Janela DE OURO
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Manual para o paciente e cuidador após um AVC
CENTRO DE REFERÊNCIA EM CUIDADOS NEUROLÓGICOS
Você precisa saber disso.....................................................
Como saber se estou tendo um AVC?...............................
Quais os fatores de risco para AVC?.................................
Tratamentos durante um AVC...........................................
A importância da reabilitação precoce............................
A
O
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido de forma abrupta. Isso pode acontecer de duas maneiras: quando um vaso sanguíneo é bloqueado (AVC isquêmico) ou quando ele se rompe (AVC hemorrágico). Sem oxigênio, as células cerebrais começam a morrer rapidamente, o que pode causar danos permanentes ou até ser fatal. Por isso, o AVC é uma emergência médica, e quanto mais cedo for tratado, menores são as chances de complicações graves. Saber identificar um AVC pode salvar vidas! O tempo é crucial: quanto mais rápido o tratamento se inicia, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de sequelas. Tanto o paciente quanto familiares, amigos e cuidadores devem estar atentos aos sinais, pois uma ação rápida pode evitar complicações severas. Após o AVC, iniciar a reabilitação o mais cedo possível é essencial para a recuperação. A reabilitação ajuda na recuperação de movimentos, fala, memória e concentração, além de melhorar a qualidade de vida e a independência. Quanto antes esse processo se inicia, maiores são as chances de o paciente retornar às suas atividades diárias. A reabilitação envolve uma equipe de profissionais que ajudam a prevenir complicações, como fraqueza muscular e rigidez, tornando-a tão importante quanto o tratamento imediato.
O AVC ocorre de forma repentina, e identificar os sinais rapidamente é vital para salvar vidas. No Brasil, o acrônimo
SAMU pode ajudar a lembrar os sinais principais:
Sorriso: Peça para a pessoa sorrir. Observe se um lado do rosto está paralisado ou torto.
Abraço: Peça para a pessoa levantar os dois braços. Veja se há dificuldade ou fraqueza em um dos braços.
Mensagem: Peça para repetir uma frase simples. Observe se a fala está arrastada ou confusa.
Urgente: Se notar qualquer um desses sinais, ligue imediatamente para o SAMU (192).
O QUE FAZER SE SUSPEITAR DE UM AVC?
Se perceber algum desses sinais, aja rápido. Leve a pessoa ao hospital ou chame uma ambulância imediatamente. Além desses sinais, fique atento a outros sintomas, como perda súbita de visão, dificuldade para andar, tontura intensa ou dor de cabeça forte.
OS FATORES DE RISCO PARA AVC SE DIVIDEM EM DUAS CATEGORIAS:
Não Modificáveis: São aqueles que não podemos mudar, como idade, histórico familiar, sexo (homens têm maior risco) e raça (negros estão mais predispostos).
COMO PREVENIR UM AVC?
Modificáveis: São fatores que podemos controlar, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e doenças cardíacas.
A boa notícia é que mais de 80% dos AVCs podem ser evitados com a gestão dos fatores de risco modificáveis!
Alimentação saudável: Comer frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras boas (como azeite) ajuda a controlar a pressão arterial, colesterol e peso.
Exercício regular: Caminhar, correr ou realizar atividades aeróbicas fortalece o coração e ajuda a manter a pressão sob controle.
Controle de doenças crônicas: Tratar e monitorar problemas como hipertensão, diabetes e colesterol elevado é essencial.
Evitar tabaco e álcool: Parar de fumar e beber com moderação reduz significativamente o risco.
EXAMES REGULARES AJUDAM!
Realizar exames periódicos, como monitoramento da pressão arterial, glicemia e colesterol, permite detectar fatores de risco precocemente e agir de forma preventiva.
AVC Isquêmico (mais comum): Ocorre quando há bloqueio de um vaso sanguíneo. O tratamento envolve o uso de medicamentos para dissolver o coágulo e restaurar o fluxo sanguíneo. O tratamento é mais eficaz quando iniciado nas primeiras 4,5 horas.
AVC Hemorrágico: Acontece quando um vaso sanguíneo se rompe, causando sangramento no cérebro. O tratamento visa controlar o sangramento e reduzir a pressão intracraniana. Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia.
Após um AVC, iniciar a reabilitação cedo é fundamental para uma recuperação eficaz. Ela contribui para a recuperação de movimentos, fala e habilidades cognitivas, além de melhorar a qualidade de vida e independência. Quanto mais intensa e precoce for a reabilitação, melhores são os resultados.
Janela de Ouro da Recuperação:
Os primeiros 3 a 6 meses após o AVC são cruciais. Iniciar a reabilitação nas primeiras 24 a 48 horas acelera a recuperação, pois o cérebro está em um estado mais “plástico”, ou seja, capaz de reorganizar suas funções.
O sucesso da recuperação de um AVC é mais eficiente com o suporte de uma equipe multidisciplinar. Profissionais como médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e nutricionistas são essenciais para o progresso do paciente. Esse suporte reduz as chances de sequelas a longo prazo e melhora significativamente a funcionalidade e a independência do paciente.
EXAMES IMPORTANTES PARA PREVENIR OUTRO AVC:
Monitoramento da pressão arterial
Exames de glicemia e colesterol
Exames cardíacos (eletrocardiograma e ecocardiograma)
Exames de imagem cerebral (ressonância magnética e tomografia)
A RECUPERAÇÃO DE UM AVC NÃO É SÓ UM DESAFIO MÉDICO, MAS ENVOLVE TAMBÉM A FAMÍLIA E OS CUIDADORES. O APOIO
EMOCIONAL E FÍSICO DOS FAMILIARES É CRUCIAL PARA MOTIVAR O PACIENTE A SEGUIR O PLANO DE REABILITAÇÃO E ADERIR ÀS RECOMENDAÇÕES MÉDICAS.
Dicas para cuidadores:
Estabeleça uma rotina estruturada.
Incentive os exercícios de reabilitação.
Fique atento a sinais de depressão ou ansiedade no paciente.
Cuide da sua própria saúde mental e física.
Lembre-se: o cuidado é uma jornada compartilhada, e cuidar de si mesmo também faz parte do processo.
Esse manual é uma ferramenta prática e acolhedora para orientar sobre AVC, com um foco em prevenir, reconhecer os sinais e apoiar na recuperação.