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PESSOAS POR DORMITÓRIO

Diversos são os arranjos familiares no Brasil. Contudo, a família monoparental feminina – aquela onde convive a mulher e seus filhos sendo a mulher a provedora – é cada vez maior. Dados do último censo realizado pelo IBGE e publicados em 2012 dão conta de que este formato de família convivente representava em 2010, 53,5% dos arranjos arranjos familiares no país. Entende-se neste mapeamento que este arranjo familiar necessita de atenção especial na hora de se pensar políticas públicas. Isto porque um traço marcante dessas famílias é a situação de vulnerabilidade social.

A socióloga Mary Alves Mendes, em seu estudo “Mulheres Chefes de Família: a complexidade e ambigüidade da questão” explica que à frente das famílias com chefia feminina, estão principalmente as mulheres mais jovens, separadas, negras, pobres e com baixo grau de escolaridade. Na maioria dos casos, a inserção no merca do de trabalho se dá à partir da informalidade, em trabalhos precarizados desde o ponto de vista das condições aos baixos salários e não acesso à direitos. Muitos fatores contribuem para essa condição. Mas é importante destacar que a desigualdade de gênero, somada à desigualdade de renda tão marcante no país, exerce forte influência, posto que historicamente é atribuído às mulheres as tarefas domésticas e no cuidado com o outro, além disso, diversos são os estudos que evidenciam que na maioria dos lares chefiados por mulheres, elas não contam com nenhum tipo de apoio do pai das crianças. Dessa forma, tendo em suas mãos tanto a tarefa da produção quanto da reprodução social, elas têm sua carga de responsabilidades e de trabalho ampliadas, o que reduz seu tempo livre e suas possibilidades em buscar alternativas à essa condição.

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O mapa 11 traz informações sobre a porcentagem de famílias chefiadas por mulheres em cada área da Cidade. A variação de tonalidades do mapa vai do branco ao rosa, sendo a tonalidade mais escura as áreas com maior número de famílias chefiadas por mulheres. É importante observar que a área litorânea da cidade possui os percentuais mais baixos, entretanto, áreas identificadas anteriormente como áreas precarizadas, a exemplo da comunidade do Tururu, no bairro do Janga, aparece no mapa a seguir com alto percentual de mulheres chefes de família, assim como no bairro da Mirueira, no Parque do Janga, Jardim Maranguape, podemos enxergar também uma concentração grande no bairro do Centro e na Zona Rural do Município.

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