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Duas décadas do
DUAS DÉCADAS DO Grupo de Teatro do Colégio
A estreia foi no ano 2000 com a peça Os Saltimbancos e, desde então, estudantes já encenaram diferentes espetáculos
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Formado por estudantes do Ensino Médio, o grupo de teatro do Colégio Farroupilha completou, em 2020, 20 anos de atividades ininterruptas. A professora de Artes Cênicas, Lúcia Panitz, é a responsável pelo Grupo desde o ano 2000. “O teatro, além de enriquecer culturalmente os adolescentes, desenvolve a autoestima, a empatia, a criatividade corporal e a desenvoltura vocal para falar em público. Possibilita, ainda, o pertencimento, despertando o potencial individual de cada um para o trabalho coletivo”, explicou a professora.
A primeira peça realizada pelo Grupo de Teatro coordenado por Lúcia foi Os Saltimbancos. De lá para cá, já foram vários espetáculos, como: A Bela e a Fera, O Pequeno Príncipe, O Mistério de Feiurinha, Dráuzio, um Vampiro Diferente, Ari Areia, Alice, além da peça especial para a Festa do Caderno e de participações em outros eventos do Colégio. “É um espaço em que eu posso ser quem eu sou, mas, ao mesmo tempo, ser quem eu quiser, dando vida aos mais distintos personagens, cada um carregando um pouquinho de mim neles. E o grupo todo é como uma grande família, é a minha segunda casa”, afirmou a estudante Ana Laura Bertaco, da 3ª série D. A ex-aluna Luiza Surreaux começou a fazer teatro no Colégio aos 15 anos e, para ela, a experiência foi fundamental na sua vida. “Era uma adolescente, me tornei outra. Sempre fui criativa, muito sonhadora e tinha muita dificuldade em prestar atenção na aula, e, quando eu comecei a fazer teatro, tudo mudou, como se um leque se abrisse”, relembrou.
ENCENAÇÃO
A primeira formação de um Grupo de Teatro no Farroupilha aconteceu em 1986. Na ocasião, o ator e diretor João Batista Diemer dirigiu os estudantes no grupo chamado Encenação. “Estreamos com a peça Rua Tal, Número Qual?, chegando a nos apresentar fora da escola, e em outras cidades! Demos entrevista para a ZH e a RBS TV na época”, contou a ex-aluna e integrante do Grupo, Adriana Collares. A peça citada por Adriana ficou em cartaz de maio a julho de 1986 no Farroupilha e em outros locais, como Pelotas, Novo Hamburgo e Cachoeirinha.
A MINHA HISTÓRIA COM O FARROUPILHA!
A cada edição da Revista Farroupilha, um estudante, uma família, um educador e um ex-aluno falam um pouco sobre a sua vivência no Colégio. Se você tem interesse em participar, envie um e-mail com as respostas e fotos para comunicacao@colegiofarroupilha.com.br.
SOU EX-ALUNO FARROUPILHA
Meu nome é Giorggia Santos Job.
Estudei no Farroupilha entre os anos de 1995 e 2006.
As minhas melhores lembranças do tempo em que estive no Colégio são as amizades feitas as quais trago até hoje, as cordas do parquinho, as amarelinhas, o prensado e os Jogos. Hoje, sou maratonista muito por influência das competições de corrida do Colégio, inclusive participei da Farroupilha Run.
Um(a) educador(a) marcante: foram tantos! Mas uma das primeiras foi a Prof.ª Christiane, na turma do 2° ano G, de 1997.
Atualmente, trabalho no hub de inovação da Ipiranga, o Turbo, disseminando a cultura de inovação dentro da empresa e conectando startups aos nossos negócios.
Moro no Rio de Janeiro.
SOU ESTUDANTE FARROUPILHA
Meu nome é Pietra Dionisi de Carvalho*.
Sou estudante da 3ª série A do Ensino Médio.
Eu estudo no Farroupilha desde 2008.
Das vivências de que mais gosto no Farroupilha estão as oportunidades que o Colégio me proporciona, as amizades que eu vou levar para a vida e os Jogos, por ser um momento de união com meus colegas.
* Pietra criou, junto a um grupo de estudantes da 3ª série, a ação “Anjos da Quinta”, que distribui lanches, roupas, agasalhos e kits de higiene para pessoas que vivem na rua. O nome foi sugerido pelos próprios moradores de rua, já que o grupo percorre a Avenida Ipiranga e outras ruas de Porto Alegre às quintas-feiras.
SOU EDUCADOR FARROUPILHA
Meu nome é Surian Seidl.
No Colégio Farroupilha, sou professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental – Anos Finais.
Minha função é ministrar aulas de Língua Portuguesa.
Trabalho no Farroupilha desde 2014.
O que mais gosto no Farroupilha é do contato diário com os estudantes e demais educadores! Sinto-me como se estivesse sempre chegando em casa, pois as pessoas e os espaços do Colégio já fazem parte da minha rotina!
SOU FAMÍLIA FARROUPILHA
Meu nome é Carla D’Amore Streck.
Sou mãe dos estudantes Laura, do 5° ano B do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Matheus, da 3ª série A do Ensino Médio.
Escolhi o Colégio Farroupilha porque é uma escola tradicional de Porto Alegre que preza muito pela qualidade do ensino e valoriza a integração com a família.
O que mais gosto no Colégio é do ambiente físico com modernizações permanentes dos espaços, inovações nas áreas do conhecimento e constantes capacitações dos seus professores. Além disso, os momentos que antecedem a entrada e saída das crianças em sala de aula, na Área Coberta, são fundamentais para integração dos familiares e colegas, proporcionando muitas amizades duradouras. A participação da família em Convescotes, Dia do Plantio, Ciranda de Ideias, Festa Junina, Desfile dos Jogos, Campeonatos das Equipes Esportivas, entre outros, faz com que nos aproximemos desse período tão importante na vida dos nossos filhos, dando suporte afetivo e estreitando relações com professores, monitores e demais colaboradores.
APRENDIZAGEM EM TODOS OS LUGARES
Confira, abaixo, algumas atividades desenvolvidas no período de aulas on-line
GRANDES CIENTISTAS DA HISTÓRIA Os estudantes do 5º ano participaram de uma aula das disciplinas de História e Ciências para apresentar o resultado das pesquisas sobre a história das Ciências e os grandes cientistas da História. A atividade consistia na realização de uma pesquisa sobre um cientista e na produção de um pequeno vídeo. No “aulão”, foram exibidos os vídeos dos estudantes e foi realizado um bate-papo sobre a contribuição de cada personagem para o desenvolvimento da ciência.
TALK SHOWS SOBRE OBRAS LITERÁRIAS As turmas da 1ª série do Ensino Médio produziram um talk show a partir das leituras das obras Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, e Auto da compadecida, de Ariano Suassuna, na disciplina de Literatura. O programa obedeceu ao seguinte formato: um entrevistador e dois entrevistados – Ariano Suassuna e Gil Vicente, e os assuntos discutidos foram as obras literárias dos autores. Os estudantes deveriam observar aspectos relacionados à oralidade, à adequação do discurso para o tipo de texto produto e à apresentação dos autores e das suas referidas obras.
VISITA AO ZOOLÓGICO DE SAN DIEGO Após diferentes propostas sobre os animais, cada um dos estudantes do 3º ano caracterizou-se como um dos animais estudados e apresentou as características dele em aula aos colegas e professores. A atividade aconteceu após uma visita virtual ao Zoológico de San Diego, na qual os estudantes puderam observar os animais a partir de 13 câmeras ao vivo. Além disso, eles navegaram pelo site e foram desafiados a fazer um relato sobre essa experiência. As atividades fazem parte de uma série de propostas trabalhadas no 3º ano as quais envolvem o mundo animal. Nelas, as turmas estudam diferentes aspectos da vida animal, como as classificações, a alimentação, os hábitos de vida, entre outros.
ESTUDO DA GRÉCIA EM PROJETO INTERDISCIPLINAR Com o objetivo de estudar sobre a cultura grega de uma forma lúdica e dinâmica, os professores do 6º ano Clarissa Ballejo, Deivis Morais, Rafael Louzada e Thadeu Ivannoff organizaram o projeto interdisciplinar denominado “Grécia Fitness”, que abordou o conteúdo das três disciplinas: cultura grega, em História; números decimais, em Matemática; e pirâmide alimentar, em Educação Física. Para introduzir a ideia do projeto, os professores elaboraram um vídeo em que fizeram a receita de uma pizza fit, analisando o custo dos ingredientes e onde eles se localizavam na pirâmide alimentar. Depois, cada estudante escolheu uma receita típica grega, descreveu-a e comentou se gostaria de prová-la ou não. Os estudantes tiveram que verificar o preço dos produtos utilizados e dividiram o valor total com os seus familiares, para determinar quanto cada um pagaria, caso a família fosse comprar os ingredientes para cozinhar em casa. Por fim, cada produto da receita foi classificado mediante as categorias da pirâmide alimentar, com o objetivo de avaliar os seus grupos constituintes e nutrientes.
SALAS DE AULA DOS SONHOS As turmas de 4º ano finalizaram o projeto Sala de Aula dos Sonhos, desenvolvido nas disciplinas de Artes Cênicas, da professora Lúcia Panitz, e Artes Visuais, das professoras Alice Wapler e Aline Mendes. Os estudantes conheceram o trabalho do fotógrafo Julian Germain, que registrou os espaços onde estudam crianças de diferentes lugares do mundo, e observaram as obras do projeto Art School, de George Deem, que faz releituras de obras conhecidas e imagina-as como se fossem salas de aula. Depois desse estudo, as crianças foram convidadas a soltar a imaginação e a pensar em que sala de aula gostariam de estudar: ao ar livre, no espaço, em salas submarinas etc. Durante as aulas de Artes Cênicas, os estudantes realizaram o exercício do texto dramático, criaram personagens para vivenciarem a experiência da sala de aula dos sonhos e deram vida ao lugar mágico desenhado.
PODCAST SOBRE O LIVRO NOITE NA TAVERNA Depois de lerem e estudarem a obra Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo, os estudantes da 2ª série do Ensino Médio produziram um podcast, espécie de “programa de rádio” com foco em um conteúdo específico, disponibilizado em mídias virtuais. O projeto envolveu as áreas de Humanas e de Linguagens e contou com o apoio de oito professores. “É um projeto que insere os estudantes simultaneamente em todos os componentes curriculares envolvidos, rompendo as fronteiras da particularização das disciplinas, e dialoga com as mídias digitais do nosso tempo, responsáveis por grande parte da disseminação de conhecimento neste século”, comentou o professor de Filosofia e de Sociologia, Michael de Souza Cruz. A atividade explorou diferentes habilidades, desde a análise de texto e de contexto até a expressão oral em debate. “Eles conseguiram buscar na leitura temáticas atuais e desenvolveram, com muita propriedade, o debate. É o tipo de atividade que auxilia a desmistificar a leitura dos clássicos”, afirmou a professora de Literatura, Karina Predebon.