Revista Cocapec 88

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Revista

Cocapec Ano 12 - Novembro/Dezembro 2013 - nº 88 - COCAPEC / CREDICOCAPEC

Cocapec está entre as 28 melhores do país em Gestão e Governança

Cocapec adere Opções Públicas

Concurso de Qualidade Cocapec 2013 novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88 Envelopamento fechado. Pode ser aberto pela ECT

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Diferenciais que podem fazer toda diferença

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mercado de café vem atravessando um momento bastante difícil para os produtores visto que os preços recebidos hoje estão na faixa de R$ 240,00 a R$ 250,00, valores aquém para cobrir os custos de produção da cultura, mesmo daqueles cafeicultores com melhores produtividades e que adotam um bom nível de mecanização das operações agrícolas, em especial, as da colheita e varrição. Vários fatores contribuíram para que o mercado atingisse estes patamares, mas em particular, a alta capacidade do produtor em responder com aumento de área e adoção de melhores tecnologias, gerando por consequência mais expectativas de aumento de produção, já precificadas pelo mercado. Uma mostra disto é que o Brasil, principal produtor mundial, teve sua bienalidade diminuída nas safras comerciais 12/13 e 13/14. Mas este momento de preços em baixa atinge todos os países produtores e a cafeicultura destes reage de diferentes formas, sendo o setor cafeeiro brasileiro afetado, principalmente, pelas altas exigências ambientais e, em especial, trabalhistas se comparado aos demais competidores internacionais. Lançando um olhar amplo para o mercado cafeeiro podemos dizer que crises assim sempre existiram, ou seja, o setor vive fases de preços melhores e de preços em queda. Vários de nossos cooperados mais experientes na atividade já as presenciaram e continuam na atividade. Para os mais recentes o momento é de preocupação. Outra característica a ser considerada é de que o café é mundialmente uma bebida cada vez mais presente como um bom hábito e símbolo também da ocidentalização, o que dão perspectivas de aumento de consumo. As cooperativas como organizações econômicas dos cafeicultores assumem um papel essencial também nos momentos mais difíceis. Isto porque suas missões em geral são de prover os cooperados em produtos e serviços buscando a defesa e proteção da renda dos seus associados. Para tal, desenvolve, disponibiliza e insere a todos, independentemente da escala produtiva, ferramentas de mercado como fixação de preços (hedge), troca de café por insumos, taxas de crédito menores, assistência técnica/credito, apoio a mecanização, inovações, etc. Pode parecer o mesmo do mesmo ou básico, mas é o chamado “feijão com arroz” que vários cafeicultores brasileiros não tem disponível. São diferenciais que podem fazer toda diferença neste momento. Como exemplo, nossa cooperativa disponibilizou aos cooperados oportunidades de travamento de preços e troca de café por insumos nas safras agrícolas 12/13 e 13/14 em patamares que variaram de R$ 450,00 a R$ 340,00 respectivamente, volumes que representaram ou representarão 15% – 25% da safra recebida ou a ser recebida pela Cocapec. Neste ano, mesmo num cenário de preços do café em queda, disponibilizou crédito rural adquirindo e repassando os insumos antes de eventuais aumentos de preços destes, possibilitando a manutenção do tratamento das lavouras. Finalmente, nossos cooperados tiveram uma importante oportunidade no mês de outubro de participarem das reuniões dos Comitês Educativos cujo tema foi a discussão das Opções Públicas de Café arábica com participação direta de muitos cooperados. Após este programa ser amplamente construído entre as instituições representantes da cafeicultura (Conselho Nacional do Café – CNC - e Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA) e Governo Federal, um conjunto de informações claras e objetivas foi apresentado, além das dúvidas esclarecidas, propiciando assim, uma melhor decisão de adesão por nossos cooperados. O objetivo maior deste programa é o de sinalizar ao mercado com o possível enxugamento de café induzindo a um possível aumento das cotações. Mas as opções são como um seguro, já garantindo o direito de todos aqueles que participarem, de optarem a entregar café ao governo ao preço de R$ 343,00 em abril de 2014, um diferencial bastante elevado se compararmos ao mercado atual.

Ricardo Lima de Andrade Diretor Secretário novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88

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Expediente Órgão informativo oficial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados Diretoria Executiva Cocapec João Alves de Toledo Filho - Presidente Carlos Yoshiyuki Sato - Vice-presidente Ricardo Lima de Andrade - Dir. secretário Conselho Administrativo Cocapec Giane Bisco Amílcar Alarcon Pereira João José Cintra Paulo Eduardo Franchi Silveira Erásio de Grácia Júnior José Henrique Mendonça Conselho Fiscal Cocapec Hélio Hiroshy Toyoshima Ricardo Nunes Moscardini Zita Cintra Toledo Cocapec Franca Avenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP 14406-052 Franca – SP – CEP - 14400-970 CAIXA POSTAL 512 Fone (16) 3711-6200 Fax (16) 3711-6270 Núcleos Capetinga (35) 3543-1572 Claraval (34) 3353-5257 Ibiraci (35) 3544-5000 Pedregulho (16) 3171-1400 Diretoria Executiva Credicocapec Maurício Miarelli – Presidente Ednéia Apa Vieira Brentini de Almeida – Dir. Administrativa Divino de Carvalho Garcia – Dir. Crédito Rural Conselho de Administração Credicocapec Bernardo Antônio Salomão Carlos Yoshiyuki Sato Élbio Rodrigues Alves Filho Paulo Henrique Andrade Correia Conselho Fiscal Credicocapec Cyro Antônio Ramos Donizete Moscardini Zita Cintra Toledo Credicocapec Fone (16) 3712-6600 Fax (16) 3720-1567 Franca SP PA Pedregulho (16) 3171-2118 PA Ibiraci (35) 3544-2461 PA Claraval (34) 3353-5359 credicocapec@credicocapec.com.br www.credicocapec.com.br Revista Cocapec Coordenação Setor de Comunicação Fone: (16) 3711-6203/ (16) 3711-6291 apoio.revista@cocapec.com.br revista@cocapec.com.br Diagramação BZ Propaganda & Marketing Revisão Ortográfica Nathalia Maria Soares Jornalista Responsável Realindo Jacintho Mendonça Júnior-MTb/24781 Tiragem: 2.800 exemplares www.cocapec.com.br

ÍNDICE Técnica

Manejo de mato na cultura do cafeeiro Técnica

Tecnologia de Aplicação visando o Manejo do Ácaro da Leprose Negócios

Cooperados aderem ao Programa de Opções para o Café Social

Mosaico Teatral: cultura e arte para a comunidade Produção Animal

Vacinar corretamente seu rebanho melhora o custo-benefício

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte. ED. 88 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2013 A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira responsabilidade de seus autores.

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Credicocapec

9º Seminário SICOOB/SP

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TÉCNICA

Cocapec inaugura estação meteorológica Os dados ajudarão os cooperados em várias decisões na lavoura

Por Roberto Maegawa | Engenheiro Agrônomo Cocapec

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partir de agora o cooperado possui mais uma ferramenta para auxiliá-lo nos tratos culturais e fitossanitários de sua lavoura. A estação meteorológica, instalada em Franca/SP irá fornecer informações relevantes para o produtor. Atualizada a cada 30 minutos, a estação coleta dados como chuva, velocidade e direção do vento, temperatura, umidade. De posse dessas informações, o sistema integrado ao aparelho faz um relatório através de gráficos e tabelas sobre as variações climáticas. Com estes conhecimentos, o cafeicultor poderá calcular o balanço hídrico e acompanhar a quantidade de chuva e temperatura ocorrida para realizar de forma correta as atividades na lavoura, sempre acompanhando as previsões climáticas. Além disso, os dados auxiliam no controle de pragas e doenças, pois, através das análises, é possível perceber se as condições são favoráveis para uma infestação, prevenindo um dano econômico na lavoura. Esta é mais uma ferramenta que o produtor possui para conduzir a sua lavoura. Vale ressaltar que o clima exerce grande influência na produção cafeeira, e ter um elemento como este auxilia bastante o cooperado. Todas as informações já estão disponíveis no site da cooperativa seguindo o caminho: www.cocapec. com.br > Menu Principal > Estação Meteorológica > Estação Meteorológica Franca – clique aqui, ou pelo endereço www.cocapec.com.br/estacao

Os dados obtidos pela estação auxilia o produtor na condução de sua lavoura

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TÉCNICA

A broca e o fim do Endosulfan Evitar frutos remanescentes ainda é o melhor trato cultural Por Fabrício Adrian Davi | Analista Técnico Cocapec

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broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae), inseto endêmico originário da África Central, é praga da cafeicultura em todo mundo sendo considerada no Brasil a segunda mais importante para o coffea arábica e a primeira para o coffea canephora. As maiores infestações ocorrem com os frutos de baixo teor de umidade (secos), pois são utilizados pelas fêmeas para a oviposição, mas pode acontecer em qualquer estágio de maturação como em frutos verdes e maduros. Estes danos são causados pelas larvas do inseto, que vivem no interior do fruto, alimentando-se das sementes, causando sua destruição do parcial ou total. A inspeção é realizada coletando-se uma amostra de frutos, em geral naqueles com sintomas de ataque, procede-se a abertura para a detecção de insetos vivos. Na contagem de defeitos na qualidade do café se tem a seguinte relação: para 5 grãos com 1 a 2 furos = 1 defeito, para cada 4 grãos com 3 a 4 furos =1 defeito e para grãos com mais furos a cada 3 grãos = 1 defeito, assim conforme a agressividade da infestação se tem prejuízo tanto no aspecto qualitativo quanto no aspecto quantitativo, aumentando ainda mais as perdas de produtividade e também no preço pago pela saca que é bem menor que um lote de sacas não brocados, sendo que estes danos provocados pela praga começam quando a infestação atinge de 3% a 5% nos frutos da maior florada (para mais informações sobre as perdas causadas pela broca acesse a

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TÉCNICA Devemos fazer uma varrição bem feita e complementar quando necessário com aplicação química de um destes inseticidas, caso seja atingido infestação que possa causar danos econômicos

versão online da Revista Cocapec nº 82, pág. 16 através do site www.cocapec.com.br) Para seu controle preventivo, o melhor método ainda é o cultural. Com o aumento das áreas mecanizadas começaram a se reduzir o uso de mão de obra, principalmente na etapa do repasse após a passada da colhedora, onde geralmente na saia e na parte chamada coração do pé de café ficam aderidos alguns grãos que, por uma maior resistência, não conseguem ser apanhados pelo equipamento. Com isso eles ficam bastante tempo na árvore, e também não são recolhidos pelas recolhedoras de levante que hoje já fazem um serviço de bastante qualidade que, quando bem reguladas e operadas, conseguem uma boa eficiência, deixando um nível reduzido de grãos no chão e, consequentemente, uma baixíssima incidência da praga. Porém, quando atingido seu nível de controle, a alternativa de uso de inseticida tem uma grande eficácia, mas com a retirada do inseticida padrão a base de Endosulfan veio dificultar o controle desta praga que tanto causa perdas em nossas produções. Outros produtos ainda estão no mercado com o registro para o controle da broca na cultura do café. Portanto, para safra agrícola 2013/2014 os inseticidas que poderão ser usados serão os com ativo (CLORPIRIFÓS 480 g/l ) nas doses de 1,5 l/há e de 1 a 2 aplicações com intervalos de 20 a 30 dias uma da outra, também outra opção é o

(ETOFENPROXI 100 g/l ) nas doses de 1,25 l/ ha de 1 a 2 aplicações com intervalo de 15 dias uma da outra, ambos os produtos aplicar com um volume igual ou maior a 400 l/ha realizando sua aplicação no período de trânsito da praga, quando os adultos da broca saem dos grãos remanescentes da safra anterior para se alojarem nos novos frutos. A eficácia destes dois produtos são menores quando comparadas a do inseticida a base de Endosulfan que tinha uma eficiência variando em torno de 90% com uma dose de aplicação de 2 l/ha.

Estão em processo de registro no Ministério da Agricultura novos princípios ativos para o controle da broca do cafeeiro, todos eles em seus testes obtendo a mesma eficácia de 2 l/ha de Endosulfan segundo seus fabricantes. Talvez para próxima safra teremos já alguns destes novos produtos para serem aplicados. Enquanto isso não acontece devemos fazer uma varrição bem feita e complementar quando necessário com aplicação química de um destes inseticidas, caso seja atingido infestação que possa causar danos econômicos.

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TÉCNICA

Gestão estratégica na cafeicultura (Parte II) Por Saulo de Carvalho Faleiros | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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ando sequência a matéria publicada na edição 87 da Revista Cocapec, trataremos de forma simples e didática, como realizar um orçamento que possa embasar as decisões a serem tomadas pelo gestor da propriedade. O atual nível de preços que a cafeicultura atravessa neste momento coloca produtores, cooperativas e demais setores ligados diretamente à produção de café, em estado de repensar estratégias e ações que minimizem os riscos e de alguma forma, produzam resultados positivos, embora esta tarefa nos pareça momentaneamente quase impossível. O produtor de certa forma se protege como pode, diminuindo seus investimentos e tentando evitar tomadas de crédito que não sejam simplesmente para financiar sua produção, ou seja, os investimentos na expansão da área plantada, reforma de lavouras e melhorias nas estruturas ficam em segundo plano até que o mercado sinalize um cenário mais promissor. A realidade nada otimista da cafeicultura no momento preocupa todos os segmentos, pois episódios novos surgem no contexto da produção e do consumo. O incremento do Conillon em importantes blends, a alteração dos hábitos do consumo

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para monodoses e máquinas de espresso domésticas, o chinês começando de forma sutil a tomar café e tantos outros pontos importantes, mexem com todas as tendências do mercado, quer seja a curto, médio ou a longo prazo. Diante deste cenário embaraçoso e obscuro, repleto de tendências que se configuram, ora otimistas, ora devastadoras para o futuro da cafeicultura, cabe ao setor produtivo se proteger utilizando-se de ferramentas importantes que o mercado oferece. Para que as tomadas de decisões se tornem mais eficientes e proporcionem riscos menores, é necessário que se faça primeiramente um orçamento detalhado dos custos de produção e investimentos, e que se saiba com grande riqueza de detalhes os itens que são mais relevantes em termos de valores. E mais importante ainda, saber quais os itens dos custos que refletem diretamente no resultado final. Quando se avalia desta forma, entende-se que os custos referentes às construções e manutenções das estruturas da fazenda, a mão de obra, seja ela fixa ou terceirizada, com seus respectivos encargos trabalhistas, aquisição e manutenção de

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maquinários, serviços de colheita, custos administrativos, arrendamentos (para aqueles que os possuem), são itens que somados participam em média com 65 a 70% do custo total de produção de uma saca de café. Estes itens são importantes e necessitam de boa gestão, pois são a parte mais cara dos custos e não estão diretamente ligados à produtividade. Podemos encará-los como “custos fixos” da atividade, ou seja, se tivermos uma alta produtividade estes custos existem, e se a produtividade for baixa eles permanecem da mesma forma, porém, neste último caso, sendo diluídos em menos sacos de café o que certamente aumenta o custo unitário de produção. Por outro lado, quando consideramos os custos com corretivos, fertilizantes e defensivos para controle de pragas e doenças, somados correspondem com 30 a 35% dos custos totais da produção média. Porém, estes itens estão ligados diretamente à produtividade das lavouras. Isto significa que a economia destes, quer seja reduzindo, postergando ou suprimindo-os, não seja a maneira mais eficaz de atravessarmos períodos de crise, pois com a redução da produtividade e a continuidade dos custos fixos mencionados anteriormente, o custo final da saca de café fica mais elevado, colocando o produtor em


TÉCNICA

mais dificuldade. É importante dizer que em momentos como este, de crise, temos sim que repensar os tratamentos nas lavouras, mas economizar não significa apenas deixar de fazer ou aplicar algo que seja importante para a produção, é hora de ver o todo. Ao invés de deixar de aplicar será que não seria mais eficaz em termos de custo rever a forma de aplicação? A possibilidade de trabalhar com produtos que permitam mais misturas e resultem em menos entrada na lavoura? Não seria importante rever momentos de colheita mecanizada que pudéssemos evitar ou diminuir repasses em pelo menos parte do cafezal? São vários os exemplos que poderíamos colocar em discussão para melhorarmos a eficácia da propriedade. Enfim, o orçamento nos faz descortinar os processos da fazenda e entendermos o que realmente custa. Temos o costume de tentar economizar com aquilo que compramos em lojas, pois a conta do ganho é direta. Uma vez que o preço existe, fazemos o orçamento e onde os benefícios forem maiores realizamos o negócio. Mas porque não tentar fazer o mesmo dentro da propriedade? Precisamos planejar financeiramente cada operação, avaliar quanto custa cada item, para que possamos tomar a decisão correta, procurando maximizar a relação custo/benefício.

Em nossa experiência a campo, notamos como pontos importantes de custos são tão pouco trabalhados por parte dos produtores e/ou administradores. A logística interna da propriedade, por exemplo, é um importante gargalo no custo final, pois se mal administrada, cria-se uma desnecessária demanda de maquinários, mão de obra e estruturas que aumentam de forma substancial os custos fixos da fazenda. A logística da colheita também tem seu papel preponderante no custo final, pois é ela que dá agilidade nos processos e cria-se assim a demanda por máquinas e pessoal. Porém, o objetivo aqui não é generalizar os pontos que sejam mais ou menos importantes, pois isto depende absolutamente da particularidade de cada propriedade, e como diziam os mais antigos, “cada um tem seu jeito de tocar a fazenda”.

- Conheça realmente qual sua área de café em hectares (se possível descontando carreadores). O departamento de GIS/ Cadastro da Cocapec pode fornecer estas informações - Busque em suas anotações ou na memória, o histórico das últimas safras e faça a média de produtividade que sua fazenda possui. - Aperfeiçoe o conhecimento sobre expectativas e/ou previsões de safra. - Levante os custos mensais da fazenda, tais como salários, energia e combustíveis, destacando meses em que a demanda por estes itens são maiores, como na colheita. O histórico de anos anteriores pode ajudar muito na obtenção destes números.

Falando do orçamento propriamente dito, trataremos de algumas dicas simples para aqueles que estão iniciando a gestão estratégica da propriedade e aqueles que já o fazem poderão aperfeiçoar seus apontamentos.

- Peça ao seu agrônomo um plano detalhado dos tratamentos que serão executados na fazenda ao longo do ano agrícola. Sabe-se que imprevistos certamente irão ocorrer, mas uma boa parte dos serviços pode ser planejadas, previstos e orçados com antecedência.

Primeiro passo na confecção do orçamento é melhorar a intimidade com a fazenda. Para isso, segue algumas dicas:

- Faça um bom planejamento dos serviços braçais nas lavouras, tais como desbrotas e limpezas, serviços estes comumente

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TÉCNICA realizados com mão de obra volante. Portanto, faça um orçamento das diárias anuais que são gastas para cada operação, somadas ao transporte e aos encargos e lance as mesmas nos meses onde os serviços serão executados. - Faça um planejamento detalhado da safra, simulando colheita mecanizada,

De posse destes dados, caso os mesmos estejam bem confeccionados e condizentes com a realidade, o produtor pode ter uma boa ideia do seu custo, ou ao menos uma grandeza de valores que lhe possa dar conhecimento para tomadas de decisões sobre os preços de venda que lhe satisfaça. O produtor entendendo o valor de seu negócio, conhecendo aquilo que lhe custa mais, qual a importância disto em sua produção e no resultado final de forma antecipada e mais segura, pode aproveitar melhor as oportunidades que o mercado por

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com uma passada, com duas passadas, com e sem repasse manual, enfim, situações que de forma corriqueira acontecem em qualquer fazenda e compare os custos destas operações. De posse da melhor opção, crie estratégias para tentar ficar o mais próximo do planejado. Num primeiro momento acredito que se estes itens estiverem condizentes com

a realidade da fazenda teremos uma ótima ideia do custo de produção por saca.

ora possa oferecer, como as ferramentas de fixação de preço (venda futura de café), troca de café por insumos, tomada de crédito, etc.

de oportunidade, ou seja, traçarmos a vida financeira da fazenda, mas este assunto, fica para uma nova oportunidade. Nosso objetivo aqui é fornecer subsídios simples e diretos para ajudar o produtor a interpretar e conhecer economicamente seu negócio, e tomar decisões embasadas na realidade de sua propriedade, que possa diluir seus riscos e torná-lo menos exposto às alterações bruscas do mercado, proporcionando as reais chances de obter mais solidez financeira.

Quando o conhecimento com os números da fazenda estiverem mais avançados, podemos iniciar um segundo passo em termos de gestão, e estratificar os custos por lavoura, por propriedade, por hectare enfim, da forma como julgar necessário. Podemos conhecer o custo isolado de cada máquina e de cada estrutura, calcularmos depreciações, custos

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Para facilitar a confecção e interpretação dos dados, uma simples planilha pode ser confeccionada, veja:

Bons negócios!!


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TÉCNICA

Manejo de mato na cultura do cafeeiro Por Gabriel Rosa | Engenheiro Agrônomo/Uniagro e Marcelo Augusto Ferreira | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

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a lavoura cafeeira as plantas invasoras podem elevar os custos de 15% a 20% do custeio anual, além de causarem outros prejuízos pela competição por água, luz e nutriente, dificultam a execução de práticas culturais, inclusive a colheita, podendo ainda hospedar pragas e doenças que atacam o cafeeiro. O manejo e controle das plantas daninhas, em geral, é realizado por métodos convencionais como capinas manuais, roçadas e com aplicação de herbicidas (para saber mais sobre estas formas acesse a matéria da Revista Cocapec nº 84, pág. 30 na versão online através do site www.cocapec. com.br). Esses métodos mesmos que utilizados com persistência, isoladamente não têm promovido um controle eficiente para a maioria das espécies.

Técnicas associadas: pré-emergência na linha de plantio + manejo de mato na entrelinha

Planta daninha necessitando de controle manual

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Tratamento tratorizado possui custo menor


TÉCNICA Portanto, realizar o manejo e controlar eficientemente estas ervas, torna– se necessária a combinação de processos. Com isso, pode-se evitar o surgimento de altas concentrações de ervas daninhas, formação de bancos de sementes, resistência de plantas a determinados métodos de controle, aumento do custo da lavoura, redução da produtividade e erosão do solo. Com isso, ocorre a potencialização da reciclagem de nutrientes, o fornecimento de

matéria orgânica, melhorarem a estrutura do solo. A infestação varia de acordo com a época do ano, principalmente, períodos chuvosos. Entre os meses de outubro e abril, as chuvas e as temperaturas mais elevadas favorecem o predomínio de gramíneas. Nessa fase, ocorre o florescimento, a frutificação do cafeeiro e a concorrência das plantas daninhas com o cafeeiro, que podem reduzir a produção em até 77%. Portanto,

a necessidade de controle das invasoras, principalmente na área da projeção da copa da planta, neste período, constitui uma operação obrigatória nas atividades de condução de lavoura cafeeira. O uso eficaz de herbicidas pode reduzir de forma muito significativa os recursos necessários para controlar ervas daninhas que roubam o rendimento e dificultam as operações de pulverização, adubação e colheita.

TABELA 1: Extração de nutrientes pelas ervas daninhas (*) e perda de produção em cafezal

A) Extração de nutrientes pelas plantas daninhas

B) Perda de produção de acordo com a época de capina

Nutrientes

Quantidade extraída kg/ha

Tratamentos (capinas)

% de perda de produção

N

96

Sempre no limpo

-

P2O5

7

Capina out. a fev.

7

K2O

60

Capina dez. a abr.

12

CaO

42

Capina dez. a set.

13

MgO

9

Capina dez. a fev.

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Capina maio a set.

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Sempre no mato

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Fonte: Miguel et all, Anais do 8o CBPC, p. 44-6 liveira, Matiello e Carvalho - Anais do 7o CBPC, p.3502. (*) No de plantas daninhas/ha = 4.6 milhões, peso verde de 22,8 t e peso seco de 3 t/ha

Entre os meses de outubro e abril, as chuvas e as temperaturas mais elevadas favorecem o predomínio de gramíneas

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TÉCNICA Para aplicação de herbicidas, seja em área total ou na trilhação ao longo do ano agrícola, deve sempre lembrar de adicionar produtos com ação para folhas largas e estreitas, uma vez que a resistência vem sendo muito frequente ao uso de glifosato. Para o controle, existem no mercado algumas opções variando o modo de ação, dosagem e custo de tratamento/ha. No entanto, as plantas daninhas precisam ser administradas em vez de eliminadas, e dado o reconhecimento de

importantes benefícios para o cafeeiro, passaram a receber o tratamento de “mato” e, portanto, nos remete ao conceito de “manejo”. O uso excessivo de alguns herbicidas, como glifosato e aqueles com efeitos residuais no solo, pode levar a problemas como aumentar a resistência, criando espécies mais agressivas. Já a ausência total de vegetação, o chamado solo nu, favorece a erosão principalmente em terrenos inclinados. Em muitas partes do mundo,

algumas ervas daninhas importantes não são mais controladas por herbicidas antes eficazes. Cada caso de resistência de erva daninha começou com uma individual diferente que teve alguma mutação (resistência) rara tornando-a capaz de escapar dos danos causados por um herbicida específico. Os descendentes de tais indivíduos acabaram por dominar certas populações. As que adquiriram resistência ao glifosato são particularmente preocupantes.

colchão. Trata-se de uma planta perene, rizomatosa com alta capacidade de rebrota, forma touceiras, e nas condições brasileiras pode germinar o ano todo. Suas sementes são pequenas e se dispersam facilmente pelo vento. “A planta é muito comum em pastagens e acabou se espalhando pelas áreas de produção de grãos, com a ampliação da adoção da semeadura direta, passando de uma espécie considerada marginal, para uma das principais plantas daninhas no Brasil”, disse o pesquisador. Nos últimos anos, populações de diversas ervas daninhas muito significativas

se tornaram resistentes aos glifosato. O paraquat (herbicida de contato não seletivo) tem um papel muito importante a desempenhar no combate à resistência de ervas daninhas. O paraquat pode ser usado como um herbicida não seletivo alternativo. A melhor opção é usar o paraquat em aplicações para remover ervas daninhas resistentes na pós-emergência. Não existe substituto viável para o glifosato no controle de ervas daninhas perenes, portanto o uso do paraquat desta forma protege o uso desse importante herbicida.

Buva na fase adulta Uma espécie que começa a ser observada como resistente em nossos cafezais, é o Capim-amargoso. Na última safra, observou-se um aumento na sua disseminação ocasionando a seleção de biótipos, como aconteceu com a buva. Isso é um sinal de alerta para toda a cadeia produtiva. Hoje há ocorrência em vários estados do Brasil, e em diversas culturas onde se utiliza o princípio ativo. O capim-amargoso (Digitaria insularis) pertence à família poacea ou gramínea, envolve aproximadamente trezentas espécies no mundo e inclui outras plantas bem conhecidas como o capim-

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TÉCNICA Combinação de processos Para se ter um controle de mato ideal no cafezal, é recomendado a utilização de combinação de algumas práticas. As mais comuns são: - capina (manual ou roça carpa) na linha + roçada ou herbicida de pós-emergência na rua; - capina manual na linha + capina

mecanizada na rua; - herbicida na linha + roçada na rua; - capina, seguida de herbicida de préemergência na linha (mais usado em café novo) + roçada na rua; - roçadas (1-3 seguidas) combinadas com capinas ou herbicidas para eliminar o mato rasteiro (trilhação); - uma aplicação de herbicida de pósemergência em novembro (trilhação projeção da saia do cafeeiro), 2 a 3 roçadas até fevereiro, outra aplicação de herbicida

Lavoura em produção com controle químico na projeção da saia + roçada central (muito utilizada) .

de pós-emergência em março, antes da arruação. (processo mais utilizado por nossos cooperados). É importante lembrar que fora da estação chuvosa é necessário manter as lavouras com o mato totalmente controlado, tanto na projeção da saia, quanto no meio da rua. Lembre-se de que no meio da rua o controle só é feito através de roçadas, sem uso de herbicidas, seja na estação chuvosa ou fora dela.

Capim amargoso

Nos últimos anos, populações de diversas ervas daninhas muito significativas se tornaram resistentes aos glifosato

Cafeeiro em produção com manejo de mato livre de plantas daninhas, controlado na projeção da saia.

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TÉCNICA

Controle simultâneo da ferrugem e cercospora Combinação de procedimentos pode auxiliar no combate as duas doenças Por Fabrício Adrian David | Analista Técnico Cocapec

A ferrugem é a pior doença do cafeeiro

A

s chuvas que caíram nos meses que tradicionalmente são de estiagem prolongaram os prejuízos causados pela ferrugem, em especial em áreas onde já havia incidência da doença. As condições para o aparecimento são temperaturas na faixa de 20°C a 24°C, umidade do ar elevada, precipitações frequentes, ambientes sombrios, espaçamentos mais fechados, adubação e tratos culturais inadequados e carga de frutos elevada sendo que a severidade da ferrugem está intimamente relacionada com este fator. Este cenário pode se refletir na próxima safra, necessitando assim um controle ainda mais eficaz. A Ferrugem é a principal doença do cafeeiro em todo o mundo. Causa a

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queda precoce das folhas e a consequente seca dos ramos produtivos, antes da época de florescimento do cafeeiro, refletindo negativamente sobre o desenvolvimento dos botões florais, vingamento da florada, desenvolvimento dos frutos e redução da produtividade do ano agrícola seguinte. A morte constante dos ramos do cafeeiro reduz a vida útil produtiva da lavoura, tornando-a gradativamente antieconômica. A queda na produtividade, entretanto, varia de região para região e até mesmo de uma lavoura para outra. Para o controle, existem muitos produtos e formas diferentes de ação, tanto via foliar como solo. Tratamentos contendo as duas formas de aplicação vem sendo a preferência dos agricultores, pois alguns produtos contêm já o fungicida junto com

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o inseticida assim proporcionando não só o controle da ferrugem mas também de algumas outras pragas. Junto com as aplicações de solo vem sempre as foliares com estrobilurinas+triazol para completar o tratamento e prolongar o residual, prevenindo a entrada do fungo. Devido a ocorrência de chuvas se estendendo nos períodos de seca, ocorre o aumento do número de aplicações foliares para o controle desta ferrugem tardia. Uma segunda opção é intercalar pelo menos duas aplicações de fungicida/bactericida cúprico com as outras. Já os procedimentos de florada também são um grande aliado para o combate a esta doença, deixando a planta mais livre das pústulas favorecendo o tratamento preventivamente. No caso da cercosporiose, também


TÉCNICA conhecida por mancha-de-olho-pardo, é causada pelo fungo Cercospora coffeicola, e está presente em todas as regiões cafeeiras do Brasil. Atualmente, com a implantação de lavouras em áreas de baixa fertilidade natural, os prejuízos com a doença ganham maior importância econômica, não somente porque há relação entre o ataque da doença e a nutrição mineral das plantas, mas também porque essas regiões apresentam condições de clima e solo mais favoráveis ao ataque do fungo. A mancha-de-olho-pardo ocorre em todas as fases de desenvolvimento da cultura. Nas mudas, as lesões nas folhas podem provocar a desfolha da planta. No campo, as folhas lesionadas podem cair e disseminar o fungo para os frutos, justamente quando ocorrem os maiores prejuízos. Os danos têm início quatro meses após o florescimento, quando o ataque do fungo pode causar a queda dos chumbinhos. Nos frutos as lesões caracterizadas por pequenas manchas castanhas e deprimidas. As que ocorrem de quatro a seis meses após o florescimento são as que mais prejudicam a qualidade da bebida, pois fazem com que a casca fique aderida ao pergaminho, dificultando seu desprendimento durante o beneficiamento. As lesões conhecidas como mancha-de-olho-pardo são as mais comuns, mas também podem ocorrer lesões mais escuras de tamanho variado, especialmente no final do ciclo da cultura. Elas também podem ter um halo amarelado, sintoma que no campo pode ser confundido com a mancha-aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae. Para o controle da cercosporiose é necessário um bom manejo da fertilidade do solo em lavouras adultas, a nutrição deficiente e desequilibrada, solos argilosos, arenosos ou compactados, sistema radicular deficiente são fatores que favorecem o seu desenvolvimento. Trabalhos de pesquisa mostram que, principalmente a deficiência de nitrogênio, predispõe as plantas de café ao ataque do fungo. As condições de solo e de sistema radicular estão indiretamente relacionadas com a intensidade da doença

A cercosporiose está presente em todas as regiões cafeeiras

e diretamente com a nutrição das plantas, condicionando o desenvolvimento do fungo. Também ao se fazer o controle da ferrugem com as estrobilurinas automaticamente estará combatendo a cercosporiose que tem como melhor resultado a aplicação preventiva. A maior parte dos programas de controle de doenças para o café já controlam simultaneamente a ferrugem e a cercosporiose, sempre com aplicações preventivas para obter melhores resultados. Os equipamentos, como o pulverizador, deve estar bem regulados e com pontas corretas para se fazer uma aplicação bem distribuída e eficaz. É importante monitorar sua lavoura, pois estamos entrando nos meses de mais ocorrência destas duas doenças, assim evitando perdas de produtividade consideráveis

“Ao se fazer o controle da ferrugem com as estrobilurinas automaticamente estará combatendo a cercosporiose”

novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88

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TÉCNICA

Tecnologia de Aplicação visando o Manejo do Ácaro da Leprose Por Pedro Henrique dos Santos | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

D

evido aos impactos do tratamento fitossanitário na cultura do café relacionado aos custos, à qualidade dos grãos, ao ambiente e à saúde do trabalhador, são necessários estudos para minimizar estes impactos e maximizar a eficiência da operação. A utilização correta e criteriosa dos produtos fitossanitários é objetivo cada vez mais almejado, pois o uso incorreto desses produtos tem como consequência problemas de várias naturezas: sanitária, ecológica e econômica, representada pelo desperdício da má colocação do produto no alvo, aumentando

a frequência e quantidade de aplicações. Numa pulverização no campo, é comum que algumas áreas das plantas não recebam suficiente cobertura de calda. Com isto, as pragas podem selecionar estas áreas para caminhar, alojar e alimentar-se, tendo pouco ou nenhum contato com os produtos fitossanitários. Tentando minimizar a ocorrência dessas falhas, utilizase, tradicionalmente, a aplicação em alto volume, cuja calda é aplicada além do ponto de escorrimento, em função das dificuldades de se cobrir adequadamente as plantas, pela diversidade e densidade de folhas, ramos e frutos. O objetivo deste estudo é

Foto 1 Posicionamento do papel hidrosensível

18

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

entender melhor as pulverizações realizadas no manejo do ácaro da leprose na cultura de café em função do volume de calda por hectare, cobertura (nº gotas/cm²), velocidade, pressão de trabalho e funcionamento do pulverizador. O experimento foi realizado na Fazenda Santa Cruz localizada no município de Pedregulho/SP. Foram marcadas 10 plantas (5 de cada lado da rua), e os papéis hidrossensíveis posicionados na parte interna (ver foto 1) da planta na posição superior, média e inferior na vertical e horizontal, com intuito de analisar a quantidade e a distribuição de gotas que atingiram o alvo.


TÉCNICA

1. Cadastro da propriedade: a. Nome: Fazenda Santa Cruz /proprietário Luiz Alberto Spirlandeli e Filho. b. Município: Pedregulho/SP c. Coordenadas geográficas: i. Lat: S 20° 17’38” ii. Lon: W 47° 29’ 33” iii. Alt: 988 metros 2. Cadastro da cultura: a. Cultura: café

Lavoura experimental 4. Descrição estatística

b. Variedade: Catuaí 62 c. Espaçamento: 3,5 x 1,0 m d. Altura das plantas: 2,5 metros e. Nível de enfolhamento: Bom (Carga Pendente > 80 Sc/ha) f. Idade das plantas: 15 anos g. Talhão: Café 7000 h. Área plantada: 2,5 ha 3. Cadastro do equipamento: a. Trator cafeeiro i. Rotação que gera 540 (TDP – Tomada de Potência): 1900 rpm no trator b. Pulverizador: i. Marca/modelo: Jacto Arbus 2000 ii. Bomba: JP 100A; Pot.: 8,5 cv; Vazão: 100 l/min; iii. Diâmetro da turbina: 0,9 m iv. Altura da turbina em relação ao solo: 0,45m v. Altura total da turbina: 1,35 m vi. Posição das pás na turbina: A vii. Barra: 12 pontas de cada lado do ramal viii. Filtro de bico: malha 30 ix. Filtro de linha: ausente x. Filtro de sucção: malha 30

TRAT

Ponta

Rotação Trat./ TDP

Marcha

Vel.

Classe gotas

Pressão (BAR)

V.C. (L/ ha)

UR (%)

T° (°C)

Vento (km/h)

Direção do vento

1

JA-2

1500/440 rpm

1ªS

5,5 km/h

Fina

4

483

33,6

34,5

0

-

2

TXA 800067

1900/540 rpm

3ª R

5 km/h

Muito Fina

6

296

27,7

39,5

2,3

3

TX VK 8

1900/540 rpm

3ª R

5 km/h

Muito Fina

6

602

28,5

37,5

3

4

TX VK 10

1900/540 rpm

3ªR

5 km/h

Muito Fina

9

913

33,9

34,9

0

5

TXA 8002

1900/540 rpm

3ªR

5 km/h

Muito Fina

11

1209

38

30

8

5. Dados estatísticos Resultados e Condições a. Tratamentos: 5 volumes de calda b. Amostragem: i. 10 plantas aleatórias (5 à direita e 5 à esquerda do turbo) ii. 3 posições: Terço superior, médio e inferior iii. Posição dos papéis hidrossensíveis: horizontal e vertical Visando o controle do ácaro da leprose, o volume de calda de 300 L/ha foi considerado baixo, mesmo trabalhando nas condições ideais do pulverizador. O padrão

adotado na fazenda (485 L/ha) poderia ter melhores resultados se tivesse trabalhado na rotação de 540 rpm da TDP e em velocidade menor. O tratamento 3 (600 L/ha) foi o que apresentou o melhor resultado, houve uma excelente cobertura sem escorrimento de calda. Já o tratamento 4 e 5 houve excesso de calda, ocorrendo escorrimento, mostrando o desperdício que pode ocorrer se não houver uma boa regulagem. De uma maneira geral, consegue-se fazer uma ótima pulverização contra ácaro da leprose trabalhando de 600 a 800 L/ha dependendo das condições climáticas.

novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88

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TÉCNICA Ao pensarmos em pulverizações, grande parte dos produtores dão foco principalmente em qual produto e dose a utilizar, época, custos e etc. Esquecendo muitas vezes da importância do equipamento que realiza o trabalho. O que adianta termos os melhores produtos, os melhores preços e descontos, se na hora de realizar a aplicação não conferimos se os equipamentos estão em ótimos estados de trabalho? Todo trabalho anterior terá sido em vão. Na maioria das propriedades encontram-se pulverizadores com problemas, tais como: bicos de vazões diferentes, filtros danificados ou ausentes, bomba trabalhando fora das condições ótimas, tanque sem agitador, falta do manômetro e por aí vai.

Imagens Representativas dos Resultados

Tratamento 1: Volume de calda baixo

Tratamento 2: Volume adotado pela fazenda

Tratamento 3: ideal

Bicos sujos. É necessário manter os equipamentos em plena conservação para garantir a eficiência do trabalho

Já imaginaram quanto dinheiro gasto com produtos já não passaram por aquelas simples pontas? Pequenas atitudes podem melhorar bem nosso pulverizador e por consequência nossas pulverizações. Um filtro de linha vai diminuir os nossos problemas com entupimento, ao invés de limpar os filtros de todos os bicos, teremos o trabalho apenas de limpar dois filtros. No caso dos tanques que não possuem agitador mecânico (hélice) um agitador hidráulico (agitador Venturi), ajuda homogeneizar a calda, melhorando a distribuição do

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ingrediente ativo na lavoura. Uma série de tomadas de decisão pode-se ser feitas juntos com os técnicos da Cocapec para melhorar a qualidade da pulverização. Outro fator importante a se considerar é trabalhar com o pulverizador com 540 rpm na tomada de potência, principalmente naquelas pulverizações que o alvo é difícil de ser atingido (ácaro da leprose). Devemos lembrar que o que leva as gotas para o interior da planta é o vento gerado pela turbina do pulverizador, logo é fundamental uma boa ventilação gerado pelo turboatomizador e só é possível trabalhando com essa condição de

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

Tratamento 4: em excesso

Tratamento 5: muito excessivo

rotação. Há questionamentos por parte do produtor quanto ao aumento de consumo de combustível ao se trabalhar com 540 na TDP, porém, nas condições ideais, conseguese diminuir o volume de calda por hectare, o que melhora a eficiência e rendimento, ou seja, aumenta o gasto de um lado mas economiza muito mais do outro. O primeiro passo ao pensar em tecnologia de aplicação é analisar o alvo, por exemplo, se a pulverização for uma adubação foliar, cuja absorção ocorre pelas folhas novas, neste caso não há necessidade de trabalhar com trator muito acelerado e nem com um volume de 600 L/ha. Se o alvo é o bicho mineiro, se houver necessidade de duplicar os duplicadores devem ser localizados na parte de cima (infestação do B.M. ocorre primeiramente na parte superior). Ao contrario do ácaro da leprose que sua maior população encontra-se na parte inferior e internamente da planta. Para cada caso uma receita, devemos parar de ter uma fórmula média para todas as situações, pois nas atuais situações que se encontra o preço de café não se permite desperdícios.


TÉCNICA

A homogeneização é feita com a ajuda de um agitador

O filtro de linha pode potencializar o trabalho

Condições ideais de trabalho conferindo a rotação de 540 por minuto na Tomada de Potência (TDP)

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Respeite os limites de velocidade.

novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88 PROGRAMA

direçãoespecial

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TÉCNICA

Deficiência de Boro e Magnésio no café Por Henrique Rheda | Engenheiro Agrônomo/Uniagro Fonte: Cultura do Café no Brasil – Manual de Recomendações – Matiello, Santiago, Garcia, Almeida e Fernandes

H

á levantamentos realizados na década de 80 pelo extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC) em São Paulo e Sul de Minas Gerais para diagnosticar a situação nutricional das lavouras de café (análise de solo e folha), mostraram que as deficiências mais comuns e graves eram de magnésio (Mg), cálcio (Ca) e zinco (Zn), e em segundo plano de nitrogênio (N), Boro e potássio (K). Este quadro atualmente se encontra muito diferente. Com isso, é importante discorrermos sobre alguns elementos.

boro Influi no crescimento do cafeeiro e no pegamento (fecundação das flores), participando da divisão, do crescimento e da parede das células. Os sintomas de carência se apresentam nas folhas novas, que aparecem deformadas, afiladas, pequenas e com bordas arredondadas. A superfície das folhas novas fica granulada, ocorre morte de gemas apicais e super-brotamento, com as brotações formando leques. Em deficiências graves, as folhas recém-nascidas apresentam pontuações negras e corticosas junto à nervura principal, o que provocam seu entortamento. Ocorre também a seca de ponteiros, que pode ser confundida com o ataque de Phoma. A deficiência de Boro pode ser provocada também pela carência no solo, pela falta de cobre, pelo excesso de calagem e de chuvas, longo período de estiagem e excesso de potássio. Em época muito seca aparece um sintoma típico, o encurvamento do ramo lateral na região do 3º e 5º

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Os nutrientes devem estar equilibrados para que seu aproveitamento seja o melhor possível

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013


TÉCNICA

últimos nós, para baixo e logo para cima. Também ramos secundários apresentam pequenos engrossamentos junto à sua ligação no primeiro, pendem para baixo e se desprendem dele. O nível foliar adequado é de 40 a 80 ppm e via solo de 0,5 à 1,0 mg/dm³. O excesso de Boro causa toxidez, aparecendo folhas manchadas de verde amarelado e em casos graves ocorrem queima nas bordas das folhas, sintomas observados visualmente quando os teores se situam em cerca de 400 ppm. As folhas novas que crescem após a intoxicação, apresentam em torno de 100 ppm, não mostrando sintomas anormais. Como o aumento da produtividade das lavouras, a aplicação de Boro passou a ser indispensável em solos pobres destes nutrientes. A reposição via solo se mostra melhor que a foliar. A Ulexita, o Borax e o FTE, são formas eficientes de adubação via solo. Em solos arenosos, indicase o parcelamento do Boro via solo em 2 a 3 vezes ao ano.

Magnésio (Mg) Participa da formação da clorofila e, portanto, do metabolismo energético da planta. As deficiências aparecem nas folhas velhas, com sintomas bastante nítidos como um amarelecimento na área entre as nervuras secundárias, que permanecem verdes. O passo seguinte é a evolução para a cor alaranjada e até castanha, ocorre forte desfolha e, em alguns casos, a seca de ramos laterais. As deficiências estão associadas a solos ácidos (sem calagem) ou em situações que provocam desequilíbrio, como excesso de adubação potássica ou o uso de calcário calcítico. Elas são mais frequentes em variedades precoces e de maturação igualadas. Os teores adequados de magnésio

nas folhas são de 3,5 a 5,0 g/kg (% X 10) O nutriente magnésio é, atualmente, um dos que se encontram em maior desequilíbrio no solo das lavouras. Isso acontece devido às aplicações sucessivas de potássio e seu acúmulo no solo, sendo este antagônico ao magnésio. Por isso, na condição de desequilíbrio deve-se reduzir temporariamente as doses de potássio, até que se tenha a quantidade adequada de magnésio. A adubação e a calagem devem suprir os nutriente em quantidade suficiente, sem esquecer do equilíbrio adequado entre eles, visando seu melhor aproveitamento. O excesso de alguns é prejudicial, tanto pelo maior gasto necessário, como pelo desequilíbrio e antagonismo causados. A falta, igualmente, leva ao desequilíbrio e a deficiência. É comum o produtor efetuar sua adubação sempre com a fórmula NPK e não prestar atenção na disponibilidade já existente no solo, o que pode influir na dose e na relação entre esses três nutrientes importantes, e nem se preocupar com o suprimento de outros como o Ca e Mg e os micronutrientes. Além disso, essas aplicação padronizadas de NPK podem levar a desequilíbrios prejudiciais, afetando as relações desejadas como K/ Ca / Mg, P/Zn etc.

Equilíbrio ideal: K – 3 a 5% na CTC do solo Mg – 10 a 15% na CTC do solo Ca – 30 a 45% na CTC do solo Importante: se tem magnésio no solo e a planta está refletindo a falta deste elemento, o problema é o desequilíbrio com o potássio. Além do boro e magnésio outros nutrientes são muito importantes para o

balanço nutricional, sendo indispensável para melhor resultado na produção. Os principais desequilíbrios são os seguintes: 1)Excesso de calcário ou outro corretivo: causa deficiência de micronutrientes, Zn, B, Cu, Fe e Mn e provável desequilíbrio para K ( pelo antagonismo com Mg e Ca do calcário); 2) Falta de correção do solo: menor índice de aproveitamento dos adubos NPK aplicados; 3) Excesso de nitrogênio: deficiência de B, Cu, Zn e Fe e maior susceptibilidade a Phoma e Pseudomonas; 4) Excesso de fósforo no plantio: deficiência de Zn e Ca; 5) Excesso de potássio: deficiência de Mg e Ca e muitas vezes de Boro; 6) Excesso de matéria orgânica: deficiência de cobre; 7) Excesso de zinco no solo: menor absorção do cobre. Nos momentos de crise, o cafeicultor fica descapitalizado e desestimulado, reduzindo todo o manejo nos cafezais, quando o correto, aí sim, seria eliminar o supérfluo, mantendo a adubação racionalizada, por se tratar de um fator que influi diretamente na produtividade e consequentemente, nos menores custos de produção. Caso o produtor não tenha condições de manter os tratos racionais nas lavouras é melhor que ele abandone aquelas pouco produtivas e trate bem o restante. Sempre refletindo: “O que não é econômico, não é técnico”.

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TÉCNICA

Saiba como fazer corretamente a análise foliar Procedimentos importantes auxiliam num bom resultado Por Felipe de Carlos Ferreira | Engenheiro Agrônomo/Uniagro

V

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Nível critico inferior

Alimentação de luxo Nível critico superior

Produção

amos falar nesta edição de uma importante ferramenta, tal como o martelo é indispensável para colocar o prego no seu devido lugar, esta ferramenta um pouco “subutilizada” é indispensável para se fazer uma nutrição mais adequada do cafeeiro, ela se chama análise foliar. A análise foliar é caracterizada pela determinação da concentração de um elemento em uma amostra tomada de uma porção particular de uma planta, por exemplo, as folhas, num momento ou estádio de desenvolvimento definido. A análise de tecidos (análise foliar) pode ser empregada no diagnóstico do estado nutricional das plantas, porque existe uma relação entre este e a performance da planta e entre composição foliar e estado nutricional. O desempenho de uma planta ou cultura, seja medida em termos de produtividade, qualidade ou ambos, tem como limite o potencial genético e é influenciado por fatores do ambiente de crescimento, tais como: luz, temperatura suprimento de água e de nutrientes. Se todos os demais fatores forem otimizados, o crescimento e o desenvolvimento serão dependentes do suprimento de nutrientes. O diagnóstico foliar é um método eficiente para avaliar o equilíbrio e a

Carência Curva em “C”

Toxidez

Teor do elemento na folha

disponibilidade dos nutrientes no solo e consequentemente o estado nutricional das plantas. A técnica de diagnose visual também é muito importante, no entanto o aparecimento do sintoma representa o estádio tardio de um processo no qual o crescimento e a produção podem sofrer perdas irreversíveis.

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

Os teores dos elementos minerais obtidos na análise são comparados com os padrões adequados e específicos para cada cultura, a deficiência e ou excesso em relação a isso indicam a necessidade de correção e ajuste na adubação de solo e folha, coferindo assim uma ferramenta essencial na gestão da nutrição de pautas e, consequentemente, na gestão dos custos de produção do cafeeiro.


TÉCNICA

Pode-se resumir a figura anterior da seguinte forma, para facilitar a compreensão da leitura: Nível crítico inferior: Abaixo dele a planta estará deficiente, com fome escondida ( quando a planta está nesta situação ela não apresenta os sinais de deficiência visual) ou mostrando os sintomas de deficiência. Nível crítico superior: Acima deste a produção se mantém a princípio constante (alimentação de luxo) e depois cai devido ao efeito tóxico.

“A adubação começa com a análise de solo, e continua com a correção da acidez e a aplicação do adubo e termina com a análise de folha” Esse ciclo permite que se realize uma adubação de forma muito econômica, pois permite a calibração da nutrição, evitando faltas, excessos e desequilíbrios. Convém deixar claro que a análise foliar não substitui a análise de solo, ambas se complementam fornecendo informações mais úteis ao cafeicultor. Serve para ajustar o programa de adubação ou as doses de adubo. Épocas de amostragem: embora possam ser feitas o ano todo, a recomendação mais indicada acontece em três épocas. A primeira no início das chuvas, junto com a análise de solo para programar a adubação. A segunda em janeiro/fevereiro na granação dos frutos para aferir os teores foliares em uma época de maior demanda de nutrientes. A terceira após o último parcelamento da adubação para verificar o estado nutricional final da planta, pois ela entrará em um período de estresse nutricional após o término das chuvas, sendo

importante ela estar bem nutrida antes deste período. É recomendado respeitar um período de pelo menos 30 dias após as adubações e as pulverizações foliares para realizar a coleta. Como realizar a amostragem: para a amostragem correta de folhas, os talhões devem ser separados, de acordo com suas características (idade, variedade, espaçamento, trato anterior, presença ou não de carga, etc). Deve-se caminhar em zig-zag na lavoura, coletar de 40 a 60 folhas de 20 a

30 pés de café. Elas devem ser coletadas do terceiro/quarto par (contando da ponta para base), em ramos situados na altura média do cafeeiro e dos dois lados da linha de café, de acordo com a figura acima. Após a coleta devem ser acondicionadas em sacos de papel e enviadas ao laboratório. Interpretação: nesta fase o resultado é comparado com padrões estabelecidos pela pesquisa, os teores nutricionais utilizados para comparação são de plantas altamente produtivas.

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TÉCNICA

Elemento

Jan/Fev

Mar/Abr

N P K Ca Mg S

28-31 2,0-2,1 22-25 10-13 2,7-3,5 1,8-2,3

26-31 2,0-2,1 19-24 15-18 3,6-4,0 2,1-2,4

B Cu Fe Mn Mo Zn

50-90

60-80

120-200 100-150

110-300 100-200

20-25

20-22

Mês Mai/Jun Jul/Ago g/Kg (% x 10) 28-31 26-29 2,0-2,1 2,0-2,1 20-24 15-19 12-14 11-16 3,4-4,0 2,8-3,6 1,8-2,1 1,5-2,1 mg/Kg (ppm) 50-70 40-70 10-20 200-400 250-300 110-180 110-250 0,15-0,20 15-20 12-18

Set/Out

Nov/Dez

28-32 2,0-2,1 22-25 13-19 3,2-4,0 1,9-2,4

28-32 2,0-2,1 24-31 12-15 3,1-3,8 1,6-2,3

50-60

50-80

250-350 170-240

120-250 70-200

20-25

20-25

Fonte:Adaptação: Malavolta, 1992, ABC da Análise de Solos e Folhas; Guimarães e Mendes, 1998, Nutrição Mineral do Cafeeiro, UFLA/FAEPE

Existe outra ferramenta de avaliação do estado nutricional das plantas, chamada DRIS (Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação), que visa interpretar a análise foliar de forma conjunta, através da correlação entre os vários nutrientes, com isso procurando minimizar os efeitos da concentração ou diluição dos nutrientes na matéria seca, devido a efeitos não nutricionais, uma vez que se avaliam os nutrientes dois a dois.

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Recomendação: uma vez detectada a deficiência, é hora de verificar como será feita a correção do elemento nutriente em falta e a quantidade que será utilizada. É muito importante saber se o elemento é móvel ou imóvel na planta, para saber se a melhor forma de aplicação é via solo ou folha, e em qual estádio a planta se encontra, pois em cada época do ano ela tem uma necessidade.

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

Referências bibliográficas: Adubação Racional Na lavoura cafeeira Manual de Recomendações Procafé Ed. 2010 Fertilidade do Solo ( Sociedade Brasileira de Ciência do Solo)


NEGÓCIOS

Cooperados aderem ao Programa de Opções para o Café Por Luciene Reis | Analista de Comunicação Cocapec

A

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou em setembro e início de outubro, quatro leilões de contratos de opção de venda para café negociando, assim, uma oferta de 30 mil contratos. Desta forma, os produtores e as cooperativas que arremataram tem o direito de negociar 3 milhões de sacas, em março de 2014, ao preço de referência de R$ 343, caso o mercado ofereça cotações aquém desse patamar. O leilão de opções pode ser explicado como sendo um seguro de preço. E, o contrato de opção de venda, neste caso, é a compra do direito de entregar o produto (café) ao comprador (governo), por um preço estabelecido entre as partes. No entanto, se no momento de executar o contrato, o preço do mercado for melhor que do comprador, não há a obrigatoriedade de entrega ao comprador. Ficando ao vendedor apenas o custo do prêmio/por saca contratada. Esta ação é fruto da mobilização da cadeia produtiva do café que desde o 1º trimestre deste ano vem se reunindo com lideranças do governo, na busca de ferramentas que auxiliem o produtor neste momento de preços baixos. O programa de opções de venda de café foi feito para tirar 3 milhões de sacas do mercado, ordenar a oferta, objetivando uma reação dos preços para que estes sejam remuneradores aos cafeicultores. O padrão exigido pelo governo é café arábica, safra colhida em 2013, tipo 6, bebida dura para melhor, com até 86

Todas as dúvidas foram tiradas nos Comitês Educativos defeitos, peneira 13 acima, admitindo até 10% de vazamento, e teor de umidade de até 12,5%, em saca nova de juta com 60kg, admitir-se-á mistura de até 30% de grãos chatos ou grãos moca em cada lote. O produto deve estar em armazéns da Conab ou credenciados por ela. A Cocapec, através dos leilões realizados pela Conab, comprou para os cooperados o direito de vender café para o governo. E, para levar as informações de forma clara aos cooperados, realizou uma rodada de cinco reuniões nos Comitês Educativos, que contou com a presença de mais de 500 interessados. Nos encontros o gerente do café Anselmo Magno de Paula e os diretores João Alves de Toledo Filho, Carlos

Yoshiyuki Sato e Ricardo Lima de Andrade explicaram a dinâmica dos Leilões de Opções, bem como, os cooperados deveriam informar seu interesse junto à cooperativa. O cenário foi de ampla procurando, esgotando todo o montante arrematado pela cooperativa. Para o Conselho Nacional do Café (CNC), que representa cooperativas, associações e produtores, esse programa do governo, solicitado pelas lideranças do setor produtivo, teve pleno êxito, uma vez que a participação de produtores e cooperativas não gerou ágio excessivo no acumulado dos quatro leilões. Segundo a instituição cabe, agora, acompanhar o desempenho do mercado para ver se será necessário o exercício dos contrato.

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CAPA

Concurso de Qualidade Cocapec surpreende cooperados 20 melhores amostras preparadas por via natural terão adicional de R$ 50 por saca Por Luciene Reis | Analista de Comunicação Cocapec

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Cocapec realizou em 10 de outubro a entrega dos prêmios aos ganhadores do 10° Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana. A cerimônia aconteceu no Auditório do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria) e foi apreciado pela diretoria e colaboradores da cooperativa, cooperados e autoridades locais. O evento também contou com a presença do palestrante Marcelo Prado, sócio fundador da M. Prado Consultoria Empresarial que falou sobre “Gestão do Empreendimento Rural”. O Concurso de Qualidade de Café Cocapec chegou a sua 10ª edição. Dez anos o consolidaram como tradicional reconhecedor da qualidade dos cafés produzidos na Alta Mogiana. Realizado anualmente pela cooperativa, incentiva e premia os cooperados que produziram grãos arábica de alta qualidade e reforça o reconhecimento da região como fornecedora de cafés especiais, produto que compõe a marca “Senhor Café”. O julgamento das 320 amostras, sendo 311 categoria Natural e 9 do Cereja Descascado, foi realizada nos dias 27 e 28 de setembro, pelos técnicos em classificação de café Jorge José Menezes Assis da Monte Alegre Coffees, Clóvis Venâncio de Jesus da ABC Café e Carlos Alberto Vieira Borges da Daterra, árbitros devidamente habilitados junto à Associação Comercial de Santos.

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O Auditório do Senai Franca foi novamente o palco da premiação As amostras foram codificadas pela comissão organizadora da Cocapec nas dependências da própria cooperativa. Todos os lotes classificados nas duas categorias apresentaram pontuação que variaram de 82,3 a 93,7 na escala da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e serão automaticamente oferecidos aos clientes da Cocapec no Japão, Itália, EUA, Austrália, Suíça e Espanha. Os 5 ganhadores da Categoria Café Natural foram contemplados com prêmios (vale compras), a serem utilizados nas lojas da Cocapec.

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

Café Natural 1º Lugar - R$ 10 mil Luís Guilherme Carrion Sítio N. Sra. Aparecida – Capetinga/MG 2º Lugar - R$ 8 mil Luciana Cristina M. Silveira Faz. N. Sra. Aparecida – Ibiraci /MG 3º Lugar - R$ 6 mil José Augusto Peixoto Faz. São José da Bela Vista – Ibiraci/MG 4º Lugar - R$ 4 mil Salim Feres Sobrinho Faz. Rodolfo de Almeida –Pedregulho/SP 5º Lugar - R$ 2 mil José Leandro Borges de Freitas Sítio da Moca – Ibiraci MG


CAPA O cooperado Luís Guilherme Carrion, relatou que foi sua segunda participação no Concurso. “Em 2012, eu fiquei entre os 20 finalistas e, com as orientações técnicas do agrônomo da Cocapec, principalmente na fase de pulverização, alcançamos o primeiro lugar este ano. Investi em qualidade e hoje o resultado está aí. Estou muito contente”. Os cinco melhores cafés da categoria Cereja Descascado receberam os troféus das mãos dos diretores da Cocapec João Alves de Toledo Filho, presidente, Carlos Yoshiyuki Sato, vice-presidente, Ricardo Lima de Andrade, secretário.

Cereja Descascado 1º Lugar Francisco Antônio Rios Corral Faz. Santana – Pedregulho/SP

Diversas autoridades da política e da agricultura regional marcaram presença

2º Lugar Ailton José Rodrigues Sítio São Domingos – Pedregulho/SP 3º Lugar Niwaldo Antônio Rodrigues Faz. da Lagoa – Pedregulho/SP 4º Lugar Luiz Eduardo Moreira Junqueira Faz. Vila Maria – São José do Rio Pardo/SP 5º Lugar Eurípedes Alves Pereira Fazenda Santa Terezinha – Cássia/MG

Cooperados acompanharam atentamente o anúncio dos premiados

Uma grande surpresa para os presentes foi anunciada pelo Gerente do Departamento de Café da Cocapec, Anselmo Magno de Paula. “Atendendo aos anseios do mercado e valorizando o café dos nossos cooperados, a Cocapec pagará um adicional de R$ 50 por saca para os lotes dos 20 primeiros classificados da Categoria Café Natural”, informou o gerente. Os 4 primeiros lotes classificados

de cada categoria, produzidos em propriedades no Estado de São Paulo, foram encaminhados ao 12º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo. Na categoria Natural, as amostras enviadas foram dos cooperados Salim Feres Sobrinho, Marco Aurélio Pagliarone, Ailton José Rodrigues e Devanil Peres. Da categoria cereja descascado foram as amostras pertencentes a Francisco Antônio Rios Corral,

Ailton José Rodrigues, Niwaldo Antônio Rodrigues e Luiz Eduardo Moreira Junqueira. A Cocapec agradece aos cooperados que enviaram suas amostras para o 10° Concurso de Qualidade de Café – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana e parabeniza os ganhadores, ressaltando que este resultado nada mais é que o merecido reconhecimento por muito trabalho e dedicação.

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CAPA

Apae recebe doação

Giane Bisco e Morgana Mattos, conselheira e gestora administrativa da Cocapec, respectivamente, entregam cheque simbólico ao vice-presidente da Apae, Agenor Gado

Novamente o Concurso foi palco da entrega à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Franca, do montante arrecadado junto aos cooperados da Cocapec e Sicoob Credicocapec. Mesmo após o término da campanha realizada para o 4º Leilão “Quem doa mais?”, ação realizada anualmente para em prol da instituição, muitos cooperados colaboraram. O diretor da Cocapec e embaixador da Apae, Ricardo Lima de Andrade, lembrou que o pontapé para ajudar a Associação foi dado no Simcafé em abril. Ele destacou o reconhecimento da sociedade para com o importante e belo trabalho da Apae. “A cooperativa fica honrada em ajudar uma instituição como esta. Quando recebemos, no ano passado, o convite para fazermos parte desta ação, nos sentimos honrados. A cooperativa foi o meio, mas os grandes responsáveis pelo sucesso deste apoio foram os cooperados e os colaboradores que acreditam nesta campanha. A Cocapec, por ser pautada na unidade, pode muito mais”. O diretor lembrou que um dos pilares da cooperativa é de cunho social, o 7º princípio cooperativista, preocupação com a sociedade, por isso a adesão a instituições que fazem trabalhos brilhantes. Hoje estamos, reconhecendo os cooperados e colaboradores que ajudaram a cooperativa nesta importante ação, finalizou Ricardo.

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Os 20 finalistas da categoria natural

Premiados da categoria cereja descascado

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CAPA

O grande vencedor da noite Luís Guilherme Carrion (à esquerda), de Capetinga/MG recebe o prêmio das mãos do conselheiro administrativo João José Cintra

Os cinco primeiros colocados da categoria natural ganharam vale compras totalizando R$ 30 mil

O Gerante Anselmo Magno anuncia um ágio de R$ 50,00 por saca para os 20 finalistas da categoria natural

O coquetel foi o grande momento de confraternização entre os cooperados

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NEGÓCIOS

Minas sedia Semana Internacional do Café www.seminariointernacionaldocafe.com.br adaptado pelo Setor de Comunicação Cocapec

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maior evento da cafeicultura mundial superou todas as expectativas e dobrou o número de visitantes durante os quatro dias de evento. Realizado pela primeira vez em Minas Gerais, Estado que é o principal produtor do país, a Semana Internacional do Café reuniu diversas atividades e mostrou mais uma vez a importância do café em diversos seguimentos. Uma das atrações do evento foi a reunião de 50 anos da Organização Internacional do Café (OIC), entidade que é o principal organismo intergovernamental do setor. No encontro, participaram centenas de delegados de aproximadamente 70 países, onde se discutiu sobre a produção, desafios e os rumos da cafeicultura. Outro destaque foi o 8º Espaço Café Brasil, que apresentou uma programação intensa durante os quatro dias de evento. Foram mais de 110 expositores e mais de 12 mil visitantes que conheceram as principais novidades e tendências do setor. E paralelamente aconteceram 10 eventos técnicos como seminários e palestras, rodada de negócios, campeonato de baristas, sala de cupping, entre outros. Todas as regiões produtoras estiveram presentes, e a Cocapec foi representada pelo seu presidente João Alves de Toledo Filho, e pelo coordenador do CNC e presidente do Sicoob Credicocapec Maurício Miarelli. Outra participação marcante da cooperativa foi o café Senhor Café servido no estande da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

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A semana reuniu diversas autoridades da cafeicultura nacional

Conab divulga 3º levantamento safra Durante a Semana Internacional, a Conab divulgou seu terceiro levantamento para a safra 2013 de café no Brasil. De acordo com a estatal, o país colherá 47,544 milhões de sacas de 60 kg, volume que representa quebra de 6,46% em relação ao ciclo 2012/13, quando foram colhidas 50,83 milhões de sacas. Do total projetado, 36,667 milhões de sacas são referentes à variedade arábica e 10,877 milhões à robusta. O CNC destaca a forma técnica da apresentação elaborada pelo diretor de

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Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, que elucidou a todos os países presentes no evento o modelo operacional do levantamento, inclusive fazendo uso de georreferenciamento em algumas regiões produtoras. Esse fato, sem dúvida, ajudará a mitigar as especulações a respeito de nossa produção. Ainda na apresentação, Porto criticou as inúmeras “previsões” que instituições privadas fazem sobre a colheita brasileira e frisou que a Conab é o órgão mais capacitado, recomendando que sejam ignoradas quaisquer projeções especulativas, de maneira que se evite pressionar ainda mais as cotações do café por interesse.


NEGÓCIOS

Cocapec promove cursos de capacitação para cooperados Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

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ara gerar a formação contínua e em busca de incentivar a participação de seus cooperados, a Cocapec promoveu no dia 26 de setembro, em parceria com o Sescoop/SP, o curso “A Arte de Liderar”, tendo como público principal os coordenadores dos Comitês Educativos. O objetivo foi dar aos participantes conhecimentos que os levem a refletir sobre o papel do líder como inspirador de projetos, ideias, movimentos e pessoas. O curso contou, também, com a participação de lideranças internas da cooperativa. O instrutor Emílio Soufen (Ibrass) trabalhou com os presentes conteúdos como a postura do líder e influência deste na equipe, a importância do equilíbrio pessoal e profissional e a resolução de conflitos. A proposta é dar oportunidades e ferramentas as lideranças locais para organização e crescimento dos cooperados e consequentemente da cooperativa.

Cooperados e colaboradores da cooperativa aprenderam técnicas para aperfeiçoar seu desempenho

Curso de Auto Gestão O curso de Auto Gestão, no mês de outubro, entrou em sua fase final, trabalhando no módulo Administração e Controle da Propriedade, os últimos conteúdos foram: Comercialização Mercado Futuro e Derivativos/Contratos Agrícolas; Planejamento Sucessório - Sucessão Familiar e Análise de Fluxo de Caixa. A formação teve início no mês de abril deste ano, com 30 alunos entre cooperados e seus familiares, que absorveram de maneira satisfatória a proposta do curso, demonstrando uma postura empreendedora no meio rural.

Alunos do curso de Auto Gestão conheceram várias ferramentas para administrar a propriedade

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NEGÓCIOS

Cocapec participa de intercâmbio técnico nos Estados Unidos Por Erásio de Grácia Júnior | Conselheiro Administrativo Cocapec

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Cocapec participou do curso de “Governança em Cooperativas”, organizado pelo Sescoop/SP que aconteceu entre os dias 28 de julho e 2 de agosto na Universidade de Missouri nos Estados Unidos. A Cocapec e mais 17 cooperativas, todas integrantes do Programa de Excelência em Gestão de Rede de Desenvolvimento Integrado (RDI), estiveram presentes e visitaram cinco cooperativas, com destaque para as duas maiores do país no setor agropecuário, a CHS Inc. e a Land O’Lakes. O cooperado Erásio de Grácia Junior foi o representante da Cocapec e conheceu os diferentes modelos de gestão existentes, como por exemplo, investir na capacitação dos administradores. Segundo Erásio tudo que foi visto lá é possível empregar aqui futuramente, fazendo as devidas adaptações de acordo com a realidade. Ele também ressaltou a importância deste encontro para união das cooperativas que, assim como os cooperados se juntam para atingir um objetivo, as instituições poderão ter ainda mais poder.

Erásio de Grácia Júnior (Conselheiro ADM. Cocapec), Lyndon Jonhson (vicepresidente executivo da CHS Incorporated) e Prof. Fábio Ribas Chaddad (professor do Departamento de Economia Agrícola da Universidade de Missouri).

Edivaldo Del Grande (presidente do SESCOOP/SP e OCESP), Gerald Taylor (CEO da MFA Oil Incorporated) e Erásio de Grácia Júnior (Conselheiro ADM. Cocapec)

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ESPECIAL

Cuidados com a saúde na aplicação de defensivos agrícolas

É importante sempre seguir as instruções de uso fornecidas pelo fabricante e as orientações do profissional da área Por Alda Batista de Souza | Assistente de Segurança do Trabalho Cocapec

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s defensivos agrícolas são produtos destinados a controlar as pragas e as doenças que causam danos à produção agrícola. Por se tratar de compostos químicos, deve-se ter cautela em relação ao uso, seguindo sempre a recomendação do fabricante e de um profissional. Todos os rótulos e bulas trazem informações sobre os procedimentos em relação as precauções com a saúde do aplicador, bem como para garantir a eficácia do produto. Porém, em muitos casos, os agricultores ignoram estes avisos e colocam em risco sua integridade física. Quando uma pessoa não segue as orientações, como por exemplo não utiliza os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), ela fica exposta a diversos riscos que ocasionam uma série de doenças, que variam em relação ao produto utilizado, tempo de exposição e quantidade que atingiu o corpo, principalmente os olhos, boca, nariz e pele. Geralmente, os primeiros sinais são pouco específicos, e se apresentam como dores de cabeça, tonteira, náuseas, cansaço e falta de motivação, ou seja, as reações podem não ser inicialmente associadas a algum tipo de contaminação por defensivo. Com isso, as substâncias vão se acumulando no organismo e causam danos mais graves. Porém, existem as intoxicações agudas quando os sintomas são visíveis e fáceis de identificar o agente causador.

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Todos os defensivos agrícolas comercializados pela cooperativa vem com a Ficha de Emergência

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ESPECIAL

Veja os principais sinais de acordo com as vias de contaminação: Contato com a pele: • inchaço; • ardência; • desidratação; • pele seca; • infecções; • alergias. Inalação: • ardência do nariz e boca; • tosse; • corrimento de nariz; • dor no peito; • dificuldade de respirar. Via oral: • irritação da boca e garganta; • náuseas; • vômitos; • diarreia. Quando a contaminação é prolongada, os efeitos são bem diversificados como: • dores de cabeça; • transpiração anormal; • fraqueza; • irritabilidade; • aborto espontâneo; • impotência sexual; • depressão. Nas intoxicações crônicas, que aparecem depois de repetidas intoxicações, surgem diversos problemas ao longo do tempo como: alteração do funcionamento do fígado e dos rins, anormalidade da produção de hormônios da tireóide, dos ovários e da próstata, câncer, incapacidade de gerar filhos ou causando má formação do feto e problemas no desenvolvimento intelectual e físico das crianças, entre outros.

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ESPECIAL

Os EPIs proporcionam segurança no momento da aplicação

Recomendações de segurança - Apenas o profissional habilitado pode definir a necessidade de um defensivo. Nesse caso, deverá escolher o produto que apresente o menor risco para o homem e o ambiente, emitindo sempre uma receita agronômica, indispensável para a sua compra. A receita deverá orientar sobre a utilização do produto e trazer informações sobre medidas de proteção à saúde e meio ambiente, que deverão ser respeitadas e seguidas; - Os defensivos nunca devem ser transportados junto com pessoas, animais, rações ou utensílios pessoais, evitando problemas de contaminações; - O armazenamento dos produtos deve ser feito em lugares reservados, para que não ocorra a contaminação de alimentos, sementes e rações, e ainda ficar fora de alcance de crianças e animais; - Os defensivos devem ser

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mantidos em seus recipientes originais e as embalagens vazias descartadas adequadamente; - Treinar os profissionais que irão fazer a aplicação; - Antes de iniciar qualquer tipo de atividade com defensivo deve-se ler atentamente o Receituário Agronômico, o rótulo e a bula do produto. A atenção deve ser redobrada quanto às instruções de uso; - Dependendo da operação a ser realizada, é preciso usar os EPIs, tais como: botas, luvas, avental, óculos ou viseira de proteção e máscaras; - É aconselhável fazer a aplicação do defensivo nas horas menos quentes do dia, com intuito de diminuir a evaporação do produto e facilitar o uso dos EPIs; Além do receituário agronômico e as orientações técnicas, os defensivos agrícolas adquiridos nas lojas da Cocapec vem acompanhados da “Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos”

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(FISPQ), com informações sobre a utilização, transporte, descarte da embalagem, etc. Esta é mais uma ferramenta que o produtor possui para realizar o manejo da sua lavoura com segurança.

Higiene pessoal - Não comer, beber, mascar ou fumar durante a aplicação dos defensivos. Se precisar fazer alguma dessas ações, o operador deve paralisar a atividade, sair do local de aplicação e lavar as mãos com água e sabão em pedra; - Ao finalizar as atividades, o trabalhador deve tomar banho, com bastante água e sabão neutro em pedra, assim como trocar a roupa usada no trabalho; - Os EPIs e as roupas de trabalho devem ser lavados com água e sabão em pedra sempre que foram utilizados, tomando o cuidado para não misturar com outras vestimentas e utensílios, para evitar a contaminação.


ESPECIAL

Espaço Cafés Cocapec chama atenção na 1ª Festa do Calçado Os drinks gelados foram a sensação do evento Por Murilo Andrade | Assistente de Comunicação Cocapec

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Cocapec mostrou toda a versatilidade do café durante a 1ª Festa do Calçado. A cooperativa montou um espaço especial e apresentou diversos modos de preparo da bebida para os visitantes. Ao todo foram sete versões no cardápio como: Espresso; Machiato (espresso, espuma de leite vaporizado); Mocha (Espresso, leite vaporizado, calda chocolate); Cappuccino tradicional Italiano (leite vaporizado, espresso, raspas de chocolate); Cappuccino tradicional Italiano com Nutella (leite vaporizado, espresso, raspas de chocolate, Nutella), Cappuccino Tropical (Espresso, sorvete creme, laranja, gengibre) e o sucesso de vendas, o Coffee Nutella (espresso, sorvete creme, Ovo Maltine, Nutella). Quem experimentou ficou maravilhado com as possibilidades que esta bebida permite. O Café Tulha Velha também marcou presença na versão coado, e foi servido em vários pontos da festa. O local intitulado de “Espaço Cafés Cocapec” também foi a oportunidade de mostrar a cooperativa através de diversos informativos institucionais e da Revista Cocapec, disponibilizados pelo ambiente. Com isso os visitantes conheceram a origem da bebida que estavam apreciando. A 1ª Festa do Calçado foi realizada pelo Sindicato da Indústria do Calçado de Franca (Sindifran), de 28 de outubro a 3 de novembro e reuniu todos setores que movimentam a economia francana através de feira, exposições e atividades para toda família.

Os visitantes tinham a disposição no cardápio vários tipos de preparo entre versões quentes e geladas

Para compor o espaço foram utilizados diversos itens com referência a cafeicultura

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ESPECIAL

Cocapec presente no ‘1º Congresso Empresarial ACIF de Franca e Região’

A Cocapec foi um dos parceiros e realizou duas palestras

Palestras voltadas para os cafeicultores fizeram parte da programação Por Murilo Andrade | Assiste de Comunicação Cocapec | Fonte: Assessoria de Imprensa Acif

Ricardo Nicoluci falou sobre a economia com abordagem no agronegócio

Diversas autoridades estiveram presentes no estande da Cocapec

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m comemoração aos seus 69 anos, a Associação do Comércio e Indústria de Franca (Acif) realizou entre os dias 16 e 19 de setembro o ‘1º Congresso Empresarial ACIF de Franca e Região’. O evento contou com diversas oficinas e palestras voltadas para vários segmentos ministradas por profissionais de renome nacional, atraindo diariamente, aproximadamente 700 empresários e seus colaboradores. Segundo o presidente da Acif, José Alexandre do Carmo Jorge, o evento teve o objetivo de trazer o que acontece no mundo para a realidade do francano.

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“Quisemos aproximar os empresários da região, mostrar as tendências de mercado e discutir temas variados.” A Cocapec foi um dos parceiros e realizou duas palestras no dia 18, penúltimo dia. A primeira foi sobre a “Nova tendência econômica com abordagem no agronegócio”, proferida por Ricardo Nicoluci, que mostrou as mudanças econômicas que estão ocorrendo no mundo, e como o agronegócio está inserido neste contexto. Já a segunda falou da “Perspectiva para os cafés dos Brasil no mercado nacional e internacional” apresentada pelo consultor Carlos Henrique Jorge Brando, da P&A

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Carlos Brando traçou o panorama da cafeicultura no Brasil e no mundo Marketing Internacional, que deu um panorama da cafeicultura no Brasil e no mundo e como se posicionar neste cenário. O presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho, em seu discurso, ressaltou a relevância dos dois temas e a importância de se trazer, principalmente para os cooperados estas informações. A cooperativa também marcou presença durante todos os dias do evento servindo os seus cafés (Tulha Velha e Senhor Café) a todos os presentes. Devido ao sucesso deste ano, o presidente da Acif já sinalizou que uma nova edição do Congresso Empresarial poderá acontecer em 2014.


ESPECIAL

Cocapec está entre as 28 melhores do país em Gestão e Governança

O Diretor Ricardo Lima de Andrade representou a Cocapec nesta importante conquista

Foram avaliadas a gestão de 670 cooperativas de todo o Brasil

Fotos: Andréia Marlière | Fonte: www.brasilcooperativo.coop.br

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Cocapec ficou entre as 28 premiadas, no Iº Prêmio Sescoop Excelência de Gestão sendo uma das duas vencedoras do Estado de São Paulo. Ao todo foram 670 cooperativas participantes de seis diferentes ramos, classificadas em três categorias: Faixa Ouro, Faixa Prata e Faixa Bronze, sendo esta última a que a Cocapec ficou. Temos que destacar que somente seis que receberam a homenagem eram do setor agropecuário. O objetivo do Prêmio é de oportunizar para que as cooperativas aprendam umas com as outras, colocando em prática o princípio da intercooperação. “De forma intercooperativa, elas são chamadas a aprimorar suas práticas de gestão e ampliar sua rede de relacionamentos”, destacou o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Márcio Lopes de Freitas. O processo de classificação foi constituído em 4 etapas, sendo que, apenas as que passaram para a 2ª fase receberam a visita dos avaliadores que observaram itens como relacionamento com cooperados, lideranças, clientes, colaboradores, fornecedores, sociedade, processos, controle auditoria e resultados. Estas foram as que tiveram os maiores “Índice Sescoop Excelência de Gestão – ISCC”. O excelente desempenho da Cocapec é reflexo da condução dos processos internos da cooperativa que são

Foram 28 cooperativas premiadas, sendo apenas 6 do ramo agropecuário realizados de maneira eficaz, pois, busca sempre contemplar seus cooperados, os atendendo em suas necessidades e com isso cumprindo o objetivo do sistema cooperativo. O prêmio – Desenvolvido em parceria com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), o Prêmio Sescoop Excelência de Gestão foi baseado no Modelo de Excelência de Gestão (MEG®), metodologia disseminada pela FNQ para auxiliar empresas de todos os portes e setores na busca pela excelência da gestão. A FNQ, explica como foi a execução desse trabalho e o que representa em termos de

ganho, tanto para o Sistema OCB quanto para a Fundação: “Além de concorrer ao Prêmio, todas as cooperativas inscritas receberam um relatório de diagnóstico, com pontos fortes e oportunidades de melhoria da gestão. A partir deste retorno, que traz um profundo diagnóstico da sua gestão, as cooperativas conseguem entender em quais pontos precisam melhorar e realizar um planejamento estratégico mais assertivo, baseado em uma avaliação sistêmica do seu negócio. A FNQ espera, com este projeto, colaborar para melhoria contínua dessas empresas e para o aumento da competitividade”.

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SOCIAL

Criançada a mil no 12º Encontro de Crianças Cooperativistas

Evento encanta mais uma vez os filhos e netos de cooperados e colaboradores Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

A construção do terrário prendeu a atenção da garotada

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iversão, brincadeiras e cooperativismo, estes foram os elementos que marcaram o 12º Encontro de Crianças Cooperativistas. Nem mesmo o tempo chuvoso do início da manhã de sábado, 5 de outubro, afastou a criançada que aproveitou todas as atividades. O dia recheado de atrações para os pequenos promoveu confraternização, amizade e cooperativismo. As boas-vindas para as crianças que estavam acompanhadas de seus pais foram dadas pelo vice-presidente da Cocapec Carlos Yoshiyuki Sato. Ele falou da importância do ato de cooperar, e que

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isso deve começar na infância. As atividades trabalharam o conceito cooperativismo, e fizeram com que as crianças se organizassem para atingir o objetivo coletivo. A atividade que chamou muito a atenção da garotada foi a criação do terrário, em que cada uma criou um “mundo” com base nas explicações da instrutora Elaine Silva do Arte Vivências Projetos Ambientais. Outro ponto alto foi espetáculo “A Água que Fugiu do Lago” da Cia Arueiras do Brasil, que demonstrou a importância da preservação da água e da natureza em geral. Algumas crianças foram convidadas a participar da peça interpretando alguns

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personagens, e se saíram muito bem. As ações desenvolvidas fazem parte do projeto “Brincar e Reciclar é Cooperar” do Sescoop/ SP, que possui o objetivo de promover a educação ambiental. As cooperativas Cocapec e Sicoob Credicocapec agradecem a presença e a confiança de todos que fizeram do 12º Encontro de Crianças Cooperativistas mais uma vez um grande sucesso. Vejas todas as fotos acessando o site www.cocapec.com.br, fazendo o seguinte caminho Menu Principal > Galeria de Fotos e clique em 12º Encontro de Crianças Cooperativistas.


SOCIAL

Para realizar as atividades os pequenos tiveram que cooperar para atingir os objetivos

As crianças puderam levar o “mundo” que produziram para casa

A peça teatral foi totalmente interativa levando a criançada a fazer parte da história

A diversão tomou conta do 12º Encontro de Crianças Cooperativista durante todo o dia

Os pequenos se divertiram para valer e fez do evento um sucesso total

Os jogos trabalharam a capacidade de colaboração da garotada

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SOCIAL

Mosaico Teatral: cultura e arte para a comunidade A 7ª edição foi marcada pelo recorde de público Por Cristiane Olegário | Assistente de Comunicação Cocapec

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o dia 20 de setembro, o Teatro Municipal de Franca recebeu pelo 7º ano consecutivo, o Programa Mosaico Teatral, realizado pelo Sescoop/SP, com o espetáculo, “Chapeuzinho Vermelho” da Cia Le Plat du Jour. As cooperativas Cocapec, Sicoob Credicocapec e Coonai produziram a ação sociocultural contando com o apoio da Unimed/Franca, Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Olinto Café, Agro J, Feac, Fetanp e Prefeitura Municipal de Franca. O teatro recebeu um público aproximado de 500 pessoas entre estes, famílias inteiras e muitas crianças que se encantaram com a história de duas palhaças que descobrem um armário cheio de chapéus, que as conduzem por uma “viagem de brincadeiras”, onde o fio condutor é dado pela história de Chapeuzinho Vermelho. Quando colocam os chapéus, elas viram personagens da história do Lobo Mau; quando os tiram, voltam a ser palhaças. A tarde do dia 20 de setembro contou, também, com um workshop gratuito com o tema Oficina de Circo – Conscientização Corporal e Iniciação à acrobacia, no Teatro de Bolso, ministrado pelas atrizes da Cia, oferecido para toda a comunidade. Os ingressos foram trocados por 2 litros de óleo ou R$ 5,00 nas cooperativas e nos estabelecimentos comerciais dos apoiadores. As doações financeiras foram transformadas em litros de óleo encaminhados ao Fundo Social de Solidariedade de Franca.

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O público chegou cedo e a expectativa foi grande para assistir a peça

O Teatro Municipal de Franca ficou completamente tomado para o espetáculo

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SOCIAL

A Peça Chapeuzinho Vermelho divertiu todas as idades

Este ano o workshop foi uma oficina de circo, o que despertou a curiosidade dos participantes

Toda a arrecadação foi revertida na compra de óleo e doada ao Fundo Social de Solidariedade de Franca

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SOCIAL

Cursos Senar/MG visam complementar renda Por Raquel Cintra Rosa | Assistente Administrativo Senar/MG

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objetivo do convênio Cocapec/ Senar Minas é atender cada vez mais as pessoas que estão diretamente ligadas ao campo, como produtores e trabalhadores rurais e seus familiares. Com este foco, a Cocapec e o Centro de Referência Assistência Social (CRAS) organizaram o curso de Produção Artesanal de Alimentos entre os dias 2 a 6 de setembro em Ibiraci/MG, atendendo a 10 pessoas. As participantes aprenderam a resgatar as tradicionais receitas de seus familiares aprimorando-as com técnicas modernas de preparo, além de trocarem experiências. Na Fazenda Recanto dos Ipês de José Renato e Doriane em Claraval/MG foi realizado o curso de Artesanato de Fibras Naturais Flexíveis de 16 a 20 de setembro. Foram usadas fibras de taboa, bananeira e palha de milho para a confecção de bonecas, cestas e garrafas decoradas. Segundo o instrutor do curso, Romero Duarte, este artesanato tem alto valor de mercado. Entre os dias 23 e 27 de setembro em Capetinga/MG, aconteceu o curso de Manutenção de Tratores Agrícolas, na Fazenda Santa Fé de Roberto Engler. Os produtores aprenderam como realizar corretamente a troca de filtros, regulagem dos freios e manobras básicas. Finalizando as atividades, em Ibiraci, entre os dias 22 e 25 de outubro, agricultores receberam o curso de Jardinagem e conheceram técnicas para o cultivo de flores e árvores.

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As mulheres aprenderam fazer bonecas, cestas, bolsas, entre outros produtos com as fibras

Participantes do curso de fibras naturais flexíveis realizado em Claraval/MG

Cursos de Dezembro Doma Animal - 9 a 12 Ibiraci/MG Bordado - 16 a 19 Ibiraci/MG

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Informações: Ibiraci - (35) 3544-5000 (Raquel) Claraval - (34) 3353-5257 (Andreólli) Capetinga - (35) 3543-1572 (Joana)


PRODUÇÃO ANIMAL

Vacinar corretamente seu rebanho melhora o custo-benefício Novembro é mês de vacinação do gado, use esta ferramenta a seu favor Por Paulo Correia | Médico Veterinário Uniagro/Cocapec / Mestre em medicina veterinária e professor universitário

S

abemos que os gastos na pecuária com medicamentos veterinários são significativos, principalmente quando se instala uma doença contagiosa no rebanho e tratamos um número grande de animais. Pior ainda quando a enfermidade leva-os a morte. Neste contexto, afirmar que a melhor e mais eficaz forma de prevenção é a vacinação, não é exagero, pois, ao proteger os animais, minimizamos perdas e melhoramos significativamente o custobenefício da atividade.

Vacinações As principais vacinas que utilizamos na pecuária em nossa região são as contra: paratifo dos bezerros, brucelose, clostridioses (sendo as principais, o carbúnculo sintomático ou manqueira, o botulismo e o tétano), febre aftosa e a raiva. Nas fazendas leiteiras com maior número de matrizes e de alto valor genético, são também utilizadas vacinas contra a IBR (rinotraqueite infecciosa dos bovinos), a BVD (diarreia bovina a vírus), diarreia de bezerros causadas por rotavírus e coronavírus, a leptospirose, a ceratoconjuntivite e mastite. A vacinação contra o paratifo deve ser realizada nas fêmeas gestantes, quando completarem o 8° mês de prenhes, e nos bezerros, aos 15 e 45 dias de vida. A vacina contra a febre aftosa é obrigatória, e deve ser aplicada, semestralmente. No

estado de São Paulo todo o rebanho deve receber a dose no mês de novembro e, em maio, somente animais com até 24 meses. Já em Minas Gerais proceder o inverso. A dose contra a brucelose, também é obrigatória, e deve ser realizada em dose única, somente nas fêmeas, entre o terceiro e oitavo mês de vida. Após o procedimento, os animais devem ser marcados a ferro candente, no lado esquerdo da face, com um V, acompanhado do algarismo final do ano de vacinação. A vacina contra a raiva é recomendada em regiões onde existem surtos da doença, e deve ser feita anualmente, em todos os animais, com idade acima de 3 meses. Já, a contra o carbúnculo sintomático deve ser aplicada em todos os animais que completarem 4 meses de idade e, repetida, a cada 6 meses, até completarem 24 meses. Manejo na vacinação realizado de forma racional :

• Evitar estresse proporcionando sempre o bem estar do animal; • Nunca vacinar animais cansados e em horas quentes do dia. Dê preferência aos bretes cobertos; • Evitar riscos para o aplicador e também para o animal; • Manter sempre a higiene dos equipamentos (agulhas e seringas), evitando assim abscessos e lesões; • Trocar de agulhas, se possível, a cada recarga da seringa, colocando a agulha usada para esterilização; • Evitar danos à vacina, usando sempre uma caixa de isopor para utilizála, proporcionando boas respostas imunológicas. As lojas da Cocapec dispõem das vacinas que o criador necessita e também de um médico veterinário para orientar quanto a melhor condução do seu rebanho.

novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88

47


Café e Algo Mais

Panetone de cappuccino

Ingredientes: 4 xícaras (chá) de farinha de trigo 1/2 colher (sobremesa) de sal 1/2 xícara (chá) mal cheia de açúcar 7 g de fermento 8 colheres (sopa) de manteiga 1/2 xícara (chá) mal cheia de cafés Cocapec quente 1/2 xícara (chá) de leite 4 gemas 115g de chocolate culinário Modo de preparo: 1. Aqueça previamente o forno a 190°

48

Tem alguma receita saborosa feita com café? Então colabore com a nossa revista e nos envie sua sugestão através do e-mail apoio.revista@ cocapec.com.br.

C. Unte levemente e forre com papel vegetal uma forma alta com 14 a 15 cm. Peneire a farinha e o sal num recipiente grande. Acrescente o açúcar e o fermento. 2. Junte a manteiga ao café e mexa até derreter. Acrescente o leite e junte aos ingredientes secos, com as gemas. Amasse tudo. 3. Coloque a massa numa superfície enfarinhada e amasse por 10 min., até estar lisa e elástica. Misture os pedaços de chocolate.

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

4. Molde uma bola, coloque na forma e tape com película aderente untada. Deixe descansar, em local quente, durante 1 hora, ou até a massa chegar ao topo da forma. Pincele ligeiramente com o ovo batido e leve ao forno durante 35 min. 5. Baixe o forno para 180° C e tape o panettone com papel alumínio, se este já estiver suficientemente dourado. Deixe assar por mais 10 a 15 min. ou até estar pronto. 6. Deixe o panettone esfriar 10 min., na forma. Tire o papel imediatamente antes de cortar e servir.


ESPECIAL

Cocapec recebe Prêmio LIDE pelo segundo ano consecutivo O troféu foi entregue pelo ex-ministro da agricultura e pelo governador de São Paulo

A Cocapec foi homenageada pela 2ª vez consecutiva

A

Cocapec recebeu, pelo segundo ano consecutivo, das mãos do ex-ministro da agricultura, Roberto Rodrigues e pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmim, o “Prêmio LIDE de Agronegócio” na categoria “Café”. Juntamente com a Cocapec, a Cooxupé e a illy caffè também foram premiadas. O presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho, representou a cooperativa na cerimônia realizada nos dias 20 e 21 de setembro em Campinas.

A premiação aconteceu durante o 2º Fórum Nacional de Agronegócios que reuniu cerca de 300 líderes empresariais e do agronegócio do Brasil, além de pesquisadores, investidores e autoridades públicas para debater Os nós do agronegócio. O evento é promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr., e pelo LIDE Agronegócios, liderado por Roberto Rodrigues, ex-ministro da agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas. Segundo

o empresário João Doria Jr., fundador e presidente do LIDE, “não há progresso sem escolhas inteligentes e comprometimento com o que se propõe”. “Os homenageados do Prêmio LIDE se destacaram justamente pela responsabilidade com que administraram seus negócios em 2012”. Além do Café mais 13 categorias como: Insumos, Máquinas e Equipamentos, Serviços, Carnes, Fibras, Frutas e Florestas, Grãos, Leite, Oleaginosas, Sucroenergéticos, Comercialização e Distribuição, Indústria de Alimentos e Transporte e Logística também são destaque.

novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88

49


9º Seminário SICOOB/SP Por Tassiane Vaismenos | Analista de Comunicação | Credicocapec

O

Sicoob Credicocapec esteve presente no 9º Seminário do SICOOBSP realizado nos dias 10 e 11 de outubro no Hotel Bourbon, em Atibaia/ SP, e contou com aproximadamente 400 participantes, entre Diretores, líderes e colaboradores de cooperativas singulares, representantes do Sicoob Confederação e do Bancoob. Com o tema central “Estratégia & Gestão de Pessoas”, o Seminário contou com vários palestrantes de renome como: Paulo Storani, Daniel Godri, Ricardo Amorim, Arnaldo Jabor, Edison Talarico, Roberto Shinyashiki, Marco Aurélio Almada, Alberto Matias entre outros. O objetivo do encontro foi de desenvolver e capacitar os participantes, preparando–os para os desafios do mercado de trabalho e reforçando a importância da gestão de pessoas nas cooperativas. O processo de Gestão de Pessoas tem sido a mola propulsora na busca pela excelência das organizações bem sucedidas, demonstrando a atual importância do fator humano, considerando–as como elementos principais para o fortalecimento dos negócios dentro das organizações cooperativistas. É fala de alguém? Alguma teoria? Os doze membros do Sicoob Credicocapec, entre Diretores, Conselheiros Administrativos e colaboradores, prestigiaram o evento ressaltando a importância do tema debatido e o networking realizado com os outros participantes do evento. Vale destacar que o brinde entregue pelo SICOOBSP para o palestrante, porta moeda contendo a moeda do Ano Internacional das Cooperativas (2012) decretado pela ONU e confeccionada pelo Banco Central do Brasil, foi desenvolvido pela equipe Sicoob Credicocapec. O Sicoob Credicocapec parabeniza o SICOOBSP pelo excelente trabalho e organização realizado durante o evento.

50

Comitiva do Sicoob Credicocapec

A diretora de crédito do Sicoob Credicocapec entrega do brinde ao economista Ricardo Amorim

Mesa solene composta para a abertura do evento

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013


novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nยบ 88

51


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA RELAÇÃO DE TROCA DE CAFÉ Valores referente ao mês de outubro de 2013 PRODUTOS

Relação de Troca SP

Relação de Troca MG

Sulfato de Amônio

UNID. t

Scs/t

Preço unitário SP 850.00

Scs/t

Preço unitário MG 845.00

Scs/t

3.43

Scs/t

3.40

Ureia

t

Scs/t

1,150.00

Scs/t

1,150.00

Scs/t

4.64

Scs/t

4.64

Super Simples Pó

t

Scs/t

790.00

Scs/t

790.00

Scs/t

3.19

Scs/t

3.18

Super Simples Gr

t

Scs/t

775.00

Scs/t

785.00

Scs/t

3.13

Scs/t

3.16

Cloreto de Potássio Gr

t

Scs/t

1,300.00

Scs/t

1,195.00

Scs/t

5.24

Scs/t

4.82

Adubo 21.00.21

t

Scs/t

1,060.00

Scs/t

1,135.00

Scs/t

4.27

Scs/t

4.58

Nitrato de Amônio

t

Scs/t

990.00

Scs/t

1,040.00

Scs/t

3.99

Scs/t

4.20

CUSTO (R$/HA) por segmento BICHO MINEIRO PRODUTO

KG/L/HA

CERCOSPORA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

PRODUTO

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Priori xtra

KG/L/HA 0,75

R$

133,18

R$

99,89

Abamectina Nortox

0,4

R$

23,50

R$

9,40

Curyon

0,8

R$

61,26

R$

48,21

Amistar

0,1

R$

480,00

R$

48,00

Danimen

0,2

R$

87,00

R$

17,40

Cuprozeb

3

R$

20,25

R$

60,75

Fastac

0,2

R$

25,00

R$

5,00

Tutor

2

R$

25,76

R$

51,52t

Karate Zeon 250 CS

0,04

R$

44,50

R$

1,78

COMET

0,4

R$

122,97

R$

49,19

35,60

Opera

1,5

R$

76,26

R$

114,39

Supera

2

R$

28,50

R$

57,00

Nomolt

0,4

R$

89,00

R$

INSETICIDAS DE SOLO PRODUTO

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

1

R$

360,00

R$

360,00

HERBICIDA PRÉ-EMERGENTE PARA CAFÉ

Counter

35

R$

10,00

R$

350,00

PRODUTO

Actara WG

1,4

R$

228,79

R$

320,31

Goal

Verdadero WG

KG/L/HA

KG/L/HA 2,5

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

R$

R$

49,00

122,50

FERRUGEM PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

HERBICIDAS PRODUTO

PREÇO - (R$)/HA

3

R$

12,20

R$

36,60

2,1

R$

18,50

R$

38,85

3

R$

19,68

R$

59,04

Aurora

0,08

R$

315,00

R$

25,20

Flumizim

0.1

R$

342,50

R$

34,25

Roundup WG

1.5

R$

25,20

R$

37,80

0,75

R$

75,00

R$

56,25

Opera

1,5

R$

76,26

R$

114,39

Glifosato

Tilt

1

R$

80,09

R$

80,09

Zapp QI

Priori xtra

0,75

R$

133,18

R$

99,89

Gramocil

Supera 350 SC

2

R$

28,50

R$

57,00

BROCA PRODUTO

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Lorsban

1,5

R$

23,50

R$

70,50

Trebon

1,5

R$

27,60

R$

41,40

PRODUTO Amistar

KG/L/HA 0,1

KG/L/HA

MANCHA AUREOLADA PRODUTO

PHOMA

52

PREÇO UNITÁRIO

Alto 100

KG/L/HA

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Cobre Recop

3

R$

15,12

R$

45,36

PREÇO UNITÁRIO

PREÇO - (R$)/HA

Cuprozeb

2,5

R$

19.98

R$

49,95

R$

R$

Supera

2

R$

28,50

R$

57,00

Kasumin

1

R$

64,50

R$

64,50

Tutor

2

R$

25,76

R$

51,52

400,19

40,02

Tebufort (Tebuconazole)

1

R$

30,00

R$

30,00

Cantus

0,15

R$

568,70

R$

85,31

Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013


BOLETIM - RELAÇÃO DE TROCA Média Mensal do Preço do Café Arábica - Comparativo dos últimos 5 anos (R$) 550 550 500 500 450 450 400 400 350 350 300 300 250 250 200 200 150 150 100 100

Jan

Mar Abr Fev Mar Abr 2009 2010 2011 2012 2013 2009 2010 2011 2012 2013 Jan

Fev

Maio Maio

Jun Jun

Jul

Ago Ago

Jul

Out Out

Set

Nov Nov

Dez Dez

Fonte: Esalq/BM&F Fonte: Esalq/BM&F

Média mensal do preço de Café Arábica* índice Esalq/BM&F 2012

Set

Média mensal do preço* de Milho índice Esalq/BM&F

2013

2012

R$

US$

R$

US$

Janeiro

485.04

271.39

341.17

168.18

Fevereiro

441.31

256.93

317.72

Março

387.53

216.18

Abril

379.53

204.47

Maio

382.65

Junho

2013

R$

US$

R$

US$

Janeiro

31.08

17.39

32.75

16.15

164.56

Fevereiro

28.40

16.54

32.34

16.39

303.46

152.94

Março

28.89

16.11

30.71

15.48

300.59

150.15

Abril

25.83

13.92

26.41

13.19

192.69

297.25

145.91

Maio

24.91

12.54

26.02

12.76

360.31

175.76

285.71

131.49

Junho

24.13

11.77

26.45

12.17

Julho

408.06

201.05

287.57

127.68

Julho

28.80

14.19

25,03

11,11

Agosto

378.48

186.63

286.18

122.07

Agosto

33.25

16.39

24,04

10,25

Setembro

385.92

190.38

273.90

120.84

Setembro

32.23

15.90

25.07

11.06

Outubro

374.98

184.75

253.94

115.88

Outubro

31.35

15.45

24.12

11.01

Novembro

355.23

171.64

Novembro

34.09

16.46

Dezembro

341.40

164.16

Dezembro

34.96

16.81

201.34

MÉDIA ANUAL

29.83

15.29

27,29

12,96

MÉDIA ANUAL

390.04

294.75

139,61

Fonte: Índice Esalq/BM&F

*Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

Índice pluviométrico* de Franca nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

382

228

282

53

58

32

21

30

137

262

77

382

2010

461

158

274

16

17

12

1

0

110

102

339

221

2011

328

145

365

146

1

29

0

24

32

115

135

274

2012

317

158

150

125

28

115

28

0

67

69

196

159

2009

2013 Média Mensal

297

246

296

130

125

55

7

8

86

157

357.0

186.9

273.3

94.1

45.9

48.60

11.4

12.4

86.4

141.0

186.9

259.0

Out

Nov

Dez

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec Matriz - Franca, SP

Índice pluviométrico* de Capetinga nos últimos 5 anos Ano

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

2009

354

249

286

165

54

21

17

24

128

156

193

389

2010

327

95

206

51

12

6

0

0

87

116

302

235

2011

399

120

538

136

0

8

0

0

8

186

161

306

265

198

230.3

282.0

2012

523

80

245

103

50

134

19

0

55

104

2013

321

254

222

91

142

67

0

12

89

149

384.8

159.6

299.4

109.2

51.6

47.2

7.2

7.2

73.4

142.2

Média Mensal

*Dados em milímetros obtidos na Cocapec de Capetinga, MG

novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nº 88

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CURTAS

Curtas

Prêmio Empreendedor Ozires Silva reconhece o trabalho da cooperativa Em evento realizado no dia 27 de setembro em Poços de Caldas/MG, a Cocapec recebeu o reconehcimento pelo seu trabalho e mais uma importante homenagem, o “Prêmio Empreendedor Ozíres Silva”. A celebração reconheceu o trabalho dinâmico e inovador de 65 instituições, empresas e personalidades. Além da cooperativa, Franca teve outro premiado, o Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da Acif. Ozires Silva é fundador da Embraer e promove o evento para destacar os empreendedores de todo o país. Para os realizadores desta ação a sociedade está mudando e, com isso, novas práticas de gestão são adotadas. A sustentabilidade passa a ser uma exigência social, praticada pelas organizações de diversos setores e cidadãos dispostos a inovar. Na foto, o presidente da Cocapec, João Alves de Toledo Filho que representou a cooperativa na ocasião está ao lado do vice-presidente da Cooxupé, instituição também homenageada, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.

Produtores da região aderem ao quadro social da Cocapec Os produtores da região estão aderindo mais e mais ao sistema cooperativista. Todos os meses novos produtores integram o quadro social da Cocapec. E, na reunião de Novos Cooperados, conduzida pelo diretor Ricardo Lima de Andrade, eles conheceram os benefícios oferecidos pela Cocapec e seus direitos e deveres como cooperado. A ocasião também é uma grande oportunidade para que os agricultores exponham dúvidas diversas sobre os serviços prestados pela cooperativa.

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Revista Cocapec nº 88 novembro/dezembro 2013

Cocapec engajada na luta contra o câncer de mama A Cocapec e o Sicoob Credicocapec estão engajados na campanha OUTUBRO ROSA que marca a luta contra o câncer de mama no mundo inteiro. Diversas manifestações aconteceram neste período ao redor do planeta inclusive nas cooperativas, que se vestiram de rosa, a cor que simboliza a causa. Os colaboradores usaram o laço que remete a campanha durante o mês. O intuito é motivar as pessoas a discutirem sobre a doença que mata milhares de mulheres todos os anos.


novembro/dezembro 2013 Revista Cocapec nยบ 88

55


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Revista Cocapec nยบ 88 novembro/dezembro 2013


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