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Companheiros do Ano I.: Nº 5.: 2ª Quinzena

JANEIRO – 2010

VERDE

Curso de piscicultura para produtores rurais Pág. 5 MERCOSUL – Brasília sediará encontro ambiental Pág. 4 Água Mineral – Descontos para beneficiários de programas sociais Pág. 9 Regularização de poços em Vicente Pires Pág. 12

Pág. 6

Informativo do Meio Ambiente e Cidadania

Nutrição

Farinha de cogumelos é novidade no cardápio dos brasileiros Consumidores adeptos da alimentação saudável já podem contar com a “Farinha Imperador” na alimentação diária. O produto, desenvolvido a partir do cogumelo rei, foi obtido por meio de uma parceira entre a empresa do Distrito Federal, Blazei-Brazil, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e o UniCeub (Centro Universitário de Brasília). O alimento não contém glúten, é de fácil digestão, rico em fibras, vitaminas e minerais, e pode ser utilizada na fabricação de bolos, pães, barras de cereais, entre outras guloseimas. O preço da farinha já é um atrativo, bem inferior quando c o m p a r a d o ao preço dos cogumelos in natura. Foto: Cláudio Bezerra

Queimadas no Cerrado de Brasília


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VERDE Foto: Jessé Vieira

EDITORIAL

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odos têm acompanhado nos noticiários a agressão do clima neste fim de 2009 e início de 2010, indicando que a natureza está saturada de tanto desrespeito, cobrando seu preço pela vaidade da humanidade moderna. Mas não é só a natureza que demonstra estar no limite, as relações humanas tem dado sinais de já terem ultrapassado os limites da solidão e da violência. O desenvolvimento acelerado não tem sido danoso somente à natureza, mas ao próprio bem estar humano. As relações de amizade têm se distanciado pela insegurança, medo e falta de tempo para uma boa conversa, saber como está o outro. Tenho vivenciado uma relação de amizade com meus vizinhos de condomínio muito gratificante, como nas histórias de nossa mãe ou avó que sempre tinha um vizinho com quem dividia experiências corriqueiras da vida. Temos dividido biju de tapioca, café e muita conversa. Considero este relacionamento confortante e que traz segurança. Parece que esta amizade nos moldes antigos precisa voltar a ser mais praticada com urgência! Aproveite nesta edição a editoria SAÚDE E BEM VIVER. Boa leitura! Christina Pedra Diretora

TELEFONES PÚBLICOS DE EMERGÊNCIA Corpo de Bombeiros..............................193 Defesa Civil..........................................199 Disque-denúncia...................................181 Polícia civil..........................................197 Polícia Militar.......................................190 Secretaria dos Direitos Humanos............100 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher.................................................180

EXPEDIENTE

TELEFONES ÚTEIS Central De Serviços Alcoólicos Anônimos..................................3226.0091

CVI – Centro de Valorização do Idoso.................................0800 644 1401 Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente..............................3361.1049 Promotoria de Defesa do Consumidor.............................. 3343.9851 SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA CEB....................................0800 61 0196 CAESB................................................115 PROCON.............................................151 DETRAN..............................................154

COMPANHEIROS DO VERDE companheirosdoverde@gmail.com

Publicação: Solução Audio Visual Ltda. End.: Condomínio San Diego, Lt. 15, sobreloja 03 Jardim Botânico - CEP 71.680-362 Fone/fax: (61) 3335 3584 / 9666 2947 Email: companheirosdoverde@gmail.com dircompanheirosdoverde@gmail.com Direção Geral: Olga Christina Pedra Direção Administrativa e Financeira: Evelynne Pedra Jornalista Responsável: Helen Assumpção - Registro nº: 7618/DF Projeto Gráfico / Diagramação: Sérgio Linhares

DEBATE Helen Assumpção

Brasil segue na liderança

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ara os que vibram com resultados positivos sobre o meio ambiente brasileiro, podem comemorar mais uma vez a liderança mundial do Brasil no recolhimento de embalagens de agrotóxicos. No ano passado, foram recolhidas cerca de 28 mil toneladas, o que representa um retorno de 90% dos recipientes. Nossa taxa é muito superior em relação a países, como os Estados Unidos, Canadá e Japão que têm índices entre 20% e 30% de recolhimento. Ego à parte, o Brasil tem feito sua lição. O nosso sistema de fiscalização é eficaz e funciona da seguinte forma: o revendedor e o comprador são identificados e a devolução das embalagens monitorada, inclusive com punições previstas nas leis de agrotóxicos e de crimes ambientais. Com isso, desde 2002, ano que entrou em funcionamento o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), o país já recolheu mais de 136 mil toneladas de recipientes usados. Mas qual o destino das embalagens antes desse sistema de fiscalização? Enterrados, queimados ou jogados em rios, causando inúmeros danos ao meio ambiente e ao homem. Podemos exportar esse modelo de fiscalização. Algum país se habilita?

Contatos para consultas sobre espaço publicitário: dircompanheirosdoverde@gmail.com Colaboradores: André Gubert e Leonardo Barreto. Webmaster: Felipe Gelbcke Fontes de pesquisas: Ag. Câmara, Ag. Senado, Ag. Brasil, Embrapa, Adasa e Ministério do Meio Ambiente. A imagem do do cachorro do mato na pág.08 e da queimada do cerrado na capa, pertencem ao banco de imagens do IBAMA. Distribuição gratuita: Órgãos do GDF, Administração do Lago Sul, Administração do Jardim Botânico, Câmara Legislativa, Câmara Federal e Senado, Esplanada dos Ministérios, Campus do Uniceub, Rodoviária do Plano Piloto e locais de grande circulação em Brasília e na cidade de Goiânia. *Os artigos assinados não traduzem a opinião do jornal ‘Companheiros do Verde’.

Foto: Werles Neves

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Dia do Astronauta Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos


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ntegrantes da comissão especial que analisa mudanças no Código Florestal definiram o cronograma das próximas audiências públicas promovidas para discutir a reforma. Os debates serão retomados no dia 2 de fevereiro em Goiânia e seguirão para o interior de São Paulo e Minas Gerais. As discussões nos estados prosseguirão até 8 de fevereiro, percorrendo cidades como Palmas, Manaus e Boa Vista. A intenção é ouvir sugestões e críticas à proposta, como explica o presidente do grupo, deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). “A comissão está se direcionando aos biomas brasileiros e nós começaremos os trabalhos no bioma mais frágil, a Caatinga. O que se quer com esse código, que nós chamamos de Código Ambiental, é a reformulação da política ambiental e florestal no Brasil”, ressalta Moacir Micheletto. Das audiências, vão participar cientistas e representantes de universidades, de ONGs e do governo.

Licenças Entre as mudanças em debate, está a descentralização das licenças ambientais e a revisão de conceitos como os de áreas de preservação permanente e reserva legal, que é o percentual de vegetação a ser conservada em uma propriedade e que varia de acordo com cada bioma. Uma das ideias é permitir que essa reserva seja computada como área de preservação. Moacir Micheletto considera que as audiências darão suporte à elaboração do relatório. “A linha-mestra do texto é, primeiro, fazer com que o zoneamento ecológicoeconômico seja o grande instrumento de elaboração da política ambiental. Em segundo lugar, é fazer cumprir a Constituição, segundo a qual compete à União determinar as normas de ação relativas ao meio ambiente, com a operacionalidade a cargo dos estados”, explica o deputado. A intenção de Micheletto é que a proposta de reforma do código seja votada na comissão em março, para ser apreciada em Plenário já em abril.

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Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) está desenvolvendo, em parceria com a montadora Fiat, um projeto na área de biocombustíveis para transformar motores a diesel em motores que conseguem trabalhar diretamente com óleo vegetal virgem. Segundo revelou o presidente do Inmetro, João Jornada, “não precisa fazer o biodiesel. O sujeito pode ir lá no meio do mato pegar os grãos que ele tem, como a soja, espremer, filtrar e já usar no motor dele”. O projeto está em fase experimental e será inaugurado em fevereiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. João Jornada revelou que o projeto envolve tecnologia, motor e certificação. Também na área de biocombustíveis, o Inmetro pretende este ano consolidar uma das mais importantes parcerias firmadas em 2009, com o National Institute of Standards and Technology (Nist), órgão similar do instituto nos Estados Unidos. “Nós desenvolvemos conjuntamente os primeiros padrões de medição para biocombustíveis. E isso é fundamental para a transformação do biocombustível em commodity (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado internacional) porque aí você tem padrões facilmente acessíveis de qualidade”. Ainda na área de sustentabilidade ambiental, com vistas a uma maior eficiência energética veicular, o Inmetro está desenvolvendo projetos para etiquetagem de veículos com relação ao consumo de combustíveis, dentro do programa que pode servir de base para uma política tarifária do governo, disse Jornada.

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3ROtWLFD VXVWHQWiYHO 2V WHUUHPRWRV VRFLDLV Leonardo Barreto – Cientista Político e autor do blog www.casadepolitica.blogspot.com

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e vez em quando, alguns eventos nos lembram do quanto a vida humana é sustentada sobre equilíbrios muito frágeis que temos com a natureza. Os terremotos, tsunamis, enchentes e deslizamentos que ceifam milhares de vidas todos os anos, abalam a ideia que fazemos de nós, enquanto superFoto: Jessé Vieira homens e senhores do mundo. Parte desses desastres é causada ou acelerada por nós. Outra parte foge ao nosso controle, como o ajustamento geológico que arrasou o Haiti. A notícia boa é que, além dos estragos materiais, todas essas tragédias também geram mudanças políticas e sociais. Por exemplo, a alteração climática tem exigido esforços dos governos no sentido de organizarem e articularem políticas públicas para minimizar e reverter seus efeitos. O terremoto do Haiti comoveu a comunidade internacional e promete mudar o modelo de ajuda prestada aos países em dificuldade. Além de combater os estragos provocados pelo tremor, os países estão estudando formas de enfrentar o “terremoto” social que condenava toda a população haitiana a viver sob padrões de vida pré-civilizatórios. O Haiti precisa de prédios escolares, mas também de professores. De plantas industriais, mas também de empregos. A população local deseja reerguer seu palácio presidencial, mas também deseja políticas públicas voltadas para suas mazelas sociais. Após o Haiti, seria importante a coalizão de países permanecer mobilizada para ajudar outros lugares que vivem suas próprias tragédias humanas. Afinal, a preservação do meio ambiente começa pelo desenvolvimento da natureza humana.


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governo brasileiro dividiu e organizou a tarefa de arrecadar doaçþes e separar donativos fornecidos para o Haiti. A Defesa Civil, ligada ao MinistĂŠrio da Integração Nacional, ďŹ cou responsĂĄvel pelo recebimento e preparação das roupas doadas e dos alimentos; o MinistĂŠrio da SaĂşde, pelos medicamentos; e o Gabinete de Segurança Institucional da PresidĂŞncia da RepĂşblica (GSI), pela prestação de serviços, como envio de equipes tĂŠcnicas e de paramĂŠdicos.

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ntre as vĂ­timas do terremoto, um grupo tem preocupado mĂŠdicos e organizaçþes humanitĂĄrias: mulheres grĂĄvidas ou que ainda estejam amamentando. De acordo com a organização nĂŁo governamental Care Internacional, a estimativa ĂŠ que 37 mil grĂĄvidas estejam entre a população afetada pela tragĂŠdia e que estĂŁo com diďŹ culdade de acesso Ă ĂĄgua, alimentos e remĂŠdios. Segundo a ONG, o Haiti jĂĄ possuĂ­a o pior Ă­ndice de mortalidade materna do Caribe e AmĂŠrica Latina, com 670 mortes para 100 mil nascimentos. Em parceria com o Fundo de Desenvolvimento das Naçþes Unidas para Mulher (Unifem), a ONG vai trabalhar na identiďŹ cação de necessidades mais urgentes das mulheres grĂĄvidas e as que estĂŁo amamentando e começar a distribuição de kits de higiene, de cuidados bĂĄsicos com bebĂŞs e sachĂŞs para puriďŹ car ĂĄgua.

Foto: Ag. Brasil

AlĂŠm dessas tarefas, o MinistĂŠrio da Defesa gerencia um banco de dados sobre a oferta de ajuda e de tudo que pode ser mobilizado para o Haiti, informa o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, gene- Foto: Ag. Brasil ral Jorge Armando FĂŠlix. AtĂŠ agora, todos os alimentos enviados ao paĂ­s, devastado por um terremoto no Ăşltimo dia 12, foram do estoque da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o general, a ajuda brasileira atende Ă s prioridades indicadas pelo governo haitianos, pelo comando MissĂŁo das Naçþes Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), pelo batalhĂŁo brasileiro no paĂ­s e pelo embaixada brasileira em Porto PrĂ­ncipe. “NĂłs estamos atendendo as necessidades do Haiti. NĂŁo estamos mandando o que queremos, mas o que eles estĂŁo precisandoâ€?, explicou Jorge Felix. Segundo o general, enviar donativos sem saber as prioridades do paĂ­s, “em vez de solução, vira um problemaâ€?. Ele se referia ao fato de que muitas doaçþes brasileiras aos paĂ­ses do Sudeste AsiĂĄtico que sofreram impacto do tsunami de 2004 tiveram que voltar O subchefe de Comando e Controle do Estado Maior do MinistĂŠrio da Defesa, almirante Paulo ZĂşccaro, disse que o Haiti estĂĄ precisando de forma emergencial de ĂĄgua engarrafada, alimentos prontos para consumo e medicamentos.

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Parlamento do Mercosul aprovou durante a Ăşltima reuniĂŁo executiva, em MontevidĂŠu (Uruguai), a realização do 1Âş Encontro Latino Americano sobre Meio Ambiente. O evento serĂĄ em julho de 2010, no Jardim Botânico de BrasĂ­lia, e estabelecerĂĄ a cooperação internacional nas questĂľes de preservação e recuperação de terras degradadas. A ideia ĂŠ fazer da capital brasileira o centro de decisĂľes continentais sobre o tema. O encontro agregarĂĄ tambĂŠm a reuniĂŁo de Jardins Botânicos Brasileiros. A intenção ĂŠ pensar soluçþes de sustentabilidade para as ĂĄreas preservadas e de espaço urbano, debatendo conservação e desenvolvimento social da população. Entre as propostas de programação estĂŁo a elaboração de planos para a educação ambiental de crianças. HĂĄ ainda proposiçþes para treinamento de orientadores sobre artesanato sustentĂĄvel. A ideia ĂŠ aproveitar o manejo adequado de espĂŠcies e elaborar cartilhas sobre alimentação alternativa e de baixo custo. Mudança de foco – A ideia do encontro, sugerida pelo JBB, tem a tutela de ĂłrgĂŁos federais. No auge das discussĂľes mundiais sobre meio ambiente, a aprovação do evento representa um salto positivo nas questĂľes ambientais para as AmĂŠricas. Atualmente, as discussĂľes sobre temas ambientais ocorrem no continente Europeu. O grupo sugere uma mudança nesse paradigma. O Parlamento do Mercosul ĂŠ o ĂłrgĂŁo de representação civil dos paĂ­ses membros do grupo: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (que se encontra em processo de adesĂŁo). Criado legalmente em dezembro de 2005, sua primeira sessĂŁo foi realizada em 2007. Localizada em MontevidĂŠu, a Câmara Legislativa ĂŠ integrada por 90 deputados — 18 de cada paĂ­s-membro.

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ilda Arns Neumann, nascida em Forquilhinha (SC), de uma famĂ­lia de 13 irmĂŁos, durante muito tempo foi mais conhecida como uma das irmĂŁs de dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emĂŠrito de SĂŁo Paulo. Mas, a partir dos anos 80, seu trabalho social se destacou a ponto de levĂĄla a receber diversos prĂŞmios e tĂ­tulos, no Brasil e no exterior. Falecida no Ăşltimo dia 12 em Porto PrĂ­ncipe, capital do Haiti, no terremoto que atingiu o paĂ­s, Zilda Arns, que era pediatra e sanitarista, procurava desenvolver tambĂŠm lĂĄ um programa na ĂĄrea de nutrição. ViĂşva, mĂŁe de cinco ďŹ lhos, ela foi fundadora e coordenadora nacional das pastorais da Igreja CatĂłlica voltadas para a criança e para os idosos. Com a Pastoral da Criança, que hoje atende a dois milhĂľes de crianças em todo o Brasil, Zilda Arns foi fundamental na popularização do chamado “soro caseiroâ€?, re-

mĂŠdio simples e barato para combater a desidratação infantil. O papel de Zilda nesse processo pode ser bem compreendido pelo depoimento que ela prĂłpria daria no encontro de religiosos previsto para ocorrer no Haiti e que acabou nĂŁo ocorrendo em razĂŁo do terremoto e de seu falecimento. Em seu discurso, divulgado pela CNBB, Zilda diria que, para organizar seu trabalho, inspirou-se na passagem bĂ­blica da multiplicação dos pĂŁes e peixes: “Tive segurança de seguir a metodologia de Jesus: organizar o povo em pequenas comunidades; identiďŹ car lĂ­deres, famĂ­lias com grĂĄvidas e ďŹ lhos menores de seis anos. Os lĂ­deres que se dispusessem a trabalhar voluntariamente nesta missĂŁo de salvar vidas seriam capacitados, em espĂ­rito de fĂŠ e vida, preparados tĂŠcnica e cientiďŹ camente, em açþes bĂĄsicas de saĂşde, nutrição, educação e cidadania. Seriam acompanhados em seu trabalho, para que nĂŁo desanimassemâ€?. Zilda Arns recebeu o prĂŞmio de Mulher CidadĂŁ Bertha Lutz, dado pelo Senado. Ao celebrar o Dia Internacional da Mulher no dia 10 de março de 2005, a Casa premiou outras quatro mulheres com o diploma.

Leia mais, conheça e participe do COMPANHEIROS

DO VERDE tambĂŠm na Internet: www.companheirosdoverde.com.br


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Produtores rurais poderão fazer cursos em piscicultura

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Centro de Tecnologia em Piscicultura (CTP), localizado na Granja Modelo do Ipê, abriu inscrições para os cursos voltados a produtores rurais. Sob a orientação da Subsecretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar da Secretaria de Agricultura, serão ministrados gratuitamente dois minicursos mensais para turmas de até 20 participantes cada. Os moradores do Entorno receberão oito horas de curso em um único dia. Já a população da área urbana do DF terá aulas em dois dias, com carga horária de dezesseis horas. Se houver demanda para outros temas, novos cursos poderão ser oferecidos. Confira abaixo o calendário dos cursos divulgado pelo CTP. As inscrições podem ser feitas pelos números 3380-2847 ou 3380-3112 até completar o número de vagas por turma. Calendário dos cursos oferecidos pelo CTP: Fevereiro: 10 – Piscicultura Básica 24 e 25 – Piscicultura Básica Março: 10 - Piscicultura Básica 24 e 25 – Reprodução de Peixes Abril: 22 - Piscicultura Básica 23 - Produção de Iscas Vivas - Lambaris Maio: 10 - Piscicultura Básica 24 e 25 – Criação de Peixes com Recirculação de Água Junho: 09 - Piscicultura Básica

23 e 24 - Piscicultura Básica Agosto: 10 - Piscicultura Básica 24 e 25 – Criação de Peixes com Recirculação de Água Setembro: 09 - Produção de Iscas Vivas – Lambaris 10 – Encontro de Piscicultores do DF e Entorno (150 participantes) Outubro: 13 - Piscicultura Básica 27 e 28 - Reprodução de Peixes Novembro: 10 - Piscicultura Básica 24 e 25 - Produção de Iscas Vivas – Lambaris

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Opção para as férias, projeto Ciranda da Ecologia une brincadeiras com dicas de preservação do meio ambiente. Desde o dia 8 de janeiro, as crianças que estiverem em Brasília poderão aproveitar as férias no Pátio Brasil. O shopping realizará, até o dia 7 de fevereiro, o evento “Ciranda da Ecologia”, em parceria com o grupo Ciranda. As atividades envolvem brincadeiras educativas que falam sobre a preservação do meio ambiente e seus biomas. As crianças poderão participar de oficinas de quebra cabeça, jogo da memória, desenho, pintura de rosto e dinâmicas de reciclagem. Além disso, a estrutura do projeto contará com um trenzinho, que passará pelas estações do meio ambiente. Em cada espaço, os monitores explicarão para as crianças como cuidar da água, do ar, da fauna e da flora do nosso país. As atividades da Ciranda da Ecologia são indicadas para crianças de 2 a 10 anos. O projeto ficará montado na Praça Central do Pátio Brasil até o dia 7 de fevereiro, das 10h às 22h, de segunda a sábado, e das 12h às 21h, nos domingos e feriados.

3$548( '$ 0,1+$ &,'$'( A Administração do Lago Norte iniciou uma reforma no Parque Vivencial II, no SHIN QL 02. Segundo o administrador Humberto Léda, a reforma já recuperou os portões de acesso ao parque, o parquinho, e os píeres e o terraço ganharam rampas de acessibilidade para os portadores de necessidades especiais. “Ainda não terminamos. Estão previstas mais melhorias, entre elas a construção de uma Academia da Melhor Idade, na ciclovia e novas coberturas para os abrigos“, afirmou Léda. O funcionamento do Parque é diário, das 6h às 20h. O espaço conta com serviço de vigilância que

/DJR 1RUWH UHYLWDOL]D SDUTXH fiscaliza e coíbe atividades incompatíveis com o local, tais como: churrascos, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de drogas. “Trata-se de área dotada de riqueza ecológica, que exige preservação. Precisamos cuidar bem dela para que continue sendo um ambiente familiar”, reforçou o administrador. A construção de um pátio de manobras na altura da QL02/ QL04 aumentará a segurança. Pois permitirá o acesso e ações mais rápidas do policiamento ostensivo. Proporcionando maior tranquilidade e segurança aos frequentadores.

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oi publicada no dia 12, no Diário Oficial do Distrito Federal, a primeira Norma que regulamenta a produção, distribuição e aplicação do composto orgânico de lixo na agricultura. A norma foi elaborada por órgãos ligados ao meio ambiente e coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma). A resolução estabelece normas, padrões e procedimentos para produção, distribuição, uso e monitoramento do composto orgânico de lixo. O insumo pode ser usado na agricultura, florestamento, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, pesquisa e geração de outros produtos do Distrito Federal. O objetivo é trazer benefícios e evitar riscos à saúde e ao meio ambiente. Com a publicação da norma de resolução, os agricultores terão mais segurança na utilização do composto orgânico de lixo. Além disso, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) — órgão responsável pela distribuição do adubo — deverá fornecer aos adquirentes folhetos informativos sobre a forma correta de usar o composto. Ao todo, foram realizadas 37 reuniões com a finalidade de elaborar o material. O Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal (Conam-DF) aprovou a resolução no dia 15 de dezembro.

Adubo químico x adubo orgânico

O uso indiscriminado do adubo químico representa uma ameaça ao meio ambiente. Segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), um dos problemas do composto químico é a contaminação dos lençois freáticos, que é levada pela água da chuva. O produto químico pode ainda se evaporar, em forma de óxido nitroso, destruindo a camada de ozônio da atmosfera. O composto orgânico pode ser adquirido no SLU, Ed. Venâncio 2000, Bloco B-50, 9º Andar, por R$ 27 reais a tonelada. Mais informações pelo telefone: (61) 3348-7801.

Serviço

– Onde adquirir o adubo orgânico? Serviço de Limpeza Urbana (SLU) — Ed. Venâncio 2000, Bloco B-50, 9º Andar – Qual o preço? R$ 27,60 a tonelada – Quem pode adquirir? Agricultores ou qualquer pessoa interessada – Informações: (61) 3348-7801

O que é?

Impacto Ambiental: ї Alteração provocada pelo ser humano que pode ter efeito ou consequências temporárias ou permanentes sobre o meio ambiente. O impacto pode ser danoso ou não ao meio ambiente, mas sempre irá alterá-lo.

DICAS DE ECONOMIA

ї Chame apenas um elevador de cada vez. Procure utilizar as escadas para subir ou descer poucos andares. ї Pinte o teto e as paredes internas com cores claras, que refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de iluminação artificial.


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)DULQKD GH FRJXPHORV LQpGLWD QR PHUFDGR EUDVLOHLUR Mi HVWi j GLVSRVLomR GRV FRQVXPLGRUHV Produto ĂŠ resultante da parceria entre a Embrapa Recursos GenĂŠticos e Biotecnologia e o Centro UniversitĂĄrio de BrasĂ­lia - UniCEUB

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s consumidores do Distrito Federal e de todo o Brasil jĂĄ podem contar com um novo produto inĂŠdito no mercado nacional: a “Farinha do Imperadorâ€?. O produto foi lançado em novembro e ĂŠ resultado de uma parceria bem sucedida entre a Embrapa e o Centro UniversitĂĄrio de BrasĂ­lia – UniCEUB. A “Farinha do Imperadorâ€? foi desenvolvida a partir do cogumelo rei (Ganoderma lucidum) e recebeu esse nome em função desse cogumelo ser uma das iguarias prediletas do imperador da China. O produto foi desenvolvido pela empresa do Distrito Federal, Blazei-Brazil, que nasceu da parceria entre a Embrapa Recursos GenĂŠticos e Biotecnologia e o Centro UniversitĂĄrio de BrasĂ­lia (UniCEUB), consolidando mais um resultado positivo das açþes de parceria pĂşblico-privada. A parceria entre as duas instituiçþes faz parte do Programa de Incubação da Embrapa, que tem como objetivo disponibilizar tecnologias geradas na ĂĄrea de agropecuĂĄria para empresas de base tecnolĂłgica atravĂŠs do Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Novas Empresas de Base TecnolĂłgica AgropecuĂĄria (PROETA). Esse programa ĂŠ parcialmente ďŹ nanciado pelo Banco interamericano de Desenvolvimento (BID) e destina-se a estimular a utilização de tecnologias da Embrapa, por meio da incubação de empresas em incubadoras jĂĄ existentes.

)DULQKD IRL GHVHQYROYLGD D SDUWLU GH FRJXPHOR TXH FRPS}H D FROHomR GD (PEUDSD A Blazei-Brazil foi incubada pelo UniCEUB, atravĂŠs de sua Incubadora de Empresas denominada CASULO, com a tecnologia

Jun-Cao, adaptada pela Embrapa Recursos GenĂŠticos e Biotecnologia da China para o Brasil para produção de cogumelos comestĂ­veis. As variedades do cogumelo rei utilizadas no desenvolvimento da farinha saĂ­ram do Banco de Cogumelos para Uso Humano da Embrapa Recursos GenĂŠticos e Biotecnologia, coordenado pela pesquisadora Arailde Urben e que hoje conta com mais de 300 espĂŠcies de vĂĄrios cogumelos de importância comestĂ­vel e medicinal. A farinha pode ser utilizada na fabricação de pĂŁes, bolos e outras guloseimas com um diferencial: por ser produzida a partir do cogumelo rei, carrega com ela todas as propriedades nutritivas desse fungo, que ĂŠ rico em beta-glucana (ďŹ bra alimentar que auxilia na redução da absorção de colesterol), vitaminas e minerais, entre outros nutrientes. Para chegar Ă â€œFarinha do Imperadorâ€?, o empreendedor Haroldo CĂŠsar de Oliveira, diretor da Blazei-Brazil, contou tambĂŠm com o apoio da FAP/DF – Fundação de Apoio Ă Pesquisa do Distrito Federal e da FINEP. O produto rendeu ainda a Haroldo o prĂŞmio de “EmpresĂĄrio Inovador 2009â€?, outorgado pela FAP/DF em novembro deste ano. A “Farinha do Imperadorâ€? nĂŁo contĂŠm glĂşten, podendo ser consumida por pessoas portadoras da doença celĂ­aca. AlĂŠm disso, o fato de conter o cogumelo Ganoderma lucidum melhorou o seu valor nutricional e a facilidade de digestĂŁo, quando comparada Ă s farinhas encontradas no mercado. O produto possui 52,29g/100g de Beta-glucana (Ă&#x;-1,3 e Ă&#x;-1,6), bem superior a outros grĂŁos como aveia e cevada que contĂŞm entre 4 a 9%, ĂŠ rico no teor de ďŹ bra com 12,11% de ďŹ bra alimentar total, sendo 0,21% de ďŹ bras solĂşvel e 11,90 de ďŹ bras insolĂşveis.

3HVTXLVD HQWUH (PEUDSD H VHWRU SURGXWLYR EHQHILFLD FRQVXPLGRUHV Segundo Haroldo, um pacote de 200 gramas da “Farinha do Imperadorâ€? vai custar R$ 7, 00, o que ĂŠ barato quando comparado ao preço dos cogumelos in natura. “Cem gramas do cogumelo rei chegam a custar R$ 30,00â€?, aďŹ rma o empreendedor. Isso ĂŠ possĂ­vel porque os cogumelos na forma da farinha tiveram os seus valores reduzidos a ponto de viabilizar seu uso. “Com isso, esperamos colaborar para a inclusĂŁo dos cogumelos na alimentação diĂĄria dos brasileirosâ€?, ressalta Haroldo. Para os interessados nessa deliciosa inovação tecnolĂłgica, a “Farinha do Imperadorâ€? pode ser comprada em lojas de produtos naturais e ĂŠ uma Ăłtima opção para a fabricação de pĂŁes, bolos, biscoitos, molho de macarrĂŁo, barrinhas energĂŠticas, mingau e cereais, entre outras opçþes que ďŹ cam por conta da criatividade dos consumidores. Mais informaçþes podem ser obtidas com Haroldo CĂŠsar de Oliveira (Blazei-Brazil) pelo telefone: 3347-9655.

Foto: ClĂĄudio Bezerra

Fonte: Embrapa Recursos GenĂŠticos e Biotecnologia.


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Câmara dos Deputados analisa a Medida ProvisĂłria 476/09, que concede crĂŠdito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para empresas que usem resĂ­duos sĂłlidos como matĂŠrias-primas na fabricação dos seus produtos. Esse crĂŠdito sĂł poderĂĄ ser aproveitado na aquisição de resĂ­duos sĂłlidos diretamente de cooperativa de catadores de materiais reciclĂĄveis. A MP tambĂŠm concede, entre janeiro e março de 2010, alĂ­quota zero da CoďŹ ns para a venda de motocicletas com potĂŞncia de 150 cilindradas ou inferior. Esse mesmo benefĂ­cio jĂĄ havia sido dado atĂŠ junho de 2009. O crĂŠdito do IPI terĂĄ validade por 5 anos, atĂŠ o ďŹ nal de 2014. PorĂŠm, a medida sĂł terĂĄ efeitos apĂłs a regulamentação, pelo Executivo, das regras detalhadas (por exemplo, o nĂşmero mĂ­nimo de catadores participantes de uma cooperativa para que ela seja beneďŹ ciada). O Executivo tambĂŠm deverĂĄ deďŹ nir, por meio da tabela de incidĂŞncia do IPI, quais serĂŁo os materiais adquiridos como resĂ­duos sĂłlidos que darĂŁo direito ao crĂŠdito presumido do imposto. Em qualquer caso, o limite da dedução serĂĄ de 50% do valor de nota ďŹ scal dos resĂ­duos.

%UDVLO 5HFLFOH UHFROKH PLO OkPSDGDV QR 3iWLR %UDVLO No dia 12, empresa farĂĄ o transporte e a descontaminação do material que foi recolhido no Ecoponto. Em 2009, comunidade entregou 70.618 lâmpadas. No dia 12 de janeiro, a Brasil Recicle coletou 15 mil lâmpadas uorescentes que foram arrecadadas em dezembro de 2009 no Ecoponto do PĂĄtio Brasil. O material foi recolhido e transportado para uma ĂĄrea de descontaminação. O Ecoponto ĂŠ um projeto Ăşnico no Distrito Federal, que recolhe e recicla mensalmente lâmpadas, pilhas e baterias entregues pela comunidade. De janeiro a dezembro de 2009, o PĂĄtio Brasil recebeu 70.618 lâmpadas uorescentes e 67.597 unidades de pilhas e baterias. Isso evitou que fossem jogados no meio ambiente 353,09 kg de poeira fosforosa contendo materiais nocivos como chumbo, mercĂşrio, bĂĄrio e cĂĄdmio. A Brasil Recicle ĂŠ uma empresa que atua na ĂĄrea de coleta, transporte, descontaminação e destino ďŹ nal de lâmpadas especiais. Depois de descontaminados, os componentes das lâmpadas sĂŁo reaproveitados como materiais reciclĂĄveis, sem prejudicar o meio ambiente.

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Brasil tem ĂĄreas de excelĂŞncia no que se refere Ă recuperação e revalorização dos resĂ­duos sĂłlidos, como a recuperação de alumĂ­nio. Mas, segundo o professor da Escola PolitĂŠcnica da Universidade de SĂŁo Paulo (Poli-USP), JosĂŠ Renato Baptista Lima, ainda hĂĄ deďŹ ciĂŞncias. O paĂ­s lidera o ranking mundial de reciclagem de latas e apresenta uma recuperação interessante tambĂŠm de sucata e de papel. Mas, ainda hĂĄ muitos resĂ­duos industriais que nĂŁo sĂŁo recuperados. O prĂłprio esgoto domĂŠstico ainda nĂŁo ĂŠ tratado adequadamente no Brasil, criticou Lima. “Boa parte do paĂ­s nĂŁo tem rede de esgoto. Isso ĂŠ um problema de poluição real. Os rios brasileiros acabam ďŹ cando com a qualidade muito comprometida em função disso.â€? Na avaliação do especialista do departamento de Minas e PetrĂłleo da Poli-USP, os aterros sanitĂĄrios, embora sejam uma solução importante, porque dĂŁo uma destinação final ao lixo, significam, por outro lado, uma das piores alternativas, porque “implicam em perda de terreno, poluição de uma certa ĂĄrea, custos astronĂ´micos de transporte e deposição. Tudo isso ĂŠ ruimâ€?. O correto, segundo aďŹ rmou o professor, seria reciclar. PorĂŠm, isso sĂł ĂŠ possĂ­vel se as pessoas tiverem um grau razoĂĄvel de educação para disporem o lixo separadamente. “Porque o grande problema da reciclagem ĂŠ a separação dos materiais. Separado, esse material teria grande valor.â€? Lima rebateu a tese de que existe lixo nĂŁo aproveitĂĄvel. Esclareceu que mesmo no que se refere ao resĂ­duo residencial, nĂŁo existe material nĂŁo reciclĂĄvel. “Todo resĂ­duo domĂŠstico pode ser reciclado, reaproveitadoâ€?. Alguns resĂ­duos industriais considerados perigosos, entretanto, nĂŁo podem ser reciclados. Nesse caso, a alternativa menos ruim seria a deposição em aterros sanitĂĄrios controlados.

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Universidade de SĂŁo Paulo (USP) deu inĂ­cio neste ano ao funcionamento de um centro de descarte e reuso de resĂ­duos de informĂĄtica. Pioneiro na sua modalidade em ĂłrgĂŁo pĂşblico e instituição de ensino superior, o centro pretende descartar adequadamente ou reciclar lixo eletrĂ´nico, como equipamentos obsoletos de informĂĄtica e de telecomunicaçþes. Nos primeiros meses de operação, o centro vai priorizar o tratamento do lixo eletrĂ´nico da prĂłpria USP. No decorrer do ano, começarĂĄ a receber o lixo eletrĂ´nico da comunidade. As pessoas que tiverem equipamentos eletrĂ´nicos obsoletos poderĂŁo agendar o descarte ou obter informaçþes pelo e-mail cedir.cce@usp.br. Os equipamentos que forem reciclados serĂŁo emprestados a instituiçþes de inclusĂŁo digital. Esses equipamentos cumprirĂŁo vida Ăştil estimada em dois anos e depois retornarĂŁo ao centro para o descarte ďŹ nal correto.

“Seja a mudança que vocĂŞ deseja ver no mundo.â€?

Mahatma Gandhi


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Famílias de baixa renda pagarão 75% menos para entrar no parque. Decisão reduz preço do ingresso para R$ 3,00.

isitantes do Parque Nacional de Brasília que comprovarem ser titulares ou parentes em primeiro grau de beneficiários de programas voltados a famílias de baixa renda terão desconto de 75% no preço do ingresso e vão pagar R$ 3. Portaria com a decisão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade foi publicada no dia 18 de janeiro no Diário Oficial da União. A medida favorece, também, aos beneficiários do programa Vida Melhor, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do GDF. Na entrada do parque, vigorava até então o chamado Desconto Brasil, um abatimento de 50% para brasileiros e estrangeiros residentes no país. Dessa maneira, o preço integral do ingresso, de R$ 12, valia apenas para estrangeiros. Com o desconto de 75%, o preço cai para R$ 3. De acordo com a portaria, o objetivo da medida é facilitar a

oportunidade de lazer aos visitantes e, ao mesmo tempo, conscientizálos para a importância de apreciar e preservar os recursos naturais. O Parque Nacional de Brasília é uma amostra típica do ecossistema do planalto central brasileiro, o cerrado. Suas nascentes e fontes alimentam as duas piscinas do parque. A capacidade do parque é de 3 mil pessoas, em dia de funcionamento das duas piscinas. Quando apenas uma está funcionando, a capacidade cai para 2 mil pessoas, informa a chefe da unidade ambiental, Maria Helena Reinhardt.

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Abóbora

A Canteiro Medicinal

abóbora, além de muito valor nutritivo, contém grande quantidade de vitamina A, importante para a visão, conserva a saúde da pele, evita infecções e ainda auxilia o crescimento. Possui niacina, que faz parte das vitaminas do Complexo B, cuja função é evitar problemas de pele, do aparelho digestivo, do sistema nervoso e reumatismo. Contêm, ainda, sais minerais, como cálcio e fósforo, que participam da formação de ossos e dentes, construção muscular, coagulação do sangue e transmissão de impulsos nervosos.

Alecrim

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oda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários e medicinais, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, cânfora e outros princípios ativos que lhe conferem propriedades excitantes, tônicas e estimulantes. Ele restitui rapidamente a energia perdida, dá mais estrutura de trabalho aos que lidam muito com o mental racional. É uma das ervas que ajuda na depressão e estados permanentes de cansaço por problemas emocionais. Aumenta a capacidade de aprendizado. É A ERVA DA CORAGEM.

Tabagismo Os números do tabagismo no mundo são alarmantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, a cada dia, 100 mil crianças tornam-se fumantes em todo o planeta. Cerca de cinco milhões de pessoas morrem, por ano, vítimas do uso do tabaco. Caso as estimativas de aumento do consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos se confirmem, esse número aumentará para 10 milhões de mortes anuais por volta de 2030.

VEGETARIANISMO X NATURALISMO O vegetarianismo é um antigo sistema de alimentação em que são abolidos produtos cárneos, inclusive peixes e aves. O sistema naturalista de alimentação não é o mesmo vegetariano, mas pode abrangêlo. O naturalismo dá preferência a alimentos na forma mais natural, como produtos integrais: pão, arroz, massas integrais, mel de abelha e produtos não refinados. VEGETARIANOS FAMOSOS:

“O bem que se faz perfuma a alma.” Isaac Newton

”Um dia, enquanto subia em uma mangueira percebi a riqueza de possibilidades motoras e experiências que podia ter se seguisse o ‘caminho’ do estudo sistemático de situações na árvore. Assim começou a história da Integral Bambu. O bambu foi o material coerente para que pudesse ‘construir as minhas árvores’ e reproduzir as situações de suspensão que desejava, é exótico, acolhedor, de fácil manejo, bonito, flexível e resistente. A fim de atingir os objetivos que traçava, fui construindo estruturas feitas de bambu para dar aula, fazer exercícios, aprender a andar suspenso, fazer massagem, expressar movimentos artísticos, ou para simplesmente subir. A Integral Bambu vem se aperfeiçoando com o decorrer do tempo, movimentada pela diversidade de propostas, pela característica de ambiente criativo e libertário. Utilizando da construção constante e da diversidade cultural das pessoas que praticam, formamos o movimento da Integral Bambu.”

Marcelo Rio Branco, criador da Integral Bambu.

Mahatma Gandhi

Victor Hugo

Conheça a Integral Bambu

Albert Einstein

CURIOSIDADES DO BAMBU Seus caules são aproveitados na fabricação de diversos objetos como instrumentos musicais, móveis, cestos e até na construção civil, também é utilizado em construções de edifícios a prova de terremotos. É possível produzir a partir desta gramínea, a fibra de bambu. Depois do ataque a Nagasaki o bambu foi a primeira planta a renascer. Uma semente de b a m b u pode formar uma floresta de bambu em 30 a 40 anos.


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CURIOSIDADES DA GASTRONOMIA com AndrĂŠ Gubert

andre.bistrot@gmail.com

A histĂłria do feijĂŁo tropeiro

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egundo o dicionĂĄrio AurĂŠlio, tropeiro ĂŠ o condutor de tropas ou o indivĂ­duo que compra e vende tropas de gado, de mulas ou de ĂŠguas. Mas tal termo tambĂŠm designa o transporte de gado da RegiĂŁo Sul e Sudeste (principalmente Rio Grande do Sul, SĂŁo Paulo e Rio de Janeiro) para a RegiĂŁo de Minas Gerais, no perĂ­odo colonial brasileiro. Nos sĂŠculos XVII e XVIII, na regiĂŁo das minas gerais a mĂŁo de obra, principalmente escrava, foi direcionada para atividade de mineração, que estava em pleno crescimento, fazendo com que a produção de alimentos bĂĄsicos ďŹ casse comprometida. O resultado foi o aumento do transporte de matĂŠria prima de outras regiĂľes, em animais, para os centros de mineração, consequentemente aumentado a necessidades de utilização desses animais. Nessa ĂŠpoca, os tropeiros faziam parte do ambiente rural e de vĂĄrias cidades pequenas desses roteiros. Sua alimentação estava baseada em feijĂŁo, toucinho, linguiça, carne seca, farinha de mandioca, fubĂĄ, cafĂŠ, pimenta do reino, entre outros gĂŞneros de fĂĄcil conservação. A mistura do feijĂŁo cozido, mas quase sem caldo com linguiça, toucinho, farinha de mandioca e alguns temperos, originou um dos mais tradicionais pratos da cozinha mineira e brasileira, o feijĂŁo tropeiro.

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BICHO AMIGO

Oi amiguinhos! Meu nome Ê Simba, tenho cinco anos e gosto muito de brincar com crianças. Todas as noites, gosto de passear sozinho e meus donos não precisam me acompanhar. Quando estou com sono, volto correndo para casa. Gosto de brincar com minhas bolinhas e tenho muitos ciúmes delas, não deixo ninguÊm brincar. E onde mais gosto de receber carinho Ê na barriguinha. Thalita Vargas

‡Envie a foto e a histyria do seu bicho amigo para companheirosdoverde#gmail.com


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$GDVD UHJXODUL]D SRoRV HP 9LFHQWH 3LUHV Dos cerca de 80 chacareiros, 50 já iniciaram o processo de outorga de suas fontes de água. Eles poderão usar os poços para consumo humano até que a Caesb ligue a rede de abastecimento na área.

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inquenta dos cerca de oitenta chacareiros da região de Vicente Pires já iniciaram o processo de outorga de seus poços e cisternas junto à Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF (Adasa). Eles poderão usar as águas subterrâneas para consumo humano até que a Caesb ligue a rede de abastecimento na área. Quando isto ocorrer, eles só poderão utilizar os poços para irrigação, desde que a propriedade tenha mais de cinco mil metros quadrados. Os usuários que ainda não têm acesso à água da Caesb também devem procurar a Adasa para regularizar seus pontos de captações de águas subterrâneas. Quem não pedir outorga fica sujeito às penalidades previstas nas resoluções 163 e 420 da agência, que prevê multa que vai de R$ 100 a R$ 10 mil. A fiscalização está sendo intensificada e, a partir deste mês, serão encaminhados os auto de infrações àqueles que não cumprirem a determinação. A regularização dos poços (outorga e tamponamento) faz parte dos termos do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), celebrado entre o Ministério Público e os órgãos do GDF. Quem já recebe água da Caesb não pode continuar usando água de poço para consumo. Apenas quem possui área superior a cinco mil metros tem direito ao uso da água de poço para irrigação, desde que receba a outorga da Adasa. A área de Vicente Pires está em processo de regularização fundiária e, de acordo com o TAC, só poderão usufruir do processo aqueles que estiverem completamente regulares com todos os órgãos do GDF, inclusive com a Adasa. Técnicos da agência têm participado de encontros com todos os moradores da região para esclarecimento de dúvidas e fornecimento de outorgas. Os que não participaram destas reuniões podem procurar o setor de Fiscalização da Superintendência de Recursos Hídricos, na sobreloja da Rodoferroviária, Ala Norte.

“Quem não pedir outorga fica sujeito a multa que vai de R$ 100 a R$ 10 mil.” “Sonha e serás livre de espírito... Luta e serás livre na vida . ”

Che Guevara

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