Pg. 1 – Conduta agressiva em crianças pequenas. O que fazer? Pg. 2 – Continuando a conversa Pg. 3 – Regra de ouro: nós somos o exemplo para nossos filhos! Pg. 6 – Ajude seu filho a se expressar de outra maneira Pg. 12 – Use a lógica nas suas atitudes Pg. 15 – Estabeleça regras e limites claros Pg. 18 – Estimule ações amigáveis e colaborativas Pg. 21 – Discipline-o o tempo todo, do mesmo jeito Pg. 25 – Evidencie as qualidades do seu filho em público Pg. 28 – Elogie o bom comportamento Pg. 31 – Providencie atividades físicas Pg. 34 – Valorize atitudes positivas Pg. 39 – Sugestões de brincadeiras Pg. 40 – Orientações específicas sobre mordidas Pg. 46 – Sugestões de livros Pg. 52 – Outros links/fontes Pg. 53 – Ficha técnica
• Sabemos que a agressividade que se manifesta nos primeiros anos de vida é um comportamento normal; uma espécie de reação que ocorre quando a criança está à frente de algum acontecimento que a faz se sentir frágil e insegura. • Assim, na primeira infância é comum as crianças expressarem desejos e frustrações por meio de comportamentos nada polidos e pouco aceitos, causando incômodo em todo o grupo. Por outro lado, também é comum encontrar pais que, temendo que seus filhos se tornem crianças "submissas", estimulam e reforçam positivamente a violência. Pg. 1 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
• No entanto, o fato de tais reações fazerem parte de uma fase do desenvolvimento das crianças não significa que elas devam ser ignoradas ou aceitas pela escola ou pelos pais. Cabe à escola mediar as relações entre as crianças para minimizar os sentimentos negativos e criar situações para estabelecer limites, mostrando a importância do respeito e do tratar bem o amigo que ficou triste por ter sido machucado. E nessa tarefa, a parceria com a família é imprescindível! Com objetividade, autocontrole e perseverança, podemos alcançar bons resultados!!! • Apresentamos agora algumas dicas para, juntos – família e escola – encontrarmos soluções para esses conflitos. Pg. 2 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
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• Portanto, temos que controlar nossa raiva. Gritar, bater ou dizer ao filho que ele é “feio” não o fará mudar de atitude! Pelo contrário, só o deixará mais irritado. • Mostre um modelo adequado de conduta: explique como você age para controlar os seus impulsos quando tem um problema. Mostre por meio de um exemplo que a criança já tenha vivido ou no momento em que o fato acontece.
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• Item bastante difícil, algo que teremos que repetir diversas vezes até ser apreendido! Quando o pequeno tiver um acesso de raiva e agredir alguém, o ideal é esperá-lo se acalmar (não muito tempo, senão ele não saberá o porquê da conversa), sentar e pedir que ele explique o que aconteceu. Diga que é normal sentir-se bravo, mas que não é legal demonstrar isso mordendo ou batendo. • Encoraje-o a achar um jeito melhor de reagir, como pedir ajuda a um adulto ou dizendo o que está sentindo para o amiguinho, como por exemplo: “João, você está me deixando bravo!”.
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• Às vezes, a impulsividade da infância fala mais alto, mas faça seu filho entender que ele precisa pedir desculpas depois de agredir alguém. Ele pode fazer isso sem muita sinceridade no começo, mas a lição vai ficar, e ele acabará criando o hábito de pedir desculpas quando machucar alguém. • O fato de uma criança aprender controlar os seus impulsos pode ajudá-la a superar situações estressantes significativas: “disputas” em casa, aprender a esperar sua vez, aprender a ouvir e pensar antes de agir. Pois, como afirmam os neurocientistas Sandra Aamodt e Sam Wang, autores do livro “Bem-vindo ao cérebro do seu filho”: o autocontrole é muito mais importante do que a inteligência quando se trata de rendimento escolar. Pg. 9 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Para saber mais sobre o impacto do desenvolvimento da primeira infância para a aprendizagem acesse: CLIQUE AQUI
• Muitas vezes as crianças se comportam impulsivamente porque não ouviram atentamente as instruções e agem antes de ouvir. É fundamental ensiná-las a ouvirem as instruções, pedir que repitam o que foi dito e que só ajam se tiverem certeza de que entenderam. Assim, estabeleça regras claras que demonstrem o que você espera delas. • Uma criança que sabe o que deve fazer consegue controlar os seus impulsos quando precisa tomar uma decisão, especialmente quando sabe quais são as consequências de quebrar as regras. Importante, também, é mostrar à criança que foi agredida por um colega que o erro é desse colega e que ela copiará um erro se agredi-lo de volta. Pg. 11 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
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• Se seu filho estiver brincando na piscina de bolinhas e começar a atirar as bolinhas nas outras crianças, tire-o de lá. Sente-se com ele, mostre as outras crianças se divertindo e explique que ele poderá voltar lá quando se sentir pronto para brincar sem machucá-las.
• Evite “raciocinar” com seu filho usando perguntas como: “Como você se sentiria se outra criança jogasse uma bola em você?”. Crianças pequenas não conseguem se imaginar no lugar de outra ou mudar de comportamento baseado nesse tipo de conversa. Mas elas entendem direitinho quando uma atitude gera consequências negativas.
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• Não espere seu filho bater no irmãozinho pela terceira vez para só então dizer: “Agora, chega!”. Ele deve saber que fez algo errado já na primeira vez! Tire-o da situação em que está por um ou dois minutos: é o melhor jeito de fazê-lo se acalmar. • Depois de um tempo, ele vai acabar relacionando o mau comportamento com a consequência ruim, e aí, vai entender que se morder ou bater, acaba perdendo a diversão e o melhor da festa.
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• Se ele empurrou um amiguinho para conquistar um brinquedo, não podemos permitir que ele fique com o objeto obtido na base da agressão. • Ao sair ganhando com o que fez, ele tende a repetir o comportamento!
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• Insistência, coerência e paciência. Sempre! Temos que ser coerentes ao aplicar o mesmo tipo de discurso e orientações quando ele repetir o mesmo comportamento errado! Por exemplo, quando ele morder o irmão e essa não tiver sido a primeira vez, o ideal é dizer: “Você mordeu o João de novo! Isso quer dizer que vou ter que chamar sua atenção outra vez!”.
• Assim, ele vai perceber esse padrão e em algum momento vai compreender que, se tiver um mau comportamento, terá que pensar em um modo de agir diferente, transformando um mau comportamento em um bom comportamento.
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Estabelecidas no início da vida, as bases da arquitetura cerebral são fundamentais para esse aprendizado. Veja mais em: CLIQUE AQUI
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• Obviamente é difícil ver nosso pequeno morder o filho de um amigo e ficarmos impassíveis!! Temos sim que mostrar que o que fez é errado para ele mas, por mais recriminadores que sejam os olhares ao redor, não podemos nos deixar levar pelo impulso de repreender nosso filho só para mostrar que temos pulso firme! • Expô-lo a uma repreensão pública só vai aumentar o nervosismo dele e talvez provocar uma reação ainda mais violenta! O ideal é fazê-lo pedir desculpas pelo que fez e levá-lo para um ambiente reservado para conversar e repensar sua atitude, explicando os motivos de ter agido de tal forma e buscando uma maneira de agir diferente e mais adequada. Pg. 27 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
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Pg. 21 – 10 dicas para lidar com conduta agressiva em crianças pequenas
• Os elogios ao bom comportamento ajudam a criança a distinguir o que é aceitável ou não, e a estimula a correr atrás de mais elogios e atenção por esse “bom caminho”. Em vez de falarmos com nosso filho só quando ele se comporta mal, temos que dar atenção também quando ele agir corretamente. • Por exemplo, se ele pedir para o amigo para brincar no balanço ao invés de empurrá-lo, podemos dizer: “Que legal que você pediu!”.
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• Não precisa ser nada muito estruturado, o importante é darmos um espaço a ele (de preferência ao ar livre) que certamente ele vai correr! Com a ajuda de uma bola, então, tudo se resolve. • A atividade física deixa as crianças mais calmas, além de proporcionar um sono de melhor qualidade!! Quando as crianças são fisicamente ativas, gerenciam seus impulsos com mais facilidade.
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• Contribuindo para a melhoria das relações, evidenciar os comportamentos favoráveis com expressões faciais alegres e verbalizando elogios para que todos ouçam. E, ao mediar as situações de conflito, ser discreto para não chamar a atenção dos que não estão envolvidos.
• Mas é importante o esforço e o comprometimento de todos – em casa ou na escola - com a percepção e a valorização dessas atitudes para que a transformação seja efetiva.
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Para saber mais sobre disciplina positiva e outros temas, sugerimos: CLIQUE AQUI
Pg. 37 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Uma brincadeira interessante é Chuva de Papéis, proposta feita com revistas velhas e jornais e o convite para a turma rasgar os papéis. É rasgar, rasgar e rasgar! Quando esgotarem o exercício, proponha juntar todos os pedacinhos numa caixa, balde ou sacola e, reunindo o grupo, jogar os papeis para o alto fazendo uma linda chuva de papeis! Pode repetir a chuva muitas vezes. Brincar com as expressões é outra alternativa lúdica. Nomear os sentimentos e expressá-los é um ótimo exercício e uma experiência de autoconhecimento. Desenhar carinhas com expressões ou recortar fotos de revistas pode compor um jogo de expressões de tristeza, alegria, raiva, medo, susto e gargalhada, entre outras. Quietinho feito um sapo: exercícios de respiração, por meio da técnica de mindfulness, visando a atenção plena. SAIBA MAIS!
Acesse também: Território do Brincar e Tempo Junto Pg. 39 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
ORIENTAÇÕES MAIS ESPECÍFICAS SOBRE MORDIDAS: Crianças mordem a fim de lidar com um desafio ou satisfazer uma necessidade. Por exemplo, a criança pode estar mordendo para expressar um sentimento forte (como frustração), comunicar a necessidade de espaço pessoal (talvez outra criança esteja muito perto!) ou para satisfazer uma necessidade de estimulação oral. Tentar compreender a causa “invisível” das mordidas vai ajudar a desenvolver uma estratégia mais eficaz para eliminar o comportamento.
Pergunte-se: o que aconteceu logo antes da mordida? Com que a criança estava brincando? É sempre a mesma criança mordida? Em que ambiente ocorrem as mordidas? Em quais situações? (quais tipos de atividade: no momento de brincar com escolhas de brinquedos, nas refeições como o almoço, horários de entrada ou saída…) Pg. 40 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Descobrir qual o motivo do comportamento e mostrar outras formas de expressão: se é o brinquedo que ela quer, mostrar a ela que pode pedir o brinquedo ao coleguinha (de acordo com a idade e a compreensão que tem). É com paciência e persistência que as crianças entendem que não se deve morder. Dizer sempre à ela que não se deve fazer isso, e pedir a sua ajuda para cuidar do coleguinha machucado, como por exemplo, colocando gelo ou fazendo massagens, curativos e acariciando o coleguinha. Isto deve ser feito, tanto na escola, como em casa pelos pais. Pg. 41 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Se você percebe que morder está substituindo a falta de habilidades de linguagem para se expressar, você pode colocar em palavras o que acredita que a criança pode estar pensando: Você está querendo dar uma volta no triciclo? Então você pode perguntar ao Pedro: eu posso dar uma volta agora? Ajude a criança a expressar seus sentimentos de forma adequada.
Se o pequeno estiver muito irritado, você pode dizer: Você está muito nervoso! Percebo que você está realmente bravo! Em seguida, sugira uma maneira de lidar com esses sentimentos: Vamos fazer uma cara de leão ‘beeem zangado’? Vamos tocar tambor? Que tal a gente se acalmar e rasgar revistas e papeis com muita força? Vamos dar uns socos na almofada? Tocar um tambor, pular, correr e outras atividades intensas e energéticas podem ser propostas para viabilizar modos de expressar os sentimentos. Quando o pequeno aceitar a proposta, vale a pena demonstrar que você está percebendo como ele está demonstrando seu nervosismo e irritação. Desse modo você confirmará que esta forma de expressar sentimentos é compreendida, reconhecida e aceita… muito melhor que a mordida! Quando começarem a usar as palavras para compartilhar sentimentos também não esqueça de valorizar o comportamento: você pediu a bola para o amigo no lugar de arrancá-la dele! Muito bem! Pg. 42 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Uma dica é ter um ‘controle’ de tempo que pode ser percebido facilmente, como a duração de uma música conhecida por todos. Ao final da música, troca-se o brinquedo ou quem balança, por exemplo. Isso pode virar uma divertida brincadeira. Faça um canto com livrinhos, jogos de montar, papel e lápis para desenhar e música tranquila, em volume baixo (já pensou em música clássica?) para pausas e relaxamento, como opção de escolha espontânea para a criança. Se notar que a criança está experimentando morder para ver as consequências, você deve se posicionar no ato, com firmeza, mas sem demonstrar (sabemos que é difícil!) emoção: sem morder! Morder machuca! Faz dodói no amigo! Em seguida, desviar a atenção da criança que mordeu para aquela que foi mordida. Essa atitude ajuda na compreensão de causa e efeito: você mordeu o João e agora ele está chorando, está triste! Quando você morde, dói e machuca seus amigos. Morder nunca é bom! Quando você morde eu também fico triste! Pg. 43 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Nossos professores são orientados a “pesquisar” as atividades em que o pequeno não morde, registrá-las e planejar projetos e rotina contemplando esse tipo de atividade. O comportamento de morder vai, aos poucos, sendo eliminado do repertório da criança, que passa a não adotá-lo mais como recurso de expressão. Sugerimos também ficar de olho no relógio. Quando faltam 15 minutos para encerrar, anunciamos para a turma: crianças, faltam 15 minutos para essa brincadeira acabar! Depois de 10 minutos, novo aviso: falta só um pouquinho para essa brincadeira acabar! Assim, as crianças vão sendo preparadas para o momento de encerramento, que não chega de surpresa. Outro exemplo desse tipo de encaminhamento é colocar os “objetos cansados” para dormir numa caminha organizada pelo professor: gente, as bolas estão muito cansadas! Quem me ajuda a colocá-las na caminha, cobrir com o cobertor e cantar uma musiquinha para dormir? Se perceber que as mordidas aumentam quando a criança está cansada é hora de conversar com a família para levantar informações sobre quantidade de sono e descanso. Cansaço dá uma irritação… Se for este o caso, você pode propor aos responsáveis que a criança vá dormir uma hora mais cedo, gradualmente: no primeiro dia 15 minutos, no segundo 20 e assim por diante. Também vale combinar com a família para que avise quando o pequeno não dormiu bem ou o suficiente. Isso prepara o professor para um dia mais delicado e com atenção redobrada. Pg. 44 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Até por uma questão de saúde, as crianças PRECISAM estar expostas ao sol (mesmo em dias frios e nublados) para construir seus ossos que, nessa fase, se desenvolvem incrivelmente! Correr, pular, dar encontrão, escalar, carregar peso, são exercícios praticados nas brincadeiras em ambientes abertos que completam as necessidades físicas para consolidar o esqueleto em crescimento. A necessidade física também se expressa no campo emocional. A inquietação do corpo que busca a liberdade e o ar livre, se transforma rapidamente em satisfação e bom humor quando atendida, ou, em frustração e irritabilidade, quando negada por muito tempo. Crianças que passam mais tempo nos jardins e pátios, aproveitando o clima e os elementos da natureza são muito mais focadas, criativas e tem menos propensão a desenvolver distúrbios de aprendizagem. Pg. 45 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
O Livro Mordida Não Napoleão (clique no título para baixar o PDF) fala de um menino que descobre a própria boca. Ao ser mordido pelo seu cachorro pequenino, percebe que a boca pode também machucar. A história sugere paradas ao longo do enredo com perguntas que colocam a turminha para pensar e falar. Você pode imprimir as imagens, montar o livrinho e ler para as crianças. Também pode imprimir versões menores para deixar à disposição dos pequenos nos cantos de leitura. Desse modo, a história e o contexto passarão a fazer parte do acervo intelectual da turma.
O grande livro das emoções (Mary Hoffman e Ros Asquith) propõe a identificação das diferentes emoções e que podem ajudar a entender como as pessoas se sentem. Sentimentos (Núria Roca). Com este livro as crianças podem começar a dar nome a seus sentimentos. Além de ter, ao final, boas sugestões de atividades a serem feitas. Pg. 47 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Sobre o cantinho da calma: Na realidade, retirar-nos da situação tem um fundo biológico. Nós adultos, assim como as crianças, quando estamos incomodados por algo ou chateados, perdemos acesso a uma parte do cérebro que nos permite pensar soluções e atuar racionalmente. A única maneira de nosso cérebro voltar a ‘estar em ordem’ é retirando-se amigavelmente. É preciso permitir um tempo de pausa para nos desconectar do que ocorreu. Mais tarde, sim, podemos voltar a abordar o problema, mas já o faremos de maneira mais respeitosa e efetiva. Usada de maneira positiva, não punitiva, pode trazer benefício para a criança, bem como para toda a família (aliás, é essencial que os pais deem o exemplo!). O cantinho da calma não é o lugar onde a criança deva ir sozinha e esperar que passe os minutos para sair e voltar a brincar. É um lugar tranquilo da casa onde lhe damos a oportunidade de aprender e de ganhar habilidades de vida. A criança deve entender que seu cérebro ‘está louco’ ou ‘não funciona bem’ quando está chateado. Logo, é preciso se tranquilizar e voltar a estar contente para que tudo possa ir bem. O mais importante é que nós pais não sejamos afobados e queiramos resultados imediatos. Como qualquer aprendizagem, a prática é necessária. Portanto, tenha paciência. Cada criança tem seu ritmo. Pg. 48 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
Importante conjugar esse recurso com a “caixa da raiva” para ensinar a criança a identificar e regular as emoções. Dar-lhe uma folha de papel para que desenhe e expresse toda sua raiva, depois amasse o papel e jogue-o dentro da caixa, tampando-a. É um exercício terapêutico, pois, simbolicamente, a criança estará tirando de dentro de si o que a incomoda.
Lembrando que uma das medidas mais eficientes é dizer para a criança que você compreende a raiva que ela está sentindo e que a raiva não é necessariamente algo feio, mas sim que pode ser trabalhada e canalizada da forma mais adequada.
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É certo que pais e educadores precisam intervir de forma coordenada e coerente. A atitude de todos os adultos deve coincidir. De nada adianta censurar a atitude na escola, se ela for consentida em casa, e vice-versa. Sempre devem transmitir, de forma clara e firme, que a agressão não é aceita em nenhum caso e nem a passividade. Precisamos oferecer-lhe um modelo de comportamento assertivo: As crianças também devem aprender a expressar o seu mal estar (‘Não gosto quando você me morde’, ‘Você me machucou’, ‘Não puxe minha boneca, estou brincando com ela’), aprendendo a utilizar o ‘não’ e o “sim”, sabendo o que esperamos dela. E sempre, a qualidade do vínculo afetivo deve ser conservada: esse comportamento deverá ser tratado para que a criança mude, ao mesmo tempo em que todos mantenham com ela uma relação positiva. Crianças internalizam tudo o que ouvem, portanto comunicar-se de maneira assertiva é uma das mais importantes habilidades que os pais devem praticar. É o que fortalece o vínculo, o emocional das nossas crianças, e além de tudo fortalece grandemente a harmonia familiar. Pg. 50 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
E como família lembremo-nos dos fortes exemplos de equilíbrio entre firmeza e doçura tão evidentes em Dom Bosco e Madre Mazzarello! “Procurem fazer-se amar, se queres fazer-se respeitar.” (Dom Bosco) “Com Jesus, os pesos se tornam leves, os cansaços suaves e os espinhos se convertem em doçura.” (Madre Mazzarello)
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Outros Links/fontes: Como educar a criança que morde Birra, mordida, frustração e limites Agressividade infantil e ligada à dificuldade de se expressar Pg. 52 – 10 orientações para desenvolver a conduta saudável na infância
FICHA TÉCNICA E-BOOK: “10 ORIENTAÇÕES PARA DESENVOLVER A CONDUTA SAUDÁVEL NA INFÂNCIA” Instituto Nossa Senhora do Carmo 2018 - Guaratinguetá/SP Rede Salesiana Brasil de Escolas Direção: Irmã Teresa Cristina Pisani Domiciano Coord. Pedagógica (Infantil e Ens. Fundamental I): Profª Carla C. Mioni Coord. Pedagógica (Ens. Fundamental II e Médio): Profª Adriana Máximo Orientação Educacional e conteúdo da cartilha: Maria Eunice Rodrigues (Psicopedagoga) Arte e Diagramação: Luiz Fernando Miguel (Jornalista e Assessor de Comunicação) Revisão Final: Meily Cassemiro Santos – Gestora do Polo SP da RSB-Escolas