1º pano, 2º derriça e 3º varreção, pois as qualidades tendem a serem diferentes. Julho / Agosto 2012

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TÉCNICA

Com o apoio da Cocapec a coleta acontece desde 2006

Coleta anual de embalagens Continua Com suCesso Conscientes, os produtores estão participando cada vez mais desta ação Rômulo Alves Tomaz Assistente Técnico Cocapec

A

Cocapec, em parceria com a Faculdade Dr. Francisco Maeda (Fafram) e a Central de Recebimento de Embalagens de Ituverava, promoveu para seus cooperados a coleta itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas. A ação aconteceu nos dias 24 e 26 de abril respectivamente nas cidades de Pedregulho/SP e Ibiraci/MG, já

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as cidades mineiras de Claraval e Capetinga receberam a coleta em 2 e 4 de maio. Para os produtores de Franca/SP, a entrega é realizada diretamente no posto oficial na Associação das Revendas de Produtos Agrícolas de Franca e Região (Arpaf). A cooperativa apoia esta ação desde 2006 e, a cada ano que passa, os números superam as


TÉCNICA

expectativas demonstrando o trabalho da Cocapec junto aos seus cooperados de promover a conscientização dos produtores para a importância deste procedimento. Este ano, 258 agricultores participaram devolvendo 43.782 embalagens vazias de defensivos agrícolas. Por ser feita em todos os núcleos da Cocapec, a coleta alcança principalmente os pequenos produtores que residem em regiões mais afastadas do posto oficial de Franca/SP, promovendo, assim, a retirada das embalagens diretamente nas propriedades, já que estas, quando mal acondicionadas, podem ser possíveis contaminantes dos !"#$%&# '()*++recursos naturais e prejudiciais à saúde humana. !"#$%&# '()*++ ,-%$%.%/)0(1 ,-%$%.%-Em cada /)0(1 município foram obtidos os seguintes resultados: 234$356-78 234$356-78 ,%;3<#=5%> ,%;3<#=5%>

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Iniciativarecolhe recolhe43.779 43.779embalagens embalagens Iniciativa

Capetinga Capetinga 6.575 6.575

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Pedregulho Pedregulho 18.595 18.595

Ibiraci Ibiraci 13.677 13.677

Claraval Claraval 4.932 4.932

Pornúcleo núcleoporcentagem porcentagemde deprodutores produtoresque querealizaram realizaramaa Por devolução devolução

agricultores participaram devolvendo 43.782 embalagens vazias de defensivos agrícolas

Capetinga Capetinga 20,93% 20,93% Pedregulho Pedregulho 10,85% 10,85%

Claraval Claraval 22,48% 22,48%

Os procedimentos que precedem a devolução para o descarte adequado

Ibiraci Ibiraci 45,74% 45,74%

43,78 mil embalagens foram coletadas nas 4 cidades

FAÇA O DESCARTE DE EMBALAGENS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS DE FORMA CORRETA Após o uso do produto, faça a tríplice lavagem e um furo no fundo da embalagem. A armazenagem em local adequado pode ser feita por até um ano, contado a partir da data da compra. A devolução deve ser realizada no posto de coleta ou na coleta itinerante. ANOTE O NOVO NÚMERO DE TELEFONE DA ARPAF (16) 3720-2584 – Mônica/Andreia Julho / Agosto 2012

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TÉCNICA

partiCipação da assoCiação florestal no 4º simCafé gera bons resultados Diversos produtores que estiveram no Simpósio já procuraram a Associação para iniciar a recomposição Elisleide Turatti Carrijo da Cunha Estagiária Administrativo da Associação de Recuperação Florestal Vale do Rio Grande

Mudas foram entregues aos visitantes do estande da Associação

A

Associação de Recuperação Florestal Vale do Rio Grande participou pela primeira vez do Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé), realizado nos dias 18 e 19 de abril. Durante o evento a Associação teve a oportunidade de apresentar aos visitantes a sua missão de “Promover a recuperação e preservação dos recursos naturais através do reflorestamento”. O objetivo principal foi transmitir aos participantes informações técnicas referentes ao trabalho realizado pela entidade e motivar os produtores rurais a recuperar áreas degradadas. No estande, decorado com muito verde para chamar a atenção quanto à sua finalidade, os presentes puderam conhecer as diversas espécies de mudas nativas disponibilizadas pela Associação como mangue, pau formiga, pau pomba, aroeira e flamboaiã, além de variedades mais exóticas como o eucalipto citriodora e o urograndis.

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Mudas especiais estavam em exposição no local

O trabalho realizado no 4º Simcafé já mostra resultados. Após a participação no evento, diversos produtores procuraram a Associação interessados em aderir ao projeto. É imprescindível lembrar que as mudas estão disponíveis para produtores rurais do Estado de São Paulo que devem cumprir alguns procedimentos. Inicialmente, preencher um cadastro da área a ser utilizada para o plantio das espécies exóticas e/ou nativas. O agricultor tendo interesse, existe um custo de R$ 100 para a confecção do projeto técnico, direito a visita prévia, visita do plantio e após 6 meses ao plantio.

ASSOCIAÇÃO FLORESTAL Saiba como aderir a este Projeto: (16) 3711-6290


TÉCNICA

O encontro falou diretamente com quem lida com o terreiro

CoCapeC e Cati promovem o dia do terreireiro O trabalho nesta fase influencia diretamente na qualidade final do grão Roberto Maegawa Coordenador do Setor Técnico da Cocapec

Colaboração: Elisleide Turatti Carrijo da Cunha Estagiária Administrativo da Associação de Recuperação Florestal Vale do Rio Grande

N

os dias 23 e 24 de maio de 2012 ocorreu nos sítios Capoeira em Jeriquara/SP e Monte Alegre em Itirapuã/SP, o tradicional “Dia do Terrereiro”, que contou com a presença do pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) Gerson Giomo, especializado em qualidade do café brasileiro. O evento foi promovido pela Cocapec e respectivas Coordenadorias de Assistência Técnica Integrada (Cati’s). Foram mais de 100 participantes, entre produtores rurais, cooperados e terreireiros. O objetivo da ação foi levar aos trabalhadores novos conceitos sobre tecnologias e procedimentos que preservam as características do café em um momento crucial que é a secagem. Com demonstrações práticas, os presentes observaram a maneira correta de trabalhar no terreiro e aprenderam que este momento é importante para garantir a qualidade do produto final. As dúvidas foram sanadas durante todo o período de exposição permitindo que os profissionais Nas aulas práticas, participantes tiraram dúvidas

Com demonstrações práticas, os presentes puderam observar a maneira correta de se trabalhar no terreiro

absorvessem o máximo de conteúdo possível. Giomo destacou a importância do produtor definir primeiramente uma data para o início da colheita, para que, no momento de secagem, o terreiro não receba uma quantidade superior a sua capacidade. No começo as camadas devem ser finas para acelerar o processo de retirada da umidade sem a necessidade de movimentá-las, diminuindo o esmagamento dos grãos maduros e o risco de fermentação. Diariamente é imprescindível dobrar o volume de café, mexendo-o em média 12 vezes até chegar a meia-seca, quando deverá ser amontoado e coberto todos os dias para homogeneizar a umidade. Durante o curso os participantes observaram algumas fases de seca utilizando o procedimento apresentado e constataram sua eficiência. Além disso, o pesquisador do IAC apresentou os cuidados indispensáveis com o terreiro, como fazer sempre a manutenção, realizando reparos necessários, para que o grão não entre em contato com a terra perdendo o sabor natural e não ocorra a mistura de pedras com o café. Uma opção para economizar espaço e evitar riscos climáticos é o uso de secadores que aceleram de maneira homogênia a secagem. Segundo o cooperado Osni Nascimento, o encontro serviu para demonstrar a importância do trabalho no terreiro que, se não for praticado de forma adequada, pode comprometer todos os esforços realizados anteriormente. Julho / Agosto 2012

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ESPECIAL DIA DE CAMPO

fundação proCafé promove dia de Campo Dia de Campo foi de grande importância para a transmissão de conhecimentos científicos Fonte: Adaptação de texto da Fundação Procafé

A

Fundação Procafé realizou dia 16 de maio o Dia de Campo na Fazenda Experimental de Boa Esperança/MG. Contando com um público de aproximadamente 350 participantes, foram apresentadas seis estações de pesquisa como a “Utilização do Gesso na Cafeicultura”, apresentado pelo engenheiro agrônomo Alysson Vilela Fagundes, “Cultivares Clonais de Café Arábica”, ministrado pelos profissionais da Embrapa Café Carlos Henrique Siqueira de Carvalho, Ana Carolina R. S. Paiva e Iran Bueno Ferreira, “Micronutrientes na Cafeicultura” explanado por Rodrigo Naves Paiva, “Adubação Nitrogenada - Doses e Parcelamentos” exposto por Antônio Wander Rafael Garcia, “Variedades novas de café, com bons resultados para plantios comerciais” discorrido por José Braz Matiello e “Melhoramento Genético: materiais com Resistência à Ferrugem” a cargo de Saulo Roque de Almeida.

Dia de Campo foi de grande importância para a transmissão de conhecimentos científicos para o setor produtivo

As demonstrações tecnológicas proporcionaram respostas com foco na redução dos custos de produção, escolha de variedades corretas e aumento de produtividade. De acordo com o Presidente da Fundação Procafé José Edgard Pinto Paiva, esta segunda edição do Dia de Campo foi de grande importância para a transmissão de conhecimentos científicos para o setor produtivo, contribuindo para a transferência de tecnologia gerada através de resultados da pesquisa. O coordenador do setor técnico, Roberto Maegawa, representou a Cocapec e disse que a participação foi importante para observar novos experimentos, pesquisas e tipos de tratamentos que podem ser facilmente aplicados na Alta Mogiana, pois a região de teste guarda semelhanças a nossa, em relação ao clima e altitude, além da contínua capacitação do quadro técnico da cooperativa. Paralelo às demonstrações tecnológicas, cerca de 17 empresas mostraram seus produtos e serviços. 20

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José Braz Matiello falou sobre “Variedades novas de café, com bons resultados para plantios comerciais”

Seis estações de pesquisa foram apresentadas aos participantes

Fotos: Fundação Procafé


dias de Campo syngenta

INFORME PUBLICITÁRIO

Os cafeicultores da região puderam observar lavouras que utilizaram o tratamento Flávio Nascimento Assistente Técnico Syngenta

A

Syngenta, em parceria com a Cocapec, promoveu seis dias de campo realizados nos municípios de Capetinga/MG (08/05), Ibiraci/MG (10/05), Claraval/MG (11/05), Jeriquara/ SP (15/05), Pedregulho/SP (16/05) e Franca/SP (17/05). Ao todo foram mais de 300 cafeicultores participantes. O trabalho foi realizado pelos Engenheiros Agrônomos da Cocapec e equipe técnica da Syngenta. O engenheiro agrônomo Luis Gustavo, responsável técnico da Syngenta, falou sobre os benefícios do tratamento Café Forte Xtra (aplicação de Verdadero WG, Priori xtra e Actara WG), e que hoje a empresa conta com uma linha completa de produtos de alta eficiência para o controle das principais pragas e doenças do cafeeiro. Afirmou também que a Syngenta investe mais de 1 bilhão de dólares por ano em pesquisas para que possa oferecer aos seus clientes produtos mais eficientes e com menor impacto ambiental, e que em breve terá novidades.

Nos dias de campo, foi visto, que além de um excelente controle de pragas e doenças, o uso do programa Café Forte Xtra proporcionou um incremento na produtividade, devido ao notável vigor, crescimento e enraizamento nas plantas. No dia de campo de Capetinga/MG, o produtor e cooperado Erásio de Grácia comentou aos participantes sobre os resultados do uso contínuo do programa Café Forte Xtra da Syngenta, “no início fiz o tratamento completo em uma área em torno de 10% da propriedade e notei significativa diferença em relação à produtividade e sanidade das plantas, por dois anos consecutivos notamos esta diferença. A partir de então adotamos o tratamento para toda a fazenda. Hoje, estamos muito satisfeitos com os resultados e continuaremos com esta linha de tratamento, que nos oferece segurança nas aplicações, baixo impacto ambiental e ótimo resultado financeiro”, finalizou. Os resultados alcançados por Erásio foram notados em todas as regiões onde foram feitos os dias de campo. Além destes produtores que nos cederam às áreas para a realização dos eventos, vários participantes deixaram seus comentários reconhecendo os resultados do programa Café Forte Xtra. É válido salientar que o programa tem muito a oferecer ao agricultor que, além destes produtos, podem utilizar a assistência técnica da Cocapec para maximizar sua produtividade mantendo todo um equilíbrio nutricional e de manejo da lavoura, o que certamente acarretará em melhores resultados e consequentemente maior lucratividade.

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. Revista COCAPEC . 21


ESPECIAL DIA DE CAMPO

basf lança seu portfólio para a safra 2012-2013 O evento reuniu mais de 100 pessoas para apresentar diversos produtos da empresa Renato Pádua Duarte Representante Técnico de Vendas Basf

A

Basf, em parceria com a Cocapec, realizou no dia 23 de maio a sua palestra técnica sobre seus produtos. O evento aconteceu no município de Claraval/MG, na comunidade Porteira da Pedra, para mais de 100 produtores. Os técnicos da empresa apresentaram o Portfólio Basf Café Safra 2012/13 (Sistema AgCelence Café), que auxilia na proteção do cafeeiro proporcionando aumento da produtividade e qualidade dos

frutos. Os cooperados puderam conhecer toda a linha de produtos e tiveram também explicações técnicas sobre a utilização correta destes. Também foram demonstrados resultados de pesquisas com dados regionais. Com esta ação, a Basf possibilita o contato direto com seu cliente, permitindo que este tire suas dúvidas com os especialistas, tornando a aplicação dos produtos da empresa mais eficientes.

Portfólio Basf Café Safra 2012/13 também apresentou resultados aos presentes

valoriza promove dia de Campo para Cooperados Produtores puderam conhecer mais sobre adubação orgânica e manejo de fitonematóides Roberto Mamoro Nakamura Representante Técnico de Vendas Valoriza

V

isando capacitar os cooperados, nos dias 5 e 19 de maio de 2012, a Valoriza Fertilizantes, fornecedora da Cocapec, promoveu respectivamente “Dias de Campo” no Sítio Vale das Flores em Ibiraci/MG e na Fazenda Mandioca em Claraval/MG. Na oportunidade os produtores puderam saber mais sobre a importância da adubação orgânica com o engenheiro agrônomo Bruno Belmiro de Oliveira e o diretor da Valoriza Israel Rosalin, e manejo correto de fitonematóides com Reinaldo França da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Jaime Maia. Os profissionais apresentaram resultados de 22

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Produtos para a adubação orgânica marcaram a apresentação da Valoriza

pesquisas que comprovaram a eficiência do uso do fertilizante orgânico Forte C, comercializado pela Cocapec. Os presentes receberam explicações em relação ao produto, sua ação na lavoura e ainda puderam tirar suas dúvidas.


ESPECIAL DIA DE CAMPO

yara apresenta resultados de seus fertilizantes A empresa demonstrou resultados em plantas que receberam os tratos com seus produtos Antônio José de Almeida Engenheiro Agrônomo e Representante Comercial Yara Brasil Fertilizantes

A

Yara Brasil Fertilizantes promoveu, juntamente com a Cocapec, dois “Dia de Campo” direcionados aos cooperados da cooperativa. Os produtores realizaram os tratamentos orientados pelos engenheiros agrônomos Luciano Ferreira Coelho e Rubens Manrezza. O primeiro dia aconteceu em 11 de maio, na Fazenda Agudos de propriedade do cooperado Antônio Domingos de Freitas, localizada em Claraval/MG. O segundo foi em Pedregulho/SP, no dia 16 de maio, na Fazenda Salto Alegre do cooperado

Geraldo Augusto Ferreira. Os engenheiros agrônomos da Yara, Antônio José de Almeida e Everson Mocarzel, realizaram apresentações nos dois dias, reunindo cerca de 120 pessoas. Na oportunidade, apresentaram o Programa Nutricional da Yara com os produtos “YaraLiva Nitrabor” aplicado pós colheita, que fornece nitrogênio, cálcio e boro, essenciais para um melhor pegamento de florada, e o “YaraMila – 19-04-19+ Micros” com todos os nutrientes no mesmo grânulo e com superior solubilidade para

Pesquisa demonstrou eficiência dos produtos apresentados

rápida liberação de nutrientes no solo. No evento de Claraval, foi feito um comparativo entre a adubação tradicional e o Programa Nutricional Yara, que apresentou excelente resultado. No método convencional o resultado observado foi de 37 sacas/ hectare, enquanto que, com o Programa Nutricional Yara, a produtividade foi de 64 sacas/hectare, demonstrando efetivamente a eficiência dos produtos.

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. Revista COCAPEC . 23


CAPA

granelização da CoCapeC está em fase final em franCa, ibiraCi e pedregulho Anselmo Magno de Paula Gerente de Comercialização de Café Cocapec

A

s obras do projeto de Granelização e Modernização dos Armazéns da Cocapec estão em fase de conclusão. Em Franca/SP, já estamos recebendo cafés a granel e em big bag da safra comercial 2012/13 além da tradicional sacaria de juta. Em breve se iniciam as atividades nos núcleos de Ibiraci/MG e posteriormente em Pedregulho/SP. As operações deste último não estavam previstas para esta safra, mas com o empenho na execução deste projeto, também está sendo viabilizado, proporcionando mais comodidade aos nossos cooperados deste núcleo. Diante da grande mobilização e entendimento do projeto por parte dos cooperados, superamos as expectativas de recebimento, proporcionando um processo ágil, reduzindo tempo e custos. O sistema também fornece mais segurança com equipamentos modernos tanto no recebimento quanto no armazenamento dos cafés. O investimento aprovado na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de 1º de dezembro de 2011 demonstra a preocupação que a Cocapec tem em cuidar do patrimônio de seus cooperados, que sempre busca seu desenvolvimento, tornando a cooperativa mais competitividade no mercado cafeeiro.

Descarregamento do big bag diretamente na moega A pesagem é feita durante o processo de embegamento

O chip traz todos os dados sobre lote, cooperado, local de armazenamento e permite constante monitoramento

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CAPA

Diante da grande mobilização e entendimento do projeto por parte dos cooperados, superamos as expectativas de recebimento, proporcionando um processo ágil, reduzindo tempo e custos

O armazém em Franca já estoca cafés em big bags O café descarregado é colocado em big bags padrão da Cocapec

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CAPA

O caminhão é inclinado no tombador para fazer a descarga

Descarregamento a granel Granelização Ibiraci/MG

Em Ibiraci as obras já estão em fase final Granelização Pedregulho/SP

Profissionais trabalham para finalizar a obra para o recebimento da atual safra

O operador cadastra na própria empilhadeira dados como lote, peso e local de armazenamento

Em breve se iniciam as atividades nos núcleos de Ibiraci/MG e posteriormente em Pedregulho/SP Em Pedregulho as obras também estão adiantadas e o tombadore a ponte rolante já estão instalados

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Empilhamento de big bags



NEGÓCIOS

Conab divulga 2ª estimativa para a safra de Café 2012/13 Brasil poderá colher 50,45 milhões de sacas de 60 quilos de produto beneficiado Texto Conab adaptado pela equipe de Comunicação Cocapec

A

segunda estimativa de produção de café (arábica e conilon) para a safra 2012 divulgada em maio pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que o país deverá colher 50,45 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. Se a previsão se confirmar será a maior safra já produzida no país, superando o volume de 48,48 milhões de sacas colhidas na safra 2002/03. O resultado representa um crescimento de 16% quando comparado com a produção obtida na temporada anterior que foi de 43,48 milhões de sacas. Esse aumento se deve principalmente ao ano de alta bienalidade. Em termos de volume, a produção do arábica apresenta crescimento de 5,94 milhões de sacas, e o conilon de 1,03 milhão de sacas de café beneficiado. A área plantada no país totaliza 2,35 milhões de hectares. O resultado mostra um crescimento de 3,02% sobre os 2,28 milhões de hectares existentes na safra 2011, ou seja, foram acrescentados 68.378 hectares. Em Minas Gerais está concentrada a maior área com 1.218,9 mil hectares, que representa 51,9% de toda extensão dedicada ao cultivo do café no país. A produção mineira está estimada em 26,64 milhões sacas de

Evolução da Produção Brasileira Café Beneficiado

55

48,48

Milhões Sacas 60 kg

50 45 30,90

33,10

43,48 39,47

36,07

32,94

31,30

50,45

48,09

45,99

42,51

39,27

40 35

café na safra 2012 em comparação com a safra anterior, a estimativa sinaliza um aumento da produção cafeeira se comparamos a 2010 e 2012, safras cheias, de 5,9%. Tal crescimento só não foi maior em razão das adversidades climáticas observadas em algumas regiões do estado, que podem restringir o potencial produtivo das lavouras na atual safra. O satisfatório regime de chuvas observado a partir do último trimestre de 2011 e primeiro de 2012, associado ao condizente pacote agronômico utilizado e o manejo dos cafezais por parte dos cafeicultores do estado de São Paulo, propiciou excelente recuperação vegetativa das plantas após o longo período de estiagem ocorrido em 2011. Tal conjunto de condições possibilitou incremento na estimativa do estado, safra 2012/13, alcançando 5,04 milhões de sacas de café beneficiado, representando alta de 4,4% frente ao resultado do levantamento efetuado em dezembro de 2011, considerando o limite superior da estimativa, quando seriam obtidas 4,83 milhões de sacas. No quadro abaixo, observa-se que nas últimas quatro safras de bienalidade positiva, a produção mantém um crescimento constante. Isto confirma que a maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado à qualidade do produto e à boa gestão da atividade são fatores extremamente importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura.

28,82

30 25 20 15 10 5 0 99/00

28

00/01

01/02

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02/03

03/04

04/05

Bienalidade Baixa !"##$

05/06

06/07

07/08

2008

2009

2012 Bienalidade Alta

2010

2011

2012

Fonte: Conab


(Rogerio Bomfim/Divulgação ACS)

NEGÓCIOS

Palestras mostraram conteúdos direcionados para o futuro da cafeicultura

CoCapeC partiCipa do 19º seminário internaCional de Café de santos Comemorando 40 anos o encontro trouxe, mais uma vez, temas diferenciados para o setor Airton Rodrigues Costa Gestor de Comercialização de Café Cocapec

(Rê Sarmento/Divulgação ACS)

O

s colaboradores da Cocapec Anselmo Magno de Paula, gerente do departamento de café e Airton Rodrigues Costa, gestor de comercialização participaram do 19º Seminário Internacional de Café de Santos, realizado no Guarujá/ SP nos dias 9 e 10 de maio. O evento que iniciou em 1972, ou seja, há 40 anos, em média teve uma edição a cada dois anos, trouxe como tema para 2012 “Cafés do Brasil: Crescimento Planejado – Qualidade e Volume”. Ao todo foram 8 palestras com conteúdos variados e destaque, segundo os profissionais da Cocapec, para a “Situação Atual do Parque Cafeeiro Brasileiro e Visão de Futuro”, ministrada pelo pesquisador do IAC Roberto Antonio Thomaziello, “Associação 4C, a Plataforma Cafeeira em Cooperação com Programas de Sustentabilidade”, proferida pela diretora executiva da Associação 4C e “Oportunidade de Ouro para os Produtores – Estará o Café do Mundo Acabando?”, apresentado pela analista internacional de café, Maja Wallengren. Todas as edições do evento são promovidas pela Associação Comercial de Santos, e têm o objetivo de reunir os profissionais envolvidos no mercado cafeeiro, com intuito de

O evento, que comemorou 40 anos nesta edição, é realizado bienalmente

uni-los, ouvir tendências e pontos de vista, debater e trocar informações, avaliar novas tecnologias e novas políticas. A presença da Cocapec em seminários como este é uma oportunidade de conhecer novas realidades, conceitos, tendências de mercado entre outros pontos. Com isso, possibilita que a cooperativa esteja sempre atualizada com as novidades e possa atender seu cooperado de forma cada vez mais especializada a altura de suas expectativas. Fonte: http://seminariocafesantos.com.br/ Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 29


NEGÓCIOS

Palestra prendeu a atenção da plateia ao falar sobre a produção de cafés de qualidade

illy realiza seminário para produtores da região Temas variados marcaram o encontro

N

o dia 24 de maio, aconteceu na Cocapec o seminário “Segredos para Preparar Cafés de Qualidade” realizado pela illycaffee, Centro de Conhecimentos em Agronegócios (Pensa) e Fundação Instituto de Administração (FIA). O consultor da Experimental Agrícola do Brasil/Illy caffee Sul de Minas e Mogiana, Cesar Augusto C. Candiano foi o responsável pela palestra que reuniu cooperados, engenheiros agrônomos e interessados em geral. Para quem não teve a oportunidade de prestigiar o evento, o profissional fala a seguir da importância e vantagens de se produzir cafés de qualidade. Acompanhe. O café illy foi servido para recepcionar os participantes

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O aumento a cada ano na exportação de grãos especiais foi um dos destaques do palestrante


NEGÓCIOS

“segredos para preparar Cafés de qualidade” Cesar Augusto C. Candiano Engenheiro Agrônomo e Consultor da Experimental Agrícola do Brasil/ILLY Caffee Sul de Minas e Mogiana

A exportação de grãos diferenciados, que incluem os cafés especiais, vem aumentando a cada ano. Segundo dados do Cecafé, este tipo de produto já representou cerca de 26% do total embarcado de 33,5 milhões de sacas, crescendo 14,8% em 2011. Estes dados mostram o crescimento no consumo dos cafés de qualidade superior e o produtor não pode ficar fora deste momento. Sempre que se busca melhorar a qualidade em um lote, direta ou indiretamente o processo acaba sendo aplicado a todos os outros produzidos na propriedade e, consequentemente, melhora suas características.

Pontos positivos para fazer o Cereja Descascado: • Separa os grãos verdes dos maduros • Seca mais rápido • Melhora a qualidade • Necessidade de menor espaço de terreiro, secador e tulhas • Menor risco de fermentação • Vale mais Pontos negativos de se fazer o Cereja Descascado: • Maior necessidade de mão-de-obra • Custo com máquinas e energia • Maior consumo de água • Geração de água residuária Utilizando a recirculação da água e equipamentos mais modernos, o consumo tende a diminuir consideravelmente.

bém trocaram Os presentes tam te o evento informações duran

A produção destes cafés pode ser feita com processamento via seca, que resulta no café natural e por via úmida que resulta no cereja descascado (CD), que pode ser ainda desmucilado mecanicamente ou despolpado em tanques de fermentação. O processo via úmida tem favorecido a obtenção de cafés de alta qualidade, inclusive em regiões que não tinham esta prática, e por isso muitos produtores tem conseguido aumentar seu fornecimento para a Illy, utilizando este método. Os cafés naturais também são comprados pela empresa e para isso, assim como os CDs, devem ser aprovados nos testes de qualidade feitos pela Assicafé em São Paulo.

Os 2 principais motivos de reprovação das amostras de café que a Assicafé recebe são a seca irregular e a umidade acima de 11%, por isso aqui vão algumas dicas para fazer a qualidade ideal:

1- Iniciar a colheita com baixa % de frutos verdes e verdoengos; 2- Estudar o custo-benefício para fazer mais de uma colheita (seletiva com máquina);

3 - Evitar a mistura de lotes, principalmente sem saber seu aspecto e bebida. E nunca misturar café de colheita com o de varrição;

4 - Impedir que o café recém colhido fique amontoado; 5 - Lavar e descascar no mesmo dia e retirar o mínimo da mucilagem; 6 - Enviar o café para o terreiro sem excesso de água, utilizando peneiras ou bicas de jogo;

7- Iniciar a secagem sempre em camadas finas; 8 - Rodar o café o dia todo e enleirar a tarde até atingir a meia seca; 9 - Colocar cargas completas e homogêneas no secador, manter a temperatura na massa de 30 – 35°C para os descascados e 40° C para o natural; 10 - Respeitar períodos de descanso durante secagem e umidade final de 11%; 11- Manter o café com casca/pergaminho na tulha escura, sem umidade e temperatura até 22° C por 30 dias; 12- Ser sustentável sob o ponto de vista econômico, social e ambiental.

A Illy sempre se preocupou em remunerar adequadamente a melhor qualidade, incentivando seus parceiros produtores a cuidarem bem de seu café e foi também pioneira nos Concursos de Qualidade de Café, indo este ano para o 22º Prêmio Ernesto Illy de Qualidade do Café para Espresso. Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 31


SOCIAL

CoCapeC promove sipat 2012 Ter um ambiente de trabalho seguro e saudável reflete na qualidade de vida Cristiane Olegário Colaboração de Nara Eliza Faleiros Assistente de Comunicação Cocapec Assistente de Departamento Pessoal Cocapec

A

Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) é organizada pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e aconteceu entre os dias 30 de abril e 5 de maio. O presidente da Cipa, Daniel Carrijo abriu oficialmente a semana que foi repleta de atividades e informações, visando a qualidade de vida dos colaboradores da Cocapec. Também foram convidados os funcionários do Sicoob Credicocapec que participaram de todas as ações da semana. Em parceria com a Vigilância Epidemiológica foi oferecido aos colaboradores vacina antitetânica, aferição de pressão e medição de glicose, pela enfermeira e professora Célia Maria Barcelos Miras e os alunos do curso Técnico em Enfermagem da Escola Dr. Júlio Cardoso. Houve ainda, vacinação contra gripe na matriz e nos núcleos realizada pelos profissionais da Clínica Francana de Vacinação. O professor Carlos Felício e alunos do curso de educação física da Universidade de Franca (Unifran) fizeram o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Eles explicaram os resultados e deram dicas de como levar uma vida mais saudável através da prática de exercícios, cuidados com a alimentação e controle do peso. Os núcleos ainda contaram com as orientações e avaliações da fisioterapeuta Larissa Brentini Almeida, que falou sobre a importância de se alongar e ter uma postura correta no ambiente de trabalho. Com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SP), os colaboradores assistiram a uma peça teatral com os temas “De bem com a vida” e “Coloque a vida em primeiro lugar”. De forma lúdica e interagindo com os presentes, dois palhaços falaram sobre as atitudes para se viver melhor dentro e fora do ambiente de 32

.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012

Cooperação começou com palestra sobre estresse no ambiente de trabalho Colaboradores se integraram de forma divertida uns com os outros

Teste de glicemia também fez parte da Sipat 2012

a semana foi repleta de atividades e informações, visando a qualidade de vida dos funcionários


SOCIAL

trabalho. Na oportunidade, todos receberam materiais informativos contendo informações sobre prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Para fechar a semana, no dia cinco de maio,

De forma lúdica, os colaboradores receberam informações sobre saúde e segurança

Comprometimento, determinação e trabalho em equipe direcionaram todas as atividades

na Fazenda Jaborandi, aconteceu mais um evento Cooperação. Com objetivo de formar, treinar e informar seus colaboradores, a Cocapec possibilitou aos participantes interagirem com as diversas atividades propostas. Também com o apoio do Sescoop, a palestrante Kátia Barata, do Instituto Qualidade de Vida, falou sobre o “Controle do estresse no ambiente de trabalho”, mostrando formas de se evitar sintomas e formas de tratamento durante o evento. Tiago Viotto, especialista em liderança, abordou o tema “Comunicação e Relacionamento Interpessoal” que enfatizou a humanização nas relações empresariais e a importância do bem estar das pessoas para a organização. Liderados pela equipe da Proventura, os colaboradores tiveram uma ampla atividade na fazenda, trabalhando diversos pontos do sistema corporativo como espírito de equipe, liderança, atenção, solução de problemas, cooperação, entre outros. Divididos em grupos e guiados por uma bússola, os participantes percorreram um circuito de 4 km buscando soluções para os enigmas espalhados por diversos pontos. O objetivo não era apenas chegar primeiro, mas também executar as tarefas corretamente, exercitando assim a importância de serem eficazes e eficientes. Na oportunidade ainda aconteceu o lançamento da Campanha Natal Cooperativo 2012. A satisfação estava presente em cada participante. Eles avaliaram de forma positiva o evento e toda a semana. Tão importante como a qualidade de vida do colaborador é o clima organizacional, que sendo mais saudável, contribui para que o trabalhador desenvolva suas funções de forma motivada.

O espírito de cooperação foi determinante para superar os desafios

CAMPANHA NATAL COOPERATIVO Este ano, a Campanha Natal Cooperativo modificou o seu formato e as ações já começaram. O objetivo é estimular o trabalho solidário dos colaboradores durante o ano todo. Para isso, foram formadas equipes que realizarão ações mensais em algumas instituições da área de atuação da Cocapec e Sicoob Credicocapec. No final do ano cada grupo será responsável por proporcionar uma festa de confraternização para a entidade finalizando assim o projeto. Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 33


SOCIAL

CoCapeC e sindiCato rural de franCa mobilizam trabalhadores rurais para Cursos do senar/sp Cursos possibilitam aprendizagem e melhor desenvolvimento das atividades Raquel Cintra Rosa Assistente Administrativo Senar

Cristiane Olegário Assistente de Comunicação Cocapec

O

Senar/SP abrange, na região de Franca, os municípios de Cristais Paulista, Jeriquara, Restinga, Ribeirão Corrente e São José da Bela Vista e tem suas atividades organizadas no Sindicato Rural de Franca e atende a produtores, familiares e trabalhadores rurais. Os diversos cursos são oferecidos nas áreas de Formação Profissional (mecanização, tratorista, etc) e Promoção Social (alimentação e nutrição, artesanato). As turmas para os cursos são formadas conforme a procura e interesse do público.

A Cocapec em busca de oportunidade para seu cooperado junto com o Sindicato Rural de Franca está trabalhando para divulgar e disseminar as possibilidades de formação oferecidas aos produtores e trabalhadores rurais pelo Senar/SP. Inscrições e informações no Sindicato Rural de Franca com Camila. (16) 3720 2366 senar@srfranca.com.br www.srfranca.com.br

CoCapeC e senar/ mg CapaCitam trabalhadores para a Colheita

C

om a chegada da colheita, surgem muitas dúvidas em relação à manutenção de equipamentos essenciais para o desenvolvimento do trabalho. Sendo assim, foi realizado entre os dias 21 e 25 de maio o curso de “Manutenção de Tratores Agrícolas”, em Capetinga/MG. Na oportunidade os dez participantes aprenderam sobre o correto funcionamento do trator, manutenção, conheceram suas peças e como conservá-las, trocar óleos e filtros, aplicação de lubrificantes, verificação das engrenagens além de outros itens. As explicações técnicas em conjunto com as atividades práticas, possibilitam maior absorção do conteúdo o que resulta em um trabalho mais eficiente no campo.

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.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012

Participantes do curso de Manutenção de Tratores Agrícolas

VEJA A RELAÇÃO CURSOS PREVISTOS NO SENAR/MG PARA O ÚLTIMO QUADRIMESTRE:

. Tratorista . Defumados . Artesanato de fibras naturais . Roçadora costal . Bordados . Colhedora . Crochê . Motosserra . Derivados do leite

*Cursos sujeitos a alteração Interessados entrar em contato com a mobilizadora Raquel Cintra Rosa Ibiraci (35) 3544-5000 Capetinga (35) 3544-1572 Claraval (34) 3353-5257 lojas.ibiraci@cocapec.com.br



SOCIAL

3º leilão da apae franCa é Consagrado pela soCiedade Evento bateu recorde de arrecadações, alcançando R$ 1 milhão Murilo Andrade Assistente de Comunicação Cocapec

A

Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) atende hoje, na cidade de Franca, mais de mil portadores de deficiências intelectuais, erroneamente confundidos com doenças mentais. A inclusão social é um instrumento extremamente importante na determinação da qualidade de vida destas pessoas, pois lhes permite o acesso a todos os recursos da comunidade, que favorecerão o seu desenvolvimento. O acompanhamento começa nos primeiros dias de vida com a estimulação precoce, depois o ensino fundamental adaptado e cursos profissionalizantes com professores especializados e acompanhamento direto de pedagogos, tudo adequado às potencialidades de cada indivíduo. Paralelo à ação de educação ainda há atendimentos múltiplos em fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, médicos (pediatra, ortopedista, geneticista e neurologista), dentistas e acompanhamento familiar com psicólogas e assistentes sociais. Durante o dia são oferecidas todas as refeições com dieta personalizada e acompanhada por nutricionista. Por isso, a entidade depende da colaboração de toda a sociedade para manter o trabalho. Sendo assim, foi realizado no dia 26 de maio, o 3º Leilão Apae Franca,

intitulado “Quem doa mais?”. Na oportunidade foram apresentados diversos produtos (prendas), doados por empresários francanos, como geladeira, fogão, moto, computador, sacas de café e muitos outros. O sucesso foi total, arrecadando R$ 1 milhão. Maurício Miarelli, presidente do Sicoob Credicocapec, foi um dos embaixadores desta edição e mobilizou cooperados, colaboradores e parceiros de sua cooperativa e também da Cocapec, que doaram um total de 400 sacas de café. O trabalho começou no 4º Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana (Simcafé) e se estendeu até a véspera do leilão. A própria Cocapec arrematou o lote, o maior do evento, por R$ 160 mil. As diretorias da Cocapec e do Sicoob Credicocapec agradecem aos cooperados, colaboradores e fornecedores pelas doações. Um gesto de solidariedade, carinho e cuidado ao próximo que contribuiu para o sucesso da campanha. Além de exercermos o 7º princípio cooperativista que é a “Preocupação com a comunidade” onde estão inseridas. Fonte: http://www.leilaoapaefranca.org.br

Fotos: apae franca

O público compareceu em peso para prestigiar o evento

36

.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012

“a entidade depende da colaboração de toda a sociedade para manter o trabalho”

Entre os embaixadores desta edição, estavam diretores de cooperativas, médicos e proprietários da indústria calçadista


Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 37


CAFÉ E SAÚDE

o Café e a longevidade O efeito protetor foi diretamente proporcional ao número de xícaras ingeridas diariamente Drauzio Varella Folha de São Paulo

A

ntes do primeiro café da manhã, sou um arremedo de mim mesmo. Assim que acordo, sou capaz de executar tarefas mecânicas e de correr duas horas seguidas, mas qualquer esforço intelectual antes da xícara de café com leite é um fardo insuportável. Meu cérebro permanece em modo contemplativo até a cafeína cair na circulação. No meio da manhã, já em plena atividade, sinto uma necessidade louca de repetir a dose; pouco mais tarde, a vontade retorna, irresistível. Se não soubesse que a cafeína tem vida longa no organismo, a ponto de o cafezinho das cinco da tarde interferir no sono da noite, seria daqueles que só vão para a cama depois de tomar o último. Por culpa desse efeito estimulante, tomar café não faz parte do assim chamado estilo de vida saudável. Como a cafeína está ligada a aumentos do LDL (o “mau” colesterol) e a elevações transitórias da pressão arterial, sempre houve suspeita de que pudesse aumentar a incidência de doenças cardiovasculares, como os infartos e os derrames cerebrais. Os resultados dos estudos já realizados, no entanto, foram heterogêneos e inconsistentes com essa hipótese. Pelo contrário, alguns mostraram existir relação inversa entre o consumo de café e o aparecimento de doenças inflamatórias, diabetes, derrames, infartos e ferimentos acidentais. Mas, até aqui, nenhum inquérito populacional havia conseguido relacionar os níveis de consumo diário com a mortalidade. Para responder se quem toma café vive menos tempo, um grupo americano dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) acaba de publicar o estudo mais completo sobre o tema. Por meio de um questionário, foram incluídos na pesquisa 229.119 homens e 173.141 mulheres saudáveis de ambos os sexos, com idades entre 50 e 71 anos. A avaliação inicial compreendia 124 itens relacionados com o estilo de vida e a dieta: consumo de vegetais, frutas, gordura saturada, carne vermelha ou branca e o total de calorias ingeridas. Dos participantes, 79% tomavam café de coador, 19% café instantâneo, 1% expresso e 1% não especificou o modo de preparo. De acordo com o número de xícaras tomadas

38

.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012

diariamente, o grupo foi dividido em dez categorias. Comparados com os que não tomavam café, entre os consumidores havia mais fumantes, mais gente que tomava três drinques ou mais por dia e ingeria quantidades maiores de carne vermelha. Também tendiam a apresentar nível educacional mais baixo, a praticar menos exercícios extenuantes e a comer menos frutas, vegetais e carne branca. Por outro lado, havia menos casos de diabetes entre eles. Durante os 14 anos de seguimento dessa população, foram a óbito 33.731 homens e 18.784 mulheres. De início, os dados pareciam mostrar que o consumo de café estaria associado ao aumento da mortalidade. Depois de eliminar fatores como cigarro (especialmente), sedentarismo e obesidade, entretanto, ficou claro haver uma relação inversa: quanto mais café, menor o número de mortes. Além de diminuir a mortalidade geral, tomar café reduziu a mortalidade por diabetes, doenças cardiorrespiratórias, derrames cerebrais, ferimentos, acidentes e infecções. As mortes por câncer não foram afetadas. O efeito protetor foi diretamente proporcional ao número de xícaras ingeridas diariamente. A diminuição mais acentuada da mortalidade aconteceu no grupo de seis xícaras ou mais por dia: redução de 10% nos homens e de 15% nas mulheres. Essa associação foi independente da preferência por café descafeinado ou não, sugerindo que a proteção não ocorre por conta da cafeína. Caro leitor, você deve estar cansado de ler artigos pseudocientíficos que apregoam as vantagens de determinados alimentos. A internet está abarrotada de sites e de mensagens que se propagam feito vírus, exaltando os benefícios do alho, do limão, da alface, do tomate orgânico, da berinjela, e por aí vai. O estudo que acabei de apresentar foi aceito para publicação na “The New England Journal of Medicine”, a revista médica de maior circulação, porque é o mais completo já realizado sobre o assunto. Na manhã em que recebi a revista, fazia frio. Quando terminei a leitura do artigo, tomei o segundo café. Uma hora mais tarde, enquanto escrevia a coluna, tomei o terceiro. No final, o quarto, só para comemorar.


COOPERATIVISMO

ano internaCional das Cooperativas Reconhecimento e oportunidade para alavancar ainda mais o movimento Márcio Lopes de Freitas Presidente do Sistema OCB

V

ivemos um novo momento na história do cooperativismo. As mudanças no ambiente econômico global, o esvaziamento das instituições antes consideradas inabaláveis, a perda de valores e princípios, a aceleração das demandas provocada pelo consumismo, e a visível incapacidade dos modelos de gerar e manter a felicidade das pessoas têm levado a humanidade a procurar soluções mitigadoras dos efeitos de todas essas mudanças. Nesse ambiente, o cooperativismo brasileiro tem conquistado um espaço cada vez maior na economia nacional, consequência de um olhar voltado à profissionalização da gestão. É a nova face para um cooperativismo de nova geração. A decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de declarar 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas confirma a contribuição efetiva do movimento cooperativista mundial para a redução da pobreza, a partir da geração de trabalho e renda. É um reconhecimento internacional do importante papel que tem o setor para a promoção do desenvolvimento sustentável. O cooperativismo realmente desperta nas pessoas o espírito empreendedor e as inclui social e economicamente. Em 2012, teremos a chance de apresentar para toda a sociedade, com o respaldo da ONU e o apoio dos governos federais, os benefícios do nosso movimento. Vamos aproveitar a oportunidade para mostrar de que forma já contribuímos e podemos somar ainda mais para o desenvolvimento global, por meio da prática dos valores e princípios cooperativistas. A intenção é disseminar essa essência a um número ainda maior de pessoas, em todos os cantos do mundo, e mostrar que a nossa força está justamente na valorização do capital humano. Nosso objetivo é fazer com que a população reconheça no seu dia a dia a presença e a importância do segmento. Queremos mostrar que o alimento que chega às suas casas e os serviços financeiros ou de transporte podem vir de uma organização cooperativa. Da mesma maneira, o atendimento prestado por um profissional de saúde, entre tantos outros setores nos quais atuamos. Enfim, a ideia é mostrar como trabalhamos, sensibilizando-as e convidando-as a fazer parte dessa filosofia e prática de vida.

Temos trabalhado fortemente para oferecer produtos e serviços com qualidade crescente, que se tornem referência no mercado interno e externo. E isso realmente tem ocorrido. Hoje, nossas cooperativas reúnem mais de 9 milhões de cooperados e geram mais de 290 mil empregos diretos. Juntas, elas têm uma movimentação econômico-financeira próxima de R$ 100 bilhões. Além disso, respondem por uma receita de aproximadamente US$ 6 bilhões em exportações, sendo 98% dos itens oriundos do meio rural. O grande diferencial do cooperativismo é ser formado por organizações de pessoas. Estamos falando de um movimento que valoriza e prioriza o capital humano, e não o lucro. Ser cooperativista é trabalhar em conjunto, ciente de que unidos seremos mais fortes e conquistaremos mais. Estamos falando aqui de uma atividade socialmente responsável, que promove naturalmente o desenvolvimento sustentável, gerando crescimento para as comunidades onde está presente. Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 39


PRODUÇÃO ANIMAL

perÍodo da seCa: tempo de suplementação alimentar Um animal bem nutrido nesta época pode até aumentar a produtividade Paulo Henrique Andrade Correia Médico Veterinário Uniagro/Cocapec

E

m nossa região, com a chegada da seca, exige do criador uma atenção maior no que se refere a uma boa alimentação. Nossos rebanhos, vacas de cria e leiteiras, também os animais de recria ou os mais novos, requerem uma suplementação para não perderem a condição corporal necessária para manter o ciclo reprodutivo, e o ganho de peso, uma vez que as pastagens nesta época tem baixo teor de proteína. É hora de fornecer um alimento que contenha um teor maior de proteína e minerais para melhorar o desempenho animal, ajudando os microorganismos do rúmen a utilizar com mais eficiência as forragens disponíveis. A melhor fonte de proteína é a natural (farelos de soja e algodão). Como é um alimento de custo alto, podemos substituir uma parte desta proteína pelo Nitrogênio Não Proteico – NNP - (ureia pecuária). Mistura de sal mineral + ureia + palatabilizante Se houver na propriedade pasto com capim mais alto (macega), podemos usar o sal proteinado misturado com farelos para melhorar a palatabilidade, e deixar no cocho, sempre com um espaço de 20 centímetros por cabeça. Temos que tomar cuidado com a adaptação, pois a ureia fornecida sem que os animais estejam adaptados, pode levar a uma intoxicação aguda, mas é uma suplementação de baixo custo e os animais não perdem peso. Exemplos: - farelo de milho 10kg + ureia 30Kg + sulfato de amônio 5Kg + mistura mineral 55Kg = 100kg - farelo de trigo 25kg + farelo de soja 20kg + ureia10kg + sulfato de amônio 2kg + mistura mineral 23kg + sal comum 20kg = 100kg

Cana + Ureia A cana-de-açúcar é um alimento com grande quantidade de matéria seca e importante valor energético para os bovinos durante o período de estiagem. Porém contém pouca proteína bruta. Por isso é necessário adicionar a este trato a ureia como fonte de proteína, e o sulfato de amônio como fonte de enxofre. Esta mistura pode ser usada para gado de leite ou de corte, e também pode ser dada aos bezerros acima de 3 meses. A cana é considerada um alimento de custo baixo, e mantém o valor nutritivo por um período longo após sua maturação. Fazemos a mistura, com 90% de ureia e 10% de sulfato de amônio. Para cada 100 kg de massa de cana picada, já colocada no cocho, aplicamos, com a ajuda de um regador, 1 kg da mistura ureia+sulfato de amônio, diluída em 4 litros de água. Aqui, também, há a necessidade de adaptação dos animais a ureia. Devemos iniciar a aplicação com 250g da mistura para 100kg de cana, depois de 5 dias passamos para 0,5kg para 100kg de cana e, após mais 5 dias, a quantidade de 1kg para 100kg da cana. Parece complicado e perigoso usar a ureia, mas não é. Estamos à disposição para eventuais dúvidas, nas lojas da Cocapec. Enfatizamos que a suplementação no período da seca é importante, e seu gado pode até ganhar peso ou dar mais leite se bem alimentado nesta época. Fonte: Embrapa Gado de Corte

40

.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012


Curtas COCAPEC REALIZA O DIÁLOGO DIÁRIO DE SEGURANÇA (DDS) PARA SEUS COLABORADORES O Diálogo Diário de Segurança (DDS) são conversas executadas pelo técnico de segurança do trabalho, realizadas em áreas operacionais e administrativas. O objetivo é orientar os colaboradores sobre os riscos iminentes em cada atividade e os cuidados necessários para neutralizá-los. Dessa forma a cooperativa possibilita um ambiente seguro para o desenvolvimento das tarefas.

COCAPEC PROMOVE INCLUSÃO DIGITAL PARA COLABORADORES Com duração de três meses, a Cocapec está promovendo um curso para proporcionar aos colaboradores de diversas áreas da cooperativa, um primeiro contato com o mundo da informática. O conteúdo abrange noções básicas, linguagem digital e informações que auxiliarão os funcionários em diversos momentos. São duas turmas com oito pessoas em cada.

COLABORADORES DA COCAPEC ELEGEM CIPA No dia 15 de maio, os colaboradores da Cocapec elegeram os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) para gestão 2012/13. A Cipa é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes e condições do ambiente do trabalho, além de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. A Cipa é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria 3.214 de 08.06.78 baixada pelo Ministério do Trabalho. A comissão é composta pelos primeiro e segundo titulares, Frank Antônio Paiva Rodrigues e Nara Eliza Faleiros e os suplentes Leandro Bonfim e Meriellen Santos da Silva.

AGRISHOW TEM BALANÇO POSITIVO A 19ª Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) teve um aumento de 23% e movimentou cerca de R$ 2,15 bilhões nos cinco dias de evento, segundo a organização. O bom desempenho foi sentido pela Cocapec cujos colaboradores, que atuaram dentro do estande da Agrale da qual a cooperativa é concessionária autorizada na região, deram todo o suporte para os cooperados visitantes.

Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 41


boletim - relação de troCa RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ PRODUTOS

UNID.

PREÇO UNITÁRIO SP

Sulfato de Amônio

t

R$

Uréia

t

R$ 1.400,00

Super Simples Pó

t

R$

750,00

Super Simples Gr

t

R$

800,00

Cloreto de Potássio Gr

t

Adubo 21.00.21 Calcário Dol.Itaú Nitrato de Amônio

PREÇO UNITÁRIO MG

945,00

RELAÇÃO DE TROCA SP RELAÇÃO DE TROCA MG

960,00

2,63

2,67

R$ 1.440,00

3,89

4,00

R$

750,00

2,08

2,08

R$

720,00

2,22

2,00

R$ 1.460,00

R$ 1.540,00

4,06

4,28

t

R$ 1.165,00

R$ 1.237,00

3,24

3,44

t

R$

R$

45,00

0,14

0,13

t

R$ 1.050,00

R$ 1.060,00

2,92

2,94

R$

50,00

Valores referentes ao mês de julho de 2012

Custo (R$/HA) por seguimento BICHO MINEIRO

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Abamectina Nortox

0,4

R$

7,84

Curyon

0,8

R$

52,64

Danimen

0,2

R$

17,40

Fastac

0,2

R$

5,20

Karate Zeon 250 CS

0,15

R$

6,15

Nomolt

0,4

R$

34,80

Rimon

0,3

R$

16,59

Vertimec

0,4

R$

19,86

BROCA

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Endossulfan

PHOMA

2

Tebufort (Tebuconazole) Cantus

Zapp QI Gramocil Aurora

Counter

35

R$

485,80

Actara WG

1,4

R$

280,00

FERRUGEM

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Alto 100

0,75

R$

46,50

Opera

1,5

R$

113,37

Cuprozeb

3

R$

57,36

Tilt

1

R$

80,09

0,75

R$

90,00

2

R$

41,40

Priori xtra Supera 350 SC

CERCOSPORA

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

0,75

R$

90,00

1

R$

22,70

Amistar

0,1

R$

45,20

0,15

R$

77,00

Viper

1

R$

24,50

Cuprozeb

3

R$

57,36

2

R$

41,40

1

R$

22,70

3

R$

21,50

Tutor

2,1

R$

22,76

Tebufort

3

R$

51,51

Opera

1,5

R$

113,37

Supera

2

R$

41,40

R$

23,98

R$

34,25

Roundup WG

1,5

R$

22,50

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

3

R$

43,98

2,5

R$

57,36

Supera

2

R$

41,40

Kasumin

1

R$

64,50

Tutor

2

R$

41,40

.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012

385,00

Priori xtra

0,1

Cuprozeb

R$

45,20

0,08

Cobre Recop

1

R$

Flumizim

MANCHA AUREOLADA

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

0,1

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Glifosato

42

47,40

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

Amistar

HERBICIDAS

R$

INSETICIDA/ FUNGICIDA DE SOLO Verdadero WG

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE Alachor

DOSAGEM – KG/L/HA PREÇO - (R$)/HA

5

R$

74,75

Galigan

2,5

R$

104,38

Goal

2,5

R$

114,00


MÉDIA MENSAL DO PREÇO DO CAFÉ ARÁBICA COMPARATIVO DOS ÚLTIMOS 5 ANOS (R$) 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

FONTE: Esalq/BM&F

JUN

2008

2009

JUL

AGO

2010

SET

2011

OUT

NOV

DEZ

2012

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica e milho, segundo índice Esalq/BM&F.

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F**

Média Anual

lndice Esalq/BM&F** 2011

2012

2011

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Média mensal do preço* de Milho

R$

US$

R$

US$

433,37 495,98 524,27 524,41 530,76 514,99 457,81 470,62 511,57 490,45 493,83 491,35

258,54 297,29 315,94 330,82 329,11 324,35 292,92 249,68 292,51 277,34 275,48 267,28

485,04 441,31 387,53 379,53 382,65 360,31

271,39 256,93 216,18 204,47 192,69 175,76

296,36

406,06

219,57

494,95

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Média Anual *Fonte: Índice Esalq/BM&F

2012

R$

US$

R$

US$

30,35 31,68 31,44 29,94 28,69 30,75 30,31 30,20 31,92 30,75 29,81 28,17

18,11 18,99 18,94 18,88 17,79 19,36 19,39 18,31 18,23 17,39 16,66 15,32

31,08 28,40 28,89 25,83 24,91 24,13

17,39 16,54 16,11 13,92 12,54 11,77

18,16

27,21

14,71

30,34

ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO* DE FRANCA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS ANO 2008 2009 2010 2011 2012 MÉDIA

JAN 325 382 461 328 317 299,2

FEV MAR 230 128 228 282 158 274 145 365 158 150 152,1 209,7

ABR 108 53 16 146 125 89,6

MAI 38 58 17 1 28 28,5

JUN 32 32 12 29 115 44,0

JUL 0 21 1 0

AGO 26 30 0 24

SET 39 137 110 32

OUT 87 262 102 115

NOV 168 77 339 135

DEZ 410 382 221 274

5,5

20,1

79,5

141,4 179,9 321,7

*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO* DE CAPETINGA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS ANO 2008 2009 2010 2011 2012 MÉDIA

JAN 573

FEV 236

MAR 116

ABR 78

MAI 40

JUN 5

354 249 286 165 327 95 206 51 399 120 538 136 523 80 245 103 435,2 156,0 278,2 106,6

54 12 0 50 31,2

21 6 8 134 34,8

JUL 0

AGO 26

SET 37

OUT 113

NOV 222

DEZ 428

17 0 0

24 0 0

128 87 8

156 116 186

193 302 161

389 235 268

4,3

12,5 65,0

142,8 219,5 339,5

*Dados em milímetros ob dos no núcleo da Cocapec

Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 43


treinamento: CertifiCado profissional anbima - Cpa -10 Alessandra C. M. Carvalho Gerente PA Franca/SP

O objetivo foi ampliar os conhecimentos para a obtenção da Certificação CPA -10

SAIBA MAIS A Anbima é uma entidade de representação do segmento das instituições financeiras que operam no mercado de capitais.

44

.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012

SICOOB CREDICOCAPEC RECEBE: • GPS • COFINS • CSLL • ITR • Tributos Federais (IRPJ e IRPF) • PIS • Imposto - SIMPLES NACIONAL • FGTS • Tributos Municipais (ISS e IPTU) • Seguro DPVAT – Somente Estado de Minas Gerais • Boletos (duplicatas) • Água, luz, seguro de veículos,TV a cabo e telefonia em geral Obs: Temos débito automático

Fonte: www.ambima.com.br

E

ntre os dias 15, 16, 17, 28, 29 e 30 de maio, em Sertãozinho/SP, os colaboradores do Sicoob Credicocapec, Alessandra Cristina Moscardini Carvalho, Rodrigo de Freitas Pimenta, Lilian Carrijo, e Rodrigo Manochio de Freitas, participaram de um treinamento oferecido pelo Sescoop/ SP. O objetivo principal foi facilitar e ampliar os conhecimentos na área de mercado econômico, para a obtenção da Certificação CPA -10, concedida pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A CPA-10 se destina a certificar profissionais que desempenham atividades de comercialização e distribuição de produtos de investimento diretamente junto ao público investidor em agências bancárias. Com a crescente participação das cooperativas de crédito no mercado, é de suma importância o treinamento e qualificação de seus colaboradores tornando os processos mais eficientes, agregando valor e, principalmente, colocando as cooperativas de crédito em igualdade dentro do sistema financeiro.


nova regra da remuneração dos depósitos na poupança Veja como ficam os rendimentos após as mudanças Rodrigo de Freitas Pimenta Gerente Administrativo/Financeiro Sicoob Credicocapec

C

onforme a Medida Provisória nº 567, de 3 de maio de 2012, foi alterada a forma de remuneração da poupança, aplicação financeira mais tradicional do mercado. O Governo Federal modificou as regras da Caderneta de Poupança, para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. Estes passaram a ter rendimento variável, calculado em cada data de aniversário do depósito e valendo pelos 30 dias seguintes, pois a remuneração da poupança passará a ser atrelada aos juros básicos da economia brasileira. As novas regras implicam diminuição de rendimento. Quando a Selic (taxa básica de juros da economia) recuar a 8,5 % ao ano ou menos, o rendimento será de 70% da Selic mais TR, se a Selic estiver acima de 8,5% no dia do depósito ou do aniversário, o rendimento será 0,5% mais TR pelos 30 dias seguintes.

Nova Regra para a Poupança

Depósitos a partir de 4 de maio de 2012

Quanto aos depósitos antigos realizados antes de 4 de maio de 2012, nas cadernetas de poupança, os rendimentos continuam sendo 6,17% ao ano mais TR. Lembramos que a Selic é fixada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central.

Selic

< 8,5% a.a > 8,5% a.a

Rendimento

70 % da Selic + TR a.a 0,5 % + TR a.m

* O que não muda: • Depósitos feitos até de 3 de maio de 2012 permanece 6,17% a.a + TR; • Isenção do Imposto de Renda; • Liquidez Imediata.

Contrato Futuro: Acordo entre duas partes, que obriga uma a vender; e outra a comprar a quantidade e o tipo estipulado de determinada commodity, pelo preço acordado com liquidação do compromisso em data futura. Fundo de Previdência: Conjunto dos recursos originados pela acumulação através de planos de previdência complementar, abertos ou fechados. Governança Corporativa: Práticas e relacionamentos entre acionistas/cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal, com a finalidade de otimizar o desempenho da empresa e facilitar o acesso ao capital. Fonte: www.enfin.com.br Julho / Agosto 2012

. Revista COCAPEC . 45


Conheça sua Cooperativa

setor veterinário Mario César Caramori Coordenador de Produtos Veterinários Cocapec

Colaboradores do Setor Veterinário

O

setor veterinário da Cocapec atende a demanda de cooperados que possuem atividades pecuárias em suas propriedades. Nele são comercializados todos os medicamentos necessários para a saúde do animal, além de suplementos para alimentação, arames, selaria e também material cirúrgico como bisturis, luvas e seringas. Ao todo são mais de 2 mil itens disponíveis. Além do atendimento no balcão, os colaboradores monitoram periodicamente os produtos em estoque, principalmente medicamentos, para garantir que serão comercializados dentro do prazo de validade.

O setor também disponibiliza um médico veterinário, que é o responsável técnico referente aos medicamentos e alimentação animal comercializados. Ele auxilia na capacitação dos vendedores, orienta o consumidor sobre a forma correta de transportar e armazenar os produtos e ainda controla os receituários. Lembrando que esta assistência é realizada em todos os núcleos da cooperativa. Atendimento, qualidade e profissionalismo são características do setor veterinário, atributos que garantem ao cooperado tranquilidade no momento da compra.

COLABORADORES DO SETOR VETERINÁRIO Luiz Carlos Moreira Vendedor de Produtos Veterinários (16) 3711-6241 vendasveterinarios2.matriz@cocapec.com.br Mário César Caramori Coordenador de Produtos Veterinários (16) 3711-6261 setor.veterinario.@cocapec.com.br Paulo Henrique Andrade Correio Médico Veterinário Uniagro/Cocapec (35) 9991-1110 phcorreia@com4.com.br

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Antonio de Pádua Garcia Neves Vendedor de Produtos Veterinários (16) 3711-6237 vendasveterinarios.matriz@cocapec.com.br

AGENDA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO VETERINÁRIO DA UNIAGRO/COCAPEC Segunda-feira: Capetinga/MG – manhã Terça-feira: Ibiraci/MG – tarde Quarta-feira: Pedregulho/SP – manhã Franca/SP – tarde Quinta-feira: Claraval/MG - tarde



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.Revista COCAPEC . Julho / Agosto 2012


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