Como construímos o pensamento científico?

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SÉRIE PROJETOS

6º ano - Sa n to s

Como construímos o pensamento científico?


6º ÍNDICE

Introdução Ciências Ba rôm et ro F i o de Prum o L uneta Tre na

Geografia Orl a As Pra i a s M i ra nte Pa rque Pe requê

Históri a

Esta çã o Va l ongo O Bonde Ca sa Azul eja da G ui a do J ovem Arque ól ogo

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O

que vocês lerão aqui é o registro de alguns produtos do estudo realizado pelo 6º ano. É uma

forma de tornar públicos os aprendizados e as descobertas dos alunos, pois nosso objetivo não é apenas que eles aprendam, mas que também comuniquem o que aprenderam. O 6º ano vai a Santos buscar respostas para a seguinte questão: “Como construímos o pensamento científico?” Por isso, nas três disciplinas envolvidas no projeto – Geografia, História e Ciências –, experimentam o uso de algumas ferramentas para coleta de dados. Afinal, queremos que os alunos reconheçam as formas de trabalhar de cada disciplina, identifiquem seus instrumentos de estudos e ampliem suas possibilidades de utilizá-los em seu aprendizado.

Em Geografia, os alunos fizeram descrições e representações das paisagens visitadas, usando

suas anotações e desenhos realizados em campo e complementados pela análise do Google Maps.

Já em História, eles puderam vivenciar como é o trabalho dos arqueólogos. Fizeram exer-

cícios de observação dos antigos casarões do centro histórico da cidade de Santos – sua arquitetura, usos no passado e no presente, pistas sobre sua preservação. E ainda montaram sítios arqueológicos fictícios na areia da praia, tentando relacionar o que foi encontrado com o que foi imaginado pelos colegas.

Finalmente, em Ciências, o desafio foi construir e utilizar alguns instrumentos de observação e

medidas (a luneta, a bússola, o barômetro rudimentar e o fio de prumo), registrar os dados obtidos por eles e, posteriormente, relacionar tais dados com as discussões teóricas realizadas em sala.

Bom proveito!

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Ciências Os alunos do 6º ano trabalharam com instrumentos simples de medida. Aprenderam a construir e a utilizar lunetas, barômetros, bússolas e fios de prumo. Durante o trabalho de campo na Baixada Santista, coletaram dados com esses instrumentos e elaboraram registros em suas apostilas. As anotações sistemáticas de medidas foram interpretadas em sala de aula a partir das hipóteses dos alunos e dos conteúdos teóricos estudados. Os textos apresentados a seguir são exemplos das conclusões obtidas após a realização do percurso descrito acima.

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Rafaela Klein Eu esperava obter pressão alta na Serra do Mar e pressão baixa em Santos. Guilherme Yudi Segatelli Tanabe Eu achava que as medidas seriam muito exageradas. Por exemplo, na Serra do Mar, eu achava que seriam de -8 para cima, pois a altitude era grande. Na Rodovia Anchieta, a pressão estava -1 (pois a altitude estava alta) e ficou assim até a Serra do Mar. Baixou para -3, porque a altitude estava muito alta; na descida, a pressão foi aumentando, até chegarmos em Cubatão. A pressão variou de +1 a +3 e o Mauro (nosso professor) trouxe o barômetro preso a um pote. Estava com a mesma pressão de São Paulo, porque estava com o mesmo ar de lá. Théo Cardoso Teixeira de Carvalho

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A partir do uso do barômetro, eu obtive as seguintes informações: quando a membrana da bexiga vai para baixo, quer dizer que a pressão aumentou. Quando ela sobe, quer dizer que a pressão abaixou. Marina Cartum

Ilustração: Thaís Ayumi Maezato

Ilustração: Jennifer NASCIMENTO

BARÔMETRO

Nós utilizamos o barômetro para medir a pressão atmosférica durante o percurso (a viagem). Eu esperava que quando a bexiga do barômetro fosse para baixo, a pressão estivesse mais alta, pois a pressão estava puxando a bexiga para baixo e quando a bexiga vinha para cima, a pressão estava empurrando a bexiga.


Ilustração: Ilana Royzen Fisch

FIO de PRUMO

Antes de irmos para Santos, os professores nos contaram sobre os prédios “tortos”, porque mais para frente, faríamos uma atividade utilizando o fio de prumo para saber se os prédios “tortos” estavam realmente “tortos” e adivinha? Sim, os prédios realmente estavam um pouco inclinados... Eu achava que essa história era apenas uma lenda, mas na verdade não é. Beatriz Andrade Puyol Utilizamos o fio de prumo no passeio de escuna para ver os prédios tortos (que na verdade são inclinados; ‘tortos’ só é um modo de falar). Eu esperava que o fio me mostrasse o tamanho da inclinação, e que eles eram tortos porque os engenheiros não construíram direito. Montamos o fio de prumo, colocando água em um objeto simétrico (utilizamos uma garrafa pet vazia) e furando no meio dele. Com a água dentro do objeto e o furo no meio, amarramos um barbante no furo. Para conseguirmos ver a inclinação dos prédios, precisávamos fechar um olho e deixar o fio reto na frente do prédio. Se o prédio não coincidisse com o fio, estaria inclinado, e se o fio coincidisse com o prédio, não estaria. Chegamos então à conclusão de que os prédios não eram tortos, e sim inclinados, e que os prédios inclinados estão assim porque foram construídos em cima da areia. Chegamos à conclusão de que os prédios da orla de Santos são tortos porque antigamente a região era um mangue (tipo de vegetação) e quando construíram os prédios, como o solo do mangue é alagado e mole, os prédios entortaram. Também chegamos a outra conclusão: os prédios maiores entortam mais e os menores entortam menos, pois os maiores são mais pesados e os menores são mais leves.

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João Antônio Rabello da Silva Prado


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7 Ilustração: Théo Cardoso Teixeira de Carvalho


Utilizamos a luneta para observar os barcos da praia e a paisagem que tínhamos na nossa frente a partir do mirante da Ilha Porchat - o monumento que Oscar Niemeyer construiu. Eu esperava ver os barcos perfeitamente, partindo e vindo, e tentei distinguir qual barco partia e qual vinha. Mas com as lunetas que nós, os alunos, utilizamos, não consegui “encontrar” os barcos no mar. As lunetas que estavam disponíveis invertiam a imagem, viravam a nossa vista ao contrário, tornando assim um pouco mais difícil localizar as coisas. Então, fui até a luneta do professor Mauro, que nos acompanhou na viagem, e observei a partir dela. Clara Ferreira Malavasi Eu esperava ver os barcos sumindo na linha do horizonte. A luneta nos mostrou que a Terra é redonda, podíamos ver os navios passando pela curva da Terra, parecia que eles estavam afundando. Eu percebi que se a Terra fosse plana, veríamos os navios diminuindo conforme a distância. Leticia Meirelles Ruocco

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Eu esperava perceber que os barcos iam sumindo na linha do horizonte pelo formato esférico da Terra e os vi sumindo até só sobrar um pontinho do mastro do navio. Para interpretar, fiz desenhos da minha observação na apostila e concluí que é um jeito de mostrar que a Terra é esférica. Hanna Kilsztajn

Ilustração: Letícia Meirelles Ruocco

LUNETA


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Ilustração: Beatriz Andrade Puyol


TRENA A trena é usada para medir curtas distâncias e marcar linhas retas no chão. A quantidade de metros/centímetros entre uma parede e outra (por exemplo) ou uma linha reta entre uma distância curta e outra. Cheguei à conclusão de que se a trena é colocada torta e longe de uma linha reta, a chance de as distâncias ficarem erradas é enorme. Nilo Cooke Não utilizamos a trena para quase nada, mas para demarcar o espaço (sítio) arqueólogo que tivemos de fazer no trabalho de história. Como conclusão, até que é um pouco difícil marcar o local, pois às vezes erramos as medidas. Maria Clara Peña Barbosa Pereira

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GEOGRAFIA Ilustração: Caike Tunis Tapie

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Após retornarmos do trabalho de campo, nossos alunos foram convidados a refletir sobre os locais visitados em Santos e a produzir uma representação das paisagens observadas durante a viagem. Divididos em grupos, os alunos escolheram um local visitado para descrever sua paisagem e criar um desenho. Em aula, na sala de informática, por meio da ferramenta do Google Maps, puderam observar a visão aérea das áreas de estudo, fotografias e imagens em perfil. Cada aluno registrou em seu caderno uma descrição preliminar da paisagem e elaborou o esboço de um desenho do local em análise. Dentre os pontos mais interessantes dessa atividade destaca-se o momento de socialização dos textos das descrições e desenhos individuais. Cada aluno leu em voz alta seu texto e o grupo pôde tecer comentários e sugestões para a melhoria das descrições. Os alunos dos 6º ano revelaram-se ótimos críticos, trazendo contribuições muito pertinentes. O resultado é a representação dos alunos do 6º sobre as paisagens de Santos, que contém sutilezas de olhares geográficos sobre cada lugar visitado durante o trabalho de campo. Vale a pena conferir!


Orla de Santos Da orla da praia de Santos nós observamos barcos no mar. Vimos barcos grandes, de frente e de lado, mas isso foi apenas para comprovar a nossa teoria de que a Terra é redonda. A teoria é a seguinte: quando um barco no mar vai se afastando da terra, dá a impressão de que ele está lentamente sendo engolido pelo mar, não diminuindo, e isso significa que ele está andando na circunferência da Terra. Os tamanhos dos navios e barcos eram proporcionais um ao outro, o que nos ajudou a entender melhor, porque se os barcos têm um tamanho parecido, a diferença ao se afastar é menor. Para concluir o trabalho de observação de barcos da orla de Santos, nós utilizamos lunetas e anotamos os resultados nos grupos.

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Ilustração: RAFAELA KLEIN

Nilo Cooke


Ilustração: BEATRIZ ANDRADE PUYOL

Descrição da orla de Santos

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Na areia há várias pessoas brincando e descansando, barraquinhas de comida e as árvores. Na praia há várias placas, quiosques e alguns carros estacionados. Prédios foram construídos em cima da areia e, com o tempo, ficaram “tortos“ (o prédio fino não é tão torto). Nos prédios, muitas pessoas entram ou saem e tem bastante vegetação, que está bem à frente dos prédios. Entre os prédios “tortos” e a praia, tem uma avenida e o calçadão com as cores preto e branco que margeiam a orla de Santos. Isadora Grimm Zamboni, Théo Cardoso Teixeira de Carvalho, Jennifer Nascimento, Maria Beatriz Guimarães da Gama


As praias de Santos Santos fica no litoral do estado de São Paulo. Suas praias em geral são ótimas para se divertir, mas podem ser também locais de trabalho. Todas as praias são naturais, apesar de sofrerem a interferência do homem. No Brasil, muitas delas são sujas e poluídas, como as de Santos, que estão praticamente inteiras impróprias para banho, segundo a Cetesb. Ao lado da praia tem um jardim muito comprido, cheio de árvores que foram plantadas de modo organizado, para que as pessoas pudessem passear ao ar livre, observando tranquilamente a praia e o belíssimo jardim. Clara Chaddad, Danilo Luiz Totaro Fernandes, Ilana Royzen Fisch, Letícia Meirelles Ruocco, Manuela

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Ilustração: Maria Beatriz G. da Gama

Fonseca Ferreira


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15 Ilustração: Manuela fonseca ferreira


Monumento Oscar Niemayer O mirante de Santos é uma obra do arquiteto Oscar Niemeyer e se localiza na Ilha Porchat, em São Vicente. Foi construído para homenagear os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil. O monumento é feito de concreto e parece um arco pontudo que, seguindo uma linha imaginária ao Norte, chega a outra obra de Niemeyer, o Congresso Nacional, em Brasília. Do mirante, observamos a orla da praia, uma ilha, o teleférico, as paisagens naturais e as construídas pelo homem. É um ponto turístico e do alto é possível observar a cidade mais antiga do Brasil (São Vicente) e sua vizinha, Santos. Uma curiosidade: à noite, uma luz rosada é acesa. O monumento é muito indicado para passeios de casais. Clara Ferreira Malavasi, Guilherme Yudi Segatelli Tanabe, Maria Clara Penã Barbosa Pereira, Rafaela Klein, Thaís Ayumi Maezato

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Ilustração: THAIS AYUMI MAEZATO


Parque Perequê No parque do Perequê tem dois quiosques e em volta deles tem alguns bancos de pedra quebrados e descuidados. O gramado de lá é alto, lamacento e descuidado e também tem um campo de futebol bem grande e feio. No fundo do parque tem uma trilha e uma floresta secundária. Um pouco de vegetação separa a trilha do rio. O rio não é muito grande, mas é bem-cuidado e limpo. Do lado do rio tem a Serra do Mar, com muita vegetação. Lá também há dois bancos quebrados e isolados dos quiosques e dos outros bancos. Hanna Kilsztajn, Maria Piedade, Mariah Kanda Couri, Victor Saito Forti

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Ilustração: HANNA KILSZTAJN


Ilustração: Maria Piedade

Descrição do Parque do Perequê Na imagem você está vendo o rio Perequê, que atravessa o parque do Perequê, em Cubatão. Mesmo sendo uma cidade poluída, Cubatão conseguiu manter o parque com uma grande área verde de Mata Atlântica, com grande diversidade de plantas e também animais. O rio é muito limpo, sua água é quase transparente. Ele nasce em uma pequena cachoeira que vem da Serra do Mar. No entorno da cachoeira há várias rochas grandes e na margem do rio já começa a área de vegetação do parque, onde há muitas árvores e grama misturada com barro no chão.

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Hanna Kilsztajn, Maria Piedade, Mariah Kanda Couri, Victor Saito Forti


História

Arqueologia Arqueologia é a ciência que estuda a cultura dos homens ao longo do tempo através dos vestígios materiais. O arqueólogo é um cientista que estuda a relação dos homens com os outros homens e com o meio em que vive, a partir dos vestígios materiais. Sítio arqueológico é um local em que o arqueólogo trabalha, mas é um lugar preservado, pois sabem que houve atividades do passado histórico nesse lugar. Os arqueólogos dividem o espaço 1m x 1m x 1m e começam o trabalho de verdade, retirando a terra com muito cuidado, porque se eles fizerem a escavação com muita força, podem deslocar algo e não sabem qual é a profundidade em que o fóssil ou vestígios estão. Depois coletam e colocam em saquinhos nos quais escrevem a data e a profundidade em que encontraram o fóssil, pois quanto mais fundo o fóssil estiver, mais antigo será. Vestígios materiais ajudam os arqueólogos a entender melhor o passado. Fo nte: W ikip é d ia

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Thaís Ayumi Maezato


ESTAÇÃO DO VALONGO A estação foi inaugurada em 16 de fevereiro de 1867 pela São Paulo Railway, a primeira ferrovia paulista e uma das primeiras do Brasil. Desativada em 1996 com a extinção do transporte de passageiros, a Estação do Valongo permaneceu fechada e sem uso por vários anos. O prédio foi recuperado em 2003 pela Prefeitura e reinaugurado no ano seguinte, quando passou a abrigar a Secretaria de Turismo de Santos (Setur). O bonde também transportava mercadorias ao porto de Santos. Fonte: www.turismosantos.com.br.

Descrição

A estação é muito antiga e preserva a arquitetura da época, com muitas portas e janelas de várias formas e tamanhos. Um lugar muito grande, com corredores e salas grandes. Ela também possui três torres altas. É muito bem-conservada, toda amarela, com torres pretas e detalhes brancos. Iris Rocha Castanho, João Antonio Araium Alves, Verônica Vicentini Ferreira, Rubi Alves e Assumpção

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Ilustração: JOão antonio arauim alves


O BONDE

O bonde foi o nosso principal meio de locomoção pelo centro de Santos. De dentro dele pudemos observar todos os prédios históricos que restaram na região. Depois do percurso com o bonde fizemos o mesmo caminho a pé e nos dividimos em dois grupos, para que cada um observasse dois prédios históricos. Caminhamos a pé para podermos observar melhor. História foi a única matéria que estudamos lá, já que todos prédios históricos tem uma história para contar. A descoberta desta história surgiu de perguntas e respostas sobre os prédios, das imagens e das opiniões do grupo.

Descrição

• Energia por si utilizada 600 volts contínuos (foi o que o motorista disse) • Freio a ar e eletricidade • Madeira, lataria e ferro • Fabricado na Escócia • Fabricado em 1911 • Modelo aberto

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Ilustração: Rubi alves e Assumpção


CASA DE FRONTARIA AZULEJADA

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Através da vista aérea da Casa de Frontaria Azulejada, percebemos que ela é composta por três telhados de quatro águas com um pátio central descoberto. Esta planta é composta por dois espaços laterais cobertos que ocupam todo o comprimento da casa e um espaço menor central coberto. A vista aérea da casa permite vermos que a planta tem um formato de U, a abertura do U é voltada para o porto porque antigamente este pátio ficava a beira de um canal que chegava ao porto. O dono da casa recebia café e depois mandava para os barcos pelo pátio para exportar pelo mundo. Na fachada da casa tem azulejos amarelos e azuis portugueses em relevo feitos a mão. A casa pertencia a um português bem sucedido e comerciante de café. Esta casa foi construída em 1865, com o passar dos anos a casa se tornou um escritório, hotel, armazém de cargas e por fim como depósito de adubo. Em 1973 foi tombado em nível federal, o que provocou o seu abandono. Anos mais tarde vieram os tombamentos pelo estado e município. Em 1986, quando o imóvel foi desapropriado pela prefeitura, a casa estava semidestruída sem o teto e o piso superior. A recuperação da fachada aconteceu em 1992, ela foi restaurada e agora funciona desde 2006 como espaço e centro cultural. OBS: A construção é torta Marc , Marina, Júlia e João Prado

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Ilustração: MARINA CARTUm


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Ilustração: MARC LIBESKIND


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Guia do Jovem

Arqueólogo

Ilustração: Danilo Luiz totaro Fernandes


zoom no clic

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O sexto ano foi separado em grupos e cada grupo inventou uma história e personagens para montar um sítio arqueológico na praia da cidade de Santos – S.P. Chegamos à praia e antes de tudo, nos reunimos nos grupos que já haviam sido escolhidos em sala de aula para definirmos como faríamos o trabalho. O meu grupo fez primeiro a demarcação da área que iríamos usar para fazer a escavação. Realizamos o trabalho com fio de lã e palitos de churrasco que recebemos dos monitores, que estavam sempre nos ajudando. Depois, o professor responsável pelo trabalho, Maurício, nos disse que deveríamos cavar um buraco na areia medindo 1 metro de largura por 1 metro de comprimento por 20 centímetros de profundidade, porque não tínhamos muito tempo para cavar 1 metro de profundidade como os arqueólogos fazem. Recebemos pazinhas de plástico e baldinhos de praia para cavar na areia, cavamos e depois de algum tempo já tínhamos o buraco do tamanho necessário, então colocamos nossos falsos vestígios materiais, como bonecos, animais de plástico, objetos, de forma que um outro grupo pudesse analisar qual a relação entre estes falsos vestígios. Depois de montar a cena, colocamos a areia sobre os vestígios com muito cuidado, para que os objetos não se deslocassem. Não desmontamos a demarcação, pois seria muito difícil para o grupo encontrar o sítio arqueológico e os personagens, já que a praia era extensa. Após a conclusão, fizemos algumas anotações sobre nossas dificuldades de cavar 20 centímetros de profundidade; e nossas facilidades de demarcar a área e posicionar os objetos na areia que representavam os vestígios. Também escrevemos sobre a cena que havíamos feito, tudo isso na apostila.

Quando fomos abrir o sítio do outro grupo, cavamos com as mãos. No começo, não precisávamos cavar com tanto cuidado, mas depois que o buraco passou de 10 centímetros, fomos cavando com mais calma, até encontrarmos os falsos vestígios, então tivemos que deixar tudo onde foi encontrado, para analisar. Observamos por algum tempo aquela imagem que certamente fazia sentido, mas precisávamos encontrar uma história adequada à relação dos bonecos e anotar o que pensamos. Depois, fizemos um mapa do sítio com todas as informações. Realmente, pensei que cavar 20 cm de profundidade fosse muito fácil, mas é dificílimo. Outra grande dificuldade que eu encontrei foi interpretar o sítio do outro grupo, porque é difícil entender a relação entre falsos vestígios. Houve também facilidades como demarcar a área, posicionar os vestígios nos lugares corretos e desenhar o mapa do sítio do outro grupo. Letícia Meirelles Ruocco


Primeiro os arqueólogos procuram os lugares por onde os homens da pré-história passaram, veem onde podem encontrar vestígios materiais e então eles montam sua tenda. Os procedimentos dos arqueólogos são feitos escavando com muito cuidado, para não quebrar nenhum osso mais antigo. Ao encontrarem os ossos, eles identificam o DNA. Com um ponteiro com escala, medem o osso, fotografam, e fazem dois croquis (desenhos mais simples), um para desenhar como o esqueleto era e o outro para descobrir a causa da sua morte. Também tentam identificar a causa da morte através dos vestígios. Levam todo esse material para o laboratório. As ferramentas usadas pelos arqueólogos são: pás, peneira, régua, câmera, balde, prancheta, saco de resíduos, pincel e um ponteiro de escala. Na tenda, primeiro os arqueólogos separam ferramentas para cavar e encontrar objetos e vestígios. Usam ferramentas para saber o que aconteceu no local e depois, para analisar o que foi descoberto no laboratório, como a separação das partículas de carbono 14 radioativo e o aquecimento do material a 500˚ C. ( Cemal: Centro de Estudos Marítimos e Arqueológicos de Lagos; autor: Francisco Castelo ). A preocupação dos arqueólogos é definir o que havia acontecido naquele sítio e as hipóteses precisam ter começo, meio e fim. Com isso, a intenção é conseguir identificar em que ano ou século aquilo havia acontecido. Eles vão analisar todo o sítio arqueológico, ver onde existem camadas e vestígios materiais, para saber onde cavar. O mais fácil parece ser cavar e fotografar e o mais difícil, encontrar o sítio, analisá-lo e encontrar os vestígios. Danilo Luiz Totaro Fernandes

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Em Santos, fizemos a observação de prédios localizados no centro. Tivemos que anotar na apostila suas características, o ano em que foram construídos, se já foi feita uma restauração no prédio, etc. Também fizemos o trabalho de arqueologia na praia. Tivemos que criar uma história com bonecos, com começo, meio e fim e depois tivemos que enterrá-los de uma forma que o grupo que os encontrasse e pudesse fazer uma história. Para montar o sítio, marcamos a área com um barbante e depois, com varias pás, cavamos um buraco de 20 cm de profundidade. Depois de fazer isso, colocamos os objetos na areia. Então, com muita calma, para não tirar os objetos do lugar, tapamos tudo com areia, para que o outro grupo escavasse o sítio. Para abrir o sítio, tivemos que cavar com cuidado até achar todos os objetos. Quando achamos, limpamos todos eles para saber o que eram. Então, com todos os objetos limpos, desenhamos o sítio na apostila e depois fizemos a interpretação. Foi difícil interpretar o sítio, pois às vezes, não é possível criar hipóteses com os objetos encontrados, então isso dificulta transformar tudo em texto. Interpretar o sítio não é fácil e pode demorar bastante tempo. A partir dos dados obtidos em campo, das hipóteses estabelecidas e do estudo de outros pesquisadores sobre o mesmo assunto, é elaborado o relatório final. Marc Libeskind

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Muda a foto ao clicar


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Para identificar um sítio arqueológico, você tem que encontrar um vestígio material e continuar procurando, até encontrar outros. Ao encontrar vários, você saberá que aquele lugar é um sítio arqueológico. Quando o sítio é descoberto, fazem o mapa do lugar e tiram as fotografias. Logo depois, os arqueólogos começam a escavar o local. Alguns vestígios materiais podem ser mais novos, outros mais velhos, dependendo da camada de terra em que eles estão, ou seja, se um estiver em uma camada de terra mais profunda, ele é mais velho. Se estiver mais acima, é mais novo. Depois, são numerados. Todo esse procedimento precisa ser feito com muito cuidado, para não destruir nenhum vestígio encontrado, por isso eles usam equipamentos específicos para o trabalho, como pincéis e pás. Quando localizados os vestígios, os arqueólogos tentam descobrir a que tempo histórico eles pertenceram. Essa é uma grande dificuldade desse trabalho. Outra é interpretar um sítio arqueológico, porque podem existir muitas possibilidades para um só acontecimento; por exemplo, um pote pode ter sido usado como um utensílio de cozinha ou como uma arma de defesa contra o inimigo. Para interpretar um sítio arqueológico, você tem que analisar muito bem os objetos, ou seja, a posição deles em relação aos outros, se tem alguma mancha e outros detalhes. A partir disso, os arqueólogos podem fazer uma hipótese do que houve. Encontrar vestígios e contar o que aconteceu é um grande desafio. Cada vestígio descoberto é como uma peça de um quebra-cabeça que nos ajudará a saber cada vez mais sobre a história. Fontes: http://www.fumdham.org.br/sitiosarq.asp

Manuela Fonseca Ferreira 32


Foto anterior

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Pr贸xima foto


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Professores: Antonio Carlos de Carvalho Francisco Tognonato Neto Luciana Bittencourt Fevorini Maurício Freitas Mauro Pontes Renata Stadter de Almeida

Grupo 1

monitor Antonio França Pinto Nascimento alunos Beatriz Andrade Puyol Luna Birelli Vicente

Grupo 2

monitor Juliana Moniz Canto alunos Clara Ferreira Malavasi Guilherme Yudi Segatelli Tanabe Maria Clara Penã Barbosa Pereira Rafaela Klein

Grupo 3 monitor

Beatriz Ferraz do Rego Barros alunos João Antônio Rabello da Silva Prado Júlia Pontes Brasileiro e Silva Marc Libeskind Marina Cartum

Grupo 4

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monitor Catarina Turibio Malavoglia alunos Manuela Fonseca Ferreira Ilana Royzen Fisch Letícia Meirelles Ruocco

Grupo 5 monitor

Luca Gagliardi Kaufmann alunos Isadora Grimm Zamboni Théo Cardoso Teixeira de Carvalho Jennifer Nascimento Maria Beatriz Guimarães da Gama

Grupo 6 monitor

Bia Carvalho alunos Iris Rocha Castanho João Antonio Araium Alves Verônica Vicentini Ferreira Rubi Alves e Assumpção

Grupo 7 monitor

Lara Flaviana Zaramella Guimarães alunos Hanna Kilsztajn Maria Piedade Mariah Kanda Couri Victor Saito Forti


Revista produzida para o Colégio Equipe por CGC Educação Design Gráfico: Zozi Mendes equipe@colegioequipe.g12.br www.colegioequipe.g12.br

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