Anuário Negócios & Afinidades - 2011/12

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Preço: 10 Euros

ANUÁRIO

Televisão Podcast

Redes Sociais

Rádio

&AFINIDADES

2011/12

NE GÓ CIOS

Fibra Óptica

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Telemóvel

Internet

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TV Digital

Cabo Verde em números comunicações em cabo verde investir em cabo verde Desde 1992 a promover Negócios com Cabo Verde

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ÍNDICE Televisão Podcast

Fibra Óptica

Redes Sociais

Rádio

Cloud

Telemóvel

Internet Anuário Portugal Cabo Verde 2011/12 Direcção, redacção, coordenação editorial e fotografia: João Manuel Chantre

Telefone

TV Digital Editorial

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A Câmara de Comércio

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Quem Somos, O Que Fazemos, As Nossas Publicações Propriedade, Redacção e Publicidade Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde | Rua D. Filipa de Vilhena, N.º 6 – 1º Esq. | 1000-135 LISBOA Tel./ Fax: +351 216 060 009 Tlm.: +351 968 024 017 portugalcaboverde@gmail.com www.portugalcaboverde.com Edição Companhia das Cores – Design e Comunicação Empresarial, Lda. | Rua Sampaio e Pina, N.º 58, 2.º Dto | 1070-250 Lisboa Tel.: 213 825 610 | Fax: 213 825 619 E-mail: marketing@companhiadascores.com

Cabo Verde em Números

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Negócios em Cabo Verde

39

Empresas Portuguesas Comunicações, o Sector Entrevista: Cabo Verde Telecom Entrevista: NOSI

Investir em Cabo Verde, Enquadramento Legal

63

Constituição de Empresas, Investimento Externo, CIN-Centro Internacional de Negócios, Actividade Industrial, Exportações e Reexportações, Utilidade Turística

Listagem de Associados

71

Paginação: Vanda Nascimento Impressão e acabamento: Pre&Press Tiragem 2.500 exemplares Depósito legal 302307/09 Distribuição gratuita a associados da Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde, patrocinadores e entidades oficiais em Portugal e Cabo Verde

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Desde 1992 a promover Negócios com Cabo Verde

Missões empresariais | Informação Comercial | Seminários Enquadramento Legal | Criação de empresas | Dados económicos e estatísticos Estatuto de Investidor Externo | Estatuto Industrial | Utilidade Turística

Cabo Verde. O Futuro investe aqui. Comércio • Indústria • Turismo • Serviços

Rua D. Filipa de Vilhena, n.º 6 — 1.º Esq. 1000-135 Lisboa Tlf./Fax: +351 216 060 009 Tlm.: +351 968 024 017 www.portugalcaboverde.com portugalcaboverde@gmail.com 2

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde


EDITORIAL Cabo Verde, destino atractivo de investimento Apesar da reduzida dimensão do seu mercado interno – assim considerado apenas por quem não vê mais além – são vários os factores que colocam Cabo Verde como destino favorável do investimento estrangeiro. A sua localização geoestratégica, na confluência de rotas marítimas e aéreas que ligam a África, a Europa e as Américas, as recentemente construídas ou melhoradas infraestruturas – aéreas, marítimas e rodoviárias – como os aeroportos internacionais de Praia e Mindelo e os portos das mesmas cidades (em ampliação na Praia), a qualidade das comunicações e telecomunicações, a existência de mão-de-obra qualificada e produtiva (se bem gerida), uma atractiva e simples legislação de investimento (em unificação), um ambiente social pacífico, políticas estáveis e custos de instalação relativamente baixos, são condições susceptíveis de constituir um abrigo seguro para uma abordagem a um mercado regional de dimensão importante a par do acesso a outros mercados internacionais por via de acordos comerciais. Para além disso, pela aceitável qualidade de vida e similitude cultural, as suas cidades mostram-se “amigáveis” e requerem pouca adaptação aos quadros expatriados; e apresenta ainda um outro activo importante que facilita, e muito, o relacionamento em todos os capítulos: a Língua. Internamente é bem verdade que sectores como os Transportes e Logística de Distribuição (nomeadamente para exportação) são deficitários, que os custos de Energia e Água são ainda elevados e que o Ambiente requer cuidados mas precisamente por isso surgem como sectores com potencial de investimento.

bém as Tecnologias de Informação e Comunicação, onde se destacam um conjunto apreciável de competências nacionais com capacidade projecção internacional para os países do continente (vide entrevista NOSI, neste anuário), é um campo a considerar. Os procedimentos de investimento e o recurso aos melhores benefícios -fiscais e aduaneiros- para investimento em Cabo Verde são simples e desburocratizados e a Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde terá imenso gosto em guiar os investidores nesta descoberta de um mercado sub-avaliado no seu potencial de enquadramento na economia global. Para sustentar esse desígnio, a Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde disponibiliza vários serviços necessários ao estabelecimento de negócios com Cabo Verde. Presta esclarecimentos e informações sobre o mercado, promove e encaminha visitas e contactos locais, actualiza e antecipa tendências de desenvolvimento das oportunidades de investimento, publica edições para disseminação de toda a informação disponível (internet e revistas). Este anuário, os que o antecederam, e outros que se seguirão serão sempre um manifesto da nossa actividade e da atractividade do investimento neste interessante país que é Cabo Verde. Agostinho Abade Presidente Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde

Releve-se, em oposição aos constrangimentos, que a aposta governamental na melhoria da qualidade ambiental, na produção de água e energia, com recursos renováveis ou não, na adequação das redes de distribuição destas “utilities”, na promoção das actividades relacionados com o mar – captura, processamento, transformação e exportação, que poderão constituir-se como um “cluster” de grande importância –, na manutenção da formação e saúde como preocupações prioritárias, confirmam o esforço de modernização económica do país fazendo das empresas portuguesas destes sectores parceiros importantes; tam-

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Quem Somos Com as alterações ocorridas em Cabo Verde a partir de 1991, as primeiras eleições livres e democráticas, a abertura do País ao Investimento Externo e em simultâneo o incentivo e apoio concedido, em Portugal, à internacionalização de empresas na conquista de novos mercados e relocalização de alguns sectores industriais, tornou-se evidente a oportunidade que se abria para estes dois países, pela complementaridade dos seus perfis e a oportunidade de penetração conjunta em mercados internacionais. A necessidade de informação sobre esta nova realidade levou à criação, em Novembro desse ano, da Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde com o objectivo de fomentar e possibilitar aos empresários portugueses e caboverdeanos radicados em Portugal, o conhecimento das transformações económicas que ocorriam nas Ilhas de Cabo Verde. O início efectivo da actividade deu-se em Fevereiro de 1992. Esta Câmara, que conta hoje com 109 Associados, oriundos de variados sectores da economia portuguesa, apetrechou-se então dos meios técnicos de informação, comunicação e tratamento de dados capazes de dar resposta rápida às diversas questões que sempre lhe foram, e continuam a ser, diariamente, colocadas sobre a Economia e Investimento em Cabo Verde.

O Que Fazemos A Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde ao longo dos anos (desde 1991), tem vindo a desenvolver actividades de divulgação das realidades e potencialidades da economia caboverdeana, participando e organizando diversas iniciativas que permitem a actualização do conhecimento geral sobre as vantagens de Investimento neste país. Para além das centenas de reuniões para informações e esclarecimentos, que presta sob diversas formas, a Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde colabora e participa em acontecimentos organizados por entidades empresariais nacionais e regionais. De sua iniciativa realiza regularmente diversas iniciativas (seminários temáticos, workshops, missões empresariais, apresentações de empresas em Cabo Verde) nas quais promove o encontro entre autoridades e empresários de ambos os países permitindo a actualização do conhecimento geral sobre sectores de especial importância e as vantagens de Negócio (comércio e investimento) com Cabo Verde.

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde


CÂMARA DE COMÉRCIO

Portal Portugal Cabo Verde (www.portugalcaboverde.com)

Construído a partir da informação incorporada no Portal tem a virtude de comunicar anualmente, por meio impresso e distribuído gratuitamente em Portugal e Cabo Verde, as informações relevantes e actividades da Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde.

“Guia de Comércio e Exportação Portugal Cabo Verde” Destinado a esclarecer dúvidas recorrentes que surgem às empresas portugueses quando exportam para o mercado caboverdeano, explica de forma simples quais os procedimentos a seguir. Qualquer destes meios está disponível para servir de canal de comunicação a todos os que desejem promover e divulgar as suas iniciativas, desde que enquadradas no espírito de promoção subjacente à sua criação, ou seja, no âmbito dos Negócios, Cooperação e Solidariedade entre os dois países. GUIA DE Caso pretenda utilizá-los como veículo promocional da sua Empresa, &EXPORTAÇÃO Produto ou Serviço não hesite em contactar-nos. No conjunto das possibilidades que estes meios permitem encontraremos a solução para a promoção da sua Empresa, Produtos e Serviços.

CO MÉR CIO

Desde 1992 a promover Negócios com Cabo Verde

Guia_capa.indd 1

PORTUGAL - CABO VERDE

As nossas publicações

Anuário “Negócios & Afinidades Portugal Cabo Verde”

2011

A Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde assume-se como um importante parceiro para as pequenas e médias empresas que procuram internacionalizar-se e apontam Cabo Verde como uma possibilidade a considerar. Gozando de grande credibilidade e reconhecimento, possui informação actualizada sobre este mercado (em formatos papel e digital) disponibilizando rapidamente a informação solicitada. Complementarmente tem a capacidade de actuar directamente no mercado empresarial e institucional caboverdeano facilitando a concretização dos Negócios. Ao mesmo tempo, o profundo e abrangente conhecimento da vertente económica, empresarial e política de Cabo Verde aliado a uma grande flexibilidade operacional permite-lhe actuar em qualquer ponto do País na promoção dos negócios com/em Cabo Verde.

Apresenta-se como o centro da informação gerada pela Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde permitindo o conhecimento dos mais relevantes aspectos que suportam a relação de negócios entre os dois países. Fruto da colaboração de diversas entidades – Particulares, Associações, Autoridades, Instituições de Negócios e de Cooperação – que contribuem com informação actualizada e certificada, assume o compromisso de manter viva a ligação ao universo de utilizadores pela inserção de uma base alargada de temas que fazem deste Portal um motivador espaço de consulta. Este canal conta com cerca de 260.000 visitas/ano.

Preço: 10 Euros

Actualmente é possível à Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde prestar serviços diversos dos quais se destaca: • Fornecimento de Informações e Listagens sobre a Estrutura; • Comercial e Industrial de Cabo Verde; • Divulgação de Indicadores Económicos e Estatísticos; • Aconselhamento e Encaminhamento de Projectos de Investimento; • Criação de Empresas em Cabo Verde; • Acompanhamento na obtenção de Estatutos de Investidor Externo, Estatuto Industrial, Utilidade Turística e outros benefícios sectorialmente específicos; • Missões Empresariais, Seminários e outras acções similares tendentes à aproximação e desenvolvimento das relações económicas entre Portugal e Cabo Verde.

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CABO VERDE EM NÚMEROS [ OPINIÃO ]

Novo Ano, Novos Mercados Desde há vários anos que a FIC organiza em parceria com a AIP-CE a anual Feira Internacional de Cabo Verde. Se em tempos o figurino utilizado servia perfeitamente os intentos dos organizadores e das empresas portuguesas a verdade é que os tempos são hoje diferentes; e ameaçam tornar-se ainda “mais diferentes” num futuro próximo. A crescente presença da China, as cada vez mais consistentes intenções do Brasil em se aproximar da CEDEAO e a crise no mundo ocidental -de crédito e de confiança- que afecta os habituais parceiros de Cabo Verde, ameaçam redesenhar os fluxos e relações comerciais na região com tendência de perda para Portugal. Estes vectores, que puxam Cabo Verde cada vez mais para Sul, de onde provêm produtos com uma mais adequada relação preço/qualidade, não se compadecem com o redutor apelo para um Portugal apenas mais exportador. Tão ou mais importante do que exportar é evitar que outros também exportem para os mesmos mercados; tão ou mais importante que vender mais é consolidar quotas e defender a posição, traçando perfis de consumidor, adaptando produtos e preços. Portugal necessita de presença efectiva nos mercados encarando-os não como um fim em si próprios mas apenas como um passo na conquista de outros. Assim sendo, e sem que Cabo Verde apresente um nível de capacidade comercial e/ou industrial que suporte essa conquista, pelo menos em termos economicamente viáveis, nem condições -financeiras e técnicas- para liderar a prospecção e abordagem aos mercados vizinhos, travar uma batalha desta natureza, que em última análise pertence a outros, seria inútil. Esta é uma “guerra” que diz respeito às empresas portuguesas comandadas pelas Associações Empresariais a que pertencem. Estando já consolidada a penetração portuguesa em Cabo Verde -que não a presença pois é possível e necessário fazer sempre mais e acima de tudo melhor- é já tempo de estudar seriamente os mercados limítrofes e identificar as formas de alargar a zona de acção a partir do arquipélago promovendo os produtos portugueses e atraindo compradores da região. A FIC tornar-se-á, então, novamente interessante para os expositores portugueses, quiçá, finalmente, o embrião da tão desejada Zona Franca Comercial (ou Centro Internacional de Comércio, como agora se chama) e assegurará uma nova vertente para o seu desenvolvimento e o de Cabo Verde; com vantagens para todos como se quer num bom negócio. Cabo Verde tem a virtude de ser étnica e culturalmente mais similar, inclusive com vários caboverdeanos radicados e bem posicionados nos países da CEDEAO, possuir postura política e cívica credível, ter já algum conhecimento das instituições e circuitos empresariais regionais, por via das missões empresariais já realizadas e, não menos importante, não gerar anti-corpos de monta nos interesses económicos locais; e mais, acaba de criar legislação altamente favorá6

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

vel para criação de Centros Internacionais de Negócios – Comerciais, Industriais e de Serviços. Ou seja, Cabo Verde vai fazendo o que está ao seu alcance criando mecanismos legais que permitam aos mais audazes aproveitar a sua posição de “porta-aviões de negócios” para a África Ocidental. E tal como recentemente referiu o seu Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros “Cabo Verde está apostado na obtenção de novas parcerias na tentativa de diversificar as já existentes com os Estados tradicionais, maioritariamente ocidentais. Perante a nossa localização geoestratégica e estabilidade política temos de transformar as nossas vantagens comparativas em vantagens competitivas considerando três eixos fundamentais: a Ásia, Atlântico Sul e Médio Oriente. Nesses três eixos cabem, num primeiro plano, a China, Índia e até mesmo a Turquia; num segundo os parceiros do Sul, como Brasil, Angola e África do Sul e, num terceiro, o Qatar e os Emiratos Árabes Unidos”. E acrescentou “…há que pensar em estratégias que conjuguem o crescimento económico em África, no geral, e em Cabo Verde em particular…com o aumento da oferta de emprego…o desenvolvimento do sector privado… evitando-se perpetuar África como mero fornecedor de matérias-primas em favor da diversificação dos investimentos”. Mais claro que isto…. Agora que a China – as suas exportações para Cabo Verde cresceram mais de 60% face a 2010 e está em curso uma proposta para criação de uma Zona Económica chinesa, na ilha de São Vicente- e o Brasil – propõe-se financiar, a longo prazo e juros reduzidos, a construção, por empresas brasileiras, de uma cidade político-administrativa na Praia o que a concretizar-se criará a base mínima necessária para o lançamento de uma maior relação comercial- mostram as suas intenções na região, Portugal tem que jogar uma cartada de peso abordando decidida e decisivamente os mercados vizinhos, eventualmente em missões empresariais lideradas por parceiros de negócio caboverdeanos, fazendo aquilo que o Presidente da Fundação Oriente, Carlos Monjardino, referiu a propósito da compra da EDP “… eles [os chineses] seguem de uma forma particularmente precisa, sem rodeios, estudando bem os mercados e as empresas e fazendo o que é preciso. É uma maneira de ser muito diferente da nossa”. Cabe às Associações Empresariais, que beneficiam de verbas do Orçamento e promovem os “fora” para a Internacionalização, colocar o tema em cima da mesa, inovar na abordagem e fazer o que é preciso: abrir horizontes e agir rapidamente sem esperar que sejam outros a fazê-lo por nós. Porque realizar Missões Empresariais e Feiras, repetidas vezes, aos mesmos mercados, sem alterar o seu âmbito e figurino é fácil; encontrar as “armas” adequadas à efectiva abertura de novos mercados é que é complicado. João Manuel Chantre Vice-Presidente Executivo Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde


FICHA DE CABO VERDE Nome Oficial: República de Cabo Verde Sistema Político: Democracia parlamentar Principais Cidades: Praia e Assomada (Santiago, capital); Mindelo (São Vicente) Outras localidades: Porto Novo e Ribeira Grande (Santo Antão); Mosteiros e São Filipe (Fogo); Ribeira Brava (São Nicolau); Espargos e Santa Maria (Sal); Salrei (Boavista); Vila do Maio (Maio); Vila Nova Sintra (Brava) Superfície Total: 4.033 km2 distribuídos por 10 ilhas e alguns ilhéus Zona Económica Exclusiva: 734.265 Km2 População: 491.683 habitantes (2010), distribuídos por 9 ilhas Língua Oficial: Português Língua Nacional: Crioulo Moeda Nacional: Escudo de Cabo Verde (CVE)

Taxa de Câmbio: 1 Euro = 110,265 CVE (valor fixo pelo Acordo de Cooperação Cambial entre Portugal e Cabo Verde, desde 1998) Indicativo Telefónico: 00 238 Feriados: • 1 de Janeiro: Ano Novo • 13 de Janeiro: Dia da Democracia • 20 de Janeiro: Dia da Nacionalidade e dos Heróis Nacionais • Carnaval, Sexta-Feira Santa e Páscoa (variável) • 1 de Maio: Dia do Trabalhador • 1 de Junho: Dia da Criança • 5 de Julho: Dia da Independência • 15 de Agosto: Dia da Assunção • 1 de Novembro: Dia de Todos os Santos • 25 de Dezembro: Natal

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DADOS ECONÓMICOS Principais Indicadores Económicos, 2007-2011 2007

2008

Unidades PRODUTOS E PREÇOS PIB p.m. Inflação (IPC) FINANÇAS PÚBLICAS Receitas Totais Donativos Despesas Totais Saldo Global (base compromissos) Sem Donativos Dívida Interna dq: TCMFa MOEDA E CRÉDITO Crédito ao SPA (líq) Crédito à economia Massa monetária (M3) TAXAS DE JUROb Depósitos a 1 ano (médias das OIM) Redesconto Cedência de liquidez Bilhetes de Tesouro, a 91 dias BALANÇA DE PAGAMENTOS Exportações (em USD correntes) Importações (em USD correntes) Balança Corrente Excluindo transferências oficiais Balança Corrente e de capital Reservas oficiais DÍVIDA EXTERNA Valor total Serviço da dívida TAXAS DE CÂMBIO (médias) Nominal CVE/EUR (câmbio fixo desde 1998) Nominal CVE/USD ITCE nominal (base 100: 1992)c ITCE real (base 100: 1992)c

milhões de EUR taxa var. real taxa var. homóloga taxa var. média % PIB % PIB % PIB % PIB % PIB % PIB % PIB taxa var. anual taxa var. anual taxa var. anual taxa anual taxa anual taxa anual taxa anual taxa var. anual taxa var. anual % PIB % PIB % PIB meses importaçãod milhões de EUR % PIB % exportaçõesd % exportaçõesd taxa média taxa média taxa var. anual taxa var. anual

973

1,079

2009 Est.

Proj.

2010

1,143

1,218

2011 Est.

Proj.

1,235

Est.

1,358

8.6 4 4.4

6.2 6.7 6.8

3.6 -0,4 1

4.1 2.2 1.5

5.4 3.4 2.1

5.6 6.4 5.2

32.2 5.0 34.7 -2,4 -7,4 36.4 10.6

32.6 4.8 35.1 -2,5 -7,4 30.7 9.6

29.8 6.0 36.0 -6,2 -12,2 30.5 9.0

32.3 6.3 46.1 -13,8 -20,1

28.4 6.4 39.4 -10,9 -17,3 30.0 8.4

29.4 5.7 39.7 -10,3 -16,0

-25,5 15.5 9.7

-8,1 28.7 7.9

7.0 11.8 3.3

3.7 8.7 6.7

-8,2 9.3 4.7

17.0 8.5 10.9

4.16 8.50 7.50

4.15 7.50 8.25 3.40

4.14 7.50 8.25 3.59

-15,3 32.7 -14,7 -19,8 -12,7 4.1

41.3 17.9 -15,5 -22,0 -13,7 4

-19,1 -12,0 -15,2 -20,8 -12,3 4.2

441.3 45.4 105.9 5.1

470.5 43.6 97.2 3.9

527.9 46.2 127.0 5.4

110.3

110.3

110.3

110.3

80.6 -0,2 1.9

75.3 0.0 3.7

79.4 0.3 1.3

83.0

5.2 3.5

Mai. Mai.

4.51 7.50 7.75 4.00

Abr. Abr. Abr. Abr.

21.2 11.7 -10,5 -16,1 -8,9 4.2

3.3

Mai.

110.3

110.3

110.3

Mai.

83.3 -1,3 -0,9

80.5

77.3 0.3 0.7

Mai. Mai.e Mai.e

4.53 7.50 7.25 4.00 10.7 9.2 -18,5 -25,7 16,3 4

45.5 5.8 -11,4 -17,8 -8,9 4.2 660.4 53.5 134 4.6

Fontes: Banco de Cabo Verde (www.bcv.cv), Ministério das Finanças de Cabo Verde, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal. a Títulos Consolidados de Mobilização Financeira; bMédias mensais (correspondentes a Dezembro para os valores anuais); cÍndice de taxa de câmbio efectiva calculado a partir das taxas de câmbio oficiais praticadas para as moedas dos quatro principais parceiros comerciais caboverdeanos no período 2000/04 (valorização: +; desvalorização: -); dImportações e exportações de bens e serviços; eVariação face a Dezembro anterior.

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde


Indicadores macroeconómicos

Produto Interno Bruto, 2005-2011

Preços correntes, em milhões de CVE; Conversão: 1 Euro = 110,265 CVE

Sector primário Agricultura, pecuária e silvicultura Pesca Sector secundário Indústria e energia Construção Sector terciário Comércio Hotéis e restaurantes Transportes e comunicações Banca e seguros Habitação Administração pública Outros serviços Serviços bancáriosa Impostos sobre importações PRODUTO INTERNO BRUTO (p. m.) Consumo Público Privado Investimento Formação bruta de capital fixo Variação de existências Procura interna Exportação de bens e serviços Procura global Importações de bens e serviços Pro memória: Poupança interna bruta PIBpm nominal (milhões de EUR) PIBpm nominal (milhões de USD) Deflator do PIB (variação anual em %) PIB nominal (variação anual em %) PIB real (variação anual em %)

2005

2006

2007 7.722,0 6.702,0 1.020,0 16.803,0 6.685,0 10.118,0 74.810,0 20.034,0 4.599,0 22.360,0 5.399,0 6.145,0 13.134,0 3.138,0 -4.741,0 12.658,0 107.252,0 105.657,0 21.573,0 84.084,0 50.385,0 49.812,0 573,0 156.042,0 22.250,0 178.292,0 71.040,0

2008 Est. 7.847,0 6.901,0 946,0 20.238,0 8.358,0 11.880,0 79.094,0 21.007,0 4.913,0 23.611,0 6.411,0 6.648,0 13.161,0 3.345,0 -5.551,0 14.022,0 115.650,0 105.174,0 23.358,0 81.816,0 60.151,0 60.151,0 0,0 165.326,0 25.852,0 191.178,0 75.528,0

2009 Est. 11.685,0 10.662,0 1.023,0 21.316,0 9.814,0 11.502,0 83.902,0 21.962,0 5.596,0 23.590,0 7.594,0 7.119,0 14.505,0 3.537,0 -5.946,0 13.798,0 124.755,0 116.324,0 24.185,0 92.138,0 55.819,0 55.819,0 0,0 172.143,0 22.462,0 194.605,0 69.849,0

2010 Est. 14.252,0 13.178,0 1.075,0 22.597,0 10.513,0 12.084,0 89.136,0 23.005,0 6.110,0 25.165,0 8.001,0 7.568,0 15.463,0 3.825,0 -6.251,0 14.545,0 134.280,0 126.776,0 31.283,0 95.494,0 68.840,0 68.840,0 0,0 195.616,0 24.125,0 219.741,0 85.461,0

8.095,0 7.088,0 1.007,0 14.538,0 6.600,0 7.938,0 59.148,0 17.610,0 2.141,0 17.367,0 3.256,0 4.968,0 11.975,0 1.831,0 -2.662,0 9.262,0 88.381,0 86.623,0 19.132,0 67.491,0 36.593,0 36.593,0 0,0 123.216,0 14.084,0 137.300,0 48.065,0

8.120,0 6.895,0 1.225,0 15.618,0 6.550,0 9.067,0 65.989,0 17.422,0 3.072,0 20.555,0 4.179,0 5.695,0 12.521,0 2.546,0 -3.323,0 10.981,0 97.384,0 99.109,0 19.002,0 80.107,0 37.051,0 37.646,0 -595,0 136.159,0 19.401,0 155.560,0 58.176,0

1.758,0 801,5 997,0 1,8 8,4 6,5

-1.724,0 883,2 1.107,6 2,6 13,0 10,1

2011 Proj.

149,791,0 149.457,0 22.644,0 126.814,0 54,823,0 54,823,0 0,0 204.281,0 29.563,0 233.843,0 84.053,0

1.595 ,0 972,7, 1.330,4 1,4 10,1 8,6

10.476,0 1.048,8 1.535,1 2,1 7,8 5,6

8.431,0 1.131,4 1.482,3 4,7 7,9 3,0

7.503,0 1.217,8 1.617,8 3,4 7,6 4,1

333,0 1.358,5 1.859,7 4,2 10,0 5,6

Fontes: Banco de Cabo Verde, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal. a Estimativa correspondente ao valor dos serviços bancários intermédios utilizados pelos restantes ramos de actividade.

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

9


Indicadores macroeconómicos

Índice de Preços no Consumidor, 2001-20111 Em percentagem

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2009

2010

2011

Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Dezembro (proj. revista) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Dezembro (proj.) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Dezembro (proj.)

Var. mensal (a) -----------0,18 0,83 -1,01 -0,93 0,19 -0,28 0,56 0,65 0,28 -0,83 0,28 0,09 -0,28 0,28 0,28 0,37 0,00 0,64 0,18 1,09 0,00 -0,36 -0,09 0,72 -0,00 1,16 0,44 1,41 -0,09 --

Var. homóloga (b) 4,14 2,98 -2,28 0,61 1,80 5,81 3,97 6,69 -0,37 3,43 5,87 6,03 4,15 1,71 1,90 0,09 -0,74 -0,64 -1,18 -3,15 -1,01 -0,37 1,00. 0,09 -0,46 0,83 2,15 1,96 2,90 2,51 2,96 2,67 3,16 2,78 3,43 2,22 3,14 4,05 4,22 5,31 5,22 6,40

Var. média (c) 3,35 1,88 1,19 -1,89 0,40 4,85 4,4 6,78 0,98 2,08 7,01 7,14 7,10 6,74 6,39 5,79 5,05 4,30 3,42 2,31 1,55 0,98 1,40 0,52 0,00 -0,26 -0,22 -0,22 0,02 0,28 0,58 0,91 1,44 1,76 2,08 1,47 2,33 2,71 3,00 3,26 3,53 5,20

Fontes: Banco de Cabo Verde e cálculos do Banco de Portugal. 1 Série revista a partir de Julho de 2000 para incorporar uma nova ponderação das propinas escolares. Foi adoptada em Janeiro de 2008 uma nova estrutura de consumo e um novo cabaz de bens e serviços no cálculo do IPC inferidos com base no Inquérito às Despesas e Rendimentos das Famílias realizado entre Outubro de 2001 e Outubro de 2002. (a) mês n/mês n-1; (b) mês n/mês n do ano anterior; (c) últimos 12 meses/12 meses anteriores.

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde


Indicadores macroeconómicos Dívida Pública, 2006-2010

Em milhões de CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE 2006

2007

2008

2009

2010 Est.

DÍVIDA EXTERNA TOTAL Credores Multilaterais Credores Bilaterais Governo Outros DÍVIDA INTERNA TOTAL da qual: Bilhetes de Tesouro Obrigações do Tesouro Sector Bancário Sector Não-Bancário TCMF1 Dívida externa total Dívida interna total (esc. TCMF) TCMF Dívida interna total (inc. TCMF) Dívida externa total Serviços da dívida de médio e longo prazo

47.535,0 38.171,0 9.364,0 6.444,0 2.920,0 40.311,0 7.351,0 20.578,0 19.543,0 9.379,0 11.389,0

48.664,0 51.880,0 40.391,0 42.248,0 8.273,0 9.632,0 5.608,0 7.375,0 2.665,0 2.257,0 38.991,0 36.492,0 4.285,0 3.005,0 21.207,0 20.182,0 16.082,0 13.421,0 11.520,0 11.682,0 11.389,0 11.389,0 (em % do PIB) 45,4 45,4 44,9 27,6 25,7 21,7 10,9 10,6 9,8 38,5 36,4 31,6 (em % das exportações de bens e serviços) 113,3 105,9 97,2 5,9

5,1

4,1

58.210,0 46.185,0 12.026,0 9.846,0 2.179,0 38.519,0 1.730,0 23.870,0 14.379,0 12.752,0 11.389,0

72,820,0 51.666,0 21.154,0 12.575,0 8.579,0 40.876,0 600,0 27.369,0 15.131,0 14.356,0 11.389,0

46,7 21,7 9,1 30,9

53,5 21,7 8,4 30,0

121,3

134,0

6,0

4,6

Fontes: Banco de Cabo Verde, Ministério das Finanças Cabo Verde, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal. 1 Títulos Consolidados de Mobilização Financeira

No Anuário 2012-2013

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Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Indicadores macroeconómicos Balança de pagamentos, 2008-2011

Em milhões de CVE; Conversão: 1 EUR = 110,265 CVE 2008 1. CONTA CORRENTE Balança comercial Exportações (FOB)1 Importações (FOB) Balança de serviços (líq.) Exportações dos quais: Transportes Turismo Importações dos quais: Transportes Turismo Balança de rendimentos (líq.) Exportações dos quais: Juros extraord. das contribuições p/ TF2 Rendimento do TF2 (ano anterior) Importações dos quais: Juros da dívida pública programados Transferências correntes2 Transferências oficiais Transferências privadas das quais: Remessas de emigrantes 2. CONTA DE CAPITAL E DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS Conta de Capital Transferências de capital das quais: Perdão de dívida Donativos para o TF2 Contas de Operações Financeiras Investimento directo do qual: Receita de privatizações para o TF2 Investimento de carteira Outras operações das quais: Desembolso de empréstimos ao SPA Desembolsos para o TF2 Amortizações programadas Alimentação do TF2 3. ERROS E OMISSÕES 4. BALANÇA GLOBAL: (1) + (2) + (3) 5. FINANCIAMENTO Variação das reservas oficiais (aumento: - ) Financiamento excepcional do qual: Saques sobre a facilidade do ACC3 Reembolso programado da Facilidade do ACC Variação de atrasos (aumento: +) 6. DIFERENCIAL DE FINANCIAMENTO4: (4) + (5) Pro memória: Conta Corrente (em percentagem do PIB) Conta Corrente de Capital (em percentagem do PIB) Reservas oficiais (em meses de importações)5

-15.154,0 -53.741,0 8.643,0 -62.384,0 18.427,0 44.724,0 13.120,0 25.334,0 -26.298,0 -11.552,0 -6.041,0 -3.545,0 2.047,0

2009 Est. -12.303,0 -49.939,0 7.144,0 57.083,0 14.294,0 39.225,0 11.083,0 21.250,0 -24.931,0 -9.973,0 -5.236,0 -4112,0 1776,0

Proj. -29.213.0 -59.335.0 8.812.0 -68.147.0 8.792.0 40.989.0 -.0 22.081.0 -32.197.0 -.0 -.0 -5.911.0 1.689.0

2010 Est. -2.085.0 -11.689.0 2.233.0 -13.922.0 5.085.0 10.216.0 3.215.0 5.515.0 -5.131.0 -2.157.0 -1.101.0 -482.0 174.0

Proj. -15.655.0 -60.062.0 13.187.0 -73.249.0 22.398.0 47.839.0 -.0 25.083.0 -25.442.0 -.0 -.0 -5.913.0 -.0

2011 Trim. I -3.812.0 -14.508.0 3.486.0 -17.994.0 6.031.0 11.995.0 4.080.0 6.524.0 -5.965.0 -2.292.0 -1.266.0 -780.0 162.0

0,0 398,0 -5.592,0

0,0 467,0 -5.888,0

-.0 517.0 -7.601.0

0.0 0.0 -656.0

-.0 486.0 -.0

0.0 0.0 943.0

-525,0 23.705,0 7.839,0 15.866,0

-398,0 27.454,0 9.503,0 17.951,0

-498.0 27.241.0 8.528.0 18.713.0

-143.0 5.000.0 1.700.0 3.300.0

-784.0 27.922.0 8.454.0 19.468.0

-212.0 5.445.0 1.094.0 4.352.0

10.424,0

10.236,0

10.299.0

2.535.0

11.212.0

2.788.0

25.340,0

17.798,0

31.616.0

4.393.0

17.417.0

1.996.0

2.084,0 2.084,0

2.203,0 2.203,0

6.697.0 6.697.0

501.0 501.0

2.288.0 2.288.0

383.0 383.0

0,0 0,0 23.257,0 15.668,0

0,0 0,0 15.595,0 9.492,0

0.0 0.0 24.919.0 9.400.0

0.0 0.0 3.893.0 1.767.0

0.0 0.0 15.128.0 9.524.0

0.0 0.0 1.612.0 1.530.0

0,0 10,0 7.579,0

0,0 451,0 5.652,0

-.0 451.0 15.068.0

0.0 0.0 2.125.0

-.0 0.0 5.604.0

0.0 0.0 83.0

4.299,0 0,0 -1.655,0 0,0 -8.285,0 -1.901,0 -1.901,0 -2.262,0 361,0

7.388,0 0,0 -1.945,0 0,0 -6.804,0 -1.308,0 1.308,0 444,0 864,0

18.522.0 -.0 -2.030.0 -.0 0.0 2.403.0 -2.403.0 -2.403.0 0.0

1.955.0 0.0 -249.0 0.0 -436.0 1.873.0 -1.873.0 -1.873.0 0.0

16.871.0 -.0 -1.875.0 -.0 0.0 1.761.0 -1.761.0 -1.761.0 0.0

2.654.0 0.0 -402.0 0.0 -1.374.0 -3.190.0 3.190.0 -2.612.0 578.0

0,0

0,0

0.0

0.0

0.0

0.0

0,0

0,0

0.0

0.0

0.0

0.0

361,0

864,0

0.0

0.0

0.0

578.0

0,0

0,0

0.0

0.0

0.0

0.0

-13,1

-9,9

-21,8

--.0

-10,5

--.0

-11,3

-8,1

-16,8

--.0

-8,9

--.0

4,2

4,5

3,9

3,9

4

4

Fontes: Banco de Cabo Verde, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal. 1 Inclui vendas de combustível a navios e reexportações; 2Fundo estabelecido off-shore para suporte à conversão à dívida interna; 3 Acordo de Cooperação Cambial entre Cabo Verde e Portugal; 4Necessidade (-) ou capacidade (+) de financiamento; 5 Activos Externos Líquidos do BCV e importações de bens e serviços do ano.

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Indicadores macroeconómicos

Operações financeiras do Estado, 2008-2011 Em milhões de CVE; Conversão: 1 EUR = 110,265 CVE

2008 1. RECEITAS TOTAIS 1.1. Receitas orçamentais 1.1.1. Receitas correntes Receitas não-tributárias Receitas tributárias Impostos sobre o rendimento Impostos sobre a despesa dos quais: IVA 1.1.2. Receitas de capital 1.2. Donativos 1.3. Transferências de empresas públicasb 2. DESPESAS TOTAISc 2.1.Despesas correntesd Salários e ordenados Bens e serviços Subsídios e transferências dos quais: Combustíveise Bolsas de estudo Juros da dívida Interna Externa Outras despesas 2.2. Despesas de investimento 3. SALDO CORRENTE: (1.1.1) - (2.1) 4. SALDO CORRENTE ALARGADO: (1.1) - (2.1) 5. SALDO GLOBAL S/ Donativos: (1) - (2) - (2.1) 6. SALDO GLOBAL: (1) - (2) (base compromisso) 7. VARIAÇÃO DE ATRASOS 7.1. Externos 7.2. Internos 8. ALÍVIO DA DÍVIDA 9. SALDO GLOBAL: (6) + (7) + (8) (base caixa) 10. FINANCIAMENTO 10.1. Interno (líq.) do qual: Sistema bancário Privatizações Concessão de Emp. a EP 10.2. Externo (líq.) Desembolsos Amortizações 11. DIF. FINANC./DISCREPÂNCIA: (9) + (10) f

38.749 32.514 32.421 2.835 29.586 8.526 21.060 11.723 93 5.740 494 41.769 25.166 11.329 2.312 7.122 360 375 1.845 1.317 528 2.557 16.604 7.256 7.349 -8.761 -3.021

2009 Est. 36.588 29.738 29.533 3.857 25.676 8.059 17.616 9.747 205 6.850 0 44.629 26.805 12.179 2.344 7.547 360 388 1.854 1.262 592 2.489 17.823 2.728 2.933 -14.890 -8.041

Orç. 43.487 34.892 34.718 5.079 29.639 9.067 20.572 11.711 174 8.594 0 62.336 30.898 14.673 3.169 7.946 0 457 2.512 1.727 784 2.598 31.438 3.821 3.995 -27.443 -18.849

2010 Est. 7.994 7.701 7.057 765 6.291 2.317 3.974 2.327 14 924 0 8.761 5.925 3.048 427 1.680 0 83 465 294 170 138 2.836 1.132 1.146 -1.690 -766

g.e.a(%) 18,4 20,3 20,3 15,1 21,2 25,6 19,3 19,9 8,1 10,7 -14,1 19,2 20,8 13,5 21,1 --18,5 17,0 21,7 5,3 9,0 -----

Orç. 44.031 35.453 35.147 5.232 29.915 8.906 21.008 11.948 306 8.578 0 59.422 31.826 15.127 3.443 8.856 0 465 2.493 1.505 988 1.908 27.596 3.321 3.626 -23.970 -15.392

2011 Est. 8.664 7.867 7.865 818 7.046 2.282 4.765 2.696 2 797 0 11.042 7.270 3.316 423 2.072 0 130 522 312 210 289 3.772 594 596 -3.176 -2.378

g.e.a(%) 19,7 22,2 22,4 15,6 23,6 25,6 22,7 22,6 0,7 9,3 -18,6 22,8 21,9 12,3 23,4 --20,9 20,7 21,2 15,2 13,7 -----

0 0 0 0 -3.020

12 0 12 0 -8.029

0 0 0 0 -18.849

42 0 42 0 -724

------

0 0 0 0 -15.392

27 0 27 0 -2.352

------

3.021 -225 -1.552 30 0 3.246 5.152 -1.906 0

8.029 1.727 1.212 0 -860 6.301 8.248 -1.947 0

18.849 371 2.204 0 -3.511 18.479 20.592 -2.114 0

1.364 -740 -799 0 0 2.104 2.514 -409 639

----------

15.392 489 2.932 0 -3.930 14.903 16.818 -1.915 0

5.126 2.870 3.300 0 0 2.256 2.654 -398 2.775

----------

Fontes: Banco de Cabo Verde, Ministério das Finanças de Cabo Verde, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal. a Grau de execução face ao orçamento em %; bParcela das despesas de investimento que cabe às empresas públicas suportar (trata-se normalmente de financiar infra-estruturas ligadas à actividade dessas mesmas empresas); cInclui despesas relativas a atrasados identificados pelo FMI nas suas missões e despesas não discriminadas; dInclui valores a regularizar em 2008 e 2009; eIndemnizações compensatórias às empresas importadoras de combustíveis; f Necessidade (-) ou capacidade (+) de financiamento.

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Indicadores macroeconómicos

Síntese Monetária, 2008-2011

Em milhões de CVE; Conversão: 1 EUR = 110,265 CVE

POSIÇÃO EXTERNA Activos externos (líq.) Banco de Cabo Verde Disponibilidades líq. sobre o exterior Outros activos (líq.) Bancos comerciais Responsabilidades de m/l prazo ACTIVOS INTERNOS (líq.) Crédito interno total Crédito líquido ao S.P.A. dq: Crédito líq. ao Gov. central Crédito sobre o Trust Fund1 Crédito à economia Empresas públicas Sector privado Crédito às IFNM Outras rubricas (líq.) TOTAL DO ACTIVO MASSA MONETÁRIA pro memória: Base monetária Circulação monetária Depósitos à ordem em m/n Quase-moeda TOTAL DO PASSIVO

2008 Est. 28.924 31.184 30.903 30.686 217 281 -2.260 73.165 84.224 17.551 6.806 11.038 66.673 282 66.390 0 -11.059 102.089 102.089 25.952 8.713 33.458 59.918 102.089

2009 Est. 28.442 31.064 30.445 30.242 203 619 -2.622 77.010 93.303 18.763 7.808 11.038 74.540 189 74.351 0 -16.293 105.452 105.452 26.830 8.362 32.495 64.595 105.452

2010 Prog. 29.273 --31.455 ---83.191 100.500 19.473 --81.027 --0 -17.309 112.464 112.464 27.430 ---112.464

Est. 30.258 32.359 32.505 32.427 78 -145 -2.101 80.125 98.694 17.240 5.502 11.584 81.454 182 81.272 0 -18.569 110.384 110.384 25.915 8.591 34.220 67.572 110.384

2010/2009 (%) (1) (2) 6,4 1,7 4,2 1,2 6,8 2,0 7,2 2,1 -61,8 -0,1 --0,7 -19,9 0,5 4,0 3,0 5,8 5,1 -8,2 -1,5 -26,9 -1,9 2,2 0,2 9,3 6,6 -3,5 0,0 9,3 6,6 ---,0 -13,8 -2,1 4,7 -4,7 4,7 -3,4 -2,7 -8,6 -3,0 -4,7 --

2011 2011p/2010e (%) Prog. (1) (2) 31.065 2,7 0,7 ------34.188 5,4 1,6 ---------91.394 14,1 10,2 108.547 10,0 8,9 20.172 17,0 2,7 ------88.375 8,5 6,3 ------0 ---17.153 7,6 1,3 122.460 10,9 -122.460 10,9 10,9 28.818 11,2 ----------122.460 10,9 --

2011 Prog. 22.938 25.948 27.153 27.078 75 -1.205 -3.010 88.359 106.327 20.820 9.310 11.150 85.507 736 84.771 0 -17.968 111.297 111.297 25.819 7.463 34.325 69.509 111.297

Fontes: Banco de Cabo Verde, Fundo Monetário Internacional e cálculos do Banco de Portugal. 1 Fundo estabelecido off-shore para apoio à conversão da dívida interna, dando lugar à emissão de Títulos Consolidados de Mobilizaão Financeira (TCMF). (A) Variação face ao final do ano anterior; (B) Variação relativamente ao valor da massa monetária no final do ano anterior (factores de expansão/contracção da liquidez).

Cabo Verde: Ficha Resumida Agricultura/PIB Construção/PIB Indústria e Energia/PIB Pescas/PIB Serviços1/PIB Turismo/PIB PIB per Capita (Eur) Remessas Emigrantes Exportações Importações Investimento Investimento Estrangeiro Inflação Taxa de Desemprego

2006 4,8% 9,2% 7,0% 0,8% 52,3% 18,3% 2.000,0 0 98,2% 16,5% 431,5% 362,5% 5,4% 18,3%

2007 5,1% 9,8% 7,0% 0,5% 49,9% 20,7% 2.140,0 0 92,1% 14,0% 545,2% 451,8% 98,3% 5,6% 22,2%

2008 5,0% 11,0% 6,7% 0,5% 47,3% 19,4% 2.310,0 0 94,5% 21,9% 564,5% 445,0% 143,1% 6,8% 20,0%

2009 8,5% 9,2% 7,9% 0,0% 55,3% 18,0% 2.485,0 0 92,5% 25,1% 509,9% 396,0% 85,9% 1,0% 20,0%

Unid: milhões euros 2010 (não disponível)

Fonte: Relatório Banco de Cabo Verde (www.bcv.cv) 1 Serviços excluindo os serviços bancários intermédiários.

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Indicadores macroeconómicos

Taxas de Juro, 2006-2011

Dez-07 Crédito (Taxas activas) De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 5 anos De 5 a 10 anos Superior a 10 anos Descoberto Depósitos (Taxas passivas) Residentes De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 1 ano De 1 a 2 anos Não Residentes De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 1 ano De 1 a 2 anos Emigrantes De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 1 ano De 1 a 2 anos Taxas de referência Instrumentos do BCV Redesconto Cedência de liquidez Absorção de liquidez Bilhetes do Tesouro 90 dias 182 dias 364 dias Pro memória: Inflação (taxa var. homóloga no mês)

Taxas de Juros médias praticadas nas Operações Bancárias

Dez-08

Dez-09

Dez-10

Abr-11

%

%

%

%

%

12,840 9,790 10,780 9,830 11,810 12,030 10,710 10,770 16,040

11,590 11,800 10,170 9,330 11,820 11,150 10,270 10,430 15,380

12,990 12,090 11,260 9,300 10,690 10,840 10,200 10,120 14,950

13,910 11,550 11,800 9,040 10,080 10,050 10,230 9,830 15,720

12,940 11,000 8,730 8,450 9,980 9,730 9,670 9,230 15,860

4,100 3,050 3,690 4,160 4,170

3,060 2,830 3,850 4,150 4,190

3,010 3,400 4,260 4,140 4,470

2,940 3,390 4,100 4,530 4,140

3,000 3,590 3,870 4,510 4,200

2,250 3,560 3,990 4,310 4,080

2,210 3,810 3,990 4,190 4,140

1,620 1,810 3,520 3,960 4,590

2,980 2,880 3,920 3,910 4,660

2,940 2,860 3,740 4,210 4,680

3,700 3,410 4,200 4,330 4,360

3,420 3,430 4,130 4,320 4,250

3,490 3,480 4,080 3,710 4,440

3,490 3,510 4,100 4,140 4,440

3,480 3,490 4,160 4,150 4,940

8,500 7,500 1,000

7,500 8,250 2,750

7,500 8,250 2,750

7,500 7,250 1,750

7,500 7,250 1,750

3,492 3,492

3,404 -

3,594 -

4,000 -0 -0

4,100 4,190 4,250

3,970

6,690

-0,370

3.430

5,130

Crédito (Taxas activas) Residentes Descobertos não autorizado Particulares De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 dias a 365 dias De 1 a 2 anos De 2 a 5 anos (financiamento p/ contrato) De 5 a 10 anos Superior a 10 anos Habitação Própria Habitação Rendimento Crédito Universitário Adiantamento de Vencimentos Empresas De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 dias a 365 dias De 1 a 2 anos De 2 a 5 anos (financiamento p/ contrato) Contas Correntes Caucionadas (6 meses) Emigrantes Crédito Poupança Emigrante Depósitos (Taxas passivas) Depósitos a Ordem Conta Caderneta Depósitos a Prazo (Moeda Nacional) De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 dias a 364 dias 365 dias ou mais Depósito Poupança Jovem (MN) Conta Poupança Habitação (1 ano) Depósitos a Prazo/EMIGRANTES (Moeda Estrangeira) De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 dias a 1 ano De 1 a 2 anos Não residentes De 7 a 30 dias De 31 a 90 dias De 91 a 180 dias De 181 dias a 1 ano De 1 a 2 anos Conta Poupança De 181 dias a 1 ano 365 dias ou mais

Dez-09

Dez-11

17,75%

15,98%

12,63% 12,88% 13,00% 13,25% 13,50% 10,94% 12,06% 12,00% 12,75%

8,96% 9,24% 9,04% 8,97% 10,07% 9,93% 9,52% 9,22% -

11,31% 11,51% 11,88% 12,50% 11,25% 11,50% 11,00%

0,75%

-

2,74% 3,83% 4,25% 4,58% 4,58% 4,00%

2,91% 3,41% 4,07% 4,22% 4,59% -

3,28% 4,14% 4,56% 4,83%

3,49% 3,52% 4,22% 4,17% 4,99%

-

2,98% 3,13% 3,76% 3,98% 4,72%

4,58% 4,25%

-

Fontes: Banco de Cabo Verde e cálculos do Banco de Portugal. Nota: As taxas activas e passivas apresentadas dizem respeito às taxas de juro efectivas, resultantes do cálculo das taxas médias ponderadas pelos montantes dos créditos/ /aplicações relativos às operações activas/passivas praticadas para os residentes, não residentes e emigrantes. 1 A partir de Junho de 2006 são apresentados os valores das taxas de juro efectivas, resultantes do cálculo das taxas médias ponderadas pelos montantes dos créditos/ /aplicações relativos às operações activas/passivas praticadas para os residentes, não residentes e emigrantes.

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde


UMA FORTE TRADIÇÃO NO MERCADO MARÍTIMO-PORTUÁRIO PROGRAMAMOS E EXECUTAMOS O TRANSPORTE DE MERCADORIAS DE E PARA QUALQUER PARTE DO MUNDO

A ge nt e Ge r a l e m P o r t ug a l:

Portline Containers International, S.A. (Portugal)

Serviço regular de contentores e material rolante MADEIRA LINE – Lisboa/Leixões/Caniçal (2 navios semanais) GUIVER – Portugal/Cabo Verde e Guiné-Bissau (2 navios por mês) Armazém próprio em Camarate Consolidação/desconsolidação de contentores para qualquer destino

MOL Europe/ Mitsui Bulk and Car Carriers (Japão)

Serviço regular semanal de contentores de/para: Extremo Oriente, Médio Oriente, Austrália, Nova Zelândia e USA Serviço regular quinzenal de contentores de/para: África do Sul e Moçambique Car Carriers Serviço de Transporte de Viaturas

Jumbo Navigation (Holanda)

Heavy Lifts de e para todo o mundo Transporte de cargas de Projecto de e para todo o mundo

Atlantska Plovidba (Croácia)

Heavy Lifts/Tramping de e para todo o mundo

Copenship, AS (Dinamarca)

Serviço regular convencional Portugal/Moçambique, África do Sul e África Oriental

MTL (Alemanha)

Serviço Intra-comunitário para transporte de lotes de carga homogénea a granel e convencional Portos Europeus

UAL (Holanda)

Serviço de carga convencional e contentores para Angola e África Ocidental e África do Sul

Eurocondal (Espanha)

Serviço de carga convencional e contentores para Malabo, Bata e Douala

Atendimento e Assistência a Navios de Comércio e de Recreio: atendemos anualmente cerca de 450 navios através de um serviço permanente 24 horas por dia, 7 dias por semana. LISBOA - Av. Infante D. Henrique, nº. 332, 3º andar, 1800-224 - Lisboa - Tlf.: 218391880 Fax: 218595224 /218595228 E-mail: lisboa.office@portmar.pt LEIXÕES - Edifício Hermes - Rua Antero de Quental, 221 - Sala 301 - 4455-586 - Perafita - Tlf.: 229388749/ 50 / 51 / 52 Fax: 229388754 E-mail: porto.office@portmar.pt AVEIRO - Av. José Estévão, Edifício Porto Azul nº 318 - R/C - Dtº.- 3834-908 - Gafanha da Nazaré - Tlf.: 234390810 Fax: 234390811 E-mail: porto.office@portmar.pt SETÚBAL - R. Trabalhadores do Mar, 16 - 1º L - 2900-650 - Setúbal - Tlf.: 265534312 Fax: 265522404 E-mail: setubal.office@portmar.pt SINES - R. Vasco da Gama, 5 r/c - 7520-243 - Sines - Tlf.: 269634382/3 Fax: 269632691 E-mail: sines.office@portmar.pt FUNCHAL - Caminho do Poço Barral, nº 150/152 - 9020-292 - Funchal - Tlf.: 291215440 Fax: 291229737 E-mail: madeira.office@portmar.pt PRAIA-CABO VERDE - Av. Andrade Corvo, nº 45-A - C.P. 114-C - Fazenda - Praia - República de Cabo Verde Tlf.: +238 2615515 Fax: +238 2615516 E-mail: portmar.praia@cvtelecom.cv SÃO VICENTE -CABO VERDE - Av. Baltazar Lopes da Silva - Prédio Fonseca Santos - São Vicente - República de Cabo Verde Tlf.: +238 2310168 Fax: +238 2310169 E-mail: portmar@cvtelecom.cv AGENAVEG - Rua Capitão Quinhones nº 4 - C.P.590 - Bissau - República da Guiné-Bissau Tlf.: +245 3214942 Tlf./Fax: +245 3207323 E-mail: agenaveg.bissau@hotmail.com (Sistema de qualidade das sucursais de Cabo Verde ainda não certificado)


Comércio Externo

Importações de Cabo Verde

Em CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE Por Origem, em 2010 (CIF) País Portugal Países Baixos Espanha Brasil Franca Italia Estados-Unidos Senegal Tailandia China Indeterminado Uruguai Belgica Gibraltar Argentina Turquia Alemanha Reino Unido Benin Suecia Costa do Marfim Marrocos Luxemburgo Trindade e Tobago Ghana Canada Grecia Egipto Singapura Guine Equatorial Vietname Japao Guine-Bissau Peru Africa do Sul Indonesia

Valor 31.780.440.813 10.364.863.974 6.550.390.142 2.299.946.716 2.263.937.811 1.074.554.464 980.377.161 689.315.116 630.071.940 626.395.065 614.606.246 440.958.615 411.604.409 411.514.518 358.443.778 283.004.804 276.051.075 271.880.424 212.941.118 170.048.459 143.762.967 115.231.610 104.047.755 101.526.674 77.010.992 67.232.753 65.711.288 64.852.525 51.336.079 43.263.474 41.000.484 40.840.752 14.863.960 13.756.304 12.855.930 10.436.538

Total

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

18

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

% 51,4% 16,8% 10,6% 3,7% 3,7% 1,7% 1,6% 1,1% 1,0% 1,0% 1,0% 0,7% 0,7% 0,7% 0,6% 0,5% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

País Emirados Arabes Unidos Mali Eslovenia Malta India Chile Israel Libano Finlandia Dinamarca Cuba Argelia Suica Paquistao Gabao Chipre Malasia Noruega Mexico Mauritania Timor Leste Angola Republica Tcheca Panama Nauru Paraguai S. Tome e Principe El Salvador Arabia Saudita Mocambique Reuniao Ucrania Hong-Kong Andorra Bulgaria

Valor 9.448.484 8.680.176 7.734.349 7.197.353 6.581.156 5.450.544 5.202.058 4.847.648 4.791.549 4.534.659 3.873.656 3.583.371 3.423.310 3.344.731 2.875.265 2.163.620 1.972.927 1.787.963 1.653.546 1.254.751 505.646 359.358 280.267 266.102 137.852 122.345 112.536 76.881 60.032 49.254 48.500 40.799 33.083 23.000 12.813

(cont.) % 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

61.771.606.317

100,0%


Comércio Externo Importações de Cabo Verde

Em CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE Por Produto, em 2010 (CIF) Produto Gasóleo Artefactos diversos para usos eléctricos Ferro, aço Cimento Arroz Artefactos de escritório Plástico e suas obras Tractores e veículos p/transporte de carga Fuel-oil Automóveis para transporte de pessoas Óleos alimentares Leite em pó Máquinas e aparelhos eléctricos Cerveja Medicamentos Móveis Carne e miudezas de aves (exc. em conservas) Art.cerâmicos e art.higiénicos de ferro ou aço Gás propano, butano e natural Aparelhos terapêuticos Máquinas para construção Instrumentos de telecomunicações Açúcar Preparados alimentares n.e Frutas Papel e suas obras (exc. material de imprensa) Madeira e seus derivados Alumínio Milho Meios de transporte n.e Gasolina super Preparados e conservas, de carne Leite não concentrado Aparelhos de som e de imagem Vinho Sumos de frutas Motores para meios de transporte Bebidas n.e Bombas e geradores Artefactos n.e, de tecidos Massas alimentícias e outros prep. de cereais Barcos Máquinas n.e Trigo em grão Preparados n.e, de legumes Óleos lubrificantes Carne bovina e suína (exc. em conservas) Yogurtes e outros lacticínios Máquinas de transporte Televisores Preparados para sopas e caldos Perfumaria e outros cosméticos Autocarros Queijo Batata comum Legumes secos Resíduos e preparados p/alimentação de animais Produtos de moagem Partes e acessórios para veículos automóveis Congeladores (exc. para usos domésticos) Aparelhos electromecânicos de uso doméstico Obras de madeira (exc. móveis) Candeeiros e lustres eléctricos Cigarros Máquinas industriais Detergentes Cebola, alho e outros prod. hortícolas aliáceos Produtos químicos inorgânicos

Valor 4.106.920.106 2.948.065.254 2.747.266.219 2.361.272.212 2.096.039.458 2.061.360.740 1.847.253.873 1.450.438.110 1.365.699.476 1.329.317.660 1.309.389.544 1.229.970.754 1.191.934.694 911.528.050 901.381.944 888.000.819 885.811.319 851.151.978 809.075.653 800.198.188 788.123.894 768.253.432 756.167.503 708.901.788 664.642.832 618.418.824 609.947.710 570.673.509 551.341.165 548.993.156 546.061.152 528.431.746 511.483.611 509.057.907 482.484.381 471.695.834 467.716.539 451.898.172 441.270.504 432.012.266 431.699.730 416.852.302 403.473.304 396.685.713 388.313.361 379.486.892 347.232.632 325.603.369 319.738.523 319.611.179 308.954.587 307.943.075 307.078.016 272.102.637 266.985.453 258.050.818 249.908.864 243.947.251 238.344.203 235.322.296 234.483.209 226.481.387 215.335.878 210.518.250 208.551.573 204.042.292 201.945.051 183.491.254

Total

% 6,6% 4,8% 4,4% 3,8% 3,4% 3,3% 3,0% 2,3% 2,2% 2,2% 2,1% 2,0% 1,9% 1,5% 1,5% 1,4% 1,4% 1,4% 1,3% 1,3% 1,3% 1,2% 1,2% 1,1% 1,1% 1,0% 1,0% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,8% 0,8% 0,8% 0,8% 0,8% 0,7% 0,7% 0,7% 0,7% 0,7% 0,7% 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3%

Produto Material para construção Calçado Livros, jornais e revistas Peixe, crustáceos e moluscos Ferragens, guarnições Sabão Vestuários e acessórios (exc. de malha) Aparelhos de uso doméstico, não eléctricos Ferramentas manuais Tintas, vernizes Alimentos de crianças Asfalto, betume Artigos n.e para imprensa Peças e acessórios para aviões Ferramentas n.e Pneus para automóveis Café em grão Artefactos de malha confeccionados Pregos, parafusos Leite condensado Concentrados de tomates Confeitarias Máquinas de lavar roupa Pneus para camiões Artefactos de recreio Papel de imprensa Whisky Chocolates Telhas, tijolos Tabaco não manufacturado Produtos químicos orgânicos Tecidos n.e Manteiga Leveduras Couve, alface, cenoura e nabo Brinquedos Louça sanitária Artigos de vidro para serviço de mesa Máquinas agrícolas Material de escrever Adubos Tomates Aparelhos electrotérmicos de uso doméstico Tapetes e outros revestimentos, de mat. têxteis Preparados e conservas, de peixe Café transformado Batata semente Doces e geleias Tecidos de algodão Pára-brisas e retrovisores Tecidos sintéticos Pilhas eléctricas Vidros Sementes e frutos para sementeira Fósforos Aparelhos de fotografia e cinematografia Rádios Peças para motociclos Relógios Câmaras-de-ar Máquinas de lavar loiça Joalharia Seda e lã Cereais n.e (exc. milho e arroz) Gasolina para aviões Tecidos de malha Forragens Artigos não incluídos nas rubricas anteriores

Valor 174.986.026 174.458.775 173.804.869 160.079.060 150.096.785 150.021.396 145.933.177 145.870.378 145.342.610 142.934.149 142.173.094 140.642.392 136.625.440 122.421.597 118.174.987 116.557.080 115.326.358 113.108.375 109.635.165 107.127.044 102.216.856 97.691.649 91.195.760 85.600.282 85.154.197 79.562.324 77.427.309 71.555.373 58.905.508 57.869.613 56.494.371 56.159.787 54.571.856 52.227.984 51.367.988 45.417.304 44.529.275 42.815.797 32.289.197 29.519.611 29.088.834 28.156.379 27.084.552 26.698.561 25.806.595 25.348.069 23.524.344 21.884.639 20.744.805 19.770.610 19.404.118 18.496.716 17.652.034 14.103.706 12.021.954 11.335.474 10.842.178 4.726.612 3.472.239 3.325.474 3.122.942 2.836.780 1.305.066 1.050.327 360.457 307.899 103.203 5.719.305.877

% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 9,3%

61.771.606.317

100,0%

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

19


Comércio Externo Importações de Cabo Verde

Em CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE Por Produto, de Portugal, em 2010 (CIF) Produto Artefactos diversos para usos eléctricos Cimento Ferro, aço Plástico e suas obras Máquinas e aparelhos eléctricos Artefactos de escritório Tractores e veículos p/transporte de carga Cerveja Medicamentos Óleos alimentares Automóveis para transporte de pessoas Art.cerâmicos e art.higiénicos de ferro ou aço Frutas Máquinas para construção Móveis Papel e suas obras (exc. material de imprensa) Vinho Madeira e seus derivados Aparelhos de som e de imagem Instrumentos de telecomunicações Sumos de frutas Alumínio Bombas e geradores Preparados para sopas e caldos Massas alimentícias e outros prep. de cereais Yogurtes e outros lacticínios Máquinas n.e Preparados e conservas, de carne Resíduos e preparados p/alimentação de animais Barcos Bebidas n.e Leite não concentrado Preparados n.e, de legumes Aparelhos terapêuticos Autocarros Máquinas de transporte Obras de madeira (exc. móveis) Meios de transporte n.e Partes e acessórios para veículos automóveis Leite em pó Motores para meios de transporte Óleos lubrificantes Congeladores (exc. para usos domésticos) Detergentes Livros, jornais e revistas Televisores Candeeiros e lustres eléctricos Perfumaria e outros cosméticos Legumes secos Produtos químicos inorgânicos Artigos n.e para imprensa Ferragens, guarnições Aparelhos electromecânicos de uso doméstico Arroz Alimentos de crianças Batata comum Tintas, vernizes Produtos de moagem Artefactos n.e, de tecidos Preparados alimentares n.e Aparelhos de uso doméstico, não eléctricos Ferramentas n.e Ferramentas manuais Asfalto, betume Pregos, parafusos Papel de imprensa

Valor 2.692.280.155 2.336.102.888 1.886.036.956 1.383.101.041 1.027.146.249 971.202.980 882.532.234 848.017.439 845.826.926 813.780.699 622.825.181 579.774.654 573.876.874 534.643.223 529.178.086 460.181.570 411.745.411 398.557.751 394.252.562 350.008.076 336.726.514 327.532.224 298.314.852 297.930.204 285.008.942 275.548.382 271.464.449 260.894.318 244.005.612 237.069.560 236.160.579 228.888.480 226.482.942 207.547.214 202.032.861 197.313.381 179.041.731 177.719.988 169.453.279 161.757.082 160.511.672 160.471.865 152.375.255 146.631.554 144.874.030 141.978.294 139.512.420 139.503.833 135.529.331 135.021.704 126.696.362 126.207.249 120.209.877 115.706.275 104.231.290 103.694.679 98.392.115 92.401.560 91.717.507 90.102.013 88.450.159 88.188.559 86.746.769 85.699.323 83.846.714 75.414.081

Total Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

20

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

% 8,5% 7,4% 5,9% 4,4% 3,2% 3,1% 2,8% 2,7% 2,7% 2,6% 2,0% 1,8% 1,8% 1,7% 1,7% 1,4% 1,3% 1,3% 1,2% 1,1% 1,1% 1,0% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,9% 0,8% 0,8% 0,7% 0,7% 0,7% 0,7% 0,7% 0,6% 0,6% 0,6% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,3% 0,2%

Produto Máquinas industriais Carne bovina e suína (exc. em conservas) Confeitarias Tabaco não manufacturado Pneus para automóveis Artefactos de malha confeccionados Peixe, crustáceos e moluscos Calçado Produtos químicos orgânicos Telhas, tijolos Chocolates Vestuários e acessórios (exc. de malha) Máquinas de lavar roupa Queijo Artefactos de recreio Sabão Milho Tecidos n.e Couve, alface, cenoura e nabo Cebola, alho e outros prod. hortícolas aliáceos Pneus para camiões Material para construção Carne e miudezas de aves (exc. em conservas) Peças e acessórios para aviões Whisky Brinquedos Material de escrever Adubos Leveduras Café em grão Concentrados de tomates Tecidos de algodão Tecidos sintéticos Aparelhos electrotérmicos de uso doméstico Vidros Máquinas agrícolas Café transformado Tomates Artigos de vidro para serviço de mesa Louça sanitária Pára-brisas e retrovisores Açúcar Aparelhos de fotografia e cinematografia Tapetes e outros revestimentos, de mat. têxteis Doces e geleias Preparados e conservas, de peixe Manteiga Pilhas eléctricas Rádios Sementes e frutos para sementeira Câmaras-de-ar Relógios Peças para motociclos Máquinas de lavar loiça Leite condensado Cereais n.e (exc. milho e arroz) Gás propano, butano e natural Seda e lã Joalharia Gasolina para aviões Tecidos de malha Fósforos Forragens Trigo em grão Artigos não incluídos nas rubricas anteriores

Valor 67.892.167 66.831.845 65.637.953 57.869.613 57.781.958 55.151.478 54.915.189 52.268.416 52.129.979 51.381.750 51.289.171 50.908.663 50.246.496 47.944.655 46.205.669 44.830.085 43.209.064 41.584.194 41.363.795 41.171.740 40.639.569 39.412.785 38.995.064 38.890.452 35.926.845 27.274.697 25.298.031 22.362.474 20.841.732 19.608.414 18.324.546 18.123.454 17.417.646 15.991.308 14.912.138 14.480.783 14.129.646 13.546.025 12.528.258 10.945.007 10.706.714 9.774.188 9.582.421 9.249.381 8.608.793 8.161.184 7.494.874 4.183.854 3.472.628 2.188.225 1.911.294 1.865.802 1.797.658 1.672.178 1.483.328 1.021.376 651.940 570.996 507.480 360.457 225.151 136.833 103.203 18.119 3.798.351.943

31.780.440.813

% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 12,0%

100.0%



Comércio Externo Importações de Cabo Verde

Em CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE Origem Portugal vs Total de Importações, em Valor (CIF) Anos 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Portugal 15.458.556.136 18.292.830.079 16.551.995.369 16.349.638.585 17.744.801.452 23.868.523.149 27.052.246.064 31.296.233.797 27.168.661.272 31.780.440.813

Total 30.340.198.183 34.863.031.634 34.221.113.902 38.494.652.412 38.923.033.481 47.502.204.121 60.118.950.472 62.248.629.935 56.213.200.720 61.771.606.317

% 51,0% 52,5% 48,4% 42,5% 45,6% 50,2% 45,0% 50,3% 48,3% 51,4%

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

Origem Portugal, por Categoria de Produto (CIF) 2006 4.972.952 2.961.718 1.583.405 2.023.363 1.844.733 1.694.773 1.241.584 978.051 649.461 447.676 436.649 198.477 224.941 304.331 131.215 97.033 4.078.161 23.868.523

Máquinas, Aparelhos Alimentares Minerais, Minérios Metais Comuns Agrícolas Químicos Veículos e Outro Mat. de Transportes Plásticos, Borracha Pastas Celulósicas, Papel Madeira, Cortiça Matérias Têxteis Combustíveis Minerais Vestuário Aparelhos de Óptica e Precisão Peles, Couros Calçado Outros Produtos Total

2007 6.117.502 3.234.072 2.475.449 2.462.217 2.004.618 2.022.260 1.508.425 1.205.196 678.130 619.689 534.785 212.811 211.709 298.818 153.268 149.960 3.163.334 27.052.246

2008 6.109.784 3.482.169 3.401.675 3.355.364 2.376.211 2.058.648 1.534.889 1.468.730 792.805 534.785 448.779 392.543 309.845 307.639 130.113 115.778 4.476.477 31.296.233

2009 4.928.542 3.565.121 2.937.631 2.696.382 2.607.436 2.300.393 1.670.465 1.596.141 840.715 567.788 482.498 482.498 297.296 385.023 185.201 84.072 1.541.460 27.168.661

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

Origem Portugal, por Categoria de Produto (CIF) Bens de Consumo Produtos alimentares primários Produtos alimentares transformados Material de transporte Outros bens de consumo duradouros Outros bens de consumo, semi-duradouros Outros bens de consumo, não duradouros Bens intermédios Produtos alimentares primários Produtos alimentares transformados Produtos primários n.e Produtos transformados, para a agricultura Produtos transf. p/indústrias alimentares

2010 9.724.126.532 1.255.803.591 4.838.694.182 622.825.181 1.318.956.264 324.033.910 1.363.813.404 11.813.129.177 1.039.495 113.243.292 99.573.826 22.362.474 244.005.612

Total Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

22

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Produtos transf. p/confecções e calçado Produtos transf. p/indústrias várias Produtos transf. p/construção Produtos transf. p/carpintaria Materiais eléctricos Produtos transformados, n.e Peças e acessórios p/material de transporte Bens de Capital Máquinas Meios de transporte Motores Combustíveis Artigos não incluídos nas rubricas anteriores

2010 77.921.441 399.968.840 5.471.426.671 707.003.829 2.692.280.155 1.843.282.611 141.020.931 6.283.348.899 4.454.029.305 1.668.807.922 160.511.672 161.484.262 3.798.351.943 31.780.440.813


Comércio Externo Exportações de Cabo Verde

Em CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE Por Destino, em 2010 (valor FOB) Destino Espanha Portugal Estados-Unidos El Salvador Franca Guine-Bissau Paises Baixos India Angola Brasil Ghana Italia Total

Valor FOB (CVE) 2.685.414.804 839.834.591 59.589.810 59.007.118 23.356.742 21.178.740 10.446.243 2.564.380 1.537.826 934.692 112.000 16.540 3.703.993.486

% Valor 72,5% 22,7% 1,6% 1,6% 0,6% 0,6% 0,3% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

Por Produto, em 2010 (valor FOB) Produtos Conservas de peixe Peixes frescos e refrigerados Confecções Calçado e partes de calçado Aguardentes e licores Lagostas frescas e congeladas Cervejas Refrigerantes Preparados alimentares n.e. Sementes oleaginosas Café Melaços de açucar Matérias corantes Obras de marcenaria n.e. Móveis de madeira Embalagens de madeira Vinhos Couros e peles Areias naturais Águas Impressos e gravuras Calhaus e cascalhos Total

Valor FOB (CVE) 1.540.573.536 1.253.936.562 411.763.249 367.728.584 58.032.510 36.420.089 14.526.559 5.472.807 4.996.908 4.089.479 2.419.856 1.293.367 934.692 798.820 374.820 286.570 178.600 112.000 30.660 16.981 5.734 1.103 3.703.993.486

% Valor 41,6% 33,9% 11,1% 9,9% 1,6% 1,0% 0,4% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

Evolução Exportações para Portugal vs Total Exportações (valor FOB) Anos Portugal 2001 1.102.643.935 2002 1.096.132.346 2003 828.061.922 2004 1.032.575.159 2005 810.087.955 2006 903.001.655 2007 901.801.641 2008 979.272.211 2009 928.329.612 2010 839.834.591

Total 1.208.409.682 1.230.556.738 1.161.379.896 1.332.803.819 1.568.244.845 1.816.088.478 1.547.130.200 2.410.782.119 2.768.495.695 3.703.993.486

% 91,2% 89,1% 71,3% 77,5% 51,7% 49,7% 58,3% 40,6% 33,5% 22,7%

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

23


Comércio Externo Exportações de Cabo Verde

Em CVE; Conversão 1 EUR = 110,265 CVE por Produto, para Portugal (2010) Confecções Calçado e partes de calçado Lagostas frescas e congeladas Aguardentes e licores Preparados alimentares n.e. Melaços de açucar Peixes frescos e refrigerados Vinhos Conservas de peixe Café Areias naturais Calhaus e cascalhos TOTAL

Valor FOB 411.763.249 366.190.758 28.392.797 27.166.917 4.787.353 873.064 249.640 179.041 144.987 55.022 30.660 1.103 839.834.591

% 49,0% 43,6% 3,4% 3,2% 0,6% 0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

Valor FOB 517.243.108 312.805.171 36.287.805 28.708.595 20.262.825 10.737.162 2.067.525 196.801 20.620 928.329.612

% 55,7% 33,7% 3,9% 3,1% 2,2% 1,2% 0,2% 0,0% 0,0% 100,0%

Valor FOB 541.066.236 330.467.500 35.591.265 31.113.722 13.941.490 11.361.011 5.590.744 3.791.729 1.948.955 1.340.365 1.199.132 748.434 569.565 531.036 11.027 979.272.211

% 55,2% 33,7% 3,6% 3,2% 1,4% 1,2% 0,6% 0,4% 0,2% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,1% 0,0% 100,0%

Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

por Produto, para Portugal (2009) Confecções Calçado e partes de calçado Preparados e conservas, de peixe Peixe, crustáceos e moluscos Bebidas n.e Massas alimentícias e outros prep. de cereais Café em grão Preparados alimentares n.e Alimentos de crianças TOTAL Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

por Produto, para Portugal (2008) Confecções Calçado e partes de calçado Lagostas Aguardentes Café torrado Biscoitos e bolachas Peixes frescos ou congelados Licores Melaços de cana-de-açúcar Livros e brochuras Cervejas Preparados alimentares n,e, Móveis de madeira Produtos de peixes ou de crustáceos Conservas de peixe TOTAL Fonte: Direcção Geral de Alfândegas de Cabo Verde (www.alfandegas.cv)

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde


ComércioTurismo Externo

Turistas entrados por ilha (2010) País de residência habitual Cabo Verde Caboverdeanos Estrangeiros Estrangeiros África do Sul Alemanha Áustria Bélgica+Holanda Espanha Estados Unidos França Reino Unido Itália Portugal Suíça Outros Países TOTAL %

hotéis

pensões

15.318.0.0.0 4.595.0.0.0

5.746.0.0.0 516.0.0.0

2.411.0.0.0 23.0.0.0

109.0.0.0 40.916.0.0.0 557.0.0.0 19.209.0.0.0 5.402.0.0.0 2.237.0.0.0 31.631.0.0.0 70.680.0.0.0 36.513.0.0.0 55.275.0.0.0 1.220.0.0.0 29.517.0.0.0 313.179.0.0.0 82,0%

11.0.0.0 1.142.0.0.0 84.0.0.0 331.0.0.0 383.0.0.0 208.0.0.0 1.703.0.0.0 153.0.0.0 445.0.0.0 1.726.0.0.0 150.0.0.0 1.727.0.0.0 14.325.0.0.0 3,8%

12.0.0.0 1.140.0.0.0 48.0.0.0 318.0.0.0 197.0.0.0 54.0.0.0 826.0.0.0 95.0.0.0 451.0.0.0 352.0.0.0 101.0.0.0 484.0.0.0 6.512.0.0.0 1,7%

Aldeamentos turísticos

Residenciais

TOTAL

%

3.026.0.0.0 72.0.0.0

2.786.0.0.0 1.068.0.0.0

9.830.0.0.0 354.0.0.0

39.117 .0 6.628 .0

10.2% 1.7%

30.0.0.0 1.111.0.0.0 49.0.0.0 186.0.0.0 331.0.0.0 99.0.0.0 1.347.0.0.0 267.0.0.0 492.0.0.0 496.0.0.0 108.0.0.0 697.0.0.0 8.311.0.0.0 2,2%

4.0.0.0 1.740.0.0.0 78.0.0.0 419.0.0.0 293.0.0.0 40.0.0.0 1.322.0.0.0 527.0.0.0 1.845.0.0.0 1.029.0.0.0 119.0.0.0 689.0.0.0 11.959.0.0.0 3,1%

52.0.0.0 2.871.0.0.0 146.0.0.0 1.192.0.0.0 908.0.0.0 550.0.0.0 6.667.0.0.0 297.0.0.0 971.0.0.0 1.399.0.0.0 356.0.0.0 1.952.0.0.0 27.545.0.0.0 7,2%

pousadas Hotéis-apartamentos

218 .0 0.1% 48.920 .0 12.8% 962 .0 0.3% 21.655 .0 5.7% 7.514 .0 2.0% 3.188 .0 0.8% 43.496 .0 11.4% 72.019 .0 18.9% 40.717 .0 10.7% 60.277 .0 15.8% 2.054 .0 0.5% 35.066 .0 9.2% 381.831 .0 100.0% 100,0%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde (www.ine.cv)

Estadia média, em dias, segundo o tipo dos estabelecimentos, por país de residência habitual dos hóspedes (2010) País de residência habitual Cabo Verde Caboverdeanos Estrangeiros Estrangeiros África do Sul Alemanha Áustria Bélgica+Holanda Espanha Estados Unidos França Reino Unido Itália Portugal Suiça Outros Países Estadia Média Estadia Média Total

Hotéis

Pensões

2,8 2,8

2,7 3,2

2,0 2,7

3,0 8,2 6,7 8,0 4,5 2,8 6,8 8,5 6,4 4,6 5,3 5,1 5,4

4,0 2,5 3,0 3,3 3,6 4,4 3,3 2,6 3,9 3,5 4,0 3,2 3,4

0,2 1,9 0,8 1,9 1,6 2,5 2,6 1,9 2,0 2,7 1,7 2,2 1,9

Aldeamentos turísticos

Residenciais

2,9 0,2

1,9 1,7

2,7 3,2

0,2 3,1 2,2 4,0 3,7 2,5 2,8 7,9 5,4 4,3 2,2 6,6 3,4

0,9 3,0 2,9 2,7 2,2 3,1 2,4 2,8 4,2 4,9 2,9 3,8 2,8

2,8 2,4 3,4 2,1 2,5 2,9 2,0 2,5 3,2 3,4 3,7 2,7 2,8 5,9

Pousadas Hotéis-apartamentos

Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde (www.ine.cv)

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Turismo

Infra-estruturas hoteleiras em Cabo Verde (2010) Estabelecimentos  - Hotéis  - Pensões  - Pousadas  - Hotéis Apartamentos  - Aldeamentos  - Residenciais TOTAL

2005 33 35 8 8 3 45

2007 40 51 7 10 6 36

2008 40 51 8 12 6 41

2009 42 53 8 12 10 48

2010 41 61 7 12 9 48

132

142

150

158

173

178

Quartos

4.406

4.836

5.368

6.172

6.367

5.891

Camas

8.278

8.828

9.767

11.420

11.720

11.397

951.638

1.368.018

1.432.746

1.827.196

2.021.752

2.342.282

10.342

10.445

11.544

13.708

14.096

13.962

3.199

3.290

3.450

4.081

4.120

4.058

Dormidas  Capacidade de Alojamento  Pessoal ao Serviço

Fonte: Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde (www.ine.cv)

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2006 35 46 7 9 5 40

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde



ACTIVIDADES E SERVIÇOS DA CÂMARA DE COMÉRCIO

Missões Empresariais [Outubro 2011] Numa das mais concorridas Missões Empresariais de entre as que tem organizado (a terceira em 2011), a Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde conduziu à FICH-Feira Internacional de Construção e Habitação de Cabo Verde 11 representantes de 8 empresas portuguesas do sector da Construção: Construção Civil (1), Engenharia e Fiscalização (1), Arquitectura (1), Material Eléctrico (2), Equipamento Electromecânico (1), Água e Saneamento (1) e Consultoria (1). A viagem, que decorreu de 02 a 09 Outubro, incluiu diversas reuniões com entidades públicas relacionadas com o sector: IFH-Instituto de Fundiária e Habitat: apresentação do programa habitacional de interesse social “Casa para Todos”; Direcção Geral de Infra-estruturas: apresentação do plano de investimentos públicos a 5 anos (2010-2015); Ordem dos Engenheiros: panorâmica do sector da construção; Câmara Municipal da Praia: plano de desenvolvimento urbano; Direcção Geral do Ambiente: investimento em infraestruturas de água e saneamento básico; ELECTRA-Empresa Pública de Água e Electricidade: apresentação do plano de investimentos; Empresas privadas diversas. Para além destes contactos a comitiva assistiu às Jornadas Técnicas paralelas ao certame, visitou os expositores da Feira e beneficiou de uma Bolsa de Contactos no recinto da FICH com 15 empresas caboverdeanas que manifestaram interesse na troca de contactos. [Junho 2011] A Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde realizou segunda missão empresarial do ano a Cabo Verde, decorrida de 12 a 18 Junho. Composta por empresas de Construção Civil e Obras Públicas, Fiscalização de Obras, Equipamentos Médico-Hospitalares e Borrachas e Plásticos

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

para os sectores automóvel e construção percorreu as ilhas de Santiago, São Vicente e, como novidade, Santo Antão. Atenta ao desenvolvimento das diversas ilhas do arquipélago e seu potencial a Câmara de Comércio inovou ao incluir a ilha das montanhas no seu itinerário. Assim, nas cerca de 30 reuniões -individuais e em conjunto- realizadas durante esta missão houve tempo para alguns dos participantes se deslocarem e reunirem com os Presidentes de Câmara de Porto Novo e Ribeira Grande (dois dos três municípios da ilha) e empresários de Santo Antão. Foi-lhes ainda oferecida uma volta de reconhecimento pela ilha. Registe-se que no decorrer da viagem a empresa “Multi-Eixo”, participante nesta missão, aproveitou para se apresentar, em parceria com 2 empresas caboverdeanas, a 3 concursos de Fiscalização de Obras no âmbito do Programa Habitacional “Casa para Todos” enquanto que outra equaciona já a sua entrada no mercado através de aquisição ou constituição de sucursal. As restantes empresas tiveram a oportunidade de fazer prospecção do mercado e mesmo reactivar clientes antigos, e entretanto esquecidos, para fornecimento dos seus produtos e serviços. [Março 2011]

A Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde realizou, entre 27 de Março e 02 de Abril de 2011, mais uma missão empresarial. Composta por 6 elementos de empresas de Construção, Materiais de Construção e Comunicação e Imagem percorreu as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal. Repetindo o que foi uma inovação iniciada em Abril 2010, a Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde, com a colaboração da sua congénere na Praia e da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde, organizou sessões de apresentação de serviços e produtos - na foto - para as empresas “YoungNetwork” (Comunicação) e “InovSteel” (Materiais de Construção). No


Actividades e Serviços da Câmara de Comércio conjunto das 2 sessões juntaram-se mais de 60 interessados. Para além disso todas as empresas mantiveram variados contactos personalizados conhecendo entidades públicas e empresas caboverdeanas com potencial para relacionamento comercial ou eventuais parcerias. De uma forma geral a informação recolhida sobre os principais centros de actividade económica do arquipélago foi positiva reconhecendo-se um mercado interessante para uma abordagem mais conclusiva e divulgação das oportunidades verificadas. Registe-se a imediata criação de empresa e aluguer de instalações por parte de uma das participantes e a manifestação de interesse na instalação de uma pequena unidade industrial por parte de outra. A comitiva, como é habitual, alojou-se nos hotéis Pestana Trópico, na Praia (Santiago), e Oásis Atlântico no Mindelo (São Vicente) e Santa Maria (Sal).

Seminários TEKTÓNICA (Lisboa, Maio 2011) Realizou-se na FIL de 03 a 07 de Maio mais uma edição da TEKTONICA – Feira Internacional de Construção e Obras Públicas. À semelhança da edição anterior, em que recebeu e acompanhou uma delegação de empresários caboverdeanos, também desta vez a Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde colaborou no sucesso da apresentação de Cabo Verde neste certame. A colaboração solicitada pela AIP/FIL resultou no convite que permitiu, no dia 04, a intervenção do “IFH-Imobiliária, Fundiária e Habitat” no workshop “ABC Mercado de Cabo Verde”, ao lado da aicep-Portugal Global e “case studies” de empresas portuguesas. Nesta intervenção, o IFH, representado pelo Administrador Jorge Paixão e pelo coordenador do “Casa para Todos”Nuno Tavares, e com a presença do Presidente do Conselho de Administração Paulo Soares, apresentou os contornos deste programa de investimento público caboverdeano para construção e reabilitação de habitação de interesse social que pretende abranger 8.500 habitações num período de 5 anos. O programa habitacional, financiado por uma linha de crédito de Portugal de 200 milhões de euros, obriga a parcerias com 51% de participação por empresas portuguesas e tem já diversos “dossiers” concluídos e em início de obra. Registam-se contratos assinados pelas empresas Armando Cunha, em parceria com a Sogei, MonteAdriano, com a MTCV, Engenharia Casais, com a Tecnicil Construções, HFN, com a Engeobra, e Luís Frazão, com a sua subsidiária caboverdeana. Estas empresas serão responsáveis pela construção de 453 habitações -196 no Fogo, 171 na Boavista e 86 em São Nicolau, a concluir em 17 meses. Vários outros concursos estão lançados para reduzir o déficit habitacional de 40.000 habitações. O workshop contou ainda com a intervenção do Delegado aicep em Cabo Verde, Armindo Rios que caracterizou a economia caboverdeana, e moderado pelo Administrador Executivo da aicep-Portugal Global, Dr. Eurico Dias Bri-

lhante. A sessão foi assistida por uma numerosa plateia de empresários. “Investir em Cabo Verde” (Seixal, Abril 2011)

Aproveitando a comemoração dos 20 anos de relações de cooperação com o Município da Boavista (Cabo Verde) e atendendo ao contexto de desenvolvimento económico do arquipélago, a Câmara Municipal do Seixal realizou no dia 27 de Abril um Encontro entre Instituições públicas e privadas de Cabo Verde, empresas portuguesas potencialmente interessadas em Cabo Verde, em particular do Seixal e da Região de Setúbal, a fim de apresentar o potencial de investimento de Cabo Verde e, mais concretamente, da ilha da Boavista. O encontro teve como título “Cooperação Seixal - Boavista: Oportunidades de Investimento em Cabo Verde”, contou com a participação dos Presidentes dos municípios do Seixal e da Boavista e com as apresentações da SDTiBM-Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas da Boavista e Maio e da Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde. Na sua apresentação “Projectos Estruturantes e Oportunidades de Investimento nas ilhas da Boavista e do Maio”, a SDTiBM, entidade criada para planear e gerir a ocupação das ZDTI-Zona de Desenvolvimento Turístico Integral da Boavista e do Maio, anunciou que já existem mais de 3.500 quartos disponíveis em alojamentos de elevada qualidade (2 hotéis RIU, 1 unidade Iberostar e o hotel “Venta Club”), estão em fase terminal as infra-estruturas de produção de água e energia, o aeroporto internacional, que já recebe 40 voos “charter”, está em processo de ampliação e adaptação para utilização nocturna, o porto de mar será renovado e ampliado (obras no valor de 35 milhões de Euros), a via rápida estruturante Rabil-Santa Mónica está em construção, encontrando-se ainda em aberto a resolução da recolha e tratamento de Resíduos Sólidos, o que se considera uma importante oportunidade para potenciais investidores com o “know-how” necessário. Para a construção das infraestruturas ou na viabilização dos empreendimentos turísticos a SDTiBM salvaguarda a possibilidade de aplicação de modelos de parceria flexíveis e adaptáveis às capacidades dos investidores. A Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde foi chamada a apresentar a realidade de Cabo Verde fazendo-o, como habitualmente, percorrendo o enquadramento económico, operacional e legal do arquipélago, para os diversos sectores de investimento (Turismo, Indústria, Pescas, etc…).

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Actividades e Serviços da Câmara de Comércio Feiras 15ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (Mindelo, Novembro 2011) Cerca de três dezenas e meia de empresas portuguesas estiveram presentes na 15.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), que decorreu de 16 a 20 de Novembro no Mindelo (São Vicente). A edição deste ano, que lotou os 2.600m2 do Parque de Exposições da Laginha, contou com 140 “stands”, distribuídos pelos 90 expositores dos quais a presença caboverdeana ocupou 60% do espaço, sendo a restante ficado a cargo de Portugal, Brasil e Espanha (Canárias). A participação portuguesa abrange quase todos os sectores de actividade, contando com a presença de missões empresariais congregando 34 empresas - Associação Industrial Portuguesa (AIP), Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA), Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas (ANEMM) e Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA). Entre os sectores representados figuram sectores como ecoturismo, metalomecânica, fabricação de tabaco, construção, equipamentos hoteleiros, instalações eléctricas, webdesign, serviços de comunicação e fabricação de veículos eléctricos Orçada em 14 mil contos, a feira multi-sectorial constitui o maior evento comercial com dimensão internacional do país, destaca a organização do evento, integrada pela FIC, pela Feira Internacional de Lisboa e AIP Feiras, Congressos e Eventos. Um objectivo preconizado pela parte portuguesa que integra a organização da feira é a oportunidade de conhecer e contactar empresários, associações empresariais e autoridades de Cabo Verde, bem como dos restantes 14 países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). “Portugal Exportador” (Novembro 2011)

No total mais de 90 organismos públicos e privados disponibilizaram no Centro de Congressos de Lisboa informação e formação para que as empresas nacionais tenham a capacidade de exportar mais e diversificar os seus mercados. À ampla oferta do evento aderiram mais de 1.500 empresários, na grande maioria provenientes de PME.

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

O evento contou com a presença de empresas e entidades nacionais e internacionais que operam em vários sectores de actividade, entre as quais 17 Câmaras de Comércio, 44 Embaixadas, 16 Associações Sectoriais e Regionais e 26 empresas prestadoras de serviços. Face à edição do ano anterior, em 2011 o programa de actividades e formações do Portugal Exportador 2011 foi reforçado a todos os níveis - workshops, cafés temáticos e gabinetes de consultoria internacional. A Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde esteve presente, como o faz desde há 3 anos, e registou forte interesse no mercado contando com meia centena de pedidos de informação. Para estes resultados, que têm vindo ano após ano a ser cada vez mais expressivos, contribuem não só a crescente necessidade que as PME têm sentido em fazer chegar os seus produtos e serviços a mercados externos, garantindo assim o crescimento e sustentabilidade dos seus negócios, mas também o enfoque dado pela organização e parceiros num programa de actividades que em apenas um dia faculte aos empresários portugueses que comparecem no evento um amplo e diversificado leque de instrumentos e apoios essenciais para que as empresas iniciem ou expandam o seu processo de internacionalização. Bolsa de Turismo de Lisboa (Fevereiro 2011)


Actividades e Serviços da Câmara de Comércio Protocolos Câmara de Comércio assina protocolo com SOFID (Lisboa, Dezembro 2010)

Num contexto de recuperação do turismo internacional Cabo Verde aposta forte na promoção do seu destino. Foi nessa perspectiva que na sua participação na BTL-Bolsa de Turismo de Lisboa 2011 se fez acompanhar das habituais delegações da TACV, CI-Cabo Verde Investimentos e outros intervenientes no sector (hotéis, promotores imobiliários, “incoming”). A par destas manifestações habituais a BTL foi o palco escolhido para apresentação do novo site do Turismo de Cabo Verde, do logotipo promocional da marca Cabo Verde e dos principais elementos do seu “Plano de Marketing Turístico”. Aproveitando a presença do Director Geral de Turismo (CV), Carlos Ferreira, a Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde organizou uma sessão de esclarecimento sobre a “Nova Legislação Turística e as exigências e benefícios da Utilidade Turística”. Foi assim possível saber que será em breve publicado todo um novo pacote de enquadramento do sector turístico (Regime dos empreendimentos turísticos, Classificação dos empreendimentos turísticos, Regime de Utilidade Turística, Regime de empreendimentos em Espaço Rural, Regime de empreendimentos em Turismo de Natureza, Regime de Habitação Periódica, Requisitos para Equipamentos de Lazer, Regime de Prestadores de Serviços Turísticos) bem como a (re)criação de um “instituto do turismo”. Ressalta como importante alteração o novo conceito de “utilidade turística”, cujo reconhecimento automático era a regra, que passará a graduar os benefícios a atribuir de acordo com o interesse do empreendimento, exigindo-se relevância excepcional. Haverá, contudo, para estes, mais amplo leque de benefícios, incentivos e facilidades bem como uma alteração do prazo de “gozo dos benefícios” de 5 anos (por inteiro) +10 anos (com restrições) para 10 anos por inteiro.

A 15 de Dezembro, entre a Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde, que tem por objectivo fomentar as relações económicas e empresariais entre Portugal e Cabo Verde, competindo-lhe designadamente promover contactos entre os meios económicos interessados, detectar possibilidades de investimento e facilitar o intercâmbio comercial, industrial e turístico entre os dois países, e a SOFID-Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento – Instituição Financeira de Crédito, S.A. (www.sofid.pt), que tem por missão financiar e apoiar empresas portuguesas e seus parceiros em projectos de investimento em países emergentes e em vias de desenvolvimento, em articulação com os objectivos e estratégia do Estado Português em matéria de economia, cooperação e ajuda pública ao desenvolvimento, foi assinado um Protocolo de Colaboração que visa um especial contributo para as empresas portuguesas e seus parceiros locais caboverdeanos no apoio ao desenvolvimento sustentado. As acções previstas no âmbito do presente Protocolo incluem acções de informação e de capacitação empresarial tendentes à promoção do conhecimento sobre Cabo Verde, divulgação de oportunidades de negócio e de investimento, acções de mobilização das empresas portuguesas, nomeadamente conferências, seminários, missões, encontros e outras sessões de divulgação e disseminação, focadas nas temáticas da internacionalização, cooperação e oportunidades de negócio no mercado caboverdeano.

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Actividades e Serviços da Câmara de Comércio Constituição de empresas pela Câmara de Comércio A Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde, cumprindo um dos serviços que coloca ao dispor dos investidores portugueses, constituiu 6 empresas em Cabo Verde, com origem em Portugal: “Onda Azul” (serviços turísticos), “Rege” (Películas para Vidros), “Follow Me” (serviços turísticos), “Irmãos Maia” (construção civil), “CV Med” (produtos farmacêuticos”) e “BeJazz” (comunicação publicitária).

Alguns investimentos portugueses em Cabo Verde • Aluguer de Automóveis: Avis, Hertz; • Automóveis: Cabo Verde Motors/Forcabo (Salvador Caetano), AS Parts (Auto Sueco); • Banca e Serviços Financeiros: Banco Caboverdiano de Negócios (Banif), Banco Comercial do Atlântico/Banco Interatlântico (Caixa Geral de Depósitos), Banco Espírito Santo Cabo Verde, Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Cotacâmbios, Novo Banco (Banco Português de Gestão); • Calçado: ACO (ICCO); • Combustíveis: Enacol (Galp Internacional); • Comércio: Casa Senna (desporto); FCV, Proa e Frutas Timóteo; Resul; • Comunicação Social: Alfa Comunicações (Cia. das Cores); • Confecções e Vestuário: Euroáfrica (Afriber), Verdeveste (Impetus); • Construção, Engenharia e Arquitectura: Armando Cunha, Consequi, Construsan (Soplacas), MonteAdriano, Mota-Engil, MSF, Opway, Somague; Focus Group, Ripórtico e NLA-Nuno Leónidas Arquitectos; • Consultoria e Formação: BDO, Efectivo, Mundiserviços, PriceWaterhouseCoopers; • Energia e Material Eléctrico: MTCV; SISIL, Vercor, WEIC; • Ensino: Escola de Tecnologias e Negócios de Cabo Verde (Magensinus), Universidade Lusófona, Universidade Piaget; • Hotelaria: Grupo Oásis Atlântico, Grupo Pestana; • Imobiliária: Ponta Bicuda (Design Resorts), Sacramento Campos; • Indústria Química: Química Cintila; • Materiais de Construção: Cimpor, Secil, Prelage; • Saúde: Labesfal Farma; • Serviços diversos: Sonasa (segurança); • Serviços Tecnológicos: Compta; CV Net (Wavecom); Exictos • Serviços Turísticos: CVTS, Solférias e Soltrópico (operadores); Neptunus, Seara Real (actividades marítimo-turísticas); • Telecomunicações: Cabo Verde Telecom (Portugal Telecom Internacional) • Transportes e Serviços Conexos: TAP; David José Pinho & Filhos, Agemar (Marmod), NCL, Portmar e Tiba.

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Notícias breves Projecto.Detalhe abre mercados a partir da sua subsidiária de Cabo Verde (Dezembro 2011) A empresa de engenharia nossa associada “Projecto.Detalhe, a partir da sua subsidiária em Cabo Verde, assinou com a Companhia Logística de Combustíveis da Guiné Bissau um contrato para a remodelação de um Parque de Combustíveis, localizado nos arredores de Bissau. O projecto, sobre uma infraestrutura antiga, compreende trabalhos de metalomecânica, construção civil, electricidade e instrumentação e vai aumentar a capacidade de armazenamento e melhorar o sistema de transportes local. Estão previstas montagens de bombas, de ecrãs flutuantes e de instalações eléctricas, bem como renovação de tanques e estudos associados de nivelamento e compactação de solos. A obra tem um prazo de execução de 4 meses pelo que deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2012. Este contrato permite à “Projecto.Detalhe” reforçar a sua estratégia de crescimento em África, onde possui já três filiais: a “Projecto.Detalhe Angola”, a “Projecto.Detalhe Moçambique” e a “Projecto.Detalhe Cabo Verde” mercado onde a empresa se encontra desde 2005. “O dinamismo da economia africana justifica o investimento e o reforço da capacidade de actuação da empresa neste mercado” refere Joaquim Neto Filipe, Presidente Executivo da Projecto.Detalhe. Inaugurado parque eólico do Mindelo (São Vicente, Novembro2011) Seguindo-se ao parque eólico da Praia, foi inaugurado a 11 de Novembro o novo parque eólico do Mindelo, uma infraestrutura de produção de energia construída de raíz pela Cabeólica, empresa mista de capitais públicos e privados. Composto por 7 aerogeradores de 850 Kw faz parte do conjunto de 4 parques que irão reforçar a capacidade de produção de electricidade nas ilhas de Santiago, São Vicente, Sal e Boavista a partir de uma fonte inesgotável -o vento. Apesar de inaugurado nesta data desde 28 de Setembro que debita energia para a rede pública e desde a segunda semana de Outubro que a disponibilidade tem sido superior à quantidade que o sistema eléctrico da ilha de São Vicente pode admitir, ou seja, um máximo de 3,5 Mw. Segundo o PCA da Electra, Engº Antão Fortes, a taxa de penetração média de energia fornecida pelos aerogeradores tem rondado os 13% mas já atingiu os 38%. “A nível nacional espera-se que venha a ultrapassar os 3 a 4% de taxa de penetração obtida na última década atingindo-se os 25 a 30%. Como é natural é ainda prematuro avaliar os valores de poupança e se os mesmos são suficientes para cobrir a factura de compra de energia à empresa Cabeólica”, adiantou o responsável.


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Actividades e Serviços da Câmara de Comércio Parque Eólico da Cidade da Praia (Santiago) já em funcionamento (Outubro 2011) O novo parque eólico da Cidade da Praia, com uma capacidade instalada de produção de 10 Megawatts (MW), é hoje inaugurado. A obra esteve a cargo da Cabeólica, empresa mista resultante de uma parceria público-privado entre o Estado de Cabo Verde, a Electra, a InfraCO, a AFC e a FinnFund, e representa um investimento de 56 milhões de euros, dos quais 45 milhões são oriundos de bancos de desenvolvimento. A parceria envolve a construção de mais 3 parques eólicos noutras ilhas de Cabo Verde -São Vicente, Boavista e Sal-, que na sua totalidade irão garantir uma potência instalada de cerca de 25,5 mw. Em Santiago, o parque ocupa cerca de 30 hectares, sendo já possível observar as 11 turbinas eólicas no Monte de São Filipe. Com a construção e entrada em funcionamento dos parques eólicos, a Cabeólica irá contribuir “de forma significativa” para que o Governo de Cabo Verde possa alcançar, até 2012, a meta de produzir 25% da energia consumida a partir de fonte renovável, contribuindo para a redução da dependência do país relativamente aos produtos petrolíferos e impulsionando o desenvolvimento da economia cabo-verdiana, quer pela criação de novos postos de trabalho, quer pela transferência de conhecimento, proporcionado pela introdução de tecnologias modernas e avançadas no país, disse Ana Monteiro. Abraão Lopes, director-Geral de Energia (CV) destacou que estes parques eólicos evitarão a emissão anual de mais de 12 mil toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, o que permite também avaliar a possibilidade de Cabo Verde vender créditos a países terceiros. O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, garantiu que os parques eólicos, aliados ao projecto de interligação da rede energética da ilha de Santiago (que prevê a construção de uma central única que passará a abastecer toda a ilha), deverão resolver as carências energéticas já em meados do próximo ano (2012). Em meados de 2012 teremos toda a energia necessária e reservas para quaisquer avarias aqui em Cabo Verde”, avançou. Primeiro passo para o “Open Skies” (Outubro 2011) As companhias aéreas europeias já podem fazer as rotas entre a União Europeia e Cabo Verde agora que o Parlamento Europeu validou o acordo aéreo horizontal assinado entre o bloco e o arquipélago. É uma espécie de “open sky”, mas com limitações já que as companhias aéreas europeias não poderão ainda embarcar ou desembarcar passageiros

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em qualquer país do bloco e transportá-los para Cabo Verde. Este acordo aéreo alargou a abrangência dos pactos bilaterais assinados anteriormente, a título individual, com oito Estados-Membros da UE: Portugal, Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos, Roménia, Espanha e Reino Unido. Contrariamente ao que se passava todas as companhias aéreas europeias podem agora voar para Cabo Verde e aterrar em qualquer aeroporto existindo no acordo horizontal disposições que asseguram esse direito a todas as companhias aéreas da UE; Cabo Verde não praticará qualquer discriminação em razão da nacionalidade. Os benefícios são recíprocos pois todos os aeroportos da UE vão poder acolher os aviões da companhia nacional do arquipélago (TACV), o que poderá significar mais passageiros e cargas de e para o país, logo mais divisas para a economia. Armando Cunha e Tâmega ganham construção de barragem em Cabo Verde (Outubro 2011) O governo caboverdeano assinou com as empresas portuguesas Armando Cunha e Tâmega o contrato de construção da barragem de Canto das Cagarras na ilha de Santo Antão, no valor de mais de 5 milhões de euros financiados pela linha de crédito concedida pelo Banco Português de Investimento (BPI) destinada a projectos de energias renováveis e de construção de infraestruturas de mobilização de água. A barragem, que deverá estar concluída dentro de dois anos, comportará um volume útil de perto de 335 m3, numa extensão de cerca de 84 mil m2 prevendo-se que venha a irrigar 50 hectares de terreno e aumente substancialmente a área irrigada. Depois de concluída terá uma altura máxima de 30 metros, 25 metros até ao descarregador e 100 metros de comprimento por quatro metros de largura de coroamento. O projecto governamental contempla construir mais 6 barragens (quatro em Santiago, uma em São Nicolau e outra em Santo Antão), além de 74 furos e outros projectos de captação de água em vários pontos do país. “A meta é ter, até 2015, 75 milhões de toneladas de água. Hoje, estamos entre os 38 e os 40 milhões de toneladas, tendo em conta todos os eixos de intervenção: a dessalinização, a perfuração e a mobilização das águas residuais e das superficiais. São quatro eixos estratégicos, mas ainda temos muito para fazer”, sublinhou o Ministro das Infra-estruturas, José Veiga. Sociedade Central de Cervejas e Tecnicil Indústria firmam parceria (Julho 2011) A SCC-Central de Cervejas e Bebidas, detentora das marcas Cerveja Sagres e Água de Luso, e a Tecnicil Indústria, empresa caboverdeana de águas e refrigerantes (marca Trindade), formalizaram hoje um acordo de parceria, com efeitos imediatos, para a distribuição e comercialização exclusiva em Cabo Verde. A Tecnicil Indústria, empresa com significativa experiência no mercado caboverdeano, pertence a um conhecido grupo empresarial que iniciou a sua actividade no sector imobiliário.


Actividades e Serviços da Câmara de Comércio Esta parceria, com uma vigência de 5 anos, deverá alavancar a distribuição e notoriedade das marcas contribuindo para o aumento do negócio e das vendas de ambas as partes. O objectivo a longo prazo é alcançar a liderança das cervejas portuguesas importadas desafiando a actual liderança da Super Bock (a que se segue a cerveja nacional Strella) nos próximos três a cinco anos. TAP inaugura nova rota para Cabo Verde (Junho 2011) A TAP inaugurou dia 01 de Julho uma nova rota para Cabo Verde ligando Lisboa e Mindelo (São Vicente). A companhia aérea portuguesa já opera voos diários alternados para as ilhas do Sal e de Santiago ao que se juntarão dois voos semanais (terças e sextas) para este novo destino. A TACV já voa, desde o início do ano, para Mindelo às sextas-feiras. Com este aumento de frequência para Mindelo, apesar do tráfego predominantemente étnico (tal como Praia) esperam-se também amplos benefícios em termos de fluxo turístico (à semelhança da Boavista e Sal) para as ilhas de São Vicente, ou não fosse o seu reconhecido potencial como capital cultural do país, Santo Antão e, eventualmente, São Nicolau. Oásis Atlântico prefere investir em África (Março 2011) www.oasisatlantico.com O grupo português de turismo Oásis Atlântico, criado há 22 anos, tem canalizado todos os investimentos para Cabo Verde e Brasil, por falta de condições em Portugal; pretende agora investir em África. No final da década de 90, com a entrada de um fundo de capital de risco, reorganizaram os investimentos do grupo e criaram uma sociedade gestora das participações sociais, a Oásis Atlântico Portugal SGPS. “Somos um grupo atípico, que nos internacionalizámos ao contrário, primeiro lá fora e depois cá dentro”, contou aquele responsável, explicando que a razão tem “apenas” a ver com a rentabilidade do investimento, que em mercados como o de Cabo Verde, e mais tarde o do Brasil, tem um prazo de recuperação mais rápido. “Na altura foi a nossa opção, pois não tínhamos muito capital disponível e no Brasil e Cabo Verde era mais fácil investir. Hoje já ponderamos investir em Portugal, mas não o fizemos até agora pelas mesmas razões”, adiantou Alexandre Abade, Administrador-Executivo do grupo. No Brasil, o grupo começou a investir em 2000, ampliando um hotel em Belo Horizonte, e adquirindo mais tarde outras unidades hoteleiras, mas neste momento admite que este mercado se tornou menos atractivo: “É muito mais caro hoje em dia investir no Brasil do que antes, por isso temo-nos concentrado mais em Cabo Verde”, disse. O grupo investe sempre em países de língua portuguesa, pois considera a língua uma mais-valia sobre outros concorrentes, e por isso admite que África é uma possibilidade futura. Neste momento o grupo está a construir uma unidade nova de raiz na ilha do Sal e outra na cidade da Praia, em Cabo Verde, e tem alguns projectos que pretende arrancar no Brasil, no Ceará.

Até hoje o grupo já investiu 35 milhões de euros, dos quais 20 milhões em Cabo Verde, e tem 25 milhões de investimento em curso para completar na ilha do Sal um hotel de 5 estrelas e mais 12 milhões de investimento noutra unidade na Cidade da Praia. O volume de vendas ascendeu no ano passado a 16 milhões de euros, um ano que Alexandre Abade classifica de retracção, mas para este ano espera que as vendas fiquem perto dos 20 milhões de euros. BES pondera investir no sector da Saúde em Cabo Verde

(Março 2011) O Banco Espírito Santo Cabo Verde (www.bescv.cv), sucursal do BES, encara a possibilidade de investir na área da Saúde no arquipélago. O presidente da instituição, Pedro Cudell, adiantou que a forma de actuação será “provavelmente através da telemedicina ou de redes integradas de clínicas especializadas”, realçando que o BES-CV já está também a apostar em “áreas essenciais”, como o Turismo, Agricultura, Pescas, Transportes e Energias Renováveis. “O facto de termos determinado que também queremos utilizar Cabo Verde como plataforma financeira para a costa ocidental africana é uma clara intenção de apoio e colaboração na internacionalização do país, ajudando a que se constitua também como um «cluster» de serviços financeiros”. Cabo Verde tem riscos quase inexistentes para o investimento, análise que decorre do recente relatório da AON, uma das maiores corretoras de seguros do mundo, que no “Political Risk Map” (“Mapa de Risco Político”) classifica o país como o segundo melhor “rating” da costa ocidental africana, atrás do Gabão, e o maior PIB per capita da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) -na ordem dos 3.400 dólares/2.500 euros. Nesse sentido lembrou a recente parceria entre os arquipélagos da Macaronésia -Açores, Madeira, Canárias e, agora, Cabo Verde- beneficiários, como regiões ultraperiféricas, dos fundos da União Europeia o que irá facilitar os investimentos na África Ocidental. Sobre o Banco Espírito Santo Cabo Verde, Pedro Cudell indicou que após seis meses de funcionamento o banco já está no “verde”, embora ainda pouco significativo, cerca de 5.000 contos caboverdeanos (45.000 euros), enquanto o BES Sucursal Financeira Exterior de Cabo Verde (BES-SFECV), aberta em 2006, contou com resultados líquidos de cerca de dois milhões de euros.

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Actividades e Serviços da Câmara de Comércio Cabo Verde: Economia do mar (Março 2011)

Pelas estimativas da Espírito Santo Research (ES Research), a economia caboverdeana terá crescido 5,4% em 2010, deverá expandir-se 5,9% este ano e 6,8% em 2012. Esta performance estará assente no reforço do investimento público -através do Programa de Investimento Público (PIP)-, na subida do investimento privado (via sector do turismo) e na melhoria do consumo privado com o aumento do crédito. A taxa de inflação deverá situar-se em 3% este ano, ligeiramente acima dos 2,2% apurados em 2010, antecipando-se que volte a cair para 2,5% em 2012. Cabo Verde poderá receber novo “MCA-Millenium Challenge Account” (Janeiro 2011)* Cabo Verde pode ver* confirmada a atribuição de um 2º compacto “Millennium Challenge Account (MCA)”, importante instrumento da cooperação bilateral norte-americana. Esta “vitória” deve-se à boa aplicação do programa anterior, aos seus resultados e à avaliação positiva em termos de governação.

“Cabo Verde deve voltar a fazer uma aposta na pesca, não só pelo papel central do sector na cultura e história do país mas porque é uma área estratégica para combate ao desemprego e à pobreza e, por isso, geradora de valor acrescentado na economia”, defendeu Miguel Frasquilho, na primeira análise da Espírito Santo Research (ES Research) ao país. O documento, apresentado no dia 15 de Março na Cidade da Praia (Santiago), situa a pesca como um sector com expressão marginal na economia caboverdeana, representando apenas 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Este valor compara com o peso da agricultura (9,6% do PIB) e, sobretudo, com 73,5% dos serviços -com o turismo a manter-se como principal “motor” de crescimento do país. Segundo a Espírito Santo Research (ES Research), a pesca deve tirar partido dos investimentos que têm sido feitos pelo Governo na área portuária, para alcançar uma maior eficácia e rapidez nos canais de distribuição e potenciar o seu crescimento. A remodelação do complexo de pesca da Cova de Inglesa, em São Vicente, e a melhoria do cais de pesca da Praia são disso exemplo. Cabo Verde possui 17 pontos de embarque, mas estão referenciados mais 80. Os recursos piscatórios estão estimados entre 36 e 44 mil toneladas, sobretudo de tunídeos (65% do total). Além do potencial sectorial, a Espírito Santo Research (ES Research) refere que a aposta na pesca pode ter um efeito multiplicador indirecto na economia, através das mais-valias geradas pela valorização da oferta turística e do fornecimento de “know-how” para o desenvolvimento de um “cluster” marítimo no arquipélago englobando logística, investigação, energia, pesca, reparação naval, indústria e turismo, e é um investimento relevante dada a posição geográfica privilegiada do país. O relatório aponta ainda a importância da pesca como contra-peso do impacto económico dos maus anos agrícolas e como garante da segurança alimentar da população.

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Seguindo-se a um primeiro pacote de 110 milhões de dólares, terminado em 2010, os novos montantes não estarão ainda definidos mas acredita-se que não serão inferiores à anterior dotação. A aplicação deste novo quadro está já definido e contempla sectores como a Água e Saneamento (o próximo grande desafio para Cabo Verde e oportunidade para as empresas, nacionais e internacionais, com intervenção neste sector), Educação (particularmente a universidade “on-line” e ensino superior à distância), o Cadastro e o Desenvolvimento do Sector Privado. Distribuição do anterior MCA ($USD) • Porto da Praia: 54,5 milhões (49,5%) • Projectos agrícolas: 12 milhões (10,9%) • Reforma do Sistema de Gestão Financeiro do Estado: 2 milhões (1,8%) • Bacias hidrográficas das ilhas do Fogo, São Nicolau e Santo Antão: 7,3 milhões (7%) • Linha de crédito aos agricultores: 0,6 milhões (209 beneficiários directos) O primeiro compacto do MCA beneficiou, de forma directa ou indirecta, 384 mil pessoas, ou seja 75% da população caboverdeana, segundo dados do governo de Cabo Verde. Para o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, o investimento necessário para suprir as carências de Cabo Verde em diversos domínios rondam os 535 milhões de euros.

* À data desta publicação Cabo Verde foi já contemplado pelo MCA com um valor de U$D66,2 milhões (€50 milhões) destinados a promover o crescimento económico, através da redução da pobreza e do aumento da produção agrícola nas zonas de intervenção, da integração do mercado interno e redução dos custos de transporte, da gestão da água e saneamento, direito à propriedade e gestão dos solos a par do desenvolvimento do sector privado.


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Acordo para aumentar investimentos em Cabo Verde (Janeiro 2011) A SOFID e o Banco Interatlântico de Cabo Verde assinaram no dia 15 de Janeiro, na cidade da Praia, um acordo para operacionalizar o protocolo existente entre as duas entidades. O Memorando de Entendimento foi assinado em 2009, aquando da visita de José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal, a Cabo Verde, e contempla a criação de uma linha de 5 milhões de euros para financiamento de empresas mistas, portuguesas e caboverdeanas. Com este acordo pretende-se dinamizar as relações entre os dois bancos, nomeadamente através do aumento do co-financiamento de projectos de investimento promovidos por empresas luso-caboverdeanas.

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A operacionalização do protocolo terá como finalidade o apoio a empresas mistas em projectos de investimento, em diversos sectores, nomeadamente no turismo e no sector energético. Para a avaliação dos projectos apresentados será tida em consideração, de entre outros factores, a sustentabilidade social e ambiental e o impacte no desenvolvimento socio-económico de Cabo Verde. Para a assinatura do referido acordo deslocou-se à cidade da Praia o Presidente do Conselho de Administração da SOFID, António Rebelo de Sousa.


NE GÓ CIOS

EM CABO VERDE

• Empresas portuguesas em Cabo Verde • Comunicações em cabo verde Serviços Postais Serviços de Telecomunicações; Entrevista CV Telecom Serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação; Entrevista NOSI


Negócios em Cabo Verde Investimento português Por razões históricas Cabo Verde foi, desde sempre, palco de actuação das empresas portuguesas do sector dos Transportes, Aéreos e Marítimos (Transportadoras, Agentes de Navegação e Transitários). Seguiram-se-lhes, após a independência a 05 de Julho de 1975, as empresas de Consultoria, que assessoravam as principais empresas públicas. Na segunda metade da década de 1990, quando as condições de abertura da economia ao exterior, criadas pelo novo regime saído das eleições livres de 1991, conduziram à privatização de diversas empresas, até então públicas, Cabo Verde atrai a atenção de investimento português de maior porte em sectores estruturantes como as Telecomunicações, a Água e Electricidade, a Indústria Hoteleira, os Serviços Financeiros e os Combustíveis. De permeio as Indústrias do Calçado e das Confecções, aproveitando o enquadramento legal vantajoso, que ainda subsiste, elegeram o arquipélago como destino de investimento para relocalização das suas produções. Hoje, as indústrias deste sector representam fatia importante das exportações caboverdeanas. Mais recentemente os negócios Imobiliário, Turístico, Materiais de Construção e Energia têm também a marca portuguesa abrangendo ainda sectores tão diversos como as Indústrias de Colchões de Espuma, Produ-

tos Químicos (Tintas e Produtos de Higiene), Alimentar, Bebidas, a Panificação e Pastelaria, Hotelaria, Serviços Turísticos de Apoio e Lazer, Agências de Turismo, Desportos Náuticos e Mergulho. Em resultado desta forte ligação Portugal tem sido, sistematicamente, o maior gerador de trocas comerciais com Cabo Verde, com cerca de 50% do valor total. As empresas portuguesas, com o seu investimento, têm ajudado a criar a base de sustentação necessária que permite a projecção de Cabo Verde num mundo globalizado e competitivo. Refira-se que boa parte do investimento industrial se concretizou em sectores exclusivamente virados para a exportação, beneficiando do Estatuto de Empresa Franca ou da Utilidade Turística, aliviando a elevada taxa de desemprego (20%; 35.000 desempregados), reforçando o Produto Interno de Cabo Verde, colocando a produção “made in Cabo Verde” nos principais mercados internacionais e, por isso, trazendo divisas ao País. Em suma, contribuindo largamente para o desenvolvimento económico e social de Cabo Verde. Em diversos sectores da economia, alguns deles estruturantes e essenciais para o desenvolvimento económico de Cabo Verde, e para projectos que tenham sido oficialmente apresentados à CI-Cabo Verde Investimentos, o interesse português, no período 1994-2010, atingiu um valor próximo dos 500 milhões de euros.

No Anuário 2012-2013

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Novos paradigmas para o crescimento Apostas Complementares de Cabo Verde e Portugal Tanto Cabo Verde como Portugal têm de ajustar as suas economias aos novos desafios do empreendedorismo global e do desenvolvimento do sector TIC. Agir em complementaridade e de forma estruturada levará a resultados superiores.

Dois Factores Determinantes de Desenvolvimento Dois factores emergem como determinantes para o desenvolvimento económico futuro de Cabo Verde e de Portugal. Em primeiro lugar, a eclosão da crise financeira e económica mundial, longe ainda de ser debelada, impõe novos paradigmas de crescimento económico baseados no empreendedorismo de cariz global. Requerem-se hoje iniciativas empreendedoras capazes de gerar novos produtos e novos serviços competitivos na economia global e não apenas no local. Neste contexto, um dos caminhos a seguir para as economias mais pequenas é a aposta numa ligação estruturada e continuada a “hubs” mundiais de inovação e a aceleradores globais de empreendedorismo, i.e. aos super-clusters de inovação e empreendedorismo que estimulam o crescimento económico mundial. Neste campeonato Silicon Valley pode ser uma aposta da maior importância para os empreendedores e as economias dos seus países. Em segundo lugar, o sector das tecnologias de informação e comunicação (TIC) ganha maior importância nesta nova era económica global, como um sector em expansão, com valor próprio pelos empregos que cria e as receitas que gera, mas também como um influenciador directo do potencial de desenvolvimento de toda a economia. Deste modo, as novas soluções passam pela maior aposta económica nas TIC enquanto ferramenta de transformação – na governação electrónica e na sociedade da informação– e enquanto sector económico que se requer pujante e competitivo em termos globais.

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Parceria Estratégica entre Portugal e Cabo Verde Não obstante as diferenças entre as economias portuguesa e cabo-verdiana, nomeadamente no índice de desenvolvimento e na demografia, existem complementaridades de interesses e interdependência económica que sugere uma maior proximidade estratégica no campo económico entre Portugal e Cabo Verde. Ambos os países terão muito a beneficiar de uma maior aposta no desenvolvimento do empreendedorismo global. Embora com graus bem diferentes quando comparados entre si, a nível mundial, ambos têm economias pequenas e ecossistemas débeis de apoio ao empreendedorismo. Por outro lado, enquanto Portugal se posiciona como um “near-shore” de investimento tecnológico já com relativo sucesso, Cabo Verde posiciona-se como “cyber islands” de elevado potencial futuro, devido à sua maior penetração no continente africano no âmbito da crescente ênfase de relacionamento económico Sul-Sul. Cabo Verde é considerado uma melhor prática mundial na Governação Electrónica e tem algum potencial no desenvolvimento de software e de indústrias criativas e de conteúdos. Existe uma complementaridade que deriva, por um lado, das diferenças entre as economias dos dois países quando comparadas entre si e, por outro lado, de um posicionamento mais similar quando se faz uma comparação mundial. Cabo Verde poderia desenvolver-se mais rapidamente nas TIC através de uma forte ligação a Portugal e, por outro lado, Portugal poderia entrar em novos mercados com maior facilidade em parceria com Cabo Verde. Esta é obviamente uma visão simplificada e simplista. No entanto, não deixa de ser um caminho óbvio para os dois países. Aliás, já trilhado em grande medida, através de alguma integração dos mercados de trabalho e de serviços e produtos entre os dois países. Mas a construção de uma visão estratégica de longo prazo, suportada pragmaticamente por projectos concretos –direccionados para o mercado externo– poderia elevar o patamar de desenvolvimento de ambos os países.

O Papel das Empresas Este desenvolvimento não deve ser protagonizado apenas através de uma visão e intervenção mais moderna e inovadora do Estado, mas também através de empresas de nova geração, que tenham uma forte componente de responsabilidade social e que consigam alinhar fortemente os seus negócios e interesses comerciais com o interesse mais global. Esse é um dos novos desafios para as empresas na saída desta crise e na construção de modelos económicos mais responsáveis socialmente. É neste patamar que se coloca a Leadership Business Consulting, a maior empresa de consultoria de gestão de origem portuguesa, que tem desenvolvido projectos de elevada relevância para o desenvolvimento de Portugal e de Cabo Verde. Mas o que importa é o futuro. Neste âmbito, entre outros


Negócios em Cabo Verde pontos de interesse, importa salientar as fortes ligações que a Leadership Business Consulting tem desenvolvido com Silicon Valley, o “hypercluster” de inovação e empreendedorismo de maior sucesso a nível mundial, concentrando, em 2010, 44% de todo o “venture capital” dos EUA. Estas ligações são estratégicas tanto para Portugal como para Cabo Verde. Por forma a potenciar o valor destas ligações a Leadership Business Consulting desenvolveu os programas designados de “GSI – Executive Program” e o “GSI Accelerators” mais informações em www.globalstrategicinnovation.com.

GSI – Executive Program e GSI Accelerators O “GSI – Executive Program” é um programa “premium”, “hands-on” e intensivo de 7 dias que permite a líderes e decisores de topo: i) conhecer os modelos de negócio que vencem no mercado global e as tendências e os factores decisivos nos próximos anos, interagindo com especialistas reputados (das Universidades de Stanford, de San Francisco e de Santa Clara), ii) Uma imersão directa em Silicon Valley, permitindo conhecer na primeira pessoa a cultura empresarial e instituições relevantes, adquirir conhecimento diferenciador e interagir com “champions” (Cisco, HP, Vmware, etc.), iii) Visitar incubadoras e construir um “network” internacional nos EUA e entre os participantes, oriundos de: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. Por seu lado, o programa “GSI Accelerators” que assegura a incubação de “start-ups” por períodos de 3 meses na incubadora de maior prestígio em Silicon Valley, o “Plug and Play Tech Center”. Estas são iniciativas estáveis e já no terreno. Mas são ainda um pequeno embrião do muito que se pode e deve fazer para se promover uma ligação estruturada a Silicon Valley e a outros centros de saber, empreendedorismo e inovação nos EUA, que tenha impacto significativo nas economias de Portugal e de Cabo Verde.

ENTCV – Escola de Negócios e Tecnologias de Cabo Verde A MAGENSINUS foi criada em 1989, quando ainda se chamava MAGESTIL, para colmatar a lacuna do ensino técnico em Portugal. Tem raízes na formação profissional na área têxtil e confeções. Em 1994, e por força do mercado, a MAGESTIL diversificou acrescentando os cursos de “Gestão”, “Informática de Gestão”, “Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade”. Mais tarde surgiram os cursos de “Técnico de Apoio à Infância”, “Técnico de Fotografia”, “Técnico de Design de Interiores” e “Técnico Oficial de Saúde”. Desde 1994 que a MAGENSINUS recebe jovens caboverdeanos, embrião do desafio lançado em 2004 para criação de uma escola em Cabo Verde. Em colaboração com as autoridades caboverdeanas foi realizado um levantamento dos cursos e, na sequência, iniciou-se, em 2005, a constitui-

ção da “Escola de Negócios e Tecnologias de Cabo Verde” (www.magensinus.cv). É assim desde 2009 quando a ENTCV lançou os cursos de “Gestão” e “Informática de Gestão”, sob acordos com o IEFP (CV), que garantiram aos 27 alunos formados (13 de gestão; 14 de informática) um grau de 65% de empregabilidade. Estes, por falta de acordo de financiamento com o IEFP (CV), encontram-se agora suspensos. Mais recentemente a escola lançou os cursos de “Técnicos de Energias Renováveis” (22 alunos) e “Técnicos de Marketing” (16 alunos), de “Nível IV”, em regime pós-laboral, cursos de 1.200 horas mais 210/250 horas de estágio profissional garantidos pelas escola em empresas caboverdeanas e, eventualmente, em Portugal. Nas palavras do Administrador da ENTCV, Joaquim Lé de Matos “o corpo docente, bastante bom, é composto por formadores caboverdeanos, todos com uma grande preocupação de valorização técnico-profissional e muitos deles com formação fora do país, essencialmente Europa, principalmente em Portugal. Alguns são professores na própria Universidade de Cabo Verde, e isso para nós tem sido importante, e de entre eles estão doutorandos”. A abordagem à temática das Energias Renováveis, e ainda de acordo com o Administrador da ENTCV, vem na sequência do significativo investimento caboverdeano em energias alternativas, sobretudo eólica e solar, e da carência de técnicos e recursos humanos para trabalharem com esse tipo de infra-estruturas. Este, que é o primeiro curso em Cabo Verde no âmbito de energias renováveis, tem sido um grande desafio “… porque nós não tínhamos, e não temos, o know-how adequado neste domínio e foi necessário estabelecer uma parceria com a ETEO-Escola Técnica Empresarial do Oeste para nos apoiar tanto na adaptação dos conteúdos e planos curriculares, como na vertente técnica de organização e, sobretudo, prática do curso”. A enfâse do curso de Marketing, importante carência sentida pelas empresas caboverdeanas na sua comunicação com o mercado, as quais se vêem obrigadas a recorrer aos serviços de empresas portuguesas, faz-se sobretudo no e-marketing, design gráfico e multimédia, áreas muito técnicas sobretudo no que toca a criatividade. A forte componente prática aplicada nestes cursos é um factor de diferenciação em relação à tradicional formação profissional ministrada em Cabo Verde à qual se junta a permanente sensibilização para a importância do espírito empreendedor construída sobre 3 valores essenciais: “…saber fazer, saber ser e saber estar, ensinando não recear o erro, porque é com eles que se aprende, a par da persistência, tolerância, determinação. Ser empreendedor não é uma ciência, nem uma arte; é prática”. Esta abordagem é suportada pelo envolvimento da comunidade empresarial e também institucional/governamental. O financiamento da ENTCV depende de protocolos assinados com o IEFP CV-Instituto de Emprego e Formação Profissional (www.iefp.cv), que suporta os custos com o corpo de formadores. Os restantes investimentos decorrem de suprimentos. Como complemento de receitas a ENTCV presta serviços de consultoria na área comportamental.

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Negócios em Cabo Verde Os 55 clientes referidos são todos do sector financeiro? Neste momento, sobre essa aplicação, são todos bancos mas estamos a diversificar a nossa oferta, não só em termos de serviços mas também em termos de segmentos de mercados. Decidimos abordar outros sectores de actividade, passando por um enfoque mais consistente nas ”Utilities”, Telecomunicações, Indústria, Saúde, Turismo, Distribuição e Administração Pública onde estamos, neste momento, a fazer projectos quer como implementadores SAP, de CRM e ERP, implementadores de (…?) numa missão que é suportada pelos valores “Excellence, Expertise, Experience, Exchange e Expansion”.

Entrevista: “EXICTOS” www.exictos.com Criada no Funchal (Madeira) há 23 anos a EXICTOS (ex-Promosoft Financial) produzia exclusivamente, até há 3 anos atrás, “software para o “core” dos serviços financeiros. A reorientação da sua estratégia alargou a actividade para os serviços relacionados de customização de “software”, consultoria tecnológica, “outsourcing”, formação e implementação de soluções SAP, de CRM e ERP. Com 85% da sua facturação de 22 milhões de Euros gerados no exterior de Portugal a EXICTOS está presente em, Angola, Cabo Verde (desde há 17 anos), Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Malta e tem em perspectiva, para os próximos 12 meses, o reforço da sua presença noutros mercados. A empresa quer facturar 25 milhões de Euros em 2012, consolidando em Portugal e nos PALOP, e aceder a outros mercados africanos como Namíbia, Botswana, Malawi, entre outros. O Anuário “Portugal Cabo Verde: Negócios & Afinidades” entrevistou o Administrador João Cruz. Qual é a actividade da EXICTOS? Até há três anos atrás o nosso negócio estava focado no desenvolvimento de uma solução standard de “core banking” que abrange todas as operações de gestão de serviços financeiros. Sobre este conceito temos, neste momento, cerca de 55 clientes que embora em diminuição de importância, por crescimento das outras áreas, representam perto de 70% da facturação da empresa. Hoje a EXICTOS assume-se como uma organização de serviços na área de tecnologias de informação vertente que pesa 30% na facturação -o objectivo é elevar o peso desta vertente das receitas até aos 50%. Por um lado, mantivemos o desenvolvimento sobre as nossas plataformas tecnológicas parametrizando os “packages” em função das necessidades do cliente por outro lado introduzimos novos serviços como implementações de ERP`s, consultoria na área de processos e negócios, serviços na área da formação e desenvolvimento de “softwares” específicos para os nossos clientes. 44

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Entretanto sentiram a necessidade de reorganizar a empresa e mudar a sua denominação… A alteração está relacionada com esta evolução de conceito. Apesar de mantermos a designação de “Promosoft” no nosso produto –o conjunto de soluções que desenvolvemos internamente nas nossas “fábricas” para o sector financeiro– para abordarmos novos mercados, novos sectores com novos produtos e novos serviços, entendeu-se que o “rebranding” era importante para a que a imagem coincidisse com este novo posicionamento e daí surge o conceito “Excellence in Consulting, Technology, Outsourcing and Software” do qual deriva o nome. Esta mudança tem a ver com aquilo que nós, de facto, queremos fazer e onde nos queremos posicionar. Para além da abordagem a novos sectores e novos mercados que outros tipos de soluções estão a preparar? Temos soluções desde CRM, soluções de ERP, desenvolvimento de projectos na área de “I&T alignment” –alinhamento da tecnologia com o negócio-, soluções de “e-learning”, formação, não só nas áreas de tecnologias que desenvolvemos mas que vão desde programas na área comportamental e de processos internos das próprias empresas; desenhamos também processos de formação específicos para clientes -por exemplo quando um banco abre um novo balcão é com programas nossos que fazem a formação de quadros. São todas soluções próprias? Temos algumas soluções de parceiros e certificamos e formamos consultores nossos naquelas componentes onde não temos produtos desenvolvidos. Em matéria de novos mercados Angola é aquele que as empresas portuguesas mais procuram. Mas estão também em Cabo Verde, a vossa internacionalização terá mesmo começado antes em Cabo Verde do que em Angola… Em rigor, esses, para nós, não são novos mercados. São os nossos mercados tradicionais. Estamos presentes em Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e temos também uma instalação em Malta. O nosso cliente mais antigo é o cliente de Angola; tem cerca de 20 anos. Aliás recebemos o prémio da “Melhor PME Exportadora de Serviços em Portugal”. Da nossa produção perto de 85% é para estes países.



Negócios em Cabo Verde O que estamos a fazer é criar estruturas e competências locais que permitam suportar o negócio e estar próximo dos nossos clientes; de momento é essa a nossa aposta. Onde temos subsidiárias fazemos questão de ter um posicionamento local, com quadros locais; não pelo expatriamento de pessoas. O nosso alvo preferencial de recrutamento são jovens licenciados nos países em questão, ou em Portugal e que queiram regressar; fazêmo-lo essencialmente através das universidades de cada um destes países. A nova estratégia e imagem segue-se a uma alteração accionista… Sim, basicamente é uma sociedade de investimentos portuguesa, a “Infogest”, que entrou como parceiro de capital, mas participando activamente na gestão da empresa, com o controle quer do desenvolvimento de negócios, na elaboração da estratégia e, portanto, tem sido para nós uma mais valia porque tem aberto possibilidade de podermos estar nessas áreas. De resto, a reformulação do plano estratégico e consequentemente da imagem e da marca teve fundamentalmente a ver com essa abertura de capital. Quando é que chegaram a Cabo Verde? Estamos em Cabo Verde a cerca de 17 anos. Neste momento, em Cabo Verde, temos uma penetração importante. É talvez dos países onde temos maior quota de mercado. Apenas um ou dois bancos locais não trabalham com a nossa solução; praticamente todos os bancos comerciais que estão no mercado trabalham com a nossa solução, incluindo as “I.F.I.-Instituições Financeiras Internacionais!. Portanto, é um mercado com uma forte aposta da nossa parte. Estamos muito bem no sector financeiro mas não temos rigorosamente nada fora deste sector. Agora a nossa aposta é tentar expandir para outras áreas. Quem são os vossos concorrentes, pelo menos em Cabo Verde? Para ser franco, nós somos a única empresa portuguesa que tem uma solução deste tipo. Obviamente que temos concorrência de alguns “players” internacionais, mas no mercado caboverdeano não sentimos essa concorrência. Temos consciência que seremos um alvo e estamos atentos criando melhores relações de proximidade com os clientes e formas de integração das nossas soluções e serviços com os seus objectivos. Em Cabo Verde já prestavam serviços mas só há pouco tempo se instalaram fisicamente… Como uma empresa de direito local, sim. Em Junho inaugurámos as instalações e estamos neste momento em processo de recrutamento de pessoas; alguns já entraram e vão estar em Portugal durante 3/4 meses em formação. A formação nestes produtos requer muito acompanhamento, pelo que teremos, numa fase inicial, alguns dos nossos consultores mais séniores a apoiar a equipa local para transmissão de conhecimentos e de modelos de abordagem aos cliente mas o nosso objectivo é que a estrutura

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local possa autonomamente acompanhar os processos de implementação. Quantos trabalhadores é que deverão ter em Cabo Verde? Neste momento temos 3/4 pessoas. Penso que nos próximos tempos devemos ter mais 5 ou 6 pessoas. Obviamente que a evolução dependerá da aceitação que o mercado mostrar relativamente aos serviços que disponibilizamos. Se de facto, como é nossa intenção, conseguirmos penetrar noutros sectores de actividade a equipa vai crescer, mas temos a consciência de que não é fácil. O mercado não é de grande dimensão e irá merecer o interesse de outras empresas portuguesas e essa é uma das razões do esforço de instalação que estamos a fazer. Qual o tipo de habilitações exigido para os candidatos? Normalmente são jovens licenciados, porque o processo de consultoria e implementação de projectos deste tipo requer alguns conhecimentos não só de natureza tecnológica mas também do conteúdo das operações dos clientes. E não são especificamente na área de engenharia informática? Não. Temos a “fábrica” de desenvolvimento central dos nossos produtos no Funchal. Obviamente será mais fácil para estes integrarem-se mas recrutamos desde economistas, engenheiro, advogados… que por um lado possam suportar algum desenvolvimento mas essencialmente que possam trazer o “apport” das funções nos sectores onde nós actuamos e apoiar os nossos clientes na implementação das nossas soluções integradas com os seus negócios e processos. Sabendo-se que existe alguma apetência e talento dos jovens caboverdeanos para as áreas tecnológicas haverá, eventualmente, a expectativa de exportar serviços a partir da base caboverdeana? Cabo Verde é talvez dos países onde estamos que conseguimos encontrar pessoas com uma formação e com um nível de conhecimento que facilita muito o nosso projecto. De facto, temos como hipótese a criação de alguns núcleos de desenvolvimento que possam servir de base para integrar as nossas soluções noutros países. Em termos de negócio quanto representa Cabo Verde para a EXICTOS? Cabo Verde deve representar cerca de 15% a 20%. Quando chegamos a Cabo Verde foi em conjunto com a Caixa Geral de Depósitos no Banco Comercial do Atlântico. Só depois começamos a trabalhar com todos os outros bancos que hoje são os nossos clientes (Caixa Económica de Cabo Verde, Banco Interatlântico, Banco Caboverdiano de Negócios, o BAI tem algumas soluções nossas, o Novobanco, a Caixa de Crédito Agrícola e outros). Em termos gerais, à excepção do BAI-Banco Africano de Investimentos, que não utiliza a nossa solução “core”, e do BES CV-Banco Espírito Santo Cabo Verde, todos utilizam as nossas soluções.•


Negócios em Cabo Verde COMUNICAÇÕES EM CABO VERDE Comunicação Social Os “media” em Cabo Verde, apesar da sua ainda mediana sofisticação, cumprem cabalmente o seu papel em termos de diversidade e credibilidade informativa. De propriedade estatal ou privada estes meios de comunicação (Televisões, Rádios, Jornais e Revistas) gozam de liberdade de imprensa não sofrendo quaisquer pressões sobre a sua linha editorial.

Televisões Canal Aberto Em Cabo Verde existe um canal público de Televisão de âmbito nacional, a TCV-Televisão de Cabo Verde. É ainda possível sintonizar gratuitamente alguns canais internacionais como a RTP África e a francesa TV5. Ainda para emissões em sinal aberto foram atribuídas, em Fevereiro 2007, duas licenças para novos canais de televisão, a saber: • Rede Record Cabo Verde; • TIVER-Televisão Independente de Cabo Verde, parceria privada luso-caboverdeana, numa primeira fase contemplará a ilha de Santiago e alargar-se-á progressivamente a São Vicente, Sal, Fogo e Boavista e posteriormente a todo o território nacional. A programação deste novo canal televisivo privilegiará os temas político-sociais e culturais do arquipélago vincando e veiculando as características da população; Canal Codificado A Cabo Verde Telecom, empresa de telecomunicações (telefonia fixa, móvel, internet e dados) de capital misto luso-caboverdeano, criou, em 2006, a CV Multimédia para gestão dos seus negócios no ramo da internet e audiovisual (televisão por assinatura). Enquanto o serviço de internet era já providenciado desde 1998, a televisão por assinatura iniciou-se em Junho de 2006 com uma experiência-piloto em alguns lares caboverdeanos utilizando a tecnologia “IPTV/Triple Play” sobre ADSL; permite, com apenas uma linha telefónica, a emissão de televisão, telefone fixo e internet e está hoje presente em todos os concelhos do país.

Rádios Constituídas sob diversas modalidades, públicas e privadas, nacionais e regionais, comerciais ou comunitárias, as rádios são, talvez, no quadro dos “media” em Cabo Verde, o sector mais dinâmico e mais próximo das necessidades da população veiculando diverso tipo de comunicações pessoais ou de interesse local.

Nacionais • RCV-Rádio de Cabo Verde (estatal); • Rádio Educativa, (estatal); • RFI-Rádio França Internacional; • RDPA-Rádiodifusão Portuguesa; • Rádio Nova; • Rádio Multimédia; • Rádio Crioula. Locais • Praia FM, Praia-Santiago (privada); • Rádio Media Comunicações; • Rádio Morabeza, Mindelo-São Vicente; • Rádio Nova, Mindelo-São Vicente; • Rádio Rural, Santo Antão; • Rádio Mosteiros FM, Fogo. Comunitárias • Rádio Comunitária de Ponta d’Água, Praia-Santiago.

Jornais Existem em Cabo Verde 3 jornais semanários, veiculando informação de carácter geral, e 2 de cariz cultural. Também aqui se encontram órgãos de propriedade estatal e privada. Generalistas • “A Nação” (www.alfa.cv), semanário privado e de âmbito nacional (250.000 exemplares anuais); • “A Semana”, (www.asemana.publ.cv) bissemanário privado e de âmbito nacional (317.500 exemplares anuais); • “Expresso das Ilhas” (www.expressodasilhas.sapo.cv), semanário privado e de âmbito nacional (168.000 exemplares anuais). Culturais • Artiletra”, mensário privado de cariz cultural (60.000 exemplares anuais); • “Terra Nova” trimestral de cariz cultural (8.400 exemplares anuais).

Revistas Não sendo habitual a edição de revistas, existe um pequeno mercado que começa a despontar. Merecem referência a “Fragata” revista de bordo (trimestral) da companhia aérea nacional (TACV), a “Iniciativa” (40.000 exemplares/ano), revista de negócios bimestral, e a “Uhau!” revista mensal suplemento do jornal “A Semana”.

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Negócios em Cabo Verde Serviços Postais Correios A aceleração do ciclo de desenvolvimento tecnológico, provocando grandes mudanças no campo das tecnologias de informação e das comunicações, hoje, depois do fax, através da Internet e das mensagens de telemóveis, produzindo efeitos directos e indirectos na actividade postal, representa a principal ameaça para os tradicionais negócios postais. Mas se por um lado assim é, por outro novas oportunidades de negócios surgem. É neste contexto que se joga a adesão dos negócios postais às novas alternativas que a tecnologia permite. O correio híbrido, a mensagem electrónica, a certificação digital, “os cybercentros postais” e o comércio electrónico são disso exemplos. Com a globalização, os Serviços Postais recebem um novo enfoque e necessitam realizar investimentos necessários à melhoria da sua actividade e geri-los de forma empresarial e rentável. A modernização dos sistemas operacionais, onde a informatização da rede principais balcões de atendimento e automatização dos procedimentos operacionais são inevitáveis, desempenha papel fulcral no reposicionamento dos Serviços Postais enquanto prestadores de um serviço tradicional mas ao qual se acrescenta valor trazendo aos seus utentes conforto acrescido. No âmbito do programa das privatizações, iniciado em Janeiro de 1995, o Governo de Cabo Verde dividiu a Empresa CTT-Correios Telégrafos e Telefones, EP, em duas empresas: uma de telecomunicações, a Cabo Verde Telecom (www.cvt.cv), e outra de Serviço Postal, os CCV-Correios de Cabo Verde. Anteriormente, já o sistema de poupança postal dos CTT tinha sido transferido para um banco comercial, a Caixa Económica de Cabo Verde. Esta cisão representou um dos marcos históricos na vida dos CCV-Correios de Cabo Verde. Tratou-se de um desafio difícil, mas o balanço da actividade dos CCV-Correios de Cabo Verde, enquanto sociedade anónima de capitais públicos, tem sido positivo em termos de desenvolvimento da actividade embora não o seja no aspecto da rentabilidade. Hoje, desde 1849, e através dos mais de 40 balcões que constituem a sua rede (em 2009), os CCV-Correios de Cabo Verde têm uma carteira de produtos e serviços tradicional e comum à maioria dos operadores oferecendo as vertentes de Correspondência, Encomendas, Transferências de Dinheiro, Correio Expresso (EMS) e Serviços Especiais. Além dos serviços próprios os CCV-Correios de Cabo Verde prestam ainda diversos serviços a terceiras entidades. Destacam-se, neste capítulo, a cobrança telefónica e outros serviços de telecomunicações e o serviço de pagamentos de pensões. Refira-se, como curiosidade, que para além da estreita colaboração operacional existente entre os CTT-Correios de Portugal e os CCV-Correios de Cabo Verde estes utilizam a moderna plataforma informática NAVE desenvolvida e utilizada pelos CTT-Correios de Portugal na sua rede de atendimento.

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A par da sua actividade de âmbito postal os CCV participam no negócio bancário detendo 15% da CECV-Caixa Económica de Cabo Verde e 25% do Novobanco, recente instituição bancária de desenvolvimento económico e social dirigida ao sector micro da economia que por norma não consegue aceder a créditos. Cabe ainda uma referência à DHL, única operadora privada de entregas urgentes instalada em Cabo Verde, concorrendo com o serviço EMS-Correio Urgente prestado pelos CCV-Correios de Cabo Verde.

Serviços de Telecomunicações

No âmbito do programa das privatizações, iniciado em Janeiro de 1995, o Governo de Cabo Verde dividiu a Empresa CTT-Correios Telégrafos e Telefones, EP, em duas empresas, uma de Serviços de Telecomunicações, a Cabo Verde Telecom, e outra de Serviços Postais, os CCV-Correios de Cabo Verde. Em meados de 1995, o Governo autorizou a venda de até 65% das acções da Cabo Verde Telecom. Na sequência do concurso público, a Portugal Telecom adquiriu 40% das acções. Actualmente e por recomposições posteriores das participações, 58,7% da empresa pertencem a interesses privados e o capital encontra-se dividido pela Portugal Telecom (40%), Instituto Nacional de Previdência Social (37.9%), Sonangol (5%), Particulares (8.7%), Trabalhadores (5%) e Estado (3.4%). O diploma da decisão da privatização consagra o estatuto de “golden share” ao Estado. O regime básico do estabelecimento, gestão e exploração das infraestruturas e serviços de comunicações está contido no Decreto-Lei nº 5/94 de 07 de Fevereiro e determina que “o serviço público de comunicações será explorado em regime de exclusivo, pelo Estado, por pessoa colectiva de direito público ou por pessoa colectiva de direito privado, mediante contrato de concessão de serviço”. Pelo Decreto-Lei nº 72/95 são definidas as regras regulamentadoras do



Negócios em Cabo Verde regime do estabelecimento, gestão e exploração das infraestruturas e da prestação de serviços de telecomunicações complementares. Em finais de 1996 o Governo iniciou a negociação do contrato de concessão atribuindo-o à Cabo Verde Telecom por 25 anos com a possibilidade de renovações sucessivas por períodos de 15 anos. Existe por isso, desde essa data, um operador incumbente na área das telecomunicações, com exclusividade dos serviços básicos. Constitui objecto da concessão: • O estabelecimento, gestão e exploração em regime de exclusivo das infra-estruturas que constituem a rede básica de telecomunicações; • O estabelecimento, gestão e exploração de infra-estruturas de transporte e difusão de sinal de telecomunicações de difusão; • A prestação dos serviços fundamentais de telecomunicações – rede básica de telefones (serviço fixo), telex, serviço fixo comutado de transmissão de dados, aluguer de circuitos e serviços telegráficos e outros que vierem a ser considerados de interesse público, mediante condições a acordar e que constituirão aditamentos ao contrato. O âmbito da concessão inclui transmissões de telecomunicações domésticas e internacionais (incluindo trânsito) e reserva à Cabo Verde Telecom o direito de participar nos mercados de serviços de valor acrescentado e complementares. O concessionário está isento do pagamento de impostos e obriga-se a pagar ao Estado de Cabo Verde uma renda correspondente a 4% do seu rendimento bruto. São excluídos do objecto de concessão as actividades de radiodifusão sonora e radiotelevisão, tal como definidos em leis e a utilização de sistemas de telecomunicações para uso exclusivo das Forças Armadas, da Polícia de Ordem Pública e para o serviço de rádio amador. Entretanto, e de acordo com iniciativas legislativas do Governo que permitiram o lançamento de um concurso público para atribuição de licenças para “Serviços de Telecomunicações Complementares” o sector iniciou a caminhada para uma crescente liberalização. Antecipando o aparecimento de novos operadores de Telefonia Móvel e Internet e preparando o lançamento do serviço de Televisão por Assinatura, em 2007 a Cabo Verde Telecom deu origem a 3 empresas: a CVT, gestora da rede básica e do negócio de telefonia fixa, a CVMóvel, que explora a rede móvel e a CVMultimédia que se dedica às ligações via Internet e Televisão por Assinatura (vulgo televisão por cabo). Em 2008 surgiu efectivamente um novo operador de serviço móvel, a T+, propriedade de um consórcio formado pela ASG, empresa americana sedeada em Nova Iorque, e a Telyum, proprietária da operadora móvel da Costa do Marfim, a Telecel. Previa cobrir todo o território em “Dual Band” GSM900/1800 e obtém hoje uma quota de 25% do mercado. Apesar da crescente liberalização do sector das telecomunicações, que resultou na entrada de algumas empresas para os serviços fora do âmbito da concessão (rede móvel

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

e internet), reconhece-se ainda a manutenção de uma posição dominante das empresas da Cabo Verde Telecom por força do contrato de concessão pública que lhe atribui a gestão e exploração da rede básica. Considerando a qualidade das tecnologias utilizadas, a variedade de serviços e a situação geográfica central, Cabo Verde apresenta elevado potencial para prestação de serviços de telecomunicações competitivos, nos mercados regionais e internacionais, colocando-se como uma referência de conectividade em África. Actualmente ocupa o 6º lugar entre 35 países do continente, e as perspectivas apontam para a continuação da expansão dos serviços de telecomunicações, que englobam já a telefonia fixa, móvel, acesso “internet” e transmissão de dados, videotexto e videoconferência. Analisados os resultados da concessão, em 2010, o sector das telecomunicações ocupa posição destacada na economia nacional em termos de desempenho tecnológico, comercial e contribuição para o Produto Interno Bruto. Algumas notas Os indicadores globais de desenvolvimento das telecomunicações em Cabo Verde são encorajadores e colocam o país numa posição privilegiada no contexto da sub-região em que está inserido. Nesses indicadores globais está, no entanto, escamoteada a realidade de Cabo Verde no que respeita a distribuição sócio-espacial dos serviços de telecomunicações. O conceito de acesso universal à informação e às tecnologias de informação, entendido hoje como a chave da prosperidade económica, não foi ainda suficientemente apropriado e descodificado em Cabo Verde. Apesar da performance da Cabo Verde Telecom, existem, para o utente, aspectos que não estão ainda satisfatoriamente resolvidos, designadamente as ainda elevadas tarifas das comunicações e as velocidades de acesso disponíveis. A exclusividade nas entradas e saídas de todas as comunicações internacionais a pequenez do mercado e a insularidade constituem elementos estranguladores em termos de qualidade de serviço e preço. A entidade reguladora A entidade reguladora das comunicações, a ANAC-Agência Nacional de Comunicações, indispensável na regulação e arbitragem de conflitos emergentes desta nova realidade, terá como próximos desafios a enfrentar a introdução da efectiva concorrência, com vista à redução dos custos, a clarificação das obrigações, no que respeita à prestação de serviços, e a modernização do pacote legislativo para o sector. A Agência Nacional das Comunicações (ANAC) é também a autoridade nacional responsável pela regulamentação, planeamento e gestão de registos de nomes de domínio em Cabo Verde, conforme as determinações do Decreto-Lei nº 31/2006, de 19 de Junho que cria e aprova o estatuto da ANAC. Na sequência da aprovação e publicação do regulamento de


Negócios em Cabo Verde “Gestão Domínio CV”, a Agência Nacional das Comunicações passou a assegurar oficialmente, desde 01 de Janeiro de 2007 a gestão do registo de domínio “cv”. Os pedidos de registo de domínio devem ser feitos no site www.dns.cv Para mais informações contactar: ANAC-Agência Nacional das Comunicações Tel.: 00238 2604400/01/2/3 * Fax: 00238 2613069 e-mail: info.dns@anac.cv www.anac.cv Edificio MITT, Ponta Belém Caixa Postal 892 Praia - Santiago Cabo Verde

Infraestruturas Tecnológicas Para comunicações internas a infraestrutura existente utiliza um anel de cabos submarinos de fibra óptica e antenas de retransmissão, nas comunicações inter-ilhas, e 505 km de fibra óptica na rede terrestre. Nas comunicações internacionais alia a utilização do cabo de fibra óptica Atlantis 2, que liga os continentes sul-americano, africano e europeu, à securização das comunicações via satélite para todo o mundo nomeadamente Portugal, França, Holanda, Espanha, Estados Unidos e Senegal, permite serviços de telecomunicações eficientes com ligações directas e rápidas. A rede da Internet em Cabo Verde passa por dois pontos de acesso (POP’s), na Praia (Santiago) e no Mindelo (São Vicente), sendo o serviço «dial-up» disponibilizado através de um número único. A tarifa local é aplicada a nível nacional. O tráfego nacional da Internet recorre exclusivamente a recursos internos, sem quaisquer roteamentos exteriores, enquanto o tráfego internacional é feito através do cabo submarino de fibra óptica Atlantis 2 conectado à Marconi Internet Direct (MID), em Portugal.

Os mais recentes investimentos na infraestrutura tecnológica, como a extensão do cabo de fibra óptica para as ilhas do Maio, Fogo e Brava (em Dezembro de 2011) e um novo cabo submarino para ligações internacionais (em Abril 2012), em “backup” do cabo já existente, trouxeram maior integração das populações e segurança acrescida nas comunicações exteriores. Rede Fixa A rede fixa em Cabo-Verde está relativamente bem desenvolvida, quando comparada com outras redes fixas em África, e as infraestruturas de acesso encontram-se disponíveis de uma forma generalizada em todo o país. Os indicadores são encorajadores mas situam-se ainda longe do quadro universalmente definido e aceite em que “todo o ser humano deve estar a uma distância razoável de um telefone”. O crescimento do parque telefónico fixo conheceu forte incremento nos primeiros anos após a privatização mas o aparecimento da rede móvel levou à estagnação deste segmento que conheceu, inclusive, uma quebra a partir de 2005.

Assinantes (‘000) e Taxa de Penetração da Telefonia Fixa

O tempo de espera para instalação de novos telefones é de aproximadamente 24 dias; a teledensidade de 15% na rede fixa é uma das mais elevadas entre os países de nível de rendimento idêntico.

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Negócios em Cabo Verde Rede Móvel O serviço de telefone móvel terrestre GSM foi lançado em Cabo Verde pela CVT-Cabo Verde Telecom, em 1998. Tem a classificação legal de um “Serviço de Telecomunicações Complementares” o que por definição lhe permite ter, como suporte, infraestruturas que não integram a rede básica de telecomunicações. Opera em GSM900. Desde 2000 que todas as ilhas se encontram cobertas pelo serviço e a rede telefónica é digitalizada (comutação e transmissão). O serviço móvel atingiu, rapidamente, elevados indicadores estimando-se que em 2006 a taxa de cobertura territorial seja da ordem dos 80% e a taxa de penetração de 76% (2010). O lançamento do serviço móvel terrestre provocou alte-

Televisão por Assinatura Encontra-se já disponível o serviço de Televisão por Assinatura que utiliza o sistema “triple play”. Fornecido em exclusivo pela CVMultimedia, o número de assinantes aproxima-se dos 9.000.

TVA Santiago

2009

I Sem 10

2010

% 2010/2009

4.618

4.667

4.665

1%

66

64

66

0%

S. Vicente

925

1.021

1.099

19%

S. Antão

215

248

256

19%

S. Nicolau

190

206

236

24%

Sal

519

565

564

9%

88

124

159

81%

Fogo

536

573

638

19%

Brava

349

391

403

15%

7.506

7.859

8.806

8%

Maio

Boavista

TOTAL

Assinantes de TVA por ilhas

Assinantes (‘000) e Taxa de Penetração da Telefonia Móvel

rações consideráveis no quadro estrutural do desenvolvimento das comunicações telefónicas em Cabo Verde. Enquanto a taxa média anual de crescimento do parque fixo se quedou abaixo do 20% a vertiginosa taxa de crescimento do parque móvel permitiu que em 2005 esta ultrapassasse aquela. No tocante aos resultados, e apesar do elevado custo do serviço, a evolução do negócio do telefone móvel processa-se de forma ainda mais rápida quase se equiparando, em 2006 (49% para a rede fixa; 45% para a rede móvel; 6% outros), levando a crer que em 2009 terá ultrapassado a rede fixa.

Assinantes de Televisão por Assinatura

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Internet Não obstante o considerável desenvolvimento alcançado noutras áreas e serviços de telecomunicações Cabo Verde foi apenas o 29º país africano a conectar-se à rede mundial de Internet, introduzida em 1996 por iniciativa da Cabo Verde Telecom. A disseminação da Internet em Cabo Verde tem vindo a fazer-se de forma muito lenta e por si mesma devido à ausência, ainda, de uma política definida e partilhada da sua divulgação e de uma plena assunção do papel que lhe está reservado no desenvolvimento social e económico do país. O quadro legal para a prestação do serviço da Internet em Cabo Verde privilegiava, até 2006, o monopólio da empresa Cabo Verde Telecom. Verificou-se entretanto uma crescente liberalização do mercado que permitiu o aparecimento de empresas concorrentes: a Cabocom (Sal) e a CV Wifi (São Vicente). Estas terão iniciado actividade durante o 2º trimestre de 2008 prevendo-se que a grande mudança possa acontecer ao nível da oferta do VoIP (Voice over Internet Protocol) e ADSL para cujo segmento estão licenciadas mais 3 outras empresas, a MB Investimentos, a CV Satélite Wireless e a Cabo TLC. A própria CVT prepara-se para oferecer este tipo de serviço ao investir na hibridização da sua rede que lhe permitirá oferecer tanto a telefonia fixa como o VoIP.



Negócios em Cabo Verde O mercado de prestação de serviço de internet apesar de contar com quatro prestadores (ISP) em funcionamento, continua pouco concorrencial, visto que existem duas operadoras que são apenas locais (um confinado a Mindelo, São Vicente e outro Santa Maria, ilha do Sal) e uma operadora móvel que presta serviço através da tecnologia EDGE, que não constituem alternativas que possam competir com a maior operadora. Para além da operadora histórica de internet de âmbito nacional que fornece serviço ADSL e “dial up”, a tecnologia “wireless wi-fi” tem sido utilizada como alternativa para os restantes operadores em actividade. Ainda assim, a importância cada vez maior da internet na vida das pessoas faz com que a solicitação por esse serviço seja cada vez maior e o número de assinantes tenha vindo a crescer. A evolução do mercado tem vindo a fazer-se da seguinte forma:

Parque Dial-Up Santiago

2009

I Sem 10

Variação 2010/2009

2010

Valor

%

513

452

413

-100

-19%

19

14

12

-7

-37%

145

118

102

-43

-30%

S. Antão

49

42

34

-15

-31%

S. Nicolau

23

18

16

-7

-30%

126

95

76

-50

-40%

Boavista

52

41

39

-13

-25%

Fogo

25

22

19

-6

-24%

Brava

5

4

4

-1

-20%

957

806

715

-242

-25%

Maio S. Vicente

Sal

TOTAL

Assinantes Dial Up por ilhas

Parque ADSL Santiago

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Variação 2010/2009 Valor

%

7.47

1.899

34%

135

204

175

40

30%

2.290

2.784

3.349

1.059

46%

S. Antão

480

559

679

199

41%

S. Nicolau

229

291

342

113

49%

1.380

1.548

1.683

303

22%

Boavista

298

380

429

131

44%

Fogo

481

608

798

317

66%

Brava

112

140

182

70

63%

12.976 15.103

4.131

38%

Sal

54

2010

6.512

S. Vicente

Aos números apontados, que respeitam aos subscritores do serviço dos “internet providers” do mercado, acrescem os utilizadores da rede do Estado (gov.cv) que deverá conter cerca de 5.000 utilizadores. Tem-se assim a rondar os 20.000 endereços electrónicos. Em comparação com outros países com indicadores sócio-económicos similares, Cabo Verde tem uma boa penetração em termos de subscritores da Internet. As estimativas apontam para 108.000 utilizadores (2009) o que representa 21% da população, sendo a faixa etária entre os 15 e 24 anos a que a ela mais recorre. As estatísticas apontam ainda que 11% dos caboverdeanos possuem computador em casa e 40% utiliza internet nos cibercentros. A esta projecção não será alheia a influência exercida pela aliança entre o NOSI e a Microsoft que deverá culminar na instalação de um Centro de Inovação na Cidade da Praia. Esta dedicação vem sendo reconhecida internacionalmente com a classificação de Cabo Verde como 5º país africano em governação electrónica, de acordo com o relatório das Nações Unidas sobre e-government, e a referência, no II Fórum Africano de Melhores Práticas das TIC, como melhor experiência no domínio das TIC em África. Contudo, considerando o estado de desenvolvimento das infraestruturas de telecomunica-

I Sem 10

5.567

Maio

Assinantes (‘000) por Tecnologia de Acesso Internet

2009

TOTAL

10.972

Assinantes ADSL por ilhas

ções em Cabo Verde e a adesão que se verifica noutros serviços de telecomunicações, presume-se que penetração da Internet ainda seja inferior ao potencial existente. Este facto deve-se às políticas comerciais, que optam por custos elevados, condições de acesso pouco competitivas, que ainda não foram suficientemente desenvolvidas, e à insípida concorrência no sector onde a CV Multimédia, subsidiária da Cabo Verde Telecom, concorre apenas com a TLC (Praia e Mindelo), CV-Wifi (São Vicente) e Cabocom (Sal). Em 2011 a rede de telecomunicações recebeu investimentos para largura de banda permitindo a oferta de novos e mais rápidos serviços de comunicações nomeadamente em “3G” por parte de ambas as operadoras, CVMóvel e a T+.


Negócios em Cabo Verde Redes de Dados Com a introdução e utilização da rede de dados a actividade comercial e financeira do país começa a ganhar uma outra dimensão. O serviço é suportado por uma rede de transmissão por pacotes permitindo a interligação de redes locais LAN e a transferência de dados entre as representações dos agentes económicos instaladas nos diversos pontos do território nacional, nomeadamente a banca, agências seguradoras, organismos estatais e empresas. Suporta ainda a rede de terminais «point of sales» e toda a transacção financeira baseada em cartões de débito e crédito. Os serviços disponíveis são o Frame Relay, X25 e X28 instalados em três pontos principais (Praia, Mindelo e Sal) com várias extensões para outros pontos através de circuitos alugados.

Outros Serviços A implementação progressiva de serviços baseados em redes privativas a nível do sector empresarial, financeiro e da administração do Estado requer cada vez maior capacidade de resposta e maiores investimentos tecnológicos. Com a entrada em funcionamento de novos serviços do Estado, nomeadamente na área fiscal, suportados pelas NTIC, a procura de circuitos alugados passará a ser maior na franja do sector empresarial que inclui as pequenas e médias empresas. A largura de banda dos circuitos alugados pode ir até 2 Mbps.

No Anuário 2012-2013

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Negócios em Cabo Verde Que desafios representa esse desenvolvimento, para a empresa? Trata-se fundamentalmente de uma mudança de paradigma. A empresa está a ser cada vez mais desafiada pelas necessidades do país, sobretudo no sentido de conseguir dar resposta rápida e eficientes em termos de capacidade de oferta dos mais variados serviços. Por exemplo, em 2010, lançámos a CVT Negócios, para o segmento empresarial, por se tratar de uma área de actuação onde não tínhamos presença e que entendemos tratar-se de um segmento estratégico. Acreditamos que construir ofertas à medida das empresas é algo necessário e importante neste mercado.

Produção de conteúdos

Entrevista: Cabo Verde Telecom, o principal operador caboverdeano de telecomunicações O grupo Cabo Verde Telecom, líder do mercado das telecomunicações em Cabo Verde e recentemente nomeado para finalista dos World Communication Awards 2011 na categoria de “Melhor Operador em Mercados em Desenvolvimento”, integra três áreas de negócio: o serviço público de telecomunicações providenciando a gestão das infraestruturas e telefonia fixa (CVT), a telefonia móvel (CVMóvel) e o serviço de Internet e Televisão por Assinatura (CVMultimedia). Segundo Fernando Severino, administrador executivo da empresa, os investimentos realizados em 2011 rondam os cerca de 31 milhões de euros e vêm dar resposta às exigências do mercado de serviços e produtos do sector. De entre os principais projectos da empresa o destaque vai para o segundo cabo de fibra óptica internacional e para a banda larga fixa e móvel de Terceira Geração (3G) no país. Texto: Gisela Coelho / Fotos: Gisela Coelho Como é que a CV Telecom vê o desenvolvimento do sector das telecomunicações em Cabo Verde? Temos vindo a assistir a um fenómeno de crescimento muito grande no sector. Desde 2008 que o grupo CV Telecom aposta no crescimento de produtos e serviços, mas também na redução do tarifário. Nos últimos 12 trimestres crescemos, em média, 30% ao ano na banda larga fixa e tivemos crescimentos muito exponenciais no mercado móvel. Isto permitiu democratizar o serviço de acesso móvel terrestre, mas também de acesso à banda larga, que é muito importante para o desenvolvimento do país.

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Neste momento, que produtos e serviços é que oferecem? Tal como vem acontecendo no mundo inteiro, os nossos produtos abrangem tudo o que está relacionado com a produção de conteúdos. A Internet é o futuro da empresa, quer na banda larga fixa, quer na banda larga móvel de Terceira Geração (3G), para a qual adquirimos recentemente a respectiva licença, que nos permitirá oferecer ao mercado um conjunto de novas ofertas. As ofertas que estamos a criar agregam e complementam aquilo que o cliente precisa, colocando conectividade e soluções à disposição desses clientes. Nesse sentido, a nossa aposta vai não só para a vertente Internet de banda larga, mas também para a vertente de conteúdos e agora vamos migrar esses conteúdos para o negócio móvel, através da 3G. Este é o futuro. Estão a acompanhar o desenvolvimento que se regista noutras paragens? Sim, claro. Nós temos alguns “benchmarks” e, recentemente, a CVTelecom foi nomeada para finalista dos World Communication Awards 2011, na categoria de “Melhor Operador em Mercados em Desenvolvimento”, precisamente porque reconhecem o trabalho que a empresa vem fazendo nos últimos anos, quer em matéria de investimento em produtos e serviços, quer também no domínio tarifário. Que investimentos financeiros e tecnológicos têm sido efectuados? Estamos a introduzir redes de nova geração e, para isso, também estamos a capacitar toda a rede de transporte da CVTelecom com novos cabos submarinos interilhas. Nesse âmbito, ligámos recentemente as ilhas do Fogo, Brava e Maio à rede nacional de fibra óptica. Por outro lado, encontra-se em curso a instalação de um segundo cabo internacional de fibra óptica para termos uma redundância internacional; estamos igualmente a desenvolver a tecnologia de transporte desse sinal para uma tecnologia IP precisamente para aumentar as capacidade e possibilidades em termos de oferta comercial.


Negócios em Cabo Verde A CVTelecom terminou 2011 com um investimento de 3,4 milhões de contos caboverdeanos (cerca de 31 milhões de euros), ou seja, um ano record em termos de investimentos. Estes investimentos foram não só para toda a parte de fibra óptica, cujos trabalhos ainda estão a decorrer, mas também para o projecto de levar a fibra óptica até à casa do cliente. Estamos ainda a investir em novos sistemas de informação, nomeadamente em toda a relação com o cliente através dos sistemas de CRM-Customer Relationship Management. Também estamos a mudar todo o nosso sistema de facturação.

lho de Administração. Mas os nossos lucros não são um fenómeno de hoje. A empresa investiu cerca de 200 milhões de euros nos últimos 15 anos e, por isso, naturalmente, somos a empresa privada que mais investe no país e num sector que tem alguns riscos. Ou seja, o nosso investimento faz-se numa perspectiva de 15/20 anos de longevidade. Não estamos a falar de empresas de trading ou de sectores de menor escala que têm riscos substancialmente mais baixos e, por isso, é natural que a remuneração de capital e os resultados que daí advêm tendam a ser superiores para compensar esses riscos.

Sem medo da concorrência

Projectos para o futuro

Há três anos surgiu no mercado uma nova operadora móvel que para muitos revolucionou o mercado das telecomunicações móveis. O que representa essa concorrência para a CVMóvel? A CVMóvel sempre gostou da concorrência, mas não consideramos que a expressão “revolucionar” seja justa. De facto, quer do ponto de vista do mercado, quer da evolução do número de clientes, a CVMóvel continua a angariar muito mais clientes que a concorrência. Isto é a prova que mesmo tendo uma alternativa o mercado reconhece que a oferta que temos é superior. A concorrência, como em qualquer mercado, traz vantagens e competição e isso, do ponto de vista da dinâmica de produtos e serviços, é com certeza positivo. Mas nós, independentemente da concorrência, fazemos o nosso caminho e, a título de exemplo, podemos destacar o facto de a banda larga fixa ter registado uma significativa redução no tarifário, em cerca de 50% por ano na ADSL. Isto é que tem permitido manter um nível de crescimento de 30% por ano nos últimos 12 trimestres. Há algum segmento específico em que essa concorrência seja mais visível? O negócio móvel é o único segmento onde temos verdadeira concorrência. No negócio de telefonia fixa tivemos alguma concorrência no mercado grossista internacional através do operador VOIP, que apareceu no mercado, mas não o vemos como uma concorrência expressiva do ponto de vista do retalho. Qual é a vossa actual quota de mercado? A quota do mercado é algo que só o regulador poderá dizer. O que nós temos são as nossas fontes de informação internas que nos permitem ter uma ideia. Mas posso adiantar que a nossa quota de mercado em matéria de clientes anda à volta dos 80%; em termos de valor do mercado e facturação acreditamos que a quota seja superior.

Quais são os investimentos e projectos da CVTelecom para o futuro? Continuar a capacitar a rede pública de telecomunicações do país, que está concessionada à CVTelecom, com cada vez mais capacidade e funcionalidades e melhorar toda a plataforma de sistemas de informação. Temos vindo a fazer investimentos significativos em plataformas de facturação e vamos continuar a desenvolver a plataforma de televisão. Em matéria de banda larga, em que fomos vencedores do concurso 3G com a melhor proposta comercial e técnica, durante este ano, vamos precisar de um grande investimento nesta tecnologia.•

A CVTelecom é uma das empresas que mais lucros tem gerado. Quais foram esses lucros em 2010 e 2011? Os dados de 2010 estão publicados, mas os de 2011 ainda não foram aprovados pela Assembleia Geral e pelo Conse-

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Negócios em Cabo Verde Tecnologias de Informação e Comunicação As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação constituem hoje o centro das sociedades modernas e desempenham papel crucial no desenvolvimento social e económico. É hoje já reconhecido o potencial das Tecnologias de Informação e Comunicação para aumentar a produtividade e a qualidade de vida, particularmente para a maioria dos povos do mundo vivendo em países em desenvolvimento ou com economias em transição. Diante de tão complexo e envolvente desafio, os Governos, o sector privado e a sociedade civil são chamados a desenvolver novas formas de solidariedade e cooperação e a assumir responsabilidades renovadas. O Governo de Cabo Verde, com o objectivo geral de propor e promover políticas e estratégias de desenvolvimento integrado para a inovação e sociedade de informação, criou o NOSI-Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (www.nosi.cv), com atribuições e competências de promoção e execução de medidas de política que mobilizem a sociedade, o sector privado e o sector público, para o advento da sociedade de informação e de implementação das medidas que visem a modernização da estrutura organizacional da administração pública rumo à governação electrónica. O NOSI, em termos de estratégia, organização, operações e tecnologias adequadas ao desenvolvimento de competências na Administração Pública e na sociedade caboverdeana em geral conta com o aconselhamento da empresa portuguesa Leadership Business Consulting (www.leadership-bc.com). Numa parceria com o NOSI, as soluções técnicas mais eficientes e nomeadamente a instalação de infraestruturas de redes de comunicação e tecnologias de informação “wireless” (menos onerosas dadas as condições orográficas), estão a cargo da empresa CVNet (www.cvnet.cv). A CVNET é uma empresa sedeada em Cabo Verde, decorrente de uma uma associação das portuguesas Guiatel (40%), Wavecom (40%) e sócios caboverdeanos (20%).

COMPTA Cabo Verde A Compta Cabo Verde é uma sociedade anónima de direito caboverdeano, constituída em 2008, com sede na cidade da Praia, a partir de um investimento da sua homónima portuguesa COMPTA – Tecnologias de Informações e Comunicações, SA. Esta, numa decisão de expansão das suas actividades para o continente africano, essencialmente para países africanos de língua portuguesa, pretende utilizar Cabo Verde como plataforma de incubação de conhecimentos que permita a internacionalização para outros países de África, nomeadamente Guiné-Bissau, Angola, Moçambique e Guiné Equatorial. A sua actividade centra-se no desenvolvimento de aplicações informáticas, infra-estruturas e comunicações, segurança lógica e física de instalações, consultoria e audito-

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rias em TIC, formação e certificações TIC desenvolvendo a sua acção num movimento de constante adaptação ao mercado. Distingue-se por empregar uma equipa técnica local, com competências especializada em várias áreas de negócios relacionadas com TIC. Esta forma de estar traduz-se na preocupação constante de prestar serviços que satisfaçam integralmente as necessidades dos seus Clientes. No centro desta determinação reside uma equipa de 60 colaboradores, dos quais 55 são caboverdeanos com um nível apurado de conhecimento. Nesta equipa mais de 70% são técnicos altamente especializados nas áreas onde actuam o que permitiu que em 2 anos se tenha reduzido a dependência de técnicos externos em 90% da produção. Os principais clientes da empresa são o Estado, empresas públicas, empresas privadas do sector financeiro, organismos internacionais sedeados em Cabo Verde e pequenas e médias empresas. Como factor essencial ao seu desenvolvimento a Compta salienta a necessidade de uma maior liberalização do mercado que o sector público representa e que se encontra de certo modo “monopolizado” pelo NOSI-Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação. Este esforço contínuo de adaptação e a constante preocupação com a satisfação das necessidades dos seus clientes levou a COMPTA Cabo Verde a construir um conjunto de sólidas relações de parceria com os principais líderes tecnológicos a nível mundial. Em reconhecimento da sua actividade tem sido distinguida por inúmeros parceiros dos quais se destacam a Cisco Systems, a Nortel Networks, onde detém o nível de certificação Gold Solutions Partner, e a Microsoft, com o nível Microsoft Business Solutions Partners. É ainda representante oficial da IBM em Cabo Verde, com a certificação de Advanced Partner.



Negócios em Cabo Verde Entrevista: NOSI quer transformar Cabo Verde num “Cluster” Tecnológico

O Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI) é a entidade responsável pela operacionalização da Governação Electrónica em Cabo Verde. O seu desempenho, sobretudo na melhoria significativa do ambiente de negócios no país, já lhe valeu prestígio dentro e fora do país e, consequentemente, a sua internacionalização. O seu principal gestor, Jorge Lopes, acredita que com a criação de um novo Data Center e de um Parque Tecnológico o arquipélago tem todas as condições para se transformar num “Cluster TIC” para a Região Oeste Africana. www.nosi.cv Texto: Gisela Coelho/Fotos: Elias Borges Como é que tem sido o percurso do NOSI desde a sua criação em 2003? O NOSI foi criado em 2003 na sequência da Unidade de Reforma da Administração Financeira do Estado e assumiu a centralização e coordenação de toda a Governação Electrónica do Governo. De certa forma mantivemos as causas da nossa origem e a gestão da administração financeira acabou por constituir o nosso “core business”, ou seja, a parte central do nosso negócio. Temos um Sistema Integrado para a Gestão Orçamental e Financeira do Estado (SIGOFE), que é uma ferramenta muito potente que já está em produção desde 2005 e que hoje engloba vários módulos, nomeadamente o sistema de monitoramento e avaliação, a gestão do activo do Estado e o sistema de compras públicas electrónicas. Mas, estamos presentes em todas as outras áreas. Na Saúde, na Educação e no Sistema Eleitoral. Neste último, batemos um record em 2011, ocasião em que após a votação para as eleições processámos e publicámos os respectivos dados em uma hora e 20 minutos.

Sistema de informação municipal e “Casa do Cidadão” Desenvolvemos também soluções para os municípios, designadamente o Sistema de Informação Municipal que

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já está instalado em todas as autarquias. É um instrumento muito relevante para a gestão municipal em todas as áreas e tem contribuído para um aumento considerável das receitas dos municípios. Estamos igualmente a desenvolver novos módulos. Depois, desenvolvemos o projecto da Casa do Cidadão, que é uma espécie de balcão único, onde as pessoas podem encontrar serviços integrados, ou seja, serviços que envolvem mais do que uma instituição como, por exemplo, o serviço Empresa no Dia, que foi um dos pioneiros. Antes da Casa do Cidadão, a criação de uma empresa levava mais de 70 dias e envolvia mais de 16 entidades. Agora pode-se criar uma empresa em menos de uma hora. Que meios humanos e tecnológicos o NOSI dispõe para operacionalizar tudo isto? Temos uma vasta equipa de quadros com formação superior, maioritariamente nas áreas das Tecnologias de Comunicação e Informação, sujeitos a qualificações e certificações. Muitos dos nossos técnicos tornam-se engenheiros especialistas dos diversos sistemas que utilizamos, como bases de dados, comunicação e sistemas de administração tecnológica, entre outros. Temos cerca de 100 funcionários, mas em projectos específicos chegamos a envolver 200 pessoas. Em termos tecnológicos o NOSI gere a Rede Tecnológica Privativa do Estado, que interliga quase todas as instituições da tutela em todas as ilhas e é composta por oito mil terminais. Neste momento, estamos a fazer um upgrade da rede com base num projecto orçado em 17 milhões de dólares, em que essa rede vai passar a cobrir completamente o sistema da Saúde e de Educação. Esta rede é suportada por uma infraestrutura tecnológica, um Data Center, que é uma central de dados que vem funcionando há cinco anos com duas mil horas de funcionamento ininterrupto.

Novo “Data Center” Qual vai ser o impacto do novo Data Center em construção? Vai ser um “Data Center” de altíssimo nível de segurança e que terá disponibilidade para albergar não só os recursos tecnológicos do Estado, mas também para prestar serviços a outras entidades que queiram ter os seus sistemas alojados em Data Centers, com todos os requisitos tecnológicos e elevada performance. Este centro de dados está voltado para o “Cloud Computing”, ou seja, para o novo horizonte da inovação, onde os utentes não precisam de estar preocupados com cabos, servidores, computadores ou sistemas, porque tudo é oferecido globalmente como um serviço e os utentes só precisam de se preocupar com o seu negócio central. Este “Data Center” está a ser pensado como um prestador de serviços para a Região Oeste Africana. Estamos a trabalhar uma parceria estratégica muito forte com algumas empresas multinacionais, como a Microsoft, visando a montagem de um espaço “cloud” para países da nossa região, com enfoque particular de serviços aos governos. O nosso “Data Center” é a espinha dorsal daquilo a que


Neg贸cios em Cabo Verde

Anu谩rio Neg贸cios & Afinidades_2011/12

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Negócios em Cabo Verde estamos a chamar Centro Tecnológico que vai evoluir para um Parque Tecnológico.

Cluster das tic e internacionalização do nosi E qual vai ser a finalidade desse Parque Tecnológico...? Temos em curso um estudo de viabilidade económico-financeira com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento na perspectiva de um financiamento de cerca de 35 milhões de dólares para a sua construção. Este parque vai ser um espaço, por excelência, para dar corpo ao “cluster” das Tecnologias de Comunicação e Informação (TIC). Há um envolvimento tripartido entre o Estado, empresas e universidades, voltado para a investigação e desenvolvimento e para a produção de conhecimentos para exportação. Estamos a criar as condições para fazer com que este sector tenha uma participação significativa na geração de riquezas no país. Como é que está o processo de internacionalização do NOSI? Temos em curso vários projectos fora de Cabo Verde e, quase semanalmente, recebemos delegações da Região e não só. Recentemente, recebemos uma missão do Togo, incluindo pessoas bem posicionadas do Governo desse país, que vieram conhecer a nossa experiência e fixar balizas de cooperação. Isto, não se deve apenas a acções de marketing, mas sim ao sucesso que o nosso trabalho tem feito junto de parceiros como o Banco Mundial, o Banco Africano, os parceiros da União Europeia e as multinacionais, como a Microsoft, os quais vão disseminando a experiência de Cabo Verde nesta área e que incentivam outros parceiros a fixarem linhas de cooperação. Com que países têm projectos? Com Moçambique, Guiné-Bissau, Burkina Faso e também vamos estabelecer projectos com outros países que já mostraram interesse como o Togo e Costa do Marfim. São governos que nos procuram e que desejam desenvolver projectos connosco. Para além de países, há multinacionais que também já se aperceberam das nossas capacidades nas TIC. É o caso da Microsoft, que como já referi, está interessada em fazer uma parceria com o NOSI no sentido de juntarmos o nosso conhecimento em matéria de Governação, que é o nosso ponto forte, às inovações e soluções desta multinacional. Recentemente estive no Dubai precisamente para ver o trabalho da Microsoft desenvolvido nesse país para servir toda a Região do Golfo e queremos reproduzir uma experiência similar em Cabo Verde.

Soluções Que tipo de serviços procuram esses países africanos? Curiosamente, quase todos os países querem um sistema de “Janela Única”. Por exemplo, em Moçambique estamos

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a desenvolver uma “Janela Única” para o turismo e no Burkina Faso, o projecto também tem a ver com a criação deste serviço. No fundo, as soluções mais procuradas estão relacionadas com a melhoria do ciclo do ambiente de negócios e facilidades para os cidadãos tendo sempre em vista a redução e reengenharia de procedimentos num processo semelhante ao da nossa “Casa do Cidadão”. Esses serviços incluem formação? A formação constitui sempre uma faceta do serviço que prestamos. Nestes projectos que realizamos noutros países, a formação acontece em dois momentos e é isso que tem marcado a diferença. Neste momento temos no NOSI uma equipa da Guiné-Bissau, no âmbito do projecto que estamos a desenvolver esse país irmão, para partilharem a nossa experiência. É uma aprendizagem que decorre também no laboratório. As Nações Unidas têm apelado à cooperação Sul-Sul e os países africanos já se deram conta que a cooperação Norte-Sul não deixou muita coisa. A percepção que se tem é que os países do Norte vêm com o seu manancial de conhecimento, mas vêm com muita pressa de chegar e vender. Os sistemas ficam, as pessoas desaparecem e esses sistemas acabam por “morrer”. Não houve um trabalho no sentido de fazer com que houvesse a devida apropriação desse conhecimento. Ora, nós começámos exactamente por aqui, pela formação, até porque há uma grande facilidade no relacionamento cultural que gera condições para que essa partilha se faça de forma mais enriquecedora.

Novo figurino do nosi Quais são os outros grandes projectos e desafios do NOSI para o futuro? O NOSI vai ter um novo figurino organizacional, isto é, passará a ser uma entidade pública empresarial. No mercado caboverdeano só trabalhamos para o Estado, mas não significa que sejamos o único provedor de tecnologia para o Estado; coordenamos toda a Governação Electrónica, à semelhança do que se faz noutros países. Em todo esse processo, temos tido o envolvimento de empresas locais. Só nos três últimos anos, o valor orçamental gasto nesse envolvimento de empresas nacionais foi de 60% (2009), 70% (2010) e 80% (2011) do orçamento do NOSI. Por outro lado, nesses mesmos anos, para além dos nossos funcionários, temos tido a trabalhar no NOSI, em média, cerca de 40 pessoas de outras instituições. Portanto, nós vamos continuar a promover o envolvimento de outras empresas em áreas que entendemos que devem participar. O novo figurino institucional vai trazer um pouco mais de conforto no processo de internacionalização. Temos um brand NOSI, que é conhecido internacionalmente e que pode ser uma força motriz muito forte para o envolvimento de todo o manancial de recursos humanos que temos nesta área em Cabo Verde para satisfazer as demandas que vamos ter no futuro.•


IN EM VES CABO VERDE TIR Enquadramento legal

• constituição de empresas • Investimento externo • centro internacional de negócios • actividade industrial • incentivos às exportações e reexportações • utilidade turística


Investir em Cabo Verde FORMALIDADES DE INVESTIMENTO EXTERNO Constituição de Empresas em Cabo Verde O potencial investidor externo pode constituir uma sociedade, por qualquer das formas jurídicas legalmente previstas, optando por um de dois procedimentos. O mais simples e rápido, “Empresa no Dia”, e o mais demorado mas “feito à medida” por Registo na Conservatória. Qualquer deles apresenta vantagens e inconvenientes devendo a sua escolha pautar-se por uma análise cuidada dos interesses da empresa e da relação a estabelecer entre os sócios ou accionistas. As Sociedades “Por Quotas” e “Anónimas” são as formas jurídicas mais comuns, existindo também enquadramento jurídico para Cooperativas e Sociedades Unipessoais.

Sociedades por Quotas

As Sociedades por Quotas (Lda.) devem cumprir os seguintes imperativos: • Proceder ao acto de constituição pública da sociedade, indicando o capital social, o número e o valor das quotas; • Capital social mínimo de 1.814,00 euros (200.000 escudos caboverdeanos); • O desdobramento do capital social, subscrito por cada sócio; • Pelo menos 50% do capital subscrito deverá ser depositado em numerário, numa instituição bancária local. O remanescente deverá realizar-se nos 3 anos seguintes sob forma estipulada no Contrato de Sociedade.

Sociedades Anónimas

As Sociedades Anónimas (SA) antes do início da actividade, necessitam cumprir os seguintes imperativos: • A sociedade deverá ter um mínimo de dois (2) accionistas; • Capital Social mínimo de 22.673 euros (2.500.000 escudos caboverdeanos); • O capital deverá ser integralmente subscrito; • Pelo menos 30% do capital subscrito deverá ser depositado em numerário, numa instituição bancária local. O remanescente deverá realizar-se nos 5 anos seguintes sob forma estipulada no Contrato de Sociedade.

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Uma sociedade pode constituir Sociedade Unipessoal, neste caso sob a figura de Sociedade Anónima, Unipessoal, S.A. É ainda permitida a criação de Sucursais ou Representações Permanentes, com procedimentos de constituição muito semelhantes aos dos tipos de sociedade atrás mencionados, exigindo-se para tal documento comprovativo de deliberação social que a estabeleça, texto completo e actualizado do contrato de constituição da entidade representada e prova da sua existência jurídica. Às empresas de comércio externo (importação/exportação) é ainda exigido, após a sua constituição, a obtenção da respectiva Licença de Importação e Estatuto Industrial, se aplicável. Existem imposições de capital para: a) Para o exercício da actividade de Transitário exige-se a realização de um capital mínimo de 5.000 contos (45.346 Euros); b) Para empresas de pescas o capital deve ser detido em 51% por nacionais caboverdeanos; c) Para empresas de transporte marítimo interilhas o capital deve ser detido em 25% por nacionais caboverdeanos.


Investir em Cabo Verde Pedido Estatuto de Investidor Externo

Enquadramento Legal para Investimento Externo (diplomas disponíveis na Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde)

O Pedido Todas as operações de investimento externo estão sujeitas a autorização prévia (n.º1 do Art.º 3.º da Lei n.º 89/IV/93). O pedido de Estatuto de Investidor Externo deve ser efectuado através da Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde ou directamente na CI – Cabo Verde Investimentos.

Prazo de Resposta A decisão do Ministra das Finanças é transmitida ao potencial investidor num prazo máximo de 30 dias, após a entrega do pedido completo à CI – Cabo Verde Investimentos. Não existindo qualquer contacto com o requerente no prazo de 30 dias o pedido é considerado deferido.

Certificado de Investidor Externo Este Certificado permite ao Investidor ter acesso aos incentivos previstos na Lei do Investimento Externo (Lei n.º 89/ IV/93). O Certificado expira se o investimento não for realizado dentro do prazo de 6 meses e é válido por 5 anos.

Registo do Investimento Externo

Lei do Investimento Externo*

Estabelece as condições gerais da realização de Investimentos Externos em Cabo Verde, bem como os direitos, garantias e incentivos atribuídos no âmbito do Investimento Externo. Aplica-se aos Investimentos Externos directos realizados em qualquer sector de actividade económica e às situações jurídico-negociais que neste âmbito impliquem o exercício da posse ou da exploração de empreendimentos de carácter económico. • Incentivos Fiscais: Isenção de tributação em IUR – Imposto Único sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas (actualmente em 25%) e Singulares (dividendos) durante 5 anos e/ou sempre que reinvestidos; Isenção de tributação de amortizações e juros correspondentes a operações financeiras que constituam investimento externo; Estabilização do regime fiscal (Taxa de IUR – Imposto Único sobre Rendimentos de 10% a partir do 6.º ano, sem prejuízo de condições mais favoráveis acordadas com o Estado de Cabo Verde); • Garantias: Protecção de Bens e Direitos inerentes ao Investimento Externo; Livre transferência de dividendos dos accionistas/sócios que tenham participações de capital com recursos financeiros externos; Abertura de conta bancária em moeda estrangeira.

As operações de investimento externo que estão referidas no Artigo 5º da Lei n.º 89/IV/93 estão sujeitas a registo, mediante a entrega, no Banco de Cabo Verde, de três exemplares do respectivo impresso de registo. Regulamento da Lei do Investimento Externo* Inspecção do Empreendimento Antes do início da actividade, o empreendimento deverá estar devidamente inscrito no departamento estatal respectivo, e será inspeccionado pelas entidades competentes, dentro dos trinta dias a contar da data do pedido de inspecção. No caso de se tratar de investimento nos sectores industrial ou turístico segue-se o registo no Cadastro Industrial, obrigatório para o exercício de actividade industrial, ou a candidatura ao “Estatuto de Utilidade Turística” enquadramentos que permitirão o acesso aos incentivos aduaneiros e fiscais inerentes (ver capítulo seguinte “Enquadramento Legal para Investimento Externo”).

Regulamenta o processo de candidatura e autorização para a realização de investimentos externos e para a organização do respectivo registo, previstos pela Lei do Investimento Externo.

*Em 2012 surgirão novos códigos de “Investimento Externo” e de “Benefícios Fiscais”.

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Investir em Cabo Verde Centro Internacional de Negócios

Num quadro de promoção do comércio internacional e fomento do investimento exportador, foi criado um amplo conceito de “CIN – Centro Internacional de Negócios” o qual contempla o “CII – Centro Internacional Industrial”, o “CIC – Centro Internacional de Comércio” e o “CIPS – Centro Internacional de Prestação de Serviços” consagrando benefícios fiscais e aduaneiros (Código Aduaneiro em matéria de zonas francas e entrepostos aduaneiros). Mediante um pedido de licenciamento de instalação no correspondente Centro Internacional e pagamento das respectivas taxas as empresas acederão a: • Incentivos Fiscais: Isenção de tributação sobre rendimentos (90% entre 2011 e 2018; 85% de 2019 a 2025 para os rendimentos gerados pela actividade); Isenção de tributação sobre os lucros, juros e outras formas de remuneração do capital colocados ao dispôr da sociedade pelas entidades participantes no capital da sociedade. • Incentivos Aduaneiros: Isenção total de direitos aduaneiros sobre matérias-primas, equipamentos, materiais de construção, combustíveis e lubrificantes (com reservas) destinados ao funcionamento da empresa; Liberdade de importação e exportação não carecendo de licenciamento.

Lei da Actividade Industrial

Regula a actividade no domínio da indústria, definindo designadamente as condições de acesso e exercício da indústria, os incentivos à actividade industrial, o modo de fiscalização do cumprimento das normas que a regulam e as sanções pela sua violação, bem como os processos administrativos mais simplificados e céleres relativamente à actividade industrial. • Incentivos Fiscais: Isenção de tributação em IUR – Imposto Único sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas (actualmente em 25%) gerados por cada novo estabelecimento industrial averbado durante um período de 3 anos; Dedução de impostos sobre lucros reinvestidos em actividades; • Incentivos Aduaneiros: Isenção de direitos aduaneiros na importação de bens de equipamento e materiais listados; Livre exportação de produtos.

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Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Lei das Exportações e Reexportações

Define o regime de incentivos aplicáveis às exportações e reexportações de bens e serviços. • Incentivos Fiscais (até 10 anos): Redução nas contribuições de IUR – Imposto Único sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas, igual à percentagem das receitas em divisas sobre as receitas totais das entidades exportadoras, nos 5 primeiros anos (prorrogável até 10 anos) em que se efectuem exportações ou reexportações. A partir daí redução percentual igual a metade da percentagem das receitas em divisas sobre receitas totais da entidade exportadora; • Incentivos Aduaneiros: Os bens e serviços, matérias-primas e subsidiárias, produtos acabados e semi‑acabados e outros materiais que sejam incorporados ou utilizados na exportação, são livres de direitos, imposto de consumo e emolumentos gerais aduaneiros e outras imposições aduaneiras; • Garantias: Abertura de contas em divisas e sua livre movimentação.

Estatuto de Utilidade Turística

Estabelece o Regime do Estatuto de Utilidade Turística e define critérios e requisitos para a sua atribuição, suspensão e revogação. • Incentivos Fiscais: Isenção fiscal total durante os 5 primeiros anos; Diminuição em 50% da taxa de IUR – Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas (actualmente em 25%), durante os 10 anos seguintes; Dedução de impostos sobre lucros reinvestidos em actividades similares; Isenção de Impostos sobre o Património; Dedução na matéria colectável de despesas incorridas com a formação de trabalhadores caboverdeanos; • Incentivos Aduaneiros: Isenção de direitos aduaneiros na importação de materiais destinados à construção e exploração de hotéis e estâncias turísticas.



Investir em Cabo Verde

Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas de Boa Vista e Maio, SA Inúmeras Oportunidades de Negócios Portador de um clima estável e ameno, dotado de belas praias de areia branca e água cristalina, Cabo Verde tem no sector do Turismo uma das suas principais alavancas de desenvolvimento. A boa governação, a entrada para a OMC – Organização Mundial do Comércio, a estabilidade política, a existência, “de factu”, de um Estado de Direito democrático, a localização geográfica, a cultura e a “Morabeza” do seu povo, fazem com que Cabo Verde assuma a preferência de muitos investidores. Ademais, a integração gradual de Cabo Verde na economia mundial, o desenvolvimento do sector privado, o incentivo e a promoção do investimento encorajam mais investimentos. Nas ilhas da Boa Vista e do Maio são várias as oportunidades de negócio, nos diversos sectores que interagem com o Turismo. Assim, em parceria com a SDTiBM (Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas de Boa Vista e Maio, SA), poderão ser realizados investimentos na infra-estruturação e comercialização de terrenos nas ZDTI – Zonas de Desenvolvimento Turístico Integral, e em infra-estruturas privadas, designadamente “resorts”, hotéis, SPA, Golf, apartamentos, moradias, vilas e unidades de propriedade, casinos, centro de convenções, “boutique hotels”, centros comerciais, bares, restaurantes, anfiteatros, centros de exposição e centros comerciais.

68

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

No sector do desporto existem igualmente um conjunto de oportunidades de investimento tais como escolas de mergulho, academias de desportos náuticos, academias de ténis, centros de hipismo e marinas “off-shore” e “on-shore”. Em termos de oferta de serviços e produtos, as ilhas da Boa Vista e do Maio oferecem ainda oportunidades de investimento em vários sectores nomeadamente: i) educação, através da edificação e exploração de escolas profissionais; ii) saúde, pela construção e exploração de hospitais e centros médicos para dar resposta às necessidades que irão surgir com a procura turística convencional e imobiliária-turística; iii) transportes, iv) agro-indústria; v) pecuária; vi) pesca e conservação do pescado; vii) cultura e entretenimento; viii) imobiliária social e gestão de condomínios. A produção e distribuição da água e da energia eléctrica são também áreas de negócio receptivas ao investimento externo, assim como o financiamento e/ou exploração de infra-estruturas portuárias e aeroportuárias. Uma vez garantidos o ordenamento e o equilíbrio ambiental das ZDTI da Boa Vista e do Maio, a SDTiBM encontra-se aberta a propostas de parceiros e investidores idóneos, cujos projectos estejam em harmonia com os Planos de Ordenamento Turístico das ZDTI e tenham datas previstas para o arranque e conclusão das obras. Para mais informações contacte a SDTIBM.




LIS TA GEM

DE ASSOCIADOS


Rodrigo Teles da Silva

Advocacia Rua da Batalha, 2 – 2º Esq 2780-050 OEIRAS

Rua da Junqueira, 272 – 2º Dto 1300-346 LISBOA

Carlos José da Silva

António Maria Pinheiro Torres

Fernando Manuel Roque Oliveira R. António Saúde, 16 – 7º Esq 1500-049 LISBOA

Gouveia Pereira & Associados José Limon Cavaco Palácio Sottomayor Rua Sousa Martins, 1 – 6º Dto 1050-217 LISBOA T.: 213 121 550 F.: 213 121 551 gpa@gpasa.pt

Franklim Chagas e Silva

MCF Advogados

Empresário, Consultor Rua José Dias Coelho, 36 B 1300-329 LISBOA

Dr. Miguel Esperança Martins. Avenida da República, 44 – 7º 1050-194 LISBOA T.: 217 981 020 F.: 217 981 029 mem@mcfadvogados.com

José Burnay Fonseca

Miranda, Correia, Amendoeira & Associados

Av. de Sintra, 1300 – C5 Condomínio Serra e Mar 2750 CASCAIS

João Manuel Chantre Gestor, Consultor Rua Ferreira de Castro, nº 99, Sassoeiros 2775-766 CARCAVELOS

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Avenida Alvares Cabral, 84 – 1º Dto 1250-018 LISBOA T.: 213 703 600 F.: 213 703 680 antonio.torres@ampt.pt

Dr. Rui Parente Av. Praia da Vitória, 5, 1º Andar 1000-245 LISBOA T.: 213 191 290 F.: 213 527 619 n.derougemont@ndr.pt

Margarida Caldeira da Silva

Raposo Bernardo & Associados

Av. Almirante Gago Coutinho, 40 – 3º Dto 1700-031 LISBOA

Dr. Nelson Raposo Bernardo Av. Fontes Pereira de Melo, 35 18º, Edifício Aviz 1050-118 LISBOA T.: 213 121 330 F.: 213 562 908 lisboa@raposobernardo.com

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

FCV – Comércio Internacional, Lda.

Arq. Nuno Rodrigues Leónidas R. Calvet de Magalhães, 244 – 2º 2770-022 PAÇO DE ARCOS T.: 214 544 430 F.: 214 544 439 privado@nla.pt

Cristina Cota Lg. Mouzinho de Albuquerque, 17 – 1º 2745-182 QUELUZ T.: 214 342 250 F.: 214 359 984 cristina.cota@fcv.pt

AECOPS – Ass. Emp. Const. Obras Públicas

Implemento, Lda.

Dr. Fernando Paes Afonso Praça de Alvalade, 6 – 6º Fte 1700-036 LISBOA T.: 213 110 200 F.:213 554 810 aecops@aecops.pt

Carlos Severino Largo Vitorino Damásio, 3 – 5º Esq 1200-872 LISBOA T.: 213 977 216 F.: 213 962 283 implemento@mail.telepac.pt

GESTIMPEX - Emp. Internac. de Comércio, Lda.

José Manuel Inácio Sousa, Unipessoal, Lda.

Engº Afonso Chito Rodrigues Av. Defensores de Chaves, 83 – 5º 1000-115 LISBOA F.: 217 933 561

José Inácio Sousa Rua Visconde da Palmeira, 6 9780-189 SÃO MIGUEL T.: 296 583 951 F.: 296 583 951 jmsousaimportexport@sapo.pt

Montanhês Comercial, Lda.

NBC Medical, Lda.

Jorge Barbosa Trav. Agostinho Silva Rocha, 250 4475-452 NOGUEIRA DA MAIA T.: 229 412 777 F.: 229 484 954 geral@montanhes.pt

Nuno Belmar da Costa Rua Particular à Av. Pedro Álvares Cabral 2710-297 SINTRA T.: 211 452 301 F.: 219 246 181 nbcmedical@nbcmedical.eu

Ok Multiserviços e Rent-a-Car, Lda. (Cabo Verde)

Portianga – Com. Intern. Participações, S.A.

Udex, S.A. Manuela Guedes Rua do Outeiro, 884 Zona Industrial Maia, I 4476-908 MAIA T.: 229 439 420 F.: 229 413 216 manuela.teixeira@udex.pt

Dr. Paulo Trindade Costa R. Soeiro Pereira Gomes. Lote 1 – 2º, Edifício da Bolsa de Valores – 1600-196 LISBOA T.: 217 814 800 F.: 217 814 802 lisbon@mirandalawfirm.com

Neville de Rougemont e Associados

Nla – Nuno Leónidas Arquitectos Associados, Lda.

Luís Godinho Simões Posto ENACOL, Santa Maria Sal, CABO VERDE F.: +238 242 2812 lsimoes@grupo-as.net

< Comércio internacional

Banca Rua Henrique de Carvalho, 27 Cidade Alta, Luanda ANGOLA T.: 00244 222 336 697

< Arquitectura

Carlos Alberto Lima

< Ass. Empresarial

Advocacia Avenida 25 Abril, 151 – 2º Dto 2750-513 CASCAIS T.: 214 835 558

< Comércio

Miguel Alves Coelho

Engenharia Engº Afonso Chito Rodrigues Av. Defensores de Chaves, 56 – 1º Esq, 1000-121 LISBOA

< advocacia • Sócios EFECTIVOS

< Sócios Fundadores

Afonso Chito Rodrigues

Dr. Alírio Santos Av. Vasco da Gama, 780 4430-247 VILA NOVA GAIA T.: 223 746 090 F.: 223 746 099 portianga@mail.telepac.pt

Quimexport – Comércio Internacional, Lda. Andrea Ferraz Rua Gen. Ferreira Martins, 10/10C – 4º D, 1495-137 ALGÉS T.: 214 120 907/8 F.: 214 108 017 geral@quimexport.com

A. Agostinho – Químicos e Minerais, Unipessoal, Lda.

RES – Prest. de Serviços Comerciais, S.A.

Aníbal Agostinho Trav. das Lages, 225 Vila Nova de Gaia 4405-194 CANELAS T.: 227 150 960 F.: 227 150 969 anibal.agostinho@aagostinho.com

Dr. Diogo Belmar da Costa Rua do Montijo, 184 – Trajouce 2785-155 S. DOMINGOS RANA T.: 214 480 850 F.: 214 480 859 resportugal@resportugal.com

Cavex –Trade & Sourcing, Lda.

Scopa, Lda.

António Canhão Veloso Edif. África, Rua da Madeira Zona Industrial Travessas Apartado 6001 3701-907 SÃO JOÃO MADEIRA T.: 256 200 920 F.: 256 831 330 geral@cavex.pt

José Reis Borges Fonseca Av. Ressano Garcia, 41 – 6º Fte 1070-234 LISBOA T.: 213 873 191 F.: 213 872 241 scopa@mail.telepac.pt


Cegoc-Tea, Lda.

Dr. Henriques Pimenta Urbanização da Matinha Edifício Verde, Rua 2 – 3º Esq, 1950-073 LISBOA T.: 218 610 810 F.: 218 680 001 hpimenta@armandocunha.pt

Consultoria, Rec. Humanos, Formação, Recrutamento Dr. Paulo Finuras Av. António Augusto Aguiar, 21 – 1º andar, 1069-217 LISBOA T.: 213 191 960 F.: 213 191 961 fcomercial@cegoc.pt

MonteAdriano Engenharia e Construção, S.A.

Ceso CI – Consultores Internacionais, S.A.

MSF Engenharia, S.A. Engº Alexandre F. Silva Rua Frederico George, nº 37 Alto da Faia 1600-468 Lisboa T.: 217 215 300 F.: 217 213 599 contactos.msf@msf.pt

Opway – Engenharia, S.A. Dra. Paula Ribeiro Rua Prof. Fernando Fonseca Edif. Visconde Alvalade, 5º 1600-616 LISBOA T.: 217 522 100 F.: 217 591 347 geral@opway.pt

Engº Rogério Inácio Rua Padre Américo, 4 B 1600-548 LISBOA T.: 217 160 644 F.: 217 160 964 proplano@proplano.pt

PriceWaterhouseCoopers & Associados – SROC, Lda.

Wavecom – Soluções Rádio, S.A.

Dr. Hermínio Afonso Dr. Leendert Verschoor Palácio Sottomayor Rua Sousa Martins, 1 – 3º 1069-316 LISBOA T.: 213 599 000 F.: 213 599 999

Engº Mário Rui Santos Centro Empresarial de Aveiro Zona Ind. Aveiro Sul 3810-783 AVEIRO T.: 234 940 410 F.: 234 940 411 mrui@wavecom.pt

Winresources, Lda.

Fachonet – Formação e Serviços Informática, Lda.

Zona Verde – Consult. Estudos Avançados, Lda.

Dr. António Martins de Matos Avenida Salvador Allende, 25 2780-163 OEIRAS T.: 214 462 580 F.: 214 411 607/468 570 geral@consulgal.pt

Engº Jorge Pereira Rua 25 de Abril, 313 Zona Industrial Roligo 4520-115 SANTA MARIA FEIRA T.: 256 364 544 F.: 256 378 467 zonaverde@zonaverde.pt

Efectivo – Consultoria e Investimentos, S.A.

Siemens, S.A.

Seth – Soc. Empreit. Trab. Hidráulicos, S.A.

Leadership Business Consulting, S.A.

Engº Ricardo Pedrosa Gomes Avenida Tomás Ribeiro, 145 2640-516 QUEIJAS T.: 219 431 479 F.: 219 431 518 seth@seth.pt

Dr. Carlos Oliveira Av. da Liberdade, 190 – 5º B 1250-147 LISBOA T.: 213 581 060 F.: 213 581 060/1 geral@leadership-bc.com

Somague – Engenharia, S.A.

Manuel Chantre

Dr. José Paulo Assunção R. Tapada da Quinta de Cima Sintra – Cascais Escritórios Linhó 2714-555 SINTRA T.: 218 104 000 F.: 219 104 009 somague@somague.pt

Dr. Manuel Chantre Av. D.José I, 2 Nova Oeiras 2780-124 OEIRAS T.: 214 579 060 F.: 214 579 060

< ENGEnharia

Consultoria e Formação Dr. Franklin Chagas Silva Rua José Dias Coelho, 36 B 1300-329 LISBOA T.: 213 617 239 mundiservicos@mundiservicos.pt

Consulgal – Consultores Engenharia e Gestão, S.A.

Dr. Carlos Graça, C.P. 454-A Palmarejo – Praia, Santiago, CABO VERDE T.: +238 260 1157 F.: +238 262 8271 efectivo@cvtelecom.cv

Engº Joaquim Neto Filipe Beloura Office Park, Edif. 6-Escrit. 13, Linhó 2710-693 SINTRA T.: 219 178 770 F.: 219 178 779 geral@projectodetalhe.pt

Proplano – Gab. Estudos e Projectos, Lda.

Dr. Davide Freitas Rua Alfredo Guisado, 39 1500-030 LISBOA T.: 217 703 000 F.: 217 741 098 geral@winresources.pt

Dr. Rui Miguel Ramos dos Santos Av. Elias Garcia, 123 - 4º 1050-098 LISBOA T.: 217 958 796 F.: 217 999 600 cesoci@cesoci.pt

Projecto Detalhe, Eng. e Construção, Lda.

MundiServiços – Cia Port. Serviços e Gestão, Lda.

Engº Rui Leal Rua Irmãos Siemens, 1 2720-093 ALFRAGIDE T.: 214 178 000 F.: 214 178 044 internetrequest.pt@siemens.com

Coba – Cons. Obras, Barrag. Planeam, S.A. Eng. Vítor Carneiro Av. 5 de Outubro, 323 1649-011 LISBOA T.: 210 125 000 F.: 217 970 348 coba@coba.pt

Ductos – Soc. Projectos Engenharia, Lda. Engº José Vieira de Sampaio Rua João da Silva, 24 A 1900-271 LISBOA T.: 218 455 020 F.: 218 455 039 ductos@ductos.pt

< ENSINO e Formação

Dr. Fontão de Carvalho Av. da República, 50 – 10º 1069-211 LISBOA T.: 217 990 420 F.: 217 990 439 bdo@bdo.pt

Clementino Gonçalves Cruz Rua de Santa Luzia, 62 3100-483 POMBAL T.: 236 215 264 F.: 236 215 293 geral@fachonet.com

Instituto Piaget Victória Soares Av. João Paulo II, Lote 544 1900-276 LISBOA T.: 218 316 500 F.: 218 316 576 vsoares@lisboa.ipiaget.org

< Gestão de infraestruturas

BDO & Associados

Armando Cunha, S.A.

Dra. Mafalda Gonçalves Rua Maria da Paz, 116 4490-658 PÓVOA VARZIM T.: 252 291 300 F.: 252 291 310 geral@monteadriano.pt

Dr. Pedro Santos Pereira Avenida Duque d’Ávila, 185 – 3º C 1050-082 LISBOA T.: 707 208 090 F.: 213 304 411 geral@invveste.eu

< indústria

Engº Filipe Ruão Rua das Indústrias, 16 2749-505 MASSAMÁ T.: 214 308 100 F.: 214 308 260 internacional.tkept@ thyssenkrupp.com

Motivator Group (Portugal) Consultores, S.A.

Teresa Oliveira Rua das Oliveiras Edifício Via Falésia, R/C 8126-908 VILAMOURA T.: 289 310 620 F.:289 310 629 info@afc.pt

< Electrónica

Thyssenkrupp Elevadores, S.A.

AFC, Lda.

< ENGEnharia

Luis d’Almeida Apartado 26 E.C. Torre da Marinha 2841-908 SEIXAL T.: 212 268 560 F.: 212 268 565 geral@la-aluminios.com

< Consultoria

< ConstruÇão Civil E obras públicas

L.A. Alumínios

ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. Dra. Maria Octávia Carrilho Arruamento D, Edifício 120 Aeroporto de Lisboa 1700-008 LISBOA T.: 218 413 500 F.: 218 404 231

APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A. Engª Natércia Cabral Rua da Junqueira, 94 1349-026 LISBOA T.: 213 611 000 F.: 213 611 005 admin.junqueira@ portodelisboa.pt

ACO – Fáb. Calçado, S.A. Engº Fernando Costa Rua Padre António Ferreira Mogege 4770-350 V. N. FAMALICÃO T.: 252 990 410 F.: 252 921 585 acop@mail.telepac.pt

Anuário Negócios & Afinidades_2011/12

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Engº Pedro Mesquita Trav. S. João, Lotes 109/110 Serral Casal de Cambra 2605-192 BELAS T.: 219 818 440 F.:219 818 450 cimai@cimai.pt

Exictos, S.A. Dr. João Cruz Portugal Rua Cidade de Rabat, 41 Loja 1500-159 LISBOA T.: 211 107 100 F.: 211 107 103 exictos@exictos.com

Cimpor Internacional, Sgps, S.A. Dra. Mafalda Correia Rua Alexandre Herculano, 35 1250-009 LISBOA T.: 213 118 106 F.: 213 560 991

Cabo Verde Rua Miguel Bombarda, 8 Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde T.: +238 260 25 30/9 F.: +238 261 57 00 info@exictos.com www.exictos.com

DDS – Mobiliário e Decorações, Lda. (Cabo Verde) Fernando Marcelo Soares Parque Industrial do Lazareto, Lt 55, Caixa Postal 1066, Mindelo, S. Vicente, CABO VERDE T.: +351 918 900 240 geral@dds.cv

Actividades: Projectos, Consultoria e Outsourcing em Sistemas de Informação; Software Bancário; Third party platforms para diversos sectores de actividade;

SternBlu – Tecnologias e Equip. Hoteleiros e Alimentares S.A.

Dra. Ana Cristina Rodrigues C.P. 131 A, Av. Cidade de Lisboa, Várzea, Praia – Santiago, CABO VERDE T.: +238 2603690 F.: +238 261 4253 bi@bi.cv

Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. Dr. Gladstone Siqueira Avenida José Malhoa, 22 1099-012 LISBOA T.: 217 211 236 F.: 217 211 237 gladstone@banif.pt

Dra. Ana Sequeiros Av. Fontes Pereira de Melo, 40 – 6º 1069-300 LISBOA T.: 215 001 148 ana.c.sequeiros@telecom.pt

Arnaud Logis, S.A. António Valente Estrada Militar, Bairro da Bogalheira, Setais 2680-183 CAMARATE T.: 219 489 200 F.: 219 489 202 info@arnaud.pt

David José de Pinho & Filhos, S.A. Dr. David Pinho Rua Óscar da Silva, 3071 4455-520 PERAFITA T.: 229 993 200 F.: 229 993 211 djpinho@mail.telepac.pt

Horus – Planif. Transp. Internacionais, S.A.

Mercados: Angola, Cabo Verde, Malta, Moçambique, Portugal, S. Tomé e Principe e Timor Leste.

Dr. João Barata Lima Avenida da República, 23 1050-185 LISBOA T.: 213 809 900 F.: 213 870 840/1033 jblima@creditoagricola.pt

Manuela Silva. Quinta da Belavista Edifício Horus 2670-306 FRIELAS T.: 219 487 640 F.: 219 487 677 info@horus.pt

Puratos – Prod. Art. Ind. Alimentar, S.A.

Raul Cesar Ferreira (Herd.), Lda.

Caixa Económica Montepio Geral

Maersk Portugal, Lda.

José Viela Av. Dr. Luís Sá, 26 Abrunheira, 2714-509 SINTRA T.: 219 158 300 F.: 219 259 405 portugal@puratos.pt www.puratos.pt

Dr. António Trigueiros Aragão Rua do Patrocínio, 94 1399-019 LISBOA T.: 213 907 373 F.: 213 978 754 mail@raulcesarferreira.pt

Dr. António Pedro Sameiro Rua do Ouro, 219/241 1100-062 LISBOA T.: 213 248 000 F.: 213 249 803 secgeral@montepio.pt

Secil – Cia. Geral de Cal e Cimento, S.A.

Studiofiel – Serviços Informática, Lda.

Caixa Geral de Depósitos

Dr. Carlos Rezende Av. Forças Armadas, 125 – 6º 1600-079 LISBOA T.: 217 927 104 F.: 217 936 208 secil@secil.pt

João Gomes Neto Rua Engº Matos, 65 I 4560-465 PENAFIEL T.: 255 712 772 F.: 255 712 254 studiofiel@studiofiel.pt

Sumol+Compal Marcas, S.A.

Banco BPI, S.A.

Comcreation, LDA Nuno Cabral Rua Gaivotas em Terra, nº 3.13.01B, S02 1990-196 LISBOA T.: 214 074 704 geral@creation.com.pt www.creation.com.pt

< Serviços financeiros

Dr. Fernando Oliveira Estrada da Portela, 9 Portela de Carnaxide 2790-124 CARNAXIDE T.: 214 243 423 F.: 214 200 090 fernando.oliveira@sumolcompal.pt < Serviços

Banco Interatlântico (Cabo Verde)

PT Ventures, Sgps, S.A.

Caixa Central Crédito Agrícola Mutuo, Crl

Parceiros: Adobe, Cisco, Credirisk, HP, IBM, Microsoft, SAP, SAS, Thomson Reuters.

Eng.º Manuel Gonçalves Estrada da Paiã - Paiã Parque, B-8 1675-078 PONTINHA T.: 213 949 140 F.: 213 949 141 geral@sternblu.pt

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Dr. Bruno Pereira (Corporate Banking Premium) Av. da Liberdade, 195 1250-142 LISBOA T.: 213 508 663 F.: 213 501 033 bmpereira@bes.pt

< SOc. GEST. Part. Soc.

Banco Espírito Santo, S.A.

< TRANSPORTES

< indústria

CIMAI – Especialidades Químicas, S.A.

Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde

Dr. Frederico Silva Pinto DMEN – Dir. Marketing Empresas e Negócios. Av. da Boavista, 1117 – 2º 4100-129 PORTO T.: 225 433 624 F.: 226 073 480 infoempresas@bancobpi.pt

Banco Comercial Atlântico (Cabo Verde) Dr. Joaquim Sousa C.P. 474, Chão d’ Areia – Praia Santiago, CABO VERDE T.: +238 260 8515 F.: +238 261 1307 bca@bca.cv

Dr. Gonçalo Gaspar Direcção Negócios Internacionais Av. João XXI, 63 1000-300 LISBOA T.: 217 953 000 F.: 217 905 068 goncalo.gaspar@cgd.pt

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Jornal Inde Proprie pendente | Ano dade: A Naç Pág. 2Sociedade IV ão Director Cabo Verd e, : Alex andre Lda Sai às quintas- Semedo feiras Nº 203

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Págs. 35 e 36

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“A literatura cabo-verdiana tem hoje Fó repercussão rmula 1 para 4 piloto mundial” s

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DIPLOMACIA

Guarda Costeira aperta o cerco Pág. 4

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Chama-se José, reside em São Miguel. Além de bisavô e avô, acaba de ser pai de trigémeos, aos 74 anos. “Té inda N ta brinka”, afirma, orgulhoso. Pág. 14

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A campanha presidencial entra na recta final. A polémica em torno de Amílcar Cabral, o diferencial que pode ser a ilha de São Vicente, o estado de espírito dos candidatos e os incidentes de campanha são alguns temas deste número de A NAÇÃO. In Caderno

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PRESIDENCIAIS’2011

José, pai de trigémeos aos 74 anos

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Cabo Verde

Atentado contra juiz: Um mistério que se adensa

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Cabo Verde

PRESIDENCIAIS’2011

Verd

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Jornal Independente | Ano IV Propriedade: Sociedade A Nação Cabo Verde, Lda Director: Alexandre Semedo Sai às quintas-feiras

’20 11

Ouro cria, quem em Julho semeia e fia

Estado deve 140 mil contos aos contribuintes

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Jornal Independente | Ano IV Propriedade: Sociedade A Nação Cabo Verde, Lda Director: Alexandre Semedo Sai às quintas-feiras

2011

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DGEFA acusada de gerir mal seus recursos Julho semeia e

SIMONE CAPUTO GOMES

DROGA

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| 21 Preço: a 27/07/2011 100 Esc udos www.

Mindelense quebra jejum de 13 anos

Segurança privada denuncia concorrência desleal

CORRUPÇÃO

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do eleito

DESPORTO

Sofia pode fazer história no Pan-Africano

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IV ente | Ano Independ dade Jornal de: Socie Lda e, Proprieda Cabo Verd Semedo e A Nação Alexandr Director: quintas-feiras Sai às

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Sofia Cristina, 18 anos, é uma das esperanças de Cabo Verde nos próximos Jogos Pan-Africanos, que acontecem em Moçambique, daqui a um mês. Esta praticante de Taekwondo prepara-se intensamente no Mindelo, conforme descobriu o A NAÇÃO.

Verde

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Inter-Ilhas: Santiago busca primeira vitória

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Filú “ainda” é ministro

ENERGIAS LIMPAS

De quem é a ilha do Fogo? Lima dá liberdade de voto Sondagens falham em toda a linha

10 e 12

POLÍTICA

Ministra e funcionários das Finanças em nova guerra aberta

FIC, dia

In Caderno

Painéis solares “agonizam” nos liceus

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Transinsular – Transp. Marítimos Insulares, S.A.

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Hotel Pestana Trópico (Cabo Verde) Jorge Xavier C. P. 413 – Prainha Santiago, CABO VERDE T.: +238 261 4200 F.: +238 261 5225 jorge.xavier@pestana.com

Oásis Atlântico Portugal, sgps Dr. Alexandre Abade R. Hermano Neves, nº 22 - 4º C, Telheiras, 1600-477 LISBOA T.: 217 524 100 F.: 217 524 102

Soltrópico – Viagens e Turismo, S.A. Dr. Miguel Fonseca Rua Embaixador Martins Janeira, 2 C – 1º Dt 1750-097 LISBOA T.: 217 510 240 F.: 217 581 324 tropi@soltropico.pt

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