Portugal Mineral Nº 2

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Ficha Técnica

Sumário

Nº 02

Introdução

Edição Especial

X Jornadas Técnicas

Propriedade: ANIET - Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora R. Júlio Dinis 931, 1º - E 4050-327 Porto / Portugal Tel.: +351 226096699 / Fax: +351 226065206 geral@aniet.pt / www.aniet.pt NIPC: 501419411 Director: Victor Albuquerque - Presidente da Direcção da ANIET Director Adjunto: Francelina Pinto - Directora Executiva da ANIET Editores: COMEDIL - Comunicação e Edição, Lda. Empresa Jornalística Registada N.º 223679 Rua Enfermeiras da Grande Guerra, 14-A 1170-119 Lisboa / Portugal Tel.: +351 218123753 / Fax: +351 218141900 comedil@rochas.info / www.rochas.info NIPC: 502102152 Edição e Coordenação de Produção: Nuno Esteves Henriques C.I.P. nº 2414 nuno@rochas.info Concepção Gráfica e Paginação: Cristina Simões / cristina@rochas.info Redação: Manuela Martins / manuela@rochas.info Publicidade e Marketing: Francelina Pinto / francelinapinto@aniet.pt Impressão Offsetmais - Artes Gráficas, S.A. Rua Latino Coelho N.º 6 Venda Nova 2700-516 Amadora Tel.: +351 214998700 / Fax: +351 214998717 dc.offstmais@netcabo.pt / www.offsetmais.pt Distribuição: COMEDIL – Comunicação e Edição, Lda Depósito Legal: 319455/10 Registo na ERC: Isento Tiragem: 1.000 exemplares Periodicidade: Trimestral

Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores, pelo que as opiniões expressas podem não coincidir com as da ANIET.

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Agradecimentos da ANIET

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Discursos

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Abertura pelo Presidente da Direcção da ANIET Intervenção de Sua Excelênciado Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento

Jornadas Técnicas

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DGEG – Direcção Geral de Energia e Geologia

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Iniciativa Matérias Primas

Sojits BERALT TIN & Wolfram Portugal, S.A.

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Minas da Panasqueira - 114 Anos (1896-2010) a Produzir Riqueza

FDA - Federación de Aridos

21

Principais desafios do Sector dos Agregados em Espanha e na Europa

ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

23

A ASAE e as Suas Competências na Fiscalização do Mercado

MOVICORTES, S.A

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Constrangimentos da Economia Portuguesa

UEPG - European Aggregates Association

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Uma Industria de Agregados Sustentável para uma Europa Sustentável

Departamento de Armas e Explosivos da PSP

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Explosivos: Licenciamento e Fiscalização na Perspectiova Policial

Associação Valor Pedra

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Cluster da Pedra Natural Oportunidades de Inovação e Internacionalização para as Empresas

Metso Minerals Portugal, Lda

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A Metso MCT - Mining, Construction Technology e os Desenvolvimentos nas Áreas Higiene, Segurança e Ambiente

Cimertex - Sociedade de Máquinas e Equipamantos, S.A.

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Aplicações Especiais de Martelos Hidráulicos

Conclusões X Jornadas Técnicas CAPA

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Editorial

Engenheiro VICTOR ALBUQUERQUE Presidente da Direcção da ANIET

...

Sobre a PORTUGAL MINERAL cabe-me expressar o interesse e o apoio com que esta revista foi recebida.

Dedicamos este segundo número da revista PORTUGAL MINERAL à cobertura das X Jornadas Técnicas que decorreram no passado mês de Novembro no Europarque em Santa Maria da Feira, conforme tínhamos divulgado. Estas jornadas foram realmente um marco importante na actividade da ANIET no ano de 2010. Pela qualidade dos temas apresentados, pela presença de várias empresas em expositores próprios, pelo número de pessoas no auditório, revelaram a real importância que o Sector da Indústria Extractiva e Transformadora tem no panorama Empresarial Português. É de salientar que tivemos a honra da presença, na abertura dos trabalhos, do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Sr. Dr. Fernando Medina, que deixou uma mensagem de optimismo para o Sector independentemente dos factores críticos que estamos a viver com a recessão económica, disponibilizando-se para acompanhar de perto as necessidades destas Indústrias, representadas pela ANIET. Sobre a PORTUGAL MINERAL cabe-me expressar o interesse e o apoio com que esta revista foi recebida. Faremos com que seja portadora da melhor informação disponível para os nossos Associados, cabendo-lhes também, dentro das vertentes de negócio em que actuem, trazer os temas que julguem importantes de modo a poder ser seleccionada e publicada nesta Revista. Dando corpo ao espírito de integração que a Direcção da ANIET defende, estamos abertos para divulgar os assuntos que outras Associações congéneres pretendam expor, transformando a Revista, também, num veículo de união Sectorial. Para todos desejo que o Ano de 2011, venha a expressar positivamente, o desenvolvimento económico compensador do trabalho realizado. ////

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Introdução

X Jornadas Técnicas ... A ANIET – Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora realizou, no passado dia 25 de Novembro, no Europarque, em Santa Maria da Feira, as suas X Jornadas Técnicas. À semelhança dos anos anteriores, as X Jornadas Técnicas mobilizaram centenas de participantes (mais de 300 pessoas), salientando-se o facto da ANIET ter contado, na abertura dos trabalhos, com a presença, de Sua Excelência Sr. Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento, Dr. Fernando Medina. Além de ser um palco privilegiado para a promoção do Sector, este evento foi realizado de modo a promover um ponto de encontro entre associados e considerado o local ideal para produtores, consumidores e instituições envolvidas, reflectirem e trocarem impressões e experiências visando a melhor valorização e utilização dos recursos minerais portugueses. Estas X Jornadas foram, uma vez mais, constituídas por um seminário e, em paralelo, por exposições no interior (stands) e no exterior (equipamentos de grande porte). No que respeita ao Seminário, com o contributo técnico de um conjunto de oradores representantes de entidades públicas e privadas, foram apresentadas diversas comunicações sobre temas de premente actualidade do Sector que a ANIET representa. A abertura das Jornadas ficou a cargo do Presidente da Direcção da ANIET, Eng.º Victor Albuquerque. Seguiu-se a intervenção do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Sr. Dr. Fernando Medina, que através de uma mensagem política positiva demonstrou disponibilidade por parte do Ministério da Economia para a constituição de uma parceria com a ANIET e com o tecido económico que esta representa no sentido de promover o desenvolvimento deste Sector de actividade, pelo contributo que este poderá ter na recuperação da economia. Ao longo do evento foram apresentadas várias e ricas comunicações. Houve um reporte desta indústria em Espanha, a necessidade de uma forte aposta na presen-

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Este evento foi realizado de modo a promover um ponto de encontro entre associados e considerado o local ideal para produtores, consumidores e instituições envolvidas, reflectirem e trocarem impressões e experiências visando a melhor valorização e utilização dos recursos minerais portugueses. ça das associações nas instâncias europeias, uma abordagem sobre fiscalização, à capacidade técnica e de soluções tecnológicas a nível de equipamentos para as empresas e ainda uma abordagem sobre a situação económica do país e os desafios que se apresentam, entre outros importantes temas. Para debater todos estes assuntos e colaborando para o sucesso destas Jornadas Técnicas estiveram inúmeros parceiros, quer públicos, quer privados a quem a ANIET como entidade organizadora agradece, entre os quais destacamos: a DGEG - Direcção Geral de Energia e Geologia, o LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia, a nossa associada Sojitz Beralt Tin And Wolfram (Portugal), S.A., a FDA - Federación de Aridos, a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o Departamento de Armas e Explosivos da PSP, a UEPG - European Aggregates Association, a Associação Valor Pedra, a Movicortes, S.A., a Metso Minerals Portugal, Lda. e a Cimertex, S.A. Pela primeira vez as Jornadas Técnicas da ANIET foram brindadas pela representação de três entidades estrangeiras, a FDA - Federación de Aridos de Espanha através da intervenção do seu Director Geral, César Luaces Frades, da ANEFA - Asociación Nacional de Empresários Fabricantes de Aridos e ainda da UEPG - European Aggregates Association, da qual a ANIET é associada. O encerramento e conclusões ficaram a cargo da Sra. Dra. Fátima Nunes da SOMINCOR – Sociedade Mineira de Neves Corvo. ////.


Agradecimentos

Agradecimentos da ANIET ...

A realização destas Jornadas e a forma produtiva como decorreram os trabalhos só foi possível graças à colaboração de um vasto grupo de pessoas e entidades que se empenharam para a concretização deste memorável dia…

Assim, a ANIET expressa aqui os seus agradecimentos a todos os envolvidos neste evento, nomeadamente: •

Sua excelência, o Sr. Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento, Dr. Fernando Medina

Patrocinadores/ Expositores Metso Minerals Portugal, Lda., Somincor, S.A., MaxamPor, S.A.,

Oradores:

Alexandrino Matias & C.ª, Lda., Eng.º Carlos Caxaria,

BP Portugal, S.A.,

Eng.º Manuel Pacheco,

Cimertex, S.A.,

Eng.ª Marina Dias,

Duromin, Lda.,

Eng.º José Ribeiro Vieira,

Metalúrgica do Tâmega, Lda.,

Subintendente Ricardo Faritas,

Mota-Engil, S.A., Moviter, Lda.,

Dr. António Dieb,

Visa Consultores,

Dra. Marta Peres,

SEC, S.A.,

Eng.º Luís Santos,

Cimpor, S.A.,

Eng.º Álvaro Bastos,

Sandvik, S.A.,

Eng.º Mário Abrunhosa.

Secil Britas, S.A., Sociedade Atlas Copco de Portugal, Lda.,

Um agradecimento especial ao Director Geral da FDA, César Luaces Frades e ao Presidente da Direcção da UEPG, Jim O` Brien, que apesar de não ter conseguido deslocar-se a Portugal devido à greve geral, enviou a sua comunicação que foi apresentada por César Luaces (FDA) e pela Dra. Fátima Nunes (SOMINCOR).

G.J.R., S.A., Moura, Silva e Filhos, S.A., Barloworld Stet, S.A., Pegil, Lda., Recauchutagem Nortenha, S.A., CIFAST, Centrocar, Lda., Produtiva, Lda.,

Aos moderadores Eng.º Mário Machado Leite (1.º painel) e Eng.º Jorge Mira Amaral (2.º painel) e à Dra. Fátima Nunes pelo encerramento e conclusões.

Dima, Lda. e Escola Profissional Centro de Estudo e Trabalho da Pedra. •

Aos associados da ANIET

Ao Europarque

E a todos os presentes… ////

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Discursos

Abertura pelo Presidente da Direcção da ANIET Por Eng.º VICTOR ALBUQUERQUE Presidente da Direcção da ANIET

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Estas jornadas são um marco importante na actividade que a ANIET desenvolve, por ser o local ideal para produtores, consumidores e instituições debaterem assuntos e temas de fundamental interesse deste Sector visando a melhor valorização e utilização dos recursos geológicos.

...

No discurso de abertura o Presidente da Direcção da ANIET, Eng.º Victor Albuquerque, deu as boas-vindas e agradeceu a presença de todos nestas X Jornadas Técnicas da ANIET, especialmente aos oradores que aceitaram intervir sobre temas importantes para o Sector, o apoio concedido pelos patrocinadores que permitiu organizar as Jornadas sem custos para os participantes e, salientando ainda, o facto ter a honra da presença, na abertura dos trabalhos, do Sr. Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Sr. Dr. Fernando Medina.

A Direcção da ANIET a que tem a honra de presidir desde Fevereiro de 2010, consolida com este evento a posição do Sector que representa, onde se incluem as rochas industriais, as rochas ornamentais e as minas. Referiu que estas jornadas são um marco importante na actividade que a ANIET desenvolve, por ser o local ideal para produtores, consumidores e instituições debaterem assuntos e temas de fundamental interesse deste Sector visando a melhor valorização

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e utilização dos recursos geológicos. Também relevou a qualidade das exposições que decorrem em simultâneo, quer no interior (stands) quer no exterior com equipamentos de grande porte. A Direcção da ANIET a que tem a honra de presidir desde Fevereiro de 2010, consolida com este evento a posição do Sector que representa, onde se incluem as rochas industriais, as rochas ornamentais e as minas. Efectuou ainda uma abordagem aos principais projectos ou 4 linhas orientadoras do mandato ao qual preside, sendo: 1) Procura da interacção com as outras Associações que representem a Indústria Extractiva e Transformadora, de modo a serem criadas condições para partilhar as experiências individuais transformando-as numa maior e mais forte capacidade de acompanhar as dificuldades, procurando aumentar o potencial de intervenção que possa criar efeitos positivos para o desenvolvimento do Sector. 2) Participar na Confederação das Associações Portuguesas, reforçando o interesse de estar ligado aos mais fortes representantes Nacionais, preocupados com o desenvolvimento da actividade económica.


3) Participar com as instituições Internacionais ligadas ao Sector, nomeadamente a UEPG - União Europeia de Produtores de Agregados e a Euromines – Associação Europeia da Indústria Mineira, na análise e no desenvolvimento das melhores práticas, recolhendo a informação que possa vir a beneficiar os Industriais Portugueses. 4) Desenvolver estudos para uma identificação da real representatividade do Sector de actividade da ANIET a nível Nacional, para sabermos com mais precisão os principais indicadores que sustentam a vida económica dos nossos Associados.

dos produtos que produz. Será no entanto necessário que as Empresas tenham na sua gestão um conceito inovador que melhor se adapte aos mercados, principalmente nos aspectos que privilegiem uma gestão moderna, com desenvolvimento tecnológico. Durante a vida o ser humano precisa de utilizar intensamente os recursos geológicos como factor de desenvolvimento de vastas áreas do seu tecido económico. Temos que saber como nos devemos adaptar ao novo binómio que se nos apresenta, entre esta necessidade económica e a crise económica. Para isso o nosso tecido empresarial tem que estar preparado, com uma atitude de

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Seguidamente referiu ter conhecimento de que o Ministério da Economia está a preparar uma Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos, com a qual a ANIET se congratula, aproveitando para felicitar aquele Ministério, ali representado, e referir que se encontra expectante esperando que esta estratégia seja publicada o mais rápido possível. O Sector tem que ser apoiado, porque tem representatividade na Economia do País e no número de trabalhadores que envolve. Não se pode olhar para a Indústria Extractiva como um agente de destruição Ambiental. O Sector utiliza recursos que existem na Natureza, transformando-os, e assumindo a responsabilidade de recuperação ambiental que a Legislação exige e que uma fiscalização adequada monitoriza. Num período de dificuldades como o que estamos a atravessar, o Presidente da ANIET, deixou ao mesmo tempo uma ideia de esperança para um Sector, que sempre terá de estar representado na estrutura produtiva Nacional, pela incorporação necessária

O Presidente da ANIET, deixou uma ideia de esperança para um Sector, que sempre terá de estar representado na estrutura produtiva Nacional, pela incorporação necessária dos produtos que produz. gestão preocupada na qualidade, na inovação, na sustentabilidade e na segurança e também na exigência de uma legislação adequada com regras de fiscalização que garantam que existe um equilíbrio no mercado onde todos estão a utilizar os critérios que aquela Legislação nos impõe. Evidenciou também que foi publicado o primeiro número da revista da ANIET, Portugal Mineral, assim como está preparado o novo SITE da Associação. Estas iniciativas pretendem melhorar a comunicação junto dos Associados e criar fóruns de informação mais fortes para todos os que, a nível empresarial ou pessoal, possam contribuir para a evolução do Sector da Indústria Extractiva e Transformadora. Para finalizar desejou que este dia das X Jornadas Técnicas fosse por todos bem aproveitado e participado, nos debates que estavam previstos. ////

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Intervenção do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento Por Dr. FERNANDO MEDINA Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento

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O Sector não tem tido a visibilidade que realmente merece […] o Ministério da Economia está empenhado em trabalhar para que venha a ser reconhecido pela sua importância, sublinhando total disponibilidade para a constituição de uma parceria entre o Ministério da Economia, a ANIET e o tecido económico que esta representa de forma a que se consigam melhorar as condições de competitividade.

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O Senhor Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Dr. Fernando Medina, efectuou uma abordagem à importância deste Sector de Actividade que explora um recurso endógeno da maior importância, fundamental para o desenvolvimento económico do país e da Europa, e o contributo que este poderá ter na recuperação da economia.

É nos mercados externos que o governo pretende superar as dificuldades não devendo, este Sector, estar alheado deste facto. Deu especial enfoque aos tempos de mudança, à importância dos recursos minerais e à necessidade da sua valorização no futuro. Admitiu que o Sector não tem tido a visibilidade que realmente merece afirmando, contudo, que o Ministério da Economia está empenhado em trabalhar para que venha a ser reconhecido pela sua importância, sublinhando total disponibilidade para a constituição de uma parceria entre o Ministério da

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Economia, a ANIET e o tecido económico que esta representa de forma a que se consigam melhorar as condições de competitividade analisando e identificando os obstáculos que se colocam à indústria de forma a poderem ser ultrapassados. Referiu a pretensão do governo em continuar a realizar investimento na economia, nomeadamente em áreas consideradas estruturantes e com boas perspectivas futuras de utilização de matérias-primas da indústria extractiva quer na reabilitação urbana quer em obras públicas que assentam numa política de investimento estratégico para o país com possibilidade de recurso a fundos comunitários disponíveis para financiamento à economia e apoio à internacionalização das empresas portuguesas. Salientou ainda a capacidade exportadora deste Sector de actividade referindo que é nos mercados externos que o governo pretende superar as dificuldades não devendo, este Sector, estar alheado deste facto. Existem por parte do governo apoios específicos


para acções de promoção, participação em feiras e também ao nível de seguros de créditos e esperam que o financiamento atinja as PMEs, nomeadamente ao nível da concepção de crédito para que as empresas possam gerar riqueza.

...

Deve haver neste Sector um olhar atento sobre a internacionalização de forma às empresas irem conquistando quotas de mercado. As empresas têm-no feito mas devem aprofundá-lo. Concluiu, reforçando que deve haver neste Sector um olhar atento sobre a internacionalização de forma às empresas irem conquistando quotas de mercado. As empresas têm-no feito mas devem aprofundá-lo. Esta é uma dinâmica importante para 2011 e que o governo está disponível para apoiar. ////

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Jornadas TĂŠcnicas

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DGEG - Direcção Geral de Energia e Geologia

Iniciativa Matérias Primas

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Por Eng.º CARLOS A. A. CAXARIA Subdirector-Geral

Foi lançada a Iniciativa Matérias-Primas (IMP) com dois grandes objectivos. O primeiro, analisar, debater e identificar futuras medidas para implementação, focando essencialmente nos recursos minerais não energéticos e o segundo

é criar uma política integrada e promotora da gestão sustentável dos recursos minerais garantindo o futuro a longo prazo do aprovisionamento da indústria consumidora europeia. INICIATIVA MATÉRIAS-PRIMAS: A apresentação teve como principal objectivo dar a conhecer a Iniciativa Matérias-Primas, seus antecedentes, objectivos e desenvolvimentos.

ANTECEDENTES: A problemática “Ambiente versus Indústria Extractiva” colocou-se em toda a União Europeia, pois, os excessos de política ambiental europeia estavam a levar ao fecho da actividade extractiva neste continente.

Assim, foi lançada no ano seguinte a Iniciativa Matérias-Primas (IMP) com dois grandes objectivos. O primeiro, analisar, debater e identificar futuras medidas para implementação, focando essencialmente nos recursos minerais não energéticos e o segundo é criar uma política integrada e promotora da gestão sustentável dos recursos minerais garantindo o futuro a longo prazo do aprovisionamento da indústria consumidora europeia.

Em 2007, o Conselho Competitividade solicita à Comissão Europeia o desenvolvimento de uma abordagem política coerente no que diz respeito ao abastecimento de matérias-primas para a Europa. O G8, nesse mesmo ano, reconhece que as matérias-primas produzidas pelo Sector extractivo são um factor chave para o crescimento sustentável das economias emergentes e que para esse crescimento e estabilidade global é preciso assegurar mercados livres e transparentes.

Fonte:Raw Materials Group http://www.rmg.se/ valor total

ouro

cobre

minério de ferro

níquel

chumbo

zinco

PGMs

outros

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A IMP É SUSTENTADA EM TRÊS PILARES: 1. Acesso às matérias-primas nos mercados mundiais isento de distorções com uma estratégia de cooperação com países ricos em matérias-primas; com as economias emergentes e com outros países dependentes de recursos; 2. Promover o aprovisionamento sustentável em matérias-primas de fontes Europeias, dando importância às instituições com competências de “Serviços Geológicos” pois é necessário assegurar que as ocorrências minerais sejam mais conhecidas; e que estas sejam incluídas nas estratégias de Ordenamento de Território e ainda que se resolvam as questões de uso do solo (actividades de extracção em locais Rede Natura 2000, por exemplo); 3. Reduzir o consumo da UE de matérias-primas primárias, aumentando o recurso a matérias-primas secundárias e recicladas, fomentando assim a valorização dos recursos. A Comissão Europeia, na sequência do lançamento da IMP, criou dois subgrupos de trabalho: o grupo “Defining Critical Raw Materials” e o “Exchanging best practices on land use planning, permitting and knowledge sharing” cujas conclusões foram apresentadas em Junho de 2009.

A Declaração de Madrid 2010, aprovada no âmbito da “European Minerals Conference Madrid 2010”, veio reforçar a importância dos recursos minerais para a EU e onde é claramente definida “a importância das matérias-primas na Estratégia Europa 2020” e que a questão do abastecimento seguro de matérias-primas deverá ser integrada na política Europeia industrial.

IMP EM PORTUGAL Foram realizados pela DGEG cinco workshops em cada uma das CCDRs e uma Conferência Nacional cujos objectivos passaram pela divulgação da própria Iniciativa, a sensibilização das entidades para a necessidade de integrar os recursos geológicos nos processos de ordenamento do território e contribuir para a minimização dos conflitos do uso do solo. As conclusões dos referidos workshops regionais foram as seguintes: •

O ordenamento do território surge como o principal problema e a futura solução passa pela necessidade de haver paridade dos recursos minerais com os outros recursos naturais de forma a minimizar as dificuldades sentidas pelas empresas da indústria extractiva;

A necessidade de encontrar, desenvolver e implementar uma solução com força jurídica, capaz de assegurar essa paridade e de contribuir para a mitigação dos conflitos no uso do solo que colocam em causa o acesso actual e futuro aos recursos minerais e que têm um impacto muito negativo na indústria extractiva.

O primeiro grupo definiu, para um horizonte temporal de 10 anos, os minerais críticos para a Europa, entre os quais se encontram, entre outros, o magnésio, o berílio, a grafite e o tungsténio. O segundo grupo recomenda a inclusão de áreas de recursos geológicos nos instrumentos de ordenamento de território, devendo estar em paridade com outros recursos naturais.

CONCLUSÕES •

O elevado e constante aumento do preço das matérias-primas metálicas, a necessidade de garantia de abastecimento interno, e a recente crise, levou os responsáveis políticos europeus a olhar para o Sector extractivo não como uma ameaça mas sim como uma oportunidade;

A Iniciativa Matérias-Primas está a ser o instrumento desse reajustamento sectorial ao nível europeu;

Portugal está na linha da frente no caminho que é necessário fazer para conseguir esse reajustamento. ////

DESENVOLVIMENTOS RECENTES: Os trabalhos desenvolvidos recomendam ainda uma serie de processos a serem melhorados e/ou implantados. Assim, pretende-se que os processos de licenciamento sejam transparentes, que existam códigos de boas práticas a serem usados, que exista uma real cooperação entre os Serviços Geológicos Europeus e que se realizem eventos dedicados aos recursos geológicos.

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Sojitz BERALT TIN & Wolfram Portugal, S.A.

Minas da Panasqueira - 114 Anos (1896-2010) a Produzir Riqueza

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Por Eng.º MANUEL PACHECO Director de Trabalhos Subterrâneos

A Mina da Panasqueira, é uma das mais importantes [e mais antigas] minas de volfrâmio [ou tungsténio] a nível mundial, produzindo também cobre e estanho.

A Mina da Panasqueira está localizada na zona centro de Portugal, no concelho da Covilhã e distrito de Castelo Branco, distando aprox. 35 km das cidades do Fundão e da Covilhã. É uma das mais importantes – e mais antigas – minas de volfrâmio (ou tungsténio) a nível mundial, produzindo também cobre e estanho. A infra-estrutura da mina é constituída por uma malha de galerias W-E e N-S, respectivamente, Drives e Painéis, em 4 níveis principais L0, L1, L2 e L3. É uma mina em flanco de encosta, sendo utilizada a cota verdadeira tanto na infra-estrutura como nos desmontes ou em qualquer outro ponto da mina. Os 3 primeiros níveis distam entre si 60 metros, enquanto que do L2 para o L3 há uma diferença de cota de 90 metros. O L0 está a uma cota de 680 metros, o L1 aos 620 metros, o L2 aos 560 metros e o L3 aos 470 metros. As Drives têm designação numérica crescente de Norte para Sul, em regra com números ímpares, distando entre si de aprox. 100 metros. Os Painéis têm designação alfanumérica, não se encontrando todos abertos. O cruzamento entre as Drives e os Painéis definem a localização das chaminés, sejam para passagem de minério sejam de ventilação ou esgoto. Actualmente, apenas os níveis L2 e L3 são de extracção/rolagem: no nível L2 a extracção descarrega o minério directamente para uma torva de alimentação do britador primário no interior da mina, seguindo depois por correia transportadora até à

lavaria; o minério do nível L3 sobe num poço vertical até ao nível L2 e segue então para a torva de alimentação do britador. Além das chaminés, entre os vários níveis existem ainda rampas para acesso de equipamentos. É uma mina filoneana e a produção desenvolve-se em desmontes entre os vários níveis acompanhando a grande quantidade de filões de possança, teor e comportamento bastante diversificados e [quase] aleatório. O Método de Exploração é o denominado por Câmaras e Pilares. A partir de uma galeria da infra-estrutura ou de uma rampa, é realizado um inclinado para amostragem de sondagens indicadas. Em resultado dessa amostragem (teor medido), é iniciado um novo desmonte. Do inclinado são abertas galerias de 4,5 metros respeitando a malha geral referenciada de sobreposição de pilares 11x11 metros. O desmonte vai avançando em área virgem, definindo vários pilares de 11x11 metros, até desaparecimento do filão ou diminuição do teor. Numa segunda fase do desmonte, os pilares são abertos a meio resultando cada um em dois pilares de 11x3 metros. Numa terceira fase final, esses pilares de 11x3 são novamente abertos a meio ficando 4 pilares

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tensões e equilíbrio de forças no maciço acaba por resultar num assentamento gradual dos tectos e esmagamento dos pilares de 3x3 metros em desmontes aban-

de 3x3 metros. Nesta fase final, há lugar à limpeza de finos, uma vez que a volframite é geralmente bastante friável e segrega preenchendo as irregularidades do piso utilizado pelo equipamento móvel. A libertação de

donados.

A título de curiosidade, são apresentados a seguir alguns dados relativos à produção 2000 a 2009, relativos às Reservas Totais, e ainda alguns números de principais itens da produção (pegas realizadas, explosivo e aço consumido). ////

ROM

m2

900,000 800,000

140,000

tons

700,000

120,000

600,000

100,000

500,000

80,000

400,000

60,000

300,000 200,000

40,000

100,000

20,000

0

0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

RESERVAS TOTAIS m2

2.285.653

2,500,00 2,000,000 1.250.170

1,500,000

1.032.189

1,000,000 500,000 0 2004

PEGAS (Total)

2010 Qts.

EXPLOSIVO

Média/ Média/ mês dia

Kg.

2006

2007

2008

2009

2010

BITs (Produção)

DETONADORES

Média/ Média/ mês dia

Uni.

Média/ Média/ mês dia

Uni.

Média/ mês

VARAS Média/ dia

Qts.

Janeiro

1 204

71 100

16 300

180

37

Fevereiro

1 381

80 550

40 100

145

27

Março

1 208

71 600

35 400

225

35

Abril

1 316

76 800

50 850

240

48

Maio

1 420

85 150 1 320

63

41 050 78 713

3 748

280 40 300

1 919

Média/ mês

Média/ dia

38

2

41 231

11

Junho

1 327

79 950

39 000

230

33

Julho

1 298

77 775

37 300

231

29

608

35 950

38 700

160

21

Setembro

1 318

79 250

39 650

210

41

Outubro

1 464

89 650

44 500

290

50

Agosto

20

2005


FDA - Federación de Áridos

Principais Desafios

do Sector dos Agregados

em Espanha e na Europa Por CÉSAR LUACES FRADES Director Geral da FDA

...

Um aspecto muito valorizado no trabalho da FDA é a assessoria jurídica no apoio às empresas e no combate para ser ouvida nas mais diversas matérias relacionadas com o Sector. INTRODUÇÃO A Federación de Áridos – FDA - representa os interesses das empresas produtoras de agregados em Espanha, tanto a nível nacional como internacional. Actualmente integra cerca de 760 empresas e 1175 explorações, representando cerca de 75% da produção de agregados.

A FDA é presidente da COMINROC – Confederación de Industrias Extractivas de Rocas y Minerals Industriales que engloba os subsectores de agregados, rocha ornamental, minerais industriais, cimento, gesso e cal. É membro das principais confederações de empresários espanholas, da UEPG – de importância extrema pois está a par das futuras legislações e da FIPA – Federación Iberoamericana de Productores de Agregados.

PROBLEMAS DO SECTOR EM ESPANHA E NA EUROPA 2007; 479

2008; 332

2009; 235 2010; 200

A FDA é interlocutor deste Sector na Administração Central e em Instituições Nacionais que vão desde os diferentes ministérios até ao Instituto Geológico e Mineiro de Espanha, a Federación Española de Municípios y Províncias, entidades de Normalização (AENOR) e proximidade das organizações sindicais.

O Sector vive uma profunda crise quer em termos de mercado (produção e volume de negócios) quer a nível estrutural. Os indicadores nacionais e sectoriais da construção mostram uma queda acentuada no consumo de cimento 2009 (-32,9%); de betão 2009 (-30%); de prefabricados de betão 2007/2009 (-70%/-80%) e materiais cerâmicos 2007/2009 (-70%/-80%). Os indicadores de consumo de agregados mostram um forte retrocesso da actividade com um abaixamento do consumo total em -27,2%, o que representa cerca de 278,6 Mt (cerca de 235 Mt (-29,2%) de agregados para

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a construção e cerca de 43,7 Mt (-14,4%) de agregados industriais. Estes números estão ao nível dos de 1994/1995 ou seja cerca de -51,4% relativamente a 2006 (máximo antes da crise).

NECESSIDADE DE ADAPTAÇÃO DO SECTOR

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As empresas terão obrigatoriamente de se adaptar para poderem sobreviver. No futuro, prevê-se que o consumo estabilizará a cerca de -40%/-45% dos valores de 2006 pelo que existirá uma sobrecarga instalada. O aumento dos custos operacionais e a forte concorrência continuarão a ser factores importantes, dificultando ainda mais as explorações distantes dos centros de consumo. As empresas terão obrigatoriamente de se adaptar para poderem sobreviver. Outros problemas afectam o Sector, nomeadamente a existência de uma morosidade de procedimentos cada vez maior, assim como atrasos cada vez mais significativos nos pagamentos, atingindo atrasos muito superiores aos de outros países europeus. Por outro lado, a legislação dá muito poder de decisão as entidades locais, inviabilizando alguns processos. Não existe coordenação entre as diversas entidades, existindo uma sobreposição entre legislação do Sector extractivo e legislação ambiental, sendo o direito aos recursos praticamente inexistente. O ordenamento do território não contempla zonas para a indústria extractiva efeito este ainda mais nefasto quando existe uma crescente implementação de áreas protegidas, tal como a Rede Natura 2000.

DEFESA DO SECTOR A FDA, como Federação do Sector, tem trabalhado activamente na defesa do Sector, quer através da defesa do acesso aos recursos minerais, nomeadamente a

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compatibilidade deste acesso com a Rede Natura 2000 quer participando em iniciativas europeias, algumas delas em colaboração com a UEPG. A FDA tem ainda um papel decisivo na legislação Espanhola deste Sector uma vez que a sua opinião é tida em conta na elaboração da mesma, quer seja em questões de segurança e saúde, resíduos, ambiente, planos hidrográficos ou outros. Um outro aspecto muito valorizado no trabalho da FDA é a assessoria jurídica no apoio às empresas e no combate para ser ouvida nas mais diversas matérias relacionadas com o Sector. São exemplos concretos dessa actuação, algumas propostas de legislação autónoma, sentenças favoráveis do supremo tribunal, impugnações e alegações relacionadas com instrumentos do ordenamento do território. Outras actividades são a luta contra a concorrência desleal através de um número crescente de denúncias, a continua promoção do desenvolvimento sustentável nas empresas, a formação, a publicação de artigos, revistas e manuais e a participação nas comissões de normalização, qualidade e certificação.

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Uma associação não deve ser vista como um gasto mas sim como um investimento no futuro. Neste ponto destacamos a grande implementação da Marcação CE onde 90% da produção possui certificado de conformidade e 80,3% dos centros produtivos também. Destacamos ainda a melhoria das relações entre o Sector e a comunidade local, onde o Dia dos Agregados e das Árvores se têm tornado um importante evento para formar consciências e mostrar aos jovens como esta actividade pode ser interessante. Como conclusão a apresentação focou a importância desta associação profissional para que o Sector possa ser estruturado, pois tem representatividade junto das entidades, trabalha na defesa dos interesses dos associados e os une no mesmo objectivo. Uma associação não deve ser vista como um gasto mas sim como um investimento no futuro. ////


ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica

A ASAE e as Suas Competências na Fiscalização do Mercado Por Eng.ª MARINA DIAS

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Gabinete Técnico e Pericial Núcleo Estudos e Planeamento da Área Económica

Numa perspectiva territorial a ASAE tem 5 direcções regionais e 3 delegações que executam as acções de fiscalização. O planeamento destas actividades é centralizado. A apresentação da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), foi proferida por Marina Dias, engenheira, e iniciou-se com uma breve apresentação da actividade deste organismo. A ASAE é a autoridade administrativa nacional especializada no âmbito da segurança alimentar e da fiscalização económica. É um órgão de polícia criminal. A função fiscalizadora é assumida pelo MEID (Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento),

como um instrumento estratégico de garantia da não distorção do mercado, prevenindo, fiscalizando e reprimindo, quando necessário, o não cumprimento das leis e das normas regulamentares. A actividade de fiscalização na esfera económica está legalmente atribuída à ASAE. Numa perspectiva territorial a ASAE tem 5 direcções regionais e 3 delegações que executam as acções de fiscalização. O planeamento destas actividades é centralizado.

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MARCAÇÃO CE

A missão de serviço público da ASAE: enquanto autoridade nacional de fiscalização do mercado, promove a defesa do consumidor ou utilizador. Após a apresentação do Cartão de Livre Acesso – cartão de identificação dos operacionais da ASAE – foram explicados os procedimentos processuais a desenvolver face às infracções verificadas, que podem ser de natureza criminal ou contra-ordenações. A apresentação focalizou-se, também, no ciclo de gestão operacional. Este ciclo é a base do exercício da actividade e divide-se em planeamento das acções, execução e verificação das mesmas e comunicação. A intervenção da oradora destacou a missão de serviço público da ASAE: enquanto autoridade nacional de fiscalização do mercado, promove a defesa do consumidor ou utilizador designadamente através da actividade que visa acautelar, de forma preventiva ou repressiva, que só sejam colocados ou disponibilizados no mercado produtos seguros.

DENÚNCIAS

RECLAMAÇÕES

ACIDENTES A primeira parte do ciclo – planeamento de uma acção – resulta de denúncias, reclamações ou acidentes ocorridos. Reportando ao Sector da Indústria Extractiva, o enquadramento legal a seguir é o Dec. Lei n.º 270/2001, de 6 de Outubro, republicado no Dec. Lei n.º 340/2007 de 12 de Outubro. Os artigos 54º e 55º deste diploma são claros relativamente aos procedimentos da fiscalização, verificação e comunicação.

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Foi explicado o conceito Marcação «CE», a sua importância e referidos os novos instrumentos legislativos associados, quer no domínio da harmonização comunitária, quer no domínio da não harmonização, vulgarmente designado reconhecimento mútuo. Apresentou-se um caso de estudo relativamente a um produto de construção – os agregados – e a obrigatoriedade de marcação «CE», já que são produtos que beneficiam da livre circulação de mercadorias. Procedeu-se, ainda, a um resumo das alterações que surgiram com a implementação destes instrumentos legislativos, destacando-se, entre outras, as obrigações das autoridades nacionais de fiscalização do mercado e dos deveres dos operadores económicos. Todas as mudanças introduzidas foram no sentido de completar e reforçar as disposições já existentes na legislação comunitária de harmonização em matéria de fiscalização do mercado e de aplicação das referidas disposições. Por fim, falou da campanha iniciada pela Comissão Europeia, com o slogan «Marcação CE faz do mercado europeu o mercado de todos nós», a qual tem como objectivo promover uma melhor compreensão do seu significado e sua utilização, com vista a aumentar a visibilidade e a confiança do público. ////

Marcação CE faz do mercado europeu o mercado de todos nós


Movicortes, S.A.

Constrangimentos

da Economia Portuguesa

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Por Eng.º JOSÉ RIBEIRO VIEIRA Presidente do Conselho da Administração

Assinalou-se a existência de pessoas com muito valor e capacidades mas que estão de tal forma enredadas em situações de interesses e lobbies que ficam condicionadas ou mesmo impedidas de apresentar e defender com independência valores e ideias construtivas. A apresentação realizada, incidiu essencialmente sobre o sistema educativo português, o funcionamento do Estado, a gestão das empresas e a sociedade civil. Procedeu-se a uma incontornável e breve análise da actual crise económica e social mas apontaram-se, também, caminhos e perspectivas para o futuro. O sistema educativo foi contextualizado como um dos pilares da sociedade portuguesa, a desempenhar um papel fulcral no desenvolvimento do país. Assinalaramse pontos negativos, como a excessiva facilidade na criação de cursos superiores, muitos deles com pouca qualidade e que por isso suscitam desconfiança em relação à consistência científica dos estabelecimentos de ensino onde nascem e são ministrados. Destacou-se, como positivo, o esforço continuado dos vários governos no financiamento das áreas da Formação e da Investigação que já está a produzir resultados ao colocar Portugal nos níveis médios da Europa, nestas matérias. O trabalho de investigadores portugueses é cada vez mais reconhecido e valorizado mundialmente, alcançando actualmente uma visibilidade e notoriedade sem precedentes. Num breve olhar sobre o funcionamento do Estado assinalou-se um excesso de organismos e estruturas cujo peso no orçamento do Estado se tornou insustentável. Apontaram-se, concretamente, institutos e governos ci-

vis com pouca utilidade real e câmaras municipais e juntas de freguesia cuja existência é questionável pelo diminuto número de habitantes que representam, podendo ser perfeitamente suprimidas, na opinião do orador. A análise não fugiu à auto crítica na iniciativa privada. Reconhecem-se modelos de gestão empresarial ultrapassados e desajustados da realidade. Também neste Sector há que recriar e adoptar formas de gestão mais flexíveis e sobretudo mais eficazes e ajustadas ao momento actual. Há gastos excessivos manifestamente incompatíveis com os baixos níveis de produtividade. O desenvolvimento de um país e de uma democracia dependem muito da participação e da envolvência da sociedade civil na causa pública. E neste aspecto o diagnóstico foi bastante negativo: há uma passividade e desinteresse dos cidadãos em relação à política e ao funcionamento do Estado. Constatou-se uma incoerência na participação cívica de cidadãos que se manifestam muito críticos no quotidiano das “conversas de café” mas que não se mobilizam, numa atitude empreendedora. Assinalou-se a existência de pessoas com muito valor e capacidades mas que estão de tal forma enredadas em situações de interesses e lobbies que ficam condicionadas ou mesmo impedidas de apresentar e defender com independência valores e ideias construtivas, alteradoras do status quod.

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Reportando ao Sector da Indústria Extractiva, o enquadramento legal a seguir é o Dec. Lei n.º 270/2001, de 6 de Outubro, republicado no Dec. Lei n.º 340/2007 de 12 de Outubro. Os artigos 54º e 55º deste diploma são claros relativamente aos procedimentos da fiscalização, verificação e comunicação.

O FUTURO DA CRISE EM PORTUGUÊS

...

As crises têm aspectos positivos. Bem geridas são alavancas de mudança, evolução, estímulos à criatividade. Os sujeitos são obrigados a encontrar novos caminhos e os empresários a explorar novas abordagens nos seus negócios. Na opinião do orador as crises têm aspectos positivos. Bem geridas são alavancas de mudança, evolução, estímulos à criatividade. Os sujeitos são obrigados a encontrar novos caminhos e os empresários a explorar novas abordagens nos seus negócios. A criatividade inventa soluções. Como já aconteceu no passado, o povo português vai descobrir os caminhos para ultrapassar as dificuldades. Os impulsos naturais da luta pela sobrevivência vão empurrar as empresas para a descoberta de novos modelos de funcionamento e novas formas de encarar o negócio. Portugal é um pequeno mercado, com poucas empresas qualificadas. O caminho a seguir será, indiscutivelmente, a internacionalização. A globalização, além das dificuldades, comporta, também, oportunidades. O Sector empresarial não pode continuar a viver de subsídios e apoios que são, de algum modo, responsáveis pelos baixos níveis de produtividade. Portugal tem hoje um Estado Social avançado, dos mais acolhedores da Europa: investiu em escolas, estradas e hospitais; criou Universidades e Institutos Politécnicos ao longo de todo o país. Não obstante, a produtividade parou nos níveis de há 20 anos que são apenas ligeiramente superiores aos valores anteriores à revolução de 1974, muito inferiores às médias de países europeus desenvolvidos.

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O Futuro vai obrigar a muitas mudanças. O cidadão médio já diagnosticou os desperdícios do Estado, das autarquias e das empresas. O Futuro passa pela língua portuguesa associada à história e ao longo percurso afectivo que Portugal já criou com o mundo. Os portugueses vão perceber que vão ter que exibir mais o “saber” do que o ter. Não tem sido assim. E o caminho passa por aqui.

MOVICORTES, S.A. UM PONTO DE PARTIDA A Movicortes, S.A., com sede de Leiria, é hoje um agrupamento de empresas especializadas e autónomas, que actuam em áreas diferenciadas mas ao mesmo tempo complementares. Fundada há cerca de 30 anos, para actuar no Sector dos equipamentos de obras públicas e construção, o principal responsável pelo desenvolvimento da empresa foi promovendo investimentos noutros sectores, tais como a distribuição de equipamentos para obras públicas, os automóveis, tractores e outros equipamentos para a agricultura, a produção de vinho e o enoturismo, a comunicação social, os livros e a cultura. Constituindo um corpo coerente, na diversidade das actividades, com sustentado êxito económico e financeiro, assegurando elevados níveis de qualidade e funcionalidade das organizações, a Movicortes é hoje uma empresa de referência no panorama empresarial português. A qualidade dos serviços prestados aos clientes, a satisfação e a segurança dos colaboradores, a credibilidade e a boa imagem das empresas, são valores indissociáveis da Movicortes e das empresas associadas. Subjacente ainda à criação e ao desenvolvimento das empresas está a ideia de poderem contribuir para o desenvolvimento das regiões e do país, sem perder de vista o mercado, a sua viabilidade económica e o seu equilíbrio financeiro. Integram a MOVICORTES as seguintes empresas: •

MOVITER (equipamentos para obras públicas e construção);

TERRALIS (equipamentos agrícolas);

ROCIM (produção e distribuição de vinho e enoturismo);

VIMOTER (distribuição automóvel);

JORLIS (comunicação social e edições);

ARQUIVO BENS CULTURAIS (livraria, edições e gift). ////


UEPG - European Aggregates Association

Uma Industria

de Agregados Sustentável para uma Europa Sustentável

...

Por JIM O` BRIEN Presidente da Direcção da UEPG

A UEPG foi criada em 1987 sendo constituída por 26 membros incluindo Portugal cuja representação está a cargo da ANIET. […] representa um universo de 16.000 empresas, 25.000 pedreiras e 300.000 trabalhadores directos e indirectos. A apresentação foi dividida em 5 partes e respectiva conclusão. Assim, na primeira parte foi-nos apresentada a UEPG e qual o seu papel na Indústria, na segunda parte a “Luta por uma economia sustentável”, a terceira sobre “O acesso sustentável aos recursos” e a quarta e quinta sobre “Segurança” e “Biodiversidade”, respectivamente. Convém salientar que existem, naturalmente, pontos em comum com a apresentação proferida pelo o Director Geral da FDA. Relativamente à primeira parte, a UEPG foi criada em 1987 sendo constituída por 26 membros incluindo Portugal cuja representação está a cargo da ANIET. A UEPG representa um universo de 16.000 empresas, 25.000 pedreiras e 300.000 trabalhadores directos e indirectos. Em termos produtivos representa cerca de 3 mil milhões de toneladas/ano de agregados e vendas na ordem dos 20 milhões de euros. Os motores desta associação são os seus comités de trabalho divididos em Comité de Saúde e Segurança, Comité de Ambiente, Comité Técnico e Comité econó-

Nota: Devido a circunstâncias imprevistas não esteve presente o Jim O´Brien tendo a apresentação sido realizada pela Dra. Fátima Nunes (ANIET) e pelo Director Geral da FDA, César Frades.

mico. Estes reúnem duas vezes ao ano para discutir assuntos de extrema importância para o Sector. A UEPG tem relações próximas com instituições da União Europeia, com outras Associações Europeias, ONGs e outras organizações. A segunda parte da apresentação centrou-se na apresentação de dados quantitativos sobre a situação da Europa (Portugal inclusive). Relativamente aos dados apresentados verifica-se um declínio de 46% no valor de agregados per capita em Portugal e 11% no contexto global europeu. Em 2010, esses valores ainda vão baixar mais.

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Devemos ser optimistas pois assim que a economia recomeçar a crescer, o uso de agregados também crescerá. 27


Agregados: Toneladas/Per Capita Toneladas/per capita 2009

16 14 12 10 08 06 04 02

Sérvia

Roménia

R. Unido

Bulgária

Turquia

Portugal

Espanha

Polónia

Itália

Eslováquia

Hungria

França

Suíça

Rep. Checa

Croácia

Grécia

Holanda

Alemanha

Bélgica

Suécia

Irlanda

Dinamarca

Chipre

Áustria

Noruega

Finlândia

00

• Portugal sofreu um declínio de -46% de 2008 para 2009 (4,8 t/pc) • Portugal sofreu um declínio de -46% de 2008 para 2009 (4,8 t/pc) • O rendimento Europeu caiu -11% em 2009 e -10% em 2010

Irlanda

Croácia

Roménia

Itália

Espanha

R. Unido

Portugal

Dinamarca

Finlândia

Holanda

Noruega

Suécia

Eslováquia

Grécia

França

Rep. Checa

Bulgária

Bélgica

Polónia

Alemanha

Suíça

Áustria

1 0.9 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0

Turquia

Tonelagens estimadas 2009 vs. 2008

• Tendências estimadas de tonelagens por país 2009 Vs. 2008 • Informações e relatórios do Comité Internacional revelam um severo declínio global em 2008-2009 para 3,2

mil milhões de toneladas • As variações encontram-se entre -5% para a Turquia até -55% para a Irlanda

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Em termos de Tonelagem Estimada, os valores comparados entre 2008 e 2009 mostram um decréscimo acentuado na maioria dos países com excepção da Turquia. Para 2010, as previsões apontam para o continuar da quebra de produção na generalidade os países.

economia recomeçar a crescer, o uso de agregados também crescerá.

No entanto, devemos ser optimistas pois assim que a

Desde 2007, a UEPG tem trabalhado activamente na

A parte 3 tinha como tópico o “Acesso sustentável aos recursos”.


Iniciativa Matérias-Primas uma vez que o seu objectivo é garantir o futuro acesso aos recursos naturais. Isto requer um planeamento e um sistema que deve ser melhorado, embora Portugal ainda assim tem um sistema melhor que muitos dos outros países.

5 - Forte implementação de regras para os condutores dentro da pedreira, mas especialmente para os que circulam na via pública

A UEPG está também a trabalhar activamente com a Comissão sobre as orientações para as actividades extractivas em zonas Natura 2000. Em Julho 2010, a CE publicou documento de orientação, argumentando que a existência de explorações em zonas Natura 2000 é possível desde que o planeamento da Biodiversidade seja reforçado.

Foram indicadas duas iniciativas sobre segurança com regras de boas práticas acessíveis online e em português, em www.wbcsdcement.org que são extremamente úteis para quem as consulta.

Em termos de reciclagem, existem já países cujas taxas de reciclagem de resíduos de construção/demolição atingem os 90%. No entanto, isto representa apenas 20% da procura. Em termos médios, na Europa, 40% destes resíduos são reciclados. Para termos uma ideia, se existisse reciclagem a 100%, isto serviria apenas 15% da procura de agregados para novas construções. A UEPG tem promovido a reciclagem, mas os desafios variam de país para país. Na quarta parte da apresentação focou as questões de segurança. Apesar do esforço de todos os intervenientes, ainda existe muito trabalho a desenvolver. Os números assim o mostram. Nesta indústria, existem cerca de 30 fatalidades, por ano, na Europa e Portugal aparece, infelizmente, como um dos que tem mais peso neste número. Em termos globais, quantificam-se 200 mortes, sendo causa mais comum, 50%, os acidentes com veículos em trabalho (capotamentos e despistes). Entre as outras causas, foram mencionados as quedas em altura, os afogamentos, atracamentos em tapetes e choques eléctricos.

6 - Rigorosos inquéritos aos acidentes para que seja possível detectar as causas.

Relativamente à parte seguinte “Biodiversidade Sustentável” a apresentação focou a importância dos prémios sobre Desenvolvimento Sustentável, promovidos pela UEPG e que são uma iniciativa de grande sucesso. Foram apresentados exemplos de sucesso em Espanha, Alemanha e Inglaterra. Foram também deixados conselhos sobre Biodiversidade, tais como: •

Planificar a recuperação paisagística deste o início do projecto

Iniciar a recuperação logo que possível

Recuperar de acordo com ambiente local

Ter sempre atenção às questões relacionadas com a gestão da água e aquíferos

Realmente promover a Biodiversidade

Falar com a comunidade local

Ver a biodiversidade como uma oportunidade para criar uma herança ambiental

CONCLUSÕES:

A apresentação deixou algumas regras essenciais e de boas práticas na Prevenção de acidentes de trabalho e consequentes mortes. Foram as seguintes:

A UEPG está na linha da frente da Indústria Europeia de Agregados e valoriza a participação da ANIET.

1 - Um compromisso visível por parte da política da empresa, com o apoio dos empregados, subcontratados e sindicatos

Muitos dos países europeus estão em recessão. A crise não durará eternamente mas este Sector tem de estar preparado para que seja economicamente sustentável. Para isso, é necessário que o acesso aos recursos geológicos seja melhorado, que uma melhor segurança seja um imperativo e que a biodiversidade seja encarada como uma oportunidade.

2 - Formação e treino inclusive para o pessoal de chefia 3 - Estabelecimento de Regras de Ouro em Segurança 4 - Forte implementação de regras de segurança para o pessoal indirecto

Por estas razões, todos podemos conseguir um futuro mais sustentável. ////

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Departamento de Armas e Explosivos da PSP

Explosivos: Licenciamento

e Fiscalização na Perspectiva Policial

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Por RICARDO FARITAS Subintendente

A PSP conduziu à criação de um grupo de trabalho, onde têm assento as associações do Sector, nomeadamente a ANIET, destinado a alterar e melhorar a legislação de explosivos e pirotecnia e apresentar propostas capazes de desbloquear e agilizar procedimentos e resolver problemas nesta área. A apresentação centrou-se fundamentalmente em 3 aspectos. O primeiro relacionado com as Competências da PSP, o segundo com as Principais Actividades da Divisão de Explosivos e a terceira com a sua orientação estratégica.

vos (DAE), no âmbito das competências da PSP em Matéria de Armas, Munições, substâncias explosivas e equiparadas: •

Efectuar vistorias, bem como realizar exames de confrontação de características relativas a materiais transferidos de países da união europeia ou importados de países terceiros;

Promover os estudos relativos aos processos de licenciamento das empresas dos sectores de armas e explosivos, bem como vistoriar os veículos destinados ao transporte de produtos explosivos e substâncias perigosas a eles associados;

Realizar exames periciais a estabelecimentos, veículos ou outros locais em que tenham ocorrido sinistros ou outras ocorrências;

Levantar autos e assegurar a instrução de processos de contra - ordenação;

Instruir as decisões sobre recursos;

Elaborar estudos, relatórios, informações ou propostas tendo como objectivos a segurança das pessoas e bens, a segurança em termos de ordem pública e o efectivo controlo das armas, munições, produtos explosivos e matérias perigosas;

Fiscalizar os estabelecimentos de fabrico, armazenagem e comércio, bem como os locais, condições de utilização e emprego e veículos destinados ao seu transporte;

Competências da PSP

De acordo com o art.º 7 da Portaria 383/2008 de 29 de Maio, compete ao Departamento de Armas e Explosi-

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Fiscalizar as federações, os clubes de tiro, as carreiras e campos de tiro;

Elaborar, coordenar e aplicar os exames para portadores de armas de fogo, actividade de armeiro e de operadores de explosivos;

Definir as normas técnicas de actuação das equipas de fiscalização das unidades de polícia; Instruir os procedimentos de licenciamento e controlar administrativamente as actividades de fabrico, armazenagem, comercialização, importação, exportação, transferência, uso e transporte;

Projecto de Decreto-Lei que agregue e organize toda a legislação do Sector da pirotecnia (em preparação).

Alguns números das actividades de carácter administrativo/operacional são mostrados de seguida: •

Licenciamentos Revogados de Estanqueiros - 80

Propostas de Revogação de Estabelecimentos - 2

Explosivos Licenciados - 38.259.101 kg

Matérias Perigosas Licenciadas - 1.400.779 kg

Calcular as taxas destinadas ao estado, promovendo a elaboração dos documentos relativos à sua liquidação e efectiva cobrança;

Assegurar a utilização do sistema de informação e gestão de armas e explosivos;

nº de Fabricas de Explosivos - 4

nº de Oficinas pirotécnicas - 41

Organizar e manter permanentemente actualizado o sistema de cadastro de armas;

nº de Oficinas de Rastilho e Pólvora - 203

nº de Oficinas de Carregamento de Cartuchos - 20

Controlar, arrecadar e manter as armas, munições, produtos explosivos, matérias perigosas ou outros materiais apreendidos ou à ordem dos tribunais.

nº de Paióis Permanentes / Provisórios - 627

nº de Paióis Permanentes de Revenda - 45

nº de Estanqueiros - 261

nº de Armazéns - 59

Principais Actividades As actividades da divisão de explosivos subdividem-se em actividades de carácter legislativo, administrativo/ operacional. Nas actividades de carácter legislativo, salientam-se as seguintes: •

Transposição para a ordem Jurídica Nacional da Directiva nº 2008/43/CE do PE - Decreto-Lei nº 265/2009 de 29 de Setembro (Rastreabilidade).

Projecto de Portaria regulamentadora do referido decreto

Projecto de Decreto-Lei sobre regras que permitam a livre circulação de artigos pirotécnicos e requisitos essenciais de segurança

Transposição para a ordem Jurídica Nacional da Directiva nº 2007/23/CE do PE - Decreto-Lei 34/2010 de 15 de Abril (livre utilização de fogos de artifício)

Projecto de alteração do Decreto-Lei 521/71 de 24 de Novembro (implementação do SIGEST - Controlo de veículos de Explosivos com recurso à geolocalização).

Foi apresentada ainda uma relação de estabelecimentos de fabrico e armazenagem de produtos explosivos:

Orientação Estratégica O Departamento de Armas e Explosivos tem uma orientação estratégica que passa pelos seguintes objectivos: •

Modernizar

Aumentar as parcerias

Envolver o Sector

Quanto aos projectos de parceria em que a PSP está empenhada, salientam-se entre outros: - O que conduziu à criação de um grupo de trabalho, onde têm assento as associações do Sector, nomeadamente a ANIET, destinado a alterar e melhorar a legislação de explosivos e pirotecnia e apresentar propostas capazes de desbloquear e agilizar procedimentos e resolver problemas nesta área - A possibilidade de estabelecer parceria com associações, relativa à formação de operadores de explosivos, onde os contactos estão já bastante adiantados. ////

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Associação Valor Pedra

Cluster da Pedra Natural

Oportunidades de Inovação e Internacionalização para as Empresas Por Dr. ANTÓNIO DIEB Director Executivo

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Dra. MARTA PERES Técnica Superior

Com um Plano de Acção a 3 anos, o Cluster da Pedra Natural materializa-se no desenvolvimento de três Projectos Âncora e num conjunto significativo de Projectos complementares,que respondem no seu conjunto aos Eixos Internacionalização, Sustentabilidade e Competitividade. O Cluster da Pedra Natural, reconhecido institucionalmente como uma Estratégia de Eficiência Colectiva pelo QREN, foi o resultado de um processo construtivo de concertação estratégica sectorial de orientação para a Inovação e Internacionalização. Iniciado em 2006, através de um Estudo Estratégico Prospectivo, onde foram definidos os factores críticos de sucesso e apontados os caminhos a seguir, foi a partir daqui que foi construída uma Estratégia para a Competitividade, sob os pilares da geração de conhecimento e a da sua difusão, com objectivos validados e partilhados por todos, de actuação em conjunto, mas salvaguardando a autonomia de cada um. Os dois anos seguintes, foram aqueles em que se procurou disseminar a Estratégia, estabelecer acordos estratégicos entre Entidades e Empresas e construir parcerias. Em 2009, o Cluster da Pedra Natural é reconhecido

e o seu Plano de Acção validado e a partir daqui estão lançadas as oportunidade para a Inovação e Internacionalização. Com um Plano de Acção a 3 anos, o Cluster da Pedra Natural materializa-se no desenvolvimento de três Projectos Âncora e num conjunto significativo de Projectos complementares, que respondem no seu conjunto aos Eixos Estratégicos definidos: Internacionalização, Sustentabilidade e Competitividade. O Projecto Âncora 1 – Valorização da Pedra Natural, já a decorrer, pretende contribuir para o aumento da dinâmica de mercado das actividades da Pedra natural, através da construção de uma Estratégia de Marketing Internacional, da construção da identidade e marca da Pedra natural Portuguesa, da investigação e desenvolvimento de novos produtos e da aproximação da Pedra Natural com os seus principais prescritores. O desafio chave deste Projecto é a Inovação em termos de Produtos e Processos, para que as empresas tenham melhores argumentos de Mercado, principalmente ao nível da Internacionalização.

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O Projecto Âncora 2 – Sustentabilidade Ambiental da Industria Extractiva, embora não directamente ligado a processos de desenvolvimento de Inovação e de Internacionalização, não pode deixar aqui de ser referido, uma vez que é aquele em que se pretende atingir a meta de melhoria do desempenho ambiental, através da exploração sustentável dos recursos. O Projecto Âncora 3 – Novas Tecnologias para a Competitividade da Pedra Natural, iniciado em 2010, e através da construção de um consórcio formado por Empresas de Pedra, Empresas de Equipamentos e Entidades do Sistema Cientifico e Tecnológico, encontra-se a desenvolver Tecnologias Inovadoras para as actividades da Indústria, que vão desde o desenvolvimento de sistemas de produção inteligentes e desenvolvimento de soluções robotizadas para a Extracção, até CNC portáteis para a replicação e tratamento de Monumentos Históricos.

se realmente contribuírem para a prossecução dos objectivos desenhados para a Competitividade do Cluster. Actualmente, o Cluster da Pedra Natural já tem mais 50 empresas e entidades envolvidas, mais de 10 Projectos Complementares nas áreas de Inovação, Qualificação e Internacionalização de Empresas, inúmeras iniciativas realizadas de disseminação de Conceitos para o Desenvolvimento da Inovação e de animação da parceria, mas mais importante que os números, o Cluster da Pedra Natural já começa a mostrar os seus efeitos e resultados.

Através da Inovação de Produto e de Processos pretende-se dotar as Empresas de melhores argumentos organizacionais e de produção.

...

O Cluster da Pedra Natural tem objectivos ambiciosos de Inovação e Internacionalização, mas definidos na certeza de que a intervenção concertada e em conjunto é o único caminho para a minimização do risco, rumo a uma renovação estratégica.

De forma a assegurar o cumprimento dos objectivos da Estratégia foram construídos Critérios de Inserção, aos quais estes Projectos têm de respeitar para serem considerados.

O Cluster da Pedra Natural tem objectivos ambiciosos de Inovação e Internacionalização, mas definidos na certeza de que a intervenção concertada e em conjunto é o único caminho para a minimização do risco, rumo a uma renovação estratégica, assente na Inovação, Identidade e Qualidade, empregando os recursos físicos e humanos em actividades com alto valor acrescentado e imputando a todo este processo a criatividade e capacidade de gestão, já demonstrada por todos os actores do Cluster.

Esta forma de participação no Cluster, é uma oportunidade de Inovação e para a Internacionalização sendo que os Projectos podem ser mais majorados

O caminho é longo e por vezes adverso, mas as oportunidades estão lançadas e os resultados começam a surgir. ////

Os Projectos Complementares são projectos autónomos das Empresas e outras Entidades, que complementarmente com os Projectos Âncora, contribuam de forma clara para os objectivos da Estratégia de Eficiência Colectiva do Cluster.

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Só por si a concertação estratégica conseguida foi sem dúvida, potenciadora de vantagem competitiva sectorial. A isto junta-se a verdadeira mobilização de todos os envolvidos na prossecução dos objectivos comuns que tem vindo a ser demonstrada pelas Empresas e Entidades que estão a aproveitar as sinergias das oportunidade de inovação e internacionalização criadas pelo Cluster, de forma a construírem e dinamizarem as suas próprias estratégias.


Metso Minerals Portugal, Lda

A Metso MCT - Mining, Construction Technology e os desenvolvimentos nas áreas Higiene, Segurança e Ambiente

...

Por Eng.º LUÍS SANTOS MCT Senior Vice-President Europa

A METSO tem como visão ser a empresa de REFERÊNCIA NESTA INDÚSTRIA sempre apoiada num crescimento contínuo, rentável e sustentado. A estratégia da METSO é muito clara quanto aos objectivos a atingir nos próximos anos. Ser uma empresa totalmente focalizada em SERVIR os seus clientes nos diversos segmentos onde opera e lidera o mercado. Tem como visão ser a empresa de REFERÊNCIA NESTA INDÚSTRIA sempre apoiada num crescimento contínuo, rentável e sustentado. Globalmente, a METSO representa um volume de negócios estimado em mais de 18 Mil Milhões de Euros,

dos quais cerca de 3,5 Mil Milhões de Euros na Europa (números de 2010). Apesar de líderes incontestados de mercado, a METSO tem consciência que pode ir muito mais além, SERVINDO os seus clientes de uma forma distinta do conceito CLIENTE-FORNECEDOR, deixando de ser um mero fornecedor de equipamentos e máquinas para, ter um ciclo mais amplo, passando a fornecedor de resultados. Esta ambição será a linha de orientação a seguir, sempre suportada pelos valores intrínsecos da empresa.

TRANSIÇÃO DO FORNECEDOR DE EQUIPAMENTOS A FORNECEDOR DE SERVIÇOS DURANTE O CICLO DE VIDA ÚTIL • • •

• • •

Serviços sem restrições Não limitado a equipamentos Metso Oferta: • Reparações • Peças e engenharia à medida (ETO) • Serviço durante o ciclo de vida útil • Tecnologia de processos e inovação • Tecnologia de materiais Capacidade de integrar na oferta um pacote de parceria podendo envolver os benefícios e os prejuízos (serviços baseados no conhecimento) Instalações de HUB’s nas proximidades dos nossos clientes Logística de Distribuição com os recursos mais avançados Soluções na Saúde, Segurança e Ambiente (HSE)

O Negócio de Equipamentos, Sistemas e o Negócio de Serviços apoiam-se e complementam-se ao longo da vida útil dos equipamentos.

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Soluções de malhas sintéticas para os equipamentos de crivagem, que melhoram a resistência à abrasão, reduzem significativamente o nível de ruído, evitam entupimentos, reduzindo assim o número de intervenções.

Soluções de despoeiramento, central ou zonal de eficácia comprovada.

As infecções provocadas pelas poeiras são por demais conhecidas podendo levar a doenças crónicas. Embora a produção de poeiras seja inevitável é possível atingir o confinamento e a contenção das mesmas para posterior tratamento. A METSO disponibiliza tecnologias por via húmida ou por via seca, sendo no entanto, a via seca zonal um dos últimos desenvolvimentos efectuados com grande sucesso e eficácia.

O Sucesso dos nossos Clientes Inovação Rentável Desenvolvimento Profissional Compromisso Pessoal Quaisquer que sejam os desenvolvimentos, o compromisso com a Higiene, Segurança e Ambiente guiar-nosá sempre:

Na Metso, procuramos: Zero em relação aos acidentes com pessoal, e activos materiais e imateriais Melhor saúde do trabalhador e ambiente de trabalho seguro Operações com material e utilização eficiente de energia, o mínimo de desperdício e danos ao meio ambiente recursos dos produtos e seriços, sem impacto ambiental indevido, menos consumo de energia e natural Produtos que podem ser reciclados ou eliminados de forma segura

Porque a vida Humana não tem preço a METSO não abdica de apresentar o valor ZERO em relação aos acidentes com pessoal. Para esse fim, a METSO realiza soluções integradas completas que abrangem todo o processo produtivo, quer para minas quer para pedreiras. Na concepção de uma unidade produtiva, seja ela uma unidade nova ou a modificação de uma unidade existente, são necessárias várias áreas do conhecimento. Para realização do projecto e sua implementação devem delinear-se os processos necessários desde a extracção da rocha até ao produto final, quais os automatismos necessários, como controlar esses processos e como tratar o desgaste. Para além disso, leva sempre em consideração os requisitos de performance exigidos, a integração do projecto nas instalações já existentes, quais os custos operacionais e o enquadramento da instalação com a higiene, segurança e ambiente.

FUNCIONAMENTO Principio: Despoeiramento através de filtros posicionados nos taptes ou máquinas. O filtro coloca em depressão o circuito de materiais e aspira o ar carregado de poeiras através dos elementos filtrantes. Limpeza automática dos elementos filtrantes por ar comprimido injectado em contra corrente do fluxo de poeiras. Um sequenciador electrónico integrando um diferencial de pressão, comanda a abertura cíclica das electroválvulas.

Ar limpo

Elementos filtrantes

Ar carregado de poeiras

O projecto técnico define os diversos processos produtivos de forma a atingir os resultados pretendidos. Algumas soluções foram mencionadas na apresentação. São elas: •

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Soluções anti-desgaste: de modo a reduzir o número e tempo de intervenções de manutenção, assim como, reduzir o nível de ruído produzido. Como soluções anti-desgaste apresenta as forras sintéticas em borracha ou materiais compósitos.

Como se pode observar, o processo é bastante simples. A eficácia dos filtros resulta da optimização da estanqui-


cidade e da contenção das poeiras, ao posicionamento ideal dos filtros e às baixas velocidades de aspiração. Além disso, trata-se de uma tecnologia que requer apenas 1/5 da potência de um sistema centralizado. O tratamento de poeiras incide em todo o processo produtivo, ou seja, desde a extracção à expedição.

Nunca mais trabalhamos nestas condições ...

…Mas

nestas

Outra das áreas em que a METSO se orgulha de investir na área da segurança é a dos tapetes transportadores.

A maioria dos acidentes que ocorrem em instalações de minas ou pedreiras acontecem em tapetes transportadores. A METSO em conjunto com alguns parceiros específicos criou e desenvolveu soluções de rendimento e segurança únicos no mercado. Desenvolveu ainda soluções de transporte, estanquecidade, contenção e segurança simples, funcionais e únicas. Todos os produtos fazem parte de soluções integradas, modernas e eficientes. Relativamente ao controlo de processos industriais e de modo a gerir os mesmos de uma forma mais simples e rápida, a METSO desenvolveu produtos para análise de imagem. Produtos do tipo VisioRock, VisioFroth ou VisioTruck fazem parte de uma lista extensa de produtos com essas características. O VisioRock permite uma análise granulométrica em linha; o VisioFroth a análise das bolhas nas células de flutuação e o VisioTruck a análise dos blocos num dumper.

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VISIOROCK: UMA FERRAMENTA REVOLUCIONÁRIA? •

VISIOROCKTM DESCRIçÃO

Optimização o fuso granulo métrico desejado - Limite da produção de finos ou maximização - Minimizar a carga circulante Aumento significativo da eficiência dos circuitos secundários e terciários - Regulação automática dos parâmetros dos moinhos - Optimização da capacidade de produção, apesar das variações de humidade, dureza, abrasividade… Amostragem em linha: amostragem em continuo e «on line» - Menos amostragem ganho de tempo e €€€ Fiabilidade e estabilidade da produção de produtos acabados - Acção imediata possível quando se carrega camiões ou comboios - Reacção imediata possível em caso de falha técnica da instalação (malhas rotas…) - Espectacular na produção de balastro TGV

Reconhecidamente um aumento sustentável da produção de balasto na ordem dos 5-10% quando comparado com os sistemas mais recentes de automatização.

Tal como referido anteriormente, a estratégia da METSO passa por ser um FORNECEDOR DE RESULTADOS. Nessa perspectiva criou também um produto a que chama de MPS ou METSO Performance Solutions. A essência deste produto baseia-se em garantir resultados, não só de performance pura, mas também de custos operacionais e disponibilidade dos equipamentos.

OFERTA COMPLETA DA METSO Através de custo por tonelada em acordos plurianuais

Proposta Metso

Solução completa que inclui: - Equipamentos - Peças em consignação - Projectos e serviços de planeamento - Serviços de manutenção - Disponibilidade dos equipamentos

Vantagens

Benefícios através de: - Investimento inicial limitado - Estrutura de custos previsível e sob controle - Inventário reduzido e menos pessoal envolvido em operações fora do "core" - Permite a especialização e o foco no "core" do negócio

para o

Cliente

METSO PERFORMANCE SOLUTIONS Melhorar a sua competitividade Parceria com a Metso oferece-lhe vantagens mensuráveis: Capacidade de se concentrar no seu negócio enquanto a Metso assegura a disponibilidade Menor investimento inicial, facilidade de retoma de Projectos Custos fixos a médio e longo prazo permitem um planeamento previsível Maior e melhor disponibilidade dos equipamentos com a mais rápida resolução dos problemas Redução de inventários, logística, CAPEX, pessoal

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Hoje, no mundo empresarial, temos de ser ágeis e reagir com a rapidez necessária.

desenvolver os produtos que estes necessitam para a sua actividade de forma a atingir um dos seus valores:

A METSO percebeu o ambiente onde se insere sendo sua pretensão continuar a ouvir os seus clientes e a

O SUCESSO DOS NOSSOS CLIENTES. ////


CIMERTEX - Sociedade de Máquinas e Equipamentos, S.A.

Aplicações Especiais de

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Martelos Hidráulicos

Por Eng.º ÁLVARO BASTOS Administrador

Eng.º MÁRIO ABRUNHOSA Gestor de Produto de Demolição e Britagem

A Cimertex S.A. foi também das pioneiras a utilizar uma rede de distribuição dos seus equipamentos a nível nacional através de concessionários espalhados por todo o território incluindo Madeira, bem como Cabo Verde e Angola com as suas filiais, ajudando no desenvolvimento local, e mais uma vez dando uma resposta rápida e eficaz aos seus clientes. A Cimertex, S.A., desde a sua fundação sempre esteve na vanguarda na utilização das tecnologias existentes a fim de dar uma resposta rápida e eficaz aos seus clientes. Nesse sentido começou a comercializar a Marca Komatsu em 1968, seguindo-se a Rammer em 1988 com uma gama completa de martelos hidráulicos. Até aos dias de hoje a Cimertex representa várias e boas Marcas de equipamentos sobejamente conhecidos no mercado Mundial e especialmente em Portugal como são os casos da Komatsu, Sandvik, Casagrande, Valmet, Hangcha, e em 2010 ficou com Representante exclusivo para Portugal e Angola dos Equipamentos Merlo.

1968

1988 / 1999

www.komatsu.com

www.sandvik.com

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A Cimertex S.A. foi também das pioneiras a utilizar uma rede de distribuição dos seus equipamentos a nível nacional através de concessionários espalhados por todo o território incluindo Madeira, bem como Cabo Verde e Angola com as suas filiais, ajudando no desenvolvimento local, e mais uma vez dando uma resposta rápida e eficaz aos seus clientes.

Sendo uma empresa que não receia desafios e muito menos os adia, procurando estar sempre em contacto directo com o seu cliente ajudando-o a arranjar soluções para os seus problemas a Cimertex ajudou a solucionar de uma maneira prática e económica um problema de um seu cliente, no trabalho de saneamento de túneis e galerias. Assim em vez de utilizar um equipamento SCALLER especifico e muito dispendioso, a Cimertex com a experiência adquirida em outras obras como na barragem do Alqueva, Madalena do Mar na Madeira, Metro de Lisboa, etc., aproveitou uma escavadora de rodas Komatsu PW 98 Multifunções onde aplicou além do Engate Rápido Hidráulico os seguintes acessórios: Martelo hidráulico Sandvik BR 825 Scalling, uma cortadora Sandvik RC 6, balde de rocha, ripper e catalizadores uma vez que se destinava a trabalhos subterrâneos, e outros dispositivos auxiliares da Rammer (grupo Sandvik) de apoio ao martelo como sendo Compressor Ramair, injecção de água sobre pressão Ramjet e lubrificação automática Ramlub. Solução Cimertex - PW98MR-6 • Martelo Sandvik BR623 City Scaling • Multiprocessador Sandvik BC807 • Ripper e balde

Neste sentido aproveitou-se a oportunidade de se falar noutros dispositivos auxiliares Rammer como sendo a evolução dos sistemas de lubrificação dos martelos desde a lubrificação manual até ao sistema mais recente da Rammer que é o Ramlub III, onde este é incorporado de raiz no próprio martelo.

Outros dispositivos Sandvik para aplicações específicas • Lubrificação automática (martelo) - Ramlube III

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Ramair elimina a entrada de poeiras, ajudando a uma melhor lubrificação do casquilho inferior aumentando a sua duração.

Outros dispositivos Sandvik para aplicações específicas • Sistema injecção de ar - Ramair

Mangueira de ar Mangueira de ligação

Compressor de ar

• Produz pressão interna de modo a prevenir entrada de poeiras no corpo do martelo R090088 • Arrefece o martelo em condições de temperaturas elevadas • Compressor ligado à linha hidráulica da escavadora • Permite melhor lubrificaçãodo casquilho inferior, principalmente quando em operação horizontal • Compacto e de fácil instalação

Ramjet elimina as poeiras no ambiente de trabalho, dando maior visibilidade e qualidade do ar, maior conforto ao operador, etc.

Outros dispositivos Sandvik para aplicações específicas • Sistema pulverização de água - Waterjet • WaterJet melhora - Visibilidade - Condições de operação - Vida útil da ferramenta • Eliminação efectiva de poeiras • Aplicações em demolição e túnel, onde é necessária a redução de poeiras causadas pela operação. • Possível e eficiente noutras aplicações! • Martelos gama pesada têm pré arranjo para este sistema.

Pró-control onde o operador pode escolher a pressão de trabalho de acordo com a dureza da rocha, originando maior economia de combustível, e menos desgaste do martelo.

Outros dispositivos Sandvik para aplicações específicas • Sistema gestão pressão trabalho - Pro-control

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Ramdata onde o operador sabe quais os intervalos da revisão do martelo, ajuda na prevenção de anomalias, faz a transferência dos dados para o seu computador, possibilidade de análise de dados, registo das revisões e funcionamento do martelo com armazenamento dos registos efectuados. Este dispositivo é utilizado em dezenas de martelos a operar em Portugal.

Outros dispositivos Sandvik para aplicações específicas • Sistema gestão da manutenção - Ramdata - Sistema electrónico de sensores de impacto - Indicador do periodo de manutenção - Armazenamento dos dados funcionamento do martelo Ramona (Rammer Monotoring Analyser) este sistema de monitorização está instalado em várias escavadoras a trabalhar em Portugal e permite ao cliente, à fábrica e ao distribuidor ver monitorizados no seu computador, via GSM, para além da sua localização com GPS instalado, todos os dados referentes ao funcionamento do martelo, como sendo a pressão de trabalho, frequência de pancada, temperatura do óleo, horas de trabalho do martelo e máquina, envio de sinal de mau funcionamento, ciclos de trabalho, enfim tudo o que você quer saber sobre o seu martelo.

Outros dispositivos Sandvik para aplicações específicas • Sistema monitorização remoto - Ramona • Monitorização e análise - Pressão - Frequência pancada - Temperatura - Periodos de manutenção - Horas do martelo • Envia sinal ao operador caso exista algum problema • Avisa o operador em caso de operação incorrecta • Informação pode ser enviada por cabo para computador ou via GSM para o distribuidor. ////

Para mais e completas informações sobre estes dispositivos para aplicar em martelos hidráulicos ou nas suas escavadoras por favor consultar o Distribuidor Sandvik em Portugal através do seu Endereço: Cimertex - Sociedade de Máquinas e Equipamentos, S.A. Rua do Abade Mondego, 165 4456-901 Perafita Telefone: 220 012 600 Fax: 220 912 665 E-mail: cimertex@cimertex.pt

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Conclusões

Conclusões

X Jornadas Técnicas

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Por Dra. FÁTIMA NUNES Direcção da ANIET

Os tempos de mudança implicam a valorização dos recursos que temos ao nosso dispor, como é o caso dos recursos minerais, cuja importância e qualidade deve ser aproveitada e reconhecida. 3 Tónicas foram transversais a este encontro: •

A importância das matérias-primas que todos os participantes nestas Jornadas, de forma directa ou indirecta, como produtores, consumidores ou mesmo as entidades oficiais ligadas a esta Sector, consideram fundamental para o desenvolvimento económico do País e da Europa

A capacidade técnica e de inovação revelada pelas empresas portuguesas com relevância neste Sector

A abordagem efectuada sobre a situação económica do País e os desafios que se apresentam especialmente ao Sector extractivo.

Breve Análise das Intervenções A abordagem do Sr. Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento, Dr. Fernando Medina, que focou essencialmente a importância dos recursos no futuro. Os tempos de mudança implicam a valorização dos recursos que temos ao nosso dispor, como é o caso dos recursos minerais, cuja importância e qualidade deve ser aproveitada e reconhecida. Referiu as boas perspectivas futuras de utilização de matérias-primas da indústria extractiva quer na reabilitação urbana quer em obras públicas que assentam

numa política de investimento estratégico para o País, com possibilidade de utilização de fundos comunitários disponíveis para financiamento à economia e mediante apoio à internacionalização das empresas portuguesas. O Senhor Secretário de Estado destacou a capacidade exportadora deste Sector de actividade e disponibilizou-se inclusivamente para o estabelecimento de uma parceria entre o Ministério da Economia, a ANIET e o tecido económico que esta representa. A DGEG, na pessoa do Sr. Eng.º Carlos Caxaria, apresentou sucintamente a Iniciativa Matérias-Primas, que tem como objectivo criar uma política integrada promotora da gestão sustentável dos recursos minerais a nível europeu com vista a garantir o futuro. Apresentado o historial deste projecto, deu a conhecer também os trabalhos que têm sido feitos pelas entidades portuguesas responsáveis. Seguiu-se a apresentação de uma empresa mineira com 114 anos de actividade, que ainda explora o subsolo e que muito tem contribuído para o desenvolvimento do País. A Sojitz BERALT TIN & Wolfram é um exemplo a nível da Indústria Mineira em Portugal. Pela Federación de Áridos (FDA), tivemos uma comparação da nossa indústria com a de Espanha onde, durante a apresentação, se pode observar que a situação deste Sector no país vizinho não é muito diferente da-

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quela que vivemos em Portugal. É, contudo, necessária uma forte aposta das associações nacionais junto das instâncias europeias, nomeadamente através de participação activa como forma de defender eficazmente o Sector, conhecendo as novas propostas legislativas europeias e participando na sua elaboração de forma a possibilitar a planificação do futuro do Sector. Foi ainda focado, pelo representante da FDA, que as associações não são um custo ou um gasto! São um investimento no futuro e na actividade económica do Sector que representam.

...

Portugal já passou por muitas fases difíceis mas devemos usar as nossas características, a nossa forma de ser e o nosso optimismo para, tal como no passado, combatermos estes tempos de crise. Relativamente à apresentação da ASAE, e de forma que os presentes adquirissem consciência da importância da fiscalização, tivemos uma abordagem do que é a actividade dessa Autoridade, a forma como procede ao policiamento e ainda a importância da Marcação CE no mercado europeu. Os constrangimentos da economia portuguesa ficaram a cargo do Sr. Eng.º José Ribeiro Vieira, conhecido pelas suas mais diversas actividades, que fez uma abordagem directa e perspicaz da sociedade e da economia portuguesa. Nesta abordagem, foi feito o retrato da sociedade portuguesa. Portugal já passou por muitas fases difíceis mas devemos usar as nossas características, a nossa forma de ser e o nosso optimismo para, tal como no passado, combatermos estes tempos de crise. A apresentação da UEPG serviu para mostrar o trabalho desenvolvido por esta associação, realçando a sua importância a nível europeu. Foram apresentados dados estatísticos para demonstrar as dificuldades económicas que o Sector atravessa, deixando também uma mensagem de esperança e reforçando a importância deste tipo de associativismo representativo.

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Tivemos também uma visão sobre a operacionalidade do Departamento de Armas e Explosivos (DEPAE) da PSP, nomeadamente competências, principais actividades da Divisão de Explosivos e orientação estratégica da PSP. A modernização, a parceria com outras entidades, destacando aqui a parceria com a ANIET para a formação e o envolvimento da actividade da PSP com este Sector e com o tecido económico que a ANIET representa, são apostas actuais e de futuro desta entidade. No âmbito do conhecimento e inovação, a Associação Valor Pedra apresentou o Cluster da Pedra Natural, reconhecido institucionalmente pelo QREN como uma Estratégia de Eficiência Colectiva, surgiu como resultado de um processo construtivo de concertação estratégica sectorial orientada para a Inovação e a Internacionalização. Foi referenciada a Marca STONE PT, como uma marca que pretende promover os produtos portugueses deste Sector que apresentem inovação e design e que represente o país internacionalmente, englobando ainda a procura de novos mercados para esses produtos. Duas empresas fornecedoras de equipamentos apresentaram, no decorrer das X Jornadas Técnicas, os seus produtos reconhecidos no mercado nacional e internacional como uma mais- valia para quem opera neste Sector: a Metso, que passou a fornecer aos seus clientes não só equipamentos, mas soluções tecnológicas capazes de satisfazerem as necessidades das empresas; a Cimertex que aposta também em soluções tecnológicas à medida. Terminou este breve resumo do dia com um apelo à vontade de todos e um voto de confiança para que a situação difícil em que o País se encontra seja ultrapassada, já que o investimento no futuro cabe aos cidadãos e às empresas, com quais Portugal conta. Agradeceu por fim a presença, a participação e o empenho de todos quantos deram o seu melhor contributo na organização e no desempenho das X Jornadas Técnicas, desejando, em nome da Direcção da ANIET, as maiores felicidades a todos os associados, assim como aos oradores e patrocinadores. //// As comunicações integrais podem ser consultadas em: www.aniet.pt




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