Jornal OutrOlhar | Edição Especial | Vestibular 2010

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ANO 6 | EDIÇÃO ESPECIAL | DEZEMBRO 2009

L A I C E ESP

U F VI V ER

JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO - UFV

Saiba como é a vida dos estudantes de uma das mais conceituadas universidades do Brasil

Universitário também se diverte Quem estuda na UFV sabe que quando se está de boa sobram opções para aproveitar o tempo. Elas são diversas e atendem a todos os tipos de gosto, tanto na cidade de Viçosa como dentro do campus páginas 6, 7 e 8

Comida boa por baixo preço Cardápios variados, nutritivos e gostosos. Alunos podem saborear desde a comida feita no Restaurante Universitário aos pratos oferecidos pelos restaurantes da cidade página 11

Diogo Rodrigues

A UFV em outras cidades Nos campi mais recentes, Florestal e Rio Paranaíba, os alunos enfrentam novos desafios, conscientes da importância de cada um para a expansão da Universidade Federal de Viçosa em outras regiões página 12


boas vindas boas vindas

EDITORIAL

De veteranos para futuros calouros Ninguém melhor que os próprios estudantes para falar da vida universitária. É por isso que, a convite da Diretoria de Vestibular e Exames (DVE), os alunos de Jornalismo do 4º período da Universidade Federal de Viçosa produziram este jornal para apresentar a UFV e a cidade de Viçosa aos futuros universitários. A confiança no curso para realizar a tarefa se deve ao trabalho feito nas outras edições do jornal-laboratório. É a primeira vez que a Universidade disponibiliza um amplo material dedicado aos que estão prestando vestibular para a Instituição. O veículo solicitado pelo professor Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues, diretor da DVE, terá a tiragem significativa e poucas vezes verificada num veículo laboratorial. A distribuição será nos locais onde houver provas para a UFV, em todo o País. O objetivo é informar aos futuros colegas como vivem, estudam, se divertem e se relacionam os estudantes de Viçosa, Florestal e Rio Parabaíba. Espermos que o jornal revele um pouco mais sobre as emoções e as novidades que você está prestes a experimentar. Da instituição às opções de lazer, o OutrOlhar Especial pretende familiarizar os estudantes com a vida que os espera. Esperamos encontrar com você em breve. Dentro do campus. Lilian Lima Para a equipe do jornal

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Qualidade e excelência dentro e fora de sala

Erivam de Oliveira

A PALAVRA DO REITOR

Por uma formação cidadã Prezado Estudante,

DO PRÉDIO DA REITORIA, vista para o edifício Arthur Bernardes, pedra angular da UFV Olívia Miquelino Kívia Oliveira

A avaliação é do Ministério da Educação: a Universidade Federal de Viçosa é a instituição federal com maior concentração de cursos com nível de excelência. Somente 47 cursos receberam esse tipo de destaque neste ano. Dentre eles, cinco são da UFV: arquitetura e urbanismo, ciência da computação, engenharia de agrimensura, engenharia de produção e física. A avaliação das instituições é feita a partir dos resultados das provas do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), da nota do IDD (Indi-

cador de Diferença de Empenho Observado e Esperado) e do CPC (Conceito Preliminar de Curso). Segundo a vice-reitora da Universidade, Nilda Soares, nos últimos anos, a UFV vem conquistando significativas melhoras na qualidade do ensino da graduação, pesquisa e extensão, tanto nos cursos já consolidados, quanto nos abertos recentemente. Para ela, é através dos estudantes que a Instituição tem sua avaliação efetiva. “São os alunos que mostram a qualidade do nosso ensino na prova do Enade. A maior alegria é ver que os estudantes, ao serem avaliados, colocam o seu curso no topo da classificação”. A vice-reitora diz que a formaChefe de Departamento de Comunicação Social (DCM) Prof. Ernane Corrêa Rabelo

O OurtrOlhar Especial é um produto temático do jornal-labortório do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Edição elaborada em parceria com a Diretoria de Vestibular e Exames (DVE) Endereço: Vila Giannetti, Casa 39, Campus Universitário - 36570-000 - Viçosa, MG Tel: 3899-2878 Reitor: Prof. Luiz Cláudio Costa Diretor do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes Prof. Walmer Faroni Diretoria de Vestibular e Exames (DVE) Orlando Pinheiro da Fonseca Rodrigues

Coordenador do Curso de Comunicação Social/ Jornalismo Prof. Carlos d’Andréa Editor Prof. Joaquim Sucena Lannes Registro: MT/RJ-13173 Editor de Fotografia Prof. Erivam de Oliveira Registro: MT/SP-20193 Redação Caroline Lomar, Daniel Fernandes, Diogo Rodrigues, Felipe Pinheiro, Kívia Oliveira, Lilian Lima, Lucas Guerra, Maria Clara Corsino, Mayara Barbosa, Nayara Souza, Olívia Miquelino, Rodrigo Castro, Rodrigues Alves

ção não se dá somente dentro da sala de aula. “O aprendizado tradicional é importante, mas nós percebemos que ele se dá numa discussão muito mais ampla. Então, todo o conjunto que oferecemos leva o nosso ensino à qualidade de excelência”, analisa. “Por isso, toda a atenção e auxílio são concedidos aos nossos alunos, principalmente àqueles que possuem condições socioeconômicas menores”. A UFV possui alojamentos que são colocados à disposição dos estudantes mais carentes, além de refeições a baixo custo e oportunidades para estágios remunerados ou em projetos de pesquisa, extensão e iniciação cientifica (Ver box na página 4). Edição e Revisão Final Rodrigues Alves Diagramação Diogo Rodrigues e Felipe Pinheiro Impressão Divisão Gráfica Universitária Tiragem: 25.000 Exemplares Os textos assinados não refletem a opinião da Instituição ou do Curso, sendo de inteira responsabilidade de seus autores.

www.com.ufv.br

Gostaria inicialmente de cumprimentar-lhe por fazer o vestibular da UFV. Desejo-lhe sucesso nas provas e espero encontrá-lo em nossa Instituição. Em um País onde, apesar de todo o esforço do Governo Federal nos últimos anos, o número de jovens que frequentam uma universidade pública é de apenas cerca de 3% da população entre 17 e 24 anos, estar em uma universidade pública é motivo de grande orgulho, mas também de grande responsabilidade social. Tenha certeza que, se vier para a UFV, estaremos envidando todos os esforços para conciliar a sua formação técnica e acadêmica de excelência com a sua formação cidadã. Esperamos oferecerlhe, em nossa Instituição, as condições para que você tenha oportunidade de crescimento pessoal e intelectual em todo o período que aqui estiver, afinal a Universidade é um local de formação de profissionais, cidadãos e líderes que irão contribuir para a proposição de novos modelos civilizatórios para a humanidade. Parabéns e espreamos que você faça parte da história da UFV, uma Universidade de excelência acadêmica reconhecida no Brasil e no exterior e que busca, cada vez mais, a relevância e a interação social. Luiz Cláudio Costa Reitor da UFV

Edição Especial - Dezembro 2009


boas vindas

boas vindas

Os caminhos que trazem a Viçosa Tudo o que você precisa saber para chegar, se organizar e aproveitar bem a vida acadêmica na cidade unviersitária Rodrigues Alves

Você acabou de fazer seu último vestibular. Pelo menos, neste ano. E deve estar lendo este jornal a caminho de casa, angustiado para saber o resultado. A primeira dica da equipe do jornal, que já passou pelas mesmas experiências, é: relaxe! Isso mesmo. Já basta ter comprometido as festas natalinas pela tensão das provas. Agora, aproveite estes poucos dias que restam do ano. Divirtase no réveillon! Mas, ainda no início de 2010, é preciso ficar atento quanto a algumas datas. A Diretoria de Vestibular e Exames (DVE) coloca no edital do vestibular que a previsão para a divulgação dos classificados é 31 de janeiro. Conselho de veterano: depois do dia 20 de janeiro, já vale a pena acessar o site da DVE, porque o resultado sai antes da data programada. Em seguida, se você foi apro-

Distâncias entre Viçosa e as cidades onde é realizado o vestibular da UFV Alfenas Barbacena Belo Horizonte Bom Despacho Divinópolis Florestal Formiga Governador Valadares Ipatinga Itabuna Itaobim Juiz de Fora Lavras Manhuaçu

409 Km 132 Km 225 Km 363 Km 321 Km 270 Km 376 Km 298 Km 235 Km 1032 Km 591 Km 180 Km 273 Km 171 Km

vado, não pode deixar passar batido o dia da matrícula. Nos três campi, os aprovados na primeira chamada vão se matricular como alunos da UFV no dia 1º de fevereiro. A relação de documentos que é preciso levar, você pode acessar em: https://phpsistemas. cpd.ufv.br/sisvest_concursos/files/

Montes Claros Muriaé Patos de Minas Rio Paranaíba Ubá Uberlândia Brasília Rio de Janeiro Vitória Cachoeiro de Itapemirim Colatina São Paulo Campinas Ribeirão Preto

631 Km 88 Km 609 Km 550 Km 61 Km 739 Km 980 Km 385 km 410 Km 282 Km 411 Km 650 Km 646 Km 671 Km

UFV2010/manual_vest2010.pdf (arquivo em .pdf). Caso você não passou na primeira chamada, não se desespere e fique esperto. É preciso acompanhar todas as chamadas (no edital estão previstas mais 12) porque mesmo que as vagas estejam preenchidas, podem acontecer desis-

tências de calouros que já haviam feito as matrículas. Sim, elas sempre acontecem! Isso significa que se não acompanhar todos os dias de fevereiro e março, você vai marcar bobeira. Até mesmo porque as listas só são divulgadas pela internet e o dia da matrícula das outras chamadas é sempre próximo do dia em que elas são divulgadas. Matrícula feita, você já é um aluno da UFV? Não. No domingo que antecede o início das aulas, dia 28 de fevereiro, você tem que confirmar sua matrícula. Aí sim, você é um calouro. Caso você queira saber o telefone de hotéis da cidade para se hospedar, juntamente com seus pais, no dia da matrícula ou da confirmação, basta acessar o site da UFV (www. ufv.br), clicar no menu do lado esquerdo em A Universidade e logo depois em A Cidade de Viçosa. Entre a matrícula e a confirmação, outras questões vão fazer a sua cabeça: “onde morar? com

quem, se eu não conheço ninguém? que móveis eu devo levar? quais compro em Viçosa? tem festas de recepção aos calouros?” e mais outras... A sugestão para facilitar sua vida é a seguinte: procure no Orkut a comunidade Calouros UFV 2010 ou a comunidade relacionada ao seu curso. Já existe, por exemplo, a comunidade Comunicação Social 2010 – UFV. Nos fóruns tem de tudo: pessoas oferecendo vagas em república; outras, vendendo móveis; sugestões para festas; estudantes de fora combinando carona etc. Basta passar um tempo na rede... e fala a verdade, isso nem é difícil para você! E não pense que é estranho arrumar local para morar pela internet, não conhecer pessoalmente as pessoas que vai conviver por um bom tempo. Isso é o que mais acontece. Outras sugestões e dúvidas a gente resolve pessoalmente, quando se esbarrar pelo campus!

DEU SAUDADE?

Excursões são ótima opção para rever a família Lucas Guerra

Quando se estuda fora da cidade em que se mora, um dos momentos mais esperados pelo estudante é a volta pra casa. Os grandes feriados, oportunidades de rever a família e os amigos, são contados nos dedos. Esse é um momento para esfriar a cabeça, aliviar a tensão e aproveitar a companhia dos pais. Muita gente acha que um motivo para não estudar longe é que as chances de voltar para casa nos fins de semana ou feriados muitas vezes são prejudicadas. Não só pela distância, mas também pelo custo da viagem. Ir e voltar para casa no meio do semestre nem sempre fica barato. Para facilitar a vida dos estudantes que moram longe, os alunos da UFV organizam excursões para as mais variadas cidades. As viagens são organizadas geralmente nos grandes feriados – Semana Santa, Corpus Christi, Edição Especial - Dezembro 2009

e aniversário de Viçosa, por exemplo – e os custos chegam a se reduzir pela metade. A maior parte das excursões sai para cidades de Minas Gerais. Há viagens para o Sul de Minas, Norte, Triângulo, Vale do Aço, BH, Montes Claros. Para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, as excursões são, na maior parte, dedicadas aos grandes centros. como, por exemplo, Campinas, Rio de Janeiro e Vitória. Além da vantagem no preço, as excursões possuem outros benefícios: não é preciso se preocupar com a passagem de volta e os horários para saída geralmente são à noite. Dessa forma, é possível aproveitar mais o dia para voltar à rotina longe da família. Para quem deseja viajar para casa de excursão, nas vésperas dos feriados, os organizadores vendem as passagens no Barzinho do DCE, das segundas às sextas-feiras, no horário entre 12h e 14h.

Lucas Guerra

AS EXCURSÕES acontecem todos os feriados e fins de semana, para váraias cidades

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Mudança radical de vida Por Camila Barros, caloura de comunicação social em 2009

Já era hora de partir. Sair de casa. Adquirir maturidade. A aprovação no vestibular foi recebida com euforia e muito entusiasmo, já que passar dois anos no cursinho não é nada fácil. A vontade de entrar na faculdade era tão grande que não contive a alegria quando vi meu nome na lista dos aprovados. O fato é que conhecia a história de Viçosa, muito mais do que os próprios nativos. A minha vinda foi um pouco conturbada. Vim sozinha na cara e na coragem, pois meus pais não poderiam me acompanhar no momento da matrícula. Ao entrar no ônibus e ver do lado de fora toda minha família, senti que era uma nova fase que estava se iniciando, mas confesso que o medo e a saudade tomaram conta de mim. A concretização de um sonho veio com a realização da matrícula. Quatro dias antes do início das aulas, voltei para Viçosa, desta vez com meus pais. Agora sim, vinha para ficar. Passos desordenados na reta que dá acesso à Universidade. Literalmente tremi de medo. Chegava a hora de conhecer meu novo lar. A despedida da família foi emocionante. Era hora de encarar uma nova fase. Fase de crescimento. Era disso que eu precisava. Hoje, acredito que fiz a escolha certa. E esse é o início de uma história que está só começando...

Rodrigo Castro

Ajuda para quem precisa 4

Estudantes de todo o Brasil, uni-vos! Saiba o que o Movimento Estudantil pode (e deve) fazer por você

Rodrigo Castro

Rodrigo Castro

Do combate ao sistema nazifacista ao apoio da campanha O petróleo é nosso; das lutas contra a ditadura ao movimento Diretas Já. Essa tem sido a história do Movimento Estudantil (ME), que muitas vezes se confunde com a história do próprio Brasil, consolidada pela fundação da União Nacional dos Estudantes – a UNE. O ME está em luta pela melhoria da educação. O militante e participante de um coletivo de estudantes na UFV, Vinícius Fuzeti, explica o Movimento: “ele nasce junto com a educação. Está com outros movimentos de trabalhadores da área, então é o olhar dos estudantes por um ensino que tenha uma formação mais crítica, mais libertadora”. Nas universidades, os Centros e Diretórios Acadêmicos (CAs e

Os estudantes que são aprovados nos cursos de graduação da UFV e não têm como se manter financeiramente em Viçosa podem contar com o auxílio da Instituição, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários. A bolsa-carência compreende dois tipos de ajuda: 1) bolsa-moradia: moradia nos alojamentos; 2) bolsa-atividade: alimentação no Restaurante Universitário (RU) em troca de o aluno desenvolver atividades (com uma carga horária mínima de 10 horas semanais) em algum setor da UFV, nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Aqueles que precisam da assistência devem se inscrever no Ser-

DAs) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) são os principais articuladores do Movimento. De acordo com Fuzeti, além de exigir uma educação de qualidade, o ME deve defender os interesses da classe. “A gente tem as pautas específicas e as pautas gerais. As específicas fazem o estudante se mobilizar; é por exemplo quando o RU entra em greve. Mas tem também as pautas mais gerais, que não são fáceis de visualizar, mas que buscam discutir a educação de uma forma mais ampla”, afirma. O Movimento e você “O ME tem que avançar muito na relação com o calouro, porque quando ele entra na universidade já entra com aquele pensamento de que está entrando na UFV e acabou seus problemas. O Movimento tem a tarefa de tentar desconstruir isso, mostrar que temos problemas. Traz a possibilidade

da pessoa se despertar para outras atividades, projetos de extensão, de pesquisa, grupos culturais”, diz. De acordo com Fuzeti, esse é o principal ponto em que o ME deve avançar, aliando a aproximação com o calouro à quebra de preconceitos aos quais os militantes do Movimento são enquadrados e que, muitas vezes, afastam os recém-chegados de uma participação ativa na universidade. Apesar de ser visto por muitos como enfraquecido, esvaziado de discussões e atividades, o ME continua organizando diversas ações em prol da educação e temas relacionados, buscando uma alternativa ao modelo atual, que exalta a competição acirrada entre os indivíduos. Somente ao se pensar sobre a educação pode-se conseguir resultados efetivos na sociedade. Esta é a principal função do Movimento: pensar, para depois agir.

viço de Bolsas. Antes mesmo de começar as aulas, o calouro pode acessar, no site da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (www.ufv. br/pcd), o link para o Serviço de Bolsas. Nele, estão os documentos que são necessários trazer para comprovar a situação socioeconômica familiar, além do formulário de solicitação. Se o aluno trouxer todos os documentos no dia da matrícula (neste dia, a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários atende no mesmo lugar onde se faz a matrícula), ele terá uma resposta se foi contemplado ou não assim que as aulas começarem.

Edição Especial - Dezembro 2009


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Cursos extras complementam formação Aulas de inglês e francês, além de cursos artísticos, como música, teatro e dança, podem ser feitos na UFV Nayara Souza

CURSO DE TEATRO DA UFV é profissionalizante: em dois anos, o aluno se forma professor

Nayara Luiza

Os cursos paralelos podem ser uma alternativa de baixo custo, oferecida dentro do campus, para os estudantes que desejam diversificar ou complementar sua formação durante a graduação. Cursos de línguas estrangeiras, de informática e culturais diferenciam os profissionais. Na UFV, essas opções podem ser encontradas dentro do próprio campus. O projeto Teatro Solidário é uma alternativa para aqueles que quiserem subir ao palco. O coordenandor do projeto, Luciano Cintra, diz que os alunos que fazem aulas com o grupo “ficam mais desprendidos, além de melhorar a autoestima”. O curso também tem caráter de formação e profissionalização, já que, ao final de dois anos, o aluno pode se tornar professor dessa arte. A aluna de educação infantil, Viviane Darc, declara que está apaixonada pelo curso de teatro. “Quero ser professora. Por isso, a gente tem de estar sempre criando coisas novas, e o teatro é uma forma de fazer isso”. A atividade,

segundo ela, ajuda a perder a timidez, ter desenvoltura para falar em público e auxilia no desenvolvimento da memorização. Outra opção é o curso de inglês e francês que integram um projeto de extensão. O Celin (Curso de Língua Inglesa) e o Celif (Curso de Língua Francesa) são oferecidos aos alunos da comunidade universitária e da cidade. Eles não têm fins lucrativos e, por isso, as mensalidades têm preço muito inferior se comparadas aos cursos convencionais. A estudante de economia doméstica Flávia Cardoso faz inglês no Celin por acreditar que a língua inglesa é importante em seu trabalho, como design de móveis. Uma segunda língua, acredita ela, pode abrir as portas do mercado internacional. Além disso, ela explica as vantagens: “é bem mais barato e fica dentro da própria Universidade. Assim, não tem a necessidade de deslocamento à cidade”. Outra opção é o curso de violão, de viés comunitário, oferecido pelo professor Zé Bóia. Tudo isso faz da UFV um pólo de conhecimento diversificado e difusor de aprendizado .

Grupos religiosos permitem o exercício da fé Monizy Amorim

Muitas pessoas acham que sair de casa para estudar fora é uma oportunidade de ficar livre das pressões familiares. Mas isso não significa que é preciso abrir mão da sua espiritualidade e de suas crenças. Existem vários grupos de jovem ou de oração, tanto dentro da universidade como fora dela. Na universidade, por exemplo, existe o MUR (Ministério Universidades Renovadas), da renovação carismática. Nele, existem grupos de oração, de estudo bíblico e de formação. A estudante de engenharia ambiental Lorena Ferrari afirma que a acolhida diferente no grupo fez com que ela criasse laços com os colegas, apesar de, num primeiro momento, não conhecêEdição Especial - Dezembro 2009

los. Isso possibilitou, segundo a estudante, a sensação de estar em família, mesmo longe de casa. Essa mesma sensação sentiu o calouro de bioquímica Ronni Anderson na ABU (Aliança Bíblica Universitária), grupo protestante que se reúne toda segunda e quinta para discutir a Bíblia. As reuniões são abertas para a participação de pessoas de todas as religiões. Fora da UFV, há ainda o grupo de jovem católico JSC ( Jovens Seguidores de Cristo). Ele existe há 28 anos. Os membros se reúnem todos os sábados, às 17h, no salão paroquial do santuário de Santa Rita de Cássia. O estudante de agronomia Guilherme Mateus conta que fez amigos verdadeiros no JSC e que, apesar do pouco tempo que está no grupo (três meses), “tem se encontrado como

pessoa”. Ele diz ainda que o JSC teve influência para sua permanência em Viçosa, pois foi ali que, segundo ele, encontrou pessoas que dão a certeza de que vão estar ao seu lado nos momentos mais difíceis. Além do JSC, existem outros grupos de jovem, como o UMP (União da Mocidade Presbiteriana), que se reúne todos os sábados, às 19h30, na Igreja Presbiteriana. Matheus Neves participa do grupo desde o início de 2009 e afirma que encontrou na UMP o equilíbrio entre o estudo e a diversão. “Quando não há um lugar assim, a gente fica só estudando e esquece das outras pessoas, de conversar, bater um papo e descansar”, diz. O estudante de direito Bruno de Freitas viu na participação do grupo de jovem da ACEAK (As-

Arquivo JSC Viçosa

REUNIÃO DO JSC com muita animação e trocas de ideias sociação Cristã Espírita Alan Kardec) uma possibilidade de ajudar outras pessoas por meio das ações sociais ali desenvolvidas. Ainda segundo o estudante, o grupo de jovem foi importante para que as referências trazidas de casa fossem mantidas.

Quando se vem estudar em Viçosa, há possibilidades de conciliar as tarefas acadêmicas com momentos de diversão, sem abrir mão das práticas religiosas que são importantes para encontrar amigos, ajudar ao próximo e se sentir bem consigo mesmo.

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Uma horinha no Recanto das Cigarras O local, considerado um dos mais belos do campus, é uma alternativa para estudar e descansar Felipe Pinheiro Diogo Rodrigues

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Rodrigo Castro

RECANTO DAS CIGARRAS chama atenção pela grande área verde, cercada de tranquilidade

Áreas verdes atraem os estudantes Felipe Pinheiro

Se há uma coisa que não falta na UFV é área verde. Por todo lugar, encontram-se gramados extensos, jardins de flores - bem cuidadas -, árvores e arbustos de diversas espécies e tamanhos. Há uma admiração muito grande desses espaços por todos na Universidade. Afinal, quem não gosta de ver um verde para tranquilizar a vista e refrescar o ar? Os diversos gramados espalhados pela Universidade são usados pelas pessoas para ler, estudar, tirar um cochilo, descansar das aulas puxadas, lanchar ou bater um papo com amigos. Dentre os locais favoritos dos universitários, está o gramado que se encontra atrás do Bar do DCE e a popularmente chamada “Praça da Química”. Basicamente, os dois espaços ficam um em frente ao outro. Os estudantes constumam ir ao gramado perto do Bar do DCE principalmente depois do almoço, quando tiram um cochilo ou descansam. Lá é uma das áreas gramadas mais disputadas

Erivam de Oliveira

Muito verde, cheiro de mato, som e companhia dos animais, tranquilidade... Esses são alguns dos motivos pelos quais muitos estudantes procuram o Recanto das Cigarras para descansar, estudar, bater um papo com os amigos nas diversas mesas de concreto espalhadas pelo local ou até mesmo sentados na grama. Longe do estresse, da correria e do barulho da cidade, o Recanto é um ambiente natural e tranquilo. E o melhor... dentro do campus! Apesar de situado dentro da universidade, o Recanto fica afastado das áreas de grande circulação de pessoas. Para chegar lá, é só pegar a rua da entrada do Hotel do CEE, passar pela Tecnologia de Laticínios e pela creche e, depois, seguir direto. Você vai ver que está chegando num lugar diferente assim que avistar a reta de entrada, ornamentada por enormes palmeiras, espalhadas pelos dois lados da rua. O estudante do sexto período de engenharia química, Thales Tavares, diz que o Recanto é uma opção para aqueles que gostam de um local tranquilo para fazer atividades acadêmicas. “Acho importante, porque além de ter um ar diferente do ar da cidade, que é todo poluído, os sons da natureza às vezes dão até uma paz para você estudar”, comenta. Em média, ele frequenta o espaço seis vezes por semana. Os portões ficam abertos não só nos dias de aulas. Nos finais de semana também pode-se visitar o Recanto. Diversas famílias levam as crianças para brincarem na grama macia, correrem no enorme espaço e balançarem na gangorra. Muita gente usa o local como ponto final de uma caminhada ou passeio de bicicleta. E, chegando lá, muitos ainda se aventuram pelas diversas trilhas. Além do uso cotidiano dos alunos, a paisagem harmoniosa faz com que o Recanto receba alguns eventos de formandos e funcionários da UFV. Um bom e famoso exemplo é o churrasco de formatura.

Diogo Rodrigues

Cine Carcará se abre para os calouros

PRAÇA DA QUÍMICA é boa opção para curtir um descanso na Universidade. Já a “Praça de Química” dispõe de suas árvores, que servem sombra aos que buscam um lugar para deitar ou ler um livro. Aluno do décimo período de agronomia, Pedro Traverso fala quais são seus lugares verdes favoritos. “Às vezes, quando não tenho muito tempo, fico ali no gramado em frente ao prédio da química. Quando tenho mais tempo, vou lá para as Três Bandeiras, um lu-

gar que tem uma vista bonita da UFV”. A praça das Três Bandeiras é um local bem alto e afastado. Para chegar lá, você sai do Recanto das Cigarras e segue em frente pela estrada, cercada por vegetação de Mata Atlântica. O ideal é ir de carro ou bicicleta, mas, se você tiver em forma e o tempo estiver bom, compensa ir à pé e admirar a vista que o mirante das Três Bandeiras proporciona.

O Cineclube Carcará é um lugar para quem é fã de cinema ou gosta de assistir a um filme nas horas livres. Localizado no porão do Centro de Vivência, o cineclube exibe filmes durante todo o período letivo, das quintas-feiras aos sábados. Além da programação proposta pelos membros do cineclube, o Carcará é muito utilizado em comemorações especiais, pois organiza mostras temáticas e faz parcerias com diversos movimentos da cidade e dos estudantes. Assim, a UFV estreita laços com a sociedade. Por ano, uma grande mostra de recepção aos calouros é organizada para atrair o público ao cinema. A preferência é por filmes que poucos tiveram chances de assistir. Para a integrante do cineclube, Rayza Fontes, “o atual sistema de produção cinematográfica se aproveita da sétima arte como mais uma forma de lucrar, relegando o papel transformador e inquisidor que o cinema possui”. Segundo ela, um dos maiores objetivos do Cineclube Carcará é fugir do circuito comercial de filmes e apresentar ao público grandes clássicos de diretores já consagrados, como Stanley Kubrick, Lars von Trier, Woody Allen, entre outros. Em 2010, o Carcará preparou uma mostra de duas semanas (as duas primeiras do ano letivo), que contará com intervenções dos cineclubistas antes das sessões. Além disso, outra atração será o Projeto Psicocine, que aborda temas que relacionam a psicologia e o cinema. As atrações são destinadas principalmente aos calouros. Toda a programação pode ser conferida no blog do Cineclube Carcará: www.cinecarcara.blogspot.com. Edição Especial - Dezembro 2009


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No meio do caminho, um Barzinho

Local de encontro dos estudantes da UFV, o Bar do DCE oferece opções para quem quer matar a fome ou o tempo Erivam de Oliveira

Daniel Fernandes

Ponto de encontro para os mais diversos momentos, o Barzinho do DCE é, sem dúvida, um dos locais de lazer mais populares do campus. Curtir uma música depois do almoço, jogar sinuca, pebolim e cartas, conversar, ver jogos de futebol, acompanhar apresentações culturais, manifestações e até mesmo dormir. Essas são apenas algumas das opções que atraem tanta gente para o local. Para os dias mais apertados, quando não dá tempo para comer nos restaurantes da Universidade, a promoção de um salgado e um suco por apenas R$2 também é um atrativo, além do famoso geladinho - ótimo para refrescar o calor das tardes viçosenses. Outra opção para diminuir o calor é a piscina, onde os estudantes podem passar o tempo que quiserem após serem cadastrados. Para o estudante de ciências sociais Mateus Assunção, a localização do barzinho, que fica entre os principais pavilhões de aula - PVA e PVB - gera uma grande interação entre os alunos de todos os cursos. “Eu curto aqui porque é um lugar onde a gente encontra todo mundo, os amigos de outros períodos, outros cursos, além de jogar e conversar”, comenta. O local recebe, frequentemente, apresentações de artistas dos mais variados estilos, como hip-hop e maracatu. “É interessante ver as apresentações, principalmente depois do almoço, quando se está de bobeira. E o mais legal é que sempre tem uma coisa diferente: capoeira, dança, teatro...”, conta Mariana Pessoa Vieira, estudante do sexto período de secretariado executivo trilíngue. O Barzinho do DCE também pode ser útil para os que, como muitos, chegam perdidos em Viçosa. Um mural repleto de anúncios oferece vagas em república, móveis, serviços e tudo que você vai precisar para iniciar a vida em Viçosa. Mais uma das utilidades de um dos locais mais importantes da UFV, que, com certeza, fará parte da história de muitos estudantes. Edição Especial - Dezembro 2009

ALUNOS DE DIVERSOS CURSOS costumam frequentar o Barzinho do DCE, um dos principais pontos de encontro da UFV

Para ser rápido, é necessário pedalar Diego Mendes

Caroline Lomar

Elas estão por aí, em toda a UFV. Têm seus lugares reservados em quase todos os locais do campus, de tão importantes e numerosas que são. Ao atravessar a rua, cuidado com os carros, motos e... as bicicletas! Meio de transporte usado por boa parte dos alunos, a bicicleta faz parte da paisagem da UFV. Há de todos os modelos, desde as antigas Cecis às mais modernas mountain bikes. As magrelas são escolhidas pelos alunos para driblar os dias quentes e auxiliar as constantes idas e vindas à Universidade no mesmo dia. Para os que moram mais longe, é literalmente uma mão na roda. Lucas Alves, estudante do quarto período de engenharia elétrica, conta que quando fica sem bicicleta demora cerca de 20 minutos a mais para chegar às aulas. “Eu moro muito longe

BICICLETÁRIOS espalhados pelo campus abrigam as bikes da UFV, tenho que subir morro. Quando estou sem bike, demoro mais que o dobro pra chegar e fico muito mais cansado”, diz. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores e Bicicletas, há mais bicicletas que carros no país, mas ainda é pequeno o número de pessoas que troca o automóvel pela

bike na hora de se deslocar pela cidade. A Organização Mundial de Saúde estimula o uso da bicicleta para, entre outros benefícios, combater o sedentarismo e reduzir a poluição causada pelos carros. Na UFV, tudo é propício para o uso delas. O campus é completamente asfaltado e existem bicicletários espalhados pelos locais

mais frequentados pelos estudantes, como pavilhões de aulas e Biblioteca, para que elas sejam estacionadas com segurança e não atrapalhem os pedestres. A formanda do curso de bioquímica, Fernanda Faria, conta que anda de bicicleta desde seus tempos de caloura. “Apesar de sempre ter morado perto, acho mais cômodo e até saudável ir de bicicleta. Estou tão acostumada que quando tenho que andar a pé acho tudo muito longe”, diz. O aluno do sexto período de comunicação social, Thiago Araújo lembra outra vantagem das bcicletas. “É mais barato, e eu ainda vou escutando músicas no mp3 e o ritmo delas me motiva a ir para as aulas de manhã. E ainda dá pra curtir o visual da Universidade, que é lindo”, comenta. Thiago aconselha que é melhor andar de luvas, para não machucar as mãos, e usar bancos fixos, para não ter problemas com roubos.

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Diversão é o que não falta pra galera Micaretas, festas sertanejas, shows, bares, andar no campus, o que não falta são alternativas para os estudantes

Lucas Guerra

Maria Clara Corsino

Além de estudar, você também vai querer se divertir. E em Viçosa o que não falta é lugar pra isso. Festas, bares, lanchonetes, restaurantes, shows, cinema, cada um tem um jeitinho especial de sair da mesmice. O estudante de física Diogo Baiero gosta de micaretas, de festas organizadas pelos formandos e de ir ao teatro no Espaço Fernando Sabino, na Universidade. Também vai a bares e gosta de festinhas que acontecem em casa antes de baladas maiores - os famosos “esquentas”. Já as estudantes de educação física e engenharia de agrimensura, Sandra Mendes e Ana Carolina, preferem festas com bebida liberada, principalmente as bem divulgadas. “Se a festa for divulgada com bastante antecedência, cria aquela expectativa e mais gente vai”, diz Ana Carolina, que também curte ir ao cinema, no Shopping Calçadão. Para a aluna de matemática Gabi Nunes, as festas com música sertaneja são as mais badaladas da cidade. Seu colega Frederico Ventura, por outro lado, gosta de ir para os vários bares da cidade. O Bar Leão é o lugar preferido do aluno de economia Armindo João. Ele frequenta o local às quartas e domingos, para assistir aos jogos de futebol. Em Viçosa há também muitos shows, inclusive com artistas de renome nacional. O melhor, para a estudante de zootecnia Roberta Ferreira foi o da banda O Rappa. Também já passaram por aqui, em 2009, João Bosco e Vinícius, Nenhum de Nós, O Teatro Mágico, Hugo Pena e Gabriel, Marcelo D2, Nando Reis e muitos outros. Há quem escolha ficar em casa, lendo um livro ou assistindo a um filme. Andar pela UFV num domingo à tarde, tomar sorvete, sentar no Barzinho DCE ou se reunir e conversar com os amigos. Aliás, Viçosa é um ótimo lugar para se fazer amigos, daqueles com quem se sai para se divertir ou se junta para fazer nada mesmo.

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NAS NOITES DE VIÇOSA, os livros dão lugar a muito papo, azaração e descontração entre estudantes e viçosenses

Arte e cultura dentro do Campus ganado. Sejam exposições artísticas, viQuando somos aprovados sitas a museus dentro do campus, numa universidade, sempre es- apresentações de coral e teatro. cutamos dos familiares que agora Toda semana há algo de interesé hora de estudar. Muitas vezes sante para se fazer, o que contribui não se fala em para aumentar outra coisa: “essua bagagem cultude bastante”, tural e quebrar “me falaram um pouco da que as provas do rotina de festas e seu curso são as estudos. mais difíceis”. Opções cultuNem sempre o rais na UFV não estudante é infaltam. Geralformado sobre as mente, no Cendiversas atividatro de Vivência des culturais que e no Teatro do Galhardo, coordenandora a universidade Sandra DED (Departada Pinacoteca da UFV tem a oferecer. mento de EcoSeus conhecimentos restringem- nomia Doméstica), acontecem se à área acadêmica. Se você é um apresentações de teatro e música, desses que acredita que Viçosa aos fins de semana. vive só de estudos, está muito enPara quem tiver aptidão nas

Lucas Guerra

O estudante tem que aflorar sua criatividade, criar, buscar

áreas culturais, a DAC (Divisão de Assuntos Culturais), oferece curso de teatro. Você pode participar do Conjunto de Sopros, do Coral da UFV ou apresentar seus trabalhos de artes visuais em exposições. Para a coordenadora da Pinacoteca da UFV, Sandra Galhardo, “o estudante tem que deixar aflorar sua criatividade. Tem que criar, buscar. Acima de tudo tem que ter a ideia. E a DAC está aberta para dar todo o apoio”. Os candidatos para o Coral devem passar por uma seleção específica. Para os que desejam integrar o Conjunto de Sopros, não são feitas seleções. É necessário apenas que o aluno tenha conhecimento de leitura de partitura e domínio do instrumento. O único instrumento que não faz parte do Conjunto de Sopros é a flauta

doce. Vale ressaltar que ambas as atividades oferecem bolsa-atividade para os estudantes (consulte box na página 4). Para os que anseiam ingressar nas artes cênicas, todo início de ano são feitos testes para escolha do elenco que irá compor os grupos de teatro. A seleção é feita em dois dias de testes. No primeiro, há uma avaliação em grupo e, no segundo, individual. O coordenador Luciano Cintra conta que não é cobrada mensalidade do aluno, e sim uma pequena contribuição que tem a finalidade de comprar materiais para as aulas. Se você se interessou por alguma dessas atividades, basta, quando estiver em Viçosa, procurar a DAC. Fique ligado no leque de oportunidades artísticas que o campus proporciona. Que atividade cultural você deseja seguir? Edição Especial - Dezembro 2009


esporte

esporte

Interação e mistura em jogo

Prática de esportes nas quadras da UFV unem estudantes, filhos de funcionários e moradores da cidade

Diogo Rodrigues

Daniel Fernandes Diogo Rodrigues

Para quem gosta de praticar esportes nos momentos de lazer, a UFV tem excelentes lugares. A Universidade conta com a imensa estrutura esportiva do Departamento de Educação Física (DES), que possibilita a prática de várias modalidades. E o melhor: tudo isso de graça, aberto ao público. São duas quadras para futsal/ handebol, duas quadras de basquete, quatro quadras para vôlei/ peteca, duas quadras de tênis e uma pista de atletismo. Além de dois campos de futebol, uma piscina e um ginásio, que são utilizados para eventos maiores, como, por exemplo, finais de competições esportivas. Os locais são frequentados tanto por estudantes quanto pela comunidade viçosense. Técnico do laboratório de biologia, José Antônio Cornélio costuma jogar futsal nas quadras do DES todos os fins de semana. Ele destaca a interatividade que acontece ali: “é bem legal, pois unem moradores da cidade, funcionários, filhos de funcionários e estudantes. E é sempre bom fazer um esportezinho para acabar com a barriga”. O estudante de mestrado em engenharia agrícola, Danilo Loureiro, é aluno da UFV desde 2001 e conta que sempre viu essa mistu-

QUADRA do Departamento de Educação Física, onde as amizades se solidificam em torno de um gosto comum, o esporte ra nas quadras da UFV. “Acredito que vem muita gente porque é a melhor quadra pública de Viçosa. Venho aqui todos os domingos e sempre dá um futebolzinho disputado”, comenta. Por falar em disputa, isso é o

que não falta na UFV. No primeiro semestre de cada ano, é realizada a Copa DCE de futsal, um torneio intercursos que envolve cerca de 800 estudantes - sem contar aqueles alunos que dão show na torcida pelas equipes dos amigos.

São 64 times masculinos e 16 femininos, que buscam a integração estudantil por meio do esporte e, claro, o cobiçado título. Também são realizados campeonatos menores, como a Eficopa, a Copa Elétrica e a Copa Veteriná-

ria, além de campeonatos de futebol de campo. Os demais esportes não são jogados a escanteio. Nos Jogos do CCH (Centro de Ciências Humanas), por exemplo, estudantes disputam também partidas de vôlei, basquete e handebol.

Luve permite que estudante continue atleta Diogo Rodrigues

Caso você tenha potencial para a prática de algum esporte, uma boa opção para treiná-lo é a Associação Atlética Acadêmica Luve UFV, um órgão esportivo ligado à Universidade. A cada início de semestre, a Luve promove seletivas para o ingresso de alunos de graduação que queiram treinar algum esporte. As modalidades oferecidas são: atletismo, basquete, ciclismo, futebol, futsal, ginástica artística, handebol, judô, karatê, levantamento de peso, natação, pólo aquático, taEdição Especial - Dezembro 2009

ekwondo, vôlei e xadrez. Atualmente, cerca de 450 alunos da UFV são atletas da Luve. Na opinião da aluna de engenharia civil Nathália Reis, que pratica handebol e judô, conciliar os estudos com o esporte não é fácil, mas, com esforço e organização, dá-se um jeito. “Procuro ter o tempo necessário para estudar. Quando não dá para treinar, converso antes com os técnicos, explicando a situação. Eles são muito compreensíveis e isso ajuda muito”, conta. A Luve participa, anualmente, de competições como o Jimi (Jo-

gos do Interior Mineiro) e o JUMs (Jogos Universitários Mineiros), além de realizar amistosos com equipes de Viçosa e outras cidades de Minas Gerais. O formando Pablo Pereira, que em janeiro de 2010 conclui o curso de Comunicação Social, foi atleta de futsal durante os quatro anos de sua graduação. Para ele, além do prazer em disputar jogos e competições pela Luve, forma-se um forte ciclo de amizade entre os atletas. “Convivendo três vezes por semana nos treinamentos e realizando viagens para os campeonatos, a gente acaba se aproximando e formando

amizades muito fortes, que se estendem para fora de quadra e ajudam no crescimento do time, bem como no entrosamento dentro de quadra”, revela. Nathália Reis diz que as experiências proporcionadas pelas competições dão a ela um auxílio até mesmo para a vida acadêmica. “No meu caso, ajuda a controlar o nervosismo e manter um equilíbrio entre o corpo e a mente, fazendo com que eu tenha o máximo de aproveitamento. Aplico essas experiências até na hora de fazer provas, por exemplo”, comenta.

Ao treinar alguma modalidade na UFV, os estudantes recebem bolsa-alimentação, que dá direito a ter passe-livre no RU (Restaurante Universitário). Como essas bolsas não podem atender a uma demanda de 450 atletas, eles as dividem entre si, de modo que um fica com o passe-livre e outro recebe a metade da bolsa em dinheiro. Pablo Pereira conta que isso é de grande valia para sua vida em Viçosa. “Apesar de ser de um valor baixo se comparado a uma bolsa integral, me auxilia a custear as despesas de casa, como comida e empregada”, afirma.

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moradia moradia

No aconchego do aperto

Nas repúblicas, se vive num espaço pequeno, com pouco dinheiro, mas sobram criatividade e animação Rodrigues Alves

Mayara Barbosa

Quando se pensa em morar fora para estudar, a primeira opção de moradia são as repúblicas. Em casas ou apartamentos, os estudantes se juntam para dividir despesas e se apoiarem na ausência da família. Eles entram como completos estranhos, que se juntam por necessidade. Mas, com o tempo, acabam se tornando uma família. República lembra sempre muita bagunça, muito agito. Ela tem, sim, tudo isso, mas desperta também as responsabilidades que muitos jovens nunca tiveram antes de morar longe dos pais. Comprar e fazer comida, pagar contas, limpar a casa, são algumas delas. A rotatividade nas repúblicas é grande. Os moradores saem por estarem formando, por acharem um lugar melhor ou por divergências de personalidade. A república masculina Capim Limão, que existe há cinco anos, possui nove moradores, que vivem num apartamento com cinco quartos, três banheiros, três televisões e uma geladeira. O estudante de zootecnia, Marcelo Grossi, explica o lado positivo de morar em república: “com esse número de pessoas, você nunca fica sozinho, sempre tem com quem conversar”. Mas nem tudo são flores. “O pior é que às vezes não existe muita privacidade”, afirma. Na Capim Limão, as discussões são em sua maioria por causa de limpeza ou do futebol, ainda mais que os moradores, nesse campo, são rivais: atleticanos versus cruzeirenses. As despesas estão na média das demais repúblicas da cidade. Eles gastam entre R$200 e R$300 mensais, por pessoa. Nesse valor estão incluídos aluguel, luz, condomínio, empregada. No centro da cidade, perto da UFV, os aluguéis são mais altos. A vida em república costuma ser uma ótima experiência. Principalmente em Viçosa, onde você acaba morando com pessoas de vários lugares do país e de outros cursos da Instituição. Surgem

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VERDADEIRAS FAMÍLIAS se formam nas repúblicas, devido ao clima de união e confraternização entre os moradores oportunidades para se conhecer mais gente em reuniões e festas, nas repúblicas ou em outros locais. São sotaques, costumes e culturas diferentes, uma forma de aprendizado diário que se leva para o resto da vida. Antes só... Além das repúblicas, muitos estudantes optam por morar sozinhos. As kitinetes e apartamentos de um quarto são a melhor opção. A vida solitária pode também ser muito boa. Você aprende a resolver problemas por conta própria e tem a maior liberdade do mundo para fazer o que quiser, pois esse espaço é só seu. Mas também existem desvantagens, como explica André Pacheco, estudante de comunicação social: “creio que o lado negativo seja não amadurecer a convivência diária com alguém”.

Endereço: campus da UFV, s/nº Nayara Luiza

Em um grande cômodo, com muitos beliches, formou-se uma nova família. As meninas vieram de lugares diferentes em busca de realizar o sonho da faculdade. Na bagagem, o pouco que deu para carregar além da expectativa e da coragem. Ficaram um tempo ali, no grande galpão, esperando sair a lista do alojamento. Depois de um tempo, a relação com o nome dos beneficiados saiu, causando muita comoção. Enfim, elas poderiam viver em Viçosa. Cada quarto do alojamento tinha quatro vagas. Assim, a “família” que ali

se formou teve de se estender por mais de uma casa. Tornaram-se vizinhas. Hoje, fazem faculdade, realizam sonhos. Esse não é um conto de fadas, mas a história de Viviane Silva, Du Esteves, Janaina Matoso, Darlene Duarte, Laydiane Rosa, Elisangêla Silva, Verônica Santana e de muitos outros estudantes que têm no alojamento a viabilização de seus estudos. As garotas se tratam como família. “A Du é a mãe”, diz Viviane. “A gente se diverte, joga peteca na grama, quando dá tempo, e se reúne para ver filme no domingo”, conta Du. O estudante de física André Persequino aponta as vantagens e desvantagens de viver no alo-

jamento. As primeiras dizem respeito ao custo zero, já que não há taxa para morar no alojamento (veja box na página 4), e à proximidade, por morar dentro do campus. “Você pode ir aqui para qualquer canto na Universidade. Você está em casa” afirma André. Para ele, uma das desvantagens é a difícil convivência. Débora Ribeiro, que também cursa física, concorda. Mas ressalta que as dificuldades podem ser superadas. “Como você mora com pessoas de mesmo nível social, elas ficam mais unidas, pois normalmente passam pelas mesmas dificuldades e alegrias”, diz. Edição Especial - Dezembro 2009


alimentação alimentação Fotos: Diogo Rodrigues

Pague pouco, coma bem

Cidade oferece comida rápida, barata e variada Paula Machado

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU) oferece refeições que respeitam a necessidade nutricional diária do organismo Paula Machado

Para quem se procupa em ter uma alimentação balanceada e não pode pagar muito por ela, a melhor opção é o Restaurante Universitário (RU), localizado dentro da própria UFV. Nele, os estudantes de graduação comem refeições elaboradas por nutricionistas e pagam apenas R$2 por almoço ou jantar e R$1 pelo café da manhã. Segundo os estudantes, sai mais em conta do que comer em casa. O lanche matutino é oferecido das 6h30 às 7h30, durante a semana, e das 7h15 às 8h15, aos sábados e domingos. São servidos leite, café, margarina e mingau e pão francês, pão doce ou torrada. Os sabores do mingau variam de dia para dia. Dependendo da disponibilidade, também são dados um recheio diferente para o pão, como presunto e queijo, além de uma fruta. Durante o almoço, compõem o prato a salada, com dois ou três tipos de verduras e legumes, carne, guarnição, arroz, feijão, sobremesa. O estudante pode servir o suco à vontade, direto das máquinas que foram colocadas no RU em 2009. O horário para almoçar Edição Especial - Dezembro 2009

é de 10h30 às 13h, durante os dias úteis e de 11h às 12h30 nos os finais de semana. Nas refeições de segunda à sexta, os alunos têm outra opção para se alimentar pelo mesmo preço e com a mesma qualidade. O Restaurante Multiuso, localizado também dentro da universidade, próximo ao RU, é preferido pelos vegetarianos, porque a salada e a guarnição são servidas à vontade e

pode-se trocar carne por ovo. A graduanda de arquitetura Marianne Gomes Campos almoça em média cinco vezes por semana num desses restaurantes e diz que compensa muito. “Vale muito a pena pelo preço, pela quantidade de comida e por estar dentro da Universidade, onde eu passo o dia todo. Sem contar que a alimentação é balanceada. O único problema é pegar fila”, conta a

No compasso da garfada: curiosidades do RU Já pensou em um dia se alimentar numa bandeja? Pois é assim que funciona no RU. Uma chapa de metal dividida em vários compartimentos aloca a refeição que você irá comer. Mas não precisa se preocupar... em pouco tempo irá preferi-las aos pratos e fará a pergunta que todos os calouros fazem: “onde eu acho uma dessas para comprar?”

E pensa que bandeja no RU serve apenas para acomodar seu alimento? Torça para não tropeçar nem deixar nada cair no chão, senão escutará uma verdadeira orquestra de metal, muitas vezes sincronizadas e acompanhadas de uns gritos como “calouro burro!” Durante as refeições, a companhia não se restringe apenas a sua galera. Além de muitas vezes se sentar ao lado de pessoas que você não conhece, canarinhos e sabiás corajosos se aventuram em rasantes por sobre o pessoal

No RU existe o famoso cafezinho, que fica ao lado de onde se devolve as bandejas e é servido à vontade. É um bom aperitivo depois do almoço. É tão procurado que gera filas, que são rápidas, diga-se de passagem...

universitária. No horário das 17h30 às 19h dos dias de semana, existe a oportunidade de optar por jantar ou lanchar. No primeiro caso, são oferecidos salada, carne, sopa, arroz, feijão, sobremesa e suco. No lanche, pão francês ou pão doce, margarina, fruta, sopa, doce e suco. Uma das nutricionistas responsáveis pela elaboração dos cardápios, Renata Bittencourt Duarte, diz que o planejamento é feito de acordo com a composição nutricional, os hábitos alimentares, a aceitação dos pratos e os custos. Em média, as três refeições possuem 2.600 kcal, aproximadamente o valor que um homem precisa consumir e 400kcal além do que as garotas necessitam. Ao todo, 106 funcionários e 190 colaboradores trabalham no RU. Estes últimos são estudantes comprovadamente carentes, que oferecem ajuda no serviço, em troca de se alimentarem gratuitamente. Outros universitários que estagiam em alguns setores da UFV recebem a chamada bolsaatividade e também podem comer sem pagar nada nos dois restaurantes do campus (leia mais sobre bolsas na página 4).

Universitários não possuem tempo de sobra, muito menos dinheiro. Para esse público, Viçosa possui restaurantes e lanchonetes que servem comida rápida, saudável, saborosa e barata. As opções variam de acordo com o gosto do freguês, desde sanduíches naturais e salgados, até pratos feitos. Para almoçar, as opções são os restaurantes self-service sem balança, nas proximidades do campus. A comida sai por preços que variam entre R$3,80 e R$5. Um dos mais frequentados pelo pessoal é o DuBom, onde a refeição custa R$3,80 e um copo de refrigerante de 350ml sai a R$0,80. Outro lugar bem cotado é o Bar do Helinho, que serve a autêntica comida mineira, feita em fogão à lenha, por R$4,90. O consumidor pode ainda se tornar “mensalista”, o que traz benefícios. Ele pode pagar mensalmente, com descontos pela fidelidade. O estudante de engenharia florestal, Guilherme de Castro Oliveira, diz que o Bar do Helinho é um dos seus lugares favoritos para comer. “É um local simples, do estilo ‘copo sujo’, o que me agrada muito. Além disso, lá tem uma batata recheada muito gostosa”, conta ele. O local não oferece jantar self-service, mas pode-se pedir pratos feitos, porções, batatas recheadas, sanduíches ou caldos durante a noite - que aliás são uma boa opção durante o inverno. Na hora de lanchar, existem opções em várias padarias e lanchonetes. A graduanda de agronomia, Ana Dária, é vegetariana e relata que um bom lugar para pessoas que não consomem carne é o Brasilca. “No Brasilca tem um sanduíche vegetariano bom e barato [R$2,30]. Também adoro o açaí de lá e não o acho caro comparado a outros lugares [R$2,90 a porção de 200ml]”, disse a futura agrônoma. Também a lanchonete Noa Noa vende lanches naturais, com ou sem carne, no pão de baguete, por um preço que varia entre R$2,50 e R$3,70.

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campi campi

Rodrigues Alves

Rodrigues Alves

Enviado especial a Florestal e Rio Paranaíba

Quando se compara os campi da UFV, logo se vê que muitas das diferenças estão relacionadas à idade. O de Viçosa, apesar de estar enxuto. é um senhor campus de mais de 80 anos de tradição. Os alunos que estudam nele conseguem colher alguns frutos desse tempo. Os outros dois são ainda crianças de três anos (tempo da portaria que cria ambos os campi). Daí resultam as principais dificuldades. Florestal e Rio Paranaíba não têm só topografia e clima diferentes, mas também uma identidade própria. A reportagem do OutrOlhar saiu do campus-sede, pegou a estrada e foi conferir como vivem os estudantes da UFV que não moram em Viçosa. Florestal Os alunos que estudam no campus Florestal podem desfrutar de uma área de aproximadamente 1.500 hectares (ha), sendo que 500 deles são de floresta nativa. O ambiente é considerado tranquilo até demais. Como todo jovem, eles também curtem sair e encontrar os amigos. A falta de opções é uma das reclamações. Tanto é que o estudante de ánalise de sistemas, Romário de Assis, chega a dizer que prefere os dias úteis ao fim de semana. “Tem vez que, quando chega o sábado, a gente já fica na vontade de começar a segunda, para encontrar as pessoas novamente”, conta. Isso porque uma das opções dos alunos é ir para as cidades próximas: Pará de Minas (25km)

além de Viçosa

ENTRADA DO CAMPUS RIO PARANAÍBA, localizada na BR 354, km 310, na região plana do Alto Paranaíba de Minas Gerais ou Belo Horizonte (60km). Mesmo assim, quem opta por ficar em Florestal, também pode escolher o que mais lhe agrada: desde pegar uma balada na discoteca, ir para os botecos com os amigos, frequentar o grupo de jovens da Igreja Católica ou todas as alternativas anteriores. Romário não se queixa de ter deixado a família para poder estudar em Florestal, mas confessa que, às vezes, a saudade aperta. “Trabalho [em projeto de extensão], estudo e moro no mesmo lugar, para mim é excelente. Para compensar a saudade, penso na Rodrigues Alves

TURMA DE GESTÃO AMBIENTAL assiste aula em Florestal

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felicidade dos meus pais lá na frente”. As principais dificuldades, porém, dizem respeito à estrutura física. Eles são rápidos em listar as melhorias que consideram necessárias nos alojamentos, na biblioteca, no restaurante, nos laboratórios. “Somos a UFV, só não temos a mesma estrutura do campus de Viçosa”, resume o aluno de ciências biológicas, Bráulio Marçal. O aluno de gestão tecnológica ambiental, João Lima, que deixou tudo no estado do Rio de Janeiro e resolveu voltar a estudar depois de 22 anos, diz que os novos alunos do campus têm que estar preparados para enfrentar os desafios. O colega de sala de Romário, Marco Aurélio, acredita que essas experiências são uma forma de aprendizagem. “Você sairá daqui um profissional melhor do que aquele que estudou em um lugar onde tinha tudo fácil”, finaliza. Rio Paranaíba O responsável pela segurança em Rio Paranaíba diz conhecer o nome, o período e o curso de cada um dos mais de 600 alunos que estudam no campus. A relação ultrapassa o mero cumprimento formal no início ou fim das aulas. No I Jogos Universitários, em

outubro deste ano, o time formado por ele e ouros servidores (incluindo o diretor do campus, Luciano Baião) enfrentou as equipes formadas pelos alunos. Os estudantes ressaltam a proximidade entre alunos, professores e técnicos como uma das principais vantagens de se estudar em Rio Paranaíba (550km de Viçosa). “Aqui as turmas são menores, você conhece todo mundo e fica bem mais próximo dos professores”, diz a caloura de agronomia, Ana Cecília, de Patos de Minas. Outro ponto positivo é a qualidade do ensino. De acordo com os alunos, a formação dos professores e as aulas práticas favorecem o desenvolvimento dos estudos. “Aqui você vê a teoria olhando para a prática. Vindo da cidade para cá, dentro do ônibus mesmo, você vê o pessoal plantando, colhendo. Depois, na sala de aula, você aprende o que estão aplicando, qual a dosagem”, explica o estudante de agronomia, paulista de São Bernardo do Campo, Leonardo Pedron. Com relação às dificuldades, os alunos esperam que a construção do novo campus, com laboratórios, biblioteca e pavilhão, acabem com os problemas relacionados à infraestrutura.

Rodrigues Alves

ENSINO, em Rio, é elogiado Eles torcem agora para para que o preço do aluguel abaixe. Por mês, as despesas (incluindo aluguel, água e luz) variam de estudante para estudante. O OutrOlhar apurou valores que vão de R$280 a R$800. O calouro de ciências contábeis Marco Antonio Severino explica por que vale a pena deixar a casa dos pais e enfrentar esses desafios: “aqui é preciso aprender a conviver com todo mundo, respeitar os outros, saber ouvir. É um crescimento pessoal que a gente leva para a vida inteira” Edição Especial - Dezembro 2009


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