in
R E V I S TA Ano 1 - Número 02 - Março 2016
ComunicaFS in Revista é uma publicação da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB). Ano 1 - Número 02 - Março 2016
Diretora da FS/UnB: Maria Fátima de Sousa Vice-diretora da FS/UnB: Karin Eleonora Sávio de Oliveira
tempo de recomeçar
Coordenação Editorial: Ana Valéria M. Mendonça Edição de textos: Ádria Albarado (DRT 439/RR) e Tamires Marinho (DRT 0010212/DF) Edição de imagens: Grasiela de Sousa, Rafael Godoy, Rafael Valentim Layout e diagramação: Grasiela de Sousa, Rafael Godoy, Rafael Valentim Fotos: ComunicaFS, LICoSC Revisão: Ádria Albarado , Ana Valéria M. Mendonça, Tamires Marinho
O ciclo da vida, do qual estão sujeitas todas as criaturas do nosso
Contatos Universidade de Brasília (FS/UnB) Faculdade de Ciências da Saúde Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília - DF, 70910-900 E-mail: comunicafs2014@gmail.com Telefone: (+55 61) 3107-1828
Um dos maiores encantos da nossa Capital é o colorido dos ipês,
Colaboradores Comunica FS Ana Terra João Armando Lucas Felipe Oliveira Michelle Cordeiro Raelma Paz Silva Stella Gomes Ecos Alexandre Soares Ana Paula Paiva Bruno Tiago Santana Camila Pinto da Silva Elizabeth Alves de Jesus Grayce Loren Leonardo Pimenta Lívia Resende Luana Dias Mariela Oliveira Costa Natália Fernandes Raul Ysdyxyam Rianna Moraes Sarah Pâmela Yure Rodrigues
planeta, se expressa livremente na natureza, independente das
intervenções humanas. Como exemplo, conto aqui a história do grande Ipê Rosa do jardim interno da FS/UnB que cedeu lugar a uma pequena muda de Ipê Amarelo.
quando da sua floração, tingem de branco, rosa, amarelo e roxo, os canteiros dos seus eixos e superquadras. Os jardins da FS abrigam
vários ipês com algumas décadas de idade que agora, pela ação do
tempo, começam a abrir espaço para a chegada de novas espécies.
No final de 2015, o Ipê Rosa que durante anos estendeu seu tapete de flores no piso do jardim próximo à entrada da direção da FS, onde os
sabiás e bem-te-vis ciscavam em busca de alimentos, que por tamanha
beleza, era alvo das lentes dos celulares de vários admiradores, tombou pela força do vento durante uma tempestade que anunciava a chegada das chuvas de verão.
Presenciei o momento da sua queda, com um grupo de pessoas
que se abrigava da tempestade na entrada da direção. Uma imagem impressionante como pequena amostra dos caprichos da natureza. Após a retirada dos galhos, tronco e raiz, pela árdua tarefa dos
trabalhadores, o espaço vazio transformou-se no berço de uma nova
muda, que veio com a promessa de ser um Ipê Amarelo. Talvez a cor seja certificada pelos botânicos, mas para o público que circula pelos
corredores em volta do jardim, o mistério permanecerá até que nossa pequena árvore cresça e resolva nos presentear com sua primeira
florada. Saberemos então, qual será a cor do novo tapete de flores
que se estenderá pelo nosso jardim. Portanto, prezados estudantes, professores, técnicos e demais servidores: é tempo de recomeçar! Texto: João Armando Alves Comunica FS
Prezados(as) Discentes, Docentes e Técnicos(as) Administrativos(as), A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o
horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe,
jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.
Eduardo Galeano in: As Palavras Andantes, 2001.
Estamos diante de mais uma
que nos motivam às ditas im-
culdade Promotora da Saú-
nossa Faculdade. Na sema-
caminhos do conhecimento;
ensino emancipador, onde os
Semana de Acolhimento em
na de 07 a 12 de março iniciaremos o primeiro semestre le-
tivo de 2016. Desejamos que seja um semestre envolto de
muitas UTOPIAS, que nos fortaleçam, que nos alimentem, sem medo de seguirmos nossos caminhos, por mais
que pareçam tortuosos. As
aparentes dificuldades não
nos devem intimidar, mas sim nos desafiarem a caminharmos sempre a passos largos,
lembrando que, nas crises, também é possível renovar.
Para estas boas vindas, pedimos licença poética ao escritor latino americano Eduardo
Galeano para, juntos, fazermos o movimento das andan-
ças consideradas possíveis e
possíveis, assim trilhamos os por vezes árido, mas que por certo nos levam ao mais
lindo horizonte: o da liberdade de pensar. Aos
colegas,
técnicos(as)
administrativos(as), não precisamos lembrar o quanto
trabalhamos até o momento, para termos uma ambiência
saudável. Temos trabalhado para que não somente os espaços físicos se renovem mas também para que
as pessoas permaneçam em primeiro lugar, como diria o mestre Amartya Sen.
Os mesmos princípios de
de, há lugar para todos. Um
seres humanos sejam sujeitos de seus próprios destinos. Aos estudantes que nos dei-
xam, mesmo que temporaria-
mente, desejamos sucesso em suas escolhas e cami-
nhos profissionais. Não percam de vista a UTOPIA. Ela
nos alimenta nos desafios do cotidiano.
Aos parceiros internos ou
externos à FS, nosso muito obrigada por seguirem conosco em trajetos tão de-
safiadores à construção de espaços coletivos como os destinados à educação pú-
qualidade e bem viver em blica de qualidade. nossa Faculdade, também se destinam aos nossos colegas
Recebam nossas
docentes e discentes. Na Fa- boas vindas!
Maria Fátima de Sousa e Karin Sávio Diretoras da FS
FS DOS SONHOS ACONTECE NA FS
08
FS PROMOTORA DE SAÚDE
22
SISTEMA SAÚDE ESCOLA
28
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
38
FALA FS
42
MEMÓRIA DA FS
58 62
FS DOS SONHOS
FS/UnB encerra semestre com palestra sobre crise política e manutenção da esperança na democracia FS DOS SONHOS
10
A comunidade acadêmica e tica e recentemente recebeu
é mais educadora que políti-
UnB
sente à vontade em ambien-
ca”, contou, afirmando que se
demais convidados da FS/
o prêmio de direitos humanos
com uma palestra da deputa-
“Dom Paulo Evaristo Arns”, tes educacionais. Em segui-
foram
presenteados
da federal Luiza Erundina na última semana letiva de 2015.
Prêmio de Direitos Humanos
ministrou uma aula sobre política, economia, cidadania,
Sobre o tema “A crise políti- democracia e força popular. ca e sua repercussão nas
Erundina começou sua fala
– que dedicou a vida à polí-
Paulo Freire lhe dizia: “Você
políticas sociais”, a deputada
relembrando o que seu amigo
da, trouxe conceitos e teorias da espiral dialética da história para lembrar que o movimen-
to gera mudanças e, por isso, não se pode desanimar, referindo-se à falta de esperança
11
da população brasileira diante dos escândalos políticos
12
ao neoliberalismo - doutrina que defende a absoluta
e a consequente crise que liberdade de mercado e uma
o aumento da pobreza, da
restrição à intervenção esta-
perdendo ao longo dos anos
vendo esta ocorrer em seto- Erundina compartilhou ain-
posteriores à Constituinte. Vivemos a crise do desalento, do desânimo”, comentou.
A parlamentar ressaltou que
não necessariamente nossos sonhos e metas serão alcan-
tal sobre a economia, só de-
preconceitos que enfrentou
dos países do exterior passaram por diversos problemas e, no Brasil, o presiden-
nha” da crise. “E essa maro-
poder popular. Numa demo-
sentindo as consequências
mas hoje, ele não se exercita”, afirmou. Para Erundina,
a causa dos problemas do Brasil deve-se ao fato de os
cidadãos não saberem do poder que têm. “O projeto hu-
manidade faliu e temos que
reconstruí-lo e essa é uma excelente oportunidade de nos mobilizarmos para exer-
citar o poder popular”, disse. Luiza Erundina relembrou o
surgimento da crise econômica, ocorrido em 2008, no exterior, e que está ligada
violên-
acordo com ela, as finanças
assim num grau mínimo. De
preciso se organizar enquan-
cracia, o poder vem do povo,
cia”, enfatizou.
da
da um pouco de sua traje-
para as gerações futuras. “É sentiu apenas uma “marolito população para exercer o
marginalidade,
res imprescindíveis e ainda
çados no tempo atual, mas te à época, dizia que o País
FS DOS SONHOS
cial, que se expressa com
assola o País. “As conquis-
tas democráticas foram se
1.988
consumo e gera a crise so-
linha se agravou e estamos ao longo dos últimos anos
e, agora, esse sistema não está sequer garantindo o desenvolvimento dos países”.
Conforme a deputada, vários indicadores econômicos
como a inflação, a taxa de desemprego; alta dos juros de modo geral, dentre ou-
tros, têm demonstrado que a economia brasileira não tem
crescido. “Trata-se de uma
crise estrutural que compromete as ações do estado com as políticas sociais, pois reduz a capacidade de
tória política, destacou os
por ser mulher, nordestina e oriunda do movimento po-
pular e de esquerda, prin-
cipalmente na época em que governou São Paulo, à
época uma cidade elitiza-
da e muito preconceituosa.
Ela afirma que o pecado do Partido dos Trabalha-
dores, o qual, juntamente com a diretora Maria Fá-
tima de Sousa e outros idealistas de movimentos
sociais, ajudou a criar, foi não valorizar o movimen-
to popular. Outra questão abordada pela parlamen-
tar, foi a não democratização dos meios de comunicação, para que a sociedade civil organiza-
da pudesse se expressar
de forma mais clara, sem manipulações.
13
14
Ívina Natalino é eleita servidora destaque da FS Dedicada, organizada, foca-
Para ela, ser escolhi-
dar. Essas são algumas das
destaque por seus
da e sempre disposta à aju-
características que fizeram
da como servidora colegas de trabalho
da brasiliense Ívina Natali- foi uma grande surno a servidora destaque da
presa. “Sou uma pes-
Saúde da Universidade de
que gosta de organização.
Faculdade de Ciências da Brasília (FS/UnB). A eleição foi realizada em dezembro
do ano passado com o objetivo de reconhecer e premiar
41 técnico-administrativos do quadro permanente da Fun-
dação Universidade de Brasília (FUB). O edital foi lançado
pelos decanatos de Extensão
(DEX) e de Gestão de Pesso-
FS DOS SONHOS
as (DGP) da UnB.
Mestre em Educação, Bacharel em Tradução e Licenciada
em Língua Inglesa, Ívina tem 31 anos e há quase seis faz
soa prática e objetiva
Sou preocupada com o próximo e sempre estou disposta
ginástica laboral, cursos de
motivou a escolha dos meus
tados pela UnB Idiomas, mas
a ajudar. Acredito que o que colegas foi a minha dedicação ao serviço e aos alunos”.
Ívina acredita que iniciativas
como essa são capazes de
estimular os profissionais em seu ambiente de trabalho, pois reconhecimento sempre é bem vindo e dá dicas
de ações que poderiam ser adotadas pela faculdade ao longo do ano. “As ações de-
parte da equipe da secreta- veriam ser periódicas, envolria de graduação do curso de Farmácia.
vendo todos os servidores, como por exemplo: oferta de
idiomas, não só aqueles ofercom horários mais flexíveis”.
Os servidores destaques eleitos foram homenageados em cerimônia realizada no Cen-
tro de Convenções Athos Bulcão no dia 18 de dezembro de 2015 durante a tradicional festa de confraternização de fim de ano da UnB.
Confira aqui a lista com os nomes dos servidores destaques eleitos em 2015.
http://www.unb.br/noticias/downloads/ato_reitoria_1617-15.pdf
15
16
17 Se nas comunidades, as suas
risco de intervir de forma de-
serem colhidos hoje e no futu-
amarelinhas, carrinhos de roli-
alizou. É na intimidade da co-
a oportunidade para agradecer
cantigas de roda, queimadas, mã, pipas: com ou sem cerol,
balões de papel de seda, peladas na ladeira de paralelepí-
pedos, conversas na calçada, mergulhos nos igarapés e brin-
cadeiras na enxurrada... os significados dessas interações
O que faz a comunicação na faculdade de saúde?
produzem trocas de saberes populares que promovem saú-
de e bem estar, por qual razão a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de
Brasília (FS/UnB), não se abriria para a comunicação? Se a
Academia pretende compreen-
der a realidade das pessoas e atribuir conceitos e práticas que
contribuam com a manutenção da vida e desenvolvimento da cidadania, o Comunica FS
tem, entre seus propósitos, a pretensão de promover a troca de experiências e saberes
para colaborar, de fato, com a
realidade onde todas as pessoas estejam representadas nas suas mais diversas dimensões, lugares de fala e de atuação na sociedade. A saúde?
FS DOS SONHOS
Sim. É pela saúde do corpo e da mente que a realização da
vida plena possibilita uma jornada entrópica entre o conce-
sastrosa no que a natureza remunicação que a verdade se torna possível e carregada de humanidade pelo desenho dos seus signos.
Há um ano, a Direção da FS/ UnB, implantava o mais novo
setor da Faculdade, com uma equipe de estudantes e bolsis-
tas em uma sala de referência, que busca, por meio de ações
estratégicas de comunicação, artes e organização de eventos, levar informações e pro-
mover a saúde de estudantes, professores,
colaboradores,
comunidade e parceiros da FS/UnB.
Em tão pouco tempo, uma equipe reduzida, com estrutura singela, trouxe histórias de
pessoas que construíram a UnB e a Faculdade, disponibili-
zou apoio no registro de even-
tos e atividades de ensino, pesquisa e extensão, disseminou informações sobre saúde no circuito interno de tv, mesas de estudo e casinhas do proje-
to Plante um livro no Jardim da FS e muito mais, relacionado à
comunicação científica, social
e para o planejamento permanente da faculdade.
ber, nascer, viver e morrer. A O empenho da equipe formaciência, antes de transformar
da por estudantes, colabora-
timamente para não correr o
da FS/UnB tem gerado frutos a
o meio, precisa conhecê-lo in-
dores externos e professores
ro. Desse modo, aproveitamos o apoio e a colaboração dos
departamentos, programas de pós-graduação,
coordenado-
res de projetos e laboratórios,
estudantes, dentre outros atores da FS que têm contribuído
com nossas ações nos enviando pautas e solicitações
de cobertura de eventos. E ainda, aos parceiros do Labo-
ratório de Educação, Informação e Comunicação em Saúde
(Ecos), do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (Nesp/UnB)
e do Sistema Saúde Escola das FS e FM/UnB.
Nossos canais são o portal
fs.unb.br, nossa fanpage no Facebook, “ComunicaFS”, e o email comunicafs2014@gmail.
com. Semanalmente são milhares de acessos, visualiza-
ções e compartilhamentos de notícias. A coordenadora do
ComunicaFS, professora Ana Valéria Machado Mendonça,
do Departamento de Saúde Coletiva, costuma dizer que “o céu é o limite”, por isso, convi-
damos a todos a colaborarem com nossas ações. Conheça nossos canais e atividades! Compartilhe-as e faça parte desse movimento.
Equipe ComunicaFS
18
A Faculdade de ciências da saúde inaugura um novo espaço de convivência. conheça como foi pensado o
reconstruir a cantina foi desativada para dar lugar ao espaço coletivo cora coralina.
etapa1:
reformar
FS DOS SONHOS
nesta estapa, contamos com a dedicada colaboração do prefeito da FS, pedro ferreira.
etapa 2:
etapa 3:
pintar Cora coralina além de poetisa foi doceira. natália junq deixou nosso espaço mais doce com seu talento.
19
20
21
decorar nessa etapa contamos com a ajuda de alunos e professores, com seu tempo, dedicação e doação de mobília.
etapa 4:
sensibilizar
etapa 5:
as regras de convivência do espaço foram transformadas em poemas com a ação pedagógica e humanizada dos alunos Raul ferreira e leonardo pimenta, ambos do curso de gestão em saúde coletiva.
FS DOS SONHOS
desfrutar aproveitem o espaço e cuidem dele como se fosse sua casa. o espaço será inaugurado dia 08/03 e seu horário de funcionamento é das 7h às 21h30.
etapa 6:
ACONTECE NA FS
As Conferências de Saúde se
iniciaram há 70 anos, cum-
24
prindo o disposto no parágra-
uma dessas pessoas. Ela foi membro da Coordenação da Relatoria da XV CNS. Para
fo único do artigo 90 da Lei ela, que há algum tempo tran.º 378, de 13 de janeiro de balha em relatorias de even1937. A obrigatoriedade da
tos sobre saúde, inclusive
tida, em 1990, quando a Lei
na relatoria da Conferência
realização das CNS foi man-
n.º 8.142 as consagrou como
instâncias colegiadas de representantes dos vários seg-
Professores e estudantes da FS participam da coordenação da relatoria da XV Conferência Nacional de Saúde “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro” cuidar bem das pes-
soas: Direito do Povo
Brasileiro”, foi realizada, em dezembro de 2015,
Direito à saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade;
ACONTECE NA FS
em Brasília-DF, a XV Conferência
Nacional
de Saúde (XV CNS), o maior evento democrá-
Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde;
Financiamento do SUS e Relação Público-Privado;
Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS;
tico e de controle social da saúde no Brasil. Oito
eixos
orientaram
o
temáticos evento:
Informação, Educação e Política de Comunicação do SUS;
Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde.
histórica.
“Tenho
um carinho bem grande pelo
palmente os professores que participaram do Movimento
da Reforma Sanitária e cola-
boraram com a construção do Sistema. “Temos o dever de
continuar a reforma iniciada
pelos nossos mestres para que ela seja realmente efetiva. “Pensar o SUS e fazer
Pensar o SUS e fazer com que ele continue existindo é uma das maiores contribuições que podemos dar à saúde da população brasileira
de saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional.
Também foi a partir dessa lei
que ficou estabelecida uma
periodicidade de quatro anos para a realização do evento e
este deve, necessariamente,
processo democrático que a
com que ele continue existin-
movimentos sociais organiza-
a minha primeira Conferência
buições que podemos dar à
contar com a participação dos
dos, das entidades ligadas à
Conferência é. Além disso, foi estando formada como sani-
área da Saúde, dos gestores tarista e onde estive, primeie dos prestadores de servi-
ramente, como defensora do
Tradicionalmente a academia
mas também uma satis-
ços de saúde.
SUS, então foi um desafio, fação muito grande”, afirma.
ria, ou seja, o registro escrito Para em que constam as decisões, diretrizes e estratégias para
Reformas Democráticas e Populares do Estado;
vivência
para a formulação da política
das responsáveis pela relato-
Participação Social;
foi um grande desafio e uma
defesa e amor ao SUS, princi-
de avaliar e propor diretrizes
participa das CNS e é uma
Com o tema “Saúde Pública de qualidade para
mentos sociais, com a missão
como coordenadora, atuar
contribuindo com a visão de
Elizabeth
a contribuição de estudan-
as áreas de atuação da saú- tes e profesde e que deverá guiar gesto-
sores com
tes da área da saúde pelos
e
res, profissionais e estudan-
a
relatoria
a
CNS
próximos quatro anos. Diver- vem, inicialsos professores e estudantes mente,
da FS/UnB participaram do posição evento ocorrido em 2015.
usuários,
da
de
mas
A mestranda do PPGSC da ela entende que
FS/UnB, Elizabeth Alves, foi a academia vai além,
do é uma das maiores contrisaúde da população brasileira”, afirma.
25
Novo Núcleo da Nutrição é inaugurado no prédio da Medicina Tropical!
26
Samu-DF comemora dez ANOS de implantação no DF com realização deJornada Científica na FS/UnB O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Fe-
deral (Samu-DF) comemorou dez anos de implantação no
DF com a realização da II Jornada Científica. O evento foi promovido pelo Samu-DF com
ções de atendimento pré-hos-
e, principalmente a criação do
em Urgências (NEU/SAMU-
pensada
Para ele, trata-se de um nú-
apoio do Núcleo de Educação
-DF) e da Liga Acadêmica de
Enfermagem em Trauma e Emergência da Faculdade de Ciências da Saúde da Univer-
sidade de Brasília (Laete-FS/
UnB), sob o tema: “Dez anos Após reforma e ampliação do
O evento contou com a pre-
localizado em frente a entra-
do departamento de Nutrição
prédio da medicina tropical, da principal da Faculdade de Ciências da Saúde da Univer-
sidade de Brasília (FS/UnB), foi inaugurado no dia 06 de
ACONTECE NA FS
novembro de 2015, o novo Núcleo da Nutrição, obra des-
tinada aos laboratórios de nutrição da FS/UnB.
O espaço foi denominado José Garrofe Dórea em ho-
menagem ao professor emérito da FS/UnB.
sença da professora titular Tereza Helena Macedo da
Costa, da diretora da FS Maria Fátima de Sousa, profes-
sores, estudantes, técnicos administrativos, entre outros convidados.
Samu-DF: Desafios emergentes no Atendimento Pré-Hospitalar”. A atividade contou com uma programação repleta de
palestras, oficinas e simula-
pitalar (APH) especialmente para
profissionais
de saúde interessados, bem como para estudantes da área.
Foram mais de 400 pré-inscri-
tos interessados em participar das atividades. O auditório 3
da FS/UnB precisou de reforço para comportar os participantes.
O coordenador do Samu-DF,
Rodrigo Caselli, enfatizou a in-
tegração do ensino e o serviço
serviço de pesquisa no Samu.
cleo de extrema importância para o adequado desenvolvi-
mento e melhoria dos serviços de atendimento pré-hospitalar
(APH). Rodrigo, que foi estudante da UnB e estava há dez anos à frente da coordenação
do Samu-DF, revelou que o evento tinha um significado especial por, provavelmente ser um dos últimos em que ele
participou ocupando a função. Por motivos pessoais ele deixou
o cargo. Antes, porém, agrade-
ceu as professoras Margarete Lino e Luciana Bampi, do De-
partamento de Enfermagem da
Confira abaixo o vídeo produzido pela equipe do ComunicaFS durante a solenidade. https://www.youtube.com/watch?v=VSRKF6Jb824
FS e coordenadoras da Laete, por oportunizarem, por meio dos
trabalhos e das ações da Liga, a
integração da teoria e da prática no Samu.
27
28
29
SEMANA DE ACOLHIMENTO TEMPO DE RENOVAÇÃO 7 a 11 de março de 2016
07/03 SEGUNDA
08/03 TERÇA
Exposição dialogada
FS PROMOTORA DE SAÚDE
8h às 12h
Acolhimento individual dos cursos Local: Procurar departamentos dos cursos
Desafios contemporâneos da educação no Brasil e a arte de educar Palestrantes - Saraiva Felipe (deputado federal PMDB Minas Gerais e presidente da Comissão de Educação da Câmara) - Luiz Cláudio ( secretário executivo do Ministério da Educação) - Maria Rebeca Otero Gomes ( coordenadora do Setor de Educação - Unesco/Brasil ) Local: Auditório 3 Inaugurações - Espaço Coletivo Cora Coralina - Sala de leitura Dona Marly - Sala de Webconferência Giovanni Berliguer Local: FS/UnB
09/03
10/03
QUARTA
QUINTA
Minicurso de Pesquisa Qualitativa em Saúde
Minicurso de Pesquisa Qualitativa em Saúde
- Maria cecilia Cecíliade desouza SouzaMinayo, Minayo coordenadora ( coordenadoracientifcia científicado do Centro Centro Latino-Americano de Latino-Americano de Estudos Estudo de Violência e Saúde de Violência e Saúde ) Jorge - JorgeCareli Careli(CLAVES)/ (CLAVES)/Fiocruz Fiocruz ee Editora Cientifica da Revista Editora Científica da Revista Ciência Saúde Coletiva da Ciênciase&&Saúde ABRASCO Coletiva da ABRASCO
Local: Sala de reuniões interna da direção da FS Pedido de inscrição: comsaude@unb.br
Curso de Extensão Uso racional de medicamentos Local: Auditório 3
Cecília de de souza SouzaMinayo, Minayo - Maria cecilia ( coordenadoracientifcia científicado do Centro coordenadora Centro Latino-Americano de Latino-Americano de Estudos Estudo de Violência de Violência e Saúdee)Saúde Jorge - JorgeCareli Careli(CLAVES)/ (CLAVES)/Fiocruz Fiocruz e Editora Cientifica da Revista e Editora Científica da Revista Ciência Saúde Coletiva da Ciênciase&&Saúde ABRASCO Coletiva da ABRASCO Local: Sala de reuniões interna da direção da FS Pedido de inscrição: comsaude@unb.br
11/03 SEXTA Minicurso de Extensão Cadastrando projetos no Interfoco/SIEX Local: Sala de reuniões externa da direção da FS/UnB Para professores (30 vagas) Pedido de inscrição: pmedeirossouza@uol.com.br
30
31
07/03 SEGUNDA
14h às 18h
Acolhimento individual dos cursos Local: Procurar departamentos dos cursos Curso de Extensão Uso racional de medicamentos Local: Auditório 3
08/03 TERÇA
Mesa: Um mosquisto não é mais que um país inteiro: A FS na campanha do #ZikaZero Convidados - Pedro Tauil, Medicina Tropical; - Tiago Coelho (subsecretário de Vigilância em Saúde) - Kelly Grace Magalhães (Instituto Biologia e Rede Vírus Zika) - Daphne Rattner (presidente Rehuna e membro do grupo SOS emergência da Rede Zika do MS) Local: Auditório 1 Sarau da Saúde Apresentação de um talento de cada curso da FS Local: Auditório 1
09/03 QUARTA Minicurso de Pesquisa Qualitativa em Saúde - Maria Cecília de Souza Minayo ( coordenadora científica do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde ) - Jorge Careli (CLAVES)/ Fiocruz e Editora Científica da Revista Ciências & Saúde Coletiva da ABRASCO
10/03 QUINTA
11/03 SEXTA
Curso de Extensão Uso racional de medicamentos Local: Auditório 3
Local: Sala de reuniões interna da direção da FS Pedido de inscrição: comsaude@unb.br
Curso de Extensão Uso racional de medicamentos Local: Auditório 3
18h às 21h Boas vindas da direção
FS PROMOTORA DE SAÚDE
- Maria Fátima de Sousa (direção) - professores; - Chefes de departamento - Coordenadores de curso - Coordenadores do Centeias e Comunica FS - Colegiado de Extensão e Sistema Saúde Escola - Professores Adriano Lima , Dais Rocha, Glória Lima e Valéria Mendonça Local: Auditório 3
Comunicação para a Saúde Profa. PhD. Lise Renaud (ComSanté/UQAM - Montreal) Local: Auditório 3
Lançamento do Documentário Dr. Adib Jatene Um especialista em gente ( (in in memoriam) memorian) Local: Auditório 3
Mobilização da Subsecretaria de Vigilância em Saúde do DF e FS/UnB contra o aedes PARTICIPE! Data: Sábado, 12/03 - 8h às 12h Local: FS/UnB COMUNICA
Festa dos CA’s Calourada da FS Local: em breve
FS PROMOTORA DE SAÚDE
fs em números: combate à dengue, zika e chikungunya
34
35
Em 45 dias um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas. Se tivéssemos apenas um mosquito para cada pneu, seriam 30.000 mil pessoas contaminadas.
A faculdade aposta na reciclagem de pneus com a fabricação de puffs e jardineiras.
Pense sobre isso!!
FS PROMOTORA DE SAÚDE
Uma fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida.
Você sabia que um pneu velho esquecido no quintal pode servir como criatório para o aedes aegypti, o mosquito que transmite doenças como a dengue, chikungunya e a zika?
Já foram reciclados mais de 100 pneus das ruas, que se tornaram em 50 puffs
36
37
ponto de encontro Ponto de Encontro Comunitário é instalado na FS
Com o objetivo de estimular
dro Ferreira Carvalho Neto
enfim conseguimos.
que contribuam para o fortale-
espaço onde os servidores
este é o primeiro PEC insta-
o desenvolvimento de ações
cimento de uma universidade
promotora de saúde, a Faculdade de Ciências da Saúde
da Universidade de Brasília
(FS/UnB) abre o ano de 2016
FS PROMOTORA DE SAÚDE
com diversas novidades, en-
tre elas, a instalação de um
Ponto de Encontro Comunitário (PEC) dentro da UnB.
A iniciativa é da direção da
FS em parceira com a Nova-
cap, responsável pela insta-
lação dos equipamentos sem nenhum custo para a univer-
sidade. O prefeito da FS, Pe-
afirma que o desejo de ter um pudessem praticar exercícios
é uma demanda antiga, mas só agora pode ser concretizada. “Sempre nos preocu-
pamos com a qualidade de
vida do servidor. Como eu sou servidor, a gente sempre
tem essa discussão no sindi-
De acordo com o prefeito, lado na UnB e a proposta é
trazer mais qualidade de vida para os servidores, técnicos administrativos, estudantes, professores e toda a comuni-
dade. “Essa vai ser a primei-
ra academia implantada na UnB. Aqui só tem um centro
cato e trouxemos isso para olímpico, mas não tem neos técnicos e com o apoio da nhuma academia assim, em professora Fátima, que está
nenhum campo. Espero que
com as ações que proporcio-
deste espaço, pois estamos
sempre disposta a colaborar
nem uma melhor qualidade
de vida para a comunidade,
as pessoas façam bom uso criando esse ambiente especialmente para elas”.
SISTEMA SAÚDE ESCOLA
SISTEMA SAÚDE ESCOLA
formatado. O professor afir-
Professor Carlo Zanetti assume Superintendência da Regional Leste de Saúde
40
ma que não hesitou em acei-
tar o cargo, pois percebeu
o momento histórico para o
DF, tal como foi o início dos anos 90 para todo o SUS no
Brasil. “O que percebo é uma
oportunidade histórica, um
processo em construção, que não está dado, nem definido.
Acredito, como Poulantzas, que ‘estado é condensação
Com pouco mais de um mês
frente à Superintendência e muitos anos de trabalho na
região como professor, Carlo Zanetti consegue identi-
ficar o que ele aponta como o maior desafio: a constru-
safio. Existe muita inteligência e quadro, entretanto, não
há participação institucional”, afirma o novo gestor.
Ao ser questionado sobre
como enfrentar essa situa-
numa instituição que não tem
que como sanitarista posso
“Criar um ambiente em que
processo de descentralização
uma cultura de participação.
o que fizermos agora contri-
dos esconderijos e das som-
para o futuro processo de
gestão vertical, estruturada
descentralização da gestão
pessoas. Esse é o maior de-
ção política desse processo ção, ele ressalta: “Acredito
material de forças’. Ou seja, a inteligência existente saia buirá, para melhor ou pior,
que acaba afugentando as
bras - decorrência de uma
exclusivamente em chefias,
contribuir com o sentido do e assim consigamos escrever uma história de sucesso, de
um SUS mais participativo, com uma gestão mais aberta e democrática”.
Carlo Zanetti, professor do
se aproxima, é
Atores estratégicos do SSE vão participar de colegiado da Superintendência
logia da FS/UnB, assumiu,
taria
Desde a reestruturação da
expandem os cenários.
dente comenta que pretende
passou a ter sete superinten-
dessa mudança é a amplia-
chefias, para uma gestão de
Departamento
de
Odonto-
de uma secremunicipal
em meados de janeiro, a Su- de saúde. Entreperintendência da Regional
tanto, um muni-
Federal. Essa nova instância
jurídico
Leste de Saúde do Distrito de administração faz parte da
SISTEMA SAÚDE ESCOLA
da secretaria”, diz.
reestruturação da Secretaria
de Saúde do DF e, segundo
cípio é um ente
início do Sistema Único de
Saúde (SUS). “A analogia
imperfeita, porém, que mais
denações regionais de saúde. Uma delas é a Superinten-
federação. A su-
dência Leste, composta pelas
perintendência autonomia
relativa não terá a autonomia
tão da pasta, semelhante completa de um município”. ao ocorrido nos anos 90, no
dências e não mais 15 coor-
próprio
e autônomo da
o professor, é um processo com de descentralização da ges-
SES-DF, o Distrito Federal
Ele revela ainda que a in-
tenção da SES é, ao longo deste ano, ir aumentando o
grau de autonomia das su-
perintendências
para
que,
em 2017/2018, elas possam
fazer uma gestão local mais efetiva, inclusive com descentralização
de
recursos
financeiros. Ainda segundo
Zanetti, isso tudo está sendo
regiões do Paranoá, Itapoã,
Para Zanetti, a vantagem ção dos cenários de práticas.
mudar a gestão baseada em base colegiada, mas não na
Agora, a área de atuação será lógica colegiada vigente na toda a região da superinten-
UnB, a qual pressupõe can-
que inclui desde equipes de
dos colegiados, juntamente
dência, um extenso território
didaturas. O SSE participará
Jardim Botânico, Mangueiral, saúde da família (ESFs) urba- com o controle social. “DesSão Sebastião, Complexo da
nas e rurais, centros de saú-
sa forma, teremos mais par-
ranoá e o Itapoã eram as áre- pronto atendimento (UPAs),
discussão mais qualificada.
Papuda e a região rural. O Pa-
de tradicionais, unidades de
as de atuação prioritariamente
casas de parto e hospital.
UnB. Com a reestruturação,
ceria do SSE, o superinten-
disponibilizadas pela SES à
Quanto à participação e par-
ticipação e garantiremos uma
Tudo isso está em franca construção”, explica.
41
ENSINO, PESQUISA E EXTENSﾃグ
44
45
Mostra de Estágios da FS oportuniza encontros sobre o campo de práticas em saúde Em sua segunda edição, a
As duas edições realizadas
em uma das Mostras.
UnB já demonstrou que é
fessores, preceptores, esta-
Departamento de Enferma-
Mostra de Estágios da FS/ uma excelente forma de dar
visibilidade aos produtos e
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
trabalhos
realizados
pelos
estudantes dos estágios dos
da atividade reuniram progiários e estudantes de toda a FS e serviços de saúde do Distrito Federal e a iniciativa
tem agradado a todos. “Essa
cursos de Enfermagem, Far- integração é superimportante mácia, Nutrição, Odontologia
e acredito que os alunos e a
dade. Idealizada pela Comis-
zem grandes contribuições
e Saúde Coletiva da Facul-
são de Estágios da FS/UnB,
em média, a Mostra tem, entre pôsteres e comunicações orais, 70 trabalhos apresentados em cada uma das edições.
Universidade no serviço tratanto para os profissionais quanto para os estudantes e
usuários do SUS”, disse Telma Freitas, pediatra da Re-
gional de Saúde do Paranoá,
Leides Moura, professora do
gem da FS, também ressaltou a integração ensino-ser-
viço. “O território apresentou suas demandas e os alunos
foram os captadores de sonhos e expectativas, além de
decifrar problemas. O que ficou muito claro foi a integra-
ção. Estamos em processo e
tunidade de observar as
estágios. Pudemos observar
um do outro e esse espaço
O estudante Rafael Mota,
interdisciplinar. “Foi uma es-
ta forma, tem uma interface
oportunidade de fazer esse
avançando para ela”, afirmou. do Departamento de Saúde Coletiva, destacou a opor-
interfaces para o trabalho
tratégia importante socializar
os trabalhos realizados nos
que muitos trabalhos, de cercomum, mas estavam sen-
[Mostra de Estágios] nos deu
link, e esse foi o marco mais
do feitos sem conhecimento importante da Mostra”.
46
47
em defesa da arte e cultura
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Tiago botelho é o artista plástico criador do painel “atreva-te a ser humano”, exposto na sala de defesa da pós- graduação.
48
49
Anacaona
Betinho
Cacica da ilha do Aity, atual Haiti, foi uma das primeiras
Herbert José de Souza, mais conhecido como Betinho, foi um
(1474-1503)
lideranças indígenas das Américas a combater a ocupação
sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro. Seu traba-
violenta dos colonizadores, sendo capturada e morta em um
lho mais importante foi o projeto da Ação da Cidadania Contra a
emboscada.
arrecadar mantimentos em favor dos pobres e excluídos.
banquete oferecido em sua homenagem que se revelou uma
Anísio Teixeira
Fome, a Miséria e pela Vida. Mobilizou várias campanhas para
Carlos Drummond
(1900-1971)
(1902-1987)
Foi um importante teórico da educação no Brasil. Foi o prin-
Carlos Drummond de Andrade foi poeta brasileiro. “No meio
educação brasileira no século XX. Fez parte do movimento
caminho”. Este é um trecho de uma das poesias de Drum-
cipal idealizador das grandes mudanças que ocorreram na de renovação do ensino chamado de Escola Nova.
do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do mond, que marcou o 2º Tempo do Modernismo no Brasil. Foi um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
Aracy Moebius de Carvalho
Chico Mendes
Aracy Moebius de Carvalho foi uma poliglota brasileira que
Foi um líder seringueiro, sindicalista e ativista ambiental
(1908-2011)
prestou serviços ao Itamaraty, tornando-se a segunda espo-
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
(1935-1997)
sa do escritor João Guimarães Rosa. Aracy também é co-
nhecida por ter seu nome escrito no Jardim dos Justos entre
as Nações, no Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Israel, por ter ajudado muitos judeus a entrarem ilegalmente no
Brasil durante o governo de Getúlio Vargas. A homenagem
foi prestada em 8 de julho de 1982, ocasião em que tam-
bém foi homenageado o embaixador Luiz Martins de Souza
Dantas. Ela é uma das pessoas homenageadas também no
Museu do Holocausto de Washington (EUA). É conhecida
pela alcunha de O Anjo de Hamburgo.
(1944-1988)
brasileiro. Lutou pela preservação da Floresta Amazônica e
suas seringueiras nativas. Recebeu da ONU o Prêmio Global
de Preservação Ambiental.
Florence Nightingale
50
Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
Foi compositora, pianista e regente brasileira. Primeira mulher a
reger uma orquestra no Brasil. Desde criança mostrou interesse pela música. Dedicou-se ao piano e compôs valsas e polcas.
(1820-1910)
Como enfermeira sua obra foi revolucionária e muito avançada
para sua época, de tal modo que teve um impacto na questão do meio ambiente, na saúde, na utilização da estatística e na
reorganização dos serviços da saúde. Até nos dias de hoje sua
influência se faz presente.
Separada do marido, dava aulas de piano e apresentava-se
com o conjunto Choro Carioca em festas domésticas, tocando piano. Seu primeiro sucesso, com 29 anos, foi a composição “Atraente”, um animado choro. Se dedicou a musicar peças
para o Teatro de Revista, sofrendo preconceitos, mas finalmen-
te inicia sua carreira de maestrina com a revista “A corte na
roça”. Sua música faz grande sucesso e recebe vários convites
de trabalho. Sua carreira ganha prestígio com a marcha-rancho
“Ó abre alas” feita para o carnaval de 1899.
Henrietta Lacks (1920-1950)
HeLa é a sigla de uma linhagem celular bem conhecida de
pesquisadores das ciências biológicas e médicas. No entanto, poucos sabem a origem da sigla e, tão pouco, a história de Henrietta Lacks, uma mulher negra que viveu entre os
Dandara
anos de 1920 e 1950, nos Estados Unidos, da qual foram
extraídas células cancerosas que originaram a primeira li-
( ? - 1694)
nhagem imortal de células humanas. O impacto de tal faça-
Guerreira do período colonial do Brasil, Dandara foi esposa
embora a família de Lacks tivesse vivido um enorme silêncio
de Zumbi, líder daquele que foi o maior quilombo das Américas: o Quilombo dos Palmares. Com ele, Dandara teve três
nha na ciência médica moderna foi profundo e vasto, muito (e falta de informação) sobre sua importante contribuição.
filhos: Motumbo, Harmódio e Aristogíton. Valente, ela foi uma das lideranças femininas negras que lutou contra o sistema
escravocrata do século XVII e auxiliou Zumbi quanto às es-
tratégias e planos de ataque e defesa da quilombo. Relatos
dão conta de que a vida de Dandara teve fim em fevereiro de 1694. Ela teria se jogado de uma pedreira ao abismo: uma
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
decisão extrema para não se entregar às forças militares que subjugaram o quilombo, onde chegaram a viver 30 mil pessoas distribuídas em aldeias.
Honestino Guimarães (1947-1964? )
Honestino Monteiro Guimarães nasceu em Itaberaí-GO, em
28 de março de 1947. Em 1965, antes de completar 18 anos,
foi o primeiro colocado no vestibular, em toda a Universi-
dade de Brasília. Na política estudantil, sua liderança logo
se revelou. Os órgãos de repressão admitiram ter prendido
Honestino, mas ele nunca foi visto por outros presos. Mes-
mo depois de longos anos de incansável busca, sua família
não conseguiu saber o que aconteceu com ele, que passou
a fazer parte da lista de desaparecidos da ditadura de 1964.
Em 20 de setembro de 2013, Honestino foi declarado anistiado político. Em cerimônia na UnB, o secretário nacional
de Justiça, Paulo Abrão, leu o pedido de desculpas oficial do
governo brasileiro.
51
Lygia Fagundes Telles
52
José Martí
(1923 - )
(1853-1895)
É uma escritora brasileira. Romancista e contista, é a grande
Nascido em Havana (Cuba), José Julián Martí Pérez foi uma
Academia Paulista de Letras, da Academia Brasileira de Letras
poeta, jornalista, filósofo e político. Ligado à maçonaria, Martí
teve sua iniciação em 1871 no Grande Oriente Lusitano. Além
disso, criou o Partido Revolucionário Cubano (PRC) e planejou
a Guerra Necessária (Guerra de 1895). Conhecido em Cuba
como “El apóstol”, José Martí foi um dos pensadores de maior
representante do movimento pós-modernismo. É membro da
e da Academia de Ciências de Lisboa. O estilo de Lygia Fagundes Telles é caracterizado por representar o universo urbano e
por explorar de forma intimista a psicologia feminina. Foi indica-
da ao Nobel de Literatura em 2016.
influência em seu país de origem, mas suas ideias transcende-
ram as fronteiras cubanas e se espalharam por diversas outras
nações com ideologias parecidas com a de seu país.
Machado de Assis (1839-1908)
Josué de Castro
(1908-1974)
Joaquim Maria Machado de Assis é considerado um dos
mais importantes escritores da literatura brasileira. Filho de
Foi médico, pesquisador e professor brasileiro. Pesquisou os problemas da fome e da miséria no Brasil. Realizou confe-
rências e estudos sobre a fome em vários países. Foi pro-
uma família muito pobre. Mulato e vítima de preconceito, perdeu na infância sua mãe e foi criado pela madrasta. Superou todas as dificuldades da época e tornou-se um grande escritor.
fessor em diversas universidades no Brasil e da Universidade de Vincennes, na França.
Malala Yousafzar Lili Elbe (1882-1931)
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Nascida Einar Wegener, era uma artista de sucesso conhe-
(1997 - )
Malala Yousafzai é uma jovem paquistanesa, militante dos
direitos das meninas de ir à escola. Aos 17 anos, é a mais
jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. Malala come-
cida com esse nome. É conhecida por ser provavelmente
çou a escrever um blog em que contava os obstáculos para
genital. Após a realização da cirurgia ela, legalmente, aban-
2012, quando já dava entrevistas e aparecia na televisão
a primeira mulher transexual a submeter-se a uma cirurgia
estudar e seguir seu sonho de ser médica. Em outubro de
donou seu nome de nascimento e adotou a identidade Lili
defendendo o direito das meninas à educação, recebeu três
pintura, por entendê-la como parte de sua existência anterior
do ônibus que a levaria para a escola. Malala Yousafzai que
rias da vida de Einar.
submeteu a tratamento. A jovem sobreviveu ao atentado e, aos
Ilse Elvenes. Mesmo com seu talento, decidiu abandonar a
a ser deixada para trás para se ver independente das memó-
tiros contra sua cabeça, no momento em que estava dentro
estava com 15 anos, foi levada para a Inglaterra, onde se
16 anos tornou-se porta voz de uma causa - o direito à educa-
ção. Vive exilada em Birmingham, junto com sua família.
53
Milton Santos
54
Mandela (1918-2013)
Nelson Rolihlahla Mandela foi um importante líder político da
África do Sul que lutou contra o sistema de apartheid em seu
(1926-2001)
Foi um geógrafo brasileiro, considerado por muitos como o
maior pensador da história da Geografia no Brasil e um dos
maiores do mundo. Destacou-se por escrever e abordar sobre
inúmeros temas, como a epistemologia da Geografia, a globa-
país. Nasceu em 18 de julho de 1918 na cidade de Qunu (Áfri-
lização, o espaço urbano, entre outros. Conquistou em 1994, o
da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999. Foi responsá-
sileiro a conquistar esse prêmio e o primeiro geógrafo fora do
ca do Sul). Mandela, formado em direito, foi presidente negro
vel pelo fim do regime segregacionista no país e também pela
reconciliação de grupos internos.
Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único bra-
mundo Anglo-Saxão a realizar tal feito. Além dessa premiação,
destaca-se também o prêmio Jabuti de 1997 para o melhor livro
de ciências humanas, com “A Natureza do Espaço”. Foi professor da Universidade de São Paulo, mas lecionou também em
inúmeros países, com destaque para a França.
Maria da Penha
(1945 - )
Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica cearen-
(1905-1999)
se, com 61 anos em 2016, fez da sua tragédia pessoal uma
Foi singular na psiquiatria brasileira. Pequenina e frágil, era
20 anos para que fosse feita justiça. Após as tentativas de
por suas ideias no âmbito da psiquiatria institucional. Ela foi
sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenado-
no Centro Psiquiátrico Pedro II do Rio de Janeiro e, segundo
Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no seu
atalho da ocupação terapêutica, método então considerado
bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante
uma gigante em força e coragem com que defendeu e lutou
homicídio, Maria da Penha começou a atuar em movimentos
pioneira na terapia ocupacional, introduzindo este método
ra de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de
suas próprias palavras, entrara na Psiquiatria “pela via de
estado, o Ceará.
pouco importante para os padrões oficiais”.
Marie Curie ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
Nise da Silveira
(1926-2001)
Oswaldo Cruz (1872-1917)
Foi médico sanitarista, bacteriologista e epidemiologista bra-
Foi uma cientista polonesa. Descobriu e isolou os elementos
sileiro. Com 19 anos publicou dois trabalhos sobre microbio-
Curie e do professor Antonio Becquerel. Em 1903 recebeu o
teriologia da Cadeira de Higiene da Faculdade de Medicina.
mica, pelas descobertas.
três anos volta ao Brasil e é encarregado de combater o surto
químicos, o polônio e o rádio, com a colaboração de Pierre
Prêmio Nobel de Física e em 1911 recebeu o Nobel de Quí-
logia. Depois de formado trabalhou no Laboratório de BacFoi para Paris e ingressou no Instituto Pasteur. Depois de
de peste bubônica que assolava o Porto de Santos. Foi indica-
do para diretor Técnico e depois Diretor geral do Instituto que
recebeu o nome de Instituto Oswaldo Cruz. Debelou a peste
bubônica, a varíola e a febre amarela que assolavam o país.
55
56
57
Profeta Gentileza (1917-1996)
José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza, foi uma
personalidade urbana carioca, espécie de pregador, que se tor-
Sérgio Arouca (1941-2003)
Médico sanitarista que se destacou pela contribuição decisiva
nou conhecido por fazer inscrições peculiares sob um viaduto
para a melhoria das condições de saúde da população. Sérgio
onde andava com uma túnica branca e longa barba.
Desde então, como ele mesmo definiu, conciliou “uma preocu-
situado na Avenida Brasil, na zona portuária do Rio de Janeiro,
Arouca formou-se em Medicina em Ribeirão Preto, em 1966.
pação, que era quase uma agonia, a de juntar a profissão com a política.” Filiado ao Partido Comunista, desde os 15 anos de
idade, militante de sonhos e utopias gestadas ainda na adoles-
cência, ele expressou de maneira singular um traço marcante
de muitos de sua geração: viver até as últimas consequências o
Raoni (cacique)
sonho de mudar o mundo e de melhorar as condições de vida e
saúde do conjunto da população.
(1930 - )
Raoni Metuktire, conhecido como Cacique Raoni, é um líder
indígena brasileiro da etnia Caiapó, nascido no ano de 1930. É conhecido internacionalmente por sua luta pela preservação da Amazônia e dos povos indígenas.
Zilda Arns (1934-2010)
Foi médica pediatra e sanitarista. Fundou em 1983 a Pastoral da Criança, um programa de ação social da Conferência
Rosa Parks (1913-2005)
Rosa Parks, a costureira negra que, em 1955, se recusou
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
a obedecer a lei de apartheid racial no Alabama, marcando o início da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados
Unidos. O advogado de Rosa afirmou que ela morreu dor-
mindo em sua casa, na cidade de Detroit, estado do Michigan. Rosa se recusou a ceder seu banco em um ônibus a
um homem branco, o que levou a um boicote em massa dos
negros ao transporte público do estado. O protesto levou ao fim da segregação nos transportes públicos e culminou em
1964, com a Lei dos Direitos Civis, que transformou a segregação racial em um ato fora da lei nos Estados Unidos.
Nacional dos Bispos do Brasil. No início era só um grupo de
voluntários do Paraná, com o objetivo de ajudar famílias pobres a evitar a mortalidade infantil, com a disseminação do uso do
soro caseiro. O trabalho começou na pequena cidade de Flo-
restópolis, no Paraná. Zilda Arns à frente da Pastoral, ao longo de 25 anos, expandiu o programa que chegou a alcançar 72% do território Nacional, além de 20 países na América Latina,
Ásia e África. O trabalho foi fundamental para reduzir a mortalidade infantil, levando Zilda Arns a receber a indicação ao Prêmio Nobel da Paz, em 2006.
fala fs
Em 2016 eu pretendo terminar minha gradua-
60
! S F A L FA
61
ção e entrar para o programa de pós graduação aqui da FS
no próximo ano. Para concluir a gra-
duação preciso passar pelos estágios do curso e tenho que terminar os projetos que estou envolvida. Espero também gostar da parte mais prática do curso. LUANA DIAS, 9º SEMESTRE, SAÚDE COLETIVA
Para 2016 minhas
expectati-
vas consistem em escrever
Ano novo, vida nova! Geralmente é assim que começamos um novo semestre, com muitas metas, novos objetivos, projetos audaciosos e muita disposição pra colocar todos esses planos em prática. E nessa edição o Comunica in Revista quer saber: quais são suas expectativas para 2016? Fala aí FS!!!
artigos
ção Básica no DF, que iniciei junto com um grupo de colegas em uma disciplina do Departamento de Saúde Coletiva-DSC ministrada pela Professora Helena. Esse tema me despertou muito interesse, pois a Atenção Primária foi criada para ser a porta de entrada do usuário dentro do Sistema de Saúde do Brasil. Com todas as informações que tenho até o momento posso dizer que estou empolgada em escrever o artigo pois acredito que o resultado vai ser maravilhoso diante de tanto empenho. A cada contato que tenho com projetos de iniciação cientifica fico mais interessada em direcionar minha profissão para a área da pesquisa científica.
O ano
será muitas Como
último
um
2016 ano
de
realizações. ano
acadêmico
pretendo realizar um excelente TCC que contribua positivamente para o trabalho de enfermagem. Além disso, pretendo par-
Fala fs
ticipar de eventos acadêmicos a fim de me qualificar como futura enfermeira e por em prática os conhecimentos teóricos, adquiridos ao longo do curso, durante o estágio su-
As minhas expectativas estão relacionadas ao momento que vivencio. Neste 2016, concluirei a graduação em Saúde Coletiva no primeiro semestre, tentarei ingressar no mestrado no semestre seguinte e permaneço envolvido nos projetos de pesquisa, atividades como bolsista do ComunicaFS e na comissão organizadora do Congresso Internacionl CALASS, que acontecerá em julho na FS. Desta forma, mantenho meu vínculo com a UnB, mais especificamente com a Faculdade de Ciências da Saúde, o que me proporciona muita satisfação e realização pessoal.
pervisionado. Durante a graduação, esses últimos semestres são bastante citados como definidores na nossa profissão. ANA PAULA PAIVA, 9° SEMESTRE, ENFERMAGEM
Estou
aperfeiçoando um artigo cujo tema é Aten-
THAÍS DE AGUIAR PIRES, 3º SEMESTRE, ODONTOLOGIA
de
científicos.
JOÃO ARMANDO ALVES, 8º SEMESTRE, SAÚDE COLETIVA
MEMÓRIA FS
64
65
MEMÓRIA DA FS
Homenagem
Professor Emérito Elioenai Dornelles Alves: “trabalho, simplicidade e bom humor”
A personalidade em destaque desta segunda edição
66
da ComunicaFS in Revista é
o Professor Emérito da Universidade de Brasília (UnB),
Elieonai Dornelles Alves. O currículo de atividades pro-
fissionais disponível na web,
não deixa dúvidas sobre sua importante contribuição para
as Ciências da Saúde e de-
dicação à brilhante arte de aprender e ensinar. A litera-
partamento de Enfermagem e posteriormente credencia-
do também, como professor, orientador e pesquisador em Ciências da Saúde. Den-
tre as principais instituições onde atuou na coordenação
de projetos e consultorias na área da saúde, destacam-se
o CNPq, Ministério da Saúde,
Conselho Nacional de Enfer-
nhecimento por sua relevante
contribuição acadêmica no campo da saúde. Dentre as
definições do significado do termo emérito que se encon-
tram nos dicionários, as ca-
racterísticas que mais se assemelham ao seu perfil são:
“Que possui excesso de experiência ou prestígio”.
As próprias palavras profe-
magem e universidades pú- ridas numa entrevista após blicas e particulares.
receber o título, reforçam sua
emoção imensurável receber
um título desses. Estou mui-
67
to feliz, estou muito em paz.” (Professor Elioenai - Entrevista para UnBTV 09/06/15)
A Professora Maria Fátima
de Sousa, Diretora da FS/
UnB, assim como o Professor Elioenai, tem a enfermagem
como formação inicial, destaca o desempenho dele nas
atividades de extensão como proposta de aproximação da universidade com a comuni-
dade e sua ousadia ao propor
e aplicar novas metodologias
“Para mim, é uma emoção imensurável receber um título desses. Estou muito feliz, estou muito em paz.”
de ensino, como grande incentivador da ampliação da educação à distância.
Em nota redigida especialmente para esta matéria, o Chefe do Departamento de Enfermagem da FS/UnB, Pro-
tura científica registra uma
Mais do que informações so-
postura como estudioso e
autoria, assim como é im-
acadêmica, trazemos nesta
mica é cercada de emoções.
série de publicações de sua
pressionante o número de
estudantes de mestrado e doutorado
que
receberam
sua orientação e participação
nas bancas onde defenderam
suas teses. Com grande experiência nos mais diversos níveis de atuação e nas mais
MEMÓRIA DA FS
variadas instituições de ensi-
no superior pelo Brasil, chegou à Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de
Brasília (FS/UnB), como pro-
bre sua carreira profissional e matéria, relatos de pessoas
que conviveram e trabalharam com ele e das suas filhas:
educador: “A trajetória acadê-
Sensibilidade, amor, ódio... e eu digo que esse tempo que
passei e estou passando,
Ana Paula Paz Alves Arboés porque eu não saí da UnB, – enfermeira e Caroline Mota
vivo ainda tudo isso. Mas, o
que nos apresentam um per-
luta é transformar em amor,
Alves Lourenço - advogada, fil de pai, professor e amigo, para além do profissional que conhecemos.
Aposentado como Professor
Titular da UnB, Elioenai Dornelles Alves recebeu no dia
que é ódio, a minha maior
o que é amor, procuro trans-
formar em estrelas, o que é sensibilidade, eu procuro levar aos alunos através da critividade e o lúdico levado a sério. Acho que a UnB é uma
fessor do curso de graduação 09 de junho de 2015, o título porta aberta de conhecimene coordenador do Programa de Pós-Graduação do De-
de Professor Emérito da Uni- to e que o aluno precisa aproversidade de Brasília, reco-
veitar mais. Para mim, é uma
fessor Dr. Pedro Sadi Montei-
ro, nos conta um pouco mais sobre nosso homenageado:
como referência na resolução
Enfermagem da Universida-
les Alves, Emérito do De-
atendimento não media es-
propiciou a oportunidade de
“O Prof. Dr. Elioenai Dornelpartamento de Enfermagem da Universidade de Brasília,
de demandas e, para esse forços: era paciente em ouvir
e oportunizar o crescimento
teve sua trajetória na área aos seus pares. da educação e sua marca
O legado do professor Elioe-
a distância. O Professor dei-
sobretudo por sua contribui-
foi o pioneirismo no ensino xa como legado tanto o seu
desprendimento quanto a sua
atenção à comunidade universitária. Ali um agregador sempre em busca da constru-
ção, do conhecimento notadamente compartilhado e do
nai entre nós está marcado,
acesso à capacitação profissional de alunos de mestrado
e doutorado. Esse era um an-
tigo anseio no meio acadêmico de instituições congêneres
que careciam de ter em seus
ção no desenvolvimento da quadros profissionais especiência. O professor teve papel fundamental na geração
cializados, especialmente, na enfermagem e outras áreas
do conhecimento. Entre as da saúde. incontáveis ações que per-
A sua partida precoce deixou
do Professor Elioenai estão à
não termos mais entre nós
mearam a vida acadêmica
acolhimento de todos que o idealização e criação do Proprocuravam. Muitos o tinham
de de Brasília. Essa iniciativa
grama de Pós-Graduação em
um vácuo em nosso meio por
sua presença sempre alegre. No entanto, ele descansa em
paz e sua memória é lembrada por seus familiares, do-
68
centes, alunos e amigos, os
quais sempre terão o Professor Elioenai como exemplo a
ser seguido. Nos lembrare-
bém, escrever poesia.
A sua esposa Elisete, foi men-
cionada pelas filhas como a
grande incentivadora e apoiadora de sua carreira:
“O fato de ter sido um gran-
mos do Professor como refe- de homem, com certeza é rência na forma de pensar e
porque ele teve uma grande
objetivo de gerar conheci-
inteiro. O apoio dela foi sem-
de fazer ciência sempre com mento em prol da sociedade e contribuir para a redução do
sofrimento humano, ao mesmo tempo que proporcionava
qualidade de vida às comuni-
dades em que atuava; isso, o Professor Elioenai fez com maestria invejável. Deixamos
aqui nosso reconhecimento
ao saudoso, querido e eterno Prof. Dr. Elioenai Dornelles Alves.” (Pedro Sadi Monteiro) O legado que o Professor
Elioenai nos deixou, ultra-
passa as fronteiras do conhecimento
adquirido,
porque
carrega na sua essência, a
humanidade de um homem
visionário e por isto mesmo, preocupado com o próximo.
Todos com quem conversamos, reforçaram a sua presença cativante pela alegria, bom humor e cordialidade.
Certamente, uma das gran-
MEMÓRIA DA FS
des aventuras do Professor Elioenai, foi organizar os textos publicados no livro
da autora Onã Silva: “Enfermagem com Poesia – a arte
sensível do cuidar”, ed. The-
saurus, 2015, 240p. Nesta publicação, permitiu-se tam-
mulher o apoiando o tempo pre fundamental. Muitas vezes no meio do caminho ele
pensava: ah, vou parar, vou
desistir, e ela: não, você vai
quentando a Faculdade de Saúde enquanto cursava o
69
mestrado:
“Eu tenho vindo aqui porque
eu defendi o mestrado depois do falecimento dele. Ele
teimou sempre comigo em continuar estudando porque
estudar era uma paixão dele
também. Acho que não tem como ser um bom educador se não permanece sendo aluno também. E ele insistiu muito comigo para que eu-
continuar, vamos lá, e dava continuasse a estudar. Eu reforça...” (Caroline, sobre a
importância da mãe, esposa e parceira, Senhora Elisete)
Emocionada, Ana Paula nos contou que continuou fren-
solvi fazer o mestrado numa fase meio delicada da vida
dele, acabei defendendo de-
pois do falecimento e tenho
vindo à FS desde então. É
muito difícil entrar aqui sem é inacreditável como ele se
po inteiro, em vida. A gente
dele, sem lembrar dele cum-
co, mas faz parte. “É todo um
lembrar dos passos rápidos
dava bem com as pessoas.
primentando todo mundo...
falta. A gente acaba sendo
A alegria dele nos faz muita um pouco mais quieta e se
expressa com mais dificuldade do que ele, acho que de
chora um pouco, ri um pouprocesso de saudade muito
dolorido de uma pessoa fabulosa como ele foi.”
tanto espaço que ele tomava
Ana Paula agradeceu a lem-
O comentário de Caroline re-
pela Faculdade de Ciências
também.”
força a expansividade do pai
que alegrava o ambiente por onde passava:
“Lembro de um amigo falando também: Nossa! Como, com um pai tão comunicati-
vo, vocês tão quietinhas...? a gente dizia: mas ele não dá
espaço, ele não dá tempo da gente falar, ele fala o tempo
brança do nome do seu pai da Saúde e sente-se honrada
pelo que entende como a coroação de uma vida dedicada
à FS, à enfermagem e à promoção da saúde.
A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília reconhece a impor-
tância e magnitude de contar com o nome de Eleioenai Dor-
todo! Ele alegra o ambiente o nelles Alves no rol dos seus tempo todo.
mais ilustres Professores.
bramos da alegria dele e da
deo com as entrevistas sobre
Às vezes, quando nos lemforma como ele viveu, acaba
trazendo prá gente, sorrisos! Foi o que ele espalhou o tem-
Confira no link abaixo, o vío Professor Elioenai. https:// www.youtube.com/watch?v=WRfhHYy5GII
começando um ano novo? Iniciamos mais um ano, gra-
mente essa: temos mais um
conviver com as diferenças,
de retornar às nossas ativida-
Novo sobretudo no que diz
las, cuidando para propiciar
ças a Deus! Temos a benção
des. E sem nos darmos conta da sua grandeza, voltamos!
Cumprimentamos nossos co-
legas, alunos e colaboradores
ano pela frente e ele é novo!
respeito à oportunidade e à possibilidade. Minha ação no mundo, expressão única de quem sou, tem nova chan-
como se tudo fosse normal e ce de se manifestar. E nisto, a vida tivesse a obrigação de
precisamente nisto, reside a
Nossas atividades nos aguar-
ser diferente!
transcorrer assim.
dam. A maioria de nós co-
nhece muito bem a rotina de tarefas e encargos que nos
esperam. Será mais do mesmo!
Há pouco mais de um mês,
celebramos a chegada de mais um ano. Desejamo-nos mutuamente um feliz ano novo, repleto de paz, saúde,
amor, realizações, prosperi-
dade e etcetera. Abraçamos nossos queridos e alegra-
mo-nos, naquela festa, como
alguém que recebe uma boa nova, uma notícia alvissarei-
ra... E a novidade é exata-
auspiciosa novidade! Pode Poucas coisas rivalizam com
a beleza da diversidade humana e quase nada tem tanto
poder quanto a criatividade. A criatividade motiva porque
é essencialmente humana e expressa indelevelmente a
celebrá-las e tirar proveito deum ambiente que respeite a livre expressão das persona-
lidades e favoreça o exercício da criatividade. Essa
possibilidade
requer
uma atitude aberta, respeitosa e humilde. Se conseguir-
mos dar esse passo, retomaremos as mesmas atividades
de um jeito diferente e, sem medo de errar, posso garantir que teremos boas chances
de vivermos mesmo um surpreendente e feliz ano novo!
singularidade de quem cria;
transformadora, revolucionária, traz o novo!
O trabalho é por excelência um lugar de encontro. Essa é,
na verdade, uma das dimen-
sões mais enriquecedoras do trabalho porque permite crescimento profissional e huma-
no. Neste contexto, posso
Professor Dr. Gabriel Graça de Oliveira Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília