Revista Cocapec 89

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Revista

Cocapec Ano 13 - Janeiro/Fevereiro 2014 - nº 89 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Cocapec investe em infraestrutura

Recolhedora Robust-Eco recebe melhorias

Rumos da Cafeicultura BRASILEIRA para 2014 CNC e Sistema OCB proporcionaram debate sobre os rumos da política cafeeira no Brasil janeiro Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT | Fevereiro Revista Cocapec nº 89

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Investimentos beneficiam cooperados

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erminamos 2013 e, em breve, finalizaremos também o mandato do atual Conselho Administrativo e Diretoria Executiva. A Assembleia acontecerá em março e, vocês cooperados, poderão escolher novamente os representantes para a Cocapec.

Portanto, este editorial é a oportunidade de lembrarmos as ações realizadas nesta gestão, todas executadas com recursos próprios e depois de muitos estudos, com aprovação da assembleia geral e que nortearão o futuro da COCAPEC e dos cooperados. A mão de obra para o manuseio de sacarias (onerosa, escassa e lenta) tornou-se impraticáveis e dispendioso o armazenamento de café na forma comumente utilizada. Ao pesquisarmos as tendências chegamos a conclusão que a melhor forma de resolver a situação, e ao mesmo tempo atender o mercado, seria o manuseio a granel ou em big bag. Porém, o novo método gerou a necessidade de maior área para alocarmos os bags, pois este permite colocar apenas 25 sacos por metro quadrado, enquanto em sacaria era de 35 a 40. Ao somarmos isto, as nossas projeções de recebimento de cafés, que se concretizaram, foi necessário ampliar a armazenagem. O investimento aprovado na última AGO já tornou realidade os novos armazéns em Pedregulho e Capetinga, e com o início das obras em Cristais Paulista, para o qual, todos os esforços estão direcionados para que em junho próximo começar a receber cafés. Tudo isto em breve permitirá que a cooperativa repense as áreas que atualmente aluga para depositar os cafés dos cooperados e possivelmente e desmobilização de núcleos antigos. A finalidade principal destas ações é o atendimento das necessidades dos cooperados.

Desejamos a todos os associados, colaboradores e parceiros um positivo 2014.

João Alves de Toledo Filho Diretor Presidente janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nº 89

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Expediente Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho - Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça Conselho Fiscal Cocapec Hélio Hiroshy Toyoshima Ricardo Nunes Moscardini Zita Cintra Toledo Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052 Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 Diretoria Executiva Credicocapec Maurício Miarelli – Presidente Ednéia Apa Vieira Brentini de Almeida – Dir. Administrativa Divino de Carvalho Garcia – Dir. Crédito Rural Conselho de Administração Credicocapec Bernardo Antônio Salomão Carlos Yoshiyuki Sato Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia Conselho Fiscal Credicocapec Cyro Antônio Ramos Donizete Moscardini Zita Cintra Toledo Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PA Pedregulho (16) 3171-2118 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Claraval (34) 3353-5359 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291 apoio.revista@cocapec.com.br revista@cocapec.com.br Diagramação BZ Propaganda & Marketing Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares

ÍNDICE Técnica

Adubação foliar com magnésio no cafeeiro Negócios

Granelização: 1 ano depois Especial

Laboratório da Cocapec é conceito A Especial

10 anos da Cocapec em Ibiraci/MG Social

Projeto Escola no Campo exalta o cooperativismo

Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781 Tiragem: 2.750 exemplares www.cocapec.com.br É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 89 JANEIRO/FEVEREIRO 2014 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Credicocapec

Fique ligado ao preenchimento de cheques em 2014

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TÉCNICA

Controle do Bicho-Mineiro e Ácaro Vermelho Por Rubens Manreza | Fonte: Cultura de café no Brasil: Manual de recomendações

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ma das principais pragas da cafeicultura nas diversas regiões cafeeiras, e que tem causado maiores danos também na nossa região é o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella). Os prejuízos pelo seu ataque são a redução da área foliar, e principalmente queda de folhas, resultando em perdas que serão notadas na safra seguinte pois, consequentemente, haverá redução de botões florais, comprometendo também o pegamento destes. As perdas de produção podem chegar a 80% em ataques severos, quando desfolhas acentuadas, principalmente em plantas jovens, promovem seca de ramos e reduzem o seu desenvolvimento. Condições ambientais como altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e períodos de estiagem favorecem desenvolvimento da praga. Em lavouras novas e espaçamentos muito abertos que proporcionam maior insolação das plantas, estão sujeitas a maiores ataques, assim como desequilíbrios pelo uso excessivo de fungicidas cúpricos (atualmente muito utilizados para controle de doenças), uso de inseticidas que interferem no equilíbrio dos inimigos naturais, presença de cobertura morta protegendo os adultos, plantas debilitadas devido à má nutrição ou tratos insuficientes e faces muito ensolaradas. A interação destas condições e, principalmente, com ausência de chuvas, podem provocar maiores infestações e com mais frequência nos meses de março a setembro.

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O ataque do bicho-mineiro provoca a redução da área foliar e queda das folhas O controle de bicho-mineiro contempla diversas medidas que proporcionam melhores condições às plantas como: nutrição equilibrada, uso racional de capinas (ex: roçada de ruas alternadas) preservando os inimigos naturais, espaçamentos adequados, uso de irrigação em áreas de déficit acentuado, uso racional de fungicidas e inseticidas via foliar, pois predadores e parasitas do bicho-mineiro ocorrem naturalmente nas lavouras, devendo ser preservados. Há condições de ataques severos em que temos que retirar as folhas velhas com pupas caídas no solo sob as plantas, e destruí-las com trincha para conseguirmos ter uma maior eficiência do

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controle químico, pois além de destruir as pupas teremos uma melhor absorção do inseticida aplicado via drench (jato dirigido). Para avaliar a necessidade de controle químico deve ser feita amostragem em períodos do ano favoráveis à ocorrência da praga, a cada 15 dias, analisando talhões separadamente, sendo 25 pontos de amostragem por talhão, quatro plantas em cada ponto, observando a face superior das folhas, no 4º par de folhas do terço superior. O controle via pulverização foliar deve ser iniciado com 5% de folhas minadas com larvas vivas, visando a mortalidade de larvas dentro das folhas, com ação também contra ovos, adultos e crisálidas. Podem


TÉCNICA

Para evitar o ataque severo é necessário retirar todas as folhas velhas e com pupa debaixo da saia do cafeeiro

Lavoura com ataque de ácaro vermelho ser utilizados produtos organofosforados (Clorpirifós), que tem bom efeito de choque sobre as larvas, mas em menor residual. Já os piretróides possuem menor efeito de choque e maior residual, entretanto favorecem ataque de ácaro vermelho. Outros ativos são os carbamatos, os fisiológicos, que possuem maior eficácia em início de infestação, cortando o ciclo da praga, obtendo bom residual. Outros inseticidas têm alcançado êxito, como a base de abamectina e, mais recentemente, os a base de chloroantraniliprole. O produtor deve sempre que possível, utilizar 0,25% de óleo vegetal ou mineral nas pulverizações, para melhorar a eficiência dos inseticidas.

As aplicações foliares apresentam custos mais baixos, podem ser conciliadas com outros produtos (nutrientes, fungicidas), permitem ser utilizadas de forma “curativa”, porém, exige um número maior de aplicações devido menor efeito residual. No entanto, a forma mais eficiente de controle consiste no uso de inseticidas sistêmicos via solo (neonicotinoides) na forma líquida (drench), aplicados de forma preventiva, com máquinas tratorizadas e costais, ou via água de irrigação, que além de um período de controle de até 120 dias, adicionam efeito tônico às plantas proporcionando maior enfolhamento e produtividade. Outra vantagem é que o

número de aplicações é menor, além de serem mais seguros ao homem e meio ambiente, não interferindo nos inimigos naturais e atuando no controle simultâneo de pragas de solo (cigarras, cochonilhas e moscas das raízes). O interessante é que o produtor integre todas as formas de controle e no caso da necessidade de controle químico, respeite o período de carência de cada produto, principalmente antecedendo à colheita. Uma outra praga que esporadicamente surge nas lavouras de nossa região é o ácaro vermelho (Oligonychus ilicis). Considerado uma praga secundária, segundo vários trabalhos de pesquisa, seu ataque não causa perda de produtividade em lavouras adultas, entretanto deixa um aspecto bronzeado nas folhas que desagrada os produtores. Algumas condições que favorecem esta praga são as mesmas do bicho-mineiro, como temperaturas altas, baixa umidade relativa, períodos de estiagem, uso excessivo de fungicidas cúpricos, mas também presença de poeira nas folhas. Aplicações excessivas de piretróides para controle de bicho-mineiro devem ser evitadas, pois este causa desequilíbrio, favorecendo a reprodução do ácaro vermelho. Com a diminuição no uso dos inseticidas organofosforados via solo para controle de pragas de solo e bicho-mineiro, e o uso dos neocotinóides que proporcionam maior vigor às plantas, mas não controlam o ácaro vermelho, o produtor tem que estar atento a esta praga. Por estes fatores, o controle do ácaro vermelho é realizado paralelo ao do bicho mineiro, sendo que na nossa região, uma única aplicação de Abamectina associada a 0,25% de óleo vegetal ou mineral no período de janeiro-fevereiro, quando a infestação de ácaro e bicho mineiro é muito pequena, na maioria dos casos resolve o problema com o primeiro e auxilia no controle do segundo. Em caso de ressurgimento do ácaro vermelho, o produtor deve optar por um acaricida específico.

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TÉCNICA

Importância do pH da calda na eficiência das pulverizações Por Alex Carrijo | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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uitos são os fatores que influenciam na qualidade das aplicações, dentre eles destacam os climáticos (temperatura, luz, ventos, umidade do ar e solo), tipo de equipamento de aplicação, regulagem do implemento, bicos de pulverização, dentre vários outros. No entanto, não adianta o controle de todos esses fatores, se a qualidade da água utilizada nas pulverizações, não for analisada. A água de rios com elevados teores de argila, por exemplo, pode reduzir a meiavida (tempo para inativar 50% do produto) e a vida útil dos bicos. Além disso, alguns herbicidas, como glyphosate e paraquat, são fortemente absorvidos nas partículas de argila, desativando assim a ação. Existem regiões que possuem águas com pH elevados (7 a 8), associados a altos teores de bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e magnésio. A utilização dessas águas, sem nenhum tratamento para redução do pH, diminui também a meia vida desses produtos e reduz grandemente a eficiência dos mesmos. A maioria dos inseticidas piretróides (composto químico sintético similar as substâncias naturais) apresenta maior eficiência em pH 4,0 (Tabela 1). Em locais com as chamadas “águas duras” (que possuem elevada concentração de íons, cálcio - Ca e magnésio - Mg e outros), e por consequência altos valores de pH, podem ocorrer inativação de grande parte dos produtos aplicados como o herbicida gyphosate que, segundo estudos é mais eficiente em pH 3.5. Dessa forma, ocorre

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Diferentes fontes de água apresentam valores de pH variados a inativação do produto, diminuindo sua meia vida. No caso do gyphosate, a maior eficiência ocorre em pH 3,5 (Gassen, 2002). O fator principal na manutenção do herbicida glyphosate é a baixa dureza da água, admissível até 150 ppm. No caso específico do glyphosate, os íons que mais influenciam negativamente sua eficiência são respectivamente o ferro (Fe3+) e alumínio (Al3+) (ação muito forte); cálcio (Ca2+) e Zinco (Zn2+) (ação forte); magnésio (Mg2+) (ação moderada) e potássio (K+) e sódio (Na+) (ação desprezível) (Gassen, 2002). Dessa forma, não é aconselhável manusear

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o produto em recipientes de ferro, por exemplo, o qual pode oxidar e diminuir a ação do produto. Antes de efetuar as pulverizações, deve-se fazer a medição do pH da água da propriedade, além de analisar os teores de Ca, Mg, Fe, Al e Zn (laboratórios de análises químicas) para determinar a necessidade de correção da acidez. Existem várias substâncias ácidas no mercado para redução do pH, o qual deve ser realizado antes da colocação do produto no tanque. As informações sobre produtos podem ser obtidas juntamente com seu fabricante.


TÉCNICA

Nome comum

Nome comercial

pH ideal

CARTAP

CARTAP-THIOBEL

5

CLOROPYRIFOS

COLOROPIRIFOS-LORSBAN

4-52

LAMBDACYALOTHRIN

KARATE

4

LUFENURON

MATCH

5

MALATHION

MALATION

52

METHIDATHION

SUPRACID

4-52

METHOMIL

LANNATE

5

PROFENOFOS

CURACRON

4

TEFLUBENZURON

NOMOLT

5

THIODICARB

LARVIN

5

THIOMETON

EKATIN

5

TRIAZOPHOS

HOSTATHION

4

TRICHLORFON

DIPTEREX

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Tempo de vida2

Tabela 1. Valores de pH de calda ideais para diversos produtos fitossanitários e seu efeito na meia-vida média desses produtos.

Além do medidor de pH, outra forma de verificar os valores é através do papel sensível

Após colocar o papel sensível na água, é necessário comparar, através da cor, qual o pH. Na imagem, o primeiro está com pH 11 e o segundo com pH 7

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TÉCNICA

Toda a equipe técnica da Cocapec possui uma maleta com todos os equipamentos necessários para fazer a verificação da água diretamente na propriedade dos cooperados

Nome comum

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Nome comercial

A qualidade da água é fundamental para a eficiência da pulverização

pH ideal

BENZIMIDAZOL2

CERCOBIN 700 PM

5

CARBENDAZIN

BENDAZOL-DEROSAL

5

CLOROTHALONIL

BRAVONIL-VANOX

5

CYPROCONAZOLE

ALTO-100

5

DIFENOCONAZOLE

SCORE

5

FENARIMOL

RUBIGAN

6

IPRODIONE

ROVRAL

5-72

MANCAZEB

DITHANE-MANZATE

5

PROPICONAZOLE

TILT-JUNO

5

PROCIMIDONE2

SIALEX e SUMILEX

5

TEBUCONAZOLE

FOLICUR

5

TIOFANATO METILICO

CERCOBIN

5

THIABENDAZOLE

TECTO

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Tempo de vida2 pH7= 12 min, pH 5,5=30 horas

Hidrólise em pH 8


TÉCNICA

Adubação foliar com magnésio no cafeeiro Por Luciano Ferreira | Engenheiro Agrônomo/Uniagro e Rubens Manreza | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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aro cooperado, não menos importante que os demais nutrientes, sejam eles macro ou micro, trataremos nessa edição em especial do magnésio (Mg). Este nutriente tem como principais funções a participação na constituição da clorofila, o transporte de fósforo (P) na planta e a translocação de carboidratos para as fontes. O magnésio é um dos nutrientes que normalmente se encontra em níveis abaixo do adequado nas análises químicas de solo, e segundo trabalho realizado pela Mosaic em 2007, quando foram avaliadas 6500 amostras de folhas de cafeeiros das regiões de atuação da Cocapec, Cooparaíso e Cooxupé, 66,1 % apresentaram deficiência de magnésio. A exigência nutricional envolve

a extração (quantidade de nutriente que o café retira do solo e ficam contidos nas raízes, caules, ramos, folhas, flores e frutos) e a exportação (parte da extração que é retirada da planta na colheita e exportada pelos frutos). A literatura indica que para se produzir uma saca beneficiada de café de 60 kg são exportados 170 gramas do elemento sendo 61% nos grãos e 39% na casca. Pois bem, a partir disso juntamente com a análise química de solo e folha, podemos programar a utilização deste elemento de acordo com a exigência da planta. Os níveis médios de magnésio no solo são, 5 a 8 mmolc/ dm³, sendo também importante observarmos a relação de 15% de Mg/CTC, e ainda, que a relação de Mg/K não seja inferior a 2.

Fontes de Mg

Fórmula

Hidróxido de Mg Óxido de Mg Carbonato de Mg Cloreto de Mg Sulfato de Mg K-Mag Fosfito

Mg(OH)2 MgO MgCO3 MgCl2 MgSO4.7H2O K2SO4 – 2MgSO4 MgHPO3

Sua obtenção como fertilizante é feita principalmente a partir de minerais rochosos como dolomita e a magnesita. Porém, mais importante que saber a forma de obtenção, é a sua correta utilização na fertilização do café de acordo com sua solubilidade. A forma mais comum de fornecimento via solo é através da calagem, entretanto, devido à baixa solubilidade do magnésio nesta fonte e aos acréscimos de produtividade, torna-se necessário a utilização de outras fontes mais solúveis de fornecimento deste nutriente, como fertilizantes magnesianos (ex.: Solumag, Kmag) e fertilizantes especiais, que juntamente com outros nutrientes contém magnésio.

Solubilidade em água (g/100 ml H2O) 0,0009 0,0006 0,0106 54,2500 71,0000 28,0000 50,0000 (100%)

Adaptado de Cakmak, I. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Solubility_table_Kmag.com

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TÉCNICA

Uma das características da deficiência é o amarelecimento e clorose internerval das folhas mais velhas É importante o produtor estar atento às altas doses de adubação potássica, principalmente em anos de alta safra, pois é sabido que o potássio inibe absorção de magnésio, agravando uma possível deficiência deste no solo. Outra recomendação já bem conhecida dos produtores é a adubação foliar com magnésio, normalmente realizada de janeiro a março, quando há a necessidade de corrigir a falta deste elemento, devido à fase de enchimento ou granação dos grãos de café, pois como já sabemos este elemento tem papel fundamental na translocação de carboidratos para os frutos, quando sua deficiência pode prejudicar até mesmo a

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qualidade da bebida. Os sintomas de deficiência deste elemento são facilmente visualizados, pois as folhas mais velhas dos ramos apresentam amarelecimento entre as nervuras secundárias, as quais permanecem verdes. Esse amarelecimento evolui para alaranjado e até castanho, com queda das folhas posteriormente. As plantas com deficiência de magnésio apresentam fotossensibilização, ficando mais sujeitas a escaldadura. Os níveis devem ser acompanhados com análise de folha, sendo o ideal para os meses de marçoabril que o magnésio esteja entre 3,6 e 4,0 g/kg. Para complementar a necessidade da planta nesta fase é essencial que o produtor

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utilize de bons produtos com garantia tanto de teor quanto solubilidade, mas de modo geral faz-se o uso de sulfato de magnésio via foliar. Segundo professor Ismail Cakmak da Sabanci University, Turquia, no Simpósio sobre Micronutrientes e Magnésio na ESALQ USP Piracicaba no qual a equipe técnica da Cocapec esteve presente, uma excelente resposta a pulverização foliar em diversas culturas foi obtida com 20 kg/ha de sulfato de magnésio. Portanto, a adubação foliar com magnésio é válida para a cultura do café devendo a dose ser ajustada a cada situação. Mais informações procure o técnico de sua região ou o núcleo da Cocapec mais próximo.


TÉCNICA A ação da luz solar acentua a deficiência de magnésio na lavoura

Fontes: ROLE OF MAGNESIUM IN PLANT GROWTH; ISMAIL CAKMAK 34ª CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS; EXTRAÇAO DE NUTRIENTES EM CAFEEIROS DA ESPÉCIE Coffea arábica.

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TÉCNICA

Recolhedora Robust-Eco recebe melhorias

“A Robust-Eco é a única recolhedora do mercado a estar totalmente de acordo com a NR 12.”

Por Daniel Carrijo | Coordenador Máquinas e Implementos Cocapec

A

recolhedora Robust-Eco foi criada há 5 anos com intuito de suprir uma necessidade dos cooperados em uma etapa importante do cultivo do café, a varrição. Os grãos que caem no chão possuem valor comercial e, dependendo das variações climáticas, a quantidade pode representar uma grande porcentagem da colheita. O desenvolvimento da máquina, mesmo não sendo o foco principal da cooperativa, permitiu aos associados terem acesso ao equipamento com valores competitivos, viabilizando assim a mecanização da cafeicultura na região. Pensando sempre na evolução da Robust-Eco e na segurança dos trabalhadores que operam a recolhedora, a Cocapec, com base na nova Norma Regulamentadora Nº 12 (NR-12) que aborda a segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, e nas orientações do Ministério do Trabalho e Emprego, desenvolveu melhorias na máquina. As principais mudanças são: - Inclusão da tela protetora da esteira e do cardan; - Proteção nos pontos que existem carenagens, correias e correntes, sendo removível nos pontos de lubrificação; - Protetor do coxinho da rosca sem fim; - Proteção do elevador de grãos; - Inclusão da caçamba basculante substituindo a plataforma (parte superior onde havia um trabalhador). É importante destacar que a Robust-Eco é a única recolhedora do

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O equipamento é o único da categoria a estar em conformidade com a NR 12 mercado a estar totalmente de acordo com a NR 12. Para os cooperados que já possuem o equipamento, é recomendável que façam as melhorias através da aquisição do Kit comercializado pela Cocapec. Porém, é necessário manifestar-se o mais breve possível, pois, dependendo da demanda, a disponibilidade poderá não ser garantida de forma imediata. A instalação deve ser feita por empresas que já receberam da Cocapec as diretrizes, projetos e desenhos necessários para os procedimentos (Veja a relação na

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Cocapec matriz e núcleos). Caso o cooperado prefira outra, é necessário informar antecipadamente para que a cooperativa faça a habilitação. Após a realização das melhorias, o proprietário receberá da Cocapec o Laudo Técnico de Segurança do Implemento, que demonstrará o atendimento das exigências da NR – 12. Para garantir o bom desempenho da máquina e a segurança, é importantíssimo realizar o treinamento dos operadores e também dos técnicos de manutenção de acordo com as NRs vigentes.


TÉCNICA

“Após a realização das melhorias, o proprietário receberá da Cocapec o Laudo Técnico de Segurança do Implemento, que demonstrará o atendimento das exigências da NR – 12.” Uma das melhorais foi a instalação da tela na esteira na parte frontal da máquina

Veja algumas dicas de segurança: Utilize sempre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); Quando for fazer manutenção desligue sempre o motor e calce a máquina; Não utilizar roupas folgadas, cabelos longos e acessórios como relógios, pulseiras e anéis; Ao colocar o trator em funcionamento, esteja devidamente acomodado no assento do operador e ciente do conhecimento completo e seguro do trator, assim como do equipamento; Ao manobrar o trator certifiquese de que possui espaço necessário e que não haja pessoas próximas, faça sempre

ou declives, mantenha o trator sempre engatado;

manobras em marcha reduzida e esteja preparado para frear em caso de emergência;

Não trabalhe com o trator se a frente estiver leve. Se há tendência para levantar (empinas) adicione pesos na frente ou rodas dianteiras, formando um contra peso;

Nunca execute manobras com o cardan em funcionamento; Ao término de cada rua dê um tempo de 10 segundos, aí sim desligue a máquina e manobre com segurança; Não faça regulagens com o equipamento em funcionamento, limpe sempre as impurezas que se acumulam no equipamento a fim de prevenir acidente e manter o bom funcionamento; Conduza sempre o trator em velocidades compatíveis com a segurança, especialmente nos trabalhos em terrenos acidentados

Ao sair do trator coloque a alavanca do câmbio na posição neutra e aplique o freio de estacionamento, nunca saia do trator com marcha engatada; Recomenda-se não trafegar com a máquina carregada de café, é aconselhável descarregar ao carreador mais próximo ou descarregar em uma carreta auxiliar.

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TÉCNICA Os cafés recolhidos são agora descarregados diretamente em uma caçamba basculante

A elevação é total permitindo que os grãos sejam descarregados diretamente em caminhões

Todos os locais que possuem carenagens, correias e correntes, receberam proteção

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NEGÓCIOS

Granelização da Cocapec: um ano depois Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

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sistema de granelização, aprovado em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) no final de 2011, e que entrou em operação em 2012, completou um ano de funcionamento na safra de 2013. Até o momento, a matriz em Franca/SP, Ibiraci/MG e Pedregulho/SP, são as unidades que já possuem este processo de recebimento, sendo que esta última iniciou suas atividades apenas em 2013. Hoje, cerca de 53% dos cafés recebidos pela Cocapec são pela granelização.Tudo isso gerou cerca de 14 mil big bags nos armazéns, mais da metade somente em Franca. Esta crescente adesão mostra que o cooperado confiou neste novo conceito de depósito e principalmente está desfrutando dos benefícios proporcionados pelo processo como redução de custos, agilidade, menor utilização de mão-de-obra, entre outros. No ano da sua implantação, 2012, como é natural, o sistema estava em fase de adaptação e, por isso, a estrutura não trabalhou em sua capacidade plena. Fato que foi resolvido em 2013 e possibilitou aos cooperados utilizarem de todas as benfeitorias. De acordo com o gestor de armazéns da Cocapec, Márcio Veloso, além do aumento da experiência dos colaboradores no processo de logística de armazenagem, uma das evoluções percebidas foi que os cooperados aprenderam a enviar o café para granelização, o que traz benefícios no momento do descarregamento na cooperativa.

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“Cerca de 53% dos cafés recebidos pela Cocapec são pela granelização.Tudo isso gerou cerca de 14 mil big bags nos armazéns da cooperativa”

Armazém de Ibiraci/MG já recebeu cafés através da granelização desde de 2012

Visão geral do armazém de big bag em Franca/SP

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NEGÓCIOS

Cooperado do município de Cristais Paulista/SP Hélio Hiroshi Toyoshima, que entrega sua produção desde o primeiro ano em Franca/SP, ressalta que o recebimento está mais rápido, devido ao treinamento da equipe. Ele enfatiza ainda a economia e a agilidade, “a granelização é muito conveniente, não volto mais para a sacaria de juta”, finaliza. Outro associado que está satisfeito com o processo é Tarlei Neves de Castro, do município de Ibiraci/ MG. Ele também aderiu ao sistema em 2012 e fez investimentos para entregar em 2013 aumentando a capacidade da máquina por conta da facilidade do processo. “Ficou mais fácil tirar o café da propriedade e escoar a produção”. Alguns cooperados preferiram aguardar o período de implantação e fazer a entrega apenas na última safra. Foi o caso de Maurílo Figueredo Cristofani, administrador da cooperada Marilza Figueredo Cristofani que possui propriedades nas regiões de Patrocínio Paulista/SP e Ribeirão Preto/ SP. Segundo Maurílio, a propriedade aluga equipamentos para o beneficiamento e as adequações só foram possíveis em 2013, quando o prestador de serviços já oferecia toda a estrutura, como a rosca sem fim para lançar os cafés direto nos caminhões. Ainda de acordo com o administrador, antes de aderir ao sistema conversou com alguns cooperados e todos ressaltaram a redução de custo principalmente com a sacaria, o que foi constatado por ele na última safra. Para 2014, Maurílio pretende entregar o máximo possível a granel, principalmente por se tratar de um ano de alta produtividade. Para este ano está prevista a instalação do sistema no núcleo de Capetinga/MG.

Operador retira o big bag da pilha com total segurança

Em 2013 diversos elementos foram incorporados para a realização do trabalho. Um eles foi o suporte de big bag que proporciona mais segurança ao trabalhador

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NEGÓCIOS

Em Pedregulho a estrutura começou funcionar em 2013 com grande adesão dos cooperados da região

O processo de descarregamento em big bag está dinâmico e seguro devido a prática dos colaboradores

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Para o embegamento foram inseridos ganchos elásticos para segurar as alças e permitir o preenchimento rápido


NEGÓCIOS

Cocapec lança o 6º Simcafé Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

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cada edição o Simcafé (Simpósio do Agronegócio Café da Alta Mogiana) se consolida como uma das principais ações da cafeicultura nacional. A evolução ao longo dos anos é visível e o evento se mostra sempre mais profissional. Prova disso foi o lançamento realizado em novembro, com a participação dos fornecedores, para a apresentação do Simpósio e suas novidades para 2014. Entre elas estão maior tempo de visitação aos estandes, transporte gratuito, lanchonete, ou seja, todo conforto para o melhor aproveitamento pelo cooperado. A procura pelos estandes foi intensa, e os parceiros prometem trazer as principais novidades do setor cafeeiro para os cooperados. O 6º Simcafé acontecerá nos dias 16 e 17 de abril, no espaço Villa Ventura (mesmo local de 2013) e a expectativa da organização é de ultrapassar o número de participantes da edição de 2013.

Os detalhes foram passados pelo representante da comissão do Simcafé o gestor Victor Alexandre Ferreira a todos os representantes dos fornecedores da cooperativa

Saiba mais sobre o Simcafé No intuito de proporcionar conhecimento e melhoria na gestão das propriedades, e atender aos anseios de seus cooperados por mais profissionalização no campo com foco em sustentabilidade e gestão do agronegócio, surgiu o Simcafé. Através de palestras técnicas, com pesquisadores e profissionais da cafeicultura, o Simpósio possibilita o acesso fácil a informações atuais e a troca de conhecimentos práticos entre os participantes. Acompanhe as notícias sobre a 6ª edição através do endereço www.simcafe.com.br.

O diretor da Cocapec Ricardo Lima destacou a importância de participar de um evento como o Simcafé

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NEGÓCIOS

Cocapec renova certificações Com a concessão, os cooperados com propriedade certificadas continuam depositando os cafés nos armazéns da Cocapec

“Periodicamente, a cooperativa é visitada pelos profissionais das certificadoras que fazem uma reavaliação das condições atuais dos processos”

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

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s certificações no seguimento do café podem proporcionar diferenciais para os produtores que as possuem como agregação de valor, ágio, além de incentivo à adoção de boas práticas administrativas. Seguindo esta tendência, a Cocapec possui duas certificações, são elas: Rainforest Alliance Certified™ e a UTZ Certified. A rastreabilidade e a procedência dos produtos são os dois pilares que sustentam estes programas, que levam em consideração os aspectos ambientais, sociais e a produção responsável, para conceder os registros a produtores e empresas que fazem parte da cadeia. Periodicamente, a cooperativa é visitada pelos profissionais das certificadoras que fazem uma reavaliação das condições atuais dos processos. Isso acontece para que a Cocapec continue utilizando os selos que simbolizam o seguimento das diretrizes propostas e, consequentemente, contribuindo para todo o processo de certificação dos elos desta cadeia. A importância disso para os cooperados é que, os que também possuem propriedades certificadas, podem depositar seus cafés nos armazéns da cooperativa.

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NEGÓCIOS

Brasil colheu 49,15 milhões de sacas de café em 2013 Fonte: Conab

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quarta estimativa de safra de Café, dia 20 de dezembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma que o Brasil, em 2013, deverá colher 49,15 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado (arábica e robusta). O resultado representa uma redução de 3,3% (1,67 milhão de sacas), se comparado aos 50,83 milhões do período anterior, de alta. A maior redução foi observada no café robusta, que teve queda de 12,95%, seguida pelo arábica, com 0,15%. De acordo com a Gerência de Avaliação de Safras da Conab, área responsável pelo levantamento, a redução se deve, sobretudo, ao ciclo de baixa bienalidade. Isso ocorreu na maioria das áreas de café arábica. Outro fator que interferiu na queda foi a continuação do regime de chuvas bastante irregular e a manutenção das altas temperaturas na maioria dos estados produtores, além de geadas no Paraná. Estimada em 38,29 milhões de sacas, a produção de café arábica corresponde a 77,9% do volume de café produzido no país, e tem como maior produtor o estado de Minas Gerais, com 27,38 milhões de sacas. Já a produção do robusta, contabilizada em 10,86 milhões de sacas, representa 22,1% do total nacional e tem como maior produtor o Espírito Santo, com 8,2 milhões de sacas. Em relação à área plantada no país, a cultura do café totaliza 2.311.599 hectares, 0,76% inferior à safra passada, com

uma redução de 17.758 hectares. Desse total, 295.173,9 hectares (12,8%) estão em formação e 2.016.425,2 hectares (87,2%) estão em produção. Em Minas Gerais está concentrada a maior área, 1.231.778 hectares, predominando a espécie arábica com 98,7% no estado. A área total estadual representa 53,29% da área cultivada com café no país. O estudo confirma também a tendência de redução na diferença entre a alta e a baixa bienalidade nas últimas safras, em razão da maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado, à qualidade do produto e à boa gestão da atividade.

Safra de café em 2014 estima produção entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas Neste ano, a produção nacional de café (arábica e conilon) deve ficar entre 46,53 a 50,15 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. É o que aponta o 1º levantamento da safra 2014, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e no início de janeiro. O resultado pode representar entre 5,4% de redução até 2% de crescimento, se comparado aos 49,15 milhões da safra anterior, considerados arábica e conilon.

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NEGÓCIOS

2013: um ano de muito trabalho para o café Informações do CNC adaptadas pelo S. de Comunicação Cocapec

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ano que findou foi um dos piores para a cafeicultura ao longo da última década no que diz respeito a preços pagos pelo produto. As cotações recuaram a patamares que não eram praticados há mais de uma década em termos reais e a níveis não observados na Bolsa de Nova York há pelo menos cinco anos. Com base nesse cenário e também cientes de que essa possibilidade existia desde 2012, o Conselho Nacional do Café (CNC) passou diversas orientações aos produtores, como buscar os melhores momentos de mercado para comercializar parte de suas safras, de forma alguma, cultivar novas áreas, ponto defendido desde 2011, haja vista que isso levaria a um — ainda que pequeno — excedente de oferta e mais pressão sobre as cotações. Por outro lado, em parceria com as demais instituições do setor, o CNC buscou alternativas para que o produtor não fosse completamente afetado pela crise que se instalou na atividade cafeeira. Nesse sentido, negociou com o Governo

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Federal um alicerce baseado em quatro pilares estruturadores: (i) prorrogação dos vencimentos da linha de estocagem 2012 do Funcafé; (ii) atualização do preço mínimo do produto, congelado desde 2009; (iii) implantação de instrumentos de mercado que devolvessem a competitividade ao setor; e (iv) renegociação do passivo frente à falta de renda na atividade. Assim que em 2013 foram realizadas várias medidas: PRORROGAÇÃO DE DÍVIDAS COM O FUNCAFÉ - Em 31 de janeiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou voto que concedeu prazo adicional de 60 dias para o pagamento da primeira parcela das operações de estocagem e das operações de custeio convertidas em estocagem, contratadas no ano passado, com recursos do Funcafé. A medida compreendeu os financiamentos com vencimento entre 1º de dezembro de 2012 e 31 de março de 2013. PARCELAMENTO DE FINANCIAMENTOS - No dia 28 de março, o CMN aprovou o pagamento parcelado em 12 meses dos

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financiamentos de estocagem contraídos pelos cafeicultores junto a todas as fontes de recursos e não apenas o Funcafé. Os produtores interessados passaram a ter até 31 de maio para formalizar a reprogramação do pagamento e a primeira parcela deveria ser quitada em junho. Essa decisão abrangeu dois mil contratos, os quais correspondem a um volume aproximado de 2 milhões de sacas que deixaram de ingressar no mercado de imediato, evitando, portanto, uma sobreoferta às margens da entrada da nova safra. NOVO PREÇO MÍNIMO - Na segunda semana de maio, quando o Governo Federal aprovou o reajuste do preço mínimo do café arábica de R$ 261,69 para R$ 307,00 por saca de 60 kg, implicando elevação de 17,3%. No entanto, o valor ficou aquém do demandado pelo CNC, já que era aguardada a aprovação da média do custo de produção calculada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de R$ 336,13 por saca, para a safra 2013. No entanto, essa cotação é melhor que a congelada desde 2009. Além disso,


NEGÓCIOS o Governo também se comprometeu a realizar estudos para o rejuste anual do preço mínimo do café.

desse patamar. O Conselho Nacional do Café entende que esse programa do governo, solicitado pelas lideranças do setor produtivo, teve pleno êxito.

FUNCAFÉ 2013 - Depois de diversas reuniões de ajustes entre as áreas agrícola e econômica do Governo, com a participação do CNC e dos parceiros do setor privado, em 18 de junho, foi definida a distribuição dos recursos do Funcafé para a safra 2013. O valor total, de R$ 3,160 bilhões, foi distribuído da seguinte maneira: até R$ 650 milhões para Custeio; até R$ 1,140 bilhão para Estocagem; até R$ 500 milhões à linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC); até R$ 50 milhões para financiamento de Contratos de Opções e de Operações em Mercados Futuros; até R$ 20 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados; e até R$ 800 milhões para capital de giro, sendo R$ 450 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 200 milhões para a Indústria de Torrefação e R$ 150 milhões para Indústria de Café Solúvel. Além disso, o Banco do Brasil liberou R$ 1 bilhão para estocagem e aquisição de café e mais R$ 614 milhões para capital de giro do setor industrial e das cooperativas. Soma-se a esse montante mais R$ 1,050 bilhão para o programa de opções públicas de venda de café. Trata-se do maior orçamento da cafeicultura até hoje, o qual veio para suprir as exigências de todos os elos da cadeia produtiva. Vale destacar que, pela primeira vez na história, as cooperativas de produção foram incluídas no orçamento através da linha de capital de giro, o que é considerado fundamental, haja vista que elas são o principal canal de ligação com os produtores.

MEDIDAS DE APOIO – Outra medida de êxito foi um pacote de auxílio anunciado através da Resolução BACEN nº 4.289, a qual possibilitou que os produtores de café renegociem as dívidas vencidas e vincendas, no período de 1º de julho deste ano a 30 de junho de 2014, das operações de crédito rural vinculadas a lavouras de café arábica. Assim, o cafeicultor passou a ter até 31 de janeiro para optar pela renegociação junto à instituição financeira e até 15 de julho para formalizá-la. Para 2014 - Além de não realizarem os tratos adequados, dados preliminares apontam que o endividamento do setor cafeeiro alcance, atualmente, cerca de R$ 6 bilhões e, diante desse cenário de perda de renda e competitividade, se fez necessário unir a produção e toda a cadeia café para pensar em políticas estruturantes para evitar que o setor não sofra tanto os impactos da volatilidade do mercado. Partindo dessa premissa, e com o apoio do Sistema OCB foi realizado o seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil” (veja os resultados desta ação na pág. 8). O Conselho Nacional do Café entende que nossos governantes, ainda que com limitações impostas por fatores tributários e econômico-financeiros, tentam auxiliar a cafeicultura brasileira. Contudo, também recorda que as ações vieram com certo atraso e não terão um efeito de sanar a situação financeira definitivamente.

LEILÃO DE OPÇÕES — A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou, em setembro e outubro, quatro leilões de contratos de opção de venda para café e negociou toda a oferta de 30 mil contratos, possibilitando que os produtores e as cooperativas que arremataram tenham o direito de negociar 3 milhões de sacas, em março de 2014, ao preço de referência de R$ 343, caso o mercado ofereça cotações aquém

O CNC sempre foi defensor dos produtores e da cafeicultura nacional, luta que se faz diária e constante, pois não pode deixar desamparada a maior geradora de emprego no meio rural do Brasil, a cafeicultura mais competitiva do mundo, pois somos os maiores produtores e os mais corretos em relação aos aspectos trabalhistas, sociais e ambientais, produzindo dentro do princípio da sustentabilidade.

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CAPA

Rumos da Cafeicultura para 2014

CNC e Sistema OCB proporcionaram debate sobre os rumos da política cafeeira no Brasil Fonte: Texto do CNC adaptado por S. Comunicação Cocapec

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UMOS DA POLÍTICA CAFEEIRA NO BRASIL — Nos dias 18 e 19 de dezembro, o Conselho Nacional do Café (CNC), em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), realizou o seminário “Rumos da Política Cafeeira no Brasil”, com o objetivo de se criar políticas estratégicas e estruturantes de pequeno, médio e longo prazos para o setor. A Cocapec participou do evento, sendo representada na ocasião pelo seu presidente, João Alves de Toledo Filho. A abertura oficial do evento contou com a participação de Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, Robério Silva, diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), deputado federal Silas Brasileiro, presidente executivo do CNC, Breno Mesquita, presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Rita Milagres, Coordenadora Geral do Agronegócio do MDIC, João Rabelo, Secretário-Adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, Elmiro Nascimento, Secretário de Agricultura do Estado de Minas Gerais, e do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que, em seu pronunciamento, manifestou total apoio ao agronegócio café. Durante o seminário, foi realizado o painel “Perspectivas para o Mercado de Café”, que contou com a participação e os comentários de Oscar Schaps, global head de soft commodities da INTL FCStone Inc.,

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CAPA Oficina I: Garantia de Renda e Escoamento de Oferta Objetivo: discussão de instrumentos para garantia de renda aos cafeicultores sem comprometer a fatia de mercado do Brasil. Moderador: Breno Mesquita (CNA) Os debatedores indicaram três pontos fundamentais para garantia de renda e escoamento de oferta. O primeiro foi a REDUÇÃO DE RISCO. A cadeia produtiva do café entende que, a esse respeito, necessitase de diversificação da lavoura, ajuste na legislação trabalhista, melhor utilização de instrumentos de mercado existentes, ferramentas de mercado inovadoras, com envolvimento financeiro, não apenas público, mas também do setor privado, difusão para popularização junto aos produtores de ferramentas de hedge, “educar” o produtor com assistência técnica e extensão rural para melhorar a gestão da propriedade e melhorias na gestão do Funcafé.

REDUÇÃO DE CUSTO foi o segundo

Antônio Carlos Ortiz, vice-presidente do Rabobank Brasil, Luiz Otávio Araripe, analista da ValorCafé, Américo Sato, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Roberto Paulo, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), e Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé. Os palestrantes apresentaram seus pontos de vista a respeito do cenário mercadológico cafeeiro, apontando que a crise, como todas as anteriores, passará, entretanto não há como precisar uma data. Outro ponto levantado é que os produtores

devem se atentar para, no próximo ciclo de alta de preços, não investirem em novos plantios sem um estudo da demanda atual e futura pelo produto, assim como fazerem um planejamento financeiro de sua atividade para que não se instale outra crise. Após o painel, foram realizadas oficinas de estudo e proposições, as quais contaram com 10 representantes cada, que debateram diversos aspectos da cafeicultura para apresentar ações que tragam melhorias ao setor como um todo. Abaixo, destacamos os pontos principais levantados em cada uma delas.

ponto fundamental apontado nessa oficina. Para combater e/ou reduzir os elevados gastos na produção, os participantes sugeriram diversificar a lavoura, ajustes na legislação trabalhista, assistência técnica e extensão rural, trabalhar para a criação do empreendedor individual rural, reconversão da lavoura e possibilidade para erradicação financiada e mecanização da cafeicultura de montanha.

A VALORIZAÇÃO DO PRODUTO foi o terceiro ponto chave indicado. Para se alcançar uma melhor remuneração pelo café, o setor apontou que são necessários incentivar novas formas de consumo além da bebida (cosméticos, culinária, etc.), valorização e fixação das origens produtoras (Identificação Geográfica) nas marcas, incentivar o consumo através de programas de marketing institucional (no Brasil) e global do café brasileiro, buscar parcerias com agências de promoção e exportação

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CAPA

para ingresso em novos mercados, melhorar a utilização da linha de financiamento do Funcafé destinada ao marketing e a possibilidade de criação de uma linha diferenciada de financiamento para a aquisição de café por parte da indústria de solúvel.

Oficina II: Estratégias para ampliação do Market Share do Brasil Objetivo: discussão de estratégias para o fortalecimento da participação do Brasil nos mercados doméstico e internacional de café arábica, conilon, torrado e moído e solúvel. Moderador: Guilherme Braga (CeCafé) Os debatedores chegaram ao consenso que é necessário buscar PARCERIAS COM GRANDES TORREFADORAS INTERNACIONAIS para aumentar a participação de cafés brasileiros nos blends mundiais, mencionando nas embalagens do produto que é composto por Cafés do Brasil. Definiu-se que o Brasil precisa investir no marketing dessas marcas. As ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO foram apontadas como um instrumento para ampliar a participação do café brasileiro nos blends internacionais, o que, entre outros fatores, possibilitaria a realização do DRAWBACK, com o Brasil importando café para industrializá-lo e reexportá-lo como maneira de incrementar seu market share, desde que seja contemplada a análise de pragas e doenças. Essa proposta propiciou longa discussão e ainda serão necessários novos debates a respeito. A realização de um programa de MARKETING GLOBAL PARA O CAFÉ DO BRASIL também foi indicada nessa oficina, sendo este uma das maneiras de ACABAR COM A DISCRIMINAÇÃO EXTERNA sobre o produto, haja vista que nosso café é taxado nos países da União Europeia, na China e em outros mercados, ao passo que nossos concorrentes, como Colômbia e nações da América Central não têm a incidência desses impostos para ingressar nos mesmos mercados.

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Voltando os olhos para o mercado interno, o setor indicou que é preciso mostrar que o CAFÉ VAI MUITO ALÉM DOS BENEFÍCIOS QUE GERA À SAÚDE. Os debatedores recomendaram, entre outros pontos, que se demonstre que a bebida está aliada ao bem estar e ao esporte, o que atrairia mais jovens para o consumo. Por fim, houve menção ao PROCESSO DE INOVAÇÃO INTENSIVA, focando o desenvolvimento de máquinas, cápsulas, sachês, filtros e “dose a dose” – realizando um trabalho paralelo de educação do consumidor –, almejando incrementar a demanda pela bebida.

Oficina III: Cafeicultura e Cooperativismo Objetivo: debater instrumentos específicos para o fortalecimento das cooperativas de café Moderador: Carlos Augusto Rodrigues de Melo (Cooxupé) Os integrantes, inicialmente, propuseram ações externas às cooperativas. Nesse ponto, entendem que é preciso levar o cooperativismo a áreas fundamentais do ensino, com a criação de uma disciplina específica sobre o tema para formar jovens cooperativistas. A respeito das ações internas, foi apontada que haja uma ADMINISTRAÇÃO QUE CONTEMPLE O SISTEMA DE GOVERNANÇA, com gestão profissional

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voltada para qualidade e resultados, incluindo, dessa maneira, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS. A CONSTRUÇÃO DE UMA REDE DE RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES E CLIENTES e TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE NOVAS LIDERANÇAS também foram citados como fundamentais para o futuro cooperativista do café no Brasil. Destacou-se que, nas cooperativas, o FOCO TEM QUE SER DO COOPERADO E NÃO NO COOPERADO, pois assim será possível trabalhar com demandas direcionadas por eles, conforme a realidade que vivenciam, e não impostas por diretorias. Por fim, foi indicado que é necessário um bom RELACIONAMENTO COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, como, por exemplo, o BNDES, haja vista que as cooperativas possuem menos capital de giro do que empresas; CRIAÇÃO DE LINHA DE CRÉDITO PROLONGADA PARA REARRANJO DAS COOPERATIVAS para a formação de alianças estratégicas; INTERAÇÃO DAS COOPERATIVAS NO CONSÓRCIO PESQUISA CAFÉ, para que os projetos de pesquisa sejam realizados conforme a encomenda das mesmas; e MUDANÇA TRIBUTÁRIA, de forma que as cooperativas tenham compensação em alguns tributos, como, por exemplo, PIS/ COFINS.


ESPECIAL

Laboratório da Cocapec é conceito A As análises foliares realizadas na cooperativa são uma das mais precisas do país

“Com a colocação a cooperativa continua a utilizar o selo de qualidade da entidade.”

Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

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laboratório da Cocapec recebeu conceito “A” da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) pela precisão das análises foliares. Com a colocação, a cooperativa continua a utilizar o selo de qualidade da entidade. Ao todo são 135 laboratórios de todo o Brasil, credenciados na Esalq/USP que analisam folhas de diversas culturas, além do café, como soja, tomate, entre outros. A estrutura moderna e o profissionalismo dos colaboradores do laboratório contribuíram para que a Cocapec alcançasse mais esta conquista que o coloca como um dos melhores do país. Este resultado é fruto do empenho da cooperativa em oferecer um serviço de qualidade comprovada permitindo que o cooperado tenha informações confiáveis para realizar os tratamentos de maneira racional e precisa em suas lavouras.

O laboratório da Cocapec possui equipamentos modernos que auxiliam na precisão dos resultados

Os colaboradores são capacitados e analisam as amostras de maneira totalmente profissional

Com uma análise confiável o cooperado pode programar os tratamentos da lavoura

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ESPECIAL

Cocapec investe em infraestrutura Diversas obras estão em andamento para melhor atender o cooperado Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

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abalhando sempre para melhor atender os cooperados, a Cocapec está realizando diversas melhorias para trazer mais conforto, segurança e agilidade nos seus processos. Cristais Paulista/SP No dia 21 de novembro, a Cocapec deu o pontapé inicial para as obras no município de Cristais Paulista/SP. No local, será construído um armazém de aproximadamente 12.000m², com a capacidade de armazenamento de 300 mil sacas para atender a futura demanda.

As máquinas já iniciaram os trabalhos

No local será construído um armazém de12.000m²

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A área fica às margens da rodovia Cândido Portinari próximo a Cristais Paulista/SP


ESPECIAL

O local poderá atender todos os cooperados paulistas

O novo armazém receberá as futuras safras

Capetinga/MG Enquanto isso, no núcleo de Capetinga/MG, a mudança está sendo mais intensa. Além do armazém já existente, outro com uma área de 2880m² já toma forma e contará também com o sistema de granelização, atendendo assim os cooperados de Capetinga/MG e outras cidades mineiras. Uma nova loja também está sendo construída, possibilitando uma oferta maior de produtos e serviços, trazendo mais conforto aos cooperados, colaboradores e clientes.

Uma das novidades do núcleo será o espaço para armazenagem em um piso superior

O sistema de granelização já está finalizado e entrará em operação na próxima safra

O novo armazém de café possui 2880m²

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ESPECIAL

O armazém de Capetinga/MG já está preparado para a safra deste ano

Pedregulho/SP Já em Pedregulho/SP um novo armazém está em fase final e aumentará a capacidade de estocagem de café do núcleo em aproximadamente 2000m². Atendendo assim, a demanda crescente dos cooperados.

O armazém terá 2.000m²

Com esta obra o núcleo conseguirá atender a crescente demanda dos cooperados da região

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ESPECIAL Guaritas Outra preocupação da Cocapec está na segurança de seu patrimônio e na integridade de seus colaboradores. Para isso, a Cocapec está reformulando as suas guaritas. As novas edificações são blindadas e terão piso superior, permitindo assim uma visão ampla do núcleo, além de toda tecnologia de câmeras. As primeiras estão em atividade em Franca/SP e Claraval/MG, mas em breve os demais núcleos também serão contemplados com estas melhorias que proporcionam um melhor trabalho dos vigilantes. Tudo é realizado de forma planejada, com recursos próprios aprovados em Assembleia pelos associados, e objetiva promover ainda mais benefícios para todos. Guarita do novo núcleo de Claraval/MG Em Franca/SP a guarita foi reformada seguindo o novo modelo

Em Pedregulho/SP a guarita está em fase de acabamento

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ESPECIAL

10 anos da Cocapec em Ibiraci/MG

“Os 6.800m² de armazéns tem a capacidade de acomodar cerca de 200 mil sacas de café”

Por Murilo Andrade / Assistente de Comunicação Cocapec

Colaboradores comemoram os 10 anos do núcleo

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á uma década a Cocapec faz parte da vida dos produtores de Ibiraci/MG e região. Inaugurado no dia 18 de novembro de 2003, através da incorporação da Comapil, hoje o núcleo possui aproximadamente 500 cooperados e 19 colaboradores. Com uma área total de 20.267 m² e 8.690,11 m² construídos, com moderna estrutura de loja de produtos agropecuários, armazéns de café e insumos, usina de rebenefício e sistema de granelização. Os 6.800m² de armazéns tem

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capacidade de armazenagem de cerca de 200 mil sacas de café, e o cooperado tem a possibilidade de optar pela entrega nas modalidades de sacaria de juta, big bag e à granel. Além disso, os associados podem comercializar seu produto através de mercado físico, futuro ou CPR. O núcleo ainda oferece condições na aquisição de produtos, assistência agronômica e veterinária a seus cooperados. A criação do núcleo trouxe inúmeras mudanças para os produtores e também para a cidade. Segundo Getúlio Carrijo Neto, cooperado desde a inauguração

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em 2003, a cooperativa possibilitou o aumento da qualidade dos cafés da região, baliza preços e influencia inclusive o setor imobiliário, pois a área onde a Cocapec está instalada. “Era um local desvalorizado e hoje a situação é outra.” Já Geraldo Rodrigues Filho destaca que a cooperativa inovou o mercado de café na região e que a saída é o trabalho em grupo, principalmente nos momentos difíceis. A coordenadora do núcleo, Mara Rúbia Cintra Neves, destaca que a Cocapec modificou a cafeicultura na região, “a cooperativa modernizou o mercado de café


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em Ibiraci, o que fez os produtores da cidade evoluírem muito, pois trouxe estrutura, opções de comercialização, financiamentos, aquisição de produtos e máquinas com boas condições de pagamento. A cada ano que passa, a Cocapec traz benefícios novos para os cooperados que reconhecem e confiam na cooperativa”. Mara Rúbia ressalta ainda algumas exclusividades da Cocapec na região, “hoje a cooperativa é a única na cidade a receber os cafés no processo de granelização, e ter armazéns certificados e segurados, o que é um grande diferencial, principalmente no momento de comercializar a safra”. Toda essa conquista foi celebrada em um dia de negócios com a presença de diversos cooperados, diretoria e colaboradores do núcleo.

O corte do bolo foi feito pela coordenadora do núcleo Mara Rúbia Cintra Neves, o responsável técnico veterinário Paulo Correia, a gestora de lojas Cláudia Valéria Baston e os diretores da Cocapec.

Diversos cooperados celebram juntos o aniversário da Cocapec em Ibiraci/MG

Inauguração do armazém de café em 2008

1ª exportação do núcleo aconteceu em 2008

Nas comemorações dos 10 anos também aconteceu o “Dia de Negócio”

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ESPECIAL

CAFÉ A história em mil aromas Por Realindo Jacinto Mendonça Junior / Jornalista

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chegou 2014. Motivo de comemoração pelo ano novo, e para a Revista Cocapec motivo de alegria por poder publicar duas fotos que estão agora completando 100 anos. Carregamento de Café no Porto de Santos, em 1914, o que é, no mínimo, emblemático. Na época o café já era cultivado em Franca e cidades da Alta Mogiana, seguia pela Companhia Mogiana de Estradas de Ferro para ser embarcado para o grande mercado consumidor da Europa. As fotos dão ideia de como era toda a atividade. Os trilhos da Mogiana aparecem em todo o trecho. Pelos vagões passaram certamente milhares e milhares de sacas de café. Ao fundo, nota-se os armazéns alfandegários (Foto 1). Dos armazéns o café seguia para o convés do navio. A rampa de acesso mostra cada trabalhador levando o café (Foto 2). Alguns ou muitos deles carregavam duas sacas ao mesmo tempo e com isso garantiam o sustento de suas famílias. Nesse caso, com os braços fortes, levavam 120 kg de peso. Estes são apenas dois registros da história extraordinária do café. Certamente, milhares estão espalhados em diversas propriedades rurais e na memória dos nossos cafeicultores. Você é nosso convidado para nos ajudar a contar na Revista Cocapec como o café se tornou o principal produto agrícola da nossa região. Envie suas fotos para retratarmos nas próximas edições.

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Para mais informações: (16) 3711-6203 - Murilo apoio.revista@cocapec.com.br (16) 3711-6291 – Luciene revista@cocapec.com.br


VOCÊ SABIA?

Você sabia que na Cocapec...

Para ter garantia dos tratores Agrale é necessário fazer todas as revisões? É uma exigência do fabricante que o proprietário faça as três revisões, que são gratuitas, para que a garantia oferecida possa valer. No caso do modelo Agrale Linha 4000 a primeira é na entrega, depois com 60 horas, e a última 200 horas. Já no caso do Agrale Linha 5000, além da primeira, é realizada outra com 200 horas e a terceira com 600 horas. Para realizar o procedimento basta entrar em contato com o setor de máquinas e implementos da cooperativa pelo tel.: (16) 3711-6280 (Marciel).

São emitidas cerca de 13 mil notas fiscais por mês? Este número se refere as notas fiscais de entrada e saída sempre emitidas em 3 vias, totalizando 39 mil impressões. Todo este volume gera grandes demandas de trabalho em diversos setores da cooperativa que organizam os documentos, recolhem os impostos e realizam as obrigações e assessorias junto ao fisco. Este processo é semelhante ao que o cooperado também faz, através dos serviços contábeis exercidos pelos escritórios de contabilidade, ao realizarem a contabilidade rural e imposto de renda da pessoa física e/ou jurídica.

São classificadas e degustadas mais de 5 mil amostras de cafés por safra? Este número se refere ao somatório de todo volume movimentado na matriz e núcleos. Em Franca foram 1.954, Claraval 1343, Ibiraci 1337, Pedregulho 618 e Capetinga 379 amostras. Após os procedimentos de classificação e degustação os cafés estão disponíveis para a comercialização.

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PRODUÇÃO ANIMAL

Dicas para evitar a mastite em suas vacas Por Paulo Correia | Médico Veterinário Uniagro/Cocapec / Mestre em medicina veterinária e professor universitário

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astite ou mamite é a inflamação da glândula mamária, tendo como principais causas: bactérias, fungos, leveduras e algas. Pode ser por invasão via canal do teto e multiplicação na glândula mamária, colonização da pele e canal do teto entre as ordenhas, flutuações de vácuo durante a ordenha e também por cânulas (bico da seringa antimastite) contaminadas. Os agentes causadores da mastite podem ser: contagiosos ou ambientais. Os agentes contagiosos têm multiplicação na glândula mamária e são transmitidos de um animal ao outro via ordenha, teteiras, mãos dos ordenadores, panos para limpeza e secagem dos tetos. Os agentes ambientais são micróbios oportunistas que vivem no esterco, na lama, na cama (lugar onde a vaca deita) e são transmitidos durante e entre as ordenhas. Como sempre mencionamos em nossos artigos, o melhor tratamento é a prevenção, e nas mastites acontece da mesma maneira. Grande parte dos produtores não percebe que a mastite leva a enormes perdas, a vaca produz menos quantidade de leite após a infecção, além do descarte do leite durante o tratamento e custos com medicamentos. Já a prevenção da mamite não atinge 1% dos gastos. A prevenção exige um controle rigoroso em todos os segmentos relacionados com a pecuária leiteira. Vamos enumerar alguns:

40

Sempre que for manipular as tetas é necessário o uso de luvas

1-Treinamentos de pessoas – ordenadores, responsáveis pela lavagem e limpeza dos equipamentos, cuidadores de bezerros e outros ligados a área;

2-Ordenha com protocolo operacional – uso de luvas pelos ordenadores, pré-ordenha, limpeza dos tetos com papel seco, pós-ordenha com imersão total dos tetos; 3-Animais – manter as vacas no cocho para não deitarem antes de no mínimo 40 minutos após a ordenha. Vacas com mastite devem ser ordenhadas no

Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro

último lote. Descartar vacas mais velhas e com mastites crônicas; 4-Ambiente limpo em todos os sentidos: camas, úbere com pelos flambados (queimados) para evitar sujidades do úbere e tetos. Reduzir lama nas entradas dos animais no estábulo; 5-Regulagem do equipamento, com atenção ao vácuo da ordenhadeira; 6-Conforto aos animais, com água fresca à vontade, sombra e ventilação. Manter cochos e pisos limpos e sem buracos;


PRODUÇÃO ANIMAL

7-Piquetes limpos e secos, principalmente no pré-parto; 8-Secagem da vaca com bisnagas antimastite para vaca seca e uso de selante para os tetos; 9-Tratamento de mastite para as vacas com problemas, no período seco; 10-Usar como rotina vacina contra mastite. Estas são recomendações gerais. Para cada propriedade leiteira há necessidade de adequação e outros procedimentos específicos. Procure sempre o veterinário que pode fornecer suporte e melhorias ao seu rebanho.

Agenda de atendimento 2014 do responsável técnico veterinário Segundas-feiras Núcleo Claraval/MG (tarde) Terças- feiras Núcleo Ibiraci/MG (tarde) Quartas-feiras Núcleo Pedregulho/SP (manhã) / Matriz Franca/SP (tarde) Quintas-feiras Capetinga (tarde)

NISSAN NISSAN SENTRA SENTRA S MT 4 MT 2.0 2.0 FLEX FLEX 201 201 4 A A partir partir de de

R$ R$ 61.990 61.990ààvista vista

FAÇA UM TESTDRIVE FAÇA UM TESTDRIVE EE CONHEÇA OO CONHEÇA

NOVO NOVOSENTRA SENTRA

TAXA 8x TAXA 0% 0% EM EM 1 1 8x 60% 60% DE DE ENTRADA ENTRADA

Franca Alonso y Alonso, 1270 | 16 3707.6100 Franca| Av. | Av.Dr. Dr.Ismael Ismael Alonso y Alonso, 1270 | 16 3707.6100 Ribeirão Biagi, 3443 | 16 3515.3000 RibeirãoPreto Preto| Av. | Av.Maurílio Maurílio Biagi, 3443 | 16 3515.3000 Sentra pintura sólida. Preço a partir dede R$R$ 61.990,00 à vista ou com entrada de R$ 37.198,00 + 18+parcelas de R$ com com taxa 0% SentraSSmecânico mecânico2.0, 2.0,Flex, Flex,ano/modelo ano/modelo2013/2014, 2013/2014, pintura sólida. Preço a partir 61.990,00 à vista ou com entrada de R$ 37.198,00 18 parcelas de1.479,77 R$ 1.479,77 taxaem 0%18 emmeses 18 meses + Financiamento pelo CDC (crédito direto ao ao consumidor) através da cia. de crédito indicada pelapela concessionária, financiamento e investimento + TC TCde deR$ R$598,00 598,00++IOF. IOF.Total Totala aprazo prazoR$ R$63.833,86. 63.833,86. Financiamento pelo CDC (crédito direto consumidor) através da cia. de crédito indicada concessionária, financiamento e investimento RCI com serviços dede terceiros (despesas com gravame e comissão) R$ R$ 437,00 + IOF e tarifa de confecção de cadastro de R$ CustoCusto RCIBrasil. Brasil.Taxas Taxasde de0,00% 0,00%a.a.m.m.de de0,00% 0,00%a.a.a.a.Despesas Despesas com serviços terceiros (despesas com gravame e comissão) 437,00 + IOF e tarifa de confecção de cadastro de598,00. R$ 598,00. Efetivo análise e aprovação dede cadastro. Ofertas válidas enquanto durar o estoque eae ação comercial da montadora ou até Garantia EfetivoTotal Total0,83% 0,83%a.a.m. m.ee10,42% 10,42%a.a.a.a.Crédito Créditosujeito sujeitoa a análise e aprovação cadastro. Ofertas válidas enquanto durar o estoque a ação comercial da montadora ou28/02/2014. até 28/02/2014. Garantia de milmil kmkm para uso comercial ouou o que vencer primeiro, com revisões e manutenções efetuadas nas nas concessionárias Nissan, limitadas a defeitos de 33 anos, anos, sem semlimite limitede dequilometragem quilometragempara parauso usoparticular, particular,100 100 para uso comercial o que vencer primeiro, com revisões e manutenções efetuadas concessionárias Nissan, limitadas a defeitos de o manual dede garantia. Acessórios nãonão inclusos. Estes veículos estão em em conformidade comcom o PROCONVE – Programa de controle de de de fabricação fabricaçãoou oumontagem montagemde depeças. peças.Para Paramais maisinformações, informações,consulte consulte o manual garantia. Acessórios inclusos. Estes veículos estão conformidade o PROCONVE – Programa de controle poluição o cinto dede segurança. Imagens meramente ilustrativas. poluição do doar arpor porveículos veículosautomotores. automotores.Frete Freteincluso. incluso.Use Usesempre sempre o cinto segurança. Imagens meramente ilustrativas.

Respeite Respeite os os limites limitesde develocidade. velocidade.

PROGRAMA PROGRAMA

direção especial direção especial janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nº 89

41


SOCIAL

Projeto Escola no Campo exalta o cooperativismo

Danças, teatro e diversão marcaram o encerramento em 2013 Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

Os jovens ficaram atentos na peça “Era uma vez... Histórias de Cooperação”

U

ma grande celebração para uma grande ação. Foi assim que se encerrou no mês de novembro o Projeto Escola no Campo 2013. Os 400 estudantes de escolas públicas da área de atuação da Cocapec apresentaram juntos diversas coreografias de danças circulares, que simbolizam o espírito cooperativista. O momento foi emocionante, pois os professores haviam ensaiado os jovens em suas respectivas escolas, e no dia, o focalizador de danças circulares Carlos Eduardo Rodrigues, misturou todo mundo,

42

ressaltando ainda mais o princípio de união. Foram formadas três grandes rodas e apresentadas sete músicas, sendo uma de surpresa com a letra fazendo referência ao café. Os estudantes assistiram também o espetáculo “Era uma vez... Histórias de Cooperação”, da A Cia. A Fabulosa. A peça foi interativa e demonstrou de forma lúdica a importância da cooperação. A cerimônia contou ainda com a entrega dos certificados às escolas e estudantes participantes do Projeto. Os representantes da Cocapec e Syngenta, José de Alencar Coelho Júnior - gerente comercial,

Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro

Flávio Nascimento – assistente técnico de vendas e Marcelo Gonçalves – representante técnico de vendas, respectivamente, ressaltaram a importância do Escola no Campo para a disseminação de informações sobre as boas práticas agrícolas e sua relação com o meio ambiente. Mais uma vez, a Cocapec contou com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) sempre parceiro nas ações de difusão do cooperativismo.


SOCIAL

Três grandes rodas foram formadas por todos os alunos para realizar as coreografias das danças circulares

Todo mundo misturado os estudantes desempenharam bem as coreografias

A união das escolas marcou o encerramento

Os alunos tiveram que dançar uma música surpresa e se saíram super bem

Os representantes da Cocapec e Syngenta ressaltaram a importância do Projeto Escola no Campo para os presentes

janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nº 89

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SOCIAL

Natal Cooperativo: solidariedade e cooperativismo juntos

Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

“Ao todo foram arrecadados R$ 15 mil”

Entrega no Lar Eurípedes Barsanulfo - Franca/SP

M

ais uma vez a campanha Natal Cooperativo, realizado pela Cocapec e Sicoob Credicocapec foi um sucesso. Ao todo foram arrecadados R$ 15 mil através das doações dos cooperados, clientes, fornecedores, colaboradores, amigos e familiares. A ação foi lançada no dia 14 de novembro e encerrou em 20 de dezembro. Neste período, os colaboradores das duas cooperativas se organizaram em grupos para buscar doações financeiras. Uma novidade no Natal Cooperativo de 2013 foi a inclusão de atividades internas remetendo ao café, cooperativismo e as cooperativas com destaque para as 60 doações de sangue e as receitas elaboradas com café como

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ingrediente base. Todo o valor arrecadado foi revertido para compra de produtos de limpeza, leite e café e repassados para entidades assistenciais da região.

Instituições beneficiadas Franca Lar Eurípedes Barsanulfo Lar São Vicente Lar de Ofélia Nosso Lar D. Leonor Itirapuã Lar de Idosos S. Francisco Ibiraci Asilo Aísa R. Siqueira

Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro

Capetinga Lar São Vicente Assoc. Creche Raio de Luz Pedregulho Lar dos Velhinhos A entrega das doações foi feita pela família Cocapec e Sicoob Credicocapec, que foi representada por seus colaboradores participantes. Ao todo a campanha beneficiará aproximadamente 400 pessoas. As cooperativas agradecem a participação de cooperados, clientes e fornecedores na campanha, bem como o empenho dos colaboradores em mais uma demonstração de cooperação e solidariedade.


SOCIAL

Entrega no Nosso Lar D. Leonor – Franca/SP

Entrega no Lar de Ofélia – Franca/SP

Entrega para o Lar de Idosos S. Francisco – Itirapuã/SP

Entrega no Lar São Vicente – Franca/SP

Entrega para o Lar São Vicente – Capetinga/MG

Entrega na Assoc. Creche Raio de Luz – Capetinga/MG

Entrega no Lar dos Velhinhos – Pedregulho/SP

Entrega no Asilo Aísa R. Siqueira - Ibiraci/MG.

janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nº 89

45


Fique ligado ao preenchimento de cheques em 2014 Fonte: www.blogsicoob.com.br

T

odo ano pela força do hábito, alguns associados acabam se equivocando na hora de datar um cheque e colocam a data do ano anterior. Portanto, é importante ficar atento na hora de preencher os cheques com o ano de 2014. A confusão na hora do preenchimento é comum na virada do ano. Portanto, durante o mês de janeiro, para os cheques datados com o ano de 2013, as instituições financeiras irão adotar procedimentos de verificação para checar se o documento não foi emitido além do prazo permitido em norma para sua compensação – o prazo é de seis meses. Se for comprovado que, de fato, houve um equívoco no preenchimento do cheque, o mesmo será compensado normalmente. Cuidados – O cheque é um importante meio de pagamento e requer cuidados para sua boa conservação, segurança, evitando-se perdas ou extravios, e atenção do uso correto. Por isso, a Febraban divulgou algumas dicas para evitar eventuais problemas: -Emita sempre cheques nominais

e cruzados; -Ao preencher cheques, elimine os espaços vazios, evite rasuras;

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folhas que pretende utilizar no dia; -Quando receber um novo talão confira os dados referentes ao nome, número da conta corrente e CPF e a quantidade de cheques do talonário; -Tome o máximo de cautela na guarda dos talões. Destaque a folha de requisição e guarde em separado;

-Controle seus depósitos e retiradas no canhoto, inclusive as realizadas com cartão;

-Nunca deixe requisições ou cheques assinados no talão;

-Evite circular com talões de cheque. Leve apenas a quantidade de

-Destrua os talões de contas inativas;

Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro

-Separe os cheques de qualquer documento pessoal; -Não utilize caneta hidrográfica ou com tinta que possa ser facilmente apagada. Evite canetas oferecidas por estranhos; -Não forneça dados pessoais por telefone; -Nunca utilize máquinas de escrever polietileno, pois os valores preenchidos poderão ser facilmente apagados e modificados.


janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nยบ 89

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BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ Valores referente ao mês de dezembro de 2013 PRODUTOS

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio

UNID. t

Scs/t

Preço unitário SP 830.00

Scs/t

Preço unitário MG 755.00

Scs/t

2.76

Scs/t

2.51

Ureia

t

Scs/t

1,150.00

Scs/t

1,150.00

Scs/t

3.83

Scs/t

3.83

Super Simples Pó

t

Scs/t

790.00

Scs/t

790.00

Scs/t

2.63

Scs/t

2.63

Super Simples Gr

t

Scs/t

775.00

Scs/t

785.00

Scs/t

2.58

Scs/t

2.62

Cloreto de Potássio Gr

t

Scs/t

1,180.00

Scs/t

1,195.00

Scs/t

3.93

Scs/t

3.98

Adubo 21.00.21

t

Scs/t

1,080.00

Scs/t

1,165.00

Scs/t

3.60

Scs/t

3.88

Nitrato de Amônio

t

Scs/t

1,020.00

Scs/t

1,040.00

Scs/t

3.40

Scs/t

3.47

CUSTO (R$/HA) por segmento BICHO MINEIRO PRODUTO

KG/L/HA

CERCOSPORA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

PRODUTO

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Priori xtra

KG/L/HA 0,75

R$

133,18

R$

99,89

Abamectina Nortox

0,4

R$

23,50

R$

9,40

Curyon

0,8

R$

61,26

R$

48,21

Amistar

0,1

R$

400,19

R$

40,02

Danimen

0,2

R$

87,00

R$

17,40

Cuprozeb

3

R$

20,25

R$

60,75

Fastac

0,2

R$

25,00

R$

5,00

Tutor

2

R$

25,76

R$

51,52t

Karate Zeon

0,04

R$

44,50

R$

1,78

COMET

0,4

R$

122,97

R$

49,19

35,60

Opera

1,5

R$

76,26

R$

114,39

Supera

2

R$

28,22

R$

56,44

Nomolt

0,4

R$

89,00

R$

INSETICIDAS DE SOLO PRODUTO

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

1

R$

360,00

R$

360,00

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

Counter

35

R$

10,00

R$

350,00

PRODUTO

Actara WG

1,4

R$

228,79

R$

320,31

Goal

Verdadero WG

KG/L/HA

KG/L/HA 2,5

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

R$

R$

51,00

127,50

FERRUGEM PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

HERBICIDAS PRODUTO

PREÇO - (R$)/HA

3

R$

12,23

R$

36,69

2,1

R$

18,52

R$

38,89

3

R$

19,68

R$

59,04

Aurora

0,08

R$

315,00

R$

25,20

Flumizim

0.1

R$

342,50

R$

34,25

Roundup WG

1.5

R$

23,00

R$

34,50

0,75

R$

80,00

R$

60,00

Opera

1,5

R$

76,26

R$

114,39

Glifosato

Tilt

1

R$

80,09

R$

80,09

Zapp QI

Priori xtra

0,75

R$

133,18

R$

99,89

Gramocil

Supera 350 SC

2

R$

28,50

R$

57,00

BROCA PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Lorsban

1,5

R$

23,50

R$

70,50

Trebon

1,5

R$

28,12

R$

42,18

PRODUTO Amistar

KG/L/HA 0,1

KG/L/HA

MANCHA AUREOLADA PRODUTO

PHOMA

48

PREÇO UNITÁRIO

Alto 100

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop

3

R$

17,00

R$

51,00

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Cuprozeb

2,5

R$

19.98

R$

49,95

R$

R$

Supera

2

R$

28,50

R$

57,00

Kasumin

1

R$

64,50

R$

64,50

Tutor

2

R$

25,76

R$

51,52

400,19

40,02

Tebufort (Tebuconazole)

1

R$

30,00

R$

30,00

Cantus

0,15

R$

568,70

R$

85,31

Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) 550 550 500 500 450 450 400 400 350 350 300 300 250 250 200 200 150 150 100 100

Jan

Mar Abr Fev Mar Abr 2009 2010 2012 2013 2014 2009 2010 2012 2013 2014 Jan

Fev

Maio Maio

Jun Jun

Jul

Ago Ago

Jul

Out Out

Set

Nov Nov

Dez Dez

Fonte: Esalq/BM&F Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2013

Set

Média mensal do preço* de Milho índice Esalq/BM&F

2014

2013

R$

US$

R$

US$

Janeiro

341.17

168.18

289.44

121.45

Fevereiro

317.72

164.56

Março

303.46

Abril

300.59

Maio

2014

R$

US$

R$

US$

Janeiro

32.75

16.15

26.83

11.26

Fevereiro

32.34

16.39

152.94

Março

30.71

15.48

150.15

Abril

26.41

13.19

297.25

145.91

Maio

26.02

12.76

Junho

285.71

131.49

Junho

26.45

12.17

Julho

287.57

127.68

Julho

25,03

11,11

Agosto

286.18

122.07

Agosto

24,04

10,25

Setembro

273.90

120.84

Setembro

25.07

11.06

Outubro

253.94

115.88

Outubro

24.12

11.01

Novembro

247.73

107.75

Novembro

25.59

11.13

Dezembro

272.10

115.90

Dezembro

26.45

11.27

MÉDIA ANUAL

288.94

134.98

MÉDIA ANUAL

27,08

12,66

26.83

11.26

289.44

121.45

Fonte: Índice Esalq/BM&F

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

461

158

274

16

17

12

1

0

110

102

339

221

2011

328

145

365

146

1

29

0

24

32

115

135

274

2012

317

158

150

125

28

115

28

0

67

69

196

159

2013

297

246

296

130

125

55

7

8

86

157

209

242

176.8

271.3

104.3

42.8

52.8

9.0

8.0

8.0

73.8

110.8

224.0

Out

Nov

Dez

2010

2014

129

Média Mensal

306.4

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

2010

327

95

206

51

12

6

0

0

87

116

302

235

2011

399

120

538

136

0

8

0

0

8

186

161

306

2012

523

80

245

103

50

134

19

0

55

104

265

198

2013

321

254

222

91

142

67

0

12

89

149

239

127

2014

141 137.3

302.8

95.3

51.0

53.8

4.8

3.0

59.8

138.8

241.8

216.5

Média Mensal

342.2

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nº 89

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CURTAS

Curtas

Agrale premia a Cocapec A Agrale desenvolve o Programa de Qualidade do Concessionário Agrale (PQCA) com a finalidade de garantir a prestação do melhor serviço aos seus clientes. Para isso, anualmente, ela avalia suas concessionárias de acordo com alguns critérios como: vendas, marketing, finanças, estrutura e pós-venda. A Cocapec conquistou o bronze pelo trabalho realizado juntamente com os colaboradores do setor de máquinas e implementos.

Cooperativa aumenta seu quadro social em 2013 Em 2013, aconteceram 11 reuniões de novos cooperados e demonstrou o aumento do quadro social da Cocapec. Todos os meses mais produtores rurais aderem ao sistema cooperativista e se beneficiam das inúmeras vantagens que ele possui como, armazenagem, comercialização, assistência agronômica, análises de solo e foliar, aquisição de produtos com valores vantajosos entre outros. A Cocapec dá as boas vindas a todos os novos associados.

50

Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro

Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo celebra qualidade do setor

Em dezembro, a Cocapec participou do lançamento da Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo, que contou com a presença do governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Fazem parte as 14 marcas, entre elas o Sr. Café, elaboradas com grãos gourmet vencedoras do 11º Concurso Estadual de Qualidade Café de São Paulo, realizado em outubro.

Cocapec conscientiza colaboradores A Cocapec, através da Cipa, promoveu duas ações, uma para conscientizar seus colaboradores sobre a prevenção do câncer de próstata e outra HIV. Os membros da Cipa percorreram os setores da cooperativa informando os colaboradores sobre a importância de se cuidar. Além dos materiais com conteúdo sobre os temas, um laço de fita azul foi distribuído para marcar o “Novembro Azul”, fazendo alusão ao combate ao câncer de próstata. Os colaboradores utilizaram este adereço durante todo o mês e reforçaram a importância de se cuidar.


janeiro | Fevereiro Revista Cocapec nยบ 89

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AS S ES NA PR UI EM ÁQ S. DE E M TO ES O D EN ND ÇÃ EM TA SI PL ES XPO IM E EE

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Revista Cocapec nº 89 janeiro | Fevereiro


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