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cartilha
meu bairro brincante
“Se você pudesse experimentar a cidade a partir de uma altura de 95 cm – a estatura de uma criança de três anos – o que você mudaria?”
Urban 95, Fundação Bernard Van Leer.
su má rio
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método aproximação
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fazendo lugares juntos
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visão de futuro
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Olá! Que bom que essa cartilha chegou até você :) nós ficamos muito felizes em saber que mais pessoas estão interessadas em construir cidades melhores para todas e todos, partindo da perspectiva das crianças. Afinal, uma cidade boa para as crianças é uma cidade boa para todas e todos, né?
caráter coletivo dos espaços públicos. Se você quiser conhecer um pouquinho mais sobre o Massapê basta clicar aqui. Esperamos que você se divirta e fique empolgada(o) para colocar tudo em prática ao ler a cartilha!
O Meu bairro brincante é fruto de um processo de construção coletiva a partir das experiências e aprendizados do Coletivo Massapê ao longo de sua trajetória. O Massapê é uma organização social que tem como missão contribuir para a justiça socioespacial nas cidades, através de processos colaborativos que fortaleçam o 9
apresentação
sobre a cartilha A cartilha do Meu bairro brincante traz uma nova abordagem para desenhar e planejar as nossas cidades. Ela objetiva compartilhar caminhos e entusiasmar iniciativas para discutir e desenhar junto às crianças os espaços públicos das nossas cidades. O Meu bairro brincante é uma chamada para que as cidades sejam pensadas em um modelo que conecta a gestão pública, as crianças e sua rede de apoio e a comunidade escolar, estimulando a construção de soluções inovadoras para as demandas dos nossos bairros.
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apresentação
por que usá-la?
como usá-la?
Mais do que apenas viver nas cidades, as pessoas têm o direito à liberdade de se expressar, se reconhecer e fazer parte do exercício de “fazer cidades”. O sentimento de identidade, pertencimento e apropriação cria lugares mais vivos, seguros e felizes. Se por um lado, a presença das crianças nas cidades possibilita espaços mais vivos, seguros e saudáveis, para as crianças estar presente nos espaços públicos tem extrema importância no seu desenvolvimento mental, emocional, motor e social em um processo de aprendizagem contínuo da criança, além da construção da sua identidade e de seu reconhecimento enquanto ser no espaço e na sociedade.
Essa publicação não busca limitar as práticas e as experiências, por isso não há uma única forma de usá-la, nem um único público possível. Como um estímulo a transformar os espaços públicos das cidades, a partir dos recursos disponíveis e de um modelo de cooperação social, a cartilha objetiva oferecer base para cidadãos, poder público, empresas privadas, universidade, ONGS, que desejem experimentar este modelo de construção colaborativa, em prol da qualidade de vida das nossas cidades. Ainda há muito a explorar e aprender e, assim, pretende-se deixar o caminho aberto para novas práticas e experiências, como oportunidade para essa construção coletiva. 11
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o processo
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meu bairro brincante
Meu bairro brincante é um método de inclusão das crianças nos processos de planejamento, tomada de decisão, execução e gestão dos espaços públicos das nossas cidades.
o processo
território também deve favorecer o desenvolvimento integral da criança. Assim esse método se trata de um processo pedagógico para fortalecimento da consciência cidadã das crianças e das pessoas que estão ao seu redor e da ativação de uma rede de cuidado entre os diferentes atores sociais da cidade em prol da construção de espaços urbanos inclusivos, saudáveis e vivos no entorno das escolas.
O que aprendemos na nossa infância, diz muito sobre a(o) cidadã(o) que seremos. Mas o pensamento não pode estar voltado apenas para o “futuro adulto”, é preciso que sejam proporcionadas às crianças oportunidades de fala, que elas sejam estimuladas a atuarem de forma propositiva, como sujeitos ativos que são, com Quer conhecer mais sobre o Meu Bairro responsabilidades sobre o espaço públi- Brincante? Aqui você pode ter acesso aos co onde vivem e convivem. cadernos de projeto onde essa metodologia foi aplicada. Nessa perspectiva, a importância do contato dos pequenos com o meio em que vivem, parte da compreensão de que o 15
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mé to do 18
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método
CICLOS DE ENGAJAMENTO
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ciclo aproximação
aproximação O ciclo de aproximação visa ativar uma rede de atores que estarão envolvidos no processo, de forma a estreitar o diálogo entre a comunidade, a escola, o poder público e a equipe de projeto, em um processo pedagógico para empoderamento da sociedade sobre temas que compõem a cidade. Assim, esta etapa tem como objetivo final realizar um diagnóstico coletivo, que irá embasar e subsidiar as intervenções futuras.
passos articulação local plano de ação diagnóstico territorial e coletivo 20
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ciclo aproximação
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ciclo aproximação
#articulação local Mapeamento e articulação dos diversos atores urbanos visando a criação de uma rede de colaboração para processo.
qual o obJetivo? Fortalecer a construção coletiva das cidades, de forma a considerar as diferentes responsabilidades e papéis de cada ator urbano e traçar estratégias e atividades mais adequadas à realidade do território, das crianças e seus cuidadores, fazendo com que o projeto possa atingir os objetivos de forma efetiva.
to volvimen o desen or alguma ra a p a and cê p Se a dem o chegou até vo oradores do s m s e u c o ro p ro erá ser air do nos pod ão do b instituiç de atores urba dos vínculos e rede partir a) já local, a struída a ão ou morador( n o c te n e iç tu lm ti ia s ic in in que essa m no local. te relações
como é feito? Em um primeiro momento, esse mapeamento de atores urbanos (locais ou não) pode ser feito através de buscas em ferramentas online como o Google Maps, grupos do Facebook ou portais de dados abertos fornecidos pelo poder público. Em seguida, é importante que o contato seja feito de forma pessoal, através de encontros presenciais, chamadas telefônicas ou videochamadas. Após contactados, é hora de reunir os representantes desses grupos locais para uma apresentação prévia sobre os objetivos do projeto e uma primeira chamada para mobilização e 22
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articulação local. Nesse ponto, a apresentação do projeto deve ser feita da forma mais simples e direta possível. O uso de recursos gráficos, relatórios e fotos de referência podem ajudar a comunicação do projeto.
Você pode procurar gestão pública, associação de moradores, comunidade escolar, creches, grupos culturais, ONGs, comerciantes, igrejas, moradores, lideranças locais, entre outros.
ciclo aproximação
você vai precisar de Uma planilha de contatos dos atores sociais relevantes para o processo, a qual deve ser preenchida com o máximo de informações possíveis e será um material de referência durante todo o processo. Aqui você pode ter acesso a um modelo de planilha :)
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ciclo aproximação
#plano de ação O plano de ação é uma forma de materializar a metodologia definida em suas metas, objetivos e atividades que devem ser realizadas, apontando os responsáveis e os prazos.
qual o obJetivo? Acompanhar o andamento do processo, de forma a se atingir os melhores resultados possíveis.
como é feito? É crucial que o plano de ação seja construído em colaboração com os principais atores envolvidos no processo e seja gerenciado pela equipe de projeto. A equipe de projeto pode fazer uma base de proposta para o plano de ação a ser discutido e apresentado junto aos demais atores em uma roda de conversa ou reunião online.
is os papé nte que tores do a rt o p sa o é im diferente d o s, o de açã No plan ssumidos pelos nidos e acorda as a fi e m m d o c a sere m bem ossa cumprir o esteja fase process que cada um p umiram nessa to. s s a je a ro rm e de fo es qu do o p abilidad olvimento de to s n o p s re v o desen durante
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ciclo aproximação
você vai precisar de Um documento para acompanhamento das atividades, com suas descrições, responsáveis e prazos, que sugerimos que seja em formato de uma planilha.
Se o arquivo for feito por uma plataforma de compartilhamento de documentos online, como o Google Drive, possibilita que várias pessoas possam mexer e contribuir de forma simultânea, ainda que distantes fisicamente.
Aqui você pode ter acesso a um modelo de tabela no Google Sheets do Google Drive para o plano de ação.
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ciclo aproximação
#diagnóstico territorial e coletivo O diagnóstico visa realizar uma investigação coletiva, a partir das questões sobre o território e da relação das pessoas com ele, considerando principalmente as crianças, seus cuidadores e as rotas feitas para a escola e equipamentos urbanos.
qual o obJetivo? Coletar as informações quantitativas e qualitativas existentes nas relações das crianças e seus cuidadores com o espaço em que habitam, bem como os problemas, forças, ameaças e potencialidades do território e dos principais percursos das crianças e seus cuidadores para subsidiar as intervenções a serem realizadas.
como é feito? O diagnóstico territorial diz respeito à análise técnica da equipe de projeto. Para iniciar a sua realização pode-se utilizar de levantamentos pré-existentes, através de plataformas de dados abertos da prefeitura ou outros canais de dados sobre o território. Em seguida, é importante que sejam realizadas observações de campo, quan-
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ciclo aproximação
do a equipe de projeto analisa:
01 aspectos materiais do espaço: quan-
tidade de área sombreada, situação dos passeios públicos, quantidade de mobiliário de estar, quantidade de brinquedos, qualidade da iluminação pública, etc.;
02 a relação espontânea das pessoas
com o espaço, analisando os indicadores: tipos de uso presente no espaço, quantidade de transeuntes, tempo de permanência das crianças e cuidadores nos espaços de estar, principais brincadeiras realizadas na área de projeto, etc.;
03 o perfil das pessoas que utilizam o
espaço, indicando gênero e faixa etária. Para as ferramentas de observação devem ser utilizadas fichas nas quais estão elencados os indicadores a serem observados, os quais devem estar descritos da forma mais objetiva possível.
Cada período de observação dura 1 hora e elas devem ser feitas nos três turnos (manhã, tarde e noite) em no mínimo dois dias de semana e um dia de final de semana em um período de pelo menos duas semanas.
você vai precisar de Uma ficha para preenchimento das observações feitas em campo. Aqui você pode ter acesso a um modelo :) Aqui você pode ter acesso a um modelo de questionário a ser aplicado com crianças e cuidadores que utilizam o espaços de brincar e caminhos do bairro.
É importante registrar os dados do contexto existente antes do desenvolvimento do processo, para que possam ser feitas comparações ao fim do projeto e geração de indicadores para uma melhor análise do resultado.
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Para o diagnóstico coletivo, podem ser utilizadas diferentes ferramentas de coleta de dados, estatísticos ou não, junto às pessoas que são o público alvo do projeto e vivenciam os espaços públicos em questão. Existem diversas dinâmicas para oficinas participativas, aqui vão algumas delas que podem ser feitas com adultos e crianças:
01. matriz f.o.f.a É uma ferramenta utilizada para fazer uma análise sobre um determinado contexto, a partir das variáveis: F orças, O portunidades, F raquezas e A meaças. As forças e as fraquezas se referem às questões internas, ao passo que as oportunidades e as ameaças, às externas. A matriz é um método objetivo e rápido de identificar e sintetizar os elementos-chave sobre o cenário em questão.
ciclo aproximação
02. mapas mentais Mapas mentais são diagramas em que as pessoas ilustram, com palavraschave, ideias, conceitos e significados, a partir de um ponto central. Abuse do uso de cores e símbolos! Os mapas mentais vão te ajudar a visualizar e organizar as informações para decisões futuras.
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ciclo aproximação
03. caminhadas sensitivas Qual caminho você faz para chegar até aqui? O que chama sua atenção no caminho? Quais são as cores que você vê? Quais são os sons que você ouve? Quais são os cheiros que você sente? Quem são as pessoas que você cumprimenta no seu caminho? Essas são algumas perguntas que podem guiar uma caminhada sensitiva pelo entorno da área de intervenção. Na volta da caminhada pode ser feito um mapa mental sensitivo com essas informações colhidas. A caminhada é um método de conectar as pessoas com o território a partir da mobilidade a pé.
04. desenho em escala real Dependendo do tamanho do projeto, ele pode ser também idealizado na escala real. Esse é um método divertido e que as crianças adoram! Pode-se fazer desenhos no chão, marcações e caminhos para identificar as relações das pessoas com o espaço.
05. mapas coletivos São mapas elaborados a várias mãos com as percepções e vivências das pessoas sobre aquele lugar. Ele é feito a partir de livre representações, com desenhos, fotos, colagens, anotações. O mapa representa graficamente e de maneira resumida, os principais pontos debatidos, facilitando a visualização dos mesmos.
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ciclo fazendo lugares juntos
fazendo lugares Juntos O ciclo de Fazendo lugares juntos objetiva, com base nas informações coletadas no ciclo de aproximação, traçar alternativas criativas para intervir no território, de forma a fomentar o uso e ocupação dos espaços públicos comunitários no entorno das escolas e a construção de novas perspectivas no que diz respeito ao cuidado e ao comprometimento coletivo com o ambiente em que vivemos. Como o nome sugere, este ciclo tem como premissa a participação dos moradores e demais atores sociais envolvidos, nas tomadas de decisões sobre o projeto.
passos oficinas de cocriação validação construção e acompanhamento
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ciclo fazendo lugares juntos
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ciclo fazendo lugares juntos
#oficinas de cocriação Possibilitam que todas as pessoas envolvidas no processo participem do exercício de pensar as intervenções urbanas a serem realizadas, compartilhando e construindo junto ideias, sonhos e
soluções criativas para os desafios existentes.
qual o obJetivo? Incluir os diversos atores no processo de forma equitativa para a construção de soluções das intervenções a serem realizadas no espaço público.
fase as nessa stra ic d lú s mo enta e ferram nte, pois do com O uso d mente importa na io c la re a é extrem car pode estar são tidas como brin almente de uma como o que norm a perspectiva ório do s e d a id a rrit rç ativ ser um te . Isso refo “sérias” também pode ue brincar. cidade q
como é feito? Na cocriação podem ser utilizados dois tipos de métodos: a prototipagem
urbana e as ferramentas de ideação coletiva. A prototipagem
urbana se refere a uma abordagem de ocupação efêmera do espaço com utilização de materiais de baixo custo, como caixas de madeira ou papelão, cordas e tinta, como forma de testar possibilidades para o espaço, entendendo o que pode funcionar ou não, e assim, sugerindo melhores soluções para o local.
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As ferramentas de ideação coletiva tem como objetivo estimular as pessoas a terem ideias práticas para o espaço de intervenção e podem ser realizadas por meio de maquetes, desenhos, contação de história, conversas, entre outros. nta! ferrame olha da atenção c s e a n Atenção considere com vidade e Sempre lico alvo da ati da pode úb qual é p rramenta utiliza todas e a fe como a ar a inclusão de vidade. n io rc o a na ati p pro ão efetiv ç a ip ic part
ciclo fazendo lugares juntos
você vai precisar de Para as ações de prototipagem urbana, deverão ser usados materiais de baixo custo. Nesse tipo de ação é bastante comum a utilização de materiais como pallets, pneus, cordas e tinta, mas é importante enfatizar que o objetivo é testar possibilidades para o espaço sem grandes custos. Dessa forma, qualquer material que seja abundante e acessível no contexto do projeto pode ser utilizado. Para as atividades de ideação do espaço, você precisará principalmente de materiais de papelaria, os quais podem ser utilizados de acordo com a disponibilidade de recursos do projeto.
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ciclo fazendo lugares juntos
#validação Com a sistematização do que foi observado, conversado, sentido e mapeado, é hora da equipe de projeto traduzir tudo que surgiu em soluções espaciais para os lugares de intervenção.
qual o obJetivo? Validar com todas as pessoas envolvidas no processo (crianças, cuidadores e demais atores) se o que foi traduzido pela equipe de projeto condiz com o que foi idealizado na cocriação.
como é feito? Com o projeto feito, a validação é o momento de apresentar para todas as pessoas envolvidas como aquele espaço vai ficar, antes que ele seja construído. Por isso, é muito importante que o projeto seja mostrado com uma representação simples e clara. Nesse sentido, a maquete é uma ótima ferramenta, pois além de fácil entendimento, ela também dá a oportunidade de flexibilidade de proposta, tendo em vista que os volumes de intervenção podem estar soltos para serem posicionados no espaço em uma decisão conjunta com as pessoas.
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vo z n ã o nte dar , mas a rt o p Aqui é im os cuidadores lizam a apenas crianças que uti s às m é b a que ela m ta de form s opiniões , o ç a p s oe r sua expressa ntada. possam roposta aprese p a re sob
Além da maquete, também podem ser utilizadas fotomontagens, desenhos, representações 3D, etc. A apresentação da proposta para validação poderá ser feita através de um encontro presencial ou online, a depender da dinâmica do local. O ideal é que as reuniões de validação sejam feitas com grupos de até 15 pessoas, de forma que todas e todos consigam expor suas impressões sobre o projeto.
ciclo fazendo lugares juntos
você vai precisar de Para a apresentação dos desenhos de projeto, deverão ser disponibilizados papel manteiga ou vegetal, de forma que seja possível desenhar por cima do desenho original as novas sugestões ou correções na proposta. Para a apresentação de fotomontagens ou maquetes 3D, o ideal é que seja utilizado um retroprojetor, de maneira que a proposta tenha uma boa visibilidade por todos. A projeção em superfícies como quadros possibilita ainda que seja desenhado em cima da proposta.
Caso seja necessário fazer alterações no projeto, pode-se marcar um outro dia para uma nova validação.
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#construção e acompanhamento Após a validação, é hora de colocar a mão na massa para que o projeto seja executado.
qual o obJetivo? Executar as soluções para o espaço construídas coletivamente.
é demais, mo nas ra o b c o e im d s s pa, a da mão ta e o ã ra ta ç a s a p e z N ico lori nte a va nto técn importa acompanhame intervenções e local e o qualidade das ossam surgir. a p garantir r desafios que a solucion
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como é feito? A execução pode se dar de diferentes formas a depender das soluções apresentadas. Pode acontecer em formato de mutirões, a partir da contratação de profissionais terceirizados ou ainda em um modelo misto, no qual profissionais e moradores/voluntários participam em conjunto. Em caso de mutirões, seguem abaixo algumas orientações:
01. planejamento Fazer um orçamento detalhado das soluções a serem construídas, considerando os recursos disponíveis para o projeto. Desenvolver um método de trabalho, definindo o objetivo de cada dia de intervenção, prevendo quais serão as atividades desenvolvidas no dia e quem serão as pessoas responsáveis por cada atividade e indicando os materiais que serão utilizados.
ciclo fazendo lugares juntos
ç ã o, o interven os a a ja e s que idadã simples ula os c os seus d Por mais e mutirão estim o ã ç a rm d modelo entes de transfo e incentivar o e, d g serem a A prática, além do a comunidad . n s e e c ro o ir le ã a a b priaç , fort coletivo de apro ento trabalho a o sentimento ço. Esse sentim rt s a e o p p d s s e o de om o uidad imento c ente no uso e c bitat. c n e rt e p iretam mo ha reflete d ços pú blicos co a p s e
Organizar todos os materiais e ferramentas que serão necessários, com etiqueta e identificações para evitar que se percam durante o mutirão. Para mutirões de construção de mobiliário, pode ser feito um “passo a passo” de montagem para deixar exposto no dia do mutirão, assim as pessoas podem acompanhar o andamento e ter mais autonomia para construção. ntir os ça de gara Não esque roteção mento de p a ip u q (E Is EP s, óculos, , como luva individual) para todas. máscaras
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ciclo fazendo lugares juntos
04. para dividir as atividades 02. mobilização No modelo de mutirão, é importante que seja feito um processo de mobilização dos atores articulados no projeto para participarem dos dias de atividades. Nessa mobilização, é interessante que cada pessoa ou organização informe como poderá contribuir nos dias de mutirão, de acordo com suas habilidades e disponibilidade. Alguns poderão ajudar com serviços de marcenaria, outros fazendo o almoço, ou ainda monitorando as crianças presentes.
03. pra começar o dia Organizar as ferramentas e os materiais que serão utilizados, pela divisão das equipes, e deixá-los em um local de fácil acesso. Organizar um café da manhã coletivo para começar o dia e reunir as pessoas. Fazer uma roda de alongamento antes de começar as atividades.
Após o alongamento, apresentar aos participantes quais atividades serão desenvolvidas ao longo do dia e como vai ser a divisão das responsabilidades. As equipes podem ser divididas e identificadas com coletes por cima da roupa, fitinhas coloridas no braço, bonés de cores diferentes (ainda protege do sol). Essa identificação possibilitará que as pessoas não fiquem dispersas ao longo do dia, ou concentradas em uma mesma atividade. E, caso alguém queira trocar de atividade, é só trocar de cor com um participante da outra equipe.
onível pre disputirão: m e s a h m Ten dias de gua e para ossolar, muita á r p ro t e t o f r u ta s.
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ciclo fazendo lugares juntos
você vai precisar de
05. almoço coletivo Para mutirões que duram o dia todo, o almoço coletivo é um momento de comunhão e descanso. Pode-se organizar para cada pessoa ficar responsável por levar um prato e o almoço ser feito no próprio local da intervenção.
Aqui você pode ter acesso a um modelo de tabela no Google Sheets do Google Drive para a planilha de controle financeiro do projeto. Aqui você pode ter acesso a um modelo de documento no Google Docs do Google Drive para o planejamento do mutirão.
06. para encerrar o dia Sentar em uma roda com todas as pessoas que estiverem presentes para compartilhar as experiências e dificuldades do dia e as sugestões para os próximos.
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ciclo visão de futuro
visão de futuro E depois que os espaços são construídos, continuar a observá-los nos ensinará ainda mais sobre como eles podem evoluir e ser gerenciados ao longo do tempo. Além de contar com a análise sobre o processo, o ciclo Visão de Futuro objetiva a pactuação, a partir do engajamento dos atores locais e do incentivo à participação ativa dos moradores, na gestão compartilhada do espaço e possíveis comprometimentos para a gestão pública.
passos celebração avaliação e aprendizados Gestão compartilhada
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#celebração A celebração é um momento festivo, tão importante quanto todas as outras etapas. É hora de reunir todas as pessoas que participaram do projeto para celebrar o processo e o espaço construído.
qual o obJetivo? Celebrar a materialização dos desejos para os espaços coletivos é uma forma de fortalecer o senso de coletividade e cooperação. Esse momento acontece logo após a execução da intervenção, coroando todo o esforço empenhado pelos atores do projeto até aqui e estreitando ainda mais os laços afetivos entre os participantes do processo.
rodutos ção de p sante a z li ia rc s e ja a com bração, é intere ido Caso ha irig ele d c e ja d e s to lucro al n o eve n parte do to”, a qu que uma aixinha do proje reparos ou c a uma “ anciar possíveis novo espaço. n fi rá e rias ao d po necessá s e õ ç n manute
como é feito? Para a realização do evento de celebração, primeiramente é necessário planejá-lo coletivamente. Para isso, é feita uma roda de conversa com o máximo de participantes do processo, na qual se dividem as tarefas e a logística necessárias para sua concretização. O evento deve ser preferencialmente aberto para pessoas que não participaram diretamente do processo. Sendo assim, devem se definir estratégias de divulgação do evento devidamente adequadas ao público alvo.
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ciclo visão de futuro
você vai precisar de Fazer contato com os grupos culturais e preparar uma programação de apresentações. Podem ser apresentações de banda, teatro, dança, etc. Estratégias de divulgação do evento, tais como arte de divulgação nas redes sociais e circulação de bicicleta de som pelo bairro. Caixa de som e microfone, de forma a garantir a trilha sonora do evento e possibilitar o microfone aberto para quem quiser falar sobre o projeto.
Organizar brincadeiras de rua, as quais podem ser conduzidas por algum morador ou ator social participante do processo. Para isso, deve-se providenciar com antecedência os materiais necessários para a realização da brincadeira. Providenciar cadeiras, mesas e esteiras, para que as pessoas se sintam confortáveis no espaço. Isso pode ficar a cargo de cada morador ou ainda de alguma instituição do bairro.
Comidas e bebidas, os quais podem ser comprados ou feitos pelos organizadores do evento. A depender do caráter do evento, as comidas e bebidas podem ser vendidas ou distribuídas gratuitamente.
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ciclo visão de futuro
#avaliação e aprendizados A etapa de avaliação é o momento de mensurar o impacto do processo e das intervenções realizadas.
qual o obJetivo? O objetivo é entender o quanto a realização do projeto foi capaz de impactar na vida das pessoas daquele território, analisando tanto as mudanças nas relações das crianças e cuidadores com os espaços públicos, como as transformações no senso de comunidade dos envolvidos. Aqui são avaliados os resultados para além do espaço construído, mas, sobretudo, a importância da inclusão dos diferentes atores sociais durante todo o processo, reforçando o sentimento de cidadania desde a infância.
como é feito? Para mensurar o impacto das intervenções, é necessária a reaplicação das ferramentas utilizadas na etapa de diagnóstico, a fim de que possam obter dados comparativos em relação aos cenários pré e pós intervenção. Somado a isso, devem-se realizar rodas de conversa com os atores sociais envolvidos no processo para que eles possam retornar para a equipe de projeto suas avaliações tanto em relação à intervenção no espaço, quanto em relação ao processo metodológico, de forma a aperfeiçoá-lo para aplicações futuras. 44
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Por fim, através das atas de presença e relatórios das atividades (aqui você pode ter acesso a um modelo), realizadas durante o processo, a equipe de projeto deve ainda avaliar os níveis de engajamento dos atores envolvidos, tanto em relação à assiduidade nas atividades, como em relação ao grau de comprometimento com o projeto. A análise desses aspectos pode resultar em uma reavaliação das estratégias de comunicação do projeto e de mobilização da comunidade.
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você vai precisar de Aqui você pode ter acesso a um modelo de questionário a ser aplicado com crianças e cuidadores que utilizam o espaços de brincar e caminhos do bairro. Aqui você pode ter acesso a um modelo de ficha para observação em campo.
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#Gestão compartilhada Estabelecer atividades e responsabilidades com a gestão compartilhada do espaço, a fim de que o projeto permaneça sendo
cuidado ao longo do tempo.
qual o obJetivo? O objetivo é tornar a gestão dos espaços da cidade mais democrática e participativa, envolvendo diretamente as pessoas que mais vivenciam os espaços no processo de tomada de decisões sobre eles.
como é feito? Esse é o momento de reunir os atores envolvidos no processo para compartilhar os resultados das avaliações e pensar a respeito da gestão. Nesta etapa, são feitos acordos de gestão onde os participantes se comprometem com algumas atividades para auxiliar na gestão do espaço. Os moradores que vivenciam o espaço podem se comprometer com tarefas ligadas ao dia a dia, como vigiar e monitorar o uso adequado dos espaços, de maneira a zelar pela integridade das intervenções, ou ainda realizar pequenos reparos necessários. Os moradores também devem criar um con46
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selho gestor do espaço, o qual deve ser composto por crianças e adultos, como forma de ter representantes que possam expressar os interesses da coletividade para o poder público. As instituições educacionais podem se comprometer a realizar atividades de extensão nos espaços de intervenção, ou ainda organizar grupos de carona a pé, nos quais existe um revezamento de cuidadores para acompanhar as crianças no caminho para a escola. O poder público, por sua vez, possui um papel central na gestão do espaço, já que ele tem acesso aos recursos financeiros e administrativos importantes para promover uma boa gestão. É função do poder público garantir uma gestão democrática com a participação e representatividade dos moradores na tomada de decisão sobre o espaço público, além de promover a manutenção periódica dos espaços e o serviço de limpeza urbana adequado, através dos itens indicados na carta de recomendação enviada.
ciclo visão de futuro
Por fim, a equipe de projeto pode fazer um relatório final do projeto, de forma agrupar a trajetória e os resultados do processo em um material disponível online para que mais pessoas possam se inspirar e reproduzir essa prática.
você vai precisar de Carta de compromisso com as responsabilidades a serem assumidas no processo de gestão compartilhada do espaço público. Carta de recomendações ao poder público.
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daqui pra frente
Ficamos muito felizes que você cheGou até aqui!
a presença das pequenas e pequenos cidadãos como parte central do desenvolvimento sustentável dos territórios.
Nosso desejo é que esta cartilha contribua para a construção de cidades mais inclusivas, saudáveis e vivas. Esperamos que você consiga adaptar as ferramentas aqui apresentadas à sua realidade local e que desenvolva lindos processos, pois esse é o grande propósito do método Meu Bairro Brincante.
Nos colocamos à disposição para aprofundar os temas aqui abordados e também gostaríamos de aprender com vocês!
Acreditamos que construir uma cidade boa para as crianças e seus cuidadores e cuidadoras é garantir uma cidade boa para todas e todos. Os processos descritos nesta cartilha procuram garantir a ampla participação na tomada de decisão sobre os espaços públicos, considerando
Esperamos seus comentários, dúvidas, sugestões e relatos de experiências. Você pode nos encontrar em: massape.coletivo@gmail.com
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(...) Por isso é que é importante afirmar que não basta reconhecer que a Cidade é educativa, independentemente de nosso querer ou de nosso desejo. A Cidade se faz educativa pela necessidade de educar, de aprender, de ensinar, de conhecer, de criar, de sonhar, de imaginar de que todos nós, mulheres e homens, impregnamos seus campos, suas montanhas, seus vales, seus rios, impregnamos suas ruas, suas praças, suas fontes, suas casas, seus edifícios, deixando 50
em tudo o selo de certo tempo, o estilo, o gosto de certa época. A cidade é cultura, criação, não só pelo que fazemos nela e dela, pelo que criamos nela e com ela, mas também é cultura pela própria mirada estética ou de espanto, gratuita, que lhe damos. A Cidade somos nós e nós somos a Cidade. Paulo Freire Política e Educação 51
contatos @coletivomassape
coletivo massapê
massape.coletivo@gmail.com
www.massapecoletivo.org 52