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Companheiros do Ano I.: Nº 10.: 2ª Quinzena

abril – 2010

VERDE

Informativo do Meio Ambiente e Cidadania

O planeta responde ao homem

Nunca se viu tantas catástrofes acontecendo sucessivamente como nos últimos tempos. Terremotos, enchentes, tsunamis, secas extremas. O planeta Terra está em crise. A fúria desses acontecimentos já dizimou inúmeras vidas, devastou cidades inteiras, destruiu economias construídas durante muitas gerações. O que anda acontecendo? Por que esse desequilíbrio? E o homem, o que tem a ver com isso?

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“Mãe Natureza” está sob pressão, afirma ONU Pág. 4

Acupuntura para todas as idades Pág. 10

Buriti

Gastronomia - Dicas de queijos e vinhos Pág. 11


Companheiros do

CATÁSTROFES URBANAS

Abril 2010

Com o crescente agigantamento dos centros urbanos, vemos ao longo dos anos uma série de problemas decorrentes da falta de planejamento acumulando-se sem a mesma rapidez com que crescem as urgências de soluções para uma parcela da população sem condições financeiras, que acaba se fixando em áreas comprometidas estruturalmente e de grande risco. Será que as últimas catástrofes ocorreram somente por causas naturais? Quem sabe a falta de interesse em solucionar este crescimento desorganizado por parte de quem governa a cidade, com um planejamento urbano, acabe prejudicando mais do que a própria natureza? Brasília completou 50 anos com muita festa, que nossa cidade não continue cometendo os mesmos erros que outras cidades, para não ter os mesmos resultados. Boa leitura!

Christina Pedra Diretora TELEFONES PÚBLICOS DE EMERGÊNCIA Corpo de Bombeiros..............................193 Defesa Civil..........................................199 Disque-denúncia...................................181 Polícia civil..........................................197 Polícia Militar.......................................190 Secretaria dos Direitos Humanos............100 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.................................................180

EXPEDIENTE

TELEFONES ÚTEIS Central De Serviços Alcoólicos Anônimos..................................3226.0091

CVI – Centro de Valorização do Idoso.................................0800 644 1401 Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente..............................3361.1049 Promotoria de Defesa do Consumidor.............................. 3343.9851 SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA CEB....................................0800 61 0196 CAESB................................................115 PROCON.............................................151 DETRAN..............................................154

COMPANHEIROS DO VERDE companheirosdoverde@gmail.com

Publicação: Solução Audio Visual Ltda. End.: Condomínio San Diego, Lt. 15, sobreloja 03 Jardim Botânico - CEP 71.680-362 Fone/fax: (61) 3335 3584 / 9666 2947 Email: companheirosdoverde@gmail.com dircompanheirosdoverde@gmail.com Direção Geral: Olga Christina Pedra Direção Administrativa e Financeira: Evelynne Pedra Jornalista Responsável: Helen Assumpção - Registro nº: 7618/DF Projeto Gráfico / Diagramação: Sérgio Linhares

Foto: Antônio Cruz/ABr

EDITORIAL

VERDE

Manifestantes do Greenpeace protestam contra o leilão da hidrelétrica de Belo Monte. Foto ag. Brasil

DEBATE

Helen Assumpção

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Menos favela por aí

pesar de pequena, a redução no número de habitantes de favelas no Brasil foi de 16%, entre 2001 e 2010, de acordo com a pesquisa divulgada pela Divisão de Habitação das Nações Unidas (ONU-Habitat). Um desempenho inferior se comparado à média de progresso da América Latina que foi de 19,5%. Argentina e Colômbia foram os países que alcançaram melhores resultados, reduzindo em 40% sua população residente em favelas. Com relação aos dados mundiais, constatou-se que 227 milhões de pessoas deixaram de morar em favelas entre 2000 e 2010. Muitas dessas pessoas não mudaram de lugar, já que, em alguns casos, as pessoas tiveram melhorias em suas áreas, que passaram a não ser mais consideradas favelas. Esses aglomerados habitacionais carregam enormes problemas consigo, como a falta de saneamento básico, a ocupação desordenada, construções fragilizadas, enfim, uma série de características que refletem diretamente no meio ambiente. Mas, não é só o meio ambiente que sofre, as pessoas que ali residem também. Que conforto essas famílias têm? Que dignidade? Não podemos ignorar que os governos têm apresentado programas habitacionais para retirar as famílias ou melhorar a área onde estão, como exemplo do “Minha Casa, Minha Vida” do governo federal, que facilita a aquisição da casa própria. Mas, é preciso mais. Mais investimento para ampliar o programa, maior abrangência para os beneficiários, entre outros. E que os próximos governos, não mudem o que vem dando certo, para não interromper o ciclo e ter que voltar atrás. Assim, quem sabe, não teremos números melhores para comemorar?

Foto: Jesse Vieira

Ano I.: Nº 10 – 2ª Quinzena

Foto: Jessé Vieira

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Contatos para consultas sobre espaço publicitário: dircompanheirosdoverde@gmail.com Colaboradores: André Gubert e Leonardo Barreto. Webmaster: Felipe Gelbcke Fontes de pesquisas: Ag. Câmara, Ag. Senado, Ag. Brasil, Embrapa, Adasa e Ministério do Meio Ambiente.

A imagem do buritizal na capa pertence ao Banco de Imagens do IBAMA - CNia.

Distribuição gratuita: Órgãos do GDF, Administração do Lago Sul, Administração do Jardim Botânico, Câmara Legislativa, Câmara Federal e Senado, Esplanada dos Ministérios, Campus do Uniceub, Rodoviária do Plano Piloto e locais de grande circulação em Brasília e na cidade de Goiânia. *Os artigos assinados não traduzem a opinião do jornal ‘Companheiros do Verde’.

AGENDA ECOLÓGICA abril 19 22 28 28

Dia Dia Dia Dia

do Índio da Terra da Caatinga da Educação


MEU BRASIL Abril 2010

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VERDE

Belo Monte é essencial para o suprimento de energia, diz Delcídio Amaral

m pronunciamento, no Senador Federal, Delcídio Amaral (PT-MS) disse que a construção da usina de Belo Monte representa uma vitoria do povo brasileiro e que o empreendimento é essencial para o suprimento de energia do país. Delcídio Amaral lembrou que atuou na construção da usina de Tucuruí, no Pará, e que esse empreendimento também foi objeto de liminares na Justiça, nos anos de 1980. O senador destacou que as usinas atuais deixaram de constituir grandes reservatórios, como Tucuruí, “foram encolhendo” e começaram a operar a fio d’água (geração de energia no fluxo

do próprio rio), como forma de evitar a formação de lagos gigantescos e minimizar impactos ambientais. - As soluções adotadas para Belo Monte mitigam os grandes impactos, trazem menos transtornos à população - afirmou, destacando a necessidade de qualificação de mão de obra local para a construção da usina. Em aparte, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) disse que a sociedade evoluiu muito nos últimos anos e que, atualmente, qualquer empreendimento, seja em que área for, tem que levar em conta a viabilidade econômica e a sustentabilidade ambiental.

Foto: Moreira Mariz

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Cruzeiros crescem 40% ao ano e regulação será mais rigorosa

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bom desempenho do mercado de cruzeiros marítimos no País está provocando mudanças na legislação brasileira. Segundo o Ministério do Turismo, os órgãos responsáveis pela regulação e fiscalização do setor uniformizaram conceitos, com o objetivo de atualizar resoluções e normas relativas ao segmento, que cresce a uma média de 40% ao ano. Marinha, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários incorporaram as especificidades dos cruzeiros marítimos em seus dispositivos legais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo, incorporou diretrizes do regulamento sanitário internacional, de 2005, para a fiscalização de navios de cruzeiros e embarcações regionais. “Nos deparamos, nesses últimos anos, com situações que não estavam previstas na legislação brasileira”, explica a gerente de Infraestrutura de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Carla Baêta. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) também criou resolução para tratar especificamente da outorga de autorização para a implantação de portos e terminais turísticos.

Arthur Virgílio alerta para risco de deslizamento em bairro de Manaus

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Movimentos sociais criticam Justiça por liberar leilão de Belo Monte

rasília - O Movimento Xingu Vivo para Sempre, que reúne mais de 100 organizações, pretende continuar questionando a viabilidade ambiental da construção da Usina Hidroelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Em nota, as entidades se dizem “indignadas e estarrecidas” com decisões do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que derrubou liminares e permitiu a realização do leilão de construção da hidrelétrica. Vencido por um consórcio liderado pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras, o leilão só foi realizado depois que o TRF-1 derrubou uma liminar da Justiça de Altamira (PA) que suspendia o certame e a licença ambiental concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Estamos indignados e estarrecidos com a decisão do TRF 1a Região, mais do que com o resultado do leilão. Um país no qual o Judiciário se furta de controlar os desvios cometidos pelo Poder Executivo está a meio caminho de um regime autoritário”, protestam as organizações. O Ministério Público Federal (MPF) informou que poderá pedir a anulação do leilão se confirmar que houve “desobediência de decisão judicial”. Isso porque uma nova liminar derrubou o leilão pouco antes da hora marcada para o início do processo, mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) argumenta que não foi notificada a tempo. Após o término do leilão, a liminar também foi derrubada. Na nota, o Movimento Xingu Vivo para Sempre reitera as críticas ao processo de licenciamento ambiental da obra e aos riscos da construção para as populações e a biodiversidade do Xingu. As organizações alegam que os pareceres de técnicos do Ibama foram desconsiderados em nome da importância política do projeto. Belo Monte é o maior empreendimento energético do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A usina poderá gerar até 11 mil megawatts de potência.

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líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM) pediu em Plenário, nesta terçafeira (20), à Defesa Civil do Amazonas o estudo de providências preventivas para evitar deslizamentos de terra em Manaus. Segundo ele, a regiões da capital do Amazonas que estão sujeitas a tragédias semelhantes às registradas no Rio de Janeiro. - Em Manaus o perigo ronda o bairro Novo Israel, formado sobre o antigo lixão da Capital. O Departamento de Produção Mineral já fez a advertência pela voz do geólogo Fred Cruz alertou Arthur Virgílio. Segundo o senador, o bairro Novo Israel é considerado área de risco, havendo no local muitos imóveis com rachaduras, um indicativo da instabilidade do solo. No bairro ocorrem, disse ainda, às vezes breves abalos sísmicos, em decorrência da decomposição do lixo e da formação de gases. Arthur Virgílio apresentou ainda “voto de estímulo” ao campeão sul-americano de luta olímpica, Waldeci Silva, que se viu obrigado a interromper suas atividades desportivas desde que foi atingido, por duas vezes, por desligamento do joelho.


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“Mãe Natureza” está sob pressão, afirma ONU

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udanças climáticas e alterações na camada de ozônio marcam celebração do Dia Internacional da Terra, 22 de abril. A ‘Mãe Natureza’ está sob pressão, já que o mundo a explora com freqüência sem devolver o que retirou. E as conseqüências para a falta de proteção estão sendo sentidas agora. A afirmação é do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em mensagem pelo Dia Internacional da Terra Exemplos As mudanças climáticas e as alterações na camada de ozônio são os principais exemplos, segundo Ban. Ele também cita o declínio da diversidade biológica, a redução da fertilidade dos solos e da pesca, o aumento da poluição de recursos marinhos e a escassez de água potável. A falta de saneamento e água afeta todo o crescimento da população, como disse de Gene-

bra, a diretora do Departamento de Saneamento e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde, OMS, Maria Neira. “Não só as crianças estão morrendo de doenças, como a diarréia, que contribui ainda para a desnutrição. A educação também é afetada porque a criança não poderá ir à escola e tem a questão social e econômica”, afirmou. Harmonia A sustentabilidade ambiental é uma das oito Metas do Milênio, que tem prazo para cumprimento até 2015. O Dia Internacional da Terra foi adotado pela Assembléia Geral das Nações Unidas ano passado, em resolução liderada pela Bolívia. O objetivo é promover a harmonia do planeta com a natureza para o equilíbrio entre as necessidades econômicas, sociais e ambientais das gerações presentes e futuras.

Efeitos de nuvem vulcânica para saúde A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que está monitorando as partículas da poeira provocada por um vulcão na Islândia. Por enquanto, segundo a agência da ONU, os efeitos para a saúde são sentidos apenas na região ao redor do vulcão. As partículas grandes dessa nuvem provocam intoxicação, principalmente irritação respiratória. A OMS informou que o governo islandês já deu início a medidas de saúde para lidar com o problema, como a transferência de moradores mais próximos à área da erupção e o uso de máscaras, mas na Europa a poeira ainda não atingiu o nível do solo. A qualidade do ar nos países europeus afetados continua normal, como explicou o coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde, doutor Carlos Dora.

Parcerias viabilizam mais qualidade na previsão do tempo O Instituto Nacional de Meteorologia,INMET e a OMM, Organização Meteorológica Mundial, iniciaram uma parceria que prevê a instalação de uma rede de 500 estações automáticas de previsão de tempo em todo país. As informações obtidas permitirão que os serviços de previsão do tempo identifiquem graus de umidade, freqüência de chuvas, velocidade de ventos e radiação solar. Esta ampliação na rede aumentará a confiabilidade nas previsões de tempo no Brasil e servirá de base para criação de uma rede de informação ainda maior para todos os países da América do Sul.

Abril 2010 Nações ameaçadas pela elevação do nível do mar estão começando a repensar como podem trabalhar com a natureza para defender suas costas. Nenhum lugar “combateu” o mar como os Países Baixos. Desde 1400, o país construiu diques para se proteger contra marés e tempestades, e tem invadido o oceano, com a criação de aterros. Ao longo do século passado, em particular, os holandeses têm lutado contra tempestades marinhas reforçando o seu litoral, construindo diques de concreto e pedra, e barreiras metálicas que controlam a vasão de água dos deltas e estuários. Confrontado com a realidade de que o nível do mar continuará subindo indefinidamente, provavelmente na mesma proporção em que ocorre atualmente, os Países Baixos foram forçados a repensar sua estratégia, adotando uma abordagem mais suave na sua autodefesa. O conceito, chamado de “engenharia ecológica”, abrange uma variedade de abordagens para o trabalho com a natureza ao invés de confrontar as forças da natureza. Os investigadores esperam com estas técnicas, incluindo a restauração de pântanos, praias e várzeas naturais, ajudar deltas e zonas costeiras a adaptar-se a elevação dos mares e tempestades ferozes.


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Vacinação contra H1N1 conclui outra etapa

razo para vacinação de jovens até 29 anos, gestantes, pacientes crônicos e crianças entre seis meses e 2 anos de idade, termina nesta sexta-feira (23). No dia 8 de maio começa a imunização de idosos contra a gripe comum. Ao contrário de algumas regiões do país, no Distrito Federal os postos de vacinação contra a gripe A H1N1 não irão funcionar neste sábado (24). A vacinação para os jovens de até 29 anos de idade, gestantes, pacientes crônicos e crianças entre seis meses e dois anos, termina na sexta-feira (23). As pessoas idosas deverão ser vacinadas a partir do dia 8 de maio. Quem tiver acima de 60 anos deverá ir aos postos a partir dessa data para receber a vacina Influenza Sazonal – a qual é aplicada anualmente. Aqueles idosos que tiverem complicações como doenças cardiológicas ou respiratórias, por exemplo, também serão vacinados contra a gripe A H1N1. “Ainda dá tempo para que as crianças de seis meses até dois anos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e os jovens procurem os centros de saúde para a vacinação”, frisa a diretora de Vigilância Epidemiológica, Maristela dos Reis.

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entrevista

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O planeta responde ao homem

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emos assistido nos últimos meses a uma sequência de catástrofes, terremotos, destruição pelas enchentes, desabamento de encostas. Os prejuízos são incontáveis. Cidades inteiras destruídas, vidas que se foram, pertences e investimentos pessoais todos perdidos. E agora, o mundo para por consequência da nuvem de fumaça emitida pelo vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia. As grandes indústrias e corporações começam a sentir os prejuízos dessa revolta da natureza, com a paralisação dos voos nos principais aeroportos da Europa, as agendas executivas desorganizadas e grandes eventos cancelados. O Haiti foi completamente destruído, aumentando agora uma miséria já estabelecida no meio daquela população. O Chile, completamente abalado. A safra de vinho,

conhecida mundialmente, foi totalmente comprometida, necessitando da ajuda urgente dos vizinhos e parceiros do mundo inteiro. No Brasil, o castigo das chuvas torrenciais trouxe à tona o perigo das favelas e das populações desprotegidas que residem em áreas de extremo risco. Os prejuízos são contabilizados não somente na economia, mas nas vidas perdidas e nas que sobraram das catástrofes, sem perspectivas de futuro.

As mudanças climáticas e as alterações na camada de ozônio são os principais exemplos Ban Ki Moon, secretário-geral da ONU

De acordo com a avaliação da ONU, o planeta está respondendo a um prejuízo que vem sofrendo por anos e anos de exploração desmedida. “As mudanças climáticas e as alterações na camada de ozônio são os principais exemplos”, comenta o secretáriogeral da ONU, Ban Ki Moon, que ainda cita o declínio da diversidade biológica, a redução da fertilidade dos solos e da pesca, o aumento da poluição de recursos marinhos e a escassez de água potável. A sustentabilidade ambiental é uma das oito Metas do Milênio, que tem prazo para cumprimento até 2015.


Assim como nossa cidade, toda carreira nasce de um sonho. UniCEUB. Mais de 100 mil profissionais formados, mais de 100 mil sonhos realizados.

O UniCEUB nasceu há 42 anos, para realizar o desejo dos brasilienses de seguir carreira e obter sucesso profissional. O que, à época, era uma instituição jovem como a cidade, hoje, já é responsável pela formação de mais de 100 mil pessoas que passaram a contribuir com seu trabalho e seu conhecimento para o sucesso de nossa cidade. Assim como você, o UniCEUB faz parte da história de Brasília.

Mariana Alves Costa, em 1975. Hoje, é bióloga formada pelo UniCEUB.


comunidade

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Agricultura familiar terá espaço nobre na Agrobrasília Cinquenta mil pessoas são aguardadas no evento que movimentará aproximadamente R$ 100 milhões em negócios. Mais de 200 expositores devem participar do evento.

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Distrito Federal recebe, no próximo mês de maio, a principal feira de agronegócio do cerrado brasileiro. A Agrobrasília será realizada no Parque Ivaldo Cenci, no PAD/DF, a cerca de 60 km do Plano Piloto. A feira ocupará uma área de 500 mil metros quadrados. O evento é uma realização da Cooperativa Agropecuária do DF (Coopa-DF) e conta com o apoio da Emater e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do DF (Seapa). Para este ano, a Agrobrasília receberá mais de 200 expositores, superando a edição anterior, quando participaram 195. A organização do evento espera um público superior a 50 mil pessoas, com uma movimentação de aproximadamente R$ 100 milhões em negócios. A feira deverá reunir produtores familiares e patronais de todo o Brasil, empresas, instituições de pesquisa, órgãos de governo e representações diplomáticas. A Emater reservou 38 mil m² da Agrobrasília ao Espaço de Valorização da Agricultura Familiar. O presidente da empresa, Dilson Resende, explicou que na área serão ofertadas inovações tecnológicas e oportunidades de negócios para os agricultores familiares do DF e região. Serão oito circuitos de apoio à família do campo. Entre eles, destacam-se os programas de Agroecologia e Hortaliças, além do Mais Alimentos — parceria da Emater com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A entrada é gratuita e a feira funcionará entre os dias 11 e 15 de maio, de 8h às 18h.

Marque na agenda

SEMANA DE ARTESANATO DO UNICEUB

DATA: de 3 a 7 de MAIO LOCAL: SETOR DE CULTURA E LAZER, AO LADO DO GINASIO DE ESPORTES - CAMPUS DO UniCEUB - SEPN 707/907

42º Curso de cultivo de cogumelos comestíveis e medicinais Período de pré-inscrição: até 20 de maio Data de realização do Curso: de 25 a 29 de maio de 2010 Local: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia sobre o Curso: (61)34484627 (Arailde/ Embrapa) sobre Inscrições:(61) 3448-4783 (CatCursos)

VIDA EM EXTINÇÃO Tinamus solitarius – MACUCO

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uma ave brasileira de grande porte,vive nas florestas de Pernambuco ao Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Sul de Goiás, sudeste de Mato Grosso, encontrada também na Argentina e Paraguai. Alimenta-se de sementes, bagas e frutas sempre próximo a riachos e nascentes. Chega a medir até 48 cm de cumprimento, de cor pardoazeitonado e o ventre cinza claro.A principal ameaça para a extinção desta espécie é o desmatamento e a caça predatória, pois ela não se adapta à outras matas que não tenham as mesmas características do bioma primitivo.

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PAPO VERDE Tristeza, cansaço e revolta

*Sibelle da Fonseca Okano é advogada ambiental uma noite dessas, ouvi Foto Arquivo Pessoal um telejornal sobre os recentes e trágicos eventos que assolam o país nesta temporada de chuvas e fiquei remoendo o resumo feito pela repórter sobre a situação. Em três palavras, ela sintetizou tudo aquilo que o povo brasileiro sente neste momento: TRISTEZA, CANSAÇO E REVOLTA. Dotada de grande sensibilidade, essa profissional conseguiu o comovente depoimento de uma sobrevivente, que numa expressão incrível de dor e desânimo, desabafou: “eu perdi tudo, minha senhora, tudo!” Gostaria de dizer a esta senhora da comunidade do Morro do Bumba, que muitos brasileiros do bem compartilham a TRISTEZA das populações carentes que não participam da gestão de suas próprias vidas. Se de fato participassem, estariam habitando lixões, morros, várzeas, distritos industriais ou qualquer outra área de risco? Compartilhamos a TRISTEZA da degradação das cidades e de não encontrarmos uma forma de eufemizar a realidade que nelas presenciamos: aos pobres, os lixões... aos lixões, os pobres! Gostaria de contar a ela sobre o meu CANSAÇO - que é diferente dos que cavam escombros à procura de sobreviventes ou corpos para sepultar. Eu pertenço à classe dos especialistas, daqueles técnicos, que rondam os palácios dos governos para alertá-los das possibilidades sombrias, decorrentes do manejo inapropriado da questão ambiental, que determinarão graves perdas de espaços e de pessoas. Tomados por impertinentes, insistimos participar e contribuir para o enfrentamento das crises ou na antecipação de soluções para a melhoria da qualidade de vida. Frequentemente somos dispensados: das comissões, dos conselhos, dos grupos de estudos, das casas legislativas, das salas de aula e até da mídia! Nosso discurso, embora lógico e coerente, deve ser enfadonho... Mas, pensando naquela mulher que declarou com tanto desânimo ter perdido tudo, é que levo este PAPO SÉRIO com você, exortando-o para participar de uma REVOLTA efetiva, originária de uma NAÇÃO INDIGNADA ao se ver impotente diante de tantas culpas que não são apuradas, diante do “ tempo” que tradicionalmente se dá no intuito de fazer com que o esquecimento soterre os escândalos (neste caso, tratase da generalizada ausência de políticas públicas voltadas para o respeito ao mais fundamental de todos os direitos dos homens, o direito à vida). Que aquela senhora sem esperança, possa saber que a Constituição Federal que determina que todos neste país tenham assegurado o direito à vida com dignidade e qualidade, está sendo desprezada tanto quanto os que habitam os morros e àquelas vítimas, e aos que se solidarizam com elas, resta-nos exigir com mais veemência, administradores profissionais para as cidades brasileiras, dentre os que possuam histórico, comprometimento com o desenvolvimento e a promoção da pessoa humana. Finalmente concluí que tragédias como essas, obrigam pessoas CANSADAS a voltar para o front.

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“Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.”

Antoine de Saint-Exupéry


CIDADANIA Abril 2010

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As árvores em Brasília

Manoel Cláudio da Silva Júnior

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50 ANOS DE BRASÍLIA, O QUE TEMOS PARA COMEMORAR NO MEIO AMBIENTE? Brasília, orquídea do cerrado Ibama homenageia o aniversário de 50 anos da capital

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rasília (20/4/2010) – O Ibama, por meio de sua pesquisadora Lou Menezes, chefe do Orquidário Nacional e coordenadora do Projeto Orquídeas do Brasil, presta uma homenagem aos 50 anos de Brasília batizando uma variedade de orquídea nativa do cerrado como var. semi-alba ‘Brasília 50 Anos’. A Cattleya walkeriana, espécie de grande beleza ornamental, é, na atualidade, a orquídea brasileira mais procurada pelos colecionadores de todo o mundo, notadamente os asiáticos. Nesse contexto, o valor das mudas chega a variar de R$ 20 a R$ 40 mil, dependendo da raridade da variedade. No Brasil, os grandes colecionadores, os chamados orquidófilos de elite, estão concentrados nas cidades do interior de Minas Gerais e São Paulo. Lou Menezes, que é engenheira florestal, está produzindo uma monografia sobre a referida espécie a ser publicada em agosto próximo. “A homenagem, que acho muito importante, é que Brasília é, na verdade, de tão bela, exótica e atraente, uma orquídea. Eu amo Brasília!”, revela a pesquisadora.

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RENATO HORNE, GERENTE DE MARKETING DO PÁTIO BRASIL SHOPPING

articularmente, nós do Pátio Brasil comemoramos a nossa certificação ISO 14.001 em gestão ambiental, que é um reconhecimento do nosso compromisso com o meio ambiente. Também podemos comemorar o pioneirismo e a aceitação de nosso Ecoponto na cidade, que hoje recebe da comunidade milhares de lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias usadas para serem enviadas para a correta descontaminação e reciclagem. Essa é uma comemoração nossa e de Brasília, já que toda a população está evitando que sejam jogados no meio ambiente materiais tóxicos e prejudiciais à saúde. Nosso Ecocartoon também é outra vitória do Pátio Brasil e da cidade. Em apenas duas edições, a mostra conseguiu levar o nome de Brasília para as mais diferentes regiões do planeta, unindo artistas e pessoas de 49 países em prol de temas relacionados à preservação ambiental. Para os próximos 50 anos, esperamos comemorar a ampliação da conscientização, participação, atitude e comprometimento de outras empresas, instituições, governo e comunidade em geral com ações que preservem a excepcional qualidade de vida existente em Brasília.

comum encontrar nos documentos sobre a criação de Brasília o comentário que a região foi desbravada pelos pioneiros. Entretanto, nada de bravo havia por aqui! Os bravos, eles sim, chegaram para construir a nova capital. A vegetação e fauna regional, sensíveis que são, nunca haviam vivenciado tamanha destruição. Com o pano de fundo que visava atender muitos interesses políticos e econômicos, a população humana foi convencida que a construção de Brasília foi o grande feito da nossa sociedade. Nas entrevistas e documentos da época é comum notar a referência sobre a vegetação local... Aqui não tinha nada! Só mato! Este sentimento se refletiu na construção da nova capital. Mesmo na cidade planejada, quando se sabia onde cada edificação deveria estar, a vegetação local não foi incluída no planejamento. Os tratores dos bravos reviraram o solo e tudo que havia em cima deste para erguer um novo monumento no Planalto Central. Hoje restam poucos remanescentes da vegetação que vicejava por aqui antes de Brasília. A humanidade, por não saber lidar com o tempo, acaba por não ter tempo! Assim desconhece os outros humanos e a vegetação que está a sua volta. Nestes 50 anos, a arborização em Brasília aprendeu com seus próprios erros e ainda tenta oferecer aos moradores conforto ambiental. Na cidade que anualmente vivencia seis meses secos, as árvores são por demais importantes. Em dissertação recente, Roberta Lima encontrou resultados interessantes. O censo das árvores em 39 superquadras no Plano Piloto arborizadas nas décadas de 60, 70 e 80 e 90-00 encontrou 15.187 árvores de 45 famílias e 162 espécies, bastante diversificadas se comparadas às de outros centros urbanos. As mangueiras, os cambuís, os jamelões, as saboneteiras os fícus e as sibipirunas foram as mais plantadas. Muitas espécies usadas inicialmente na década 60 foram substituídas. O número de espécies nativas foi aumentado, entretanto, as espécies exóticas ainda compõem a maioria das árvores plantadas. A arborização das quadras edificadas nas décadas 90-00 aparentemente não foi executada pelo estado (Novacap). Observou-se que os novos prédios são construídos e arborizados pelas empreiteiras que investem pouco esforço mental e financeiro para compor o paisagismo. Assim, o número de espécies é muito baixo, monótono, o que resultou em diferenças onde superquadras arborizadas pela Novacap incluem mais de 600 árvores enquanto que superquadras arborizadas pelo setor privado incluem até o mínimo de 90 árvores. Esta é mais uma declaração da falta de habilidade da humanidade em lidar como tempo que, por isto, tem prioridades equivocadas que não consideram a importância da arborização para o conforto ambiental em qualquer centro urbano. Neste período de aquecimento global, quando a humanidade vivencia eventos climáticos com ventos e chuvas potencializados que vêm destruindo vidas e sonhos de tantos seres vivos, vale a pena pensar: será que vamos comemorar os 100 anos de Brasília? PERFIL Graduou-se em Engenharia Florestal e em Biologia, com mestrado em Ciência Florestal e doutorado em Ecologia Florestal pela Universidade de Edinburgo. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal , com ênfase em Conservação da Natureza. Atua principalmente nos seguintes temas: Cerrado, Árvores, Relação solo-planta, Corredores Ecológicos, Queimadas. Professor Titular do Departamento de Engenharia Florestal da UnB e Membro do Centro de Referência em Conservação da Natureza e Recuperação das Áres Degradadas-CRAD/EFL/UnB.


saúde e bem viver

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Acupuntura para todas as idades

O Ministério da Saúde vai ampliar a lista de fitoterápicos do SUS

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Acupuntura é uma técnica de tratamento de distúrbios orgânicos totalmente natural em que finíssimas agulhas são inseridas em pontos específicos do corpo para promover o equilíbrio das energias e substâncias do organismo, restaurando e promovendo a saúde e bem-estar. Faz parte da antiga Medicina Tradicional Chinesa e é praticada atualmente na China e países asiáticos com tradição de 3000 anos. A Acupuntura pode ser utilizada em qualquer época da vida, ou seja, em qualquer idade sem contra-indicações. Até mesmo crianças ou bebês podem se beneficiar da técnica. Quanto aos bebês, existem vários tipos de métodos em que o ponto de Acupuntura é estimulado, sem precisar diretamente colocar agulhas, pois os bebês ainda são muito inquietos e instáveis, portanto devem ser estimulados com métodos que não perfurem a pele. Já nas crianças maiores, no momento em que aceitarem ficar com as agulhas o tratamento pode ser feito normalmente, respeitando as características do caso e de cada criança. O que se deve ter cuidado é de se adaptar o tratamento normal para um tratamento infantil, como é feito nos tratamentos medicamentosos, só que com a Acupuntura não se utiliza nenhum medicamento. Na China, as crianças fazem o tratamento normalmente com a Acupuntura, sem ter medo das agulhas, pois desde muito pequenas vêem seus parentes se tratarem com agulhas e acham tudo muito comum, pois faz parte da tradição deles como tratamento de diversas enfermidades. Aqui no ocidente, o simples fato de mencionar a palavra “agulha” já causa pânico nas crianças, dificultando a relação delas com a Acupuntura. Os adultos podem fazer a Acupuntura em qualquer época da vida, até mesmo como prevenção de doenças e para o equilíbrio do organismo.

Canteiro Medicinal

Agrião

Isto seria muito vantajoso para a sua saúde diminuindo o uso de medicamentos e evitando os efeitos colaterais de vários destes, que são ingeridos ao longo da vida. Principalmente pessoas que chegam à terceira idade e não podem tomar remédios como os antiinflamatórios porque tem problemas cardíacos e não devem se sujeitar a ter seus efeitos colaterais, assim, optam por uma forma eficaz de tratamento como a Acupuntura que alivia seus sintomas de forma natural. Em qualquer idade, portanto, pode ser indicado o tratamento com Acupuntura, desde que seja adaptado para a idade em questão e tomado os cuidados que cada fase da vida necessita. O paciente deve ter em mente que a resposta e duração de cada tratamento dependem da idade, da doença, da debilidade do organismo e da reação do paciente com a Acupuntura. Normalmente as pessoas que procuram a Acupuntura querem não só diminuir os medicamentos, mas obter mais qualidade de vida sem intoxicar o seu corpo. A Acupuntura pode tratar qualquer doença ocidental dentro da visão da Medicina Tradicional Chinesa, para isto é feito um diagnóstico que é próprio desta Medicina, totalmente diferente da Medicina Ocidental, onde se observa o estado energético de cada paciente, identificando distúrbios na pulsação dos órgãos internos, na alteração da língua, pontos de alteração energética, alteração da coloração de partes do corpo e rosto, sintomatologia e etc. O mais importante é encontrar a causa da alteração do organismo, verificando vários fatores físicos e até emocionais que desencadearam esses sintomas. Dra. Cenira Braga Barros Diretora do EQUILIBRIUS - Centro de Tai Chi Chuan, Acupuntura e Cultura Oriental www.taichichuan.com.br

O

agrião é uma verdura oriunda do sudeste da Ásia e utilizada há muito tempo na Europa, é considerado um dentre os vegetais mais nutritivos. Além de ser considerado uma das principais fontes de vitamina A, é rico em vitamina C, sais minerais como o iodo, enxofre, fósforo e ferro. Estes componentes são importantes para o funcionamento da glândula tireóide, ajudam na formação de ossos e dentes, evitam a fadiga mental e estão ligados à produção de glóbulos vermelhos do sangue. Pode ser utilizado em saladas, sopas, na preparação de sanduíches, panquecas, molhos purês. Os períodos de safra do agrião vão de janeiro a fevereiro e de agosto a setembro.

U

ma portaria interministerial (2.960/2008) assinada pelo Ministério da Saúde e outros nove ministérios, instituiu o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O Programa tem como um de seus objetivos inserir com segurança, eficácia e qualidade; plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à Fitoterapia no SUS. Além disso, vai promover e reconhecer as práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios caseiros. Desde 2007, o SUS fornece fitoterápicos feitos à base de espinheira santa – para gastrites e úlceras – e guaco – para tosses e gripes –, em diversas apresentações, com recursos da união, estados e municípios. Os produtos foram pactuados em 13 unidades federativas (RN, PB, SE, BA, TO, MT, DF, GO, RJ, PR, SC, RO e RS). Os medicamentos fitoterápicos utilizados pelo SUS são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e, por isso, são considerados seguros e eficazes para a população.

Glossário Verde Mudanças climáticas É o mesmo que Mudança do Clima ou Alterações climáticas e significa a alteração do clima. Esse termo atualmente é bastante usado ao se mencionar as consequencias do Efeito Estufa

Responsabilidade sócio-ambiental Responsabilidade sócio-ambiental é a princípio, uma junção dos conceitos de responsabilidade social e responsabilidade ambiental

“A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade.”

Aristóteles


ENTRETENIMENTO Abril 2010

Companheiros do

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CURIOSIDADES DA GASTRONOMIA com André Gubert

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A História do Queijo gorgonzola

onta uma das lendas que o queijo foi descoberto por acaso há milhares de anos antes de Cristo, no Oriente Médio, por um árabe nômade que trazia com seus alimentos uma espécie de cantil feito de estômago de cabra contendo leite também de cabra. Em certo momento, ao tentar beber o leite, ao invés de sair o próprio leite, saiu um líquido ralo semelhante a uma água suja. Espantado, mas curioso, ele abriu o cantil e descobriu uma espécie de coalhada branca que devido à situação jamais poderia ser dispensada e ao provar encontrou um sabor agradável. Nasce assim o primeiro queijo, e isso faz com que seja um dos alimentos preparados mais antigo do mundo. A riqueza da história da origem do queijo dificulta muito tratarmos em apenas um artigo, falaremos de um tipo de queijo por vez e nessa primeira vez trataremos do gorgonzola. Gorgonzola é uma pequena cidade situada ao norte da Itália, perto de Milão, com aproximadamente 18 mil habitantes que criou um dos mais famosos queijos de todo mundo. A história do queijo na Itália se confunde com a própria história italiana onde, desde o reinado dos Césares o queijo tornou-se peça importante da alimentação dos italianos. Existe um registro histórico onde é relatado que no ano de 879 dC, o bispo de Milão fez uma doação de queijo gorgonzola, que era um produto de alto valor, à escola de Santo Ambrósio, padroeiro da cidade, comprovando, assim, a importância desse alimento para a população da região milanesa. Para acompanhar este prato, a sommelliére Fernanda Vianna nos dá uma dica: cuidado ao harmonizar o queijo gorgonzola com vinho, esse queijo por ter sabor marcante pode ofuscar o sabor do vinho, mas ela recomenda um vinho Malbec (tinto seco) argentino. E para Ingredientes quem quer conhecer um pouco mais a respeito de vinho, ssa tipo penne • 500g de ma a sommelliére estará ministrando a palestra “Os Rituais la zo on de queijo gorg á ch e d s ra do Vinho”. Para maiores informações, acesse o site www. ca xí • 2,5 lexcellence.com.br ou pelo telefone (61) 3039-8700. ssado

ama nteiga sem sal • 100 g de ma ada pa de cebola pic so e d er lh co 1 • nha de trigo • 80 g de fari ite morno • 700 ml de le e ser e leite fresco (pod d e em cr e d g 0 • 30 em lata) • Sal 4 pessoas *para

andre.bistrot@gmail.com


Espaço da Água

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Aprovada última versão da Carta do Paranoá 2010

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versão final da Carta do Paranoá 2010 foi elaborada no dia 19 de abril, durante reunião plenária realizada na Biblioteca do Cerrado. Na ocasião, foram discutidas as ações apresentadas na versão inicial do documento e feitos novos ajustes. A partir de agora, os participantes da plenária terão mais alguns dias para avaliar as modificações realizadas e, em seguida, discutir como se dará o andamento das propostas. O intuito é encaminhar a Carta do Paranoá para órgãos de governo e entidades da sociedade civil organizada a fim de dar continuidade às discussões do documento. A elaboração da primeira versão da Carta aconteceu no último dia do Seminário Água e Cidadania – Visões múltiplas para um recurso de usos múltiplos, realizado de 22 a 24 de março, quando grupos de trabalho de representantes da sociedade civil e do governo apresentaram ações efetivas de conservação e preservação do Lago Paranoá. Os interessados em fornecer sugestões e críticas para o documento tiveram até o dia 16 de abril para encaminhar suas contribuições. Durante a plenária estiveram presentes representantes do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Administração Regional do Recanto das Emas, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), Federação da Agricultura e Pecuária (Fape-DF) e Fundação Pró-Natureza (Funatura).

MAGNOdgi

SISTEMA COMPACTO DE TRATAMENTO BIOLÓGICO PARA REUSO DE EFLUENTE RESIDENCIAL

O aumento dos custos de água, tratamento de esgoto e consciência ambiental, têm induzido à necessidade de minimizar o consumo de água nas residências. O pólo tecnológico do Distrito Federal, através das Empresas Universo Ambiental e Pojetando Soluções, disponibilizam ao mercado nacional um produto inovador que realiza todas as etapas biológicas necessárias para produzir água de reuso.

A água gerada no sistema pode ser utilizada para lavagem de pisos, pátios, galerias de águas pluviais, descarga dos vasos sanitários; rega (jardins, campos de futebol, áreas verdes) e ferti-irrigação (fertilizante para culturas não rasteiras). O retorno desse investimento ocorre entre 10 e 15 meses, dependendo das variantes de consumo e custo local da água, o que configura um excelente incentivo

para quem deseja estar conectado com a tendência global de construir de forma responsável, sustentável e econômica.

CONSULTORIA, PROJETO E EXECUÇÃO

SRTVS - Quadra 701 Conj. E, ed. Palácio do Rádio I Bl. 3 n° 130 Sala 104 Asa Sul - Brasília/DF - CEP 70.340-906 www.universoambiental.org contato@universoambiental.org Cel. (61) 8569 3926 / 9295 0965

“Só podemos vencer o adversário com o amor, nunca com o ódio.”

Gandhi

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