N.º 70 Distribuição Gratuita 1.º trimestre de 2018
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FILIPE DUARTE SANTOS PROJETO +COMUNIDADE
REFLORESTAÇÃO AMI recorre a método inédito em Portugal
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04 Entrevista: Filipe Duarte Santos 08 Projeto Reflorestação 12 There isn’t a PLANet B
16 Prémios Cinco Estrelas 18 Breves Errata Mecenato Nacional
Foto: © Luisa Nemésio
13 Ano 2017 em revista
Internacional
14 Entrevista Coordenadora Projeto +Comunidade
22 Agenda + Loja AMI 23 Informações
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SUMÁRIO + EDITORIAL
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: a AMI também as combate As alterações climáticas, já em curso em fase acelerada e aparentemente irremediáveis ao longo deste século XXI, são o maior e mais premente desafio que a Humanidade tem de enfrentar. Desafio esse, agravado pela alternância e imprevisibilidade das suas múltiplas manifestações: vagas de calor ou de frio intensas; chuvas torrenciais/ inundações/ incêndios/ secas; degelo do polo ártico e do continente antártico, dos grandes glaciares terrestres; subida do nível dos Oceanos. Até ao final do século, sem uma ação global determinada e sem mais delongas (Cimeira do Rio foi em 1992), e sem o cumprimento do mais recente Acordo de Paris, a temperatura global do nosso planeta aumentará entre 3 ºC a 6 ºC, em função das regiões do planeta Terra: uma enorme catástrofe global! As consequências últimas refletir-se-ão nas migrações de centenas de milhões de pessoas, forçadas por 3 razões distintas: 1º – Agravamento substancial da produção agrícola em todos os continentes, mas particularmente em África, na Ásia Meridional e na América Latina, o que intensificará profundamente o flagelo da fome, verdadeira arma de destruição maciça e que obrigará populações inteiras a migrar; 2º – Aumento substancial do nível dos oceanos, mares e rios, que obrigarão ao refluxo de populações inteiras dos deltas e bacias hidrográficas, onde até hoje encontravam o seu sustento, assim como das zonas costeiras e de muitas ilhas do Pacífico e do Índico que ficarão submersas;
Fernando de La Vieter Nobre Presidente e Fundador da AMI
3º – Conflitos humanos em crescendo, devido às lutas sem quartel na procura da água salvífica, assim como na procura de terras para cultivo e um evidente corolário: defesa das fronteiras por povos que não estarão dispostos a ser invadidas por vagas migratórias sem controlo, nem paralelo, até agora, na história da Humanidade. O combate eficaz às alterações climáticas passa por medidas preventivas e pró-ativas que deverão, forçosa e muito rapidamente, criar um novo paradigma de comportamento de todos nós individualmente e da sociedade humana como um todo, que evite o esgotamento e a destruição dos recursos essenciais (água, alimentos) do nosso Planeta, como tem vindo a acontecer num ritmo cada vez mais acelerado, há várias décadas. Maior consumo de energias renováveis já existentes, melhor consumo das matérias primas minerais, animais (carne, peixe, leite, ovos…) e vegetais (cereais!!!) para que uma melhor redistribuição e equidade se possa rapidamente desenvolver com sustentabilidade entre todos os habitantes do Planeta: só assim será possível criar e fortalecer uma economia verde num mundo mais sustentável para todos! E é exatamente por acreditar na importância desse combate global que a AMI decidiu atuar (e atua!) a nível internacional e nacional, como se pode constatar nesta edição da AMI Notícias, em alguns projetos que desenvolvemos e que muito rapidamente reforçaremos intensivamente. Estamos perfeitamente conscientes que, se não soubermos contribuir para uma rede global de luta contra as alterações climáticas, seremos impotentes para defender as populações das nefastas e maciças consequências que elas provocarão! | 03
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ENTREVISTA FILIPE DUARTE SANTOS Filipe Duarte Santos é licenciado em Geofísica e doutorado em Física Nuclear, professor catedrático na Universidade de Lisboa e um dos revisores do relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC). É, atualmente, Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável/ CNADS. 04 |
ENTREVISTA FILIPE DUARTE SANTOS
Afirma que as medidas de combate, por exemplo, à seca têm de ter por base a “solidariedade”, isto é, as pessoas da cidade pensarem nas do campo; as do litoral colocarem-se no lugar das do interior… Considera a solidariedade suficiente ou terá também de haver um pouco de “law enforcement”? Penso que é uma combinação das duas coisas. É muito importante que a administração central e local estejam conscientes e procurem resolver esses problemas. A nossa sociedade é baseada num conjunto de normas regulamentares e legislativas que fomentam a solidariedade. Isso pode ser mais efetivo ou menos efetivo; há países que dão mais importância a essa solidariedade, outros dão menos… Estou a pensar, por exemplo, em alguns países da União Europeia ou nos Estados Unidos da América, que têm pontos de vista diferentes em relação a esses assuntos. Na União Europeia, na Europa, há uma maior institucionalização da solidariedade social, da coesão social e da inclusão social. Mas para além disso é importante que as pessoas estejam conscientes que também somos afetados de formas diferentes por situações e desastres naturais, por eventos extremos nas cidades e nas regiões rurais. Por exemplo, na cidade não se sente a seca… é ponto de honra das cadeias que abastecem os nossos hipermercados terem os produtos com um aspeto excelente, uma apresentação atraente, independentemente de estarmos numa situação de seca prolongada. Para os agricultores que efetivamente têm de dar de beber e comer ao gado e para os que dependem da chuva para fazer as suas sementeiras e desenvolver a sua atividade agrícola, a situação é mais delicada. Considera que houve uma evolução em Portugal em termos de políticas ambientais e consciencialização dos cidadãos? Qual o caminho percorrido? Existe um plano nacional a curto e médio prazo? Portugal, sendo membro da União Europeia, tem beneficiado muito no que respeita às suas políticas ambientais. A UE é uma união de países que eu diria estar na vanguarda mundial das preocupações ambientais, embora nem todos os países tenham as mesmas posições no que respeita ao ambiente. Mas Portugal tem realmente beneficiado muito, transcrevendo as diretrizes europeias para a legislação nacional. Mas aquilo que se passou no ano passado em Portugal, em termos de incêndios florestais, foi realmente muito grave e aquilo que se nota é que, em parte (enfim, há um conjunto de razões para aquilo que se passou – das quais em primeiro lugar está o despovoamento, o baixo valor económico que tem uma floresta muito emparcelada, muito fragmentada, uma floresta cuja propriedade é em mais de 90% particular e isto são razões importantes) há a questão dos interesses asso-
(...) é importante que as “ pessoas estejam conscientes
que também somos afetados de formas diferentes por situações e desastres naturais, por eventos extremos nas cidades e nas regiões rurais. Por exemplo, na cidade não se sente a seca...
”
ciados ao combate aos incêndios florestais. E é preciso que as pessoas tenham consciência que o combate aos incêndios florestais na escala em que se faz em Portugal e em Espanha é uma atividade com um valor económico grande. É necessário que se tenha consciência disso. E que se nós tivermos, por hipótese, 3 ou 4 anos sem incêndios florestais, as pessoas que vivem desse combate, não têm essa atividade. Isto é perverso. Mas temos que encarar isto. É uma coisa que se sabe. Há artigos científicos sobre isso. Em Itália, por exemplo, foi feito um estudo que revelou que os incêndios eram particularmente intensos nas regiões mais deprimidas do ponto de vista social e económico. Há que ter cuidado quando se afirmam estas coisas. Mas isto foi um estudo feito e publicado e, realmente, quando há um combate a um incêndio, isso traz alguma atividade económica. Tenho notícia de que em Espanha estão efetivamente a fazer uma investigação devido ao facto de o ano passado ter havido um grande número de ignições (repare que é necessário saber como e quando é que o fogo começa… se os fogos começarem sobretudo à noite, é uma coisa; se os fogos começarem na altura do dia em que as temperaturas são mais elevadas, é uma coisa diferente), especialmente em relação aos meios aéreos que têm sido utilizados, porque estes meios rendem muito dinheiro. A natureza humana é como é, nós não podemos alterá-la, somos todos responsáveis, mas há situações que são complexas. Este aspeto é muito importante. Por outro lado, e agora voltando às políticas ambientais, aquilo que se nota em Portugal é que houve avanços ao longo dos últimos anos no que diz respeito às questões ambientais: nós temos uma área de zonas protegidas de mais de 20% do território nacional, portanto é uma área muito grande; temos legislação adequada, mas depois os meios são muito escassos e temos vivido com mais ou menos austeridade, com mais ou menos contenção na despesa e aquilo que se passou o ano passado, de setembro para outubro foi uma situação que se podia ter evitado. Porque a 30 de setembro deixou de haver parte dos meios aéreos e dos meios humanos que existiam | 05
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para combate a incêndios florestais. Foram descontinuados, provavelmente com a intenção de ter uma despesa menor, mas simplesmente acabámos por ter uma despesa maior… teve o efeito contrário. Portanto, não podemos ser cegos nestes cortes orçamentais e temos que ter uma visão do todo, global, e não apenas na ótica da poupança. E se olharmos para o todo, reparamos que temos uma floresta altamente combustível, uma floresta que está em grande parte descuidada e não está a ser gerida como devia ser; temos um despovoamento extremamente preocupante do interior para o litoral do país e temos alterações climáticas que estão a diminuir a precipitação média anual no país e que estão a aumentar a temperatura média anual. Todos estes fatores potenciam, no seu conjunto, os incêndios fora do período que era considerado de fogos florestais, que era o verão. Os grandes fogos do ano passado foram na primavera e no outono. Por isso, a “big picture” aqui é que temos vários fatores a concorrer para o risco e temos de os avaliar e saber gerir e não olhar só para a parte da despesa, pois o efeito pode ser contrário. E estou a falar em termos de despesa, mas muito mais grave é que 112 pessoas foram vítimas mortais dos incêndios, o que é uma percentagem muito significativa do número total de vítimas de incêndios florestais à escala mundial no ano de 2017.
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Considera a Educação Ambiental existente nas escolas portuguesas suficiente? Penso que se tem feito um esforço significativo em muitas escolas. Estive recentemente numa em Viseu que ganhou várias bandeiras verdes. Há concursos para incentivar projetos, etc. Mas há um aspeto que considero muito importante: nós só conseguimos ter uma relação mais próxima e harmoniosa com o ambiente e com a natureza se conhecermos esse ambiente e essa natureza. Hoje em dia, mais de metade da população mundial vive em cidades. Em Portugal não tenho presente a percentagem, mas a maioria das nossas crianças têm um contacto muito limitado com a natureza. Os mais pequenos entusiasmam-se imenso quando veem um burro ou uma vaca ou uma ovelha… em parte porque vivem separados da natureza. Muita gente não sabe identificar um carvalho, uma azinheira, um sobreiro, o que é um loureiro, etc., mesmo as flores e os animais… se não tivermos um contacto com a natureza, se o conhecimento for apenas livresco e não for vivido, não se reconhece o seu valor. Mesmo a nossa zona costeira, que é riquíssima - é pouco conhecida e explorada, exceto a praia onde costumamos passar as férias. Por isso, se não houver um esforço, que o Ministério da Educação apoie, para que haja tempo disponível (os professores queixam-se muito da falta de tempo e de verbas para essas atividades) para levar os alunos a um parque natural ou a
ENTREVISTA FILIPE DUARTE SANTOS uma área protegida e a inteirarem-se do que se está a fazer (e há um esforço muito grande do ICNF no sentido de valorizar as áreas protegidas), se isso não acontecer, tenho sérias dúvidas que se consiga progredir na educação ambiental. Tem que se ir além dos livros e dos computadores. Tem de haver um contacto presencial com a natureza e com o ambiente. Considera que a inclusão de um objetivo de desenvolvimento sustentável dedicado às alterações climáticas é um sinal de que a temática é já encarada pela comunidade internacional como uma prioridade e que poderá ter resultados concretos? Os ODS representam um avanço enorme no esforço que a comunidade internacional está a fazer para atingir um desenvolvimento mais sustentável. Repare que foram 17 objetivos em que houve consenso entre todos os países do mundo. Está lá praticamente tudo o que é necessário para deixarmos aos nossos filhos, netos e bisnetos, um mundo, pelo menos tão sustentável quanto temos hoje, e não com um ambiente degradado e recursos naturais escassos. Mais positivo ainda é haver metas quantificadas nos ODS. Nalguns objetivos estamos a avançar bastante, noutros menos. Mas os ODS são um marco importante e
pre foi um luxo. Agora deixou de ser em grande parte do mundo. Ter uma dieta em que se come carne todos os dias é, à escala global, prejudicial para o ambiente e muito provavelmente também para a saúde. A dieta americana é muito baseada no consumo de carne. Se formos para a Índia, grande parte da população é vegetariana. A dieta que se pratica na Índia é muito mais sustentável. Mesmo a dieta mediterrânea, não tem tanta carne e inclui menos vaca, sendo assim mais sustentável. Na pecuária, a criação de gado bovino, consome grandes quantidades de água e tem o problema das emissões de metano. No passado a China consumia muito menos carne de bovino, do que atualmente. De onde lhes chega essa carne? Em grande parte da América do Sul, especialmente do Brasil e da Argentina. No Brasil a maior parte das emissões de gases com efeito de estufa não vêm da combustão dos combustíveis fósseis mas da desflorestação e da pecuária. De maneira que a alimentação tem, de facto, um grande impacto sobre as alterações climáticas. Outra questão importante é a nossa mobilidade, que é cada vez maior, mas isso tem um custo ambiental porque gera um grande volume de emissões de gases com efeito de estufa. É necessário adotar uma mobilidade mais sus-
uma dieta em que se come carne todos os dias é, à escala “Ter global, prejudicial para o ambiente e muito provavelmente também para a saúde. ” representam um desígnio e um grande avanço para a humanidade. O objetivo da ação climática é para mim, especial, mas todos eles, de uma maneira geral, contribuem para um mundo mais equilibrado. Mas existem obstáculos no caminho dos ODS, sendo um deles a posição dos Estados Unidos perante o Acordo de Paris, que é uma consequência da Ação Climática. Vai ser difícil cumprir o Acordo de Paris, se todos os países não trabalharem no mesmo sentido. Se tivesse de escolher uma medida muito concreta, uma alteração do estilo de vida atual ao alcance de todos nós, para a qual bastasse a vontade de cada um, essa medida seria relacionada com quê? Alimentação? Vestuário? Transportes? Água? Luz? Reciclagem? Eu acho que é a questão da alimentação. E na alimentação, a quantidade de carne que consumimos. Porque a carne é um luxo em termos de impactos ambientais, designadamente em termos de consumo de água e de energia e de emissões de gases com efeito de estufa, especialmente o metano. Durante toda a história, sem-
tentável. E aqui as cidades desempenham um papel muito importante. Hoje em dia as populações concentram-se muito nas cidades e devemos ter cidades mais inteligentes, em que o consumo de água e energia esteja otimizado. Cidades que possam produzir alimentos (através, por exemplo, de culturas hidropónicas*) e energia (através de painéis solares). Há todo um conjunto de soluções possíveis mas que depende de duas coisas muito importantes: vontade individual e coletiva e investimento. A Costa Rica tem, em certas zonas, minas em que se pode explorar o ouro a céu aberto. E a Costa Rica negou-se a fazer essa exploração porque isso implicaria o abate de grandes áreas de floresta e prefere optar por um turismo de natureza sustentável. É um belo exemplo! Se fizermos uma transição, a nível mundial – e tem mesmo que ser a nível mundial, senão, não funciona – conseguimos chegar a um patamar melhor. Se muitos países não cooperarem na adoção de novos comportamentos e desrespeitarem as regras – os chamados “free riders” – então a estratégia, por muito boa que seja, está, à partida, condenada. Leia a entrevista integral na versão digital ou em ami.org.pt/blog
* Hidroponia é a arte e a ciência de crescer plantas numa solução de água e nutrientes em que as raízes são suportadas por um meio que não o solo.
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AMI PROMOVE MÉTODO DE REFLORESTAÇÃO INÉDITO EM PORTUGAL Enquadrada no projeto Ecoética, a ação envolveu cerca de 100 voluntários na limpeza e preparação prévia do terreno para a plantação de 10 mil árvores.
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Em 2017, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), arderam em Portugal mais de 440 mil hectares de terra, vitimando 112 pessoas. Só no Concelho de Gouveia, foram queimados 14 mil hectares, nos incêndios de 15 e 16 de outubro. Face a esta catástrofe, a AMI decidiu criar um fundo de emergência de 30 mil euros anuais para financiamento de projetos que tenham como objetivo atenuar as consequências humanas e ambientais da devastação causada pelo fogo. Este ano, o montante já foi aplicado na recuperação de um terreno ardido na Freguesia de Folgosinho, no concelho de Gouveia.
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“Começámos por Gouveia não só porque foi uma das zonas mais afetadas pelos incêndios, mas também porque na zona da Serra da Estrela nascem dois dos rios mais importantes do país, que abastecem cerca de 40% da população”, explica Gonçalo Santos, diretor do Departamento de Ambiente da AMI. A operação, totalmente planeada pela AMI, teve início no dia 13 de janeiro e incluiu várias fases, tendo sido levada a cabo numa área de 3 hectares, adjudicada pela Associação dos Baldios. Em primeiro lugar, foi realizado um trabalho de limpeza do solo, que implicou a remoção das cinzas da superfície, processo que facilita a capacidade de infiltração da água e absorção dos elementos orgânicos.
AMI
100 voluntários locais
Numa fase pós-limpeza, o mato e os restos ardidos foram cortados, triturados e incorporados no solo, de forma a aumentar o seu teor de matéria orgânica, sendo todo o terreno, depois, lavrado com a utilização de maquinaria pesada, em parte contratada para o efeito dada a situação crítica em que se encontrava o local após os incêndios. Para esta primeira fase, a AMI contou com a preciosa ajuda de cerca de 100 voluntários locais, junto dos quais a associação Folgonatur divulgou a ação. Mas o que distingue este projeto é o método, inédito em Portugal, a que a AMI recorreu para a fase seguinte: a plantação das novas espécies. É que esta fase foi concretizada com o recurso a drones (para conseguir alcançar zonas de difícil acesso) e a "bolas de sementes" largadas por estes, numa ação que decorreu no dia 20 de janeiro.
Trata-se de uma técnica cujo alcance e precisão são consideravelmente superiores às tradicionais, além de que permite o controlo de fileiras e o acesso a zonas sinuosas e de relevo acentuado. No total, foram utilizados quatro drones: enquanto dois traçavam as linhas para a plantação, outros dois libertavam as "seed balls", que caem em linha reta. A cada lançamento, foram libertadas entre 10 a 20 bolas por drone, com 8 a 10 sementes cada uma, sendo que os drones se reabasteciam, para novo lançamento, sempre que esgotavam o seu stock. Estas "seed balls" são sensivelmente do tamanho de tangerinas, contendo as sementes envolvidas numa massa de argila com nutrientes, que as protege depois de lançadas e garante a qualidade das mesmas até a germinação. As sementes incluídas nas “seed balls” são de espécies arbóreas autóctones ‒ carvalho-negral, castanheiro e bétula ‒ espécies essas escolhidas com o parecer de técnicos especializados a cujos serviços a AMI recorreu.
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A opção por estas espécies autóctones ‒ de produção nacional ‒ justifica-se pela sua alta resistência às chamas e fácil adaptação ao relevo, clima e localização. “São sementes de espécies mais bem-adaptadas às condições climáticas, que consomem menos água e, sobretudo, quando ardem, ardem numa temperatura muito inferior; portanto, é possível combater um eventual incêndio mais facilmente”, esclarece Gonçalo Santos. O Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Luís Manuel Tadeu Marques, afirmou, em entrevista à TSF, que a técnica utilizada pela AMI permite chegar aonde dificilmente o homem poderia chegar. "Estas iniciativas são fundamentais para que todos em conjunto consigamos o mais rapidamente possível voltar a pôr este território verde como era". Depois da plantação, foi realizada uma hidrossementeira de espécies autóctones arbustivas e herbáceas, de forma a reconstruir a cobertura de solo original e diminuir a possibilidade de incêndio. Este processo final cria uma pasta aquosa espessa, a partir da combinação de fibras, sementes, fertilizantes e aditivos biológicos do solo que, depois de aplicada, resulta numa manta resistente às forças de erosão. Segundo o diretor do departamento de Ambiente da AMI, ao fixar o solo, a vegetação rasteira também evita as enxurradas com lama e os deslizamentos de terra.
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Para além de toda esta fase operacional, existe um período de acompanhamento, que também conta com a utilização de drones: “Com outro tipo de drones, conseguimos monitorizar os terrenos, o crescimento das espécies e o sucesso da plantação”. A ação, que teve um custo total de 30 mil euros, foi cofinanciada pela campanha promovida pela Altice - de reconversão de pontos telemóvel em donativos -, sendo também possível contribuir através do Projeto Ecoética, que pretende reabilitar terrenos devolutos, ardidos ou degradados, localizados em todo o território nacional, em parceria com associações florestais e câmaras municipais e com o financiamento e envolvimento de empresas e de cidadãos. Para além disto, todos podem contribuir para o Fundo de Emergência Incêndios - “cujo objetivo é desenvolver projetos, à partida nas zonas onde os incêndios foram mais severos”, afirma Gonçalo Santos. Cabe salientar que, ciente de que o ambiente é um vetor fundamental de desenvolvimento das sociedades e de bem-estar das populações e apostando numa estratégia preventiva, de forma a evitar catástrofes humanitárias consequentes da degradação ambiental, a AMI procura promover não só a saúde física, mas também social e ambiental.
AMI
Saiba como pode contribuir para este projeto em: https://ami.org.pt/como-ajudar/ecoetica | 11
" There isn’t a PLANet B !”
FINANCIA 18 PROJETOS EM PORTUGAL
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Pequenas e médias organizações poderão candidatar-se à linha de financiamento do projeto, que será lançada no dia 2 de abril.
A AMI uniu-se à Fondazione Punto.sud - organização italiana que atua na preparação, gestão e avaliação de programas de ajuda humanitária - no projeto "There isn’t a PLANet B! Win-win strategies and small actions for big impacts on climate change". O objetivo é promover modelos práticos de comportamentos económicos e sociais, com vista a incentivar a noção de co-responsabilidade e interdependência entre os cidadãos europeus, diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. Para tal pretende-se estimular pequenas e médias organizações da sociedade civil a tornarem-se ativas a nível local, regional e nacional. O projeto está a ser implementado em parceria com a Comissão Europeia, no âmbito do programa Development Education and Raising Awareness Raising (DEAR). Para além da AMI e da Punto.sud, juntaram-se mais quatro instituições europeias: Asociatia Servicul Apel (Roménia), Fondo Andaluz de Municipios para la Solidaridad Internacional (Espanha), Finep akademie e.V. (Alemanha) e Hungarian Baptist Aid (Hungria). A ideia é criar uma linha de financiamento disponível em cada um dos países parceiros. "Definimos no contexto dos três ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) para os quais o projeto contribui - cidades e comunidades sustentáveis, produção e consumo sustentáveis e ação climática - as áreas
setoriais mais adequadas ao cenário português. A expectativa é receber projetos envolvendo, por exemplo, planeamento urbano, gestão de resíduos, reciclagem, educação ambiental, energias renováveis, gestão de recursos hídricos, entre outros." , explica Andreia Carvalho, coordenadora do projeto na AMI. Em Portugal, serão financiados 18 projetos, num total de 580 mil euros. Desta forma, a organização pretende viabilizar a concretização de projetos cujas atividades podem incluir, por exemplo, formação, sensibilização, desenvolvimento de protótipos, investigação, dinamização de ações a nível local, desenvolvimento de práticas inovadoras e de pequenos negócios sociais. Estima-se que as instituições que podem vir a beneficiar do financiamento sejam cerca de 90, no total dos países parceiros, sendo que os beneficiários finais serão os cerca de 500 000 cidadãos europeus junto dos quais as atividades terão impacto, a partir de um investimento de 4.569.531 euros. A linha de financiamento será lançada a 2 de Abril de 2018, data na qual abrem as candidaturas, sendo que os critérios de elegibilidade serão divulgados em breve. A AMI irá, adicionalmente, promover quatro sessões de esclarecimento em Lisboa, Faro, Porto, Madeira e Açores, em datas também a divulgar em breve.
Este projeto é cofinanciado pela União Europeia.
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2017 foi, claramente, um ano cheio: • Celebrámos 30 anos de missões internacionais; • Apoiámos diretamente mais de 10.000 pessoas em Portugal através de 15 equipamentos e respostas sociais espalhados por todo o país; • Das 107 pessoas em situação de sem-abrigo que viveram nos Abrigos Noturnos da AMI, 42 conseguiram sair dessa situação com o apoio dos nossos técnicos; • Desenvolvemos 33 projetos internacionais e apoiámos mais de 100.000 pessoas um pouco por todo o mundo; • Em parceria com a Unicef na Guiné-Bissau, desenvolvemos um projeto que contribui para a capacitação e melhoria da gestão de saúde e para a implementação da saúde comunitária; • Levámos a cabo a 2ª edição do projeto “Um Click pela Inclusão Social”, desta vez em Gaia, que utiliza a fotografia como instrumento de inclusão, em parceria com a Fundação Jumbo para a Juventude; • Lançámos o 19º Prémio AMI – Jornalismo contra a Indiferença distinguindo os trabalhos “Renegados” de Sofia Pinto Coelho, da SIC, e “Racismo em Português” de Joana Gorjão Henriques, do Público; • Estabelecemos uma parceria com o Centro de Apoio ao Imigrante (IAC) de New Bedford, nos Estados Unidos, com o objetivo de reforçar o apoio prestado aos portugueses deportados para o Continente e para as Ilhas; • Angariámos €10.296 para apoiar as famílias afetadas pelos incêndios que assolaram Pedrogão Grande, através de uma campanha de conversão de pontos telemóvel da Altice; • Entregámos material escolar necessário ao regresso às aulas de 3.443 crianças e jovens de famílias apoia-
3.443 crianças
As equipas da AMI têm uma visão comum: melhorar o Mundo, a cada dia. Se não conseguimos à escala global, tentamos, com afinco, à escala local, onde quer que trabalhemos. Ainda que todos os anos sejam anos de frustrações burocráticas e dificuldades logísticas (em Portugal e lá fora) e embora façamos planos que não conseguimos executar e nos deparemos com realidades que não conseguimos consertar, todos os anos também, implementamos novos projetos, fechamos outros que atingiram os seus objetivos, testemunhamos a melhoria na vida de muitas pessoas e fazemos a diferença na sensibilização da sociedade para questões que consideramos centrais.
Campanha material escolar
54 bolsas
2017 EM REVISTA
Bolsas de estudo
€30.000
AMI
Fundo anual incêndios
das pela AMI em Portugal, graças à 9.ª edição da campanha solidária AMI/AUCHAN – Vales Escolares. Dezenas de voluntários separaram e prepararam todo este material; • Atribuímos bolsas de estudo a 54 estudantes universitários; • Recolhemos mais de 11 toneladas de alimentos graças às parcerias com a Sonae MC e a Kelly Services e a generosidade dos seus clientes e parceiros; • Na sequência dos incêndios de 15 de outubro, decidimos criar um fundo anual de €30.000 para a recuperação e reflorestação de áreas ardidas; • Proporcionámos um Natal mais digno a 1.960 famílias (mais de 5.000 pessoas), através da VII Missão Natal AMI, apadrinhada novamente pelo ator Diogo Mesquita; • Celebrámos 10 anos de Aventura Solidária. Só em 2017, um total de 35 pessoas embarcou em 3 Aventuras Solidárias (Senegal, Brasil e Guiné-Bissau) tendo cofinanciado a reabilitação de uma Casa de Saúde, um espaço de atividades culturais e a implementação de uma Rádio Comunitária; • A marca AMI Alimenta recebeu o Prémio Cinco Estrelas na categoria “Projeto de Responsabilidade Social”. Tudo isto aconteceu graças ao seu apoio e solidariedade. Cá estamos em 2018, com a mesma dedicação. Obrigado!
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PROJETO + COMUNIDADE:
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UM ESPAÇO DO BAIRRO PARA O BAIRRO Iniciado em 2016, o projeto + Comunidade, financiado no primeiro ano pelo programa BIP/ZIP da Câmara Municipal de Lisboa , surge como forma de colmatar algumas lacunas identificadas no bairro “Portugal Novo”, situado no bairro das Olaias em Lisboa. Tem como entidade parceira formal a Associação VoxLisboa. Ao longo da implementação do projeto, tem vindo a construir-se uma rede de parcerias da qual já fazem parte a Junta de Freguesia do Areeiro, a Gebalis, a PSP, a Pastoral dos Ciganos, entre outras. O projeto procura fomentar a melhoria da qualidade de vida e a coesão social da comunidade, através da dinamização de diversas atividades com vista à inclusão, promoção, capacitação e participação dos moradores do bairro. Elisabete Cavaleiro, Assistente Social da AMI e responsável por dinamizar e ajudar a coordenar o Projeto +Comunidade, refere que o +Comunidade não só promove a companhia e um ambiente familiar como une o grupo à volta de um sentimento de pertença. 14 |
Elisabete Cavaleiro com beneficiária
Quais são as principais atividades desenvolvidas no espaço +Comunidade? EC: Existe um planeamento semanal em que cada atividade tem o seu dia. Os beneficiários iniciam sempre a sua semana com a Oficina de Movimento onde fazem exercício físico e relaxamento. O Atelier Sénior, que acontece todas as terças-feiras, é a alma deste espaço ao promover as competências pessoais e sociais, a motivação e auto-estima, através de atividades lúdicas, trabalhos manuais, atividades de motricidade, passeios e ações de sensibilização, formas de promover a participação ativa e de melhorar a qualidade de vida dos nossos beneficiários. A quarta-feira é dedicada ao Gabinete +Saúde, dinamizado em parceria com a Associação VoxLisboa, e promove a realização de rastreios bem como uma relação de ajuda permanente e periódica que visa o despiste precoce de doenças e o acompanhamento e encaminhamento de forma mais direta para as instituições de saúde. As quintas-feiras são sempre muito animadas com a Oficina de Canto onde as senhoras cantam músicas tradicionais portuguesas e ensaiam para a festa de Natal. A sexta-feira é o dia mais competitivo: é dia de jogar Bingo e ninguém gosta de perder!...
AMI
Ação alimentação saudável
Cuidando das mãos
Para além destas atividades que promovem o envelhecimento ativo, que outras iniciativas se realizam neste espaço? EC: Realizam-se reuniões comunitárias com a presença das instituições que atuam no bairro e no meio envolvente e com os representantes das diferentes comunidades. O intuito é o de compreender as necessidades, problemáticas e preocupações das mesmas, bem como encontrar soluções conjuntas para casos individuais e coletivos. Também foi criado o Gabinete de Mediação Comunitária que disponibiliza a toda a comunidade um local onde as pessoas se podem dirigir para esclarecimento de dúvidas relativas a questões sociais (ex.: pedido de médico de família, pedido de RSI, banco alimentar, outros), encaminhamento para serviços e instituições, apoio no preenchimento de documentos (ex.: currículo, inscrições em instituições, outros). Quais os principais fatores e pontos fortes que fazem deste projeto uma referência no bairro? EC: Como pontos fortes é de mencionar a positiva adesão ao projeto e as sinergias com os parceiros da rede comunitária local. O envolvimento e o interesse da comunidade, a cooperação da rede de parceiros e a promoção de uma resposta que não existia no bairro, constituem os principais fatores de sucesso. Considera que este projeto se diferencia pelo seu propósito sustentável e social? EC: O + Comunidade começa a destacar-se no bairro como um espaço de referência e recurso para os moradores, contribuindo para a minimização de algumas problemáticas identificadas e para o aumento do sentimento de pertença e melhoria da qualidade de vida dos membros da comunidade. Neste momento estamos a projetar a continuidade deste projeto e a planear algumas atividades para implementar.
Atelier de costura
QUEM ENCONTRÁMOS NO ESPAÇO… Dª Ana é de Lamego e há 15 anos que recorre à AMI. Tem uma filha de 58 anos, 2 netos de 34 e 33 anos e um bisneto de 3 anos que adora. Refere com muita emoção que aprendeu a "fazer" o seu nome no espaço + Comunidade. Com os seus 86 anos ainda faz rissóis e croquetes (dos bons!) para vender. Dª Guilhermina, apoiada pela AMI há 12 anos, é de Pinhel, distrito da Guarda, onde uma vez por ano, e até hoje, se reúne com 50 familiares. Diz que quando sai de casa leva sempre dois sacos, um para dar e outro para aceitar. A Dª Maria é de Tarouca, distrito de Viseu. Tem 4 filhos e 11 netos e sempre trabalhou nas limpezas, aprendeu a costurar no espaço. O Sr. Luís é funcionário da AMI desde 1999 e, além de ser o vigilante do Centro Porta Amiga das Olaias, é também o ombro e o ouvido amigo de todos os beneficiários que frequentam este espaço. Quando lhe perguntamos se gosta de ajudar a sua resposta muito rápida é “adoro!“.
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PRÉMIOS CINCO ESTRELAS
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Isabelle Romão, Luisa Nemésio, Fernando Nobre, Leonor Nobre e Isabel Pinheiro, na noite de entrega dos prémios.
Na noite do dia 24 de janeiro, no Teatro Tivoli, em Lisboa, empresas, instituições e personalidades dos mais diversos setores de atividade reuniram-se na cerimónia de entrega da 4ª edição dos Prémios Cinco Estrelas. Produtos como Delta Q, MEO e Renova, foram alguns dos destaques da iniciativa, que selecionou 98 marcas vencedoras em 162 categorias, depois de um estudo complexo e aprofundado de 516 candidaturas. O Projeto Aventura Solidária arrecadou o Prémio de Melhor Projeto de Responsabilidade Social, com destaque para o impacto do projeto junto da comunidade que é apoiada; a diversidade intercultural; a experiência única e enriquecedora ao nível pessoal e humano; a ligação entre voluntariado e lazer e a qualidade das atividades lúdicas e culturais incluídas no programa, que foram os principais atributos transmitidos pelos aventureiros solidários que participaram no inquérito de satisfação. Foi também realizado um estudo de mercado na categoria de consumo com um total de 1.543 pessoas a participar e que consideraram esta iniciativa um projeto Cinco Estrelas. Mas as boas notícias não se ficaram por aqui e a noite foi repleta de surpresas para a AMI! Fernando Nobre, fundador e Presidente da Fundação AMI foi nomeado pelo público Personalidade do Ano na área de Solidariedade. Nomes como Marcelo Rebelo de Sousa, Cristiano Ronaldo ou Rui Nabeiro, entre outros, foram também destacados noutras áreas. Para além disto, a organização do evento lançou, este ano, o TOP 5 das marcas que os portugueses consideram Cinco Estrelas nas variáveis “Satisfação Global”, “Nível de Recomendação”, “Confiança na Marca” e 16 |
AMI GANHA PRÉMIO DE MELHOR PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E RECEBE TRÊS OUTROS GALARDÕES “Inovação”. Das 98 marcas vencedoras do Prémio, a AMI entrou para o TOP 5 em duas das quatro variáveis: “Confiança”, com 79% dos votos e “Inovação”, com 78% Esta foi a terceira vez que a AMI foi reconhecida pela entidade organizadora. Em 2016 o projeto premiado foi o Kit Salva Livros. E em 2017, a AMI ganhou o prémio na categoria de Melhor Projeto de Responsabilidade Social, com o seu projeto AMI Alimenta. Segundo Isabel Pinheiro, responsável na AMI por este projeto, “o selo Cinco Estrelas atribuído ao AMI Alimenta, no ano passado, deu ainda mais credibilidade e notoriedade ao projeto e ajuda na venda dos produtos. Para além disso há um plano de comunicação associado aos vencedores e ao longo do ano os projetos Cinco Estrelas têm destaque nos media. No caso do AMI Alimenta, o projeto foi divulgado na Radio Renascença, no Jornal Público e na newsletter Cinco Estrelas, sendo que o selo está patente nas embalagens das Frutas & Legumes da marca.” Com quatro anos, o Prémio Cinco Estrelas já se consolidou como um selo de referência no mercado das certificações de marketing e vem ganhando cada vez mais notoriedade entre o público português. A Fundação AMI agradece, reconhecida, as distinções recebidas e sente uma responsabilidade acrescida em prosseguir o seu trabalho de forma séria e eficiente, continuando a ser merecedora da confiança da população portuguesa e renovando o seu compromisso junto dos destinatários dos projetos desenvolvidos, que são a principal preocupação da Fundação e aqueles junto de quem a AMI pretende fazer a diferença.
PRÉMIOS CINCO ESTRELAS
Com base nas variáveis “notoriedade”, “humanismo”, “satisfação”, “confiança” e “inovação”, 550 mil portugueses elegeram o presidente e fundador da AMI, Fernando Nobre, como Personalidade do Ano na Área de Solidariedade.
“É uma honra, um privilégio e uma responsabilidade acrescida contar com a confiança e o respeito dos cidadãos portugueses! Fico muito sensibilizado com a distinção e procurarei sempre corresponder, humildemente, às expectativas.” – Fernando Nobre.
SAU BRASIL · SENEGAL · GUINÉ-BIS
AVENTURA
SOLIDÁRIA
Av e n tu ra So l idá ria é um p rojeto da Fu n da çã o AMI c ujo lema é “ Vi ajar c ontra a Indi ferenç a, mostrando o Mundo c omo ele é” .
DATAS DAS PRÓXIMAS AVENTURAS SOLIDÁRIAS: SENEGAL (Réfane): 23 de março a 01 de abril 2018 GUINÉ-BISSAU (Ilha de Bolama – Arquipélago dos Bijagós): 26 de abril a 06 de maio 2018 BRASIL (Milagres): 22 de junho a 01 de julho 2018 SENEGAL (Réfane): 02 de novembro a 11 de novembro 2018
A Aventura Solidária AMI é vencedora do Prémio Cinco Estrelas 2018, na categoria “Responsabilidade Social”. Com a atribuição deste prémio, a AMI reforça a sua posição no conjunto restrito de marcas que se destacam pela excelência e elevado nível de satisfação junto dos consumidores.
GUINÉ-BISSAU (Ilha de Bolama – Arquipélago dos Bijagós): 29 de novembro a 09 de dezembro 2018
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ERRATA_
A AMI Notícias errou! A inauguração da Porta Amiga de Cascais foi em julho de 1996 e não em maio de 2016 como, por lapso, foi referido na página 13 da edição n.º 69 da AMI Notícias. O resultado do 29º Peditório da AMI, que decorreu em outubro de 2017, foi de €34.214,98. Nunca é demais agradecer a todos os voluntários que nos ajudaram a angariar este valor!
Mecenato_
Nova Regulamentação Europeia de Proteção de Dados
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Missão NATAL A VII Missão Natal AMI, apadrinhada novamente pelo ator Diogo Mesquita, possibilitou-nos proporcionar um Natal mais digno a 1.960 famílias (mais de 5.000 pessoas). Graças ao empenho de 43 parceiros e ao envolvimento de 40 voluntários na entrega dos cabazes, recolhemos €26.727 em donativos monetários e €41.634 em donativos em espécie, que permitiram oferecer um cabaz de Natal a cada família e assegurar parte do acompanhamento social que lhes é prestado pelos equipamentos sociais da AMI. Foi também possível presentear 140 crianças em Almada, Coimbra e Gaia e oferecer “miminhos” (bens de higiene pessoal) a 528 beneficiários de Cascais, Chelas, Olaias, Funchal, Porto, Angra do Heroísmo, Vila Nova de Gaia, Coimbra e Lisboa (Graça). No próximo Natal esperamos poder continuar a contar com estas e muito mais ajudas.
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Um estudo desenvolvido pela IDC para a Microsoft Portugal revela que apenas 2,5% dos decisores consideram que a sua organização está preparada para trabalhar com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). Ciente da importância desta nova diretiva europeia, a AMI está já a adaptar os procedimentos e a reforçar as medidas de proteção necessárias para continuar a assegurar o respeito pela confidencialidade dos dados pessoais de todos os seus parceiros, doadores, voluntários e outras partes interessadas, acreditando que esta adaptação é fundamental para a credibilidade das organizações do terceiro setor. Está, então, a decorrer uma transformação digital na estrutura da AMI, graças ao apoio de consultoria da Cap Gemini, que ofereceu a implementação de um conjunto de módulos de CRM Dynamics da Microsoft. A AMI torna-se, assim, a primeira ONG a nível mundial a adaptar esta ferramenta (à partida desenhada para o mundo empresarial) ao terceiro setor, tendo sido considerada pela Microsoft um case study internacional… mais novidades em breve!
BREVES Homenagem_
Nacional_
Até sempre Giovane Brisotto Faleceu a 18 de fevereiro Giovane De Sena Brisotto. Tinha 31 anos de idade, era portador de Paramiloidose Familiar (mais conhecida por doença dos pezinhos) e era o protagonista do documentário “O Sentido da Vida”, de Miguel Gonçalves Mendes, do qual a AMI é uma das entidades financiadoras. A AMI lamenta profundamente a morte de Giovane, apresentando as suas condolências a familiares e amigos. A Paramiloidose Familiar (polineuropatia amiloidótica familiar – PAF) ou doença dos pezinhos foi diagnosticada pela primeira vez na área da Póvoa do Varzim, pelo neurologista Corino de Andrade. É uma doença rara, hereditária e sem cura, de origem portuguesa, associada à degradação dos tecidos – em particular dos nervos – por uma substância fibrilar altamente insolúvel designada por amilóide. A doença manifesta-se, geralmente, entre os 25 e 35 anos (podendo ocorrer mais tarde) e os primeiros sintomas ocorrem nos membros inferiores, afetando a sensibilidade aos estímulos e a capacidade motora. É uma doença fatal, com evolução, em média, em 10 anos. Foi espalhada pelos portugueses durante a época dos descobrimentos, sabendo-se da sua existência no Japão, Suécia, na ilha de Maiorca, Brasil, Itália e Estados Unidos. Com o filme “O Sentido da Vida”, Giovane Brisotto iniciou uma viagem à volta do mundo, revisitando os locais percorridos pelos portugueses em épocas passadas, por países onde existe a doença, descobrindo as diferentes abordagens à enfermidade. A estreia do filme está prevista para junho de 2019.
Abrigo do Porto fez 12 anos No dia 6 de janeiro celebrou-se o aniversário do Abrigo do Porto, com direito a música, comida, bebida e muita animação! O grupo de voluntários +Jovens da Paróquia de Nevogilde esteve presente na festa de aniversário do Abrigo, tendo este grupo de AMIgos trazido jantar para partilhar, bem como muita música e animação e até um bolo de aniversário. Para além disso, o grupo de voluntários convidou, de surpresa, o grupo de escuteiros da sua freguesia para, juntos, cantarem as Janeiras, tornando esta festa ainda mais especial. Foram organizados jogos com os residentes, proporcionando-se um momento informal e divertido de interação entre todos.
Linka-te aos Outros “Envelhecer Ativamente” é o nome do projeto vencedor desta 8ª edição do “Linka-te aos Outros”. Apresentado pela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento de Marco de Canavezes (EPAMAC), este projeto tem como beneficiária a população idosa local. A ideia é a aquisição de recursos e equipamentos que permitam dinamizar o dia a dia dos idosos, com atividades e dinâmicas que promovam um envelhecimento ativo e de qualidade, proporcionando o bem estar diário e a manutenção de algumas capacidades motoras e sociais, e por consequência, a autonomia individual dos beneficiários do projeto. Parabéns a este grupo de alunos, não só por terem vencido esta edição, mas também, e principalmente, por se terem preocupado com o que os rodeia e se terem envolvido na construção de uma comunidade melhor e mais feliz!
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Nacional_
Pessoas em situação de sem-abrigo
Centro Porta Amiga de Angra do Heroísmo abre portas a alunos No dia 12 de janeiro, os alunos do 12º ano da Escola Vitorino Nemésio, fizeram uma visita de estudo ao Centro Porta Amiga de Angra do Heroísmo. A AMI congratula-se com o facto de os Centros Porta Amiga terem, para além dos seus serviços diretos e diários, um papel importante de sensibilização da população e consciencialização das camadas mais jovens das comunidades onde se inserem!
Em 2017, frequentaram os equipamentos sociais da AMI, 1.395 pessoas em situação sem-abrigo, representando 12% da população total atendida. Distribuem-se principalmente pelos grandes centros urbanos, Grande Lisboa (54%) e Grande Porto (36%). Foram atendidas pela primeira vez 443 pessoas, das quais 26% são mulheres. Dos 107 homens que viveram em 2017 nos Abrigos Noturnos da AMI (Lisboa e Porto), 42 deixaram de estar em situação sem-abrigo: 25 conseguiram obter alguma autonomia financeira e mudaram-se para quartos ou apartamentos alugados, 8 saíram dos Abrigos para irem viver com familiares ou amigos, 2 regressaram ao seu país de origem, 5 emigraram e 2 saíram para trabalhar fora da região de Lisboa ou Porto. Ainda em 2017, 384 pessoas procuraram as equipas de rua da AMI, das quais 204 foram atendidas pela primeira vez (82 pela Equipa de Rua de Gaia e Porto e 124 pela Equipa de Rua de Lisboa). As principais razões apresentadas para a situação de sem abrigo são a precariedade financeira (60%), o desemprego (56%) e a falta de alojamento (33%).
EPES Sénior Olaias combate o isolamento Impresso em papel 100% reciclado
No dia 5 de janeiro, no EPES Sénior Olaias, celebrou-se o Dia de Reis! Já no dia 11 de janeiro os beneficiários deste espaço foram assistir ao musical “Aladino”! Estes são alguns exemplos da forma como é possível quebrar o isolamento em que muitos dos beneficiários da AMI vivem e que só são possíveis com os inúmeros apoios que recebemos. Neste caso fica o agradecimento à Pastelaria Rosa Doce e ao Teatro Politeama!
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BREVES Internacional_
Madagáscar Terminou a “Instalação do sistema de distribuição dos gases cirúrgicos no serviço de cirurgia e formação dos técnicos no hospital de St. Paul d’ Ampefy-Andasibe” pela organização Change Onlus Madagascar. O financiamento da AMI permitiu equipar o bloco operatório do hospital com um sistema de gás cirúrgico, assegurando o funcionamento integral do serviço de cirurgia e a formação de dois enfermeiros locais, de forma a garantir a correta utilização dos equipamentos. Desde a entrada em funcionamento do equipamento, já foi possível realizar várias cirurgias oftalmológicas e ainda, diminuir em 30% as mortes e sequelas graves pós-traumáticas devido ao funcionamento adequado do bloco e ao aumento do número de pequenas cirurgias de rotina no hospital.
Uganda De acordo com um estudo levado a cabo pela Smart Development Works (SVN) cada jovem ugandesa perde, em média, de 24 a 40 dias de aulas por ano (dos 220 estimados) devido à falta de conhecimento e meios para lidar com os seus períodos menstruais. A 15 de fevereiro de 2018, arrancou no Distrito de Buikwe, pela mão da organização Mission for Community Development (MCODE), em parceria com a AMI, o projeto “Breaking the Silence - Improving Menstrual Hygiene Management in rural Uganda”. Os principais objetivos são o fabrico e distribuição de “kits menstruais” nas escolas do distrito e a sensibilização das jovens adolescentes desta região. Os kits são fabricados por mulheres da comunidade que tiveram formação para o efeito e que utilizam recursos disponíveis no país.
Índia
Síria
Teve início no dia 15 de janeiro o novo projeto na Índia, “SAMPURNA - Preparação e Gestão de Desastres”, em parceria com a organização KBMBS. O objetivo principal deste projeto, com uma duração de 3 anos, é a gestão e mitigação de danos causados por catástrofes naturais no distrito de Howrah, zona ocidental de Bengala. A região de Howrah, que engloba quatro grandes rios (o Hoogly, o Mundeswari, o Rupnarayan e o Damodar) atravessa, anualmente, períodos de chuva abundante, que causam o aumento do caudal dos rios, provocando cheias destruidoras que originam perdas humanas e materiais de grande dimensão. No sentido de reduzir a vulnerabilidade da população, o projeto prevê a capacitação das comunidades, através da formação de agentes comunitários, da criação de “Campos de sensibilização” e da realização de campanhas de reciclagem.
Perante um conflito sem resolução à vista, a necessidade de cuidados de Saúde Mental e Apoio Psicossocial torna-se uma realidade cada vez mais urgente. A AMI deu início a um projeto que visa contribuir para o estabelecimento de uma rede de Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS). Este projeto irá incidir na componente de informação e sensibilização à população abrangendo aproximadamente 4.000 pessoas, bem como a formação e mobilização de 60 voluntários para Pontos Focais de Deteção e Referenciação de casos com necessidade urgente de cuidados especializados de saúde nesta área. A ação resulta de uma parceria entre a AMI e a ONG Syria Relief & Development (SRD), na sequência de uma missão exploratória à fronteira da Turquia/Síria.
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AGENDA AMI ABRIL • Terá início em Abril de 2018, a 3ª edição do projeto "Um Click pela Inclusão Social", desta vez dinamizado na Porta Amiga de Angra do Heroísmo; • No dia 2 de Abril será lançada a linha de financiamento “There isn´t a PLANet B ! Win-win stategies and small actions for bih impacts on climate change”, cuja entidade promotora, a nível nacional, é a AMI. • Durante todo o mês de abril – Se preencher o seu IRS, lembre-se de consignar 0,5% à AMI!
LOJA AMI A Loja AMI dispõe de vários artigos que podem ser adquiridos no site ami.org.pt/loja Ao comprar qualquer um dos artigos da loja AMI estará a contribuir para a realização dos nossos projetos e missões. Pode também fazer a sua escolha, preencher e enviar-nos o cupão abaixo, junto com o cheque no valor total dos artigos acrescido das despesas de envio indicadas.
Usufrua de 40% de desconto na loja online, em todos os artigos com preços superiores a 3€, exceto livros e coração solidário.
MAIO • No dia 3 de maio decorrerá uma recolha de alimentos, no Jumbo das Amoreiras, a favor da AMI. Se por lá passar, participe! • O 30º Peditório Nacional de Rua da AMI terá lugar entre 24 e 27 de Maio de 2018 • Durante todo o mês de maio – Se preencher o seu IRS, lembre-se de consignar 0,5% à AMI!
JUNHO
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1 Livro "Imagens contra a indiferença" _30€
• Nos
dias 14 e 15 de junho terá lugar, em Berlim, a Conferência Anual da FEANTSA, dedicada ao tema "Future challenges for the homeless sector in Europe". A AMI vai estar representada pela sua Vice-Presidente, Leonor Nobre e pela Diretora do Departamento de Ação Social, Ana Martins.
2 Livro "Toda a esperança do mundo" _39.90€ 3 Livro "Gritos contra a indiferença" _20€
PORTES DE ENVIO _ Encomenda
Inferior a 90€
90€ e superior
Portugal Continental
5€
Grátis
Portugal Ilhas
25€
20€
Europa
30€
15€
Resto Mundo
35€
17,50€
[MAIS ARTIGOS EM WWW.AMI.ORG.PT]
Nome NIF Impresso em papel 100% reciclado
Morada Código Postal Telefone Como adquiriu a nossa revista Descrição do Produto
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Tamanho
E-mail Quantidade
Valor Unidade
Valor Total
INFORMAÇÕES
VOLUNTÁRIOS PRECISAM-SE PORTA AMIGA PORTO Função: Advogado(a) Função: Enfermeiros(as) Função: Psiquiatra
PORTA AMIGA ALMADA Função: Advogado(a) Função: Enfermeiro(a)
DELEGAÇÃO TERCEIRA Função: Voluntários para campanhas pontuais (presença em feiras, peditórios, etc.)
NACIONAL
voluntariado@ami.org.pt
[FICHA DE CANDIDATURA ONLINE]
Este número da AMI Notícias foi editado com o especial apoio da revista VISÃO (Distribuição), LIDERGRAF (Impressão e Acabamento), COMPANHIA DAS CORES (Design) e CTT – Correios de Portugal Autorizada a reprodução dos textos desde que citada a fonte. AMI Fundação de Assistência Médica Internacional R. José do Patrocínio, 49 – Marvila, 1959-003 Lisboa ami.org.pt | fundacao.ami@ami.org.pt Ficha Técnica Publicação Trimestral Diretor Fernando Nobre Diretora-Adjunta Leonor Nobre Redação Margarida Cortes Rosa Edição Luísa Nemésio Fotografias AMI, Alexandre Fernandes e José Ferreira Colaboram neste número Ana Ferreira, Isabel Pinheiro e Júlia Bender Paginação Ana Gil e Diana Esteves Tiragem 54.000 exemplares Depósito Legal DL378104/14
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Obrigado por ajudar as equipas da AMI a prosseguirem o seu trabalho humanitário. Graças a si, os voluntários da AMI podem atuar em Portugal e nos países mais carenciados do Mundo! Porque muitos precisam de nós, nós precisamos muito de si!
Como colaborar com a AMI Deposite um donativo na conta da AMI n.º 015 27781 0009 do Novo Banco | Envie o seu donativo em cheque nominal diretamente para qualquer uma das direções da AMI. | Faça o seu donativo em qualquer caixa multibanco, selecionando a opção “Ser Solidário”. Depois, basta escolher a importância com que quer contribuir. | Participe ativamente como voluntário nos Centros Porta Amiga, na sede da AMI ou nas Delegações | Inscreva-se como voluntário contactando voluntariado@ami.org.pt | Adira às Campanhas de Reciclagem (reciclagem@ami.org.pt) | Faça reverter parte do seu IRS para a AMI | Participe na Aventura Solidária no Senegal, Brasil ou Guiné-Bissau (aventura.solidaria@ami.org.pt)
Como contactar a AMI E-mail: fundacao.ami@ami.org.pt | Internet: www.ami.org.pt Sede Fundação AMI – Rua José do Patrocínio, 49, 1959-003 Lisboa | T. 218 362 100 | Fax 218 362 199 Delegações Norte T. 225 100 701 | Centro T. 239 842 705 | Madeira T. 291 201 090 | Açores – Terceira T. 295 215 077 | Açores – S. Miguel T. 296 305 716 Centros Porta Amiga Lisboa – Olaias T. 218 498 019 | Lisboa – Chelas T. 218 591 348 | Porto T. 225 106 555 | Almada T. 212 942 323 | Cascais T. 214 862 434 | Funchal T. 291 201 090 | Coimbra T. 239 842 706 | Gaia T. 223 777 070 | Angra T. 295 218 547 Abrigos Noturnos Lisboa (em colaboração com a C. M. Lisboa) T. 218 152 630 | Porto T. 225 365 315 LEI DO MECENATO – ATIVIDADES DE SUPERIOR INTERESSE SOCIAL Art.º 61, alineas b) e e) do N.º 3 e N.º 4 do Art.º 62 e Art.º 63 do Decreto-Lei 215/89 de 21 de junho, renumerado e republicado como Anexo II ao Decreto-Lei 108/2008 de 26 de junho). O seu donativo é totalmente dedutível nos impostos, majorado em 40%.
Serviços AMI [SAIBA MAIS] Nº8235
Art_IRS18_210x140_AMI.pdf
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VALIDADE: 02/19
27/02/18
18:00
O Cartão de Saúde AMI proporciona um conjunto de vantagens aos seus aderentes, mantendo sempre o mesmo preço, independentemente do nº de pessoas agregadas ao cartão. Saiba mais através do nº: 213 303 600
a missão continua
Ajudar não paga imposto.
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DOE 0,5% DO SEU IRS JÁ LIQUIDADO, SEM CUSTOS PARA SI.
Assinale com um X o quadro 11 do Modelo 3 (Rosto) da sua declaração de IRS e escreva o número
502744910 Saiba mais em ami.org.pt.